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1 GOVERNO DE RORAIMA Organização da Cartilha Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento – SEPLAN Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA Secretaria de Comunicação - SECOM Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – FEMARH Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação - IACTI Agência de Defesa Agropecuária de Roraima - ADERR SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E 'DESENVOLVIMENTO/SEPLAN Rua Coronel Pinto, nº 267 - Centro. DDD (095) 2121 – 2560/ 2121 – 2540 Fax (095) 3623 – 1909 CEP.: 69.301-150 - Boa Vista - Roraima – Brasil www.seplan.rr.gov.br José de Anchieta Junior Governador do Estado de Roraima CARTILHA SINTESE DA PROPOSTA DO ZEE/RR PARA CONSULTA PÚBLICA (2ª ATUALIZAÇÃO) COMITÊ GESTOR DE GEOTECNOLOGIA, CARTOGRAFIA, PLANEJAMENTO E ORDENAMENTO TERRITORIAL Haroldo Eurico Amoras dos Santos

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GOVERNO DE RORAIMA

Organização da Cartilha Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento – SEPLAN

Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA Secretaria de Comunicação - SECOM

Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – FEMARH Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação - IACTI

Agência de Defesa Agropecuária de Roraima - ADERR

SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO E 'DESENVOLVIMENTO/SEPLAN

Rua Coronel Pinto, nº 267 - Centro. DDD (095) 2121 – 2560/ 2121 – 2540

Fax (095) 3623 – 1909 CEP.: 69.301-150 - Boa Vista - Roraima – Brasil

www.seplan.rr.gov.br

José de Anchieta Junior Governador do Estado de Roraima

CARTILHA SINTESE DA PROPOSTA DO ZEE/RR PARA

CONSULTA PÚBLICA (2ª ATUALIZAÇÃO)

COMITÊ GESTOR DE GEOTECNOLOGIA, CARTOGRAFIA, PLANEJAMENTO E ORDENAMENTO TERRITORIAL

Haroldo Eurico Amoras dos Santos

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Secretário de Estado do Planejamento e Desenvolvimento – SEPLAN Tyrone Moron Pereira Procurador Geral do Estado Herbson Jairo Ribeiro Bantim Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SEAPA Carlos Wagner Briglia Rocha Secretário de Estado da Infraestrutura - SEINF Daniel Gianluppi Presidente do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação - IACTI Rodolfo Pereira Presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - FEMARH Antônio Leocádio Vasconcelos Filho Presidente do Instituto de Terras do Estado de Roraima - ITERAIMA

GRUPO EXECUTIVO GRUPO DE TRABALHO PERMANENTE PARA A EXECUÇÃO

E DETALHAMENTO DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO

Daniel Gianllupi Engenheiro Agrônomo José Antônio de Vasconcelos Barroso Engenheiro Cartógrafo Ernani Barden Engenheiro Agrônomo Paulo Henrique de Medeiros Engenheiro Agrônomo Maria Gardene Pimentel Trajano Técnica em Impactos Ambientais Nilza Yuiko Nakahara Geóloga Luciana Moraes Oliveira Geógrafa Cláudia Regina Mendes De Almeida

Economista

DIRETORIA DE PESQUISA E GESTÃO TERRITORIAL - IACTI

Alfredo Américo Gadelha Diretor de Pesquisa e Gestão Territorial Administrador Thiago Morato de Carvalho Chefe da Divisão de Estatística e Geotecnologias Geógrafo

INSTITUIÇÕES PARCEIRAS DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO

Universidade Federal de Roraima - UFRR Luiza Câmara Bezerra Neta/IGEO Stélio Soares Taváres Júnior/IGEO Thiago Morato de Carvalho/IGEO Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA Celso Morato de Carvalho Sebastião Pereira Nascimento Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Hélio Tonini Marcelo Arcoverde MMA – Consórcio ZEEBrasil Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável Coordenação Nacional do Programa Zoneamento Ecológico-Econômico Instituto Chico Mendes para Biodiversidade - ICMbio

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Bruno Campos Souza José Ponciano Dias Filho Rainor Abensour de Souza Secretaria de Patrimônio da União - SPU Jorge Macedo Eurico Almeida Universidade Estadual de Roraima - UERR Tiago Condé Patrícia Castro Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - FEMARH Igor Mota Garcia Rosiray Charles de Almeida Rodrigues Maria Gardene Pimentel Trajano Equipe de Organização da Cartilha e Consultas Públicas do ZEE Alessandra Gonçalves Corleta Alex Pizano André d´Arce Cerri Eliander Pimentel Trajano Richard Marcelo Silva Costa Rosiray Charles de Almeida Rodrigues Rubem Leite da Silva Tércio Neto Thiago Morato de Carvalho

Zoneamento Ecológico Econômico Do Estado de Roraima – ZEE/RR

INTRODUÇÃO

O Governo do Estado tem a satisfação de apresentar à apreciação da sociedade roraimense, proposta de Zoneamento Ecológico Econômico do Estado de Roraima - ZEE/RR, instrumento norteador, fundamental para o planejamento e ordenamento do território estadual.

Essa proposta contém uma síntese das características socioambientais: clima, vegetação, relevo, solos, hidrografia e vocações socioeconômicas de Roraima. Agrupa os recursos naturais em categorias de uso ou zonas ecológico-econômicas, estabelece diretrizes gerais e específicas de uso, cria programas de implementação e governança do ZEE/RR, além de aprofundar e estabelecer proposta da gestão do território estadual, cujos estudos detalhados se encontram disponíveis no Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação – IACTI.

A Cartilha tem a função de levar à sociedade civil a proposta sintetizada do ZEE para o Estado de Roraima, para sua manifestação e pactuação. Além de divulgar o cronograma das consultas públicas.

OBJETIVOS DO ZEE/RR

O Zoneamento Ecológico Econômico constitui o

instrumento norteador do planejamento geral do processo de uso e ocupação do território estadual, considerando áreas de produção, preservação e conservação, urbanização, áreas indígenas, áreas militares e áreas para projetos especiais.

O ZEE/RR é de fundamental importância para a regularização e licenciamento ambiental, definição das áreas de reserva legal e realização do manejo e concessão florestal. E por ser um instrumento de planejamento, possibilita o desenvolvimento de políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento sustentável do Estado.

Os principais objetivos específicos que se pretende alcançar são: permitir o planejamento geral do processo de

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ocupação e uso do território estadual; possibilitar a regularização e o licenciamento ambiental; viabilizar a concessão de financiamento agrícola e oportunizar a cobertura de seguro agrícola.

MARCO LEGAL DO ZEE/RR

O ZEE/RR se encontra institucionalizado no âmbito estadual pelas Leis Complementares nº 143/2009 e nº 144/2009, que instituíram o Sistema de Planejamento e Ordenamento Territorial do Estado de Roraima.

A institucionalização e instrumentalização do ZEE/RR vem ocorrendo gradualmente. Para tanto, foram criados a FEMARH/RR, o IACTI/RR, e o Centro de Geotecnologia, Cartografia e Planejamento Territorial, vinculados à SEPLAN/RR; foram instituídos o Programa Roraimense de Regularização Ambiental das Propriedades e Posses Rurais (RR Sustentável), o Programa de Gestão Integrada e Promoção do Desenvolvimento Sustentável, que abrange as ações de desenvolvimento florestal e gestão de florestas públicas e concessões florestais; e foi sancionada a Lei nº 738/2009 que dispõe sobre a política fundiária rural do Estado de Roraima.

Ademais, criou-se o Comitê Gestor de Geotecnologia, Cartografia, Planejamento e Ordenamento Territorial por meio do Decreto nº 6.817-E, de 20/12/2005 e o Grupo de Trabalho Permanente para o Detalhamento do ZEE/RR, instituído pelo Decreto n° 11.673-E, de 04/08/2010.

O Brasil é uma federação e, por isso, a institucionalização estadual do ZEE-RR e sua instrumentalização devem estar em consonância com a legislação federal, cujos instrumentos normativos centrais são os seguintes:

Legislação Federal:

Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981; Dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação; e dá outras providências. Decreto no 99.540, de 21 de setembro de 1990; Institui a comissão coordenadora do zoneamento ecológico-econômico do território nacional; e dá outras providências. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997; Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; e dá outra providências. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000; Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC); e dá outras providências. Decreto s/n de 28/12/2001 – Institui CCZEE e Consórcio ZEE Brasil. Decreto nº 4.297, de 10 de julho de 2002; Regulamenta o art. 9o, inciso II, da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, estabelecendo critérios para o zoneamento ecológico-econômico do Brasil –ZEE; e dá outras providências. Decreto nº 4.340, de 22 de agosto de 2002; Regulamenta artigos da Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000;e dá outras providências. Lei nº 11.284, de 2 de março de 2006; Dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável; e dá outras providências. Decreto nº 6.288, de 06 de dezembro de 2007; Altera o Decreto nº 4.297. Decreto nº 6.754, de 28 de janeiro de 2009; Regulamenta a Lei nº 10.304, de 5 de novembro de 2001 que dispõe sobre a transferência ao domínio do Estado de Roraima de terras pertencentes à União; e dá outras providências.

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Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011; Fixa normas para a cooperação entre os entes federativos nas ações administrativas decorrentes da gestão ambiental e dá outra providência. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (novo Código Florestal); Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa e dá outras providências. Lei nº 12.727, de 17 de outubro de 2012; Altera a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (novo Código Florestal) e dá outras providências. Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) Os principais estudos que embasaram a proposta do ZEE/RR foram os seguintes: Estudos: Projeto RADAMBRASIL. DNPM 1975. PROVAM – Programa de Estudos dos Vales Amazônicos Vale do Rio Branco - SUDAM/OEA -1991. Zoneamento Ecológico Econômico do Vale do Rio Cotingo SAE/GER 1994. Plano de Desenvolvimento Ambientalmente Sustentável da Área de Influencia da BR 174 Consórcio Ecologus/AGRAR/ Chemonics Internacional 2000. Projeto Conjunto Brasil-Venezuela para o ZEE e Ordenamento Territorial da Região Fronteiriça entre Pacaraima e Santa Elena de Uairén CVG/CPRM/OEA 1997. Diretrizes metodológicas para o Zoneamento Econômico Ecológico do Brasil. PZEE/SDS/MMA, 2006. Zoneamento Econômico Ecológico da Parte Central do Estado de Roraima. CPRM, 2002.

Zoneamento Econômico Ecológico da Amazônia Legal. Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável, SDS/ MMA, 2007. Plano Estruturante do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Estado de Roraima. Volume II, Simões Engenharia, FEMACT, 2007. Plano Plurianual do Estado de Roraima. Macro ZEE da Amazônia Legal: Estratégias de transição para sustentabilidade, 2007; Programa Zoneamento Ecológico-Econômico: Diretrizes Morfológicas para o Zoneamento Ecológico Econômico do Brasil. Consórcio ZEE Brasil. 3° Edição revisada. 2006.

Este marco legal foi substancialmente alterado pela aprovação do novo Código Florestal Brasileiro (Lei Federal nº 12.651 de 25/05/12). Referido Código traz a possibilidade de se fazer a redução do percentual da reserva legal no imóvel situado em área de florestas, de 80% para 50% (art. 12, §4º e §5º), desde que o Estado tenha ZEE aprovado e mais de 65% do seu território seja ocupado por unidades de conservação de natureza de domínio público, devidamente regularizadas, e por terras indígenas homologadas, ouvido o Conselho Estadual de Meio Ambiente. O Governo Estadual também está levando em consideração o Decreto Federal nº 6.754 de 28/01/09 que regulamenta a transferência ao domínio do Estado de Roraima de terras pertencentes à União. O mesmo prevê a exclusão das áreas: a) relacionadas nos incisos II a IX do art. 20 da constituição; b) destinadas ou em processo de destinação, pela União, a projetos de assentamento; c) de unidades de conservação já instituídas pela União; d) das seguintes unidades de conservação em processo de instituição: Reserva Extrativista Baixo Rio Branco/Jauaperi, Floresta Nacional Jauaperi, Unidade de Conservação Lavrados, ampliação do Parque Nacional Viruá,

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METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DO ZEE/RR

e da Estação Ecológica Maracá e as destinadas a redefinição dos limites da Reserva Florestal Parima e da Floresta Nacional Pirandirá; e) afetadas, de modo expresso ou tácito, a uso público comum ou especial; f) destinadas a uso especial do Ministério da Defesa; e g) objeto de títulos expedidos pela União que não tenham sido extintos por descumprimento de cláusula resolutória. Ainda há de se atender a Emenda Constitucional Estadual nº 033 de 20/08/2013, que condiciona à aprovação da Assembléia Legislativa a criação e ampliação de qualquer área de reserva ambiental ou de preservação de qualquer natureza do Estado ou da União.

A metodologia de elaboração do ZEE/RR seguiu as

diretrizes estabelecidas em estudos anteriores, em conformidade com a Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional (CCZEE). Efetuou-se um completo levantamento de dados já existentes, além de um aprofundado trabalho de campo, que resultaram num diagnóstico fidedigno dos recursos naturais e da socioeconomia do Estado.

A partir desses estudos básicos foram determinadas as limitações e potencialidades de uso como vulnerabilidade, aptidão agrícola e potencial social, produtos fundamentais para a elaboração do mapa de gestão de Roraima. Todas as informações coletadas em atividades de campo e atividades de mapeamento, foram organizadas num Sistema de Informações Geográfica (SIG), que permitiu criar um banco de dados geográfico, o qual permite cruzar informações do meio ambiental e social e sua posição geográfica.

Os produtos gerados foram concretizados em relatórios e mapas temáticos, tais como: Geologia; Geomorfologia; Pedologia; Climatologia; Hidrografia; Biodiversidade; Riquezas minerais; Cobertura e Uso da Terra; Vulnerabilidade; Socioeconômico e estudos complementares.

Algumas das atividades executadas para a realização dos estudos do ZEE foram:

i) 242 horas de vôos com filmagem e fotografias, cobrindo o Estado de Roraima - etapa importante para validação dos mapas e reconhecimento de campo;

ii) 522 perfis de solos, em pelo menos três horizontes - importante para caracterização dos tipos de solos no Estado;

iii) 418 amostras de espécies vegetais - importante para caracterização da vegetação de Roraima;

iv) Dados da fauna de Roraima, obtidos de pesquisas de campo anteriores, em instituições parceiras como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - Importante para a caracterização da fauna de Roraima;

v) Aprimoramento da caracterização socioeconômica do Estado de Roraima - o levantamento socioeconômico de Roraima é importante para uma análise detalhada da situação econômica, social e da infraestrutura de Roraima, permitindo um melhor gerenciamento para adequação (readequação) de bens e serviços prestados à sociedade. Foram organizados e atualizados todos os dados secundários obtidos através de instituições Estaduais e Federais, como SEPLAN/RR e IBGE.

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RESULTADOS OBTIDOS DO ZEE/RR

MAPAS TEMÁTICOS

Figura I - Mapa de Vulnerabilidade Fonte: Grupo de Trabalho permanente do ZEE/RR.

Figura II - Mapa de Aptidão Agrícola Fonte: Grupo de Trabalho permanente do ZEE/RR.

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POTENCIALIDADES IDENTIFICADAS

As potencialidades identificadas no diagnóstico físico e

socioeconômico do Estado podem ser agrupadas em dois segmentos:

I - Aquelas relacionadas à localização estratégica e as

características climáticas bastante peculiares. Essas características fazem de Roraima um estado singular nos seguintes aspectos:

• Alta produtividade aliada a precocidade das culturas e criações, sendo que as culturas de grãos chegam a reduzir 30 dias de seu ciclo produtivo, podendo-se obter até 3 safras anuais, com o uso de irrigação, projetando o Estado para as maiores produtividade por ha/ano do planeta;

• Facilidade de escalonamento de safras otimizando os investimentos em máquinas, equipamentos e estrutura de armazenagem;

• Alta qualidade dos produtos obtidos: arroz "agulhinha" com alto rendimento de engenho e excelente qualidade de grãos; oleaginosas com teor de óleo e proteína quando somados que chegam a superar em 5% os obtidos no Sudeste e Centro Oeste do Brasil; frutas com alto teor de açúcar, espécies florestais com alto índice de acúmulo de madeira etc.

• Por serem produzidos no período da entressafra brasileira e terem alta qualidade, alcançam sempre os melhores preços de mercado, mesmo no período de colheita;

• Por ter uma localização geográfica privilegiada pode alcançar qualquer mercado nacional e internacional, por meio de transportes terrestre, fluvial/marítimo, aéreo ou combinações

destes. O Estado está bem situado quanto aos mercados da região norte do Brasil: Manaus, Belém, Porto Velho, Caribe, destacando a Venezuela e Guiana, onde se vislumbra um mercado de aproximadamente 30 milhões de consumidores; e,

• Clima, com temperaturas ótimas para o crescimento das plantas e abundância de água para irrigação, estabelecem um diferencial importante para o Estado.

II - Aquelas relacionadas ao meio físico e a socioeconomia: • 2.873.000 ha com aptidão para uso alternativo do solo; • 2.988.000 ha de áreas de reserva legal (ARL) para

manejo florestal madeireiro e não madeireiro; • 3.500.000 ha em áreas de UC´s de uso sustentável tanto

Federais ( FLONAS: Anauá, Roraima, Parima e RESEX BRB) como Estaduais ( APA´s BRB e Xeruini; FLOTAS Jauaperi, Amajari e Apoteri) para manejo sustentável;

• Recursos minerais abundantes e de elevado valor comercial;

• Uma fauna aquática riquíssima, com elevado potencial para manejo e ecoturismo;

• Mais de dez instituições de ensino e/ou pesquisa com mais de 25 mil alunos matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação;

• Quinze municípios já consolidados, todos com ligação asfáltica a capital do estado, energia elétrica e acesso a comunicação multimídia;

• Disponibilidade de bom estoque de tecnologia para o desenvolvimento sustentável da floresta e dos sistemas produtivos do agronegócio, da agricultura familiar e extrativismo;

• Infraestrutura de saúde e educação.

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CATEGORIAS DE USO

Após exaustivo diagnóstico do meio físico e sócio econômico, da identificação das potencialidades e limitações de usos do espaço territorial do Estado e consideradas as normas gerais estabelecidas pela Lei nº. 12.651/12 com as alterações dadas pela Lei nº 12.727/12 juntamente com as estratégias estabelecidas no MacroZEE da Amazônia Legal para o uso sustentável da região, estabeleceram-se quatro categorias de uso (zonas ecológico-econômicas), caracterizadas e ilustradas a seguir. As zonas são porções territoriais, com determinadas características ambientais, sociais e econômicas, cujos atores envolvidos propõem uma destinação específica.

Categoria de uso 1: Uso consolidado/a consolidar

Nesta categoria ou zona ecológico-econômica estão incluídas todas as áreas consolidadas ou em processo de consolidação das atividades produtivas (agricultura, pecuária, floresta, silvicultura, extrativismo, etc) e estruturais (estradas, energia, comunicação, educação, saúde, tecnologia, crédito, incentivos, armazenamento, transformação e agregação de valor além da comercialização) que requeiram ações de manutenção e/ou intensificação, objetivando a sustentabilidade ecológica, econômica e social. Incluem-se aqui todas as áreas com aptidão de uso para culturas de ciclo curto, médio e longo (grãos, pastagens, silvicultura, culturas anuais, temporárias e perenes) adaptadas as condições ambientais naturais ou induzidas (irrigação, estufas, etc) em pelo menos um dos sistemas de manejo considerados (A, B, C).

Categoria de uso 2: Uso controlado não Institucional

Nesta categoria ou zona ecológico-econômica, incluem-se as áreas de preservação permanente (APP´s), de reserva legal (ARL´s) e as vulneráveis.

Categoria de uso 3: Uso Institucional

Nesta categoria ou zona ecológico-econômica, estão incluídas as terras indígenas, as unidades de conservação já institucionalizadas ou em processo de criação previstas neste ZEE, as áreas afetas as forças armadas e as reservas particulares do patrimônio natural (RPPN´s).

Categoria de uso 4: Áreas Urbanas

Incluíram-se aqui as áreas urbanas já consolidadas bem como aquelas previstas nos processos e ações de ampliação.

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CATEGORIAS DE USO CATEGORIAS DE USO

CATEGORIAS DE USO CATEGORIAS DE USO

CATEGORIAS DE USO

DIRETRIZES DE USO

DIRETRIZES GERAIS DE USO

Figura III – Mapa das Categorias de Uso ou Zonas

Fonte: Grupo de Trabalho permanente do ZEE/RR.

QUADRO DE DESTINAÇÃO DAS TERRAS DO ESTADO DE RORAIMA NAS CATEGORIAS DE USO

Item Categorias/Zonas Área (ha) (%)

1 ZONA/CATEGORIA 1 5.652.108,92 25,20 2 ZONA/CATEGORIA 2 942.516,62 4,20 3 ZONA/CATEGORIA 3 15.805.272,46 70,47 4 ZONA/CATEGORIA 4 30.000,00 0,13

Total 22.429.898,00 100,00 Fonte: Grupo de Trabalho permanente do ZEE/RR.

Estabelecidas as categorias de uso ou zonas ecológico - econômicas, determinaram-se as diretrizes de uso. Estas são de dois tipos: (i) de abrangência geral - para o desenvolvimento sustentável de toda a área territorial do Estado, independentemente da divisão em zonas (diretrizes gerais); (ii) de abrangência específica - para cada uma das zonas, de acordo com a singularidade (diretrizes específicas). As diretrizes gerais e especificas foram estabelecidas a partir de critérios e princípios estabelecidos a partir do diagnóstico da situação atual. Assim, considerou-se os problemas ambientais, as potencialidades dos recursos naturais, as fragilidades ambientais, as bases legais, as potencialidades econômico-sociais e os anseios da sociedade compatíveis com o desenvolvimento sustentável.

Dadas as dimensões regionais, a definição das diretrizes tem um caráter indicativo e geral e, poderá demandar detalhamento naquelas áreas consideradas mais críticas quanto ao risco ambiental e à inadequação de atividades econômicas.

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DIRETRIZES ESPECÍFICAS DE USO

As ações a serem implementadas para proteção e uso dos recursos naturais do Estado devem considerar:

a) As normas gerais estabelecidas na Lei nº. 12.651/2012 com as alterações estabelecidas pela Lei nº. 12.727/2012 e, as estratégias estabelecidas no MacroZEE da Amazônia Legal;

b) A implementação de uma matriz institucional capaz de suprir as necessidades básicas de transporte, energia, comunicação, educação, saúde, saneamento básico, armazenagem, tecnologia, crédito, extensão rural, licenciamento ambiental e vigilância sanitária;

c) A vedação de destinação de áreas aptas à produção agrossilvipastoril do estado de Roraima, para a compensação de passivos ambientais existentes em outro estado da federação, mesmo que em biomas equivalentes;

d) Licenciamento ambiental em áreas de fronteiras; e) A possibilidade de rever e aprimorar o mapeamento de

aptidão agrícola e da vulnerabilidade natural dos solos sempre que forem identificadas discrepâncias, necessidades de ampliação de escala ou quando houver mudanças no paradigma tecnológico;

f) A implementação de processos produtivos que promovam a inovação tecnológica, a geração de emprego, renda e o equilíbrio ambiental;

g) A organização de um sistema eficiente de fiscalização para coibir a mineração e a extração ilegal de produtos da floresta e da fauna aquática;

h) a promoção da Educação Ambiental com enfoque na redução de desperdício e do consumismo, e, no respeito aos recursos naturais;

i) A necessidade de investimentos em ciência e tecnologia visando o desenvolvimento de novos modelos de produção mais sustentáveis;

j) Estímulo ao ecoturismo; e, k) A criação e implementação de um programa de

governança das ações propostas para o ZEE.

Categoria de uso 1: Uso Consolidado/a Consolidar

As principais diretrizes para o desenvolvimento dessa categoria ou zona ecológico-econômica devem:

a) Recepcionar os zoneamentos agroecológicos ou agroclimáticos já realizadas para as culturas do dendê e da cana-de-açúcar;

b) Priorizar o zoneamento agroclimático ou agroecológico para as culturas de interesse econômico do Estado;

c) Ênfase especial para a regularização fundiária e ambiental; d) Para as áreas de floresta fica estabelecido a redução da

reserva legal para 50% da área do imóvel conforme estabelece o §5º do artigo 12 do Código Florestal, em combinação com os §§ 1º ao 7º do artigo 61-A e, com os artigos 61-B, 67 e 68 do mesmo código. A reserva legal para as áreas de cerrado/lavrado fica mantida em 35%.

e) A conversão das áreas de floresta em áreas de uso alternativo do solo somente será autorizada pelo órgão ambiental mediante projeto de aproveitamento da matéria prima florestal e comprovação do uso integral das áreas já abertas.

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f) Os empreendimentos/atividades já consolidados e considerados de impacto ambiental não significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental estadual desde que o imóvel esteja cadastrado no CAR e que o ZEE indique aptidão para as atividades produtivas em execução.

g) Sejam estimulados os processos de exploração e produção que:

• Promovam o manejo sustentável da floresta e a agregação de valor a matéria prima extraída, a diminuição de desperdícios e utilização econômica dos resíduos;

• Organizem e dinamizem a cadeia produtiva da madeira tanto nativa como plantada;

• Estimulem o florestamento, o reflorestamento e a agroflorestal;

• Intensifiquem e modernizem a produção em áreas alteradas, produtivas ou não;

h) Adotem sistemas integrados de produção tipo integração lavoura-pecuária, lavoura-pecuária-floresta além de outros preconizados pelo sistema ABC do MAPA que sejam adaptados às condições climáticas do Estado;

i) Promover práticas de produção agrícola que causem menos impactos ao meio ambiente como cultivo mínimo, plantio direto, manejo de pragas, rotação de culturas, etc;

j) Estimulo ao uso de culturas irrigadas durante o período seco o que faculta a produção de duas a três safras anuais, na mesma área, possibilitando produtividades altíssimas por ha/ano.

k) A obrigatoriedade de implantação de infraestrutura de irrigação para assentamento de pequenos produtores em regiões com período de chuvas menor de seis meses;

l) A implementação do planejamento de uso da propriedade ou posse de formas a mantê-la produtiva durante todo o ano, dar perenidade a mão-de-obra, otimizar a lucratividade e promover a sustentabilidade ambiental;

m) Implementar uma zona de processamento e exportação em Boa Vista, com o objetivo de estimular a instalação de industrias na região através do abono e da isenção de impostos para exportação;

n) Construir um porto seco em Boa Vista para escoar a produção do Estado.

Categoria de uso 2: Uso Controlado não Institucional

Nesta categoria de uso estão incluídas as áreas de

preservação permanente (APP’s), as reservas legais (RL’s) e as áreas frágeis. Seu uso deve considerar:

a) Áreas de preservação permanente e Reservas legais:

Devem ser usadas de acordos com a legislação específica tanto na questão de recuperação de passivos como na questão da exploração sustentável;

b) Áreas frágeis: Esta paisagem está composta basicamente pelas áreas de

campinaranas e suas faixas de transição para florestas e lavrado. Sua destinação e uso devem ser bastante cuidadosas por ser um ambiente frágil, cuja exploração carece de disponibilidade de tecnologias consolidadas. Deve-se considerar, entretanto, que nessa paisagem existem projetos de assentamento instalados e muitas áreas ocupadas por posseiros legais e ilegais.

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Em função disso, essas áreas devem ser reservadas e destinadas da seguinte forma:

Sejam mantidas as áreas ocupadas, cujos imóveis devem manter a reserva legal de 80% e as áreas de uso alternativo usadas com culturas perenes (frutíferas, madeireiras ou não madeireiras), pastagens que promovam uma boa cobertura de solo e submetidas a uma intensidade moderada de pastejo, apicultura e, piscicultura em locais cuidadosamente estudados. Podem ser usadas ainda em projetos de ecoturismo e exploração dos recursos naturais na forma da Lei. Para as áreas ainda não ocupadas propõem-se:

• A suspensão de novas ocupações; • A suspensão das políticas públicas de construção de

estradas, titulação de terras e qualquer forma de incentivo até que exista uma solução tecnológica sustentável para a região;

• Sejam destinadas como áreas de compensação de passivos de reserva legal e de reposição florestal;

• Sejam intensificadas estudos e pesquisas no sentido de desenvolver processos de produção sustentável para a região. Categoria de uso 3: Uso Institucional

Nesta categoria ou zona ecológico-econômica estão

incluídas as áreas protegidas:

a) Já instituídas: • Terras Indígenas; • Unidades de Conservação Federais; • Unidades de Conservação Estaduais; • Unidade de Conservação Municipal; • Unidades de Conservação Particulares (RPPN’s);

• Áreas afetas às Forças Armadas.

b) A serem instituídas pelo Poder Público Estadual: • Floresta Estadual do Jauaperi; • Floresta Estadual do Amajari; • Floresta Estadual do Apoteri.

c) A serem instituídas pelo Poder Público Federal:

• Resex do Baixo Rio Branco-Jauaperi; • Ampliação do Parque Nacional do Viruá; • Ampliação da Estação Ecológica do Maracá; • Readequação e recategorização da Reserva Florestal

Parima; • Criação do Parque Nacional dos Lavrados.

Para a instituição das Unidades de Conservação tanto estaduais como federais ficou consensuado:

• Os limites e extensão da Floresta Estadual do Jauaperi poderão ser revistos em relação ao proposto pelo MMA-ICMBio em setembro de 2009 para a exclusão das áreas já ocupadas naquela época;

• O Parque Nacional dos Lavrados será criado em área da União, não afetando áreas do Estado;

• As faixas de amortecimento das Unidades de Conservação de Proteção Integral quando delimitadas por limites naturais não serão estendidas para além das áreas de preservação permanente (APP’s) do leito regular do corpo hídrico; e,

• As áreas de reserva legal dos imóveis adjacentes às Unidades de Conservação deverão ser localizadas as margens das referidas unidades.

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PROGRAMAS DE IMPLEMENTAÇÃO DO ZEE/RR

É compromisso do Estado que para a obtenção dos

benefícios constantes do § 5º do art. 12 do Novo Código Florestal, sejam mantidos mais de 65% da superfície territorial do estado com Terras Indígenas homologadas e Unidades de Conservação da Natureza de domínio público regularizadas.

Para manter o percentual mínimo de 65% em áreas protegidas é obrigação do estado a manutenção das áreas das APA’s Baixo Rio Branco e Xeruini como áreas de domínio público. Isso implica em suspensão de qualquer processo de transferência de áreas para o domínio privado, especialmente a emissão de títulos de propriedade fundiária.

É de responsabilidade do Poder Público Federal transferir as áreas para criação das Florestas Estaduais devidamente desafetadas.

O uso dos recursos naturais das unidades de conservação deve obedecer legislação especifica de forma manter suas características naturais e , sempre que os planos de manejo indicarem, gerar riquezas e serviços ambientais para a população.

Para usá-los deve-se: a) Elaborar e implantar os planos de manejo e gestão;

b) Desenvolver e implantar programas de ecoturismo; e,

c) Remunerar os serviços ambientais. Para as terras indígenas faz-se necessária a

regulamentação de uso que deve ser efetuada pelo poder público federal, conforme estabelece o Decreto no 1.141, de 5 de maio de 1994.

Categoria de uso 4: Áreas Urbanas

Nossas cidades já concentram 79% da população do Estado e apresentam sérios problemas estruturais e socioeconômicos. Para se alcançar o patamar de cidades sustentáveis deve-se buscar:

a) Elaboração dos planos diretores e urbanísticos

municipais que contemplem: • A racionalização do uso de água e energia; • O tratamento e destinação de resíduos priorizando seu uso econômico; • A proteção e revisão dos mananciais; • O envolvimento das instituições de ensino e pesquisa e

de empresas privadas no desenvolvimento de APL´s urbanos (movelarias, produtos alimentícios, serviços, etc);

• O desenvolvimento de modelos de cidades mais compactas e inteligentes e de menor agressão ambiental;

• A mobilidade urbana; e • A modernização fiscal.

Criados no período de 2008 a 2013 os seguintes programas de gestão do ZEE-RR:

I. Programa de Gestão Integrada e Promoção do Desenvolvimento Sustentável;

II. Programa de Fortalecimento da Agropecuária Familiar; III. Programa Roraimense de Regularização Ambiental Rural

- RR Sustentável; IV. Programa Cidades Sustentáveis e Planos Diretores

Municipais;

15

GESTÃO TERRITORIAL DO ZEE/RR

V. Programa de Regularização Fundiária do Estado de Roraima - RR LEGAL;

VI. Programa de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento;

VII. Programa de Governança Institucional do ZEE/RR; VIII. Programa de Planejamento e Mapeamento Sistemático

do Território do Estado de Roraima; IX. Programa de Infraestrutura Produtiva; X. Programa de Proteção das Florestas e da Biodiversidade;

XI. Programa de Estímulo ao Desenvolvimento do Agronegócio; e

XII. Programa de Desenvolvimento do Potencial Mineral do Estado.

O Estado de Roraima foi criado pela Constituição de

1988. Sua origem foi a transformação do Território Federal de Roraima em Estado. O Estado recém criado herdou um intrincado espaço fundiário, com o território salpicado por diversas territorialidades atinentes à sua situação de faixa de fronteira, com grandes unidades de conservação, terras indígenas, áreas militares, projetos de assentamento do INCRA, áreas ribeirinhas, áreas agropecuárias e núcleos urbanos. A gestão desse território é extremamente complexa uma vez que o governo federal e o governo estadual normalmente têm posições distintas quando se trata dessas questões federativas. O mapa de destinação das terras do espaço territorial do Estado mostra claramente essa situação. Ele foi institucionalizado e, em boa parte, construído com base em:

• Decretos Federais e portarias do Ministério da Justiça e FUNAI – Terras Indígenas;

• Leis e Decretos Federais e Estaduais – Unidades de Conservação ou áreas ambientais; • Memoriais descritivos – áreas militares; • Portarias - áreas dos projetos de assentamento do INCRA; • Decreto nº 6.754/2009 – terras do estado em processo de

transferência, que regula a Lei no. 10.304/2001;

Figura IV – Mapa de destinação das terras do Estado.

Fonte: Grupo de Trabalho permanente do ZEE/RR.

QUADRO DE DESTINAÇÃO DAS TERRAS DO ESTADO DE RORAIMA

16 ETAPAS FINAIS PARA APROVAÇÃO DO ZEE/RR

CRONOGRAMA DA CONSULTA PÚBLICA DO ZEE/RR

Item Descrição da áreas destinadas Área (ha) (%)

1 Terras Indígenas 10.344.317,0000 46.12 2 Unidades de Conservação Federais 2.206.800,6000 9.84 3 Unidades de Conservação Estaduais 1.403.712,5800 6.26 4 Unidades Municipais de Conservação 1.671.694,0000 7.45 5 Áreas Militares 178.748,2800 0.80 6 Projeto de Assentamento do INCRA 1.304.235,5600 5.81 7 Áreas em processo de transferência 5.320.389,9800 23.72

Total 22.429.898,0000 100.00 Fonte: Grupo de Trabalho permanente do ZEE/RR.

Como se observa no mapa e respectiva tabela, todo o

espaço territorial do Estado já está destinado, cabendo ainda ajustes finais nas unidades de conservação constante do Decreto de transferência das terras para o Estado. São elas:

• Proposta de criação da RESEX Baixo Rio Branco - Jauaperi; • Proposta de criação da Floresta Estadual do Jauaperi; • Proposta de ampliação do PARNA Viruá; • Proposta de ampliação da ESEC do Maracá; • Proposta de readequação e redefinição da FLONA Parima; e • Proposta de criação do Parque Nacional do Lavrado. Além da definição desses espaços há ainda a questão do

detalhamento do Etnozoneamento Ecológico-Econômico das terras indígenas, que é de competência da União; a promoção da emancipação dos projetos de assentamento do INCRA e a implementação de um projeto de gestão das unidades de conservação envolvendo todas as esferas do governo, em verdadeiro e efetivo pacto federativo.

Para aprovação do ZEE/RR ainda será necessário o cumprimento das seguintes etapas:

1. Consulta Pública; 2. Aprovação no Conselho Estadual de Meio Ambiente -

CEMA-RR; 3. Encaminhamento a Assembléia Legislativa do estado de

Roraima para aprovação de Lei Complementar do ZEE/RR;

4. Envio a Comissão coordenadora do ZEE nacional e ao Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA para ciência e validação.

O Governo do Estado de Roraima, por meio do Comitê

Gestor de Geotecnologia, Cartografia, Planejamento e Ordenamento Territorial, torna público que de 23 a 30 de setembro de 2013 estará realizando 06 (seis) Consultas Públicas Regionais nos locais, datas e horários a seguir relacionados, ocasião em que será apresentada a sociedade em geral, a Proposta de Zoneamento Ecológico - Econômico do estado de Roraima - ZEE/RR, de acordo com o cronograma abaixo:

• 23/09/2013 (segunda-feira)

Local: Auditório do Fórum Desembargador Lourenço Portugal - Rorainópolis. End.: Rua Pedro Daniel, S/N Centro

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• 24/09/2013 (terça-feira) Local: Auditório da Universidade Estadual de Roraima em São João da Baliza. End.: AV. Perimetral Norte S/N

• 25/09/2013 (quarta-feira) Local: Auditório do Centro de Formação Pedagógico de Caracaraí em Caracaraí. End.: Rua Raul de Oliveira S/N Bairro: Santa Luzia

• 27/09/2013 (sexta-feira) Local: Auditório do Fórum Rui Barbosa (Prédio Multiuso) do Bonfim em Bonfim. End.: Av. Maria Deolinda Franco Megias, S/N centro

• 28/09/2013 (sábado) Local: Auditório do Instituto Federal de Ciência,

Tecnologia e Inovação Roraima – IFRR em Amajarí.

• 30/09/2013 (segunda-feira) Local: Auditório do Corpo de Bombeiros – CB End.: Av. Venezuela, nº1271 Bairro – Pricumã em Boa

Vista. Obs.: As consultas serão realizadas sempre nos horários

das 14:00 às 18:00 h

HAROLDO EURICO AMORAS DOS SANTOS Coordenador do Comitê Gestor de Geotecnologia, Cartografia,

Planejamento e Ordenamento Territorial

DANIEL GIANLUPPI Secretário Executivo do Comitê Gestor de Geotecnologia,

Cartografia, Planejamento e Ordenamento Territorial