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JORNAL
Os fundos de pensão seguem como os
mais importantes investidores ins-
titucionais do país, fundamentais para
o fi nanciamento de grandes projetos de
infraestrutura, essenciais ao desenvolvi-
mento socioeconômico. Esse aspecto, no
entanto, não é considerado pelas autori-
dades do governo quando tentam abalar
a credibilidade do setor, desvalorizan-
do o fi nanciamento aos grandes proje-
tos e adotando posturas incoerentes no
acompanhamento e fi scalização dos in-
vestimentos. A situação é agravada pela
cobertura da imprensa, na maioria das
vezes, feita sem a devida cautela e com
profundo desconhecimento acerca de in-
vestimentos de longo prazo.
Com o objetivo de debater sobre a gestão e
a sustentabilidade da previdência comple-
mentar brasileira, a Anapar promoverá nos
dias 17 e 18 de maio, no Rio de Janeiro, o
XIX Congresso Nacional dos Participantes de
Fundos de Pensão. Perspectivas para os In-
vestimentos e gestão dos riscos, práticas da
fi scalização, necessidade de reforço na go-
vernança são alguns dos temas previstos na
programação do evento, que reunirá juris-
tas, economistas, jornalistas e acadêmicos.
Após o Congresso, no dia 18, será realiza-
da assembleia geral ordinária, quando a
Anapar apresentará o relatório de atividades
de 2017, assim como orçamento e plano de
ações para 2018.
GESTÃO E SUSTENTABILIDADE
RUMO AO FUTURO
CONFIRA NO ENCARTE A PROGRAMAÇÃO DO NOSSO CONGRESSO
Os direitos previdenciários enfren-
tam hoje o mais duro assédio dos
setores dominantes da economia, em
particular, dos bancos. Isto porque o
projeto de país do governo em curso
está estruturado para privilegiar o se-
tor financeiro e aumentar o lucro do
empresariado, com a supressão de
direitos e garantias conquistados a
duras penas pelos setores mais fragi-
lizados da sociedade.
Sob o aspecto que mais nos afe-
ta, tenta-se a decretação do fim dos
fundos de pensão, desferindo golpes
intermitentes, principalmente à cre-
dibilidade do sistema. A grande im-
prensa, dominadora absoluta da for-
mação do pensamento de um setor
médio da sociedade brasileira, é par-
te fundamental nessa estratégia, com
a disseminação de boatos e notícias
que favorecem os seus mantenedo-
res (bancos, grandes empresários e o
próprio governo).
Neste XIX Congresso da Anapar os
participantes deverão refletir sobre
a Previdência Complementar, como
importante conquista dos trabalha-
dores, que ultrapassa a finalidade de
manutenção do poder de compra no
período pós-laboral, para represen-
tar também um mecanismo efetivo
de suporte à estabilidade econômica
do país, com a promoção do desen-
volvimento social.
Elaborar propostas que possam con-
tribuir para o resgate da boa imagem
do sistema fechado e retomada da tra-
jetória de crescimento desse mecanis-
mo coletivo e solidário de poupança.
Antonio Braulio de Carvalho
PRESIDENTE
Ainda está na pauta do Congres-
so Nacional, o PLP 268/2016 que,
se aprovado, põe em xeque o direi-
to de representação dos participantes
nos fundos de pensão. Profissionais
do mercado, alheios às necessidades
dos trabalhadores e descomprometi-
dos com a saúde financeira dos fundos
de pensão, ganham espaço nos conse-
lhos deliberativos e fiscais, reduzindo
o número de membros representantes
dos participantes e assistidos. De acor-
do com esse projeto de lei, os diretores
de fundos de pensão também só pode-
rão ser contratados no mercado, elimi-
nando-se o direito que participantes de
diversas fundações têm de eleger seus
representantes.
Extrapolação de funções
Em outra iniciativa, a Superintendência
Nacional de Previdência Complementar
(Previc) propôs a criação de Comitês de
Auditoria com funções de controle inter-
no das fundações, com clara sobreposi-
ção de atividades em relação aos Con-
selhos Fiscais, órgãos cuja presidência
cabe aos representantes dos participan-
tes. Trata-se de uma forma de esvaziar
as funções do órgão de controle legítimo
Previdência Complementar: produto do futuro
RETROCESSOÀ VISTA
EDITORIAL
e colocar todos os gestores das funda-
ções em posição de submissão a um co-
mitê criado pelo governo.
Instrução Previc nº 15
Essa Instrução confere poderes à Previc
para interferir diretamente na gestão
dos fundos de pensão, estabelecendo,
quando assim entender, medidas que
chama de prudenciais. A Anapar, não
se opõe ao acompanhamento e à fisca-
lização, pelo contrrio, apoia, por ser de
total interesse dos participantes, desde
que sejam embasados em regras trans-
parentes. Da forma discricionária como
dispõe essa instrução, fica delegada ao
órgão fiscalizador uma forte ingerência
na administração das fundações.
Olho grande
A resolução sobre transferência de ge-
renciamento de planos de benefício,
editada pelo Conselho Nacional de Pre-
vidência Complementar (CNPC), com
voto contrário da Anapar, permite “ter-
ceirizar” o patrimônio do participante a
bancos e seguradoras, A medida atende
aos interesses do mercado e pode ser
muito prejudicial aos trabalhadores.
Ao investir em educação e cultu-
ra previdenciária, os fundos de
pensão, responsáveis por 12,7% do PIB
nacional, podem despertar maior inte-
resse nas futuras gerações. Fundador
da Oficina das Finanças, Leonardo Sil-
va mostra na entrevista a seguir, como
pais, escolas e sindicatos podem ajudar
a construir uma sociedade economi-
camente mais sustentável a partir da
educação previdenciária.
Qual o maior desafio da educação financeira quando o assunto é previdência?
Estamos engatinhando no processo de
ensinar finanças nas escolas. O maior
desafio é fazer com que as pessoas
pensem a longo prazo. O imediatismo
está enraizado em nós.
Como entregar para a socie-dade adultos mais conscientes sobre esse assunto?
Investindo em educação de crianças e
jovens. É importante criar ferramentas e
ações constantes na formação desses in-
ENTREVISTA
divíduos. Ensinar o conceito de sustenta-
bilidade econômica é indispensável. Os
mais jovens precisam aprender a gerar di-
nheiro, saber em que investir, aprender a
poupar e a movimentar as finanças com
inteligência. Por outro lado, os adultos
também precisam passar por essa trans-
formação. Assim, teremos cidadãos do fu-
turo e do presente mais equilibrados.
Como podemos atrair os poupadores do futuro?
Precisamos promover programas em cur-
sos, escolas, faculdades sobre previdên-
cia. Quanto mais expusermos crianças
e adolescentes às questões que envol-
vem futuro e finanças, mais profunda
e fluida será a imersão deles na cultu-
ra previdenciária. Em diversos países
desenvolvidos, essa prática já é reali-
dade. Vejo uma tendência em educa-
ção previdenciária no Brasil também.
Como líderes sindicais podem se preparar para tratar desse tema com os trabalhadores?
Líderes sindicais têm o poder de reu-
nir pessoas e serem ouvidos. São fun-
damentais na luta por direitos. Esse
papel, sobretudo após a Reforma Tra-
balhista, precisa ser potencializado.
Por outro lado, eles perdem a opor-
tunidade de acompanhar o indivíduo
na vida prática. Sindicatos podem for-
talecer o seu propósito se passarem a
conversar com os sindicalizados de
forma dinâmica, interligando a im-
portante luta trabalhista com noções
de administração, por exemplo.
DESA FIOSDA EDUCAÇÃO
PREVIDENCIÁRIA
Conheça o Anaparprev: benefícios exclusivo para associados
Ações coletivas
Além da representatividade
política de uma entidade de
âmbito nacional e da oportunida-
de constante de atualização e ca-
pacitação profi ssional, ser associa-
do à Anapar também representa a
oportunidade de fazer parte de um
fundo de pensão com aposenta-
doria mais rentável que qualquer
outro plano de previdência privada
aberta.
Com taxas de administração e car-
regamento mais baixas, o Anapar-
Prev permite a geração de um valor
acumulado até 57% maior que os
planos de previdência oferecidos
pelo mercado, PGBL ou VGBL. Caso
o participante opte pelo benefício
vitalício, o rendimento pode ser até
238% mais elevado.
Além dos números de rentabilida-
de animadores, o AnaparPrev traz
ainda vantagens fi scais aos parti-
cipantes. Tudo o que é investido
durante o ano até o limite de 12%
da renda bruta pode ser abatido na
declaração do Imposto de Renda.
Os participantes que se associaram até 29
de março, puderam entrar na ação co-
letiva proposta pela Anapar para assegurar
que as contribuições extraordinárias, como
as cobradas em planos de equacionamento,
continuem a ser deduzidas na declaração
do Imposto de Renda. O direito à dedução
está ameaçado pela Solução de Consulta
(Cosit) 354, emitida em julho de 2017, pela
Coordenação Geral de Tributação da Receita
Federal.
O presidente da Anapar, Antonio Bráulio de
Carvalho, lembra que, se permanecer o po-
sicionamento da Receita, apenas as contri-
buições normais às entidades fechadas de
previdência complementar podem ser aba-
tidas. “A ação também visa a afastar o limite
de 12% de dedução na declaração de ajuste
anual”, explica o dirigente. Para acompa-
nhar o andamento da ação, os participan-
tes devem acessar os canais de contato da
Anapar.
n Única representante dos par-
ticipantes de fundos de pensão
no Conselho Nacional de Previ-
dência Complementar (CNPC) e
na Câmara de Recursos da Previ-
dência Complementar (CRPC), ór-
gãos ofi ciais de regulamentação
do setor e de apreciação de re-
cursos interpostos pelos dirigen-
tes dos Fundos, respectivamente
de gestão e regulamentação do
setor.
n Oferece serviços de treinamen-
to, cursos, consultoria, orienta-
ção jurídica, além da atuação
junto aos poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário em prol do
aperfeiçoamento do sistema.
n Entidade instituidora do
Anaparprev, fundo de pensão ex-
clusivo para associados, com me-
lhores taxas e rentabilidade do
que as apresentadas pelos planos
abertos de previdência privada.
n Todos os benefícios da Anapar
estão disponíveis para os asso-
ciados em condições diferencia-
das. Para se associar, acesse www.
anapar.com.br ou ligue para 61
3326-3086 / 3326-3087. A anui-
dade custa apenas R$ 50,00.
ANAPAR - Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão
Saiba mais sobre a Anapar
Anapar vai à Justiça pela dedução das
contribuições extraordinárias no IR
SCS Qd. 06 Bl. A Ed. Carioca sala 709, Brasília-DF (61) 3326-3086 / 3326-3087 email: [email protected]
Antonio Braulio de CarvalhoPresidenteEntidade: FUNCEF
Cláudia Muinhos RicaldoniVice-PresidenteEntidade: FORLUZ
Francisco Antonio O S Silva Diretor de Imprensa e DivulgaçãoEntidade: PETROS
Jeová Pereira de OliveiraDiretor de Adm. e FinançasEntidade: FACEB
Eva Beatriz Teixeira CorreaDiretora de Planos, Conv. e EventosEntidade: BRTPREV
José Altair Monteiro SampaioDiretor de SeguridadeEntidade: FUNBEP
Ulísses KaniakDiretor Coordenador regional IEntidade: F.COPEL
José Ricardo SasseronDiretor Coordenador Regional IIEntidade: PREVI
Roquiran Miranda LimaDiretor Coordenador da Regional IIIEntidade: PRECE
Patrícia Falci MourãoDiretora Coordenadora da Regional IVEntidade: FUND. LIBERTAS
Eduardo da SilvaDiretor Coordenador da Regional VEntidade: FACEAL
Joelbia Maia Bezerra ChavesDiretora Coordenadora da Regional VIEntidade: FAELCE
Sérgio Luiz Campos TrindadeDiretor Coordenador da Regional VIIEntidade: CAPAF
Geraldo Estavão CoanDiretor Coordenador da Regional VIIIEntidade: FUNDAÇÃO 14
Claudete Genuino MaroccoDiretor Coordenador da Regional IXEntidade: FUND. BANRISUL
DIRETORIA EXECUTIVA