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Universidade Federal de Itajub SISTEMAS DE INFORMAO Professora Elizabete

Gesto Financeira

Fabola Faria Guilherme Castro Marcelo Marques Araujo Nathan Dias Andrade Rafaella Marchi Pellegrini

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SUMRIOINTRODUO ........................................................................................................................................... 4 O QUE SO FINANAS? .......................................................................................................................... 4 O QUE CONTABILIDADE? ...................................................................................................................... 4 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE .............................................................................................................. 5 PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE .................................................................................. 6 Princpio da entidade.............................................................................................................................. 6 Princpio da Continuidade ...................................................................................................................... 6 Princpio da Oportunidade ..................................................................................................................... 6 Princpio do Registro pelo valor original ................................................................................................ 7 Princpio da Atualizao Monetria....................................................................................................... 7 Princpio da Competncia...................................................................................................................... 7 Princpio da Prudncia ............................................................................................................................ 7 DEMONSTRAES FINANCEIRAS ............................................................................................................. 7 BALANO PATRIMONIAL ......................................................................................................................... 8 Ativo ......................................................................................................................................................... 8 Passivo e Patrimnio Lquido................................................................................................................... 8 DEMONSTRAO DE RESULTADO DO EXERCCIO (DRE) ......................................................................... 9 Componentes da DRE ........................................................................................................................... 10 DEMONTRAO DO FLUXO DE CAIXA ................................................................................................. 11 Montagem de Fluxo de Caixa.............................................................................................................. 13 CONTABILIDADE DE CUSTOS .................................................................................................................. 17 Importncia da contabilidade de custos ............................................................................................ 18 Diferena entre custos e despesas ...................................................................................................... 18 Classificao dos custos ...................................................................................................................... 18 ORAMENTO .......................................................................................................................................... 19 ANLISE DA SITUAO ECONMICO-FINANCEIRA DA EMPRESA ...................................................... 20 ndices de Estrutura Patrimonial: .......................................................................................................... 21 ndices de Solvncia: ............................................................................................................................ 22 ndice de Rotao do Ativo: ................................................................................................................ 22 ndices de Prazos Mdios: .................................................................................................................... 23

3Ciclo Financeiro:.................................................................................................................................... 23 Margem de Lucratividade: ................................................................................................................... 23 Taxas de Retorno: .................................................................................................................................. 24 Ponto de Equilbrio ................................................................................................................................. 24 CONCLUSO .......................................................................................................................................... 24 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.............................................................................................................. 25

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INTRODUOA Contabilidade sempre foi muito influenciada pelos limites e critrios fiscais, particularmente os da legislao de imposto de renda. Esse fato, ao mesmo tempo em que trouxe Contabilidade algumas contribuies importantes e de bons efeitos, vinha sendo um fator que realmente limitava a evoluo dos princpios contbeis ou, ao menos, dificultava a adoo prtica de princpios contbeis adequados, j que a contabilidade era feita pela maioria das empresas com base nos preceitos e formas de legislao fiscal, a qual nem sempre se baseava em critrios contbeis corretos. Este trabalho tem o intuito de dar um overview sobre os ndices, fluxogramas, tabelas e balanos necessrios para um bom gerenciamento financeiro de uma empresa. Pretendemos que o leitor, j tendo uma base sobre o assunto, possa encontrar aqui uma receita de como gerir sua empresa.

O QUE SO FINANAS?Praticamente todos os indivduos e organizaes ganham ou levantam e gastam ou investem dinheiro. Finanas so os processos pelos quais o dinheiro transferido (por meio de financiamento e de investimento) entre empresas, indivduos e governos. Todos os dias, decises financeiras, que so tomadas dentro das empresas, resultam em aes financeiras como as que apresentamos aqui, tiradas de noticirios financeiros: A Dell Computer expande sua linha de produtos. A Nike fecha uma fbrica na sia. A Motorola adquire uma empresa no Japo. A Ford Motor Co. pede um emprstimo de trs bilhes de dlares. Note que cada ao reflete uma deciso sobre como investir ou obter fundos. Essas aes financeiras so importantes no s para as empresas envolvidas, mas tambm para os investidores potenciais e para os j existentes. As decises financeiras influenciam o valor da empresa, conforme refletido no preo de suas aes, o que afeta o quanto os investidores ganham com seus investimentos nela. Assim, muitas manchetes de notcias financeiras focalizam o impacto de um acontecimento financeiro no preo das aes da empresa: O preo das aes da Nike cai 5%, como resultado de um desempenho fraco. O preo das aes da Apple Computer cai 12% com a demisso dos executivos. O preo das aes da Comp USA aumenta 30% diante da notcia de que ela est sendo comprada. O campo das finanas tambm envolve as condies dos mercados financeiros, nos quais as empresas competem pelos investidores e pelos financiadores.

O QUE CONTABILIDADE?A Contabilidade a cincia que estuda, interpreta e registra os fenmenos que afetam o patrimnio de uma entidade. Ela alcana sua finalidade atravs do registro e anlise de todos os fatos relacionados com a formao, a movimentao e as variaes do patrimnio administrativo, vinculado entidade, com o fim de assegurar seu controle e fornecer a seus administradores as informaes necessrias ao administrativa, bem como a seus titulares (proprietrios do patrimnio) e demais pessoas com ele relacionadas, as informaes sobre o estado patrimonial e o resultado das atividades desenvolvidas pela entidade para alcanar os seus fins.

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Diversas tcnicas so usadas pela contabilidade para que seus objetivos sejam atingidos: a escriturao uma forma prpria desta cincia de registrar as ocorrncias patrimoniais; as demonstraes contbeis so demonstraes expositivas para reunir os fatos de maneira a obter maiores informaes, e a anlise de balanos uma tcnica que permite decompor, comparar e interpretar o contedo das demonstraes contbeis, fornecendo informaes analticas, cuja utilidade vai alm do administrador. O I Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado em setembro de 1924, aprovou a primeira definio oficial de contabilidade no Brasil, dispondo o seguinte: Contabilidade a cincia que estuda e pratica as funes de orientao, controle e registro relativo aos atos e fatos da administrao econmica. Francisco DAuria1, por sua vez, assim define: ... a cincia que estuda, registra e controla o patrimnio e as mutaes que nele operam os atos e fatos administrativos, demonstrando no final de cada exerccio social o resultado obtido e a situao econmico-financeira da entidade.

OBJETIVOS DA CONTABILIDADEA Contabilidade tem o patrimnio das empresas como seu objeto de estudo e o seu objetivo revelar como se encontra e quais os fatores que proporcionaram mutaes ao mesmo, fornecendo assim, informaes teis tomada de decises. Nos Estados Unidos, por exemplo, as informaes contbeis so produzidas principalmente para os pequenos e mdios investidores, enquanto que no Brasil so destinadas principalmente ao Fisco, no havendo muita transparncia nos demonstrativos contbeis. Iudicibus2 leciona que: ... o estabelecimento dos objetivos da contabilidade pode ser feito na base de duas abordagens distintas: ou consideramos que o objetivo da contabilidade fornecer aos usurios, independentemente de sua natureza, um conjunto bsico de informaes que, presumivelmente, deveria atender igualmente bem a todos os tipos de usurios, ou a contabilidade deveria ser capaz e responsvel pela a apresentao de cadastros de informaes totalmente diferenciados, para cada tipo de usurio. O dever de demonstrar a situao do patrimnio e o resultado do exerccio de forma clara e precisa, e rigorosamente de acordo com os conceitos, princpios e normas bsicas da contabilidade. O resultado apurado deve ser economicamente exato. O objetivo bsico dos demonstrativos financeiros prover informao til para a tomada de decises econmicas.

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DAURIA Francisco. Contabilidade Noes Preliminares.Nacional,1962. IUDCIBUS, Srgio. Teoria da Contabilidade Atlas, 2000. P.19

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PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADEOs princpios fundamentais de Contabilidade esto dispostos na resoluo CFC n. 750de 29 de Dezembro de 1993, que versa no seu artigo primeiro pargrafo primeiro o seguinte: "A observncia dos princpios Fundamentais de Contabilidade obrigatria no exerccio da profisso e constitui condio de legitimidade das normas Brasileiras de Contabilidade". Sendo assim a mesma resoluo no seu artigo terceiro determina os sete princpios, que na sua ordem so: I - o da ENTIDADE II - o da CONTINUIDADE III- o da OPORTUNIDADE IV - o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL V - o da ATUALIZAO MONETRIA VI o da COMPETNCIA VII o da PRUDNCIA

Princpio da entidadeConforme menciona o Artigo 4 da Resoluo 750/93, o Princpio da ENTIDADE, visa reconhecer o Patrimnio como objeto maior da Contabilidade consolidando a autonomia patrimonial, a necessidade de estabelecer a devida diferena entre o Patrimnio particular no universo dos demais patrimnios existentes independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituio de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Convm mencionar que muito embora o objeto da contabilidade seja o Patrimnio, o seu objetivo fornecer informaes aos seus usurios, sejam estes pessoas fsicas ou jurdicas. Para se alcanar o entendimento deste princpio fundamental que se faa clara separao entre o patrimnio pertencente empresa e quele pertencente aos seus proprietrios.

Princpio da ContinuidadeAfirma que o patrimnio da entidade, na sua composio qualitativa e quantitativa, depende das condies em que provavelmente se desenvolvero as operaes da entidade. A suspenso das suas atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, com a perda, at mesmo integral, de seu valor. A queda no nvel de ocupao pode tambm provocar efeitos semelhantes. "A observncia do princpio da Continuidade indispensvel correta aplicao do princpio da Competncia por efeito de se relacionar diretamente quantificao dos componentes patrimoniais e formao do resultado, e de se construir dado importante para aferir a capacidade futura de resultado" (Resoluo 750 Art. 5 par.2).

Princpio da OportunidadeExige a apreenso, o registro e o relato de todas as variaes sofridas pelo patrimnio de uma entidade, no momento em que elas ocorrerem. Cumprido tal preceito, chega-se ao acervo mximo de dados primrios sobre o patrimnio, fonte de todos os relatos, demonstraes e anlises posteriores, ou seja, o princpio da Oportunidade a base indispensvel fidedignidade das informaes sobre o patrimnio da entidade, relativas a um determinado perodo e com o emprego de quaisquer procedimentos tcnicos.

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Princpio do Registro pelo valor originalMenciona o Artigo 7 da Resoluo 750/93 que os componentes do patrimnio devem ser registrados pelos valores originais das transaes com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do Pas, que sero mantidos na avaliao das variaes patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregaes ou decomposies no interior da Entidade. Pode-se ento afirmar que este princpio fundamenta-se no registro das transaes da entidade na data e pelo valor da sua realizao. Fica ento implcito que os ativos sero registrados pelo valor de aquisio, de construo ou de fabricao, conforme o caso, e os passivos pelos valores correspondentes nos documentos ou ttulos que comprovem a dvida.

Princpio da Atualizao MonetriaExiste em funo do fato de que a moeda - embora universalmente aceita como medida de valor no representa unidade constante de poder aquisitivo. Por consequncia, sua expresso formal deve ser ajustada, afim de que permaneam substantivamente corretos - isto , segundo as transaes originais.

Princpio da CompetnciaEstabelece que quando um determinado componente deixa de integrar o patrimnio, para transformar-se em elemento modificador do patrimnio lquido, usualmente denominados "receitas", e das suas diminuies, normalmente chamadas de "despesas". Observa-se que o princpio de competncia no est relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no perodo. A resoluo 750 versa em seu artigo nono da seguinte forma: "as receitas e despesas devem ser includas na apurao do resultado do perodo. Em que ocorrerem, sempre simultaneamente que se correlacionarem, independente de recebimento ou pagamento". E ainda no mesmo artigo, pargrafo segundo: "o reconhecimento simultneo das receitas e despesas, quando correlatas, consequncia natural do respeito ao perodo em que ocorrer sua gerao".

Princpio da Prudncia"O princpio da prudncia determina a adoo do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente vlidas para a quantificao das mutaes patrimoniais que alterem o Patrimnio Lquido" (Resoluo 750; art. 10). A aplicao do princpio da Prudncia est restrita s variaes patrimoniais posteriores s transaes originais com o mundo exterior, uma vez que estas devero decorrer de consenso com os agentes econmicos externos ou da imposio destes. Esta a razo pela qual a aplicao do Princpio da Prudncia ocorrer concomitantemente com a do princpio da Competncia.

DEMONSTRAES FINANCEIRASDemonstrativos financeiros so relatrios que classificam e quantificam as contas de uma empresa. Dentre elas esto: balano patrimonial, a demonstrao de resultados do exerccio, demonstrativo de fluxo de caixa, demonstrativo das origens e aplicaes de recursos e as alteraes

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do patrimnio lquido, alm de notas explicativas que as acompanham. Neste trabalho sero apresentados apenas os trs primeiros tipos de demonstraes citados.

BALANO PATRIMONIALO balano patrimonial reflete a posio financeira da empresa num dado momento. formado pelo Ativo e Passivo, alm do Patrimnio Lquido, que se dividem em contas.

AtivoRene os bens (mquina, terrenos, dinheiro, estoques...) e direitos da empresa (contas a receber, ttulo de crdito, aes...), representam benefcios presentes e futuros da empresa. So bens intangveis de propriedade da empresa, seu valor monetrio no pode ser avaliado objetivamente. Podemos dividir o Ativo em trs nveis: Circulante: so contas que esto constantemente em giro, sendo que a converso em dinheiro ser, no mximo, no prprio exerccio social (um ano em geral). Realizvel a Longo Prazo: bens e direitos que se transformaro em dinheiro no prximo exerccio. Permanente: so bens e direitos que no se destinam venda e tem vida til longa.

Principais Dedues do Ativo: No Ativo Permanente deve ser lembrado que h uma perda em decorrncia de deteriorao fsica ou tecnolgica que registrada sob a conta Depreciao Acumulada, no imobilizado. A perda (parcial ou total) da capacidade dos gastos de trazerem benefcios futuros para a empresa vai sendo acumulada na conta de Amortizao Acumulada, que ser subtrada do Diferido. O Ativo Diferido compreende recursos aplicados na realizao de despesas que somente so apropriadas s contas de resultado na medida e na proporo em que essa contribuio influencia a gerao do resultado de cada exerccio. Esse ativo abrange despesas com: Implantaes pr-operacionais; Pesquisa e desenvolvimento de produtos; Implantao de sistemas e mtodos; Reorganizao ou reestruturao empresarial;

Passivo e Patrimnio LquidoO passivo formado de toda a obrigao (dvida) que a empresa tem com terceiros. uma obrigao exigvel, isto , no momento em que a dvida vencer, ser exigida sua liquidao.

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Circulante: obrigaes exigveis que sero liquidadas no prprio exerccio social. Exigvel de Longo Prazo: obrigaes liquidadas com prazo superior a um ano.

O patrimnio lquido so os recursos dos proprietrios aplicados no empreendimento. Sendo formado pelo investimento inicial (capital) e as aplicaes (acrscimo do capital). O patrimnio lquido tambm acrescido com os rendimentos do capita aplicado lucro. So recursos dos proprietrios aplicados na empresa. formado pelo capital, mais seu rendimento, lucros e reservas.

Tabela 1 Exemplo de Balano Patrimonial

DEMONSTRAO DE RESULTADO DO EXERCCIO (DRE)O DRE mostra se houve lucro ou prejuzo em um dado perodo e como se chegou a esse resultado. um resumo das despesas e receitas da empresa, geralmente no perodo de 12 meses. apresentado na forma vertical, e indica- se o resultado- lucro ou prejuzo. Receitas (-) Despesas = lucro ou prejuzo

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Tabela 2 Exemplo de Demonstrao de Resultado de Exerccio

Componentes da DREUm requisito importante na elaborao de um relatrio contbil a riqueza de detalhes mas sem complicaes que proporcionem informaes relevantes para a tomada de decises. Da receita total obtida devem ser subtrados impostos, abatimentos e devolues, resultando na receita lquida. Desta, deduzem-se os custos dos produtos vendidos (comrcio), dos produtos fabricados (indstria) ou dos servios prestados (servios), para se chegar ao lucro bruto. Em seguida, subtraem-se as despesas operacionais. Receitas e/ou despesas no relacionadas atividade principal da empresa aparecem separadas das atividades operacionais. Finalmente, calculado o valor do imposto de renda. Da tem-se, no final, a soma de lucros ou prejuzos que, se no forem distribudos aos scios, sero incorporados ao patrimnio lquido da empresa.

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Tabela 3 Componentes da Demonstrao de Resultado do Exerccio

DEMONTRAO DO FLUXO DE CAIXAA administrao do caixa compreende uma tarefa de suma importncia para as empresas. fundamental o conhecimento dos procedimentos financeiros e contbeis disponveis, para melhor utilizao e acompanhamento de capitais de investimentos e anlise de resultados da empresa, independente do seu tamanho. O capital da empresa constitudo pelos ativos circulantes, que giram at se transformarem em dinheiro, conforme as atividades e operaes das empresas. O dinheiro circula desde a compra de matria-prima at o recebimento de compras de clientes. Esse ciclo de operaes denominado ciclo de caixa. Toda empresa tem seu ciclo de caixa que deve compreender um resumo do cronograma das despesas e investimentos, das receitas previstas, dos pagamentos, bem como de novas obrigaes a contratar, possibilitando prever: As projees das entradas e sadas de recursos; Os perodos deficitrios e superavitrios da projeo; Os resultados finais por perodos.

A figura abaixo d uma ideia resumida do fluxo de caixa.

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Figura 1 Fluxo de caixa

A administrao do fluxo de caixa constitui uma ferramenta fundamental para a boa administrao dos recursos financeiros em qualquer empresa. O sucesso da previso financeira somente ter sucesso com o esforo conjunto dos vrios departamentos da empresa. Com a entrada das diversas informaes dirias e dos documentos internos provenientes do setor financeiro, inicia-se a fase de controle de dados relativos a: 1. Movimentao Financeira Registro das entradas e sadas, de tal forma que se permita comparar as previses com o realizado; Conhecimento de todas as movimentaes financeiras; Quais so as receitas e despesas? Em que datas iro ocorrer? Qual o meio de movimentao? Se so constantes, dirias, semanais ou mensais. 2. Controle do Pessoal Estrutura de Recursos Humanos existente, com determinao de suas peculiaridades relativas; Profissionais efetivos; Profissionais temporrios; Trainees (estagirios); Despesas agregadas relativas a encargos trabalhistas, contribuies. 3. Controle de mquinas, veculos e equipamentos. Consumo de combustvel e ou energia;

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Servios executados; Manuteno preventiva; Manuteno corretiva; Peas e elementos controlados.

4 Controle de Estoques Entradas e sadas de insumos e matrias-primas; Nveis de estoque e datas de compra; Estrutura de armazenagem.

Montagem de Fluxo de CaixaO caixa deve ser planejado conforme o ciclo de caixa da empresa. A previso do fluxo de caixa deve indicar o fluxo dirio de entrada e sada de recursos financeiros podendo ser ampliado para o fluxo mensal adicionando os dias teis do ms, estes dados podem ser criados e gerenciados por meio de planilhas, conforme exemplo a seguir.

Tabela 4 Exemplo de uma planilha para a montagem de um fluxo de caixa

Com os dados administrados durante o ms pode-se fazer uma projeo do resultado mensal da empresa, conforme a tabela abaixo.

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Tabela 5 Exemplo de uma tabela para projeo mensal da empresa

A previso e o controle financeiro so feitos pelo fluxo de caixa, que permite uma viso dos pagamentos e recebimentos previstos em curto prazo. Este retrata as estimativas de entradas e sadas de dinheiro durante o ciclo de caixa. A estrutura de uma previso de fluxo de caixa pode ser representada conforme a tabela abaixo.

Tabela 6 Estrutura de uma previso de fluxo de caixa

O item recebimentos inclui todo o capital que entra na empresa. Para realizar a projeo dos recebimentos a receita deve ser colocada mensalmente no oramento do caixa, conforme a figura abaixo.

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Tabela 7 Exemplo de um oramento do caixa

A segunda etapa no processo de elaborao do fluxo de caixa a projeo dos pagamentos, que inclui: Compras vista; Pagamento de duplicatas; Pagamento de dividendos a acionistas; Aluguis; Salrios do pessoal; Recolhimento de impostos; Aquisio de equipamentos; Pagamento de juros.

Podem-se programar os pagamentos de compras no oramento de caixa da maneira que observamos na tabela a seguir.

Tabela 8 Exemplo de um oramento do caixa, com os pagamentos programados

Aps a projeo dos recebimentos e os pagamentos, a terceira tarefa na elaborao da previso de fluxo de caixa calcular o fluxo lquido de caixa, para isso deve-se subtrair os pagamentos recebidos em cada ms e somar o saldo inicial de caixa de cada ms ao fluxo lquido de caixa para se chegar ao saldo final de caixa mensal. Finalmente, subtrai-se do saldo final de caixa o saldo mnimo de caixa, para saber se h excesso (saldo positivo) ou insuficincia de caixa (saldo negativo).

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O objetivo fundamental da previso do fluxo de caixa operar de modo a requerer sempre um mnimo de dinheiro em caixa, isto , um pequeno saldo positivo, bem como evitar a necessidade de financiamento externo para cobrir eventuais deficits. Observe o exemplo de fluxo de caixa abaixo.

Tabela 9 Exemplo de Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa requer uma administrao efetiva e alguns cuidados que englobam: Adiamento dos pagamentos de duplicatas, sem prejudicar o conceito de crdito da empresa; Aproveitamento de quaisquer descontos financeiros nos pagamentos; Giro dos estoques com a maior rapidez possvel, evitando as faltas de estoques, que podem interromper a linha de produo ou provocar perdas de vendas; Recebimento das duplicatas no menor tempo possvel, sem perder vendas por cobrar rigidamente; esse objetivo pode ser alcanado por meio de descontos financeiros adequados para incentivar o pagamento antecipado.

O quadro abaixo exemplifica o fluxo de caixa com suas entradas e sadas:

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Figura 2 Exemplo do fluxo de caixa com suas entradas e sadas

CONTABILIDADE DE CUSTOSContabilidade de Custos a parte da cincia contbil que se dedica ao estudo racional dos gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um produto, uma mercadoria ou um servio. Contabilidade de Custos o ramo da funo financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos inventrios, dos servios, dos componentes da organizao, dos planos operacionais e das atividades de distribuio para determinar o lucro, para controlar as operaes e para auxiliar o administrador no processo de tomada de deciso. Em resumo, a Contabilidade de custos, fornece informaes para: 1 - A determinao dos custos dos fatores de produo; 2 - A determinao dos custos de qualquer natureza; 3 - A determinao dos custos dos setores de uma organizao 4 - A reduo dos custos dos fatores de produo, de qualquer atividade da empresa; 5 - Administrao, quando esta deseja tomar uma deciso, estabelecer planos ou solucionar problemas especiais; 6 - O levantamento dos custos dos desperdcios, do tempo ocioso dos operrios, da capacidade ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho necessrio para conserto, dos servios de garantia dos produtos; 7 - A determinao da poca em que se deve desfazer de um equipamento, isto , quando as despesas de manuteno e reparos ultrapassarem os benefcios advindos da utilizao do equipamento; 8 - A determinao dos custos dos inventrios com a finalidade de ajustar o clculo dos estoques mnimos, do lote econmico de compra e da poca de compra; 9 - O estabelecimento dos oramentos;

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10 - A determinao do preo de venda dos produtos ou servios.

Importncia da contabilidade de custosA principal importncia da contabilidade de custos auxiliar no controle e tomada de deciso, aplicando-se da seguinte maneira: Controle: Fornece dados para elaborar padres e oramento, aonde sero comparadas com custos e receitas futuras. Tomada de deciso: Fornece dados para determinar o preo de venda, escolha de fornecedor, melhor meio de produo entre outros.

Diferena entre custos e despesas importante que o contador saiba separar o que so Custos e Despesas. Despesas: todo gasto destinado para obteno de receita diretamente e indiretamente, ou seja, gastos

administrativos, vendas e financiamentos. As despesas podem ter sido consideradas gastos, quando tm apenas a finalidade de suprir uma necessidade por um bem ou servio. A partir do momento que os gastos se tornam frequentes e diminuem o oramento permanente, so consideradas despesas domsticas. Por isso, um gasto pode se transformar em despesa. Por exemplo: u ma geladeira comprada foi uma aquisio de bem para a famlia, portanto um gasto, mas com o tempo, com a depreciao pode se tornar uma despesa fixa, como os impostos. Custos Um gasto pode ser considerado um custo, quando utilizado para a produo de outros bens e

servios. O consumo de energia eltrica, quando a finalidade apenas obter luz, como um gasto. No entanto, a partir do momento que a famlia utiliza para esquentar a gua do chuveiro ou a refeio em um forno de micro-ondas, ele passa a ser um custo a mais para a utilizao de outro bem. Para simplificar, os gastos feitos para utilizao de outros servios e produtos podem ser considerados custos. Para se ter uma ideia mais clara, pense numa empresa, em que preciso comprar mquinas para produo de um sapato. As mquinas so um "custo de produo".

Classificao dos custosPodemos classificar os custos da seguinte maneira: Custos Fixos: So gastos necessrios produo de bens ou servios e passveis de mudana de valor, mas no acompanham o volume de produo, por isso so considerados fixos em relao ao volume. Por exemplo: Salrio dos Funcionrios.

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Custos Variveis: So gastos necessrios produo e diretamente variveis com o volume de produo. Quanto maior ela for, maior ser o custo. Os custos diretos so sempre variveis, mas nem todo custo varivel direto. Por exemplo: Matria-prima. Custos Diretos: So os gastos necessrios produo, facilmente identificveis no produto e mensurveis em cada unidade do produto. Por exemplo: Embalagens utilizadas. Custos Indiretos: So aqueles que no possuem relao direta com o produto e no h como medi-los de forma objetiva. Sua apropriao aos diferentes produtos fabricados depende de estimativas ou rateios. Por exemplo: depreciao, mo-de-obra indireta, aluguel da fbrica, gastos com manuteno e limpeza.

ORAMENTOO oramento aonde feita uma previso dos gastos que sero utilizados para a produo do produto e seus recursos necessrios para cobrir os gastos. importante que exista um oramento, pois ele ajuda no controle e execuo dos processos da empresa, ele pode ser feito a partir das demonstraes financeiras tais como, DRE, Balano Patrimonial e fluxo de caixa, tambm pela analise da expectativa e o que j foi realizado. Abaixo um exemplo de um oramento.

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Tabela 9 Exemplo de um oramento

sempre importante que exista um controle do oramento, ou seja, sempre verificar se o que foi orado est da maneira esperada. Sem oramento no possvel saber se o custo de produo alto ou baixo , contudo o oramento pode oferecer falhas e permite que sejam evitadas, so verificadas atravs de variaes relevantes tais como: Informaes Incorretas. Decises tomadas que interferem em toda organizao. Fatores conhecidos, mas no controlados, por exemplo: variao cambial e crises econmicas ou setoriais. Causas Desconhecidas. O oramento de grande importncia para uma organizao para previses antes que seja tomada alguma deciso, com o objetivo de que verifiquem se a deciso a ser tomada vai prejudicar ou ajudar a empresa.

ANLISE DA SITUAO ECONMICO-FINANCEIRA DA EMPRESAPor definio ANLISE DA ESTRUTURA FINANCEIRA DA EMPRESA o estudo da situao financeira e patrimonial de uma empresa ou entidade, atravs da decomposio de elementos e de levantamentos de dados que consistem em relaes diversas que entre si possam ter tais elementos, com o objetivo de conhecer a realidade

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situao da empresa ou de levantar os efeitos de uma administrao sob determinado ponto de vista. A Lei no 6.404/76 determina que, ao fim de cada exerccio social, a empresa dependendo de sua forma jurdica e do seu tamanho dever elaborar as seguintes demonstraes financeiras, tendo por base a sua escriturao mercantil: Balano Patrimonial; Demonstraes do Resultado do Exerccio (DRE); Demonstraes das Origens e Aplicaes de Recursos (Doar) dever do Empreendedor conhecer essa lei, pratic-la e saber interpretar seus medidores para poder entender a situao em que sua empresa se encontra. Tanto interna quanto externamente importante os ndices de avaliao, pois permite prpria empresa diagnosticar sua situao financeira e tomar as medidas necessrias para melhor-la ou para corrigi-la. Do ponto de vista externo, oferece a terceiros as condies para avaliar o desempenho financeiro e operacional da empresa e tomar decises sobre suas transaes com ela.

ndices de Estrutura Patrimonial:Para entendermos os ndices de Estrutura Patrimonial precisamos saber quais so suas variveis e o que elas representam: Passivo Circulante: so as obrigaes que normalmente so pagas dentro de um ano: contas a pagar, dvidas com fornecedores de mercadorias ou matrias-primas. Exigvel a Longo Prazo: trata-se das obrigaes com terceiros, como duplicatas a pagar, notas promissrias a pagar, fornecedores, impostos a recolher, contas a pagar, ttulos a pagar, contribuies a recolher e outras, que tero seu vencimento 360 dias aps a data da publicao do balano de que fazem parte. Patrimnio Lquido: representa os valores que os scios ou acionistas tm na empresa em um determinado momento. a soma do capital, das reservas, dos lucros acumulados menos a soma do capital a integralizar e dos prejuzos acumulados; o capital prprio, isto , o capital que pertence aos proprietrios ou acionistas e que mede a riqueza da empresa. 1) Estrutura de Capital: Quanto maior for o ndice, mais endividada est a empresa.

2) Composio do Endividamento: quanto maior for o ndice mais endividada a empresa est em curto prazo.

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ndices de Solvncia:Do ponto de vista econmico, uma empresa solvente quando est em condies de fazer frente a suas obrigaes corrente e ainda apresenta uma situao patrimonial e uma expectativa de lucros que garantam a sobrevivncia desta no futuro. Quanto maior seja este ndice, maior ser a solvncia da empresa, o qual em todo caso, dever ser superior a 1. Se o valor deste ndice for inferior a 1, significa que a empresa est em uma situao de quebra tcnica. Variveis: Ativo circulante uma referncia aos bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro em curto prazo, o capital de giro. Passivo Circulante: so as obrigaes que normalmente so pagas dentro de um ano: contas a pagar, dvidas com fornecedores de mercadorias ou matrias-primas. Realizvel a Longo Prazo: qualquer conjunto de bens e direitos que iro realizar-se em at 360 dias contados do ultimo dia do exerccio social da data de publicao do balano a que faz parte. Exigvel a Longo Prazo: so as dvidas de uma empresa que sero liquidadas ao final do exerccio seguinte do exerccio corrente 1) Liquidez Geral = Este ndice leva em considerao a situao a longo prazo da empresa, incluindo no clculo os direitos e obrigaes a longo prazo. Estes valores tambm so obtidos no balano patrimonial. LG = (Ativo Circulante + Realizvel a L.P.) / (Passivo Circulante + Exigvel a L.P.). 2) Liquidez Corrente = Procura demonstrar quantas vezes o ativo de curto prazo cobre as obrigaes de curto prazo. LC = Ativo Circulante / Passivo Circulante. 3) Liquidez Seca = Similar a liquidez corrente a liquidez Seca exclui do clculo acima os estoques, por no apresentarem liquidez compatvel com o grupo patrimonial onde esto inseridos. LS = (Ativo Circulante - Estoques - Despesas do Exerc. Seguinte) / Passivo Circulante

ndice de Rotao do Ativo:Permite saber quo rpido as contas so convertidas em vendas. Esse quociente indica quantas vezes o ativo se renovou pelas vendas.

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ndices de Prazos Mdios:Indicam em quanto tempo aquele item da conta deixar de existir. 1) Prazo Mdio de Estocagem: Uma estimativa de quanto tempo uma mercadoria ficar estocada na loja. 2) Prazo Mdio de Cobrana: Em mdia quantos dias os clientes demoram para pagar a empresa. 3) Ciclo Operacional: O tempo decorrente entre comprar a matria-prima, vender o produto e o pagamento do cliente.

Ciclo Financeiro: o tempo entre o pagamento dos fornecedores, a venda das mercadorias e o recebimento dos clientes.

Margem de Lucratividade:O artigo 186 da Lei das S.A. estabelece: A demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados discriminar: IO saldo inicial do perodo, os ajustes de exerccios anteriores e a correo monetria do saldo inicial; IIAs reverses de reservas e o lucro lquido do exerccio; IIIAs transferncias para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada no capital e o saldo ao capital e o saldo ao final do perodo

1) Margem Bruta: O quanto sobrou da receita lquida da empresa depois de incorridos os custos de vendas.

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2) Margem Lquida: Mostra o quanto sobrou da receita lquida da empresa depois de incorridos todos os custos e despesas. Quanto maior for o ndice maior ser a diferena entre a recita e os custos na empresa.

Taxas de Retorno:1) Retorno sobre o investimento total: Mede a rentabilidade obtida na utilizao dos Ativos na empresa.

2) Retorno sobre o capital prprio: A rentabilidade obtida com a utilizao do capital investido pelos scios ou acionistas.

Ponto de Equilbrio o resultado lquido do ano como apurado na Demonstrao do Resultado do Exerccio, o qual transferido para a conta de Lucros Acumulados. Note-se que as participaes nos lucros ( empregados, administradores e parte beneficirias) j foram computadas nesse resultado; o valor transferido o lucro ou prejuzo lquido. S a ttulo de lembrete, em muitos pases, talvez na maioria, as participaes de administradores e de terceiros so consideradas como debitveis a Lucros ou Prejuzos Acumulados, e no ao resultado do exerccio.

CONCLUSONo mbito dos profissionais e usurios da Contabilidade, os objetivos desta, quando aplicada a uma Entidade particularizada, so identificados com a gerao de informaes a serem utilizadas por determinados usurios em decises que buscam a realizao de interesses e objetivos prprios. A preciso das informaes demandadas pelos usurios e o prprio desenvolvimento de aplicaes prticas da Contabilidade dependero, sempre da observncia dos seus princpios, cuja aplicao soluo de situaes concretas dever considerar o contexto econmico, tecnolgico, institucional e

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social em que os procedimentos sero aplicados. Isso significa, com grande freqncia, o uso de projees sobre os contextos em causa, o que muitos denominam de viso prospectiva nas aplicaes contbeis. As informaes quantitativas que a Contabilidade produz, quando aplicada a uma Entidade, devem possibilitar ao usurio avaliar a situao e as tendncias desta, com o menor grau de dificuldade possvel. Devem permitir ao usurio: Observar e avaliar o comportamento; Comparar seus resultados com os dos outros perodos ou Entidades; Avaliar seus resultados luz dos objetivos estabelecidos; Projetar seu futuro nos marcos polticos, sociais e econmicos em que se insere. Os requisitos referidos levam concluso de que se deve haver consistncia nos procedimentos que a Entidade utiliza em diferentes perodos, e tanto quanto possvel, tambm entre Entidades distintas que pertenam a um mesmo mercado, de forma que o usurio possa extrair tendncias quanto vida de uma Entidade e sua posio em face das demais Entidades ou mesmo do mercado como um todo.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS CHIAVENATO, Idalberto Empreendedorismo: dando asas ao esprito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas: um guia eficiente para iniciar e tocar seu prprio negcio 2.ed.- So Paulo : Saraiva, 2007. SANTOS, Edno Oliveira dos. Administrao financeira da pequena e mdia empresa. So Paulo: Atlas, 2001 GITMAN, Lauwrence J. Princpios da administrao financeira. So Paulo: Harbra, 2001. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru Administrao para Empreendedores: fundamentos da criao e da gesto de novos negcios. Prentice Hall MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. So Paulo: Atlas, 1999. GELBECK, Ernesto Rubens. Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 1995. Fundao Instituto de Pesquisas Contbeis, Atuariais e Financeiras, USP.