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Gestão da Inovação Tecnológica Transferência da tecnologia Professor Umberto Klock

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Gestão da Inovação Tecnológica

Transferência da tecnologia

Professor Umberto Klock

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Tecnologia

• Do grego• Techne (= Arte)+Logos (= Saber)

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Transferência de Tecnologia

P&D

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Criação da Inovação

• Atores• Empresas inovadoras• Universidades, centros de P&D• Centros tecnológicos• Organizações de P&D por contrato• Parques de C&T• Incubadoras de empresas• Instituições financeiras (capital semente e de risco)• Consultores (estratégia, mercado, gestão, finanças,

organização, etc.) …

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Negócio da TT

• Atores

• Empresas inovadoras• Corretores tecnológicos• Consultores em PP• Consultores jurídicos• Instituições financeiras, …

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• Atores• Empresas• Centros tecnológicos• Centros de design• Centros de difusão de informação• Organizações de P&D por contrato• Consultores técnicos• Produtores de equipamentos• Imprensa científica, técnica e profissional• Feiras, congressos, exposições,…

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A tecnologia nas empresas

• É fator de competitividade• Surge nos:1.equipamentos2.processos de fabricação3.produtos4.serviços

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Porque a maioria dasempresas ignora a P&D?

• É possível viver sem ela• É fator sofisticado de competitividade• Resultados aparecem a médio e longo prazo• As empresas têm estratégias

predominantemente defensivas

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A preocupação das empresas

• não é a tecnologia, mas a funcionalidade!!!!

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Tipologia das tecnologias

• de base: as clássicas, perfeitamente conhecidas e dominadas pelas empresas do setor de atividade

• chave: recentes e bem menos conhecidas. O seu domínio é essencial, pois condicionam a maior parte dos progressos previsíveis.

• emergentes: cuja aparecimento próximo no setor parece provável, e que parece virem a jogar papel decisivo

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Outra tipologia

• Tecnologias nucleares = as que são essenciais para o negócio da empresas.

• Tecnologias de diferenciação = as que distinguem a empresa das suas concorrentes

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Definição de tecnologia

• … é um conjunto complexo de conhecimento, recursos e saber-fazer, organizado para a produção de bens e serviços...

• Apenas conhecimento = disciplina científica• Apenas recursos = equipamento “morto”. Nas

mãos de operadores ignorantes, as máquinas são inúteis.

• Apenas saber-fazer = competência potencial

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Inovação tecnológica

• Uma nova combinação de necessidades do utilizador e dos recursos tecnológicos necessários para lhe dar resposta.

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• Normalmente, uma tecnologia apela a várias disciplinas científicas

• Laser = optica, eletronica, mecânica dos fluídos, termodinâmica

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• Nano tecnologias = mecânica, optica, eletronica, vácuo

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• A tecnologia não faz sentido se não visar um resultado

• … e mesmo um resultado garantido. Uma tecnologia não existe até ser validada e permitir uma produção em condições fáceis, reprodutíveis, definidas com precisão …

• … numa palavra, uma tecnologia resolve um problema.

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Apropriar-se de uma tecnologia

• é apropriar-se das suas componentes:

• conhecimentos, meios, saber-fazer • …e por essa via ficar capaz de a utilizar mas

também de a fazer evoluir, de aperfeiçoar, • de lhe encontrar novas aplicações.

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A apropriação não é exclusividade

• A exclusividade é cara, e o custo nem sempre é justificado.

• É mais sensato aceitar que a exclusividade se perderá com o tempo, e tentar maximizar os seus proveitos enquanto dura.

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Acesso à tecnologia

• Como as empresas podem ter acesso a Tecnologia?

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Acesso à tecnologia I - compras de catálogo

• para matérias primas e componentes banalizados.

• É a via mais economica de acesso, mas não proporciona nenhum domínio da tecnologia, nem nenhuma exclusividade.

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Acesso à tecnologia II - compra porespecificação própria

• Bom processo para começar a dominar uma tecnologia, conhecer os seus limites, através da absorção dos conhecimentos de fornecedores de materiais, componentes e equipamentos.

• O grau de apropriação é pequeno, mas há alguma exclusividade...

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Acesso à tecnologia III – Compra de equipamentos

• Se bem feita, a compra implica: • 1) dossier justificativo• 2) negociação e compra• 3) recepção• 4) colocação em funcionamento.

• Em todas as fases há oportunidades de apropriação.• Não proporciona exclusividade. Custos por vezes

elevados; risco de imobilizar recursos financeiros, por longo tempo, em tecnologia geriátrica.

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Acesso à tecnologia IV - Subcontração

• Permite iniciar atividade sem suportar todos os custos. O subcontratado aprende, e pode aumentar progressivamente a sofisticação das prestações. Muito utilizada pela indústria japonesa na sua fase de lançamento do pósguerra.

• Em alguns casos o cliente fornece os equipamentos (para além dos dossiers de fabricação)

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Acesso à tecnologia V – Vigília tecnológica ativa

• Permite apenas acesso a tecnologias existentes.

• Sem exclusividade, salvo se a tecnologia vigiada for sujeita a muito segredo.

• Processo rápido, barato, pouco aceite nas sociedades ocidentais.

• A usar em setores onde a empresa não é lider, e onde não procura exclusividade.

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Acesso à tecnologia VI - contratação de especialistas

• É o único processo para ter acesso a:• – 1) métodos de trabalho;• – 2) impressões subjetivas;• – 3) armazenamento de informações;• – 4) erros e falhas;• – 5) redes pessoais.• Mas cuidado com a contratação de especialistas

da concorrência (questões legais, retaliações, etc.)

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Acesso à tecnologia VII - Formação

• Para acesso a tecnologias muito divulgadas na empresa, ou de natureza horizontal.

• Boa ferramenta de difusão de tecnologia entre colaboradores da empresa.

• Inútil esperar obter segredos em seminários de formação.

• Pouco aplicável a tecnologias muito recentes.

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Acesso à tecnologia VIII – Reverse engineering

• Nome sofisticado para a cópia; forma pouco onerosa e acesso rápido.

• Não faculta acesso a rupturas tecnológicas; por vezes é difícil obter e desmontar produtos da concorrência.

• Por vezes o processo é mais importante que o produto, e a cópia do produto não ajuda (caso MacDonald’s).

• Bem adaptado quando os processos estão estabilizados, e a diferenciação se faz pelos produtos.

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Acesso à tecnologia IX - Transferência de tecnologia, licenciamento• Processo simples e direto de acesso à tecnologia,

em alternativa ao desenvolvimento interno; pode aplicar-se a uma operação, a um processo produtivo, à fabricação de um produto, etc.

• A licença pode ser exclusiva ou não-exclusiva, e aplicar-se a uma região, a um período de tempo, ou a um setor de aplicação.

• O comprador corre poucos riscos; pode ficar dependente, mas também pode assimilar a tecnologia e fazer desenvolvimentos próprios.

• O vendedor difunde rapidamente a sua tecnologia, diminui o risco de cópias ilegais.

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Acesso à tecnologia X – Intra-empresariado

• Um membro do “staff” da empresa cria e gere um “Projeto interno”, de maneira relativamente autonoma, a fim de desenvolver uma dada tecnologia.

• A apropriação e a exclusividade são completas.

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Acesso à tecnologia XI - Redes de empresas

• Grupo informal de empresas que se complementam tecnicamente (ou comercialmente)

• Em regra não há participações financeiras cruzadas.

• A apropriação e a exclusividade permanecem na empresa que fez o desenvolvimento tecnológico.

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Acesso à tecnologia XII – Joint ventures, GIEs, associações

• Iniciativas conjuntas, riscos e todas as responsabilidades partilhadas, complementaridade de capacidades.

• Por vezes revela-se estrutura pouco flexível.

• A apropriação é partilhada, a exclusividade é limitada pelos interesses dos outros parceiros

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Acesso à tecnologia XIII - Buy outs e participações em capital• Possível apenas em certas circunstâncias (nem

sempre há empresas “à venda”).• Quando a participação é minoritária,

apresenta a melhor relação “ganho tecnológico / investimento”.

• É na verdade um meio de vigília ativa.• Evitar a armadilha de participar no capital e

nada fazer para aproveitar.

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Acesso à tecnologia XIV – Alianças estratégicas e P&D cooperativo

• Trata-se de partilhar recursos de P&D com outra empresas e organizações.

• Normalmente respeita a atividades pré-competitivas.

• Custos, competências, resultados partilhados.• Tempos curtos de desenvolvimento.

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Acesso à tecnologia XV - Colaboração com universidades

• Bom para desenvolvimentos estratégicos, de médio e longo prazo, correspondendo a avanços radicais.

• A exclusividade é fraca (mesmo que haja clausulas contratuais de salvaguarda) e a apropriação imperfeita.

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Acesso à tecnologia XVI - Investigação por contrato

• As OIC estão bem colocadas para ajudar outras empresas no desenvolvimento tecnológico.

• Mas não se tem revelado uma abordagem popular pois:

– 1) pode ser caro;– 2) há normalmente grande discrepância

tecnológica entre OIC e cliente;– 3) as garantias de exclusividade são insuficientes.

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Acesso à tecnologia XVII - P&D interno

• A relevância desta abordagem está relacionada com o setor industrial (por ex., pouco relevante para o têxtil, a construção), e com o tamanho da empresa (mais relevante para GEs, que fazem sobretudo desenvolvimento)

• É a melhor solução no que respeita à apropriação e à exclusividade.

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Nem sempre as empresas investemnas tecnologias apropriadas

• têm tendência a atribuir recursos elevados às tecnologias de base que já dominam bem, e pequenos recursos às tecnologias chave da competitividade futura, e às tecnologias emergentes

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As empresas utilizam apenas uma parte dos seus recursos tecnológicos.

• Porque

• – Não têm deles uma boa percepção• – Não os valorizam convenientemente• - Não conhecem o seu potencial tecnológico

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Ciclo de vida das tecnologias

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Inovação na tecnologia

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Ciclo de vida da tecnologia

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