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GISLAINE DE ARAUJO UM ESTUDO DAS MELHORIAS NO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO DE COMPONENTES ELETROELETRONICOS, NA EMPRESA SPRINGER CARRIER LTDA, APÓS A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA ERP SAP R/3 CANOAS, 2010

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GISLAINE DE ARAUJO

UM ESTUDO DAS MELHORIAS NO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO

DE COMPONENTES ELETROELETRONICOS, NA EMPRESA

SPRINGER CARRIER LTDA, APÓS A IMPLANTAÇÃO DO SISTEM A

ERP SAP R/3

CANOAS, 2010

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GISLAINE DE ARAUJO

UM ESTUDO DAS MELHORIAS NO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO

DE COMPONENTES ELETROELETRONICOS, NA EMPRESA

SPRINGER CARRIER LTDA, APÓS A IMPLANTAÇÃO DO SISTEM A

ERP SAP R/3

Trabalho de conclusão apresentado à banca examinadora do curso de Administração - Comércio Exterior, do Centro Universitário La Salle – Unilasalle, como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração Habilitação em Comércio Exterior.

Orientação: Professor Me. Adroaldo Strack.

CANOAS, 2010

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GISLAINE DE ARAUJO

UM ESTUDO DAS MELHORIAS NO PROCESSO DE IMPORTAÇÃO

DE COMPONENTES ELETROELETRONICOS, NA EMPRESA

SPRINGER CARRIER LTDA, APÓS A IMPLANTAÇÃO DO SISTEM A

ERP SAP R/3

Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas - Comércio Exterior do Centro Universitário La Salle - Unilasalle, pela seguinte banca examinadora:

Aprovado pela banca examinadora em

BANCA EXAMINADORA:

______________________________________________ Prof. Me. Adroaldo Streck

UNILASALLE

______________________________________________ Prof. Me. Vinicius Gehrin Capellari

UNILASALLE

_______________________________________________ Profa. Me. Silvana Filereno

UNILASALLE

CANOAS, 2010

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Dedico este trabalho a todas as pessoas

que sempre estiveram ao meu lado, e

acreditaram que eu seria capaz.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por me dar a oportunidade de viver em meio

a todas as pessoas maravilhosas que existem em minha vida, e por ter me dado a

oportunidade de estudar e trabalhar com saúde e força para que eu pudesse

conquistar meus objetivos.

Aos meus pais Marilene e José que sempre me ajudaram e batalharam junto

comigo para que eu conquistasse o meu lugar, e principalmente por acreditar que eu

sou capaz.

As minhas irmãs Giseli e Larissa , por ter me apoiado e me incentivado nos

momentos em que precisei.

O meu namorado Elias Junior , por ter me compreendido, me apoiado e me

incentivado e por ter entendido os dias em que estive meio desligada e preocupada.

Aos meus amigos “galera do copo”, por ter me acompanhado em todos esses

longos anos de faculdade, em que enfrentamos diversos obstáculos juntos, mas,

também, por muitas vezes nos divertimos muito. Todos componentes deste grupo

são especiais para mim, porém duas pessoas não posso deixar de citar os nomes

de forma diferente.

A minha amiga Camila por estar sempre disposta a me escutar e muitas vezes

me dizer o que eu já sabia, mas não queria aceitar a realidade, e tantas vezes me

dizer o que eu tinha que fazer.

Ao meu amigo Alexandre Bittencourt , não por ser meu chefe, mas meu

amigo, uma pessoa maravilhosa que me ajudou muito em todos os obstáculos que

enfrentei, e por muitas vezes disponibilizou dias e horas para que eu os pudesse

resolver meus problemas.

Aos meus colegas de trabalho, Marcio Moreno e Salete Pozzebon por terem

me apoiado e me orientado em meu TCC.

Ao Fábio Monteiro por ter me ajudado sempre que precisei, buscando livros

para o meu trabalho, e me ajudando em muitas fórmulas e interpretações.

Aos orientadores Adroaldo Strack e Silvana Filereno por me “criticar” quando

foi preciso e por me elogiar quando mereci. Suas palavras não foram válidas apenas

para este trabalho, mas sim todos os meus planos de carreira que desejo alcançar.

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A Springer Carrier por ter me concedido a oportunidade de fazer o meu

trabalho e por me ceder todas as informações necessárias para a realização deste

estudo.

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Bom mesmo é ir a luta com determinação,

abraçar a vida com paixão, perder com classe

e vencer com ousadia... Pois o triunfo pertence

a quem se atreve.

Charles Chaplin

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RESUMO

Por meio do grande desenvolvimento da empresa em estudo, ocorreu a necessidade

de se unir as informações e dados entre esta organização importadora com as

empresas prestadoras de serviços. Através desta necessidade obteve-se a

implantação do sistema integrado nas unidades do Brasil com as demais

organizações. Este trabalho foi elaborado para mostrar os benefícios adquiridos

com a implantação do sistema ERP SAP R/3. O objetivo principal é medir a

qualidade da informação em um sistema ERP, mais especificamente o SAP R/3, na

empresa Springer Carrier Ltda, fabricante de aparelhos de ar condicionado. O foco

deste trabalho está em apresentar as vantagens e desvantagens do sistema

integrado nos processos de importação da companhia.

Palavras-chave: Importação, ERP SAP R/3, vantagens, desvantagens.

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ABSTRACT

By means of the great development of the company in study, it occurred the

necessity of if joining the information and data between the import company with the

rendering companies of services. Through this necessity it was gotten implantation of

the system integrated in the units of Brazil with the too much organizations. This work

was elaborates to show the benefits and acquired with the implantation of system

ERP SAP R/3. The main objective is to measure the quality of the information in a

system ERP, more specifically SAP R/3, in the company Springer Carrier Ltda,

manufacturer of conditional air devices. The focus of this work is in presenting the

advantages and disadvantages of the system integrated in the processes of

importation of the company.

Keywords: Importation, ERP SAP R/3, advantages, disadvantages.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Primeira sede da Springer em Porto Alegre (1934)............................. 17

Figura 2 – Unidades fabris da Springer no Brasil ................................................. 18

Figura 3 – Tarifas de importação (%) ................................................................... 24

Figura 4 – Estrutura básica do sistema ERP........................................................ 51

Figura 5 – Percentual das vendas em relação aos principais setores.................. 54

Figura 6 – Percentual de vendas em relação aos países da América latina ........ 55

Figura 7 – Estrutura básica cliente/servidor do sistema SAP R/3 ........................ 56

Figura 8 – Módulos básicos do sistema integrado SAP R/3................................. 59

Figura 9 – 1ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda, antes da implantação do ERP SAP/R3 ............................................................ 67

Figura 10 – 2ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda, antes da implantação do ERP SAP/R3 ............................................................ 67

Figura 11 – 3ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda, antes da implantação do ERP SAP/R3 ............................................................ 68

Figura 12 – 4ª etapa do processo de implantação Springer Carrier Ltda, antes da implantação do ERP SAP/R3 ............................................................ 68

Figura 13 – 5ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda, antes da implantação do ERP SAP/R3 ............................................................ 69

Figura 14 – 1ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda, depois da implantação ....................................................................................... 72

Figura 15 – 2ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda, depois da implantação do ERP SAP/R3 ............................................................ 72

Figura 16 – 3ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda, depois da implantação do ERP SAP/R3 ........................................................... 73

Figura 17 – 4ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda, depois da implantação do ERP SAP/R3 ............................................................ 73

Figura 18 – 5ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda, depois da implantação do ERP SAP/R3 ............................................................ 74

Figura 19 – 6ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., depois da implantação do ERP SAP/R3 ............................................................ 74

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LISTA DE ABREVIATURAS

AM – Asset Management

CACEX – Carteira de Comércio Exterior (Banco do Brasil S/A)

CCO – Comunicado de compra

CFR – Cost and Freight

CI – Comprovante de importação

CIF – Cost, Insurance and Freight

CIP – Carriage and Insurance Paid to

CO – Controlling

CPT – Carriage Paid To

CRM – Costumer Relationchip Management

DANFE – Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica

DI – Declaração de Importação

DVA – Declaração de Valor Aduaneiro

ERP – Interprise Resopurce Planning

EUA – Estados Unidos da América

FI – Financial Accounting

FOB – Free on Board

HR – Human Resources

I.I – Importo de Importação

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

IDC – International Data Corporation

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

IS – Industry Specific Solutions

LI – Licenciamento de Importação

LSI – Licença Simplificada de Importação

MDIC – Ministério do Desenvolvimento

MM – Material Management

MRP – Material Requirement Planning

NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul

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NF – Nota Fiscal

OC – Ordem de compra

OMC – Organização Mundial do Comércio

PM – Plant Maintenance

PP – Production Planning

PS – Project Systems

QM – Quality Management

ROF – Registro de Operações Financeiras

SAP AG – System, Anwendungen, Produkte in der Datenverarbeitung

SAP/R3 – System Analysis and Program

SD – Sales and Distribution

SI – Sistema de Informação]

SICOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior

TI – tecnologia da informação

UTC – United Tecnologies Corporation

WF – Worflow Management

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14

2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA............................ ............................................... 16

2.1 Caracterização da organização e do seu ambiente ................................... 16

2.1.1 Histórico da empresa .................................................................................. 17

2.1.2 Propósito e valores...................................................................................... 18

2.2 Situação problemática .......................... ....................................................... 19

2.3 Justificativa.................................. ................................................................. 20

3 OBJETIVOS........................................ .............................................................. 21

3.1 Objetivo geral ................................. .............................................................. 21

3.2 Objetivos específicos.......................... ......................................................... 21

4 REVISÃO DE LITERATURA ............................ ................................................ 22

4.1 Política e a definição de Importação ........... ............................................... 22

4.1.1 Principais aspectos conceituais de importação ........................................... 27

4.1.2 Órgãos intervenientes no Comércio exterior Brasileiro. .............................. 32

4.1.3 Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior) .................................. 34

4.1.4 Incoterms (International Commercial Terms / Termos Internacionais de

Comércio)....................................................................................................... 36

4.2 Qualidade em Serviços .......................... ...................................................... 42

4.3 Sistemas de Informação (SI) .................... ................................................... 44

4.4 Sistema de Gestão Integrado – ERP.............. ............................................. 46

4.4.1 A origem do sistema ERP ........................................................................... 48

4.4.2 As funções básicas de um sistema ERP..................................................... 49

4.4.3 Integração através do sistema ERP ............................................................ 50

4.4.4 Posição do ERP no mercado brasileiro em 2009 ........................................ 52

4.5 A origem da empresa SAP........................ ................................................... 54

4.4.5 Dados da integração do sistema SAP........................................................ 55

4.4.6 Vantagens e Desvantagens do sistema SAP R/3 ....................................... 57

4.4.7 Os módulos que constituem o sistema SAP R/3 ......................................... 58

5 METODOLOGIA ...................................... ......................................................... 60

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5.1 Delineamento do tipo de estudo ................. ................................................ 60

5.2 Delineamento da área alvo de estudo ............ ............................................ 61

5.3 Instrumento de coleta de dados ................. ................................................ 61

5.4 Plano de análise de dados...................... ..................................................... 62

6 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................... ............................................. 63

6.1 Descrever o processo de importação de component es

eletroeletrônicos da empresa Springer Carrier Ltda, antes e depois da

implantação do sistema............................. ................................................... 63

6.1.1 Processo de importação antes da implantação do sistema ERP SAP R/3.. 63

6.1.2 Processo de importação após a implantação do sistema ERP SAP R/3 .... 69

6.2 Identificar as dificuldades e benefícios existe ntes na importação de

componentes eletroeletrônicos da Springer, antes da utilização da

implantação do sistema ERP SAP/R3 .................. ....................................... 75

6.2.1 Dificuldades................................................................................................. 75

6.2.2 Benefícios.................................................................................................... 76

6.3 Apresentar as vantagens que o sistema ERP SAP/R 3, oferece como

benefícios e melhorias para as necessidades do proc esso de

importação de componentes eletroeletrônicos da empr esa, e as

desvantagens ocasionadas com a implantação do mesmo ...................... 77

6.3.1 Vantagens ................................................................................................... 78

6.3.2 Desvantagens ............................................................................................. 79

6.4 Fazer um comparativo sobre o processo de import ação de

componentes eletroeletrônicos da Springer antes e d epois da

implantação do sistema ERP SAP/R3 .................. ....................................... 80

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................. ................................................. 83

7.1 Implicações do estudo.......................... ....................................................... 84

7.2 Limitações do estudo........................... ........................................................ 84

7.3 Propostas para estudos futuros ................. ................................................ 84

REFERÊNCIAS.................................................................................................... 86

APÊNDICE A – ROTEIRO DA ENTREVISTA ................. .................................... 88

APÊNDICE B – PROCESSO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS....... ..................... 89

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1 INTRODUÇÃO

É corrente, que a alta tecnologia a qual o mundo vem se adaptando, torne o

mercado cada vez mais competitivo. Neste caso é de extrema necessidade que as

empresas busquem se diferenciar no atual mercado que tende a crescer

simultaneamente, pois junto a este crescimento, aumenta também a concorrência.

Em relação à alta tecnologia, entende-se que, um dos itens básicos para as

organizações, é o sistema de informações adquiridos pelas empresas, pois não

basta que a companhia apenas adquira um sistema, mas também deve ser

considerado, se é o tipo de sistema que está sendo utilizado.

Neste contexto as informações e dados adquiridos em qualquer setor da

organização são de alta importância, é através destes itens que estará iniciando

qualquer processo dentro da empresa. No entanto, dependendo do sistema de

informação que a empresa venha a adquirir, pode-se não alcançar com eficiência e

eficácia os resultados previstos e esperados.

Nesta pesquisa, aborda-se um dos sistemas, que atualmente está sendo

utilizado por diversas empresas (indústrias, comércio, prestadores de serviços, etc.),

e que nesses últimos anos, vêm tendo um papel importante e significativo para as

empresas que o implantaram. O nomeado sistema ERP (Enterprise Resource

Planning) o qual segundo Corrêa (1999, p. 343) é um sistema que foi desenvolvido

ao longo do tempo e por diferentes módulos. Tem por finalidade integrar todas as

informações das empresas, em um único banco de dados, tanto nos processos

internos (setores) quanto externos (clientes e fornecedores). Este sistema procura

vincular as informações fornecidas, por demais sistemas e/ou subsistemas, que

venham a fazer parte do tal processo utilizado. Portanto, de certa forma, o sistema

ERP, pode trazer benefícios para gestão dos negócios, e facilitar o fluxo das

informações.

O presente estudo propõe-se a estudar as vantagens e desvantagens do

sistema ERP e o módulo utilizado SAP R/3 (System Analysis and Program) na área

de importação da empresa Springer Carrier Ltda. Procura-se analisar as vantagens

e desvantagens antes e depois da implantação deste sistema, para desenvolvimento

de um estudo comparativo.

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Este trabalho foi organizado e dividido em capítulos. Assim, o primeiro capítulo

busca introduzir o leitor ao assunto mencionado.

No segundo capítulo descreve-se a caracterização da empresa, juntamente

com seu histórico, propósitos e valores. Também se refere à delimitação do

problema e sua situação problemática. Apresentando na sequência a justificativa

para o tema escolhido ao estudo.

No capítulo seguinte descreve-se o objetivo geral e seus objetivos específicos.

O quarto capítulo expõe a revisão da literatura utilizada para análise e elaboração da

pesquisa.

No quinto capítulo apresenta-se a metodologia utilizada para elaboração do

projeto.

O sexto capítulo trata do desenvolvimento e elaboração da análise do estudo

de caso apresentado no projeto.

O último capítulo refere-se às considerações finais do estudo elaborado neste

projeto.

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2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Este capítulo tem como objetivo apresentar o histórico e caracterização da

empresa em estudo, descrevendo a situação problema em relação processo de

importação, e suas justificativas para o tema proposto.

2.1 Caracterização da organização e do seu ambiente

A organização Springer Carrier Ltda, pertence ao grupo empresarial americano

UTC (United Tecnologies Corporation). Este tornou-se um grande potencial

econômico, e é considerada a 18ª maior empresa de manufatura dos EUA (Estados

Unidos da América, sendo formada por um grupo de empresa em diversas partes do

mundo. Hoje presente em mais de 180 países, a empresa oferece produtos e

serviços. No Brasil é representada através da Springer Carrier Ltda. Relaciona a

seguir o grupo das empresas que constituem a UTC.

- Carrier – Indústria e sistema de ar condicionado e refrigeração.

- Hamilton Sundstrand – Sistema de manutenção e controle de

vida na aviação.

- Otis – Indústria de elevadores e escadas rolantes.

- Pratt & Whitney – Indústria de turbinas para aeronaves.

- Sikorsky – Helicópteros

- UTC Fire & Security – Serviços de segurança e combate á

incêndio.

- UTC Power – Células de combustível aeroespacial.

É possível dizer que a empresa Springer Carrier Ltda, a qual constituiu a

indústria e sistema de ar condicionado dentro do grupo UTC, é um grande

referencial no ramo da indústria de componentes de refrigeração.

Conforme dados de 2008, a empresa possui uma participação expressiva no

faturamento do grupo UTC de aproximadamente 26%. O grupo UTC está presente

em mais de 170 países, com aproximadamente 41.000 funcionários no mundo.

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2.1.1 Histórico da empresa

Em 1902 ocorreu o primeiro processo mecânico para condicionamento de ar,

elaborado por Willis Carrier, que no mesmo ano aplicou sua invenção na área têxtil,

em que é possível dizer que foi o grande mercado para o condicionamento de ar. No

decorrer dos anos o mercado foi se expandindo por diversas áreas, apesar da morte

do Sr. Willis Carrier no ano de 1950.

No ano de 1934 foi fundada a empresa Springer e Companhia por Charles

Springer, como principal atividade a representação e concerto de refrigeradores

comerciais. Já a fabricação de refrigeradores de ar, teve inicio somente no ano de

1941 através da produção de refrigeradores comerciais, que logo após, no ano de

1950 iniciou a fabricação para uso doméstico. No inicio sua produção diária era em

torno de seis unidades, e os produtos eram vendidos em grandes lojas de São Paulo

e Rio de Janeiro. Cinco anos após a empresa implantou uma fábrica com tecnologia

mais avançada, obtendo o credenciamento para fabricar os produtos da linha de

eletrodomésticos e foi lançado o primeiro refrigerador doméstico retangular.

Figura 1 – Primeira sede da Springer em Porto Alegre (1934) Fonte: ACEVEDO; BLASCO; GARCIA, 2008/2009.

Em 1996 foi concluída a sede em Canoas-RS, seguida da unidade de Manaus

Springer Amazônia Indústria e Comércio Ltda, que em 1983 tornou-se a Springer

Carrier S.A, através da associação com a Carrier, quando teve como foco a

fabricação para condicionadores de ar.

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Figura 2 – Unidades fabris da Springer no Brasil Fonte: ACEVEDO; BLASCO; GARCIA, 2008/2009.

Logo após a empresa passou por uma reestruturação, passando a denominar-

se então a Springer Carrier Ltda.

2.1.2 Propósito e valores

Para fundamentar suas políticas e estratégias, como qualquer outra empresa, a

Springer Carrier adotou alguns valores e propósitos, os quais são validos para o

trabalho.

- Ser a primeira opção em conforto ambiental e refrigeração,

através de produtos e sistemas diferenciados.

- Oferecer produtos e sistemas, que façam do mundo um lugar

melhor, refletindo o compromisso com a qualidade, saúde,

segurança, meio ambiente, e inovação tecnológica.

- Proporcionar às pessoas o pleno uso do seu potencial, através

do compromisso com a melhoria contínua, enfatizando

educação e reconhecimento.

- Assegurar desempenho financeiro de classe mundial dentro dos

mais elevados padrões éticos.

No Brasil a Springer Carrier possui duas estruturas, a de operação e a de

distribuição. Na operação, possui duas plantas, uma em Canoas e outra em

Manaus. A planta de Manaus (Climazon) é uma filial da Matriz Canoas.

De acordo com dados de 2009 sua fabricação foi de 733.552 unidades/ano. Na

planta de Canoas a fabricação foi de 196.315 unidades/ano. Portanto, é possível

informar que o faturamento no Brasil em 2009, referente às duas plantas foi de

aproximadamente US$ 337 milhões.

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2.2 Situação problemática

Devido ao avanço da tecnologia, é possível mencionar que o mercado se

tornou altamente competitivo. Entende-se, neste caso, que é de extrema importância

que as empresas procurem cada vez mais se destacar diante seus concorrentes.

Portanto é necessário que as organizações busquem algo para se diferenciar,

manter e conquistar seus clientes.

Em meio à alta tecnologia, julga-se indispensável que as empresas obtenham

um bom sistema de informação dentro de sua companhia. Este é um dos principais

itens que o mercado exige, para que se adquira um considerável desempenho

dentro do mercado atual mediante seus adversários.

Segundo Davenport, (2002, p. 18) sistemas de informação, sistemas de gestão

empresarial ou ERP (Enterprise Resource Planning), destacam-se através de suas

diferenciadas funções. Formado por módulos, não só atende diversas áreas das

organizações, mas também tem a possibilidade de substituir planilhas, textos e

demais subsistemas que as empresas adquirem para executar diferentes rotinas de

trabalhos. Complementa o autor, que este sistema unifica todas estas funções e se

integra a qualquer outro sistema, em um único banco de dados. O qual pode ser

acessado por todas as unidades que fazem parte da empresa, ou que trabalhem

para a mesma (filiais, clientes e fornecedores) independente da localização que a

empresa esteja instalada.

Para que a empresa em estudo, Springer Carrier Ltda., venha a se destacar no

mercado, se faz relevante que a mesma tenha um processo de informação ágil e

integrado. Um sistema informatizado é a base para que este processo aconteça.

Portanto, é possível dizer, que se fez necessário a busca por algumas melhorias e

transformações dentro do processo de importação da empresa. Diante este cenário

surge a seguinte questão problema:

Quais foram às vantagens e desvantagens no processo de importação de

componentes eletroeletrônicos da empresa Springer Carrier Ltda, após a

implantação do sistema ERP SAP R/3?

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2.3 Justificativa

Esta pesquisa possui grande importância para a empresa, estudantes e

interessados sobre o assunto de sistema de gestão integrado, pois tem como

finalidade, não só apresentar o sistema ERP SAP/R3 como melhoria dos processos

gerenciais de diversos setores, dentro das grandes organizações, como também

apresentar o quanto se faz importante ter um sistema de informação e gestão

integrado e os benefícios os quais o mesmo pode oferecer.

Devido ao grande avanço da tecnologia e informação, as empresas almejam

estar sempre à frente dos concorrentes, buscando melhores oportunidades para

manter-se no mercado atual. Neste caso, pode-se dizer que grande parte das

organizações necessita adquirir um sistema em que possam obter informações

atualizadas e integradas aos seus bancos de dados, buscando praticidade e

agilidade.

O estudo de caso da Springer Carrier Ltda apresenta aos interessados a

oportunidade de análise e estudo de um sistema que está expandindo rapidamente

entre as grandes organizações, as quais procuram manter-se atualizadas e focadas

nas mudanças exigidas pela concorrência e a globalização.

A pesquisa torna–se possível, por ter facilidade em adquirir as devidas

informações necessárias para o estudo. Devido à realização ter participação do

supervisor de importação da empresa, o interesse é de cunho acadêmico e

profissional. Para a empresa há interesse em levantar estas informações, e

desenvolver um comparativo de seu processo, com intuito de identificar as melhorias

adquiridas com a implantação do sistema.

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3 OBJETIVOS

Este capítulo define qual será o objetivo geral e específicos a serem atingidos.

3.1 Objetivo geral

Analisar o processo de importação de componentes eletroeletrônicos da

empresa Springer Carrier Ltda., e identificar às vantagens e desvantagens após a

implantação do sistema ERP SAP R/3.

3.2 Objetivos específicos

- Descrever o processo de importação de componentes

eletroeletrônicos da empresa Springer Carrier Ltda, antes e

depois da implantação do sistema.

- Identificar as dificuldades e benefícios existentes na importação

de componentes eletroeletrônicos da Springer, antes da

utilização da implantação do sistema ERP SAP/R3.

- Apresentar as vantagens que o sistema ERP SAP/R3, oferece

como benefícios e melhorias para as necessidades do processo

de importação de componentes eletroeletrônicos da empresa, e

as desvantagens ocasionadas com a implantação do mesmo.

- Fazer um comparativo sobre o processo de importação de

componentes eletroeletrônicos da Springer antes e depois da

implantação do sistema ERP SAP/R3.

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4 REVISÃO DE LITERATURA

Este capítulo apresenta o referencial teórico do presente projeto, com base na

definição de diversos autores para embasar o estudo.

4.1 Política e a definição de Importação

Na visão de Bizelli, (2002 p. 15), o processo de importação originou-se na

década de 70 e foi editado através da Cacex, (Carteira de comércio exterior do

Banco do Brasil S/A) quando constituiu-se para Ministério de Comércio Exterior, a

qual realizava as atividades administrativas essenciais ao comércio internacional no

Brasil.

Segundo o autor, o comércio internacional, é de grande importância tanto para

os países desenvolvidos, quanto para os países em desenvolvimento e

subdesenvolvidos. Pois o crescimento e o desenvolvimento destes governos

dependem do aumento econômico e da expansão do intercâmbio. Independente de

serem países pobres ou ricos necessita de recursos que beneficiem as suas

importações tanto de bens de capital, quanto produtos intermediários e serviços, os

quais se tornam necessários para o progresso do governo e de sua nação.

No Brasil o autor afirma que nesta década de 70, a política do comércio

exterior, estava recuada para o desenvolvimento econômico, e que a prioridade era

de se elevar o índice das exportações, devido a exigências do governo, as

importações só eram realizadas em casos de projetos prioritários. A liberação das

importações no Brasil teve inicio, efetivamente, em 1970, quando foi chamada de

“milagre brasileiro”.

Com a chegada da crise mundial do petróleo, que afetou o mercado

internacional, originaram-se diversas barreiras protecionistas, as quais foram

acrescentadas as que já existiam. O Brasil então optou por um controle mais rígido

nas suas importações, com isto procedeu sua substituição com objetivo de fortalecer

o parque industrial.

Conforme Bizelli (2002) durante a década de 80 que a política do comércio

exterior brasileiro obteve um considerável crescimento, pois o parque industrial tinha

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a necessidade de se adequar à configuração desta política visto que adotava grande

parte das obrigações internacionais do país. Foi quando as barreiras foram

descartadas e substituídas por outras medidas as quais as importações fossem

realizadas com mínimo de interferência do estado.

Segundo Bizelli (2002, p. 16-21) na década de 90 o governo tomou outras

medidas para o processo de importação. Em 1975 optou por eliminar os controles

quantitativos e pôs um fim na limitação de produtos importados, e também descartou

as isenções e reduções dos impostos de IPI (Imposto sobre Produtos

Industrializados). Porém foi necessário adquirir meios que pudessem indicar, de

forma evidente ao departamento privado, nova orientação de importação que

pudesse servir de diretriz para as decisões organizacionais. Foi então que iniciou a

nova política das importações, fundamentada na tarifa aduaneira exclusivamente.

Conforme o autor, independente da mudança de governo em 1992, não houve

nenhuma modificação na política de comércio exterior. O que ocorreu foi um

aprofundamento ao método de relação e adequação do Mercosul, e implantação do

plano real, o que propiciou a expansão da produção industrial.

Entende-se que no governo de Fernando Henrique Cardoso também manteve

as mesmas condutas, porém, com maior participação no comércio internacional

tanto na produção como no mercado interno, e com considerável aumento no ramo

tecnológico de produtos exportados.

O processo de liberalização das importações deu-se através dessa política e

de algumas necessidades, para proteger e defender os atos desleais de comércio

como: dumping, subsídios, etc., atos estes proibidos pelos órgãos OMC

(Organização Mundial do Comércio), e Mercosul como também as alianças com

países e blocos econômicos. Portanto, era prioritário que se agrupasse novos

membros ao Mercosul, e que se designasse a Zona de livre comércio, juntamente

com a União Européia, as transações para desenvolvimento do Mercado

Hemisférico e o fortalecimento da OMC juntamente com a execução dos acordos da

“Rodada Uruguai”.

Conforme Aquiles (2008, p. 17-9) foi em 1988 que o Brasil conseguiu ingressar

no mercado internacional, por meio da nova política de comércio exterior, em que as

mudanças e alterações no processo de importação beneficiaram a inserção do país

no mercado estrangeiro. Neste ano se obteve as eliminações das barreiras não

tarifárias, a redução das alíquotas de imposto como IPI, e também a eliminação de

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alguns regimes especiais de importação que contribuíram para diminuir a proteção

da indústria doméstica.

Segundo o autor, para o período de 1988 a 1994, o governo estabeleceu um

plano, o qual a principal idéia era reduzir as tarifas, com objetivo de adquirir um

controle melhor das importações. Porém em 1992, por decisão da autoridade

monetária, o cronograma foi alterado para dois anos a mais do que havia sido

proposto, o que refletiu de forma positiva para a abertura do comércio brasileiro. No

entanto estas reduções contribuíram para a concorrência internacional, cuja abertura

da economia possibilitou às empresas, adquirirem bens de capitais e melhores

recursos de tecnologia disponíveis no mercado internacional, o que impactou no

parque industrial, e por meio deste constituiu consideráveis ganhos que incentivaram

na competitividade do mundo globalizado (AQUILES, 2008).

Julga-se correto citar, que a abertura do comércio internacional no Brasil,

tornou-se possível através do desenvolvimento de programas, como a diminuição

dos impostos alfandegados e condução do fluxo de capitais internacionais que foram

designados aos investimentos de curto e longo prazo; o qual promoveu à compra e

venda de recursos aplicados a bolsa de valores, e possibilitou a aplicação dos

recursos de investidores estrangeiros, em forma de títulos de renda fixa no mercado

nacional. Esta desregulamentação configurou-se como incentivo às empresas locais

por buscarem recursos no mercado internacional por meio da emissão de notas.

Conforme Aquiles (2008) em 1994 quando o governo optou por renegociar a dívida

externa, contribuiu para a importação e melhorou a entrada de capitais

internacionais, tornando-se possível a regularização entre os credores externos.

A tabela 3 demonstra a redução da taxa média sobre o imposto de IPI, o qual

caracterizou a expansão da economia do Brasil.

Ano 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

Tarifa média 45,0 41,0 32,1 25,02 20,8 16,5 14,0

Figura 3 – Tarifas de Importação (%) Fonte: AQUILES, 2008.

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Observa-se que apesar da redução das tarifas de importação (AQUILES, 2008,

p. 17):

Até 1993 o aumento das importações não foi suficiente para provocar em grande desequilíbrio nas contas externas ou colocar em risco os produtos nacionais, devido às constantes desvalorizações da taxa de câmbio bem como a recessão observada naquele período.

Refere ainda Aquiles (2008), que em 1995, após a abertura do comércio, as

empresas tiveram a oportunidade de adotar programas diferentes que facilitaram a

especialização da produção por meio de estruturas melhores, possibilitaram o

aumento na produção, aumentando a importação de bens e componentes

tecnológicos, o que favoreceu a competitividade das indústrias nacionais perante os

concorrentes do mercado internacional.

Inicialmente o crescimento nas importações configurava-se através de bens de

capitais, insumos industriais e matérias primas agrícolas, consideradas de excelente

qualidade, mas de baixo custo aos que eram praticados no mercado doméstico.

Portanto é importante resaltar que a abertura da economia brasileira, foi um

procedimento rápido e com isto, muitas empresas não estavam preparadas para

enfrentar os concorrentes de produtos importados, pois não tinham investimentos e

financiamentos suficientes a preços competitivos para se adaptarem e adequarem

ao parque industrial.

Segundo Aquiles (2008, p. 33) a importação é definida pelo ato de transferir as

mercadorias, ou serviços provenientes do exterior para o país, o qual origina o

processo de intercâmbio entre ambos, e que vem a chamar como globalização do

mercado. Este processo oportuniza as empresas do mercado nacional a adquirirem

novas tecnologias, com objetivo de melhorar e modernizar o parque industrial,

também incentiva a compra de insumos, a preços competitivos, que estão

reservados a fabricação de mercadorias de melhor qualidade, e maior produtividade.

Complementa o autor, toda a empresa importadora deve estar cadastrada no

Registro de exportadores e importadores do Ministério do desenvolvimento, indústria

e comércio exterior, ou seja, o sistema integrado de comércio exterior chamado

Siscomex, de forma que seja automática no primeiro processo de importação. Para

o registro devem ser informados os seguintes documentos da empresa: CNPJ,

constituição dos sócios, capital social, e outros dados cadastrais, assim como

também, todas as informações referentes ao processo comercial e da mercadoria a

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qual será importada, com permissão para que possam emitir o licenciamento de

importação (LI), a declaração de importação(DI), e o registro das operações

financeiras (ROF).

Na visão de Behrends (2006, p. 231-32) entre o final dos anos 60 e durante a

década de 70, este foi o período em que ocorreu à abertura para as exportações e

se implantou a “substituição” das importações. Diante desta etapa os resultados

foram positivos, houve um grande crescimento de novas indústrias no mercado, que

começaram a atender tanto no mercado nacional como internacional. Em destaque

alguns resultados foram extraordinários, como a fundação do pólo calçadista na

região Sul do Brasil e na Zona Franca de Manaus-AM o qual se formou em um case

de marketing.

Complementa o autor, que o início dos anos 80 foi uma fase caracterizada por

sucateamento da indústria, pois o país não estava adequado em questões de

tecnologia de informática, o que diminui o poder de concorrer com o

desenvolvimento do mercado mundial. No final da desta década houve a intenção

liberalizante em termos de comércio internacional.

Neste período iniciou-se uma parte dos processos de restrições ás

importações, que aos poucos foram sendo abolidas. Em 1990 através da lei nº

8.032/90 ocorreu o processo de redução dos impostos de importação (IPI). Nos dias

de hoje a taxa aduaneira é a única que serve para regular as importações. Anterior a

execução desta lei a taxa variava de 0,5% a 105,0, tendo como valor médio 35%,

após esta lei a redução foi de 0% para 50% ficando o valor médio de 17%, a

previsão é que o valor médio ficasse em 14%.

No quesito Mercosul grande parte das tarifas são de 0%, porém com algumas

exceções, que foram formadas por cada país, com intuito de preservar alguns

produtos os quais não podem ser liberados. Em 2005 estava previsto a liberação

total das alíquotas, mas a pedido da Argentina o prazo foi prorrogado por mais dois

anos.

No período de 1995 a janeiro de 1999 em fase de globalização, houve a

abertura da economia brasileira, mas perante a balança comercial o resultado obtido

não foi o esperado. Foi então que no mesmo mês de Janeiro de 1999 ocorreu uma

mudança significativa na política cambial. O conjunto de variação cambial foi aberto,

e a seguir obteve-se a liberação do mesmo, que fez com que a semelhança entre

US$/R$ chegasse a R$ 2,17 trazendo uma desvalorização no valor de R$ 1,32 por 1

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US$ em relação ao dia anterior. Já em 2006 a média foi em torno de R$ 2,06, valor

que facilitou as importações referentes a maquinas, equipamentos e matérias

primas.

O crescimento das importações no ano de 2004 comparado ao ano de 2003 foi

de 30% média em moeda de US$ 67,781. Já em 2005 as importações tiveram um

maior crescimento, subindo para US$ 73,551 bilhões total em percentagem de

17,06% de aumento comparado ao ano de 2004.

Na etapa a seguir se apresenta uma visão geral sobre os principais aspectos

de importação.

4.1.1 Principais aspectos conceituais de importação

Segundo Bizelli (2002, p. 47-60) os principais aspectos de importação estão

divididos conforme os tópicos a seguir relacionados:

Território Aduaneiro: compreende-se que o significado conforma-se sobre todo

o espaço do território nacional, constituído para fins de competência dos serviços

aduaneiros o qual estão divididos em “Zona primária” e “Zona secundária”.

Zona primária: entende-se como o espaço interno dos portos e aeroportos,

ambientes alfandegados e demais áreas que tenham licença na fronteira terrestre e

que ofereçam serviços de operações de carga e descarga das mercadorias, e até

mesmo transporte de passageiros nativos ou com destino ao exterior.

Conforme o autor a zona primaria é definida pelo comando aduaneiro do local,

através do órgão ou organização que tenha vinculo de administração junto ao porto,

aeroporto e estação de fronteira, o qual envolve espaço terrestre ou marítimo,

persistente ou não, ocupado pelos ambientes alfandegários. O espaço terrestre é

ocupado pelos aeroportos da alfandegada, e a área próxima é ocupada por pontos

de fronteira alfandegados, terminais e demais locais, utilizados para movimentação

das cargas, e depósitos das mercadorias destinadas à exportação ou importação, as

quais necessitam ainda de controle aduaneiro. É também considerado como Zona

primária, o espaço destinado ao livre comércio, nomeado como (ZPE) Zona de

processamento de exportação, o qual se designa para empresas do ramo de

produção de bens e que fazem comercio com o exterior.

Zona secundária: percebe-se que é constituída pelo restante do território

aduaneiro, porem está incluso as águas do território e no espaço aéreo. Na Zona

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secundária os postos alfandegados são destinados a terminais, depósitos, e

espaços reservados as mercadorias importadas ou destinadas ao exterior, que

também precisam ser mobilizadas ou que ainda necessitam de controle do órgão

aduaneiro.

Importação definitiva: julga-se correto dizer que acontece quando a mercadoria

importada é nacionalizada, livre da origem da abertura cambial. Isto significa que a

mesma passa a fazer parte das riquezas do país, através da mudança de

propriedade do produto para qualquer pessoa aqui situada.

Importação não definitiva: entende-se que ao contrário da importação definitiva,

não ocorre o processo de nacionalização da carga. Pois este processo é definido

para mercadorias importadas que ficarem temporariamente no território nacional, e

após seu tempo de permanência no país ocorre novamente à exportação da carga

para o país de origem. Caso o importador opte por tornar a importação definitiva,

nacionalizar a carga, o mesmo deverá providenciar toda a documentação exigida e

efetuar todos os pagamentos dos impostos necessários. Pois na importação

temporária, o calculo dos impostos se baseia por meio do tempo em que a

mercadoria ficará no país e sobre o prazo de vida útil da mesma, o qual é

considerado pelo órgão Receita Federal.

LI - Licenciamento de Importação: segundo Bizzelli (2002, p. 119), as

importações brasileiras com algumas exceções, estão sujeitas ao licenciamento de

importação, o qual deve ser adquirido de forma automática, logo após a chegada da

carga no país de destino. Todas as informações comerciais, fiscais, financeiras e de

câmbio devem ser apresentadas através do Siscomex juntamente com os dados

determinados para formulação da DI, para conclusão do despacho aduaneiro da

carga. No entanto deve ser ressaltado que alguns produtos e processos de

importação estão sujeitos a demais procedimentos especiais, o qual deve ser

analisado até o desembaraço respectivo da mercadoria. Conforme o autor, entre

estes se enfatiza:

Exigências zoossanitárias e /ou sanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento para “carnes e miudezas comestíveis”, “peixes, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos”, “leite, laticínios, ovos e mel natural”, “outros produtos de origem animal”, “frutas”, “bebidas” e “vários outros produtos de origem animal ou vegetal”. Exigências ecológicas estabelecidas pelo Ibama para “borracha natural, sintética ou artificial”. Números do registro da empresa e/ou produto junto ao órgão competente para “amianto”, “defensivos agrícolas”, “produtos farmacêuticos”, “perfumes,

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outros produtos de perfumaria e cosméticos” e “produtos correlatos da área médico-hospitalar” (BIZZELLI, 2002, p. 119).

Licenciamento Não Automático: conforme Bizelli (2002, p. 120) entende-se que

nos casos de importação submetidos ao licenciamento não automático, todas as

informações referentes a câmbio, financeiro, comercial e fiscal, devem ser

repassadas através do agente credenciado, de forma antecipada ao embarque da

mercadoria no exterior ou mesmo antes do despacho da carga.

Nacionalização: entende-se que nacionalização é o processo de transferência

da mercadoria do exterior para o mercado nacional, o qual se torna parte da

economia do país. Na importação definitiva o principal documento que comprova a

importação, ou o processo de transferência da mercadoria é o conhecimento de

embarque, documento emitido pela empresa transportadora, que informa o

recebimento da mercadoria, as condições de transporte e a chegada da mesma ao

destinatário final. Porem para nacionalização de processo de admissão não

definitiva, ou seja, admissão temporária, importação por determinado tempo, pode

se comprovar a inserção destas mercadorias através de outros documentos, como a

fatura comercial, o qual pode comprovar o processo de transferência.

Despacho para o consumo: entende-se que o despacho para consumo é o

processo pelo qual a mercadoria importada passa a ser nacionalizada no país de

destino final e transferida da economia estrangeira para a economia do Brasil. De

forma que todas as exigências e obrigatoriedade fiscais estejam cumpridas para que

o importador possa fazer seu uso.

Despacho Aduaneiro: compreende-se que o desembaraço aduaneiro não muito

diferente do desembaraço para o consumo, é definido como o método fiscal o qual

se efetua o desembaraço aduaneiro da carga, ou seja, a liberação da mercadoria,

procedente do exterior. Esta mercadoria pode ser definitiva ou não definitiva.

(Decreto nº. 91.030/85, artigo 411). É através do desembaraço aduaneiro que será

definido a (DI), declaração de importação ou (DSI) declaração simplificada de

importação.

DI - Declaração de importação: conforme Bizelli (2002, p. 163) a DI é

estabelecida através do importador ou seu representante, por meio do Siscomex.

Neste documento devem constar todas as informações gerais referente ao próprio

importador, o transporte, a carga e o pagamento, como também devem fazer parte

às informações mais específicas, como, fornecedor, mercadoria, valor aduaneiro, os

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processos, incoterm e seus tributos – I.I (Imposto de Importação); I.P.I / Anti-duping,

compensatórios, e câmbio). Conforme o autor, dando inicio ao processo de DI a

mesma deve ser criada de forma única para cada conhecimento internacional da

mercadoria. Porem dependendo do tipo de produto importado, transporte utilizado, e

regulamentação fiscal do importador estejam em situação regular, a Secretaria da

Receita Federal pode aprovar mais de uma DI para um mesmo conhecimento, como

também pode autorizar uma única DI para diversos conhecimento, desde que

afirmados os meios de domínio aduaneiro.

DSI – Declaração Simplificada de Importação: segundo Bizelli (2002, p. 165), a

DSI também pode ser processada através do Siscomex. Porem este documento

destina-se a diferentes produtos para importação, como:

- importados por pessoas jurídicas e física, não ultrapassando o

valor de US$ 3.000,00. Para a pessoa física a mesma não

poderá utilizar o produto para fins comercial.

- Valores recebidos e títulos de doação por meio do governo, ou

órgãos estrangeiros, através de instituições de assistência

social.

- Produtos importados por meio de admissão temporária, que

possui isenção dos impostos, menos em casos de aplicação

automática para regime aduaneiro.

- Mercadorias reimportadas, as quais foram concertadas ou

restauradas no exterior em realização de exportação

temporária.

- Conteúdos de remessa postal, encomenda aérea, que não

ultrapasse os US$ 3.000,00.

- Integrantes de bagagem desacompanhada.

- Produtos importados, e industrializados que serão utilizados na

Zona Franca de Manaus.

- Produtos sem valor, como amostra.

- Documentos, folhetos, livros, catálogos, manuais e publicações,

etc. importados sem cobertura cambial, e fins comerciais,

devem estar isentos de impostos.

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- Veículos de viajantes que moram no exterior e ingressem no

país de forma terrestre, serão submetidos a admissão

temporária.

- Produtos importados por meio de missão diplomática.

- Órgãos e tecidos humanos, para fins de transplantes.

- Animais domésticos, sem fins comerciais.

Desembaraço Aduaneiro: segundo Bizelli (2002 p. 176) este procedimento

ocorre através do ato final do despacho aduaneiro, quando a mercadoria é

autorizada para ser entregue ao importador, independente do canal que tenha

adquirido para conferência. A entrega da carga só poderá ser concluída após o

registro de o desembaraço ter sido efetuado no Siscomex, por meio da autoridade

aduaneira. Esta autoridade fiscal irá emitir o comprovante de importação, que será

entregue ao importador, o qual com este documento conseguem provar o ingresso

da carga regular da mercadoria no país.

Drawback na importação: conforme Bizelli (2002, p. 202) Drawback é um

benefício que no processo de importação, pode ser prestado pelos termos e

condições descritos através dos seguintes modos:

1. Devolução total ou parcial dos impostos que foram pagos na importação

de mercadorias exportadas , quando estas já foram beneficiadas, ou de

uso para fabricação, complementação ou a condição de outra

mercadoria exportada.

2. Exoneração dos impostos obrigatórios na importação de produtos em

quantidade e qualidade igual à usada no processo de beneficiamento,

fabricação, complementação e condição de mercadorias exportadas.

3. Isenção do pagamento dos impostos obrigatórios na importação de

produtos a serem exportados depois do beneficiamento, ou com destino

à fabricação, complemento ou condição de outra mercadoria a ser

exportada.

De acordo com Bizelli (2002, p. 203), Drawback, também pode ser acatado

como incentivo ao processo de exportação, pelas seguintes formas:

1. Ao produto importado para beneficio no país e futura exportação.

2. A mercadoria, produto semi-elaborado, matéria-prima, e produto

acabado, os quais são usados para fabricação de outra mercadoria

exportada ou, que será exportada.

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3. Produtos como, peças, aparelhos e máquinas, automóveis e

equipamento exportados ou a exportar.

4. Produtos utilizados para embalagens, com condições ou apresentação de

algum produto exportado ou a exportar, desde que favoreça, por meio

de comprovante, que o mesmo agregou valor ao produto final.

5. animais caseiros, com destino ao abate para futura exportação.

Este benefício de Drawback, também pode ser concedido para mercadorias

como matéria-prima e demais produtos que não necessariamente estejam

agregados ao produto exportado, mas que sejam usados em sua fabricação, com

condições que expliquem a permissão(BIZELLI, 2002).

Revisados os principais aspectos de importação, é importante que se obtenha

conhecimento sobre os órgãos intervenientes do comércio internacional, conforme

se apresenta no capítulo seguinte.

4.1.2 Órgãos intervenientes no Comércio exterior Brasileiro.

Conforme Luz (2009, p. 07) é de importância mencionar, que há diferenças

entre os termos comércio exterior e comércio internacional. Perante o termo

“comércio exterior”, entende-se que é o comércio de um país com o restante do

mundo. No termo “comércio internacional” compreende-se como comércio mundial.

Portanto acredita-se importante discorrer sobre o termo Comércio exterior.

Segundo o autor, a palavra “comércio” também possui um conceito a citar, pois

esta não se define apenas como compra e venda como também abrange demais

tipos de contrato como de aluguel e serviços. O comércio envolve transferência de

mercadorias, prestação de serviços, transporte e seguros. Deste modo entende-se

que a importação de produtos alugados, bem como a prestação de serviços de frete

proporcionado ao Brasil, são serviços avaliados no conjunto do comércio exterior

brasileiro.

Conforme análise de Luz (2009, p. 7; 18; 20) cita-se abaixo os principais

órgãos intervenientes do comércio exterior brasileiro.

a) RFB – Receita Federal do Brasil: este órgão é o responsável pela parte

administrativa referente a impostos federais, fiscalizações, lançamento

de créditos tributários, controle aduaneiro, cobrança e análise dos

processos administrativos.

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b) SECEX – Secretaria de Comércio Exterior: este é um órgão específico

singular o qual faz parte do MDIC (Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior). Sua função é manter a relação entre o

setor produtivo e o setor público. É através deste órgão que se

estabelecem as políticas para o aumento das atividades empresariais,

tendo em vista o desenvolvimento do país.

c) BACEN – Banco Central do Brasil: este órgão tem por atividade fiscalizar

todas as transações bancárias, como remessas e recebimentos

referentes à entrada e saídas dos recursos no país.

d) MRE – Ministério das Relações Exteriores: este é o órgão do poder

executivo, o qual agencia todas as negociações do Brasil com os demais

países do mundo, tendo em vista o controle dos acordos e tratados

internacionais.

e) CAMEX – Câmara de Comércio Exterior: este órgão está inserido no

conselho do governo, a Camex é responsável por coordenar e orientar

os demais órgãos, ministérios ligados ao comércio exterior. Sua função

é evitar conflitos, como por exemplo, qualquer alteração ou nova norma

relativa ao comércio exterior, só poderá ser aprovada após analise e

aprovação da Camex. Este órgão, por delegação da presidência da

República, também tem por competência fixar as alíquotas referente aos

impostos de importação e exportação, e alterar as NCM (Nomenclatura

comum do Mercosul).

Conforme Luz (2009, p. 33), existe diferença entre os órgãos gestores e os

órgãos anuentes. Os órgãos gestores são os administradores do sistema, os quais

foram mencionados anteriormente (RFB, SECEX, BACEN, MRE, CAMEX). Já os

órgãos anuentes são aqueles, que tem por função conceder as licenças de

importações e exportações.

Conforme o autor, apresenta-se a seguir, a relação destes órgãos anuentes:

a) ANCINE – Agência Nacional do Cinema.

b) ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

c) ANP – Agência Nacional de Petróleo.

d) ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

e) COMEXE – Comando do Exército, do Ministério da Fazenda.

f) COTAC – Comissão de Coordenação do Transporte Aéreo Civil.

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g) CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear.

h) DECEX – Departamento de Operações de Comércio Exterior.

i) DPF – Departamento de Policia Federal.

j) DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral.

k) EBCT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

l) IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, e dos Recursos Naturais

Renováveis.

m) INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia.

n) MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

o) MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia.

p) MF - Ministério da Fazenda.

q) SUFRAMA - Superintendência da Zona Franca de Manaus.

Conforme apresentação básica dos órgãos intervenientes do comércio exterior.

A seguir apresenta-se o sistema o qual está vinculado aos órgãos RFB, SECEX,

BACEN, e que é responsável por todos os registros de documentos necessários

para os processos ligados a importação e exportação.

4.1.2 Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior)

Segundo Aquiles (2008, p. 33-4) percebe-se que o Siscomex, é um software,

ou seja, um sistema integrado que conecta as informações entre os importadores,

exportadores e agentes credenciados, como também transportadores, agentes

bancários, despachantes, entre outros. A secretaria de comércio exterior, o Banco

Central e a própria secretaria da Receita Federal. Este sistema permite registrar de

forma eletrônica os documentos necessários para o processo de importação ou

exportação. O Siscomex foi criado em Setembro de 1992, através do decreto n° 660,

mas foi implantado no ano de 1993, somente para os casos de exportação, com

intuito de agilizar estas operações. Em 1997 o sistema iniciou a operação também

para os processos de importação.

Conforme o autor, a implantação do sistema propiciou a redução do prazo de

desembaraço das mercadorias, e também considerável redução nos custos gastos

com transito dos documentos entre os órgãos que intervêm nos processos de

importação e exportação, bem como a redução de fraudes.

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Julga-se correto acreditar, que no decorrer do desenvolvimento deste sistema,

foram adaptados alguns conceitos, códigos e nomenclaturas, que possibilitaram a

integração do fluxo de informações, em que se eliminou muitos documentos que

eram utilizados no processo das importações.

A seguir, com base em Aquiles (2008) apresenta-se os principais documentos

do processo de importação, os quais são executados através do sistema Siscomex:

a) Licença não automática de importação (LI)

b) Registro de operações financeiras.

c) Declaração de importação (DI)

d) Comprovante de importação.

e) Comunicado de compra.

Na visão de Bizelli (2002 p. 50) Siscomex é um sistema administrativo que une

os procedimentos de registro de comércio exterior. O mesmo acompanha e controla

os processos de importação e exportação, mediante exclusivo fluxo, de forma

computadorizada. Os importadores, exportadores e agentes que possuem cadastro,

podem emitir os documentos necessários de forma eletrônica, para os processos

tanto de importação com de exportação das mercadorias.

Conforme Bizelli (2002) a primeira etapa para este processo do registro foi

adquirida em Janeiro de 1997, os quais podem ser efetuados os seguintes registros:

a) Licença não automática de importação (LI).

b) Declaração de importação (DI).

c) Registro de operações financeiras.

Ainda com base em Bizelli compreende-se que 1998, foi criado o

acompanhamento do despacho de débito automático dos impostos, e também o

nomeado DVA registro de (declaração de valor aduaneiro), logo no ano seguinte foi

disponibilizado outros módulos respectivos aos registros de declaração simplificada

de importação (DSI) e licença simplificada de importação (LSI).

Entende-se que com o sistema siscomex, os importadores, agentes e

exportadores, tiveram facilidade de atualizar a formular suas tabelas e controles

necessários para emissão dos documentos exigidos, e consulta à tabela de

“Tratamentos Administrativos”.

Percebe-se que após o desembaraço das mercadorias serem registrados no

Siscomex, será emitido o documento de comprovação à importação (CI), o qual

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acrescentará o carimbo e assinatura para posterior entrega do mesmo ao

importador.

Apresentados os conteúdos sobre o sistema Siscomex, apresenta-se a seguir

os termos negociados entre o exportador e o importador, os quais são utilizados

para o transporte e entrega das mercadorias.

4.1.3 Incoterms (International Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio)

Conforme Bizelli (2002, p. 51) segundo princípios do professor Maurício Issa:

Muitos termos hoje conhecidos como incoterms já existiam em fins do século passado (FOB, C+F, CIF, EXW), conforme se verifica num livro sobre ‘Pendências Comerciais Julgadas em Tribunais Ingleses’. A Câmara de Comércio Internacional-CCI ficou com o papel de tentar padronizar esses termos, para adaptá-los à maioria da legislação dos países mais importantes no comércio internacional. É de se ressalvar que não são termos oficiais, nem de aceitação obrigatória, sendo certo, contudo, que são hoje universalmente aplicados. Na primeira edição da CCI vários termos foram padronizados, porém,sem aplicação prática, pois no período que mediou entre a ‘Quebra da bolsa de Nova York’ (1929) e o inicio da Segunda Guerra Mundial’ (1939), não exisitu o comércio no sentido hoje entendido, pois o mesmo se resumia a trocas. Só alguns anos após o término da Grande Guerra, quando as fábricas usadas para fabricação de armamentos começaram a produzir bens é que o comércio internacional realmente começou. Talvez, por isso, muitos definam o ano de 1953 como o de criação (vigência) de alguns termos. Em 1953, entraram em vigor C+F (hoje CFR), CIF, EXQ (hoje DEQ), EXS (hoje DES), EXW, FAZ, FOB e FOR/FOT. Em 1967, DAF e DDP; em 1976, FOA; em 1980, FRC(hoje FCA), DCP (hoje CPT) e CIP; em 1990, DDU.

No Brasil, refere Bizelli (2002 p. 51), que para as importações, são aceitas

quaisquer formas de negociação internacional, com preferência aquelas previstas

pela CCI, conforme publicação n° 560, o qual vigora desde 01/01/2000. No entanto a

modalidade de transporte utilizada para a vinda das mercadorias do exterior deve

ser analisada, visando verificar se a mesma esta ajustada conforme a condição que

foi negociada.

Conforme Bizelli (2002, p. 51), os termos utilizados e aceitos para o transporte

marítimo são: FAS, FOB, CFR, CIF, DES e DEQ. Já para demais tipos de

transporte, até mesmo o multimodal, são aceitos os seguintes termos: EXW, FCA,

CPT, CIP, DAF, DDU, e DDP. Porem para a condição de EXW, a forma de

transporte não poderá ser negociada.

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Na visão de Aquiles (2008, p. 211-24) o termo incoterm se define como as

regras para as negociações de comércio exterior, com finalidade de estabelecer aos

contratantes seus direitos e obrigações, firmado no acordo entre ambas as partes,

ou seja, exportador e importador. Estas normas não só definem os preços entre os

contratantes como também estabelecem o limite de transferência da carga. Porém

estas normas não são aplicadas a demais prestadores de serviços envolvidos no

processo, como, transportadora, agências de seguros, despachantes e outros.

Abaixo cita-se de forma sumarizada, a definição de cada incoterm, diante da

visão dos autores mencionados.

- EXW - Ex Works: o importador responsabiliza-se por todos os

custos de retirada da mercadoria, desde o estabelecimento do

exportador (BIZELLI, 2002, p. 52).

- EXW - Ex Works: (local de fabricação): a mercadoria permanece

disponível nas dependências do exportador, tendo o importador a

responsabilidade de arcar com todos os custos para a retirada da

mesma, até seu destino final. Porém esta condição não impede

que o exportador possa auxiliar o comprador na aquisição dos

documentos necessários para o despacho da mercadoria.

Utilizando este termo o exportador possui mínimo grau de

responsabilidade sobre a carga, deste modo o importador deve

utilizar o EXW, somente se tiver condição de cumprir com as leis

do país de origem, no que se diz respeito ao desembaraço da

mercadoria para a exportação. Este incoterm pode ser utilizado

em qualquer modalidade de transporte (AQUILES, 2008, p. 212).

- FAS - Free Alongside Ship: (Livre no costado do navio): a

mercadoria é entregue no porto de embarque, e os custos

posteriores para o transporte da mesma ficam sobre

responsabilidade do importador (BIZELLI, 2002, p. 52).

- FAS - Free Alongside Ship; (Livre no costado do navio): o

exportador é responsável pela entrega da carga somente até a

entrega no cais do porto, no costado do navio. No entanto a

mercadoria já deve estar desembaraçada, ou seja, todos os

documentos e procedimentos fiscais já realizados no país de

origem para transferência da carga. O importador assume os

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custos e responsabilidade a partir do costado do navio, inclusive o

custo de locação da mercadoria dentro do navio. Esta condição é

utilizada para o transporte marítimo (AQUILES, 2008, p. 214).

- FOB – Free on Board (Livre a bordo): a mercadoria é considerada

como entregue a bordo do navio, na embarcação, e os custos

para retirada, transporte, e outros se torna de responsabilidade do

importador (BIZELLI, 2002, p. 53).

- FOB – Free on Board (posto livre a bordo do navio): nesta

condição a bordo do navio, no porto de embarque indicado pelo

comprador, a responsabilidade de entrega e desembaraço da

carga fica por conta do exportador. O importador assume

responsabilidade sobre todos os custos e riscos de perda ou

avaria da carga, a partir do momento em que a mesma atravessar

a amurada do navio. Esta condição é utilizada para o transporte

marítimo (AQUILES, 2008, p. 215).

- FCA – Free Carrier (Transportador livre): a mercadoria é

considerada como recebida pelo importador, a partir do momento

em que a mesma já está sobre guarda do transportador

contratado e no local designado (BIZELLI, 2002, p.53).

- FCA – Free Carrier (Franco Transportador): o exportador tem

como responsabilidade o desembaraço e entrega da mercadoria,

no local designado pelo importador. Mas é importante lembrar que

para este termo, ambas as partes devem acertar as condições de

negócio, de forma clara e objetiva a respeito do local de entrega

da carga, evitando desacordo e, determinando o momento exato

em que o importador passa a se responsabilizar pelas despesas.

Esta modalidade de acordo pode ser usada em qualquer tipo de

transporte, até mesmo multimodal, ou seja, transporte que utiliza

diversos meios, de forma ajustada, sendo marítimo, aéreo,

rodoviário, ferroviário, entre outros (AQUILES, 2008, p. 213).

- CFR – Cost and freight (Custo e frete): a mercadoria é entregue

na própria embarcação, ou a bordo do navio, através do contrato

feito pelo vendedor, destinado ao porto de embarque. (BIZELLI,

2002, p. 53).

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- CFR – Cost and freight (Custo e frete): neste caso o exportador se

responsabiliza por entregar a mercadoria no porto de destino

indicado pelo importador, onde o mesmo se tornará responsável

pelo desembarque da carga e demais despesas de seguro e frete.

Diante desta modalidade, o exportador tem compromisso de

desembaraçar a mercadoria para a exportação e utilizar somente

o transporte via marítimo (AQUILES, 2008, p. 216).

- CPT – Carriage Paid to (Transporte pago até): o exportador

encarrega-se da transferência da mercadoria para o país, e a

entrega acontece no local em que está situado o transportador

que foi contratado pelo vendedor (BIZELLI, 2002, p. 54).

- CPT – Carriage Paid to (Transporte pago até): nesta condição o

exportador se responsabiliza pelo transporte da mercadoria até o

local denominado. Desta forma o risco, perda, dano da carga e até

mesmo modificação nos custos serão transferidos do exportador

para o importador, assim que a mercadoria for entregue ao

transportador contratado (AQUILES, 2008, p. 218).

- CIF – Cost, Insurance and Freight (Custo, seguro e frete): a

mercadoria é entregue no porto de embarque, ou a bordo do

navio, porém o custo de frete e seguro é de responsabilidade do

exportador (BIZELLI, 2002, p. 54).

- CIF – Cost, Insurance and Freight (Custo, seguro e frete): este

termo de negociação é paralelo ao CFR, a diferença é que os

gastos com seguro são sobre responsabilidade do exportador.

Deste modo o vendedor tem como responsabilidade pagar o

seguro e o frete da mercadoria e entregar a mesma no porto de

destino. No caso do importador o mesmo passa a ser responsável

pela mercadoria, a partir do momento em que a mesma for

retirada do navio, no porto de embarque. Esta condição é valida

tanto para o transporte marítimo como para o hidroviário

(AQUILES, 2008, p. 217).

- CIP – Carriage and Insurance Paid to (Transporte e seguros

pagos até…): a mercadoria é entregue no estabelecimento do

transportador, o qual será responsável pela transferência da

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mesma ao país importador, onde as condições de frete e seguro

são de responsabilidade do vendedor (BIZELLI, 2002, p. 54).

- CIP – Carriage and Insurance Paid to (Transporte e seguros

pagos até…): esta modalidade segue normas parecidas com a do

modo CPT. Porém nesta condição o exportador não só paga os

custos de embarque, e frete da mercadoria até o destino final,

como também paga as despesas de seguro de frete da

mercadoria. Esta modalidade pode ser utilizada em todos os tipos

de frete, até mesmo no multimodal (AQUILES, 2008, p. 219).

- DAF – Delivered at Frontier (Entregue na fronteira). A mercadoria

é entregue na fronteira estabelecida por ambas as partes

(BIZELLI, 2002, p. 55).

- DAF – Delivered at Frontier (Entregue na fronteira). O exportador

é responsável por entregar a mercadoria, deixando à disposição

do importador, a bordo do veículo contratado para o transporte,

sem descarregar. O processo de desembaraço para exportação

deve estar realizado, no local combinado pelas partes na fronteira,

antes da linha de divisão do país de destino. É neste momento

que o importador assume todos os gastos, inclusive de perda e

danos. Esta condição é utilizada especialmente para os casos de

transporte ferroviário e rodoviário (AQUILES, 2008, p. 220).

- DES – Delivered Ex Ship (Entregue a partir do navio). A

mercadoria é entregue no porto onde acontece a descarga a

bordo do navio (BIZELLI, 2002, p.,55).

- DES – Delivered Ex Ship (Entregue a bordo do navio). É de

responsabilidade do exportador entregar a mercadoria no destino

designado a bordo do navio, de modo que a mesma ainda não

esteja desembaraçada para o processo de importação, o

vendedor assume todos os custos e risco até o porto de destino

estipulado. Após este procedimento é que o importador assume a

responsabilidade. Este termo é usado somente para os casos de

transporte marítimo ou hidroviário. (AQUILES, 2008, p. 221).

- DEQ – Delivered Ex Quay (Entregue a partir do cais): a

mercadoria é entregue no porto de descarga, porém diferente da

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modalidade DES, que acontece a bordo do navio, esta acontece

no Cais (BIZELLI, 2002, p. 55).

- DEQ – Delivered Ex Quay (Entregue no cais): a responsabilidade

do exportador é de entregar a mercadoria sem estar

desembaraçada para importação, a mesma deve estar disponível

para o comprador no cais, no porto de destino estabelecido. Neste

caso é de sua responsabilidade todos os custos, e incidentes,

como perdas e danos. Esta modalidade é usada para o transporte

marítimo, hidroviário e também multimodal (AQUILES, 2008, p.

222).

- DDU – Delivered Duty Unpaid (Entregue, direitos não pagos): A

entrega da mercadoria acontece em determinado local do território

brasileiro, combinado entre o exportador e o importador (BIZELLI,

2002, p. 56).

- DDU – Delivered Duty Unpaid (Entregue com impostos não

pagos). O exportador entrega a mercadoria no ponto indicado pelo

importador, o exportador assume todos os custos e riscos para

entrega da carga até o destino indicado, com exceção dos direitos

aduaneiros, impostos e demais obrigações. Esta condição pode

ser usada em qualquer tipo de transporte. (AQUILES, 2008, p.

223).

- DDP – Delivered Duty Paid (Entregue, direitos pagos): a

mercadoria é entregue ao importador, com todos os direitos de

entrega já efetuados, a mesma ocorre no território brasileiro, em

local estabelecido (BIZELLI, 2002, p. 56).

- DDP – Delivered Duty Paid (Entregue com impostos pagos). O

exportador tem por obrigação, entregar a carga já desembaraçada

para importação, no local indicado pelo importador, incluindo o

pagamento de todas as despesas, como: impostos, encargos, e

frete interno. Somente não é de responsabilidade do exportador o

processo de desembarque da mercadoria. Esta modalidade é a de

maior compromisso para o exportador, a mesma pode ser utilizada

em qualquer tipo de transporte (AQUILES, 2008, p. 224).

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Neste capítulo foram apresentados os principais aspectos de importação, os

órgãos intervenientes que interferem nos processos de comercio exterior e os

termos de negociação entre o exportador e o importador.

No quarto capítulo, a seguir, apresenta-se o referencial de qualidade em

serviços, com objetivo de conhecer um pouco mais sobre a importância de se

elaborar um serviço com qualidade e os benefícios que esta proporciona para as

organizações.

4.2 Qualidade em Serviços

Segundo Montgomery (2004, p. 1-3) a definição de qualidade, pode ser

descrita de diversas formas, pode-se dizer que qualidade está relacionada a

algumas características desejáveis em relação a um produto ou serviço. Pois se

tornou um dos principais fatos perante decisão dos consumidores, independente de

ser indivíduo ou organização.

Compreender e melhorar a qualidade são fatores que conduzem ao sucesso,

devido ao crescimento e a melhor posição de competitividade de negócio perante o

mercado. Conforme o autor pode-se citar algumas das dimensões da qualidade.

1. Desempenho: relacionado ao desempenho, e funções que certo

produto oferece.

2. Confiabilidade: relativo às falhas que o produto pode apresentar,

durante seu tempo útil de vida.

3. Durabilidade: O tempo de vida do produto adquirido.

4. Assistência técnica: As facilidades de concerto do produto.

5. Estética: Visual do produto, como estilo, cor, forma, detalhes, etc.

6. Características: Diferencial do produto além do seu desempenho

em relação a competitividade.

7. Qualidade percebida: Visão e confiança passada pela empresa a

qual oferece o seu produto.

8. Conformidade em especificações: O produto realmente atende as

exigências que do projetista.

Na visão de Las Casas (2007, p. 14-8) qualidade em prestação de serviços

está vinculado ao desempenho das pessoas as quais prestam serviços. Inicias-se

pelo processo de atendimento aos clientes. A qualidade no serviço será variável de

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acordo com o tipo de pessoa e pode ser avaliada através do grau de satisfação do

consumidor. É importante comentar que o serviço possui dois componentes à

qualidade, que devem ser considerados: o serviço propriamente dito e o serviço

como forma de percepção do cliente. Portanto se faz necessário que as

organizações cumpram certo código de ética, voltado a sua classe profissional, para

que certo tipo de percepção não venha a prejudicar todo o setor ou até mesmo a

própria companhia.

Segundo Miguel (2006, p. 43-45) a qualidade no setor de serviços é um fator

de competitividade importantíssimo, pois a maior parte dos empregos está voltada

para prestação de serviços, seja na indústria, administrativo, agricultura e demais

cargos profissionais. Como definição de prestação de serviços é importante citar que

serviço pode ser classificado também como a relação dentro de uma empresa, a

qual obtém como conceito clientes internos e externos. Devido aos diversos setores

de uma organização estar fornecendo serviços entre si, esta relação entre os

setores faz com que os requisitos sejam atendidos. Desta forma demonstra a

responsabilidade dentro da própria organização, item que passa a contribuir com a

qualidade e que vem a suprir as necessidades de clientes tanto internos como

externos.

Qualquer tipo de serviço estará sendo avaliado através da satisfação do

cliente, devido à qualidade estar associada ao profissionalismo da pessoa, a qual

estará prestando o mesmo. Para que se possa medir a qualidade do serviço

prestado, não só é necessário algum tipo de consulta ou pesquisa, que indique o

grau de satisfação dos clientes, como também se faz necessário obter dados que

indiquem as possibilidades de melhorias e aperfeiçoamento.

Em meio às informações sobre o capítulo de qualidade em serviços, acredita-

se que os sistemas de informações contribuem para qualidade, é com base nesta

informação que se mostra no capítulo seguinte à importância e o relacionamento o

qual estão ligados os sistemas de informação com qualidade nos serviços.

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4.3 Sistemas de Informação (SI)

Para que a informação tenha uma boa qualidade, é necessário obter um

sistema de informação muito bem construído, o qual possa elaborar as informações

com precisão e rapidez, garantindo a integridade e veracidade. Os sistemas de

informações podem auxiliar as empresas a suprirem esta necessidade de

informações internas e externas em um curto espaço de tempo, sucedido das

rápidas mudanças que ocorrem no mercado, esses sistemas transformam os dados

existentes nas informações e transformam em apoio para tomada de decisão.

Segundo Rezende (2000, p. 60-2) o conceito para sistema de informação pode

ser considerado por qualquer recurso que gere a informação, utilizando ou não a

tecnologia. Pois em relação ao próprio conceito de sistema, é difícil conceber

qualquer sistema que não gere informação. A informação pode ser conceituada por

todo o dado, atribuído e trabalhado. O dado é entendido como parte da informação,

mas isoladamente não contém nenhum significado. Em relação à informação,

quando trabalhada por pessoas e recursos computacionais, possibilita

oportunidades a que se pode chamar de conhecimento, o qual complementa a

informação e agrega valor ao propósito definido.

É de conhecimento comum que as informações estão sendo apresentadas

atualmente em grande volume e através de diversos meios de comunicação, o qual

exige de todos os envolvidos uma forma de “seleção e organização das

informações” para sua utilização. Para as organizações os sistemas de informação

têm alto significado para solução dos problemas empresariais e podem integrar as

informações com intuito de atingir os resultados esperados, através de um conjunto

de software, hardware e seus procedimentos. Porem para complemento existe os

subsistemas do sistema da empresa que vincula as informações com o ambiente

externo.

Outra definição que pode ser atribuída ao sistema de informação é o processo

da transformação dos dados em informações, que utilizados ao processo decisório

da empresa, sustentam a área administrativa e aperfeiçoam os resultados

esperados. A empresa, no entanto deve analisar os sistemas de informação, e

ajustar na forma a qual se obtenha uma harmonização entre os demais domínios,

para que possibilite a organização em conjunto.

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Na visão de Rezende (1999, p. 63) o principal objetivo do SI (Sistema de

informação) é auxiliar as empresas no processo de tomada de decisão, caso

contrário se os sistemas de informação não propuserem a este objetivo, então não

terá significado para a organização. Este é um sistema que tem como foco principal,

o negócio empresarial.

Segundo O'Brien (2001, p. 06; 28-30), o sistema de informações é um conjunto

que envolve pessoas, hardware, software, rede de comunicações e dados que

transformados propagam as informações dentro da organização. Também podem

ser classificados como sistema de operações, e sistemas de informação gerencial.

Sistema de apoio às operações: tipo de sistema o qual exerce o papel de

processar as transações, ou seja, são redes de procedimentos de rotina os quais

servem para o processamento de informações recorrentes.

Sistemas de apoio à gestão: especificadamente tem como objetivo, o papel de

auxiliar nos processos decisórios, mas também é possível ter uma freqüência de

processamento. Área a qual existe o desenvolvimento de diversos “pacotes” para

processamento eletrônico (previsões de vendas, orçamentos, análises financeiras,

etc.).

Conforme Santos (2003, p. 112) sistemas de informação tem por objetivo

solucionar problemas relacionados sobre controle e “comunicação das informações”

de fatos gerenciais nas organizações.

Segundo Santos (2003, p. 112), o sistema de informação é uma força que

organizada propõem informações as quais permitem à organização uma melhora

para tomada de decisão e operação.

Conforme Santos (2003, p. 112) define sistemas de informação: “Um conjunto

de recursos, procedimentos e pessoas que coletam, transforma e dissemina

informação em uma organização”.

Diante desta definição entende-se que o sistema tem por atribuição acessar

certos dados de entrada os quais posteriormente são transformados em informações

de saídas.

Segundo Santos (2003, p. 114), os subsistemas também fazem parte do

sistema de informações das organizações. Dentre estes subsistemas citam-se os

principais.

- Subsistema Institucional: Unido a crenças, valores e princípios.

- Subsistema Físico: Representado por recursos físicos e tecnológicos.

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- Subsistema Social: Constitui pessoas.

- Subsistema Formal: Concebido para estrutura de organização.

- Subsistema de Gestão: Ligado aos processos operacionais e

gerenciais.

- Subsistema de Informação: Representado por informações.

Neste estudo o subsistema que está sendo apresentado é o de informações.

Conforme Santos (2003), o objetivo é conceder e atender ao subsistema de gestão,

oferecendo o devido suporte, em parte gerencial, controle e planejamento, e

proporcionando melhor desempenho das atividades operacionais.

Neste capítulo apresentou-se um breve conhecimento geral sobre os sistemas

de informações, os quais estão relacionados a diversos subsistemas. Portanto a

seguir, apresenta-se o sistema o qual este projeto traz para análise e estudo de

caso, chamado sistema ERP (Enterprise Resourse Planning).

4.4 Sistema de Gestão Integrado – ERP

Os sistemas ERP (Enterprise Resourse Planning) podem ser definidos como

um sistema que está vinculado a diversos módulos de software, os quais agregam

variadas funções, e que têm por sua principal funcionalidade integrar as

informações, fazendo com que os seus usuários tenham as necessidades supridas e

solucionadas.

Segundo Corrêa (1999, p. 343), apesar de o ERP ser formado por diversos

módulos e integrar diversas informações, ainda não é possível afirmar que este seja

um sistema completo e de extremo sucesso. Pois mesmo que inúmeras empresas já

tenham o implantado, ainda não foi possível que uma organização implantasse o

sistema completo e com todos os seus módulos.

Complementa o autor, que no Brasil mesmo, uma das dificuldades de se

implantar o sistema ERP completo, é a adaptação dos módulos particulares. Em

alguns casos as empresas possuem outro sistema que atende tal necessidade, e

sendo assim a organização adquire somente alguns dos módulos do ERP, que de

certa forma, torna se possível gerenciar o processo de integração entre os dois

sistemas. Mas mesmo que o ERP permita esta integração, não se pode dizer que se

torna um processo simples, pois dependendo da incompatibilidade ou

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compatibilidade entre os sistemas, esta vinculação pode requerer uma tradução de

dados, para que seja necessário este processo.

Neste caso, conforme Corrêa (1999) é necessário proceder uma análise entre

os usuários do sistema, buscando adotar o melhor módulo para a situação

problemática que atenda as particularidades existentes. É importante também que

se avaliem os custos e benefícios proporcionados em “mudar” e “manter” pelo

módulo adotado, para que se obtenha a melhor decisão.

Segundo Corrêa (1999), existem diversos módulos disponíveis hoje nos

sistemas ERP, relaciona-se a seguir alguns destes.

- Módulos que estão relacionados a operações e supply chain

management: envolvem previsões e análise de vendas, materiais,

produção, fabricação, estoque, engenharia, distribuição física,

transporte, projetos.

- Módulos relacionados à gestão financeira, contábil e fiscal: envolvem

os processos de contabilidade geral e fiscal, custos, contas a pagar,

contas a receber, faturamento, recebimento fiscal, caixa, ativos,

pedidos, definição dos processos de negócio.

- Módulos relacionados à gestão de RH: são os que envolvem

questões de pessoal da empresa, e folha de pagamento.

De acordo com Santos (2003 p. 169), a existência do sistema ERP está

vinculada em dados comuns, os quais são possíveis compartilhar com diversos

usuários. Sendo assim, entende-se que nenhum departamento ou área da

organização pode ser o “proprietário” de dados, informações ou sistema

informatizados. Todos os departamentos envolvidos dispõem de recursos e

informações as quais se tornam um conjunto de ferramentas, que propõem apoio à

efetivação, domínio e gestão do negócio para as empresas.

Ainda com base no mesmo autor compreende-se que, apesar do custo deste

sistema ainda ser alto, a procura pelos produtos do sistema ERP tem aumentado

constantemente no mercado. Devido ao aspecto de o mesmo possuir habilidades

em gestão e tecnologia, este sistema pode proporcionar grandes resultados.

Apresentou-se neste capítulo uma visão geral sobre o sistema ERP, cuja

origem estará sendo apresentada no capítulo seguinte.

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4.4.1 A origem do sistema ERP

Segundo Haberkorn (2004, p. 44-5) em meados da década de 60, quando

surgiram os supercomputadores, surgiu o sistema MRP, com objetivo de calcular as

carências de compras em matérias primas, produção, vendas e estoques. Instalado

em grandes fabricas, também se deu sequência a origem do MRP I, os quais têm

como finalidade informar o que deve ser produzido e comprado. O problema é que o

MRP I não informa como se faz este processo. Foi então que se deu sequência

para surgir o MRP II já na década de 70. A sigla MRP só teve mudança de I para II,

mas o MRPII teve uma tradução diferente, passando a chamar-se (Manufactoring

Resources Planning), trouxe então a possibilidade de quanto, quando e como irá se

produzir. As fabricas ou indústrias podem ter um acompanhamento, durante o tempo

em que a empresa achar necessário.

Mediante as necessidades das organizações, como RH, financeiro, os quais

obtêm uma necessidade de integração entre estes sistemas, já existiam os sistemas

integrados de gestão, implantados em algumas empresas, não com tantas

sofisticações e tecnologia, mas já com alguns recursos aplicáveis para tais

necessidades. Foi então que se surgiu o ERP (Enterprise Resourcing Planning), um

novo nome, mas com atividade de integrar os dados gerais dos processos das

empresas, em qualquer que fosse o setor.

Segundo o autor, no Brasil a sigla ERP foi conhecida por volta da década de

90, quando chegaram às organizações do exterior.

De acordo com Santos (2003, p. 169), foi na década de 90 que surgiu sistema

ERP, inicialmente através da empresa SAP (System Analysis and Program

Development), logo depois outras empresas Européias vieram a implantar os

primeiros pacotes do sistema ERP, os quais foram adquiridos pelas organizações:

(Boeing, Mercedes-Benz, BMW e Ford). Este sistema teve início por meio de um

software que tinha como tarefa padronizar e controlar estoques e gestão financeira.

Este sistema foi obtido como base em planejar alguns recursos e necessidades

de materiais, o qual se chamava MRP (Material Resource Planning), logo depois

passou a se chamar MRP II. Passada a primeira fase deste sistema, o mesmo

ampliou e se adaptou a novos recursos empresariais como: distribuição, vendas,

compras, marketing, gestão interna, lucro e custos, administração e recursos

humanos, e CRM (customer relationchip management), e demais.

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49

Após apresentação do sistema e breve resumo sobre sua origem, apresenta-se

no próximo capítulo as principais funções que este sistema oferece para as

organizações interessadas.

4.4.2 As funções básicas de um sistema ERP

Conforme Haberkorn (2004, p. 74) os sistemas ERP tem como foco

desenvolver e executar nas empresas procedimentos ligados a módulos econômicos

e financeiros, em que se possa adquirir um método ágil e eficiente de realizar

qualquer tarefa dentro da organização, com qualidade para todas as áreas da

empresa.

A finalidade é mostrar a integração dos módulos e suas principais tarefas

realizadas pelo ERP em diferentes áreas de atuação.

A integração deste sistema é feita através de todos os dados e informações, os

quais são obtidos e divididos entre diferentes unidades do sistema. A fim de unificar

as informações e eliminar os excessos na digitalização destes dados adquiridos,

sem eliminar o controle dos processos administrativos.

Este compartilhamento de informações é a chave para o sucesso administrativo, uma vez que o ERP proporciona a atualização dos dados em tempo real (on-line) e de forma íntegra, formando assim a Base de conhecimento da Empresa com uma excelente qualidade (HABERKORN, 2004, p. 74).

Segundo Santos (2003, p. 171) diante alguns estudos do sistema ERP,

entendesse que este foi criado através de diferentes módulos. Contudo apesar de

haver diferença entre os tipos de software tanto na quantidade quanto na forma de

implementação, sua função é baseada e estruturada através das necessidades dos

setores para qual o sistema foi concebido, tipo: indústria, serviços e comércio.

Normalmente o ERP possui dois conjuntos de módulos, os quais estão

relacionados a atividades-fins, o qual atende (engenharia, manufatura, gestão da

produção e controle de qualidade da empresa). O outro conjunto está ligado a

atividades-meios o qual se refere à base e orientação para as atividades de gestão

da empresa e administração, como: contabilidade, setor financeiro, custos, estoque,

recursos humanos, vendas e distribuição. São estes dois conjuntos que integrados

formam a composição básica do sistema ERP, o qual reflete de maneira constante

na estratégia das organizações.

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50

O autor apresenta a figura 4 que simula a estrutura básica do sistema ERP.

Figura 4 – Estrutura básica de sistema ERP. Fonte: SANTOS, Aldemar de Araújo 2003.

Apresentou-se no decorrer desta sub-seção, as principais funções do sistema

ERP. A seguir mostra-se sua função mais importante para as empresas que

adquirem o sistema.

4.4.3 Integração através do sistema ERP

Segundo Corrêa (1999, p. 349-51), a integração do sistema ERP nas

organizações tem sido implantada através de módulos, os quais se encaixam melhor

as suas necessidades. Muitas vezes os módulos do ERP são implantados por

empresas fabricantes deste sistema, ou por fornecedores, com intuito de integrar os

sistemas de uma forma “perfeita”. Portanto é preciso que os usuários do sistema

ERP fiquem atentos sobre o que realmente é necessário se implantar, pois os

fornecedores deste software tentam sempre vender o maior número possível de

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módulos, com objetivo de substituir todos os atuais sistemas da empresa por um

único. Apesar da grande integração deste sistema, é muito importante que a

empresa venha a estudar e avaliar o caso com extremo cuidado, antes de decidir

pela substituição completa do ERP. Ainda que com os ERP’s mais desenvolvidos,

não se pode afirmar que este será o mais adequado perante os demais sistemas já

implantados na empresa, os quais levaram anos de aperfeiçoamento e evolução.

Muitas vezes a integração entre os sistemas não é tão difícil de gerenciar,

quanto se pensa. O ERP nada mais faz, do que integrar diversos sistemas entre si, a

diferença está na atitude tomada pelo fornecedor mediante ao usuário. Neste caso

se a integração entre dois ou mais sistemas diferentes, pudesse ser formada de

forma “transparente”, não haveria problema algum na integração.

Conforme Santos, (2003, p. 170), a integração insinua um aumento complexo

entre o modelo do projeto executado e os dados do sistema ERP. Desta forma o

autor apresenta algumas características, as quais devem estar presentes tanto no

modelo padrão do ERP quanto na edificação do software que será utilizado através

da organização.

Segundo Santos, (2003, p. 170), a importância da integração está definida

através dos seguintes elementos:

- Convergência: integração de módulos e submódulos do sistema

através da existência de um ou mais módulos de convergência.

- Unicidade de funções, operações, processos: refere-se à

porcentagem de aceitação de repetidas funções, operações e

processos, e quais os módulos que poderão executar estas funções,

operações e processos.

- Partilha de dados: método pelo qual serão definidos e determinados

os módulos que poderão executar operações sobre a integração dos

dados, e como estes dados serão divididos através dos recursos do

sistema.

- Integridade e fiabilidade de base de dados: é a estrutura pela qual

deve se manter e garantir que as ligações entre os dados iniciem e

terminem de forma adequada ao nível de integridade. Esta estrutura

obtém o compromisso de controlar as operações sem danificar os

dados no decorrer das modificações do processo, sendo que os

resultados devem ser exatos e determinados.

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- Visões dos usuários: é a probabilidade de adquirir e ajustar as

diferentes partes de dados do modelo ERP, a fim de atender as

necessidades do sistema dos diversos usuários.

- Interação e portabilidade: é a necessidade de existir interface,

solução de comunicação e de processo no sistema, para que seja

possível permitir a interação entre estes diferentes dados.

- Flexibilidade do sistema: relacionado às funções e ao custo de

adequação do sistema, como também as modificações do mercado, e

as mudanças das empresas, mudanças fiscais, econômicas, sociais e

demais.

- Eficiência, coerência e utilização: refere-se ao tempo de resposta do

sistema, como (rede de dados, servidor/cliente entre outros recursos),

se existe base de dados sub ou superdimensionadas, se há eficiência

e coerência de interfaces dos usuários em meio aos módulos do

sistema.

Em meio às informações apresentadas sobre o sistema ERP anteriormente, no

capítulo seguinte, apresenta-se a atual posição do sistema no mercado até o ano de

2009.

4.4.4 Posição do ERP no mercado brasileiro em 2009

Baseado em dados de Janeiro 2010, da revista tiinside online, um estudo da

empresa IDC (International Data Corporation, aponta que a pesar da crise sofrida

em 2008/2009, o mercado brasileiro de “software” obteve em 2009 um crescimento

significativo em comparação ao ano de 2008, cerca de 17%, em receita significa R$

2,5 bilhões. Já no primeiro semestre de 2009 as vendas de licenças do ERP,

apresentaram um crescimento de 19% em comparação ao mesmo período do ano

anterior, em valores representa R$ 1,1 bilhões.

Ao analisar os números relativos ao primeiro semestre de 2009, Constata-se

uma adoção significativa de sistemas de ERP, mesmo durante a crise econômica.

Muitas empresas, mantiveram seus investimentos porque estavam crescendo e

precisavam de ferramentas de TI (tecnologia da informação) “que suportassem esse

crescimento, como soluções para faturamento, emissão de notas fiscais e pontos-

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de-venda",comentou Mariana Zamoszczyk, analista sênior de Applications Software

da IDC Latin America.

Segundo informação da IDC o lucro da indústria nacional de sistemas de ERP

terá um aumento em torno de 8,39% até o ano de 2013. Pois em 2010 o mercado

deve computar em vendas cerca de R$ 2,7 bilhões, número que provavelmente

atingirá uma margem de US$ 3,4 bilhões em 2013.

Nestes dados obtidos em relação a vendas, pode-se citar que os principais

setores que se destacaram na compra do sistema de gestão.

Com a maior parte de compra de sistema de gestão, o setor de manufatura, se

destaca com 43,46% mediante o total vendido no mercado. Posteriormente destaca-

se o ramo de serviços, em que concebe 16,53% e em seguida o setor de comércio

com 13,11% das vendas. Conforme a opinião de Mariana, o mercado de ERP, é de

alto potencial nas empresas de médio e pequeno porte, devido às grandes

empresas já terem acesso ao ERP e um conhecimento maior sobre o mesmo.

43,46

16,5313,11

0

10

20

30

40

50

Manufatura

Serviços

Comércio

Figura 5 – Percentual de vendas em relação aos principais setores. Fonte: autoria própria, 2010

Em análise de vendas na América Latina, o Brasil corresponde a 50% das

comercializações, referente às licenças do ERP, logo vem o México constituindo

23%, com 7% está a Argentina e os 20% restantes são representados pelos demais

países da região.

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50%

23%

7%

20%

Vendas

Brasil

Mèxico

Argentina

Demais Países

Figura 6 – Percentual das vendas em relação aos países da América Latina.

Fonte: autoria própria, 2010.

Após apresentação geral sobre o sistema integrado ERP, verifica-se que o

mesmo possui diferentes módulos. Deste modo no capitulo a seguir, apresenta-se o

módulo SAP R/3 o qual é utilizado pela empresa em estudo. Primeiramente inicia-se

a apresentação pela origem da empresa SAP a qual deu origem ao módulo SAP

R/3.

4.5 A origem da empresa SAP

Segundo Davenport, (2002, p. 271-72), a empresa SAP é uma companhia

Alemã que possui sua sede em Walldorf, e que se originou através de cinco

engenheiros de software da IBM. Este engenheiros tiverem a idéia de criar um

sistema de informação que fosse atribuído a diversas funções, porém esta idéia não

foi aceita como esperavam. Foi então que em 1972, formou-se a oportunidade

destes engenheiros abrirem sua própria empresa. “SAP AG (Systeme,

Anwendungen, Produkte in der Datenverarbeitung) – ou Sistemas, Aplicações e

Produtos em processamento de dados, a qual trouxe para o mercado os Sistemas

de Gestão Empresarial (SGE). Seu primeiro módulo integrado de “software” foi

chamado de SAP R/2, seu desenvolvimento era aplicado a “mainframes” super

computadores, logo após, em 1992 deu-se origem ao módulo SAP R/3,

desenvolvido com propósito de atender a uma versão voltada para clientes e

servidor do sistema.

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Conforme Davenport (2002), a empresa SAP possui mais de 17 mil clientes, ou

seja, em torno de aproximadamente 30% do mercado de SGEs. É uma empresa

com alta competência e imensas funções de software, possui alto índice de

implementação. Possui uma respeitada posição no mercado, por ser uma das

maiores em venda de SGEs em comparação a qualquer outra empresa deste ramo.

Considerando estes dados, é possível dizer que a SAP é a mais inovadora nestas

funções de sistemas. Seu foco está voltado para as indústrias, e seus maiores

clientes são das áreas de petróleo, gás e indústrias, tanto de processos, quanto de

alta tecnologia, mas não se pode desconsiderar sua presença nas demais áreas de

atuação como saúde, serviços, comércio, etc.

Conforme apresentação da origem da empresa SAP, esta por sua vez também

possui módulos ligados à integração de sistema, o qual estará sendo apresentado

no capítulo seguinte.

4.5.1 Dados da integração do sistema SAP

Conforme Santos, (2003, p. 172) O SAP R/3, é um sistema abrangente e

complexo formado por diferentes módulos de software integrados. Este sistema trata

desde a parte da cadeia produtiva até o processo de relacionamento com o cliente

da empresa.

As atividades elaboradas na base de dados do sistema não comprometem as

funções dos demais módulos do sistema. O sistema SAP R/3 em qualquer

organização a qual venha a ser implantada, exige mudanças e análises na forma de

execução dos processos do negócio. Refere o autor que o sistema SAP R/3 é

composto através de três camadas, as quais são apresentadas na figura a seguir.

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Figura 7 – Estrutura básica cliente/servidor do sistema SAP R/3. Fonte: SANTOS, 2003.

- Camada de dados: esta é a parte que fornece todos os dados e

tabelas ao sistema, que são adquiridos pelas transações da

organização, e após são inclusas no sistema.

- Camada de aplicação: é o processo o qual ocorre à integração dos

dados entre o servidor do usuário e o servidor da base de dados,

para a elaboração de aplicações do software, ou seja, o SAP R/3.

- Camada de apresentação: esta camada age como interface final de

usuários, realizando as tarefas de entrada e saídas das informações

e dados da organização com o sistema.

Segundo Santos (2003), esta abordagem tem objetivo dividir as funções dos

programas dos servidores por partes, buscando não sobrecarregar a elaboração das

atividades dos usuários. Havendo necessidade de se incluir mais usuários ao

sistema, existe a possibilidade de buscar e adquirir novas soluções em tecnologia.

Desta forma é possível que a organização obtenha um melhor planejamento e

agrupamento dos recursos para cada uma das camadas especificadas

anteriormente, sem considerar as alterações destas.

Para o Santos o SAP R/3 é um sistema comum, que agrega integração de

ferramentas e desenvolvimento voltados para quarta geração, o qual permite aplicar

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e programar o emprego das atividades necessárias para as empresas. Este agüenta

programação estruturada e possui outras ferramentas como:

Dicionário de dados e objetos; biblioteca de programas reutilizáveis e módulos de funções especiais (Remote CallFunction, que podem ser utilizadas em interações com o Access, Excel, Lotus, OLE e outros recursos de software); programas utilitários para acesso a dados, programas de comunicação e interfaces gráficas; recursos para desenho de tela por usuários (screen painter); facilidades de acesso a base de dados por meio de comandos SQL; repositório central R/3 para armazenagem de objetos ABAP/4 (módulos, telas, dicionário, modelo de dados, autorizações de acesso); ferramentas de testes de programas aplicativos ABAP/4 (que não alteram as bases de dados reais) (SANTOS, 2003, p. 172).

Depois de apresentar as atividades do sistema SAP, e suas principais funções,

apresenta-se a seguir as vantagens e desvantagens vinculadas ao sistema em

estudo SAP R/3.

4.5.2 Vantagens e Desvantagens do sistema SAP R/3

Conforme Santos, (2003, p. 173) o sistema SAP R/3 possui pontos negativos e

positivos. A seguir se apresenta os pontos positivos, ou seja, as vantagens do

sistema SAP R/3:

- Integração: todos os dados produzidos podem ser centralizados, o

que reduz excessos e beneficia a integridade.

- Flexibilidade e modularidade: vinculada a concessão da

implementação evolutiva das partes, através da divisão de módulos

aplicativos.

- Sistema aberto: concede diversos tipos de plataformas de hardware,

software, sistema operacional, banco de dados. A flexibilidade pode

ser concedida através da utilização de parâmetros e das mudanças e

desenvolvimento dos programas aplicativos.

- Contribuição para gestão e a decisão: pode conciliar as informações

tanto interna como externas, buscando resultados para a gestão do

negócio, através de críticas, análises e apoio à gestão da

organização.

Assim, como foram apresentadas as vantagens, cabe descrever as

desvantagens, segundo Santos (2003):

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- Geralmente o software é criado para atender as necessidades

específicas das empresas, porem o SAP R/3 por ser mais

generalizado em atender as necessidades de um determinado setor,

muitas vezes deixa de atender a organização. Sua implementação

exige ajustes por meio de parâmetros, custos e desenvolvimento de

programas adicionais, o que normalmente ocasiona muito trabalho e

gastos excessivos para as empresas.

- O SAP R/3 por ser um sistema que foi criado para atender grandes

empresas, exige definições sucintas de processos e percepções

exatas de atividades do negócio. Deste modo o sistema SAP R/3

torna-se Software caro, complicado e de extenso período para

implementação, em média leva de seis a dezoito meses. Portanto

este sistema não tem sido muito adaptável nas organizações,

sobretudo devido ao gasto que se obtém anteriormente a

implementação deste software.

- A implementação do software na organização é atividade da ordem e

do número dos módulos obtidos. Determina trabalho em equipe e

envolve pessoas de diferentes áreas profissionais. Na implementação

de qualquer produto ERP, normalmente torna-se necessário a ajuda e

contratação de empresas especializadas, “consultoras”.

Após apresentação das vantagens e desvantagens do sistema SAP R/3, a

seguir procede-se a sequência da apresentação dos módulos os quais constituem o

sistema em estudo.

4.5.3 Os módulos que constituem o sistema SAP R/3

Segundo Santos (2003, p. 174), o sistema SAP R/3 a pesar de possuir

módulos, os quais podem ser utilizados individualmente, não é recomendada a

utilização de forma individualizada. Pois como este sistema representa áreas, o

mesmo está voltado a integrar todas as unidades do negócio. Sujeito ao interesse,

necessidade e soluções, existe novos módulos que podem ser implementados para

desenvolver tais funções do software, as quais podem atender as condições

adicionais. Estes módulos são apresentados pelo autor, conforme figura 8.

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Figura 8 – Módulos básicos do sistema integrado SAP R/3 Fonte: SANTOS, 2003.

AM – (Asset Management): gestão de ativos fixos.

SD – (Sales and Distribution): vendas e distribuição.

MM – (Materials Management): gestão de materiais.

PP – (Production Planning);: planejamento da produção.

PS – (Project Systems): gestão da manutenção.

IS – (Industry Specific Solutions): soluções setoriais.

QM – (Quality Management): gestão da qualidade.

PM – (Plant Maintenance): gestão de projetos.

WF – (Worflow Management): comunicação da informação.

HR – (Human Resources): recursos humanos.

FI – (Financial Accounting): contabilidade financeira.

CO – (Controlling: gestão de custos/lucros.

Neste capítulo encerra-se a apresentação sobre o referencial teórico e

apresenta-se a seguir a metodologia aplicada ao estudo de caso deste trabalho.

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5 METODOLOGIA

Segundo Roesch (1999, p. 119-29) o processo científico é a maneira pela qual

se envolve teoria e prática. A partir de observações específicas e únicas, que

através de métodos tornam-se genéricas.

Complementa a autora que a partir da lógica, a teoria passa a se transformar

em hipóteses. As hipóteses são vistas como novas observações e conceitos sobre o

estudo, o qual pode mudar o resultado, e modificar a teoria.

Conforme a afirmativa de Roesch (1999, p. 125): “O capítulo da metodologia

descreve como o projeto será analisado”.

Este capítulo tem como objetivo demonstrar o delineamento da pesquisa,

análise dos dados, em que o mesmo foi desenvolvido.

5.1 Delineamento do tipo de estudo

Para Roesch, (1999, p. 155), a pesquisa qualitativa é desenvolvida de forma

exploratória, no qual está apropriado para melhorar o processo, o programa e

aperfeiçoar metas de uma organização. Porém, não se pode dizer que é adequada

para avaliação de resultados de programas ou planos. Portanto, este estudo é uma

pesquisa qualitativa.

Conforme Gil (1999, p. 64) o delineamento abrange um exemplo conceitual e

operacional da pesquisa.

Para fins de estruturação tanto para os pesquisadores, quanto para o leitor, como forma de entendimento e aplicação dos meios técnicos para investigação, propõe-se uma subdivisão através de três itens: métodos, níveis e estratégias de pesquisa (GIL, 1999, p. 64).

Em relação ao nível, Gil (1999, p. 66) afirma que existem três níveis de

pesquisas: exploratórias, descritivas e explicativas.

Exploratória se dá através dos estudos os quais não possuem informações

sobre o determinado tema e, portanto, busca conhecê-lo.

Descritiva é a forma pela qual se espera descrever as características de

determinado assunto. Explicativa é o método de análise das causas e

consequências de determinado assunto.

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Portanto, quanto ao nível, esta pesquisa caracteriza-se como descritivo e

exploratório. Por ser um estudo o qual não se obteve informações anteriores sobre

determinado assunto, procura-se desenvolver o tema e obter melhor conhecimento.

Este trabalho foi desenvolvido de forma qualitativa exploratória, com análise em

estudo de caso.

Um estudo de caso “é uma investigação empírica que investiga um fenômeno

contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os

limites entre fenômeno e o contexto não estão claramente definidos” (YIN, 2001, p.

32).

5.2 Delineamento da área alvo de estudo

Para Roesch (1999, p. 128) o projeto, estudo, ou pesquisa pode ser

desenvolvido tanto em um público alvo, quanto em um determinado departamento

de uma organização. Analisando a situação do caso em estudo, seus planos,

propostas e mudanças na organização, é importante que se faça um levantamento

de dados sobre a estrutura do departamento e quantidade de pessoas envolvidas.

Este estudo de caso foi realizado no departamento de importação de

componentes eletroeletrônicos da empresa Springer Carrier Ltda, após a

implantação do sistema ERP SAP R/3. Portanto, foi realizado um levantamento do

processo e suas melhorias, com base nas informações do funcionário da área

citada.

5.3 Instrumento de coleta de dados

Conforme Roesch (1999, p. 158), a coleta de dados pode ser feita de através

de várias técnicas, porém para a pesquisa qualitativa o método mais utilizado se dá

através de entrevistas e utilização de diários. Atualmente, existem várias técnicas de

coleta de dados, as quais vem se desenvolvendo com objetivo de suplementar as

informações. Para maior conhecimento, pode-se citar os tipos existentes destas

técnicas de coleta de dados: bibliográfica, documentos, entrevistas, questionário,

escalas, observação e formulário.

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Estas técnicas atribuem ao pesquisador um importante recurso para adquirir as

informações necessárias sobre o objeto de estudo, para futura apresentação e

análise dos resultados.

Para este estudo de caso, a coleta de dados se deu através de roteiro de

entrevista semi-estruturado, junto à pessoa Salete Pozzebon.

Esta entrevista foi confrontada com a bibliografia e fontes de informações de

sites. Através desta entrevista foram elaborados os fluxogramas do processo antes e

após implantação do sistema.

5.4 Plano de análise de dados

Segundo Roesch (1999, p. 168) a análise de dados se dá através da pesquisa

elaborada, quando o pesquisador finaliza sua coleta de dados e parte para a

próxima etapa, que é a organização dos dados coletados e, posterior interpretação.

Esta técnica de análise dos dados permite ao pesquisador, realizar a

apresentação e análise dos dados coletados, de forma clara, estruturada e objetiva,

atribuindo ao leitor à cientificidade e comprovação dos mesmos.

A seguir apresentam-se as técnicas da análise de dados, mais adequadas para

o processo de investigação científica: Análise de conteúdo, análise de discurso,

análise documental e matemática e estatística.

Conforme Orlandi (2000, p. 21) o discurso, na análise do discurso, não é

apenas transmissão de informação, “pois no funcionamento da linguagem, que põe

em relação sujeitos e sentidos afetados pela língua e pela história, temos um

complexo processo de constituição desses sujeitos e produção de sentidos”. Assim,

“são processos de identificação do sujeito, de argumentação, de subjetivação, de

construção da realidade, etc.”.

Este trabalho possui como análise de dados, a forma de análise descritiva. Por

ter sido elaborado através de descrição do processo de importação de componentes

eletroeletrônicos da empresa Springer Carrier Ltda., antes e depois da implantação

do sistema ERP SAP R/3. Buscou-se descrever e levantar as melhorias que foram

propostas e alcançadas.

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6 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Conforme Roesch (2009, p. 187), “este capítulo trata da apresentação dos

dados, sua descrição e análise. Sua estrutura varia conforme o tipo de projeto

desenvolvido”.

6.1 Descrever o processo de importação de component es eletroeletrônicos da empresa Springer Carrier Ltda, antes e depois da im plantação do sistema

O segundo capítulo deste estudo apresenta a Springer Carrier Ltda. Uma das

empresas que pertence ao grupo americano UTC (United Tecnologies Corporation).

Formada por diversas organizações, as quais estão presentes em mais de 180

países, oferecem produtos e serviços vinculados a refrigeração. No Brasil, este

grupo é representado pela companhia Springer Carrier Ltda. Para melhor

entendimento sobre o atual processo de importação de componentes

eletroeletrônicos desta empresa em estudo, é descrito o fluxo de importação anterior

à implantação do sistema ERP SAP R/3. Após esta etapa descreve-se o processo

atual de importação de componentes eletroeletrônicos, o qual se utiliza o sistema

ERP SAP R/3.

6.1.1 Processo de importação antes da implantação do sistema ERP SAP R/3

Conforme apresentado no primeiro capítulo deste estudo, devido à empresa

UTC ser de grande potencial econômico no mercado e ser considerada uma das

maiores organizações de manufatura dos E.U.A., a mesma determina e estabelece

algumas exigências aos seus representantes distribuídos em diversos países. Como

no caso da Springer localizada em Canoas/RS, organização escolhida para este

estudo, onde cita-se a implantação do sistema ERP SAP R/3, no processo de

importação de componentes eletroeletrônicos. Por ser uma indústria de sistemas e

produtos de refrigeração, a empresa necessita de um sistema qualificado e

organizado, o qual possa dar suporte aos seus usuários, como também agilidade no

processo e integração entre as áreas, facilitando o fluxo de informações, como

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também cumprindo os prazos da fábrica. Desta forma a companhia obterá a

satisfação dos clientes tanto interno quanto externos.

No passado a empresa desenvolvia seu processo de importação por meio de

sistemas e banco de dados individuais, os quais não mantinham informações

integradas entre estes. É possível citar que a empresa desenvolvia seu processo de

importação com aproximadamente três sistemas diferentes, que eram utilizados pela

companhia e pelo fornecedor, sem contar os sistemas que as demais empresas

envolvidas no processo utilizavam para passar as demais informações, como

despachante, agente, transportador e a corretora.

O setor de engenharia da Springer, o qual é responsável por toda parte de

controle da produção, bem como compra de materiais, e itens para fabricação dos

produtos, efetuava a solicitação de compra e o controle destes itens através de um

sistema terceirizado. A engenharia lançava no sistema interno da empresa todas as

informações do produto orçado com o fornecedor, e criava um pedido de compra

para o item onde posteriormente era informado para o *operador logístico1. Logo

que o operador logístico recebia o número e as informações sobre o item solicitado,

o mesmo lançava novamente as informações do produto em seu sistema particular.

Na etapa de digitalização dos dados do produto comprado, o operador conferia

todas as transações referentes ao incoterm negociado, suas condições de

pagamento e a liberação da LI. Após esta conferência o operador logístico tinha

como parte do processo informar ao fornecedor a numeração do pedido e o arquivo

o qual o mesmo havia sido gerado. Este processo ocorria através de e-mail para

confirmação do item solicitado.

O operador logístico tinha como regra, o procedimento de fazer um folow up

com o fornecedor, uma semana antes da data prevista para a finalização da carga

solicitada, até que o fornecedor confirmasse exatamente a data correta para

disponibilidade da mercadoria.

1 A ABML (Associação Brasileira de movimentação e logística), por sua vez, apresenta a seguinte definição de operador logístico: Operador logístico é o fornecedor de serviços logísticos especializados em gerenciar todas as atividades logísticas ou parte delas nas várias fases da cadeia de abastecimento de seus clientes, agregando valor ao produto dos mesmos, e que tenha competência para,no mínimo, prestar simultaneamente serviços nas três atividades consideradas básicas: controle de estoques, armazenagem e gestão de transporte.

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Assim que o fornecedor confirmava a data exata da disponibilidade do produto,

o mesmo já repassava ao agente esta informação para que o mesmo tomasse seus

procedimentos.

Quando o agente recebia a informação da disponibilidade da carga através do

fornecedor, seu próximo passo era passar as cópias dos documentos da carga ao

operador logístico, bem como solicitar ao mesmo a autorização e as instruções de

embarque. Após o operador receber estes documentos, era feito uma análise e

avaliação da necessidade de se emitir a LI e pré-embarque. Caso o produto

necessitasse de LI o operador solicitava ao despachante a emissão deste

documento, junto com o deferimento, e após passava-se a instruir o embarque.

Ao contrário se o produto não exigisse LI o operador logístico já repassava as

informações ao agente e instruía o mesmo para acontecimento do embarque.

Logo que o operador instruía o embarque ao agente, este por sua vez

confirmava a data correta do embarque e enviava as cópias de todos os documentos

referentes ao embarque dando de certa forma um pré-alert, para que o operador

pudesse antecipar seu processo. Logo o agente estaria enviando os documentos

originais. Assim que o operador logístico recebia os documentos do agente, era feito

novamente uma análise e conferência de todos os dados da carga e documentos

enviados através de seu sistema interno, para concluir que realmente não havia

diferenças entre as informações lançadas através das demais partes envolvidas no

processo.

Após a conferência do operador logístico, era necessário verificar a

necessidade de Drawback através de um sistema de comércio exterior pela

classificação da mercadoria importada. Depois da análise de necessidade de

Drawback estivesse pronto o operador logístico preparava no seu sistema o

processo do embarque e digitalizava também estas informações no sistema da

Springer, para que os solicitantes da compra pudessem acompanhar.

O operador logístico após lançar todos os dados do embarque e preparar o

processo no sistema da empresa importadora e no seu próprio sistema, enviava a

cópia dos documentos para o desembaraço. Assim que recebesse os documentos

originais que haviam sido entregues pelo exportador, o operador reunia os

documentos, efetuava a conferência e confirmava com o agente a data prevista para

chegada da carga.

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Logo que se confirmava a chegada da mercadoria pelo agente, o operador

logístico, baseado na previsão de entrega da carga solicitava ao departamento

financeiro da empresa importadora a provisão de fundos para o registro da DI.

Quando a Springer disponibilizasse estes valores para o registro o operador

autorizava o despachante a emitir o documento. O despachante ficava responsável

de emitir a DI e acompanhar o desembaraço da carga. Este documento de DI era

feito em um sistema do próprio despachante e passado por meio de formulário ao

cliente e operador logístico. Após o desembaraço da carga o despachante enviava

os documentos e recibos originais do processo ao operador logístico para que fosse

realizada a prestação de contas. Concluído o desembaraço o operador logístico

programava o carregamento com o transportador e emitia a NF (nota fiscal) através

de um formulário continuo o qual era impresso e enviado ao departamento fiscal da

Springer. Chegando a NF ao departamento fiscal, o mesmo precisava dar baixa no

pedido de compra, e caso fosse mais de um item em uma nota, o processo não tinha

outra opção a não ser baixar item por item.

A partir do momento em que o transportador recebia a programação do

carregamento através do operador logístico, o mesmo providenciava este

carregamento e a entrega da mercadoria, onde juntamente com a carga

encaminhava direto ao fiscal da Springer o conhecimento de frete original.

Logo que o departamento fiscal recebia as cópias dos documentos que foram

embarcados com a mercadoria, como, a nota fiscal e o conhecimento de transporte

original, este encaminhava ao operador logístico,

Por sua vez, o operador reunia toda a documentação pertinente á prestação

de contas e providenciava o envio de todos os documentos para a corretora, que

assim que recebia efetua o fechamento de câmbio.

Todas as despesas referentes ao processo eram digitadas uma por uma para o

fechamento de câmbio e após era impresso para enviar a corretora.

Segundo descrição do processo apresenta-se abaixo o fluxo do processo de

importação utilizado pela empresa Springer Carrier Ltda.

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Figura 9 – 1ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., antes da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

Figura 10 – 2ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., antes da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

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Figura 11 – 3ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., antes da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

Figura 12 – 4ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., antes da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

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Figura 13 – 5ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., antes da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

6.1.2 Processo de importação após a implantação do sistema ERP SAP R/3

A engenharia da empresa Springer Carrier ltda. é o setor responsável por todo

processo de produção da fábrica, este setor se torna responsável pela compra de

todos os itens e matérias primas, ou seja, componentes eletroeletrônicos,

necessários para a produção dos equipamentos vendidos pela companhia.

A primeira etapa do processo de compra de componentes eletroeletrônicos, ou

importação do produto; dá-se a partir do momento em que a engenharia avalia a

necessidade da fabrica e decide o produto o qual deverá ser adquirido, a partir deste

período a pessoa responsável, faz o contato com o fornecedor e informa os dados

da mercadoria necessária para compra. Após analisar com o fornecedor os itens do

produto solicitado a pessoa responsável pela parte administrativa da engenharia

efetua a criação do item no sistema SAP, que por sua vez irá gerar um pedido, ou

seja, um OC (ordem de compra). Assim que as informações são inseridas no

sistema, os setores responsáveis pelo andamento do processo já conseguem

visualizar os dados e dar continuidade a compra.

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Após a engenharia incluir os dados do item no SAP, o próximo setor a

prosseguir com o processo é o departamento de Supply Chain, este por sua vez

negocia com o fornecedor as questões de prazo de pagamento e incoterm.

Em seguida estas informações serão visualizadas pelo operador logístico da

Springer, o qual se torna responsável pelo processo de importação; o mesmo

visualiza o pedido no sistema SAP e confere as informações que foram geradas,

como incoterm, condições de pagamento e o prazo de liberação de LI, para os casos

que forem necessários. O fornecedor por sua vez, confirma a data em que o produto

estará disponível.

Dando continuidade ao processo, o operador logístico executa contato com o

fornecedor uma semana antes da data prevista para disponibilidade do produto,

onde solicita novamente a confirmação da entrega da carga. Após esta confirmação

o fornecedor disponibiliza a carga no lugar acordado e informa o agente.

O agente providencia cópia dos documentos da carga e solicita ao operador

logístico, autorização e instruções para o embarque. Passado o processo

novamente para o operador, o mesmo avalia e revisa os documentos e verifica há

necessidade de emitir a LI. Até este momento a processo torna-se um pré-

embarque, pois a mercadoria ainda não foi carregada. Caso haja necessidade de LI,

o operador logístico irá solicitar a emissão deste documento ao despachante. Este

irá emitir a LI e informar ao operador o deferimento, ou seja, a autorização do órgão

responsável pela classificação do produto o qual exige LI, após esta etapa o

operador instrui o embarque ao agente informando o modal (tipo de frete) e NCM

(classificação do produto) para embarque marítimo. Nos casos em que a mercadoria

não necessitar de LI, o operador após efetuar a conferência dos documentos

repassa as instruções de embarque ao agente. A seguir o agente confirma o

embarque.

Depois da confirmação do embarque passada pelo agente, o próprio envia

cópia da documentação de embarque ao operador logístico (pré alert), que irá

conferir os documentos e o pedido no SAP e abrir o processo de embarque no

sistema do operador. Seguindo os procedimentos, o mesmo irá verificar a

necessidade de Drawback. Na sequência o operador logístico prepara o processo no

SAP e envia cópia de documentos ao despachante para desembaraço da carga. Em

meio a este processo entre operador e despachante, o agente já terá enviando

também os documentos originais ao operador logístico. Quando o operador receber

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os documentos originais, este fará a conferência final da documentação do

embarque.

O agente após enviar os documentos originais ao operador logístico tem por

finalidade informar a chegada da carga, assim que houver a confirmação o mesmo

encerra sua participação no processo.

Depois que o agente encerra suas atividades no processo, o operador logístico

solicita ao setor financeiro do importador, no caso a empresa Springer Carrier Ltda,

que o mesmo disponibilize fundos para o registro a DI. O processo da DI ocorre

através do Siscomex, seu registro representa o inicio do despacho e geralmente é

providenciado após a chegada da mercadoria no país.

Posterior a liberação de fundos para o registro da DI, o operador logístico

autoriza o registro do documento e solicita ao despachante para que o mesmo

efetue o registro no SAP e acompanhe o desembaraço da carga. Assim que a carga

estiver desembaraçada o despachante envia a prestação de contas com

documentos e recibos originais do processo ao operador. Em seguida o operador

logístico emite a Danfe (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) e programa o

carregamento com o transportador. Assim que o transportador realiza o

carregamento o departamento de recebimento fiscal da Springer Carrier Ltda

(importador) dá entrada da Danfe no sistema SAP.

Quando o transportador entrega a carga na empresa importadora, o próprio

entrega o conhecimento de transporte original ao recebimento fiscal. Quando

recebido, o departamento fiscal junta o conhecimento, a Danfe, e mais as cópias dos

documentos que acompanharam a carga e encaminha para o operador logístico.

Na próxima etapa o operador reúne os documentos pertinentes aos

pagamentos e efetua o procedimento de prestação de contas. Desta forma o

operador envia os documentos para a corretora, conforme descrito na NPL 00035

(norma interna da Springer) e por fim a corretora realiza o fechamento de câmbio,

dando por encerrado o processo de importação.

Todas as despesas do processo possuem um código, que no sistema são

lançadas para realizar o fechamento de câmbio. Desta forma facilita e permite a

consulta dos gastos individuais. Conforme descrição do processo apresenta-se

abaixo o fluxo do processo de importação utilizado pela empresa Springer Carrier

Ltda.

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Figura 14 – 1ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., depois da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

Figura 15 – 2ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., depois da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

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Figura 16 – 3ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., depois da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

Figura 17 – 4ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., depois da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

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Figura 18 – 5ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., depois da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

Figura 19 – 6ª etapa do processo de importação Springer Carrier Ltda., depois da

implantação do ERP SAP/R3. Fonte: Elaborado pela Autora.

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6.2 Identificar as dificuldades e benefícios existe ntes na importação de componentes eletroeletrônicos da Springer, antes da utilização da implantação do sistema ERP SAP/R3

A seguir apresentam-se as principais dificuldades que existiam diante o

desenvolvimento do processo.

Em análise ao processo de importação anterior a implantação do ERP SAP/R3,

diante das informações de um funcionário da empresa ex-usuário do antigo sistema

e usuário do sistema atual, apresenta-se as principais dificuldades e os benefícios

que existiam antes do sistema ERP SAP/R3:

6.2.1 Dificuldades

a. Falta de informações atualizadas: conforme informado anteriormente, a

empresa mantinha suas informações do processo de importação por meio

de diversos sistemas diferentes. O qual o operador logístico mantinha as

informações em seu sistema e a empresa importadora em outro, as

informações e processos eram impressos e informados por e-mail quando a

Springer solicitava informações sobre o fluxo do processo.

b. Controle das informações adquiridas: as informações que ao longo do

desenvolvimento do processo eram adquiridas, não eram atualizadas de

forma correta, visto que utilizavam diversos sistemas, muitas vezes o

processo passava para a seguinte etapa sem que os funcionários

atualizassem as informações obtidas diariamente. O que se tornava um

problema caso necessitasse alguma informação anterior para conferir

dados ou até mesmo dar andamento no fluxo.

c. Controle financeiro: todo o processo financeiro para pagamento das

despesas era digitalizado e as informações recebidas por e-mail ou por

documentos impressos, a empresa mantinha somente as principais

informações no sistema. No que diz respeito à documentação, tudo era

recebido de forma impressa. O que causava grande perda de tempo, pois o

controle das despesas era feito através de planilhas e digitalização de um

por um dos itens a serem pagos e enviados ao fechamento de câmbio.

d. Qualidade e agilidade das informações: com a utilização de diversos

sistemas e a falta de atualização das informações, a qualidade e agilidade

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do serviço diminuíam bastante. O que era para ser realizado de forma

rápida e simultânea se tornava desgastante e lento, o processo se tornava

longo e as informações muitas vezes ficavam retidas em apenas uma das

empresas ou setores participantes do processo.

e. Divergência entre os bancos de dados: antes da implantação do sistema

ERP SAP/R3 a empresa Springer Carrier Ltda, não possuía um único banco

de dados o qual fosse possível integrar os dados da empresa com os dados

do operador logístico, o que causava divergência e transtornos nas

informações. Todas as informações que a empresa lançava através de seu

sistema, eram adquiridas através do seu próprio banco de dados, e quando

estas informações dirigiam-se para o operador fazer os demais

lançamentos, o mesmo por sua vez mantinha outro banco de dados. Com

isto acontecia de muitas vezes as informações não estarem atualizadas

entre um banco e outro, ou até mesmo estarem diferentes, causando

problemas no fluxo e andamento do processo.

6.2.2 Benefícios

Conforme informação do funcionário entrevistado, não existiam muitos

benefícios no processo de importação antes da implantação do sistema ERP

SAP/R3. Pois o processo de digitalização e controle das informações era muito

extenso. Como não existia a integração dos dados e informações entre a empresa

importadora e seus fornecedores e prestadores de serviços, o único benefício que

se pode citar antes da implantação do ERP SAP/R3 era o tempo reduzido na

digitalização dos dados e o número de funcionários internos que trabalhavam na

Springer.

Antes da implantação do sistema cada fornecedor, prestador de serviço e

demais partes envolvidas digitava sua parte do processo separadamente, através de

seus próprios sistemas, e seus funcionários trabalhavam de forma externa, ou seja,

não era necessário que as empresas envolvidas no processo disponibilizassem seus

funcionários dentro do cliente para elaborar as tarefas.

Hoje após a implantação do sistema os prestadores de serviços mantêm uma

equipe de funcionários trabalhando direto no cliente, e todas as informações e dados

do fluxo do processo são digitalizadas dentro do sistema integrado, de forma que as

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demais partes envolvidas possam visualizar. Portanto, o tempo gasto em digitar

estes dados teve um aumentou significativo, visto que todas as atualizações são

feitas diariamente. Não se tornando mais possível incluir as informações em

sistemas separados e repassar as informações de forma impressa ou através de e-

mail. Estas informações devem estar todas automaticamente atualizadas para que

se torne possível o controle do fluxo do processo em andamento, e posterior

consulta do processo finalizado.

6.3 Apresentar as vantagens que o sistema ERP SAP/R 3, oferece como benefícios e melhorias para as necessidades do proc esso de importação de componentes eletroeletrônicos da empresa, e as d esvantagens ocasionadas com a implantação do mesmo

Neste tema são divulgadas as melhorias diante as dificuldades que existiam

antes da implantação do sistema, com objetivo de demonstrar quais são as

principais vantagens e desvantagens obtidas após esta mudança no processo de

importação. Conforme mencionado anteriormente, tempos atrás o sistema ERP SAP

R/3 não era utilizado pela organização Springer Carrier Ltda. O sistema foi

implantado na empresa buscando atender as necessidades dos clientes externos e

funcionários, a companhia adquiriu o sistema visando melhorias nos processos da

mesma, com objetivo de diminuir o tempo gasto em digitação de documentos,

informações desatualizadas, e buscando unificar as informações em um único banco

de dados.

As principais dificuldades existentes no processo de importação da empresa

Springer Carrier Ltda. antes da implantação do sistema estavam ligadas a falta de

informações atualizadas, controle das informações adquiridas, controle financeiro,

qualidade e agilidade das informações e divergência entre os bancos de dados. Com

a implantação do sistema estas dificuldades foram eliminadas e passou-se a ser

vistas como vantagens para o processo e as pessoas envolvidas. No entanto,

apesar das dificuldades se tornarem vantagens para empresa importadora, houve

também desvantagens após adquirir este sistema. Citam-se estas vantagens e

desvantagens obtidas após a implantação do sistema.

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6.3.1 Vantagens

a. Informações atualizadas: após a implantação do ERP SAP/R3 as

informações tornaram-se mais atualizadas. Pois no decorrer do processo de

importação, os dados e as novas informações que adquiridas são lançados

no exato momento em que acontecem, desde seu inicio até o fim por meio

de um único sistema o qual disponibiliza estas informações a todas as

partes interessadas.

b. Aumento do controle das informações: com o sistema adquirido as

informações passaram a ser mais controladas, o que antes acontecia de

serem dispersas e dividas por diversas áreas, agora passam a ser

controladas diariamente no decorrer do processo. Todos os dados lançados

no sistema podem ser vistos por ambas as partes envolvidas e a partir do

momento em que um dado ou informação é lançado no sistema os

departamentos envolvidos já conseguem visualizar e acompanhar o fluxo do

processo.

c. Qualidade e agilidade nas informações: com as informações mais

atualizadas e controladas o processo tornou-se mais ágil e qualificado, pois

o tempo que era gasto em buscar as informações necessárias e dispersas,

tornou-se possível para os funcionários transformar este tempo para outras

funções, como desenvolver e executar melhor suas tarefas.

d. Controle Financeiro: com a implantação do sistema ERP SAP/R3 o controle

financeiro também obteve vantagens. Os documentos e registros de

pagamentos tornaram-se mais visíveis para a empresa. Antes as

informações de notas e custos adquiridos no processo eram lançadas no

valor total sem detalhamento dos gastos, e após esta implantação é

possível visualizar os gastos deforma simplificada, em tempo reduzido

comparado ao processo anterior, o que agrega uma melhoria para os

setores envolvidos no processo.

e. União do banco de dados: o banco de dados sem dúvida foi a melhor das

vantagens adquiridas para a empresa, devido ao fato que antes da

implantação do sistema cada fornecedor, operador logístico, agente, entre

outros, possuíam um banco de dados próprio, o que causava divergência

nas informações, pois nem sempre os dados adquiridos para o processo

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tinham as mesmas informações. Após a implantação o banco de dados de

todos envolvidos passou a ser um único banco utilizado para os

procedimentos da Springer Carrier Ltda, o que faz com que as informações

estejam sempre unificadas e atualizadas.

f. Crescimento de funcionários terceirizados: antes de o novo sistema ser

implantado na organização, as empresas envolvidas no processo de

importação, trabalhavam diretamente em seus escritórios os quais

mantinham seus sistemas e suas informações restritos. Estas informações

eram repassadas ao importador através de e-mails ou por documentos

impressos. Para a Springer este método não era eficiente, pois originava a

necessidade de manter mais funcionários da empresa envolvidos na parte

de digitação destes dados para dentro do antigo sistema. Com isto se

gastava mais tempo em digitação e mais funcionários envolvidos no

processo, impedindo que estes pudessem atribuir outras funções. Após

implantação do sistema, a companhia passou a exigir que funcionários das

empresas envolvidas passassem a operar suas funções dentro da Springer,

com intuito de diminuir as funções de seus próprios empregados, e obter

todas as informações e dados o mais próximo possível. O objetivo é

resolver todos os problemas em um tempo reduzido. Pois com os

funcionários terceirizados mais próximos, a companhia consegue visualizar

e acompanhar melhor todo o processo.

6.3.2 Desvantagens

Dependência das empresas terceirizadas: Após a exigência da Springer em

manter os funcionários terceirizados dentro da organização, deu-se continuidade de

certa dependência destas empresas para repassar as informações ao importador.

Ainda que a empresa esteja mais próxima de seu agente, despachante e operador

logístico, a Springer continua dependendo das informações e dados que são

lançados através das partes terceirizadas, principalmente do operador logístico. Pois

grande parte do processo de importação é o operador logístico quem possui as

informações e administra o processo até o final. Portanto, para que empresa possa

visualizar e acompanhar as informações sobre o processo que está em andamento,

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a mesma fica vinculada ao operador e somente é desligada do mesmo após o

fechamento do processo, quando todas as informações já estão inclusas no sistema.

6.4 Fazer um comparativo sobre o processo de import ação de componentes eletroeletrônicos da Springer antes e depois da imp lantação do sistema ERP SAP/R3

Conforme apresentado nos objetivos anteriores, a empresa Springer Carrier

Ltda, possuía um fluxo do processo de importação de componentes eletroeletrônicos

antes da implantação do sistema ERP SAP/3R, após a implantação deste sistema

este fluxo adquiriu certas transformações. Diante destas modificações estaremos

apresentando o comparativo entre os fluxogramas, com objetivo de trazer um melhor

entendimento sobre o assunto e expondo de forma clara as vantagens e

desvantagens que se obteve com esta mudança.

Em análise as etapas de todo o processo, nota-se a diferença de tempo,

digitação, informações desatualizadas e divergências de informações.

Diante a 1ª etapa, o processo de efetuar o pedido de compra antes da

implantação do sistema na empresa, era feito através de dois sistemas. Primeiro

pela engenharia da empresa, a qual solicitava a compra para o fornecedor, incluía

todos os dados do produto e formas de pagamento do mesmo em seu sistema

interno. Logo os dados eram passados para o operador logístico, este por sua vez

lançava novamente todos os dados em seu sistema próprio, analisava e conferia

todos os documentos e termos de pagamento, enviando estas informações

posteriormente ao fornecedor através de arquivos e e-mails. Com isto é possível

citar que após a implantação do ERP SAP/R3 a empresa ganhou tempo no

desenvolvimento e no fluxo do processo. Pois as informações as quais eram

lançadas em dois sistemas, uniram-se através de um único banco de dados,

facilitando à visualização do pedido de ambas as partes e acompanhando melhor o

andamento do processo.

Na 3ª etapa do fluxo antigo a qual se refere a 4ª etapa do fluxo atual,

percebesse que a empresa obteve melhorias diante da conferência de

documentação e abertura do embarque. Devido ao fato de ter reduzido o tempo com

a digitação dos dados em sistemas diferentes, a conferência tornou-se ágil, e o

processo de abertura do embarque passou a ser lançada uma única vez, direto no

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sistema ERP SAP/R3. Isto fez com que as informações se tornassem mais

atualizadas e centralizadas.

Em comparação a 4ª etapa do fluxograma anterior e 5ª etapa do processo

atual, entendesse que houve uma melhoria na integração das partes envolvidas.

Diante da possibilidade de agilizar as informações, documentações e dados do

processo. Pois na etapa onde a o operador logístico solicitava fundos para o

importador e adquiria autorização para emissão da DI, logo que autorizava o

registro para o despachante, este efetuava o registro em seu sistema e

posteriormente incluía as mesmas informações no Siscomex. Assim que era gerado

a DI o despachante passava ao operador logístico um formulário com o registro da

DI através de e-mail. Com a implantação do sistema este processo passou a ser

efetuado diretamente no sistema ERP SAP/R3 o qual se integra com o Siscomex e

incluí todas as informações automaticamente. Portanto se faz desnecessário a

digitação em diversos sistemas e envio de e-mails, pois o processo é visto e

acompanhado por todas as partes as quais estão envolvidas no fluxo.

Na mesma etapa anterior a implantação do sistema, após a emissão da DI feito

pelo despachante, o operador logístico tinha como tarefa programar o carregamento

com o transportador e emitir a NF. Esta NF era emitida em formulário continuo e

enviada ao departamento fiscal, o qual recebia o documento e após recebimento da

carga, efetuava a baixa de item por item do pedido de compra. A seguir este

departamento fiscal encaminhava a NF e todos os documentos que acompanhavam

a mercadoria ao operador logístico, que por sua vez reunia toda documentação para

efetuar a prestação de contas.

Após a implantação do sistema o operador logístico logo que recebe a

confirmação da DI emite a Danfe no SAP/R3 e programa o carregamento com o

transportador, assim que emitida a Danfe o departamento fiscal já visualiza os dados

e aguarda entrega da carga pelo transportador. Após recebimento da mercadoria o

fiscal da Entrada na Danfe, onde automaticamente efetua a baixa dos itens de

compra sem necessidade de processo manual. Após a baixa dos itens o fiscal

agrupa os documentos que acompanham a carga mais a Danfe e envia ao operador

logístico, este efetua a conferência e reúne todos os documentos, para futura

solicitação a prestação de contas. Esta ultima etapa de prestação de contas, antes

da implantação do ERP SAP/R3 era executado através de controles e

procedimentos de normas internas criados pelo próprio operador logístico, que ao

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final do processo enviava os documentos a correta para que mesma finalizasse com

o fechamento de câmbio. Atualmente a execução desta tarefa é controlada pelo

sistema, e para executar esta atividade é necessário que se consulte e se siga a

norma interna NPL00035 criada pela organização importadora. Neste documento

constam os procedimentos e atos a serem seguidos para o envio e solicitação do

fechamento de câmbio.

Diante o comparativo acima, pode-se observar as qualidades as quais foram

adquiridas pela empresa com a implantação do sistema, sendo: informações

atualizadas, aumento do controle das informações, qualidade e agilidade nas

informações, controle financeiro e união do banco de dados. Porém apesar de

diversas vantagens, se faz necessário informar a desvantagem que a empresa

obteve com a implantação do sistema, não exatamente originada pelo sistema e sim

causada pela forma de desenvolver as tarefas internamente após adquirir o ERP

SAP R/3. Pois conforme informado na desvantagem acima, a organização continua

com certa dependência das informações lançadas pelas empresas terceirizadas até

que se finalize todo o processo.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante o grande avanço do mercado, e forte disputa entre concorrentes, as

grandes empresas procuram estar cada vez mais atualizadas e informadas sobre

seus processos internos e externos, com interesse em fortalecer a organização e

enfrentar seus adversários. É neste interesse de fortalecer a empresa que o sistema

utilizado pela organização está relacionado. Pois para enfrentar o mercado, vencer

seus concorrente e melhorar os processos é de grande importância que a empresa

obtenha um sistema informatizado e adequado para realização de suas tarefas.

A escolha pela empresa Springer Carrier Ltda., para objeto de estudo, se deu

através do interesse em conhecer o processo de uma grande indústria reconhecida

mundialmente no mercado, e apresentar o sistema que realiza todos os processos

administrativos e operacionais desta empresa, de forma vinculada com demais

organizações envolvidas. Outro fator foi o caso de ser um estudo novo, o qual a

própria empresa ainda não tinha elaborado um levantamento dos dados informativos

sobre as qualificações e falhas do sistema implantado.

Os dados utilizados com base para a construção desta pesquisa tiveram

enfoque no referencial teórico apresentado, bem como nas informações adquiridas

informalmente, com um funcionário, usuário do sistema analisado.

Através do estudo elaborado e dados levantados para a construção dos

fluxogramas, foi possível identificar que para a empresa em estudo houve mais

vantagens do que desvantagens. Visto que o sistema implantado permitiu à

organização obter um melhor controle e atualização das informações adquiridas

mediante um único banco de dados. Com isto criou-se a possibilidade da empresa

centralizar todas as informações vinculadas aos processos de importação, bem

como, compras, custos, processos operacionais, administrativos e financeiros. Por

meio desta centralização a empresa reduziu o número de funcionários os quais

estavam responsáveis pela digitação dos processos recebidos, tornando possível o

remanejamento dos mesmos para demais funções. Pois esta atividade passou a ser

realizada através dos funcionários terceiros, os quais já possuem as informações.

Assim sendo a organização estipulou como norma que os funcionários das

empresas contratadas, devem trabalhar internamente na Springer, facilitando a

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comunicação entre ambas as partes e obtendo melhor esclarecimento sobre os

métodos. Conseqüentemente a empresa passou a ficar com certa dependência das

demais organizações contratadas, o que causa uma desvantagem, porém não

relacionada ao sistema, mas sim a forma de organização da companhia para

elaboração dos processos.

7.1 Implicações do estudo

As implicações para a elaboração deste estudo se deram através das

dificuldades de conseguir tempo de entrevista com a pessoa responsável pela área

de importação, e por existir somente uma única pessoa que já trabalhava na

empresa antes de se obter o ERP SAP R/3 e que acompanhou o processo de

implantação do sistema. Por ser um estudo que exigia informações anteriores a

implantação do sistema, a pessoa entrevistada também apresentou dificuldades em

descrever o processo de importação antes da implantação do mesmo.

7.2 Limitações do estudo

Este estudo limitou-se a apresentar o processo de importação de componentes

eletroeletrônicos da empresa Springer Carrier Ltda., por meio de fluxos e descrições

antes e depois da implantação do sistema ERP SAP R/3. Buscou-se mostrar as

dificuldades e benefícios que existia antes do sistema e as vantagens e

desvantagens que o mesmo ocasionou após sua implantação. Após determinados

fluxos e explicações, foi elaborado um estudo comparativo entre ambos os

processos com intuito de melhor visão das vantagens e desvantagens

proporcionadas após implantação do ERP SAP R/3.

7.3 Propostas para estudos futuros

Este estudo proporcionou à organização uma visão mais avançada sobre os

pontos fortes e fracos do sistema. Portanto, indica-se como sugestão, novos estudos

sobre os demais setores usuários do ERP SAP R/3 com objetivo de analisar o

processo destes departamentos a fim de identificar os benefícios e dificuldades de

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todas as partes envolvidas, com intuito de propor melhorias em todas as áreas da

empresa.

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REFERÊNCIAS

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BIZELLI, João dos Santos. Noções básicas de importação . 9. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2002.

CORRÊA, Henrique Luiz; GIANESI, Irineu G. Nogueira; CAON, Mauro. Planejamento, programação e controle da produção : MRP II/ERP: conceitos, uso e implantação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 411 p.

DAVENPORT, Thomas H. Missão crítica : obtendo vantagem competitiva com os sistemas de gestão empresarial. Porto Alegre: Artmed, 2002.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social . 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

HABERKORN, Ernesto: Gestão Empresarial com ERP . 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualidade total em serviços : conceitos, exercícios, casos práticos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

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MIGUEL, Paulo Augusto Cauchick. Qualidade : enfoques e ferramentas. São Paulo: Artliber, 2001.

MONTGOMERY, Douglas C. Introdução ao controle estatístico da qualidade . 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.

O'BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da Internet . São Paulo: Saraiva, 2001.

ORLANDI, Eni P. Análise de discurso : Princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2000.

REZENDE, Denis Alcides; ABREU, Aline França de. Tecnologia da informação aplicada a sistemas de informação empresariais : o papel estratégico da informação e dos sistemas de informação nas empresas. São Paulo: Atlas, 2000.

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ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração : guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

SANTOS, Aldemar de Araújo. Informática na empresa . 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

TIINSIDE. Portal. <http://www.tiinside.com.br/>. Acesso em: 27 maio 2010.

VIEIRA, Aquiles. Importação : Práticas, rotinas e procedimentos. 3. ed. São Paulo: Aduaneiras, 2008.

YIN, Robert K. Estudo de caso : Planejamentos e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

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APÊNDICE A – ROTEIRO DA ENTREVISTA

População alvo: Supervisora de importação (operador logístico) Tamanho da amostra: 01 Objetivo: Descrever o processo de importação de componentes eletroeletrônicos, antes e depois da implantação sistema ERP SAP R/3, identificando as vantagens e desvantagens destes processos, de forma comparativa.

1) Como funcionava o processo de importação antes da empresa obter o sistema ERP SAP R/3?

2) Quais eram as vantagens do sistema antigo no processo de importação de componentes eletroeletrônicos?

3) Quais eram as dificuldades em realizar o processo de importação com o antigo sistema?

4) Como é o processo atual de importação de componentes eletroeletrônicos, com o sistema ERP SAP R/3?

5) Quais foram os benefícios adquiridos para o processo de importação com a implantação do sistema ERP?

6) Quais foram as desvantagens obtidas após a implantação do sistema ERP SAP R/3?

7) Existe algum fluxo que descreva os processos de importação em análise comparativa?

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APÊNDICE B – PROCESSO DE PRESTAÇÃ O DE CONTAS

NPL00035 01-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

OBJETIVO

Estabelecer o procedimento padrão para conferência e lançamento do processo da

prestação de contas no ambiente do SAP, transação/n/pws/zyci_e - ci.

ÂMBITO

Springer Carrier LTDA, filiais, Climazon Industrial e Carrier Refrigeração Ltda

(Transicold).

DEFINIÇÕES

Para conferência e lançamento dos processos de importação é necessário que o

Departamento de Importação siga um roteiro para que não haja impactos financeiros

desnecessários no custo dos materiais importados (peças, semi-acabados e acabados).

PRÉ-REQUISITOS

•Embarque corretamente criado pelo Operador Logístico;

•Lançamento de Miro (recebimento fiscal) e Migo (recebimento físico) devidamente

concluído.

CONFERÊNCIA E SEPARAÇÃO DE DOCUMENTOS

O Operador Logístico envia para a importação da Springer a prestação de contas com

os recibos originais das despesas, contendo duas vias dos documentos (Commercial

Invoice, Bill of Lading e Comprovante de Importação).

Ao receber a prestação de contas, a importação anexa no processo à nota fiscal

enviada pelo recebimento fiscal e o conhecimento de frete rodoviário enviado pelo

transportador nacional.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 02-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

Conferência de documentos:

Conferir se todos os recibos do embarque estão sendo cobrados na prestação de

contas. Quando se tratar de processo marítimo onde está sendo utilizado um Buyer Agent,

haverá uma nota fiscal específica do mesmo referente à prestação de serviços. Ela deve ser

lançada juntamente na prestação de contas.

Conferir o valor da comissão (0,09% sobre o valor FOB em reais) e o AFRMM (25 %

do valor do frete - para embarque marítimo).

Quando a origem do frete corresponde a um paraíso fiscal, haverá incidência de taxa

de frete sobre paraíso fiscal (33,33% sobre o frete internacional).

Conferir se os valores da DI, da Invoice e do SAP são iguais, caso não sejam verificar

o motivo.

Quando é processo de software, informar o valor do software e o centro de custo do

dono do material para a Corretora de Câmbio e para a Tesouraria para que este valor não

seja identificado como pendência de câmbio.

Conferir se a nota fiscal de importação é do mesmo fornecedor que consta na DI e na

Invoice.

Conferir o valor dos fretes no diretório \\CABRSCANPRINTS\Global\Supply Chain &

Foreign Trade\03-Importação\04-Custos Importação (frete internacional, frete rodoviário,

armazenagem no porto e no aeroporto, Infraero).

Separar cópias dos documentos para a Corretora de Câmbio (uma cópia da Invoice,

uma cópia do BL e uma cópia do CI). Informar a fatura câmbio, o nº do embarque e o nº da

pasta do broker nos documentos. Protocolar e enviar para a Corretora de Câmbio. O

protocolo está disponível no diretório \\CABRSCANPRINTS\Global\Supply Chain & Foreign

Trade\03-Importação\03-Cambio como Câmbio_protocoloOnnix.

Se o processo é de pagamento antecipado, verificar se a DI está vinculada e se o

embarque no SAP está vinculado como antecipado.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 03-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

Caso não esteja, o Operador Logístico precisa vincular a DI no embarque e a

Tesouraria e Corretora fazem a vinculação manualmente. Anotar nos documentos enviados

para a Corretora que é um processo de pagamento antecipado. Verificar se a PO

antecipada não fica com saldo para embarque.

PROCEDIMENTO PARA CONFERÊNCIA DA PRESTAÇÃO DE CONTA :

1. Operador Logístico lança embarque contendo no resumo de documentos: Fatura

e Débito em Conta.

2. O departamento de Recebimento Fiscal na Springer Carrier lança a nota fiscal de

importação e encaminha a 3ª via da nota para a importação via malote.

3. Lançar prestação na transação: /PWS/ZYCI001_A – modificar embarque.

A.Para lançar a prestação, o embarque deve ter lançamento dos seguintes itens:

fatura invoice, debito em conta e recebimento fiscal da nota fiscal de

importação.

B.Não lançar valores negativos (IRRF) no SAP.

C.Ter atenção para que os códigos dos fornecedores estejam lançados de acordo.

D.Não lançar nada no código da Receita Federal.

E.Não lançar despesas em um embarque que já está com o período contábil

encerrado.

F. Quando for dentro do mês, podemos lançar despesas adicionais desde que seja

lançado, liberado e deve ser criado encerramento de custos novamente, sendo

assim, haverá dois encerramentos de.

G.Quando houver diferença de clearing, analisar os custos do processo. Dica:

verificar se o débito está lançado, ou se não está em duplicidade, ou se está

marcado corretamente conta gráfica na DI. Verificar se os lançamentos de frete

estão corretos. Caso o a diferença não for encontrada, analisar todas as outras

situações do embarque.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 04-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO DETALHES IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS

•Todos os processos da Springer e da Transicold de Canoas têm ofício de ICMS,

portanto devem estar marcados como conta gráfica na DI.

•Processos da Springer de São Paulo terão ICMS cobrado na prestação, pois não

tem ofício de ICMS. A DI não pode estar marcada como conta gráfica.

•Alguns processos da Climazon não têm débito em conta. Verificar SEMPRE na DI

se existe incidência de impostos. Se sim, deve constar débito em conta.

•Impostos lançados no débito em conta NÃO devem constar na prestação de

contas, pois então se trataria de cobrança em duplicidade.

A compensação do ICMS da Transicold é feita no ato da emissão da nota fiscal de

importação, pelo Fiscal da Springer junto à Secretaria da Fazenda, portanto todas as notas

emitidas no mês em questão devem ser entregues na empresa neste mesmo período

contábil. Não pode haver notas de um mês entregues em outro.

ETAPAS DO LANÇAMENTO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS:

1 Na transação /PWS/ZYCI001_A (modificar prestação) colocar o número do

embarque, dar “enter”:

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 05-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

2 Verificar se o fornecedor no SAP é o mesmo que está identificado na prestação de

contas, abrir o pedido de compra:

3 Verificar se há lançamento de Fatura invoice, débito em conta e recebimento

fiscal, no resumo de documentos , caso não houver invoice ou débito, falar com a

pessoa que está lançando o embarque.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 06-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

Se não houver recebimento fiscal falar com o responsável pelo lançamento de notas

de importação.

4 Verificar se consta o código do Operador Logístico e o código da Receita Federal.

Selecionar a linha do Operador Logístico e clicar no ícone Solicitação de Prestação de

Contas.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 07-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

5 Selecionar a linha do embarque e clicar em .

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 08-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

6 Nos locais indicados em vermelho devem ser preenchidos manualmente. Após os

lançamentos dos valores, o CE gera o número da Prestação que está indicado em verde.

Este número deve ser anotado na prestação para posterior aprovação. Clicar em sair.

7 Se não constar algum número de fornecedor, inserir conforme abaixo e salvar para seguir adiante.

• Código Eichenberg: 60546 – Tipo DES • Código Receita NH: 30794 – Tipo – IMP • Código Receita POA: 30825 – Tipo – IMP • Código Receita Manaus: 30816 – Tipo – IMP • Código Marubeni: 30986 – Tipo – DNC • Código Azevedo: 80511 – Tipo – DNC • Código Multiarmazéns: 62690 – Tipo – DNC

8 Procedimento de pagamento de frete do Fornecedor Multi Armazéns Ltda: Quando o conhecimento de frete apresentar mais de um embarque/processo, não haverá o rateio do frete, o mesmo será pago pelo processo de maior valor.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 09-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

9 Consultar no SAP cada embarque informado no conhecimento e verificar o valor dos processos, o que tiver o valor superior será o embarque que pagará o valor integral do frete. Para consultar o valor de embarque, entrar na página inicial da transação de embarque e verificar o valor planejado.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 10-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

10 Selecionar a linha e clicar em Solicitação de Prestação de contas, conforme indicado em vermelho: Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 11-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

11 Selecionar a linha e clicar em criar:

12 Preencher manualmente os itens indicados em vermelho e dar enter, após o sistema irá

gerar o número da prestação que está em verde. Clicar em sair. Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 12-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

13 Os processos de Manaus que tiverem o frete do fornecedor Azevedo, proceder da mesma forma conforme explicação anterior utilizando o código do fornecedor correspondente. Deve-se então proceder com o lançamento do número da Nota Fiscal e o valor Bruto da Nota Fiscal, para que o sistema automaticamente faça o recolhimento do ISS, gerando para pagamento ao fornecedor o valor líquido.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 13-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

14 Os processos da Climazon, deverão ter o lançamento dos impostos FTI (Sec. da Fazenda – Amazonas), DCI (Receita Fed. do Estado do Amazonas) e TSI (Superint. da Zona Franca de Manaus). Para os processos que ficarem em andamento, também é necessário o lançamento dos impostos.

•Código FTI: 30811 – Tipo – DNC – 2% •Código DCI: 30785 – Tipo – DNC – 1,76% •Código TSI: 30817 – Tipo – DNC – 1,62%

15 Os processos da Climazon Industrial com a finalidade de revenda, consumo ou imobilizado não terão a incidência dos impostos citados. Tal informação deve ser verificada na Nota Fiscal dos processos.

16 Para cálculo dos impostos consultar a planilha auxiliar que está localizada no endereço:

F:\Supply Chain & Foreign Trade\03-Importação\11-Instruções de Trabalho\Processos Padronizados\Cálculo Impostos Manaus 17 Consultar na DI o valor de VMLE e a taxa de câmbio e alimentar a planilha com essas informações, de modo que se terá o valor a ser pago calculado automaticamente.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 14-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

18 Para proceder com o lançamento, verificar os seguintes observações destacadas na tela que segue:

•No campo referência colocar o número da DI e ao lado o nome do imposto que se está

cadastrando. •A data do vencimento será sempre o último dia útil do mês de fechamento. •O FTI é o único imposto que está parametrizado na descrição da despesa. •O pagamento deve ser bloqueado, inserindo a letra A.

APROVAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS 1 Selecionar a transação /n/pws/zyci007_A Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 15-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

2 Enter – quando aparecer a tela abaixo. Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 16-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

3 Clicar duas vezes no número da prestação para conferir.

4 Campos marcados com a flecha devem ser conferidos: Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 17-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

5 Se tudo estiver OK clicar no relógio e conferir se “o documento foi contabilizado”:

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 18-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

6 Voltar na seta verde e repetir a operação caso houver novas aprovações.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 19-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 20-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO ENCERRAMENTO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS: 1 Entrar em modificar prestação, /PWS/ZYCI001_A e conferir se no resumo de documentos

, se há: fatura, prestação de contas, débito em conta (quando houver impostos) e

recebimento. Clicar em sair.

2 Acompanhar o número das PO’s e clicar em Encerramento. Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 21-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

3 Clicar em (encerramento):

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 22-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO 4 Verificar se os pedidos informados na tela de encerramento de MR22 são os mesmos vinculados ao embarque, caso não forem os mesmos, sair da transação. Após verificar pedidos, clicar em encerramento.

5 Acompanhar a geração do 1º documento contábil que representa a MR22 e clicar em avançar: Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 23-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

6 Após irá gerar um novo documento contábil que representa F-02, este número deve ser diferente do 1º número gerado. Clicar novamente em avançar.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 24-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

7 Os documentos contábeis gerados anteriormente se alocarão conforme abaixo. Clicar em

(Enc. Contábil).

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 25-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO 8 Verificar o saldo final que deve ser sempre Zero, ou variação próxima a Zero (R$ 0,01 até R$10,00). Para que o saldo resulte em zero, os sinais devem se complementar em positivo e negativo, conforme indica a seta. Caso o saldo não for Zero, analisar os custos da

prestação. Clicar em sair.

9 Clicar em avançar para gerar documento de Clearing Final.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 26-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

10 O documento gerado se alocará conforme a natureza da operação, neste

caso na conta Revenda. Clicar (sair) para abandonar o encerramento.

Springer Carrier Ltda.

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NPL00035 27-27 PROCESSO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS – IMPORTAÇÃO

RESULTADO ESPERADO

Objetivo da Prestação de Contas

Ser um documento oficial que reúna todos os custos da importação, para que seja devidamente lançado no SAP – CE e atualize mensalmente o Custo Médio dos materiais importados; garantir que as despesas ao serem lançadas sejam alocadas e contabilizadas corretamente nas contas contábeis de acordo com a natureza da operação; ser a atividade final da operação de importação.

Resultado Esperado

O embarque devidamente criado, conferido e lançado, garante a acuracidade e atualização dos custos dos componentes importados, assim como a correta alocação de suas despesas nas respectivas contas contábeis, garantindo o correto fluxo das despesas das importações para a empresa.

Springer Carrier Ltda.