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Resenha Gerenciando pessoas Livro de Chiavenato ensina a gerentes que questionamento não é incompatível com hierarquia Ama/do de Moura Faria Rlnaldo, da Biblioteca, autor desta resenha: "somos forçados a comparações com o nosso ambiente de trabalho" Mestre e PhD em Administração de Empresas pela City University of Los Angeles, Califórnia, EUA, Idalber- to Chiavenato é um dos melhores autores na área de administração de empresas, principalmente, no tocante aos aspectos humanos de administração participativa. Dividido em dez capítulos, em linguagem acessível, bem explicado e compreensível, "Gerenciando pessoas", como o próprio autor diz no prefácio, é destinado ao gerente ou a qualquer pessoa que esteja dirigindo outras pessoas, em qualquer área e em qualquer nível da organização. Diz ainda: "De nada adian- ta - como fazem muitos - tentar simplesmente melhorar a realização das tarefas, através denovas tecnologias, equi- pamentos, métodos e processos - se não melhorar o gerenciamento das pessoas e, sobretudo, investir pesadamente nelas. Aliás, fala-se muito em investir empesso- as e propiciar condições de sua participação efetiva na decisões empresa- riais. Porém, a distância entre o discurso e a prática é verdadeiramente monumen- tal". (. . .) Passeando pelas linhas deste livro, somos forçados a comparações com o nosso próprio ambiente,de trabalho. Vemos, assim, que o autor escreve com cork imento de causa e dá pistas importantes para que o gerente seja o propulsor de mudanças na organização, a partir do envol- vimento da equipe, conciliando os objetivos individuais cornos objetivos organizacionais através da participação, "com liberdade de questionar, discutir, sugerir, modificar, alterar, questionar uma decisão, um projeto ou uma sim- ples proposta. Isso não significa destruir ou anular os centros de poder, pois a administração participativa é compatível com a hierarquia. Não significa subverter a autoridade, desautorizar, bagunçar. As pessoas são envol- vidas, estimuladas e desejosas de contribuir, em um clima de confiança mútua entre as partes, especialmente entre gerentes e subordinados. Isso é completamente diferente do sistema que manda, impõe, coage e fiscaliza e que não ouve, nem discute nem considera o ponto de vista das pessoas envolvidas". O autor analisa, ainda, corno fazer a escolha, o preparo e a liderança da equipe de trabalho, terminando com a avalização de desempenho e sistemas usuais de remune- ração. Consideramos que esta é uma obra de leitura obriga- tória para todos os que têm sob sua responsabilidade o gerenciamento de pessoas, pois nos força a avaliar como estamos agindo no nosso dia-a-dia. Além do mais, "estão ocorrendo mudanças - rápidas e intensas - no mundo das organizações. As mudanças são internas. Elas ocorrem dentro das empresas. Mais do que isto: elas são definitivas e irreversíveis, de tal modo que as empresas nunca mais serão as mesmas". Êprecisoque caminhemosjunto comas inovações que estão sendo promovidas pelo mundo afopara não ficar- mos na contramão da história, ou do fu). CHIAVENATO, Ídalberto. Gerenclando pessoas; o passo decisivo para a administração participativa. São Paulo: Makron Books, 1992. 236 páge.

Gerenciando pessoas - Assembleia de Minas · 2019-05-28 · de trabalho" Mestre e PhD em Administração de Empresas pela City University of Los Angeles, Califórnia, EUA, Idalber-to

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• Resenha

Gerenciando pessoasLivro de Chiavenato ensina a gerentes que questionamento não é incompatível com hierarquiaAma/do de Moura Faria

Rlnaldo, daBiblioteca, autordesta resenha:"somos forçados acomparações como nosso ambientede trabalho"

Mestre e PhD em Administração de Empresas pelaCity University of Los Angeles, Califórnia, EUA, Idalber-to Chiavenato é um dos melhores autores na área deadministração de empresas, principalmente, no tocante aosaspectos humanos de administração participativa.

Dividido em dez capítulos, em linguagem acessível,bem explicado e compreensível, "Gerenciando pessoas",

como o próprio autor diz no prefácio, édestinado ao gerente ou a qualquer pessoaque esteja dirigindo outras pessoas, emqualquer área e em qualquer nível daorganização. Diz ainda: "De nada adian-ta - como fazem muitos - tentarsimplesmente melhorar a realização dastarefas, através denovas tecnologias, equi-pamentos, métodos e processos - se nãomelhorar o gerenciamento das pessoas e,sobretudo, investir pesadamente nelas.Aliás, fala-se muito em investir empesso-as e propiciar condições de suaparticipação efetiva na decisões empresa-riais. Porém, a distância entre o discursoe a prática é verdadeiramente monumen-tal". (. . .)

Passeando pelas linhas deste livro, somos forçados acomparações com o nosso próprio ambiente,de trabalho.Vemos, assim, que o autor escreve com cork imento decausa e dá pistas importantes para que o gerente seja opropulsor de mudanças na organização, a partir do envol-vimento da equipe, conciliando os objetivos individuais

cornos objetivos organizacionais através da participação,"com liberdade de questionar, discutir, sugerir, modificar,alterar, questionar uma decisão, um projeto ou uma sim-ples proposta. Isso não significa destruir ou anular oscentros de poder, pois a administração participativa écompatível com a hierarquia. Não significa subverter aautoridade, desautorizar, bagunçar. As pessoas são envol-vidas, estimuladas e desejosas de contribuir, em um climade confiança mútua entre as partes, especialmente entregerentes e subordinados. Isso é completamente diferentedo sistema que manda, impõe, coage e fiscaliza e que nãoouve, nem discute nem considera o ponto de vista daspessoas envolvidas".

O autor analisa, ainda, corno fazer a escolha, o preparoe a liderança da equipe de trabalho, terminando com aavalização de desempenho e sistemas usuais de remune-ração.

Consideramos que esta é uma obra de leitura obriga-tória para todos os que têm sob sua responsabilidade ogerenciamento de pessoas, pois nos força a avaliar comoestamos agindo no nosso dia-a-dia. Além do mais, "estãoocorrendo mudanças - rápidas e intensas - no mundo dasorganizações. As mudanças são internas. Elas ocorremdentro das empresas. Mais do que isto: elas são definitivase irreversíveis, de tal modo que as empresas nunca maisserão as mesmas".

Êprecisoque caminhemosjunto comas inovações queestão sendo promovidas pelo mundo afopara não ficar-mos na contramão da história, ou do fu).

CHIAVENATO, Ídalberto. Gerenclando pessoas; opasso decisivo para a administração participativa.São Paulo: Makron Books, 1992. 236 páge.