Upload
lamnguyet
View
223
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
GESTÃO DA ÁGUA
FCT-UNL, 2018-2019
Águas Interiores – Gestão de Recursos Hídricos
António Carmona Rodrigues([email protected])
Theo Fernandes([email protected])
Grupo de Hidráulica
Secção de Engenharia e
Gestão da Água e Resíduos
DCEA / FCT / UNL
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
• OBJECTIVOS E ORGANIZAÇÃO DA DISCIPLINA
• ASPECTOS GERAIS DA GRH
• ASPECTOS HISTÓRICOS EM PORTUGAL
• ENQUADRAMENTO OS RH EM PORTUGAL
• BASES PARA O 1º TRABALHO PRÁTICO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Objectivos no âmbito da disciplina :
• Conceitos básicos da gestão de recursos hídricos
• Análise de variáveis do problema
• Importância do recurso e disponibilidade em Portugal
• Estratégias e ferramentas de gestão do recurso Água
• quantitativa
• qualitativa
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Organização :
• 4 aulas teóricas
• Datas: 20 e 27 de Setembro, 4 e 11 de Outubro
• Aulas práticas (4/5) – 3 turnos de 3 horas
• Desenvolvimento dos trabalhos, esclarecimento de dúvidas, orientação
e acompanhamento
• Desenvolvimento do Trabalho Prático 1
• Grupos de 3/4 alunos
• Estudo de disponibilidades hídricas
• Entrega a 23 de Outubro ([email protected], em pdf)
• Enunciado disponível em www.gesaq.org
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
• OBJECTIVOS E ORGANIZAÇÃO DA DISCIPLINA
• ASPECTOS GERAIS DA GRH
• ASPECTOS HISTÓRICOS EM PORTUGAL
• ENQUADRAMENTO OS RH EM PORTUGAL
• BASES PARA O 1º TRABALHO PRÁTICO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
ÁGUA: um problema real
de mais …
… de menos
… ou muito poluída
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
• Disponibilidades de recursos hídricos
- Que quantidade de água, em certo local,
e com que garantia ?
• Situações extremas (secas, cheias, acidentes)
• Qualidade da água
• Águas transfronteiriças
• Utilizações dos recursos hídricos
Abastecimento doméstico e industrial,
rega, navegação, hidroenergia
• Monitorização
Aspectos gerais da gestão dos recursos hídricos:
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Importância do recurso ÁGUA :
• Necessitamos de água para:
– Abastecimento humano;
– Produção de alimentos;
– Manutenção de ecossistemas;
– Manutenção de actividades económicas.
• A água é insubstituível para muitos (todos?) destes usos;
• A água é um bem escasso / um recurso finito;
• A água pode também ser a causa de perdas de vidas humanas
(cheias e doenças) e de destruição de bens.
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
No nosso planeta, ainda podemos encontrar grandes bacias hidrográficas
praticamente intocadas pelo homem, com uma rica biodiversidade e
ecossistemas naturais.
Mas, ainda assim, podemos encontrar em muitas bacias hidrográficas um grande
número de doenças causadas pelo consumo de água.
Praticamente todas as actividades humanas estão fortemente dependentes do
uso da água.
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Importância do recurso ÁGUA :
Governância (Governance) da Água:
Conceito introduzido 3º Fórum Mundial da Água, 2003, Quioto, Shiga e Osaka.
“...refere-se ao “conjunto de sistemas políticos, sociais, económicos e
administrativos a que se recorrer para desenvolver e gerir os recursos hídricos e
para assegurar os serviços da água a diferentes níveis da sociedade.”
Luis Veiga da Cunha in “O Desafio da Água no Século XXI”
pp 33-60, IPRIS, Ed. Notícias
“Pressupõe a gestão integrada dos recursos hídricos, respeitando sempre um
conjunto de critérios fundamentais relacionados com condicionamentos naturais,
económicos e sociais, havendo que assegurar que a gestão integrada dos
recursos hídricos seja ambientalmente sustentável, economicamente eficiente e
socialmente equitativa”
idem
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Importância do recurso ÁGUA :
Conceito de Água virtual:
“ para caracterizar as transacções de água entre países ou regiões,
começou recentemente a recorrer-se ao novo conceito de “água
virtual”, que traduz a quantidade de água envolvida na criação de bens
de consumo”
Luis Veiga da Cunha in “O Desafio da Água no Século XXI”
pp 33-60, IPRIS, Ed. Notícias
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Alguns factos ...
• Quantidades necessárias para produzir alimentos:
– 1 chávena de café: 150 litros;
– 1 litro leite: 1 000 litros;
– 1 kg trigo: 1 300 litros;
– 1 kg carne: 1 600 litros;
– 1 kg arroz: 3 000 litros
• O consumo de água aumentou 6 vezes no último século – mais do
dobro do aumento da população;
• Cerca de 70% da água disponível é utilizada na agricultura, com 40%
de eficiência, e com uma sobre-utilização de águas subterrâneas de 160
milhões de m3/ano;
(compilação por Luis Veiga da Cunha)
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Alguns factos ...
• A captação de água para irrigação aumentou mais de 60% desde 1960
• Nos países desenvolvidos cada pessoa consome 500 a 800 litros de
água por dia e nos países em desenvolvimento apenas 60 a 150 litros;
Uma criança nascida no mundo desenvolvido consome 40 vezes mais
água do que uma nascida no mundo em desenvolvimento
• Mais de 6 000 crianças morrem por dia de doenças relacionadas com
a água
• Mais de 250 milhões de pessoas por ano afectadas por doenças
relacionadas com a água (implicando a ocupação de metade dos leitos
hospitalares)
(compilação por Luis Veiga da Cunha)
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
MAPAS FAO – indicar Site ...
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
MAPAS FAO (http://www.fao.org/nr/water/aquastat/globalmaps/index.stm)
Fonte: FAO, AQUASTAT,2008
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Valores ...
Fonte: United Nations World Water Report, 2003
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
1995 2025
Nº de
PaísesPop.
Nº de
PaísesPop.
Stress hídrico 24 460 M 48 2,850 M
Escassez de
água18 167 M 29 804 M
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
A água tornou-se também a razão para muito importantes MOVIMENTOS DEMOGRÁFICOS,
em muitos casos associados a tragédias humanas.
Nos últimos anos, ocorreu um movimento crescente de pessoas do Bangladesh para a Índia
como resultado de outros factores além dos económicos, sociais ou políticos.
O principal motor da migração transfronteiriça tem sido o ambiente, que inclui a ausência de
recursos adequados de água doce. Estima-se que 500.000 pessoas migram das áreas rurais
para a cidade de Dhaka todos os anos devido a factores climáticos induzidos.
A crescente escassez de água, em grande parte impulsionada pela diminuição da quantidade e
da qualidade, irá agravar o problema da migração transfronteiriça no futuro.
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
As implicações dos limites da disponibilidade de água doce para o bem-estar do
homem e os ecossistemas pode ser enorme. Em alguns casos, verdadeiras
situações insustentáveis já foram criadas.
Exemplo emblemático é o do Mar Aral, devido a uma transferência de água a
montante esmagadora que reduziu drasticamente os fluxos históricos. Mas há
muitos mais exemplos de uso insustentável dos recursos hídricos.
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
• OBJECTIVOS E ORGANIZAÇÃO DA DISCIPLINA
• ASPECTOS GERAIS DA GRH
• ASPECTOS HISTÓRICOS EM PORTUGAL
• ENQUADRAMENTO OS RH EM PORTUGAL
• BASES PARA O 1º TRABALHO PRÁTICO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Um pouco de história...
Recursos hídricos determinantes
na fixação das populações
na definição de fronteiras
no desenvolvimento económico
alimentação
transportes e comércio
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Um pouco de história... impostos
• Rial da Água
“Nas cortes de 1498, reunidas em Lisboa, no reinado de D.
Manuel, os procuradores da cidade de Elvas pediram um subsídio para
acabar as obras do poço de Alcalá, a fim de abastecer de agua a cidade.”
“O pedido foi deferido, determinando-se, em côrtes, que esse
subsídio sairia do produto de um imposto cuja taxa fosse um rial, lançado
sobre a carne, o vinho e o peixe que em Elvas se vendessem, cobrando-se
essa taxa por arratel de carne e peixe, e por cada quartilho de vinho.”
in Código do Rial d’Agua,
Miguel Coelho,
Empresa Lusitana Editora
1915
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Um pouco de história... impostos
• Rial da Água
“...Por carta régia de 1589, foi lançado 1 rial por cada canada de
vinho, e 1 rial por cada arratel de carne, que se vendessem em Lisboa e seu
termo, até perfazer a quantia de 40:000 cruzados, sendo esta receita
destinada á construção de um chafariz no Rossio.”
“...Da importância da taxa e do fim para que a receita era destinada
começou este imposto a ser conhecido pela denominação de imposto do –
Rial d’Agua.”
in Código do Rial d’Agua,
Miguel Coelho,
Empresa Lusitana Editora
1915
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Um pouco de história... preocupações de qualidade
• Lei do séc. XVI, do “Repertório das Ordenações do Reino “,
citada nos Anais do Clube Militar Naval:
“Pessoa alguma não lance nos rios e lagoas, trovisco, barbasco, cola, cal,
nem outro material, com que o peixe se mate; e quem o fizer, sendo Fidalgo
ou Escudeiro, he degredado para Africa; e sendo de menor qualidade, he
açoutado (Liv. 5, Tit. 88, § 7).”
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Um pouco de história... acordos transfronteiriços
• Em 1867...
“as relações entre os dois estados foram reguladas
pela primeira vez em 1867, em anexo ao Tratado de
Limites que fez a demarcação da fronteira desde
caminha até à confluência do rio Caia com o
Guadiana, fronteira essa que é
predominantemente constituída por
linhas de água de alguma importância”
“...aborda questões que preocupavam as
Populações à época, com sejam as pescas
e as construções que pusessem em causa
a navegação fluvial.
P. Cunha Serra in “O Desafio da Água no Século XXI”,
pp 85-119, IPRIS, Ed. Notícias
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Um pouco de história... Gestão!
• Decreto n.º8, de 5 de Dezembro de 1892
“...criada a primeira instituição especializada para a gestão dos
recursos hídricos – Serviços Hidráulicos. O regulamento, publicado pouco
depois, abria o seu articulado com a classificação e demarcação das bacias
hidrográficas, ficando cada bacia a constituir uma região hidrográfica
designada pelo nome do rio principal que nela corre.”
P. Cunha Serra in “O Desafio da Água no Século XXI”,
pp 85-119, IPRIS, Ed. Notícias
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Um pouco de história...
• Lei da Água de 1919, em relação à qualidade da água:
“Os estabelecimentos industriais localizados na proximidade das correntes e
depósitos de águas públicas poderão, com licença da autoridade ou corporação
que superintender nas respectivas águas, aproveitarem as que necessitarem
para o seu uso industrial, sob condição de não alterarem ou corromperem as
que não consomem e que têm de voltar à corrente, comunicando-lhes
propriedades ou substâncias que as tornem insalubres e inúteis ou prejudiciais
àqueles que igualmente têm direito ao seu uso.”
(Decreto-Lei nº 5787-IIII, de 10 de Maio de 1919, Título II, Art.º 21º)
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Um pouco de história...
• Lei de Bases do Ambiente, regulamentada pelos Decretos-lei
nº 70/90, de 2 de Março e 74/90, de 7 de Março.
água passa a ser classificada como factor de produção
=> valor económico
bacia hidrográfica assumida como unidade de gestão
anunciada criação de administrações de recursos hídricos
(ARH)
prevista taxa de utilização destinada ao financiamento da
administração hidráulica e das acções de protecção do
ambiente
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Um pouco de história...
• Decreto-Lei 236/98, de 1 de Agosto – revisão do 74/90
“...Numa perspectiva de protecção da saúde pública, de gestão integrada dos
recursos hídricos e de preservação do ambiente, pretende-se também com
este novo diploma legal clarificar as competências das várias entidades
intervenientes no domínio da qualidade da água, bem como conciliar esta
matéria com alterações legislativas que ocorreram após a entrada em vigor
do diploma em apreço e que com ele se relacionam, como sejam as
alterações decorrentes dos Decretos-Leis n.os 45/94, de 22 de Fevereiro, e
46/94, da mesma data, relativos, respectivamente, ao planeamento dos
recursos hídricos e ao licenciamento das utilizações do domínio hídrico...”
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
• OBJECTIVOS E ORGANIZAÇÃO DA DISCIPLINA
• ASPECTOS GERAIS DA GRH
• ASPECTOS HISTÓRICOS EM PORTUGAL
• ENQUADRAMENTO DOS RH EM PORTUGAL
• BASES PARA O 1º TRABALHO PRÁTICO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
QUADRO NORMATIVO
QUADRO INSTITUCIONAL
Serviços Hidráulicos4 circunscrições hidráulicas
Reorganização dos Serviços Hidráulicos2 circunscrições hidráulicas
Direcção-Geral dos Serviços Hidráulicos
Direcção-Geral do Saneamento BásicoRegiões de Saneamento Básico
Decreto n.º 5787-IIILei das Águas
Direcção-Geral dos Recursos Naturais
Instituto Nacional da ÁguaAdministrações de Recursos Hídricos
1884
1892
1919
1949
1973
1986
1990
1993Instituto da Água
Dir. Regionais do Ambiente e Recursos NaturaisÁguas de Portugal
1994
2000
2001
2002
2005
2007
Decreto-Lei n.º 45/94, n.º 46/94, n.º 47/94planeamento, licenciamento, financiamento
Conselhos de BaciaConselho Nacional da Água
Directiva 2000/60/CEDirectiva Quadro da Água
Planos de Bacia Hidrográfica
Lei n.º 112/2002Plano Nacional da Água
Lei n.º 58/2005Lei da Água
Administrações de Região Hidrográfica (ARH)Conselho de Região Hidrográfica (CRH)
Direcção-Geral dos Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos
1976
Enquadramento normativo e institucional
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Directiva Quadro da Água
• Directiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 23 de Outubro de 2000
Estabelece um quadro de acção comunitária no domínio da política da água.
Tem por objectivo global estabelecer um enquadramento para a protecção
das águas doces superficiais, estuarinas, costeiras, territoriais e outras águas
marinhas e das águas subterrâneas, de forma a evitar a sua degradação, a
melhorar o estado dos ecossistemas hídricos e a promover o uso sustentável
da água, com base num planeamento a longo prazo, de forma a assegurar
um fornecimento adequado em quantidade e em qualidade.
Confere estatuto a novas políticas de recursos hídricos que assentam na
sustentabilidade dos recursos, na globalidade, integração, abordagem
ecossistémica, subsidariedade, precaução e ainda a transparência e
participação pública.
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Directiva Quadro da Água
Ao nível das massas de água, é estabelecida a meta de obtenção de um
“bom estado das águas”, preconizando-se o princípio da abordagem
combinada, o que pressupõe, por sua vez, a definição de objectivos de
qualidade para os recursos hídricos.
Principais vectores:
– Abordagem de planeamento de bacias hidrográficas
– Abordagem combinada
– Problemas pendentes
– Preço da água <=> valor económico do recurso
– Interessar e integrar os cidadãos no processo
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Lei Quadro da Água – Lei 58/2005, de 29 de Dezembro
• Transposição da Directiva Quadro da Água, colocando em prática
conceitos essenciais na legislação nacional:
Gestão por bacia hidrográfica – criação das ARHs
Objectivos de qualidade assentam na caracterização do estado
ecológico das massas de água
Licenciamento ambiental
Estes conceitos já eram considerados em algumas práticas de gestão e
avaliação, não existindo no entanto a organização institucional que pudesse
levar a cabo a efectiva gestão por bacia.
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Administrações de Região Hidrográfica
ARH do Norte :
RH Minho e Lima;
RH Cávado, Ave e Leça;
RH Douro.
ARH do Centro:
RH Vouga, Mondego, Lis
e Ribeiras do Oeste.
ARH do Tejo:
RH Tejo.
ARH do Alentejo:
RH Sado e Mira;
RH Guadiana.
ARH do Algarve:
RH Ribeiras do Algarve
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Administrações de Região Hidrográfica
• Regime Económico Financeiro (REF)
Decreto-Lei n.º 97/2008, de 11 de Junho
Entrada em vigor em 1 de Julho de 2008
Taxa = A + E + I + O + U
A – utilização de águas do domínio público hídrico do Estado
E – descarga de efluentes
I – extracção de inertes do domínio público hídrico do Estado
O – ocupação do domínio público hídrico do Estado
U – utilização de águas sujeitas a planeamento e gestão públicos
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Organismos Centrais
• APA (Agência Portuguesa do Ambiente)
Centraliza informação de monitorização (e.g. SNIRH)
Planeamento a nível nacional
Interacção/cooperação internacional
Algumas competências na aplicação de legislação -
Responsabilidade Ambiental
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Sectoral use of water in Europe (EEA, 1995)
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Netherlands
Greece
Ireland
Belgium
Germany
Finland
Spain
Italy
Portugal
France
Average EU15
Austria
Denmark
Iceland
Sweden
UK
Luxembourg
Industry
Agriculture
Public Water Supply
Usos sectoriais da água (Fonte: EEA, 1995)
Fonte: Agência Ambiental Europeia, 1995
Situação em Portugal ...
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Situação em Portugal ...
• 60% dos recursos são
provenientes de Espanha
• 64% do território correspondem
a bacias internacionais
• Tejo, Douro e Guadiana são
os principais rios internacionais
• Localização de Castelo do
Bode ilustra importância da
questão transfronteiriça
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Situação em Portugal ...
• Portugal não é um país pobre em RH
– Portugal: 150 hab/hm3/ano
– Espanha: 400 hab/hm3/ano
– Reino Unido: 450 hab/hm3/ano
• Variabilidade espacial
– Precipitação média anual: ~900 mm
– Norte do país (Gerês): ~4000 mm
– Alentejo e interior do Douro: ~550 mm
• Variabilidade sazonal
– Semestre mais chuvoso (Out.-Mar.): ~700 mm
– Semestre mais seco (Abr.-Set.): ~200 mm
• Variabilidade interanual
– Precipitação anual: 560 mm – 1400 mm
– 25% dos anos abaixo de 800 mm ou acima de 1100 mm.
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Fonte: AQUASTAT – FAO
http://www.fao.org/nr/water/aquastat/globalmaps/index.stm
Country Portugal Spain Germany Morocco
Total actual renewable water resources
per inhabitant in 2005 (m3/year) 6545.97 2589.17 1862.4 921.28
Proportion of renewable water resources
withdrawn (MDG Water Indicator)(%) 16.39 31.87 30.55 43.42
Water withdrawal per inhabitant around
2001 (m3/year) 1089.92 856.28 570.25 418.33
Proportion of renewable water resources
withdrawn for agriculture (around
2001)(%) 12.82 21.74 6.05 37.97
Proportion of total water withdrawal
withdrawn for agriculture (around
2001)(%) 78.24 68.03 19.79 87.38
Area equipped for irrigation (around
2003)(1000 hectares) 616.97 3765.13 485 1484.16
Part of cultivated area under irrigation
(around 2003)(%) 32.29 20.21 4.04 15.8
Prevalence of undernourished people as a
percentage of total population (%) 3 3 3 6
Situação em Portugal ...
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
• OBJECTIVOS E ORGANIZAÇÃO DA DISCIPLINA
• ASPECTOS GERAIS DA GRH
• ASPECTOS HISTÓRICOS EM PORTUGAL
• ENQUADRAMENTO OS RH EM PORTUGAL
• BASES PARA O 1º TRABALHO PRÁTICO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
1º TRABALHO PRÁTICO
• Enunciado em www.gesaq.org • Grupos de 4 alunos
• 1 estação hidrométrica (distinta) por cada grupo (lista no enunciado)
• Inscrição dos grupos/estação hidrométrica no fórum da disciplina
(www.gesaq.org)
• Objectivo para 1ª semana:
• Recolha e preparação da série de escoamentos (SNIRH)
• Preenchimento de falhas
• Estudo das disponibilidades hídricas em regime natural
• Data de entrega: 15 de Outubro
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
1º TRABALHO PRÁTICO
• Objectivo: avaliar necessidades e disponibilidades
• Tarefas para a primeira semana:
1) Escolha de estação hidrométrica
2) Recolha de dados no SNIRH
3) Tratamento das séries (homogeneidade, continuidade)
4) Responder às questões do enunciado …
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
DETERMINAÇÃO DE CAUDAIS FLUVIAIS
Expresso em unidades L3T-1 – m3s-1
Para comparar caudais entre áreas distintas é habitual utilizar-se o conceito
de caudal específico:
q = Q / A [L1T-1]
em que Q – caudal, A área da superfície de drenagem
O caudal específico é útil para comparar bacias hidrográficas ou para se
determinar a contribuição de uma área não monitorizada, com base numa
bacia drenante vizinha
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
DETERMINAÇÃO DE CAUDAIS FLUVIAIS
Podem ser calculados com base na precipitação
=> MODELO DE PRECIPITAÇÃO / ESCOAMENTO
A escala temporal dos resultados depende do tipo de modelo
(diária, mensal, anual)
Algumas metodologias simplificadas permitem determinar o escoamento
médio anual:
Fórmula de Turc
Fórmula de Coutagne
Regressões precipitação escoamento
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
PRECIPITAÇÃO - ESCOAMENTO
Estimativa de escoamento anual (na ausência de medições de caudal):
• Regressão estatística escoamento-precipitação determinada para outra
secção de referência, na mesma bacia ou noutra vizinha, que se admita
semelhante
• R = a + b . P,
Em que R – escoamento anual, P – precipitação anual
a e b parâmetros da regressão
R e P normalmente em mm
• Esta abordagem pode ser adaptada através do ajustamento da equação
com características físiográficas da bacia:
• R = 41 – 233 Kc + 0,5Kc P, em que Kc é o Índice de Gravelius
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Estimativa de escoamento anual (na ausência de medições de caudal):
• Fórmula de Coutagne:
𝑫𝑬 = 𝑷 − 𝑷𝟐 , DE e P em m
=1
0,8+0,14 𝑇válida para
1
8< 𝑃 <
1
2;
T - temperatura média anual (ºC)
ESCOAMENTO MÉDIO ANUAL :
R = P - DE
Esta abordagem assenta no pressuposto que a água precipitação que não se
transforma em escoamento é evapotranspirada
PRECIPITAÇÃO - ESCOAMENTO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Estimativa de escoamento anual (na ausência de medições de caudal):
• Fórmula de Turc
𝑫𝑬 =𝑷
𝟎,𝟗+𝑷𝟐
𝑳𝟐
, válida para P2/L2 >0,1; DE e P em mm
L é o poder evaporante da atmosfera
L = 300 + 25 T + 0,05 T3 , T a temperatura média anual (ºC)
ESCOAMENTO MÉDIO ANUAL :
R = P – DE
Esta abordagem assenta no pressuposto que a água precipitação que não se
transforma em escoamento é evapotranspirada
PRECIPITAÇÃO - ESCOAMENTO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Caso 1: bacia em estudo dentro da bacia de referência
PRECIPITAÇÃO - ESCOAMENTO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Caso 2: com base no coeficiente de escoamento
(fracção da precipitação que se transforma em escoamento)
C escoamento = Esc / Prec
Exemplo: Se C e = R1 / P1
então R2 = P2 x C e
PRECIPITAÇÃO - ESCOAMENTO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Caso 3: bacia em estudo afastada da bacia de referência
PRECIPITAÇÃO - ESCOAMENTO
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS – medição
Para a medição de caudais é necessário dispor de uma caracterização da
área de drenagem bem como da velocidade média de escoamento -> Q = U.S
Em secções naturais a medição é trabalhosa, requerendo a medição de
alturas de água, secções e velocidades de escoamento em distintas
condições de escoamento:
Para simplificar o cálculo de Vi é
frequentar considerar:
ou
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS – medição
A medição de velocidades é feita com recurso a molinetes:
A rotação da hélice do molinete é calibrada para se determinar a relação
entre a velocidade de rotação e a velocidade de escoamento
A medição é feita a diferentes profundidades, ao longo da secção de
controlo.
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS – medição
A medição de velocidades pode traduzir-se através de isotáquias
(isolinhas de velocidade) :
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS – medição
A medição também pode ser realizada através de um método
estrutural…
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Limnígrafos –
para registar níveis hidrométricos
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS – estações hidrométricas
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS – medição
Secção natural
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS – medição
Secção controlada - descarregador
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
• Rede hidrométrica nacional
(fonte: SNIRH – em http://snirh.pt)
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais – precipitação ponderada
Informação disponível no SNIRH
(http://snirh.pt)
- Rede meteorológica
- Estações udométricas
- Estações meteorológicas
- Rede hidrométrica
- Níveis
- albufeiras, linhas de água
- caudais
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS – Curvas de vazão
Reflectem a relação
caudal – altura hidrométrica
em que a e b são parâmetros de determinar,
h a altura hidrométrica medida
h0 a altura acima da qual a curva é válida
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Níveis hidrométricos e caudais – curvas de vazão Vendinha (23K/01H)
Fonte: SNIRH
Curva Troço
Curva Critérios de Validade
OrigemQ=a×(h-h0)b De: A: H0 Hmin Hmax
1 1 Q = 6.6783 × (h - 0.8178)3.72408 01-10-1981 30-09-1983 0.8178 0.8178 2 DGRN
2
1 Q = 3.13896 × (h - 0.65)2.86883
01-10-1983 30-09-1986
0.65 0.65 1.60844
DGRN2 Q = 23.98469 × (h - 1.28271)1.92156 1.28271 1.60844 2.5
3
1 Q = 2.24543 × (h - 0.701)2.01925
01-10-1986 30-09-1987
0.701 0.701 1.52743
DGRN2 Q = 16.92386 × (h - 1.1)2.8303 1.1 1.52743 4
4 1 Q = 3.22612 × (h - 0.65)2.8195 01-10-1987 30-09-1988 0.65 0.65 3.5 DGRN
5
1 Q = 2.79539 × (h - 0.59579)2.5496
01-10-1988 30-09-1989
0.59579 0.5957 1.62829
DGRN2 Q = 3.22612 × (h - 0.65)2.8195 0.65 1.62829 3.5
6
1 Q = 2.79539 × (h - 0.59579)2.5496
01-10-1989 -
0.59579 0.5957 1.76896
DGRN2 Q = 25.49718 × (h - 1.5484)1.19309 1.5484 1.76896 3.5
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Curva Troço
Curva Critérios de Validade
OrigemQ=a×(h-h0)b De: A: H0 Hmin Hmax
1 1 Q = 6.6783 × (h - 0.8178)3.72408 01-10-1981 30-09-1983 0.8178 0.8178 2 DGRN
2
1 Q = 3.13896 × (h - 0.65)2.86883
01-10-1983 30-09-1986
0.65 0.65 1.60844
DGRN2 Q = 23.98469 × (h - 1.28271)1.92156 1.28271 1.60844 2.5
3
1 Q = 2.24543 × (h - 0.701)2.01925
01-10-1986 30-09-1987
0.701 0.701 1.52743
DGRN2 Q = 16.92386 × (h - 1.1)2.8303 1.1 1.52743 4
4 1 Q = 3.22612 × (h - 0.65)2.8195 01-10-1987 30-09-1988 0.65 0.65 3.5 DGRN
5
1 Q = 2.79539 × (h - 0.59579)2.5496
01-10-1988 30-09-1989
0.59579 0.5957 1.62829
DGRN2 Q = 3.22612 × (h - 0.65)2.8195 0.65 1.62829 3.5
6
1 Q = 2.79539 × (h - 0.59579)2.5496
01-10-1989 -
0.59579 0.5957 1.76896
DGRN2 Q = 25.49718 × (h - 1.5484)1.19309 1.5484 1.76896 3.5
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
Níveis hidrométricos e caudais – curvas de vazão Vendinha (23K/01H)
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
DATA
Nível
hidrométrico (m) Q (m3/s) T1 T2 Estação da VENDINHA (23K/01)
01-10-1995 00:00 0.58 0.00 #NUM! #NUM!
02-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! 1º TROÇO
03-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! A = 2.79539
04-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! B = 2.5496
05-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! H0 = 0.59579
06-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! Hf = 1.76896
07-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM!
08-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM!
09-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! 2º TROÇO
10-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! A = 25.49718
11-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! B = 1.19309
12-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! H0 = 1.5484
13-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM! Hf = 3.5
14-10-1995 00:00 0.63 0.00 0.000512 #NUM!
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
Níveis hidrométricos e caudais – curvas de vazão Vendinha (23K/01H)
Q = 25.49718 × (h - 1.5484)1.19309
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Níveis hidrométricos e caudais – curvas de vazão Vendinha (23K/01H)
Q = 25.49718 × (h - 1.5484)1.19309
0
1
2
3
4
5
6
7
8
08-09-1995
23-09-1995
08-10-1995
23-10-1995
07-11-1995
22-11-1995
07-12-1995
22-12-1995
06-01-1996
21-01-1996
05-02-1996
20-02-1996
06-03-1996
21-03-1996
05-04-1996
20-04-1996
05-05-1996
20-05-1996
04-06-1996
19-06-1996
04-07-1996
19-07-1996
03-08-1996
18-08-1996
02-09-1996
17-09-1996
02-10-1996
17-10-1996
01-11-1996
Nív
el h
idro
mé
tric
o (
m)
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
08-09-1995
23-09-1995
08-10-1995
23-10-1995
07-11-1995
22-11-1995
07-12-1995
22-12-1995
06-01-1996
21-01-1996
05-02-1996
20-02-1996
06-03-1996
21-03-1996
05-04-1996
20-04-1996
05-05-1996
20-05-1996
04-06-1996
19-06-1996
04-07-1996
19-07-1996
03-08-1996
18-08-1996
02-09-1996
17-09-1996
02-10-1996
17-10-1996
01-11-1996
Cau
dal
(m
3s-1
)
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Níveis hidrométricos e caudais – curvas de vazão
Os volumes de água escoada em diferentes intervalos de tempo são obtidos
pela integração ao longo do tempo dos caudais calculados com base nas
curvas de vazão.
Assim:
Com base no caudal médio horário calculamos o volume médio horário
Vhorário = Q * 1 hora
Com base no volume médio horário calculamos o volume médio diário
… o volume médio mensal… o volume médio anual…
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS
Com base no registo contínuo de alturas hidrométricas e na respectiva
curva de vazão podem ser estabelecidas séries de escoamento
Podemos analisar
séries temporais (horárias, diárias, mensais)
séries acumuladas
séries classificadas
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS
Séries temporais
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
• Verificar homogeneidade da série.
• Causas comuns de falta de homogeneidade:
Alteração da localização da estação;
Crescimento de obstáculos (vegetação, edificação);
Intervenção a montante da estação
• Métodos:
Análise visual
Dupla massa
Métodos estatísticos
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE – análise de dados
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
• Preenchimento de falhas em séries de dados
Definir período de análise
Identificar falhas
Para cada falha
seleccionar modelo a aplicar
aplicar o modelo
• Tipos de modelos
Regressões lineares
Regressões múltiplas
• No caso dos escoamentos, o modelo por ter por base séries de
escoamento de bacias vizinhas com as mesmas características ou
séries de precipitação, de uma ou mais estações
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE – análise de dados
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Período de análise
P1 P2 P3 P4
1900
2000
PREENCHIMENTO DE DADOS EM FALTA
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Período de análise
P1 P2 P3 P4
1900
2000
PREENCHIMENTO DE DADOS EM FALTA
P3 – variável dependente
P1, P2, P4 – variáveis independentes
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Período de análise
P1 P2 P3 P4
1900
2000
PREENCHIMENTO DE DADOS EM FALTA
P3 = a1P1 + a2P2 + a4P4
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
CAUDAIS FLUVIAIS – análise estatística
Série Função empírica de distribuição
ESCOAMENTO DE SUPERFÍCIE
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais
ANUAL
ESCOAMENTO ANUAL
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais – séries de escoamento
FUNÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO EMPÍRICA – valores anuais
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais
FUNÇÃO EMPÍRICA DE DISTRIBUIÇÃO – valores anuais
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais
ESCOAMENTO MENSAL
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais
FUNÇÃO EMPÍRICA DE DISTRIBUIÇÃO – valores mensais mínimos
Ano Ano Escoamento F(x) 1-F(x)
1920 21 1920/21 Esc. Mensal mínimo V1 1 V(1) 1/(n+1) 1 - [1/(n+1)]
1921 22 1921/22 Esc. Mensal mínimo V2 2 V(2) 2/(n+1) 1 - [2/(n+1)]
1922 23 1922/23 Esc. Mensal mínimo V3 3 V(3) 3/(n+1) 1 - [3/(n+1)]
1923 24 1923/24 Esc. Mensal mínimo V4 4 V(4) 4/(n+1) 1 - [4/(n+1)]
1924 25 1924/25 Esc. Mensal mínimo V5 5 V(5) 5/(n+1) 1 - [5/(n+1)]
1925 26 1925/26 Esc. Mensal mínimo V6 6 V(6) 6/(n+1) 1 - [6/(n+1)]
... ... ... ... ... ...
1990 91 1990/91 Esc. Mensal mínimo Vn n V(n) n/(n+1) 1 - [n/(n+1)]
Função de distribuição empírica
Se:
V(1) < V(2) < V(3) < V(4) < V(5) < V(6) < V(n)
F(x) -> prob. de não excedência
1- F(x) -> prob. de excedência
Função de duração
Se:
V(1) > V(2) > V(3) > V(4) > V(5) > V(6) > V(n)
F(x) -> prob. de excedência
1- F(x) -> prob. de não excedência
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Ano Ano Escoamento F(x) 1-F(x)
1920 21 1920/21 Esc. Mensal V1 1 V(1) 1/(n+1)1 - [1/(n+1)]
1920 21 1920/21 Esc. Mensal V2 2 V(2) 2/(n+1)1 - [2/(n+1)]
1920 21 1920/21 Esc. Mensal V3 3 V(3) 3/(n+1)1 - [3/(n+1)]
1921 22 1921/22 Esc. Mensal V4 4 V(4) 4/(n+1)1 - [4/(n+1)]
1921 22 1921/22 Esc. Mensal V5 5 V(5) 5/(n+1)1 - [5/(n+1)]
1921 22 1921/22 Esc. Mensal V6 6 V(6) 6/(n+1)1 - [6/(n+1)]
1921 22 1921/22 Esc. Mensal V7 ... ... ... ...
… … … … n V(n) n/(n+1)1 - [n/(n+1)]
1990 91 1990/91 Esc. Mensal Vn
Função de distribuição empírica
Se:
V(1) < V(2) < V(3) < V(4) < V(5) < V(6) < V(n)
F(x) -> prob. de não excedência
1- F(x) -> prob. de excedência
Função de duração
Se:
V(1) > V(2) > V(3) > V(4) > V(5) > V(6) > V(n)
F(x) -> prob. de excedência
1- F(x) -> prob. de não excedência
Origens superficiais
FUNÇÃO EMPÍRICA DE DISTRIBUIÇÃO – valores mensais mínimos
Abordagem menos exigente do
que com os mínimos mensais
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais
FUNÇÃO EMPÍRICA DE DISTRIBUIÇÃO – valores mensais
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais
BALANÇO NECESSIDADES-DISPONIBIDADES
Escoamento mensal mínimo (dam3)
Escoamento anual (dam3)
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais – precipitação ponderada
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
ELEMENTOS DE APOIO
• Lencastre, A. e F.M. Franco, 2010, Lições de Hidrologia, FCT-UNL.
• Linsley et al., 1992, Water Resources Engineering, McGraw Hill.
• Loucks, D. P. and E. van Beek, Water Resources Systems Planning
and Management, UNESCO, Paris, 2005
• Mays, L.W. (ed.), 1996, Water Resouces Handbook, McGrawHill
• Thomann,R 1987 - Principles of Surface Water Quality Management.
• PNBEPH (http://pnbeph.inag.pt.)
• http://snirh.inag.pt
• Barragens de Portugal
http://cnpgb.inag.pt/gr_barragens/gbportugal/index.htm
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais
• Estações hidrométricas
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais
• Estações hidrométricas
Distribuição de velocidades numa
secção natural
DCEA , 1º SEMESTRE 2018/2019
GESTÃO DA ÁGUA, MIEA – Aula 1/4 – 19/09/2018
Origens superficiais
• Estações hidrométricas