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Governança Corporativa Prof. Mestre Demóstenes Farias 1 Fortaleza, Outubro/Novembro de 2011 Unidade II Resgate de conceitos fundamentais Caso Barings Bank Código de Boas Práticas do IBGC

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Governança Corporativa

Prof. Mestre Demóstenes Farias1 Fortaleza, Outubro/Novembro de 2011

Unidade II

Resgate de conceitos fundamentaisCaso Barings Bank

Código de Boas Práticas do IBGC

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Lembre :

A leitura dessa apresentação não dispensa

a presença às aulas, a participação ativa nas

atividadese a leitura dos livros

[consulte as referências]

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O Barings Bank era um dos bancos mais antigo do mundo (1762-1995) e terminou sendo vendido pelo preço simbólico de 1 libra esterlina. Leeson aplicava o dinheiro do banco e de seus acionistas na bolsa de forma extremamente arriscada, além de mascarar os prejuízos das aplicações nas conta da famosa conta 88.888 e utilizar o cliente “oculto” SKL, de negligenciar o envio de relatórios financeiros à gerência do Banco em Londres. A falsificação de documentos (fax) para responder as exigências da Auditoria Independente foi definitiva para a sua prisão.

Foi visível, por parte da Direção do banco e do Conselho de Administração, a falta de controle, de definição de limites e de alçadas. Não se verificou controles eficazes sobre a atuação de Leeson, que aparentemente agiu livremente, sem limites de valor, chegando ao ponto de levar o banco à falência. Por sua vez, os órgãos internos – Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Auditoria Interna falharam na monitoração e nos controles, pois deviam agir nas formas preventiva e corretiva, identificando e denunciando os erros e a fraude.

Caso Barings Bank

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O caso do Barings Bank (Cingapura/Londres), relatado no filme “A Fraude” conta a história do operador financeiro Nicholas “Nick” Leeson, cuja atuação se assemelhou mais à de especulador. Aos 28 anos, havia provocado a perda de 850 milhões de libras do banco na bolsa de Cingapura, o que levou a instituição à falência em 1995.

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C.E.O. =executivo principal, Presidente da empresa

accountability =prestação de contas, assumindo consequências por atos e omissões;

compliance= alinhamento às leis do país, normas e regulamentos e de organismos reguladores;Conflito de agência= ocorre quando os

proprietários/acionistas delegam poderes aos executivos gerando dúvida sobre a sintonia das ações desses em relação aos interesses dos primeiros, o que vem a ser

harmonizado pela atuação do Conselho Administrativo;Conflito de interesses= ocorre quando alguém delibera

sobre matéria sobre a qual não é independente ou está motivado por interesses diferentes daqueles da

organização.GC=Governança Corporativa

Governança Corporativa

Algumas expressões e siglas que devem estar sob nosso domínio

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Princípios Fundamentais

ooooooooooooooo

Princípios Fundamentais / Governança Corporativa

- Aumentar o valor da sociedade

- Aumentar o acesso ao capital

- Perenidade (continuidade)

Transparência Eqüidade

POSTURA

Prestação decontas

ResponsabilidadeCorporativa

VALOR SUSTENTÁVEL

GERENCIAMENTO DE RISCOS

Informação rápida e

honesta

Demonstração de

Resultados

Sustentabilidade;

Perenidade; Meio-

ambiente; ações

culturais e

educativas

Tratamento justo e

igualitário aos

acionistas

minoritários

Ética; Honestidade;

Clareza

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Relacionamentos entres os órgãos da GC

ACIONISTAS

CEO Diretoria Executiva

Conselho de Administraç

ão

Partes Interessadas

Auditoria Independente

Conselho Fiscal

Age em sintonia com CVM; Opina sobre

demonstrações; emite parecer

Escolhe ou destitui e supervisiona o CEO;

Define diretrizes estratégicas

Planeja, organiza, estrutura e divide o

trabalho

Investe; elege o Cons. de Administração

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stakeholders

Examina livros e demonstrações

contábeis; Fiscaliza atos administrativos; Denuncia erros e

fraudes;

É EXTERNA À EMPRESA

$

Auditoria Interna

Fornecedores, Clientes, Empregados, Governos, Credores, Comunidades,

Ambientalistas, Sindicatos

?

Monitora e recomenda, proativamente normas procedimentos e controles internos

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A empresa que opta pelas boas práticas de Governança Corporativa adota como linhas mestras a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade

corporativa.

Para tanto, o conselho de administração deve exercer seu papel, estabelecendo estratégias para a empresa, elegendo e destituindo o principal executivo, fiscalizando e avaliando o

desempenho da gestão e escolhendo a auditoria independente. 

Benefícios da Governança Corporativa

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Melhores Práticas de Governança Corporativa

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Código de Melhores Práticas de GC

Documento contendo recomendações do IBGC, visando a contribuir para criação de sistemas de governança

corporativa, e a estruturação de ambientes organizacionais sólidos, justos, responsáveis e

transparentes.

Código de Melhores Práticas de GC

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Propriedade

Cada sócio e um proprietário da organização, na proporção de sua participação no capital social.

O direito de voto deve ser assegurado a todos os sócios. Assim, cada ação ou quota deve assegurar o direito a um voto. Este principio deve valer para todos os tipos de organização. A vinculação proporcional entre direito de voto e participação no capital favorece o alinhamento de interesses entre todos os sócios.

Devem ser evitadas exceções à regra “uma ação = um voto”. Caso ocorram, é fundamental que haja uma justificativa forte o suficiente para compensar o desalinhamento de interesses gerado. Deve ser dada transparência sobre as razões dessa decisão, para que os sócios avaliem suas vantagens e desvantagens.

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PropriedadeOrganizações com controle definido devem divulgar, com clareza, como o poder político é exercido por seus controladores, ou seja, é preciso informar se esse controle se da diretamente, através da maioria das ações, ou por meio de mecanismos de ampliação de controle.

Cabe à totalidade dos sócios avaliar se um eventual desalinhamento de interesses prejudica o desempenho da organização e seu acesso a capital.

Os acordos entre sócios que tratem de compra e venda de suas participações, preferência para adquiri-las, exercício do direito a voto ou do poder de controle devem estar disponíveis e acessíveis a todos os demais sócios. Nas companhias abertas, deverão ser públicos e divulgados no website da organização e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

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Propriedade

Cada sócio é um proprietário da organização, na proporção de sua participação no capital social.

O direito de voto deve ser assegurado a todos os sócios. Assim, cada ação ou quota deve assegurar o direito a um voto. Este principio deve valer para todos os tipos de organização. A vinculação proporcional entre direito de voto e participação no capital favorece o alinhamento de interesses entre todos os sócios.

Devem ser evitadas exceções à regra “uma ação = um voto”. Caso ocorram, é fundamental que haja uma justificativa forte o suficiente para compensar o desalinhamento de interesses gerado. Deve ser dada transparência sobre as razoes dessa decisão, para que os sócios avaliem suas vantagens e desvantagens.

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Propriedade

Organizações com controle definido devem divulgar, com clareza, como o poder político é exercido por seus controladores, ou seja, é preciso informar se esse controle se da diretamente, através da maioria das ações, ou por meio de mecanismos de ampliação de controle.

Cabe à totalidade dos sócios avaliar se um eventual desalinhamento deinteresses prejudica o desempenho da organização e seu acesso a capital.

Os acordos entre sócios que tratem de compra e venda de suas participações, preferência para adquiri-las, exercício do direito a voto ou do poder de controle devem estar disponíveis e acessíveis a todos os demais sócios. Nas companhias abertas, deverão ser públicos e divulgados no website da organização e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

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PropriedadeAssembléia Geral

A Assembléia Geral/reunião de sócios e o órgão soberano da organização. Todas as referências feitas neste código a “Assembléia Geral” são extensivas a “reunião dos sócios”.

Entre as principais competências da Assembléia Geral destacam-se:

Aumentar ou reduzir o capital social e reformar o Estatuto/Contrato Social;Eleger ou destituir, a qualquer tempo, conselheiros tanto de administraçãocomo fiscais;Tomar, anualmente, as contas dos administradores e deliberar sobre asdemonstrações financeiras;Deliberar sobre transformação, fusão, incorporação, cisão, dissolução e liquidaçãoda sociedade;Deliberar sobre a avaliação de bens que venham a integralizar o capital social; eAprovar a remuneração dos administradores (vide 2.24 e 3.9).

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PropriedadeAssembléia Geral

A convocação da Assembléia Geral, considerando o local, data e hora, deve ser feita de forma a favorecer a presença do maior numero de sócios possível e a oferecer tempo para que se preparem adequadamente para a deliberação. De preferência, a convocação deve ocorrer com, no mínimo, 30 dias de antecedência.

Quanto maior a complexidade dos assuntos a serem tratados e a dispersão dos sócios, mais extenso deve ser o prazo.

E boa pratica a utilização de instrumentos que facilitem o acesso dos sócios a assembléia tais como webcast, transmissão on-line, votação eletrônica e voto por procuração, entre outros (vide 1.4.6, 1.4.6.1 e 1.4.6.2).

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Conselho de Administração

O Conselho de Administração, é o principal componente do sistema de governança. É o órgão colegiado encarregado do processo de decisão de uma organização em relação ao seu direcionamento estratégico.

Seu papel é ser o elo entre a propriedade e a gestão para orientar e supervisionar a relação desta última com as demais partes interessadas. O Conselho recebe poderes dos sócios e presta contas a eles.

O Conselho de Administração é o guardião do objeto social e do sistema de governança. É ele que decide os rumos do negócio, conforme o melhor interesse da organização.

O Conselho de Administração deve sempre decidir em favor do melhor interesse da organização como um todo, independentemente das partes que indicaram ou elegeram seus membros.

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Conselho de AdministraçãoA missão do Conselho de Administração é proteger e valorizar a organização, otimizar o retorno do investimento no longo prazo e buscar o equilíbrio entre os anseios das partes interessadas (shareholders e demais stakeholders), de modo que cada uma receba benefício apropriado e proporcional ao vínculo que possui com a organização e ao risco a que está exposta.

O Conselho de Administração deve zelar pelos valores e propósitos da organização e traçar suas diretrizes estratégicas. Para que o interesse da organização sempre prevaleça, o Conselho deve prevenir e administrar situações de conflitos de interesses e administrar divergências de opiniões.

O Conselho deve prestar contas aos sócios, incluindo um parecer sobre o relatório da Administração e as demonstrações financeiras, além de propor, para deliberação da assembléia, a remuneração anual dos administradores, sempre vinculada a um processo de avaliação dos órgãos e de seus integrantes.

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Conselho de Administração

A composição do Conselho depende de uma variedade de fatores que descreve a organização e o ambiente em que ela atua. Dentre eles, podem-se destacar os objetivos, estagio/grau de maturidade da organização e as expectativas em relação a atuação do Conselho.

O prazo do mandato do conselheiro não deve ser superior a 2 (dois) anos. A reeleição e desejável para construir um Conselho experiente e produtivo, mas não deve ocorrer de forma automática. Todos os conselheiros devem ser eleitos na mesma Assembléia Geral.

O presidente do Conselho de Administração poderá participar como conselheiro de, no máximo, dois outros conselhos;

Conselheiros externos e/ou independentes que não tenham outra atividade poderão participar de, no máximo, cinco conselhos;

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Conselho de Administração

Dentre as responsabilidades do Conselho de Administração destacam-se:

Discussão, aprovação e monitoramento de decisões, envolvendo:Estratégia;Estrutura de capital;Apetite e tolerância a risco (perfil de risco);Fusões e aquisições;Contratação, dispensa, avaliação (vide 3.8) e remuneração (vide 3.9) do diretor-presidente e dos demais executivos, a partir da proposta apresentada pelo diretor-presidente;Escolha e avaliação da auditoria independente;Processo sucessório dos conselheiros e executivos (vide 2.20);Praticas de Governança Corporativa;Relacionamento com partes interessadas;Sistema de controles internos (incluindo políticas e limites de alçada);Política de gestão de pessoas;Código de Conduta (vide 6.1)

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Comitês do Conselho de Administração

Comitês são órgãos complementares ao Conselho de Administração.

Sua existência não implica na delegação de responsabilidades que competem ao Conselho de Administração como um todo.

Várias atividades do Conselho de Administração, que demandam muito tempo – nem sempre disponível nas reuniões – podem ser exercidas com mais profundidade por comitês específicos.

O Conselho deve estabelecer o escopo das atividades dos comitês e aprovar os respectivos programas de trabalho e relatórios. O Conselho deve reunir-se regularmente com os comitês.3

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Comitês do Conselho de Administração

A existência e o escopo de cada comitê devem ser reavaliados periodicamente, de forma a assegurar que esses tenham um papel efetivo.

Os comitês do Conselho devem ser, preferivelmente, formados apenas por conselheiros.Quando isto não for possível, deve-se buscar compô-los de forma que sejam coordenados por um conselheiro, de preferência independente, e que a maioria de seus membros seja composta por conselheiros.

Caso não haja, entre os conselheiros, algum especialista no tema a ser estudado, podem ser convidados especialistas externos. Os comitês de Auditoria (vide 2.30) e Recursos Humanos (vide 2.31), dada a grande possibilidade de conflitos de interesses, devem ser, de preferência, formados exclusivamente por membros independentes do Conselho, sem a presença de conselheiros internos (com funções executivas na organização).

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Comitês do Conselho de Administração

Comitê de AuditoriaComitê de Recursos HumanosOuvidoriaAuditoria Interna

A quantidade de comitês deve observar o porte da organização. Um numero excessivo desses grupos pode reproduzir indevidamente a estrutura interna da empresa no Conselho e gerar interferência inoportuna na gestão.

Dentre os comitês que podem ser formados estão: de Auditoria (vide 2.30), Recursos Humanos/ Remuneração (vide 2.31), Governança, Finanças, Sustentabilidade, entre outros. Neste estudo, destacaremos os seguintes:

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Comitês do Conselho de Administração Comitê de Auditoria

Recomenda-se a instituição do Comitê de Auditoria para analisar as demonstrações financeiras, promover a supervisão e a responsabilização da área Financeira, garantir que a Diretoria desenvolva controles internos confiáveis (que o comitê deve entender e monitorar adequadamente), que a Auditoria Interna desempenhe a contento o seu papel e que os auditores independentes avaliem, por meio de sua própria revisão, as práticas da Diretoria e da Auditoria Interna.

O comitê deve ainda zelar pelo cumprimento do Código de Conduta da organização (vide 6.1), quando não houver Comitê de Conduta (ou de tica) designado pelo Conselho de Administração para essa finalidade.No caso do Comitê de Auditoria, pelo menos um integrante devera ter experiência comprovada na área Contábil ou de Auditoria.

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Comitês do Conselho de Administração Comitê de Auditoria

O Conselho de Administração e o Comitê de Auditoria devem, permanentemente, monitorar as avaliações e recomendações dos auditores independentes e internos sobre o ambiente de controles e os riscos. Cabe também a ambos garantir que os diretores prestem contas das ações tomadas em relação a essas recomendações.

O Comitê de Auditoria deve reunir-se regularmente com o Conselho de Administraçãao, o Conselho Fiscal (quando instalado), o diretor-presidente e os demais diretores.

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Comitês do Conselho de Administração Comitê de Auditoria

O Comitê de Auditoria deve tratar com os auditores independentes questões como a clareza das divulgações financeiras e o grau de agressividade ou conservadorismo dos princípios e critérios contábeis e premissas adotadas. Dentre outras questões devem ser discutidas:

• principais riscos; • estimativas e julgamentos relevantes utilizados na elaboracao das demonstrações financeiras; • métodos de avaliação de risco e resultados dessas avaliações; • efeitos de fatores externos (econômicos, normativos, setoriais, sociais e ambientais) nos relatórios financeiros e no processo de auditoria; e outros assuntos afins.

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Comitês do Conselho de Administração Comitê de Auditoria

O Comitê de Auditoria deve assegurar-se da qualidade das informações oriundas de controladas e coligadas ou de terceiros (como peritos), devido ao reflexo dessas informações nas demonstrações financeiras da organização

(vide experiências de empresas que sofreram fraudes com coligadas ou falsas coligadas, a exemplo da Enron e do Barings Bank).

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Comitês do Conselho de Administração Auditoria Interna

A Auditoria Interna tem a responsabilidade de monitorar e avaliar a adequação do ambiente de controles internos e das normas e procedimentos estabelecidos pela gestão. Cabe a esses auditores atuar proativamente na recomendação do aperfeiçoamento dos controles, das normas e dos procedimentos, em consonância com as melhores praticas de mercado.

Em caso de terceirização dessa atividade, os serviços de auditoria interna não devem ser exercidos pela mesma empresa que presta serviços de auditoria independente. Porém, os auditores internos podem colaborar, na extensão julgada necessária, com os auditores externos.

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Comitês do Conselho de Administração Auditoria Interna

A gestão da organização e, particularmente, o diretor-presidente são diretamente beneficiados pela melhoria do ambiente de controles decorrente de uma atuação ativa da Auditoria Interna.

Este órgão não deve apenas apontar irregularidades, mas perseguir a melhoria de processos e praticas a partir do aperfeiçoamento do ambiente de controles. Seu trabalho deve estar perfeitamente alinhado com a estratégia da organização.

Relacionamento com outros órgãos: a Auditoria Interna deve reportar-se ao Comitê de Auditoria ou, na falta deste, ao Conselho de Administração. Nas empresas em que não houver Conselho de Administração, a Auditoria Interna deve reportar-se aos sócios, de forma a garantir independência em relação a gestão.

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BLOG: www.demostenesfarias.wordpress.comBRANDÃO, Carlos Eduardo Lessa. Conceitos de Governança Corporativa, artigo. IBGC.

IBGC, Código das Melhores Práticas de Governança CorporativaROSSETTI, Pascoal, Governança Corporativa SILVEIRA, Alexandre de Miceli da. Governança Corporativa no Brasil e no mundo (2010).

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Referências

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Capital verdeNº EDIÇÃO: 723 | 11.AGO.11 - 21:00

A política de sustentabilidade adotada pelas sucessivas administrações de Vitória-Gasteiz, no País Basco, na Espanha, acaba de render reconhecimento internacional.POR ROSENILDO GOMES FERREIRAA POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE ADOTADA PELAS SUCESSIVAS ADMINISTRAÇÕES DE VITÓRIA-GASTEIZ, NO PAÍS BASCO, NA ESPANHA, ACABA DE RENDER RECONHECIMENTO INTERNACIONAL. A CIDADE FOI NOMEADA A CAPITAL VERDE EUROPEIA PARA 2012. ESSA INICIATIVA DA UNIÃO EUROPEIA SERVIU DE INSPIRA ÇÃO PARA UM GRUPO DE ONGS PAULISTANAS QUE PRETENDEM LANÇAR, NA SEXTA-FEIRA 19, O PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS. O OBJETIVO É DISSEMINAR BOAS PRÁTICAS NESSA ÁREA, QUE POSSIBILITEM AOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS EVOLUIR NO ASPECTO SOCIOECONÔMICO SEM AGREDIR O MEIO AMBIENTE.

Algumas fontes complementares

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Dicas de aproveitamento das aulas

Comparecer a todas as aulasSer pontual

Ficar até o final da aula

Acessar o material de estudo no blog ou na xeroxFazer anotações em aula

Tirar dúvidas em sala

Cumprir as atividades de salaEvitar conversas paralelas

Não ligar o celular e nem o notebook

Na sexta-feira a aula é normal !

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