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    Gestão Democrática da Escola: Princípios e Desafios1 

    Objetivo específico: identificar os princípios que norteiam a gestão democráticada escola e alguns dos seus desafios. 

     Apesar de se manifestarem em diversas realidades, as práticas de gestãoescolar podem ser percebidas como vinculadas a duas formas básicas _ umaautoritária e outra democrática. Em termos gerais, a gestão autoritária defendea centralização de processos decisórios na figura do diretor, do professor emsala de aula ou, ainda, de outros grupos dentro da escola, como, por exemplo,aqueles que atuam na secretaria da unidade escolar. No caso específico dodiretor, uma gestão autoritária parte do princípio que basta a esse profissional eaos seus auxiliares mais diretos o domínio dos conhecimentos e das técnicasde gestão que vão orientar o trabalho da escola. Numa outra direção, a gestãodemocrática  caracteriza-se por entender que todos devem conhecer osprincípios da gestão e interferir nos processos que eles orientam, decidindo os

    rumos que a escola deverá tomar. Para tanto, pressupõe a participaçãocoletiva nas decisões que visam a assegurar o alcance das grandes metas quea escola deve alcançar para cumprir sua função social, e contribuir paraformação e exercício pleno da cidadania. Observe como Gadotti & Romão(1997), pesquisadores deste tema, estabelecem esta relação:

     A escola deve formar para a cidadania e, para isso, ela deve dar o exemplo. Agestão democrática da escola é um passo importante no aprendizado dademocracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço dacomunidade. Nisso, a gestão democrática da escola está prestando um serviçotambém à comunidade que a mantém. (p.35)

    Como você pode observar, a escola tem um importante papel no processo deconstrução da cidadania. Entretanto, é preciso não perder de vista que, aofazer isso, a instituição escolar não se pode democratizar independentementede outras instâncias da sociedade.

    Observe: ao pensarmos na gestão democrática da escola precisamos centrarnossa atenção em duas instâncias desse processo; uma interna e outraexterna:

    · a dimensão externa diz respeito à função social da escola, ao seu trabalhode sistematização e socialização de um saber historicamente produzido e àsdemandas que a sociedade e a comunidade local lhe apresentam, naexpectativa de que as mesmas sejam atendidas com qualidade social paratodos;

    · a dimensão interna, por sua vez, refere-se à organização dos espaços e dasatividades escolares, de modo que os vários segmentos da escola possam ter

    1  Texto adaptado de: SOUSA, José Vieira.  Gestão Democrática da Escola: Princípios e

    Desafios. Projeto Veredas Módulo 4 V. 1, 2006. 

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    condições iguais de expressar suas opiniões, questionando, analisando,decidindo e participando democraticamente da avaliação do processo degestão da escola.

     À medida que lida com essas duas dimensões, a gestão democrática precisa

    levar a escola a apresentar mudanças significativas na cultura autoritária quese tem mostrado presente na sociedade brasileira e nos sistemas de ensino. Aconstrução de uma cultura democrática promove o aprendizado coletivo deprincípios de convivência, também democráticos, e contribui para odistanciamento daqueles que estimulam uma convivência marcada peloautoritarismo. Observe no quadro a seguir algumas implicações quediferenciam essas duas formas de convivência no ambiente escolar.

    O quadro apresentado mostra que a convivência democrática pode ocorrer deverdade quando as pessoas participam, opinam e decidem sobre as questõesque afetam sua vida individual e a vida do coletivo. Nesse sentido, a

    convivência democrática na escola pode, sem dúvida, contribuir para aconcretização das determinações legais estudadas na seção anterior, emrelação ao princípio da gestão democrática, como orientador do ensino públicono país.

    CONVIVÊNCIA AUTORITÁRIA CONVIVÊNCIA DEMOCRÁTICAEstimula a ausência de diálogo, acompetitividade e a desconfiança.

    Incentiva a liberdade de expressão, odiálogo e o companheirismo.

    Incentiva a ideia de sempre haver umganhador no contexto escolar.

    Entende que todos devem ganhar pormeio da participação coletiva.

    Deixa claro que quem manda tem opoder restando aos demais obedecer.

     Ajuda os grupos a serem autônomose reflexivos, por meio de debates.

    Favorece a supervalorização deposições hierárquicas e o temor acríticas.

    Respeita a hierarquia por meio daparticipação coletiva e responsável.

    Sustenta um autoritarismo desprovidade crítica auto-avaliação esolidariedade.

    Reveste a autoridade de crítica eauto-avaliação e espírito solidário.

     Ao analisarmos os princípios que diferenciam uma convivência democrática deuma outra de caráter autoritário, no espaço escolar, novamente é possível

    perceber suas implicações no cotidiano da sala de aula. Você já refletiu sobreesta questão com seus colegas professores e/ou com seus alunos? Essasimplicações manifestam-se de diversas formas, como, por exemplo, na visãoque expressamos sobre currículo, avaliação, planejamento e relação professor-aluno.

    Entretanto, a gestão democrática da escola e da sala de aula não é umprocesso tranquilo e harmônico, mas algo que precisa ser construído em meioaos desafios que fazem parte do ambiente escolar. Um desses desafios refere-se à adequada compreensão do principio da gestão democrática da escola, deforma a evitarem-se possíveis equívocos a seu respeito. Gadotti (1994),

    pesquisador que tem produzido significativos trabalhos sobre gestãodemocrática, destaca três desses equívocos que podem, quando não são bem

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    discutidos, dificultar o trabalho coletivo e a gestão democrática da escola.Vamos analisar cada um deles?

    Veja que esses três possíveis equívocos em torno do princípio da gestãodemocrática da escola podem ocorrer de forma associada, podendo um levar à

    origem dos outros, fortalecendo-se mutuamente. Além disso, chamam aatenção para a necessidade de a gestão democrática ser construída a partir daampla participação dos vários segmentos, mas sem comprometer as ações daescola.

    Como estudamos em outros componentes curriculares, a escola é umainstituição social que deve responsabilizar-se, dentre outras questões, pelaformação plena dos cidadãos. Em função dessa tarefa, a gestão democrática é,na realidade, um processo político que tem de garantir a participação ativa detodos os grupos que atuam de forma direta ou indireta na tarefa de educar _professores, funcionários, gestores, pais, alunos, grupos organizados dasociedade civil, etc.

    É possível que, após discutir os equívocos que podem associar-se à discussãodo processo de gestão democrática, você esteja se perguntando sobre osprincípios que orientam a construção da uma escola democrática. Vamosdiscutir um pouco esses princípios? Veja: de acordo com Sacristán (1999) _estudioso deste tema _ Democracia e Educação são dois caminhos que seentrelaçam visando à construção do progresso social e humano. Segundo esteautor, para ser construída, a escola democrática pressupõe cinco princípiosbásicos _ acesso à Educação, conteúdos de ensino e conteúdos da EducaçãoDemocrática, práticas organizacionais e pedagógicas, as relaçõesinterpessoais e as relações entre escola e comunidade. Observe o quecaracteriza cada um desses princípios:

    · Acesso à Educação. Uma escola democrática pressupõe que o acesso a elaseja garantido a todos os indivíduos, fazendo com que a EducaçãoDemocrática trabalhe em função da igualdade, condenando e combatendoqualquer tipo de preconceito.

    · Conteúdos de ensino e da Educação Democrática. A escola democráticadeve ser aberta ao conhecimento, fazendo com que os conteúdos de ensinosejam articulados aos conhecimentos de vida dos alunos, além de abrir-se às

    manifestações culturais diversificadas dos grupos que a compõem.

    CENTRALISMO

    Estimula tomada de

    decisão sobre questões

    essencialmente de

    natureza política, sem

    nenhuma consulta ao

    coletivo da escola.

    DEMOCRATISMO

    Submete a amplos debates

    populares quaisquer tomados

    de decisão, ainda que eles seja

    de caráter puramente técnico.

    POPULISMO

    Cria espaços que

    podem levar à

    supervalorização de

    opiniões popular sem

    nenhuma avaliação

    crítica do que muitas

    vezes é proposto.

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    · As práticas organizacionais e pedagógicas. A escola precisa assegurar aparticipação dos sujeitos em suas práticas organizacionais e pedagógicas, deforma que todos tenham liberdade de expressão e de intervenção, em seuinterior.

    · As relações interpessoais. Além da participação que estudamosanteriormente, a escola deve propiciar um clima institucional baseado nodiálogo, que possibilite uma comunicação e uma convivência democrática, pormeio de experiências dos vários grupos.

    · Relações entre escola e comunidade. O clima de Democracia vivido naescola não deve ficar isolado nela mesma, mas deve levá-la a se percebercomo um agente de serviços junto à comunidade, visto que, na Democracia,ninguém possui as certezas ou a única certeza.

    Pensando nos vários desafios que a gestão da escola atualmente enfrenta,

    certamente você já pôde constatar que, diariamente, lidamos com questõesdelicadas, que exigem bom senso e diálogo em seu encaminhamento. Mas, sea própria vida dos indivíduos é feita de constantes desafios, por que seriadiferente com a vida da escola? Portanto, os conflitos são comuns na interaçãodos grupos, devendo ser encaminhados com bom senso e diálogo. No contextoda gestão democrática da escola, apesar de os conflitos que surgem serem denaturezas diversas, eles podem ser agrupados em três níveis, conforme quadroa seguir:

    Níveis dos conflitos no contexto da gestão democrática da escolaPessoal Interpessoal Institucional

    Surgem na escolaquando os indivíduospensam e agem emfunção de seus própriosmodos de pensar,interesses, ideias eníveis de poder.

    Ocorrem em situaçõesde interação socialquando pessoas- porserem diferente  – explicitam diferentesinterpretações e formasde agir.

    Manifestam-se por ser aescola espaço dediferenças orientado porideias, processos eações muitas vezes decaráter contraditório.

    Diante dos vários conflitos que se instalam no cotidiano da escola, uma gestãodemocrática deve buscar superá-los, visando ao bem coletivo, renunciando a

    consensos que apenas camuflam a realidade da escola. Esta postura evita quea escola procure um consenso que, no fundo, representa risco à possibilidadede verdadeiramente construir o diálogo e negociar as concepções dos diversosgrupos da escola. Azanha (1993), estudioso da gestão democrática da escola,explicita que o "(..) consenso é apenas uma forma de decisão e nem sempre amais racional, nem a mais justa. Principalmente quando a maioria, pelo simplesfato de ser maioria, se julgar no direito de suprimir as divergências, ainda queestas sejam legítimas." (p. 39)

    Veja que a idéia de Azanha sobre o perigo de o consenso ser tomado pura esimplesmente pelos vários segmentos da escola, sem uma reflexão mais crítica

    das razões que o sustentam, pode alertar-nos para um ponto de partidaimportante no desenvolvimento da gestão democrática.

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     A) Leia os dois relatos apresentados a seguir.

    Relato A   _ "Na minha conduta? Eu me considero uma pessoa um poucoabusada de autoritarismo, principalmente em relação ao aluno. E em nossasreuniões se discutia muito isso (...) Eu sou assim, mas melhorei um pouco.

    Quando eu sou professora, e estou discutindo com o diretor, quero democracia.Quando estou com o aluno, sou autoritária. Isso ficou claro para mim no processo que tivemos de reuniões, de discussões, de leituras. Comecei a meavaliar nesse sentido _ eu pregava democracia, mas não era democrata. Achoque melhorei bastante."  

    Relato B  _ "Com os colegas? Aprendi a ouvi-los mais. E com isso fui tentandouma troca de experiências. Passei a aceitar mais a idéia de cada um. A gentetinha reuniões semanais, oportunidade de falar e ouvir. Todos os problemasque surgiram era resolvidos em grupo."  (Almeida, 2001: 25).

    B) Agora, marque F (falso) ou V (verdadeiro) nas alternativas a seguir.

    a ( ) Nos dois relatos percebe-se que os dois professores reviram suasposturas profissionais, a partir de discussões com o grupo.

    b ( ) No relato "A" observa-se que a professora era democrática na forma de serelacionar com todos os segmentos da escola.

    c ( ) No relato "B" a participação do professor em várias atividades da escolalevou-o a escutar mais os seus colegas de trabalho.

    d ( ) Nos dois relatos constata-se que os professores tinham tanto um discursoquanto uma prática democrática dentro da escola.

    e ( ) No relato "A" verifica-se que a postura da professora não gerava conflitosno seu relacionamento com outras pessoas na escola.

     A charge apresentada chama nossa atenção para a necessidade e importânciade nos auto conhecermos, não é verdade?

    Veja que, após estudar os princípios e desafios da gestão democrática da

    escola, você pode estar-se perguntando sobre o que é, afinal, uma escolademocrática. Certamente a resposta para esta pergunta não é simples, mas éimportante refletir sobre três ideias que contribuem para a construção de umaescola desta natureza.

    Inicialmente, caro aluno(a), é preciso lembrar que uma escola democrática nãose limita a tornar mais flexíveis e dialogados determinados processosadministrativos, como, por exemplo, aquele que diz respeito à eleição de seusdirigentes. Claro que esse é um mecanismo interessante e importante paraescolher os dirigentes das escolas, contando com a participação deprofessores, alunos, pais e líderes da comunidade, conforme discutiremos no

    próximo tema deste componente curricular. Mas isto não basta, não é verdade?Para além desse mecanismo de escolha dos dirigentes, uma escola

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    democrática é aquela capaz de construir uma administração colegiada, com aparticipação de todos os segmentos que a constituem, assegurando-lhes voz evoto nas discussões e tomadas de decisões que ocorrem em seu interior.

    Fig. 61 _ Fonte: Quino. Toda a Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993. p.170

    Em segundo lugar, uma escola verdadeiramente democrática não se contenta

    em democratizar a oferta e as formas de acesso aos serviços educacionais quepresta à comunidade. Ao contrário, procura avançar na luta contra a realidadeque impede um grande número de crianças e jovens de ingressar epermanecer nela com qualidade, entendendo que, enquanto houver criançassem acesso à Educação formal por falta de vagas, não é possível afirmar queem nosso país temos, de fato, uma escola democrática.

    Um terceiro aspecto a considerar na democratização da escola, refere-se aoespaço da sala de aula, o que sugere uma profunda reflexão sobre diversosaspectos, como, por exemplo, relação professor-aluno, necessidade decurrículos e planejamentos mais flexíveis e processos avaliativos

    emancipadores, conforme discutido nos temas estudados. Um exemplo decomo esse nível de democratização pode ocorrer diz respeito à inclusão deacontecimentos do bairro ou da cidade nas discussões que os professoresrealizam com seus alunos, relacionando-os aos conteúdos previstos no planode ensino regularmente desenvolvido com a turma.

     A) Leia o seguinte relato do Colégio Estadual Genoveva Resende Carneiro, de Araguaína/TO, sobre como a comunidade escolar desenvolveu o processo dedemocratização de suas práticas e depois faça o que se pede.

    Democr ati zação da vid a esc o lar  

    O Colégio Estadual Genoveva Resende Carneiro tinha como situação- problema o afastamento dos pais em relação à escola, a falta de credibilidadeem relação ao ensino-aprendizagem e a gestão excessivamente centralizada.Em função desse quadro, os frutos colhidos eram a reprovação, o abandono(evasão escolar) a desmotivação dos professores e dos alunos. O quadro foirevertido pelo processo gradativo de democratização da escola. Em um primeiro momento, realizou-se reunião com todos os funcionários para aanálise dos fatores determinantes da eficácia escolar e resolução dequestionários de análise do perfil do funcionamento da escola. Essas iniciativasserviram para levantar os problemas mais críticos. Então, passaram a sercolocadas em prática algumas ações: programas de capacitação para os professores, implementação de biblioteca para professores e alunos, reuniões

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    mais freqüentes com os pais. Em resumo: as recomendações que temos paraquem enfrenta a mesma situação é que se busque uma gestão democrática,fazendo-se constantemente a análise situacional, avaliando-se as dificuldadesno aspecto administrativo e pedagógico, buscando a participação de todos, pormeio de métodos eficazes de solução dos problemas. (Revista Gestão em

    Rede, 2001:4).

     A partir da leitura do depoimento apresentado, escreva F  (falso) ou  V (verdadeiro) diante de cada alternativa.

    a ( ) A escola em destaque sugere uma gestão democrática que permita atodos analisar suas dificuldades pedagógicas e administrativas.

    b ( ) A reunião realizada com todos os funcionários deu-se visando a levantaros pontos de sucesso relativos ao trabalho da escola.

    c ( ) Dentre as ações de caráter prático adotadas pela escola, destacam-seaquelas de formação continuada dos seus professores.

    d ( ) Dentre os problemas enfrentados pela escola, encontrava-se aquelerelacionado à gestão muito centralizada, então adotada.

    O relato analisado nesta atividade chama a atenção para a ideia de que umaescola democrática é construída a partir do encontro e da discussão de ideias,interesses e conflitos expressos pelos vários segmentos da escola!

    Para lembrar  

     As referências legais para a gestão democrática da escola são encontradas emtrês dispositivos fundamentais: a Constituição Federal de 1988 (Artigo 206), aLDB (Artigos 3º, 12 e 14 ) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Artigo 53).Entretanto, as definições legais apresentadas por esses instrumentos nãogarantem, por si só, a democratização escolar, sendo preciso oacompanhamento por parte dos cidadãos para que o Estado cumpra o que elesdispõem.

     A gestão democrática deve implicar a democratização dos vários espaços da

    escola, garantindo formas de participação não só nas decisões gerais, mastambém naquelas relativas ao trabalho da sala de aula. Nesse sentido, épreciso provocar mudanças na cultura e na organização escolar, e possibilitar aparticipação dos seus vários segmentos nas tomadas de decisão.

    Na criação e consolidação da cultura democrática da escola, surgem conflitosque, apesar de serem saudáveis ao crescimento do grupo, não podem impedirque a vontade do coletivo seja respeitada, de forma que a função social daescola seja alcançada com qualidade para todos.

    Essas orientações legais devem levar a escola a assumir, dentre outros, o

    compromisso de verdadeiramente democratizar as formas de acesso epermanência do aluno em seu interior, com qualidade para todos.