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GESTÃO AMBIENTAL RENOVAÇÃO DE LICENÇA AMBIENTAL

GESTÃO AMBIENTAL - sindicermg.com.br · A licença ambiental não deve ser encarada somente como um procedimento burocrático ou um resultado final de um processo. O empreendedor

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GESTÃO AMBIENTAL

RENOVAÇÃO DE LICENÇA AMBIENTAL

FICHA TÉCNICA

Realização:Sistema FIEMG - Federação das Indústrias do Estado de Minas GeraisSuperintendência de Desenvolvimento EmpresarialCoordenaçãoGerência de Meio Ambiente da FIEMG

Belo Horizonte2014

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ÍNDICE

Introdução 4

Obtive minha licença de operação. O que devo fazer? 5

Gestão de Condicionantes 8

Obrigações Ambientais pós-Licenciamento Ambiental 11

Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental - RADA 22

Gestão Ambiental para Revalidação da Licença 25

Renovação de Licença 26

Produção mais Limpa 29

Automonitoramento e Gestão 36

Indicadores de Desempenho Ambiental 42

Bibliografia 47

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INTRODUÇÃO

As empresas estão hoje inseridas em um ambiente de árdua competitividade em que a velocidade das mudanças tecnológi-cas e organizacionais integra-se com a sistemática ambiental. Neste contexto, o enriquecimento do arcabouço legal, a inser-ção de critérios de desempenho ambiental como requisito de mercado, as políticas operacionais de instituições financeiras para concessão de crédito e a sociedade cada vez mais ante-nada para as questões ambientais provocam a necessidade de melhoria da performance do processo produtivo, considerando o bom desempenho ambiental no processo de gestão empresarial.

Esse tipo de conduta empresarial está se tornando um aspec-to fundamental na Governança Corporativa e empresas que não trabalham sobre esse cerne enfrentam riscos de todas as ordens como apresentado na Figura 1 a seguir:

PROCESSO

• Desperdícios• Acidentes• Risco potencial à saúdepública e ao meio ambiente• Gastos adicionais como tratamento

• Baixo valor de mercadode seus ativos• Encarecimento definanciamentos• Desvalorização da marca• Insegurança de investidores

• Aplicação de multas• Enquadramento na lei de crimes ambientais • Cancelamento da AAF ou da licença ambiental• Suspensão das atividades• Ações do Ministério Público

MERCADO LEGAIS

Figura 1 - Riscos Ambientais

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Meio ambiente se tornou muito mais que um modismo, deven-do estar perfeitamente alinhado ao nível estratégico das orga-nizações. Manter e conduzir um processo de gestão ambiental melhora a competitividade e o acesso a novas oportunidades de desenvolvimento de processos, produtos, serviços e merca-do. Também estrutura ações focadas na utilização racional das matérias-primas, água e energia, prevenindo a utilização de ma-teriais perigosos e tóxicos e reduzindo a quantidade e toxidade de todas as emissões e resíduos na fonte.

Os compromissos de ordem ambiental se traduzem em inúmeras vantagens como fomento à competitividade, acesso a mercados, prática de inovação, ganhos econômicos, conformidade com os requisitos legais aplicáveis e cabendo destacar no assunto explorado nesta publicação: renovação da licença ambiental. Todo esse processo contribui significativamente para a produti-vidade, além de ser estratégico para a manutenção das licenças ambientais.

OBTIVE MINHA LICENÇA DE OPERAÇÃO. O QUE DEVO FAZER?

O licenciamento ambiental está organizado em um formato que possibilita o monitoramento e acompanhamento periódico das interferências ambientais de uma atividade. Em todas as etapas e modalidades de licenciamento, há formas de verificação do cumprimento das restrições acordadas, que condicionam a ins-talação, medidas de controle e as regras de operação.

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O processo inclui ainda as rotinas de acompanhamento de licenças vinculadas à monitoração dos efeitos ambientais do empreendimento, componentes essenciais do sistema, além de normas técnicas e administrativas que o regulam (GUSMÃO, MARTINI, 2009).

Possuir a licença ambiental, via de regra, não significa estar livre da questão ambiental e seus riscos. A licença permite o exercício de uma atividade, desde que essa mesma atividade funcione dentro dos limites e respeite uma série de critérios ambientais (as condicionantes e as obrigações legais aplicáveis à organização). Toda licença ambiental (prévia, de instalação ou de operação) possui condicionantes ambientais que demandam da estruturação de um processo de ação, adequação, controle, monitoramento e registro, sendo imprescindível seu atendimento.

Estar licenciado significa também estabelecer uma série de ações para que a atividade permaneça, funcione e opere em acordo com critérios e obrigações de ordem ambiental.

Vale ressaltar que as condicionantes ambientais vinculadas à licença ambiental são instrumentos para assegurar que o exercício da atividade esteja em consonância com critérios ambientais. A renovação da licença está diretamente vinculada ao cumprimento e validação de suas condicionantes, as quais possuem prazos e especificações técnicas que demandam

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Todos os aspectos ambientais relacionados à atividade precisam estar em níveis aceitáveis conforme a legislação aplicável, as condições ambientais devem ser monitoradas e os sistemas de controle avaliados quanto à sua efetividade. Além das ações de controle no processo, há as obrigações legais que precisam ser cumpridas e também se relacionam com a necessidade de uma gestão ambiental bem implementada. Como resultado, espera-se o desenvolvimento de uma cultura ambiental dentro da empresa, com o registro dos resultados, estabelecimento de indicadores e a conformidade ambiental. Essa postura contribui e facilita o pro-cesso de revalidação da licença, já que contribui para a elabora-ção dos documentos e relatórios exigidos pelo órgão licenciador.

A licença ambiental não deve ser encarada somente como um procedimento burocrático ou um resultado final de um processo. O empreendedor precisa ir além, internalizando a gestão ambiental como um processo constante visando à manutenção da licença, além de controlar os riscos ambientais.

atenção constante ao longo da vigência da licença, sendo parte integrante do processo de gestão ambiental. Este planejamento deve ser tratado como item estratégico dentro do processo de gestão empresarial, considerando o gerenciamento ambiental como parte integrante do negócio.

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GESTÃO DE CONDICIONANTES

Atrelado ao licenciamento ambiental há uma série de condi-ções exigidas pelo órgão ambiental que o empreendimento de-verá respeitar e cumprir durante sua permanência, operação e funcionamento. Essas medidas devem ser implementadas para assegurar o atendimento a padrões de qualidade dos efluentes líquidos e gasosos, ruídos (ambiental), resíduos sólidos gerados e degradação vegetal ou do solo. Esses requisitos ainda esta-belecem a necessidade de implementar programas de monito-ramento dos efeitos ambientais, determinando os parâmetros e a periodicidade das medições, cujos resultados serão acompa-nhados pelo órgão ambiental, sendo esses pontos fundamentais para renovação da licença ambiental.Essas obrigações e medidas são aceitas pelo empreendedor na concessão da licença e em suma têm como principal objetivo conformar e adequar o empreendimento ou atividade aos pres-supostos de proteção, preservação, conservação e melhoria do meio ambiente.

Cumprimento de condicionantes:

As condicionantes estabelecidas no processo de licenciamento deverão ser cumpridas dentro do prazo estabelecido e, na fal-ta deste, dentro do prazo de validade da licença, sob pena de autuações e até mesmo suspensão ou cancelamento da licen-ça concedida. O cumprimento das condicionantes é um aspecto fundamental para a obtenção da próxima licença.

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Modificação de prazo para cumprimento e exclusão de

uma condicionante: Caso seja verificada a impossibilidade de cumprimento de uma condicionante dentro do prazo estipulado pelo órgão ambiental, o empreendedor deverá solicitar prorroga-ção de forma prévia e devidamente justificada. Se houver a ne-cessidade de exclusão de uma condicionante, a mesma também deverá ser previamente solicitada ao órgão ambiental, com as respectivas justificativas.O COPAM deliberará, mediante decisão motivada, sobre a modi-ficação ou exclusão das condicionantes solicitadas pelo empre-endedor.

Implicações da falta de cumprimento de condicionan-

tes: De acordo com a Resolução CONAMA nº 237/1997, o órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá mo-dificar as condicionantes e as medidas de controle e adequação, bem como suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais.Em Minas Gerais, o Decreto nº 44.844/2008, que trata da fiscaliza-ção e autuação ambiental, prevê as penalidades que poderão ser aplicadas pelo descumprimento de condicionantes. De acordo com seu texto são consideradas infrações:

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Código 103 105 114

Especificação das Infrações

Descumprir condicionantes aprovadas nas Licenças Prévia e de Instalação, relativas a essas fases, ou cumpri-las fora do prazo fixado, se não constatada a existência de poluição ou degradação ambiental.

Descumprir condicionantes aprovadas na Licença de Operação, inclusive planos de controle ambiental, de medidas mitigadoras, de monitoração, ou equivalentes, ou cumpri-las fora do prazo fixado, se não constatada a existência de poluição ou degradação ambiental .

Descumprir condicionantes aprovadas nas Licenças Prévia, de Instalação e de Operação, inclusive planos de controle ambiental, de medidas mitigadoras, de monitoração, ou equivalentes, ou cumpri-las fora do prazo fixado, se constatada a existência de poluição ou degradação ambiental.

PenaAdvertência, sob pena de conversão em multa simples.

- multa simples, - ou multa simples e embargo da atividade ou obra em implantação; - ou multa simples, embargo e demolição de obras e das atividades em implantação; - ou multa simples e demolição de obras em implantação; - ou multa simples e suspensão da atividade em operação; ou multa simples, suspensão de atividades e demolição de obras das atividades em operação.

- multa simples; - ou multa simples e embargo de obra;- ou multa simples e demolição de obra.

Classificação Leve Grave Gravíssima

Outras cominações

Quando for o caso, apreensão dos instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração.

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O valor da multa simples será de no mínimo R$ 50,00 (cinquenta reais) e, no máximo, R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), podendo atingir o valor de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), em função do cruza-mento da classificação da infração com o porte do empreendimento.

As multas simples relativas às infrações gravíssimas terão seu valor fixado entre o mínimo de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões e reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), se a infra-ção for cometida por empreendimento ou atividade de grande porte e causar dano ou perigo de dano à saúde pública, ao bem-estar da população ou aos recursos econômicos do Estado.

OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS PÓS- LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Após a obtenção da Licença Ambiental, existem outras obriga-ções ambientais que precisam ser cumpridas pelo empreende-dor. Entre estas obrigações, as principais são:

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INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS

É um relatório contendo informações a respeito dos resíduos gerados na atividade. Os dados são compilados e usados no Inventário de Re-síduos Sólidos de Minas Gerais.

Atividades obrigadas - Atividades enquadradas, de acordo com a Delibe-ração Normativa COPAM nº 74/2004, nas classes 3, 4, 5, e 6, que possuem as tipologias listadas na Deliberação Normativa COPAM nº 90/2005.

Prazo para entrega - O Inventário de Resíduos Sólidos Industriais deve ser apresentado até o dia 31 março, anualmente se os empreen-dimentos ou atividades forem enquadrados nas Classes 5 e 6 e a cada 2 anos se enquadrados nas Classes 3 e 4 da Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004.

Forma de apresentação - O formulário eletrônico para preenchimen-to e entrega está disponível no Banco de Declarações Ambientais – BDA no site http://sisemanet.meioambiente.mg.gov.br. O Inventário de Resíduos Sólidos Industriais deve ser assinado pelo administrador principal da empresa e pelo responsável técnico de-vidamente habilitado, acompanhado da respectiva anotação da res-ponsabilidade técnica.

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade da apresentação do In-ventário de Resíduos Sólidos Industriais está prevista na Deliberação Normativa COPAM nº 90/2005 e nº 136/2009.

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DECLARAÇÃO DE CARGA POLUIDORA

É uma declaração contendo informações relativas a cada ponto de lançamento de efluente líquido do empreendimento, com a composi-ção da carga poluidora, bem como do corpo receptor. Atividades obrigadas - São obrigados a preencher a Declaração de Carga Poluidora os responsáveis por fontes potencial ou efetivamente poluidoras das águas que realizam qualquer uma das atividades enqua-dradas, de acordo com a Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004, nas classes 3, 4, 5, e 6.

Prazo para entrega - A Declaração de Carga Poluidora deve ser apre-sentada até o dia 31 março, anualmente se os empreendimentos ou ati-vidades forem enquadrados nas Classes 5 e 6 e a cada 2 anos se enqua-drados nas Classes 3 e 4 da Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004.

Forma de apresentação - O formulário eletrônico para preenchimen-to e entrega está disponível no Banco de Declarações Ambientais – BDA no site http://sisemanet.meioambiente.mg.gov.br.

A Declaração de Carga Poluidora deve ser assinada pelo administra-dor principal da empresa e pelo responsável técnico devidamente ha-bilitado, acompanhado da respectiva anotação da responsabilidade técnica. O modelo de formulário a ser preenchido consta no anexo único da Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 01/2008, mas atualmente a apresentação da Declaração de Carga Poluidora só pode ser feita em formato digital.

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Legislação Relacionada - A obrigatoriedade da apresentação da De-claração de Carga Poluidora está prevista na Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº 01/2008.

CADASTRO TÉCNICO FEDERAL

É um registro obrigatório para as pessoas físicas ou jurídicas no site do IBAMA. O Cadastro Técnico Federal - CTF está dividido em:

Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras

ou Utilizadoras de Recursos Ambientais:

Deve ser feito por aqueles que se dedicam a atividades potencialmen-te poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e comercializa-ção de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e flora.

Cadastro Técnico Federal de Instrumentos de Defesa Ambiental:

Deve ser feito por aqueles que se dedicam à consultoria técnica so-bre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.

Atividades obrigadas - São obrigados a preencher o Cadastro Técni-co Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais todos aqueles que realizam qualquer uma das atividades listadas no anexo VIII da Lei Federal nº 6.938/1981 ou que estejam listadas no anexo I da Instrução Normativa IBAMA nº 06, de 15 de março de 2013.

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São obrigados a preencher o Cadastro Técnico Federal de Instrumen-tos de Defesa Ambiental todos aqueles que realizam qualquer uma das atividades descritas no anexo da Instrução Normativa IBAMA nº 10, de 27 de maio de 2013.

Prazo para entrega - O Cadastro Técnico Federal deveria ser feito até 31 de março de 2001, sob pena de multa administrativa. Forma de apresentação - Aquele que ainda não efetuou o Cadastro Técnico Federal poderá fazê-lo através do preenchimento de formulá-rio próprio disponível no site do IBAMA (www.ibama.gov.br).

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade do Cadastro Técnico Fe-deral está prevista na Lei Federal nº 6.938/1981 e nas Instruções Nor-mativas nº 06, de 15 de março de 2013 e nº 10, de 27 de maio de 2013.

TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL – TCFA

É uma espécie de tributo pago ao IBAMA para que este órgão contro-le e fiscalize as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais, “in loco” ou indiretamente, através da análise de dados relativos ao sujeito passivo.

Atividades obrigadas - As atividades potencialmente poluidoras lista-das no anexo da Instrução Normativa IBAMA nº 06, de 15 de março de 2013 como passíveis da cobrança da TCFA.

Prazo - A TCFA é devida no último dia útil de cada trimestre do ano (março, junho, setembro e dezembro) e o recolhimento deve ser efe-tuado em conta bancária vinculada ao IBAMA, até o quinto dia útil do mês subsequente.

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Como é calculado o valor a ser pago - A TCFA é definida pelo cru-zamento do potencial de poluição e grau de utilização de recursos naturais com o porte da empresa. O potencial de poluição e o grau de utilização de recursos naturais estão definidos no anexo VIII da Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, para cada categoria de atividade. O porte da empresa é dado em razão da receita anual bruta do empreendimento.

Como emitir o boleto - O boleto de cobrança da TCFA deve ser emi-tido, trimestralmente, através do site do IBAMA. Caso o boleto seja solicitado após o vencimento da parcela, será acrescido ao valor da TCFA a multa correspondente.

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade de pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental está prevista na Lei Federal nº 6.938/1981 e na Instrução Normativa IBAMA nº 17, de 29 de dezembro de 2011.

RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES

Relatório das atividades exercidas no ano anterior, a ser entregue para o IBAMA, com a finalidade de colaborar com os procedimentos de controle e fiscalização.

Atividades obrigadas - Todas as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais sujeitas ao Cadastro Técnico Fe-deral e ao pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental.

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Prazo para entrega - O Relatório Anual de Atividades deve ser preen-chido e entregue de fevereiro até o dia 31 de março de cada ano.

Forma de apresentação - A entrega do Relatório Anual de Atividades só pode ser feita on-line. O formulário eletrônico para preenchimento e entre-ga está disponível no site do IBAMA, ou através do link www.ibama.gov.br 06, de 24 de março de 2014.

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade de entrega do Relatório Anual de Atividades está prevista na Lei Federal nº 6.938/1981 e na Instrução Normativa IBAMA nº 06, de 24 de março de 2014.

CERTIFICADO DE REGULARIDADE

O Certificado de Regularidade é um documento que atesta o cumpri-mento das exigências ambientais previstas em Leis, Resoluções do CONAMA, Portarias e Instruções Normativas do IBAMA.

Atividades obrigadas - Todas aquelas sujeitas ao Cadastro Técnico Federal.

Prazo de validade - A validade do Certificado de Regularidade será de 3 meses, contados a partir da data de sua emissão.

Forma de emissão - O Certificado de Regularidade deve ser emitido eletronicamente, através do site do IBAMA.

Legislação Relacionada - O Certificado de Regularidade está previs-to na Instrução Normativa IBAMA nº 06, de 15 de março de 2013.

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CADASTRO TÉCNICO ESTADUAL

O Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Naturais é um registro obrigatório para as pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e à extração, à produção, ao transporte e à comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e da flora em Minas Gerais.

Atividades obrigadas - São obrigadas a preencher o Cadastro Técni-co Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais todos aqueles que realizam qualquer uma das atividades listadas nos anexos I e II da Lei Estadual nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003.

Prazo para entrega - O Cadastro Técnico Estadual deveria ser feito até 31 de março de 2004, sob pena de multa administrativa.

Em 1º de setembro de 2011 ocorreu a integração do Cadastro Técnico Estadual de Minas Gerais com o Cadastro Técnico Federal do IBAMA. O cadastramento de novos usuários deverá ser feito diretamente no site do IBAMA. O usuário que está registrado apenas no Cadastro Técnico Estadual de Minas Gerais deve, necessariamente, efetuar o cadastramento no site do IBAMA. Aqueles que possuem cadastro apenas no site do IBAMA já são considerados devidamente cadastrados.

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TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS – TFAMG

É uma espécie de tributo recolhido pela Secretaria Estadual de Fa-zenda para que a FEAM e o IEF controlem e fiscalizem as atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais no Es-tado de Minas Gerais.

Atividades obrigadas - Todas as atividades potencialmente polui-doras e utilizadoras de recursos ambientais sujeitas ao Cadastro Técnico Estadual. Prazo - A TFAMG é devida no último dia útil de cada trimestre do ano (março, junho, setembro e dezembro) e o recolhimento deve ser efe-tuado em conta bancária vinculada ao IBAMA, até o quinto dia útil do mês subsequente.

Como é calculado o valor a ser pago - A TFAMG é definida pelo cru-zamento do potencial de poluição e grau de utilização de recursos naturais com o porte da empresa. O potencial de poluição e o grau de utilização de recursos naturais estão definidos nos anexos I e II da Lei Estadual nº 14.940, de 29 de dezembro de 2003, para cada categoria de atividade. O porte da empresa é dado em razão da receita anual bruta do empreendimento.

Forma de apresentação - O Cadastro Técnico Estadual é feito através do preenchimento do formulário do Cadastro Técnico Federal, disponí-vel no site do IBAMA (www.ibama.gov.br).

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade do Cadastro Técnico Es-tadual está prevista na Lei Estadual nº 14.940/2003.

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Como emitir o boleto - A cobrança da TFAMG ocorre juntamente com a cobrança da TCFA, através do boleto de cobrança da TCFA, que deve ser emitido, trimestralmente, através do site do IBAMA ou do link www.ibama.gov.br.

Legislação Relacionada - A obrigatoriedade do pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais está prevista na Lei Estadual nº 14.940/2003

Em 1º de setembro de 2011 ocorreu a integração do Cadastro Técnico Estadual do Estado de Minas Gerais com o Cadastro Técnico Federal do IBAMA. Com a unificação dos Cadastros, o recolhimento da TFAMG passou a ser feito pelo IBAMA, que posteriormente repassa ao Estado de Minas Gerais 60% do valor arrecadado a título de TCFA.

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RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES

Relatório das atividades exercidas no ano anterior, a ser entregue ao órgão ambiental, com a finalidade de colaborar com os procedimen-tos de controle e fiscalização.

Atividades obrigadas - Todas as atividades potencialmente poluido-ras e utilizadoras de recursos ambientais sujeitas ao Cadastro Técni-co Estadual e ao pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Am-biental do Estado de Minas Gerais.

Prazo para entrega - O Relatório Anual de Atividades deve ser preen-chido e entregue de janeiro até o dia 31 de março de cada ano.

Forma de apresentação - Com a unificação do Cadastro Técnico Es-tadual de Minas Gerais com o Cadastro Técnico Federal do IBAMA, a apresentação do Relatório Anual de Atividades passou a ser feita eletronicamente, através do site do IBAMA.

O formulário eletrônico para preenchimento e entrega está disponível no site do IBAMA, ou através do link www.ibama.gov.br.

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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMBIENTAL - RADA

O processo de revalidação da licença tem como um dos principais instru-mentos a apresentação do RADA – Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental. Esse estudo é uma ferramenta para uma avaliação do desem-penho ambiental do empreendimento em consonância com o cumprimento das condicionantes ambientais no período da vigência da licença ambien-tal. O relatório funciona como base técnica para o órgão licenciador no pe-dido da revalidação da licença. As características e informações prestadas no RADA são requeridas em função das condições ambientais (local e re-gional); tipologia da atividade, produtos e serviços; e aspectos ambientais relevantes.

Em Minas Gerais, o RADA encontra-se referenciado com itens especí-ficos por tipo de atividade (MINERÁRIAS, INDUSTRIAIS, INFRAESTRU-TURA, AGROSSILVIPASTORIS), disponibilizado no site da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD1.

1 http://www.meioambiente.mg.gov.br/noticias/1/1170-termos-de-referencia-para-elaboracao-de-relatorio-de-avaliacao-de-desempenho-ambiental-rada

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O desempenho ambiental do empreendimento é avaliado em função das interações ambientais da atividade com o meio ambiente e do nível de conformidade em relação à legislação ambiental. Portanto, as informações requisitadas no RADA estão vinculadas à gestão dos aspectos ambientais, mais comumente divididos em itens relaciona-dos ao consumo de matérias-primas e insumos (água, energia, ar); resíduos sólidos; efluentes líquidos; emissões atmosféricas; biodiver-sidade; e ruído. Para tal, é preciso descrever o processo, medir, re-portar resultados, comunicando ao órgão a performance do empreen-dimento, demonstrando assim o atendimento às normas ambientais, atestando a eficiência das operações e programas implementados.

Essas informações permitem ao órgão avaliar as intervenções ambien-tais decorrentes do empreendimento, compatibilizando com as altera-ções ocorridas no prazo de vigência da licença alterando ou não as condições da nova licença ambiental. “Dessa forma, quaisquer licen-ças de operação secundárias, referentes a modificações e / ou amplia-ções do mesmo empreendimento, serão incorporadas no procedimento de revalidação da Licença de Operação principal. Portanto, é neces-sário que todas as informações pertinentes às licenças de operação secundárias estejam contempladas no RADA” (SÁ, 2010).

O processo de revalidação possibilita ao órgão licenciador avaliar o desempenho ambiental da atividade de forma periódica, permitindo também ao empreendedor destacar os compromissos voluntários as-sumidos, assim como algum passivo ambiental desconhecido ou não declarado no ultimo processo de regularização (LP; LI; LO ou REVLO). As não conformidades apontadas pelo RADA ou identificadas em vis-torias do órgão ambiental, na maioria dos casos são inseridas como novas condicionantes da licença objeto de revalidação.

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Outro aspecto relevante para a consolidação de um bom RADA, é a implementação de um sistema de gerenciamento ambiental, o qual estabeleça formas de controle de informações ambientais. Esse tipo de conduta facilita a obtenção de registros e indicadores ambientais relacionados com a atividade industrial, além também de precaver o empreendedor frente às fiscalizações, pois registram informações que contemplam e comprovam conformidade com os requisitos apli-cáveis a cada matéria.

Além de permitir uma análise das medidas implementadas, dos con-troles ambientais e resultados dos planos de monitoramento ambien-tais, o RADA fornece uma ponderação sobre o progresso do geren-ciamento ambiental no empreendimento. Para tal são requisitadas informações referentes a ações de melhorias, implementação de novas tecnologias, ocorrências (acidentes e incidentes) ambientais, investimentos, permitindo uma comparação sistematizada com as in-formações antes prestadas, avaliando o desempenho dos componen-tes ambientais do empreendimento.

A implementação de um sistema de gerenciamento ambiental é uma ferramenta para a consolidação de um bom RADA.

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GESTÃO AMBIENTAL PARA REVALIDAÇÃO DA LICENÇA

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RENOVAÇÃO DA LICENÇA

A Licença de Operação poderá ser revalidada mediante análise de re-querimento do interessado acompanhado dos seguintes documentos:

I - Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental - RADA do siste-ma de controle e demais medidas mitigadoras, elaborado pelo reque-rente, conforme Termo de Referência específico por tipo de atividade, disponibilizado no site da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD.

II - cópia da publicação do pedido de revalidação;

III - cópia da publicação da Licença de Operação vigente;

IV - comprovante de recolhimento do custo de análise (Para o ano de 2014, os valores do custo de análise são R$ 9.462,70 para empre-endimento classe 3, R$ 12.374,30 para empreendimento classe 4, R$ 23.292,80 para empreendimento classe 5 e R$ 32.027,59 para empre-endimento classe 6);

V - certidão negativa do débito financeiro de natureza ambiental.

PRAZO PARA SOLICITAR A REVALIDAÇÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃO: O requerimento de revalidação da Licença de Operação deverá ser pro-tocolado com a documentação necessária em até 120 (cento e vinte) dias antes do vencimento da licença. Ou seja, o empreendedor deverá preencher e apresentar o Formulário de Caracterização do Empreen-dimento - FCE, receber o Formulário de Orientações Básicas - FOB e

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protocolar todos os documentos listados no FOB até 120 (cento e vinte) dias antes do vencimento da licença (Deliberação Normativa COPAM nº 17/1996).

Há, ainda a possibilidade de requerer a revalidação da Licença de Operação nos 119 dias anteriores ao vencimento da licença. Porém isso só ocorrerá se for demonstrado o cumprimento das condicionantes e o interessado celebrar Termo de Ajustamento de Conduta junto à Supram. Dessa forma fica garantida a análise do processo e a continuidade da operação até a decisão da URC competente.

PRORROGAÇÃO AUTOMÁTICA:Haverá prorrogação automática da Licença de Operação, mantida a obrigato-riedade do cumprimento das condicionantes (se existentes), até a decisão da Unidade Regional Colegiada do COPAM competente, caso os documentos do FOB forem protocolados até 120 (cento e vinte) dias antes do vencimento da licença em curso e a Unidade Regional Colegiada do COPAM competente não se manifestar sobre o requerimento de revalidação até o último dia antes do vencimento da licença.

CONSEQUÊNCIAS DA NÃO REVALIDAÇÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃO: Para a revalidação da Licença de Operação o cumprimento das condicionan-tes deverá ser comprovado ao órgão ambiental por meio da apresentação de uma Avaliação do Cumprimento das Condicionantes, que é um dos itens que deve constar no Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental - RADA.

Se as condicionantes não forem cumpridas, o órgão ambiental emitirá parecer pelo indeferimento da revalidação da Licença de Operação do empreendimento, além de lavrar Auto de Infração por descumprimento de condicionantes.O parecer do órgão ambiental servirá como base para o julgamento do pro-cesso de revalidação da Licença de Operação pelo COPAM.

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Quando o empreendedor não consegue comprovar um bom desempenho ambiental, o que se dá por meio da demonstração do cumprimento de con-dicionantes, não é possível deliberar a favor da renovação da Licença de Operação.

O indeferimento do pedido de revalidação da Licença de Operação gera gra-ves consequências para o empreendedor, como a obrigação de paralisar as atividades do empreendimento até a sua regularização ambiental, ou até que seja firmado Termo de Ajustamento de Conduta com o órgão ambiental.

Além disso, o empreendedor fica obrigado a formalizar um processo de Li-cença de Operação Corretiva no órgão ambiental para análise e posterior decisão do COPAM. Para o novo processo, serão cobrados os custos de análise de uma Licença de Operação Corretiva, que para o ano de 2014 pos-sui os seguintes valores:

R$ 21.109,11 para empreendimento classe 3 R$ 28.388,09 para empreendimento classe 4 R$ 72.790,00 para empreendimento classe 5 R$ 109.184,97 para empreendimento classe 6

Para a manutenção da regularidade e controle dos riscos de ordem ambiental é preciso implementar uma série de ações que internalizem a questão nos proces-sos gerenciais e operacionais de uma atividade. Além de desenvolver respostas para esses itens, o estabelecimento de uma gestão ambiental fomenta iniciati-vas de prevenção e controle da poluição, já que também promove uma postura proativa que congrega inúmeros benefícios. Esse conjunto de ações, comumen-te chamado de Sistema de Gestão Ambiental - SGA, inclui a definição de uma estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, proce-dimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar e manter na empresa uma política ambiental (ABNT, 2004).

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A principal falha no processo de revalidação da licença por parte dos re-querentes é o não desenvolvimento de um processo de gestão ambiental ao longo do período de vigência da sua licença. Muito mais que a apre-sentação de documentos e relatórios técnicos, cabe ao requerente de-monstrar que o compromisso firmado no ato da concessão da licença ambiental foi mantido e incorporado nas atividades do empreendimento. A implementação de sistemas de controle eficientes, ações de minimiza-ção de impactos ambientais e adoção de boas práticas ambientais são essenciais para a comprovação de que um empreendimento mantém sua regularidade perante a temática ambiental. Este capítulo apresenta as principais ferramentas de gestão ambien-tal, destacando aqui a necessidade da internalização destas para a revalidação da licença ambiental.

PRODUÇÃO MAIS LIMPA

Produção mais Limpa – PmaisL é uma importante ferramenta para a gestão ambiental. O princípio básico desse tipo de abordagem é a vi-são da prevenção como prioridade dentro das ações de gestão am-biental. Para tal, são estudadas medidas que visem reduzir ou eliminar os aspectos ambientais na fonte de geração por meio de reformula-ção de produto, modificação de processos ou procedimentos, altera-ção de tecnologias e equipamentos, substituição de matérias-primas, manutenção e treinamento.

Para processos produtivos, esta ferramenta resulta em medidas de conservação de matérias-primas, água e energia; eliminação de substâncias tóxicas e matérias-primas perigosas; redução da quanti-dade e toxicidade de todas as emissões e resíduos na fonte geradora

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durante o processo produtivo, de modo isolado ou combinado. Já em produtos visa a reduzir os impactos ambientais e de saúde, além de oferecer segurança dos produtos em todo o seu ciclo de vida. Para serviços implica em incorporar a preocupação ambiental no projeto e na realização dos serviços.

O que é?Aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos sólidos gerados, com benefícios ambientais e econômicos para os processos produtivos (CNTL, 1998).

As tecnologias ambientais convencionais trabalham, principalmente, no tratamento dos aspectos ambientais do processo produtivo atuan-do apenas com a remediação (tecnologias fim de tubo). Já a Produção Mais Limpa integra os objetivos ambientais aos processos de produção através de uma postura proativa e preventiva, reduzindo as interferên-cias ambientais negativas em termos de quantidade e periculosidade.

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QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA PmaisL?Avalia-se que a aplicação de programas de Produção mais Limpa, de um modo geral, resulta em: Aumento da produtividade; Aumento da rentabilidade do negócio; Expansão no mercado dos produtos da empresa; Melhoria da imagem corporativa e apoio em ações de marketing; Melhoria da qualidade do produto; Melhoria do relacionamento com a comunidade e com os órgãos públicos;Redução da geração de resíduos, efluentes e emissões e de gastos com seu tratamento e destinação final; Redução dos custos de produção; Redução dos riscos de acidentes ambientais e ocupacionais;Redução no uso de substâncias tóxicas; Retorno do capital investido nas melhorias em curtos períodos; Uso mais racional da água, da energia e das matérias-primas. Além dessas vantagens, evitam-se custos do não cumprimento da legislação; redução de custos de seguros; facilitação do acesso ao crédito e financiamentos específicos.

A metodologia constitui-se de uma avaliação técnica, econômica e am-biental de um processo produtivo, por meio da análise detalhada e pos-terior identificação de oportunidades, que possibilitem melhorar a efi-ciência, podendo ser aplicada em todos os setores, incluindo indústria, comércio e serviços, além de atividades do setor primário. Os interesses são os mais variados (Figura 2), porém, a empresa deve levar em conta a seguinte questão: como os interesses responderão à iniciativa de PmaisL influenciará a manutenção da licença ambiental em minha empresa?

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EMPRESAPressõesInternas

Insumo Externo

ImperativosComerciais

PressõesExternas

ResponsabilidadeSocial

Competidores

OrganismosRegulatórios

Exigênciasdos Credores

Legislação& Normas

Potencialde Mercado

ComunidadeLocal

Pressão doConsumidor

Grupos dePressão

AssuntosComerciais

Sindicatos

Empregados

Grupos dePressão

Família dosEmpregados

Organismos doGoverno

AssociaçõesComerciais

Figura 2 - Interesses que influenciam na decisão de uma empresa para adotar práticas de PmaisL

COMO A PmaisL INTEGRA-SE AO PROCESSO DE REVALIDAÇÃO DA LICENÇA?

A PmaisL possibilita à empresa uma melhor noção da relação do pro-cesso com os aspectos ambientais. O grande diferencial desse tipo de abordagem é o desenvolvimento de um sistema eficiente de produção inter-relacionando indicadores ambientais como o produto produzido ou serviço prestado – indicadores ambientais e de processo. Item este fundamental para a consolidação do RADA, atendimento às obrigações legais como Declaração de Carga Poluidora, Inventário de Resíduos e cumprimento das condicionantes.

Conhecer o quê e quanto se consome e se emite em cada etapa do processo facilita a identificação das oportunidades e o estabelecimento de prioridades de gestão ambiental (BASTISTAN, 2009).

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Como qualquer ação de gerenciamento, um programa de PmaisL é fundamentado em um diagnóstico do processo produtivo baseando- se em medições que permitam o planejamento de ações preventivas. A metodologia recomenda que as empresas implementem sistemas de monitoramento dos seus aspectos ambientais dentro do processo pro-dutivo, mapeando causas e priorizando as ações conforme criticidade e viabilidade técnico-financeira.

A etapa de diagnóstico na PmaisL consiste em um estudo detalhado das atividades do processo produtivo definindo seu fluxograma (Figura 3), tabelas quantitativas e qualitativas, indicadores que fundamentam o balanço de massa e energia, avaliação dos dados e causas.

Figura 3 – Fluxograma – FONTE: CNTL

ENTRADAS SAÍDAS

Matérias-Primas .........................kg.........................kg.........................kg.........................m3

Insumos .........................kg.........................kg.........................kg.........................m3

Água .........................m3

Energia ........................kw

Resíduos Sólidos .........................kg.........................kg.........................kg

Produtos ..........Unidade(s).........................kg.........................m3

Efluentes .........................m3

Substâncias ........................kg........................kg

Emissões ........................kgCalor Residual

........................kw

Matérias-Primas Matérias-Primas

Insumos Insumos

Água Água

Energia Energia

Matérias-Primas Matérias-Primas

Insumos Insumos

Água Água

Energia Energia

Matérias-Primas Matérias-Primas

Insumos Insumos

Água Água

Energia Energia

Matérias-Primas Matérias-Primas

Insumos Insumos

Água Água

Energia Energia

ETAPA 1Produto

Intermediário

ETAPA 2Produto

Intermediário

ETAPA 3Produto

Intermediário

ETAPA NProduto

Final

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São avaliados os usos de matérias-primas, insumos, água e ener-gia que entram no processo e que são liberados pelo mesmo. Atra-vés do um balanço material, é possível a identificação e a quan-tificação das perdas ou emissões anteriormente desconhecidas. Essas informações servem para realçar as fontes e as causas dos resíduos e emissões e as perdas de energia e água, proporcionan-do o entendimento de onde, por que e quantos resíduos e emis-sões são gerados e quanto de energia e água é perdido.

A metodologia fortalece a cultura dos indicadores ambientais e a relação do processo produtivo com o meio ambiente que por hora são considerados como pontos marginais. Por meio do mo-nitoramento da performance desses indicadores é possível ava-liar o funcionamento do processo periodicamente, identificando falhas e estruturando ações corretivas de forma mais eficiente.

A ferramenta PmaisL (Figura 4) é composta por um conjunto in-tegrado de fases, que tecnicamente obedece à lógica da cons-trução do ciclo de melhoria contínua, inteirando planejamento, execução, controle, avaliação a aprendizado, ou seja, o PDCA (TERRA, 2010).

Outro ponto relevante na metodologia de implementação da PmaisL é a formação de uma equipe interna de trabalho. Esse grupo denominado Ecotime são os facilitadores no levantamento das informações e identificação de oportunidades de melhorias. Sendo assim, a formação de uma equipe interna comprometida e organizada desenvolve o capital humano da empresa na compre-ensão e internalização das questões ambientais.

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Planejamentoe Organização

Estudos deViabilidade

Implementação Avaliação

Avaliação eManutenção

Pré-Avaliaçãoe Diagnóstico

ACTION

CHECK

PLAN

DO

Figura 4 - PmaisL

Além disso, o Programa PmaisL irá integrar-se aos Sistemas de Qualidade, Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde Ocupacio-nal, considerando a variável ambiental em todos os níveis da em-presa. A estruturação e implementação de um Programa PmaisL consolida o gerenciamento ambiental, contribuindo para a admi-nistração desses riscos ambientais. Todas as ações fortalecem o compromisso ambiental de uma empresa, além de fornecer sub-sídios técnicos para o processo de revalidação da licença.

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AUTOMONITORAMENTO E GESTÃO

O automonitoramento é definido como o conjunto de medições ambien-tais sistemáticas, periódicas ou contínuas, que objetiva o registro, o acompanhamento ou a avaliação de fonte de poluição e que é de res-ponsabilidade do empreendedor, a quem cabe a preparação e o en-caminhamento do relatório, conforme programa aprovado pelo órgão ambiental competente, inclusive aquele que conste de condicionante estabelecida por ocasião do licenciamento ambiental2.

O automonitoramento ambiental pode ser uma condicionante do pro-cesso de licenciamento, portanto relacionado com a revalidação da mesma. Para tal, o órgão ambiental estabelece quais os procedimen-tos a serem adotados para a avaliação das emissões, efluentes (Ex.: Figura 3), ruídos, resíduos sólidos e a qualidade do ambiente no qual o empreendimento está inserido. Outras determinações a serem cum-pridas são as especificações de métodos de amostragens, análises laboratoriais, locais de coleta, parâmetros contemplados, confec-ção dos relatórios e envio dos dados ao órgão gestor (FLORÊNCIO, 2010). Além do cumprimento de uma exigência legal, o procedimento do automonitoramento ambiental fornece subsídios para a avaliação da efetividade dos sistemas de controle instalados, possibilitando a implementação de ações corretivas quando algo não atenda às con-dições de qualidade ambiental. Sendo assim, cabe à atividade manter procedimento e ações de gestão para monitorar e medir, de forma periódica e sistematizada suas operações, sistemas de controle e ambiente, mantendo todas as informações documentadas.

2 DN COPAM N.º 89, de 15 de setembro de 2005

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Essa ideia fortalece ainda mais que, para a manutenção da licença ambiental, faz-se necessário o desenvolvimento de uma série de ações que executadas sinergicamente caracterizam um programa de gestão ambiental eficiente.

400350300250200150100

500

01/02/2012

08/02/2012

15/02/2012

22/02/2012

29/02/2012

07/03/2012

14/03/2012

21/03/2012

28/03/2012

04/04/2012

11/04/2012

18/04/2012

25/04/2012

02/05/2012

09/05/2012

01/02/2012

16/02/2012

01/02/2012

15/03/2012

30/03/2012

15/04/2012

30/04/2012

15/05/2012

DQO mg/l 355 360 329 300 350 298 305 270

DQO MG/L

Figura 5 - Monitoramento DQO

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GESTÃO DA ÁGUA E EFLUENTES LÍQUIDOS

Para a gestão do uso da água em qualquer empreendimento, cabe o desenvolvimento de operações e sistemas hidráulicos voltados para o consumo racional, aumentando a eficiência da sua aplicação, bus-cando também a reciclagem e o reuso. É de suma importância pos-suir quais são as finalidades do consumo hídrico no empreendimento, tendo uma estimativa da quantidade consumida em cada ponto ma-peado. Através da definição desses indicativos é possível fazer uma análise detalhada de como economizar e melhorar o uso do recurso. A adoção destes princípios possibilita benefícios que se estendem des-de a minimização de impactos ambientais à redução de custos opera-cionais e até mesmo na promoção comercial desta ação.

A descarga de efluente industrial na rede de esgoto ou galerias de águas pluviais deve ser devidamente autorizada pelo órgão de sanea-mento (aplicável caso o município possua coleta e tratamento). Cabe à empresa assegurar os padrões de lançamento exigidos no ato da autorização com a companhia de saneamento e, caso não se aplique essa condição, o efluente deve ser controlado utilizando-se sistemas de tratamento de efluentes líquidos.

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Mantenha também uma estimativa do volume do efluente gerado, lembrando a diferenciação do efluente industrial e sanitário, cruzando o volume gerado com o que é produzido no empreendimento. Estabe-leça procedimento para avaliar periodicamente os parâmetros físico--químicos dos efluentes líquidos em duas etapas: efluente bruto (sem tratamento) e efluente tratado (pós-tratamento). Desta forma, avalie a efetividade dos sistemas de tratamento empregados e o atendimento às condições impostas pelos órgãos ambientais. Qualquer anormali-dade nos resultados devem ser relatados e justiçados, descrevendo também quais foram as ações corretivas implementadas.

O cumprimento dessas orientações está alinhado com a obrigação le-gal Declaração de Carga Poluidora - uma declaração contendo infor-mações relativas a cada ponto de lançamento de efluente líquido do empreendimento, com a composição da carga poluidora bem como do corpo receptor. A declaração é obrigatória para todas as ativida-des enquadradas, de acordo com a Deliberação Normativa COPAM nº 74/2004, nas classes 3, 4, 5, 6.

GESTÃO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Inventariar as emissões é um primeiro passo para identificar as prioridades de ação e monitoramento. A qualidade do ar deve ser monitorada com maior frequência em regiões metropolitanas e in-dustriais. Através do inventário você poderá identificar as suas fon-tes de emissões, qualificar e quantificar os poluentes produzidos em seu processo. Esquematize um processo de gestão identificando o tipo de emissão, a origem, vazão, sistema de controle utilizado e ponto de lançamento.

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GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Resíduos são matérias-primas (na maioria das vezes adquiridas a alto preço) que não foram transformados em produtos comercializáveis ou em matérias-primas a serem usadas como insumos em outro pro-cesso de produção (KIPERSTOK et al, 2002). Esse aspecto ambiental deve ser considerado como perda de processo e também associado à ineficiência produtiva.

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O gerenciamento de resíduos sólidos deve constituir um amplo conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados, visando à minimização da produção de resíduos e assegurar que os resíduos gerados sejam coletados de forma correta, tendo um adequado armazenamento, tratamento, transporte e destino final conforme a legislação vigente. O empreendedor deve manter documentado um histórico de toda mo-vimentação e certificados de destinação dos resíduos sólidos de sua atividade. Cabe ressaltar que a destinação final com a inserção de prestadores de serviços não exime o gerador de sua responsabilidade sobre seus resíduos. Pelo espírito da legislação ambiental brasileira, compete ao gerador adotar todas as medidas para impedir que suas atividades causem algum dano ambiental, incluindo-se entre elas ze-lar para que seus contratados façam o mesmo.

A adoção de um processo de gestão apoiado no princípio da preven-ção da poluição é uma estratégia eficaz, principalmente para otimizar o fluxo de matérias-primas e insumos, evitando ao máximo a conver-são desses materiais em resíduos (desperdícios). Um outro ponto re-levante é que esse tipo de postura não se baseia somente em tecno-logia, mas também na internalização e utilização de indicadores de processos e gestão sobre os mesmos.

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Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia”. William Edwards Demin.

INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL

Indicadores são ferramentas utilizadas pelas organizações para mo-nitoramento e avaliação de seu desempenho, fundamentais para o planejamento e o gerenciamento dos processos, orientando o pro-cesso de tomada de decisão.

Desta forma, os indicadores de desempenho ambiental são instru-mentos para monitorar e avaliar a gestão ambiental de uma empresa e, consequentemente, a eficiência do processo.

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Qual a importância dos Indicadores de Desempenho Ambiental?Tendo em vista a premissa de que sem medição não há gestão, a de-finição e o acompanhamento de indicadores de desempenho ambien-tal pelas empresas possibilitam o gerenciamento de sua performance ao longo do tempo, de forma a minimizar os impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, gerenciar riscos e reduzir per-das de processo, com vistas à melhoria contínua da organização.

O monitoramento contínuo dos indicadores de desempenho ambiental é também um fator importante para facilitar o processo de elaboração do RADA (Relatório de Desempenho Ambiental), necessário para a revalidação da Licença de Operação, bem como o cumprimento das demais obrigações legais como o Inventário de Resíduos Sólidos, o Cadastro Técnico Estadual/Federal, a Declaração de Carga poluidora, dentre outros.

A análise destes indicadores permite avaliar não apenas o desempe-nho ambiental, mas também a produtividade e competitividade, sendo um processo fundamental na gestão de uma empresa.

Como estabelecer indicadores de desempenho ambiental?Os indicadores de desempenho ambiental devem ser estabelecidos considerando os diversos aspectos, dentre eles:

abrangência das atividades, produtos e serviçosaspectos ambientais significativosrequisitos legais aplicáveiscondicionantes da licença ambientalrequisitos relacionados a demandas da sociedadecondições ambientais locais e regionais

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Indicadores de desempenho da Gestão

• Fornecem informações relativas a todos os esforços de gestão da empresa queinfluenciam no seu desempenho ambiental.

• Exemplos: cumprimento da legislação, no denão conformidades com requisitos legais,número de objetivos e metas alcançados,número de iniciativas de prevenção da poluição implementadas, número de fornecedores e contratados avaliados sobre 1o tema ambiental, etc.

• Fornecem informações relacionadas às operações da empresa com reflexos no seu desempenho ambiental.

• Estabelecidos com base nas entradas, instalações e equipamentos e saídas doprocesso produtivo.

• Exemplos: consumo, em quantidades totais ou em relação ao volume de produção, de materiais, energia e água, e à geração de emissões e resíduos.

Indicadores de desempenho operacional

Figura 6 – Indicadores de Desempenho Ambiental

Assim, cada empresa deve selecionar indicadores, quantitativos ou qualitativos, que reconheça como importantes para definir seus crité-rios de desempenho ambiental.

Observe o exemplo da Figura 7 sobre o indicativo do consumo mensal de água, bem como a definição de uma média do uso desse insumo em um determinado processo.

A ABNT NBR ISO 14031 – Gestão ambiental – avaliação de desem-penho ambiental, fornece exemplos de indicadores de desempenho gerencial e operacional.

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Geralmente, após a implementação do monitoramento contínuo e análise de seus indicadores, que subsidiam a tomada de ações, as empresas observam a obtenção de diversos ganhos, tanto ambientais quanto econômicos. Já que ao conhecer melhor seu processo promove melhorias visando à redução no consumo de água, otimização do uso energia, redução na geração de resídu-os, emissões atmosféricas e consumo de matéria-prima, acarre-tando melhoria ambiental e redução de custos (PmaisL).

Indicadores GRI: os indicadores do Global Reporting Initiative (GRI) também podem ser uma boa referência para as empresas que desejam estabelecer indicadores de desempenho ambiental (Mais informações: www.globalreporting.org).

CONSUMO DE ÁGUA

290

280

270

260

250

240

230

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto

Figura 7 - Consumo Água

45

Fonte: Adaptado de ABNT NBR ISO 14031 e Indicadores GRI

ASPECTOS Exemplos de Indicadores

MATÉRIA-PRIMA

Consumo de matéria-prima e insumos

Consumo de matéria-prima e insumos por produto produzido

Quantidade de materiais usados provenientes de reciclagem

Quantidade de matéria-prima reutilizada no processo produtivo

ÁGUA

Consumo de água por dia

Consumo de água por unidade de produção

Consumo de água por tipo de fonte e por finalidade de consumo

Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada

ENERGIA

Quantidade de energia utilizada por ano ou por unidade de produto

Consumo de energia obtida de fontes renováveis

Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência

COMBUSTÍVEISConsumo de combustível por tipo

Percentual de combustíveis renováveis utilizados

INSTALAÇÕES FÍSICAS E

EQUIPAMENTO

Número de horas de operação de um equipamento específico por ano

Percentual de veículos da frota com tecnologia de redução da poluição

Número de horas de manutenção preventiva do equipamento por ano

RESÍDUOS

Quantidade de resíduos por ano ou por unidade de produto

Quantidade de resíduos perigosos, recicláveis ou reutilizáveis produzidos por ano

Quantidade de resíduos perigosos eliminados devido à substituição de material

EFLUENTES Volume total de efluentes líquidos gerados por mês ou por unidade de produto produzido

Volume total de efluentes líquidos industriais; Taxa de geração de efluentes líquidos industriais/dia

Taxa de geração de efluentes líquidos sanitários/ trabalhador/dia

Vazão de efluentes líquidos e efluentes sanitários

Taxa de geração de efluentes líquidos

Padrões físico-químicos dos efluentes (DBO, DQO, ph, turbidez, etc)

EMISSÕES Vazão das emissões de Material Particulado, NOx, SOx e outros parâmetros significativos por fonte

Emissões de GEE por ano, por unidade de produto

RUÍDO Nível máximo detectado em determinado local

EXEMPLOS DE INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL

46

BIBLIOGRAFIA

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-ISO 14.001:2004 - Sistemas de gestão ambiental - Requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR-ISO 14.031 - Gestão Ambiental - Avaliação de Desempenho Ambiental - Diretrizes. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

GUSMÃO, Antônio Carlos Freitas de, L. C. (2009). Gestão Ambiental na Indústria. Rio de Janeito: SMS Digital.

BASTIAN, Elza Y. Onishi. Guia técnico ambiental da indústria têxtil / Elaboração Elza Y. Onishi; Bastian, Jorge Luiz Silva Rocco; colaboração Eduardo San Martin ... [et al.]. - São Paulo: CETESB: SINDITÊXTIL, 2009.

CNTL. Qual a vantagem de se adotar Produção mais Limpa. Manual. Porto Alegre: CNTL, 1998.

FLORÊNCIO, Evandro. O automonitoramento no estado de Minas Gerais: estudo de caso Bacia Hidrográfica do Rio Itabirito. Universidade Federal de Ouro Preto - Ouro Preto - MG, 2010.

SÁ, Edneia Dias de. Licenciamento Ambiental em Minas Gerais. Centro Universitário do Leste de Minas Gerais - Unilestemg Departamento De Ciências Exatas - Coronel Fabriciano – MG, 2009.

TERRA, Gizela Pires. Produção mais Limpa Aplicada à Indústria Gráfica: Lições Aprendidas para a Sustentabilidade do Setor. Dissertação Mestrado Profissional - Niterói - RJ, 2010. Disponível em: <http://www.bdtd.ndc.uff.br/> acessado em: 25 jul. 2012.

ASPECTOS Exemplos de Indicadores

MATÉRIA-PRIMA

Consumo de matéria-prima e insumos

Consumo de matéria-prima e insumos por produto produzido

Quantidade de materiais usados provenientes de reciclagem

Quantidade de matéria-prima reutilizada no processo produtivo

ÁGUA

Consumo de água por dia

Consumo de água por unidade de produção

Consumo de água por tipo de fonte e por finalidade de consumo

Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada

ENERGIA

Quantidade de energia utilizada por ano ou por unidade de produto

Consumo de energia obtida de fontes renováveis

Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência

COMBUSTÍVEISConsumo de combustível por tipo

Percentual de combustíveis renováveis utilizados

INSTALAÇÕES FÍSICAS E

EQUIPAMENTO

Número de horas de operação de um equipamento específico por ano

Percentual de veículos da frota com tecnologia de redução da poluição

Número de horas de manutenção preventiva do equipamento por ano

RESÍDUOS

Quantidade de resíduos por ano ou por unidade de produto

Quantidade de resíduos perigosos, recicláveis ou reutilizáveis produzidos por ano

Quantidade de resíduos perigosos eliminados devido à substituição de material

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