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8/6/2019 GESTAO ESTRATEGICA ORGANIZACIONAL
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Captulo 2
Este captulo visa a ambientar o participante no universo da gestoestratgica relacionada com a logstica, mobilizao, transporte, produo,armazenagem, suprimento, manuteno, meio-ambiente e outras funes
essenciais, utilizando-se de uma abordagem terica e prtica do PlanejamentoEstratgico Organizacional e sua materializao em um Plano, utilizandoferramentas de diagnstico estratgico com foco em resultados.
Gesto Estratgica Organizacional
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Gesto Administrativa, Logstica, Transporte e Consultoria - Volume VIII
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2.1 PLANEJAR SEMEMAR E LIDERAR INFLUENCIAR
Ou fazei a rvore boa e o seu fruto bom, ou fazei a rvore m e o seu frutomau, pois pelo fruto se conhece a rvore (Mateus 13-33)
Os fencios tinham um modelo de poltica que visava busca denovas fontes de riquezas. Adotaram uma estratgia: navegar pelomar para encontrar novas riquezas. H muitas provas de que issofoi verdade e que os fencios cumpriram com sua poltica e estratgia
durante muitos anos. Muitos pesquisadores armam que a origemdo nome Brasil advinda desses visitantes pr-colombianos s Am-ricas. Em conseqncia disso, h indcios que o nome Brasil j fossebem conhecido quando fomos descobertos por Pedro lvares Cabral,em 1500. Brzl, acrescentando-se palavra as vogais complementares,quer dizer ferro em fencio, hebraico e aramaico, e de acordos comos registros histricos signicava, naquela poca, uma terra rica emferro em algum lugar do oceano.
Numerosas pedras com inscries em fencio e cartagins encon-tradas ao longo das margens do rio Amazonas e nas selvas brasi-leiras, descrevendo viagens de Tiro ou Cartago, ou mensagens deagradecimento aos deuses, tm sido classicadas como brincadei-ras. Seguramente uma brincadeira cara e perigosa e feita por brin-calhes capazes de escrever em fencio antigo.
A pedra da Paraba, encontrada em 1872 naquele estado, des-
crevia em fencio uma expedio de 10 navios, que navegaram porcerca de dois anos e que tiveram como sobreviventes somente setehomens e trs mulheres.
A logstica e os transportes sempre foram bsicos para o desen-volvimento dos povos. Guardando a devida proporo e realidade,a poltica (o que fazer?) e estratgia (como fazer?) so elementosconstituintes de qualquer evoluo. A evoluo dos tempos apenas
diversicou os modelos de materializ-las. Planejando, tambm, ohomem chegou a Lua, conseqncia de uma poltica e de uma estra-
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tgia arrojada. Contudo, a origem dessa evoluo teve como origemum episdio interessante. Trs dias depois da fracassada e desas-
trosa invaso da Baa dos Porcos, Cuba, em abril de 1961, o entopresidente dos EUA, John Kennedy, expediu diretrizes estratgicasde governo e uma ordem para que seu vice vericasse se:
Temos alguma chance de derrotar os soviticos colocando um laboratrio no espao?Ou fazendo uma viagem ao redor da Lua? Ou aterrissando um foguete na Lua? Ou man-dando Lua um foguete tripulado por um homem, que retornasse Terra? H algum outro
programa espacial que nos prometa resultados dramticos e com qual possamos vencer? (JOHNSON, Paul , Tempos Modernos, 1970, P 531).
A estratgia adotada foi a implantao do Programa Apolo, queprevia 20 expedies, contudo somente 17 foram realizadas, mos-trando que nem tudo que planejado totalmente executado. Ofoguete Apolo 11 realizou o feito mais marcante para humanidade,
permitindo que o Homem, por primeira vez, caminhasse pela Lua.Outra falcia que interfere no delineamento de polticas e estrat-gias de uma organizao a crena de que tudo se resolve com leis.Os exemplos norte-americanos abaixo falam por si s:
- Em Minnesota, na cidade de Pine Island, um homem deve tirar o seu chapuquando encontrar uma vaca;
- Na Califrnia, quem descascar uma laranja em quarto de hotel estar infringindoa lei;- No Kentucky, as esposas precisam de licena do marido para mudar os mveis delugar, em suas casas;- Na Flrida, h uma lei que exige que se tome banho vestido. Mesmo na banheirade casa;- Em Michigan, os crocodilos no podem ser amarrados a hidrantes;- Em Detroit, dormir em banheira ilegal;
- Em Denver, por outro lado, ningum pode usar mscaras;- Em Cleveland, dois homens no podem beber na mesma garrafa, em um bar;
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- Em Natchez, Missouri, os elefantes so proibidos de beber cerveja;- Em Indiana, proibido tomar banho no inverno;
- No Alabama, no se pode comprar amendoins depois do pr do sol;- Em Oxford, Ohio, as mulheres no se podem despir de frente do retrato de umhomem;- Em Portland, Oregon, ningum pode entrar de patins em banheiros pblicos.(MATOS, Francisco G, Desburocratizao, 1980, P 61)
Entre a Revoluo Industrial e a Segunda Grande Guerra, os mo-delos de poltica corporativa e estratgia organizacional evoluramsignicativamente. Ganha fora a produtividade. Embora sua cor-relao com salrio e graticaes elevadas possivelmente seja umerro que tenha persistido ao longo dos tempos, somente na primeiradcada do sculo XXI que a produtividade passou a ser cada vezmais correlacionada com a satisfao do trabalho realizado. Tudoisso mostra que decidir posicionar-se em relao ao futuro. A pol-tica corporativa nos indica o que fazer e a estratgia organizacionalcomo fazer o que foi delineado pela poltica.
Toda organizao deve ter sua misso muito bem denida. Deacordo com seus princpios e valores, deve diagnosticar os ambien-tes interno e externo organizao e denir seus objetivos estra-tgicos. Cada objetivo a atingir deve ser medido com indicadorespara se vericar a situao que a organizao se encontra em umdeterminado momento e assegurar a tendncia e relevncia doque se est fazendo. E o mais importante: fazer acontecer o que foi
planejado. Planejar semear. Se assim no o fosse, os fencios noteriam sido os grandes conquistadores dos mares e o Homem noteria ido Lua.
O que se planta hoje o que se colhe amanh. A deciso a roti-na do gerente executivo. No importando sua dimenso, ela estarsempre revestida de talento. O gerente executivo deve dominar oseu talento e assim, este ser amigo da organizao e da humanida-de. Se for dominado pelo talento, este ser amigo da vaidade.
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2.2 INICIANDO COM UM EXEMPLO
A nossa capital federal, Braslia, foi um planejamento de algunsanos. Desejava-se levar a capital para o interior do pas. Isso era umprincpio de defesa do pas, pois as invases se davam pelo mar e acapital era o Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa e expoente do turis-mo nacional, contudo no litoral.
2.3 APRECIAO DA ESTRATGIA LOGSTICA
MILITAR E CIVIL
Atualmente, a funo logstica recebe inmeras conceituaes,mas nenhuma delas consegue denir totalmente as suas aes, poislogstica uma cincia viva e evolutiva.
Em seu sentido etimolgico, logistiks era a denominaodada pelos gregos arte de calcular, signicando clculo prtico
em oposio a aritmtica terica. Como cincia, a logstica comeaser empregada a partir do sculo XIX sendo consolidada no inciodo sculo XX.
Uma das conceituaes aceitas no meio civil, atualmente, a se-guinte:
A logstica o processo de planejar, implementar e controlar ecientemente, ao custo
correto, o uxo e armazenagem de matrias primas, estoques durante a produoe produtos acabados, e as informaes relativas a estas atividades, desde o pontode origem at o ponto de consumo, com o propsito de atender aos requisitos dosclientes (BOWERSOX;CLOSS, 1966).
A Logstica Nacional entendida como um conjunto de atividadese atua sobre o Poder Nacional existente para prover todos os recur-
sos necessrios consecuo das aes planejadas a serem realizadaspela Estratgia Nacional.
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Sabemos que as bases da logstica como cincia tiveram incio naarte militar. Para o Ministrio da Defesa, a logstica o conjunto de
atividades relativas previso e proviso dos recursos e meios ne-cessrios realizao das aes decorrentes da Estratgia Nacionale dene a logstica militar como o conjunto de atividades relativas previso e proviso dos recursos humanos, materiais e animais,quando aplicvel, e dos servios necessrios execuo das missesdas Foras Armadas.
As 3 (trs) fases da logstica militar esto compreendidas em de-terminao das necessidades, obteno e distribuio. Observa-seque em todas as fases a tecnologia vem exercendo forte inunciapara o aperfeioamento dos diferentes projetos e processos logsti-cos.
No h dvidas de que a logstica moderna est sendo fortemen-te inuenciada pela evoluo da tecnologia da informao (TI). Essaevoluo tecnolgica proporciona vantagens para as operaes lo-gsticas, que as tornaram mais rpidas, conveis, de menor custo
e mais ecientes.A indstria da TI vem vivendo uma signicativa transformao,
criando ciclos de mudanas cada vez mais freqentes e proporcio-nando aos seus usurios maior facilidade de aquisio e acesso aosrecursos de informtica, facilitando o processo de tomada de deci-ses, integrando informaes entre as atividades que compem acadeia de valor de uma Organizao.
Nas empresas, quando a concorrncia era menor, os ciclos dosprodutos eram mais longos e a incerteza era mais controlvel. Oobjetivo era perseguir a excelncia nos negcios atravs da gestoeciente das atividades isoladas como compras, transportes, arma-zenag