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São Paulo, 30 de Julho a 20 de Agosto de 2011 | Ano XII - Nº143 | Diretor Responsável: Cantulino Almeida www.globalnews.com.br Totalmente online! CORTESIA Exército brasileiro mostra funcionamento do sitema Astros de foguetes em Goiás O Exército brasileiro demons- trou no dia 21, em Formosa (GO), o funcionamento do sistema Astros de foguetes, que, se- gundo o Ministério da Defesa, tem capacidade para disparar projéteis de três diferentes calibres a três distân- cias distintas (máximo de 90km) uti- lizando a mesma plataforma. O siste- ma é desenvolvido pela Avibrás, que trabalha em parceria com o Exército. O evento contou com a presença de Michel Temer, vice-presidente da Re- pública, e de Nelson Jobim, ministro da Justiça. Desempenhado pela Arti- lharia de Campanha e de Defesa An- tiaérea do Exército, o trabalho busca demonstrar a importância da indústria nacional no desenvolvimento e na produção de materiais de defesa com tecnologia agregada. Bancos aumentam o crédito para micro empreendedores Os microcréditos estão em franca expansão no país. As aplicações dos bancos voltadas a micro empreende- dores saltaram 45% no último ano. Com isso, pequenas empresas conse- guem crescer e, em alguns casos, dei- xar a informalidade.................. Pág. 2 OMS busca fim do uso do teste sorológico para tuberculose Vale realizará investimentos no Estado de São Paulo Santana, a capital da zona norte, comemora 229 anos A Organização Mundial da Saúde quer acabar com o teste que é amplamente difundido em países em desenvolvi- mento. Os maiores problemas são os resultados falso negativo e falso posi- tivo apresentados ................... Pág. 4 Empresa disponibilizará até R$ 3,5 bilhões para, principalmente, áreas de logística e infra-estrutura. Um dos alvos desses investimentos será o Porto de Santos, uma das principais portas de entrada e saída de produtos do Brasil ................................... Pág. 6 Um dos bairros mais importan- tes da capital paulista celebra seu aniversário e, para comemorar a data, o Global News traz uma ma- téria especial que conta um pou- co da história do lugar e dá voz a personalidades que declararam a importância da região para suas vidas ..... .................................Pág. 7 ABR

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O jornal que dá retorno ao seu investimento!

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São Paulo, 30 de Julho a 20 de Agosto de 2011 | Ano XII - Nº143 | Diretor Responsável: Cantulino Almeida

www.globalnews.com.br Totalmente online!

CORTESIA

Exército brasileiro mostra funcionamento do sitema Astros de foguetes em Goiás

O Exército brasileiro demons-trou no dia 21, em Formosa (GO), o funcionamento do

sistema Astros de foguetes, que, se-gundo o Ministério da Defesa, tem capacidade para disparar projéteis de três diferentes calibres a três distân-

cias distintas (máximo de 90km) uti-lizando a mesma plataforma. O siste-ma é desenvolvido pela Avibrás, que trabalha em parceria com o Exército. O evento contou com a presença de Michel Temer, vice-presidente da Re-pública, e de Nelson Jobim, ministro

da Justiça. Desempenhado pela Arti-lharia de Campanha e de Defesa An-tiaérea do Exército, o trabalho busca demonstrar a importância da indústria nacional no desenvolvimento e na produção de materiais de defesa com tecnologia agregada.

Bancos aumentam o crédito para micro empreendedoresOs microcréditos estão em franca expansão no país. As aplicações dos bancos voltadas a micro empreende-dores saltaram 45% no último ano. Com isso, pequenas empresas conse-guem crescer e, em alguns casos, dei-xar a informalidade.................. Pág. 2

OMS busca fim do uso do teste sorológico para tuberculose

Vale realizará investimentos no Estado de São Paulo

Santana, a capital da zona norte, comemora 229 anos

A Organização Mundial da Saúde quer acabar com o teste que é amplamente difundido em países em desenvolvi-mento. Os maiores problemas são os resultados falso negativo e falso posi-tivo apresentados ................... Pág. 4

Empresa disponibilizará até R$ 3,5 bilhões para, principalmente, áreas de logística e infra-estrutura. Um dos alvos desses investimentos será o Porto de Santos, uma das principais portas de entrada e saída de produtos do Brasil................................... Pág. 6

Um dos bairros mais importan-tes da capital paulista celebra seu aniversário e, para comemorar a data, o Global News traz uma ma-téria especial que conta um pou-co da história do lugar e dá voz a personalidades que declararam a importância da região para suas vidas......................................Pág. 7

ABR

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Julho de 2011 02GLOBAL NEWS www.globalnews.com.br Totalmente online Julho 2011 03

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Distribução: nas bancas, prédios, comércios, nas lojas dos Shopping Center Norte e Lar Center, no Clube Esperia e Acre Clube. Remetido, também, a assinantes e ao Mailing List da Associação Comercial de São Paulo e também para assinantes em outros estados.

Global News Editora Ltda. Rua Salete, 345 - Santana - São Paulo/ SP - CEP 02016-001 Telefone (11) 2978-8500 - Fax: (11) 2959-1784 Novo site: www.globalnews.com.br - email: [email protected] Responsável: Cantulino Almeida (MTB 40.571) Diagramação: Juliana Gardusi de Faria - [email protected]: Rodrigo CasarinPublicidade: Marina Crisostemo Circulação: Daniela Crisostemo Almeida. Produção e Acabamento: Global News EditoraTiragem: 30.000 - Para anunciar ligue: (11) 2978-8500Assessoria Jurídica: Dra Cassiana Crisostemo de Almeida e Dr. Rômulo Barreto de Souza.

As matérias assinadas refletem o ponto de vista de seus autores, isentando a direção deste jornal de quaisquer responsabilidades provenientes das mesmas. A empresa esclarece que não mantém nenhum vínculo empregaticio com qualquer pessoa que conste neste expediente. São apenas colaboradores do jornal. É vetada a reprodução parcial ou integral do conteúdo deste jornal sem autorização expressa do Diretor Responsável.

Cantulino AlmeidaDiretor Responsável

EDITORIAL

Ano XII - Nº 143 - (11) 2978-8500

Crescimento imobiliário tem de ser competitivo

para ser global

A grande mancha urbana que avança Estado de São Paulo afora tem

sido a protagonista de grandes transformações sociais e eco-nômicas nos últimos tempos. Já faz alguns anos que o cida-dão paulista, em quase todos os municípios do Estado de São Paulo, passou a conhecer um estilo de vida mais urbani-zado, pelo qual as investidas na infra-estrutura e em melho-ramentos diversos é constante.

Temos pólos dinâmicos e avançados, centros financei-ros, comerciais, culturais que não crescem somente a par-tir das referências da capital, mas também irradiados pelas particularidades das grandes metrópoles que se formaram no Interior. Assistimos a uma periferização, em que a ocu-pação de áreas cada vez mais distantes dos centros urbani-zados se dá aceleradamente, com equipamentos sociais próprios e taxas de crescimen-to populacional significativas.

Se, pelo que tudo indica, existe mesmo uma mudan-ça em curso na estruturação da rede urbana do interior do Estado de São Paulo, tais al-terações marcantes acontecem também sob influência, ou mesmo em paralelo ao cresci-mento do mercado imobiliário.

Primeiro o fenômeno foi nitidamente observado no que designamos de Região Me-tropolitana agora com muitos de seus municípios já prati-camente diluídos na cidade de São Paulo, mais tarde em Campinas, Jundiaí, Baixada Santista, São José dos Cam-pos, enfim, cidades que ab-sorvem um clima político, so-cial, econômico e até cultural, favorecendo sobremaneira a retomada do mercado imobili-ário, com reflexos notáveis nas

cidades lindeiras do Interior.No Oeste do Estado, por

exemplo, a cidade de São José do Rio Preto confirma a existência de demanda para imóveis de todos os estilos e para todos os pa-drões. Hoje Rio Preto é sinô-nimo de prosperidade e qua-lidade de vida: um incrível centro gerador de negócios e serviços, onde o acesso a áreas e terrenos não encon-tra obstáculos complicados.

Aliás, como acontece em muitas regiões paulistas, as imediações da cidade têm atraído investidores estrangei-ros sobremaneira e o mercado já debruça os olhos para tal comportamento, que propicia e já propiciou parcerias e via-bilização de bons negócios.

Esse exemplo faz crer que o interior de São Paulo há muito já é um campo urbani-zado, ainda ligeiramente com menores custos de produção, e onde cresce a disputa por ter-renos entre grandes construto-ras e prestadoras de serviços.

Estamos num mundo glo-balizado. Nações, regiões e cidades alteram substancial-mente seus padrões de de-senvolvimento. Contudo, ne-nhuma cidade ou metrópole, mesmo que de alguma forma, deixa de ser local, pois, raras exceções, as necessidades e demandas de seus habitantes têm de ser resolvidas de for-ma particular, independen-temente de suas proporções.

Nesse universo, para ser competitivo e eficiente é pre-ciso produzir algo que inte-resse ao mundo, que aumen-te o produto global e que também pense na sustenta-bilidade do nosso planeta.

Aluguel novo em SPsobe 17,5% até junhoOs contratos novos de

aluguéis de casas e apar-tamentos fechados em

junho deste ano na cidade de São Paulo apresentaram alta média de 17,56% no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo a Pesquisa Mensal de Locação Residencial do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Co-merciais de São Paulo (Secovi--SP). No mês foi apurada alta de 1% em relação a maio.

A alta é bem superior ao re-

ajuste previsto para a renovação de contratos com vencimento em julho, que será de 8,65% - seguindo a variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) nos últimos 12 meses.

Em nota, Francisco Cresta-na, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação da en-tidade, afirma que a variação do preço dos aluguéis novos está proporcionalmente mais alta do que os contratos em an-damento devido à escassez de imóveis para alugar em várias regiões.

Bancos aumentam o crédito para os micro empreendedores

Segundo dados do BC, as instituições ampliaram em 45% a concessão de microcrédito de 2010 até abril deste ano

Considerado um de-mocratizador do acesso ao crédito, o microcré-

dito está em franca expansão no País. As aplicações dos bancos voltadas para o micro empreendedor saltaram 45%, de R$ 771,1 milhões em abril de 2010 para R$ 1,1 bilhão no mesmo mês deste ano, de acordo com dados do Ban-co Central (BC). Esta moda-lidade de crédito é voltada para o pequeno empreen-dimento informal ou para uma pequena empresa com faturamento anual de até R$ 240 mil. E as taxas de juros variam de 0,7% a 4% ao mês.

Prova do crescimento do mercado é que o número de contratações desse tipo tam-bém aumentou. Enquanto em abril do último ano foram contratados R$ 193,8 mi-lhões, em abril passado foram R$ 255,4 milhões, uma alta de 31,8%. O valor médio de cada contrato é de R$ 1.439,36, com prazo médio de sete meses.

Além de facilitar o acesso ao crédito para pessoas que dificilmente teriam condições de conseguir um empréstimo bancário, o microcrédito tem outras duas características que o diferenciam do crédito tradicional. A primeira delas é a concessão assistida do dinheiro. Existe a figura do agente de crédito, que visi-ta o local da atividade para

fazer uma avaliação. O pro-fissional também acompa-nhará a evolução do negócio.

A outra característica é a garantia. O pequeno empreen-dedor pode oferecer a garan-tia por meio de um avalista/fiador ou até mesmo por meio de grupos, onde as pesso-as se comprometem solida-riamente a pagar a dívida.

É o que ocorre no São Pau-lo Confia, banco de micro-crédito da Prefeitura de São Paulo. São formados grupos de três a dez pessoas que se comprometem solidariamen-te a honrar os compromissos. “Um dos diferenciais do banco é conceder crédito para a pes-soa iniciar um negócio mesmo se ela tem restrições cadas-trais”, destaca o presidente do Conselho Administrativo da instituição, Hugo Duarte.

E foi por intermédio do em-préstimo do São Paulo Confia que a empreendedora Misle-ne Rosa Santana Bezerra, de 31 anos, conseguiu montar seu negócio, a Showcolates e Festas - empresa de do-ces e decoração de festas. O primeiro empréstimo foi há seis anos. Desde então, a já empresária recorreu ao banco 12 vezes, principalmente nas datas mais movimentadas, como a Páscoa. “O crédito possibilita o meu crescimen-to profissional. Consegui me formalizar há um ano e

consigo comprar os produ-tos no atacado com o CNPJ.”

Mas nem todas as institui-ções financeiras concedem o crédito para quem está com o nome sujo. Essa é uma das restrições citadas pelo con-sultor do Sebrae-SP, Luiz Ricardo Grecco. Já a grande vantagem do microcrédito é tornar o financiamento viá-vel. Na opinião de Grecco, os bancos estão encarando as pequenas empresas com mais atenção nos últimos anos, e ampliando seus produtos.

O professor Ricardo Hum-berto Rocha, do Laboratório de Finanças (Labfin/FIA), destaca a ação social do micro-crédito e o papel dos agentes. “Os empreendedores contam com orientação, que valori-za o trabalho do indivíduo e ajuda na profissionalização.”

Uma outra opção para o pequeno empreendedor é o Banco do Povo Paulista, fundo de investimento de crédito produtivo do Estado. Só para Grande São Paulo, a instituição tem R$ 36 mi-lhões para emprestar, sendo que até junho, já foram em-prestados R$ 7,5 milhões a 1.960 pessoas. “O benefício do microcrédito é oferecer uma oportunidade de crescimento do negócio”, conta o secretário adjunto do Emprego e Relações do Trabalho, Rogério Barreto.

Seguradoras e fundos de pensão deverão oferecer menos capital

Benefícios que o setor gera por meio de investimentos de longo prazo podem ser diminuídos devido a mudanças e

novos padrões contábeis, diz BIS

O papel desempenhado por seguradoras e fun-dos de pensão na oferta

de capital de baixo risco para o sistema financeiro global e os mercados de bônus pode-rão diminuir, como resultado de mudanças na regulamen-tação e de novos padrões contábeis, diz relatório do Banco para Compensações Internacionais (BIS).

Segundo o relatório, as novas exigências de capi-tal, as novas normas sobre gestão de risco e os novos padrões para informes de resultados de fundos de pen-são e companhias de seguro de vida "podem reduzir os benefícios privados e sociais que o setor gera por meio de investimentos de longo pra-zo, assim como a extensão dos limites que ele impõe ao

caráter procíclico do sistema financeiro".

Com ativos combinados de cerca de US$ 40 trilhões, seguradoras e fundos de pen-são tradicionalmente desem-penham um papel importante na oferta de crédito de longo prazo para os bancos e o se-tor público.

Essas empresas poderão ser obrigadas a evitar ativos de maior risco por causa das regulamentações previstas no acordo Padrões Internacio-nais de Informes Financeiros e Solvência II, que exigem que os fundos de pensão e as se-guradoras precifiquem seus ativos mais agressivamente em relação a seus valores de mercado.

"Seguradoras e fundos de pensão poderão desempenhar um papel menor na oferta de

recursos não garantidos para os bancos", diz o relatório do BIS; o texto ressalva que essas empresas poderão voltar a ter um papel maior no financia-mento aos bancos, assim que o setor bancário tiver uma regulamentação melhor.

Segundo o relatório, "ao mesmo tempo, a tendência na direção de dívida gover-namental está sendo limitada pela crescente falta de tran-quilidade em relação às fi-nanças públicas".

Além disso, diz o texto, as seguradoras poderão trans-ferir uma parcela maior de seus riscos financeiros por meio de operações de hed-ge, resseguros e securitiza-ção, como resultado dos pa-drões regulatórios adotados para melhorar a transparên-cia.

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Julho de 2011 04GLOBAL NEWS www.globalnews.com.br Totalmente online Julho 2011 05

Saúde em FocoRonco e apnéia: graves problemas para a saúdeO tratamento e a cirurgia tem por objetivo corrigir as obstruções das vias aéreas, que podem estar em diferentes pontos: no nariz, boca, na faringe ou nesses locais simultaneamente

A Síndrome da Apneia-Hi-popnéia Obstrutiva do Sono é uma doença crô-

nica, evolutiva, com graves re-percussões para a saúde. A obe-sidade, flacidez da musculatura da faringe e do palato ( o que chamamos de “céu da boca” e garganta), alterações anatômi-cas da face e dos tecidos moles que circundam a faringe, além de desvios de septo, adenóide e aumento das amígdalas, são causas que podem estar isola-das ou associadas.

O ronco e a apnéia são dis-túrbios do sono e estão rela-cionados com a passagem do ar pelas vias aéreas do sistema respiratório. Durante o sono, as musculaturas do pescoço e da faringe relaxam causando um estreitamento do espaço aéreo da faringe e o ar passa

com maior dificuldade, geran-do vibração de tecidos moles como palato mole, úvula, lín-gua e outras estruturas. Este é o ronco! A apnéia obstruti-va do sono é a interrupção da respiração pelo fechamento da passagem do ar na garganta, na faringe, fechamento esse que pode demorar vários segundos e a pessoa só volta a respirar quando um reflexo vigoroso do organismo consegue reabrir a passagem do ar.

Esse problema desencadeia dor de cabeça ao acordar, ar-ritmia cardíaca, dificuldade de concentração, sonolência diurna excessiva, depressão e sobrecar-ga cardiovascular. Recentes es-tudos ligam o quadro de morte súbita ao problema da apnéia obstrutiva do sono.

O ronco pode ser um fator

de desagregação familiar, mui-tas vezes levando a pessoa que ronca a dormir em quarto se-parado, a ser motivo de piadas entre companheiros de traba-lho, de pescarias, acampamen-tos, ou quando tem que dividir quarto de hotel. O tratamento tem por objetivo corrigir a obstrução das vias aéreas que podem estar no nariz, boca, na faringe ou nesses locais simultaneamente. Podem-se utilizar aparelhos para auxílio respiratório, como os “CPAP” (Continuous Positive Air Pres-sure) ou aparelhos intra-orais que são próteses dentárias com resultados variados.

A cirurgia mais indicada é a uvulopalatofaringoplastia, que atua nas partes do pala-to mole e da faringe, e que em nossa experiência, é eficaz e

o mais satisfatório dos trata-mentos que se dispõe.

Dr. Edson Monteiro CRM36.120Otorrinolaringologia e cirurgia

cérvico-facial

Organização Mundial da Saúde está lutando pelo fim do uso do teste sorológico para tuberculoseEntidade afirma que este tipo de teste é impreciso e recomenda a análise molecular de DNA

O diretor do departamen-to para tuberculose da OMS, Mario Raviglio-

ne, explicou em Genebra que o uso destes testes é amplamente difundido nos países em desen-volvimento, que contam com

sistemas públicos de saúde muito precários e obrigam os cidadãos a recorrer com frequ-

ência a médicos particulares.Segundo Raviglione, não

há nenhum sistema público de saúde que recorra a este tipo de testes para o diagnóstico da tu-berculose, doença que mata 1,7 milhão de pessoas a cada ano e

afeta especialmente os infecta-dos pelo vírus da Aids (HIV).

"Seus resultados são incon-

sistentes e imprecisos e põem a vida dos pacientes em sério pe-rigo, esclareceu o responsável da OMS, baseando-se nas con-clusões de 94 estudos realiza-dos no último ano sobre o tema.

Nos casos de falso nega-tivo, as pessoas não recebem tratamento e podem contaminar outros indivíduos e acabar mor-rendo. Já nos casos de falso po-sitivo, os pacientes recebem um tratamento que não precisam e que pode causar graves consequ-ências para a saúde, além da des-pesa desnecessária que acarreta.

Estes testes são efetivos na detecção de outras doenças in-fecciosas, como o HIV, mas foi demonstrado que são "totalmen-te ineficazes" no diagnóstico do vírus que provoca uma tuber-culose ativa em cerca de 10% dos casos, relatou Raviglione.

"O problema é que se pode ter o vírus sem saber, porque não provoca sintomas visíveis até que a doença se desen-volva, por isso é importante se submeter a testes efica-zes no tempo certo", afirmou.

Todos os anos são feitos pelo menos dois milhões destes tes-tes sorológicos comerciais, que são um negócio milionário para as empresas que os fabricam, instaladas fundamentalmente em países desenvolvidos onde quase não são utilizados para o diagnóstico da tuberculose.

Há 18 companhias no mun-do que fabricam estes exames, com sede na França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Ho-landa, Índia, China, Esta-dos Unidos, Canadá, Aus-trália, Japão e Cingapura.

"O custo destes testes é de cerca de US$ 30, uma quantia mui-to elevada para os pacientes dos países de baixa renda, onde são comercializados", ressaltou Ravi-glione.

A coordenadora de diag-noses de tuberculose da OMS, Karin Weyer, atribuiu seu uso

LUIZ FLÁVIO BORGES D’URSOPresidente da OAB-SP, Advogado criminalista, mestre e doutor pela USP

Uma lei para separar pichação e grafitagem

O país deu um importan-te passo no combate à pichação, ao aprovar o

Projeto de Lei 706/2007, san-cionado pela Presidência da República e transformado em Lei, proibindo a venda de tintas spray a menores de 18 anos. O texto tem relevante aspecto edu-cativo, determinando a inscrição das expressões “Pichação é cri-me” e “Proibida a venda para menores de 18 anos” em latas de tinta aerossol.

Muitos não sabem, mas a Lei dos Crimes Ambientais (9.605/98) prevê sanções à pichação e à grafitagem, com pena de detenção de três meses a um ano e multa. A nova lei vai além, descriminaliza a grafita-gem que tem objetivo de valo-rizar o local, com a devida au-torização do proprietário ou do agente público, sendo classifi-cada como “expressão artística”.

Já a pichação é criminaliza-da, pois mais se assemelhada ao vandalismo gratuito ao patrimô-nio público e privado, pois cen-tra-se em frases e letras desco-nexas, sem qualquer dimensão estética. Na maioria das vezes, nem o argumento da liberdade de expressão a justifica, pois “a mensagem” não é sequer deci-frada pela população.

A lei dá um passo impor-tante, ao definir os bens jurídi-cos protegidos, estabelecendo a pichação como sendo “ação ilegal e criminosa que degrada o patrimônio público e privado”, além de seus aspectos negativos na paisagem e no ambiente ur-bano, do qual a sociedade está cansada.

No entanto, a nova lei não conceitua juridicamente “pi-chação” e a “grafitagem”, o que resulta numa confusão entre as duas práticas, dificultando compreensão no âmbito legal. Podemos apontar que “pichar” é

escrever dizeres ou grafar ima-gens em muros ou outros locais, de protesto ou não, enquanto “grafitagem” se relaciona mais com desenhos artísticos, uma forma artística urbana, como temos na Avenida 23 de Maio, na capital paulista.

A legislação atual já en-frenta um cenário confuso que limita sua eficácia. Antes da Lei 9.605/98, as práticas eram punidas conforme o artigo 163 do Código Penal, como dano ao patrimônio. A norma em vi-gor desde 1998 cita as práticas, mas sem defini-las, afirmando ser um delito “pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento ur-bano”. Não se define se são feitas com tinta ou por outro meio. O verbo “conspurcar” no âmbito da lei dá idéia de “su-jar” ou “manchar”, o que exclui outros tipos de vandalismo da tipificação de delito.

A norma atual também não é eficaz em relação ao bem jurídico protegido. Enquanto o Código Penal fala de pro-teção do “patrimônio”; a Lei 9.605/98 busca preservar o ordenamento urbano. No pri-meiro caso, a ação penal de-penderia da iniciativa da víti-ma, proprietária do patrimônio (exceto patrimônio público), e no segundo, a legitimidade para mover a ação seria do Ministério Público. Não pode-mos tratar a pichação e a gra-fitagem simplesmente como delitos contra o ordenamen-to urbano. O dano ambiental existe, mas será muito mais adequado que sejam definidos parâmetros mais claros, que sirvam para conscientizar e educar os jovens e a sociedade sobre os limites que separam a pichação da grafitagem, distin-guindo o que é delito e o que é forma de expressão artística.

estendido a partir da década de 1990 à relativa rapidez do re-sultado, que sai em uma ou duas semanas, muito antes do que com os sistemas tradicionais.

No entanto, desde dezem-bro de 2010, a OMS recomenda o uso da máquina Xpert MTB/RIF, baseada na análise mo-lecular de DNA, que oferece um diagnóstico confiável em apenas alguns minutos e não é suscetível a erros humanos.

S e g u n -do Weyer, os sistemas públicos de saúde já co-meçaram a adotar medi-das para se-guir a reco-mendação da OMS sobre

o uso dos exames moleculares, mas ainda há um amplo nú-mero de médicos particulares que se deixam seduzir pelas ofertas das empresas que fa-bricam os testes sorológicos.

Nos casos de falso negativo, as pessoas não recebem trata-

mento e podem conta-minar outros indivídu-os e acabar morrendo

Divulgação

Divulgação

ACSP – Distrital Norte promove café da manhã em homenagem

ao dia do comercianteEncontro contou com a presença de empreendedores,

várias autoridades e líder comunitário da região

Para comemorar o dia do Comerciante, 16 de julho, a Distrital Norte

e o Banco Itaú promoveram um café da manhã na sede da entidade, com a participa-ção de vários comerciantes e a liderança local. O Banco Itaú fez uma apresentação descontraída de como os em-preendedores podem gerar novos negócios, utilizando a comunidade que o Ban-co oferece a todos que par-ticipam e interagem nesse sistema. Junto com esta de-monstração foi apresentado testemunho de dois empreen-dedores que vem utilizando a “Comunidades Empresa”.

O empresário Olíbio Ba-tista de Souza, da Distribui-dora de acessórios Inovação

contou sobre os bons resul-tados obtidos com a parceria que o Itaú oferece na comu-nidade web. No final o di-retor superintendente João

Bico parabenizou a todos os comerciantes presentes pelo seu dia, agradeceu a presen-ça de todos e elogiou a garra e determinação destes com

Marlon Kid,Caio Dias, Jorge Ayoub, João bico, Heloisa Rodrigues, Olíbio Batista de Souza, David Fernandes e Luis Carlos

Lino/GN

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Julho de 2011 06GLOBAL NEWS

Economia e Agronegócio

Os aportes serão feitos em um prazo de três anos e, segundo secretário, deverão envolver diferentes setores, principalmente a área de logística e infra-estrutura

Agências do Banco do Brasil começam o financiamento da safra 2011/12

As agências do Banco do Brasil começam a li-

berar crédito para financiar a safra agrícola 2011/2012. Para os produtores do estado de São Paulo, o BB vai de-sembolsar o total de R$ 7,8 bilhões, volume 13% supe-rior ao disponibilizado na safra anterior. Desse total, R$ 7 bilhões destinam-se à agricultura empresarial e R$ 800 milhões à agricultu-ra familiar.

Com relação à finali-dade dos recursos, R$ 6,6 bilhões serão aplicados em custeio e comercialização e R$1,2 bilhões em investi-mento. Além da ampliação dos recursos disponibiliza-dos, a Safra 2011/2012 terá algumas novidades.

Para os produtores de soja,

o Banco do Brasil disponibi-lizará uma nova ferramenta de proteção à lavoura. Trata--se do BB Seguro Agrícola Faturamento, que garante a indenização nos casos em que

o faturamento obtido com a cultura segurada seja inferior ao faturamento garantido na apólice. O seguro tem isen-ção de IOF e subsídio federal de 50% do valor do prêmio,

em média.Para os pecuaristas foi

criada uma linha específica para a aquisição de matrizes e reprodutores de bovinos com limite de R$ de 750 mil por

beneficiário e prazo de até 5 anos para pagamento.

Para divulgar as novas regras do plano, o Banco do Brasil fará uma apresen-tação amanhã, em cidades localizadas em regiões que apresentam grande concen-tração de produtores rurais, empresas do setor, lideran-ças do agronegócio e entida-des representativas de classe:

Araçatuba, Araraquara, Bauru, Guairá, Lins, Marília, Mogi--Guaçu, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Votuporanga.

Nos anos de 1.940 eu fui trazido à Zona Norte, inicialmente para o bairro da Vila

Maria. Isso ocorreu quando meu tio me trouxe a São Paulo. Depois mudei para o bairro de Vila Guilherme e finalmente vim para Santana, onde enraizei meu empreendimento educacional.

Em 1.949 assumi a mantença de dois co-légios do ensino médio: Escola Técnica de Comércio Santana e Ginásio São Salvador. Estas entidades é que acabaram gerando a Uni Sant’Anna, dando origem a primeira fa-culdade da Zona Norte de São Paulo.

Na unidade da Voluntários da Pátria te-mos cerca de 6 mil alunos, e ainda temos a unidade de Salto e Aricanduva perfazen-

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, anun-ciou em São Paulo,

um investimento de R$ 3,5 bilhões no Estado, em um período de três anos. Segundo o secretário de Desenvolvi-mento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, Paulo Alexandre Barbosa, o foco do investimento será logística e infra-estrutura.

Um dos alvos desses inves-timentos será o Porto de San-tos. De acordo com Barbosa, o protocolo de intenções que será assinado entre a minera-dora e o governo tem como foco a realização de investi-mentos voltados à melhoria da infra-estrutura logística de São Paulo e a promoção do desenvolvimento nos próxi-mos anos.

Além dos aportes em San-tos, parte dos investimentos englobará outras áreas de atuação da companhia e ou-tras regiões de São Paulo deverão receber parte dos

aportes. Em Santos, a Vale está

constituindo uma joint ven-ture com a Vale Fertilizantes para a exploração da conces-são do Terminal Portuário da Ultrafertil (TUF), que foi anunciada na semana passada.

O TUF movimenta cargas importadas de enxofre, amô-nia e fertilizan-tes em geral, estando estra-tegicamente in-terligado à ma-lha ferroviária da Vale.

O diretor executivo de m a r k e t i n g , vendas e estratégia da Vale, José Carlos Martins, afirmou que, desde a crise financei-ra global, em 2008, a mine-radora passou a ampliar os seus aportes em logística e transportes. "A Vale sempre primou por sistemas de trans-portes. Com a carência desse

setor no Brasil, nós sempre tivemos a atenção em não perder a competitividade. O Brasil precisa expandir sua malha ferroviária e portuá-ria e a Vale pode ajudar nesse processo", disse.

De acordo com o exe-cutivo, a Vale necessita investir

em logística para conse-guir vencer as vantagens da localiza-ção das mi-nas na Aus-trália, país onde estão instaladas as duas prin-cipais con-

correntes da Vale em miné-rio de ferro, a Rio Tinto e a BHP.

"A Vale sempre teve de competir com as australia-nas. As minas da Austrália estão a 300 quilômetros dos portos e no Brasil estão a 800 quilômetros", destacou.

“A Vale sempre teve de competir com as australianas. As minas da Austrália estão a 300 quilô-metros dos portos e no Brasil estão a

Além disso, Martins frisou que as mineradoras austra-lianas estão também muito mais próximas da China, hoje a maior consumidora de minério de ferro do mundo.

Para este ano, a Vale pro-gramou investimentos totais de US$ 24 bilhões. Desse orçamento, segundo a mine-radora, US$ 5,014 bilhões

serão destinados para proje-tos de logística, sendo US$ 3,246 bilhões em ferrovias e portos e US$ 1,136 bilhão em navegação. Nas próxi-mas semanas, quando a Vale divulga os resultados do se-gundo trimestre, a compa-nhia deve mostrar quanto do programa de investimentos já foi realizado no ano.

Santana é uma região que, ape-sar de ser um antigo núcleo po-

pulacional da zona norte da cidade, permaneceu durante muito tempo isolada do restante da capital de-vido a barreiras naturais como o Rio Tietê e a Serra da Cantareira. Esse isolamento permaneceu até o início do século XX quando, seguindo os passos de toda a ci-dade, Santana se desenvolveu ra-pidamente devido ao processo de industrialização e à riqueza gerada através do ciclo do café em todo o estado.

do um total de mais de 15 mil estudantes.Assumi há mais de 30 anos, a direção da

Sociedade Amiga de Santana com os saudosos amigos Jamil Chamma, Enzo Bertolini e Jaime Janeiro Rodrigues. Infelizmente eles faleceram e ficaram as histórias para que eu possa contá-las.

Minha vida está no coração da Zona Nor-te, neste bairro maravilhoso que é Santana, um bairro familiar, moderno e tradicional ao mesmo tempo!

Parabéns ao bairro de Santana e moradores pe-los seus 229 anos!

É uma honra poder estar à frente da Subprefeitura Santana, que admi-nistra o bairro, que é um dos mais importantes da zona norte.

Para comemorar esta impor-tante data, vamos promover uma série de eventos como shows de música, espetáculo de dança, in-tervenções visuais e esporte que possibilitam a interação da comunidade.

PROF. LEONARDO PLACUCCIReitor da Uni Sant’Anna

SÉRGIO TEIXEIRA ALVES Subprefeito Santana/Tucuruvi

Devedor de IPTU poderá ter imóvel leiloado em SP

Segundo acordo, a Vale fará investimentos em São Paulo, podendo chegar em até R$ 3,5 bi

Devedores de IPTU em São Paulo serão protestados em

cartório, poderão ser executados judicialmente e correm o risco de ter os bens penhorados e levados a leilão para quitação do débito.

As medidas integram uma ofensiva lançada pela gestão Gilberto Kassab (PSD) para ten-tar receber valores não recolhi-dos por 394,9 mil contribuintes até o final de 2009.

No total, os débitos somam R$ 6,9 bilhões, mais que todo o valor arrecadado com o tributo em 2010 --R$ 4 bilhões.

Segundo o secretário das Fi-nanças, Mauro Ricardo Costa, os protestos também atingirão de-vedores de outros tributos, como ISS (Imposto Sobre Serviços), além de taxa do lixo, autuações de postura (lixo irregular, baru-lho etc.) e multas de trânsito.

Para os produto-res de soja, o BB disponibilizará uma nova ferra-menta de proteção

à lavoura

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Page 5: Global News

A nossa homenagem é pro-mover o resgate da me-mória e revelar o presente

desse tradicional e querido bairro, de uma simples fazenda transfor-mou-se na capital da zona Norte.

Lembramos que o dia oficial do aniversário de Santana, insti-tuído pela Prefeitura do Municí-pio de São Paulo, é 26 de Julho. Foi o então vereador e presiden-te da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Sampaio que en-viou ao legislativo o projeto de lei n° 668/91, pedindo a institui-ção do “Dia Oficial do Bairro de Santana”.

Essa data foi oficializada ba-seada no dia de nascimento de Santa Ana, mãe de Maria e avó de Jesus, considerada Protetora dos Viajantes e dos Marinhei-ros. Os Primórdios ...

A Fazenda SantanaA história da Fazenda San-

tana começa muito antes, em 1673, quando os herdeiros da senhora Inês Monteiro Alva-renga, denominada “a matro-na”, doaram as terras aos pa-dres jesuítas. Sua sede era onde hoje está o quartel do CPOR, na Rua Alfredo Pujol. Antigo Solar dos Andradas, local em que José Bonifácio redigiu a

carta do “Fico” e foi ao seu re-dor que se desenvolveu o nú-cleo original do bairro. Os je-suítas organizaram a fazenda e a ampliaram. Levaram mais de meio século para fazer tudo e esta passou a ser uma impor-tante fonte de abastecimento da capital.

O lazer nos tempos áureos

A Ponte Grande, antes de findar o século XIX, se trans-formava em local de recreio e lazer para o paulistano.

Nas margens do Rio Tiête

costumavam fazer piqueni-ques, passeios de barco. No

comércio surgiu a idéia de fazer restaurantes populares. Dos quais podemos destacar o Bella Venezia, freqüenta-do pela Colônia Italiana. Nos esportes, rapazes gostavam de praticar remo e canoagem e sonhavam com seu próprio clube.

Em 1899, reunidos em uma confeitaria da vizinhança, deci-diram fundar uma agremiação. Onde nasceu o Club Esperia Società Italiana di Canotieri. Outros clubes foram surgin-do como o Clube de Regatas Tiête, em 1907, a Associação

Alemã de Esportes, o Estrela da Natação entre outros.

Evolução do Transporte

Em 27 de Maio de 1907, San-tana ganhou o bonde elétrico. Até então o transporte dava-se através do Trenzinho da Canta-reira e dos Bondes puxados por burros. A linha de bondes de Santana, que teve seu contrato efetuado em 7 de agosto de 1890, e era de propriedade do Sr. An-tônio José Pontes Jr., que formou a “Compa-nhia São Paulo Cons-trutora”.

Inicial-mente a li-nha foi instalada da Ponte Grande em diante. Mais tarde, em virtude de acordo com a Cia. Viação Pau-lista, os bondes passaram também a sair do Largo do Rosário, no entanto este acordo não durou muito.

A companhia era pobre e não conseguia competir com as grandes. Em 1893, foi inaugurado o “Tramway” da Cantareira, que serviu melhor e com mais comodidade, pro-vocando a diminuição do nú-mero de passageiros da linha de bondes de Santana.

Em Janeiro de 1907, can-

sados desse tipo de transporte os moradores da região desa-trelaram os burros e atearam fogo nos bondes, em sinal de protesto. De Janeiro a Maio a população fez o percurso a pé.

A companhia que detinha a concessão e estava exaus-ta daquela situação e entrou em contato com a Ligth, e só

assim che-gou o bon-de elétrico. O bairro continuava sua trajetó-ria, muito mais tarde a c o n t e c e u

à inauguração da Ponte das Bandeiras.

Da Ponte Grande para Ponte das Bandeiras, do

Bonde ao Metrô O bairro de Santana tem

como marco o Rio Tietê, com a sua Ponte das Bandeiras como porta de entrada. O mais importante rio de São Paulo, cuja nascente se dá em Salesó-polis, atravessa todo o Estado de São Paulo, numa extensão de 1.650 Km, desaguando no Rio Paraná. Devemos desta-car a importância do Rio Tie-

tê, como um dos mais impor-tantes rios do Brasil. Pois as Bandeiras Paulistas partiam das proximidades de onde se localizava a Ponte da Ban-deiras, promovendo a inte-gração nacional, marcando os limites do oeste até o Amazonas do nosso territó-rio. Até o início do século passado, ele dificultava a l i g a ç ã o do bair-ro com o centro da cidade, que d e p e n d i a da travessia do rio. Ha-via ape-nas uma ponte que p o s s i b i -litava essa ligação, a Ponte Grande. Primitiva e feita de madeira permitia o trânsito de um veículo por vez. Na épo-ca dos bondes elétricos, era necessário que o motorneiro se locomovesse até um pos-te. Onde usando uma chaveta, acendia a luz verde do outro lado, a fim de comunicar o impedimento da entrada do outro bonde em sentido con-trário.

Essa era a única via de aces-

so ao bairro e essa precária li-gação isolava Santana, prejudi-cando seu desenvolvimento.

A inauguração da Ponte da Bandeiras

A visão empreendedora do então prefeito Prestes Maia ao construir a Ponte da Bandei-ras, gerou novas perspectivas de progresso para a região.

I naugura -da em 1942 pelo presi-dente Getú-lio Vargas, p e r m a n e -ceu com a única porta de entrada do centro para Santa-na até 1964.

O nome da ponte é uma ho-menagem aos ban-deirantes, que par-tiam daque-le local “as entradas e bandeiras” até Porto Feliz, des-bravando os sertões e chegan-

do à divisa com a Bolívia.A construção das pontes Cruzei-ro do Sul, Vila Guilherme e a abertura das Avenidas Santos Dumont e Brás Leme auxilia-ram o progresso da região.

Trem da CantareiraO Trem da Cantareira se

chamava Tramway da Canta-reira, pois tinha como fina-lidade carregar material de construção e os que traba-lhavam nas obras da Aduto-ra, que distribuía água para toda a cidade. Como o trans-porte da região era frágil, ele passou a ser utilizado pelo público. O Tramway da Cantareira, tão importante para garantir o acesso a San-tana, teve sua vida útil pro-longada por 72 anos, sendo desativado em 31 de Março

de 1965. P o r é m imortaliza-do na músi-ca de Adoni-ran Barbosa, Trem das Onze .

Com a inauguração do Metrô em 1975, o bair-ro de Santana

passou a ser visto com outros olhos.

Abriu-se caminho para os trilhos do Metrô em Junho de 1969, quan-do começou a construção de seu primeiro tre-cho, que viria por sobre a atual Ponte Cruzeiro do Sul, trazendo um desenvolvi-mento substan-cial para o bair-ro e toda a sua região. Santana desenvolveu-se ainda mais com a chegada des-se meio rápido de transporte e não parou mais de crescer. Em-preendedores se instalaram na região e foram crescendo com ela. Dentre os quais podemos destacar, Curt Walter Otto Baumgart, Leonardo Placuc-ci, Paulo Meinberg, Arthur Martins Fernandes e seu fi-lho David Fernandes, João de Favari e muitos outros nomes de relevância e destaque no cenário empresarial. Pode-mos dizer que Santana e a

zona Norte conquistaram seu lugar como centro de com-pras, empreendimentos, edu-cação, ramo imobiliário, ser-

viços, hotelaria, gastronomia, lazer, decoração, entre outros segmentos.

A zona Norte e o bairro de Santana oferecem atualmen-te uma excelente qualidade de vida aos seus moradores e aos visitantes da região.

Parabéns Santana!

Trem da Cantareira

Inauguração da ponte da Bandeira em 1942

Ponte Grande em obras , 1907

Última linha de Bonde a burros de São Paulo / Santana

Antiga Sede da Fazenda Santana

Julho de 2011 08GLOBAL NEWS www.globalnews.com.br Totalmente online Julho 2011 09

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Empreendedores e autoridades parabenizam Santana pelos 229 anos de evolução e progresso para a Zona Norte

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Page 6: Global News

EducaçãoProjeto Olímpico do CIL“Um aspecto importante para o processo de

desenvolvimento intelectual”

Há mais de 87 anos, o Colégio Imperatriz Le-opoldina mantém a tra-

dição bicultural de formação alemã. Desde as séries iniciais, a Instituição incentiva no aluno a curiosidade intelectual, para que seja aprimorada sua capa-cidade de selecionar, analisar e sintetizar informações, de modo a construir conhecimentos con-sistentes.

Desta forma, o CIL tem de-senvolvido suas metas pedagógi-cas baseado na responsabilidade, integridade e discernimento em relação aos projetos desenvolvi-dos, com a finalidade de integrar seus alunos à sociedade, como cidadãos conscientes de seus de-

veres. E, dentro de seus projetos pedagógicos, motiva seus alunos à participação em olimpíadas, destacando-se as de Física, de Matemática, de Astronomia e de Biologia.

As olimpíadas em si consti-tuem um aspecto importante para o processo de desenvolvimento intelectual, objetivando desper-tar o interesse por elas, a fim de melhorar seu ensino, incentivar seus estudantes a seguirem car-reiras tecnológicas e prepará-los para as Olimpíadas Internacio-nais, como forma de comparar, este nível, o nosso ensino com o de outros países.

A participação dos alunos é passo destacável para que se atinjam metas específicas na área de Ciências exatas, e, assim sen-do, ressaltam-se os resultados na Olimpíada Brasileira de Física, que, após três fases de provas, envolveu cerca de um milhão de participantes em 27 estados, di-vulgando o aluno Victor Adloff

Cardoso Pinto, que então cursa-va a 2ª série do Ensino Médio (2010), como ganhador da meda-lha de bronze da XII Olimpíada dessa modalidade.

É importante destacar que, em 2011, 40 alunos de todo o estado foram convidados a parti-cipar do curso preparatório para a Olimpíada Mundial de Física na Escola Avançada de Física (USFCAR), sendo que três alu-nos do CIL integram a lista: Vic-tor Adloff Cardoso Pinto, Thais Malta Baracat e Carolina Sergi Lopes.

As Olimpíadas de Astrono-mia também têm seu destaque em nossa instituição: obtivemos 7 medalhas em 2009 (2 de ouro,

2 de prata e 5 de bronze) e 15 em 2010, das quais 2 referentes ao Ensino Fundamental II e 13 ao Ensino Médio (8 de prata e 7 de bronze). A partir desse resultado, os alunos Thais Malta Baracat e Victor Alves Vicentin participa-ram da Escola Avançada de As-tronomia.

Neste ano, em maio, o colé-gio marcou presença na primeira etapa da XIV Olimpíada Bra-sileira de Astronomia e Astro-náutica, que envolve cerca de 1 milhão de alunos distribuídos em todo território nacional. A escola foi representada por 120 alunos do Ensino Fundamental I, 30 do Ensino Fundamental II e 20 do Ensino Médio. E, em abril, na Olimpíada Brasileira de Biolo-gia, com o total de 32000 partici-pantes em todo Brasil, teve-se a aprovação de cinco alunos: Érica Gouveia Silveira, Luiz Guilher-me Marques Jazbinsek, Thaís Malta Baracat, Thaísa P.Silva.Maceira e Victor Alves Vicentin.

Ainda neste ano, o CIL parti-cipou da prova internacional do concurso Canguru Sem Frontei-ras, e qualificou-se com 10 pre-miações: Guilherme de Souza Cirumbolo, Giulia Diniz Bersa-neti, Filipe Costa A. Dantas, Lu-cas Adloff C. Pinto, Ana Beatriz L. Bento, Giulia Sganzerla Oli-veira, Renan Sergi Lopes, Caro-lina Sergi Lopes, Gabriel Amaral Tannis e Victor Adloff C. Pinto.

Para tanto, a instituição de-senvolve cursos preparatórios para as olimpíadas de Astrono-mia, de Matemática, de Biolo-gia e de Física, a fim de tornar o aluno apto a desenvolver ta-

lentos específicos em eventos competitivos, o que já é tradi-ção.

Sendo assim, parabeniza-mos alunos e professores, coor-denação e direção pelo trabalho

desenvolvido, pelo apoio e es-tímulo constante ao aluno, que diante de todas as oportunidades de crescimento posicionou-se, ganhando segurança para vencer. Parabéns a todos!

Julho de 2011 010GLOBAL NEWS www.globalnews.com.br Totalmente online Julho 2011 011

Grandes centros já não são mais o sonho de imigrantes e nordestinos, segundo IBGE

A queda foi de 37,5% em nove anos, SP e RJ passaram de “importadores a exportadores”

Metrópoles saturadas, desconcentração da oferta de emprego e

cidades médias mais atraentes provocaram, na última década, forte redução da migração in-terna no País e o retorno dos migrantes a seus Estados de origem. Em vez do sonho de viver nas grandes cidades do Sudeste, marco das décadas de 1960 a 1980, a tendência é de deslocamentos entre muni-cípios de um mesmo Estado e de queda acentuada das migra-ções entre regiões.

Na última década, Rio de Janeiro e São Paulo deixaram de ser "importadores" e passa-ram a "exportadores" de mo-radores, enquanto o Espírito Santo despontou como foco de atração de novos habitantes. O Nordeste continua a perder moradores, mas em intensida-de bem menor.

A migração interna foi ana-lisada em publicação divul-gada ontem pelo IBGE, com

base nos dados do Censo 2000 e nas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2004 e 2009. O Censo 2000 mostrou que havia 5,1 milhões de pessoas que migraram de um Estado para outro nos 5 anos anteriores. Em 2004, a Pnad indicou que o número de migrantes caíra para 4,63 mi-lhões. Na Pnad de 2009, foram apurados 3,24 milhões. Houve, portanto, em nove anos, uma queda de 37,5% no número ab-soluto de pessoas que fixaram residência em outros Estados.

"A principal motivação para a migração é a busca por trabalho. Qualidade de vida e menos violência podem ser complementares. Dos anos 80 para cá, houve desconcentra-ção da atividade econômica. O Nordeste passou a segurar população e atrair a migração de retorno. Pode-se dizer que o País hoje se desenvolve em quase todas as áreas. Com essa mudança no modelo de de-

senvolvimento, os migrantes tendem a diminuir", resume o pesquisador do IBGE Antônio Tadeu Ribeiro de Oliveira, um dos organizadores da publica-ção Reflexões sobre os des-locamentos populacionais no Brasil.

Parte dos moradores que saíram de São Paulo na últi-ma década era de migrantes de volta à terra natal, especial-mente Nordeste. Transferiram-

Carros roubados e irregulares passarão a ser identificados por radar em São Paulo

Novos equipamentos vão fazer leitura de placas por meio de reconhecimento óptico

A capital terá até o fim do próximo ano 500 câmeras de alta reso-

lução para monitorar veículos. O equipamento faz a leitura das placas e cruza as informações com um banco de dados. O ob-jetivo é identificar carros rouba-dos e com documentos irregula-res. Veículos de outros Estados também serão fiscalizados pelas câmeras, que ainda flagram in-frações de trânsito.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já conta atual-mente com 193 radares com Sis-tema de Leitura Automática de Placas (LAP), o chamado “de-do-duro”. Eles fazem flagrantes semelhantes aos das câmeras.

Os novos equipamentos te-rão tecnologia OCR (Optical Character Recognition - Reco-nhecimento Óptico de Caracte-res) e serão distribuídos em três grandes áreas: centro histórico, centro expandido e Marginais do Pinheiros e do Tietê. As câ-

meras serão instaladas em locais com altos índices de criminali-dade, além de entradas e saídas da cidade, às margens das ro-dovias. “Essa ferramenta vai permitir controle instantâneo da frota, inibir crimes, melhorar o ar emitido pelos automóveis, além de tirar de circulação car-ros devedores e ajudar a desafo-gar o trânsito”, diz o secretário municipal de Segurança Urba-na, Edsom Ortega.

A ideia é que as imagens se-jam compartilhadas por órgãos municipais, estaduais e federais, como Companhia de Engenha-ria de Tráfego (CET), polícias, Detran e Guarda Civil Metropo-litana. “Não é um sistema só da Prefeitura. Há um comitê gestor, que é uma espécie de condomí-nio de usuários. Todos vão po-der usar, mediante senhas espe-ciais e protocolos de interesses.

Dois grupos de trabalho (in-teligência e tecnologia) ligados ao Gabinete de Segurança da

Prefeitura trabalham há meses no projeto. O edital da licita-ção não está pronto, mas deve ser concluído até o próximo semestre. “Quando os estu-dos técnicos estiverem con-cluídos, ele será submetido a audiências públicas para ser debatido pela população.”

A Prefeitura ainda não sabe quanto o serviço custará. Os custos de captação das ima-gens dos veículos serão co-bertos por Prefeitura, Estado e União. As câmeras serão for-necidas pela empresa vencedo-ra da licitação.

O sistema unificado pos-

sibilitará que, se um carro ir-regular for identificado, um alerta seja emitido aos órgãos responsáveis, acionando-os rapidamente. A central tam-bém estará interligada ao Sis-tema de Controle de Frontei-ras, chamado de Alerta Brasil, da Polícia Federal.

-se, principalmente, para Para-ná, Minas, Bahia, Pernambuco, Ceará e Rio. O Rio, embora já vivesse período de esvazia-mento econômico entre 1995 e 2000, teve 45,5 mil imigrantes mais que emigrantes. O cená-rio se inverteu entre 2004 e 2009, quando deixaram o Es-tado 24 mil pessoas a mais do que chegaram.

Mais da metade dos Esta-dos apresentaram, em 2009,

equilíbrio entre o número de moradores imigrantes e emi-grantes.

Informações sobre migra-ção do Censo 2010 serão di-vulgados no início do ano que vem e deverão confirmar tam-bém o crescimento do chama-do deslocamento pendular, em que moradores estudam ou tra-balham em outros municípios, mas continuam a morar na ci-dade de origem.

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Page 7: Global News

Junho de 2011 012GLOBAL NEWS

Para cumprir meta da ONU o país tem de alfabetizar 3,5 milhões de adultos Mesmo com avanço da alfabetização na infância na última década, ainda há 617 mil jovens de 10 a 14 anos que não sabem ler nem escrever, segundo o Censo 2010

Com 13,9 milhões de jo-vens, adultos e idosos que não sabem ler nem

escrever - ou 9,6% da população de 15 anos ou mais, segundo o Censo 2010 -, o Brasil terá de dobrar o ritmo de queda do anal-fabetismo para cumprir a meta assumida perante a ONU de che-gar à taxa de 6,7% em 2015.

Levada em conta a projeção do IBGE de que a população nessa faixa etária será de 154,9 milhões, o País deveria chegar a 2015 com 10,4 milhões de analfabetos. Em números abso-lutos, seria uma redução de 3,5 milhões em apenas cinco anos.

Entre 2000 e 2010, no entan-to, o total de analfabetos caiu 2,3 milhões. Se o País repetir esse desempenho, a meta pro-metida pelo governo há 11 anos, durante conferência da Unes-co, só será alcançada em 2020.

Uma das principais dificul-dades na redução das taxas é que os piores índices de analfabetis-mo entre adultos estão concen-trados na população idosa, de 60 anos ou mais, que tem gran-de dificuldade de aprendizado.

Apesar de iniciativas como o

Alfabetização Solidária, do go-verno Fernando Henrique Cardo-so, e o Brasil Alfabetizado, inicia-do no governo Luiz Inácio Lula da Silva e mantido no governo Dilma Rousseff, a alfabetização de adultos e especialmente de idosos avança em ritmo lento.

Um em cada quatro brasilei-ros de 60 anos ou mais (26,6%) não sabe ler nem escrever. Em 2000, a taxa era de 35%. Em 1991, chegava a 44,2%.

"O Brasil terá de fazer um esforço grande para chegar à meta fixada com a Unesco. São os rincões do Norte e do Nor-deste que mais contribuem para a taxa entre os adultos", explica Mozart Neves Ramos, ex-secre-tário de Educação de Pernam-buco e hoje integrante do mo-vimento Todos pela Educação.

Ele ressalta que outro fator que contribui para os altos índi-ces de analfabetismo é um desâ-nimo muito grande da população adulta que mora no campo em voltar à escola para aprender a ler e a escrever. "Para reduzir as taxas, é preciso o empenho direto dos prefeitos, a mobili-zação nas igrejas, campanhas

permanentes nas rádios", diz. Moradora de Maceió, Quité-

ria Batista voltou a estudar de-pois de adulta. "A gente morava na roça, não tinha escola por per-to. Quem queria estudar tinha de pegar carona nos caminhões de cana, porque não existia trans-porte escolar", relata. "Por isso, só vim estudar depois de velha", brinca Quitéria, de 33 anos.

Analfabetismo zero. Os da-dos do Censo 2010 indicam me-lhores resultados na redução do analfabetismo entre as crianças de 10 a 14 anos. A taxa caiu de 7,3% em 2000 para 3,9% em 2010 (redução de 3,4 pontos por-centuais ou 46,5%). No entanto, ainda há 671 mil pessoas nessa faixa etária que não sabem ler nem escrever, quando o ideal é que, no máximo, aos 8 anos as crianças estejam alfabetizadas.

As informações do Censo mostram que, embora ainda pe-queno, o número de municípios com 100% de alfabetizados com idades de 10 a 14 anos mais que dobrou em dez anos. E, das 77 cidades com índice zero de anal-fabetismo nessa faixa de idade, 29 estão no Rio Grande do Sul.

PROF. LEONARDO PLACUCCIReitor da Uni Sant’Anna

Concepções do Enem

A estrutura conceitu-al de avaliação do Enem, delineada no

Documento Básico, de 1998, que definiu as suas caracte-rísticas gerais, vem sendo aprimorada e consolidada a cada aplicação do exame, sem, contudo, afastar-se dos fundamentos estabelecidos na concepção original. O ponto de partida para estru-turação do Enem foi o ad-vento da atual Lei de Dire-trizes e Bases da Educação Nacional – LDB, que intro-duziu importantes inovações conceituais e organizacio-nais no sistema educacional brasileiro. O ensino médio, que ganhou uma nova identi-dade como etapa conclusiva da educação básica, recebeu a atribuição de preparar o aluno para o pros-seguimento de estudos, a inserção no mundo do trabalho e a partici-pação ple-na na so-ciedade.

A base epistemoló-gica do Enem, portanto, tem como principal fundamento o conceito de cidadania, den-tro de uma visão pedagógi-ca democrática que preco-niza a formação ética e o desenvolvimento da auto-nomia intelectual e do pen-samento crítico. O Enem foi criado com o objetivo de avaliar o desempenho do aluno ao final da esco-laridade básica, para afe-rir o desenvolvimento das competências e habilidades requeridas para o exercício pleno da cidadania.

Como primeiro passo para operacionalizar o exa-me, o Inep elaborou, com a colaboração de especialis-tas, uma matriz de compe-tências e habilidades que são próprias ao sujeito na fase de desenvolvimento cogniti-vo correspondente ao térmi-no da escolaridade básica. Este elenco de competências e habilidades associa-se, por sua vez, aos conteúdos cur-riculares do ensino funda-

mental e médio. A proposta do Enem já surgiu, portanto, alinhada às Diretrizes Curri-culares Nacionais do Ensino Médio, que preconizam uma ampla reorganização curri-cular em Áreas de Conhe-cimento. Constituem, ainda, referências importantes para a estruturação do Enem dois documentos elaborados pelo Ministério da Educação para orientar os sistemas de ensi-no e as escolas no desenvol-vimento do novo currículo: os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (2000) e as Orientações Cur-riculares para o Ensino Mé-dio (2006).

A nova organização curricu-lar do ensino médio segue uma tendência internacional de valo-rizar a formação geral na educa-

ção básica. Esta forma-ção requer uma sólida aquisição dos conhe-cimentos e conteúdos das ciências e das artes, associada ao desen-

volvimento de competências e habilidades para operacionalizá--los na solução de problemas. Esta concepção favorece a complementaridade e inte-gração entre os conteúdos das diversas disciplinas e áreas do conhecimento, em contraste com o ensino compartimentalizado dos currículos tradicionais. Em sintonia com esta tendência, o Enem foi concebido como uma prova interdisciplinar, uma das características que o distingue dos vestibulares e exames similares.

No entanto, é preci-so também que o próprio aluno tenha dedicação e interesse nos estudos, e principalmente quando este estiver concluindo e ensi-no médio. Pois assim, terá mais maturidade para en-frentar o Enem e o vestibu-lar no contexto geral. Não adianta somente exigir da instituição de ensino, sem a cooperação do próprio inte-ressado, que é o aluno.

O ensino médio ganhou uma nova

identidade com a etapa conclusiva da educação básica

Page 8: Global News

www.globalnews.com.br Totalmente online Julho 2011 015

Conexão Segura foi tema da atração de férias do shopping Center NorteD e maneira divertida e lú-

dica, o shopping mostrou para toda a família como nave-gar de forma segura no mundo virtual.

Com direito a personagem principal, heróis e vilões, ato-res contracenaram com par-ticipação da platéia. Num ce-nário que remete ao universo

cibernético, cujos personagens se revezam entre o palco e as telas, essa aventura interativa teve sessões diárias e gratuitas na Praça Central do Shopping.

A ação teve apoio do Movi-mento "Criança Mais Segura na Internet", projeto do I--START - Instituto Internet no Estado da Arte.

Page 9: Global News

Julho de 2011 016GLOBAL NEWS

GAUDÊNCIO TORQUATOJornalista, professor titular da USP e consultor político.

Oaffaire em torno da lei de acesso à infor-mação pública, que

passou pela Câmara e deverá ser votada no Senado após o recesso, revela o traço de um país que tem como costume inverter a ordem das coisas. Não temos uma norma para obrigar o Estado a suprir a sociedade com informações de interesse público, mas dispomos de uma lei decre-tando o sigilo, ou seja, para regular a exceção. O fato pode parecer estranho, mas em se tratando de Brasil, tudo é possível. Quem não recorda nossa pirâmide dos direitos? Por aqui, os direi-tos sociais chegaram antes dos direitos civis, invertendo a lógica descrita por Tho-mas Marshall. O sociólogo defendeu a tese de que as nações democráticas, a par-tir de seu país, a Inglaterra, implantaram primeiro as li-berdade civis, a seguir, os di-reitos políticos e, por último, os direitos sociais.

Pior é que os nossos congressistas parecem que-rer inventar a roda, deixan-do de avaliar a experiência de países como os Estados Unidos, que dispõem de um forte instrumento de aces-so à informação pública, o Freedom of Information Act, de 1966. Ali, os prazos má-ximos de sigilo são de até 25 anos e apenas em casos excepcionais (armas de des-truição em massa, por exem-plo), podem ser estendidos por mais 25 anos. Por aqui, a Câmara aprovou um prazo de 50 anos para sigilo de do-cumentos ultra secretos (25 anos prorrogáveis por mais 25), mas a proposta esbarra na visão do presidente do Senado, José Sarney, e do senador Fernando Collor, que preside a Comissão de Relações Exteriores, ambos defendendo o sigilo eterno.

Defender o sigilo de in-formações de interesse pú-blico num dos ciclos mais intensos da Sociedade da In-formação parece contra sen-so. Aqui e alhures, a socieda-de clama por transparência,

ao empuxo das correntes que avançam no vácuo deixado pela democracia representativa e nas pistas abertas pela de-mocracia participativa. Põe-se o dedo nas feridas dos gover-nos, cobrando-se explicações e providências dos mandatários, exigem-se ajustes nas políti-cas públicas, denunciam-se as tramoias e máfias que se for-mam nas malhas intestinas do Estado, forma-se, enfim, um gigantesco aparato de acompa-nhamento e controle de obras e serviços públicos. Agindo como motor do sistema de vi-gilância social, expandem-se as redes sociais da comunica-ção eletrônica propiciada pela internet, cujos efeitos se fazem sentir na pressão sobre os ato-res políticos de todos os espec-tros e instâncias. Enfrentar tal paredão de pressão, mesmo sob o defensável argumento de que o interesse público se deve fundar na segurança coletiva ou do Estado, equivale a tentar parar o fluxo civilizatório.

É evidente que nem todos os fatos socialmente significa-tivos podem ser escancarados. Há casos que dizem respeito às razões do Estado e outros habitam o estreito território que separa a vida privada da vida pública. Ou seja, o sigi-lo abriga situações ancoradas na segurança da sociedade ou quando convêm ao processo investigativo promovido por autoridade. Ainda no cofre do sigilo, estão ocorrências rele-vantes, em particular no campo dos negócios. Resguardam-se, também, questões atinentes à imagem ou à privacidade das pessoas. Nessa área está a exe-crável espionagem feita pelo tablóide inglês News of the World, do magnata australiano Rupert Murdoch, que bisbilho-tou a vida de cidadãos, inva-dindo sua intimidade, gravan-do conversas íntimas. Mas há casos de alto interesse público que não podem ser coibidos. Exemplo é a Operação Boi Barrica, envolvendo o empre-sário Fernando Sarney. O jor-nal O Estado de S.Paulo foi proibido por um desembarga-dor do Distrito Federal de pu-blicar matérias sobre esse caso.

Na verdade, a sociedade

clama é pela maximização do conceito de transparência total pelos governantes, cum-prindo o princípio basilar estabelecido no caput do ar-tigo 37 da Constituição, que trata da publicidade dos atos públicos. O princípio entra na agenda dos governantes, lembrando-se que, nos EUA, o presidente Barack Obama inaugurou o Open Govern-ment. Dos homens públicos cobram-se atitudes compatí-veis com parâmetros éticos, não podendo ser escamotea-dos atos que atentem contra a coisa pública.

Em termos de Brasil, esse é um dos aspectos que mais geram conflitos. Gestores, parceiros e figurantes políti-cos flagrados com a boca na botija acham-se injustiçados. Na condição de indiciados, alegam receber da mídia tratamento de condenados. A questão é complexa, eis que emergem dois escopos garantidos pela Carta Mag-na: o direito à informação, resguardado o sigilo da fon-te, e a justiça para todos. Os envolvidos se queixam: a vi-sibilidade na imprensa gera condenação prévia, influindo no julgamento. Se a mídia utiliza seu potencial para no-ticiar e emitir juízos de valor sobre um acusado, o julga-mento pode ser imparcial? O interesse individual (sigilo) deve se subordinar ao inte-resse coletivo (divulgação)? Outra situação diz respeito ao sigilo da informação. A quem cabe a culpa pela que-bra de sigilo: a quem o rom-peu ou à mídia, que acolheu a informação?

Por todos esses ângulos e, mais ainda, pela cultura patrimonialista, que viceja em todos os quadrantes do território, cujos frutos apare-cem no farto noticiário sobre desmandos, enriquecimento ilícito, favorecimentos, su-perfaturamento de obras, a lei de acesso à informação pública aparece em boa hora. Trata-se de um avanço civi-lizatório. Que seja aprovada sem censura.

O País deve recebê-la com a bandeira da cidadania

Informação, sigilo e direito do cidadão

Aqui tem várias opções para comemorar o Dia dos Pais

Bar do Milton - tem um variado cardá-pio, com produtos de primeira linha e um ambiente aconchegante.

Restaurante Feijão de Corda - tem o melhor da culinária nordestina, com um am-biente agradável, uma linda varanda com co-queiros e estacionamento próprio no local.

Pá D’ouro – A melhor padaria 24 horas, tem um belíssimo Buffet com grandes va-riedades e também Buffet de café da manhã.

Shinpa – Restaurante japonês, com um belíssimo rodízio de sushie e sashimi para almoço e jantar. Também atende delivery.

Novidade em SantanaSi Señor Mexican Grill – Venha conhe-

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Os celulares começam a substituir as chaves

Os bolsinhos da frente e bolsas estão lentamente sendo esvaziados de uma das ferra-mentas mais básicas e dura-douras da civilização: a chave. Ela está sendo engolida pelo telefone celular. Novas tecnolo-gias permitem que smartphones destranquem portas de casa, escritório, hotel, e abram por-tas de garagens e até de carros.

A tecnologia não é uma pri-ma muito distante da que permite que chaveiros eletrônicos destra-vem remotamente automóveis ou chaves de cartão passadas em leitores eletrônicos na entrada dos escritórios. A novidade é que está presente no dispositivo que mais pessoas estão usando como o “canivete suíço da eletrônica”

O telefone envia um sinal via internet e um conversor o transmite à fechadura da porta. Outros sistemas usam redes in-ternas, como o sistema OnStar da General Motors, para destra-var portas de carros. Como quase todo o mundo possui um celular, algumas empresas iniciantes, fabricantes de fechaduras e mon-tadoras de carros apostam numa ampla aceitação da tecnologia.

A Schlage, uma grande fabri-cante de fechaduras, comercializa um sistema que permite que os donos da casa usem seus celula-res para destrancar suas portas, e controlem de uma distância de muitos quilômetros câmeras de segurança, luzes, ar condiciona-do e aquecimento de sua casa.

Plano para expandir Banda Larga deve favorecer o comércio no meio Rural

Com ofertas de produtos como sementes, vermífugos e motosserras, sites recém--lançados pelo país tentam adaptar o sistema de compras coletivas na internet para agricultores e pecuaristas.

A iniciativa investe na fami-liaridade dos produtores com o modelo de compra em grupo, que já era comum no campo, por meio de cooperativas, antes de se popularizar na internet.

O site Espiga de Milho, que trabalha com o método, soma aproximadamente mil compradores desde o lança-mento, feito há cinco me-ses, no interior de São Paulo

“As cooperativas surgiram para isso, reunir os pequenos e ter poder de compra junto aos fornecedores. Infelizmen-te, quando existe um bom des-conto, ele não é passado a to-dos os cooperados. A internet é democrática, é o novo caminho para o produtor”, afirma Ivo Evaristo, do Parceiro Rural.

O serviço, uma iniciativa de um empresário do agronegócio de São Paulo, por enquanto pas-sa por testes e é oferecido ape-nas no interior de Pernambuco.

Nos sites de compras cole-tivas, as ofertas dependem do número de compradores in-teressados em cada produto.

Devedor de IPTU poderá ter imóvel leiloado em SP

Devedores de IPTU em São Paulo serão protesta-dos em cartório, poderão ser executados judicialmente e correm o risco de ter os bens penhorados e levados a lei-lão para quitação do débito.

As medidas integram uma ofensiva lançada pela gestão Gilberto Kassab (PSD) para tentar receber valores não recolhidos por 394,9 mil con-tribuintes até o final de 2009.

No total, os débitos so-

mam R$ 6,9 bilhões, mais que todo o valor arrecadado com o tributo em 2010 --R$ 4 bilhões.

Segundo o secretário das Fi-nanças, Mauro Ricardo Costa, os protestos também atingirão de-vedores de outros tributos, como ISS (Imposto Sobre Serviços), além de taxa do lixo e autuações de postura, e multas de trânsito.

“Vamos começar pelo IPTU. Municípios que ado-taram essa iniciativa tiveram retorno de 25% do débito.”

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Junho de 2011 018GLOBAL NEWS

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