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SERGIO ARAÚJO NUNES 1 GESTÃO ELEITORAL NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS ATUALIZADO ATÉ MARÇO/2012 CANDIDATOS DIRIGENTES PARTIDÁRIO ASSESSORES PREFEITOS VICE-PREFEITOS VEREADORES - ELEITORES 1ª. Edição Rio de Janeiro 2012

GESTÃO ELEITORAL NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS - PerSe · de informações sobre as constantes alterações na legislação eleitoral, coloco a Gestão Eleitoral nas Eleições Municipais

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SERGIO ARAÚJO NUNES

1

GESTÃO ELEITORAL

NAS

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

ATUALIZADO ATÉ MARÇO/2012

CANDIDATOS – DIRIGENTES PARTIDÁRIO – ASSESSORES

PREFEITOS – VICE-PREFEITOS – VEREADORES - ELEITORES

1ª. Edição

Rio de Janeiro 2012

GESTÃO ELEITORAL NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

1ª. Edição - 2012-02-11

@ Copyrigh

Sergio Araújo Nunes

Proibida a reprodução total ou parcial, incluindo a reprodução de

apostilas a partir deste livro, de qualquer forma ou por qualquer meio

eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de

fotocópia e de gravação, sem permissão expressa do Editor (Lei 5.988, de

14.12.1973).

A violação de direito autoral constitui crime, passível de pena de

decretação de três meses a um ano ou multa. Se houver reprodução por

qualquer meio da obra intelectual, no todo ou em parte, sem autorização

expressa do autor, com intuito de lucro, a pena será de reclusão de um a

quatro anos, e multa. Incorre na mesma pena quem vende, expõe à venda,

aluga, introduz no país, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito,

com intuito de lucro, obra intelectual, importando assim violação de direito

autoral. Na prolação de sentença condenatória, o juiz determinará a

destruição da produção ou reprodução criminosa. (Art. 184 do Código Penal

brasileiro, com nova redação dada pela Lei n° 8.635, de 16.03.1993).

Reservados os direitos de propriedade desta edição pelo autor

SERGIO ARAÚJO NUNES

[email protected]

Nunes, Sergio Araújo

Gestão eleitoral nas Eleições Municipais / Nunes, Sergio

Araújo. – Rio de Janeiro. 2012

1. Gestão eleitoral – Brasil. 1. Título

SERGIO ARAÚJO NUNES

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Agradecimentos:

À Vanízia, querida e adorada esposa, pelas horas furtadas do

convívio, pela colaboração e incentivo na elaboração deste trabalho.

Aos meus filhos Daniel, Gabriel e Raquel, pelo maior orgulho

que um pai pode ter de seus filhos.

Aos queridos netos, Carolina, Daninho, e Lucas, doces

presentes da minha vida.

Ao Dr. Péricles Olivier de Paula, ilustre amigo e incentivador,

ratione materiae, mas, sobretudo, ratione personae...

Aos leitores, amigos, candidatos, dirigentes partidários e

agentes públicos, na esperança de estar contribuindo, modestamente,

em suas decisões.

Aos ilustres membros e amigos da Academia Itaperunense de

Letras pelo apoio institucional no lançamento deste livro.

GESTÃO ELEITORAL NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

APRESENTAÇÃO

Com a finalidade de suprir de maneira clara e objetiva a carência

de informações sobre as constantes alterações na legislação eleitoral,

coloco a Gestão Eleitoral nas Eleições Municipais ao alcance dos

candidatos, dirigentes partidários, coordenadores de campanha, e de

todos os envolvidos e interessados nas eleições municipais.

Neste livro, editado em forma de manual, procuramos comentar

os pontos polêmicos que a legislação eleitoral possa trazer em seu

conteúdo, adicionado informações doutrinárias e jurisprudenciais que

consideramos necessárias para garantir, aos futuros Prefeitos e

Vereadores dos Municípios brasileiros, tranqüilidade durante o

processo eleitoral.

Esperamos que este trabalho sirva como manual para os

iniciantes na carreira política, uma vez que deles será exigido um

mínimo de conhecimento sobre as normas previstas na Constituição

Federal, nas Leis Complementares, no Código Eleitoral, na Lei

Orgânica dos Partidos Políticos, nas leis que estabelecem normas

específicas para eleições municipais, nas Resoluções dos Tribunais

Eleitorais, e na Lei Orgânica dos seus Municípios.

Além de enfrentarem os desgastes do processo eleitoral, os

candidatos terão de se preocupar com outros fatores que possam

influir de forma negativa em suas candidaturas com surpresas que

possam surgir em última hora, e aqueles que não estiverem preparados

e orientados para enfrentar os problemas dificilmente lograrão o êxito

desejado.

Aos leitores e amigos, mesmo não estando envolvidos no

processo eleitoral, espero que a matéria aqui tratada, lhes permita

acompanhar os procedimentos que serão adotados por aqueles que

irão eleger para ocupar os importantes cargos de gestão nos seus

respectivos Municípios.

“Aba jacta est”

(a sorte está lançada!).

SERGIO ARAÚJO NUNES

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PREFÁCIO

As frequentes alterações da legislação eleitoral brasileira vêm

provocando grande perplexidade nos operadores do direito, dirigentes

partidários, assessores, e candidatos pretendentes a cargo eletivo,

especialmente dos pequenos municípios brasileiros.

Muitas vezes pessoas bem intencionadas e que poderiam

contribuir com a renovação do quadro político em nossas Cidades,

acabam desistindo de disputarem eleições, e com isso permitem a

perpetuação no Poder daqueles que não mais atendem as expectativas

da população.

Com o presente trabalho o que se pretende demonstrar é que para

participar de uma disputa eleitoral, não basta que o cidadão filie-se a

um partido político e tenha seu nome escolhido em convenção

partidária, ele também deve certificar-se de que está apto a exercer

seus direitos políticos, preencher os requisitos necessários à sua

elegibilidade, e não incidir nos casos de inelegibilidade.

A expressiva quantidade de decisões judiciais decretando

nulidade de filiação partidária, reprovação de contas eleitorais e

partidárias, impugnações de candidaturas e condenações de candidatos

e agentes políticos, nos impulsionou a elaborar este trabalho, na

tentativa de minimizar as angústias que provocam sensação de

impotência naqueles envolvidos nos pleitos eleitorais.

Trata-se de um livro para aspirantes que se candidatam a cargos

eletivos no âmbito municipal, dirigentes partidários, assessores,

contabilistas e agentes públicos em geral. Por isso mesmo teria de ser

eminentemente prático sintético e afastado do teorismo acadêmico que

em quase nada tem contribuído para a aprendizagem do direito

eleitoral neste País.

Não é um livro dirigido aos doutos e especialistas em direito

eleitoral, mas sim um manual que se coloca à disposição daqueles que

pretendem iniciar uma gestão eleitoral capaz de atender às demandas

das agremiações partidárias.

GESTÃO ELEITORAL NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Procuramos aliar, tanto quanto possível, doutrina, legislação e

jurisprudência, o que seria imprescindível ao nosso objetivo,

inobstante a exigüidade do prazo para colocar o trabalho à disposição

dos leitores no mesmo ano das eleições municipais.

Trazemos à apreciação dos leitores, algumas colocações

inteiramente novas sobre filiação partidária, prestação de contas, pré-

campanha, planejamento, contabilização e plano de ação estratégica

de campanha eleitoral, dentre outros temas, que podem conduzir os

interessados à solução de inúmeros problemas que se avizinham com a

chegada das eleições municipais.

Se, de alguma forma, este trabalho for útil a quem quer que seja,

valeu o esforço despendido diuturnamente em sua elaboração. O

importante é que estejamos contribuindo, embora que modestamente,

para a melhoria do nível daqueles que aspiram candidaturas para

cargos políticos nos municípios, quiçá nos demais entes da federação

brasileira.

Sergio Araújo Nunes

Autor

SERGIO ARAÚJO NUNES

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SUMÁRIO

Capítulo 1 – Visão Geral dos Municípios no Brasil .......................... 8

Capitulo 2 – Eleições Municipais ...................................................... 14

Capítulo 3 – Condições de Elegibilidade ............................................ 20

Capítulo 4 - Filiação Partidária .......................................................... 27

Capítulo 5 – Fidelidade e disciplina partidária .................................. 55

Capítulo 6 – Convenção para escolha dos candidatos ....................... 65

Capítulo 7 - Registro dos candidatos ................................................. 69

Capítulo 8 - Impugnações de candidaturas ....................................... 83

Capítulo 9 – Inelegibilidade e desincompatibilização ........................ 87

Capítulo 10 – Condutas vedadas aos agentes públicos ..................... 101

Capítulo 11 – Propaganda Política e Eleitoral .................................. 109

Capítulo 12 – Pré-campanha política................................................. 118

Capítulo 13 – Reuniões para planejamento estratético ..................... 122

Capitulo 14 – Gestão da arrecadação e dos gastos ............................ 130

Capítulo 15 – Despesas com a campanha eleitoral ........................... 141

Capítulo 16 – Prestação de contas da campanha ............. ................. 152

Capítulo 17 – Contabilização eleitoral .............................................. 163

Capítulo 18 – Prestação de contas anual dos partidos políticos ........ 169

Capítulo 19 – Fiscalização das eleições ............................................ 177

Capítulo 20 – Crimes eleitorais ........................................................ 181

Bibliografia ....................................................................................... 187

GESTÃO ELEITORAL NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Capítulo 1

VISÃO GERAL DOS MUNICÍPIOS NO BRASIL

Durante o período do Brasil Colônia, as Câmaras

Municipais exerciam as funções executivas, legislativas e

judiciais, e com base nas Ordenações Filipinas que regia o

direito português, expediam as chamadas posturas e

fiscalizavam sua execução.

No Brasil Imperial, foi editada a primeira Lei Orgânica dos

Municípios brasileiros, reduzindo consideravelmente a

importância das Câmaras Municipais, e, em conseqüência, da

atuação dos Vereadores.

Com a proclamação da República (1889), o regime político

brasileiro deixou de ser a Monarquia e adotou em 24 de

fevereiro de 1891 a primeira Constituição Republicana,

consagrando assim a República Federativa do Brasil.

Autonomia Municipal

Na República, os Municípios somente vêm conquistar, de

fato a autonomia, a partir da Constituição de 1988, que, pela

primeira vez na história constitucional brasileira, coloca o

Município ente da Federação, conforme dispõem expressamente

os artigos 1° e 18, da vigente Constituição Federal:

“Art. 1° - A República Federativa do Brasil, formada pela

união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito

Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito, e tem

como fundamentos:”

“Artigo 18 – A organização político-administrativa da

República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados,

o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos

desta Constituição”.

SERGIO ARAÚJO NUNES

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Ao longo dos períodos anteriores à Constituição de 1988,

não se verificava a existência de Poderes nos Municípios, mas

sim de órgãos do governo municipal. Com o advento da atual

Constituição, nos Municípios passaram a existir dois Poderes, o

Poder Legislativo e o Poder Executivo.

Com o regime federativo e as prerrogativas alcançadas

pelos Municípios a partir de 1988, as competências

constitucionais foram divididas entre as esferas de governos

existentes (União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios), todas dotadas de autonomia recíproca, voltada para

a concretização de objetivos perseguidos pelo Estado

Democrático de Direito.

Para enfrentar os compromissos comuns assumidos e

promover a integração social dos setores desfavorecidos, dentre

outros, os entes federativos manifestam sua determinação

política, assumindo prioridades e perseguindo metas a partir de

planejamentos politicamente identificados com os interesses da

coletividade.

Competência Municipal

A competência do Município pode ser comum, privativa,

suplementar, e concorrente, todas derivadas da autonomia

constitucional que lhe garantiu a prerrogativa política de auto-

organização exercitável, sob a moldura da Constituição Federal

e das peculiaridades verificadas somente nos Estados que

adotam o regime federado.

A Constituição enumera em seu artigo 23 diversas matérias

de competência comum da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, dentre elas podemos citar: saúde e

assistência pública; proteção e garantia à criança e ao

GESTÃO ELEITORAL NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

adolescente, ao idoso, aos portadores de necessidades especiais,

ao meio ambiente; o fomento à produção agropecuária,

especialmente à agricultura familiar, e organização do

abastecimento alimentar.

Dentre as matérias de competência exclusiva do Município

encontram-se aquelas, cuja maioria está expressa no artigo 30 da

Constituição Federal.

É da competência municipal, legislar sobre assuntos de

interesse local, instituir e arrecadar os tributos de sua

competência, e como aplicar suas rendas, criar, organizar e

suprimir distritos, manter e prestar, com a cooperação com a

cooperação técnica e financeira da União e do Estado,

programas de educação infantil e de ensino fundamental, e

serviços de assistência à saúde da população, promover, no que

couber, o adequado ordenamento territorial mediante

planejamento e controle do uso do solo, do parcelamento e da

ocupação do solo urbano, promover a proteção do patrimônio

histórico-cultural local, observada a legislação e a ação

fiscalizadora federal e estadual.

Há no Texto da Constituição autorização ao Município para

exercer sua competência suplementar à legislação e estadual

federal, como é o caso, por exemplo, das normas sobre licitações

e contratações no âmbito da administração pública. Assim,

observadas as normas gerais editadas pela União, pode o

Município editar normas específicas sobre a matéria.

No âmbito municipal, é indispensável a utilização de

instrumento como convênios e consórcios administrativos para o

exercício das competências comuns entre os demais entes da

federação, e isso vem se verificando em larga escalas em

diversas regiões do País. Vejam os casos dos consórcios

públicos nas áreas da saúde e meio ambiente que vêm se

SERGIO ARAÚJO NUNES

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proliferando país afora, cujo objetivo é atender as demandas da

população no âmbito regional.

Organização Municipal

Para o exercício de suas autonomia e competência, a

Constituição Federal previu em seu artigo 29 a forma de auto-

organização dos Municípios, restabelecendo sua regência por

Lei Orgânica própria, elaborada, aprovada e promulgada pela

Câmara Municipal.

Anteriormente, pouquíssimos municípios, como aqueles

considerados de segurança nacional, possuíam suas leis

orgânicas próprias, e a grande maioria era regida por lei

orgânica editada em forma de lei complementar federal, a qual

nem sempre contemplava de forma satisfatória as reais

peculiaridades locais.

Com os avanços que se verificaram no sistema

constitucional brasileiro, os Municípios passaram a editar sua

legislação organizacional, pois assim é o que dispôs o artigo 29,

da vigente Carta Constitucional:

“Art. 29 – Os Municípios reger-se-ão por lei orgânica, votada

em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias, e aprovada

por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a

promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta

Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os

seguintes preceitos:”.

Promulgada a Constituição de 1988, muitos Municípios

iniciaram a elaboração e discussão de suas leis orgânicas,

surgindo entendimentos de que em verdade se tratava de uma

carta constitucional municipal, havendo inclusive municípios

GESTÃO ELEITORAL NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

que chegaram a promulgar suas leis orgânicas intituladas como

constituição municipal.

Houve, ainda, casos em que, por desatenção ou estranheza à

novel competência atribuída ao Poder Legislativo dos

Municípios, algumas Câmaras chegaram a submeter à Lei

Orgânica a sansão do Poder Executivo, equívoco que hoje já

está superado.

Registre-se que no afã de elaborar de imediato suas leis

orgânicas à semelhança da Constituição Federal, a grande

maioria dos Municípios servindo-se do que se chamou de

princípio de simetria de formas transcreveram quase todos os

dispositivos da Constituição Federal de forma repetitiva, e com

isso, muitas leis orgânicas até hoje contém diversas

impropriedades que necessitam ser corrigidas.

Também se verifica em diversas leis orgânicas invasões de

competências de um Poder por outro, exemplo disso são

matérias relacionadas aos direitos de servidores públicos do

Pode Executivo, cuja competência privativa é do Prefeito, e

muitos membros do Poder Legislativo insistem em legislar sobre

a matéria.

Enfim, mais de duas décadas já se passaram e, inobstante as

diversas reformas constitucionais por mais de sessenta Emendas

à Constituição, o que se verifica é que poucos Municípios

revisaram sua legislação, de modo a adaptá-la ao regime

constitucional em vigor.

Papel dos Candidatos

Aqueles que se propõem ao exercício de cargos políticos

nos Poderes Legislativo e Executivo dos Municípios deverão

estar cientes da necessidade de adoção de medidas urgentes que

SERGIO ARAÚJO NUNES

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possibilitem viabilizar uma gestão pública à altura das

verdadeiras necessidades da população.

Dentre as diversas medidas a serem adotadas, destacamos a

revisão geral nas leis orgânicas dos municípios; a legislação que

trata de estrutura administrativa e do regimento interno dos

órgãos da administração municipal; o regime jurídico dos

servidores públicos; o regime de previdência municipal; a

legislação orçamentária, fiscal e tributária; o plano diretor; a

legislação de posturas municipais; dentre outros instrumentos

legais necessários ao planejamento municipal.

É comum encontrarmos nas leis orgânicas municípais

estabelecendo, por exemplo, que o código tributário municipal é

objeto de lei complementar, e nos deparamos com diversas leis

ordinárias disciplinando que a matéria.

O fato é que, na atualidade, exige-se cada vez mais dos

agentes políticos e daqueles que os assessoram cercarem-se de

elementos necessários ao exercício de suas funções, não

havendo mais espaços para candidatos aventureiros que só se

preocupam em vencer as eleições.

Por tudo isso, é importante que seja disseminado entre os

candidatos aos cargos eletivos, e aqueles que ocupam ou

venham a ocupar cargos técnicos e operacionais em setores

estratégicos da administração municipal, a oportunidade de

identificar as necessidades de alteração na legislação de seus

respectivos Municípios.

Daí a necessidade de passar aos candidatos a Prefeito, Vice

Prefeito e Vereadores, dirigentes partidários e assessores, uma

visão preliminar do importante papel imposto aqueles que se

envolvem nas disputas dos cargos eletivos, no âmbito municipal.

GESTÃO ELEITORAL NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Capitulo 2

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

As eleições para Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores nos

Municípios brasileiros são realizadas, simultaneamente, em todo

o País, a cada quatro anos, no primeiro e no último domingo do

mês de outubro do ano respectivo, observadas as instruções e

procedimentos fixados na legislação eleitoral.

No ano de 2012, as eleições municipais, em primeiro turno,

serão realizadas no dia 07/10/2012 e, em segundo turno, no dia

28/10/2012.

Essa regra também se aplica aos Municípios criados até o

ano anterior ao ano das eleições municipais, os quais são

instalados com a posse dos respectivos Prefeitos eleitos,

podendo a legislação criar normas específicas para essas

eleições, observado o princípio constitucional da anterioridade

eleitoral.

Os candidatos, os partidos e as coligações devem estar

atentos às instruções e datas constantes das resoluções baixadas

pelo Tribunal Superior Eleitoral, até o início do mês de maio do

ano em que se realizarem as eleições.

Candidatos a Prefeito e Vice-Prefeito

As eleições para Prefeitos e Vice-Prefeitos são realizadas

em um turno de votação nos Municípios com até 200 (duzentos)

mil eleitores, e acima desse número em dois turnos de votação.

Essas eleições sujeitam-se ao princípio majoritário, segundo

o qual o candidato que obtiver a maioria dos votos não

computados os votos em branco e os votos nulos, será

considerado eleito Prefeito e terá como Vice-Prefeito o

candidato com ele registrado.

SERGIO ARAÚJO NUNES

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Primeiro Turno

Nas eleições nos municípios com mais de 200 (duzentos)

mil eleitores, realizadas em dois turnos de votação, será exigida

a maioria absoluta de votos, e na hipótese de empate entre os

dois primeiros candidatos mais votados em primeiro turno, serão

eles os qualificados para o a disputa em segundo turno.

Segundo Turno

Se nas eleições de primeiro turno, nos municípios com mais

de duzentos mil eleitores, nenhum dos candidatos alcançarem a

maioria de votos, far-se-á nova eleição no último domingo do

mês de outubro do mesmo ano.

Nesta eleição, somente concorrerão os dois candidatos mais

votados, considerando-se eleito aquele que tiver a maioria dos

votos válidos. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer

morte, desistência ou impedimento legal de candidato,

convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

Havendo empate entre os dois candidatos no segundo turno,

será considerado eleito o candidato mais idoso.

Substituição do Prefeito pelo Vice-Prefeito

O substituto natural do Prefeito é o Vice-Prefeito que o

substituirá no caso de impedimento, e suceder-lhe-á no caso de

vaga, não podendo o Vice-Prefeito recusar-se a substituí-lo, sob

pena de extinção do seu mandato.