GERAÇÃO INDEPENDENTEGERAÇÃO INDEPENDENTEDE ENERGIA ELÉTRICADE ENERGIA ELÉTRICA

Carlos RobertoCarlos Roberto Oscar Takeshi OkiyamaOscar Takeshi Okiyama Vitor GomesVitor Gomes

Novembro de 2009

Surgimento dos Surgimento dos Produtores Independentes Produtores Independentes (PIE)(PIE)

Surgimento do PIE nos EUASurgimento do PIE nos EUA

Década de 70:Década de 70:– – Crise do PetróleoCrise do Petróleo– – Órgão regulador norte-americano – FERC Órgão regulador norte-americano – FERC

((Federal Energy Regulatory ComissionFederal Energy Regulatory Comission) - ) - Necessidade de alternativas para o suprimento Necessidade de alternativas para o suprimento de energia para o fututro.de energia para o fututro.

– – Publicação: PURPA (Publicação: PURPA (Lei Regulamentadora das Lei Regulamentadora das Políticas das Concessionárias PúblicasPolíticas das Concessionárias Públicas) que ) que obrigava as concessionárias a comprar dos PIEobrigava as concessionárias a comprar dos PIE

Década de 80:Década de 80:– – Redução dos preços da energia gerada Redução dos preços da energia gerada

por PIE, principalmente devido ao por PIE, principalmente devido ao desenvolvimento das turbinas a gás desenvolvimento das turbinas a gás (substituição das turbinas a vapor (substituição das turbinas a vapor convencionais – carvão e biomassa)convencionais – carvão e biomassa)

Consequência: atração dos pequenos Consequência: atração dos pequenos investidores de energia pelo mercado de investidores de energia pelo mercado de geração de energiageração de energia

Surgimento dos Surgimento dos Produtores Independentes Produtores Independentes (PIE)(PIE)

No Brasil:No Brasil:No Brasil, o desenvolvimento da turbina a gás não No Brasil, o desenvolvimento da turbina a gás não causou tanto impacto. A razão é que nossa base de causou tanto impacto. A razão é que nossa base de geração é hidrelétrica, energia ainda mais barata do geração é hidrelétrica, energia ainda mais barata do que a das melhores turbinas a gás. Nossas que a das melhores turbinas a gás. Nossas termelétricas (gás e carvão) são então usadas para termelétricas (gás e carvão) são então usadas para complementar a geração de energia em períodos de complementar a geração de energia em períodos de consumo elevado. consumo elevado.

Ainda assim, o barateamento das tecnologias de Ainda assim, o barateamento das tecnologias de geração hidrelétrica e o desenvolvimento de sistemas geração hidrelétrica e o desenvolvimento de sistemas eletrônicos de medição de energia, tornou mais eletrônicos de medição de energia, tornou mais atrativas as usinas de pequeno porte. atrativas as usinas de pequeno porte.

Diferença do PIE entre o EUA e o Diferença do PIE entre o EUA e o BRBR

Nos EUA, o termo “independente” aplica-se porque os Nos EUA, o termo “independente” aplica-se porque os produtores são independentes da estrutura das produtores são independentes da estrutura das concessionárias de energia (“utilities”), mas estas concessionárias de energia (“utilities”), mas estas concessionárias também podem ser privadas.concessionárias também podem ser privadas.

No Brasil, o PIE tende a ser visto simplesmente como um No Brasil, o PIE tende a ser visto simplesmente como um produtor privado de energia, que explora recursos naturais produtor privado de energia, que explora recursos naturais por sua conta e risco, independente do seu porte e da por sua conta e risco, independente do seu porte e da fonte energética explorada. fonte energética explorada.

No Brasil, a figura institucional do Produtor Independente No Brasil, a figura institucional do Produtor Independente de Energia foi criada pela Lei 9.074/1995, que também de Energia foi criada pela Lei 9.074/1995, que também criou as figuras de consumidor livre e abriu espaço para a criou as figuras de consumidor livre e abriu espaço para a criação dos agentes comercializadores de energia.criação dos agentes comercializadores de energia.

Lei 9.074, de 07 de julho de 1995 - Lei de Lei 9.074, de 07 de julho de 1995 - Lei de Concessões dos Serviços Públicos de Energia Concessões dos Serviços Públicos de Energia ElétricaElétrica

• Estabelece normas para outorga e prorrogação das concessões e permissões; • Cria a figura do “consumidor livre”; • Cria o Produtor Independente de Energia – PIE; • Faculta ao PIE vender energia elétrica para:

I – concessionário de serviço público de energia elétrica;IV – conjunto de consumidores de energia elétrica,independentemente de tensão e carga, nas condiçõespreviamente ajustadas com o concessionário local dedistribuição;

A Lei 9074/95 estabelece no Artigo 13 que o Produtor Independente de A Lei 9074/95 estabelece no Artigo 13 que o Produtor Independente de Energia (PIE), figura principal da reformulação do setor elétrico brasileiro , Energia (PIE), figura principal da reformulação do setor elétrico brasileiro , venderá sua produção de energia por preço definido, exclusivamente, venderá sua produção de energia por preço definido, exclusivamente, pelas forças de mercado, diversamente dos concessionários de serviço pelas forças de mercado, diversamente dos concessionários de serviço público, regulados por tarifa. No caso de se utilizar de potencial hidráulico, público, regulados por tarifa. No caso de se utilizar de potencial hidráulico, celebrará com a União contrato de Uso de Bem Público (Concessão), celebrará com a União contrato de Uso de Bem Público (Concessão), através de licitação, para determinação da melhor oferta à União por esse através de licitação, para determinação da melhor oferta à União por esse uso.uso.

Gerador Convencional Comercializa Gerador Convencional Comercializa Energia com os Seguintes Agentes de Energia com os Seguintes Agentes de Mercado:Mercado:

• Consumidores Livres: Consumidores com demanda contratada Consumidores Livres: Consumidores com demanda contratada maior ou igual a 3 MW e nível de tensão maior ou igual a 69 kV, se maior ou igual a 3 MW e nível de tensão maior ou igual a 69 kV, se ligado antes de julho de 1995. Se ligado após essa data, basta ter ligado antes de julho de 1995. Se ligado após essa data, basta ter demanda contratada maior ou igual 3 MW. As condições são demanda contratada maior ou igual 3 MW. As condições são livremente negociadaslivremente negociadas

• Distribuidoras: O MME, através da EPE, ANEEL e CCEE, compra Distribuidoras: O MME, através da EPE, ANEEL e CCEE, compra energia para todas distribuidoras do Brasil, através de leilão reverso energia para todas distribuidoras do Brasil, através de leilão reverso operado pela CCEE. As condições são as previstas em editais.operado pela CCEE. As condições são as previstas em editais.

• Comercializadoras: Compram energia para formação de uma Comercializadoras: Compram energia para formação de uma carteira para posterior revenda a geradoras, comercializadoras e carteira para posterior revenda a geradoras, comercializadoras e consumidores livres em condições livremente negociadas;consumidores livres em condições livremente negociadas;

• Geradoras: Podem comprar energia para complementar Geradoras: Podem comprar energia para complementar lastro de contratos de venda e registrados na CCEE;lastro de contratos de venda e registrados na CCEE;

• Consumidores Hibrídos: São os que têm parte da carga Consumidores Hibrídos: São os que têm parte da carga atendida de forma regulada, através de distribuidora, e o atendida de forma regulada, através de distribuidora, e o restante livremente negociado no mercado.restante livremente negociado no mercado.

Gerador Convencional Comercializa Gerador Convencional Comercializa Energia com os Seguintes Agentes de Energia com os Seguintes Agentes de Mercado:Mercado:

Auto ProduçãoAuto Produçãoxx

Produção IndependenteProdução Independente

Autoprodutor de Energia Elétrica:A pessoa física ou jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou autorização para produzir energia elétrica destinada ao seu uso exclusivo. (Condensação do histórico anterior sobre Autoprodutor Art 2º Inciso II Decreto 2003 de 0/09/96)

Produtor Independente de Energia Elétrica (PIE):A pessoa jurídica ou empresas reunidas em consórcio que recebam concessão ou autorização para produzir energia elétrica destinada ao comércio de toda ou parte da energia produzida, por sua conta e risco. (Art. 11 – Lei 9074 de 07/07/95)

No BrasilNo Brasil O surgimento dos PIEs no Brasil deu-se em paralelo com O surgimento dos PIEs no Brasil deu-se em paralelo com

o programa de reestruturação iniciado no governo de o programa de reestruturação iniciado no governo de Fernando Henrique Cardoso. Uma das metas desse Fernando Henrique Cardoso. Uma das metas desse programa era privatizar todos os geradores nacionais. programa era privatizar todos os geradores nacionais. Contudo, dificuldades políticas e conjunturais não Contudo, dificuldades políticas e conjunturais não permitiram que se atingisse tal meta. Ainda assim, permitiram que se atingisse tal meta. Ainda assim, considerando-se somente os agentes de maior porte.considerando-se somente os agentes de maior porte.

o Brasil conta hoje com 70 PIEs, 49 Autoprodutores (que o Brasil conta hoje com 70 PIEs, 49 Autoprodutores (que podem comercializar excedentes energéticos no podem comercializar excedentes energéticos no mercado livre) e 41 concessionárias públicas de mercado livre) e 41 concessionárias públicas de geração.geração.

Produtor Independente de Produtor Independente de Energia Elétrica – PIEEnergia Elétrica – PIE

Concessão / Autorização / Registro Uso de bem públicoConcessão / Autorização / Registro Uso de bem público

A) ApA) Aproveitamentos Hidráulicos roveitamentos Hidráulicos

( art. 5º incisos I e II da lei 9074 de 07/07/95 – art. I, § 1º ao 5º, do decreto Nº 2003 de 10.09.96 )( art. 5º incisos I e II da lei 9074 de 07/07/95 – art. I, § 1º ao 5º, do decreto Nº 2003 de 10.09.96 ). Concessão: ocorre para central com potência superior a 1 MW. Concessão: ocorre para central com potência superior a 1 MW

. Registro junto à ANEEL – ocorre para central com potência inferior ou igual a 1 MW. Registro junto à ANEEL – ocorre para central com potência inferior ou igual a 1 MW

. . O aproveitamento de potencial hidráulico, para fins de produção independente, dar-se-à mediante O aproveitamento de potencial hidráulico, para fins de produção independente, dar-se-à mediante Contrato de Concessão de Uso de Bem Público, na forma desta lei (art. 13º, lei 9074 de 07/07/95, Contrato de Concessão de Uso de Bem Público, na forma desta lei (art. 13º, lei 9074 de 07/07/95, art. 11º decreto 2003 de 10.09.96)art. 11º decreto 2003 de 10.09.96)

. A concessão referida a PIE, será outorgada a título oneroso, devendo o concessionário pagar pelo uso . A concessão referida a PIE, será outorgada a título oneroso, devendo o concessionário pagar pelo uso do Bem Público, pelo prazo de 5 anos, a contar da assinatura do respectivo contrato de concessão, do Bem Público, pelo prazo de 5 anos, a contar da assinatura do respectivo contrato de concessão, valor correspondente e até 2,5% da receita anual que auferir. (art. 7 lei 9648 de 27/05/98valor correspondente e até 2,5% da receita anual que auferir. (art. 7 lei 9648 de 27/05/98

. Prazo de concessão: de 30 a 35 anos (art. 10º, decreto 2003). Prazo de concessão: de 30 a 35 anos (art. 10º, decreto 2003)

Produtor Independente de Produtor Independente de Energia Elétrica – PIEEnergia Elétrica – PIE

Concessão / Autorização / Registro Uso de bem públicoConcessão / Autorização / Registro Uso de bem público

B) Implantação de Usinas Termelétricas (UTE)B) Implantação de Usinas Termelétricas (UTE)

. Concessão: ocorre para UTE com Potência superior a 5 MW destinada a execução de serviço . Concessão: ocorre para UTE com Potência superior a 5 MW destinada a execução de serviço público (art. 5º, inciso I da Lei 9074). público (art. 5º, inciso I da Lei 9074).

. Autorização: ocorre para UTE com Potência superior a 5 MW, quando não é destinada a execução . Autorização: ocorre para UTE com Potência superior a 5 MW, quando não é destinada a execução de serviço público (art. 4º, inciso I do decreto 2003 de 10/09/96.)de serviço público (art. 4º, inciso I do decreto 2003 de 10/09/96.)

. Registro: ocorre para UTE com potência inferior ou igual a 5 MW (art. 8º lei 9074 de 07/07/95).. Registro: ocorre para UTE com potência inferior ou igual a 5 MW (art. 8º lei 9074 de 07/07/95).

Os PIEs brasileiros são também bastante diversificados e servem Os PIEs brasileiros são também bastante diversificados e servem a diversas finalidades: - Usinas direcionadas ao mercado, como a a diversas finalidades: - Usinas direcionadas ao mercado, como a UHE Cana Brava (466 MW), da Tractebel. UHE Cana Brava (466 MW), da Tractebel.

- Usinas construídas por grandes consumidores, como a UHE Pedra - Usinas construídas por grandes consumidores, como a UHE Pedra do Cavalo (160 MW), da Votorantin. do Cavalo (160 MW), da Votorantin.

- Usinas construídas em parceria com concessionárias privadas, - Usinas construídas em parceria com concessionárias privadas, como a UTE Uruguaiana (639 MW), construída pela AES (privada) como a UTE Uruguaiana (639 MW), construída pela AES (privada) e CEEE (estatal). e CEEE (estatal).

- Usinas que suprem sistemas isolados, como as usinas de Manaus - Usinas que suprem sistemas isolados, como as usinas de Manaus e Porto Velho. e Porto Velho.

- Usinas que produzem energia alternativa (PCHs, biomassa, solar e - Usinas que produzem energia alternativa (PCHs, biomassa, solar e eólica) e vendem sua produção a consumidores livres ou por eólica) e vendem sua produção a consumidores livres ou por meio de programas governamentais, como o Proinfa. meio de programas governamentais, como o Proinfa.

No BrasilNo Brasil

Legislação atualLegislação atualA comercialização de energia elétrica é A comercialização de energia elétrica é atualmente realizada em dois ambientes atualmente realizada em dois ambientes diferentes:diferentes:

Os PIEs podem vender energia diretamente aos Os PIEs podem vender energia diretamente aos consumidores livres ou aos comercializadores de consumidores livres ou aos comercializadores de energia. Essa operação se dá no Ambiente de energia. Essa operação se dá no Ambiente de Contratação Livre, ACL, operacionalizado pela CCEE- Contratação Livre, ACL, operacionalizado pela CCEE- Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

Venda energia nos leilões do ACR - Ambiente de Venda energia nos leilões do ACR - Ambiente de Contratação Regulada, também operacionalizado Contratação Regulada, também operacionalizado pela CCEE. Nesse caso, os compradores são as pela CCEE. Nesse caso, os compradores são as distribuidoras de energia, que repassam a energia distribuidoras de energia, que repassam a energia aos consumidores atendidos por elas. aos consumidores atendidos por elas.

“Sobre toda e qualquer energia comercializada serão cobrados os encargos CDE, PROINFA e CCC”

CDE – Conta de Desenvolvimento EnergéticoCDE – Conta de Desenvolvimento EnergéticoCCC – Conta de Consumo de Combustíveis FósseisCCC – Conta de Consumo de Combustíveis FósseisPROINFA – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia

ElétricaElétricaOperador Nacional do Sistema Elétrico – ONS a apuração dos montantes financeiros de Encargos Setoriais, relativos à CDE, PROINFA e CCC”

Neste ano de 2009 foram recolhidosNeste ano de 2009 foram recolhidoso total de R$ 42,7 milhõeso total de R$ 42,7 milhões

R$ 23.949.601,73 referentes à CCCR$ 23.949.601,73 referentes à CCC R$ 11.423.558,67 à CDER$ 11.423.558,67 à CDE R$ 7.403.076,49 para o custeio do ProinfaR$ 7.403.076,49 para o custeio do Proinfa

A estrutura atual do Setor A estrutura atual do Setor Elétrico BrasileiroElétrico Brasileiro

Os principais agentes setoriais são:Os principais agentes setoriais são:- Ministério das Minas e Energias - MME:- Ministério das Minas e Energias - MME:

detém o poder concedente.detém o poder concedente.- Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL:- Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL:

detém os poderes regulador e fiscalizador.detém os poderes regulador e fiscalizador.- Operador Nacional do Sistema - ONS:- Operador Nacional do Sistema - ONS:

responsável pela operação física do sistema e responsável pela operação física do sistema e pelo pelo despacho energético centralizado.despacho energético centralizado.- Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE: CCEE: responsável pela operação comercial do sistema.responsável pela operação comercial do sistema.

Momento atual BrasileiroMomento atual BrasileiroQuando há um crescimento econômico e desenvolvimento social do país, a Câmara de Gestão de Crise (CGE) recomenda ao MME a contratação de suprimento de energia ao Sistema Interligado Brasileiro, na modalidade de Produtor Independente - PIE

Quando a CGE identificam a necessidade emergencial de aumento, em curto prazo, da capacidade de geração de energia elétrica para Suprimento ao Sistema Interligado Brasileiro – Incentivo aos PIEs

ANEELANEELPUBLICAÇÃO 04/11/09:Aneel planeja propor ao MME projeto de lei que unifica regime de geração A Agência Nacional de Energia Elétrica pretende propor um "esboço de projeto de lei" ao Ministério de Minas e Energia sobre A Agência Nacional de Energia Elétrica pretende propor um "esboço de projeto de lei" ao Ministério de Minas e Energia sobre

a unificação do regime de concessão para a geração. Segundo informou o procurador-geral da Aneel, Cláudio Girardi, será a unificação do regime de concessão para a geração. Segundo informou o procurador-geral da Aneel, Cláudio Girardi, será realizada uma reunião técnica sobre o tema, a fim de se fechar uma proposta na qual todas as usinas hídricas seriam realizada uma reunião técnica sobre o tema, a fim de se fechar uma proposta na qual todas as usinas hídricas seriam consideradas como produtoras independentes de energia.consideradas como produtoras independentes de energia.

Após a reunião, o tema será levado à diretoria da Aneel - que se aprovar, deve encaminhá-lo ao MME. "Essa é uma questão Após a reunião, o tema será levado à diretoria da Aneel - que se aprovar, deve encaminhá-lo ao MME. "Essa é uma questão antiga", disse Girardi, após participar do primeiro dia do XIV Seminário Jurídico ABCE, promovido pela Associação Brasileira de antiga", disse Girardi, após participar do primeiro dia do XIV Seminário Jurídico ABCE, promovido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica, em Brasília.Concessionárias de Energia Elétrica, em Brasília.

Girardi explicou que o conceito de produtor independente surgiu com a lei 9.074/1995 e que o novo modelo - lei 10.848/2004 Girardi explicou que o conceito de produtor independente surgiu com a lei 9.074/1995 e que o novo modelo - lei 10.848/2004 praticamente colocou em desuso a figura da concessão de serviço público - regime pelo qual está atrelado diversas usinas de praticamente colocou em desuso a figura da concessão de serviço público - regime pelo qual está atrelado diversas usinas de estatais. No entanto, o procurador descartou que o debate tenha relação com a proposta de prorrogação das concessões.estatais. No entanto, o procurador descartou que o debate tenha relação com a proposta de prorrogação das concessões.

A idéia, acrescentou, é de simplificar e atualizar o processo de outorgas. "O regime de concessão de serviço público foi criado A idéia, acrescentou, é de simplificar e atualizar o processo de outorgas. "O regime de concessão de serviço público foi criado pelo Código de Águas, de 1934", destacou. A proposta, nesse caso, envolveria autoprodutores - que passariam a ser pelo Código de Águas, de 1934", destacou. A proposta, nesse caso, envolveria autoprodutores - que passariam a ser considerados como produtores independentes e que teriam a parcela destinada à autoprodução em seu contrato de outorga.considerados como produtores independentes e que teriam a parcela destinada à autoprodução em seu contrato de outorga.

Além disso, observou o procurador, a proposta de lei abriria espaço para enquadramento de centrais geradoras hidrelétricas Além disso, observou o procurador, a proposta de lei abriria espaço para enquadramento de centrais geradoras hidrelétricas (CGH, de até 1 MW) e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs, de 1 MW até 30 MW). Isso porque, destacou, as CGHs hoje são (CGH, de até 1 MW) e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs, de 1 MW até 30 MW). Isso porque, destacou, as CGHs hoje são objeto de registro na Aneel apenas, e as PCHs podem obter autorizações. De acordo com Girardi, há vários casos de PCHs e objeto de registro na Aneel apenas, e as PCHs podem obter autorizações. De acordo com Girardi, há vários casos de PCHs e CGHs que são concessionárias, por conta da lei vigente na época da implantação.CGHs que são concessionárias, por conta da lei vigente na época da implantação.

A nova lei teria que trazer dispositivos segundo os quais estaria prevista a migração para a nova condição. Do mesmo modo, A nova lei teria que trazer dispositivos segundo os quais estaria prevista a migração para a nova condição. Do mesmo modo, observou, térmicas que receberam no passado concessões de serviço público hoje teriam que ser enquadradas como observou, térmicas que receberam no passado concessões de serviço público hoje teriam que ser enquadradas como produtoras independentes e com outorga por meio de concessão. Girardi recordou que, nesse caso em particular, as térmicas produtoras independentes e com outorga por meio de concessão. Girardi recordou que, nesse caso em particular, as térmicas não são geradoras a partir do uso do bem público, como as hidrelétricas. não são geradoras a partir do uso do bem público, como as hidrelétricas.

ANEELANEEL

ConclusãoConclusão

Os produtores independentes são capazes Os produtores independentes são capazes de ampliar e melhorar as condições de de ampliar e melhorar as condições de oferta e prestação de serviços tendo como oferta e prestação de serviços tendo como garantia o livre acesso aos sistemas garantia o livre acesso aos sistemas elétricos. Além disso, têm autonomia para elétricos. Além disso, têm autonomia para fechar contratos bilaterais de compra e fechar contratos bilaterais de compra e vendavenda

OBRIGADOOBRIGADO