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São Carlos 03/07/2015 GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO SETOR COMERCIAL VAREJISTA DE PRESENTES Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais Paulo César Pereira Júnior

GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

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São Carlos

03/07/2015

GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

SETOR COMERCIAL VAREJISTA DE PRESENTES

Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais

Paulo César Pereira Júnior

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PAULO CÉSAR PEREIRA JÚNIOR

GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO SETOR

COMERCIAL VAREJISTA DE PRESENTES

Projeto experimental apresentado ao Instituto

Federal de São Paulo – Campus São Carlos,

como parte das exigências para a conclusão do

Curso Superior de Tecnologia em Processos

Gerenciais.

Orientadora: Profª. Msc. Carla Renata Rufo

São Carlos – São Paulo

2015

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PAULO CÉSAR PEREIRA JÚNIOR

GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO SETOR

COMERCIAL VAREJISTA DE PRESENTES

Projeto experimental apresentado ao Instituto

Federal de São Paulo – Campus São Carlos,

como parte das exigências para a conclusão do

Curso Superior de Tecnologia em Processos

Gerenciais.

Data de aprovação: ____________________________________

____________________________________________________

Orientadora - Profª Msc. Carla Renata Rufo

IFSP – Campus São Carlos

____________________________________________________

Avaliador 1: Prof° Ms. André Luiz Mendes

IFSP – Campus São Carlos

____________________________________________________

Avaliador 2: Profº Ms. Marcelo Batista Ferreira

IFSP – Campus São Carlos

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A Deus, pelo dom da vida e saúde. A minha

família, pelo entendimento da dedicação e

apoio durante a pesquisa e a Profª Carla Rufo,

cujo auxílio e apoio permitiram o término do

projeto.

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RESUMO

As microempresas constituem setor com caráter único no país; a alta carga de impostos

variados, a confusa definição de funções dentro da empresa e a alta taxa de rotatividade das

mesmas representam um perigo para sua sobrevivência no curto prazo. Este trabalho teve

como objetivo primário, entender o que é o fluxo de caixa e sua importância para uma

microempresa na administração dos seus recursos. Posteriormente, foi exemplificado como se

dá a montagem de um esquema de fluxo de caixa adaptado, dentre os vários modelos pré-

existentes disponíveis, a todas as peculiaridades que uma microempresa tem nos dias de hoje.

Após isso, foi descrito, através de um estudo de caso, o modo que uma microempresa do setor

de comércio varejista se organiza quanto a essa questão com todo o singularismo e

imparcialismo que é característico do modo de pesquisa aplicado ao trabalho. Por fim, foi

feita uma proposta de melhoria no já citado processo, fundamentada e baseada no conteúdo

bibliográfico levantado, visando uma aplicação desse conhecimento bibliográfico gerado em

um contexto real e próximo do pesquisador. Observou-se que com a correta estruturação do

Fluxo de Caixa é possível que a empresa tenha mais informações e que isso contribua com um

melhor planejamento e controle dos seus recursos.

Palavras chave: Fluxo de Caixa. Microempresa. Gestão. Mudança de processo.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 6

1.1 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS ..................................................................... 6

1.2 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 7

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA ........................................................................................ 7

1.4 METODOLOGIA ........................................................................................................... 8

2 REVISÃO TEÓRICA ........................................................................................................... 9

2.1 MICROEMPRESA .............................................................................................................. 9

2.2 O FLUXO DE CAIXA ....................................................................................................... 11

2.3 COMO GERENCIAR O FLUXO DE CAIXA: MODELOS ............................................ 15

3 ESTUDO DE CASO EM UMA MICROEMPRESA VAREJISTA ................................ 26

3.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE FLUXO DE CAIXA ................................................ 27

4 PROPOSTA DE MELHORIA PARA O FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA

ANALISADA .......................................................................................................................... 32

4.1 INFORMATIZAÇÃO DA PLATAFORMA DE ESTRUTURAÇÃO DO FLUXO DE

CAIXA ...................................................................................................................................... 32

4.2 NOVO MODELO DE ESTRUTURAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PARA A

MICROEMPRESA ANALISADA .......................................................................................... 33

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 39

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1 INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, onde a competitividade pelo mercado é enorme e as grandes

corporações instaladas em todo o território nacional promovem uma competição um

tanto quanto injusta, as microempresas tentam se posicionar e sobreviver, disputando

espaço entre si e buscando uma afirmação própria, apostando no contato próximo com o

cliente e conhecimento da praça. De acordo com o SEBRAE (2011), as mais de nove

milhões de micro e pequenas empresas somavam juntas 27% do PIB (Produto Interno

Bruto) do país, ante os 21% que representavam do total das riquezas produzidas em

1985. Outra informação relevante é que, o valor gerado pelas operações das micro e

pequenas empresas, que era de R$ 144 bilhões em 2001, saltou para R$ 599 bilhões em

2011, com valores de moeda da época.

Embora os números apresentem uma participação significativa das

microempresas é fato que as dificuldades enfrentadas para sua manutenção também não

são menores. Assim, este trabalho se propõe a entender como a correta estruturação do

fluxo de caixa em uma micro empresa pode contribuir com melhor controle de recursos

e gerar informações que possam ser utilizadas em previsões mais assertivas ou

correções de cenário que ajudem na sua manutenção e sobrevivência.

Para isso, além dessa introdução e a conclusão, o trabalho está estruturado em

três partes. Na primeira é feito uma revisão bibliográfica sobre os principais conceitos

envolvidos com o tema: microempresa, fluxo de caixa e alguns dos modelos já

sugeridos. Para a segunda parte, o estudo de caso é melhor detalhado, caracterizando o

negócio que está sendo analisado e o processo utilizado atualmente. Por fim, segue-se a

proposição de melhoria do fluxo de caixa da empresa em questão.

1.1 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

Demonstrar, através de um estudo de caso de uma microempresa do setor

varejista, uma nova forma de estruturação das movimentações diárias de entradas e

saídas de capital e a sua correta administração, tanto das disponibilidades quanto do

capital excedente; ou seja, a utilização da gestão do fluxo de caixa como uma

ferramenta de previsão no que diz respeito a falta ou excesso de capital e a possibilidade

de se preparar para isso. Em outras palavras, demonstrar que o fluxo de caixa é algo

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maior que apenas saber o quanto a empresa vendeu e sua dívida com fornecedores, mas

que se trata de uma ferramenta de gestão dos diretos e obrigações.

Especificamente espera-se:

a) Exemplificar algumas formas já existentes de estruturação do fluxo de caixa.

b) Aprofundar o conhecimento do pesquisador ao tema, visando aplicação.

1.2 JUSTIFICATIVA

De acordo com o IBPT (2013) - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário-,

as microempresas correspondem mais de 77% do total das empresas brasileiras, e são

consideradas como tal o negócio que aufira faturamento anual de até R$360.000,00

(trezentos e sessenta mil reais). No entanto, ainda segundo o IBPT (2013), mais de 49%

dessas empresas encerram suas atividades antes de atingirem seis anos de vida,

atribuído, entre outros motivos, a falta de planejamento e informações do mercado,

correspondendo esse o motivo como maior causador de falência no período (mais de

41%).

Rosa e Silva (2002) acenam o planejamento financeiro como um dos processos

mais importantes para a manutenção da empresa em um ambiente cada vez mais

competitivo, já que este planejamento é o que de fato protege a empresa contra

mudanças bruscas nos parâmetros do mercado e permite, quando necessário, que a

empresa repense seu planejamento com antecedência.

Dentro do planejamento financeiro, uma área que se destaca é o fluxo de caixa,

cujo gerenciamento adequado se apresenta como “um retrato fiel da composição da

situação financeira da empresa.” (ROSA E SILVA, 2002, p. 03).

Serve também para justificar esse trabalho, o interesse pelo tema e a

proximidade do pesquisador com a empresa estudada, onde o convívio diário entre as

partes favorece a observação de um processo passível de melhoria, com anuência da

empresa analisada e liberdade para propor melhorias a partir dessas observações.

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA

No universo das microempresas, o empreendedor muitas vezes é o gestor de

recursos humanos, o diretor de marketing, o responsável pela logística, pela análise de

mercado, entre outras funções. Tal concentração de atividades somada ao alto nível de

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dedicação que o setor financeiro exige, leva muitas vezes à perda do controle da

saudável gestão financeira do negócio e consequentemente a capacidade de observar o

passado, controlar o presente e prever o futuro próximo.

Desta forma a pergunta a que se pretende responder com a presente pesquisa é:

como a correta estruturação do fluxo de caixa pode ajudar a empresa a controlar suas

finanças e promover melhor controle?

1.4 METODOLOGIA

A presente pesquisa tem caráter aplicado que, para Barros e Lehfeld (2000, p. 78

apud Vilaça, 2010, p. 64), “tem como motivação a necessidade de produzir

conhecimento para aplicação de seus resultados, com o objetivo de contribuir para fins

práticos”. Assim, o conhecimento será proveniente da pesquisa bibliográfica que será

utilizada com objetivo de descrever um processo real existente e em seguida sugerir

uma melhoria para o mesmo, caracterizando-se, desta forma, como uma pesquisa

objetivada pelos métodos exploratório e descritivo.

Para Gil (2002, p. 41), o método exploratório é o tipo de pesquisa que “visa

proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a

construir hipóteses”. O método descritivo, por sua vez, é definido segundo Gil (2002,

p.42) como aquele que “têm como objetivo primordial a descrição das características de

determinada população ou fenômeno [...]”.

Destaca-se também a abordagem qualitativa, definida por Silva e Menezes

(2000, p. 20) como o processo que:

Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é,

um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito

que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a

atribuição de significados são básicos no processo de pesquisa qualitativa.

Não requer os uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a

fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. É

descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O

processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

A metodologia de caráter singular, característica do estudo de caso, analisa e

descreve a gestão de como a empresa faz sua gestão de fluxo de caixa e, levando em

consideração toda sua individualidade, sugere uma nova forma de estruturação aplicável

apenas para aquele contexto, sendo assim impossível de criar qualquer tipo de maiores

generalizações.

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2 REVISÃO TEÓRICA

O que vem a seguir é uma explanação de alguns termos que necessitam de uma

explicação bibliográfica para o correto entendimento do presente trabalho, bem como do

embasamento teórico para a proposta de melhoria, posteriormente contida dentro do

estudo de caso.

2.1 MICROEMPRESA

O primeiro conceito a ser explorado são as definições e características das

microempresa de forma a entender as suas dificuldades.

De acordo com a Constituição Federal (2006), através da Lei Complementar

nº123, a diferenciação das microempresas é feita através da receita de suas atividades,

quando diz que “no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta

igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais)”.

Visando uma maior facilitação para o estabelecimento e manutenção da

microempresa, o Governo Federal criou o SIMPLES, definido de tal forma pela Receita

Federal (2005):

O Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples) é um regime

tributário diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às pessoas

jurídicas consideradas como microempresas (ME) e empresas de pequeno

porte (EPP), nos termos definidos na Lei nº 9.317, de 1996, e alterações

posteriores, estabelecido em cumprimento ao que determina o disposto no art.

179 da Constituição Federal de 1988. Constitui-se em uma forma

simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por meio da aplicação

de percentuais favorecidos e progressivos, incidentes sobre uma única base

de cálculo, a receita bruta.

O SEBRAE (2015) também utiliza o critério do número de funcionários para

diferenciar o porte das empresas que, embora não tenha fundamentação legal para fins

da legislação do SIMPLES, é utilizado para fins bancários, ações de tecnologia,

exportações e outros.

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Tabela 1 – Quanto ao número de Empregados

Indústria

Micro Com até 19 empregados

Pequena De 20 a 99 empregados

Média 100 a 499 empregados

Grande Mais de 500 empregados

Comércio e Serviços

Micro Até 9 empregados

Pequena 10 a 49 empregados

Média De 50 a 99 empregados

Grande Mais de 100 empregados

Fonte: SEBRAE (2015), compilado pelo autor

Ainda para o SEBRAE (2013), as dificuldades enfrentadas para a manutenção

no negócio são variadas, mas algumas são recorrentes a boa parte dos

microempreendedores que encontram muitas dificuldades em manter seu negócio ativo.

Gráfico 1 – Dificuldades Enfrentadas

Fonte: Adaptado de Sebrae (2013, p. 45)

Observa-se pelo Gráfico 1 que, embora os microempreendedores pontuem que

controlar o dinheiro da empresa não seja um problema principal para manutenção do

26,1%

21,2%

13,4%

6,7%

4,6%

3,6%

2,9%

2,7%

2,6%

2,2%

2,1%

1,6%

0,7%

9,6%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0%

Não sentiu dificuldade

Conseguir crédito

Conquistar clientes

Administrar meu negócio

Concorrência

Entender/cumprir as obrigações legais

Controlar o dinheiro da empresa

Dificuldades com o ponto comercial

Encontrar apoio

Comprar bem/barato

Empreender

Inovar

Planejar

Outros

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negócio, a dificuldade em conseguir crédito e conquistar clientes não são

necessariamente dissociadas dos aspectos econômicos e financeiros.

As mudanças constantes nas legislações, bem como a necessidade crescente de

resposta rápida por parte da microempresa em relação as variáveis mercadológicas,

resultaram segundo Porter (1989 apud Gazzoni, 2003, p. 13), em “novos desafios à

gestão de negócios, levando as empresas a reverem suas políticas gerenciais”. Pivetta

(2005) ressalta ser difícil imaginar que uma microempresa, por menor que seja, consiga

obter algum tipo de sucesso em sua área de atuação sem a utilização de um mínimo

controle de fluxo de caixa dos seus recursos, colocando a utilização da ferramenta como

um dos parâmetros que define o sucesso ou fracasso do negócio. A autora destaca ainda

a simplicidade de estrutura das microempresas em nosso país, muitas vezes carentes de

áreas especializadas e departamentalizadas, onde o grande objetivo do fluxo de caixa é

compreender como as decisões tomadas afetam seu cotidiano e consequentemente sua

saúde financeira no que diz respeito à disponibilidade ou falta de capital.

Assim, o próximo tópico serão apresentados alguns conceitos sobre o fluxo de

caixa.

2.2 O FLUXO DE CAIXA

Rosa e Silva (2002) afirmam que o fluxo de caixa se divide em dois tipos,

relacionados com o tempo de cobertura para o tratamento das informações: o fluxo de

caixa histórico (ou passado) e o fluxo de caixa projetado (ou orçamento de caixa).

Numa forma de obter uma melhor aplicação para o estudo de caso presente neste

trabalho, será delimitado apenas o fluxo de caixa projetado, dividido em dois

subtópicos, de acordo com Rosa e Silva (2002): o fluxo de caixa projetado de curto

prazo e o fluxo de caixa projetado de longo prazo.

No fluxo de caixa de curto prazo, diferem-se totalmente as informações

disponíveis, quando, segundo Rosa e Silva (2002, p. 04) “busca-se identificar os

excessos de caixa ou a escassez de recursos dentro do período projetado”. Para os

autores:

Normalmente, quando se projeta a curto prazo, as principais operações que

vão provocar entradas e saídas de dinheiro já foram realizadas e a empresa

trabalha com relativo grau de certeza dos recebimentos e/ou pagamentos

dentro do período. (Rosa e Silva, 2002, p. 04)

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Já no fluxo de caixa projetado de longo prazo, há a tentativa de alcançar alguns

objetivos específicos, que são

Verificar a capacidade da empresa de gerar os recursos necessários para

custear suas operações;

Determinar o capital em giro no período;

Determinar o Índice de Eficiência Financeira da empresa. (IEF = capital

em giro / capital de giro da empresa);

Determinar o grau de dependência de capitais de terceiros da empresa;

etc. (ROSA E SILVA, 2002, p. 04).

Os mesmos autores (ibidem) concluem que o horizonte de análise da projeção a

longo prazo é mais propenso a erros, já que é feito apenas sob a ótica das projeções que

são, muitas vezes, inexatas; em um período maior de tempo, maiores são as chances de

eventos variáveis que não eram de conhecimento da empresa exporem as falhas da

projeção, comprometendo as previsões feitas anteriormente. Sendo assim, uma

atualização constante das previsões de longo prazo deve ser feita, para minimizar o

efeito de tais variáveis na projeção final e se aproximar o máximo possível da realidade.

O fluxo de caixa é definido por Assaf Neto e Silva (1997, p. 35 apud Pacheco,

2007, p. 13) como “um instrumento que possibilita o planejamento e controle dos

recursos financeiros de uma empresa”, onde podemos perceber o enfoque gerencial que

a ferramenta toma como auxiliadora na tomada de decisão pois representa uma

perspectiva “dos rumos financeiros dos negócios”.

Oliveira (2013, p. 60), diz que o “fluxo de caixa é um instrumento de gestão

financeira que projeta para os períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos

financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado”.

Sobre o tempo de projeção, acrescenta: “No caso das empresas de pequeno porte, a

projeção do fluxo de caixa para um período de quatro a seis meses é tempo suficiente

para a gestão do capital de giro” (OLIVEIRA, 2013, p. 60).

Zdanowicz (2004, p. 54) também ressalta a necessidade de adoção de um fluxo

de caixa dentro da empresa, quando diz que:

O fluxo de caixa é o instrumento essencial para a administração do disponível

e sucesso da empresa em termos de planejamento e de controle financeiro. É

o instrumento mais preciso e útil para levantamentos financeiros a curto e

longo prazo.

Ou seja, a demonstração de fluxo de caixa é um instrumento de análise não

apenas do resultado da receita recebida subtraída da despesa gerada pela operação, mas

sim, segundo Corrêa (2005), um indicador que demonstra toda a origem da

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movimentação de entrada do capital em caixa e também toda a aplicação do capital que

saiu do caixa no período desejado e coberto pela simulação.

Contudo, a utilização do fluxo de caixa em uma empresa por si só não garante o

sucesso em sua área financeira e como forma consequente de todas as outras, mas é o

primeiro passo para a correta análise e observação da situação real de seus ativos

financeiros, conforme dizem Dahmer e Casturino (2013, p. 03):

Não se pretende dizer que o orçamento e o planejamento, bem como a

implantação do Fluxo de Caixa numa organização, eliminarão as dificuldades

financeiras de uma empresa. Certamente a visualização das entradas e saídas

futuras de caixa permitirão antecipar a decisão de alocação de recursos.

Portanto, as empresas que adotarem o fluxo de caixa podem facilitar e

organizar seus dados em relação a recebimentos e pagamentos, visando um

equilíbrio financeiro.

Há também algumas limitações quanto à utilização do fluxo de caixa, conforme

dizem Rosa e Silva: (2002, p. 03)

A incapacidade de fornecer informações precisas sobre o lucro e sobre os

custos dos produtos da empresa. Isto porque as apurações e demonstrações

são realizadas pelo regime de caixa e não pelo regime de competência.

Assaf Neto e Silva (1997 apud Pacheco, 2007, p. 11), oferecem uma visão

crítica na necessidade de parâmetros de manutenção de caixa bem definididos quando

ressaltam a “manutenção do saldo em caixa no vencimento dos compromissos como

condição básica para a empresa continuar operando”, e acrescentam que “sem liquidar

seus compromissos, a descontinuidade do ciclo operacional da companhia pode ocorrer

por falta de crédito e materiais [...]”

Outra visão interessante de fluxo de caixa é a trazida por Pivetta (2005, p. 04),

que da seguinte maneira elenca alguns objetivos para serem alcançados:

• saldar as obrigações da empresa nas datas de vencimento;

• planejar pagamentos em datas certas para não incorrer em inadimplemento;

• ter um fundo com saldo de caixa para eventuais despesas;

• quando tem caixa elevado programar para uma melhor aplicação e pelo

tempo que depois de analisado o fluxo pode se deixar;

• buscar perfeito equilíbrio entre ingressos e desembolsos de caixa da

empresa;

• analisar fontes de crédito que oferecem empréstimos menos onerosos – em

caso de necessidade – com tempo já previsto.

Pode-se observar o aliado que a ferramenta se transforma no que diz respeito à

previsão do futuro próximo, isto é, da capacidade de simulação das situações possíveis

usando provisões de períodos anteriores, acerca da falta ou excesso de caixa disponível

e a possibilidade de planejar ações estratégicas menos onerosas possíveis com isso em

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mente, conforme pode ser visto abaixo, em trecho citado de Sanvicente e Santos (2000,

p. 156 apud Pacheco 2009, p. 13):

Conhecendo de antemão as prováveis faltas de caixa, a administração

financeira poderá avaliar cuidadosamente as alternativas disponíveis para

resolver esse problema e solucionar, dentre elas, aquela que melhor atenda

aos interesses da empresa. Muitas dessas alternativas podem exigir

providências imediatas por parte da empresa, antes da efetivação das

insuficiências de caixa.[...]. Por outro lado, a projeção do fluxo de caixa

permite a identificação dos excessos de caixa e possibilita a análise prévia

das alternativas de aplicação desses excedentes.

Pode-se ainda observar diferenças entre o fluxo de caixa e outros demonstrativos

financeiros, como dizem Friedrich e Brondani (2005, p. 03):

O fato das demonstrações contábeis representarem uma situação da empresa

em um determinado momento, levou a que se adotassem os fluxos, a fim de

melhor embasar as Demonstrações Contábeis. Esta prática propicia a melhor

compreensão das modificações ocorridas no patrimônio da empresa. Pois o

Balanço Patrimonial representa os bens, direitos e obrigações de uma

empresa em um determinado momento.

Tendo isso em mente, pode-se observar que o enfoque do fluxo de caixa está

num ambiente que vai além da correta estruturação de entradas e saídas, mas que

também pode ser utilizado como uma ferramenta que leva em conta sua relação com os

stakeholders da empresa, no que diz respeito à necessidade, imediata ou futura, de

possíveis empréstimos bancários e/ou financiamentos de terceiros. Piveta (2005, p 05) é

um dos autores que ressaltam que “muitas instituições de crédito exigem a sua

apresentação antes de concederem empréstimos ou financiamentos a seus clientes”.

Assim, observa-se que as demonstrações contábeis obrigatórias para fins de

fiscalização, como o Balanço Patriomonial e o DRE (Demonstração de Resultados do

Exercício), mostram apenas a situação da microempresa em um determinado momento -

geralmente a situação contábil na data de fechamento do exercício - o que de certa

maneira pode mascarar a informação correta da atual situação de seus direitos e

obrigações, o fluxo de caixa por outro lado, é uma ferramenta dinâmica que classifica e

organiza “as entradas e saídas dos recursos financeiros que tenham ocorrido em um

determinado intervalo de tempo” (PIVETTA, 2005, p 02).

Desta forma, considera-se importante que sejam apresentados, no próximo

tópico, modelos que possam exemplificar como ocorre o gerenciamento do fluxo de

caixa.

Page 16: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

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2.3 COMO GERENCIAR O FLUXO DE CAIXA: MODELOS

Segundo Friedrich e Brondani (2005), o planejamento do fluxo de caixa deve ser

feito da forma mais simples possível, de maneira que seja uma ferramenta confiável e

de fácil interpretação dos futuros ingressos e dispêndios de capital da empresa.

Pode até mesmo ser definido pela seguinte função genérica:

SFC = SIC + I – D

Onde:

SFC = Saldo final de caixa;

SIC = Saldo inicial de caixa; I = Ingressos D = Desembolsos.

(Friedrich e Brondani,2005, p. 7 e 8, grifo nosso)

Mesmo destacando e respeitando a singularidade de cada microempresa, há

vários modelos de estruturação de fluxo de caixa genéricos, onde, segundo Pivetta

(2005), sua forma de utilização varia de acordo com o porte da empresa e seu processo

atual de comercialização.

Um modelo, elucidado por Beuren et al (2003), traz a elaboração de um fluxo de

caixa projetado para uma empresa comercial varejista do ramo de confecções, que

sugere a correta estruturação de seu fluxo financeiro, apresentados no Quadro 1.

A primeira explanação é sobre o saldo inicial, que segundo Beuren et al (2003,

p. 139) “corresponde ao saldo final do fluxo de caixa do mês [período] anterior, o qual

poderá ser tanto positivo quanto negativo.”

Para o cálculo das entradas, Beuren et al (2003) soma o valor das entradas de

dinheiro referentes a pagamentos à vista no período, bem como o valor de recebimento

de vendas a prazo.

Com relação as saídas, Beuren et al (2003) dá ênfase maior aos dispêndios de

capital fixos e variáveis no período de cobertura do fluxo de caixa, como “compras,

comissões, impostos a recolher, folha de pagamento, aluguel, água, luz e telefone, entre

outros.” (Beuren et al, 2003, p. 139)

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Quadro 1 – Proposta de uma sistemática de fluxo de caixa

Fluxo Obs. "n" períodos

1 Saldo inicial 2 Entradas 2.1 Faturamento a vista 2.2 Recebimento de vendas a prazo 3 Saídas Gastos variáveis

3.1 Compras

3.2 Comissões %

3.3 ICMS a recolher %

3.4 PIS,COFINS, C. Social e Lucro Presumido %

Gastos fixos

3.5 Folha de pagamento

3.6 INSS e FGTS %

3.7 13º Salário

3.8 Aluguel

3.9 Água e luz

3.10 Telefone

3.11 Material de escritório

3.12 Serviços contábeis e de terceiros

3.13 Gastos com veículos e transportes

3.14 Juros

3.15 Outros

4 Variação (+/-1 + 2 + 3)

5 Retiradas

6 Novos investimentos

7 SALDO FINAL (+/-4 - 5 - 6)

OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES

Saldo bancário

Saldo de estoques (a preço de venda)

Saldo de estoques (a preço de reposição)

Saldo de duplicatas a receber

Saldo de duplicatas a pagar

DADOS OPERACIONAIS RELEVANTES

Faturamento

Mark-up médio

Prazo médio de pagamento Dias

Prazo médio de recebimento Dias

Prazo médio de estocagem Dias

Taxa financeira da aplicação %

Fonte : Beuren et al. (2003).

Page 18: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

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Outro modelo, elucidado por Dahmer e Casturino (2013, p. 03), apresenta uma

forma de estruturação, de acordo com as Figuras 1 e 2, que segundo eles, permite

visualizar de antemão a falta ou necessidade de capital na empresa, defendida pelos

mesmos, como “uma das mais importantes ferramentas para o gestor financeiro da

empresa.”.

Figura 1 – Controle de fluxo de caixa diário proposto

Fonte: Dahmer e Casturino (2013, p. 06).

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Figura 2 – Modelo Adaptado de Fluxo de Caixa Mensal Proposto

Fonte: Dahmer e Casturino (2013, p. 06).

Os autores defendem a utilização do esquema sugerido devido a seu fácil

entendimento, ao mesmo tempo em que oferece ferramentas poderosas para a tomada de

decisão, quando dizem que:

O Fluxo de Caixa proposto neste estudo pode ser utilizado de forma adaptada

por qualquer empresa por ser de fácil aplicação. Toda organização pode

elaborar seu orçamento e planejar seu futuro a partir de dados históricos,

projetar seus fluxos e promover seus ajustes possibilitando com isso rever

seus orçamentos na medida das ocorrências. (DAHMER E CASTURINO,

2013, p. 03)

Oliveira (2013, p. 61), por sua vez aprofunda mais esses modelos ao separar a

estruturação do fluxo de caixa projetado em cinco parâmetros base:

4.1 Previsão de vendas e os respectivos prazos de recebimentos.

4.2 Previsão das compras e os respectivos prazos de pagamento aos

fornecedores.

4.3 Levantamento dos valores a receber dos clientes, das vendas já realizadas.

4.4 Levantamento dos compromissos a pagar aos fornecedores

e pagamento de despesas operacionais mensais.

4.5. Levantamento das disponibilidades financeiras existentes.

Sobre a previsão de vendas, Oliveira (2013, p. 62) ressalta que se a empresa já

trabalha com previsão, estabelecendo metas de venda, basta calcular o valor que se

espera vender nos meses seguintes; caso contrário, a empresa poderá considerar as

vendas realizadas no mesmo período do ano anterior como ponto de partida, projetando

as expectativas do cenário atual. Sugere assim, o seguinte modelo na Figura 3, para a

previsão de vendas:

Page 20: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

19

Figura 3 – Previsão de Vendas

Fonte: Oliveira (2013, p. 63).

Já sobre as previsões das compras (Figura 4) e os respectivos prazos de

pagamento aos fornecedores (Figura 5), Oliveira (2013, p. 63) pontua que,

primeiramente, é necessário calcular a previsão ou metas de compras mensais1.

Figura 4 – Previsão de Compras Mensais

Fonte: Oliveira (2013, p. 64).

1 Considerando que a empresa que o autor utilizou de modelo, 35% do valor das vendas são os custos das

matérias-primas e que o prazo de pagamento dos fornecedores são: 30% a vista; 20% com 60 dias, 40%

com 90 dias e 10% com 120 dias.

Page 21: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

20

Figura 5 – Cálculo de Pagamentos Previstos

Fonte: Oliveira (2013, p. 65).

O terceiro parâmetro relatado por Oliveira (2013, p. 66) é o levantamento do

contas a receber de clientes. Segundo o autor, se a empresa vendeu a prazo o controle do

contas a receber fornecerão informações mais precisas para o fluxo de caixa e propõe o

seguinte modelo na Figura 6, não considerando os valores em atraso:

Figura 6 – Posição dos valores a receber

Fonte: Oliveira (2013, p. 66).

Page 22: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

21

O levantamento dos compromissos a pagar, segundo Oliveira (2013, p. 68)

englobam o contas a pagar que a empresa tem com fornecedores, impostos,

financiamentos, despesas, entre outros. Sugere assim, o seguinte modelo na Figura 7:

Figura 7 – Valores a Pagar

Fonte: Oliveira (2013, p. 68 e 69).

Page 23: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

22

Por fim, como o quinto parâmetro descrito, Oliveira (2013, p. 71) cita o

levantamento das disponibilidades financeiras existentes como cheques, dinheiro,

aplicações financeiras, entre outros, que será o saldo inicial do fluxo de caixa.

Finalmente, as Figuras 8, 9, 10 e 11, apresentam o modelo do Fluxo de Caixa

que será então preenchido com todos os dados recolhidos nas demais planilhas

anteriores:

Figura 8 – Fluxo de Caixa

Fonte: Oliveira (2013, p. 72).

Page 24: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

23

Figura 9 – Fluxo de Caixa (continuação)

Fonte: Oliveira (2013, p. 72).

Page 25: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

24

Figura 10 – Fluxo de Caixa (continuação)

Fonte: Oliveira (2013, p. 73).

Page 26: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

25

Figura 11 – Fluxo de Caixa (continuação)

Fonte: Oliveira (2013, p. 73).

Naturalmente muitos outros modelos são sugeridos na literatura, porém

considerou-se que os modelos de Beuren et al (2003) de Dahmer e Casturino (2013) e

Oliveira (2013) servem como um bom parâmetro para a proposta de melhoria que

seguirá na próxima parte desse trabalho.

Page 27: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

26

3 ESTUDO DE CASO EM UMA MICROEMPRESA VAREJISTA

O método escolhido para a análise do processo foi a observação direta não

participante, além da análise documental, no caso, o livro usado para a escrituração dos

dados utilizado pela microempresa base para o estudo.

O presente estudo de caso se baseou em uma empresa cuja razão social e atual

localização, a pedido de seus sócios, foram omitidos em sua descrição, sendo apenas

caracterizada como uma microempresa do setor varejista de presentes.

A empresa, que no momento de seu nascimento tinha apenas um sócio,

localizava-se na cidade de São Carlos em um local alugado no centro da cidade, e se

dedicava exclusivamente a linha de presentes mais refinados, tais como variados kits de

cozinha importados, uma linha de joias e semi joias, além de um setor direcionado para

revenda de bolsas importadas.

Em meados de 2013, a empresa necessitou mudar sua sede para uma cidade de

menor porte, ainda pertencente à microrregião de São Carlos, e, com ela, houve uma

grande remodelagem em seus processos, a começar pelo número de sócios, que

aumentou para três.

Houve mudanças também na linha de produtos, pois após a instalação na nova

praça, a empresa passara a se dedicar em revender produtos populares como bolsas,

carteiras, sapatos e uma linha de semi joias folheadas dedicadas ao público feminino,

com uma consequente alteração de preços, que passaram a ser adaptados à seu novo

público-alvo. Além disso, passou a comercializar produtos para a área de escritório e

principalmente a de material escolar em certos períodos do ano, numa tentativa de variar

seu leque de negócios e aproveitar a demanda sazonal desse mercado.

Atualmente a empresa possui dois funcionários que são responsáveis pelo

atendimento ao cliente, sendo um deles também responsável pelo setor financeiro

(inclusive o controle do fluxo de caixa) da empresa que posteriormente é repassada aos

três sócios para que decidam em conjunto os próximos passos do negócio como novos

pedidos de compra, viagens a centros atacadistas fora da microrregião de atuação, entre

outros.

Tais compras variam quanto ao produto que almejam revender. Para a linha de

sapatos, tanto femininos quanto masculinos, os sócios recorrem a vendedores viajantes,

em sua maioria representates de lojas oriundas de dois grandes centros atacadistas do

setor e já muito famosos, um no interior do estado de São Paulo e outro na região do

Page 28: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

27

triângulo mineiro, em Minas Gerais, que visitam a loja e oferecem seus produtos em

grandes catálogos. Mais uma vez, os sócios, em conjunto com uma funcionária,

decidem modelos e quantidades de compra.

Para a parte de escritório e material escolar, um representante de uma grande

empresa do ramo visita a loja semanalmente, e uma vendedora é responsável pelo

pedido, de acordo com a necessidade de compra.

Para os demais produtos, como bolsas, carteiras e presentes variados como

caixas de som, relógios e copos personalizados de times de futebol, entre outros, os

próprios sócios decidem, em momentos esporádicos, fazer viagens à cidade de São

Paulo para comprar mercadorias.

A microempresa não possui veículo próprio. Sendo assim, tendo em mente a

necessidade de compras de mercadoria em centros atacadistas, os sócios planejam entre

si uma espécie de rodízio em seus veículos para a viagem, onde gastos com gasolina,

pedágio e alimentação são posteriormente repassados a funcionária responsável, que

desconta os valores correspondentes do caixa da empresa.

Toda a contabilidade da microempresa, para fins de fiscalização e recolhimento

de tributos é terceirizada, ficando totalmente a cargo de um escritório de contabilidade

situado no município em questão.

O prédio onde a empresa exerce suas atividades é alugado, através de contrato

firmado e reconhecido em cartório.

3.1 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE FLUXO DE CAIXA

A observação do fluxo de caixa da empresa analisada demonstrou a utilização de

um sistema singular de anotação das despesas e receitas, feito manualmente por um dos

vendedores, em um caderno escolar simples, conforme pode ser visto nas Figuras de 12

a 14.

Destaca-se o pedido da microempresa em questão para a manutenção do sigilo

sobre os dados. Desta forma, observa-se que os valores monetários foram apagados,

mas mantida a estruturação do fluxo de caixa utilizando até então.

Page 29: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

28

Figura 12 – Fluxo de caixa diário utilizado

Fonte: Reprodução própria.

Page 30: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

29

Figura 13 – Demonstração das despesas realizadas no mês de maio

Fonte: Reprodução própria.

Page 31: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

30

Figura 14 – Fluxo de caixa mensal realizado

Fonte: Reprodução própria.

Page 32: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

31

Sobre a Figura 12 (p. 28), pode-se observar os quatro tópicos principais que

permeiam a ferramenta utilizada diariamente para o controle atual na empresa, que são

as seguintes:

Abriu com: Refere-se ao valor que o caixa fechou no dia anterior. Ao final do

expediente, a funcionária responsável faz a contagem do dinheiro disponível no

caixa, fato posteriormente repetido na manhã seguinte, à fim de verificar se os

valores são os mesmos.

Troco: Refere-se ao valor monetário disponível em caixa ao final do dia.

Observa-se que o item “Troco” do dia em questão necessariamente será o item

“Abriu com” do dia seguinte.

Vendeu: O resultado monetário das atividades diárias da empresa, isto é, apenas

transações realizadas em espécie.

Cartão: O montante de vendas realizado atráves de transações feitas com cartões

bancários.

Na mesma Figura 12 (p. 28), pode-se observar o item Duplicata, que representa

o valor que a empresa precisa ter no dia em questão para honrar compromissos com

fornecedores, simbolizando que naquela data haverá pagamentos a serem efetuados.

A Figura 13 (p. 29), por sua vez, representa esses desembolsos que foram

efetuados dentro do mês enquanto a Figura 14 (p. 30) representa o fluxo de caixa

realizado como controle mensal do caixa.

A seguir são apresentadas as sugestões de melhoria do fluxo de caixa da

microempresa analisada.

Page 33: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

32

4 PROPOSTA DE MELHORIA PARA O FLUXO DE CAIXA DA EMPRESA

ANALISADA

Após a revisão bibligráfica, bem como a descrição do atual processo de controle

do fluxo de caixa utilizado pela microempresa, ficam claros alguns pontos possíveis de

mudança para uma melhor visualização da situação financeira da mesma, utilizando o

fluxo de caixa como uma ferramenta de auxílio na gestão de capital no dia-a-dia.

No presente trabalho, foram apresentadas duas sugestões para um melhor

aproveitamento da ferramenta e assim uma melhor visão da situação financeira da

microempresa no presente e no futuro próximo, servindo assim de grande valia para sua

gestão no curto prazo.

Ressalta-se que, a funcionária responsável pela escrituração na microempresa

analisada não precisa necessariamente ser uma contadora, ou ter grandes conhecimentos

em administração e gestão de capital.

Um entendimento do dinamismo da ferramenta é suficiente, para que haja uma

fidelidade em seguir a risca os corretos lançamentos de entradas e saídas de capital, isto

é, disciplina por parte dela em alimentar o fluxo corretamente e assim mantê-lo

atualizado e de fato fidedigno com a realidade, para melhor proveito de todas as

vantagens que o modelo sugerido traria.

4.1 INFORMATIZAÇÃO DA PLATAFORMA DE ESTRUTURAÇÃO DO

FLUXO DE CAIXA

Primeiramente, conforme observações feitas pelo pesquisador, um simples

caderno escolar não é a ferramenta mais adequada para a visualização dos dados que

podem ser gerados a partir do fluxo de caixa e a sua consequente utilização na tomada

de decisão. Logo, uma mudança de plataforma de escrituração é o primeiro passo para a

melhoria do processo.

Foi observado que há um computador de posse da microempresa, que fica

diariamente na loja, mas que, por algum motivo, ainda não é utilizado para estruturar

seu fluxo de caixa. Logo, parte-se da informatização da ferramenta como o primeiro

passo de mudança do atual processo, onde pode-se observar além de tudo, uma maior

segurança e sigilo de dados que dizem respeito à situação financeira da microempresa,

Page 34: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

33

já que no atual modo, o caderno em questão fica livremente no balcão onde são feitos os

pagamentos.

Outra vantagem da informatização é que ela também traria a possibilidade de

utilizar backups dos dados, que poderiam ser salvos em diversos endereços diferentes,

ficando dessa maneira imunes a qualquer tipo de perdas de dados importantes. Além

disso, informatizar o controle do fluxo de caixa, utilizando programas operacionais

simples e de fácil entendimento, possibilitará desmembra-lo em modelos mais

elaborados que o utilizado até então, difíceis de imaginar sendo utilizados se

escriturados a mão. Já está claro até então que o modelo atual utilizado pela empresa

não permite fazer simulações de eventos num futuro próximo, ou seja, que o fluxo de

caixa projetado ainda não é feito por ela, registrando apenas os fatos ocorridos.

Isto leva à segunda sugestão de melhoria, um modo de controle do fluxo de

caixa mais elaborado do que o descrito anteriormente, aproveitando todas as vantagens

que a escrituração digital fornece em uma diferente visualização da saúde financeira da

empresa.

4.2 NOVO MODELO DE ESTRUTURAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA PARA A

MICROEMPRESA ANALISADA

Para que o novo método obtenha o maior sucesso possível, foi analisada e

respeitada a atual fase do empreendimento. Tendo em mente tal análise, foi definido que

a simulação cobrirá apenas três meses. Isso se deve ao fato que, mesmo que o ponto

principal seja a adoção do fluxo de caixa projetado, até então inexistente na empresa, a

margem de análise para o futuro, a princípio, não poderá ser muito extensa pois a

microempresa passa por uma fase de reformulação de atividades, com grandes

investimentos em sua linha de sapatos.

Devido a isso, observa-se que será mais difícil prever e calcular os futuros

recebimentos dentro do período projetado, pois mesmo os dados do mesmo período no

ano anterior podem ser inexatos, pela quantidade inferior de produtos oferecidos na

época e a consequente menor entrada de capital, o que distorceria a previsão.

Foi tomado como base o modelo disponibilizado por Oliveira (2013), que a

princípio, cita cinco parâmetros base para a estruturação do fluxo de caixa projetado,

mas com o objetivo de diferenciá-lo, este foi modificado para que atenda todas as

Page 35: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

34

peculiaridades da microempresa em questão, no que diz respeito ao acréscimo ou

decréscimo das informações consideradas na simulação.

Parte-se então da premissa de atualizações constantes da planilha mensal da

previsão de vendas, utilizando uma planilha semanal para controle deste setor.

Planilha 1 – Projeção do recebimento de vendas

Fonte: Adaptado de Oliveira (2013, p. 63).

Planilha 2 – Auxiliar semanal na projeção de vendas

Fonte: Elaboração própria

Na Planilha 1, pode-se observar a necessidade do cálculo do prazo médio de

recebimento, para preenchimento das tabelas de períodos de simulação posteriores

enquanto na Planilha 2, vê-se uma ferramenta de auxílio para a planilha principal, numa

forma de distribuir o objetivo mensal da estimativa de vendas em metas menores para

serem acompanhadas no andamento do mês.

Há também a separação dos produtos comercializados em quatro grandes

categorias, que abrangem todo o portfólio de produtos ofertados pela microempresa

varejista, o que permitiria uma análise muito mais ampla do que de fato é o principal

produto da empresa, e o que apresenta um menor giro de estoque, fato que se torna

perigoso já que se trata de dinheiro alocado em mercadorias.

Mês Previsão de Vendas Totais Previsão de recebimento de vendas

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês “n”

1 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

2 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

3 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

SOMA R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Semana Sapatos Bolsas e Carteiras Papelaria

1 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

2 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

3 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

4 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

SOMA R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

Previsão de vendas na semana Presentes em Geral

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

Page 36: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

35

Mês

Mês 1 Mês 2 Mês 3

1 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

2 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

3 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

SOMA R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00R$ 0,00

Previsão de compras

R$ 0,00

Previsão de pagamento das compras

Cálculo dos pagamento das compras previstas

R$ 0,00

R$ 0,00

Planilha 3 – Posição dos Valores a Receber

Fonte: Adaptado de Oliveira (2013, p. 66)

Na Planilha 3 observa-se o modelo para os controles de contas a receber que

fornecerão as informações para o fluxo de caixa, ou seja, os valores do contas a receber

que serão levados para a planilha do fluxo de caixa.

Planilha 4 – Planilha auxiliar para cálculo das compras previstas

Fonte: Adaptado de Oliveira (2013, p. 64 e 65).

A Planilha 4 contempla os cálculos para a previsão dos dispêndios de compras.

Naturalmente o percentual que se refere as compras com relação ao valor das vendas

necessitará de outros cálculos mais apurados mas que podem ser melhorados com o

tempo e as informações geradas.

Na Planilha 5 observa-se o levantamento dos compromissos já assumidos com

os fornecedores enquanto a Planilha 6 apresenta o levantamento dos custos e despesas:

Mês

1

2

3

R$ 0,00

R$ 0,00

Percentual para compras (%) - 2

0,00%

0,00%

0,00%

Previsão de vendas (R$) - 1

R$ 0,00

R$ 0,00

Previsão ou meta de compras (R$) - 3 = (1x2)/100

R$ 0,00

R$ 0,00

Mês 1 Mês 2 Mês 3 TOTAIS

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Cartão de crédito R$ 0,00

Outros R$ 0,00

SOMA R$ 0,00

Tipo de Documento Valores já vencidos

Crediário R$ 0,00

Cheques pré-datados R$ 0,00

Page 37: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

36

Planilha 5 – Demonstração dos compromisso com fornecedores

Fonte: Adaptado de Oliveira (2013, p. 68)

Planilha 6 – Levantamento dos custos e despesas a pagar

Fonte: Adaptado de Oliveira (2013, p. 68)

Data do Vencimento Categoria do produto Valor

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

TOTAL DO PERÍODO R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

Valor acumulado

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

R$ 0,00

COMPROMISSO

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Total da projeção

Fornecedores R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Folha de pagamento R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Retiradas dos sócios R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Alíquota do imposto (SIMPLES) R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Aluguel R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Energia elétrica R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Telefone R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Serviços de contabilidade R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Férias R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

13º salário R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Empréstimos bancários R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Despesas financeiras R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Material de Limpeza R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

Aluguel da máquina de fotocópia R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

VENCIMENTOS

Page 38: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

37

Observa-se assim que, uma vez que a ferramenta utilizada esteja informatizada e

que todos esses dados estejam lançados em cada uma dessas planilhas, é possível

associá-las entre si e extrair os mais variados tipos de informação. Entre os diversos

modelos de Fluxo de Caixa apresentados, sugere-se a utilização do próprio modelo de

Oliveira (2013), mas outros podem ser construídos a partir das informações geradas e

combinadas.

Assim, é possível perceber que o fluxo de caixa é uma aliado na informação de

questões importantes da gestão financeira da empresa e que seu uso não precisa muitos

conhecimentos práticos; uma vez estruturado, requer apenas disciplina no lançamento

dos dados.

Page 39: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

38

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta deste trabalho foi demonstrar, através de um estudo de caso de uma

microempresa do setor varejista, uma nova forma de estruturação das movimentações

diárias de entradas e saídas de capital e a sua correta administração, tanto das

disponibilidades quanto do capital excedente e esperava-se que pudessem ser

exemplificadas algumas formas já existentes de estruturação do fluxo de caixa, bem

como que fossem aprofundados o conhecimento do pesquisador ao tema, visando

aplicação.

Considera-se assim que os objetivos propostos foram atendidos mas que, por se

tratar de um tema complexo, muito mais ainda poderá ser realizado por pesquisas

futuras.

Observou-se, por fim, que com a correta estruturação do Fluxo de Caixa é

possível que a empresa tenha mais informações e que isso contribua com um melhor

planejamento e controle dos seus recursos.

Page 40: GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA EM UMA MICROEMPRESA DO

39

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