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Fortaleza2013
Brunna da Silva Ferreira
Gestão do Valor no Capital de Giro
Agenda
• Apresentar o objetivo da gestão do capital de giro;
• Integrar a gestão dos elementos do capital de giro;
• Discutir o modelo de gestão integrada, baseado no conceito de
• geração de valor, para a administração do capital de giro;
• Descrever as estratégias funcionais de gestão de valor do giro;
• Explicar as estratégias de nível de atividade na gestão do capital de giro;
• Explanar as estratégias de gestão de valor na tesouraria;
• Analisar os impactos inflacionários na gestão do capital de giro.
1. Elementos de Giro
Ativo CirculanteDisponibilidades
Valor a Receber
Estoques
Passivo CirculanteFornecedores
Salários
Empréstimos e
Financiamentos
Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo
PrazoEmpréstimos e Financiamentos
Ativo PermanenteInvestimento
ImobilizadoPatrimônio Líquido
Capital Lucros Acumulados
2. Objetivo da Gestão do Capital de Giro
• Maximizar a riqueza dos proprietários pela maximização do valor da
organização;
• Gerar valor para os stakeholders (acionistas, credores e fornecedores);
• A organização que não gera valor aos seus interessados está destinada ao fracasso.
3. Como gerar valor?
4. Atuação do Gestor Financeiro
• Maximizar os lucros;
• Expandir os negócios;
• Gerar valor para todos os envolvidos com o interesse da
organização;
• Captar recursos a custos baixos para serem investidos em
ativos;
• Maximizar a relação Retorno e Custo;
• Realizar o equilíbrio entre a
liquidez e a rentabilidade.
Geração de Valor na Organização
Atividades
Operativas
(produção e
comercialização)
Atividades
Financeiras (giro,
tesouraria e
imposto)
5. Como medir o valor gerado?
6. Geração Total de Valor (GTV)
Dicionário das Variáveis:
GVT = Geração Total de Valor
GVA = Geração de Valor na Atividade
GVF = Geração de Valor em Finanças
GVA GVF GTV
6.1 Geração de Valor na Atividade (GVA)
VGV VGP VGA GVA
Dicionário das Variáveis:
VGV = Valor Gerado na Venda
VGP = Valor Gerado na Produção
VGA = Valor Gerado na Administração
Valor Gerado na Venda (VGV)
Receitas Brutas
(-) Devoluções
(-) Abatimentos
(-) Despesas comerciais
(-) Ganho financeiro do contas a receber deduzido do respectivo
custo de capital
(=) Resultado comercial
Valor Gerado na Produção (VGP)
Resultado comercial
(-) Custo da produção
(+) Resultado Monetário de Estoques deduzido do respectivo
CMPCG x Estoques
(=) Resultado de produção
ATENÇÃOCMPCG: Custo Médio Ponderado do Capital de Giro
Valor Gerado na Administração (VGA)
Resultado de produção
(-) despesas administrativas
(=) Resultado da Atividade
6.2 Geração de Valor em Finanças (GVF)
Dicionário das Variáveis:
VGI = Valor Gerado com Impostos
VGG = Valor Gerado no Giro
VGT = Valor Gerado na Tesouraria
VGI VGG VGT GVF
Valor Gerado com Imposto (VGI)
Imposto sobre Receitas
(+) IR
(+) Contribuições
Valor Gerado no Giro (VGG)
(=) RIG – CMPCG x PCO
Dicionário das variáveis:
RIG : Retorno do Investimento em Giro
CMPCG : Custo Médio Ponderado do Capital de Giro
PCO: Passivo Circulante Operacional
Valor Gerado na Tesouraria (VGT)
(=) (RIF - CMPCG) x ACF
Dicionário das variáveis:
RIF : Retorno do Investimento Financeiro
CMPCG : Custo Médio Ponderado de Capital
ACF: Ativo Circulante Financeiro
7. Investimento Total em Giro (ITG)
AC PC
Disponibilidades Financiamento de Curto Prazo
Clientes
Estoques
Adiantamento de Fornecedores
Fornecedores
Outras contas a pagar
CGL (+)
Investimento em Tesouraria (IT)
Investimento em Giro (IG)
Investimento Total em Giro
(ITG)
Dicionário das Variáveis:• ITG = IT + IG
• IT ( Caixa, Saldos em contas correntes, etc.)
• IG ( Clientes, Estoque) financia as atividades operacionais.
8. Geração de Valor no Investimento Total em Giro (ITG)
AC PC
DisponibilidadesFinanciamento de Curto
Prazo
Clientes
Estoques
Adiantamento de Fornecedores
Fornecedores
Outras contas a pagar
CGL (+)
Re
torn
o M
éd
ioR
eto
rno
Mé
dio
Cu
sto
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dio
Cu
sto
Mé
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• Retornos de Investimentos > Custo de captação = Geração de Valor da Empresa• Recursos investidos ( terceiros ou dos proprietários)
• Todo investimento tem custo e há expectativa que gere um retorno ao
investidor.
9. Gestão Integrada do Capital de Giro (CG)
Objetivo da Gestão Integrada do Capital de Giro
Gerar Valor
Maximizar Valor Econômico Adicionado do Capital de Giro ( VGG + VGT)
Dicionário das Variáveis:VGG = Valor Gerado no Giro
VGT = Valor Gerado na Tesouraria
10. Custo Médio Ponderado de Capital Total em Giro (CMPCG)
AC PC
Disponibilidades
Clientes
Estoques
Adiantamento de Fornecedores
Fornecedores
Outras contas a pagar
CGL (+)
CMPCT
CMPPCO
Dicionário das Variáveis:•CMPCOG: Custo Médio Ponderado do Capital Operacional em Giro.
•CMPCT: Custo Médio Ponderado do Capital em Tesouraria.
•CMPPCO: Custo Médio Ponderado do Passivo Circulante Operacional.
•CMPPCLP: Custo Médio Ponderado do Capital de Longo Prazo.
CMPCOG CMPCTG
CMPPCLP
Financiamentos no Curto Prazo
ATENÇÃO: CMPCG é a forma de se determinar o custo do investimento total em giro.
11. Estratégias de Redução de Custo de Capital
• Diminuir a captação de recursos no longo e curto prazo, menor
o CMPCTCG;
• Troca de linhas de crédito por de menor custo;
• Custo de captação
• Geração de valor
12. Gestão da Tesouraria
• Gestão do Caixa;
• Captação de recursos financeiros de curto prazo;
• Aplicação de recursos financeiros de curto prazo;
• Gestão da liquidez e retorno financeiro da organização.
13. Geração de Valor na Tesouraria (VGT)
Caixa
Bancos
Aplicações Financeiras
Empréstimos de curto prazo
Duplicatas descontadas
Outros passivos circulantes financeiros
* ST (-)
PCF
Retorno do Investimento em Tesouraria
RIT
Custo Médio Ponderado do
Capital de Tesouraria
CMPCT
•VGT , RIT > CMPCT
•VGT = (( RIT – CMPCT x IT) x (1 – IR)
Dicionário das Variáveis:•RIT = Retorno do Investimento em Tesouraria
•CMPCT = Custo Médio Ponderado do Capital de Tesouraria
*Déficit de Tesouraria
14. Saldo de Tesouraria
Caixas e Bancos
Aplicações Financeiras
Financiamentos
Duplicatas Descontadas
Contas a ReceberFornecedores
Salários e Encargos
Ativo Circulante Passivo Circulante
ST = ACF - PCF
FinanceiroFinanceiro
Operacional Operacional
15. Investimento em Tesouraria
CaixaDinheiro em
espécie, existente na
empresa.
Bancos
Saldo em contas correntes.
Aplicações no mercado
Financeiro
Aplicações em Títulos de Renda
Fixa e Variável
Aplicações Financeiras na
Cadeia de Produção
Clientes ( Banco Sinérgico)
Fornecedores (factoring)
Funcionários
16.Banco Sinérgico
Distribuidor Atacadista
Banco Sinérgico
VarejistaFornecedor
Crédito
Capta com CDB Capta com CDB
ProdutosProdutos
Venda a vistaCompra a prazo
Crédito
17. Retorno do Investimento em Tesouraria (RIT)
Caixa
Aplicações no Mercado Financeiro
Bancos
Aplicações Financeiras na
Cadeia de Produção
Taxa média das aplicações no mercado
financeiro
Taxa média de aplicação na cadeia de
produção
Retorno por reciprocidade
Retorno por reciprocidade
IT
RIT
IMPORTANTE:Recursos em Caixa e em Bancos não são remunerados.
18. Custo Médio Ponderado do Capital de Tesouraria
Caixa
Bancos
Aplicações Financeiras
Empréstimos de curto prazo
Duplicatas descontadas
Outros passivos circulantes financeiros
Aplicações Financeiras na
Cadeia de Produção
PCF
Custo Médio Ponderado do
Capital de Tesouraria
CMPCT
ACF
ST (-)
IT
19. Spread de Tesouraria
• Spread de Tesouraria = (RIT – CMPCT)x (1-IR*)
• RIT > CMPCT , a Gestão de Tesouraria está gerando valor para a
organização.
Dicionário das Variáveis:RIT: Retorno do Investimento em Tesouraria.
CMPCT: Custo Médio Ponderado do Capital de Tesouraria
*Considera-se a alíquota de imposto incidente sobre operações financeiras
20. Valor Gerado na Tesouraria
• Objetivo: Maximizar o VGT
• VGT = Spread x IT
• Só haverá geração de valor na tesouraria se o Spread for
positivo.
21. Estratégias na Gestão de Liquidez
• “ A liquidez constitui-se na capacidade de pagamento das
dívidas da organização.”
• Liquidez Imediata
(capacidade de pagamento da dívida, por parte da organização,
com seus recursos disponíveis)
• Liquidez Corrente
( troca de recursos captados a curto prazo por recursos de longo
prazo)
21. Estratégias na Gestão de Liquidez
• Alongamento de prazos de dívidas no curto prazo
(renegociação de dívidas de curto prazo em dívidas de longo
prazo).
• Desmobilização de recursos
( vendas dos itens imobilizados. A empresa vende um
imobilizado para a companhia de arrendamento mercantil e
arrenda esse imobilizado de volta).
22. Investimento em Giro
• Investimento em itens do ativo circulante operacional (ACO)
Clientes
Estoques
Adiantamento a Fornecedores
Investimento em Giro (IG)
23. Retorno sobre o Investimento em Giro (RIG)
• Retorno dos investimento em itens do ativo circulante
operacional (ACO)
Clientes
Estoques
Adiantamento a FornecedoresTaxa de Desconto
Zero*
Pessoa Física (Taxa do CDC)
Pessoa Jurídica ( Taxa do CG)
*Exceto em casos de especulação
24. Retorno sobre o investimento em Giro (RIG)
• Retorno dos créditos a receber: deve-se utilizar como taxa de
retorno a taxa implícita na venda a prazo.
• Retorno de estoques: São recursos em ativos esperando a sua
venda. Normalmente não há retorno sobre esses ativos.
• Retorno de adiantamento a fornecedores: geralmente, os
fornecedores oferecem descontos no pagamento antecipado
de compras.
25. Valor gerado no Giro (VGG)
• Objetivo: Max VGG
• Max VGG = Max ( RIG – CMPCOG) x IG x (1 – IR)
• RIG > CMPCOG, a gestão do capital de giro estará gerando valor
para a organização.
• IG > RIG, VGG é negativo.
Dicionário das Variáveis:RIG: Retorno do Investimento em Giro
CMPCOG: Custo Médio Ponderado de Capital Operacional em Giro
26. Estratégias Funcionais na Gestão do Capital de Giro
• Estratégia na gestão de recebíveis.
Expansão do Crédito
Caso a taxa de retorno de investimentos em contas a receber
seja superior à taxa de captação de recursos, gera valor o
investimento em vendas a prazo a clientes.
Gestão de Risco de Mercado no Contas a Receber
desvalorização cambial – prolongar os pagamentos.
valorização cambial – adiantar os pagamentos. A empresa
oferece um taxa menor do que a taxa prevista de valorização.
26. Estratégias Funcionais na Gestão do Capital de Giro
• Estratégia na gestão financeira de estoques
Especulação com Estoques
Expectativa de elevação dos preço / Empresa possuicapacidade de estocagem.
Ganhos financeiros adicionais.
Consignação
O fornecedor entrega o produto ao cliente, mas continuasendo o proprietário do produto até que ele seja vendido.
Diminuição de investimentos em estoques, gerando valor.
26. Estratégias Funcionais na Gestão do Capital de Giro
• Estratégia na gestão de fontes operacionais de financiamento
Antecipação de pagamentos a fornecedores(CMPCG > desconto concedido)
Fundos para pagamentos sazonais:
Deve-se ter um fundo ou uma reserva de caixa para pagamentos sazonais , como: 13º salário
Incentivo fiscal e financiamento por imposto a pagar
Muitas empresas se beneficiam desse mecanismo e fazem disso como uminstrumento de financiamento de suas atividades.
• Estratégia de minimização do investimento em giroClientes a receber
Estoques
27. Estratégias Funcionais na Gestão do Capital de Giro
• Estratégias ligadas ao nível de atividade do negócio
Atividade do
Negócio
Crescimento Sustentado
Retração do Negócio
Sazonalidade da Atividade
Crescimento Sustentado
Retração do Negócio
Sazonalidade da Atividade
• Controlar a expansão do ACO;
• Expandir proporcionalmente o PCO;
• Financiar o ACO com recursos de longo prazo.
• Casos de extrema inadimplência e altas taxas
de captação de giro podem levar a empresa a
preferir reduzir os riscos e retrair para
sobreviver.
• Financiar todo o ativo circulante e o capital de
giro sazonal com recurso de longo prazo.
28 Impactos Inflacionários na Gestão do Capital de Giro
28 Impactos Inflacionários na Gestão do Capital de giro
• Incluir no preço a previsão inflacionária
• Recursos próprios aplicados no giro( apresentará uma perda monetária)
• Capital de giro financiado por terceiros
( ganho monetário)
Referência
• MATIAS, A. B. (Coord.).Finanças Corporativas de Curto Prazo e a Gestão do Capital de Giro. São Paulo: Atlas, 2007
OBRIGADA !