32
1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base 31 de março de 2013 O Banco Daycoval entende a gestão de riscos como um instrumento essencial para a geração de valor ao próprio Banco, aos acionistas, colaboradores e clientes. Assim, estabeleceu estratégias e objetivos para alcançar o equilíbrio ideal entre as metas de crescimento e de retorno de investimentos e os riscos a eles associados, permitindo explorar os seus recursos com eficácia e eficiência na busca dos objetivos da organização. A estruturação do processo de Gestão de Riscos Corporativos, além de satisfazer às exigências do órgão regulador, contribui para uma melhor Governança Corporativa, que é um dos focos estratégicos do Banco Daycoval, e foi desenvolvida ponderando os objetivos, as demandas e a cultura institucional. A identificação de riscos tem como objetivo mapear os eventos de risco de natureza interna e externa que possam afetar os objetivos das unidades de negócio. Nesse contexto, os Comitês de Risco constituídos e os gestores de riscos desempenham papel importante em suas diversas áreas de atuação, para assegurar o crescimento contínuo do Banco Daycoval. As Gerências de Risco têm como atribuição identificar, mensurar, controlar, avaliar e administrar os riscos, assegurando a consistência entre os riscos assumidos e o nível aceitável do risco definido pelo Banco Daycoval, e informar a exposição à alta administração, às áreas de negócio e aos órgãos reguladores. A atividade de gerenciamento de risco é realizada de forma colegiada e executada por uma unidade específica, segregada das unidades de negócio e da unidade executora da atividade de Auditoria Interna do Banco Daycoval. As políticas de riscos são aprovadas pelo Conselho de Administração do Banco. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foi implementada estrutura de Gerenciamento de Capital, composta pelo Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Comitê de Gerenciamento de Capital e Gerência de Capital, cujo objetivo é monitorar e controlar o capital mantido pelo Banco Daycoval, avaliando a sua necessidade para fazer frente à exposição aos riscos assumidos em suas operações, bem como planejar as metas e eventuais necessidades de capital, considerando seus objetivos estratégicos. A política de Gerenciamento de Capital é aprovada pelo Conselho de Administração do Banco. Principais categorias de riscos: Risco de Crédito - possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. Risco de Mercado - possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado das posições detidas pelo Banco Daycoval, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (“commodities”). Risco de Liquidez - possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis – descasamentos entre pagamentos e recebimentos – que possam afetar a capacidade de pagamento do Banco Daycoval, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

1

Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base 31 de março de 2013

O Banco Daycoval entende a gestão de riscos como um instrumento essencial para a geração de valor ao próprio Banco, aos acionistas, colaboradores e clientes. Assim, estabeleceu estratégias e objetivos para alcançar o equilíbrio ideal entre as metas de crescimento e de retorno de investimentos e os riscos a eles associados, permitindo explorar os seus recursos com eficácia e eficiência na busca dos objetivos da organização. A estruturação do processo de Gestão de Riscos Corporativos, além de satisfazer às exigências do órgão regulador, contribui para uma melhor Governança Corporativa, que é um dos focos estratégicos do Banco Daycoval, e foi desenvolvida ponderando os objetivos, as demandas e a cultura institucional. A identificação de riscos tem como objetivo mapear os eventos de risco de natureza interna e externa que possam afetar os objetivos das unidades de negócio. Nesse contexto, os Comitês de Risco constituídos e os gestores de riscos desempenham papel importante em suas diversas áreas de atuação, para assegurar o crescimento contínuo do Banco Daycoval. As Gerências de Risco têm como atribuição identificar, mensurar, controlar, avaliar e administrar os riscos, assegurando a consistência entre os riscos assumidos e o nível aceitável do risco definido pelo Banco Daycoval, e informar a exposição à alta administração, às áreas de negócio e aos órgãos reguladores. A atividade de gerenciamento de risco é realizada de forma colegiada e executada por uma unidade específica, segregada das unidades de negócio e da unidade executora da atividade de Auditoria Interna do Banco Daycoval. As políticas de riscos são aprovadas pelo Conselho de Administração do Banco. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foi implementada estrutura de Gerenciamento de Capital, composta pelo Conselho de Administração, Diretoria Executiva, Comitê de Gerenciamento de Capital e Gerência de Capital, cujo objetivo é monitorar e controlar o capital mantido pelo Banco Daycoval, avaliando a sua necessidade para fazer frente à exposição aos riscos assumidos em suas operações, bem como planejar as metas e eventuais necessidades de capital, considerando seus objetivos estratégicos. A política de Gerenciamento de Capital é aprovada pelo Conselho de Administração do Banco. Principais categorias de riscos:

Risco de Crédito - possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

Risco de Mercado - possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado das posições detidas pelo Banco Daycoval, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (“commodities”).

Risco de Liquidez - possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis – descasamentos entre pagamentos e recebimentos – que possam afetar a capacidade de pagamento do Banco Daycoval, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

Page 2: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

2

Risco Operacional – possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pelo Banco Daycoval, bem como às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas.

Risco de Crédito Definição

É a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. É a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. O Banco Daycoval adota estratégia conservadora de atuação, baseada em manutenção de alta liquidez e baixa alavancagem. Esta cultura de conservadorismo se estende à Gestão do Risco de Crédito, caracterizada principalmente pela análise consistente dos clientes e mercados, diversificação da carteira, pulverização das operações, foco na qualidade das garantias e monitoramento constante.

Estrutura de gerenciamento de Risco de Crédito O diretor responsável pela estrutura de gerenciamento do Risco de Crédito, indicado pelo Conselho de Administração do Banco Daycoval, é o Diretor Executivo de Administração. As atribuições deste Diretor não contemplam atividades relativas à administração de recursos de terceiros nem à realização de operações sujeitas ao Risco de Crédito. A atividade de gerenciamento do Risco de Crédito é executada por uma unidade específica, a Gerência de Risco de Crédito, segregada das unidades de negócio e da unidade executora da atividade de Auditoria Interna do Banco Daycoval, conforme requer a regulamentação do Banco Central do Brasil.

Page 3: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

3

Área Responsabilidades

Diretoria Executiva / Conselho de Administração

Definir o apetite de risco do Banco Daycoval, em função da estratégia do negócio, das oportunidades do mercado e da capacidade de gestão do Banco Daycoval;

Aprovar a indicação do diretor responsável e definir a estrutura organizacional para implementação do gerenciamento do risco de crédito;

Aprovar e revisar as Políticas e Estratégias para o Gerenciamento do Risco de Crédito;

Assegurar que a estrutura remuneratória adotada pelo Banco Daycoval não incentive comportamentos incompatíveis com um nível de risco considerado prudente nas políticas e estratégias de longo prazo adotadas;

Assumir a responsabilidade e autorizar a divulgação (periodicidade anual), em relatório de acesso público, das informações relativas à estrutura de gerenciamento de risco de crédito.

Diretor Estatutário responsável por Risco de Crédito

Nomeado pelo Conselho de Administração, tem a função de implantar a estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito;

Orientar a elaboração e documentação de Políticas e Estratégias para o Gerenciamento do Risco de Crédito;

Cumprir os termos das Políticas e Estratégias para o Gerenciamento do Risco de Crédito, assim como os demais requerimentos internos e externos aplicáveis ao tema;

Responder aos requerimentos dos Órgãos Reguladores.

Comitê de Risco de Crédito

Verificar o cumprimento das Políticas e Estratégias de Gerenciamento do Risco de Crédito definidas pelo Conselho de Administração;

Aprovar propostas para alteração e/ou validação das Políticas, processos e atividades que envolvam o gerenciamento do risco de crédito;

Avaliar periodicamente a relação risco/retorno das posições, com o intuito de manter uma carteira com a rentabilidade exigida pelo acionista;

Avaliar previamente novas modalidades de operações; Estabelecer limites para a realização de operações sujeitas ao risco de

crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado de grupo com interesse econômico comum e de tomadores ou contrapartes com características semelhantes;

Estabelecer critérios e procedimentos claramente definidos e documentados acessíveis aos envolvidos no processo de concessão e gestão;

Garantir que as exceções às Políticas, Procedimentos e aos Limites estabelecidos sejam reportadas às alçadas competentes.

Superintendência de Crédito

Manter atualizados e documentados os critérios e procedimentos relativos ao processo de concessão de crédito;

Identificar os riscos nas situações de empréstimos, através de análise técnica de dados cadastrais, econômico-financeiros, mercadológicos, etc.;

Propor melhor estruturação e tipo de empréstimo a conceder diante das necessidades financeiras do solicitante;

Elaborar relatórios de análise de crédito, ponderando inclusive aspectos subjetivos e com visão operacional para identificação de oportunidade de negócio;

Emitir parecer (contendo prós e contras / pontos de risco) conclusivo sobre a viabilidade ou não de iniciar relacionamento ou ampliar nível de exposição (dimensionamento de risco) com determinado cliente ou grupo econômico;

Monitorar os clientes do Banco Daycoval, possibilitando a adoção de medidas pró-ativas, diante de indícios de inadimplência do devedor;

Fornecer subsídios às alçadas competentes no processo de estabelecimento de limites interbancários operacionalizados pela Tesouraria.

Page 4: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

4

Área Responsabilidades

Superintendência de Tesouraria

Manter documentadas as normas e procedimentos relacionados ao nível de exposição com os bancos parceiros, bem como limites aprovados;

Cumprir as Políticas e Estratégias de Gerenciamento do Risco de Crédito definidas pelo Conselho de Administração;

Desenvolver mecanismos e procedimentos que visem minimizar eventuais perdas diante de indícios de elevação do risco de crédito envolvendo a contraparte, a exemplo das operações com derivativos.

Superintendências de Varejo Cumprir as Políticas e Estratégias de Gerenciamento do Risco de Crédito

definidas pelo Conselho de Administração.

Gerência de Câmbio

Analisar a documentação cambial em todos seus aspectos: valor, país, moeda, modalidade (importação e exportação), concentração risco país, formalização e liberação de recursos, etc.;

Cumprir as Políticas e Estratégias de Gerenciamento do Risco de Crédito definidas pelo Conselho de Administração;

Administrar o fluxo de compra e venda de moedas destinadas à liquidação de operação de câmbio.

Gerência de Risco de Crédito

Estimar perdas associadas ao risco de crédito, bem como comparar os valores estimados com as perdas efetivas;

Manter banco de dados sobre perdas efetivas; Desenvolver rotinas e procedimentos de identificação, mensuração,

controle e mitigação à exposição de risco de crédito; Monitorar a adequação dos níveis de patrimônio de referência e de

provisionamento compatíveis com o risco de crédito assumido pelo Banco Daycoval;

Avaliar operações sujeitas a risco de crédito vulnerável a condições de mercado, perspectivas macroeconômicas, entre outros;

Monitorar a adequação quanto à retenção de riscos em operações de venda ou de transferência de ativos financeiros;

Monitorar a adequação quanto ao risco de crédito de contraparte advinda de instrumentos financeiros derivativos e demais instrumentos financeiros complexos;

Manter atualizados e documentados os critérios e procedimentos relativos ao processo de Gerenciamento de Risco de Crédito, abrangendo todas as fases;

Categorizar as operações sujeitas ao risco de crédito; Realizar testes de estresse com base em premissas definidas pelo Comitê de

Risco de Crédito; Emitir relatórios periódicos relativos ao Gerenciamento de Risco de Crédito; Monitorar procedimentos das operações de tesouraria, no que se refere ao

cumprimento de normas e histórico de perdas; Monitorar a aplicação dos procedimentos inerentes às operações de

câmbio.

Superintendência de Tecnologia Quando solicitada, desenvolver sistemas para implementação de rotinas e

procedimentos de identificação, mensuração, controle e mitigação à exposição de risco de crédito.

Auditoria Interna

Validar periodicamente os sistemas, modelos e procedimentos internos utilizados para a Gestão do Risco de Crédito;

Revisar periodicamente o sistema de mensuração de risco, como parte do processo de auditoria interna do Banco Daycoval, incluindo as atividades das unidades de negócios e da Gerência de Risco de Crédito e abordando os seguintes aspectos mínimos: - As estratégias, políticas e procedimentos; - A estrutura organizacional; - Os processos de aprovação dos modelos de gestão; - Os sistemas de informação (integridade e completude dos dados, fontes

de informação); - Os procedimentos e premissas utilizados nos testes de estresse.

Page 5: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

5

Risco de crédito de contraparte

O Banco Daycoval, conforme as regulamentações vigentes (Res. 2.844 – CMN e suas alterações) que dispõe sobre limites de diversificações de risco por cliente, obedece ao limite fixado em 25% (vinte e cinco por cento) do PR ( Patrimônio de Referência) na contratação de operações de crédito para pessoas, físicas ou jurídicas, ou grupo de pessoas agindo isoladamente ou em conjunto, ou representando interesse econômico comum. A política interna, buscando a pulverização da carteira de crédito, estabelece teto máximo de exposição de risco por cliente/grupo econômico de 5% (cinco por cento) do Patrimônio Líquido do Banco referente ao balancete disponível, e eventuais exceções são analisadas caso a caso. O Banco Daycoval dispõe de um plano de alçadas para concessão de crédito que tem por objetivo: 1) Adicionar segurança à decisão de crédito, reservando para instâncias hierarquicamente

superiores as decisões sobre operações de maior risco;

2) Garantir agilidade ao processo decisório assegurando o cumprimento das regras estabelecidas. No aspecto monitoramento, tanto operações Ativas quanto Passivas, são monitoradas através de Política, Processos e Procedimentos das áreas envolvidas (Back-Office e Front-Office).

Gestão de risco de crédito A Gestão de Risco de Crédito está amparada nos processos e procedimentos realizados pela área de Análise e Concessão de Crédito, onde a definição sobre a viabilidade de negócios ocorre mediante exaustiva análise de dados cadastrais, econômico-financeiros, mercadológicos e, etc., bem como, nos procedimentos realizados pelas áreas de checagem e formalização. Destaca-se ainda, que todos os clientes ativos são monitorados quanto a eventuais apontamentos restritivos, variações relevantes em dados financeiros, etc. para que sejam adotadas medidas preventivas/ corretivas quando necessário.

Classificação das operações Para classificação das operações de crédito, o Banco Daycoval utiliza–se de critérios consistentes e verificáveis que combinam as informações econômico-financeiras, cadastrais e mercadológicas do tomador, com as garantias acessórias oferecidas à operação. As ponderações desses itens estabelecem o provisionamento mínimo necessário para fazer frente aos níveis de riscos assumidos, em atendimento ao disposto na Resolução 2.682/99 do Banco Central.

Exposição a risco de crédito Os dados financeiros apresentados a seguir, foram extraídos das demonstrações financeiras individuais do Banco Daycoval para os períodos indicados nas tabelas.

Page 6: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

6

a) A tabela a seguir, apresenta a exposição a risco de crédito dos ativos do Banco Daycoval nos

períodos indicados, quais sejam: 2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim Compromissos (1) 642.926 579.917 591.578 599.156 621.579 Garantias Prestadas 445.532 457.072 464.799 476.380 414.934 Operações de Crédito (2) 7.333.334 7.451.876 7.559.692 7.388.457 7.245.569 Total de exposição 8.421.792 8.488.865 8.616.069 8.463.993 8.282.082 Exposição média 8.497.680 8.462.752 8.454.048 8.373.038 8.437.620

(1) Refere-se aos compromissos de crédito não canceláveis unilateralmente; e

(2) Inclui operações de ACC / ACE e de outros títulos e créditos com característica de operações de crédito. b) A tabela a seguir, apresenta a exposição a risco segmentada pelos maiores clientes:

R$ mil 10 maiores 50 maiores seguintes

Demais clientes Total

2013 4º Trim

636.639 803.937 5.892.758 7.333.334 %

8,68 10,96 80,36 100,00

2012 4º Trim

744.989 866.186 5.840.701 7.451.876 %

10,00 11,62 78,38 100,00

3º Trim

821.023 974.313 5.764.356 7.559.692 %

10,86 12,89 76,25 100,00

2º Trim

863.465 928.755 5.596.237 7.388.457 %

11,69 12,57 75,74 100,00

1º Trim

840.256 949.454 5.455.859 7.245.569 %

11,60 13,10 75,30 100,00

c) A tabela a seguir, apresenta a exposição a risco segmentada por prazo de vencimento:

2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim Total a vencer 7.087.251 7.207.132 7.327.891 7.192.779 7.096.724 Até 3 meses 1.987.475 2.118.424 2.285.143 2.034.580 2.278.640 De 3 a 12 meses 2.277.343 2.331.603 2.324.644 2.597.462 2.365.291 De 1 a 3 anos 2.233.727 2.193.399 2.139.593 2.010.141 1.913.152 De 3 a 5 anos 524.729 514.646 531.599 509.113 499.944 Acima de 5 anos 63.977 49.060 46.912 41.483 39.697 Total vencidas 246.083 244.744 231.801 195.678 148.845 Até 60 dias 66.514 76.161 87.083 65.331 53.805 De 61 a 90 dias 20.208 18.905 18.517 26.473 22.678 De 91 a 180 dias 66.175 71.829 59.284 57.396 34.267 De 181 a 360 dias 93.186 77.849 66.917 46.478 38.095 Total 7.333.334 7.451.876 7.559.692 7.388.457 7.245.569

Page 7: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

7

d) A tabela a seguir, apresenta o fluxo das operações de crédito baixadas para prejuízo e os

montantes de operações de crédito recuperadas: 2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim Operações de crédito baixadas para prejuízo (75.169) (54.481) (56.956) (34.018) (33.864) Operações de crédito recuperadas 4.752 10.978 5.282 5.483 5.920

e) A tabela a seguir, apresenta a exposição a risco segmentada pelo risco de crédito apurado com base nos critérios estabelecidos pela Resolução 2682/99:

2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim

AA 3.936 1.381 72.387 75.717 120.967 A 3.195.741 3.220.606 3.205.234 3.314.470 3.112.555 B 3.305.945 3.467.061 3.448.666 3.275.485 3.410.876 C 267.977 245.311 298.404 259.638 263.402 D 131.163 128.049 188.656 152.411 126.131 E 91.987 60.732 72.103 84.430 35.326 F 64.136 53.242 45.574 49.813 27.387 G 34.583 46.117 49.940 37.222 16.191 H 237.866 229.377 178.728 139.271 132.734 Total de exposições 7.333.334 7.451.876 7.559.692 7.388.457 7.245.569

f) Em relação à tabela acima, apresentamos a seguir o saldo de provisões para operações de crédito de liquidação duvidosa, decorrentes da classificação por “rating”, quais sejam: 2013 2012 Rating 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim

AA - - - - - A 15.979 16.102 16.026 16.572 15.562 B 33.059 34.671 34.487 32.755 34.109 C 8.040 7.359 8.952 7.789 7.902 D 13.116 12.805 18.866 15.241 12.613 E 27.596 18.220 21.631 25.329 10.598 F 32.068 26.621 22.787 24.907 13.694 G 24.208 32.282 34.958 26.056 11.334 H 237.866 229.377 178.728 139.271 132.734 Total de exposições 391.932 377.437 336.435 287.920 238.546

Page 8: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

8

g) A tabela a seguir, apresenta a exposição a risco segmentada pelos Fatores de Ponderação de

Riscos (FPR), previstos pela Circular 3360/07:

2013 2012 R$ Mil FPR 1º Trim. 4º Trim. 3º Trim 2º Trim 1º Trim Compromissos (A) (1) 642.926 579.917 591.578 599.156 621.579 Varejo 8.408 7.993 8.019 8.262 8.911 Até 1 ano 75,00% 5.027 4.531 4.726 5.015 8.911 Acima de 1 ano 75,00% 3.381 3.462 3.293 3.247 0

Não varejo 634.518 571.924 583.559 590.894 612.668 Até 1 ano 100,00% 579.135 517.896 551.670 577.154 612.668 Acima de 1 ano 100,00% 55.383 54.028 31.889 13.740 0

Garantias prestadas (B) 435.375 447.630 461.215 456.000 411.726 A instituições financeiras - com vencimento em até 3 meses

20,00% 13.379 49.602 4.890 15.193 15.451

A instituições financeiras - com vencimento acima de 3 meses

50,00% 73.455 32.232 80.024 30.508 31.753

Não varejo 100,00% 324.155 334.386 338.806 365.541 311.208 Coobrigações (2) 75,00% 24.386 31.410 37.495 44.758 53.314

Operações de crédito (C) (3) 7.333.334 7.451.876 7.559.692 7.388.457 7.245.569 Varejo 75,00% 2.603.642 2.547.032 2.485.595 2.344.233 2.287.136 Varejo 150,00% 62.243 68.219 73.410 78.779 102.486 Varejo 300,00% 437.129 331.086 294.726 221.170 169.960 Não varejo 100,00% 4.230.320 4.505.539 4.705.961 4.744.275 4.685.987

Total de exposições (A + B + C) 8.411.635 8.479.423 8.612.485 8.443.613 8.278.874

(1) Refere-se aos compromissos de crédito não canceláveis unilateralmente;

(2) Refere-se a coobrigações em operações de cessão de crédito a outras instituições financeiras; e

(3) Inclui operações de ACC / ACE e de outros títulos e créditos com característica de operações de crédito.

h) A tabela a seguir, apresenta a exposição a risco segmentada por mercado externo e interno:

2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim

Mercado externo

1.786 573 4.526 - -

Mercado interno

8.409.849 8.478.850 8.607.959 8.443.613 8.278.874

Total de Exposições

8.411.635 8.479.423 8.612.485 8.443.613 8.278.874

Page 9: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

9

i) A tabela a seguir, apresenta a exposição a risco segmentada por setor econômico:

2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim Pessoa jurídica 4.062.536 4.333.605 4.538.678 4.598.118 4.685.013 Indústria 2.054.258 2.187.351 2.352.549 2.316.009 2.348.469 Comércio 821.960 894.974 885.255 1.031.058 1.143.652 Intermediários financeiros 7.402 8.212 15.924 15.536 23.751 Agronegócio 68.651 68.891 80.347 48.848 43.565 Outros serviços 1.106.586 1.169.986 1.201.049 1.182.757 1.103.434 Setor Público 3.679 4.191 3.554 3.910 22.142

Pessoas físicas 3.270.798 3.118.271 3.021.014 2.790.339 2.560.556 Total de exposições 7.333.334 7.451.876 7.559.692 7.388.457 7.245.569

Cessões de crédito A cessão de crédito é um acordo entre duas partes, no qual o Banco Daycoval transfere à outra instituição financeira seus direitos de recebimento. As cessões de crédito realizadas até 31 de dezembro de 2011, a outras instituições financeiras e ao Daycoval Veículos FIDC, basearam-se na regulamentação vigente até aquela data e as operações de crédito eram cedidas com o conceito de “coobrigação” ou “sem coobrigação” do Banco Daycoval (cedente) perante outra instituição financeira (cessionária). A tabela a seguir apresenta o fluxo de operações de crédito cedidas a outras instituições financeiras e ao Daycoval Veículos FIDC, bem como a modalidade da cessão: 2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim Coobrigação Instituições financeiras 0 0 0 0 0

Sem coobrigação Daycoval Veículos FIDC 0 32.944 0 24.787 63.625

Valor de transferência dos ativos cedidos no período 0 32.944 0 24.787 63.625

A partir de 1º de janeiro de 2012, as cessões de crédito passaram a ser classificadas conforme o disposto na Resolução nº 3533/08.

Page 10: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

10

A seguir apresentamos o valor total das exposições referentes à aquisição de títulos e valores mobiliários, oriundos do processo de securitização, do Daycoval Veículos FIDC: 2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim. 3º Trim 2º Trim 1º Trim Valor contábil das cotas subordinadas 77.614 69.964 62.527 80.059 71.530

Outras informações referentes ao processo de securitização: • Veículo utilizado no processo de securitização: fundo de investimento em direito creditório

• Crédito, título ou valor mobiliário que lastreia a emissão: originados no processo de securitização de financiamento de veículos.

• Classe do título ou valor mobiliário, no que se refere à subordinação dessa às demais, para efeito de resgate: cota subordinada

Exposição a risco de crédito de contraparte

A tabela a seguir apresenta o valor de referência (“nocional”) dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de liquidação, autorizados pelo Banco Central do Brasil, nos quais a câmara de liquidação atue como contraparte central, quais sejam: 2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim Contratos em que a câmara atue como contraparte central 1.398.878 1.226.096 956.248 889.629 943.335

A tabela a seguir apresenta o valor de referência (“nocional”) dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte que não são liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação, quais sejam: 2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim Contratos em que a câmara não atue como contraparte central 1.436.229 1.487.498 1.513.156 1.506.519 1.632.711

Page 11: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

11

Risco de Mercado Definição

Define-se como Risco de Mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pelo Banco Daycoval e inclui os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (commodities).

Estrutura de gerenciamento de Risco de Mercado O diretor responsável pela estrutura de gerenciamento do risco de mercado, aprovado pela Diretoria e pelo Conselho de Administração do Banco Daycoval, é o Diretor Executivo de Administração. As atribuições dele não contemplam atividades relativas à administração de recursos de terceiros nem operações de tesouraria. A atividade de gerenciamento do risco de mercado é executada por uma unidade específica, a Gerência de Risco de Mercado, segregada das unidades de negócio e da unidade executora da atividade de Auditoria Interna do Banco Daycoval, conforme requer a regulamentação do Banco Central do Brasil.

Papéis Responsabilidades

Diretoria Executiva / Conselho de Administração

Definição do apetite de risco do Banco Daycoval, em função da estratégia do negócio, das oportunidades do mercado e da capacidade de gestão do Banco Daycoval;

Aprovação do diretor responsável e definição da estrutura organizacional para implementação do gerenciamento do risco de mercado;

Aprovação e revisão da Política de Risco de Mercado; Integridade das informações divulgadas com relação à estrutura de

gerenciamento de risco de mercado.

Diretor Estatutário responsável por Risco de Mercado

Nomeado pelo Conselho de Administração, tem a função de implantar uma estrutura de gestão de risco de mercado;

Cumprir os termos da Política e Risco de Mercado, assim como os demais requerimentos internos e externos aplicáveis ao tema;

Responder aos requerimentos dos Órgãos Reguladores.

Page 12: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

12

Papéis Responsabilidades

Comitê de Risco de Mercado

Estabelecer critérios e procedimentos para precificação de produtos de captação e aplicação;

Definir preços de transferência; Definir perfil de maturidade e mix de ativos e passivos; Verificação do cumprimento das políticas e estratégias definidas pelo Banco

Daycoval; Aprovação de propostas para alteração e/ou validação de políticas,

processos e atividades que envolvam riscos de mercado; Avaliação periódica da relação risco/retorno das posições, com o intuito de

manter uma carteira com a rentabilidade exigida pelo acionista; Aprovação das reclassificações das carteiras de Trading e Banking; Aprovação de novos produtos.

Gerência de Risco de Mercado

Identificar, mensurar e controlar, em função das metodologias e premissas aprovadas pela Diretoria do Banco Daycoval, o risco de mercado do balanço (Banking Book) e da Tesouraria (Trading Book);

Monitorar a implementação das decisões e políticas definidas pelo Comitê e aprovadas pela Diretoria Executiva do Banco Daycoval;

Avaliar e propor estratégias referentes à otimização da estrutura do balanço;

Avaliar as propostas de novos produtos, conforme define o correspondente procedimento.

Auditoria Interna

Revisão periódica independente do sistema de mensuração de risco, como parte do processo de auditoria interna do Banco Daycoval, incluindo as atividades das unidades de negócios e da Gerência de Risco de Mercado e abordando os seguintes aspectos mínimos: - Revisão das estratégias, políticas e procedimentos; - Revisão da estrutura organizacional da área; - Revisão dos processos de aprovação dos modelos de precificação; - Revisão dos sistemas de informação (integridade e completude dos

dados, fontes de informação); - Revisão da razoabilidade das premissas utilizadas na modelagem

(volatilidades, correlações e parâmetros); - Revisão dos procedimentos de backtesting.

Verificação do cumprimento da política de determinação das operações incluídas na carteira de negociação (Trading Book);

Validação periódica das metodologias e modelos.

Classificação das operações

A classificação das operações segundo suas características de negociação permite o estabelecimento de requerimentos de capital diferenciados, considerando que, para a mensuração de risco de mercado das operações da carteira de negociação utilizam-se metodologias diversas das utilizadas para as demais operações. O Banco Daycoval classifica as carteiras em dois tipos, considerando as características das operações e o objetivo de cada uma: • Carteira de negociação (“Trading Book”);

• Operações não classificadas na carteira de negociação (“Banking Book”)

Page 13: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

13

Trading book A carteira de negociação (“Trading Book”) consiste em todas as operações com instrumentos financeiros e mercadorias, inclusive derivativos, detidas com intenção de negociação ou destinadas a hedge de outros elementos da carteira de negociação, sem limitação de sua negociabilidade. Consequentemente, o Banco Daycoval define como Trading Book todas as operações no âmbito de Tesouraria, salvo que sejam explicitamente identificadas pelo Comitê como instrumentos de hedge de operações não classificadas na carteira de negociação, quando estas operações passam a formar parte do Banking Book. As atividades da carteira de negociação estão orientadas à obtenção de benefícios a curto prazo e, para tanto, combinam o conhecimento do mercado financeiro em produtos e mercados com a capacidade de serviço a clientes. Os resultados são gerados tanto pela tomada de posições próprias no mercado como pelo serviço a clientes. A metodologia de marcação a mercado das operações da carteira de negociação foi estabelecida com observância de critérios consistentes e verificáveis, que levam em consideração o preço médio de negociação na data da apuração ou, na falta desse, o valor de ajuste diário das operações de mercado futuro divulgados pela Anbima, BM&FBOVESPA e Banco Central do Brasil ou o valor líquido provável de realização obtido com a utilização de curvas de valores futuros de taxas de juros, taxas de câmbio, índice de preços e moedas, todas devidamente alinhadas aos preços praticados nas operações. Banking book As exposições ao risco das operações não classificadas na carteira de negociação (“Banking Book”) são administradas por meio de atividades de investimento e captação (“funding”) e transações com derivativos. O Banco Daycoval define como Banking Book: • Aquelas operações não classificadas dentro da carteira de negociação;

• Instrumentos financeiros, em mercadorias e em instrumentos derivados sobre mercadorias que, com a prévia autorização por parte do Comitê, sejam tomadas com o objetivo de cobrir riscos das operações não classificadas na carteira de negociação.

Page 14: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

14

Composição dos fatores de riscos de mercado Tipos de riscos • Preço

Os fatores de risco de mercado são variáveis externas cujas oscilações originam distintos tipos de risco de mercado, aos quais está exposto o Banco Daycoval. Existem quatro fatores principais que originam risco de mercado: Taxas de juros Definido como a possibilidade de que as variações nas taxas de juros possam afetar em forma adversa o valor dos instrumentos financeiros. Podem ser classificados em: • Risco de movimento paralelo: sensibilidade dos resultados a movimentos paralelos na curva de

juros, originando diferenciais iguais para todos os prazos.

• Risco de movimento na inclinação da curva: sensibilidade dos resultados a movimentos na estrutura temporal da curva de juros, originando mudanças na pendente ou forma da curva.

Tipos de câmbio Definido como a sensibilidade do valor das posições em moeda estrangeira às mudanças no tipo de câmbio. Preços de títulos, valores e ações Definido como a sensibilidade do valor das posições abertas em títulos perante movimentos adversos dos preços de mercado dos mesmos. Podemos classificar este tipo de risco em: • Risco genérico ou sistemático: sensibilidade do valor de uma posição a mudanças no nível de

preços geral;

• Risco específico: sensibilidade do valor não explicada por mudanças no nível de preços geral e relacionada com as características próprias do emissor.

Preços de commodities É o risco derivado do efeito das mudanças potenciais nos preços das commodities no portfolio.

• Volatilidade O risco de volatilidade é o risco ou sensibilidade do valor da carteira perante mudanças na volatilidade dos fatores de risco (taxas de juros, tipos de câmbio, preço dos títulos valores/ações e commodities).

Page 15: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

15

• Correlação

O risco de correlação se define como a sensibilidade do valor da carteira perante mudanças na relação que existe entre fatores de risco (correlação), seja do mesmo tipo (entre dois tipos de câmbio, por exemplo) ou de natureza diferente (entre um tipo de taxa de juros e o preço de um commodity, por exemplo).

• Liquidez Existem dois tipos de risco de liquidez: (i) risco de liquidez de financiamento - refere-se à incapacidade de satisfazer as necessidades de investimento e financiamento como conseqüência do descasamento do fluxo de caixa; e (ii) risco de liquidez de mercado – refere-se ao risco de que o Banco Daycoval não seja capaz de desfazer uma posição tempestivamente, sem sofrer distorções significativas no preço de mercado e no custo da transação. Este risco depende de fatores tais como o número de participantes do mercado, a participação de mercado do Banco Daycoval, mudanças nas volatilidades e instabilidade dos mercados.

Metodologia de gestão de risco de mercado Metodologia para a carteira de negociação (“trading book”) O Banco Daycoval utiliza a metodologia VaR para a mensuração do risco para a carteira de negociação, que é a metodologia padrão utilizada pelo mercado e uma medida que resume de forma apropriada a exposição ao risco de mercado derivado das atividades de Trading (carteira de negociação). O VaR representa a máxima perda potencial no valor de mercado que, em condições normais, pode ocasionar uma determinada posição ou carteira, considerando um grau de certeza (nível de confiança) e um horizonte temporal definidos. Objetivos do VaR: • Mensurar o risco das posições de forma homogênea;

• Servir como base para a definição de limites de risco de mercado;

• Comunicar e manter informada a alta administração do Banco Daycoval sobre os riscos de mercado, facilitando a alocação eficiente de capital.

Dentre as diferentes metodologias disponíveis para o cálculo do VaR (paramétrico, simulação histórica e simulação de Monte Carlo), o Banco Daycoval entende que a metodologia paramétrica é a mais adequada às características das posições da sua carteira de negociação. • Teste de estresse

É uma ferramenta complementar às medidas de VaR e análise de cenários, utilizada para mensurar e avaliar o risco ao qual está exposto o Banco Daycoval. Baseia-se na definição de um conjunto de movimentos para determinadas variáveis de mercado e quantificação dos efeitos dos movimentos sobre o valor do portfólio.

Page 16: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

16

• Analise de cenários

O objetivo da análise de cenários é apoiar a alta administração do Banco Daycoval a entender o impacto que certas situações provocam, através de uma ferramenta de análise de risco em que se estabelecem cenários de longo prazo que afetam os parâmetros ou variáveis definidas para a mensuração de risco. Diferente dos testes de estresse, que consideram o impacto de movimentos nos fatores de risco de mercado sobre um portfólio de curto prazo, a análise de cenários avalia o impacto de acontecimentos mais complexos sobre o Banco Daycoval como um todo.

Metodologia para a carteira de não negociação (“banking book”) As medidas utilizadas para o controle de risco do Banking Book podem ser classificadas segundo sua complexidade e flexibilidade. Adicionalmente, estas metodologias podem ser estáticas (sem qualquer crescimento da carteira) ou dinâmicas (incorporando hipóteses de crescimento). A Instituição entende que, em função da natureza das operações, da complexidade dos produtos e da dimensão da exposição ao risco de mercado, o mais adequado é utilizar medidas estáticas, ou seja, a análise é feita sobre as posições diárias efetivamente incorridas, sem qualquer hipótese adicional de crescimento ou perda. • Medidas de risco de taxa de juros

Gap de Taxa de Juros O objetivo desta medida é determinar a exposição / concentração do risco frente aos prazos de vencimento. Baseia-se nos descasamentos entre ativos e passivos sensíveis a variações nas taxas de juros. O cálculo do Gap de Taxa de Juros: • Estabelece os buckets (agrupamento de prazos de análise de sensibilidade).

• Identifica os ativos e passivos sensíveis a variações das taxas de juros.

• Classifica por vencimento, considerando critérios específicos para aquelas partidas patrimoniais sem vencimento contratual.

• Calcula o saldo de ativos e passivos para cada bucket.

Teste de sensibilidade O Teste de Sensibilidade estima o impacto de um movimento paralelo da curva de taxa de juros sobre a Posição da Instituição, para um prazo definido (exemplo, 12 meses), e partindo do cálculo de Gap de Taxa de Juros. Neste tipo de teste, ainda são possíveis outros tipos de análise para a carteira Banking. Exemplos são os movimentos de flexão e curvatura na ETTJ (estrutura a termo de taxa de juros) e respectivas influências no seu valor de mercado.

Page 17: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

17

• Valor em Risco (VaR)

O VaR, medida aplicada às atividades de negociação (Trading Book), pode ser adaptado para ser utilizado na estimação do risco de taxa de juros do Banking Book, incorporando informações adicionais às utilizadas no VaR da carteira de Trading. A tabela a seguir, apresenta as posições das carteiras de Trading Book e Banking Book calculadas com base em seu valor em risco (VaR): 2013 2012 Value at Risk 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim

VaR - PRE

10.621 10.535 4.896 1.200 1.268 VaR - Moeda Estrangeira

5.060 4.405 1.813 9.780 8.911

VaR - Índice Preços

31 39 70 197 165 VaR - Renda Variável

14.129 16.377 16.106 20.399 20.864

VaR - Funding

272 766 764 1.299 3.238 VaR - Outras Posições

1.951 1.008 252 74 19

Efeito Diversificação - Trading

(14.643) (10.950) (9.136) (14.639) (10.780) VaR carteira trading

17.421 22.180 14.765 18.310 23.685

VaR carteira banking

40.309 35.670 26.742 27.463 32.185 Diversificação - trading / banking

(6.646) (8.316) (13.661) (16.515) (20.618)

VaR carteira banco

51.084 49.534 27.846 29.258 35.252

Value at Risk (%)

2,39% 2,25% 1,35% 1,44% 1,74%

Limite Value at Risk (%)

10,00% 10,00% 10,00% 10,00% 10,00%

• Simulações As simulações constituem-se em medida complementar às mencionadas acima. Permite medir o impacto de mudanças na estrutura sobre a exposição ao risco do Banco Daycoval. Porém, exige aplicar ferramentas de modelagem a alguns produtos.

• Testes de Estresse Os testes de estresse estimam: • A variação do valor de mercado das operações banking, com utilização de choque compatível

com o primeiro e 99º percentil da distribuição histórica de variações nas taxas de juros, considerando um período de manutenção (“holding period”) de um ano e um período de observação de cinco anos.

• A quantidade de pontos base de choques paralelos de taxas de juros necessários para originar reduções do valor de mercado das operações correspondentes a cinco por cento, dez por cento e vinte por cento do Patrimônio de Referência.

Os testes são realizados individualmente para cada fator de risco que contribua com no mínimo cinco por cento do total das exposições e, de forma agregada, para as operações remanescentes.

Page 18: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

18

• Backtesting Backtesting é a comparação entre uma estimativa de perda/ganho ex-ante e a perda/ganho efetivos. O intuito é avaliar a adequação do modelo. Para efeitos de backtesting, utilizam-se perdas/ganhos efetivos para cada unidade de negócio.

Dados quantitativos de gestão de risco de mercado

A seguir, apresentamos as informações quantitativas referentes ao processo de gestão de risco de mercado, quais sejam: a) Exposições, por valores de referência (“notional”) a valor de mercado dos instrumentos

financeiros derivativos:

• Operações de swap

2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim

Posição comprada Dólar x CDI

738.957 701.007 569.854 575.978 149.843 Libor x CDI

185.695 185.695 305.319 338.232 397.162

Dólar x Pré

159.019 159.019 - - - Ações x CDI

64.031 136.787 155.451 98.161 70.230

CDI x Dólar

48.828 44.526 13.840 2.228 58.704 Euribor x CDI

10.950 10.950 21.900 21.900 51.525

IPCA x CDI

450 - - 1.500 1.500 Pré x CDI

- 159.019 79.338 - -

Total posição comprada

1.207.930 1.397.003 1.145.702 1.037.999 728.964

Posição vendida Pré x CDI

159.019 - - - - CDI x Dólar

61.166 29.699 52.507 110.312 (66.855)

Dólar x CDI

- 37.950 234.679 300.256 (728.851) Ações x CDI

- 22.846 929 57.952 (76.942)

Dólar x Pré

- - 79.339 - - Libor x CDI

- - - - (30.757)

Total posição vendida

220.185 90.495 367.454 468.520 (903.405)

Exposição líquida

1.428.115 1.487.498 1.513.156 1.506.519 (174.441)

• Operações a termo

2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim

Posição comprada Pré x Dólar

4.057 - - - 171 Total posição comprada

4.057 - - - 171

Posição vendida Pré x Dólar

(4.057) - - - (171) Total posição vendida

(4.057) - - - (171)

Exposição líquida

- - - - -

Page 19: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

19

• Operações de mercado futuro

2013 2012 R$ mil 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim

Posição comprada Cupom cambial

71.182 72.123 88.312 84.637 76.691 Taxa de juros

835.988 753.578 456.714 238.632 380.959

Total posição comprada

907.170 825.701 545.026 323.269 457.650

Posição vendida Cupom cambial

- 378.128 - - - Dólar futuro

51.630 22.077 40.695 10.627 (27.552)

Taxa de juros

440.078 - 370.527 555.733 (458.133) Total posição vendida

491.708 400.205 411.222 566.360 (485.685)

Exposição líquida

1.398.878 1.225.906 956.248 889.629 (28.035)

Todas as operações com instrumentos financeiros derivativos, contratadas por conta própria pelo Banco Daycoval, são realizadas no Brasil. Não há derivativos contratados por conta de intermediação de operações de clientes.

Risco de liquidez Definição

É a possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis – descasamentos entre pagamentos e recebimentos – que possam afetar a capacidade de pagamento do Banco Daycoval, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

Estrutura de gerenciamento de Risco de Liquidez A atividade de gerenciamento do risco de liquidez é executada por uma unidade específica, a Gerência de Risco de Liquidez, segregada das unidades de negócio e da unidade executora da atividade de Auditoria Interna da Instituição.

Page 20: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

20

Papéis Principais Responsabilidades

Conselho de Administração

Aprovar a Política de Risco de Liquidez; Aprovar o nível aceitável de liquidez do Banco Daycoval; Aprovar o plano de contingência do Banco Daycoval bem como o limite de

liquidez onde o plano de contingência deva ser acionado; Indicar o diretor responsável e definição da estrutura organizacional para

implementação do gerenciamento do risco de liquidez;

Diretor Estatutário responsável por Risco de Liquidez

Nomeado pelo Conselho de Administração, tem a função de implantar os controles de risco de liquidez;

Cumprir os termos da Política de Risco de Liquidez, assim como os demais requerimentos internos e externos aplicáveis ao tema, inclusive aqueles requeridos pelo Comitê de Risco de Liquidez;

Responder aos requerimentos dos Órgãos Reguladores.

Comitê de Risco de Liquidez

Assegurar que sejam cumpridas as determinações e objetivos da Política de Risco de Liquidez;

Aprovar propostas para alteração e/ou validação de políticas, processos e atividades que envolvam riscos de liquidez;

Acompanhar o nível de liquidez do Banco Daycoval; Assegurar um adequado gerenciamento e acompanhamento dos prazos

previstos de realização dos ativos e liquidação dos passivos; Formalizar e divulgar aos seus membros, discussões mantidas no âmbito do

Comitê de Risco de Liquidez e as decisões tomadas; Assegurar a existência de um plano de contingência factível e apropriado às

características e porte do Banco Daycoval; Assegurar a continuidade dos procedimentos e controle de gestão do risco de

liquidez através da formação de backups das funções estabelecidas nas equipes, garantido a manutenção dos controles e acompanhamento;

Determinar a exposição em ativos ilíquidos ou de baixa liquidez; Definir o nível de alavancagem do Banco Daycoval; Estabelecer limites para operações junto à instituições financeiras; Definir cenários de estresse, econômicos-financeiros e operacionais, para

simulações.

Tesouraria

Supervisionar as carteiras definidas como “Trading Book” e “Banking Book”; Adequar o casamento dos prazos das carteiras Ativas e Passivas, através de

políticas de captação; Controlar e reportar, ao Comitê de Risco de Liquidez, o nível da condição de

liquidez da carteira de captação e concentração por tipo de cliente; Supervisionar a exposição de juros e moedas nas diferentes carteiras; Efetuar operações para equacionar ou minimizar impactos em exposições

existentes nas carteiras, mediante aprovação da Diretoria responsável; Apurar diariamente o saldo do Caixa e divulgar para a Administração e Gerência

de Liquidez; Acompanhar o cumprimento dos covenants financeiros, econômicos e referentes

a gestão ambiental, assumidos pelo Banco Daycoval através dos diferentes contratos;

Reportar ao Comitê de Risco de Liquidez o resultado do acompanhamento do cumprimento dos covenants e apontar possíveis disparidades;

Acompanhar as análises do Banco Daycoval, junto às empresas de rating; Acompanhar os mercados nacional e internacional e analisar os fatores macro

econômicos que os influenciam e que possam afetar a liquidez do mercado.

Page 21: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

21

Papéis Principais Responsabilidades

Gerência de Risco de Liquidez

Implementar e monitorar as políticas aprovadas pelo Conselho de Administração, bem como as solicitações requeridas pelo Comitê de Risco de Liquidez;

Estabelecer e documentar os parâmetros e indicadores de acompanhamento do nível de liquidez do Banco Daycoval;

Acompanhar diariamente a condição de liquidez disponível do Banco; Estabelecer e documentar os critérios de avaliação das operações, com

horizonte mínimo de 90 dias; Estabelecer e documentar a periodicidade mínima de elaboração/revisão dos

testes de estresse, sendo mandatória a realização destes testes em momentos de adversidades no mercado;

Elaborar análises econômico-financeiras que permitam avaliar o impacto dos diferentes cenários na condição de liquidez de seus fluxos de caixa, considerando, inclusive, fatores internos e externos ao Banco Daycoval;

Analisar e simular a performance de instrumentos que permitam a obtenção de recursos necessários à reversão de posições adversas ao Banco Daycoval, considerando as diversas alternativas propostas pelo Comitê de Risco de Liquidez.

Auditoria Interna

Revisão periódica independente do sistema de mensuração de risco, como parte do processo de auditoria interna do Banco Daycoval, incluindo as atividades das unidades de negócios e da Gerência de Risco de Liquidez e abordando os seguintes aspectos mínimos: - Revisão das estratégias, políticas e procedimentos; - Revisão da estrutura organizacional da área; - Revisão dos processos e modelos de precificação, bem como do fluxo de

aprovação; - Revisão dos processos de estruturação e apuração do fluxo de caixa (“Cash

Flow”); - Revisão dos sistemas de informação e bases de dados de carteiras e posições

(integridade e completude dos dados, além das fontes de informação); - Revisão da razoabilidade das premissas utilizadas na modelagem

(volatilidades, correlações, parâmetros e principalmente, projeções existentes);

- Revisão dos procedimentos de backtesting; Revisão do Funcionamento e deliberações do Comitê de Risco de Liquidez;

Composição dos fatores de risco de liquidez

Os fatores de risco de liquidez podem ter origem externa ou interna, e são assim categorizados: Principais fatores de riscos externos: • Fatores macro-econômicos, tanto nacionais como internacionais;

• Políticas de Liquidez estabelecidas pelo órgão regulador;

• Situações do comprometimento de confiança e consequentemente da liquidez do sistema, por fatores diversos;

• Avaliações de agências de ratings: risco soberano e risco do Banco Daycoval; e

• Escassez de recursos no mercado. Principais fatores de riscos internos: • Apetite de risco do Banco Daycoval e definição do nível aceitável de liquidez;

• Descasamentos de prazos e taxas causados pelas características dos produtos e serviços negociados;

Page 22: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

22

• Política de concentração, tanto na captação de recursos como na concessão de crédito

• Covenants assumidos pelo Banco Daycoval: financeiro, econômico e referentes a gestão ambiental;

• Aumento no nível de resgates antecipados das captações ou de operações com cláusula de liquidez imediata ou com carência;

• Exposição em ativos ilíquidos ou de baixa liquidez; e

• Alavancagem Em função das próprias características dos fatores de risco relacionados acima, a Política de Risco de Liquidez é voltada para orientar procedimentos frente aos fatores de riscos internos, conforme a seguir relacionados: Descasamentos de prazos e taxas • Manter o adequado casamento dos prazos, através da diversificação das diferentes fontes de

funding, de acordo com as necessidades individuais de cada uma das carteiras ativas, através de adequada política de captação;

• Avaliar diariamente as exposições de juros e moedas nas carteiras e a situação dos mercados, com intuito de controlar e mensurar os riscos inerentes de possíveis descasamentos; e

• Fazer hedge das exposições às quais o Banco Daycoval não possui interesse em manter. Concentração de risco A presente política estabelece que o Comitê de Risco de Liquidez determine limites referentes: • À distribuição percentual da carteira ativa das operações de crédito entre atacado (middle) e

varejo, assim como, à concentração por setor e clientes, em cada uma das modalidades das carteiras existentes;

• À diversificação das fontes de funding advindos de Depósitos a Prazo, Depósitos Interfinanceiros, Emissões Externas, FIDCs, Linhas de Empréstimo junto a Órgãos Multilaterais, Programas de Crédito de Órgãos Governamentais, etc.

Covenants • Acompanhar o cumprimento dos covenants, financeiros e econômicos, estabelecidos em

contratos de empréstimos junto a Órgãos Multilaterais e Instituições Financeiras e seus “Contratos Gerais de Derivativos”(CGD), ou quaisquer outros assumidos;

• Reportar ao Comitê de Risco de Liquidez o resultado do acompanhamento dos covenants financeiros e econômicos, na periodicidade que for estabelecida por este Comitê; e

• Acompanhar o cumprimento dos compromissos referentes à Gestão Ambiental, assumidos em contratos junto a Órgãos Multilaterais ou quaisquer outros, e respectivo reporte das análises ao Comitê.

Page 23: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

23

Risco operacional Definição

É a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pelo Banco Daycoval, bem como às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas.

Estrutura de gerenciamento de risco operacional A presente estrutura, além de atender os requisitos mencionados, visa também trazer outros benefícios tangíveis e intangíveis às entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro: • Incrementar o resultado dos negócios e aprimorar a “performance” dos gestores.

• Prevenir e reduzir os riscos e perdas operacionais.

• Aprimorar a Governança Corporativa, o gerenciamento dos riscos e os ambientes de controles internos para fins de avaliar desempenho e reputação.

• Permitir às áreas de negócio o entendimento consolidado e monitoramento constante de informações relacionadas aos riscos inerentes às áreas.

• Fornecer subsídios para:

Tomada de decisões estratégicas das entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro.

Avaliação da efetividade dos controles internos.

Aprimorar as políticas de seguros.

Atendimento das exigências dos órgãos reguladores.

Aprimorar a precificação de produtos e serviços.

Page 24: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

24

Papéis Principais Responsabilidades

Conselho de Administração

O Conselho de Administração é responsável pela revisão e aprovação da política institucional, bem como, manifestar-se sobre as ações incluídas nos relatórios de controle submetidos ao conselho, fazer constar nos relatórios de acesso público, sua responsabilidade sobre as informações divulgadas e definir o nível de risco que as entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro devem aceitar.

Diretoria Executiva

A Diretoria Executiva é responsável por direcionar as ações necessárias ao monitoramento e à mitigação de Risco Operacional, bem como, divulgar informações ao mercado sobre a estrutura e Gerenciamento de Risco Operacional, bem como, submeter às políticas e relatórios de controle para a aprovação do Conselho de Administração.

Comitê de Risco Operacional

O Comitê de Risco Operacional tem como objetivos principais, supervisionar a Gerência de Risco Operacional e assessorar a Diretoria Executiva no desempenho de suas atribuições relacionadas à adoção de estratégias, políticas e medidas voltadas à disseminação da cultura, mitigação de riscos e da conformidade com as normas aplicáveis. É também responsável por gerenciar situações de interrupção das operações de negócio, analisando a complexidade do cenário e seus respectivos impactos para então deliberar sobre o acionamento dos Planos de Continuidade Operacional (PCO) das áreas de negócio ou Planos de Recuperação de Desastres (PRD) da infraestrutura tecnológica, sobre a necessidade de aguardar ações corretivas em andamento ou sobre o retorno à normalidade. O Comitê poderá convidar para participar de suas reuniões membros da administração e colaboradores internos e/ou externos, que detenham informações relevantes ou cujos assuntos constem da pauta de discussão e sejam pertinentes à sua área de atuação. Principais atribuições: Definir e revisar as Políticas e Diretrizes de Risco Operacional

implementadas; Conhecer e entender todas as categorias de riscos que estão em suas linhas

de negócios e processos de apoio, e garantir que sua estrutura de gerenciamento cubra todas as categorias;

Analisar as deficiências de controle e de Gerenciamento do Risco Operacional, se manifestar acerca das ações a serem implementadas para correção tempestiva;

Acompanhar a situação dos principais riscos identificados e ações direcionadas para sua mitigação;

Apontar os representantes de Risco Operacional nas diversas áreas do Banco, bem como atribuir suas responsabilidades adicionais;

Avaliar a efetividade e conformidade da Gerência de Risco Operacional; Acompanhar as políticas, procedimentos, responsabilidades e definições

pertinentes à estrutura de Gerenciamento de Risco Operacional e ambientes de controle;

Submeter à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração os relatórios apresentados pela Gerência de Risco Operacional;

Posicionar regularmente a Diretoria Executiva sobre as atividades do Comitê e fazer as recomendações que julgarem apropriadas;

Propor à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração, a atualização e/ou revisão da política de Gerenciamento de Risco Operacional, quando necessário.

Page 25: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

25

Papéis Principais Responsabilidades

Gerência de Risco Operacional

Compõe a estrutura de Gerenciamento de Risco Operacional, tendo como missão: implementar a estrutura, disseminar o conhecimento e subsidiar as demais áreas para aderência e comprometimento das regulamentações que visam o Gerenciamento de Risco Operacional. Principais responsabilidades: Aplicar metodologia para identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar as

causas, dos eventos de Risco Operacional (financeiros e não financeiros), junto aos gestores, coordenando e garantindo planos de ação corretivos e/ou preventivos;

Coordenar os gestores nomeados como Representantes de Risco Operacional que terão a função de auxiliar a gestão de Risco Operacional em suas respectivas áreas;

Documentar e armazenar as informações referentes às perdas associadas ao Risco Operacional, com objetivo de construir uma base histórica;

Facilitar a disseminação da cultura de Risco Operacional e Continuidade de Negócios;

Adotar postura crítica dos riscos e dos ambientes de controle com o objetivo de propor planos de ação para melhoria do processo ou implantação de controles;

Prover capacitação aos representantes de Risco Operacional e Coordenadores de Planos de Continuidade Operacional (PCO) e Planos de Recuperação de Desastres (PRD);

Realizar testes (com periodicidade mínima anual) de avaliação dos sistemas de controle de riscos operacionais implementados;

Acompanhar se as recomendações de melhorias dos riscos e controles foram devidamente implementadas pelos Gestores;

Acompanhar a implantação e implementação das metodologias, modelos e ferramentas de gestão corporativa de Risco Operacional, em conformidade com as regras aplicáveis;

Avaliar o impacto de Risco Operacional em relação aos aspectos identificados em relatórios emitidos pelos Órgãos Reguladores, Auditorias Interna e Externa no tocante as deficiências dos controles e respectivas providências das áreas;

Orientar as ações do dia a dia em conjunto com os níveis táticos e estratégicos; Elaborar relatórios (com periodicidade mínima anual) que permitam identificar e

corrigir de forma tempestiva as deficiências de controle e de Gerenciamento do Risco Operacional, e submeter ao Comitê de Risco Operacional;

Analisar as ações que asseguram as condições de continuidade das atividades para inibir graves perdas decorrentes de Risco Operacional;

Comunicar e disponibilizar relatório com eventuais deficiências identificadas para o Comitê de Risco Operacional, Auditoria Interna e Externa;

Ser sênior e independente o suficiente para exercer as atividades sem interferências e conflitos de interesse;

Acompanhar a legislação vigente, as novas regulamentações bem como as alterações de normativos anteriormente emitidos de forma a cumprir com todas as determinações requeridas pelo órgão regulador, no tocante ao Gerenciamento de Risco Operacional;

Com base na abordagem adotada pelo Banco, calcular os valores de capital para risco operacional a serem alocados, com base nos critérios estabelecidos pelo Banco Central do Brasil;

Viabilizar/Gerenciar a infraestrutura necessária para a GCN em momentos de indisponibilidade de sua infraestrutura principal;

Coordenar a comunicação das deliberações do Comitê de Riscos Operacionais a respeito de acionamento dos Planos de Continuidade Operacional (PCO) e Planos de Recuperação de Desastres (PRD);

Gerenciar os fluxos de manutenção, atualização dos documentos de suporte a GCN sendo estes, a saber: a análise de Impacto de Negócios, a Análise de Riscos, os Planos de Continuidade Operacional (PCO) e os Planos de Recuperação de Desastres (PRD);

Gerenciar a definição e realização do cronograma de teste dos Planos de Continuidade Operacional (PCO) e Planos de Recuperação de Desastres (PRD), ao menos anualmente;

Consolidar resultados (sucessos e desvios) e definir planos de ações mitigadores, quando necessários.

Page 26: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

26

Papéis Principais Responsabilidades

Representantes de Risco Operacional

Os representantes são integrantes da estrutura de Gerenciamento de Risco Operacional Esses representantes são os gestores das diversas áreas ou quem estes indicarem, auxiliando na estrutura de Gerenciamento de Risco Operacional e tendo como principais responsabilidades: Conhecer e entender todas as categorias de riscos a que estão passíveis suas

linhas de negócios e processos de apoio, e garantir que sua estrutura de gerenciamento cubra todas as categorias;

Aplicar a metodologia definida para identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar as causas dos eventos de Risco Operacional (financeiros e não financeiros), junto à Gerência de Risco Operacional, e garantir a execução de planos de ação corretivas e/ou preventivas;

Facilitar a disseminação da cultura de Risco Operacional; Adotar postura crítica dos riscos e dos ambientes de controle com o objetivo

de propor planos de ação para melhoria do processo ou implantação de controles.

Responsabilidades no reporte da informação

Os eventos de Risco Operacional deverão ser reportados, tão logo identificados, à Gerência de Risco Operacional, para que possam ser analisados, tratados e incluídos nos relatórios do Comitê de Risco Operacional e, de acordo com os critérios de relevância e prioridade, encaminhados à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração para aprovação e tomada de providências.

Procedimentos para reportar as falhas e as ocorrências

Os dados de evento de Risco Operacional serão reportados através do preenchimento dos campos do formulário para Reporte de Evento de Risco Operacional (RERO), disponível na Intranet.

Classificação de evento de risco operacional • Fraudes Internas

Atos com intenção de fraudar, apropriar-se indevidamente, burlar regulamentos, a lei ou política das entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro, excluindo diversidade / acontecimentos discriminatórios, que envolvam pelo menos uma parte interna.

• Fraudes Externas Atos intencionais caracterizando fraude, apropriação indébita ou violação de regulamentações, lei ou política das entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro, excluindo eventos relativos à diversidade / discriminação.

• Demandas Trabalhistas e Segurança Deficiente do Local de Trabalho Atos que não correspondem com as leis e contratos de serviço, saúde ou segurança, oriundos dos pagamentos relativos a danos pessoais ou eventos relativos à diversidade / discriminação.

Page 27: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

27

• Práticas Inadequadas Relativas a Clientes, Produtos e Serviços

Não cumprimento, intencional ou não intencional, de uma obrigação com clientes específicos (incluindo requisitos fiduciários e de adequação) ou devido à natureza ou desenho de um produto.

• Danos a Ativos Físicos Próprios ou em Uso pelas Entidades pertencentes ao Conglomerado Financeiro e ao Consolidado Econômico-Financeiro Perda ou dano de ativos físicos ou intangíveis (incluindo dados) devido a eventos internos ou externos, incluindo desastres naturais, atos de terrorismo ou problemas com serviços de utilidade pública.

• Aqueles que Acarretem a Interrupção das Atividades das Entidades pertencentes ao Conglomerado Financeiro e ao Consolidado Econômico-Financeiro Perda ou dano de ativos físicos ou intangíveis (incluindo dados) devido a eventos internos ou externos, incluindo desastres naturais, atos de terrorismo ou problemas com serviços de utilidade pública que acarretam interrupção das atividades das entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro.

• Falhas em Sistemas de Tecnologia da Informação Erros do processamento ou falhas decorrentes dos sistemas ou em canais de comunicação que geram perdas e que impactam negativamente nas entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro ou interrompam as suas atividades.

• Falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das atividades nas entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro Gerenciamento e execução de processos ou processamento de transações deficientes, oriundos de relações com contrapartes e provedores em transações.

Causas de Risco Operacional As causas podem ser segregadas em quatro fatores de risco: pessoas, processos, sistemas e ocorrências externas. • Pessoas

Ações humanas intencionais ou não (erros humanos) que podem causar distintos eventos de Risco Operacional ou problemas decorrentes da falta de recursos humanos (seja na quantidade ou na capacidade técnica).

• Processos Risco de Processos deriva da interrupção, falha ou falta de controle, desenho inadequado de processos dentro das linhas de negócio ou em processos de apoio.

Page 28: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

28

• Sistemas

Deficiências decorrentes do desempenho dos sistemas; sistemas não adequados, sistemas obsoletos, falhas com a comunicação externa, alterações efetuadas em sistemas (rotinas) que incorrem em eventos em áreas distintas a área de Tecnologia. Este fator de risco considera a interrupção de comunicação para terceiros.

• Ocorrências Externas Este fator de risco é oriundo de ocorrências externas que impactam negativamente nas entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro e relacionam-se com a deficiência decorrente da incapacidade ou ineficiência em tratar tais ocorrências.

Impactos decorrentes de Evento de Risco Operacional

• Perdas financeiras Impacto negativo nas receitas ou nos lucros das entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro, devido a um evento de Risco Operacional e que é correta e distintamente identificado.

• Impactos reputacionais Impacto negativo à imagem das entidades pertencentes ao conglomerado financeiro e ao consolidado econômico-financeiro e que afete sua reputação perante os “stakeholders” (clientes, mercado financeiro, órgãos reguladores, fornecedores, acionistas e demais partes relacionadas).

• Impactos Indiretos São impactos negativos de difícil mensuração financeira ou gastos decorrentes de ações tomadas em função de algum evento ocorrido.

Page 29: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

29

Gestão de Capital Estrutura de gerenciamento de capital

Papéis Principais Responsabilidades

Conselho de Administração

e Diretoria

Aprovar a Política de Gerenciamento de Capital; Aprovar o nível aceitável de capital da Instituição; Aprovar o plano de capital da Instituição e determinar quando o plano de

contingência deve ser acionado; Indicar o diretor responsável e definição da estrutura organizacional para

implementação do gerenciamento de capital; e Revisar as políticas e as estratégias para o gerenciamento de capital, bem

como o plano de capital, no mínimo anualmente, de forma a determinar sua compatibilidade com o planejamento estratégico da instituição e com as condições de mercado.

Diretor Estatutário responsável pelo Gerenciamento de Capital

Nomeado pelo Conselho de Administração, tem a função de implantar os controles de gerenciamento de capital;

Cumprir os termos da Política de Gerenciamento de Capital, assim como os demais requerimentos internos e externos aplicáveis ao tema, inclusive aqueles requeridos pelo Comitê de Gerenciamento de Capital; e

Responder aos requerimentos dos Órgãos Reguladores.

Diretoria Executiva De Captação

Diretoria Executiva

Diretoria Controladoria

Conselho de Administra ç ão

Auditoria

Comitê de Gerenciamento

de Capital

Page 30: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

30

Papéis Principais Responsabilidades

Comitê de Gerenciamento de Capital

Assegurar que sejam cumpridas as determinações e objetivos da Política de Gerenciamento de Capital;

Propor alteração e/ou validação de políticas, processos e atividades que envolvam capital e submeter à aprovação da Diretoria e Conselho de Administração;

Definir mecanismos que possibilitem a identificação e avaliação dos riscos relevantes incorridos pela Instituição, inclusive aqueles não cobertos pelo PRE (Patrimônio de Referência Exigido);

Definir as premissas para a elaboração do plano de capital para o horizonte mínimo de três anos, o qual deve abranger todos os itens definidos pelo órgão regulador;

Acompanhar o nível de capital da Instituição; Formalizar e divulgar as decisões tomadas no âmbito do Comitê de

Gerenciamento de Capital; Assegurar a existência de um plano de contingência factível e apropriado às

características e porte da Instituição; e Assegurar a continuidade dos procedimentos e controle do gerenciamento

do capital através da formação de backups das funções estabelecidas nas equipes, garantindo a manutenção dos controles e acompanhamento.

Controladoria

Implementar e monitorar as políticas aprovadas pelo Conselho de Administração, bem como atender às solicitações do Comitê de Gerenciamento de Capital;

Estabelecer e documentar os parâmetros e indicadores de acompanhamento do nível de capital da Instituição;

Elaborar plano de capital com base nas premissas assumidas pelo Comitê de Gerenciamento de Capítal;

Realizar simulações de eventos severos e condições extremas de mercado (testes de estresse) e avaliação de seus impactos no capital;

Elaborar relatórios gerenciais mensais sobre a adequação do capital; e Elaborar relatório, com periodicidade mínima anual, contendo a descrição

da estrutura de gerenciamento de capital, a qual deverá ser evidenciada em relatório de acesso público.

Auditoria Interna

Revisão periódica independente do processo de acompanhamento e monitoramento de capital, como parte dos trabalhos de auditoria interna da Instituição, abordando os seguintes aspectos mínimos: - Revisão das estratégias, políticas e procedimentos; - Revisão da estrutura organizacional da área; - Revisão dos processos de apuração dos níveis de capital; - Revisão dos sistemas de informação e bases de dados utilizados para a

apuração do capital da Instituição e dos níveis mínimos de capital, conforme definições dos órgãos reguladores (integridade e completude dos dados, além das fontes de informação);

- Revisão da razoabilidade das premissas utilizadas no plano de capital; Revisão do Funcionamento e deliberações do Comitê de Gerenciamento de

capital.

Page 31: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

31

Conforme determinado pelo BACEN, as instituições devem manter o controle adequado e permanente de seu capital, definido nos principais normativos que regulamentam o assunto como “Patrimônio de Referência (PR)”, compatível com o nível de suas atividades e representado pelo Patrimônio de Referência Exigido (PRE), sendo que este último é apurado com base no somatório das seguintes parcelas: • Pepr = parcelas de exposições ponderadas pelo risco de crédito; • Pcam = parcelas de exposições ponderadas pelo risco de câmbio; • Pjur = parcelas de exposições ponderadas pelo risco de juros; • Pcom = parcelas de exposições ponderadas pelo risco de commodities; • Pacs = parcelas de exposições ponderadas pelo risco de ações; e • Popr = parcelas de exposições ponderadas pelo risco operacional. O Patrimônio de Referência (PR) do Banco Daycoval, é apurado conforme as definições estabelecidas na Resolução 3477/07 – BACEN, e as tabelas a seguir, apresentam informações quantitativas para os períodos indicados: a) Cálculo do Patrimônio de Referência (PR):

2013 2012 Base de Cálculo (R$ mil) 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim Patrimônio líquido ajustado 2.447.192 2.203.507 2.074.612 2.013.361 2.024.096 Redução das reservas de reavaliação (1.135) (1.185) (1.211) (1.237) (1.263) Redução dos ajustes patrimoniais de títulos e valores mobiliários classificados como disponíveis para venda (6.977) (4.822) (3.804) (1.514) (2.890)

Patrimônio de referência de Nível I 2.439.080 2.197.500 2.069.597 2.010.610 2.019.943 Adição das reservas de reavaliação 1.135 1.185 1.211 1.237 1.263 Adição dos ajustes patrimoniais de títulos e valores mobiliários classificados como disponíveis para venda 6.977 4.822 3.804 1.514 2.890

Patrimônio de referência de Nível II 8.112 6.007 5.015 2.751 4.153 Patrimônio de referência PR 2.447.192 2.203.507 2.074.612 2.013.361 2.024.096 Alocação de capital por nível de risco Risco de crédito (Pepr) 1.023.695 1.015.327 1.011.411 977.372 965.284 Risco de mercado 190.680 239.514 170.096 126.985 85.819 Parcela de câmbio (Pcam) 45.733 70.689 41.452 39.066 0 Parcela de juros pré (Pjur 1) 84.458 84.548 48.811 18.347 19.153 Parcela de cupom cambial (Pjur 2) 45.166 55.921 49.957 44.301 41.209 Parcela de inflação (Pjur 3) 57 126 151 206 228 Parcela de ações 15.266 28.230 29.725 25.065 25.229

Risco operacional (Popr) 158.688 138.276 138.276 121.966 121.966 Patrimônio de referência exigido (PRE) 1.373.063 1.393.117 1.319.783 1.226.323 1.173.069 Parcela referente a risco de taxa de juros de operações não classificadas na carteira de negociação (PBanking) 41.384 35.670 27.614 27.135 33.079

Índice de Basiléia 19,61 17,40 17,29 18,06 18,98

Page 32: Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência · 2016-07-05 · 1 Gestão de Riscos e Patrimônio de Referência (Resolução BACEN nº 3.444/07 e Circular nº 3.477/09) Data base

32

b) Segmentação pelos fatores de ponderação de risco (FPRs), conforme definidos pelos artigos 11 a

15 da Circular 3360/07 = BACEN, para os períodos indicados:

2013 2012 R$ mil FPR 1º Trim 4º Trim 3º Trim 2º Trim 1º Trim Disponibilidades 20,00% 3.978 677 1.502 422 229 Aplicações interfinanceiras de liquidez 35.793 97.335 121.342 134.110 122.464 20,00% 9.140 37.764 17.912 6.150 10.771 50,00% 26.653 59.571 103.430 127.960 111.693 Títulos e valores mobiliários e derivativos 220.783 233.357 182.903 154.759 123.050 20,00% 3.095 64 1.016 1.073 2.338 50,00% 90.356 120.560 120.110 99.230 69.344 100,00% 127.332 112.733 61.777 54.456 51.368 Relações interfinanceiras 113 10.470 161 2.106 2.050 20,00% 113 10.470 161 2.106 2.050 Operações de crédito 6.690.289 6.507.599 6.514.518 6.232.006 6.440.065 75,00% 1.952.731 1.910.274 1.864.196 1.758.175 1.715.352 100,00% 3.332.806 3.501.736 3.656.029 3.692.152 4.061.104 150,00% 93.365 102.328 110.115 118.169 153.729 300,00% 1.311.387 993.261 884.178 663.510 509.880 Outros direitos 100,00% 771.419 823.735 724.445 725.327 624.467 Outros valores e bens 100,00% 248.793 239.549 228.545 213.720 185.094 Permanente 100,00% 188.756 185.235 183.817 180.506 179.205 Compromissos de crédito não canceláveis unilateralmente 145.540 132.571 128.223 124.271 123.871

75,00% 2.022 1.978 1.944 1.970 1.337 100,00% 143.518 130.593 126.279 122.301 122.534 Adiantamentos concedidos pelo Banco Daycoval (ACC / ACE) 100,00% 286.009 306.230 405.510 432.353 374.513

Garantias prestadas 381.848 383.980 407.917 417.403 370.159 20,00% 2.676 9.920 978 3.039 3.090 50,00% 36.728 16.116 40.012 15.254 15.875 75,00% 18.289 23.558 28.121 33.569 39.986 100,00% 324.155 334.386 338.806 365.541 311.208 Créditos tributários 100,00% 332.992 309.508 295.714 268.216 230.135 Operações a liquidar de compra de moeda estrangeira 20,00% - - 49 1 1 Operações a liquidar de venda de moeda estrangeira 20,00% 2 1 3 - 2 Total das exposições ponderadas pelos fatores de riscos - EPR 9.306.315 9.230.247 9.194.649 8.885.200 8.775.305

Valor da parcela Pepr 1.023.695 1.015.327 1.011.411 977.372 965.284