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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL
COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DE SOBRADINHO CENTRO EDUCACIONAL FERCAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SOBRADINHO II
2018
2
" O que é preciso aprender não pode mais ser
planejado nem precisamente definido com antecedência.
[…] Devemos construir novos modelos do espaço dos
conhecimentos. No lugar de representação em escalas
lineares e paralelas, em pirâmides estruturadas em ‘níveis’,
organizadas pela noção de pré-requisitos e convergindo
para saberes ‘superiores’, a partir de agora devemos
preferir a imagem em espaços de conhecimentos
emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, se
reorganizando de acordo com os objetivos ou os contextos,
nos quais cada um ocupa posição singular e evolutiva
(LÉVY, 1999, p. 158).
3
Sumário
Sumário ............................................................................................................................................. 3
1 - Dados de Identificação .............................................................................................................. 4
Dados da Mantenedora .............................................................................................................. 4
2 - Dados da Instituição Educacional .............................................................................................. 5
3 - Apresentação ............................................................................................................................ 6
4 - Historicidade Institucional .......................................................................................................... 7
5 -Diagnóstico da realidade escolar ................................................................................................. 10
Instalações físicas ........................................................................................................................ 11
Espaços disponíveis ..................................................................................................................... 11
Capacidade tecnológica ............................................................................................................... 11
Perfil do corpo docente ................................................................................................................ 12
Perfil do corpo discente ................................................................................................................ 14
Canais de comunicação com entidades organizadas ................................................................... 14
6- Função Social .......................................................................................................................... 16
7- Princípios orientadores das práticas pedagógicas ..................................................................... 17
8- Objetivos .................................................................................................................................. 19
9- Concepções teóricas que fundamentam as práticas pedagógicas ........................................... 20
10- Organização do trabalho pedagógico ..................................................................................... 21
11- Concepções, práticas e estratégias de avaliação do processo de ensino e aprendizagem ..... 24
12-Organização curricular ............................................................................................................. 25
13- Plano de ação para implementação do PPP……………………………………………………….27
Das Dimensões ............................................................................................................................ 28
14- Acompanhamento e avaliação do PPP .................................................................................. 32
15 – Projetos específicos individuais ou interdisciplinares da escola ............................................ 33
16 – Plano de Ação da Coordenação Pedagógica ....................................................................... 34
17 – Referência ........................................................................................................................... 37
4
1 - Dados de Identificação
Dados da Mantenedora
Nome Secretaria de Estado da Educação
CNPJ 00.065.201/0001-77
Endereço SGAN 607 e Anexo do Palácio do Buriti 9º andar
Secretário de educação Julio Gregório Filho
Secretário Adjunto Clóvis Lúcio da Fonseca Sabino
Subsecretário de Educação Básica Gilmar de Souza Ribeiro
Coordenação Regional de Ensino de Sobradinho
Marco Aurélio Vieira de Souza
5
2 - Dados da Instituição Educacional
Nome Centro Educacional Fercal
Endereço DF 205 Oeste, Km 19, Fercal - DF
Telefone +55 (61) 3901-7978
E-mail [email protected]
Localização Urbana
Regional de Ensino Sobradinho-DF
Ano de Fundação 1958
Autorização Conselho Estadual de Educação
Turnos de Funcionamento Matutino, vespertino e noturno
Nível de Ensino Educação Básica
Modalidades de Ensino - Ensino Fundamental (6ª a 9ª ano)
- Ensino Médio (1ª a 3ª ano)
Diretor Sandra Harumi Izaki Pinto
Matricula 33144-9
Vice-diretor Jeovane Antonio de Matos
Matrícula 37047-9
Secretária Escolar Sandra Oliveira Costa
Matrícula 225580-4
Supervisor Gedwilson Dias Santos
Matrícula 27861-0
Supervisor Marcelo Jorge Fernandes Moreira
Matrícula 229672-1
6
3 - Apresentação
O Centro Educacional Fercal empenha-se por uma transformação significativa na
propagação de sua função social junto à comunidade e na formação de cidadãos atuantes e
engajados na sociedade. A comunidade escolar sente-se orgulhosa por fazer parte dessas
mudanças.
Dentro de um processo de revitalização da escola e com espaço físico limitado, o
corpo diretivo tem como principal objetivo oferecer aos discentes o subsídio para a realização
do trabalho pedagógico.
O projeto político-pedagógico do Centro Educacional Fercal foi construído de forma
coletiva com a participação dos membros dessa Instituição de Ensino. Foi elaborado a partir
de observações, estudos, discussões durante as coordenações pedagógicas coletivas,
pesquisas junto à comunidade e atividades realizadas pelos Alunos.
A elaboração deste projeto foi subsidiada pelos documentos oficiais da Secretaria de
Estado de Educação do Distrito Federal: LDB – Lei n° 9394/96, Projeto Político Pedagógico
Carlos Mota- SEEDF/2012, Currículo em Movimento da Educação Básica SEEDF/2014,
PORTARIA Nº 284, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2014 e pelas Diretrizes de Avaliação
Educacional Aprendizagem – Aprendizagem, Institucional em Larga escala 2014-
2016/SEEDF.
Este projeto visa apontar a direção e o caminho que iremos juntos percorrer para
realizar de forma adequada e competente a função educativa de formar o indivíduo em todas
as suas potencialidades, contribuindo assim para a formação de cidadãos conscientes dos
seus direitos e deveres, construindo saberes indispensáveis para sua inserção no mundo
atual e globalizado.
7
4 – Historicidade da escola
O histórico original registra a fundação do grupo escolar criado para atender os filhos
de funcionários das pedreiras da região no ano de 1958, que estava estabelecido no canteiro
de obras em um galpão de madeira. Devido a insalubridade do ambiente, e por meio da
doação de um terreno por parte da Sra. Maria de Lourdes Alarcão, o grupo escolar foi
transferido em meados da década de 60, para o local onde atualmente a escola encontra-se
construída, mas ainda era de madeira e não comportava com conforto os estudantes e
equipe docente.
Em 1976, uma parte da escola foi construída e entregue à comunidade, iniciando suas
atividades em 9 de fevereiro do mesmo ano, sob a direção de Maria Zuleide Cordeiro
Bezerra. A inauguração da escola ocorreu em 7 de março de 1977.
O ato de criação da escola foi o decreto 481-GDF, de 14/01/1966(Leg. Do DF – Vol.
IV), conhecida inicialmente como Escola Rural da Fercal. O referido ato foi o primeiro a
relacionar oficialmente a escola como existente na rede oficial de ensino. Na resolução No.
95-CD de 21/10/1976(DODF no. 30, de 11/02/1977 – Suplemento e A.N. da FEDF Vol. II), a
denominação foi alterada para Escola Classe da Fercal.
A vinculação da unidade escolar com o governo do Distrito Federal teve seu primeiro
ato em 23/08/1977, pela instrução No. 09-Dex(DODF no. 169, de 02/09/1977 e A.N. da FEDF
– Vol. III) que vinculou ao Complexo Escolar “A” de Sobradinho. Em 11/08/1978, por meio da
instrução no. 17-Dex(DODF no. 172, de 08/09/1978 e A.N. da FEDF – Vol. III) que vinculou
a unidade ao Complexo de Educação Rural do DF – CREDER. Já em 24/10/1979, a escola
voltou a pertencer ao Complexo Escolar “A” de Sobradinho.
O reconhecimento da instituição educacional ocorreu pela portaria no. 17-SEC, de
07/07/1980(DODF no. 129, de 10/07/1980 e A.N. da FEDF – Vol. I). Em 28/02/1985 foi
transformada de Escola Classe da Fercal em Centro de Ensino de 1º. Grau Fercal.
No período de 1993 a 2007 a escola foi administrada pela Sra. Eulalina Ferreira da
Silva. Neste período a escola teve as modalidades de ensino fundamental séries iniciais,
ensino fundamental séries finais, EJA 2ª seguimento e ensino médio.
8
Em 2008, ocorre o primeiro pleito da Gestão compartilhada, que é o cerne para a
Gestão democrática, que é uma reivindicação antiga da categoria de docentes do Distrito
Federal.
Na gestão do diretor José Moreira Portela iniciou o processo de retirada gradual das
séries iniciais.
Em 2010 a escola passa a atender exclusivamente o segundo segmento do ensino
fundamental (de 5ª à 8ª série) no diurno e o ensino médio e EJA 2º segmento no turno
noturno.
Em 2012, sob a gestão de Marco Aurélio Vieira Souza, devido à falta de demanda de
alunos o EJA 2ª seguimento foi retirado da escola.
Neste ano, a comunidade é consultada novamente para eleger seus gestores e
conselho escolar. O professor Marco Aurélio é confirmado como gestor. Este mandato terá
duração de 1(um) ano letivo.
No ano de 2013 aderimos ao projeto da Semestralidade no Ensino Médio.
Conforme a Portaria Nº 101, de 10 de abril de 2013, pelo Decreto n°31.195, de 21 de
dezembro de 2009, no Art. 1º Transformar o Centro de Ensino Fundamental Fercal, em
Centro Educacional Fercal, vinculado à Coordenação Regional Sobradinho. Registro
encontrado no DODF Nº 074 , DE 11/04/13 PÁGINA 7.
Foi realizado junto à comunidade escolar um plebiscito onde a equipe gestora propôs
a mudança da estrutura organizacional da escola com o intuito de otimizar a prática
pedagógica, a estrutura atual que é de 5ª à 8ª série no matutino e no vespertino alterando
para atendermos 5ª e 6ª série em um turno e 7ª e 8ª no outro turno. O resultado da votação
que ocorreu no período de 19 a 23 de outubro de 2013 nos forneceu os seguintes resultados
em cada segmento da comunidade:
Segmento À favor da mudança na estrutura organizacional pedagógica
Contra a mudança na estrutura organizacional pedagógica
Pais 86% 14%
Carreira magistério 100% 0%
Carreira assistência 100% 0%
Alunos 63% 37%
9
Este ano, no dia 27 de novembro, tivemos nova eleição para gestores onde foi eleito
como diretor o professor Marcelo de Sousa Fernandes Pimenta e conselho escolar que irá
gerir esta Instituição durante o triênio 2014- 2016.
No ano de 2015 foi implantado o novo modelo pedagógico escolar para o Ensino
Fundamental- Anos finais da seguinte forma:
MATUTINO 5ª SÉRIE/ 6º ANO e 6ª SÉRIE/ 7º ANO
VESPERTINO 7ª SÉRIE/ 8º ANO e 8ª SÉRIE/ 9º ANO
No Ensino Médio permanece o modelo pedagógico da Semestralidade.
No dia 23 de novembro de 2016, tivemos eleições para os Gestores do próximo triênio
(2017 - 2019) seguindo as diretrizes da Lei de Gestão Democrática nº 1.255/2016. Com 95%
de aprovação da Chapa única formada pelos professores, Sandra Harumi Izaki Pinto e
Jeovane Antonio de Matos, foram eleitos os próximos gestores pela comunidade escolar.
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5 - Diagnóstico da realidade escolar
O CENTRO DE ENSINO FUNDAMENTAL FERCAL, está situada na DF 205 oeste,
KM 13. Embora estando situado no PDOT em uma área urbana, a escola tem todas as
características de zona rural. O perfil da população atendida na escola é variado, a renda
familiar da maioria da comunidade é baixa, pois muitos dos chefes de família recebem
salários como operários de pouca qualificação, vivem com o salário conquistado por mães
de família através de programas sociais ou produzem produtos agrícolas e pecuários de
baixa escala.
O grau de instrução das famílias é igualmente baixo, pois parte dos pais de alunos
são semianalfabetos.
O corpo discente de nossa escola apresenta um alto grau de dificuldade de
aprendizagem e um índice muito alto de distorção idade/série.
Instalações físicas
Conforme citado na página 06 deste documento, dispomos de pouco espaço físico
levando em consideração a demanda de alunos e as necessidades pedagógicas da escola,
não havendo possibilidade de expansão.
A escola recebeu pintura nova de paredes internas e externas bem como todas as
esquadrias, com o intuito de criar um ambiente mais agradável para toda comunidade
escolar.
Espaços disponíveis
• 07 Salas de aula (8m x 6m);
• 01 Biblioteca (7m x 7m);
• 01 Secretaria (5,50m x 5,50m);
• 01 Sala de Direção (3m x 5m);
• 01 Sala de Apoio a direção (2m x 2,50m);
• 01 Sala de múltiplas funções: Supervisão Administrativa; Serviço de Orientação Educacional/Pedagógica e Sala de recursos (7m x 7m);
• 01 Sala de Professor (7m x 7m);
• 01 Sala para Materiais Desportivos (3,70m x 2,80m);
• 01 Sala de servidores (4m x 2m);
• 01 Cozinha (3m x 5m);
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• 01 Depósito de alimentos (3m x 5m);
• 01 Depósito de materiais diversos (1m x 2m);
• 01 Depósito de material de limpeza (3m x 4m);
• 01 Quadra poliesportiva coberta (17m x 27m);
• 02 Banheiros para alunos (6m x 2,5m);
• 02 Banheiros para professores e servidores (1,60m x 1,15m);
• 01 Laboratório de Informática (8m x 5,50m);
• 01 Sala de Mecanografia (3m x 2,60m);
• 01 Pátio (12m x 7m).
• Área total (41m X 59m) = Todas as áreas acima com as áreas de circulação não citadas.
Capacidade tecnológica
Para Flores (1996) “A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir
novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento
de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo.” Nesse contexto,
a escola possui atualmente uma sala de informática com 22 computadores conectados em
rede e com acesso à internet que também é disponibilizada via wireless. Além da sala de
informática, a escola possui a seguinte distribuição de equipamentos:
• Sala de leitura;
• Secretaria: 03 computadores e 01 impressora;
• Direção: 01 notebook; 01 sistema de monitoramento composto por 16 câmeras e
01 sistema de sonorização interna conectado à todas as salas de aula;
• Sala dos professores: 01 computador;
• Sala de aulas com projetor.
• Sala de recursos com 01 computador e 01 projetor.
• Mecanografia com 01 computador, 01 impressora e 02 duplicadoras.
12
Perfil do corpo docente
O corpo docente é formado por 32 professores distribuídos nos turnos matutino,
vespertino e noturno, com a seguinte modulação:
Disciplinas Quantidade Carga horária
Professor
Matutino
Português 40h 1
Português 20h 1
Matemática 40 h 1
Matemática 20 h 1
Ciências naturais 40h 1
Geografia 40h 1
História 40h 1
Educação física 40h 1
Arte 20h 1
Inglês 20h 1
Projeto interdisciplinar I
Projeto interdisciplinar II
Vespertino
Português 40h 1
Português 20h 1
Matemática 40 h 1
Matemática 20 h 1
Ciências naturais 40h 1
Geografia 40h 1
História 40h 1
Educação física 40h 1
Arte 20h 1
Inglês 20h 1
Projeto interdisciplinar I
Projeto interdisciplinar II
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Noturno
Bloco 1
Semestralidade
Português 20h 1
Matemática 20h 1
Biologia 20h 1
Geografia 20h 1
História 20h 1
Educação física 20h 1
Arte 20h 1
Noturno
Bloco 2
Semestralidade
Português 20h 1
Matemática 20h 1
Inglês 20h 1
Espanhol 20h 1
Física 20h 1
Química 20h 1
Sociologia 20h 1
Filosofia 20h 1
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Perfil do corpo discente
A escola atende alunos vindos prioritariamente das comunidades Córrego do Ouro,
Ribeirão, Catingueiro e Boa Vista e, havendo disponibilidade, também as comunidades da
Fercal, Fercal II, Alto do Bela Vista, Engenho Velho e Rua do Mato.
O corpo discente é formado por 533 alunos distribuídos nos turnos matutino,
vespertino e noturno, com a seguinte modulação:
Turno Ano atendido Total de alunos
MATUTINO 6º ano 116
7º ano 94
VESPERTINO 8º ano 80
9º ano 89
NOTURNO 1º ano 63
2º ano 47
3º ano 44
Canais de comunicação com entidades organizadas
Coordenação Regional de Ensino;
Conselho tutelar da Fercal;
Batalhão escolar;
CRAS – Centro de Referência de Assistência Social;
Instituto Votorantim;
CEDAC - Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Cerrado
Conselho comunitário da Fercal;
Conselho escolar;
PSE - Programa saúde na escola
Conselho de Segurança da Fercal
15
6 – Função Social
Instruir, promover e integrar as comunidades fercalenses por meio de um ensino de
qualidade, utilizando as políticas públicas educacionais e profissionais, a fim de proporcionar
o acesso dos discentes à carreira acadêmica e profissional. Desenvolver projetos
pedagógicos próprios, valendo-se da rica cultura local e de seus recursos naturais,
integrando toda a comunidade escolar em suas dependências.
Buscamos fazer do ambiente escolar um meio que favoreça o aprendizado, onde a
escola deixe de ser apenas um ponto de encontro e passe a ser, além disso, encontro com
o saber, com descobertas de formas prazerosas e funcionais.
Acreditamos que temos como missão o acolhimento a todos os Alunos, com todas
as suas especificidades comportamentais, religiosas, de raças, deficiências e de
pensamento sobre o mundo, pois desse modo, acreditamos que estaremos assim, trazendo
a comunidade para dentro da escola numa perspectiva de parceria, amizade e confiabilidade.
7 – Princípios orientadores das práticas pedagógicas
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A Proposta Pedagógica da Escola constitui, um compromisso com o
desenvolvimento global de seus educandos e a participação de toda a comunidade escolar.
Nessa abordagem é preciso criar um ambiente favorável, ancorado nos
seguintes princípios:
Justiça social, com igualdade, cidadania e ética;
Resgate e fortalecimentos de Valores, desenvolvendo uma atitude de
valorização, cuidado e responsabilidade individual e coletiva em relação à vida;
Consideração da singularidade e essências humanas, sendo o ser único e
com identidade própria;
Desenvolvimento da capacidade de construir novos conhecimentos e novas
formas de interferir na realidade;
Reflexão sobre o papel de protagonista, invertendo essa liderança quando
necessário;
Formação humana integral, favorecendo a Diversidade, Cidadania,
Educação em e para os Direitos Humanos e Educação para a Sustentabilidade;
Exercício da cidadania, participação social e política, transformação crítica,
criativa e ética da realidade social;
Busca de novos caminhos para a aprendizagem, identificando as causas do
fracasso escolar e garantindo a aprendizagem para todos.
Percepção das pessoas não como indivíduos isolados, mas como parte de
uma estrutura inter-relacionada;
Criação e fortalecimento do vínculo entre os professores e os alunos
incluindo o sistema familiar de origem;
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Princípios Norteadores
• Gestão democrática
• Diálogo entre os membros da comunidade escolar;
• Contextualização para melhor participação da comunidade;
• Análise diagnóstica dos problemas pedagógicos e sócio afetivos dos estudantes a
fim de garantir melhor aprendizado;
• Interdisciplinaridade; compreendida como dispõe Fazenda (1993) ao afirmar que
Interdisciplinaridade é um processo que precisa ser vivido e exercido.
• Acolhimento as famílias.
Princípios epistemológicos
• Os Quatro Pilares da Educação – UNESCO
• Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (Lei nº9394/96)
• Parâmetros Curriculares Nacionais
• Diretrizes Curriculares Nacionais (parecer º 04 da Educação Básica)
• Diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal –
2009/2013
• Currículo da Educação Básica das Escolas Públicas do Distrito Federal
• Proposta Pedagógica das Escolas do Distrito Federal Carlos Mota
• Diretrizes de Avaliação Educacional
• Diretrizes pedagógicas para organização escolar para o 3º ciclo.
• Diretrizes da semestralidade.
18
8 - Objetivos
Objetivo Geral
Assegurar a qualidade do ensino, valendo-se das políticas públicas educacionais
vigentes e projetos pedagógicos próprios, que observem e valorizem a cultura e
características da comunidade escolar, para formar cidadãos críticos, participativos e
conscientes de sua importância sociocultural.
Objetivos Específicos
Propiciar ao aluno a construção de sua identidade, estimulando o
desenvolvimento do senso crítico, do espírito intuitivo, da criatividade, a curiosidade pelo
inusitado e o despertar de suas potencialidades;
Resgatar as relações interpessoais por meio do respeito e da afetividade para
com seus professores, colegas e demais membros da comunidade escolar;
Fortalecer as relações entre a escola e a comunidade desenvolvendo atividades,
eventos e parcerias;
Proporcionar treinamento continuado por meio de capacitação, aperfeiçoamento
e especialização, para os docentes e demais servidores.
Desenvolver o processo ensino-aprendizagem permanentemente,
contextualizando os conteúdos da base nacional comum e oferecendo disciplinas da
parte diversificada que atendam às necessidades dos alunos para o seu pleno
desenvolvimento;
Propiciar a aplicação de métodos de aprendizagem que favoreçam a
correspondência dos conteúdos com o interesse dos alunos;
Despertar o desejo pelo conhecimento e aquisição de uma leitura linear
globalizada que possa fazer desse sujeito um agente ativo em sociedade;
Elaborar e executar coletivamente os projetos;
Tornar a escola um ambiente acolhedor;
Atender adequadamente os Alunos portadores de necessidades educacionais
especiais.
19
9 - Concepções Teóricas que fundamentam as práticas pedagógicas
.
O trabalho desenvolvido no CED. FERCAL baseia-se na política educacional
vigente, preconizada pelas concepções pedagógicas que constam nos documentos
oficiais da SEEDF como o Currículo da Educação Básica da SEEDF (2014), as Diretrizes
de Avaliação Educacional (2014-2016), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº
9.394/1996 e a Lei da Gestão Democrática nº4.751/2012.
O Currículo da Educação Básica da SEEDF fundamenta-se na Pedagogia
Histórico-Crítica e na Psicologia Histórico-Cultural. A Pedagogia Histórico-Crítica
destaca a “importância dos sujeitos na construção da história. Sujeitos que são formados
nas relações sociais e na interação com a natureza para produção e reprodução de sua
vida e realidade, estabelecendo relações entre os seres humanos e a natureza”
(Currículo, 2014, p. 32).
Nessa perspectiva, enfatiza-se a importância da realidade socioeconômica e do
contexto sociocultural do educando no processo do desenvolvimento humano,
promovendo o estudo do conhecimento científico a partir do conhecimento adquirido
através das experiências vividas no cotidiano. Dessa forma, a aluno é colocado como
protagonista do processo ensino-aprendizagem e o professor como mediador na
construção do conhecimento historicamente acumulado, através de ações planejadas
pedagogicamente visando à formação do indivíduo histórico e social.
20
10- Organização do trabalho pedagógico
A organização escolar do Centro Educacional Fercal se dá em ciclos para o ensino
fundamental anos finais e semestralidade para o ensino médio. A escola atende alunos do
ensino fundamental anos finais. A organização escolar por semestres no ensino médio é uma
estratégia metodológica que impacta na organização do trabalho pedagógico, especialmente
nas condições de aprendizagem dos estudantes. Na SEDF, optou-se por organizar os
componentes curriculares em dois blocos semestrais com perspectiva integrada e
interdisciplinar, em consonância com o Currículo em Movimento (DISTRITO FEDERAL,
2014). A implantação da semestralidade demanda, então, acompanhamento sistemático do
desempenho de estudantes, professores e equipe pedagógica por meio de avaliação
contínua e formativa, que viabiliza e conduz todos os atores envolvidos no processo de
ensino e aprendizagem a repensar o trabalho pedagógico desenvolvido e a buscar soluções
necessárias para atingir as aprendizagens necessárias.
Com o intuito de organizar e otimizar o trabalho pedagógico, realizamos no início do
ano letivo um teste-diagnóstico nas áreas de matemática e língua portuguesa. No contexto
matemático, é importante salientar o que é apontado por Borba e Penteado (2001), que nos
alertam para o fato de que professores atuais foram formados em um contexto social e
tecnológico diferente, são da geração “rádio/TV”, em que interação sujeito/tecnologia era
restrita, são hoje obrigados a atuar profissionalmente na formação de alunos da geração
“internet” acostumados a interagir com a tecnologia. Os resultados deste teste nos permitem
verificar as deficiências, onde e se existirem, adotando estratégias adequadas em sala de
aula e encaminhando os alunos ao reforço quando necessário.
Vale salientar também o grande número de alunos que apresentam problemas de
relacionamento entre seus pares, levando-os a conflitos diários, o que dificulta as práticas
pedagógicas, necessitando de interferências constantes da direção da escola.
Diante desse perfil, procuramos concentrar nossos esforços na melhoria do ensino
oferecido com um “olhar diferenciado” para as necessidades individuais, a fim de elevar o
índice de aprovação, aprendizagem e melhoria no relacionamento entre alunos.
Perrenoud (2000, p.25) diz que
organizar e dirigir situações de aprendizagem é despender energia e tempo e dispor de
competências profissionais necessárias para imaginar e criar outros tipos de situações de
aprendizagem, que as didáticas contemporâneas encaram como situações amplas, abertas,
carregadas de sentido e de regulação, as quais requerem um método de pesquisa, de
identificação e de resolução de problemas.
21
Faz-se necessário enfatizar que a articulação entre escola e comunidade é de
fundamental importância, quer na participação pessoal, ou por meio de seus representantes
no Conselho Escolar e APAM, na elaboração do projeto político- pedagógico,
acompanhamento das ações propostas e na participação do processo de avaliação
institucional.
Nosso corpo docente é composto por profissionais graduados, especialistas, mestres
e doutores que constantemente buscam o aprimoramento de seus conhecimentos por meio
de cursos de capacitação, leituras, estudos, seminários, congressos, pesquisas na internet
entre outros.
Utilizamos, em conjunto com o SOE, estudos de caso, coordenações coletivas, estudos
e palestras proferidos por profissionais da área de educação e de outras áreas afins que
venham subsidiar o trabalho pedagógico, bem como grupos de estudos coordenados pelo
próprio corpo docente.
Atualmente realizamos coordenações coletivas semanais com os professores, onde
são tratados assuntos de interesse coletivo, tomadas de decisões ou estudos. Além das
coordenações coletivas, há as coordenações individuais/ por área, atendendo o currículo, os
projetos e os nossos anseios e necessidades.
Considerando que somos uma escola inclusiva, concordamos que escola inclusiva é
aquela que contempla necessidades educacionais especiais que vão além das deficiências
mentais, sensoriais e físicas, alcançando também as emocionais, econômicas e sociais.
Baseado nisto estamos nos preparando, por meio dos cursos oferecidos pela Escola de
Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE, Divisão Regional de Ensino - DRE
e reuniões de estudo para atender as diversas necessidades apresentadas e tomando
algumas medidas, como:
• Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem desta Secretaria, para os alunos que
apresentam dificuldades de aprendizagem, problemas emocionais, comportamentos
que sugerem sintomas.
• Encaminhamentos dos alunos que fazem parte de grupos de risco por parte do
Serviço de Orientação Educacional a médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, ou
qualquer outro profissional de saúde que se fizer necessário, bem como ao Conselho
Tutelar Local e demais esferas de apoio social e legal;
• Encaminhamentos dos alunos com problemas de saúde ao posto médico e aos
programas governamentais cabíveis;
• Encaminhamento dos alunos ao reforço escolar;
• Convocação de professor contrato temporário para substituir os que por ventura se
22
encontram em licença médica, licença maternidade e/ou outros afastamentos ou
substituições pelos componentes da equipe gestora;
• Convocação dos pais de alunos para dirimir problemas disciplinares e outras questões
pertinentes ao desempenho acadêmico dos mesmos.
Área Pedagógica
• Mobilizar e motivar a equipe docente;
• Promover projetos de trabalho junto aos alunos;
• Melhorar a comunicação escola/comunidade;
• Construir na comunidade escolar uma cultura de respeito às diferenças e ao
próximo;
• Despertar nos alunos o interesse e gosto pela leitura;
• Aumentar os índices nas provas nacionais (SAEB);
• Reduzir os índices de reprovação e abandono.
Área administrativa:
Na parte administrativa, a escola conta com um espaço definido para a Direção,
Secretaria, Coordenação, Sala de Atendimento da Equipe Especializada de Apoio à
Aprendizagem, Sala de Recursos, Laboratório de Informática, Cantina com um pequeno
Depósito de Alimentos, Sala dos Professores, Sala para Servidores, Banheiros Masculino e
Feminino para os Alunos.
Organização dos tempos e espaços:
No turno matutino, o horário é de 7h20 às 12h20 – do 6º ano ao 7º ano do Ensino
Fundamental. No turno vespertino, o horário é de 13h00 às 18h00 – do 8º ano ao 9º ano do
Ensino Fundamental anos finais. No turno noturno, o horário é de 19h00 às 22h50 – para o
Ensino Médio.
Relação escola-comunidade:
Desde o início do processo de construção do PPP, buscamos, sobretudo, a
construção de uma identidade para esta instituição de ensino. Toda comunidade escolar
esboça a satisfação de ser vanguarda nesse processo de edificação e confecção de uma
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atmosfera de aprendizagem que busque minimizar as adversidades com as quais a
comunidade convive.
A participação efetiva da comunidade escolar nas fases que compõem a projeção
e implementação da proposta pedagógica se faz indispensável quando se acredita que tal
projeto deva ser construído coletivamente pelos interessados em nortear as ações de
trabalho de cada comunidade escolar. Além de se exigir a participação de representantes
de todos os segmentos da comunidade escolar para a elaboração da PPP, se faz necessária
uma compreensão mais abrangente e dinâmica de tal projeto no que diz respeito a sua
construção e reconstrução contínua ao longo do ano letivo.
Atuação dos jovens educadores sociais, jovens candangos, educadores comunitários,
monitores, entre outros:
A escola conta com uma educadora social durante o período diurno para
acompanhamento das habilidades adaptativas (higienização, locomoção e alimentação),
bem como outras atividades voltadas para área de Educação Especial conforme a
PORTARIA Nº 22, DE 02 DE FEVEREIRO DE 2018.
11- Concepção, práticas e estratégias de avaliação do processo de ensino e aprendizagem
As Diretrizes de Avaliação pretendem organizar e envolver, de maneira articulada,
os três níveis da avaliação: aprendizagem, institucional e em larga escala. Incita a garantia
das aprendizagens de todos, por meio do caráter formativo que possui. Nessa perspectiva,
o ser em formação é visto como único especial e singular, portando história, identidade,
sonhos e aspirações próprios. Nesse processo todos os atores aprendem, pois enquanto se
aprende, se avalia e enquanto se avalia, ocorrem as aprendizagens, culminando na
avaliação formativa (VILLAS BOAS, 2013).
Aplicamos a semana de provas ao final do bimestre, uma avaliação
multidisciplinar temática e ainda notas atribuídas a participação dos alunos em trabalhos
individuais, em grupos e atividades para casa. Quanto aos alunos com necessidades
educacionais especiais (ANNEs), a avaliação é formativa, feita com base nas adequações
curriculares previstas em lei e considerando as características biopsicossociais das crianças.
Assim, as especificidades de cada educando são consideradas, garantindo-lhes o direito à
educação e assegurando a dignidade humana
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O Conselho de Classe, através dos docentes presentes, traz as informações que
são usadas tomadas de decisões internas. O Conselho de Classe é atualmente uma
ferramenta de avaliação e auto avaliação que se reúne ordinariamente antes da entrega dos
resultados por meio de boletins de notas do bimestre aos responsáveis, mas também se se
reúne extraordinariamente para tratar de assuntos ligados à rotina escolar, principalmente
os pedagógicos.
O Conselho Escolar também é uma instância extremamente importante, já que é
uma recursal do Conselho de Classe e também pode contribuir com o a avaliação, como
previsto nas atribuições do Conselho Escolar são previstas na Lei Nº 4.751 de 7 de fevereiro
de 2012. Destacamos em particular o Art. 25, inciso XIII, que trata de debater indicadores
escolares de rendimento, evasão e repetência além de propor estratégias que assegurem
aprendizagem significativa para todos e o Art. 31 que trata da reunião ordinária uma vez ao
mês dos membros desse conselho. Por tudo isso pensamos que o conselho escolar deve
ser fortalecido.
12- Organização Curricular da Escola
O currículo do Ensino Fundamental obedece à legislação vigente e está
constituído de uma Base Comum e de uma Parte Diversificada. A base comum abrange o
estudo da Língua Portuguesa e da Matemática, o Conhecimento do Mundo Físico e Natural
e da Realidade Social e Política.
As Diretrizes Curriculares Nacionais colocam a escola como agente principal na
definição do currículo. Nesse sentido, a escola deve elencar habilidades/competências de
forma interdisciplinar para que estudantes adquiram conhecimentos capazes de torná-los
cidadãos críticos, versáteis e hábeis para continuar aprendendo e se adaptando às
constantes exigências do mundo globalizado e informatizado.
O Currículo da Educação Básica é o orientador das práticas pedagógicas do
Centro Educacional Fercal, partindo do princípio que o currículo da escola seja pautado nas
análises de diagnóstico dos estudantes e das necessidades, respeitando a realidade local.
Os Temas Transversais são contemplados não só nos projetos, mas também
perpassam os conteúdos estudados no cotidiano escolar e de acordo com as especificidades
de cada componente curricular, assumindo, assim, um caráter flexível. Ressaltamos a
importância dos temas transversais como forma de envolver questões raciais, étnicas, de
gênero, econômicas, ambientais em todo o trabalho pedagógico.
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Nossos projetos do Sarau, da Feira de Ciências e da Consciência Negra buscam
favorecer a integração entre os conteúdos dos componentes curriculares que são
desenvolvidos ao longo do semestre, aplicando a teoria na prática e tem no dia da culminância
a materialização das aprendizagens adquiridas onde os eixos integradores estão inseridos
em todos os projetos.
O Centro Educacional Fercal possui vários projetos que foram pensados para
que o estudante tenha acesso a uma variedade de formas de acesso aos conteúdos e
avaliações. A seguir listamos alguns projetos que merecem destaque.
Feira de Ciências:
O projeto prevê vários momentos distintos onde os estudantes têm a
oportunidade de adquirir e produzir conhecimento através de aulas teóricas em sala de
aulas com os professores e posteriormente atuar nas apresentações para toda escola em
dia de exposição de trabalhos e experimentos.
Os trabalhos melhores avaliados serão classificados para participar do Circuito
de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal, organizado pela Secretaria de
Educação do Distrito Federal.
Dia da Consciência Negra:
De acordo com a Lei nº 10.639/2003, art. 26: torna-se obrigatório o ensino sobre
História e Cultura Afro-Brasileira e os conteúdos referentes a este assunto devem ser
ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação
Artística, Literatura e História Brasileira. Esse projeto tem a finalidade de valorizar a
cultura negra e seus afrodescendentes e afro-brasileiros, na escola e na sociedade;
promover uma educação ética, voltada para o respeito e convívio harmônico; promover
debates e reflexões críticas sobre as diferenças raciais e a importância de cada um no
processo de construção de nosso país, estado e comunidade; criar espaços para as
manifestações artísticas da cultura negra.
Festa Junina: Tem o objetivo de fortalecer os laços entre família e a escola, ou seja,
aproximar a comunidade escolar. É um momento em que a direção, coordenadores,
alunos, professores, profissionais da educação, familiares, amigos, vizinhos, etc.
participam do processo de ensino e aprendizagem, estimulando a socialização, a
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interação, como também, este projeto se propõe a valorizar a diversidade cultural do
nosso país.
Inter classe – Jogos Escolares
São realizadas atividades esportivas diversificadas como futsal, basquete, tênis
de mesa, xadrez, queimada, onde os alunos participam de competições, sendo então os
campeões premiados.
A atividade e esportiva é de extrema importância para o desenvolvimento das
capacidades e habilidades motoras e cognitivas dos alunos. Tendo em vista que a prática
desportiva dentro das escolas tem perdido espaço, pois a internet e jogos eletrônicos têm
preenchido um período grande na vida de crianças e jovens, onde estas deveriam estar
se exercitando, torna-se importante realizar o Projeto Jogos Interclasse, pois é a
oportunidade de vivenciar e valorizar outras atividades físicas. Dessa forma, vale frisar
que o Projeto Jogos Interclasse não pode ser visto apenas como divertimento ou
brincadeira, pois favorece dentre outros aspectos, o desenvolvimento físico, cognitivo,
afetivo e principalmente a interação e o respeito entre os participantes. Bem como,
movimenta o espaço escolar.
13- Plano de Ação para implementação do Projeto Político Pedagógico
Da justificativa:
Para planejarmos um ano letivo é sempre necessário que conheçamos a
realidade de nosso contexto para que possamos definir, coletivamente, o escopo do
nosso planejamento. Temos que ter os pés no chão e consequentemente olharmos para
o horizonte a nossa frente com a certeza que todos os objetivos planejados são passíveis
de adequação e execução as novas realidades que advirão. Einstein já dizia: “O
conhecimento é morto, a escola, no entanto, serve aos vivos.”
É com esse enfoque que queremos trabalhar na busca de uma escola de
qualidade, construindo no ambiente escolar um sentimento coletivo de responsabilidade
e comprometimento pessoal, uma proposta para a reconstrução de uma escola melhor
fazendo com que os nossos alunos possam se tornar agentes políticos e sociais em seu
processo educacional.
Dos Objetivos Gerais:
O presente Plano de Trabalho tem como objetivos apresentar uma breve
descrição dos problemas mais significativos e propor procedimentos específicos nas
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áreas administrativa, pedagógica e financeira buscando soluções para situações
consideradas prioridades.
Das Dimensões de gestão
OBJETIVO: Garantir a autonomia da Unidade Escolar em todas suas dimensões: Pedagógica, Administrativa e Financeira.
METAS: Fazer com que a escola se torne autônoma para suprir as necessidades de toda a comunidade escolar.
ESTRATÉGIA: Utilizar o que preconiza a Lei nº 4751, Lei da Gestão Democrática e o decreto n° 29.244/2008 - Sistema de Ensino do Distrito Federal.
CRONOGRAMA: Todo ano letivo.
OBJETIVO: Garantir a permanência do aluno na escola.
METAS: Estimular a leitura com representação de livros, fazendo o aluno entender o que está lendo.
ESTRATÉGIA: Abrir a sala de leitura durante todo ano letivo.
CRONOGRAMA: Durante todo ano letivo.
OBJETIVO: Envolver a comunidade escolar no desenvolvimento da proposta político pedagógica da escola.
METAS: Melhorar a política pedagógica da escola.
ESTRATÉGIA: Aplicar questionários Junto à comunidade escolar; promover reuniões e palestras.
CRONOGRAMA: Início do ano letivo.
OBJETIVO: Possibilitar condições igualitárias no exercício do pleno direito de escolarização
METAS: Atender a todos os alunos em Idade escolar que moram na comunidade e comunidades circunvizinhas
ESTRATÉGIA: Colocar faixas e cartazes; Enviar bilhetes para incentivar os pais a matricular seus filhos na escola; Utilizar outros meios de comunicação.
CRONOGRAMA: Início do ano letivo.
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OBJETIVO: Aumentar o índice de aprovação.
METAS: Fazer da aula de reforço um ambiente que atraia o aluno de forma mais efetiva.
ESTRATÉGIA: Discutir conjuntamente com os professores, supervisores e coordenadores, a melhoria do ensino;
Desenvolver rotinas de reforço escolar;
Avaliar o desempenho e fazer as devidas correções melhorando as rotinas.
CRONOGRAMA: Em todas as coordenações pedagógicas.
OBJETIVO: Estimular a participação da comunidade como atores do avanço educacional e da qualidade de vida de todos.
METAS: Desenvolver atividades pedagógicas com os pais.
ESTRATÉGIA: Promover encontros palestras e seminários com temas pertinentes.
CRONOGRAMA: Durante todo o ano letivo.
OBJETIVO: Fortalecer a participação do conselho escolar
METAS: Fazer com que os pais participem da vida escolar de seu filho e melhore o relacionamento da comunidade como um todo.
ESTRATÉGIA: Promover reuniões e palestras como preconiza o decreto 29.207 de 26/06/2008.
CRONOGRAMA: Mensal e Bimestre.
OBJETIVO: Aperfeiçoar as ações do Conselho Escolar.
METAS: Melhorar a convivência democrática na escola por meio do decreto 29.207 de 26/06/2008.
ESTRATÉGIA: Realizar reuniões com os membros do conselho escolar para prestação de contas e discutir os anseios da comunidade.
CRONOGRAMA: Mensalmente.
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OBJETIVO: Resgatar os Parceiros da Escola
METAS: Trazer os empresários para participar do dia a dia da escola.
ESTRATÉGIA: Promover encontros com empresários e demais membros da comunidade.
CRONOGRAMA: Durante todo ano letivo.
OBJETIVO: Reduzir a evasão escolar.
METAS: Reduzir a evasão escolar à zero.
ESTRATÉGIA: Estimular o aluno a frequentar a escola em turno contrário ao das aulas para realizar as atividades do reforço escolar e outras atividades; Fazer da escola um ambiente agradável.
CRONOGRAMA: Durante todo ano letivo.
OBJETIVO: Incentivar os pais e/ou responsáveis a participarem das atividades na escola.
METAS: Envolver os pais e/ou responsáveis nas atividades escolares proporcionando aos mesmos um maior comprometimento.
ESTRATÉGIA: Ofertar atividades culturais e recreativas nos finais de semana e feriados, agendar palestras e seminários envolvendo alunos e também professores.
CRONOGRAMA: Encontro por bimestrais.
OBJETIVO: Estimular o trabalho em grupo, a cooperação entre os alunos e a comunidade.
METAS: Proporcionar o uso e utilização do espaço da escola pela comunidade.
ESTRATÉGIA: Programar festas comemorativas e culturais na escola, com a participação de todos.
CRONOGRAMA: De acordo com o calendário de atividades da escola.
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OBJETIVO: Ampliar o IDEB para índices satisfatórios até 2019.
METAS: Diminuir a defasagem de conteúdo e reduzir em 50% o índice de reprovação nas séries finais priorizando os 6º anos.
ESTRATÉGIA: Montar grupos de reforço escolar e grupos de estudos na escola.
CRONOGRAMA: Durante todo ano letivo.
OBJETIVO: Promover a inclusão digital.
METAS: Utilizar computadores para estimular o aluno desenvolver suas potencialidades.
ESTRATÉGIA: Viabilizar o uso do laboratório de informática da escola.
CRONOGRAMA Durante no letivo.
No contexto da Informática, salienta-se que;
O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a- dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento – sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas... GOUVEIA (1999, p.85)
OBJETIVO: Desenvolver um processo coletivo de discussão e reflexão sobre a valorização da vida, autoestima, equilíbrio e uso da liberdade com responsabilidade.
METAS: Desenvolver no aluno o espírito competitivo sadio, mostrando as vantagens e necessidades de um esforço constante, buscando sempre o aprender
ESTRATÉGIA: Promover seminários e palestras em parcerias com entidades públicas e privadas
CRONOGRAMA: De acordo com agenda de profissionais da área
As propostas e objetivos contidos nesse Plano de Trabalho serão debatidos de
forma democrática entre todos os segmentos da escola na formulação do Projeto
Político
31
Pedagógico, permitindo a sua construção coletiva e as adequações necessárias ao
programa de Gestão Compartilhada.
14- Acompanhamento e avaliação do PPP.
Entende-se o Projeto Político Pedagógico como o documento que contém, entre
outras informações, o que se pretende executar na escola durante o ano e para isso
faz-se necessário que o que foi planejado aqui esteja em constante acompanhamento
e avaliação.
Pretende-se uma reunião nesse primeiro semestre com toda a comunidade
escolar para que seja discutido o que colocaremos no PPP do ano vigente. Para os
próximos anos pretende-se fazer esta reunião logo na primeira semana de aula e
deverá participar estudantes, pais, professores e toda a comunidade escolar. A
avaliação será semestral, através de formulários próprios, entrevistas, questionários,
com questões onde cada segmento se reunirá para respondê-las. Em seguida se fará
uma mesa redonda apontando pontos positivos e negativos do plano de trabalho com
sugestões para sua melhoria.
A sistematização de avaliação contará com a participação de toda a comunidade
escolar e terá como instrumento principal os Indicadores de Qualidade da Educação.
É por meio desta prática que a comunidade escolar poderá conhecer, modificar,
planejar a prática administrativa e pedagógica da escola.
A avaliação terá como meta conhecer a realidade do desempenho das atividades para
corrigir as distorções e avançar no aprimoramento da qualidade do ensino e será sustentada
por procedimentos de observação e registros contínuos permitindo assim o acompanhamento
do plano.
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15- Projetos específicos individuais ou interdisciplinares da escola
Projeto Objetivos Principais Ações Professor responsável
Avaliação do projeto e no projeto
Gincana Pedagógica Interdisciplinar
Preparar os alunos para as avaliações bimestrais
Reforçar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos trabalhados ao longo do bimestre a partir de uma perspectiva pedagógica não tradicional, com a físicas, e que busque o desenvolvimento de diferentes habilidades necessárias a vida do educando
Elaboração de questões interdisciplinares a respeito dos conteúdos trabalhados no bimestre
Montar a apresentação para realizar a atividade
Elaborar as provas físicas que farão parte da gincana
Informar os alunos sobre a realização da atividade e explicitar os conteúdos que serão abordados na Gincana
Realização da Gincana
Recompensar os alunos que participaram e se comprometeram durante a realização da atividade
Hugo, Samara e Natézia
Comparar o desempenho dos alunos nas provas bimestrais antes da realização da Gincana e depois para avaliar os resultados dos alunos
Observar o comprometimento e motivação com a preparação e realização da atividade
Analisar a disciplina na realização das provas e ao responder as questões
33 16- Plano de ação da Coordenação Pedagógica
Objetivos da aprendizagem Conteúdos
culturais
Eixos
transversais
Estratégias de ensino-
aprendizagem
Estratégias de avaliação
para aprendizagem
Cronograma do
trabalho
-Identificar os fatores que
influenciam a relação estudante
natureza (influencias culturais e
geográficas).
-Buscar atitudes que visam
melhorar o uso da água
-Identificar eventos culturais e
religiosos da Grande Fercal e
que interferem no cotidiano
pedagógico.
-Fazer um levantamento
histórico- geográfico da região
da grande Fercal.
- Identificar os fatores que
levam a gestação na
adolescência na região.
-Musicalização e sua influência
nas relações interpessoais
- Poluição
-
Temperatura
- Qualidade da
água
-
Preservação da
cultura regional
- História da
formação das
comunidades
-Estudo do espaço
geográfico e da
sociedade local
- A estrutura
familiar.
-Sustentabilidade
- Cidadania
- Direitos
humanos
- Diversidade
- Sexualidade
na adolescência
- Palestras de
orientação
sexual e
debates.
- Visita de campo pelo
corpo docente para
conhecimen to da
região da Grande
Fercal.
- Registro da
pesquisa- ação.
-
Socializaçã o do
registro.
-
Adequação do
conhecimento ao
interesse do corpo
discentes.
- Formação de grupos
folclóricos e coral.
- Participação direta.
- Inclusão.
- Adequação das
metodologias.
- Construção de
subprojetos.
- Canal direto.
Perguntas sobre
relações pessoais e
saúde.
Anual, com
culminância no 4ª
bimestre através de
Mostra Cultural
para a comunidade
escolar.
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Plano de Ação Serviço de Orientação Educacional – SOE
• Atualmente estamos sem Orientador Educacional no turno diurno.
• Justificativa dos projetos: Os projetos desenvolvidos pelo SOE tem como objetivo
estimular os alunos a estudar, melhorar sua autoestima (já visando melhorar as
perspectivas de vida e trabalho e a sexualidade, e que também perpassa pelo
estímulo aos estudos), prevenir o uso de drogas – mostrando os malefícios físicos,
psicológicos e sociais – e projetos pontuais visando minimizar a desestrutura familiar
e as dificuldades de aprendizagem. Além disso, trabalhar em conjunto com a Sala de
Recursos, de forma a atender e resguardar os alunos com Necessidades Especiais.
• Quantitativo de alunos: 154 alunos
• Níveis de ensino atendidos no noturno: 1º ao 3º Ano do Ensino médio (Faixa estaria:
16 a 50 anos)
• Perfil da clientela: Rural apesar de acordo com o PDOT a escola ser Urbana
• Detalhes relevantes: Falta de estímulo para os estudos, falta de perspectivas de vida
e trabalho, baixa autoestima, sexualidade exacerbada e mal conduzida, uso e venda
de drogas nas redondezas, desestrutura familiar e dificuldade de aprendizagem.
• O projeto Plano de Ação está em consonância com o PPP da Instituição Escolar,
assim como seus projetos.
• Os projetos são flexíveis como forma de se adaptar à realidade escolar, que é um
organismo vivo. Também são, sempre que possível, em parceria com todos os
representantes da instituição, visando a sinergia (saber ultrapassar conflitos e criar
cooperação, uma cooperação criativa) e pertencimento ao PPP da escola.
• Cronograma- Ações interventivas ao longo do ano letivo.
• Avaliação- A participação do SOE tem sido positiva em recuperar a autoestima e a
confiança do estudante, bem como fornecer alicerce para ações que visam a proteção
do menor conforme o Estatuto da criança e do adolescente e garantir seu sucesso
pedagógico.
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Plano de Ação sala de Recursos
A importância desse Plano de Ação se pauta em fazer valer a escola inclusiva onde
seu papel principal seja que todos os alunos matriculados no ensino regular com
necessidades educacionais especiais ou não possam aprender juntos independente de
qualquer diferença.
Objetivos de aprendizagem
Conteúdos Curriculares
Eixos Transversais
Estratégias de Ensino-
aprendizagem
Estratégias de avaliação para a aprendizagem
Ampliar as
potencialidad
es cognitivas
do aluno com
necessidades
educacionais
especiais
(NEEs)
A sala de recursos fará o acompanhamento dos estudantes com necessidades especiais em todos os componentes curriculares
Cidadania
Inclusão
Direitos humanos
Explorar os recursos tecnológicos da sala Fazer adaptações Curriculares de Pequeno Porte são modificações promovidas no currículo, pelo professor, de forma a permitir e promover a participação produtiva dos alunos
Acompanhamento sistemático do aluno portador de necessidade especial. Promover a integração deste estudante. Dar apoio pedagógico e emocional para que o estudante se sinta acolhido e possa desenvolver suas potencialidades.
Para Gallo (1994) “A organização curricular das disciplinas coloca-as como realidades
estanques, sem interconexão alguma, dificultando para os alunos a compreensão do
conhecimento como um todo integrado, a construção de uma cosmovisão abrangente que
lhes permita uma percepção totalizante da realidade.”
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17– Referências Bibliográficas
BORBA, Marcelo C. e PENTEADO, Miriam Godoy – Informática e Educação matemática –
coleção tendências em Educação Matemática – coleção tendências em Educação
Matemática – Autêntica, Belo Horizonte – 2001.
DISTRITO FEDERAL (BRASIL). Secretaria de Estado de Educação, Currículo de educação
básica das escolas públicas do Distrito Federal: ensino fundamental 5ª a 8ª série. 2 ed./
Secretaria de Estado de Educação. – Brasília: Subsecretaria de Educação Pública, 2002.
402 p
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo:
Loyola, 1993.
FLORES, Angelita Marçal – A Informática na Educação: Uma Perspectiva Pedagógica –
monografia – Universidade do Sul de Santa Catarina 1996 –
http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/aprender/docs/monogr.htm (nov/2002).
GALLO, Sílvio (1994). Educação e Interdisciplinaridade; Impulso, vol. 7, nº 16. Piracicaba:
Ed. Unimep, p. 157-163.
GOUVÊA, Sylvia Figueiredo – Os caminhos do professor na Era da Tecnologia – Acesso
Revista de Educação e Informática, Ano 9 – número 13 – abril 1999.
PERRENOUD, Philipp. Dez novas competências para ensinar; trad. Patrícia Chittoni Ramos.
– Porto Alegre: Artes Médicas.