Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Mayara Corrêa de Freitas, Estudante de Engenharia Civil, Centro
Universitário do Norte – Uninorte, Manaus.
Eng. Charles Brito de Ribeiro
RESUMO
O Gerenciamento de resíduos e uns dos principais temas discutidos na
Engenharia ·Civil. No Brasil e no mundo, o setor construtivo e o que, mas
geram resíduos e o uso de recurso natural, ocasionando impacto significativo
ao meio ambiente.
No Brasil os dados mostram que assim como nos Países as geraçõa
de resíduos são muito elevados sendo que 40% a 70% do total de resíduos
gerados são das etapas de demolição que ultrapassa o resíduo urbano.
Devido às altas gerações de resíduos foi criados em 2002 a resolução 307
(CONAMA) que responsabiliza as empresas pelos os resíduos e estabelece
que este deva ter como objetivo principal a não geração de resíduos e
secundariamente, a redução, e reutilização a reciclagem de forma correta e
não atingindo a real causa do problema.
A maioria das construtoras presta muita atenção nos seus lucros, tendo
em vista a causa orçamentaria em projetos construtivos e corrigir as causa de
orçamento analisando e controlar o custo de seus projetos assim deixando de
lado questões essenciais como o gerenciamento de resíduos a partir do
momento que as empresa aplicarem suas obras os programas de resíduos as
mesmas sairão com qualidade econômica e menos agressão ao meio
ambiente.
Palavras- chaves: Meio ambiente, Resíduos, Sustentabilidade.
ABSTRACT
Aste Management and one of the main topics discussed in Civil Engineering. In
Brazil and in the world, the construction sector and what, but generate waste
2
and the use of natural resources, causing a significant impact on the
environment.
In Brazil the data show that, as in the countries, the generation of waste is very
high and 40 to 70% of the total waste generated is from demolition stages that
go beyond urban waste.
Due to the high generation of waste, resolution 307 (CONAMA) was created in
2002, which makes companies responsible for waste and establishes that it
should have as its main objective the non-generation of waste and secondarily,
the reduction and reuse of recycling in a correct way and not reaching the real
cause of the problem.
Most construction companies pay close attention to their profits in view of
budgeting on constructive projects and correct budget causes by analyzing and
controlling the cost of their projects, thus leaving aside essential issues such as
waste management from the moment they the companies to apply their works
the waste programs will come out with economic quality and less aggression to
the environment.
Keywords: Environment, Waste, Sustainability.
1. INTRODUÇÃO
Durante a ECO-92 e a definição da Agenda 21, houve destaque a
necessidade urgente de se programar um adequado sistema de gestão
ambiental para os resíduos sólidos (GÜNTHER, 2000).
Uma das formas de solução para os problemas gerados é a
reciclagem de resíduos, em que a construção civil tem um grande potencial de
utilização dos resíduos, uma vez que ela chega a consumir até 75% de
recursos naturais (JOHN, 2000; LEVY, 1997; PINTO, 1999)
A questão da reciclagem na construção civil pode gerar muitos benefícios:
Redução no consumo de recursos naturais não renováveis, quando
substituídos por resíduos reciclados (JOHN, 2000).
Redução de áreas necessárias para aterro, pela minimização de
volume de resíduos pela reciclagem. Destaca-se aqui a necessidade da própria
3
reciclagem dos resíduos de construção e demolição, que representam mais de
50% da massa dos resíduos sólidos urbanos (PINTO, 1999).
Redução do consumo de energia durante o processo de produção.
Destaca-se a indústria do cimento, que usa resíduos de bom poder calorífico
para a obtenção de sua matéria-prima (co-incineração) ou utilizando a escória
de alto-forno, resíduo com composição semelhante ao cimento (JOHN, 2000).
Redução da poluição; por exemplo, para a indústria de cimento, que
reduz a emissão de gás carbônico utilizando escória de alto forno em
substituição ao cimento portland (JOHN, 1999).
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Apesar de sua importância econômica e desenvolvimentista, a
Construção Civil, também arca com o ônus de ser o elo da cadeia produtiva
que mais impactos impõe ao meio ambiente (Paschoalin Filho, Duarte, Guerner
Dias, & Cortes, 2013). Entre os danos causados, Paschoalin Filho e Graudenz
(2012) destacam: fim de reservas naturais não renováveis do material
explorado, alteração na paisagem, desmatamento, erosão, poluição do ar
decorrente de emissão de gás carbônico na atmosfera e poluição sonora.
Amadei, Pereira, Souza e Meneguetti (2011) comentam que, além de
impactos gerados durante a extração das matérias-primas naturais, também
ocorrem aqueles impactos causados pelos resíduos gerados nas etapas
posteriores, ou seja, na construção, demolição, manutenção, adequação e
reforma dos edifícios.
Dentre os impactos ambientais gerados pela construção civil, pode-se
destacar a grande geração de resíduos da construção civil (RCC). Os resíduos
de construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da
escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral,
solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,
fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou
metralha. (CONAMA, 2002)
4
Muitas podem ser as causas do desperdício nas obras de construção
civil que vão desde a fase do projeto que pode ser incorreto, fase de instalação
do canteiro, fase de planejamento da obra, transporte e armazenamento
inadequado de materiais, imperfeições no próprio material de construção, erros
de execução por desqualificação da mão de obra, entre outros. (ALVES;
QUELHAS, 2004)
A racionalização é importante para a redução da geração de resíduos e
deve partir do projeto. A racionalização gera uma economia efetiva na obra.
Um dos objetivos, de fato, é a redução de custos, mas essa não é a única
meta. A racionalização abrange não só processos, mas também a metodologia
de construção, projetos, técnicas novas de edificação, a mecanização e a
manutenção de padrão. (GERAB; KEHDI, 2003)
De acordo com a Abnt NBR ISO: 14.004/2005, na medida em que
aumentam as preocupações com a qualidade do meio ambiente, as
organizações têm voltado sua atenção para os impactos ambientais causados
por suas atividades, seus produtos e serviços.
Para Motta (2009), a inserção da preocupação com a Sustentabilidade
no setor da Construção Civil é essencial para a redução do impacto ambiental
das obras, cabendo às empresas construtoras a adoção de práticas de
gerenciamento e fiscalização baseadas em conceitos coerentes com o conceito
de Sustentabilidade.
3. SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA), DE QUALIDADE (SGQ)
E CERTIFICAÇÕES.
Na fase de execução do projeto podem ser implementados Sistemas
de Gestão Ambiental (SGA) e de Qualidade (SGQ), que consistem em
ferramentas que permitem às empresas estabelecerem um processo de
constante melhoria do seu desempenho ambiental, reduzindo o impacto de
suas atividades. Este desempenho tem significativa importância para seus
stakeholders e o público consumidor
Parte das construtoras brasileiras vem investindo para obtenção de
certificações de SGQ ISO 9.001 e PBQP-H, bem como SGA específicas para a
Construção Civil, tais como: Leadership in Energy and Environmental Design
5
(Leed), Processo Aqua ou ISO 14.001. As construtoras vêm se organizando
qualitativamente, visando a estas certificações, de forma que possam obter
financiamento de suas obras junto a instituições bancárias públicas e privadas.
Para Casado (2011), construir seguindo orientações e critérios de
sistemas de certificação ambiental trazem diversos benefícios ambientais, tais
como o consumo de energia que passa a ser, em média, 30% menor; o
consumo de água sofre redução de 30% a 50%; a redução da emissão de CO2
pode alcançar 30% e a redução na geração de resíduos poderá variar entre
50% a 90%.
4. RECICLAGEM E LOGÍSTICA REVERSA DOS RCC
De acordo com Sassi (2008), nesta forma de cadeia, os produtos e os
materiais poderiam ser reintegrados em uma nova construção por meio de
processos de reciclagem e recuperação. Esta afirmação encontra respaldo na
opinião de Housseini et. al. (2015), os quais comentam que a logística reversa
na Construção Civil está diretamente relacionada com o reuso dos
componentes ou materiais de uma construção obsoleta em outra mais nova.
Na visão dos autores, a logística reversa consiste em uma prática sustentável
na Construção Civil, podendo oferecer diversos benefícios na esfera ambiental
(Housseini et. al., 2015).
Nunes, Mahler e Valle (2009) consideram a logística reversa na
Construção Civil como sendo a forma como é planejado, operado e controlado
o fluxo de produtos pós-venda ou pós-consumo de volta ao processo produtivo,
por meio de canais de distribuição reversa, agregando valores econômicos,
ambientais, sociais, etc. Na visão de Housseini et. al. (2015), a logística reversa
trata do movimento dos produtos, bens e materiais, do ponto de consumo para
sua origem.
5. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
Analisados 100 canteiros de obras inicialmente em 12 estados do
Brasil, constatou-se o tamanho do desperdício da construção civil: em média,
gastam-se em reais 3 a 8% a mais em material do que o necessário em função
6
das perdas, tanto incorporadas na própria edificação - 2/3 desse volume -
quando sob a forma de entulho. (ALVES; QUELHAS, 2004)
TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DOS RCC SEGUNDO A RESOLUÇÃO 307/2002 – CONAMA
TABELA 2 – DEFINIÇÕES CONFORME RESOLUÇÃO 307/2002 – CONAMA
7
6. RESOLUÇÃO CONAMA 307/02
A regulamentação ambiental de RCC, é baseada em uma política
ambiental de segurança mínima, implementada através de instrumentos de
comando e controle e instrumentos econômicos, inserida em macro políticas
ambientais. Trata-se da Resolução CONAMA 307, de 5 de julho de 2002, que
tem como objetivo o disciplinamento das ações necessárias para a
minimização dos impactos ambientais do setor da construção civil (Brasil,
2002). A Resolução CONAMA 307/02 se destaca como a primeira ação
consolidada para a regulamentação do gerenciamento do resíduo sólido da
construção civil, sendo de extrema importância e podendo ser considerada
como o marco regulador da questão dos resíduos da construção civil. Sendo
assim, a responsabilidade pelos resíduos das atividades de construção,
reforma, reparos e demolições passam a ser do gerador e, para a efetiva
solução da destinação inadequada desses resíduos, prevê-se a participação de
8
todos os atores envolvidos: poder público, geradores, transportadores e
destinatários (MARCONDES,2005). A Resolução apresenta como objetivo
principal a não geração de resíduos e, secundariamente, redução, reutilização,
reciclagem e destinação final, com reservação para uso futuro. A partir de julho
de 2004, os resíduos da construção civil não podem ser dispostos em aterros
de resíduos domiciliares, áreas de "bota fora", encostas, corpos d água, lotes
vagos e áreas protegidas por Lei (Brasil, 2002). O Plano Integrado de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PIGRCC) é o instrumento
previsto para a implementação da Resolução e incorpora o Programa Municipal
de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PMGRCC) e Projetos de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC). O PIGRCC é de
responsabilidade da municipalidade e do Distrito Federal, com prazo de
elaboração definido para 02/01/04 e para implementação, 02/07/04 (Brasil,
2002).
7. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
O Decreto Municipal de Manaus Nº 1.349 de 09 de novembro de 2011,
determina em consonância com o que estabelece à Política Nacional de
Resíduos Sólidos a Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010, que a atualização do
Plano deve ser realizada a cada quatro anos. Portanto, os municípios devem
elaborar o plano de gestão integrada de resíduos sólidos, e realizar sua
respectiva atualização no prazo supracitado observando prioritariamente o
período de vigência do Plano Plurianual. A sustentabilidade é vista de forma
abrangente, envolvendo as dimensões ambiental, social, cultural, econômica,
política e institucional, conforme indicações da Agenda 21(MMA, 2000).
8. LEI FEDERAL Nº 12.305/10
A Lei nº 12.305/10 instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos
(“PNRS”). Possui uma abordagem atual e importantes instrumentos a fim de
viabilizar os avanços que o país necessita para enfrentar diversos problemas
ambientais, sociais e econômicos derivados do manejo inadequado dos
resíduos sólidos.
9
9. ESTUDO DE CASO
De acordo Yin (2010), o estudo de caso poderá se utilizar de seis
fontes potenciais de coleta de informação, sendo estas: documentos, registros,
entrevistas, observação direta, observação dos participantes e artefatos físicos.
Para realização dos estudos tivemos parceria de uma empresa de
construção, que desenvolvem atividades de escavação, reformas, demolições
e obras industriais, comerciais e residenciais. A empresa estava atualmente
com uma obra em andamento, de um ponto comercial.
Para podermos saber a quantidade de resíduos gerados foram
levantados alguns dados, esses dados foram feitos com visitas o local e
acompanhamentos diários em loco. Juntamente com entrevista os proprietários
todo processo foi realizado com base nas recomendações da Resolução
CONAMA nº 307/2002.
9.1 Coleta de Dados
9.1.1 Levantamento Dos Tipos De Resíduos Gerados Pelas Empresas
A obra em questão trata de obra comercial com 275 m² de área
construída, em um terreno de 525 m².
Podemos percebe através do acompanhamento que os resíduos
gerados nos canteiros de obra das empresas de construção civil são
comumente iguais variando pouco uma das outras são compostos por solo,
concreto, argamassas, alvenaria de tijolos, componentes cerâmicos, gesso,
madeira, metais, papel, plásticos e os resíduos perigosos. A geração dos
resíduos da construção civil na empresa está diretamente relacionada às
perdas ocorridas nas obras, aos produtos de demolições e escavações.
Durante o andamento da obra houve necessidade de serviços de
demolições de estruturas construídas e escavações, o que contribuiu
significativamente na geração dos resíduos. Contribuindo muito para boa parte
dos resíduos gerados na obra. Foram necessários também os serviços de
terraplenagem para nivelamento do terreno gerando ainda mais resíduos.
10
Inicialmente a obra começou com o processo de treinamento dos funcionários
com algumas palestras para mostra quais os métodos que seriam utilizados
para o gerenciamento dos resíduos gerados. Alguns colaboradores já
conheciam por alto sobre de gerenciamento de resíduos. Foram feitas visitas
técnicas durante todo o período da obra primeiramente para conhecimento do
local e após para acompanhamento dos processos. Durante os estudos
realizados observamos que para melhor entendimento e acompanhamento
dividirmos em fazes.
Faze 1- Planejamento
Faze 2 - Implantação
Faze 3 – Monitoramento
Na primeira etapa que no caso e do planejamento foi unas das mais
importantes para os estudos, pois foi nesta fase onde os levantamentos para
melhor conhecer o local e identificar quais procedimentos mais se encaixam na
obra e quais tipos de resíduos gerados, quais poderiam ser reaproveitados na
obra ou em outros locais.
Também durante esta etapa que os funcionários receberam
treinamento e palestra para conhecimento sobre os impactos que os resíduos
geram em nosso ambiente, e quais a formas de gerenciar esses resíduos. Para
os superiores foram designados tarefas para que possam manter o canteiro de
obra em ordem e atendendo as exigências normativas da norma
regulamentadora NR18.
Foi passado juntamente aos funcionários e serventes de pedreiros
como devem ser feita a seleção dos resíduos, juntamente com a aplicação de
baias para melhor entendimento do processo. De acordo com a resolução da
CONAMA nº307\2002 a seleção deve obedecer aos seguintes critérios.
Art. 9º Os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão
contemplar as seguintes etapas:
11
I - caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar
os resíduos;
II - triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na
origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa
finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidas no art. 3º
desta Resolução;
III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos
resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em
todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de
reciclagem;
IV - transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas
anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o
transporte de resíduos;
V - destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta
Resolução.
Art. 10. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das
seguintes formas:
Art. 10. Os resíduos da construção civil, após triagem, deverão ser
destinados das seguintes formas:
I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de
agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da
construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou
reciclagem futura;
I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de
agregados ou encaminhados a aterro de resíduos classe A de
reservação de material para usos futuros.
II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a
áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a
permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.
IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e
destinados em conformidade com as normas técnicas específicas.
12
IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.
Outra parte importante na obra e a fase de execução, e durante
esta fase onde ocorre grande parte da geração dos resíduos muitos
vezes e inevitáveis, mas também existe a questão do desperdício de
materiais.
10. IMPLANTAÇÃO
Na fase de implantação colocamos em pratica, os dados
levantados na primeira etapa. Para início foram providenciadas as baias,
as baias foram produzidas no próprio canteiro de obra, feitas de
madeiras da própria obra e com fundo para evitar contato com o solo
evitando assim contaminação ao solo todo o processo das baias foram
feitos de acordo com a resolução CONAMA 307\2002.
Após prontas as baias foram pintadas e colocamos adesivos para
melhor identificação. Cada cor e tipo de adesivo mostra especificamente
quais os tipos de resíduos serão depositados na mesma.
Sabemos que e praticamente impossível não existir a geração de
resíduos na construção civil e que esses resíduos pesam em muito no
orçamento final da obra cerca de 5% do orçamento de uma obra fica em
torno dos desperdícios isso incluem resíduos gerados que estavam
foram do cronograma. Por este motivo e de suma importância que as
obras contem com um programa de gerenciamento de resíduos.
11. MONITORIAMENTO
O monitoramento da obra iniciou-se em junho de 2018 e
estendeu-se até outubro de 2018 onde finalizaram os serviços. Durante
todo o período de construção foi feito o monitoramento e
13
acompanhamento para melhor identificação dos resultados durante os
estudos foi feito o acompanhamento para sabermos se tudo estava
sendo feito conforme especificações. Todos os resíduos foram
quantificados assim temos como ter uma noção da quantidade real dos
resíduos gerados. Segue abaixo os resultados.
12. QUANTIFICAÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS
Conforme os estudos realizados obtiveram os seguintes resultados
durante a execução da obra, foram realizadas várias coletas com o valor total
de 12,5 caçambas estacionárias de RCC. Cada caçamba estacionária tinha
capacidade para 5 m3 .
Sabendo esse valor podemos calcular o volume total de resíduos
durante a obra que corresponde a um volume de 66.25 m3. Assim temos os
resíduos de tijolos com maior volume cerca de 13 m³ , gerados pelos processos
de demolições e perdas no canteiro de obra.
Em seguida têm-se os resíduos de concreto gerado por demolições e
perdas, com o volume de 11 m³ e os resíduos de argamassa também
resultante de demolições e perdas por desperdício com volume de 10 m³.
Os resíduos menos expressivos foram os de papel provenientes de
embalagens de produtos com volume de 2 m³ e os de metais com o volume de
0,04 m3. Com um maior volume bastante elevados temos os resíduos de solo
com 20 m³, os resíduo de madeira de fôrmas e estruturas de suporte para
diversos serviços com o volume de 10 m³.
13. REAPROEVEITAMENTO DOS RESIDUOS
Apesar de termos feito todo o acompanhamento da obra e
aplicarmos o gerenciamento com monitoramento, sabemos que e
impossível zerar essa questão, mas o que vai fazer a diferença neste
caso e como esse resíduo vai ser descartado.
No nosso estudo foram baseados de acordo com as
especificações da resolução CONAMA 307\2002. Para a reutilização dos
14
resíduos dividimos em partes alguns resíduos foram reutilizados na
própria obra, pois muitos dos resíduos gerados têm grande potencial
para reciclagem ou reuso.
14. MATERIAIS REUTILIZADOS
ARGAMASSA – a argamassa foi reutilizada na própria obra
juntamente com a areia para preparo do reboco. Este item está de
acordo com norma. Para esta finalidade, a ABNT editou, em 2004, a NBR
15.116, que especifica os requisitos para a utilização de agregados reciclados
de resíduos da construção civil no preparo de concreto sem função estrutural e
para sua utilização em pavimentação.
PAPELÃO OU PAPEL- Estes resíduos e gerados das
embalagens utilizadas na obra como, por exemplo, sacos de cimento,
cerâmicas e outros. Todo esse resíduo foi doado para a reciclagem.
Os demais materiais que não foram reutilizados na obra foram
recolhidos por uma empresa terceirizada contratada especificamente
para esse tipo de serviço. De acordo com o que foi pesquisada esta
empresa encaminha os resíduos para reciclagem. Porém não tivemos as
informações exatas de qual e o local e para que tipo de empresa, ao
entra em contato com os donos das duas empresas os mesmos não
souberam informa o real destino dos resíduos.
Quadro 1 – Fontes Geradoras De Resíduos
Natureza Da Geração Tipos De Resíduos Gerados
Escavações Solo.
Demolição Concreto, argamassas, tijolos, componentes cerâmicos e
gesso.
Perdas por extravio Tijolos e componentes cerâmicos.
15
Perdas por Desperdício Concreto, argamassas e gesso.
Perdas por processamento
em si
Tijolos, componentes cerâmicos, plástico, metais e
madeira.
Pintura (Resíduos
perigosos)
Tintas, seladores, vernizes, texturas, pincéis, broxas,
trinchas, trapos, estopas e embalagens plásticas e de metal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A geração de resíduos vem crescendo a cada dia mais no nosso país,
em todos os setores que podemos imaginar. Com o desenvolvimento mundial e
o surgimento da tecnologia isso fica ainda mais evidente. Infelizmente a
construção civil e uma das áreas que mais se expande e em consequência
uma das que gera mais resíduo, muito mais que os resíduos gerados pela
população.
No Brasil os dados mostram que assim como em outros países a geração
de resíduos são muito elevados sendo que 40% a 70% do total de resíduos
gerados são das etapas de demolição que ultrapassa o resíduo urbano.
Justamente por essa questão em 2002 a resolução 307 (CONAMA) que
responsabiliza as empresas pelos os resíduos e estabelece que este deva ter
como objetivo principal a não geração de resíduos e secundariamente, a
redução, e reutilização a reciclagem de forma correta e não atingindo a real
causa do problema. Muitas empresas visam muito os lucros que vão adquirir
em uma determinada obra, deixando de lado a questão dos impactos causados
ao meio ambiente um exemplo bem atual foi o rompimento da barragem em
brumadinho causando assim um desastre ambiental irrecuperável, pois se a
empresa tivesse criado um programa de gerenciamento dos resíduos mais
eficazes não teria ocorrido o desastre.
As empresas precisam entender que quando se aplica um projeto de
gerenciamento de resíduos de qualquer forma não esta tendo um gasto, mais
sim encontrando meios de cuidar do ambiente e fora os incentivos e selos de
certificações que a mesma irá receber.
Os estudos aqui realizados visam mostra como funciona o
gerenciamento de resíduos em certa empresa. Mostramos como esses
16
resíduos se formam e qual e melhor forma de gerenciá-los. Foi feito um
levantamento com dados coletados na empresa juntamente com o auxilio de
seus responsáveis e após essa coleta podemos ter uma real noção da
quantidade de resíduos e quais etapas do serviço mais geram resíduos.
Podemos percebe que essa questão dos resíduos necessita cada dia
serem mais estudados e que a implantação de programas de gerenciamento
de resíduos e de fundamental importância para o meio ambiente.
17
REFERÊNCIAS
ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil 2014. São
Paulo: ABRELPE, 2014. Disponível em:
http://www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2014.pdf.
BRASIL. Resolução CONAMA nº. 307, de 05 de julho de 2002. Estabelece
diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção
civil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2002.
BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 2010b.
CABRAL, Antônio Eduardo Bezerra; MOREIRA, Kelvya Maria de Vasconcelos.
Manual sobre os Resíduos Sólidos da Construção Civil: Programa Qualidade
de Vida na Construção. SindusCons-CE. Fortaleza, 2011.
IPEA-Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Diagnóstico dos Resíduos
Sólidos da Construção Civil. Relatório de Pesquisa. Brasília, 2012. Disponível
em: . Acesso em Fevereiro de 2016.
LIMA, Rosimeire Suzuki, LIMA, Ruy Reynaldo Rosa. Guia para Elaboração de
Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. Série de
Publicações temáticas do CREA- PR, nº 1. Paraná, 2009.