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Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG - Balanço Geral do Estado do Exercício de 2006 GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Luiz Henrique da Silveira VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Leonel Arcângelo Pavan SECRETÁRIO DE ESTADO DA FAZENDA Sérgio Rodrigues Alves DIRETOR GERAL Pedro Mendes DIRETOR DE CONTABILIDADE GERAL Wanderlei Pereira das Neves Contador CRC-SC nº 15.874

GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA VICE … · Sérgio Rodrigues Alves DIRETOR GERAL Pedro Mendes ... referentes à execução orçamentária e financeira da Administração Direta,

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  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Diretoria de Contabilidade Geral - DCOG - Balano Geral do Estado do Exerccio de 2006

    GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Luiz Henrique da Silveira

    VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA Leonel Arcngelo Pavan

    SECRETRIO DE ESTADO DA FAZENDA Srgio Rodrigues Alves

    DIRETOR GERAL Pedro Mendes

    DIRETOR DE CONTABILIDADE GERAL Wanderlei Pereira das Neves Contador CRC-SC n 15.874

  • Estado de Santa Catarina Gabinete do Governador

    Centro Administrativo Rodovia SC 401 - km. 5, n 4600 Saco Grande - Florianpolis - SC

    Florianpolis, 26 de maro de 2007. Ofcio GGE no 028/2007

    PRCC 1478/079

    Senhor Presidente,

    Em cumprimento ao disposto no inciso IX do artigo 71 da Constituio do Estado, apresento a Vossa Excelncia a Prestao de Contas relativa ao exerccio financeiro de 2006, quarto ano do meu primeiro mandato.

    Nos termos do artigo 56 da Lei Complementar n 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a referida prestao de contas contempla os dados contbeis consolidados de todos os Poderes e rgos da Administrao Pblica estadual.

    Atenciosamente, LUIZ HENRIQUE DA SILVEIRA Governador do Estado

    Excelentssimo Senhor JOS CARLOS PACHECO Presidente do Tribunal de Contas Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina Nesta

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Gabinete do Secretrio

    E.M n 025 - SEF/GABS Florianpolis, 21 de maro de 2007.

    Excelentssimo Senhor Governador do Estado,

    Dentre as atribuies privativas do Governador, previstas no artigo 71 da Constituio do Estado, consta a de prestar, anualmente, Assemblia Legislativa, dentro do prazo de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa, as contas referentes ao exerccio anterior.

    J o artigo 56 da Lei Complementar n 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), determina que as contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluiro, alm das suas prprias, as dos Presidentes dos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Chefe do Ministrio Pblico, as quais recebero parecer prvio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.

    Em cumprimento aos dispositivos constitucionais e legais apresento a Vossa Excelncia o Balano Geral do Estado relativo ao exerccio financeiro de 2006, que abrange em seus demonstrativos sintticos todos os atos e fatos referentes execuo oramentria e financeira da Administrao Direta, das Autarquias, das Fundaes, das Empresas Estatais Dependentes e dos Fundos Especiais, bem como demonstrativos contbeis consolidados dos trs Poderes e rgos referentes ao perodo governamental citado.

    A Sua Excelncia o Senhor Luiz Henrique da Silveira Governador do Estado de Santa Catarina NESTA

  • Estado de Santa Catarina Secretaria de Estado da Fazenda Gabinete do Secretrio

    Este documento, na condio de instrumento de transparncia da gesto fiscal, dever ficar disponvel, durante todo o exerccio, no Poder Legislativo do nosso Estado, bem como na Diretoria de Contabilidade Geral desta Secretaria, para consulta e apreciao pelos cidados e instituies da sociedade, conforme determina o artigo 49 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Para facilitar a compreenso dos demonstrativos contbeis, bem como para atender exigncia da Egrgia Corte de Contas, a Diretoria de Contabilidade Geral elaborou um Relatrio circunstanciado sobre a execuo do oramento e a situao da administrao financeira estadual ao trmino do exerccio financeiro de 2006.

    O documento se reveste da maior importncia, pois um dos principais instrumentos de transparncia da gesto fiscal de que trata o artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal e retrato fiel das execues oramentria, financeira e patrimonial do exerccio de 2006, demonstrando ao cidado catarinense a real situao do Estado ao trmino daquele exerccio.

    Trata-se ainda de um documento fundamental para o registro histrico dos dados oficiais da arrecadao, da aplicao dos recursos pblicos, dos ativos e passivos do Estado, que ficar disponvel para consultas e apreciao pelos cidados e instituies da sociedade.

    Assim, submeto a Vossa apreciao a prestao de contas relativa ao ltimo ano do seu primeiro mandato, com a sugesto para que a mesma seja remetida Assemblia Legislativa, por intermdio do Tribunal de Contas do Estado, conforme mandamento constitucional.

    Respeitosamente,

    Srgio Rodrigues Alves Secretrio de Estado da Fazenda

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    SUMRIO

    1 APRESENTAO ............................................................................................................................................................. 012

    2 RELATRIO TCNICO - CONSOLIDADO GERAL.......................................................................................................... 017

    Introduo ..................................................................................................................................................................... 018

    Captulo I Anlise das Receitas ................................................................................................................................. 026

    Captulo II Anlise das Despesas .............................................................................................................................. 040

    Captulo III Anlise do Orado com o Realizado........................................................................................................ 063

    Captulo IV Anlise dos Balanos .............................................................................................................................. 074

    Captulo V Informaes Sociais ................................................................................................................................ 094

    Captulo VI Resultados da Diretoria de Administrao Tributria DIAT .................................................................. 147

    Consideraes Finais.................................................................................................................................................... 159

    3 RELATRIO DA AUDITORIA GERAL.............................................................................................................................. 162

    4 ANEXOS ............................................................................................................................................................................ 171

    4.1 Balano Oramentrio (Anexo 12, da Lei 4.320/64) 4.1.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 172 4.1.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 173 4.1.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 174 4.1.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 175 4.1.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 176 4.1.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 177

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    4.2 Balano Financeiro (Anexo 13, da Lei 4.320/64) 4.2.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 178 4.2.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 181 4.2.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 183 4.2.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 185 4.2.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 187 4.2.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 189

    4.3 Relao dos Suprimentos Concedidos .................................................................................................................... 193 4.4 Balano Patrimonial (Anexo 14, da Lei 4.320/64)

    4.4.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 197 4.4.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 200 4.4.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 202 4.4.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 204 4.4.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 206 4.4.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 208

    4.5 Demonstrao das Variaes Patrimoniais (Anexo 15, da Lei 4.320/64) 4.5.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 210 4.5.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 213 4.5.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 215 4.5.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 217 4.5.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 219 4.5.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 221

    4.6 Demonstrativo da Receita e Despesa Segundo as Categorias Econmicas (Anexo 1, da Lei 4.320/64)

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    4.6.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 223 4.6.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 224 4.6.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 225 4.6.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 226 4.6.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 227 4.6.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 228

    4.7 Demonstrativo Geral da Receita por Fontes e da Despesa por Funes do Governo 4.7.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 229 4.7.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 231 4.7.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 232 4.7.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 233 4.7.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 234 4.7.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 235

    4.8 Programa de Trabalho (Anexo 6, da Lei n 4.320/64) 4.8.1 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 236 4.8.2 Autarquias ..................................................................................................................................................... 362 4.8.3 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 376 4.8.4 Fundaes .................................................................................................................................................... 382 4.8.5 Fundos .......................................................................................................................................................... 389

    4.9 Dem. de Funes, Subfunes e Programas por Projeto e Atividades (Anexo 7, da Lei n 4.320/64) 4.9.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 428 4.9.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 438 4.9.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 446

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    4.9.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 449 4.9.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 451 4.9.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 453

    4.10 Dem. Desp. Por Funes, Subfunes e Programas cfe. o Vnculo c/ os Recursos (Anexo 8, da Lei n 4.320/64) 4.10.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 458 4.10.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 468 4.10.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 475 4.10.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 477 4.10.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 478 4.10.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 480

    4.11 Execuo Oramentria de Programas e Aes Janeiro a Dezembro de 2006 - Consolidado Geral ................. 484 4.12 Demonstrativo da Despesa por rgo e Funes (Anexo 9, da Lei 4.320/64)

    4.12.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 545 4.12.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 556 4.12.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 565 4.12.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 567 4.12.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 569 4.12.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 571

    4.13 Comparativo da Receita Orada com a Arrecadada (Anexo 10, da Lei 4.320/64) 4.13.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 574 4.13.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 594 4.13.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 602 4.13.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 608

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    4.13.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 612 4.13.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 615

    4.14 Despesas por Crditos Especiais e Extraordinrios ................................................................................................ 623 4.15 Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada (Anexo 11, da Lei n 4.320/64)

    4.15.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 625 4.15.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 632 4.15.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 636 4.15.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 638 4.15.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 640 4.15.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 642

    4.16 Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada (Anexo 11, da Lei n 4.320/64) Por rgos 4.16.1 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 645 4.16.2 Autarquias ..................................................................................................................................................... 698 4.16.3 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 706 4.16.4 Fundaes .................................................................................................................................................... 711 4.16.5 Fundos .......................................................................................................................................................... 718

    4.17 Demonstrativo da Despesa por rgo Segundo Grupos de Natureza de Despesa 4.17.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 754 4.17.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 755 4.17.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 757 4.17.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 758 4.17.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 759 4.17.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 760

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    4.18 Demonstrativo da Receita Oramentria Arrecadada (Ms a Ms) 4.18.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 761 4.18.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 771 4.18.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 775 4.18.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 778 4.18.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 780 4.18.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 782

    4.19 Demonstrativo da Receita Oramentria por Consolidado(Dos rgos e entidades) - Consolidado Geral ............ 787 4.20 Demonstrativo da Receita Oramentria Arrecadada por rgos ms a ms

    4.20.1 Autarquias ..................................................................................................................................................... 801 4.20.2 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 806 4.20.3 Fundaes .................................................................................................................................................... 810 4.20.4 Fundos .......................................................................................................................................................... 813

    4.21 Demonstrativo da Despesa Oramentria Empenhada (Ms a Ms) 4.21.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 828 4.21.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 834 4.21.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 842 4.21.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 847 4.21.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 852 4.21.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 857

    4.22 Demonstrativo da Despesa Oramentria Empenhada Por rgo - Consolidado Geral ........................................ 864 4.23 Supervit/Dficit Oramentrio de Execuo

    4.23.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 879

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    4.23.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 880 4.23.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 881 4.23.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 882 4.23.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 883 4.23.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 884

    4.24 Receita Lquida Disponvel ...................................................................................................................................... 885 4.25 Gasto com Pessoal em relao Receita Corrente Lquida ................................................................................... 887 4.26 Receita Corrente Lquida Segundo LRF Consolidado Geral ............................................................................ 889 4.27 Gasto com Pessoal Segundo LRF (mensal) ........................................................................................................ 891 4.28 Manuteno e Desenvolvimento do Ensino (Ms a Ms) ........................................................................................ 895 4.29 Despesas Prprias com Sade ............................................................................................................................... 898 4.30 Repasses Constitucionais aos Municpios............................................................................................................... 899 4.31 Demonstrativo da Dvida Flutuante (Anexo 17, da Lei 4.320/64)

    4.31.1 Consolidado Geral ........................................................................................................................................ 907 4.31.2 Administrao Direta ..................................................................................................................................... 908 4.31.3 Autarquias ..................................................................................................................................................... 909 4.31.4 Empresas Dependentes................................................................................................................................ 910 4.31.5 Fundaes .................................................................................................................................................... 911 4.31.6 Fundos .......................................................................................................................................................... 912

    4.32 Posio das Aes do Estado de Santa Catarina ................................................................................................... 913 4.33 Demonstrao da Dvida Fundada Interna (Anexo 16, da Lei 4.320/64) ................................................................. 914 4.34 Extratos por Emprstimo da Dvida Fundada Interna .............................................................................................. 916 4.35 Demonstrativo das Aplices Inalienveis................................................................................................................. 927

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    4.36 Demonstrativo Analtico dos Pagamentos da Dvida Fundada Interna e Encargos dos AROS............................... 928 4.37 Demonstrativo do Resumo dos Recebimentos e Pagamentos dos Emprstimos da Dvida Pblica ...................... 930 4.38 Demonstrao da Dvida Fundada Externa (Anexo 16, da Lei 4.320/64) ................................................................ 931 4.39 Extratos por Emprstimo da Dvida Fundada Externa............................................................................................. 933 4.40 Demonstrativo Analtico dos Pagamentos da Dvida Fundada Externa................................................................... 940

    5 EQUIPE TCNICA DA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA ................................................................................ 941

    6 RGOS E ENTIDADES DA ADMINISTRAO ESTADUAL/RESPONSVEIS PELA ESCRITA CONTBIL............. 944

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    Apresentao

    Flor Smbolo do Estado de Santa Catarina: Lalia Purpurata

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    APRESENTAO

    O Estado de Santa Catarina

    Na prestao de contas aqui apresentada esto sintetizadas as principais informaes do Estado de Santa Catarina no que tange a sua execuo oramentria, financeira, patrimonial e contbil, referentes ao quarto ano da gesto do Governador Luiz Henrique da Silveira.

    Para compreender a grandeza dos nmeros, primeiramente devemos ter uma viso geral do Estado, seu territrio, sua histria, seu habitantes e culturas.

    Santa Catarina fica no Sul do Brasil, bem no centro geogrfico das regies de maior desempenho econmico do pas, Sul e Sudeste, e em uma posio estratgica no Mercosul. O Estado faz fronteira com a Argentina na regio Oeste. Florianpolis, a Capital, est a 1.850 km de Buenos Aires, 705 km de So Paulo, 1.144 do Rio de Janeiro e 1.673 de Braslia. Sua posio no mapa situa-se entre os paralelos 2557'41" e 2923'55" de latitude Sul e entre os meridianos 4819'37" e 5350'00" de longitude Oeste.

    Fonte: http://www.sc.gov.br

    O Estado de Santa Catarina possui uma rea de 95.442 quilmetros quadrados e uma populao residente de aproximadamente 5.774.178, tendo como principais cidades: Florianpolis que a capital do Estado, Joinville, Blumenau, Lages, Cricima, Itaja, Tubaro, Brusque e Chapec.

    Foram os portugueses - bandeirantes, caadores de ndios e aventureiros - que desbravaram Santa Catarina, espalhando entrepostos e povoados pelo litoral a partir do

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    Sculo XVI. Os imigrantes aorianos vieram bem mais tarde, no Sculo XVIII, mas foram eles que colonizaram e deram forma ao tipo humano to especial que hoje habita os 500 Km de litoral do Estado.

    Na segunda metade do sculo dezenove chegaram os alemes, espalhando-se pelo vale do Rio Itaja, adentrando ao interior em busca de melhores terras e oportunidades. Com trabalho e determinao, construram a pujante face industrial de Santa Catarina. Joinville, Blumenau, Brusque e Pomerode so cidades que preservam esta forte herana germnica na arquitetura, na culinria, no sotaque e atravs de concorridas festas populares, como a Oktoberfest.

    No fim do sculo dezenove foi a vez dos italianos, a maior corrente migratria j recebida por Santa Catarina. Eles ocuparam principalmente a Regio Sul do Estado, prxima ao litoral, e at hoje cidades como Cricima, Urussanga e Nova Veneza preservam tradies herdadas dos pioneiros: o cultivo da uva e do vinho, o amor boa mesa, a alegria e a religiosidade.

    Mas o mosaico de tipos humanos que fundiu o catarinense de hoje inclui ainda os tropeiros que faziam a rota entre o Rio Grande do Sul e So Paulo, os japoneses, os austracos e os gachos, que ocuparam as frteis terras do oeste. Todos responsveis pela rica diversidade cultural e sociolgica de Santa Catarina.

    Uma terra de mil jeitos. Jeitos de natureza e jeitos humanos. Santa Catarina recusa definies. Este pequeno Estado brasileiro rene em seus singelos 95,4 mil km uma diversidade tal de cenrios e gentes que deslumbra os que o visitam. Praias de areias brancas, matas tropicais e serras nevadas. Pescadores aorianos, agricultores italianos e industriais alemes. Uma terra de belos e definitivos contrastes, e por isto mesmo to fascinante.

    Na economia, estes contrastes se repetem. Uma agricultura forte, baseada em minifndios rurais, divide espao com um parque industrial atuante, o quarto maior do pas. Indstrias de grande porte e milhares de pequenas empresas espalham-se pelo Estado, ligadas aos centros consumidores e portos de exportao por uma eficiente malha rodoviria. Estradas que tambm incrementam o turismo, vocao inata do pequeno Estado, hoje terceiro maior plo turstico nacional.

    O equilbrio e o dinamismo da economia catarinense refletem-se nos elevados ndices de crescimento, alfabetizao, emprego e renda per capita, muito superiores mdia nacional. Nmeros que surpreendem e complementam o perfil fascinante de um dos mais produtivos e belos estados brasileiros.

    No stio do Estado de Santa Catarina, http://www.sc.gov.br/, podem ser encontrados dados mais amplos sobre a sua geografia, sua histria, sua colonizao, seu povo e sua cultura e atrativos tursticos.

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    A Prestao de Contas Anual

    Aps esta breve apresentao dos aspectos econmicos e sociais do Estado de Santa Catarina, passamos a apresentar a composio deste trabalho e sua finalidade.

    Este Balano Geral do Estado uma exigncia constitucional estabelecida no art. 71, inciso IX, da CE/89. Conforme o mandamento constitucional, dentre as atribuies privativas do Governador do Estado destaca-se a obrigatoriedade de prestar, anualmente, Assemblia Legislativa, dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa, as contas referentes ao exerccio anterior. Exigncia esta que consta, tambm, da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000 a denominada Lei de Responsabilidade Fiscal na seo V.

    Sua elaborao foi realizada em observncia legislao supracitada e de acordo com a Resoluo n TC - 16/94, de 21 de dezembro de 1994, a Resoluo n TC 06/01, de 03 de setembro de 2001 e Resoluo n TC 11/04, de 06 de dezembro de 2004, as quais regulam e normatizam a remessa de informaes e demonstrativos contbeis ao Tribunal de Contas do Estado.

    A Resoluo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina n TC 16/94, dispe em seu art. 11 que:

    As contas anuais de gesto do Governador do Estado sero remetidas ao Tribunal de Contas, por meio

    documental, no prazo constitucional, consubstanciadas em:

    I - Relatrio circunstanciado do rgo competente, sobre a execuo do oramento e a situao da administrao financeira estadual;

    II - Demonstrativos dos resultados gerais do exerccio, na forma do Balano Oramentrio, Balano Financeiro, Balano Patrimonial, Demonstrao das Variaes Patrimoniais e dos quadros demonstrativos constantes dos anexos 1, 6, 8, 9, 10,11, 16 e 17.

    No cumprimento da legislao vigente, so apresentados os dados da execuo oramentria, financeira, patrimonial e contbil, consolidados da seguinte forma:

    Consolidado da Administrao Direta rene os dados relativos dos rgos prximos estrutura central dos trs Poderes, tais como as secretarias de Estado, a Polcia Militar, o Tribunal de Justia, a Assemblia Legislativa do Estado, o Ministrio Pblico e o Tribunal de Contas do Estado;

    Consolidado das Autarquias dados das entidades autrquicas;

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    Consolidado das Fundaes dados contbeis das fundaes institudas e mantidas pelo Estado;

    Consolidado das Empresas Estatais Dependentes rene dados das empresas que recebem recursos do Tesouro do Estado para a sua manuteno, nos termos da LRF;

    Consolidado dos Fundos Especiais dados da administrao dos recursos vinculados, por lei, a fundos especiais;

    Consolidado Geral demonstra os dados gerais do Estado, no seu conjunto de rgos da Administrao Direta e entidades da Administrao Indireta e fundos especiais.

    Este documento foi elaborado pela equipe da Diretoria de Contabilidade Geral da Secretaria de Estado da Fazenda sob a coordenao da servidora Mrcia Bradacz Lopes, com base nos registros contbeis dos diversos rgos e entidades contidos nos sistemas corporativos do Estado de Santa Catarina.

    Com vista a alcanar os vrios segmentos da sociedade, proporcionando maior transparncia, procurou-se empregar linguagem simples e didtica, na tentativa de tornar acessvel a todos aqueles que tiverem interesse e/ou necessidade em buscar informaes referentes execuo oramentria, financeira e contbil, por meio de relatrios e demonstrativos contendo anlises horizontais e verticais, percentuais e comparativas, bem como anlises grficas.

    Em ordem seqencial o Balano Geral do Estado de 2006 estar assim composto:

    Apresentao

    Relatrio Tcnico Consolidado Geral

    Consideraes Finais

    Relatrio da Diretoria de Auditoria Geral

    Anexos

    Equipe Tcnica da Secretaria de Estado da Fazenda (exerccio de 2006)

    rgos e Entidades da Administrao Estadual Responsveis pela Escrita Contbil (exerccio de 2006)

    Wanderlei Pereira das Neves Diretor de Contabilidade Geral Contador CRC/SC n 15.874

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    RELATRIO TCNICO

    CONSOLIDADO GERAL

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    INTRODUO

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    INTRODUO

    Cada vez mais, a administrao da poltica econmica dos pases ganha relevncia. Do bom desempenho macroeconmico dependem a quantidade de investimentos diretos nacionais e internacionais que sero realizados, o crescimento da economia, a reduo do desemprego e da pobreza, a estabilidade da moeda e dos preos. Uma boa gesto da economia implica, entre outras coisas, a boa administrao das contas pblicas, o que, conseqentemente, demanda um bom sistema de informaes sobre a realidade financeira, oramentria e patrimonial dos entes pblicos. Informao dessa natureza, confivel e tempestiva, pode ser obtida atravs de bons sistemas de Contabilidade Pblica. A Lei de Responsabilidade Fiscal e demais normas dela decorrentes so exemplos bastante claros dessa tendncia. A Contabilidade Pblica est focada em variveis macroeconmicas, com o fito de gerar mecanismos de obteno de disciplina fiscal agregada em todos os entes federativos.1

    A Contabilidade Aplicada Administrao Pblica tem

    como carro chefe a Lei n 4.320, de 17 de maro de 1964, em todos os nveis de governo.

    1LIMA, D. V. de.; CASTRO, R. G. de. Contabilidade Pblica, 2 edio So Paulo: Atlas, 2003, pginas 234 e 235.

    Esta Lei instituiu normas gerais de direito financeiro para a elaborao e controle dos oramentos e balanos na contabilidade pblica.

    No ano de 2000, foi publicada a Lei Complementar n 101, Lei de Responsabilidade Fiscal, a qual tambm trata de direito financeiro. Esta Lei no trouxe mudanas significativas no modo de fazer a contabilidade, mas sim, na forma de extrair dados da contabilidade, possibilitando uma maior transparncia das contas pblicas.

    Alm do Patrimnio e suas variaes a contabilidade pblica tem interesse principalmente na execuo de seu oramento, ou seja, na previso e arrecadao da receita e na fixao e na execuo da despesa.

    Sendo assim, so elaborados os seguintes instrumentos de planejamento:

    1. O Plano Plurianual (PPA) que estabelece as

    diretrizes para o quadrinio, iniciando-se um exerccio aps o incio do mandato. No Estado de Santa Catarina o PPA foi institudo pela Lei n 12.871, de 16/01/2004, para o quadrinio 2004-2007. Sua elaborao baseada em previses, considerando as projees para o cenrio nacional no perodo;

    2. A Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) que norteia a elaborao dos oramentos anuais, definindo as prioridades e metas da Administrao Pblica, incluindo as despesas de capital para o exerccio subseqente e as alteraes tributrias, bem como estabelece a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento. Para o exerccio de 2006 foi

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    aprovada pela Lei n 13.453, de 25 de julho de 2005; e

    3. A Lei Oramentria Anual (LOA) que elaborada para concretizar o planejado no PPA, obedecendo a LDO, e onde so estimadas as receitas e fixadas as despesas e tambm contm demonstrativos exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para o exerccio de 2006 foi aprovada pela Lei n 13.672, de 09 de janeiro de 2006.

    A execuo dessas trs leis, bem como todos os

    demais atos e fatos relacionados gesto fiscal do Estado recebem tratamento contbil, com vista a subsidiar a tomada de deciso dos gestores, bem como apresentar, ao trmino do exerccio um documento denominado Balano Geral do Estado, com vistas a prestar contas sociedade quanto a aplicao dos recursos dela arrecadados.

    O Balano Geral do Estado se constitui na prestao de contas que o Governador deve, por fora de dispositivo constitucional, apresentar ao Poder Legislativo, por intermdio do Tribunal de Contas do Estado.

    Como nos ensina Valmor Slomski2:

    Na administrao pblica, , certamente, onde mais deve estar presente a filosofia da accountability (dever de prestar contas), pois, quando a sociedade elege seus representantes, espera que os mesmos ajam

    2 SLOMSKI, Valmor Manual de Contabilidade Pblica Um Enfoque na Contabilidade Municipal De Acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal So Paulo: Atlas, 2001, pgina 267.

    em seu nome, de forma correta, e que prestem contas de seus atos.

    A prestao de contas foi elaborada segundo os preceitos constitucionais e de acordo com a legislao vigente no Brasil sobre prticas contbeis. Primeiramente, far-se- um breve comentrio sobre os aspectos tericos, com o intuito de propiciar uma melhor interpretao do seu contedo.

    REGIMES CONTBEIS

    Para familiarizar-se com a contabilidade pblica, necessrio conhecer a Teoria da Contabilidade, que procura explic-la e concentra-se no conjunto dos princpios fundamentais para a prtica contbil.

    De acordo com Kohama3 os chamados Princpios e Convenes Contbeis Geralmente Aceitos, que tambm so chamados regimes contbeis de escriturao, podem ser conceituados como premissas bsicas acerca dos fenmenos econmicos refletidos pela contabilidade e so a cristalizao de anlises e observaes.

    Os Princpios Fundamentais de Contabilidade representam o ncleo da Contabilidade, na sua condio de cincia social. Os princpios constituem-se nas vigas-mestras de uma cincia, revestindo-se dos atributos de universalidade

    3 KOHAMA, Heilio Contabilidade Pblica Teoria e Prtica 9 edio So Paulo: Atlas, 2003.

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    e veracidade, conservando validade em qualquer circunstncia.4

    PRTICAS CONTBEIS

    A Contabilidade Pblica um dos ramos mais complexos da cincia e tem por objetivo captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenmenos que afetam as situaes oramentrias, financeiras e patrimoniais das entidades de direito pblico interno, ou seja, Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios e respectivas autarquias, atravs de metodologia especialmente concebida para tal, que utiliza-se de contas escrituradas nos seguintes sistemas:

    a) Sistema Oramentrio;

    b) Sistema Financeiro;

    c) Sistema Patrimonial; e

    d) Sistema de Compensao.5

    Segundo a Lei Federal n 4.320/64, a Contabilidade Pblica no deve somente registrar e escriturar, mas tambm observar a legalidade dos atos da execuo oramentria,

    4 Conselho Federal de Contabilidade Princpios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade Braslia:CFC, 2003. 5 KOHAMA, Heilio Contabilidade Pblica Teoria e Prtica 9 edio So Paulo: Atlas, 2003.

    atravs do controle e acompanhamento, que ser prvio, concomitante e subseqente.6

    Para Joo Anglico, em seu Livro Contabilidade Pblica7:

    A atuao dos servios de contabilidade na administrao pblica abrange quase todas as reas envolvidas na previso e execuo oramentria, nos registros contbeis, na elaborao dos relatrios financeiros, econmicos e patrimoniais e no controle interno. Suas atividades, como centro do controle interno, desenvolvem-se durante toda a evoluo das atividades administrativas da entidade pblica, mas sua ao manifesta-se ostensivamente em trs ocasies:

    a) no momento da contabilizao do empenhamento da despesa (...);

    b) no estgio liquidao, a despesa novamente submetida ao crivo dos servios de contabilidade (...); e

    c) finalmente, toda despesa paga analisada pela contabilidade antes de ser registrada.

    No Brasil, a elaborao dos oramentos e balanos pblicos est disciplinada principalmente na Lei Federal n 4.320/64, bem como na Lei Complementar n 101/00. A exemplo da Lei Oramentria Anual, que se sujeita ao

    6 MACHADO JR, J. T.; REIS, H. da C. A Lei 4.320 comentada 26 edio Rio de Janeiro: IBAM, 1995. 7 ANGLICO, Joo Contabilidade Pblica 8 edio - So Paulo: Atlas, 1994, pgina 109.

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    Princpio da Anualidade (art. 2 da Lei n 4.320/64), na administrao pblica o exerccio financeiro, para fins de apurao dos resultados contbeis, tambm coincide com o ano civil.

    Em relao aos registros contbeis dentro do exerccio financeiro, a Lei n 4.320/64, estabelece em seu art. 35 que:

    Art. 35. Pertencem ao exerccio financeiro:

    I as receitas nele arrecadadas; e,

    II as despesas nele legalmente empenhadas.

    Isto significa que no Brasil se adota o regime contbil misto, pois as receitas so contabilizadas pelo regime de caixa (considera-se receita somente aquelas que ingressarem nos cofres pblicos) e as despesas pelo regime contbil da competncia (considera-se despesa aquela comprometida, independentemente do desembolso financeiro ocorrer ou no no exerccio financeiro).

    Em que pese utilizao do Regime de Caixa para as receitas pblicas, para no haver distores nas contas nacionais os valores relativos s transferncias constitucionais e legais aos Estados, Distrito Federal e Municpios, de competncia do ms de dezembro e com repasse previsto para o ms de janeiro do exerccio financeiro subseqente, que a Unio deve registrar como Restos a Pagar por fora do art. 50, inciso II, da Lei complementar n 101, de 4 de maio de 2000, devero ser contabilizados pelos beneficirios como receita do ano de competncia, em contrapartida com o Ativo Financeiro, Entidades Devedoras, conforme Portaria STN n 447, de 13 de setembro de 2002, publicada no DOU de 18 de setembro de 2002.

    Na leitura do TTULO IX, Captulo I, da Lei n 4.320/64, artigos 83 a 89, tem-se que:

    - A contabilidade evidenciar perante a Fazenda Pblica a situao de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados;

    - Os servios de contabilidade sero organizados de forma a permitir o acompanhamento da execuo oramentria, o conhecimento da composio patrimonial, a determinao dos custos dos servios industriais, o levantamento dos balaos gerais, a anlise e a interpretao dos resultados econmicos e financeiros;

    - A escriturao sinttica das operaes financeiras e patrimoniais efetuar-se- pelo mtodo das partidas dobradas.

    - A contabilidade evidenciar os fatos ligados administrao oramentria, financeira, patrimonial e industrial.

    Prosseguindo no Captulo II, que trata da Contabilidade Oramentria e Financeira, nos artigos 90 a 93, tem-se:

    - A contabilidade dever evidenciar, em seus registros, o montante dos crditos oramentrios vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, conta dos mesmos crditos, e as dotaes disponveis;

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    - O registro contbil da receita e da despesa far-se- de acordo com as especificaes constantes da Lei de Oramento e dos crditos adicionais;

    - A dvida flutuante compreende: I os restos a pagar, excludos os servios da dvida; II Os servios da dvida a pagar; III os depsitos; IV os dbitos de tesouraria;

    - Todas as operaes de que resultem dbitos e crditos de natureza financeira, no compreendidas na execuo oramentria, sero tambm objeto de registro, individuao e controle contbil;

    Ao observar o Captulo III, que trata da Contabilidade Patrimonial e Industrial, nos artigos 94 a 100, tem-se:

    - Haver registros analticos de todos os bens de carter permanente, com indicao dos elementos necessrios para a perfeita caracterizao de cada um deles e dos agentes responsveis pela sua guarda e administrao;

    - A contabilidade manter registros sintticos dos bens mveis e imveis;

    - O levantamento geral dos bens mveis e imveis ter por base o inventrio analtico de cada unidade administrativa e os elementos da escriturao sinttica na contabilidade;

    - Para fins oramentrios e determinao dos devedores, far-se- o registro contbil

    das receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivao;

    - A dvida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contrados para atender a desequilbrio oramentrio ou a financiamento de obras e servios pblicos;

    - As alteraes da situao lquida patrimonial, que abrangem os resultados da execuo oramentria, bem como as variaes independentes dessa execuo e as supervenincias e insubsistncias ativas e passivas, constituiro elementos da conta patrimonial;

    Por ltimo, no Captulo IV, que trata dos Balanos, nos artigos de 101 a 106, tem-se:

    - Os resultados gerais do exerccio sero demonstrados no Balano Oramentrio, no Balano Financeiro, no Balano Patrimonial, na Demonstrao das Variaes Patrimoniais, segundo os Anexos 12,13,14 e 15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos 1,6,7,8,9,10,11,16 e 17;

    - O Balano Oramentrio demonstrar as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas;

    - O Balano Financeiro demonstrar a receita e a despesa oramentria, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-oramentria, conjugados com os saldos em espcie provenientes do

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    exerccio anterior, e os que se transferem para o exerccio seguinte.

    Pargrafo nico Os Restos a Pagar do exerccio sero computados na receita extra-oramentria para compensar sua incluso na despesa oramentria;

    - A Demonstrao das Variaes Patrimoniais evidenciar as alteraes verificadas no patrimnio, resultantes ou independentes da execuo oramentria, e indicar o resultado patrimonial do exerccio;

    - O Balano Patrimonial demonstrar: I O Ativo Financeiro; II O Ativo Permanente; III O Passivo Financeiro; IV O Passivo Permanente; V O Saldo Patrimonial; e VI As Contas de Compensao.

    - O Ativo Financeiro compreender os crditos e valores realizveis independentemente de autorizao oramentria e os valores numerrios.

    - O Ativo Permanente compreender os bens, crditos e valores cuja mobilizao ou

    alienao dependa de autorizao legislativa.

    - O Passivo Financeiro compreender os compromissos exigveis cujo pagamento independa de autorizao oramentria.

    - O Passivo Permanente compreender as dvidas fundadas e outras que dependam de autorizao legislativa para amortizao ou resgate.

    - Nas contas de compensao sero registrados os bens, valores, obrigaes e situaes no compreendidas nos pargrafos anteriores e que, mediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimnio;

    - A avaliao dos elementos patrimoniais obedecer s normas seguintes: I os dbitos e crditos, bem como os ttulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a converso, quando em moeda estrangeira, taxa de cmbio vigente na data do balano; II os bens mveis e imveis, pelo valor de aquisio ou pelo custo de produo ou de construo; III os bens de almoxarifado, pelo preo mdio ponderado das compras.

    - Os valores em espcie, assim como os dbitos e crditos, quando em moeda estrangeira, devero figurar ao lado das correspondentes importncias em moeda nacional.

    - As variaes resultantes da converso dos dbitos, crditos e valores em espcie sero levadas conta patrimonial.

    - Podero ser feitas reavaliaes dos bens mveis e imveis.

    Alm das normas estabelecidas para a Contabilidade Pblica pela Lei n 4.320/64, devem ser obedecidas as normas contidas na Seo II Da Escriturao e Consolidao das Contas, art. 50, da Lei Complementar n 101/00, Lei de Responsabilidade Fiscal:

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    Art. 50. Alm de obedecer s demais normas de contabilidade pblica, a escriturao das contas pblicas observar as seguintes:

    I a disponibilidade de caixa constar de registro prprio, de modo que os recursos vinculados a rgo, fundo ou despesa obrigatria fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

    II a despesa e a assuno de compromisso sero registradas segundo o regime de competncia, apurando-se, em carter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

    III as demonstraes contbeis compreendero, isolada e conjuntamente, as transaes e operaes de cada rgo, fundo ou entidade da administrao direta, autrquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente;

    IV as receitas e despesas previdencirias sero apresentadas em demonstrativos financeiros e oramentrios especficos;

    V as operaes de crdito, as inscries em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assuno de compromissos junto a terceiros, devero ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variao da dvida pblica no perodo, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor;

    VI a demonstrao das variaes patrimoniais dar destaque origem e ao

    destino dos recursos provenientes da alienao de ativos.

    1 No caso das demonstraes conjuntas, excluir-se-o as operaes intragovernamentais.

    2 A edio de normas gerais para consolidao das contas pblicas caber ao rgo central de contabilidade da Unio, enquanto no implantado o conselho de que trata o art. 67.

    3 A Administrao Pblica manter sistema de custos que permita a avaliao e o acompanhamento da gesto oramentria, financeira e patrimonial.

    Feitas as consideraes gerais acerca do contedo do Balano Geral e as normas gerais de Direito Financeiro que disciplinam a sua elaborao, na seqncia sero analisadas as receitas oramentrias arrecadadas, seus conceitos e sua evoluo nos ltimos trs exerccios financeiros.

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    Captulo I

    ANLISE DAS RECEITAS

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    DA RECEITA

    Para cumprir suas funes bsicas e implementar seus programas sociais o Estado necessita de recursos. Esses recursos so denominados de RECEITAS PBLICAS.

    Segundo nos ensinam Diana e Rbison:1

    A receita pblica seria, pois, o recebimento efetuado pela instituio pertencente ao Estado, com a finalidade de ser aplicado em gastos operativos e de administrao. Devem-se distinguir duas modalidades de recebimento de receita:

    a) receitas efetivas: quando se realizam entradas de numerrio sem as correspondentes sadas de outros elementos do ativo ou outras entradas no passivo:

    b) receitas por mutao patrimonial: cujos recebimentos decorrem da excluso de valores do ativo ou da incluso de valores no passivo.

    No intuito de facilitar o entendimento sobre os nmeros da arrecadao do Estado no exerccio de 2006, em especial por parte daqueles que no atuam diariamente na Administrao Pblica, inicialmente apresenta-se a definio, classificaes e conceitos de Receita Pblica.

    1 LIMA, D. V. de.; CASTRO, R. G. de. Contabilidade Pblica Integrando Unio, Estados e Municpios (Siafi e Siafem) So Paulo: Atlas, 2003, 2 edio.

    Sanches2 apresenta a seguinte definio de Receita:

    Em sentido geral, constitui a soma dos valores recebidos durante um determinado perodo de tempo. No setor pblico, a receita a soma dos ingressos derivados de tributos(impostos, taxas e contribuies) com os derivados de outras fontes de recursos (receitas de servios, receitas industriais, receitas patrimoniais e outras), arrecadados para atender s despesas pblicas.

    A Lei Federal n 4.320/64 regulamenta os ingressos de disponibilidades de todos os entes da Federao, classificando-os em dois grupos: Oramentrios e Extra-Oramentrios.

    O Manual das Receitas Pblicas editado pela Secretaria do Tesouro Nacional - STN3, classifica os ingressos em:

    Ingressos Oramentrios: so aqueles pertencentes ao ente pblico arrecadados exclusivamente para aplicao em programas e aes governamentais. Estes ingressos constituem as denominadas Receitas Pblicas;

    Ingressos Extra-Oramentrios: so aqueles pertencentes terceiros arrecadados pelo ente pblico exclusivamente para fazer face s

    2 SANCHES, Osvaldo Maldonado: Dicionrio de Oramento, Planejamento e reas afins. Braslia: OMS, 2004. 2 edio. 3 Receitas Pblicas: Manual de Procedimentos. Braslia: Secretaria do Tesouro Nacional, 2004.

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    exigncias contratuais pactuadas para posterior devoluo. Estes ingressos so denominados recursos de terceiros.

    Das classificaes citadas anteriormente chega-se ao entendimento de que os Ingressos Oramentrios constituem as Receitas Pblicas, ou seja, Receitas Oramentrias, as quais devero fazer face s Despesas Pblicas.

    No tocante s Receitas Oramentrias, a Lei Federal n 4.320/64 em seu artigo 11, apresenta classificao nas seguintes categorias econmicas:

    Receitas Correntes (efetivas) e

    Receitas de Capital (mutao patrimonial).

    RECEITAS CORRENTES

    O Manual de Procedimento das Receitas Pblicas da Secretaria do Tesouro Nacional STN4 define Receita Corrente da seguinte forma:

    Receitas Correntes: so ingressos de recursos financeiros oriundos das atividades operacionais, para a aplicao em despesas correspondentes, tambm em atividades operacionais, correntes ou de capital.

    As Receitas Correntes so derivadas do poder de tributar ou da venda de produtos e servios. Segundo o 1 do artigo 11 da Lei Federal n 4.320/64, as Receitas Correntes so classificadas em: Receitas Tributrias, de Contribuies, Patrimonial, Agropecuria, Industrial, de

    4 Receitas Pblicas: Manual de Procedimentos. Braslia: Secretaria do Tesouro Nacional, 2004.

    Servios, Transferncias Correntes e Outras Receitas Correntes.

    Receita Tributria Machado Jr e Reis5 definem como aquela oriunda da sua competncia de tributar, conforme o disposto na Constituio.

    Receitas Tributrias correspondem aos ingressos provenientes da arrecadao de impostos, taxas e contribuies de melhoria. Dessa forma, so receitas privativas das entidades investidas do poder de tributar: Unio, Estados, Distrito Federal e os Municpios.

    O Cdigo Tributrio Nacional - CTN6, em seu artigo 3 define tributo como toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada, e define suas espcies da seguinte forma:

    Impostos conforme artigo 16:

    Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independente de qualquer atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte;

    Taxa de acordo com o art. 77:

    As taxas cobradas pela Unio, Estados, Distrito Federal ou Municpios, tm como fato gerador o exerccio regular do poder de

    5 MACHADO JR, J. T.; REIS, H. da C. A Lei 4.320 Comentada. Rio de Janeiro: IBAM, 1995. 26 edio. 6 CDIGO TRIBUTRIO NACIONAL Lei n 5.172/66.

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    polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto sua disposio;

    Contribuio de Melhoria: segundo o art. 81 do CTN, a contribuio de melhoria cobrada pela Unio, Estados, Distrito Federal ou Municpios, instituda para fazer face ao custo de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acrscimo de valor que da obra resultar para cada imvel beneficiado.

    Receita de Contribuies De acordo com Machado Jr e Reis7 a resultante de contribuies sociais e contribuies econmicas.

    As Receitas de Contribuies so os ingressos provenientes de contribuies sociais, de interveno no domnio econmico e de interesse das categorias profissionais ou econmicas, como instrumento de interveno nas respectivas reas.

    O Manual das Receitas Pblicas da STN8, define as espcies de Receitas de Contribuies seguinte forma:

    Contribuies sociais: destinadas ao custeio da seguridade social, compreendendo a previdncia social, a sade e a assistncia social;

    7 MACHADO JR, J. T.; REIS, H. da C. A Lei 4.320 Comentada. Rio de Janeiro: IBAM, 1995. 26 edio. 8 Receitas Pblicas: Manual de Procedimentos. Braslia: Secretaria do Tesouro Nacional, 2004.

    Contribuies de Interveno no Domnio Econmico - CIDE: derivam da contraprestao atuao estatal exercida em favor de determinado grupo ou coletividade;

    Contribuies de Interesse das Categorias Profissionais ou Econmicas: destinadas ao fornecimento de recursos aos rgos representativos de categorias profissionais legalmente regulamentadas ou a rgos de defesa de interesse dos empregadores ou empregados.

    Receita Patrimonial - Receitas havidas pelo Poder Pblico como resultado financeiro da fruio do patrimnio, em decorrncia de bens imobilirios (imveis) ou mobilirios (ttulos) e participaes societrias9.

    Receita Agropecuria - a resultante das atividades ou exploraes agropecurias, envolvendo as produes vegetal e animal e seus derivados, bem como atividades de beneficiamento ou transformaes desses produtos, em instalaes existentes nos prprios estabelecimentos .

    Receita Industrial - a proveniente de atividades industriais, definidas como tais pela Fundao IBGE e exploradas diretamente pelo Municpio ou outra entidade governamental.

    Receitas de Servios - o ingresso proveniente da prestao de servios de transporte, sade, comunicao,

    9 SANCHES, Osvaldo Maldonado: Dicionrio de Oramento, Planejamento e reas afins. Braslia: OMS, 2004. 2 edio.

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    porturio, armazenagem, de inspeo e fiscalizao, judicirio, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes atividade da entidade e outros servios 10

    Transferncias Correntes - Corresponde ao ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referentes a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivados mediante condies preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigncia, desde que o objetivo seja a aplicao em despesas correntes.

    Outras Receitas Correntes - So as provenientes de multas, juro de mora, indenizaes e restituies, receita da cobrana da dvida ativa e outras11.

    RECEITAS DE CAPITAL

    O Manual das Receitas Pblicas da STN12 define Receita de Capital da seguinte forma:

    Receitas de Capital: so os ingressos de recursos financeiros oriundos de atividades operacionais ou no operacionais para aplicao em despesas operacionais, correntes ou de capital, visando atingir os

    10 SANCHES, Osvaldo Maldonado: Dicionrio de Oramento, Planejamento e reas afins. Braslia: OMS, 2004. 2 edio. 11 MACHADO JR, J. T.; REIS, H. da C. A Lei 4.320 Comentada. Rio de Janeiro: IBAM, 1995. 26 edio. 12 Receitas Pblicas: Manual de Procedimentos. Braslia: Secretaria do Tesouro Nacional, 2004.

    objetivos traados nos programas e aes de governo.

    As Receitas de Capital derivam da obteno de recursos mediante a constituio de dvidas, amortizao de emprstimos e financiamentos e/ou alienao de componentes do ativo permanente, constituindo-se em meios para atingir a finalidade fundamental do rgo ou entidade, ou mesmo, atividades no operacionais visando estmulo s atividades operacionais do ente.

    Operaes de Crdito - So os ingressos provenientes da colocao de ttulos pblicos ou da contratao de emprstimos e financiamentos obtidos junto entidades estatais ou privadas.

    Alienao de Bens So os ingressos provenientes da alienao de componentes do ativo permanente.

    Amortizao de Emprstimos - So os ingressos provenientes da amortizao, ou seja, parcela referente ao recebimento de parcelas de emprstimos ou financiamentos concedidos em ttulos ou contratos.

    Transferncias de Capital - So os ingressos provenientes de outros entes ou entidades referentes a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condies preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigncia, desde que o objetivo seja a aplicao em Despesas de Capital.

    Outras Receitas de Capital So os ingressos provenientes de outras origens no classificveis nas subcategorias econmicas anteriores.

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    ESTGIOS DA RECEITA ORAMENTRIA

    A Receita Oramentria percorre determinados estgios, desde a sua previso at o devido recolhimento para os cofres pblicos.

    Os artigos 51 56 da Lei Federal n 4.320/64 evidenciam que a Receita passa pelos estgios da Previso, Lanamento, Arrecadao e Recolhimento.

    Previso De acordo com Pires13 a Estimativa do que se espera arrecadar durante o exerccio, constituindo-se no mais importante estgio da receita, pois com base nele que as despesas so autorizadas.

    Lanamento O artigo 53 da Lei Federal n 4.320/64 define que o Lanamento ato da repartio competente, que verifica a procedncia do crdito fiscal e a pessoa que lhe devedora e inscreve o dbito desta.

    Arrecadao Se materializa pelo recebimento da receita (tributos, multas e demais crditos devidos) por agente de arrecadao devidamente autorizado (coletorias, tesourarias, postos fiscais ou bancos autorizados) 14.

    Recolhimento Transferncia dos valores arrecadados conta especfica do Tesouro, responsvel pela

    13 PIRES, Joo Batista Fortes de Souza. Contabilidade Pblica. Braslia: Franco e Fortes, 2002. 7 edio. 14 SANCHES, Osvaldo Maldonado: Dicionrio de Oramento, Planejamento e reas afins. Braslia: OMS, 2004. 2 edio.

    administrao e controle da arrecadao e programao financeira, observando o Princpio da Unidade de Caixa15. O Art. 56 da Lei Federal n 4.320/64 determina que o recolhimento de todas as receitas deve observar ao princpio de Unidade de Tesouraria, vedada qualquer fragmentao para criao de caixas especiais. Ou seja, os recursos arrecadados devem ser recolhidos Conta nica do Tesouro.

    A ARRECADAO DAS RECEITAS

    Na seqncia apresentam-se as informaes e respectivas anlises referentes arrecadao Estadual no exerccio de 2006.

    O demonstrativo a seguir evidencia os valores arrecadados nos exerccios de 2004, 2005 e 2006 com a variao entre os referidos exerccios e os percentuais de participao de cada item em relao ao total arrecadado.

    15 Receitas Pblicas: Manual de Procedimentos. Braslia: Secretaria do Tesouro Nacional, 2004.

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    VAR VARREALIZAO PARTIC. REALIZAO PARTIC. 04/05 REALIZAO PARTIC. 05/06

    RECEITAS CORRENTES 7.426.176.245,65 98,03 8.820.087.596,43 98,64 18,77 7.626.126.621,89 97,21 -13,54Receitas Tributrias 5.818.026.523,40 76,80 6.583.636.706,20 73,63 13,16 7.063.712.448,51 90,04 7,29

    Impostos 5.707.468.690,97 75,34 6.405.047.541,88 71,63 12,22 6.856.923.291,30 87,40 7,05Imp. Sobre o Patrimnio e a Renda 531.721.380,64 7,02 627.965.978,70 7,02 18,10 817.135.061,70 10,42 30,12

    ITBI 151.938,66 0,00 206.026,11 0,00 35,60 42.017,59 0,00 -79,61IRRF 212.084.844,08 2,80 227.331.561,54 2,54 7,19 332.922.349,79 4,24 46,45IPVA 302.446.364,09 3,99 377.381.176,80 4,22 24,78 459.447.870,31 5,86 21,75ITCMD 17.038.233,81 0,22 23.047.214,25 0,26 35,27 24.722.824,01 0,32 7,27

    Imp. Sobre a Produo e a Circulao 5.175.747.310,33 68,32 5.777.081.563,18 64,61 11,62 6.039.788.229,60 76,99 4,55ICMS 5.175.747.310,33 68,32 5.777.081.563,18 64,61 11,62 6.039.788.229,60 76,99 4,55ICMS REFIS - 0,00 - 0,00 0,00 - 0,00 0,00

    Taxas 110.557.832,43 1,46 178.589.164,32 2,00 61,53 206.789.157,21 2,64 15,79Receitas de Contribuies 336.387.013,09 4,44 492.711.384,45 5,51 46,47 387.641.160,16 4,94 -21,32

    Contribuies Sociais 336.387.013,09 4,44 492.711.384,45 5,51 46,47 387.641.160,16 4,94 -21,32Receita Patrimonial 95.623.095,11 1,26 195.108.440,09 2,18 104,04 185.360.736,31 2,36 -5,00

    Receita Imobilirios 2.682.744,77 0,04 3.079.220,91 0,03 14,78 2.806.153,36 0,04 -8,87Receita de Valores Mobilirios 92.186.628,07 1,22 189.153.342,75 2,12 105,19 151.720.928,16 1,93 -19,79Receita de concesses e permisses - 0,00 2.683.624,91 0,03 100,00 30.544.411,49 0,39 1038,18Outras Receitas Patrimoniais 753.722,27 0,01 192.251,52 0,00 -74,49 289.243,30 0,00 50,45

    Receita Agropecuria 1.671.767,56 0,02 3.316.289,28 0,04 98,37 2.776.726,41 0,04 -16,27Receita Industrial 8.106.723,80 0,11 8.730.102,35 0,10 7,69 8.338.953,50 0,11 -4,48Receita de Servios 89.342.384,53 1,18 164.098.538,20 1,84 83,67 132.099.040,90 1,68 -19,50Transferncias Correntes 1.585.921.943,16 20,93 1.815.200.555,06 20,30 14,46 2.139.547.372,68 27,27 17,87

    Transferncias Intergovernamentais 1.543.856.441,40 20,38 1.707.955.477,29 19,10 10,63 1.897.450.878,42 24,19 11,09Transferncias da Unio 993.553.038,85 13,12 1.099.983.651,64 12,30 10,71 1.267.814.300,58 16,16 15,26

    Participao na Rec. Da Unio 596.571.174,37 7,87 737.604.343,35 8,25 23,64 824.518.486,60 10,51 11,78FPE 306.332.211,53 4,04 383.390.467,57 4,29 25,16 446.427.923,05 5,69 16,44Cota-Parte Fundo Esp.Petrobrs - 0,00 - 0,00 0,00 - 0,00 0,00Cota Parte IPI Exportao 182.733.419,96 2,41 215.129.067,95 2,41 17,73 232.114.445,08 2,96 7,90Cota Parte da CIDE 43.480.465,87 0,57 68.699.974,14 0,77 58,00 67.338.039,40 0,86 -1,98Cota-Parte Salrio Educao 64.025.077,01 0,85 70.384.833,69 0,79 9,93 78.638.079,07 1,00 11,73

    Transf. De Auxlios e Convnios - 0,00 - 0,00 0,00 - 0,00 0,00Outras Transferncias da Unio 149.742.475,36 1,98 160.987.588,98 1,80 7,51 162.585.743,87 2,07 0,99Transf. Da Compensao Financeira 18.196.319,20 0,24 11.318.309,06 0,13 -37,80 9.818.547,56 0,13 -13,25Transf.Rec.Sist.nico de Sade-SUS 229.043.069,92 3,02 190.073.410,25 2,13 -17,01 270.881.722,55 3,45 42,51Transf.de recursos do FNAS - 0,00 - 0,00 0,00 9.800,00 0,00 100,00

    Transferncias dos Municpios - 0,00 - 0,00 0,00 - 0,00 0,00Trnasferncias Multigovernamentais 550.303.402,55 7,26 607.971.825,65 6,80 10,48 629.636.577,84 8,03 3,56

    Transferncias de Instituies Privadas - 0,00 14.079.550,82 0,16 100,00 115.905.392,38 1,48 723,22 Transferncias de Convnios 42.065.501,76 0,56 93.165.526,95 1,04 121,48 126.191.101,88 1,61 35,45Outras Receitas Correntes 166.718.980,40 2,20 312.343.195,41 3,49 87,35 410.751.571,55 5,24 31,51DEDUES DA REC CORRENTE-FUNDEF E TRANSF.MUNIC(*) (675.622.185,40) (8,92) (755.057.614,61) (8,44) 11,76 (2.704.101.388,13) (34,47) 258,13RECEITAS DE CAPITAL 149.345.704,63 1,97 121.849.409,23 1,36 -18,41 219.236.185,91 2,79 79,92Operaes de Crdito 90.591.231,29 1,20 87.979.560,19 0,98 -2,88 103.565.530,60 1,32 17,72

    Operaes de Crdito Interna 6.905.900,00 0,09 3.400.000,00 0,04 -50,77 2.991.281,90 0,04 -12,02Operaes de Crdito Externa 83.685.331,29 1,10 84.579.560,19 0,95 1,07 100.574.248,70 1,28 18,91

    Alienao de Bens 1.421.359,51 0,02 1.395.385,00 0,02 -1,83 23.939.418,21 0,31 1615,61Amortizao de Emprstimos 22.640.749,86 0,30 25.262.799,15 0,28 11,58 27.372.615,49 0,35 8,35Transferncias de Capital 26.915.828,69 0,36 4.000.000,00 0,04 -85,14 62.079.297,97 0,79 1451,98

    Transf. A Outras Instituies Pblicas - 0,00 - 0,00 0,00 - 0,00 0,00Transf. De Convnios 26.915.828,69 0,36 4.000.000,00 0,04 -85,14 62.079.297,97 0,79 1451,98

    Outras Receitas de Capital 7.776.535,28 0,10 3.211.664,89 0,04 -58,70 2.279.323,64 0,03 -29,03TOTAL GERAL 7.575.521.950,28 100,00 8.941.937.005,66 100,00 18,04 7.845.362.807,80 100,00 -12,26

    Obs.(*) Nos exerccios de 2004 e 2005 as transferncias ao municpios faziam parte das despesas e em 2006 so lanadas como dedues de receitas correntes.

    ESPECIFICAO2004 2005 2006

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    Na seqncia apresentam-se as anlises da Receita de acordo com as Categorias Econmicas, Subcategorias Econmicas e itens de receitas.

    RECEITAS CORRENTES As Receitas Correntes, compostas pelas receitas

    Tributrias, de Contribuies, Patrimoniais, Agropecurias, Industriais, de Servios, Transferncias Correntes e Outras Receitas Correntes, representaram 97,21% do total da receita em 2006, com uma variao negativa de 13,54% em relao ao exerccio anterior. A seguir sero analisadas as mais representativas na arrecadao do Estado.

    RECEITA TRIBUTRIA

    A arrecadao da Receita Tributria no exerccio de 2006 correspondeu a 81,18% da receita total e 83,51% das Receitas Correntes. Em comparao ao exerccio de 2005, em valores nominais houve um acrscimo no montante de R$ 444.817.977,67 (7,51%).

    O demonstrativo abaixo apresenta a realizao das fontes das Receitas Tributrias no deduzidos os valores das participaes constitucionais dos Municpios:

    DEMOSTRATIVO DA RECEITA TRIBUTRIA

    FONTES % DE PARTICIPAO S/ AS RECEITAS % DE PARTICIPAO S/ AS RECEITAS % DE PARTICIPAO S/ AS RECEITAS

    TOTAIS CORRENTESTRIBUTRIAS TOTAIS CORRENTESTRIBUTRIAS TOTAIS CORRENTESTRIBUTRIAS

    ITBI 151.938,66 0,00 0,00 0,00 206.026,11 0,00 0,00 0,00 42.017,59 0,00 0,00 0,00

    IRRF 212.084.844,08 2,80 2,86 4,06 227.331.561,54 2,54 2,58 3,84 332.922.349,79 4,24 4,37 5,23

    IPVA 302.446.364,09 3,99 4,07 5,79 377.381.176,80 4,22 4,28 6,37 459.447.870,31 5,86 6,02 7,21

    ITCMD 17.038.233,81 0,22 0,23 0,33 23.047.214,25 0,26 0,26 0,39 24.722.824,01 0,32 0,32 0,39

    ICMS C/ DEDUO 4.580.369.226,55 60,46 61,68 87,70 5.117.471.299,03 57,23 58,02 86,39 5.344.920.200,81 68,13 70,09 83,92

    ICMS total 5.175.747.310,33 68,32 69,70 99,10 5.777.081.563,18 64,61 65,50 97,52 6.039.788.229,60 76,99 79,20 94,83

    Ded. da Rec.ICMS - FUNDEF (595.378.083,78) (7,86) (8,02) (11,40) (659.610.264,15) (7,38) (7,48) (11,13) (694.868.028,79) (8,86) (9,11) (10,91)

    TAXAS 110.557.832,43 1,46 1,49 2,12 178.589.164,32 2,00 2,02 3,01 206.789.157,21 2,64 2,71 3,25

    TOTAL 5.222.648.439,62 68,94 70,33 100,00 5.924.026.442,05 66,25 67,17 100,00 6.368.844.419,72 81,18 83,51 100,00

    RECEITAS ORAMENTRIAS 7.575.521.950,28 8.941.937.005,66 7.845.362.807,80

    RECEITAS CORRENTES 7.426.176.245,65 8.820.087.596,43 7.626.126.621,89

    Obs. O valor da deduo da Rec.do ICMS em 2005 foi alterado, pois incluia outros itens de receita alm do ICMS.

    2004 2005 2006

    VALORES ARRECADADOS

    VALORES ARRECADADOS

    VALORES ARRECADADOS

    ICMS

    O ICMS a principal fonte de receita do Estado. Este imposto foi responsvel pela arrecadao, no exerccio de 2006, de 76,99% da Receita Total, 79,20% das Receitas

    Correntes e 94,83% das Receitas Tributrias. No entanto, quando deduzida do ICMS a parte referente ao FUNDEF o percentual de participao na receita total reduz para 68,13%, nas Receitas Correntes 70,09% e na Tributria 83,92%.

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    Se forem consideradas as outras fontes de receita que tenham relao com este tributo, como seus acessrios e a desonerao do ICMS exportao Lei Complementar n 87/96, sua arrecadao corresponder a 70,14% das receitas totais com o valor de R$ 5.502.448.680,44.

    TRANSFERNCIAS CORRENTES

    As Transferncias Correntes, constitudas pelas Transferncias Intergovernamentais e pelas Transferncias de Convnios, representaram no exerccio de 2006, 25,98% da Receita Total e 26,73% das Receitas Correntes, conforme ser demonstrado a seguir:

    DEMONSTRATIVO DAS TRANSFERNCIAS CORRENTES

    % PARTICIPAO SOBRE % PARTICIPAO SOBRE

    RECEITAS TRANSF. RECEITAS TRANSF.

    CORRENTES CORRENTES CORRENTES CORRENTES

    DA UNIO 1.004.536.301,18 11,23 11,39 58,41 1.166.858.801,38 14,87 15,30 57,24

    COTA-PARTE DO F.P.E. (**) 325.881.897,81 3,64 3,69 18,95 379.463.734,96 4,84 4,98 18,61

    COTA-PARTE F. ESP. PETROBRAS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    COTA-PARTE IPI- EXPORTAO (**) 190.927.047,97 2,14 2,16 11,10 206.001.570,20 2,63 2,70 10,11

    COTA PARTE DA CIDE 68.699.974,14 0,77 0,78 3,99 67.338.039,40 0,86 0,88 3,30

    COTA-PARTE SAL. EDUCAO 70.384.833,69 0,79 0,80 4,09 78.638.079,07 1,00 1,03 3,86

    TRANSF.DA COMPENSAO FINANCEIRA 11.318.309,06 0,13 0,13 0,66 9.818.547,56 0,13 0,13 0,48

    SUSTRANSF.REC.SIST.NICO DE SADE 190.073.410,25 2,13 2,16 11,05 270.881.722,55 3,45 3,55 13,29

    TRANSF DE RECURSOS DO FNAS 0,00 0,00 0,00 0,00 9.800,00 0,00 0,00 0,00

    CONVNIOS E AUXLIOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    OUTRAS TRANSF. DA UNIO (**) 147.250.828,26 1,65 1,67 8,56 154.707.307,64 1,97 2,03 7,59

    DOS MUNICPIOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

    MULTIGOVERNAMENTAIS 607.971.825,65 6,80 6,89 35,35 629.636.577,84 8,03 8,26 30,89

    TRANSF DE INSTITUIES PRIVADAS 14.079.550,82 0,16 0,16 0,82 115.905.392,38 1,48 1,52 5,69

    DE CONVNIOS 93.165.526,95 1,04 1,06 5,42 126.191.101,88 1,61 1,65 6,19

    TOTAL 1.719.753.204,60 19,23 19,50 100,00 2.038.