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GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
EM EMPREENDIMENTOS
HIDRELÉTRICOSJoana Cruz | Diretora de Recursos Hídricos
SEMINÁRIO SOCIOAMBIENTAL
HIDRELÉTRICO - 2018
A LEI FEDERAL 9.433
• 8 de janeiro de 1997 - lei atual, avançada, caracterizada por descentralizaçãode ações.
• Princípios básicos
• A água é um bem de domínio público.
• Recurso natural limitado dotado de valor econômico.
• Em situações de escassez, prevalecem o consumo humano e adessedentação animal.
• A gestão de RH deve priorizar o uso múltiplo da água.
• Adoção da bacia hidrográfica como unidade de planejamento.
• Gestão descentralizada e participativa, com atuação do poder público, dosusuários e da comunidade.
• Lançou o Sistema Nacional de Gerenciamento de RH (SINGREH).
Lei das Águas
Base para a gestão descentralizada, democrática e participativa.
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• Instituída pela Lei das Águas com o intuito de sistematizar os instrumentos deproteção dos recursos hídricos por meio do princípio da gestão por baciahidrográfica.
• Definiu 5 instrumentos essenciais à boa gestão do uso da água:
• Plano de Recursos Hídricos.
• Enquadramento dos corpos de água em classes de uso.
• Cobrança pelo uso da água.
• Outorga de direito de uso dos recursos hídricos.
• Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
Instrumentos de Gestão
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• Elaborados segundo 3 abordagens: do País, do Estado e da bacia hidrográfica.
• Análise das condições atuais Diagnóstico.
• Projeções da realidade socioeconômica.
• Definição de ações em curto, médio e longo prazo para solucionar problemasexistentes e prevenir problemas futuros.
Planos de Recursos Hídricos
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
Planos de Recursos Hídricos
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• Instrumento de planejamento para a bacia hidrográfica.
• Considera e compatibiliza os programas setoriais e demais instrumentos degestão, identifica as necessidades de aquisição de informações ao longo de suavigência.
DEMANDA, DISPONIBILIDADE E PROJEÇÃO
• Objetivo final: proposição de metas e ações capazes de permitir odesenvolvimento sustentável da unidade de planejamento.
• O diagnóstico tem papel fundamental e direcionador já que a partir dele épossível a proposição de metas e intervenções necessárias em horizontes deplanejamentos definidos
Planos de Recursos Hídricos
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• Elaborado entre 2003 e 2005.
• Aprovado em 2006.
• Revisado em 2011, com prioridades para 2012-2015.
• Implementação de processo de articulação com setores de geraçãohidrelétrica, navegação e demais usos visando ao uso múltiplo de recursoshídricos.
• Considerar os instrumentos de AAI e AE na implementação deempreendimentos de aproveitamento hidrelétricos.
• Elaborar os planos de uso múltiplo e ocupação dos reservatórios deempreendimentos hidrelétricos de UHEs e PCHs.
• Estudos sobre critérios e objetivos múltiplos voltados à definição de regrase restrições em reservatórios de geração hidrelétrica.
Plano Nacional de Recursos Hídricos
MINAS GERAIS
• Concluído em 2010.
• Aprovado em 2011.
• Definiu critérios para a emissão de outorgas para o uso de recursos hídricos e deprogramas para a melhoria da quantidade e da qualidade das águas.
• Necessidade de revisão.
Plano Estadual de Recursos Hídricos
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• O enquadramento de um rio, ou de qualquer outro corpo d’água, deveconsiderar três aspectos principais:
• O rio que temos.
• O rio que queremos.
• O rio que podemos ter.
Enquadramento
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• Ferramenta de planejamento que estabelece metas de qualidade da água apartir das suas utilizações.
• Parte das condições mais exigentes para as menos exigentes.
• Baseia-se nos níveis de QA que os cursos d’água deveriam possuir para atenderas diferentes necessidades de uso estabelecidas pela sociedade.
• Referência para planejamento das gestão de RH e do meio ambiente.
• Embasa os procedimentos de outorga, cobrança, licenciamento emonitoramento ambientais.
• Deve ser entendido enquanto processo cíclico no qual, periodicamente, asmetas devem ser reavaliadas e ajustadas.
Enquadramento
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• A água, sendo considerada um bem público, de domínio dos Estados ou daUnião, é estabelecido pela Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) que,para dela fazer uso é necessária a outorga de direito pelo respectivo PoderPúblico.
• Objetivo: assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e oefetivo exercício dos direitos de acesso aos recursos hídricos.
• A Resolução CNRH n° 16/2001 contempla, além da outorga de direito de usodos recursos hídricos, a outorga preventiva de uso de recursos hídricos (prazomáximo de 3 anos), que tem a finalidade de declarar a disponibilidade de águapara os usos requeridos, não conferindo uso.
• A outorga é efetivada pela ANA quando o recurso hídrico é de domínio daUnião, e pelo Poder Executivo do Distrito Federal ou dos Estados, quando dedomínio destes.
Outorga e DRDH
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• A DRDH é um ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competentereserva vazão passível de outorga, verificando a disponibilidade de água naBacia Hidrográfica.
• A DRDH não confere direito de uso de recursos hídricos e se destina a declarar adisponibilidade de água, possibilitando, aos investidores, o planejamento deempreendimentos que necessitem desses recursos.
• A concessão da outorga e da DRDH deve respeitar as prioridades de usoestabelecidas nos Planos Diretores de Recursos Hídricos de BaciasHidrográficas, a classe em que o corpo de água estiver enquadrado e amanutenção de condições adequadas ao transporte hidroviário, quando for ocaso.
DRDH
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
PROCEDIMENTOS
• Cabe à ANEEL solicitar a DRDH perante a ANA e os órgãos gestores estaduais(para licitar a concessão ou autorizar o uso do potencial de energia hidráulicaem corpo hídrico.
• Elaboração de estudo técnico para subsidiar a solicitação de DRDH (ResoluçãoANA 131/2003).
• Relatório de Estudos de Disponibilidade Hídrica – REDH.
• A DRDH será concedida pelo prazo de até 3 anos, podendo ser renovada porigual período, a critério da ANA, mediante solicitação da ANEEL.
• É competência da ANA a emissão da DRDH e sua consequente conversão emoutorga de direito de uso de recursos hídricos.
DRDH
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• Deliberação Normativa CERH nº 28/2009.
• Em 2010, a ANEEL autorizou empreendedores a solicitarem a DRDHdiretamente junto ao IGAM.
• Há TR para relatório de DRDH.
• É competência do IGAM a emissão da DRDH e sua consequente conversão emoutorga de direito de uso de recursos hídricos.
DRDH – MINAS GERAIS
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
ATENÇÃO
• Prazos de vigência.
• Condicionantes: Resolução ANEEL/ANA 03/2010 não se aplica a CGHs.
Resolução Conjunta SEMAD/IGAM Nº 2237/2014 foi revogada.
OUTORGA – MINAS GERAIS
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
• Cobrado de quem utiliza diretamente a água dos rios e outros corpos d’água(não é tarifa de distribuidoras de serviços de saneamento).
• A cobrança tem como objetivos:
• dar ao usuário uma indicação do real valor da água;
• incentivar o uso racional da água; e,
• obter recursos financeiros para recuperação das bacias hidrográficas doPaís.
• A cobrança não é um imposto, mas uma remuneração pelo uso de um bempúblico, cujo preço é fixado a partir de um pacto entre os usuários da água, asociedade civil e o poder público no âmbito dos CBHs.
Cobrança
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
Aplicação dos valores arrecadados
• Prioritariamente na bacia hidrográfica onde foram gerados.
• No financiamento de estudos, projetos, programas e obras incluídos no Plano deRecursos hídricos.
• No pagamento de despesas de implantação e custeio administrativo dos órgãose entidades envolvidos limitado a 7,5% do total arrecadado.
Cobrança
Resolução ANA nº 20/2018 informa que o reajuste dos valores da
cobrança pelo uso de recursos hídricos será de 2,7% (atualização dos
preços unitários).
POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS
Geração de energia elétrica – CEIVAP (Deliberação CEIVAP nº 218/2014)
ValorPCH = GH X TAR X P
• ValorPCH : pagamento anual pelo uso da água para geração de energia elétrica em PCHsR$/ano
• GH: total anual da energia efetivamente gerada da PCH em MWh
• TAR: valor da Tarifa Atualizada de Referência (Resolução anual da ANEEL em R$/MWh)
• P: percentual definido pela CEIVAP a título de cobrança sobre a energia gerada = 0,75.
Cobrança - Exemplo
• Bacia do Araguari -UPGRH PN2.
• Bacia dos rios Piranga –UPGRH DO1, Piracicaba –DO2, Santo Antônio –DO3, Suaçuí – DO4, Caratinga – DO5 e Manhuaçu – DO6.
• Bacias dos afluentes mineiros dos rios Preto/Paraibuna (UPGRH PS1) e Pomba/Muriaé (UPGRH PS2).
• Bacia do rio Piracicaba Jaguari – UPGRH PJ1.
• Bacia do rio das Velhas –UPGRH SF5.
• Bacia do rio Pará –UPGRH SF2
OBRIGADAE-mail: [email protected]
Telefone: 31 99979-4488
A LEI FEDERAL 9.433
SINGREH
• Coordenar a gestão integrada das águas.
• Arbitrar administrativamente os conflitos relacionados aos recursos hídricos.
• Planejar, regular e controlar o uso, bem como a recuperação dos corpos d’água.
• Promover a cobrança pelo uso da água.
Lei das Águas
CERH
• Todos os estados brasileiros têm CERH ou entidade equivalente.
• Deliberar e acompanhar a execução do Plano Estadual de Recursos Hídricos.
• Promover a articulação das políticas setoriais relacionadas à água.
• Arbitrar conflitos pelo uso da água de domínio estadual e promover a cobrançapelo uso da água.