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Neol lberal lsmo e deaadministrat iviza9io GlADSTON M AM ED £ sllMARIo 1. Int rod ueiio. 2 . 0Direito Administrativo ea estrutura de Estado. 3 . Admi ni strativizari io no Brasil 4.0 int eresse pUblico. 5. 0 Diretto Adminislranvo e a s atividades desadminislrattvizadas. 6 . Conclw.r&J. 1. Introd ucao Muitos dos paises da America Latina, nes- te final de seculo XX, abando aram politicas estatizadoras, reservas de mercado e discursos nacionalistas para adotarem os caminhos defi- nidos e defendidos pelt) denominado neolibc:- ralismo. s Costa, apos advertir q u e "a expres- s a o neoliberalismo e urn eufemismo muito gra- cioso que designa 0 q u e h3 de mais ortodoxo oeste antigo conjunto d e id etas construido a partir do grande John Locke" (1995: 6), afirma, com propriedade, que "vivemos urn periodo de indisfar~el fascinio pelo c nto dos liberais. Progresso, desenvolvimento, felicidade, conso- m o (0 sacrossanto consume), inf1~ contro- \ada, a vida p\anejada a \ongo prazo, enlim, es- taJDos no empireo. Caronte nio mais conduz nassa barea do demo'.), lIDS sublimamos, tude gracas aos miraculosos efeitos d o mercado. Como, e com que coragem, urn espirito maIdoso poderia levantar sua voz contra tal estado de coisasT' (idem: 6). A ~o neoliberal, n a o obstante este in- confund1vel fascinio que provoca em muitos, tem provocado urn debate acirrado entre seas snnpatizantes e seus opositores, numa disputa q u e ocupa palanques, tribunas, alem d o s mcios de comnni~o. 0 proprio Sa Costa pt5e-se, Gladst on Mamcde e Doutor em Filmofia do confortavelmente, no rol dos opositores, asse- Direito pela UniVCf9idade Federal de Minas Gerais veranda q ue " 3livre intera~o d e atitudes ego- . . . . . . . . . . U . . . 127 jIII~. f_ ,.,

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Neollberallsmo e deaadministrativiza9io

GlAD STON M AM ED £

s l lMARIo

1. Introdueiio. 2 . 0Direito Administrativo e a

estrutura de Estado. 3. Administrativizariio no Brasil4.0 interesse pUblico. 5. 0 Diretto Adminislranvo e

as atividades desadminislrattvizadas. 6. Conclw.r&J.

1. Introducao

Mu ito s d os p aise s da America L atina, nes-te final de seculo XX, abandonaram politicas

estatizadoras, re se rv as d e merc ad o e d iscursosnacionalistas para ado tarem os caminhos defi-nidos e d efen dido s pelt) denomin ado n eolib c:-ralismo. s a Costa , a po s advertir que "a expres-s a o neoliberalismo e u rn e ufemismo mu ito gra-cio so qu e d esig na 0 que h3 de mais ortodoxooeste antigo conjunto de idetas construido apartir do g ra nd e J ohn Locke" (1995: 6), afirma,com p ro priedade, q ue "v iv em os urn p erio do deindisfar~el fascinio pelo canto dos liberais.Progresso , desenvolvimento, felicidade, conso-mo (0 s ac ro ss an to c on sume), inf1~ contro-

\ada, a vida p \an ejada a \on go praz o, enlim , es-taJD os no em pireo. C aronte nio m ais conduznassa barea do demo'.), lIDS sublimamos, tude

gracas aos miraculosos efeitos do mercado.Com o, e com que coragem , urn espirito maIdosopoderia levantar sua voz contra tal estado decoisasT' (idem: 6).

A ~o neoliberal, nao obstante este in-confund1vel fascinio que provoca em m uitos,tem provocado urn debate acirrado entre seassn np atizantes e seus op ositores, numa disputa

que ocupa palanques, tribunas, alem dos mciosde comnni~o. 0 proprio Sa Costa p t5 e- se ,

Gladston Mamcde e Doutor em Filmofia do confortavelmente, no ro l d os o po sito re s, a sse -Direito pela UniVC f9 idad e F ederal d e Minas Gerais v eran da q ue "3livre intera~o de atitudes ego-

.......... U ... 127jIII~. f _ , . ,

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istas pode gem u m . progresso para 0pais, mas,sed esse processo n:al?Qual 0~ a serpagoporele?" (idem: 6).

Neste trabalho, pretendo tornar parte oeste

~ ~ s a b r e a o p y a o neoliberal; do -

5ejO, e s p e c i f i c a m e n t . e . apontar e a n a l i s a . r tun des eus subprodu tos ju rld ic os , go qual deoominei" d e s a d r n i n i s t : r a t i v i z a c A o " e que, creio, merece ac o n s i d e r a r ; a o de administradores pUblioos,legis--

~ estudiosos do D irc ito e, 9.'btemaneita,< S a socicdade ciw.

2. 0 D ire tto A dm inistrativo e a e strutum de

Estado

Contextualizando 0 wrgimento de DOnnasjm~edesuadisciplinadecstudo,Jeciona Caetano: ao passo que' "as ideias fonda-

mentais do Direito Privado que no condnen teeuropeu chegaram ao secw o XX foram elabora -

das pelos jur isconsult .os rotnanos" t\•••10D l r e n oAdJnin is tra tiv o s urge como sistema de d o o t : r . i l l aapenas nos al\rores do s C c u l o XIX. " (1 989 : 1 9). E ,sem ditvida, wnafonna nova de regulamentl~jurldica, qu e surge com uma tend!ncia bem re-cente do DiIti.to que Aguiar denomina "autol imi-~ .doEsrado"(l984: 40), empregandtra parareferir-se a certa qualidade de normasconstituciOnais (sua v alid ad e, co ntu do , atin ge

outros ramos do Direito c on sid erado pUblico ,entre os quais. a discip\ina administrativa, certoque, co mo afum a Caetano, "0Dlrcito Adminls--

trativo esti mtimamente ligado a Const inJ j~P o U t i c : a de cadapais" ( 19 89: 2 3 ).

A g&ese do Direito Adminis trat ivo e comose v e r a a seguir. urn dos sOOprodutos da ~o1u-~ politica ~ par muitas s o d .des o c i d e n ta i s n o s U l t i m o s s C c u .I o s , c o m alteR-' W O e s em dive:rsos c a J D P O S do fenQme:oo politico-juridi.co, pcnniIiRIo d i s c i p l i n a r - - s e o s m e c : a n is rm s

de funcionauu:moda m a q u i n a de Estadol eo re-Iacionamento desta com os a d m i n i s U a d o s . Esta

autolitn.ita~ do poder de Estado, a 1 i a d a a siste--mas e 1 e i t o r a l S que pnx:ur.un detenninar certa r e -

IComo procurci dcnnons1rar em Semiologia eVi,mb, c possivel oomprender I)1I:nno "Estado" como

urn adjet ivo , "refcriru:Jo..se a Ulna c a r a c t c r l s t i c a espccl-

fica ~m que ~ cultura,. em sua cvo~ histOrica, re-vestJu l ictcrminados aspectos pohtieos da v ida ~h \ l l 1 \ B R a . Est&~ pede 9CI '~coroou rn valo r in stit uekmai dado a dctennin&dos tipos dt:

~, e mais, s r n c e a n i s m o s p r o t c : t o r c s de wna

ccrta fonna em que B socicdadt deve 8t estnl turar. Estae stn ltu ra soc ia l r es ult an te e todos o s in strumen to s queB asscguram ~ de wnacomp leta signifi~C B p e C i f J 0 8 (significam ' 'Estado',)'' (1 99 5: 8 7).

presentatividade politica, e sanda&1 COIIX)demo-

cracia, flIo obstante se veritique que U 1 d o 0sis-tema legislado, bern <XII I lO efctivado, p o s s u a "n"clementos qu e afastam da mcdade c.ivil a ver-dadeira possibilidade de "participatrIo de £sra.

do".Como j A 0disse, 0regime

participativo"re-

quer wn perfi l de t o r z n a , ; a O dos a'dadfos. IJabjI atamar efetivmnente d e lI lO C I 'C i t ic a a existancia doEstado (pam participar, e n e c e s s a n o qu e se te -nham condiQles de o;xnprtendct as ~

politicas pastas emjogo e, consclentemente, op-

l a I r (1995: 96).Ainda assim, nio s e pode deixar de reconhe--

cer que UID3 e t a s g r a n d e s co~ d a s DOr*

mas administrativas e a ~ dos~tros qu e 0poder cstatal e s t a b e I . e c e pam st IDeS-

mo"(Aguiar , 1984: 40) , m e n t o q u e < X I D D I I I P am

outras nonnas, monnente as c : : o n s t i t u c i o n a i s . 0c : o n t r a s t e pode SCI' veriJicado e m Meirel1cs a oi . n d i c a r ( ) absohstiS lM OO1Ma ambitate N s 1 6 r i t : Oque s u c e d e 0 surg:imento do Dirato Admini&ua-

ovo, tempo em qu e "doIDinava a vontade onipo-

tentedo Mooan:a , c rista Jimda na m S x i m a l ' O O J a D a

quod p rin eip i p io cu it le gis h ab e t v ig or em e sub-~na~egocentrisIadeLufsXIV L 'h ate 'e stmo i." {l991: 3S)Em~aeste poder extremado, 0Direito Administrativosurge no contexto da Revolo;ao Francesa, aindasegundo MeirelJes (idem: 35). Al i3s ,

eincgavel. 0

d t b i 1 D do pensamento ocide ll la l para com a pro-~ intelectuaL nes:ta destacadas as id6iaspoIft icas, para com 0i luminismo fraIIcfs (pre-rc-voluc ion3r io , r evolucimWio e, ate mesmo, ..J...,_

revoIucionArio). t"""'"

A D menos em tese, a exi st!nc ia do Direito

Administrativo, esse OOll junto de .IIOflD;!I$ cpee nce nam modelo s compo rtaIne ntais dirigidos It~ do arbitrio indiscriminado na admjnilr

~ da sociedade ou, como pos ta aotcriormcn-te , normas que 1Jaduzem uma autoli~ do

poderde Estada e ~ dos p I D C t J d i -m e m o s que devem s e r respeitados pol s e u s a g e D -tes, assin ala uma evolw ;io so cial: evitn'-st que aestmturn de Es tado seja ntili74lda para benefic:ia-

menta d a q u e l e s que a controlam , em desproyeito

dJs i n t e f l : S 5 e S da ooktividade. Na vig&Jci;J dos is te rnaju s- a.dm jn is tr avo, " os fins da Adminis-traQiO se~ na t ld'esa dD interesseptibI ico, assim enteodicJas aquelas ~ OIl

vant.agens licitamente almejadas por toda a eo-~admioisttada, auporUlIlllparte~S IVa de sellS meJ:nbros" e que, par c:onseguinte,

"0alo au (X)tltralo admUristtativo n : a l : i z a d o s e m .interesse p O O l i < x > configura desvio de finalida-d e " (idem: 77).

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Disse "ao menos em lese" certo que este con-junto de nonnas destinadas a disciplinar os atosde Estado, e st abele cendo- lhes limi te s especifi-

cos (demandandolisur a, pub li cidade , lega lidadeetc.), possui existencia apenas na potenci.alidade

da previsio normat iva, vale dizer, carece de efeti-v a4 j3 o, q ue l p el0 cump rim en to voluntario por

seus sujeitos passives diretos (os agentes de

Esta do ), q ue r p ela a pli~ o das s a J l I ; : O e s previs-

tas para 0~timento peJos orgilos jurisdi-cionaiscom petentes (d. MAMEDE, 19 95: 13 4ess.). N a o obstante , trata-se, por m in imo , de uma

p romessa de ev oluv ao d a so cied ad e: co nsid era r- em certos lim ites - a coletividade com o alvoprivi1egiado em ~ a ind iv idual idade, sendode esttanhar que 0sistema juridico brasi le iro im-ponha tantas dificuldades para que 0 cidadao,

substituindo eventuais o r g a o s f iscalizadores iner-tes, provoque 0Poder JudiciAri.o para ma n i f e s t u : -se sob re qua lque r J e s a o ao Dire ito Administratt-

vo . Tal como posto em nossa le~, essa -

efetiva - parti~o de Estado e praticamenteimpossivel de ser exercida: 0ordenamento juridi-co brasileiro cria, assim , um a cidadania parcial,

na m edida em que retira do cidadao 0poder de

agir para a p~o dos interesses. s o . c i a i s(depois de ja te r retirado, da grande maw na da

popu1~, 0pooer decompreensso, nio th e for -necendo condicees para uma formacaoed ucac io naJ, m in im am ente sa tisfat6 ria q ue fo s-se). A isto acresca-se um a ex egesejudicial que

dificulta ainda mail; 0exercicio da cidadania: 0Supremo Tribunal Federa l, po r exemplo, erige to-da s as dificuldades possiveis para 0exercicio das

a¢es diretas de inconstitucionalidade2, fugindo

ao exercicio de suas ~ constitucionais a

lNaADIn 1.234-7 (ret M in. D rnar Galvio), comoi s . s e h ou ve ra feito na ADIn 894-3 (rel, M in. Neri da

Silveira), considerou-se a Uniio Naeional dos Em-

dantes (UNE) parte ilegitima "para. acionar 0con~o-

le abstrato de constitucionalidade, tendo em VIstaque nllo se enquadra como entidade de cl~:it: de ~-bito n aeio nal, na interp~ que tern s ido con fe ri -

da • segunda parte do incise IX do artigo 103 da

Carta da Republica"(LVU de 10 mar. 95, p. 4.898)_

Ressalvando os votes veneidos dos ministros Fran-

cisco Rezek, Marco Aurelio, SepUlveda Pertence eCarlos Velloso, tal interpretac10 concretiza um a fuga

de nossa sobreerninente Corte de suas obrigaebespara com a sociedade brasileira, 0 que, em minha

opiniilo, constitui u rn a bs urd o in om in av el, AquelaCorte, contudo, tern reiterado com portam entO 'l que

merecem acritica da sociedade brasileira, como quando

declarou a inconstitucionalidade da cobranea do em-prestimo compulsorio sobre a aquisi~.de gasolineau Mcooi, instituida no ano de 1986 (Lei nil 2.288),apenas em I I I de dezembro de 1994.

partir de ex egeses que lim itam as garantias

constitucionais.

Aque1as peculiaridades caractenzadoras do

Direito Adm in is tr ativ o, e ntre ta nto , n ao s a o , porsi 86, u rn obs ti cu1o a s propostas neoliberais.

Afinal, defensores do neo lib er alismo defendemuma sensivel r O O . u ; a o das dirnensaes alcaru;adaspelo aparelbo de Estado e por suas atividades,com 0que se tera, conseqiientemente, urna redu -

~ de su a in fiu en cia so bre a so cie dade . Ora, se 0grande menlO doDireito Administrativoe a regu-lam entacao do poder de Estado, impedindo amanipulacao para a te nd er a in te re ss es in div id u-ais ou para le sa r interesses de cidadaos', se fo-

rem passadas partes de suas atividades para ainiciativa privada, rulo M r isco de mau uso da

estrutura de Estado. Com efe ito, 0empreendedor

privado que se incumbe de dete rm inada a tiv ida-de nao estabe lece rela¢es de coman do, v ale di-z er, " relaQ } es v erticais", ten no q ue p ro cu ra tra-dnzir Iis up erio rid ad e que 0aparelho de Estadopossui quando cia manifesta~ de uma "vonta-

de de Estado". 0 argumento e bern simples: n a ose faria necessario urn controle jus-administrati-vo quando uma a tividade e p riv atiz ad a?U ~ferida ( co nc es ss o) a o emp re en ded or p riv ad o, SI-

~ em que ficanam resguardados tanto osbens quanto os recursos pU blicos: a iniciativa

p riv ad a, a o a ss um ir 0con trole de empresas e - : ~a tiv id ad es a nte s s ob 0con trole e a r esponsab ili-dade estata1, p assa a in ve stir capital proprio,

Outro a rg umen to re le vante ja foi expressadooeste texto: toda norm a juridica define apenas

"model o s h ipoteneos de co tn po rtam en to s (e desitua.¢es) devidas", como ja tive ocasiso de exa-m inar(19 95: 8 6), 00, como define \asconcelos, "anonna e pura e simp1esmente previsso" (19 86: 5)_

Assim, a evolw;ao do Direito Administrat ivo rulo

sig nifica q ue compo rtam en to s a ntin orm ativ osnao irilo se concretizar. D a m esm a form a, com o

c ed ic o, s e a r n a utiliza~ de hens e recur~ p~-blicos nio s e fu er c orre sp onde r p ro ce ss o ju dic i-al para apenar os agentes de Estado responsa-veis, denada servina toda a evol~ desse ramodo Direito.

E, finaltnente, n a o sepod .e o lv id ar que o sd e-C e nsu re s d o neoliberalismo ainda possuem "n"outros arg um ento s relev an te s, como 0m au de-

}Havendo que destacaf, na defesa de tail! interes-ses, diplomas como as Leis n~4.898/65 e 8.429/92

que, como ensina Mello, Iice~c~amqualquer pessoa. a"suscitar 0 controle da Admlmstrarrio para. que sejasancionado 0 agente que haja incidido em 'abuse deautoridade" (1994: 109).

8r...,••. 32 n. 1271u1,n.t. 1185 153

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--vMn das empaas CSIatais, JU.l utiliza;lo

... I IcDdeJ · i D t c r e s s e s corporatiws. a a c : c : e s s i -".Iereduzirotamanbo damIquiDa.,b

.. (cujo Jipnrismn i n q J c : d c scuboat epc:rfci»'-"i<DamcmM) e rc:tiIa do p a i s : a capacidIde deIea.rir IIIecmom ia g IO O a l d c s I c fim de S I i c D I o

XX a oea:ssidadc de se dcstiIlar veJbu piilic:aIplDdet::rmiDados fins )XioritUiolque nIo...

lualMdadcs a sercm en&repcs a inic:iativa pri-

wda, a a u s e n a a de I ' C ' . I C U I ' I O S ptiicos ~lei para C O I r e s p o n d e r a s netalidade5 de i~t imcRtos no s m a is variados setores, demandan-

40 parceria com os setores privados etc. E ncstc1 C I I I i d o , aliAs, que seman ife sta W a ld : "amoder·nizaI;:i,) da cconomia brasileira e a retomada dodcIcnvoIv imento prc:ssupi5em que a politic:a de~ e de p r i v a t : i z a r w O e s , ja agora compIe-

memada pclo prQieto de ajuste fiscal, seja efeti-vaInC JteiJ:nplcmem ada" (1994: 1).

3. Admin;slrativizQfdo no Brasil

Como, por defi.ni~, a s nonna s jus-admi-n istra tiv as re la cionam-se com os "ato s de A d-m.iaistra~ PUblica", concretizados por agcn-tel de Estado devi.damcnte investidos em 6r-. . . c ia m a q u i n a estatal, s e r a necessirio COIl-

cIuir que quanto mais se di.larga a estrutura deEIIado, maio r c ! : a "administrativi~" da vidaI O C i a l e, principaimente, ecooomica. Digo a c I -

~no sentidodeque aatividadctnzida para 0imbito de Estado passa a rep-Iepdas normas do Direito A4mjoi.sttativo: s O

pode con..!'.Jbst..anciar« pe!as r o n n . . . a s e p e . 1 ' 2 os

fiDI defirlidos em Iei~sua iniciativa deve set f u : D -

4emmt3da (requisito nio cootemplado po r al-pns autorcs) e de conhecimento pUblico; al-

pmas dopodem s er renunc iada s, por repre-lCotarem urn dever, mais que um poder deEstado.

oBrasil, n:lo obstante a vasta literaturajor-

Dalistica sobre escindalos na Administral;ioPUbl ica, pos su i uma vasta parte de sua econo-mia administrativizada, quero dizer, submctidaisDOnBaS jus-administrativas; afinal, e i n e , , -vel que p ossu imo s uma "tradirrAo esta.tizadora"e, portanto, diversas a r e a s e atividades C C O D O -

m K : a s foram trazidas para dentro da maquina deEstado. Nosso g iga .n ti smo admini str at ivo (80m-.J ~~~ "o"nI'OCf!d.iINm-

tOs~~)~~~~~o&:~i~-,mo , quando uma po litica empreg uista ja lie

fazia notal. A Proc~o cia RepUb lic a R I o

sipifiaN, em instante algum, uma reversIones&a cend!ncia: a e xte ns a maIha d . o s IanIOS

tqIos de Estado, e scus millWcs de f u n c i o o a -

riOi pUbIicoI (..nos dos quais contratados em

tu.;IIt* cliaddismos poUticos), motivou aca1lJlC.iaqlo do .rtisa 37, incise II, da~Federal·.

........ do JipMjmoda estrutura orp-.. .,. doIpII'dho de Eaado, DOSIa "tradi-~ I 1 iz. •"1CIIbrc. C C O I I D I I I i a t . a J D b 6 m re -. . . . . z a (quado bdo Bario de..... _ um libcralillno e:a:essiw-

- - . . . - : e , . . . 0pais). Eatre&anto, fo; naRcp6b tic :a ~ 0CIb\» CSWizvde manifes-tou«com lUis v e e m e u c i a . impuIsionado por0IIda ufanis ta e aac:ionalista que, com 0passudo &eIIIpo, 1 o i . tomando llitida conti~ an-ti.amcricaDiIta. J a gas primciral d6cadas do s6 -

cuIo xx. DJVimen tos nacionalistas voltavam-s e , pur excmplo, contra a e x p l f J l ' l 9 1 o de femwi-

as , ponos, c1et:rif icIII;I e teJcfooia, CDtre au-tros cuapn:eMimentos, pdo nonc-americanoPerc iva l Farquhar, au COI I t ta a holding Brazili-an T ra cti on que "coutrolava bcmdcs, luz, g a s ec o c r p a em virias capitais brasi1ciras", comonanaMoail(I994: 82.98).

o RQII'IO c i a cstati~ de determ.inadas.... ~I,abcmde ... poUticadc~~ _ CIIdo coasidcradoI "in& eresses na -

ciauis". ti...,peularinarncnM d.i1arpdo DO

B r lI !I il . a b n f tF P d o ferrovias, portos. cmpresas

• ~. m illi:rios. C O I D p I D h i a s eleele-triddadte l l ld i:miA etc. MorUa. mdhor do ~oj.... 4I:iD-o petcotc: Epidao Peaoa es-tatiz(u 0podO de Rio Grande e as fcnovias da~,Amliain des Chelftins de Fer th lIWsil. A IfIIb;1'Il / 1 ' O t r Ore , depois de eofrcnrar

6 b i c : a ' . . . pIeDa iDllaI~ no pais, foi trans-bmada em Cia. \31c do Rio Doce duraDte aS .... , Graadc Gucna; a Cia. A~Especiaislcabira, 1 a I I I I b e m de capital c s t J u & c i r o . teYe leU

COllUde ac:ioUrio asmmido pdo Banco do Bra-silcml9S2 (1.",: 123,12S). Ajuslifk:arotemor

aacioNJista. basta 1IID3 rdcrbQa fcita porMorais: IOdos estes cmprcmdi. lDCDtos pcrten-clam 109.lIlke, norte-amcricIno, ao s quais sepode IOIDIr • Rio de Janeiro Light & - Power aCia. Tc:ldi'Imca Bnsilc:: ira, Pon of Pani (propri-cWia do porto de BelCm, a J . e m de varias cstra-du.ferro).

Nea~ fiIz« no;CSI6riocsclarec:er que,

10~ do qu e comumerlC sc imagina. asiIda.... 1 I C i t s de Estado na ecooomia, inclusiveepri., e l m = n s e a.aniIQ) atividades cconf Imi-

4E ~ J I I v n d o dcnUnciu pubt icMlu pela im -.,...., .... RIo obtew plena eflCkia juridica, C«-to ~. __ ~ pUblieos inlistcm em

deMO, j.....lo.

,. . .. ..... fie ..,.,._, .. L...........

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cas (via de regra, po r intermedio de enti~paraestatais), olio fo i u rn mov imen to ~ xc l~ IV a~mente b ra sile iro , c omo tambem 0nacionalismonOOofoi. ComoafinnaEizirik, "apartirda I·Guer-ra MundiaJ, as Constitui~ dos diversos pal"

se s p assa ram a c en te r p re ce ~t~ d isc ip lin an do.3

intervencao estatal no donuruo econonuco, vi-

s a n d o b asic amen te su prir a s fa lta s da iniciativap rivada e fo rnece r a soc iedade de te rminados s er-v i c e s que n a o e ram su fic ie ntemente p ro vid espelo sistema do l ivre mercado. ( ...1Ap6s a 2 & Guer-

ra M undial, intensificou-se a a~ao estatal nodom in io e conom ico, se ja v is ando a recuperacaodas economias nacionais abaIadas pela g uerra ,

se ja aumentado (sid) 0mimero de servicos q~passaram a ser aten did os p elo Estado, n o movi-m ento em direc;iio a o c hamado Wel fa r e S ta te "

(1993:66).Os governos d e GetU lio Vargas, mormeme 0

2 '1 (o u seja, ja no p es-g uerra), con stitu iram urng ra nd e impulso n a te nd en cia e sta tiz ad ora , c on -c re tiz ando uma politic a de in ve stimento s d e E5"

tados que pre tendiam assumir 0!ugar da ~ciati~va p riv ad a n as a tiv id ad es e eo no nu ca s de infra-estrutura, como a sid eru rgia (C ia. S id erurg ieaNational) ea explo~ e beneficiamento depe-tr 61eo e der ivados (petrobras). A maqu ina de Bs-tado conse rvou-se agiganrada durante os gover-

nos que segu iram ao seu suicidio e foi a inda maisdilatada du rante os go vemos mil . i tu:es, fase em

au e 0te ne ntismo , fin almen te , a lc an cou 0poder

Politic o b ra sile iro e p& l e e xe rc ita r su a intransi-gencia, sen u fanismo e tc , c hamando para a~-tura de Estado mais a tiv idades in fra -e str umrai son aquela s que con sid erava "estrategicas".

Somen te co rn a Consti tu icao Feder al de 1988 ,p ro cu ro u-se c ria r c on dic oe s p ara a re du ca o ~ es-t a "a tuacao empresari al " de Estado . E esta, alias,a constatacso deEizirik, para quem "a Cons utu i-

~anterior, em seu art. 17 0, § 12, ~l~ ~

regime de supJementa riedade ampla da uucianvaestatal sabre a privada. N a vigente C arta, pas-sou-se a urn sistema de suplemen tan ed ad e r es tri-fa nos tennos do art. 173 , caput , que reduz ashi¢teses de a~ do E stad o n a eco nom ia, aod is po r expr es sa rnent e quais s a o os casos em quee la s e j ",; :ti fic a (seguram;o nocional e relevante

interesse coletivo, oonforme defin id o em lei)"( idem: 68).

Como n ao p od eria deixar de ser, es se cresci -mento da area d e a~o do apar e1ho de Estado

impJ icou na necess idade de um a el~ "? ni-vel qua lita tiv o das normas j us -admmistra uvas,bern Como uma amp!iat;< io de sua a rea de abean-

gencia . 0 D ire tto ~ stra tiv o, assim, fo i g~-nhando maior iInpoItanCJa na med idaem qu:: ~a r e a s fo ram se nd o a dm in istra tiv iz ad as. o u se.la.q ua nto m aior fo i se to rnan do su a a r e a d~regula-menta cao; a e fe tiv ac ao des te con junto d ila rg ado

d e n orrn as, c on tu do , e urn dado que pode darmarg en s a d isc usse es.

4.0 interesse publico

o p on to q ue mere ce destaque, a ~ a!tura, , eq ue a evo lu cao re presen tad a p ela d iscip lin a D l-reito A dm in istrativ o e todo 0 se u c omunto de

normas nao se restringiu a regulamentacao dosprocedimentos da Adrninistr~ PU blica..ComoM pouco afirmei, as no rmas e princip io~ jus-ad-m in istra tiv os re pre se ntam uma evo lu cso S O C I a l

na m edida em que procuram colocar 0 interesse

coletivo como0

seu valor maximo (ern oposicaoau interesse - note-se: interesse e nao d ire ito -individual). E 0que se encontra, allis, estampadonos p rinc ip ios basila re s do Dir ei to Admin is t:; ati -vo tais COm odefinidos por M ello, on seja, a su-PJ~mada do i nt eres se pUbl ico sabre 0p riv ad o" ea " indisponib il idade, peIa Administracao, dos

in teresses p ub lico s" (19 94 : 16 ). 0 elem en to q uep re tendo desta ca r, n este con te xte , e justarnenteo " interesse pU b lico " c on stitu id o na qualidadede bern juridico a ser protegido , tutelado . ~sdo que p ro cedirn en to s regu lamen tado re s d as au-

vidades levadas a cabo para administrar a SOCle-dade, 0Dire tto Admin is tra tiv o co~S:'lg roua s u-p en orid ad e d o in te re s...~ c i a co!e tlV1lhde como"urn verdadeiro a xioma re conhec iv el no modemodirei to publi co £ . . . 1 , pressuposto de uma ord ernsocial est:ivel, em que 1000s e carla urn possam

s en ti r-s e ga ran tidos e r esgua rdados" (idem: 19).

o qu e se veri fi ca , port anto , e que a s . nonnasde D ireito A dm in istrativ o atrib uiram ao in teresse

da coletividade 0valor de ' o e m j ur id icameme pro -te gido. Nao s e pode re fu ta r, e c la ro , q ue em film -

las oportunidades, impJernentou-se urna mterpre-tacao que, creio, e equivocada: nestes casos, aexpressao "interesse publico" acabou por ~rcomp re endid a como " in te re ss e do s agentes ( < ! _ i -rigentes) de Es tado". Nes tas ( infel izmente ,.naora ra s) opo rtunid ades, manipulou-s e a s u p e n 0 t ; ! -dade que gozam os orgaos da ~ruru.a~oPUbli ca em re1~0 aos denommados "paI1ICUla-

res'" (superioridade esta que busca fundamen ta -~ o ju starnen te n a primazia e n a d efesa do "in te-resse sociaf') para beneficial" detento re s do po-der de Estado bern com o corporacces diversas

( ftmc io ru ir io s: g rupos economicos, r eg iOes e le i-to ra is e tc .) c uj os in te re ss es e ram repre sentado spo r aqueles.

ar..ma •. 3Zn. 127lu'het. 1885

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A o contrario, parece-m e inquesnonavelque, na sua melhor exegese, 0conceito de inte-r es se pUblico , e levado a condi~o de b e r n . juri-dicamente protegido, representaum a evol~social cujos benef lc ios podem se r c olh id os p ortodos. Estruturas de Estado fundadas em dese-

quillbrios (com o a brasileira) tendem ao caos,ao confionto, ao descontrole (como, de umaforma bern nossa, estam os vivendo), ao p a s s o

qu e estruturas sociais menos po la rizadas pare-

cem tender a urn maior equil ibrio (0que d ete r-mina urn quadro de seguranea social). Eis por-qu e afirma MeireUes que aq uele s q ue prestam.services pU blicos "sio, na feliz express io de

Brandeis, p u b lic se rv an ts, isto e , c ria do s, s er-vidores do pUblico. 0lim precipuo do servicepUblico, ou de u tilid ade pUb li ca , como 0pro-

prio nom e esta a indicar, e serv ir ao pU blic o e,secundariamente, produzir renda a quem 0ex-p Io ra " ( 19 9 1: 2 9 4) .

Aqui se pode apontar uma crltica ao neoli-beralismo: 0aparelho de Es tado , exis tin do ( emsu a co~ mais atual - e constitucional-m ente p re vista ) p ara 0bem de todos, funcionacomo Brbitro, im pedindoque a po~ aci-rna mencionada determine urn quadro de execs-s iva injust i- ra (quadro este a que, io fe lizmen te ,mu ito s se to re s da sociedade b ra sile ira e stsoe fe tivamen te condenados ). Neste ponte, e pos-sivel temer uma crltica engen drad a con tra 0neoliberalismo, afirmando q ue seus ddensoresestio a pregar a "igualdade entre lobos e gali-nlt'!:lC!' I'IAn'*"rn An ~Iinh .. iri'l"".~~ .....v.......~ ........

5. 0 D ire tto e a s a tiv id ad es d esa dm tn istra -ttvizadas

Em meio ao que se t ra tou ate aqui, pa rece -me estr eme de dUvidas que 0conceito de inte-resse pUblico guarda con sigo u rn valo r ju rid ic oque, c re io , a socicdade nio pode abrir miD, s o b

pena de eofrentar urn retrocesso poHtico (emes-

mo eoommico -logicamente, tomando es te ter -mo n om . sentido menos "neo libera l" ): e minhaopini!o qu e nio se pode perm itir que aquiloq ue e ste ve a nte rio rmente ju rid ic amen te p ro te -gido, por dest inar- se a coletividade, perea talprot$, licando a merce de vontades indivi-

d ua is (q ue, em muitas o po rtu nida de s, oio es-tao limitadas e abali zadas par estrutwas marais

, 0 emprcso do voc8bulo "particulates" entre8lipBli p ro cu ra r es pe ita r a qua lid ade de a dj etiv o que 0mesmo possui em seu "sentido de base" (cf. MA-

MEDE, 1995:79 - nota 122), traduzindo uma quali-

d a d e de delimi~ do s ubst an ti vo r ef er ido , de lim i-ta9io que, em regra, pede ser apropriada, ou seja,tomar-se objeto de urna si~ de dominio.

que Ibes tacam considerar outros sereshumano s). F e ita s tais consi~, s e r a inte-

ressan te o bserv ar q ue, n a medida em que cer-tas atividades s a o entregues para a in ic ia tivapriva da , tem -se p or co nse qo en cia necessariaqu e tais empreendimentos deixam, em m aio r on

menor grau, de se submeter ao cootro le jurldicodas normas jus-adminis trativas. Eis, entlo, 0que denomino de d e sa dm i n ;s lr ali vi zO f iJ o: are tirada (total ou p arc ial) de c er ia ativ idadedo dmbi to de re g ula m en ta filo d o Direito Ad-

ministrativo pela redufifo da amplitude doaparelho deEstado (e de sua atuOfifo). A ati-vidade qu e se "desestatiza" on, antes, que ep riv atiz ad a, c omo c ed ie o, passa a ser regula-m entada pelas norm as de "direito privado".

J a de principio, faz-se necess3rio separar

uma c ate go ria d ete rm in ad a de atividades de-sem penhadas pelo aparelho de Estado, cujadeqdmjnistrati~ reveste-se de certa p e-

culiaridade. Refiro-me a s empresas pUblicasque, como afirma Caetano, ''p roc :u ram atuar nomercad o com o bjetiv os d e in teresse co letiv o"(1989: 69). Ora, esse in te resse co letiv o n a ex -plo~, pelo apa.relho de Estado, de determi-n ad os ram os eeo nomico s pode se r superado.Houve, acredito que inequivocamente , urn in -teresse pUblico envolvendo a ~ da Com-panhia S ideni rg ica Nacional, da U sim inas e de

outras empresas do ramo sidenlrgico~ entretan-to, a m aturidade eoonOmica do pais assinaloucom a desnece ss id ade de uma continu idade naint ..nJ l'lIn tI.. P.,.",tln nPd,:u:: ,s,1"P.JII1:: ",hrindn. . . . . . . . , . ~ . . . . . - - . . . . . ._------, --_margem ao s p ro cesso s d e priva ~. 0mea-mo deu -se em o utras a r e a s , como a indUstriap etro qu im ic a, a ero nautic a e tc .

Nesta primeira categoria, como e de ficil per-~. a transfer&1cia de atividades para a inici-ativa privada imp lic a uma completa desadminis-

tra~doempreeodimento. Aempresapri-vatizada retom a ao stahls irrestritode pc:ssoaju-r l d i c : a de direito privado, co m administraI;ao des-regulamentada: embora tenha qu e respcitar 0qu ee proibido e m . lei, nA o mais precisa estar restritaao que e pennitido em lei; possu i liberdade paraco~o de em pregados e pagamento de sa -13rios (havendo a p e n a s que respeitar a s n onna strabalhistas e previdenci3rias), l iberdade paracomp rade mM Cria -p rima . b eD s , d e ootras empre-

sa s (podendo negociar livrementequalidade, pre-' i P S . prams de pagamento, fornecedores), bcmcomo para a venda de produtos etc. Indubitavel-

menre, nesta hip6tese. Muma comple ta dcsad -~daatividade.

Afast ada e ssa primeira categoria, s e r a n e c e s -

1M

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sano que rn inha analise se ocupe de um a seg un-d a c ate go ria , o s se rv ic es, c on ce itu ad os p or Me i-relles como " todo aque le p rest ado peIa Adminis-~o OIl pOI seus delegados, sob nonnas e con-troles estatais, para s atis fa ze r n ec es sid ades e s-s enc ia is ou secund8rias d a c ole tiv id ad e, o u sim -ples conveniencias do E stado" (19 91 :2 90 ). E a

entrega d e s t a s classes de service a exploracaopelocapital privado (vale dizer, um a das categori-as de descentralizacao, seg un do as previsoes do

Decreto-Lei n !l2 0 0 /6 7 )queva i o cupar ofin al d es -te rneu exame. Zanobini, a propOsito, re fe re -se ao

"exercieio privado das ~ e dos servicespUbJicos", (194811950: v.3, 301-traduzl"6), rujos" elem en to s e ssen ciais", teo riz a, sao 0 caraterpUb lic oda ~ ou do service eo carater priva-do do suj ei to que 0exercitara (idem: v.3, 302-

traduzi'). Es te s is tema de va le r- se de suj ei to s deDireito Privado para concr eti za r os fins pUbUcos,aindasegundoZanobini ( idem:303), ja seencon-

trava no D ire ito Romano e na Idade Media (mor-mente q ua nto a arrecadacao de im postos). N oDi re ito Moderno , a aplicacao de tal sistema, emalguns c a s o s , "e justificada pela necessidade: s a ositu ar;O es n as q uais a in terv en ¥lo d o o r g o o doEstado se demons tr a impossivel ou insuficiente ,c ria nd o a n ec essid ad e d e a uto riz ar e ., em a lg un scasos impor , ao s particulares a agirem em sua

substituic;30" (idem:303 - tradU2f).

Entre ta nto , n uma a nte cip ac ao do q ue seraa qu i tra ta do d e fo rm a m ais d eta lh ad a, Z an ob in ideix a patente q ue esta en tre ga d e u rn serv ic e ain ic ia tiv a p riv ad a su je ita -se a re qu isite s, e ntreo s q ua is 0c on tro le d a a tiv id ad e pelo titu la r d afun ~o ou service (idem: 3 04 ),o u se ja , " a a tiv i-dade do concessionario , em fun~ dos finspublicos a que e d irig id a, d ev e se r c on sta nte -mente c on tro la da p ela Admin istra ca o PUb lic a"(idem: 314 -lraduzi').

Assim, ainda que seja certo q ue a tran sfe -

r enc ia de empreend imen tos a i n ic ia tiva pr ivada

6No original: "L'esercizio privato delle funzionie dei servizi pubblici",

7No original: "D earattere pubblico della funzio-

ne 0del servizio e i1 earattere privato del soggetto da

cui questi vengono esercitati".8No original: "In alcuni casi, tale applicazione e

giustificata dalla necessita: vi sono situazioni nelle

quali l'intervento deg1i organi della Stato si dimostra

impossibile a infussiciente, ed e quindi necessariaautorizzare, e talora obbligare, iprivati ad agire in

lora sostituzione."

'No original: "L'attivits del concessionario, acausa dei fini pubblici cui e diretta, deve essere cos-tantemente controllata dalla pubblicaamministrazione."

possa representar, por certo angulo , um a evo-l~o, na p io r d as h ip 6tese s, p or Iivrar tais ati-vidades dos grilhoes dos atos de expedienteque se entrelacam num a terrivel cadeia buro-cra tic a, b ern como impedir 0mal uso dos bens erecursos publicos, ~ se pode perd er a evo lu -~o representada pela estrutura de norm as ad-ministrativas no que se refere a " de fe sa , c on -serv ac ao e a prim ora rn en to d os b en s, se rv ice s ein te re ss es daco le ti vidade" (Meir eUes , 1991 : 76 ).

o que se deve destacar nos funbitos dosservices de Estado que s a o transferidos a inici-a tiva p ri vada e a sua importancia para a socie-dade. 0p ais, em razao do avanco da s iderurgiap riv ad a, e sta va p re pa rad o p ara q ue as indUstri-as sidenirgicas controladas pelo aparelho deE stad o b ra sileiro fo ssem tra nsfe rid as p ara em-

p re endedo re s p riv ado s. 0mesmo p od e-se di-z er d as emp re sas d e fe rtiliz an tes, d e um a parted o se to r bancano, uma p arte d o se to r p etro qu i-m ic o e tc ., c ujo imp ac to so cia l e u rn p ou co m aisred uz id o (e ab so rv id o d ia nte d a n ot6 ria in com -petencia de Estado para gerencia-los). Isto para

030 abord ar absurd os com o boteis, entre ou-tras a tiv id ad es c ujo c on tro le estatal merece aadjetiv ~o de esdrU x ulo. Seto res com o 0aero-n au tic o in clu em -se n uma c ate go ria e stra te gic acujo enfoque p riv ileg iador cam bia ao lon go do

tempo. Agora, no que se re fe re a a tiv id ad escomo ele tr ic idade , comunicacoes, aos combus-tiveis de uso generalizado etc., M qu e h av eruma aten~ especial. Afinal, 0impacto s oc ia ldestes services e enorme, merec en do to do urncuidado em su a desadministrativizacao, valedizer, mantendo-os. em parte. adrninistrativi.

Refiro -me, a ss im , a necessidade de 0 paisdesenvo lver uma legis)a(;:30administrativa espe-

cial, dirigida ao s s eto re s pa rc ia lmen te desadmi-n is tra tiv iz ados . T a is con jun to s de nonnas jus-administrativas cumpririam a ~o de preser-

v ar a p ro t~ o a o in teresse pU blico , d etalh an do -a em refereneia a nova realidade a ser instaurada.Neste s en tido, tra ns nwdando p rin cip io s ja con-sagrados para a AdJninistra~ PUblica, s e r a ne-e essa rio q ue se p re ve ja as consequeneias para 0

a ba nd on o p elo empre en de do r p artic ula r da ex -ploraeao de determinado serv ice , para desempe-nhos insatisfat6rios e para a n ao -co nsecu cso d osfin s v isa do s ( e e spec if ic ados - de fo rma r enova -v el e n egociave l- na s concess6es). Determina-d os a to s necessaries a condut;OO do empreendi-

m ento (v ale d iz er, a qu ele s de r ea leave l impac tosocial) d ev erao ser m otiv ado s e necessitar daaprov3i;30 estataI (seja pelo Executive, seja peloLegislativo), n30 se permitindo qualquer iniciati-

ar..m... 32 n. 127 JuU.... 1tMM 157

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va que do garanta a todos os setores da soeie-dade (enfim, todos os cidadios) possibilidade deigual ac esso ao serv it;O . A es tas garanti as deve-

riam se r acrescidas outras que fossem produtode w n amplo debate que, a t e 0momento, 0Go-verno Fernando Henrique Cardoso tern curiosa-mente evitado.

E ste c uid ad o aqui p ro po sto , c re io , c on sti-l U i urn min ima neces sa rio para aqueIes que, maisdo que defender os interesses d os que ja muitop ossu em , esta o e fetiv am en te p reo cu pad os comtodos aqueles cuja dignidade hum ana encon-tra-se esquecida (e que, mais do que nos dis-c urso s e a rtig os, podem s er encon tr ados nas

p erife ria s d as c id ad es e 00 in te rio r do pais , paraquem se disponha a percorre-los).

6 . ConcJu s iIo

Pam Wald , " e in co nte s1 av el q ue 0 BTasi lprecisa investir r a p i d a e maeicam ente em infra-

estrutura, em energia, em transporte e em co-muniC¢S" (1994:1), para 0que, comoviu-sea nte rio rm en te, m an ifesta -se fav ora velm en te auma "p oU tica d e co nc essO es e de pnvatizacao".A inda assim , leio em seu artig o a necessidadede urn certo con tro le s ob re o s empre endedo re sprivados, n3.o o bsta nte d efe nd a q ue tal polfticadesestatizadora deva "deixar de ser 0que era

no passado", ou seja, "0d ire ito d e c om an do ,cia burocracia, do privilegio, do controle e dadesconfianca". oara to rnar-se u rn oartnershio.v ale d iz er, " coDfia n~ re cip ro ca , num clima d elib erd ad e c om re sp on sa bilid ad e, m edia nte ga-

ran tias mutuas e adequadas que cada uma daspartes deve a outra" (idem: 9).

Digo ler em seu trabalho a necessidade de

c on tro le q ua nd o se re fe re a e xig en cia d e "med i-das rapidas, por parte do G ovem o, para estabe-lecer a eficieneia dos concessionarios" , ou a

"regu1ame~" e ' ':fisca1i2a~ d o P od er E xe-cutivo" das "obras e services de interesse dacoletiv idad e" quan do "num a gestao privada"(idem: J). P or d errad eiro , d iz q ue " a p riv atiz a-~ de alguns s er vi ces pUb l icos pode ser a so -l~o adequada, desde que definarnos clara-m ente as prem issas e 0 quadro juridico e ceo -n6 .. '! 'i coque se qUe! implanta r" (idem: 1-2).

Assim, acredito ser fundam ental que esta

transfo~o da estru tu ra d e E sta do , p ro po s-18 e conduzida pelo G ovem o F ernando H enri-que C ardoso, seja concretizada de form a res-

ponsavel e detalhada, d iscu tid a p or am plo s se-tores da so cie da de , in clu siv e p or juristas (des-tacados estes nos momento s d e concre tiz a-la s,

ccrto que 0 instrum ento de tal coneretizacao

sAo a s nonna s jurfdicas). 0pais, alias, ja softenmuito com a inesponsabilidade jurldica de seusadmin istrad ores, q ue e ntre garam a teem co s deoutras a r e a s a responsabil idade de legislar. 0P ro f. W a sh in gto n A lb in o, a p ro p6 sito , denun-cia que este desrespeito ao debate, inclusivejuridico, dos destinos do p ais "levou a estrutu-

ra soc ia l brasileira a um a com posi~ injusta,na quaI m ilhoes de pessoas v iv em em estig ioalem da p ob rez a, p or q ue da miseria, enquantoum a elite de empresarios, politicos e servidoresp ub lic os d os tre s p od ere s compoem uma cUpu-

la privileg iada p or uma legislacao elaborada

meticulosamente para manter esse estado de

vantagenseopressOes" (apudMwriz, 1994:12).

Em meio a estas consideracees, pretendoque este artigo construa suas conclusoes ep osic io ne -se n os d eb ate s so bre 0 atuaI momen-to politico braslleiro (aoqual se atribui um a c1as-

s if ica~o de oPrik>neo libe ra l) de forma diferidad os p aram etres comu ns da discussio: acreditoque um a politica de privatiza¢es e de conces-sOes corresponde a um a escolha adminis tt at i-va en tre tantas outra s ( escolh a esta que podeser ju stific ad a a partir de d ados colh idos na re-alidade politica brasileira e mundia l; dados igual-mente colh idos podem, a bern da verdade, se rutilizados para d esaco nselhar tal escolha). A

redu~o da s d imenso es a lc an ea da s p elo a pa re -lho de Estado que esta po li ti ca p ropor ciona,en tre tan to , n ao pode oorresp :mde r a um a redu-

~o no poder que este aparelho de Estado deve

possuir para garantir a concretiza¥lo dos "prin-cipios fundam entais" enunciado s no Titulo Ida Constituieao Federal.

Esta co nservacao d os p od eres de Estado aservice de uma crescente democratizacao doE stado b ra sile iro , c om re sp eito a "-cidadania" ea " dig nid ad e h urn an a", o nd e se p ossa, efe tiv a-mente, "erradicar a pobreza e a rnarginal;zw rk ; e

red uz ir as d esig ua ld ad es so cia is e reg io na is",promovendo "0 b ern d e to do s, sem p reco ncei-to s [... ] e q uaisq uer o utras fo rm as de discrimi-naeao", e urn im perativ o que constitui v erda-deiro requisito de so bera nia n atio nal e de justi-ca social, ao qual deveria estar atento um Go -verne social -democrata .

O utro p ro blem a q ue, oeste con tex to , me re -ce a consi~o dos legisladores, diz respei-to a exces siv a aus encia de e fe tiv id ade que s0-

fie 0Direito Brasi le iro , neste, des ta cando -se a s

n orma s ju s-a dm in istra tiv as. C a usa a pre en sioum a certa ineficacia dos 6rgios ate ho je encar-regados do co ntro le in tern o e ex tem o d a A dm i-nistracao, deixando estupefatos os setores

f..

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e sc la re cid os d a s oc ie dade b ra sile ira c om 0con-traste entre sua atuacao e a situacao geral dasco ntas p U blicas, b ern como o s " sin ais ap are n-te s de e nriq ue cim e nto " d e "n" administradorespUblicos e seus correl igionar ios , que se fa z acom-

panhar de um a inertia apenadora (de acordocom o s m eio s de ccmurucacso e a opin iao g era l

da sociedade). A Constituicao Federal, em mui-to s de seus d isposi ti vo s, carece de um a henne-neu tica e um a aplicacao e xte ns iv a p elo s T rib u-nais, a garanti r -lhe u rn a lcance ab rangen te , va led iz e r, a ga ran tir a s oc ie dade ( e s ua e stru tu ra deEsta do q ue p ro cu ra re gu lamen ta r) wna evolu-~ o que beneficie a coletividade, em oposicao ainteresses lo ca liz ados , b en ef ic ia ndo g rupo s r e-d uz id os. E n este co ntex to q ue se co lo ca a p reo -cupa~o com um a politica de concessoes, ain-

da que a legislacao que a autoriza preveja 6r-g ao s a dm in is tra tiv os e nc arre ga do s d e g ara ntira p ro teca o a os in teresses p U blico s.

A pergunta que se coloca e : estara a socie-dade brasileira garantida com a im plantacaodesta poUticar Esta sociedade beneficia-se,v erd ad eiramen te , d e urn aparelho de Estado re-duzido , comoprega 0neolibera li smo? Garante-se a so cie da de c iv il in strumen to s p ara , s ub sti-tu in do a ge nte s d e E sta do c om le gitim id ad e ati-v a (e, co nse qu en tem en te , d ev er) , su perv isio -

oar e garantir a qualidade dos services entre-goes a in ic ia tiva pr ivada?

A exem nlo do uue afirm ei em duas ooortu-n id ad es p aSsada slO : sera necessario que- 0 Po-der Judiciario assum a sua qualidade de inter-p re te au to ri zado das norm as (nao apenas en-q ua nto p od er, m a s, mo rme nte , e nq ua nto dever)e garanta a efetivacao do "interesse publico"como bern j ur id ic amen te p ro teg ido , ga ran ti ndo ,in clu siv e, le gitim id ad e a tiv a a os c id ad ao s p araa sua d efe sa . N es te se ntid o, e sta le gitim id ad eativa e a re gra defendida por Me ir eUes , afirman-do a "v iab ili dade da a c a o do particular para obterem Ju iz o 0 serv ice c on ced id o q ue th e fo sse re-cusado ou retardado pelo concessionario"( 1991 : 295-296) .

Entendo que se faz necessario um a novac ate go ria d e nonna s d e D ir eito Adm in is tr ativ o,prOC"urandocan t e r eventuais pre ju izos sociaisc om a d esadm in istran viz ac ao d e se to re s d a eco-n oo lla e d e se rv iC o s d e u tilid ad e p ub lic a. Ma is :

10 Conferir: "Ermachtigung: proposta de leiturada hermeneutics na teoria pura do Diretto". Revista

de InformafiioLegislativa. Brasilia, nil 109, pp. 2231234,jan.lmar. 1991. E "Direito e Juristica". Revistada Amagis. Belo Horizonte, v, xxm, pp , 167/178,

junho de 1994.

a firmo q ue e sta n ov a c ate go ria de n orma s d ev eencampar a previsao (inclusive e mo rmente c on s-titu cio na l) d a le gitim id ad e a tiv a d e qua lq ue r 0-dadao para a defesa junto ao Judiciario , dosinteresses sociais., 0que nos colo ca ria ma is pro-x im os de uma v erd ad eira situ a~ o d em ocraticad e Esta do . A Ca rta Con stitu cio na l, n un ea e de-m ais lem brar, ja e volu iu ao esta belecer, a in daq ue g en ericame nte , q ue 0 poder que ernana dopovo pode ser exercido diretam ente; a condi-c ; a o ex pressa d e q ue tal exerc ic io necessi ta dar-

se n os te nn os d a L ei Ma io r p re cisa de uma ma io ratencso de u rn Co ng re ss o Na cio na l, fo rm a p elaq ua l s e g ara ntiria , e fe tiv ame nte , uma e vo lu ca odernocratica.

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