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Gestão de empreendimentos econômicos solidários. Empreendedorismo Social EE Marli Raia Reis Profª Marileide Sabino Primac. Plano da Apresentação. Introdução A natureza da Economia Solidária A noção de comunidade de trabalho Dados sobre a gestão nos EES Considerações finais. - PowerPoint PPT Presentation
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Gestão de empreendimentos econômicos solidários
Empreendedorismo SocialEE Marli Raia ReisProfª Marileide Sabino Primac
Introdução
A natureza da Economia Solidária
A noção de comunidade de trabalho
Dados sobre a gestão nos EES
Considerações finais
Plano da Apresentação
Projetos assistenciais meios de sobrevivência
emergenciais, atenuam as condições precárias devida material; transitórios, geram apenas efeitosimediatos e permanecem dependentes de agentesexternos
Projetos promocionais formas de subsistência
provêem as necessidades básicas, via produçãopara autoconsumo ou geração de rendacomplementar; não logram acumulação e tendem àinsolvência na falta de novos aportes externos
Projetos alternativos empreendimentos solidários
logram algum nível de acumulação e crescimento;mediante planificação e investimentos, alcançamestabilidade mínima e chances de viabilidade;requerem o desenvolvimento de uma novaracionalidade econômica
Tipologia das experiências de geração de renda (1996)
Denominações sócio-econômicas
Empreendimentos associativos
Empresas de autogestão
Cooperativas
Empresas alternativas
Empresas de economia popular
Empresas sociais
Organizações produtivas de economia social
projetos comunitários
coletivos de assentamentos rurais
empresas recuperadas
cooperativas de trabalho / serviços
bancos populares
galpões de reciclagem
Vertentes da Economia Solidária no Brasil
projetos comunitários - Cáritas
assentamentos rurais - MST
empresas recuperadas - ANTEAG
cooperativas de trabalho / serviços
bancos populares - ONGs
galpões de reciclagem – Poder Público
...e suas organizações de referência
organizações econômicas permanentes
suprafamiliares
de posse dos sócios-trabalhadores
presença minoritária de trabalhadores não sócios
gestão coletiva das atividades e da alocação de resultados
atuando na produção, comercialização, serviços, crédito ou consumo
com registro legal ou informais
singulares ou complexas
Atributos dos EES [SIES]
“consiste no fato de que um elemento comunitário, de ação e gestão conjunta, cooperativa e solidária, apresente no interior dessas unidades econômicas efeitos tangíveis e concretos sobre o resultado da operação econômica. Efeitos concretos e específicos nos quais se possa discernir uma particular produtividade dada pela presença e crescimento do referido elemento comunitário, análoga à produtividade que distingue e pela qual se reconhecem os demais fatores econômicos.”
O “Fator C”[cooperação, comunidade, coletividade, colaboração...]
Manifestações do “Fator C”
cooperação no trabalho, gerando maior eficiência
informações e conhecimentos compartilhados, estimulando a
criatividade
adoção coletiva das decisões
melhor integração funcional, reduzindo a conflitualidade e seus
custos inerentes
necessidades de convivência e participação satisfeitas
desenvolvimento pessoal dos trabalhadores - sujeitos
RAZETO, Luis. “Economia de solidariedade e organização popular”. In: GADOTTI, Moacir e GUTIÉRREZ, Francisco (Orgs.) (1993). Educação comunitária e economia popular. São Paulo: Cortez, p. 41.
O solidarismo empreendedor[Lógica objetiva + ethos econômico]
Idealismo
Realismo
Empreendimentos Econômicos Solidários
Espírito Solidário
Espírito Empreendedor
– propriedade social– cooperação– democracia– autogestão
– gerenciamento– planejamento– capacitação– eficiência– viabilidade econômica
Componentes da Solidariedade na Ecosol
associação livre e voluntária
livre arbítrio e autonomia individual
cooperação sócio-econômica
socialização de bens e de meios de produção
compartilhamento de valores
razão axiológico-projetiva
Graus de socialização, autogestão e cooperação
empreendimentos de produção, baseados na socialização dos meios de produção fundamentais e em processos coletivos de trabalho e de gestão
empreendimentos de trabalho ou de prestação de serviços, com gestão coletiva e formas de trabalho semi-coletivas ou individuais
empreendimentos que fortalecem a produção individual ou familiar, dando-lhes maiores chances de capitalização ou de entrada no mercado, sem alteração significativa no regime de propriedade e nos processos de trabalho
iniciativas de complementação de trabalho e renda, de caráter secundário ou momentâneo
“Esses diferentes aspectos da produção, distribuição e consumo na economia solidária devem ser entendidos como a expressão teórica de comportamentos tendenciais, e não como madura e completa manifestação do que efetivamente existe na realidade. (...) As teorias sociais e econômicas identificam ‘modelos puros”, que, na realidade empírica, não encontram materialização cabal, mas que existem e operam efetivamente enquanto potencialidades parcialmente realizadas, como racionalidades que presidem e orientam os comportamentos, como tendências que apontam para identidades em formação. (Razeto, 1993: 44-5).
EES como conceito ideal tipo
ruptura da subordinação estrutural do trabalhador
capital a serviço do (da lógica) trabalho
tendência à eqüidade frente aos meios de produçao
vínculo entre as dimensões econômica e social
presença de inflexão ética na esfera econômica
Contraste entre os EES e aempresa privada capitalista
Vínculos com a Economia Doméstica
o sentido do trabalho depende do sistema de valores da comunidade
indivisão entre casa e trabalho
recalque do cálculo
combinação de relações mercantis, não mercantis e não-monetárias
Preeminência dos trabalhadores associados
simbiose entre cooperação e eficiência
o coletivo como via de realização de interesses individuais
as coerções extra-econômicas (interdições positivas)
as impulsões extra-econômicas (razão projetiva)
a componente ético-moral na condução dos assuntos econômicos
A partir da vivência e por conta dos objetivos que os unem
no trabalho, os indivíduos:
tecem laços que ultrapassam a esfera material e as
satisfações imediatas
alimentam uma identidade e um projeto comuns, ancorados na
história e no espaço por eles partilhados
reconhecem-se como integrantes de um coletivo de que são
os principais elementos constituintes
para cujo destino concorrem suas decisões e ações, entre elas
a forma como acionam a sua capacidade de trabalho.
A comunidade de trabalho
As dialéticas da comunidade de trabalho
distribuir vs capitalizar os excedentes
aportes individuais vs ganhos coletivos
pressões negativas vs interdições positivas
razão pragmática vs razão projetiva
Indicadores de divisãodos benefícios econômicos e sociais
Indicadores selecionados Perct. Clas. C4 remuneração pelo trabalho 94% 5º
C5 minimização das diferenças de remuneração
84% 13º
E1 remuneração igual ou superior ao mercado
62,5% 45º
C11 assistência a membros desfavorecidos
54% 47º
C6 práticas de reciprocidade e ajuda mútua
87% 12º
E3 fundos sociais (securidade, saúde, descanso, etc.)
31% 58º
E10 preservação do quadro de associados 62,5% 54º Tabela 4:
Indicadores de democracia interna
Indicadores selecionados Perct. Clas. A2 Princípio um associado, um voto 87,5% 1º
A1 decisões fundamentais tomadas pelo conjunto de associados
88% 9º
C10 elevado comparecimento nas instâncias deliberativas e consultivas
87% 11º
A9 socialização das informações entre os membros
78% 19º
A3 eleições diretas e livres dos dirigentes 72% 21º A6 regularidade das reuniões decisórias 85% 25º
A13 envolvimento dos membros na gestão cotidiana do trabalho e do empreendimento
72% 43º
A14 participação igualitária de sócios homens e mulheres
59% 45º
A7 renovação dos quadros diretivos 69% 48º A4 voto secreto nas decisões fundamentais 25% 56º
Pesquisa Nacional:O peso da divisão do trabalho herdada
autogestão centrada na condução política e administrativa dos empreendimentos
trabalho coletivo mais freqüente em atividades subsidiárias ou de tempo parcial
práticas solidárias condicionadas à divisão do trabalho:
indivisão divisão simples divisão complexa
divisão social (+) igualitarismo - participação - democracia (-) (-) eficiência econômica (+)
segundo o mercado de trabalho
segundo aporte em capital segundo função por produção por hora individual Idêntica trabalhada para todos complexidade do processoigualitarismo produtivo
Formas de remuneração dossócios trabalhadores nos EES
Principais motivos de criação dos EES:Principais motivos de criação dos EES:1 - Alternativa ao desemprego (45%)
2 - Complementar a renda (44%)3 - Ganhos em atividade associativa (38%)
4 - Acesso a financiamento / apoio (31%)5 – Realizar atividade autogestionária (27%)
O que é realizado coletivamente:O que é realizado coletivamente:1 – Produção (61%)
2 – Comercialização (57%)3 – Uso de equipamentos (48%)
4 – Partilha de infra-estrutura (44%)5 – Aquisição de matéria prima / insumos (29%)
6 – Obtenção de clientes (15%)7 – Financiamento ou poupança (12%)
Múltiplas Respostas
Múltiplas Respostas
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO EESFORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO EES
NATUREZA JURÍDICA TOTAL %
ASSOCIAÇÃO 8151 54,5
GRUPOS INFORMAIS 4890 32,7
COOPERATIVAS 1604 10,7
SOCIEDADE MERCANTIL 195 1,3
OUTRAS 114 0,8
TOTAL 14954 100
Quatro conclusões
1) As práticas de economia solidária contêm elementos extra-econômicos e não-utilitários intrínsecos
2) A compreensão dos modos de gestão dos EES implica reconhecer as indivisões entre a sua natureza social e econômica, individual e coletiva, instrumental e projetiva.
3) A economia solidária não pode ser apreendida adequadamente por uma ciência monológica do agir econômico
4) A economia solidária tampouco pode ser apreendida adequadamente por uma sociologia que não incorpore a dimensão econômica da vida social