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Órgão oficial de divulgação da Ordem dos Advogados do Brasil . Ponta Grossa . PR Ano V . nº 58 . novembro / dezembro de 2014 Sui Generis Confira a retrospectiva do 2º ano de mandato da OAB Democrática Transparência Subseção encerra caixa com superavit OAB Participativa Responsabilidade Social reúne ações em prol do advogado e da comunidade Dois anos de valorização, defesa e participação do advogado Dois anos de valorização, defesa e participação do advogado Gestão é marcada por lutas e conquistas Gestão é marcada por lutas e conquistas

Gestão é marcada por lutas e conquistasoabpg.org.br/site2/advocatus/ed58/ed58.pdf · Conferencia Estadual dos Advogados realizada em Curi-tiba, no mês de junho. Na ocasião, Schiebelbein

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1NOVembrO / DeZembrO De 2014

Órgão oficial de divulgação da Ordem dos Advogados do brasil . Ponta Grossa . Pr

Ano V . nº 58 . novembro / dezembro de 2014

Sui GenerisConfira a retrospectiva

do 2º ano de mandato da OAB Democrática

TransparênciaSubseção

encerra caixa com superavit

OAB ParticipativaResponsabilidade Social reúne ações em prol do

advogado e da comunidade

Dois anos de valorização, defesa e participação do advogadoDois anos de valorização, defesa e participação do advogado

Gestão é marcada por lutas e conquistas

Gestão é marcada por lutas e conquistas

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Processo de Representação nº 646/2011EMENTA: Captação irregular de clientes. Facilitação do exercício da

profissão a quem não inscrito nos quadros da advocacia. Prestação de contas somente após instauração do procedimento disciplinar. Aplicação de pena de suspensão de 30 dias à representada sem prorrogação.

Julgamento: Unânime – 22.08.2104Relator: Ricardo Antonio Tonin Fronczak – OAB/PR 20.447

Processo de Representação nº 2042/2011EMENTA: Retenção indevida de valores de cliente. Prestação de contas

somente após instauração do procedimento disciplinar. Aplicação de pena de suspensão de 30 dias ao representado sem prorrogação.

Julgamento: Unânime – 18.07.2104Relator: Ricardo Antonio Tonin Fronczak – OAB/PR 20.447

OAB Juris

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Diretoria OABPresidente: Edmilson Rodrigues Schiebelbein OAB/PR 9440Vice-presidente: Carlos Gustavo Horst OAB/PR 33220Secretário Geral: Luis Fernando Lopes de Oliveira OAB/PR 23273Secretária Geral Adjunta: Regina Fatima Wolochn OAB/PR 15158Tesoureira: Dirceia Moreira OAB/PR 15344 Conselho Editorial:

• Ana Paula Parra Leite• Rafaella Martins de Oliveira• Viviane Weingärtner

E estamos chegando ao final de mais um ano de ad-ministração e como já ressaltado pelo nosso Presidente Edmilson Rodrigues Schiebelbein, em edições anteriores, fecharemos com um expressivo valor em caixa, do mesmo modo que ocorreu no ano de 2013. A atual diretoria da Or-dem dos Advogados do Brasil-Subseção de Ponta Grossa manteve neste ano que está se encerrando o propósito de gestão responsável e transparente dos recursos financeiros de nossa Subseção.

É importante ressaltar que justamente esta gestão responsável e transpa-rente possibilitou investimentos significativos para a melhoria da prestação de serviços da subseção, com renovação de computadores, compra de uniformes para nossos colaboradores, móveis, contratação de internet mais potente e, ain-da, investimentos na infraestrutura da subseção que incluiu a sua pintura, reno-vação nos sistema hidráulico e continuidade de investimentos no sistema elétrico, buscando não só preservar o patrimônio dos advogados ponta-grossenses como tornar a sede de nossa subseção um espaço cada vez melhor para o uso dos advogados.

Este ano, assim como foi feito no ano de 2013, houve uma intensa promoção de eventos na subseção, tanto voltados a finalidades ligadas diretamente ao exer-cício da advocacia, de cunho social e, ainda, desenvolvendo-se ações, buscando marcar o papel da advocacia ponta-grossense no desenvolvimento de nossa ci-dade e região.

As nossas contas, publicadas mensalmente em nosso site, inclusive com todos os comprovantes de receitas e despesas, demonstram, ainda, que está havendo um esforço por parte da diretoria no sentido de ampliar as fontes de receitas, não se restringindo, portanto, ao repasse que é feito pela Seccional. É significativo, por exemplo, o aumento de arrecadação que houve com a locação dos espaços da subseção, como a churrasqueira, auditórios e eventos, recursos que praticamente inexistiam antes da atual gestão.

Persistimos, ainda, com o objetivo declarado desde o início desta gestão: a subseção pertence ao advogado, portanto, todas as nossas iniciativas, inclusive as de natureza econômico-financeiras, devem destinar-se a proporcionar melhorias para o exercício da advocacia e para o desenvolvimento profissional e pessoal de nossos advogados. Para cumprirmos este objetivo, e aprimorarmos nossas ações, continuamos contando com a participação de todos os advogados.

Dircéia Moreira, tesoureira da OAB-PG

Palavra da Diretoria

Ordem dos Advogados do Brasil

Subseção de Ponta Grossa | www.oabpg.org.br

Rua Leopoldo Guimarães da Cunha, 510 CEP: 84035-310 - (42) 3028-2313 | 3028-2315

Coordenação Ordem dos Advogados do BrasilSubseção Ponta Grossa

Realização: OAB Ponta GrossaJornalista responsável: Carla Ticiane da Cruz - 10157/PRAssessoria de Comunicação: Mara BraunDiagramação: Flávio H. ChrunImpressão: Gráfica Vila VelhaTiragem: 5200 exemplares

Envio de releases, informações, sugestões de pauta e comentários para [email protected]

Sumário

12

15

OAB PARTICIPATIVA

OAB AGORA

GALERIA OAB

OABPREV

OAB NOTÍCIA

COMISSÕES

6

8

BATE PAPO JURÍDICO

RESENHA

TRANSPARÊNCIA

FÁBULAS

16

26

24

20

18

25

Sum

ário

Sui Generis - 2014: ano de lutas e conquistas em prol do advogado 4

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4 NOVembrO / DeZembrO De 2014

retrospectiva

2014O segundo ano da diretoria da Ordem dos Advogados

do Brasil - Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG), sob a presidência de Edmilson Schiebelbein, foi marcado pela ética e transparência. A gestão ainda engajou várias lutas e conquistas em prol dos advogados e do cidadão visando à democracia.

Em meio à insatisfação e revolta por parte da socie-dade ponta-grossense, a OAB-PG, através de sua Comis-são de Direito Tributário, apontou inconstitucionalidade em leis municipais com cobranças indevidas e abusivas de uma faixa da população. O documento conclusivo foi encaminhado até a Seccional, que ratificou os estudos fei-tos por membros da Comissão e ajuizou ADIs, perante o Tribunal de Justiça do Paraná- TJ-PR.

Na tentativa de por fim a casos envolvendo a captação de clientela nos tabelionatos em benefício de advogados, entre outras irregularidades, a Subseção foi uma das par-ceiras da Seccional, que realizou levantamento em todo Estado para averiguar onde ocorriam tais práticas.

Durante o ano, a entidade ainda se mostrou preocu-pada com questões políticas como quando, recentemen-te, participou da campanha “Eleições Limpas”, visando acabar com a corrupção eleitoral. E, em setembro, reali-zou audiência pública para debater o projeto de lei, que pretende restringir horário de fechamento de bares e similares. Seu posicionamento contrário se deve por en-tender, que a medida não reduzirá a criminalidade e pode abolir o trabalho noturno, além de privar o cidadão de en-tretenimento.

Também esteve em pauta, em 2014, a qualificação profissional. A Subseção se uniu à Escola Superior de Advocacia (ESA) e ofertou 79 cursos presenciais e tele-presenciais para profissionais e acadêmicos de Direito, na própria sede. Outros cursos foram sediados, durante 2014, através das comissões.

Vale ressaltar ainda a participação de Ponta Grossa em eventos jurídicos estaduais e nacionais, como na V Conferencia Estadual dos Advogados realizada em Curi-tiba, no mês de junho. Na ocasião, Schiebelbein foi con-vidado para entregar homenagem ao ex-presidente da OAB Nacional, Roberto Busato. A OAB-PG, representada pelo vice-presidente Carlos Gustavo Horst, também es-teve presente na posse do juiz ponta-grossense, Antônio

Cesar Bochenek, na presidência da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que aconteceu em Brasília.

Fórum TrabalhistaDepois de anos de luta da OAB-PG, juntamente com

outras instituições e entidades, o Fórum Trabalhista foi inaugurado, em maio. Durante a solenidade, o vice-presi-dente da Subseção, Carlos Gustavo Horst, frisou a vinda do juiz Jerônimo Borges Pundek à Comarca, devido a um pedido feito pela Subseção ao Tribunal Regional do Traba-lho, e aproveitou a oportunidade para solicitar a designa-ção de um juiz substituto para cada vara trabalhista.

HomenagensDuas grandes homenagens aconteceram durante o

ano. Uma delas foi feita em fevereiro aos ex-estudantes do curso de Direito da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que completaram 50 anos de formatura. O evento foi realizado no pequeno auditório da institui-ção e contou com parte dos 13 profissionais remanes-centes, da turma composta por 28 alunos. Entre eles, o juiz aposentado João Maria Valentim, que compôs a tur-ma Rui Barbosa de 1959- 1963 e era o orador da época. Os homenageados receberam um certificado simbólico e assistiram uma palestra com o ex-presidente nacional da OAB, Roberto Antônio Busato, que parabenizou a ini-ciativa inédita da diretoria.

Em agosto, a OAB-PG também homenageou o ex--presidente do TED, Joaquim de Alves Quadros, devido a contribuição dada por ele à Seccional pelo período de 15 anos, nas questões éticas e disciplinares, que envolvem a instituição. A homenagem foi realizada em parceria com o presidente da 10ª Turma do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PR, Luiz Fernando Matias.

Lançamento de obrasAssim como no primeiro ano de gestão, em 2014 a

Subseção fomentou a cultura apoiando lançamentos de significativas obras, que foram produzidas para contribuir com o mundo jurídico. Em fevereiro foram lançados Com-petência Cìvel da Justiça Federal e dos Juizados Especiais, de autoria do juiz federal Antônio Cesar Bochenek, em

Sui G

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is

Subseção participou de aproximadamente 50 eventos direta ou indiretamente

Um ano de lutas e conquistas em prol do advogado

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parceria do advogado Vinicius Dalazoana, e Juizados Es-peciais Federais Civeis e Casos Práticos também do juiz federal e do magistrado Márcio Augusto Nascimento.

Em abril, a juíza da Vara de Família, Denise Comel, lan-çou o livro Manual Prática da Vara dos Registros Públicos, e, dias após, a magistrada lançou “Novo Código de Nor-mas de Foro Extrajudicial: O que Muda: Análise Compara-tiva com as Normas Revogadas”.

Constitucionalismo em Mutação - Reflexões sobre as influências do neoconstitucionalismo e da globalização jurídica, de Kleber Cazzaro, foi uma das atrações do Sim-pósio Jurídico Internacional com Conferência em Trilogia, realizado no Cine Teatro Pax, em maio. Em setembro, aconteceu o lançamento da obra “Reflexões Teóricas so-bre o Direito Material e Processual”, também de Cazzaro, durante V Simpósio Jurídico dos Campos Gerais, no Cine Teatro Pax.

PalestrasAs mudanças no Paraná em relação ao recolhi-

mento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) abriu o leque de palestras realizadas na sede da OAB-PG, esse ano. Em fevereiro, Antônio Jair dos Santos e Michel Jorge Samaha, que são profis-sionais da área, compartilharam com os participantes informações, que vão exigir adaptações dos empresá-rios, principalmente do ramo de supermercado.

O professor e doutor, Eduardo de Oliveira Leite este-ve em Ponta Grossa, em abril, para debater a “Alienação Parental”, que se refere a uma forma grave de abuso co-metido contra o menor.

A Precificação dos Honorários Advocatícios, que é uma das bandeiras da Ordem, foi tema de palestra mi-nistrada pela escritora Beatriz Machnick, autora do li-vro Honorários Advocatícios, Diretrizes e Estratégias na Formação de Preços para Consultoria e Contencioso. O evento aconteceu em maio.

Em setembro, o professor Carlyle Popp, da Pontífica Universidade Católica do Paraná- PUCPR, ministrou pa-lestra com base em diversos temas polêmicos do pro-cesso civil com reflexos do Direito Material.

Congressos jurídicosVisando a importância dos eventos jurídicos para os

profissionais experientes ou recém-formados e para os acadêmicos de Direito, a Ordem não poderia deixar de apóiá--los. São congressos, simpósios, ciclos de palestras, que contri-buem com a formação continua do advogado e dos demais par-ticipantes, para que enfrentem o mercado de trabalho. Durante 2014, foram quatro realizados, sendo eles: Simpósio Jurídico

Internacional, promovido pela UEPG, com apoios das Faculdades União, Secal, Cescage e Faculdade de Jagua-riaíva; Aula Inaugural do curso de Direito da UEPG; V Simpósio Jurídico dos Campos Gerais e o VIII Congresso Jurídico da Faculdade União; I Ciclo de Palestras Jurídicas do CESCAGE (Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais).

Dia da MulherO dia da mulher foi lembrado e comemorado pela

OAB-PG, que promoveu um Happy Hour para advoga-das, promotoras, juízas e demais operadoras do Direi-to. Aproximadamente 100 convidadas prestigiaram o evento, que contou com comida de boteco, bebida de qualidade e entretenimento. Foram várias surpresas do início ao fim dos comemorativos. As mulheres ainda participaram do sorteio de brindes e assistiram a um breve “bate papo” com a especialista em sexualidade Helen Machado e a diretora de comércio da Acipg, Flá-via Barrichelo, que falaram sobre empreendedorismo e sensualidade.

Dia do advogadoCentenas de profissionais e seus familiares participa-

ram do tradicional almoço em comemoração ao Dia do Advogado, promovido pela Subseção. O evento foi re-alizado em agosto, na sede da AABB, em Uvaranas. Os participantes puderam confraternizar entre os colegas e saborear uma feijoada ao som do grupo Novos Malan-dros. No local, ainda houve venda de doces em prol da Associação de Proteção à Maternidade, Infância e Família (APMIF) João Maria e arrecadação de brinquedos para a campanha “Dia da Criança mais Feliz”.

Demais eventosAo total, a OAB-PG participou direta ou indiretamen-

te de aproximadamente 50 eventos, sendo mais da me-tade realizados na própria sede. Entidades e instituições utilizaram o auditório para realizar audiências públicas, fóruns, debates. Entre eles podem ser citados o Fórum Permanente de Cultura da Paz, Seminário Paranaense de Estudos da Paz, Fórum de Segurança Pública, que reuniu lideranças e a sociedade em geral.

O local ainda foi cenário das comissões para a re-alização de cursos, como de Capacitação de Agentes

para o Público LGBT, visando o fim do preconceito sexual. Na sede, paralelo aos eventos, também aconteceram diver-sas reuniões mensais entre a diretoria ou membros das comissões para discutir ques-tões de interesse à classe e a sociedade em geral.

Sui Generis

Um ano de lutas e conquistas em prol do advogado

Subseção demonstrou preocupação política,

se engajando em campanhas eleitorais

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6 NOVembrO / DeZembrO De 2014 RET

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OAB-PG priorizaparticipação em ações sociais

OAB

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ativ

a

Desde o início do mandato dessa gestão, os projetos sociais da Ordem dos Advogados do Brasil - Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG) ganharam fôlego, e, em 2014, foram intensificados com ações, que levaram a

instituição ao recebimento do Selo Social.Essa foi a maior constatação de que a Subseção está preocupada com

seu quadro funcional, desenvolvendo ações em benefícios de seus colabora-dores, e de que está interligada com a comunidade em geral participando de projetos de cunho social.

“Essas ações são de suma importância, pois representam a inclusão da OAB dentro dos seus objetivos precípuos de justiça e cidadania ao alcance de todos”, avalia o responsável pelos projetos sociais da Subseção, José Luiz T. Mulller de Paula.

Depois de nove anos, Subseção

volta a receber o Selo Social

Dia das criançasNo dia 12 de outubro, durante a festa em comemora-

ção ao Dia das Crianças, que aconteceu no Parque Am-biental, a OAB-PG fez a entrega de aproximadamente 100 brinquedos a menores carentes, através do Serviço de Obras Sociais (SOS). A doação foi possível devido à cam-panha de arrecadação de brinquedos realizada durante o tradicional almoço do Dia do Advogado.

Palestra beneficente Em abril, a Associação Assistencial Espírita Messe de

Amor promoveu uma palestra show beneficente, com o apoio da OAB-PG, que aconteceu na sede da Ordem. Lu-ciana Worms contou a história do Brasil do século XX e cantou músicas populares, que retrataram cada período narrado, com acompanhamento de violão e bandolim. O valor arrecado com os ingressos foi revertido para a re-forma de salas de aula da Associação.

Projeto OAB Recicla OAB Recicla, intensificado durante 2014, foi criado pela

Comissão de Meio Ambiente com o intuito de contribuir com o bem estar social através da preservação da natu-reza. No projeto, os advogados dão outro fim a resíduos eletrônicos produzidos em seus respectivos locais de tra-balho. Ao invés de irem para o lixo, materiais como monito-res, teclados, pcs, mouses entre outros são coletados pela empresa “Sem Resíduos”, que lhes dá destinação adequa-da. Cada aparelho eletrônico entregue é trocado por um cobertor, que, posteriormente, é doado para entidades assistenciais. O projeto deverá ser ampliado, no próximo ano, para que a comunidade em geral possa participar.

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Daniel Prochalski, Carlos Gustavo Horst, Luciana Worms, Giovanna Paola Primor Ribas, Edmilson Schiebelbein e Wagner Staroi

Brinquedos sendo entregues ao Serviço de Obras Sociais (SOS)

Resíduos eletrônicos coletados no projeto

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7NOVembrO / DeZembrO De 2014RET

RO

SPEC

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OAB Participativa

CampanhasA campanha de vacinação antigripal 2014, que aconte-

ceu na OAB-PG em abril, atingiu dezenas de profissionais. A iniciativa, da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA--PR), ofereceu vacinas com preços mais baixos que do mercado para advogados e dependentes estatutários. A promoção foi possível porque a entidade subsidiou parte do valor de cada dose.

Os associados da Subseção também puderam se pre-venir contra o HPV (vírus do papiloma humano), recebendo as vacinas quadrivalente ou bivalente. A campanha, tam-bém de iniciativa da CAA-PR, ofereceu a proteção com va-lores abaixo do mercado.

Serviços e Cidadania A OAB-PG em parceria com o Instituto GRPCOM desen-

volveu o projeto Serviços e Cidadania, no dia 30 de outu-bro, na sede da Ordem. A iniciativa consistiu na realização do Ciclo Estadual de Palestras, ministrado pelo advogado Leandro Marins de Souza, que preside a Comissão de Direi-to do Terceiro Setor da Ordem dos Advogados do Paraná (OAB/PR). O profissional apresentou a Lei nº 13.019/2014, que estabelece novas diretrizes para o terceiro setor, que é um Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil. Entidades, advogados e estudantes participaram do evento.

Comunidade Sabida Durante o ano, a OAB-PG também se integrou ao pro-

jeto Comunidade Sabida, da acadêmica Bruna Lerm. A ini-ciativa visa resgatar costumes morais e fundamentais para o progresso social na cidade e trazer soluções alternativas para áreas distintas, com a participação de diversos pro-fissionais. O projeto conta exclusivamente com a colabo-ração de voluntários e será realizada mensalmente em bairros distintos de Ponta Grossa. A primeira edição deve acontecer no início de 2015, na Creche Martinho Lutero, do bairro Santa Mônica. Advogados passarão o dia pres-tando assistência jurídica à população, em todas as áreas do Direito.

Merelyn Cam

argoM

erelyn Camargo

Mara Braun

Parte do valor de cada dose foi subsidiada pela CAA-PR

Advogado Leandro Marins de Souza palestrando para centenas de empresários, advogados e acadêmicos

Caminhada integra Novembro AzulNo dia 15 de novembro dezenas de advogados e cola-

boradores participaram da Caminhada, promovida pela Or-dem dos Advogados do Brasil-Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG). Os participantes saíram da sede da Ordem e se-guiram até o Terminal Central. Na ocasião, também houve arrecadação de panetones para doar ao “Natal Sem Fome”, do SOS. A iniciativa integrou a campanha Novembro Azul, aderida pela Subseção, que tem como objetivo alertar so-bre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata.

Merelyn Cam

argo

Advogados e colaboradores da OAB-PG participaram da caminhada

Reunião que definiu questões referentes ao projeto

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8 NOVembrO / DeZembrO De 2014

OAB

Agor

a

Professores e agentes da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG) se reuniram com a diretoria e

com os integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Bra-sil - Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG) para solicitar ajuda da instituição na colocação de grades nas salas da escola interna - Prof. Odair Pasqualini Diretor - CEEBJA. Os funcionários paralisaram as au-las em agosto deste ano e não re-tomaram as atividades temendo a segurança no local, devido à onda de rebeliões que assola o Estado.

A reunião, que aconteceu no dia 21 de outubro na sede da Ordem, teve um breve relato, explanado pelo sr. Marcos Lemes de Oliveira – diretor da escola. Ele resumiu a trajetória da instituição de ensino, desde sua implanta-ção em 2004, destacando a importância de seu funcio-namento para a resocialização dos presos, considerando o expressivo número de alunos atendidos (260 detentos em regime fechado e 120 no semi-aberto). Em seguida, informou a condição imposta pelos servidores de ambos os regimes, que visa melhorar as medidas de segurança dos envolvidos no processo educacional. “A medida vai em sentido contrário ao do tratamento penal e da re-socialização, mas segurança vem em primeiro lugar, e o atendimento da escola só voltará a acontecer mediante a instalação das grades”, afirmou Marcos.

Atualmente, o sistema educacional da PEPG não se distingue do modelo de ensino convencional, onde pro-fessores e alunos têm contato direto. Além de Ponta

Grossa, das unidades prisionais do Estado, apenas Gua-rapuava funciona nos mesmos moldes. Para que o proje-to seja colocado em pratica será necessário investimento

total de R$23 mil reais. O Estado já se posicionou em relação à so-licitação local e informou que não tem condição financeira de arcar com esse montante.

O presidente da OAB-PG, Ed-milson Schiebelbein, explicou que esse dinheiro não pode ser oriun-do do caixa da Subseção. Porém, propôs aos demais participantes

outros meios de angariar fundos. “Podemos fazer eventos como palestras e debates e destinar a renda dos mesmos para esse fim. Considerando que o trabalho educacional realizado na unidade prisional é de suma importância no processo de ressocialização dos detentos e não pode fi-car parado”, destaca.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PG João Maria de Goes, e o representante da Sub-seção no Conselho de Segurança, Pedro Hilgenberg, também participaram da reunião e informaram que vão encaminhar o projeto da Penitenciária às entidades e ins-tituições com intuito de conseguir parceiros para levantar a verba. “Vamos marcar reunião com os Conselhos da Co-munidade e de Segurança para averiguar a possibilidade de parcerias pública ou privada”, ressaltou Hilgenberg. “A OAB tem o papel social de ajudar nessas situações e nós como Comissão de Direitos Humanos não podemos fechar os olhos para esse problema, que envolve os pre-sos”, finalizou Goes.

OAB-PG não mede esforços para o retorno das aulas na Penitenciária

Aulas só serão retomadas com a instalação

de grades nas salas

Carla Ticiane

Reunião aconteceu na sede da Ordem com a participa-ção da Diretoria da OAB-PG e representantes da PEPG

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OAB Agora

O não comparecimento do juiz Pedro Henrique Betio -titular do 1º Juizado Especial Cível, Criminal e da Fa-

zenda Pública da Comarca de Ponta Grossa- em uma audi-ência de conciliação, instrução e julgamento, realizada no dia 11 de março de 2014, foi parar na Câmara de Direitos e Prerrogativas, da Ordem dos Advogados do Brasil- Sec-cional do Paraná. O advogado Vitor Hugo Bueno Fogaça requereu providências e desagravo público pela falta do magistrado, que teria acompanhado os trabalhos de seu gabinete, de onde se comunicava por telefone com o ser-ventuário presente no local, a quem repassava suas deci-sões.

Segundo o advogado, seu requerimento de depoimen-to pessoal da parte contrária foi indeferido pelo juiz, por telefone, sem qualquer fundamentação no momento da audiência, o que impossibilitou qualquer argumentação com o magistrado em relação à negati-va da oitiva das testemunhas.

Notificado pela OAB-PR para apre-sentar informações, o magistrado se defendeu considerando que o ocorri-do não é caso de desagravo público, já que em momento algum teria ofendido o advogado em questão. Ele explicou que não costuma comparecer ao início das audiências de instrução e julga-mento, cabendo ao servidor do cartó-rio adotar as “providências rotineiras” iniciais, como identificação das partes e tomada a termo dos requerimentos e manifestações dos advogados.

O juiz ainda explicou que tomou ciência das manifesta-ções e requerimentos e “os decido imediatamente, lançan-do minha decisão diretamente na ata de audiência, além de repassar instruções breves por telefone ao servidor, se necessário”. Só nos casos em que há produção de prova oral é que o magistrado comparece à sala de audiências. “Nas audiências em que não há prova a ser produzida e não há outras questões a serem resolvidas, como em ca-sos de julgamento antecipado, realmente não chego a me deslocar até a sala de audiências por não haver necessida-de”, esclareceu.

Diante da argumentação de Betio, a comissão da Câ-mara de Direitos e Prerrogativas emitiu o parecer. O pedi-do de desagravo público foi indeferido, pois foi identificada inexistência de ofensa ao advogado. No entanto, por una-nimidade, os integrantes entenderam que ocorreu viola-ção ao art. 446 do Código de Processo Civil, com prejuízo à atividade da advocacia. “O magistrado reconheceu que efetivamente não compareceu à sala de audiências no dia

em que lá se encontrava o requerente, e tampouco negou que tenha comunicado sua decisão a respeito da produ-ção de prova oral por telefone”, “ creio, contudo, que o não comparecimento do magistrado à audiência de instrução e julgamento viola a norma, que atribui ao magistrado, não ao servidores do cartório, a competência para “dirigir os trabalhos da audiência” e para “proceder direta e pessoal-mente à colheita das provas”, defenderam os integrantes da comissão.

O membros ainda reforçaram a importância da presen-ça dos magistrados nas audiências de instrução e julgamen-to e o prejuízo que o não comparecimento significa para o exercício da advocacia. “Ainda que imbuído da boa intenção de gerir com mais eficiência o tempo dedicado aos seus pro-cessos, é inegável que a ausência do magistrado à audiência de instrução e julgamento acabou por frustrar a oralidade

pretendida pelo legislador, eis que não foi possível ao Requerente deduzir ao juiz da causa, no momento da audiên-cia, as razões pelas quais defendia o de-ferimento do depoimento pessoal que havia requerido. Se o Requerente não fez constar em ata seu desejo de dedu-zir oralmente suas razões, isso prova-velmente ocorreu em virtude da ausên-cia do magistrado, parece evidente”, complementaram os integrantes.

O próximo passo da comissão será encaminhar um ofício ao magistrado titular instando-o a comparecer pessoalmente às audiências de instrução e jul-gamento. Posteriormente, a OAB-PR oficiará a Corregedo-ria-Geral de Justiça para que adote as providências cabíveis.

Magistrado discorda de parecerO juiz Pedro Henrique Betio foi procurado pela revista

Advocatus para comentar a decisão. Segundo ele, a ale-gação não tem cabimento. “Causa estranheza que a OAB tenha acolhido a manifestação do advogado sem se certifi-car a procedência das acusações”, considera.

Ele reforçou a explicação já emitida à Seccional infor-mando que quando as partes não têm provas a serem ou-vidas, o deslocamento até a sala de audiência não é feito, já que o processo sobe para sentença. “Mas estou presente em todas e vou continuar sempre presente. É diferente de eu não estar no fórum ou em outro lugar”, informou. “Nesse caso em específico, o advogado fez requerimento, que não subi para apreciar. Mas se ele quisesse minha presença era só solicitar, pois não fui porque não tinha prova e testemu-nha, nem reclamação da parte dele”, destacou.

Juiz deve participar de audiênciasMagistrado foi notificado por violar artigo da Constituição Federal

Caso será oficiado à

Corregedoria-Geral de Justiça para que

adote as providências cabíveis

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10 NOVembrO / DeZembrO De 2014

OAB

Agor

a

A Ordem dos Advogados do Brasil-Seccional do Para-ná ajuizou as ações diretas de inconstitucionalidades

(ADIs) em relações às leis 11.637/2013 e 11.644/13, que tratam da taxa de lixo e do aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), respectivamente. Ambas foram aprovadas pela Câmara Municipal de Ponta Grossa, em dezembro de 2013.

O presidente da Comissão de Direito Tributário da Subseção, Daniel Prochalski, explicou que antes de decidir sobre o pedido de liminar para suspender as cobranças, os relatores determinaram a intimação do legislativo, por meio do seu presidente, para prestar informações e a ma-nifestação da Procuradoria Geral do Estado do Paraná e da Procuradoria-Geral de Justiça.

“Na ADI contra a Lei do IPTU já houve a manifestação da Câmara de Ponta Grossa. Na ADI da taxa de lixo, nenhu-ma manifestação foi juntada ainda, o que deve ocorrer nos próximos dias. Além da manifestação do legislativo, ainda faltam os posicionamentos do Procurador Geral de Justiça e do Procurador Geral do Estado. Após as manifestações, o relator apreciará o pedido de liminar, onde a OAB-PR pe-diu para suspender a aplicação das leis”, esclareceu.

A expectativa da comissão é de que as liminares se-jam concedidas em dezembro. “Pois não faltam bons ar-gumentos para isso, mas temos que esperar para ver qual será o entendimento dos relatores em cada ação”, com-plementou.

A Comissão de Direito Tributário da OAB-PG também conduziu estudos para analisar aspectos jurídicos das recentes leis nº 11.958/2014 e 11.959/2014, que, respectivamente, instituíram a “taxa de combate a incêndios” e alteraram a lei nº 8.787/2006, que trata do Funrebom (Fundo Municipal de Reequipamento do Grupamento do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Es-tado do Paraná sediado em Ponta Grossa. Após as análises, os membros concluíram que ambas as leis são insconstitucionais.

Segundo o parecer, sobre a lei 11.958/2014, ao reinstituir a taxa de combate a incêndios, mediante alterações de dispositivos do Código Tributário Municipal, a lei nº 6.857/2001 invadiu a competência estadual, conforme se observa nos arts. 42 e 144, § 6º da CF/88, bem como do art. 45 da Constituição do Estado do Paraná.

Por consequência, as leis nº 8.787/2006 e 11.959/2014, que tratam do fundo que receberá estas receitas, o Funrebom, também padecem do vício da inconstitucionalidade. O presidente da comissão, Prochalski, explica que a falta de legitimidade da nova “taxa” municipal fica mais visível quando é analisada o próprio Código Tributário Municipal -lei nº 6.857/2001.

“Ao incluir o inciso V neste dispositivo, a lei nº 11.958/2014 provocou uma verdadeira antinomia no próprio sistema tributário municipal, pois o serviço de combate a incêndio, embora seja específico e divisível, não é prestado ou posto à disposição pela Prefeitura, uma vez que esta atividade é desempenhada pelo Estado do Paraná. Se o município não tem competência para prestar o serviço, não o presta e também não pode instituir a taxa. A natureza jurídica do tributo municipal e a espécie têm que ser forçosamente outra”, esclareceu.

A Subseção encaminhou à Prefeitura um ofício solicitando uma reunião entre o Prefeito e representantes da Subseção para que o projeto de lei seja apresentado e a taxa de incêndio revogada. “Nós revimos a questão e decidimos que a Subseção é quem vai ajuizar a ADI, pois o TJ-PR já aceitou isso em relação à anterior taxa de incêndio (taxa de sinistro)”, complementou.

A Comissão de Direito Tributário da OAB-PG conduziu estudos para avaliar a legalidade das al-terações feitas pela Prefeitura, referente às legisla-ções –IPTU e taxa de lLixo- e apontou inconstitu-cionalidade em ambas as leis. Os resultados foram entregues à Seccional, que ratificou o parecer da Subseção. A OAB-PR reconheceu que houve viola-ção à espécie tributária na taxa de remuneração de serviço público geral e indivisível, regressividade e ofensa ao princípio da isonomia tributária. Além de inconstitucionalidade da base de calculo eleita para a taxa de coleta de lixo, entre outras ilegalidades.

Diante disso, ajuizou ações perante o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) requerendo a conces-são de medida liminar, para suspender a eficácia das leis, ou seja, a cobrança com base nas mesmas, até que seja proferida a decisão definitiva.

Se as ações forem julgadas procedentes, os contribuintes terão o direito de não pagar mais a taxa de lixo e o IPTU, conforme as respectivas re-gras. Aqueles que já recolheram poderão ter direito à restituição dos valores pagos nos últimos cinco anos da data da decisão, acrescidos de juros e cor-reção monetária, salvo para aquelas decisões que o TJ-PR entender que os efeitos deverão ser produzi-dos apenas para o futuro.

ADIs são ajuizadas perante o TJ-PR

Lei que institui taxa de Incêndio também é inconstitucional

Entenda o caso

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11NOVembrO / DeZembrO De 2014

OAB Agora

Conselho encerra ano com metas cumpridas

O Conselho de Ética da Ordem dos Advogados do Bra-sil- Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG) encerra o

ano com 386 processos em andamento. De outubro à janeiro, foram protocoladas 104 representações, 95 pa-receres foram recebidos e 58 arquivados por razões di-versas. Em relação à movimentação do cartório, foram enviados 726 ofícios. Durante o ano, também foram rea-lizadas reuniões periódicas, sempre na última sexta-feira do mês, além das audiências, que cada conselheiro faz para instruir os processos em trâmite.

De acordo com o conselheiro coordenador do setor de processo disciplinar, Eddy Dals-soto, a gestão está fechando esse segundo ano de mandato com as metas cumpridas e de forma exemplar se comparada às demais Subseções. “As metas fixadas para o conselho são sempre julgar os processos mais antigos de modo a fazer com que as infrações sejam verificadas em tempo hábil, o que temos conseguido realizar com su-cesso”, destacou.

O profissional explica que a fun-ção do Conselho de Ética é verifi-car as representações realizadas contra os advogados, ou seja, apurar as faltas éticas disciplinares que esses profis-sionais eventualmente tenham praticado no exercício da advocacia. Das representações que atualmente chegam para análise, parte é fruto de um desentendimento na re-lação advogado/cliente e outros casos são ofícios de ór-gãos do Judiciário, Ministério Público e órgãos de classe. “A nossa atuação tem aumentado bastante, pois antes a função do Conselho não era tão conhecida. Agora é mais divulgada”, complementou.

Metas para 2015Além das metas fixadas pela Seccional em relação aos

processos mais antigos, para 2015 o Conselho de Pon-ta Grossa será o primeiro do interior do Paraná a passar pelo processo de informatização. “Graças ao bom desen-volvimento da Subseção de Ponta Grossa existe o apoio e o compromisso do Dr. Cassio Lisandro Telles, vice-pre-sidente da OAB-PR, para informatizar o sistema, de modo

que a meta particular do Conselho de Ponta Grossa será transformar os processos em digitais, a exemplo do que ocorre no judiciário”, esclareceu.

Processos de PG são julgados na 10ª TurmaTodos os processos provenientes da 5ª Região, que

abrange Ponta Grossa e a área territorial das Subseções de Castro, Francisco Beltrão, Guarapuava, Irati, Palmas, Pato Branco, Pitanga, Prudentópolis, Telêmaco Borba e União da Vitória são de competência da 10ª Turma do TED, que, durante 2014, julgou inúmeros processos anti-

gos –instaurados em 2009 e anos anteriores-, que estavam enqua-drados na meta 1 da Corregedoria Nacional da OAB. Para o próximo ano, está estabelecida a meta 2, determinando que os processos instaurados em 2010 sejam julga-dos até 31 de julho de 2015.

Das infrações, três foram mais frequentes nos julgamentos, tais como as inseridas nos incisos IV, XX e XXI do art. 34 do Estatuto da Advocacia e da OAB: IV – angariar ou captar causas, com ou sem a

intervenção de terceiros; XX – locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; XXI – recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele.

Segundo informou o presidente da 10ª turma do TED, Luis Fernando Matias, os profissionais infratores recebem sanções disciplinares previstas no art. 35 do Estatuto da Advocacia e da OAB como censura, suspensão, exclusão e multa.

“Para o caso da infração tipificada no inciso IV, an-teriormente mencionado, a pena é de censura. A sus-pensão é aplicável nos casos de infrações definidas nos incisos XVII a XXV do art. 34 e reincidência em infração disciplinar. Já a exclusão aplicável nos casos de aplicação, por três vezes, de suspensão e pelo cometimento das in-frações definidas nos incisos XXVI a XXVIII do art. 34, por imposição do art. 37 do EAOAB”, explicou.

Processos do Conselho

passarão por processo de

informatização

Processos mais antigos foram julgados e infrações verificadas em tempo hábil

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12 NOVembrO / DeZembrO De 2014

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Subseção de Ponta Grossa, Edmilson Schibelbein, rece-beu no dia 6 de novembro, o Título de Cidadão Honorá-rio, entregue pelo vereador José Nilson Ribeiro (Nilsão). A honraria se deve aos relevantes serviços prestados à cidade, tanto como advogado, Procurador do Trabalho e presidente da OAB-PG. Após a entrega, foi realizado um jantar na sede da Ordem, oferecido por alguns sindicatos da cidade.

A Jornada Jurídica em Trilogia: Direito Constitucio-nal em Foco foi realizada no dia 4 de dezembro, na sede da OAB-PG. A programação envolveu palestran-tes de renome no meio jurídico como o mestre e dou-tor em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lenio Luiz Streck, o mestre e doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP, Luiz Alberto David Araújo e Fernando Facury Scaff, também mes-tre e doutor, e que atualmente é professor da Facul-dade de Direito da Universidade de São Paulo, e da Universidade Federal do Pará. Os profissionais abor-daram os temas: Hermenêutica Constitucional em Evolução; a Proteção Constitucional da Pessoa com Deficiência; e Impasses Fiscais e Financeiros no Brasil Atual, respectivamente. A realização foi do Departa-mento de Direito Processual/Setor de Ciências Jurídi-cas (Secijur) da UEPG, em parceria com a Comissão do Acadêmico de Direito (OAB-PG), Unopar, Cescage, Secal, FAJAR-ULT, Escola da Magistratura do Paraná – Núcleo de Ponta Grossa (EMPG), e das Faculdades de Direito de Jaguariaíva e de Telêmaco Borba (PR).

Desde o dia 30 de outubro, a Subseção de Ponta Grossa passa a contar com a Comissão de Direito à Saú-de, que teve sua primeira reunião realizada na mesma data. Na ocasião, profissionais da saúde, integrantes do Direito e membros da nova comissão estabeleceram algumas diretrizes, que serão elencadas pelo grupo durante o restante do ano e em 2015.

No dia 17 de novembro, ocorreu a segunda reunião juntamente com o promotor de Saúde, em Ponta Gros-sa, onde foram discutidos assuntos como os contratos de prestação de serviços do CAS entre outras pautas importantes para toda a comunidade. A Comissão é presidida pela advogada Silvia FIlipaki Biscaia, Consuelo Salamacha é a vice e Bruno Guilherme Schradzki secretário.

Presidente da Subseção recebe Títuto de Cidadão Honorário

Jornada em Trilogia reuniu palestrantes de renome no meio Jurídico

Comissão de Direito à Saúde é instaurada na Subseção

OAB

Not

ícia

Primeira reunião aconteceu na sede da Ordem, com os membros da Comissão

Presidente da OAB-PG, Edmilson Schiebelbein, com os vereadores José Nilson Ribeiro e Pietro Arnauld

Merelyn Cam

argo

Divulgação

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13NOVembrO / DeZembrO De 2014

O ex-presidente da OAB Ponta Grossa, Luis Alberto Kubaski, teve sua foto inaugurada na Galeria de Presi-dentes da subseção, durante cerimônia realizada em 9 de outubro. O profissional agradeceu a presença de todos os amigos e membros da atual e antiga gestão e ressaltou a importância da honraria. “Que esse retrato não seja apenas mais um retrato, mas que represente a história, dedicação e um momento da Ordem. Nele também estão estampados todos os votos dos que tra-balharam junto conosco e dos advogados que partici-param em nossa gestão, além de toda advocacia e da comunidade ponta-grossense. Isto significa que sem a colaboração e participação dos demais não é possível fazer uma gestão”, destacou.

A Ordem dos Advogados do Brasil-Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG) foi sede de um encontro do Tribunal de Justiça do Paraná - TJ/PR, que reuniu servidores e juízes de primeiro grau de toda a região dos Campos Gerais, para a realização de uma das etapas de seu planejamento estraté-gico para 2015 - 2020.

A ação inédita no estado e também no poder judiciário objetiva levantar informações que vão integrar a chamada “ANÁLISE SWOT” - estratégia que visa levantar os pontos for-tes, as fraquezas, as oportunidades e as ameaças do poder judiciário. A iniciativa tem os moldes da já desenvolvida pela FIEP - Federação das Industrias do Paraná e compõe diver-sas etapas. Uma delas, que foi realizada na OAB/PG, e deve acontecer em outras cidades do Paraná, é ouvir o público interno por meio de grupos de trabalho, que irão levantar informações de todas as unidades do judiciário para compor o planejamento estratégico.

A Ordem dos Advogados do Brasil- Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG) e a Seccional do Paraná homenagearam o advogado e conselheiro estadual, Hélcio Orane, que morreu em 12 de março de 2014, aos 57 anos, decorrente de compli-cações cirúrgicas, deixando esposa e três filhos. O profissional, formado em Direito pela UEPG em 1981, teve sua carreira pro-fissional relembrada pelo amigo e ex-pre-sidente da Subseção, Luis Alberto Kubaski. Já o presidente da Seccional, Juliano Breda, enalteceu os momentos de Hélcio no Conselho Estadual da OAB-PR, junto aos demais integrantes, e destacou os

exemplos de ética e de amor à instituição, os quais ti-nha Orane. A homenagem aconteceu na sede da Sub-seção no dia 9 de outubro e contou com a presença de amigos e familiares.

Ex-presidente da Subseção ganha foto em galeria

TJ/PR começa seu planejamento estratégico em todo o estado

OAB-PG e Seccional homenageiam Orane

OAB Notícia

Inauguração da foto contou com a presença da diretoria da Seccional

Reunião com integrantes do TJ-PR aconteceu na sede da Subseção

Filhos e viúva do advogado Helcio Orane

Edison Luis

Edison Luis

Mara Braun

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14 NOVembrO / DeZembrO De 2014

OAB

Not

ícia

s

A OAB - Subseção Ponta Grossa foi instada a se posicionar acerca de decisão proferida pela magistrada da 1ª Vara Cível desta Comarca, a qual negou o pedido de destacamento dos honorários advocatícios contratuais efetuados por uma advo-gada, sob o argumento de que à relação advogado x cliente aplica-se o CDC - Código de Defesa do Consumidor e que o recebimento de honorários de sucumbência cumulado com contratuais configuraria “bis in idem”.

Diante de tal afronta à prerrogativa estabelecida no artigo 22, parágrafo 4º, do Estatuto da Ordem, a OAB – PG interpôs, na qualidade de assistente, agravo de instrumento contra a referida decisão, estando o recurso aguardando julgamento no Tribunal de Justiça do Paraná.

A Subseção conclama todos os advogados que tiverem seus direitos violados por quaisquer decisões e/ou atitudes proferidas por qualquer autoridade, no âmbito de sua com-petência, que comuniquem a Ordem, a qual tomará todas as medidas cabíveis, sejam elas judiciais ou extrajudiciais. De acordo com o vice-presidente da OAB – PG, Carlos Gustavo Horst, a atual diretoria trabalha e continuará trabalhando na defesa, valorização e participação dos advogados, intervindo em qualquer situação que ofenda as prerrogativas da classe. “Em assim agindo, a Ordem cumpre com o seu dever institu-cional de promover a defesa do advogado” destacou Horst.

O salão da Ordem dos Advogados do Brasil-Subseção de Ponta Grossa (OAB-PG) se transformará em “Espaço Cultural”. O local está passando por uma reforma e ganhará novo sistema de iluminação. As paredes e forros contarão com modernos acabamentos. Os eventos, que acontecerão no espaço, passarão a dividir o ambiente com paineis, quadros e esculturas.

A iniciativa tem como finalidade propiciar o acesso da comuni-dade à um ambiente cultural inovador na cidade. O curador do local será o advogado Celso Parubocz, que fechou parce-ria com a OAB-PG. O primeiro evento, que também marcará o lançamento do “Espaço Cultural”, acontecerá no dia 15 de dezembro, às 20:00 horas. As pinturas serão de Celso Parubocz, as esculturas de Luiz Gagliastri e as joias de Nanda Ga-gliastri. Devido ao recesso de final de ano, a exposição fechará em 18 de dezembro, mas reabrirá dia 12 de janeiro de 2015.

No dia 25 de novembro, 33 novos advogados prestaram juramento e receberam as credenciais profissionais, duran-te cerimônia realizada na sede da OAB-PG, que contou com a presença de amigos e familiares. Durante o ano, foram quatro solenidades e 124 novos advogados, que prestaram compromisso. Aprovado no primeiro exame da Ordem desse ano, Marcos Rodrigo Guarneri atribui a conquista à muito esforço e dedicação. “É um concurso difícil, que não é para qualquer um. Estudei muito para chegar até aqui”, considera. Para Homero Alves da Silva, de 49 anos, a sen-sação é a mesma de vitória. “Ter a aprovação foi uma das melhores coisas da minha vida. O juramento então é pura emoção. Você vê se concretizando todos os anos de facul-dade, é uma coroação”, avalia.

De acordo com o vice-presidente da OAB-PG, Carlos Gustavo Horst, esse momento é muito significativo na vida dos novos advogados e de seus respectivos familiares. “A partir de hoje, os senhores passam a integrar uma das maiores entidade desse país. A partir de hoje, os senhores têm o poder de representar aqueles que não têm voz, o dever e missão de defender a Constituição Federal, a res-ponsabilidade de resolver os problemas que forem apre-sentados por aqueles que por si não conseguiram resolver”, destacou.

Subseção age em favor das prerrogativas do advogado

OAB-PG ganhará “Espaço Cultural”

Mais de 120 advogados prestaram juramento em 2014

Diretoria trabalhando na defesa, valorização e participação dos advogados

Salão sendo reformado para receber novo projeto da Subseção

Merelyn Cam

argo

Divulgação

OAB-PG

Juramento realizada no dia 25 de novembro, na sede da Ordem

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15NOVembrO / DeZembrO De 2014

Com

issões

Subseção é composta por 23 comissões

A Ordem dos Advogados do Brasil-Subseção de Ponta Grossa conta atualmente com 23 comissões. Algumas bas-tante participativas, com a realização de reuniões mensais, tornando a OAB-PG mais dinâmica, forte e represen-

tativa, perante à sociedade.O advogado que tiver interesse também pode integrar ou sugerir a instauração de novas Comissões. Basta enca-

minhar email para presidê[email protected] ou entrar em contato, através do telefone (42) 3028-2513.Conheça algumas das Comissões atuantes, atualmente, na Subseção:

Comissão do Meio Ambiente “Tivemos um 2014 com projetos expressivos, em prol

da comunidade e em benefício do advogado. Convocamos os demais colegas para que participem das nossas iniciati-vas e contribuam, desta maneira, tanto socialmente quan-to ambientalmente com a comunidade local”

José Luiz T. Mulller de Paula

Comissão dos Advogados Iniciantes“Em 2014, tivemos grande importância para os novos

advogados inscritos na Subseção. Pela primeira vez na his-tória da Comissão, foi organizada uma Páscoa Solidária, com objetivo de unir cada vez mais a Ordem com a popu-lação. Também estivemos presente nos eventos realizados pela OAB – PG e Seccional. E esperamos para 2015, estare-mos ainda mais atuantes, dentro no nosso intuito de bene-ficiar e auxiliar os novos advogados”

Rudolf Christensen

Comissão da Criança e do Adolescente “A Comissão teve participação em eventos e dis-

cussões envolvendo interesses de crianças e adoles-centes, bem como tem buscado auxiliar e orientar ações nesse segmento, principalmente porque se não houver cuidado com as crianças e adolescentes no presente, não haverá do que se orgulhar no futuro”

Comissão do Direito Trabalhista “Além da realização de alguns cursos na área trabalhis-

ta promovidos pela ESA e de apoio ao uso do PJE, a Subse-ção, no âmbito do direito do trabalho atuou junto ao TRT 9ª Região no sentido de cobrar melhorias relativas ao próprio processo eletrônico. A atuação se iniciou com movimento dos advogados no Fórum Trabalhista e na solicitação de aumento do número de juízes para atuar em PG. Na sala da OAB, no fórum trabalhista, há algum tempo estamos auxiliando os advogados com relação aos processos judi-ciais e otimizando o trabalho de fotocópias e digitalização de documentos”

José Adriano Malaquias

Comissão da revista Advocatus“Neste ano a Advocatus ganhou uma nova rou-

pagem para homenagear nossos advogados. Foi um trabalho árduo, de 6 meses, entre a comissão e a di-retoria para que a revista fosse relançada no mês do advogado, e o resultado agradou a todos”

Viviane Weingärtner

Comissão de Direito Tributário “Cumprimos a meta de tratar preferencialmente

dos temas fiscais que envolvem o contribuinte mu-nicipal. Assim ocorreu com a divulgação, pelo Poder Executivo, da lista de devedores, a legislação que alterou significativamente o regime de cobrança do IPTU de imóveis irregulares e da taxa de coleta de lixo, bem como a lei que reinstituiu a taxa de incên-dio”.

Daniel Prochalski

Comissão de Saúde“A Comissão tem o dever de tomar providências

necessárias ao bom funcionamento das instituições e políticas públicas ao Direito à saúde; promover a conscientização da população sobre os direitos bási-cos da saúde e de esclarecer acerca de práticas into-leráveis. Tem o dever ainda de mediar os problemas enfrentados pela sociedade que digam respeito ao Direito à Saúde, inclusive de propor o ajuizamento de ações dentro do seu âmbito de competência.

Silvia Filipaki

Comissão de Diversidade Sexual“ A Comissão da Diversidade Sexual promoveu a sensi-

bilização sobre a diversidade e dignidade da pessoa huma-na com cursos e debates sobre os Direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais), com toda a comunidade”

Angelita Czezacki Kravutschke-

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16 NOVembrO / DeZembrO De 2014

O ano de 2014 foi marcado por lutas, con-quistas, retomada das ações sociais, pales-

tras, cursos, debates, seminários, fóruns e audi-ências públicas. Para relembrarmos um pouco de cada momento, a Advocatus reuniu, em sua última edição do ano, alguns desses registros.

Confira momentos marcantes de 2014

Turma de Direito da UEPG foi homenageada pelos 50 anos de formatura

Antônio Cesar Bochenek e Vinicius Dalazoana, autores de Competência Cível da Justiça Federal dos Juizes Especiais Federais

Mulheres foram homenageadas pela OAB-PG, durante evento especial em comemoração à data

Luiz Fernando de Oliveira, Dirceia Moreira, Kleber Cazzaro, Alexandre Moraes e Flávio Guimarães, durante Simpósio Internacional Jurídico

Marcelo Rangel, Fernando Rosas, Rosalie Bacila Batista, vice-presidente da OAB-PG Carlos Gustavo Horst, Simone Galan Figueiredo e Sandro Alex, durante inauguração do Fórum Trabalhista

Mara Braun, Presidente da OAB-PG Edmilson Schiebelbein, Rafaella Martins e Viviane Weingärtner, no evento de comemoração ao Dia da Mulher

Denise Comel, autora do livro Manual Prática da Vara dos Registros Públicos com os pais Nelsina e Wilson Comel

Roberto Antônio Busato, Dirceia Moreira e Edmilson Schiebelbein, durante homenagem da turma de Direito

Autoras da obra Novo Código de Normas de Foro Extrajudicial: O que Muda: Análise Comparativa com as Normas Revogadas

Gal

eria

OAB

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17NOVembrO / DeZembrO De 2014

Nova comissão dos acadêmicos de Direito, que foi instaurada pela Subseção

Dr. Joaquim Alves de Quadros, que foi homenageado e teve sua contribuição junto ao TED exposta em galeria na Subseção

Presidente da OAB-PG Edmilson Schiebelbein acompanhando visita de acadêmicos ao TRT 9ª Região

Membros do Conselho de Ética, durante reunião extraordinária

Comemoração ao Dia do Advogado, que reuniu centenas de profissionais e seus familiares

OAB-PG participando do lançamento do CEJUSC

O presidente da Seccional Juliano Breda, com o vice e o presidente da Subseção, Carlos Gustavo Horst e Edmilson Schiebelbein, no I Ciclo de Palestras do Cescage

Juliano Breda, Carlos Gustavo Horst, Mariantonieta Palio Ferraz e Antônio César Bochenek, na posse do juiz ponta-grossenese na Ajufe

Edmilson Schiebelbein, Carlos Gustavo Horst, Larissa Horst, Felipe Vargas, Danielly Vargas, Fabiana Goedert e Fernando Souza no evento do Dia do Advogado

Vice-presidente da OAB-PG, Carlos Gustavo Horst, com o professor da PUC-PR, Carlyle Popp, que esteve em Ponta Grossa ministrando palestra

João Maria De Goes Junior, Elton SIlva, Grazielle Lisboa e Gerson Gualdessi, Cesar Bonamente e Flavia Machado confraternizando com a classe, também no Dia do Advogado

Diretoria da OAB-PG com parceiros do projeto Serviços e Cidadania

Galeria OAB

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18 NOVembrO / DeZembrO De 2014

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spar

ênci

a

Pelo segundo ano consecutivo, a Ordem dos Ad-vogados do Brasil - Subseção de Ponta Grossa

(OAB-PG) deve fechar o exercício com superávit. O saldo positivo se manteve, mesmo após a realização de grandes investimentos quitados com recursos próprios.

A reforma, a qual passou o prédio da OAB-PG, demandou do próprio caixa R$30 mil, e os R$20 mil restantes foram oriundos da Seccional. “A sede foi completamente pintada, rufos e calhas foram troca-dos, o sistema hidráulico foi substituído, a churras-queira foi reformada e adaptando-se às necessida-des especiais foi construída rampa de acessibilidade na sede central. Foi criado ainda o Espaço Cultural com a revitalização do salão social”, relatou o presi-dente da Subseção, Edmilson Schiebelbein.

Paralelos a esses investimentos, outros foram feitos, mesmo que, em menor proporção. A Ordem efetuou a compra de computadores, que foram destinados às salas do Fórum Estadual e Trabalhis-ta, investiu no sistema de informática e mobiliou a nova sala da Justiça do Trabalho. As despesas ain-da incluíram a aquisição de uniformes para todas as colaboradoras e gastos mensais com a manu-tenção. “Nós acabamos fechando o ano dentro do que tínhamos projetado. Isto é reflexo da gestão responsável e da eficiência na aplicação dos recur-sos orçamentários”, comemora o presidente.

De maneira inédita, o presidente também come-mora a ampliação das fontes de arrecadações, tais como: eventos com faculdades; locações da churrasquei-ra, do campo de futebol, do auditório, entre outros espa-ços físicos e do xerox. “Esse aumento se deve à criativida-de para arrecadar receita, aliada a uma boa administração do dinheiro do advogado”, reforça.

TransparênciaEssas entre outras movimen-

tações financeiras estão explicitas para qualquer profissional, que queira acompanhar a destinação final da aplicação dos recursos da Ordem. As informações constam na prestação de contas, que mensal-mente é publicada no site da OAB-

-PG e na revista Advocatus. Na internet, a transparência é publicada com cópia de todas as notas, especificando va-lores e destinação dos gastos. “Da mesma forma como em nosso primeiro ano do mandato, continuamos trabalhan-do na mais ampla transparência”, destacou Schiebelbein.

É importante ressaltar que a prestação de contas é inédita, dentro da OAB-PG. Em nenhuma gestão anterior, os as-sociados tinham acesso às infor-mações ligadas às finanças. “No-tamos que os advogados ficam satisfeitos em saber da transpa-rência. Pois o dinheiro é utilizado para administrar a OAB, que é ins-titucionalmente responsável pela administração publica”, considera.

Grandes investimentos e superávit marcaram o ano da Subseção

Edmilson Schiebelbein, presidente da OAB-PG

Divulgação

De maneira inédita, a

OAB-PG aumentou as suas fontes

de arrecadação

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19NOVembrO / DeZembrO De 2014

TransparênciaSUBSEÇÃO DE PONTA GROSSA

CÓDIGO DESCRIÇÃO DÉBITO CRÉDITOCRÉDITOS

DILIGÊNCIAS FÓRUM 6.041,83 DILIGÊNCIAS DA JUSTIÇA FEDERAL 174,60 DILIGÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO 320,00 TRANSFERÊNCIA DE CAIXA INTERNO P/C.C.CAIXA DEP.CHEQUE 600,00 TRANSFERÊNCIA DE CAIXA INTERNO P/C.C.CAIXA DEP.CHEQUE 274,00 AJUDA DE CUSTO DA SECCIONAL 11.000,00 RESTITUIÇÃO DOS CORREIOS 1.078,86

TOTAL 19.489,29

CRÉDITOS EVENTUAISFOTOCÓPIAS SEDE 30,00 LOC.CHUR.PRATOS E TALHERES-EMERSON ERNANI WOYCEICHOSKI 224,00 LOCAÇÃO DO AUDITÓRIO-STARA IND.DE MÁQUINAS 300,00 LOCAÇÃO SALÃO SOCIAL E CHURRAS - JOSÉ CARLOS DO CARMO 600,00 LOCAÇÃO DA CHURRASQUEIRA - LUIS CARLOS MENEZES ALMEIDA 100,00 LOCAÇÃO DA CHURRASQUEIRA - TAINÃ SCHAB DE OLIVEIRA 150,00 LOCAÇÃO DA CHURRASQUEIRA - EMERSON DE OLIVEIRA 150,00 LOCAÇÃO DA CHURRASQUEIRA-VALDINIR KUBASKI 150,00 LOCAÇÃO DO CAMPO - ELTON SILVA 60,00 LOCAÇÃO DA CHURRASQUEIRA-FRANÇOISE L.DE A.MARTINS 150,00

RENDIMENTO POUPANÇA 124,88

TOTAL 2.038,88

DESPESASDEPÓSITO REF.ENCERRAMENTO DA C.C. BANCO DO BRASIL 270,63 GVT - JUIZADO ESPECIAL - DÉBITO AUTOMÁTICO 231,69GVT - FORUM, J.TRABALHO E J.FEDERAL - DÉBITO AUTOMÁTICO 763,76K13 - REF. MENS.DO SISTEMA DE PRESTAÇÃO DE CONTAS CH:000075 120,00CORREIOS CH: 000076 1165,73LEUCOTRON - REF. LOCAÇÃO DA CENTRAL TELEFÔNICA CH: 000077 218,17ES INF.REF.COMPRA DE TONER P/IMP.DA OAB DO FÓRUM CH: 000073 193,00ROSANGELA-REF.COMP.DE PAPEL P/SEDE E SALAS DA OAB CH: 000074 720,00OI FIXO SEDE - DÉBITO AUTOMÁTICO 504,57COPEL - REL 01 DÉBITO AUTOMÁTICO 763,63COPEL - REL 02 DÉBITO AUTOMÁTICO 324,38CHRUN & CHRUN-REF.MANUTENÇÃO DO SITE OABPG CH: 000078 418,00PEGUSPAM - REF. MATERIAIS DE LIMPEZA P/SUBSEÇÃO CH: 000085 481,97ES INF.REF.COMPRA DE TONER P/IMP.DA SEDE CH: 000086 365,00ROSANGELA D.D.T.PIRES-REF.MATERIAIS DE ESCRITÓRIO CH:000083 167,87ALERTT - REF.TROCA DE EXTINTORES DA SEDE CH: 000084 326,00SOCIAL MÍDIA-SERV.DE ASS.DA COM.E PORTAL BATE PAPO JUR.CH:0079 1500,00VISCONDE - REF. DISTRIBUIÇÃO DA REVISTA ADVOCATUS CH: 000090 1347,25ZANCANARO-JANTAR COMP.INAUG.PLACA,HOM.P/FAM.HELCIO CH:00087 2520,00MERCADOMOVEIS-COMP.VENTILADORES E ASPIRADOR P/SEDE CH:088 578,60CARRARO-GÁS E ÁGUA P/SEDE E ÁGUA P/SALAS FORUM,JE.JT.JF.CH:089 253,00SANEPAR DÉBITO AUTOMÁTICO 237,09MANUTENÇÃO CONTA 20,30REQUINTE-LANCHE P/REUNIÃO TED E P/FUNC.FIC.DEP.HOR.CH:00082 368,41SHOPFATO-COMPRA DE FREEZER P/CHURRAS.DA SEDE CH:000094 1351,07MFM INF.REF. SUPORTE TÉC.EM INFORMÁTICA CH: 00091 383,00CONDOR-COMPRA DE COPO P/CAFETEIRA DA SALA DA OAB J.T 76,00 PANI.BOM GOSTO-LANCHE P/FUNC.QUE FICARAM DEPOIS DO HORÁRIO 127,40 UOL - REFERENTE PROVEDOR DE INTERNET DA SUBSEÇÃO 32,28 CLINICALE-REF.EXAME DEMISSIONAL DE NAYARA MENDES 25,00 TRANSFERÊNCIA DE CAIXA INTERNO PARA C.C.CAIXA-DEP.CHEQUE 874,00 BELLA MESA-LOC.DE TOALHAS P/JANTAR DE COMP.FOTO,HOMENAGEM 120,40 ELEGÂNCIA-LOC.DE COPOS E TALHERES P/JANTAR,COMP.FOTO,HOMENAGEM 65,90 ANTONIO MAUDA-DESMONTAGEM DA MESA DE SNOOKER DA CHUR.SEDE 250,00 MACO-PLACA COM NOME DE DR.LUIS A.KUBASKI P/COLOCAÇÃO EM FOTO 10,00 ELEGÂNCIA-LOC.DE TOALHAS P/JANTAR,COMP.FOTO,HOMENAGEM 16,00 DARF - RETENÇÃO FAT - BRASIL TELECOM 52,65 TECNOLAR-REF.CONSERTO DO BEBEDOURO DO JUIZADO ESPECIAL 49,00 MMTR-REF. HOSPEDAGEM DO SITE OABPG REF.MÊS DE OUTUBRO 59,90 TECNOPONTO-REF.TAXA DE ATENDIMENTO DO RELÓGIO PONTO 120,00 TRANSFERÊNCIA DE CAIXA INTERNO PARA C.C.CAIXA-DEP.CHEQUE 150,00 BIOSCIENCE-REF.PERFUMES DE AMBIENTE P/SALAS DA SEDE 230,40 ROSANA WAGNER- REF.CUSTAS E DESPESAS PROCESSUAIS 15,54 FUNREJUS - REF.CUSTAS E DESPESAS PROCESSUAIS 15,69 FUNJUS - REF.CUSTAS E DESPESAS PROCESSUAIS 37,33 SOUZA & MARTINS-SERVIÇOS DE MOTOBOY P/SUBSEÇÃO 150,00 COPEL-REF.INTERNET DA SALA DA OAB DA JUSTIÇA DO TRABALHO 390,74 CONDOR-COMPRA DE PILHAS P/MICROFONE DO AUDITÓRIO 23,17 CONDOR-COMPRA DE JARRA E PORTA FILTRO P/SALA DA OAB DO FÓRUM 49,42

TOTAL 18533,94

SALDO TOTAL EM 01/11/2014

O comprovante de todas as entradas, assim como das despesas e respectivos documentos fiscaisencontram-se disponível no site da OAB /PG - Portal da Transparência

43.256,85

PRESTAÇÃO DE CONTAS - OUTUBRO / 2014

A Tesouraria da OAB Ponta Grossa apresen-

ta nas edições da Advoca-tus um resumo do relató-rio mensal das contas da entidade, com objetivo de assegurar a boa e correta aplicação dos recursos.

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20 NOVembrO / DeZembrO De 2014

Rese

nha

DANO MORAL - ABRANGÊNCIAToda pessoa tem direito de ver preservada sua honra e

boa fama, a intimidade pessoal e familiar, sua imagem construída com o labor de seu amor-próprio e de sua con-duta social e profissional.2 Toda manifestação de irreverên-cia ou menosprezo dirigida contra esse status ou prestígio poderá constituir-se em dano moral. Não raro, a fonte ge-radora do dano reside na animosidade entre as pessoas, do ofensor em relação ao ofendido ou de acessos biliosos circunstanciais.

Não se pode afastar a observação de que o nosso coti-diano, de manhã à noite, do levantar ao deitar, no ambiente familiar, social e profissional, está impregnado de encontros e desencontros, de aborrecimentos mil relativamente ao planejado ou esperado que tisnam nosso desejo de conviver em tranqüilidade.3 A vida moderna, mais particularmente a vida nos centros urbanos que nos aglomera e nos faz partí-cipes de uma grande aldeia global (Marshall MacLuhan), nos submete, pela impaciência e egoísmo dos outros ou nosso, pela nossa negligência consciente ou inocente, pela avidez de tirar vantagem (lei de Gerson), ou porque reduzidos a um cadastro, a um número ou a uma ficha, somos submetidos a constrangimentos de diversos matizes, ainda que a sós, acompanhados e/ou em público.4

Aqui, então, surge a questão das lindes do dano moral, de sua verificação, porque não há entre ele e os desgostos diuturnos uma linha demarcatória, senão uma faixa de tons cinzentos que toma nitidez ou contornos segundo a manei-ra de como ele é encarado. Transtornos, meros dissabores não ensejam a condenação por dano moral;5 ou contra-tem-pos que sofre o homem no seu dia a dia, presentes na vida de qualquer um, tais como: longa espera em filas de aten-dimento, engarrafamentos,6 desculpas por impontualidade social, filas nos supermercados, nas agências bancárias, al-

gum retardo de veículos de transporte, mudanças de esca-las de vôo com conseqüente atrasos,7 a salvo nestes casos, circunstâncias peculiares ao passageiro por compromissos inadiáveis e programados.8

Com efeito, o dano moral não se pode prestar a espe-culações, a subjetivismos exagerados. Como anotado por CARLOS ROBERTO GONÇALVES e na observação de que “só se deve reputar dano moral o sofrimento, a dor que, fugindo à normalidade, venha a romper o equilíbrio psicológico do indivíduo de forma intensa e duradoura, e não o mero in-cômodo, dissabor ou sensibilidade exacerbada”,9 ou, na de ANTÔNIO CHAVES: “propugnar pela mais ampla ressarcibili-dade do dano moral não implica no reconhecimento de todo e qualquer melindre, toda suscetibilidade exacerbada, toda exaltação do amor próprio, pretensamente ferido, a mais suave sombra, o mais ligeiro roçar de asas de uma borbole-ta, mimos, escrúpulos, delicadezas excessivas, ilusões insig-nificantes desfeitas, possibilitem sejam extraídas da caixa de Pandora do Direito, centenas e milhares de cruzeiros”.10 Não, também, o “mero aborrecimento inerente a prejuízo mate-rial”,11 ou percalços comuns.12

J. J. CALMON PASSOS, em artigo denominado O Imoral nas Indenizações por Dano Moral, depois de assinalar que nos dias de hoje a moralidade se faz algo descartável e de menor importância - e até, acrescentamos, objeto de debo-che -, em que a tônica do comportamento é o relativismo, o pluralismo, o cinismo, a permissividade e o imediatismo, manifesta, a propósito da indústria da indenização por dano moral o receio (medo) de que “talvez tenhamos, dentro em breve, empresas especializadas no treinamento de pessoas para habilitá-las a criar situações que levem alguém a ofen-dê-lo moralmente”.13/14/15 Prosperum ac felix scelus/virtus vocatus.16

1- OAB/PR - 2.095.2- Embora esse aspecto positivo, por assim dizer romântico, da honra e boa fama, deve-se tomar em consideração, também, por mais paradoxal que pareça, o direito ao segredo da desonra que, de uma forma ou outra, dormita no íntimo das pessoas. É um direito de impedir que terceiros conheçam ou desvelem a vida privada, em especial os pecados de cada qual que, certamente, os desmere-ceriam perante a sociedade. Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra.3- Diz o ditado: o homem propõe e Deus dispõe.4- “O ser humano tem uma esfera de valores próprios que são postos em sua conduta não apenas em relação ao Estado, mas, também, na convivência com os seus semelhantes. Respeitam-se, por isso mesmo, não apenas aqueles direitos que repercutem no seu patrimônio material, mas aqueles direitos relativos aos seus valores pessoais, que repercutem em seus sentimentos. Não é mais possível ignorar esse cenário em uma sociedade que se tornou invasora porque reduziu distâncias, tornando-se pequena, e, por isso, poderosa na promiscuidade que propicia” (TJRJ - RT 693/199).5- STJ, REsp 861977/MG, Min. JORGE SCARTEZZINI, 4ª T, 05/10/2006.6- STJ, REsp1181395/SC, Min. HUMBERTO MARTINS, 2ª T, 29/04/2010.7- O TJSP, pela 11ª C., j. 16.06.94, por exemplo, julgou mero aborrecimento, a mudança de escala de vôo com conseqüente atraso, insuscetível de caracterizar dano moral (RT 711/107). Assim os dissabores decorrentes da inadimplência

contratual (STJ, REsp 746087/RJ, 4ª T, Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, 01/06/2010). 8- Também não constituem danos morais as contrariedades que ficam “limita-das à indignação da pessoa, sem qualquer repercussão no mundo exterior”.9- Comentários ao código Civil, Saraiva, SP, 2003, vol. II, p. 519. Faz referên-cia, neste particular, ao art. 496, I, do Código Civil português segundo o qual só são indenizáveis os danos não patrimoniais que, “pela sua gravidade, mereçam a tutela do direito”. 10- Citado por Aparecida Amarante (Responsabilidade Civil Por Dano À Hon-ra, ed. Del Rey, BH, 1998, p. 259.11- Maria Izabel Diniz Gallotti Rodrigues. Enunciado aprovado na 3ª Jornada de Direito Civil, ao art. 186.12- MIRNA CIANCI.O valor do dano moral, Saraiva, SP, 2007, p. 137.13- Revista Magister - Direito Civil e Processual Civil, n. 26, set/out 2008, p. 56.14- Em consulta no meu escritório, nem uma nem duas vezes, o consulente, depois de relatar o fato que sofreu (?), indaga: - Doutor, isso dá dano moral? - sem qualquer alusão à dor moral. É um pib em crescimento.15- R$ 21,7 milhões é quanto quer Francenildo dos Santos Costa - pivô do escândalo que derrubou o ministro mais forte do governo Lula, Antônio Palocci, da Fazenda - diz nota veicula pelo O Estado de São Paulo de 18 de abril de

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21NOVembrO / DeZembrO De 2014

Resenha

Antes da Constituição de 88, não eram poucas as de-cisões que somente admitiam a reparação pecuniária do dano moral na hipótese de reflexos materiais, constituindo estes a medida do alcance da indenização, o que tornava infrutífera a pretensão do ofendido em caso de dano moral puro, id est sem consequências patrimoniais,17 deixando im-pune o agente, salvo se a ofensa adentrasse o campo da ilici-tude penal. Washington de Barros Monteiro, ao tratar do ato ilícito, sob a égide do art. 159 do Código Civil de l9l6, excluía o dano moral se não resultasse em dano material: “Esse dano deve ser material; o dano moral, segundo vimos, só é ressar-cível, quando produza reflexos de ordem econômica. Assim os sofrimentos morais autorizarão a ação ex delicto se acar-retarem prejuízos materiais”.18

CLÓVIS, em seus comentários ao Código Civil de l916, faz síntese conclusiva: “A reparação é a regra para o dano, seja moral, seja material. A irreparabilidade é exceção.” Entretan-to, no seu sentir, “o dano moral, nem sempre, é ressarcível, não somente por se não poder dar-lhe valor econômico, por não se poder apreçá-lo em dinheiro, como, ainda, porque essa insuficiência dos nossos recursos abre a porta a espe-culações desonestas, acobertadas pelo manto nobilíssimo de sentimentos afetivos”.19 Alerta este, por sinal, presente nos dias de hoje.

Atualmente, porém, em doutrina e em jurisprudência - por imposição da norma constitucional - é pacífica a recep-ção de que o dano moral puro, isto é, aquele do qual não se pode ou são extremas as dificuldades de demonstrar even-tuais reflexos materiais (pessoais, familiares, políticos, psi-cossomáticos ou sociais), não está indene de reparação pe-cuniária. Exemplo comum e corriqueiro é o reconhecimento de dano moral decorrente da inscrição do nome do cliente no cadastro dos devedores inadimplentes (?) pelos estabe-lecimentos financeiros, estando já solvida a dívida, sem que tenha sido possível demonstrar prejuízos de ordem mate-rial; a presunção é iuris tantum e pronto!20

A jurisprudência pátria, reformulando posição anterior, tem estaqueado a de que o dano moral resulta da simples

ofensa, sem que seja necessário demonstrá-lo concreta-mente. “Basta a ofensa - decidiu o egr. TJDF (RT 733/297) - para justificar a indenização”. Pelo voto do Ministro Oc-távio Galotti, o excelso Supremo Tribunal Federal (in RTJ 115/1.383/1.386) assentou: “Dano, puramente moral, é inde-nizável”, prescindindo, pois da apuração da patrimonialida-de do dano. A desnecessidade da prova dos prejuízos tem merecido agasalho no egr. Tribunal Superior de Justiça (in RT 746/183).

Basta a ofensa para justificar a indenização”,21 de modo que o ônus da prova passa ao agente do dano moral, incum-bindo-lhe demonstrar que não feriu a moral em virtude das circunstâncias e das condições do ofendido.22

Isso porque, segundo Sérgio Cavalieri Filho, citado em acórdão do TJAL (1ª Câm. Civ),23 “.. o dano moral existe in re ipsa, deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal modo que, provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à guisa de um presunção natural hominis ou fac-ti, que decorre das regras da experiência comum (Programa de responsabilidade civil. São Paulo: Atlas. p. 86)”.

O alargamento dessa presunção já está, hoje, a alcançar a pessoa jurídica, como agente passivo de dano moral.

Cabe colacionar, ainda nesse horizonte, o dano existen-cial, como categoria distinta de dano extrapatrimonial, sus-cetível de indenização autônoma à imagem e semelhança da do dano moral.24

Dano existencial é - ut Keila Pacheco Ferreira e Rafae Fer-reira Bizelli - “o dano a saudável existência, à normal rotina, ao comum cotidiano da pessoa. Haverá o dano existencial, portanto, sempre que a pessoa não poder mais fazer da-quele modo, ou estar impedida de realizar determinada ati-vidade usual”.25 A rotina da vida, o cotidiano da pessoa faz parte do que ela é, de sua personalidade.

Já dizia IHERING: “No meu direito, compreende-se todo direito que é violado e contestado; é esse que é defendido, sustentado e restabelecido”. 26

Wilson J. Comel1

2006, A7 e de 23 de abril de 2006, J7 (sendo R$ 17.500.000,00 da Caixa Eco-nômica, pela quebra do sigilo bancário, e R$ 4.200.000,00 da revista Época pela divulgação do extrato).16- Um crime bem sucedido e feliz é chamado virtude.17- TJSP, 1ª C., j. 28.03.95. RT 717/143. Inclusive o Tribunal de Justiça do Paraná, pela sua 4ª Câmara Cível, em 27.04.l983, tendo como Relator o Des. Ronald Accioly, entendeu que “O dano moral, para ser indenizável, deve produ-zir reflexos no patrimônio de quem o tenha sofrido” (RT 588/212). 18- Barros, Washington de Barros. Curso de Direito Civil, 1º vol., 5ª ed., Sarai-va, SP, l967, p.289.19- CLÓVIS BEVILAQUA, Código Civil, vol. IV, Liv. Francisco Alves, l957. Comentários ao art. 1537.20- E, todavia, a “prestação de socorro e de assistência material e moral a vítima não constitui presunção de culpa, uma vez que, além de ser uma imposição legal é também dever humanitário” (TAMG, julg. 02.06.98, 2ª CCiv., ac. 0255005-4)21- STF, 1ª T., j. 12.08.l986. RT 614/236. TJSP, 2ª C., j. 07.03.l995. RT 718/103. 1º TACivSP, 2º GrCs, j. 23.06.94, segundo o qual “Dano moral é mo-ral”, independe de seqüelas somáticas. TJSC, 2ª C., j. 14.08.l990. RT 670/143. RT 712/170. TJDF, 4ª T., j. 04.03.96. RT 733/297. TJPB, 2ª C., j. 15.09.l994. RT 717/234.22- A matéria não era tão pacífica, como parece estar atualmente. Decisão do 1º

TACiv/SP entendeu que a dor moral não se presume. Deve ser comprovada, a depender do modo como viviam o morto e seus parentes (RT 670/100, 16ª C., julg. 25.10.90). No caso negou-se o reconhecimento de dano moral aos filhos por morte da mãe em acidente que a vitimou: filhos com vida própria que não viviam com a mãe, nem a a ajudavam e nem ela os socorria.23- RT 923/970.24- Antes do atual Código Civil, já aflorava a opinião de que a pessoa jurídica pode ser atingida em sua imagem, no seu bom nome, no seu conceito comer-cial. A ofensa à honra objetiva da pessoa jurídica enseja indenização por dano extrapatrimonial. porque “a imagem e a boa fama não são atributos exclusivos das pessoas físicas”. O abalo de crédito, por indevido protesto de título, cons-titui violação do direito à imagem de pessoa jurídica”. A sociedade civil pode ser objeto de crime contra a honra, pois “os atributos de reputação e conceito podem ser atingidos”. Aliás, sabido é que o bom nome da pessoa jurídica é penhor de sua aceitação e, consequentemente, de sua estabilidade econômica e empresarial e confiança em seus serviços.25- A Cláusula Geral de Tutela da Pessoa Humana: enfoque específico do dano existencial, sob a perspectiva civil-constitucional. Revista de Direito Privado n. 54, 2013, p. 33, RT. IHERING, Rudolf von. A luta pelo Direito. Edição da Organização Simões, Rio, l953, trad. João Vasconcelos, p. 103.

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22 NOVembrO / DeZembrO De 2014

Rese

nha

Descriminalizar não é legalizar...

A sociedade brasileira a todo o tempo está envolta com o questionamento sobre a “legalização” do

aborto, esquecendo que descriminalizar não é legali-zar, e que crime é permitir o massacre das mulheres que não desejam ou não podem ser mães, porque não acreditam no que cremos e desejamos.

A questão da descriminalização ou despenalização do aborto está intimamente ligada a bases sociais e po-líticas das quais não pode ser separada.

A primeira base sobre a qual a discussão deve es-tar jungida é que vivemos num Estado laico. A segunda base é que valores, por mais nobres e por mais fun-damentais que possam ser para uma comunidade de crentes ou de políticos, não pode, em nenhuma hipó-tese se impor à toda a nação, mas apenas àqueles que aderirem, de maneira voluntária, a suas crenças e de-terminações.

Descriminalizar em Direito Penal consiste no ato de se considerar atípico um fato que ocorre na socieda-de. Ora, é impossível que sem uma dose exagerada de desonestidade e hipocrisia, não se compreenda que a descriminalização do aborto não significa a sua libe-ração, muito menos o seu estímulo ou como os seus desafetos tendenciosamente rotulam “legalizar”. Des-criminalizar não é tornar legal, é apenas tornar atípico, do ponto de vista penal, podendo permanecer como típico, imoral, indecente ou o que quer que se queira do ponto de vista moral, ético ou ainda reprovável dentro das comunidades de fé e de convicção política.

O adultério deixou de ser crime, mas para a gran-de maioria dos fiéis cristãos, dos religiosos de todos os matizes e para boa parte da jurisprudência, continua sofrendo de certa repreensão moral, mais hipócrita do que efetiva, mas ainda assim legítima em suas comuni-dades de pensamento.

Para compreendermos a despenalização do aborto devemos entender que tal conceito tem dois aspectos. Um primeiro mais amplo que consiste em retirar da esfera jurídica o ato de interromper voluntariamente a gravidez, deixando exclusivamente na esfera da saúde

e da consciência da mulher, dentro de seus direitos re-produtivos a decisão quanto à propriedade de levar a termo a gravidez, o que entendemos por descriminali-zação.

O segundo aspecto, mais restrito, visaria apenas uma previsão legal de proibição de aplicação da pena, quando a interrupção fosse praticada pela gestante ou de acordo com sua vontade, mantendo-se porém o ato como ilícito ou crime nos casos em que, vítima de qualquer violência, a mulher sofra o aborto contra a sua vontade e sua consciência. Isto seria a despenalização, mantendo a sanção moral e jurídica, nos casos de alhe-amento da vontade da mulher, sobre o ato.

No entanto ao confundirmos a interrupção voluntá-ria da gravidez com o aborto, provocamos uma sanção moral e religiosa que se impõe de maneira desonesta a toda a população.

A defesa do direito de a mulher escolher sobre o prosseguimento ou não de uma gravidez, cabe somen-te a ela, está no campo das difíceis e dolorosas decisões que a mulher, e só ela, podem tomar quanto à sanidade do ato da maternidade para si e para sua comunidade.

Como nós homens, podemos discutir o direito de al-guém dar à luz um novo ser humano ou não, se sequer somos capazes, na grande maioria das vezes de enten-der em sua plenitude a relação materno-fetal e depois, a relação que se prolonga no tempo entre a mãe e o filho?

O conceito de aborto hoje vigente no Brasil, está construído a partir dos artigos 124 a 127 do nosso ve-tusto Código Penal, uma das muitas heranças de pe-ríodos ditatoriais e paternalistas em nossa evolução política.

O conceito hoje presente é o de que aborto é a inter-rupção da gravidez antes de seu termo. Neste aspecto em voto do Ministro Cezar Peluzo, do qual discordamos em tese, temos um aspecto que serve para denunciar que não há, efetivamente, nenhum motivo ético ou jurídico que justifique a decisão do STF de permitir o aborto de fetos anencefálicos. Seu voto na ADPF 54 não

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23NOVembrO / DeZembrO De 2014

Resenha

é a favor da permanência da criminalização e do sofri-mento de milhares de mães brasileiras, é a denúncia da hipocrisia reinante no Congresso brasileiro que se nega a cumprir com o seu dever de mudar a lei para acompa-nhar o desenvolvimento da sociedade brasileira, e mais que isso, tornar efetiva a separação da Igreja do Estado, que tarda já mais de 123 anos, posto que, falamos em bancadas evangélicas e também em bancada católica.

Ora, no congresso só podem existir bancadas parti-dárias, significando as forças condutoras da sociedade brasileira. Uma igreja que busque eleger representan-tes para afirmar e impor seus valores a toda a socie-dade brasileira, não é mais uma igreja, mas uma socie-dade de gangsteres ou um partido político reacionário, donde, deve deixar de ser reconhecida como Igreja e passar a ser tratada como movimento político e social com todas as suas implicações.

Se toleramos o aborto moral, aquele permitido quando a gestação resulta de estupro e ainda, quando toleramos o aborto sanitário, quando a gestação traz grave risco de saúde à mulher, entendemos que a saú-de física e psíquica da mulher estão entre os direitos inalienáveis e fundamentais protegidos pela Carta de 1988, principalmente em seu artigo 5o.

Importante é reforçar que não estamos aqui de-fendendo o aborto ou muito menos a sua promoção, e para que se compreenda a posição que defendemos é importante visitar a obra de Ronald Dworkin, Domínio da Vida – Aborto, eutanásia e liberdades individuais, onde se expressa brilhantemente o doutrinador:

Gostaria muito de convencer essas pessoas (defenso-ras da criminalização do aborto), caso estejam dispostas a ouvir-me, de que elas compreenderam mal o fundamento de suas próprias convicções. Ou, de qualquer modo, de que existe um enfoque convincente da controvérsia moral que lhes permitiria continuar a acreditar, com plena convicção, que o aborto é moralmente condenável, mas também a acreditar, com igual fervor, que as mulheres grávidas de-vem ser livres para tomar uma decisão diferente se suas próprias convicções assim o permitirem ou exigirem. É essa a ambição maior deste livro. (destacamos [1])

Compreender a gravidez como mais um dos direi-tos da mulher, e defende-la como uma escolha possível, torna incompreensível a aplicação do tipo penal aborto à interrupção voluntária da gravidez.

Se, mesmo que de forma hipócrita, compreendemos a pena como uma medida que busca necessariamente a

proteção de bens jurídicos universalmente entendidos como inalienáveis e a reintegração do agente na socie-dade, ao aplicarmos pena a uma mãe que interrompe voluntariamente a gravidez, produzimos duas situações absurdas: primeiro, o valor vida fetal para ela não tem o mesmo valor que consideramos universal. Mais, só ela pode dimensionar o valor da vida que carrega dentro de si, sendo incompreensível para todos os outros hu-manos este valor; segundo, a pena no caso do aborto não a reintegra na sociedade, a estigmatiza, a desvalo-riza e torna-a culpada de algo brutal e que marcam-na psicológica, moral e socialmente, tornando-se assim um desserviço à sociedade.

Uma leitura desapaixonada e atenta do aborto en-quanto problema social no Brasil denuncia que a atual situação é absolutamente insustentável, que a penali-zação da interrupção voluntária da gravidez só se justi-fica pela confusão entre Estado e Igreja, e pela covardia mais abjeta e torpe de nossos parlamentares, que dei-xam de cumprir com o dever de dar à nação brasileira uma legislação que seja para todos, e não apenas para os fundamentalistas de plantão!

Laércio Lopes de Araujo, médico e bacharel em direito pela UFPR,

exerce a psiquiatria há 25 anos[1] DWORKIN, Ronald. Domínio da Vida. Aborto, eutanásia e liberdades individuais. São Paulo, Martins Fontes, 2003. Fl. IX.

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Bate

Pap

o

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Recebido o mandado de citação do réu o Sr. Oficial de Justiça novato no trabalho pro-videnciou de rapidamente cumpri-lo. Foi ao endereço indicado no documento e não

localizou o réu. Devolveu o mandado com a seguinte certidão. “Réu não encontrado, alega vizinho que mudou-se e não sabe o endereço”.

Passado um tempo recebeu outro mandado do mesmo processo para citação em outro endereço. Seguiu para o endereço e lá também não localizou a pessoa do réu, e seus vizinho diziam que havia se mudado, indicando um que o mesmo não havia ficado 15 dias na casa. Devolveu o processo certificando as informações recebidas.

Novamente recebeu mandado de citação daquele processo. O sr. Oficial de Justiça já preocupado porque o processo era de Alimentos, providenciou de cumpri-lo rapida-mente. Chegando ao endereço indicado no mandado, não localizou o réu, e nem seus vizinhos o conheciam. De volta a sala dos oficiais buscou o réu no grande oráculo Goo-gle. Apos isso certificou no mandado “Réu não localizado no endereço indicado, nem no google, facebook, twitter ou linkedin.”

Viviane Weingärtner

Citação do futuro

Fábulas

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OAB

Prev

O Programa de Educação Financeira e Previdenciária da OABPrev-PR está incentivando muitos advogados a dedi-carem atenção especial para algo que quase sempre não recebe a devida importância; a aposentadoria. As ações

desenvolvidas pela entidade estão despertando um maior interesse dos advogados em relação ao que deve ser feito hoje para garantir um padrão de vida com qualidade na velhice.

Ao longo dos últimos quatro anos, o fundo de pensão tem realizado várias campanhas de adesão e palestras nas subseções da OAB, além de divulgar informações em diferentes veículos de comunicação como forma de conscien-tizar os advogados sobre a necessidade de planejar a aposentadoria agora e não quando for tarde demais.

O resultado disso é que atualmente quase 12 mil pessoas, entre advogados e dependentes, estão participando da OABPrev-PR e formando a reserva financeira para a aposentadoria. A média anual de adesões é de 1.800 novos planos.

Por outro lado, o contingente de advogados que ainda não participam da OABPrev-PR é um grande desafio para o fundo de pensão. “Hoje são mais de 49 mil advogados inscritos na OAB Paraná. Por isso, direcionamos nossos esforços para difundir o plano de previdência entre os advogados e levá-los a entender que a aposentadoria um dia vai chegar e que é preciso planejamento para manter um padrão de vida adequado ás necessidades do futuro aposentado”, comenta o diretor presidente da OABPrev-PR, Maurício Guimarães.

Dentre as ações promovidas pelo fundo de pensão para incentivar mais advogados a aderirem ao plano de previdência, estão as palestras realizadas nas subseções. Em Ponta Grossa, o encontro aconteceu no último dia 26 de novembro e contou com a presença de 25 pessoas que puderam conhecer os benefícios da OABPrev-PR e a importância de planejar e investir para a aposentadoria o quanto antes.

“Esse contato com as advogados nas subseções é muito importante porque muitas dúvidas sobre o plano de previdência são esclarecidas e, além disso, são feitas simulações que demonstram o quanto a OABPrev-PR é mais vantajosa que os planos de previdência oferecidos pelos bancos, por exemplo”, afirma o diretor.

Educação Previdenciária é fundamental para uma boa aposentadoria

Representantes da OABPrev-PR apresentaram aos advogados de

Ponta Grossa o Plano de Previdência

Merelyn Cam

argo

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OAB Prev

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