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www.fiecweb.cat [email protected] 7 TRESORS DEL PATRIMONI CULTURAL DE LA CATALUNYA EXTERIOR Amb el suport de 31 de juliol de 2012

Germinação e viabilidade de sementes de pupunha em ... · temperatura de 105º C, por 24 horas, de acordo com as Regras de Análise de Sementes (Brasil, 1976). RESULTADOS E DISCUSSÕES

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Germinação e viabilidade de sementes de pupunha em diferentes ambientes e

tipos de embalagens

Maria das Graças Conceição Parada Costa Silva1, José Roberto Vieira da Melo 2 1 Engª Agrônoma, MSc, Centro de Pesquisa do Cacau-Cepec/ Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Km 22 Rod Ilhéus-Itabuna, Cx Postal 07, Ilhéus, BA, Brasil 45600-970. [email protected] 2 Engº Agrônomo, Doutor, Centro de Pesquisa do Cacau-Cepec/ Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Km 22 Rod Ilhéus-Itabuna, Cx Postal 07, 45600-970 [email protected]

INTRODUÇÃO

A pupunheira (Bactris gasiapaes Kunth) é uma palmeira de origem tropical e foi introduzida

na Bahia com a finalidade principal de produção de palmito.

A propagação é normalmente realizada por sementes e a manutenção da viabilidade

constitui-se em um dos principais problemas na produção de sementes e na

comercialização, devido à distância das regiões produtoras, haja vista que os plantios para

produção de frutos existentes na região sul baiana, não atende a demanda de material

botânico para os plantios de palmito.

Por ser de característica recalcitrante, tem-se observado que o índice de germinação das

sementes armazenadas e ou transportadas sem os devidos cuidados com o tipo de

embalagem, chega a menos de 50 %, acarretando grande perda e prejuízos para o produtor

de sementes.

O objetivo deste estudo foi estudar a conservação da viabilidade e a germinação das

sementes de pupunheira armazenadas em ambiente natural e com temperatura controlada,

em dois tipos de embalagem.

MATERIAL E MÉTODOS

As sementes foram coletadas nos plantios de pupunha da Estação Experimental Lemos

Maia, em Una, Ba. Após a extração, as sementes foram lavadas e tratadas com uma

solução de hipoclorito de sódio a 1%, durante 15 minutos. Foram secas à sombra por 6

horas e após este período foi determinado o Teor de água das sementes (Umidade inicial).

O lote de sementes foi dividido em duas partes, nos dois tipos de embalagens e levado para

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o Laboratório de Biotecnologia do Cepec onde o ensaio foi instalado. O delineamento

experimental foi inteiramente casualizado, no esquema fatorial 2 x 2, com quatro repetições

de 10 e 100 sementes, para o teste de Tetrazólio e de germinação, respectivamente. Os

tratamentos foram representados pelo ambiente climatizado, constituído de uma Câmara

com temperatura de 20º C e ambiente natural, e dentro de cada um deles, as embalagens

representadas por sacos de polietileno simples e sacos de polipropileno trançado (ráfia),

assim distribuídos: Tratamento 1- Sacos polietileno em ambiente natural; Tratamento 2 –

Sacos de polipropileno (ráfia) em ambiente natural; Tratamento 3 – Sacos de polietileno

dentro da câmara; Tratamento 4 – Sacos de polipropileno dentro da câmara. As avaliações

foram realizadas a cada 30 dias, durante 150 dias.

Para estudar a viabilidade das sementes foi utilizado o Teste de Tetrazólio a 0,5 % em

embriões excisados, imersos na solução por 4 horas (Ferreira & Sader, 1987). As

colorações dos embriões em contato com a solução determinam a viabilidade das

sementes, representadas pela cores vermelha e rosa intenso. As demais colorações,

rosado, manchado e branco indicaram que os embriões perderam a condição de respirar

significando a diminuição ou perda da viabilidade.

O teste de germinação foi conduzido em caixas Gerbox, com substrato de vermiculita,

esterilizado a 130º C e umedecido com água destilada na proporção de duas vezes o peso

do substrato e acondicionadas em Câmara de Germinação à temperatura de 26º C. Em

todas as avaliações mensais foi determinado o teor de água das sementes, em estufa à

temperatura de 105º C, por 24 horas, de acordo com as Regras de Análise de Sementes

(Brasil, 1976).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

1.1-Teor de água – O teor de umidade das sementes de pupunha foi mantido acima de 40%

durante 5 meses (julho – teor de água inicial a dezembro) quando armazenadas em sacos

de polietileno (SP), não importando o tipo de ambiente. Entretanto, as sementes

armazenadas em sacos de prolipropileno (Saco de Ráfia – SR), a umidade ficou abaixo de

40% desde o primeiro mês de avaliação (tabela 1).

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Tabela 1. Teor de água das sementes de pupunha armazenadas em diferentes ambientes e tipos de embalagens

Teor de umidade (%)

Meses SP-não

climatizado SR- não

climatizado SP-

climatizado SR-

climatizado

Umidade inicial 42,7 37,7 41,1 44,0

ago-07 42,0 35,5 40,0 36,6

Set-07 40,8 13,9 42,0 20,3

Out-07 41,0 15,6 40,9 18,1

Nov-07 41,3 10,1 40,3 14,3

Dez-07 40,9 10,9 41,6 14,7

jan-08 36,6 10,4 38,2 13,9

1.2 Teste de Germinação – A primeira leitura foi realizada 30 dias após (setembro) o início

do teste (agosto). A partir desta leitura, observou-se uma baixa porcentagem de germinação

das sementes armazenadas em sacos de ráfia, nos dois ambientes (tabela 2).

Tabela 2. Teste de germinação das sementes de pupunha armazenadas em diferentes ambientes e tipos de embalagem

Meses

Teste de germinação (%)

SP-não climatizado

SR- não climatizado

SP-climatizado

SR-climatizado

Set-07 88,0 60,0 83,0

43

Out-07 87,0 1,2 85,7 3,6

Nov-07 72,0 0,0 82,0 4,0

Dez-07 88,0 0,0 90,0 0,0

jan-08 88,0 0,0 78,0 0,0

fev-08 66,0 0,0 68,0 0,0

Ficou evidenciada uma estreita relação entre o teor de umidade das sementes de pupunha e

a germinação, coincidindo com os resultados obtidos por Ferreira e Santos (1992) e Bovi et

al (2004). Os sacos de ráfia, por terem malhas abertas, possibilitaram a perda da umidade

das sementes afetando diretamente a germinação, haja vista que as sementes da pupunha

são recalcitrantes (Ferreira e Santos, 1992).

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1.3 – Teste de Tetrazólio - os resultados ratificaram as observações anteriores, de que os

sacos de polietileno conservaram as sementes de pupunha durante 5 meses, nos dois

ambientes de armazenamento. As cores vermelha e rosa intenso, foram predominantes nos

tratamentos onde foram utilizados as embalagens de polietileno, sendo que a cor vermelha

foi observada predominante nos dois primeiros meses.

Segundo Carneiro (1987), a embalagem para armazenamento de sementes exerce

importante papel na manutenção do vigor inicial. O emprego de sacos de polietileno, com

0,1 mm de espessura, para permitir troca gasosa suficiente entre as sementes e o ambiente

externo, minimizando a perda de água das sementes, apresentou resultados satisfatórios no

armazenamento de sementes de abacateiro e de seringueira (Bonner, 1978).

CONCLUSÃO

A embalagem de polietileno (sacos plásticos) conservaram a umidade das sementes acima

de 40% durante os primeiros 5 meses, nos dois ambientes, assim como manteve uma boa

porcentagem de germinação e a viabilidade das sementes, sendo indicado para

armazenamento e transporte de sementes de pupunha a longas distâncias. O saco de ráfia

não é apropriado para conservação de sementes de pupunha, por mais de 01 mês de

armazenamento.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONNER, F.T. Storage of hardwood seeds. Forest Genetic Resources Information, Rome, n.7, p.10-17, 1978.

BOVI, M. L.A.; MARTINS, C. C. & SPIERING, S. H. Desidratação de sementes de quatro lotes de pupunheira: efeitos sobre a germinação e o vigor. Hortic. Bras. Brasília, vol.22 n.1, p. 109-112, 2004.

BRASIL - 1976. Ministério da Agricultura. Regras para análise de sementes. Brasília. 188p. CARNEIRO, J.G.A. Armazenamento de sementes florestais. Curitiba: FUPEF, 1987. 35p. FERREIRA, S. A. N.&; SANTOS, L. A. Viabilidade de sementes de pupunha (Bactris gasipaes Kunth.). Acta Amazonica, Manaus, v.22, n.3, p. 303-307, 1992.

FERREIRA, S. A. N.; & SADER, R. Avaliação da viabilidade de sementes de pupunha (Bactris gasipaes H.B.K. pelo teste de tetrazólio. Revista Brasileira de Sementes, v. 9, n. 2, p. 109-114, 1987.

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