Gestao Recursos Saude Fundo Saude

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    Gesto dos Recursos da Sade: Fundo de Sadejulho/2013

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    Gesto dos Recursos da Sade: Fundo de Sade

    Antonio Carlos Rosa de Oliveira Junior1Arionaldo Bomfim Rosendo2

    Erasmo Ferreira da Silva3Jos Carlos da Silva4

    Sandra Yoko Sato5

    Este texto tem o propsito de orientar os gestores da rea de sade na

    execuo de suas aes para o fortalecimento do Sistema nico de Sade

    (SUS), trazendo o arcabouo normativo bsico para que a gesto dos

    recursos, por meio dos Fundos de Sade, seja bem realizada, com

    economicidade, lisura e transparncia, dando assim, qualidade s aes e

    servios pblicos de sade colocados disposio da comunidade local.

    1. Preceitos Constitucionais e Legais:

    Constituio Federal: Art. 198: As aes e servios pblicos de sade integram

    uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizadode acordo com as seguintes diretrizes:

    I - descen trali zao, com di reo n ica em c ada esfera de go ver no ;

    (...)

    1. O si st ema nic o d e sade s er fin anci ado , nos termos do art. 195, com

    recur sos do oramento da segurid ade soc ial, da Unio, dos Estados , do

    Dis tr ito Feder al e dos Muni cpios , alm de o ut ras fontes. (Pargrafo ni co

    renumerado para 1 pela Emenda Consti tuc ion al n 29, de 2000)

    1Diretor-Executivo do Fundo Nacional de SadeFNS/SE/MS2Subsecretrio de Planejamento e OramentoSE/MS3Coordenador-Geral de Execuo Oramentria, Financeira e Contbil do Fundo Nacional de

    SadeFNS/SE/MS4Assessor de GestoSE/MS5Subsecretria Adjunta de Planejamento e OramentoSE/MS

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    2 A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios aplicaro, anualmente,em aes e servios pblicos de sade recursos mnimos derivados da aplicao depercentuais calculados sobre: (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    I - no caso da Unio, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no 3; (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadao dosimpostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159,inciso I, alnea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aosrespectivos Municpios; (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    III - no caso dos Municpios e do Distrito Federal, o produto da arrecadao dosimpostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159,

    inciso I, alnea b e 3. (Includo pela Emenda Constitucional n 29, de 2000)

    (...)

    Constituio Federal: Art. 167: So vedados:

    (...)

    IV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a

    repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se referem os arts. 158 e159, a des ti nao de rec urs os para as aes e serv ios pb licos de sade,para manuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao de atividades daadministrao tributria, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2,212 e 37, XXII, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipaode receita, previstas no art. 165, 8, bem como o disposto no 4 deste artigo;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003).

    Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, que regulamenta o 3 do art.

    198 da Constituio Federal e revoga o art. 77 do Ato das Disposies

    Constitucionais Transitrias - ADCT.

    Art. 2o - Para fins de apurao da aplicao dos recursos mnimos estabelecidosnesta Lei Complementar, considerar-se-o como despesas com aes e serviospblicos de sade aquelas voltadas para a promoo, proteo e recuperao dasade que atendam, simultaneamente, aos princpios estatudos noart. 7oda Lei no8.080, de 19 de setembro de 1990,e s seguintes diretrizes:

    (...)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm#art7
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    Pargrafo nico. Alm de atender aos critrios estabelecidos no caput, as despesascom aes e servios pblicos de sade realizadas pela Unio, pelos Estados, peloDistrito Federal e pelos Municpios devero ser financiadas com recursosmo vimentados p or meio dos respect ivos fundos d e sade.

    Art. 14. O Fundo de Sade, institudo por lei e mantido em funcionamento pelaadministrao direta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios,co ns titu ir-se- em u nid ade oramen tria e gest ora dos rec urs os des tin ados a

    aes e s erv ios pb licos d e sade, ressalvados os recursos repassadosdiretamente s unidades vinculadas ao Ministrio da Sade.

    A lei 4.320/1964dispe sobre as normas gerais de direto financeiro para a

    elaborao dos oramentos e balanos da Unio, Estados, Distrito Federal e

    Municpios, regulamenta tambm a criao de fundos especiais (caso do Fundo de

    Sade), que so assim definidos:

    Art. 71 - Constitui fundo especial o produto de receitas especficas que por lei sevinculam realizao de determinados objetivos ou servios, facultada a adoo denormas peculiares de aplicao.

    Art. 72 - A aplicao das receitas oramentrias vinculadas a fundos especiais far-

    se- atravs de dotao consignada na Lei de Oramento ou em crditos adicionais.

    Art. 73 - Salvo determinao em contrrio da lei que o instituiu, o saldo positivo dofundo especial apurado em balano ser transferido para o exerccio seguinte, acrdito do mesmo fundo.

    Art. 74 - A lei que instituir fundo especial poder determinar normas peculiares decontrole, prestao e tomada de contas, sem, de qualquer modo, elidir acompetncia especfica do Tribunal de Contas ou rgo equivalente.

    1.1. Fundo de Sade Preceitos legais especficos:

    Lei Complementar n 141/2012 - Art. 14 j referido e Art. 22: vedada aexigncia de restrio (...)

    Pargrafo nico: a vedao prevista no caput no impede a Unio e os Estados acondicionarem a entrega dos recursos:

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    I ins titu io e ao func ionam en to do Fu ndoe do Conselho de Sade, nombito do ente da Federao; e

    II elaborao do Plano de Sade

    Lei n 8.080/1990 Art. 33: Os recursos financeiros do Sistema nico de Sade(SUS) sero depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuao, emovimentados sob fiscalizao dos respectivos Conselhos de Sade.

    Lei 8.142/1990 Art. 4: Para receberem os recurso sde que trata o art. 3 destaLei, os Municpios, os Estados e o Distrito Federal devero contar com:

    I Fundo de sade;

    IIConselho de Sade, com composio paritria...

    Decreto 1.232/1994 Art. 2: A t ransf ernc ia de que trata o artigo 1ficaco nd ic io nad a existnc ia de Fu nd o de Sade e apresentao de Plano deSade aprovado pelo respectivo Conselho de Sade do qual conste a contrapartidade recursos no oramento do Distrito Federal, Estado ou do Municpio.

    1.2. Tipificao da Natureza dos Fundos de Sade

    Definida, conforme consta da pgina n 402, da 5 edio do Manual de

    Demonstrativos Fiscais - MDF, aplicado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e

    aos Municpios. Aprovado pela Portaria STN n 637, de 18 de outubro de 2012.

    03.12.02.02 Fundos de Sade

    As despesas com aes e servios pblicos de sade realizadas pela Unio, pelosEstados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios devero ser financiadas comrecursos movimentados por meio dos respectivos fundos de sade. Inclusive orepasse da parcela dos recursos de impostos e transferncias constitucionais que osentes da federao devem aplicar em ASPS ser feito diretamente ao respectivoFundo de Sade e, no caso da Unio, tambm s demais unidades oramentriasdo Ministrio da Sade.

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    O Fundo de Sade, institudo por lei e mantido em funcionamento pelaadministrao direta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios,co ns titu ir-se- em u nid ade oramen tria e gest ora dos rec urs os des tin ados a

    aes e serv ios pb licos de sade6, ressalvados os recursos repassadosdiretamente s unidades vinculadas ao Ministrio da Sade.

    Ressalta-se que os fu ndo s de sade necessitam s er cadastrados no CNPJ na

    cond io de m atr iz (natu reza ju rdi ca 120.1). Ess a ex ignc ia no lhes alt era a

    natu reza, ou seja, no lhes co nfere person alidad e jurdic a, restando c laro que

    fund o no su jeit o de di rei to s, no co nt rata, no se ob riga, no tit ul ariza

    ob rigaes j urdicas , conforme est abelec e o Par ecer PGFN/CAF/N. 1396/2011.

    Por essa razo, os fundos de sade no praticam atos de gesto ou quaisqueroutros que demandem personalidade jurdica prpria, como firmar contratos

    administrativos ou a contratar pessoal, por exemplo, e no detm a propriedade dosrecursos que por ele tramitam, sendo o patrimnio afetado ao fundo para arealizao dos seus objetivos.

    No entanto, os fundos de sade necessitam demonstrar a disponibilidade de caixa ea vinculao de recursos, bem como elaborar demonstraes contbeis segregadas,visando atender s regras restabelecidas no pargrafo nico do art. 8 e nos incisosI e III do art. 50 da Lei Complementar n 101, de 04 de maio de 2000.

    1.3. Institucionalizao do Fundo de Sade

    1.3.1. Instituio do Fundo de Sade

    Depende de autorizao legislativa (art. 167, inciso IX da Constituio Federal).

    A Lei que disciplinar a instituio do Fundo de Sade poder, conforme aconvenincia do ente federativo, ser:

    Abrangente ou

    SintticaNeste caso, a Lei dever prever a necessidade de regulamentao, viaato normativo apropriado, como por exemplo, Decreto ou Regimento Interno, paraordenao das atribuies.

    6Para serem consideradas Aes de Servios Pblicos de Sade, as despesas correspondentes devem serexecutadas por meio da unidade oramentria e gestora do Fundo de Sade e aplicadas diretamente, ou porintermdio de descentralizaes, para outras unidades gestoras vinculadas ao setor sade, por exemplo:Fundao, Autarquia, Empresa, etc.

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    1.3.2. Aspectos Organizacionais - Funes Bsicas do Fundo de Sade

    No h estrutura nica recomendvel, porm certas funcionalidades soaplicveis a qualquer tipo de gesto de Fundo de Sade, independente da

    estrutura organizacional adotada.

    PLANEJAMENTOORAMENTRIO E

    FINANCEIROPlano de Sade / Programao Anual de Sade - PAS

    PPA / LDO / LOA

    EXECU O

    ORAMENTRIA EFINANCEIRA Programao Financeira, Cronograma de Desembolso eFluxo de Caixa. (Empenho, Liquidao e Pagamento)

    CONTABILIDADE Registros e ConformidadesContbeis

    CONTROLEE

    PRESTAO DE

    CONTAS

    Relatrio de Gesto,SIOPS, RREO e outrosinstrumentos de

    monitoramento e controle

    A ES E SERVIOS P BLICOS DE SA DE

    RESULTADO EM SA DE(Conforme preceitos da LC 141)

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    2. Planejamento, Execuo Oramentria e Financeira

    Como responsvel pela aplicao dos recursos da Sade (LC 141/2012), oFundo de Sade se constitui como unidade oramentria e gestora dos recursos

    oramentrios e financeiros e, como tal, devem ser:

    Definidos no oramento do ente, em consonncia com o respectivo Plano deSade, aprovados pelo Conselho de Sade;

    Os programas e aes contemplados devem estar de acordo com as metas que ogoverno pretende atingir;

    Os recursos devem ser alocados por meio da LOA ou por via de crditossuplementares, especiais ou extraordinrios.

    2.1. Programao Oramentria e Financeira

    a distribuio dos recursos oramentrios fixados para cada espcie de dotao(categoria de gasto) aprovada para o rgo.

    Disciplina a utilizao dos recursos oramentrios e financeiros;

    Possibilita que as aes sejam executadas sem soluo de continuidade;

    Deve observar:

    As disponibilidades oramentrias e financeiras por fontes;

    Cronograma de repasse7das receitas previstas no art. 7 da LC 141/2012, deveser repassado pelo Tesouro do ente de acordo com a arrecadao, conformeacordado com a Secretaria de Sade;

    Programao dos repasses dos recursos federais que so efetuados diretamente conta bancria especfica aberta pelo Fundo Nacional de Sade - FNS, sob atitularidade do Fundo de Sade do ente;

    Prioridades estabelecidas quanto ao pagamento das despesas de acordo com orecebimento dos recursos que as financiam.

    7O cronograma poder constar de um decreto que estabelece a programao financeira.

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    2.2. Cronograma de Desembolso

    Possibilita acompanhar o ingresso dos recursos, o fluxo e os desembolsosfinanceiros, buscando garantir a continuidade das aes de servios pblicos de

    sade.

    O resultado financeiro da arrecadao das receitas destinadas ao Fundo deSade deve ser repassado pelo Tesouro do ente, conforme cronograma dedesembolso acordado com a Secretaria de Sade.

    Com objetivo de tornar claro o cumprimento da LC 141/2012, os recursosprovenientes de receita prpria e de impostos, destinados s aes e serviospblicos de sade devem ser depositados na conta do Fundo de Sade, comdetalhamento das respectivas fontes.

    2.3. Gesto Financeira

    O ingresso de recursos no Fundo de Sade se materializa por meio de repassedos recursos prprios do Tesouro do ente para a conta bancria especfica doFundo de Sade;

    Os recursos repassados pelo Fundo Nacional de Sade FNS8 ou pelo FundoEstadual de Sade - FES sero depositados diretamente na conta especfica do

    Fundo Municipal de Sade FMS e movimentados no mbito deste, at suadestinao final;

    No se aplica a emisso de empenho movimentao financeira entrecontas do Ativo Financeiro (Ex. do Tesouro do ente para o Fundo de Saderespectivo), pois no se trata de uma despesa, uma vez que esta s ocorre quandoo Fundo de Sade realiza seus prprios dispndios;

    Os recursos vinculados ao Fundo de Sade devem ser utilizados exclusivamentepara atender ao objeto de sua vinculao e aplicados em conformidade com a

    programao elaborada com base nos instrumentos legais oramentrios (PPA,LDO e LOA);

    8 Deve-se observar: 1) LC 141/2012, Art. 13, 2: Os recursos da Unio previstos nesta LeiComplementar sero transferidos aos demais entes da Federao e movimentados, at a suadestinao final, em contas especficas mantidas em instituio financeira oficial federal ,observados os critrios e procedimentos definidos em ato prprio do Chefe do Poder Executivo daUnio. 2) Decreto n 7.507, de 27 de junho de 2011.

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    Para a manuteno do poder de compra, os recursos que permanecerem emconta corrente devero ser aplicados no mercado financeiro, em instituiofinanceira oficial federal, caso os recursos sejam provenientes da Unio;

    As receitas financeiras auferidas pela aplicao no mercado financeiro devem serprevistas na lei que cria o Fundo de Sade, como originria deste;

    De acordo com a Lei n 8.666/1993, art. 116, 4 e 5, e com o intuito depreservar os seus valores reais, os recursos do Fundo de Sade provenientes deconvnios, acordos, ajuste e outros instrumentos congneres, disponveis em contabancria corrente, enquanto no empregados na sua finalidade e ressalvados oscasos previstos em lei, devem ser aplicados:

    Em cadernetas de poupana de instituio financeira oficial se a previso de

    seu uso for igual ou superior a um ms; ou

    Em fundo de aplicao financeira de curto prazo ou operao de mercadoaberto, lastreada em ttulos da dvida pblica, quando a utilizao dos recursosverificar-se em prazos menores que um ms.

    3. Contabilidade

    Preceitos legais:

    LC 141/2012:Art. 32. Os rgos de sade da Unio, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municpios mantero registro contbil relativo s despesas efetuadascom aes e servios pblicos de sade;

    Pargrafo nico. As normas gerais para fins do registro de que trata o caput seroeditadas pelo rgo central de contabilidade da Unio, observada a necessidade desegregao das informaes, com vistas a dar cumprimento s disposies destaLei Complementar;

    Art. 33. O ges to r de sade p romov er a cons ol id ao das con tas r eferen tes sdes pesas com aes e serv ios pbl icos de sade execu tadas por rgos e

    entidades da administrao direta e indireta do respectivo ente da Federao.

    Portaria Conjunta STN/SOF n 01, de Julho de 2012, que altera a PortariaInterministerial STN/SOF n 163, de 04 de maio de 2001, que institui modalidades deaplicao, respectivos conceitos e especificaes decorrentes da LC 141/2012;

    Portaria STN n 673, que aprova a 5 edio do Manual de Demonstrativos Fiscais -MDF, cujo anexo 12 (pginas 399 a 471) trata das especificidades da sade;

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    Portaria STN n 437/2012 e Portaria Conjunta STN / SOF n 02, de 13 de julho de2012, que aprova a 5 edio do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor PblicoMCASP9(vlido para 2013).

    O Fundo de Sade deve utilizar contabilidade especfica e integrada contabilidade geral do Ente a que se vincula para registrar, acompanhar econtrolar o processamento de suas receitas e despesas e de sua execuooramentria, financeira e patrimonial, cabendo:

    Vincular as despesas s aes de sade, consoante o Plano de Sade aprovadopelo Conselho de Sade e s fontes especficas constantes dos instrumentosoramentrios;

    Controlar a realizao das receitas e despesas mediante conciliao bancria,mantendo registros detalhados no Sistema de Administrao Financeira paraEstados e Municpios - SIAFEM ou sistema equivalente adotado pelo ente;

    Todos os recursos do Fundo de Sade devem ser contabilizados obedecendo snormas gerais da contabilidade pblica;

    O saldo positivo do Fundo de Sade apurado no balano de um ano deve sertransportado (reprogramado) para o exerccio seguinte, a fim de dar continuidade egarantir sua aplicao em sade;

    Referente aos restos a pagar: LC 141/2012Art. 24 2: Na hiptese prevista no 1, a disponibilidade dever ser efetivamente aplicada em aes e serviospblicos de sade at o trmino do exerccio seguinte ao do cancelamento ou daprescrio dos respectivos Restos a Pagar, med ian te do tao es pecfi ca paraessa finalidade, sem prejuzo do percentual mnimo a ser aplicado no exercciocorrespondente.

    9Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico (MCASP) - visa colaborar com o processo deelaborao de execuo do oramento, alm de contribuir para resgatar o objeto da contabilidadecomo cincia, que o patrimnio. Com isso, a contabilidade poder atender demanda deinformaes requeridas por seus usurios, possibilitando a anlise de demonstraes contbeisadequadas aos padres internacionais, sob os enfoques oramentrio e patrimonial, com base emum Plano de Contas Nacional.

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    A Portaria Conjunta n 01 STN/SOF, de 13 de julho de 2012, que altera a PortariaInterministerial STN/SOF n 163 define novas modalidades de aplicao para rea de sade,conceitos e especificaes, para fins de identificar determinadas despesas, inclusive do RPcancelado.

    Incluso de Novas Modalidades de Aplicao, que constam da Portaria Conjunta 01/2012

    95 - Aplicao Direta conta de recursos de que tratam os 1o e 2o do art. 24 da LeiComplementar no 141, de 2012. (reposio do cancelamento dos restos a pagar)

    96 - Aplicao Direta conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar no 141,de 2012. (reposio de no aplicao do mnimo)

    35 - Transferncias Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal conta de recursos deque tratam os 1o e 2o do art. 24 da Lei Complementar no 141, de 2012

    36 - Transferncias Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal conta de recursos deque trata o art. 25 da Lei Complementar no 141, de 2012.

    45 - Transferncias Fundo a Fundo aos Municpios conta de recursos de que tratam os 1o e 2o do art. 24 da Lei Complementar no 141, de 2012.

    46 - Transferncias Fundo a Fundo aos Municpios conta de recursos de que trata o art. 25da Lei Complementar no 141, de 2012.

    73 - Transferncias a Consrcios Pblicos mediante contrato de rateio conta de recursos deque tratam os 1o e 2o do art. 24 da Lei Complementar no 141, de 2012.

    74 - Transferncias a Consrcios Pblicos mediante contrato de rateio conta de recursos deque trata o art. 25 da Lei Complementar no 141, de 2012.

    75 - Transferncias a Instituies Multigovernamentais conta de recursos de que tratam os 1o e 2o do art. 24 da Lei Complementar no 141, de 2012.

    76 - Transferncias a Instituies Multigovernamentais conta de recursos de que trata o art.25 da Lei Complementar no 141, de 2012.

    3.1. Conformidade Diria

    No empenho:

    Deve corresponder ao que foi adjudicado e homologado, respectivamente, pelacomisso de licitao e pelo ordenador de despesas, inclusive, no que se refere squantidades e aos preos unitrios e totais;

    A classificao contbil da despesa deve estar de acordo com os preceitos legais decontabilidade pblica.

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    Nos documentos de pagamento10:

    Os documentos hbeis devem conter corretamente os seguintes dados:

    Nome do favorecido;O valor contratado;

    Os dados bancrios (Banco, agncia e conta corrente);

    A autorizao do Ordenador de Despesa.

    Nos demais documentos:

    A conformidade contbil em relao solicitao contida no processo e autorizao da despesa.

    3.2. Conformidade Documental

    Verificao da ordem cronolgica da documentao a ser arquivada:

    facilidade na sua localizao em arquivo;

    mantido disposio dos rgos de controle.

    3.3. Conformidade Contbil

    Baseada em balancete, razo, dirio, com vistas a identificar:

    A existncia das conformidades diria e documental;

    O surgimento de contas estranhas s aes e servios pblicos de sade;

    A permanncia de saldos contbeis em contas transitrias ou de controle, cujossaldos devero ser objeto de acompanhamento de cada unidade, tendo a suaclassificao ou movimentao dentro do perodo mensal, de modo a no configurardesconformidade.

    10Observar o previsto na LC 141/2012, em seu art. 13 2 e 4, sendo que os recursos de origemda Unio devem considerar tambm o decreto n 7.507, de 27 de junho de 2011.

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    4. Controle e Prestao de Contas

    O Fundo de Sade deve:

    Disponibilizar demonstrativos contbeis e financeiros ao Conselho de Sade(preceito constitucional);

    Apresentar Prestao de Contas ao Tribunal de Contas respectivo;

    Subsidiar a Secretaria de Sade com documentos e informaes necessrias :

    elaborao do Relatrio de Gesto (Portaria n 3.332/2006 - MS/GM e LC141/2012);

    alimentao do Sistema de Informaes sobre Oramentos Pblicos emSade SIOPS, conforme Decreto n 7827, de 26 de outubro de 2012 ePortaria n 53/2013 - MS/GM;

    elaborao do Relatrio Resumido de Execuo Oramentria RREO,conforme consta da LC 141/2012:

    Art. 34. A prestao de contas prevista no art. 37 conter demonstrativo dasdespesas com sade integrante do Relatrio Resumido da Execuo Oramentria,a fim de subsidiar a emisso do parecer prvio de que trata o art. 56 da LeiComplementar n 101, de 4 de maio de 2000.

    A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) prev o Relatrio Resumido daExecuo Oramentria RREO, sua periodicidade e padro. A indicao da LC141/2012 para evidenciar / destacar no RREO as despesas com as ASPS,possibilitando o seu controle concomitante e no posterior, como hoje.

    Obs.: A Secretaria do Tesouro Nacional - STN, reviu a estrutura do RREO, parapossibilitar demonstrao das receitas e despesas consideradas para apurao dosmnimos aplicados em sade, com campos especficos para identificao dos valoresempenhados e liquidados, conforme consta do Manual de Demonstrativos Fiscais 5

    ediopara os Estados, da pgina 427 a 448; e para os Municpios, da pgina 449 a470.

    Art. 35. As receitas correntes e as despesas com aes e servios pblicos desade sero apuradas e publicadas nos balanos do Poder Executivo, assim comoem demonstrativo prprio que acompanhar o relatrio de que trata o 3 do art.165 da Constituio Federal.

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    Art. 36. O gestor do SUS em cada ente da Federao elaborar Relatrio detalhadoreferente ao quadrimestre anterior, o qual conter, no mnimo, as seguintesinformaes:

    Imontante e fonte dos recursos aplicados no perodo;

    (...)

    4.1. Conselhos de Sade

    Os recursos sero aplicados por meio de Fundo de Sade que ser acompanhadoe fiscalizado por Conselho de Sade, sem prejuzo do disposto no art. 74 daConstituio Federal;

    Os recursos sero movimentados, em cada esfera de governo, sob a fiscalizao

    do respectivo Conselho de Sade, sem prejuzo da fiscalizao exercida pelosrgos do sistema de Controle Interno do Poder Executivo e do Tribunal de Contas(Decreto n 1.232/1994 e LC 141/2012);

    Aprovao do relatrio de gesto pelo respectivo Conselho de Sade, incluindo osrecursos repassados diretamente do Fundo Nacional de Sade para os fundosestaduais e municipais de sade (transferncia fundo a fundo), conforme item b,inciso I do art. 6 do Decreto n 1.651/1995.

    5. Aspectos Administrativos e Operacionais

    Inscrevero Fundo de Sade no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas (CNPJ) doMinistrio da Fazenda com o cdigo da natureza jurdica 120.1;

    IN RFB n 748 Secretaria da Receita Federal (28.06.2007)

    Art. 11. So tambm obrigados a se inscrever no CNPJ:

    I - rgos pblicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio da Unio, dos

    Estados, do Distrito Federal e dos Poderes Executivo e Legislativo dos Municpios,desde que se con stituam em un idades gestor as de oramento ;

    (...)

    XI - fundos pblicos de natureza meramente contbil;

    1 Para os fi ns d o dis pos to no inc iso I, cons idera-se unidade gestor a de

    oramento aquela autor izada a executar parc ela do oramen to da Un io, do s

    Estados , do Distrito Federal e dos Mun icpios.

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    Definir a forma de repasse dos recursos do Tesouro local para o Fundo de Sade;

    Definir a autonomia administrativa e financeira do Fundo de Sade para gerir osrecursos destinados s aes e servios de sade pblica;

    Designar o Gestor do Fundo de Sade (Ordenador da despesa);

    Manter a titularidade das contas bancrias em nome do Fundo de Sade;

    Manter atualizado, em conjunto com a Secretaria de Sade, o cadastro deprestadores de servios;

    Manter controle da aplicao dos recursos transferidos fundo a fundo, de acordo

    com os objetivos a que se destinam, com as devidas demonstraes contbeis quecontemplem as diversas especificidades, conforme previso em plano de contas eem consonncia com o Plano de Sade;

    Submeter os demonstrativos de receitas e despesas do Fundo de Sade aprovao do Conselho de Sade;

    Disponibilizar logstica necessria operacionalizao de:

    rea fsica;

    equipamentos de informtica e de comunicao.

    Definir o perfil dos profissionais e treinar a equipe que integra o Fundo de Sade;

    Estruturar os fluxos processuais e autorizativos, pr, intra e ps transitados noFundo de Sade.

    O Fun do de Sade um Fundo especial. No tem natu reza apenasco ntbil . A ele se vin cu lam receitas e despesas especfic as e tem oob jetiv o de amp liar a cap acidade d e gesto oramentria / finan ceir a e ago vern abilid ade adm ini st rativ a do ges tor , alm de dar tran sp arnc ia parao gasto em sade para f ins de contro le interno e externo por p arte dos

    rgos res ponsvei s e pela soc ied ade.

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    Decreto n 7.827, de 16 de outubro de 2012, que regulamenta os procedimentos decondicionamento e restabelecimento das transferncias de recursos provenientesdas receitas de que tratam o inciso II do caput do art. 158, as alneas a e b doinciso I e o inciso II do caput do art. 159 da Constituio, dispe sobre osprocedimentos de suspenso e restabelecimento das transferncias voluntrias daUnio, nos casos de descumprimento da aplicao dos recursos em aes eservios pblicos de sade de que trata a Lei Complementar n 141, de 13 de janeirode 2012, e d outras providncias.

    Portaria n 53 MS/GM, de 16 de janeiro de 2013, que estabelece diretrizes para ofuncionamento do Sistema de Informaes sobre Oramentos Pblicos em Sade(SIOPS) e fixa prazos para registro e homologao de informaes, em observnciaao art. 39 da Lei Complementar n 141, de 13 de janeiro de 2012, e ao Captulo I do

    Decreto n 7.827, de 16 de outubro de 2012.Manual de Demonstrativos Fiscais - MDF, 5 Edio (vlido para 2013)

    http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/MDF5/MDF_5edicao.pdf(acesso em 29/06/2013).

    Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico - MCASP, 5 Edio (vlidopara 2013):

    http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Parte_Geral_I

    ntroducao_MCASP.pdf(acesso em 29/06/2013).

    Parecer n 1.396/2011 - PGFN/CAF:

    http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/download/relatorios/Material_GTREL_VersaoFinal.pdf(acesso em 29/06/2013).

    http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/MDF5/MDF_5edicao.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/MDF5/MDF_5edicao.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/MDF5/MDF_5edicao.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Parte_Geral_Introducao_MCASP.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Parte_Geral_Introducao_MCASP.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Parte_Geral_Introducao_MCASP.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/download/relatorios/Material_GTREL_VersaoFinal.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/download/relatorios/Material_GTREL_VersaoFinal.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/download/relatorios/Material_GTREL_VersaoFinal.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/download/relatorios/Material_GTREL_VersaoFinal.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/contabilidade_governamental/download/relatorios/Material_GTREL_VersaoFinal.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Parte_Geral_Introducao_MCASP.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Parte_Geral_Introducao_MCASP.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/MDF5/MDF_5edicao.pdfhttp://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/MDF5/MDF_5edicao.pdf