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GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA - sefaz.ba.gov.br · O Relatório Contábil, parte componente da Prestação de Contas, apresenta uma ... da sociedade, inclusive com apresentação de

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  • GOVERNO DO ESTADO DA BAHIASecretaria da Fazenda

    DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO

    Exerccio de 2014

    SALVADOR, BAHIA2015

  • Normalizao: Biblioteca SEFAZ/UCS

    Av. Luiz Viana Filho, 2 Avenida, 260 CAB CEP 41745-003

    Tel: (71) 3115-5059 Fax: (71) 3115-8761

    www.sefaz.ba.gov.br [email protected]

    B171 Demonstraes Contbeis Consolidadas do Estado Exerccio 2014. Salvador: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, 2015. 757 p. : il. color. Anual. Ttulos anteriores: Balano Geral do Estado - at 2006; Balano Consolidado do Estado at 2008.

    1. Administrao pblica Prestao de contas Bahia. I. Bahia. Secretaria da Fazenda. II. Ttulo.

    CDD 336.1 CDU 336.143.21(813.8)

  • Governo da Bahia

    GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA

    Governador

    JAQUES WAGNER

    Secretrio da Fazenda

    MANOEL VITRIO DA SILVA FILHO

    Subsecretrio da Fazenda

    JOO BATISTA ASLAN RIBEIRO

    Chefe de Gabinete

    ADRIANO TADEU OLIVEIRA GUEDES CHAGAS

    Superintendente de Administrao Financeira

    WALTER CAIRO DE OLIVEIRA FILHO

    Coordenador Geral de Planejamento, Acompanhamento e Controle Financeiro

    ANTNIO HUMBERTO NOVAIS DE PAULA

    Diretor da Contabilidade Pblica

    MANUEL ROQUE DOS SANTOS FILHO

    Diretor do Tesouro

    WALDEMAR SANTOS FILHO

  • Governo da Bahia

    SUMRIO

    APRESENTAO ..................................................................................................................... 07

    1. INTRODUO ....................................................................................................................... 09

    Anlise da Economia Baiana e Brasileira em 2014 .................................................. 09

    Desempenho da arrecadao em relao previso, e providncias adotadas

    no mbito da fiscalizao das receitas e combate sonegao (Art. 58 da LRF) 1 0

    Aes Implementadas na rea Financeira .................................................................. 1 9

    2. NOTAS EXPLICATIVAS ..................................................................................................... 25

    3. GESTO ORAMENTRIA .............................................................................................. 34

    Balano Oramentrio ....................................................................................................... 35

    Resultado Oramentrio ................................................................................................... 36

    Receita Oramentria ........................................................................................................ 38

    Receitas Correntes .................................................................................................... 4 1

    Receitas de Capital .................................................................................................... 43

    Despesa Oramentria ..................................................................................................... 46

    Despesas Correntes ................................................................................................. 48

    Despesa de Capital ................................................................................................... 49

    Despesas de Exerccios Anteriores .............................................................................. 51

    Gesto Oramentria dos Fundos Especiais .............................................................. 58

    Fundo Estadual de Combate Pobreza FUNCEP ....................................... 58

    Fundo de Cultura da Bahia FCBA ...................................................................... 59

    Fundo de Investimentos Econmico e Social da Bahia FIES ................. 60

    4. GESTO FINANCEIRA ...................................................................................................... 61

    Balano Financeiro ............................................................................................................. 61

    Saldo para o Exerccio Seguinte .................................................................................... 63

    Anlises Financeiras............................................................................................................ 63

    Resultado Financeiro ......................................................................................................... 64

    5. GESTO PATRIMONIAL .................................................................................................... 65

    Balano Patrimonial ............................................................................................................ 65

    Ativo Circulante .................................................................................................................... 68

    Passivo Circulante ................................................................................................................ 69

    Apurao do Dficit ou Supervit de Curto Prazo ................................................... 70

    Ativo no Circulante ........................................................................................................... 70

    Passivo no Circulante ..................................................................................................... 73

    Patrimnio Lquido .............................................................................................................. 75

    Demonstrao das Variaes Patrimoniais ............................................................... 77

    6. GESTO ECONMICA ................................................................................................... 82

    7. GESTO FISCAL .................................................................................................................. 85

    Receita Corrente Lquida ................................................................................................... 85

    Receitas e Despesas Previdencirias do Regime Prprio dos

    Servidores Pblicos ................................................................................................ 87

    Resultado Primrio .............................................................................................................. 91

    Resultado Nominal .............................................................................................................. 92

    Aplicao de Recursos em Sade ................................................................................ 93

    Aplicao de Recursos em Educao ......................................................................... 96

    Despesa com Pessoal ....................................................................................................... 99

    Disponibilidade de Caixa ................................................................................................... 100

    Restos a Pagar ..................................................................................................................... 100

    Parcerias Pblico-Privadas contratadas pelo Estado .............................................. 101

    Garantias e Contragarantias de Valores ..................................................................... 100

    Operaes de Crdito ...................................................................................................... 100

    Dvida Pblica ....................................................................................................................... 103

    8. GLOSSRIO ......................................................................................................................... 1 15

    9. ORGOS DA ADMINISTRAO DIRETA ................................................................... 125

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    10. ENTIDADES DA ADMINISTRAO INDIRETA E FUNDOS ................................ 126

    Autarquias ........................................................................................................................... 126

    Fundaes .......................................................................................................................... 126

    Fundos ................................................................................................................................. 126

    Empresas Estatais Dependentes ................................................................................. 127

    Empresas Pblicas ..................................................................................................... 127

    Sociedades de Economia Mista ........................................................................... 127

    11. REFERNCIA BIBLIOGRFICA ..................................................................................... 128

    12. ANEXOS DA LEI 4.320/64 ............................................................................................. 131

    Administrao Consolidada Todos os Poderes ................................................ 131

    Declarao do Registro de Encerramento do Exerccio no FIPLAN ................................... 133

    Anexo 1 Demonstrativo da Receita e da Despesa Segundo as

    Categorias Econmicas ....................................................................................................... 135

    Anexo 2 Demonstrativo da Receita ........................................................................ 139

    Anexo 2 Demonstrativo da Despesa (Consolidado) ......................................... 195

    Anexo 2 Demonstrativo da Despesa por rgos ............................................. 203

    Anexo 6 Programa de Trabalho do Governo Demonstrativo da Despesa

    por Funo/SubFuno/Programa por rgo e Unidade Oramentria ....... 373

    Anexo 7 Programa de Trabalho do Governo Demonstrativo da Despesa

    por Funo/SubFuno/Programa por Projeto e Atividade .............................. 503

    Anexo 8 Programa de Trabalho do Governo Demonstrativo da Despesa

    por Funo/SubFuno/Programa, conforme o vnculo com os recursos .... 535

    Anexo 9 Demonstrativo da Despesa por rgo e Funo ............................ 573

    Anexo 10 Comparativo da Receita Orada com a Arrecadada ..................... 589

    Anexo 11 Comparativo da Despesa Autorizada com a Realizada ................. 631

    Anexo 12 Balano Oramentrio .............................................................................. 647

    Anexo 13 Balano Financeiro ..................................................................................... 655

    Anexo 14 Balano Patrimonial .................................................................................... 661

    Anexo 15 Demonstrativo das Variaes Patrimoniais ....................................... 667

    Anexo 16 Demonstrativo da Dvida Fundada (Interna e Externa) ................... 675

    Anexo 17 Demonstrativo da Dvida Flutuante ....................................................... 679

    Administrao Consolidada Poder Executivo .................................................. 683

    Anexo 12 Balano Oramentrio ............................................................................. 685

    Anexo 13 Balano Financeiro .................................................................................... 693

    Anexo 14 Balano Patrimonial ................................................................................... 699

    Anexo 15 Demonstrativo das Variaes Patrimoniais ....................................... 705

    13. DEMONSTRATIVOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL LRF .......... 711

    Balano Oramentrio Receita ................................................................................. 713

    Balano Oramentrio Despesa .............................................................................. 715

    Demonstrativo da Execuo das Despesas por Funo e Subfuno .......... 716

    Demonstrativo da Receita Corrente Lquida ............................................................ 722

    Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdencirias do Regime

    Prprio dos Servidores Pblicos ................................................................................. 723

    Demonstrativo do Resultado Nominal ....................................................................... 725

    Demonstrativo do Resultado Primrio ....................................................................... 726

    Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e rgo ...................................... 728

    Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manuteno e

    Desenvolvimento do Ensino MDE ........................................................................... 729

    Demonstrativo das Receitas de Operaes de Crdito e Despesas de Capital .. 733

    Demonstrativo da Projeo Atuarial do Regime Prprio de Previdncia

    Social dos Servidores Pblicos .................................................................................... 734

    Demonstrativo da Receita de Alienao de Ativos e Aplicao dos Recursos ........... 737

    Demonstrativo da Receita Lquida de Impostos e das Despesas Prprias

    com Aes e Servios Pblicos de Sade .............................................................. 738

    Demonstrativo das Parcerias Pblico-Privadas ....................................................... 741

    Demonstrativo Simplificado do Relatrio Resumido de Execuo Oramentria .. 742

    Demonstrativo da Execuo das Despesas

    por Emendas Individuais dos Deputados Estaduais .............................................. 744

    Demonstrativo da Despesa com Pessoal

    do Poder Executivo e da Defensoria Pblica ........................................................... 746

    Demonstrativo da Dvida Consolidada Lquida ....................................................... 747

    Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores ............................. 749

    Demonstrativo das Operaes de Crdito .............................................................. 750

    Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa ........................................................... 752

    Demonstrativo dos Restos a Pagar ............................................................................. 755

    Demonstrativo Simplificado do Relatrio de Gesto Fiscal .............................. 757

  • Governo da Bahia

    7

    A Superintendncia de Administrao Financeira da Secretaria da Fazenda, responsvel pelo levantamento das Demonstraes Contbeis Consolida-das e pela elaborao do Relatrio Contbil da Administrao Pblica Estadual,

    apresenta a Prestao de Contas do Excelentssimo Senhor Governador do Esta-

    do da Bahia, concernente ao exerccio financeiro de 2014.

    Cumpre, assim, o Estado, seu dever constitucional de dar transparncia de suas

    aes e gesto financeira sociedade baiana. Este Relatrio ser encaminhado

    Assembleia Legislativa, na forma do Artigo 105, inciso XV, da Constituio do

    Estado da Bahia de 1989.

    As Demonstraes Contbeis Consolidadas do Estado evidenciam os resultados

    das gestes Oramentria, Financeira e Patrimonial da Administrao Direta, das

    Autarquias, das Fundaes, dos Fundos Especiais e a execuo oramentria

    das Empresas Estatais Dependentes, elaborados segundo as normas federais e

    estaduais que regem a matria, em especial a Lei Federal n 4.320, de 17 de maro

    de 1964, e incorporam as mudanas introduzidas pela Lei Federal n 101/2000 (Lei de

    Responsabilidade Fiscal LRF) e Resolues do Conselho Federal de Contabilidade

    (Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico NBCASP),

    complementadas pelas orientaes contidas nas portarias federais publicadas

    pela Secretaria do Tesouro Nacional STN, sendo os dados contbeis oriundos

    essencialmente do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e

    Finanas FIPLAN.

    O FIPLAN, implantado em 2013, teve em 2014 seu ano de consolidao. Neste

    exerccio foram revistos alguns procedimentos e funcionalidades, acrescentados

    novos e os usurios solidificaram seu conhecimento do sistema. A partir de 2015

    espera-se retomar a customizao de mdulos que ficaram para uma etapa

    posterior implantao e o desenvolvimento de novas funcionalidades para

    torn-lo cada vez mais preparado para facilitar a gesto das finanas do Estado.

    O Relatrio Contbil, parte componente da Prestao de Contas, apresenta uma

    anlise mais detalhada das informaes contbeis e fiscais, buscando o uso de

    uma linguagem de fcil entendimento a todo cidado dos vrios segmentos

    da sociedade, inclusive com apresentao de glossrio dos termos tcnicos

    utilizados. Alm disso, foram utilizados grficos, tabelas e notas explicativas para

    permitir uma melhor visualizao dos dados constantes dos Balanos e demais

    Demonstraes Contbeis.

    APRESENTAO

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    8

    Os relatrios constantes da presente prestao de contas demonstram

    que o Estado da Bahia, apesar das crises externas que tem afetado a

    economia nacional e, consequentemente, afetado suas receitas de forma

    negativa, tem cumprido todos os indicadores constitucionais, os da Lei de

    Responsabilidade Fiscal e os do Programa de Reestruturao e Ajuste Fiscal

    PAF, tem mantido o equilbrio fiscal e continua firme no seu propsito de

    reduzir as desigualdades, criar oportunidades para todos e cuidar do bem-

    estar social.

    Walter Cairo de Oliveira Filho

    Superintendente de Administrao Financeira

  • Governo da Bahia

    9

    1.1 Anlise dA economiA BAiAnA no contexto dA economiA BrAsileirA em 2014

    A economia brasileira apresenta em 2014 desempenho inferior ao registrado em

    2013. Estima-se uma alta do Produto Interno Bruto PIB em torno de 0,2%, contra

    2,3% realizado no exerccio passado. O Governo Federal deu continuidade s

    medidas de estmulo economia, mantendo algumas desoneraes de impostos,

    porm adotou uma poltica monetria mais restritiva, diante da evoluo dos

    ndices de inflao.

    O ndice de Preos ao Consumidor Amplo IPCA, indicador oficial de inflao,

    encerrou o ano com percentual de 6,38% acima do centro da meta de 4,5%

    estabelecida pelo governo, mas ainda assim, abaixo do teto da meta (6,5%). Esse

    cenrio contribuiu para que o Banco Central do Brasil elevasse gradualmente a

    taxa de juros, saindo de 10% no incio do ano, at alcanar o patamar de 11,75% no

    final de 2014.

    Mantendo a tendncia de 2013, a cotao do dlar americano, frente ao real,

    aumentou de valor prximo a R$ 2,34 no incio do ano, para um patamar em

    torno de R$ 2,55 no final de 2014, o que favorece aos exportadores nacionais,

    mas encarece as importaes e a dvida externa. A balana comercial encerrou

    o exerccio com dficit de US$ 3,93 bilhes. J as transaes correntes

    tiveram um dficit de US$ 90,9 bilhes, que foi financiado parcialmente

    pelo investimento estrangeiro direto, que, de janeiro at dezembro, soma

    US$ 62,5 bilhes. As reservas internacionais encerraram o exerccio com

    saldo de US$ 374,1 bilhes, valor ligeiramente menor que o registrado em

    2013 (US$ 375,8 bilhes).

    Quanto ao desempenho da economia baiana, de acordo com a Superintendncia

    de Estudos Econmicos e Sociais da Bahia SEI, houve expanso de 0,6% do PIB

    baiano no 3 trimestre do ano. A agropecuria apresentou crescimento de 7,2%

    o que se deve recuperao de parte das lavouras, que, at a safra anterior,

    vinha sofrendo com os efeitos da seca que atingiu o estado. Tambm apresentou

    crescimento o segmento de servios, com 1,9%. J a indstria apresentou retrao

    de 3,1%. Com estes resultados, a SEI estima que o crescimento do PIB baiano em

    2014 ser da ordem de 1,5%.

    A safra agrcola de 2014, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de

    Geografia e Estatstica IBGE, realizado em dezembro, estimada em 7,6 milhes

    de toneladas, o que representa um aumento de 24,7% em relao safra de 2013.

    1. INTRODUO

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    10

    O comrcio varejista apresentou crescimento de 5,5% no acumulado de 12

    meses, at setembro. Os maiores impactos positivos no varejo baiano, em

    agosto, referem-se aos segmentos de Combustveis e lubrificantes (9,6%),

    Artigos farmacuticos, mdicos, ortopdicos, de perfumaria e cosmticos

    (16,0%) e Outros artigos de uso pessoal e domstico (16,9%). Em sentido

    contrrio, os segmentos que negativamente influenciaram foram Mveis

    e eletrodomsticos (-10,2%), Equipamentos e materiais para escritrio,

    informtica e comunicao (-19,7%) e Tecidos, vesturio e calados (-5,2%).

    J o segmento industrial foi o principal destaque negativo da atividade

    econmica no terceiro trimestre. No acumulado de 12 meses, at setembro,

    comparando-se com igual perodo do ano anterior, os segmentos da

    indstria de transformao que mais contriburam para essa retrao foram

    os de veculos automotores (-40,4%), equipamentos de informtica (-41,4%)

    e metalurgia (-5,9%). Por outro lado, contribuiu positivamente o segmento

    de produo, distribuio e comercializao de gua, energia eltrica, gs

    e esgoto, influenciado pelo aumento do consumo de energia industrial

    com base de comparao reduzida e pelo aumento na gerao de

    fontes elicas. A construo civil teve retrao de 4,1% essa retrao

    est associada a um menor nvel de lanamentos imobilirios e no foi

    maior por conta das obras de infraestrutura no mbito da administrao

    pblica.

    Com relao ao comrcio exterior, as exportaes baianas alcanaram

    US$ 9,31 bilhes, valor 7,8% abaixo do registrado em 2013. As importaes,

    ao contrrio, tiveram um incremento de 4,6%, totalizando US$ 9,30

    bilhes. O saldo comercial totalizou US$ 14,5 milhes, o que representa

    uma queda de 98,8% em relao ao ano anterior. A queda nos preos

    dos produtos exportados pelo estado foi o principal responsvel por

    este desempenho negativo, agravado ainda pela perda de mercados

    dos produtos industrializados, principalmente pela recesso econmica

    argentina e pela lenta recuperao da economia global.

    O Estado alcanou um saldo positivo de 22,0 mil postos de trabalho

    formais, at dezembro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados

    e Desempregados CAGED. Para 2015, as perspectivas para a economia

    baiana esto atreladas ao tamanho do ajuste na economia brasileira,

    tendo os investimentos em infraestrutura papel decisivo no processo

    de desenvolvimento e incluso social. Tambm a continuidade dos

    investimentos privados previstos para a Bahia pode mais uma vez

    assegurar crescimento acima da mdia nacional.

    1.2 desempenho dA ArrecAdAo em relAo previso, e providnciAs AdotAdAs no mBito dA fiscAlizAo dAs receitAs e comBAte sonegAo (Art. 58 dA lrf)

    Observa-se a arrecadao total do ICMS ultrapassando em R$ 1,78 bilho

    o valor previsto, ou seja, uma superao de 11,31% em relao meta.

    Todos os segmentos tiveram um desempenho positivo, destacando-

    se, em valores absolutos, os segmentos Petrleo, Comrcio Varejista,

    Servios de Utilidade Pblica e Comrcio Atacadista, nesta ordem.

    Houve incremento de arrecadao de todos os tributos, exceto os classificados

    em outras receitas, resultando em um crescimento nominal total de todos os

    tributos em 7,82%, conforme ilustrado no Grfico 1.01.

  • Governo da Bahia

    11

    AES PARA O INCREMENTO DA ARRECADAO FISCALIzAO:

    IMPLEMENTAO DOS PRIMEIROS ESTGIOS DA MALHA

    FISCAL CENSITRIA MFC:

    A Malha Fiscal abarca, inicialmente, o cruzamento de dados da Nota Fiscal

    Eletrnica, Escriturao Fiscal Digital e outras fontes de informao, visando

    detectar, no universo de operaes com mercadorias, as desconformidades que

    buscam evitar o pagamento do ICMS e direciona para programao sistemtica

    de fiscalizao. Situaes foco:

    z operaes que envolvem o ICMS ST (Substituio Tributria);

    Grfico 1.01 ARRECADAO DO ICMS, IPVA, ITD, TAXAS E OUTRAS RECEITAS- Comparativo com o ano anterior Bahia, 2014

    Fonte: SIGAT - Janeiro de 2015 (Valores em R$ bilhes)ICMS IPVA ITD TAXAS OUTRAS RECEITAS TOTAL

    16,25%17,52%

    0,87% 0,97%0,08% 0,09% 0,45% 0,49% 0,10% 0,06%

    17,75%19,13%

    0

    5

    10

    15

    20 2013 2014

    TABELA 1.01

    COMPORTAMENTO DA ARRECADAO DO IMPOSTO SOBRE A CIRCULAO DE MERCADORIAS E PRESTAO DE SERVIOS ICMS, POR SEGMENTO, COM O VALOR PREVISTO VERSUS O REALIzADO NO EXERCCIO DE 2014, O VALOR DO INCREMENTO E A VARIAO DE PARTICIPAO RELATIVA DE CADA SEGMENTO SOBRE A ARRECADAO TOTAL

    Bahia, 2014

    SEGMENTO PREVISTO REALIzADO % REALIzADO PREVISTO REALIzADO PREVISTO % PARTIC. REALIzADO

    Agricultura 114.296,91 136.012,08 119,00 21.715,17 0,78%Agroindstria 301.004,51 350.718,87 116,52 49.714,36 2,00%Comrcio Atacadista 2.161.845,84 2.426.080,80 112,22 264.234,96 13,84%Comrcio Varejista 3.429.139,21 3.767.315,94 109,86 338.176,73 21,50%Ind Acar e lcool 0,00 15.373,53 100,00 15.373,53 0,09%Ind Bebidas 947.254,07 1.014.344,61 107,08 67.090,54 5,79%Ind Metalrgica 321.658,76 384.004,75 119,38 62.345,99 2,19%Ind Miner. e Derivados 225.573,37 233.806,40 103,65 8.233,02 1,33%Ind Qumica 704.474,09 765.321,14 108,64 60.847,05 4,37%Misto Indstria 298.813,49 312.020,29 104,42 13.206,79 1,78%Misto Servios 128.564,82 114.496,87 89,06 -14.067,94 0,65%Petrleo 3.770.939,88 4.246.653,48 112,62 475.713,60 24,23%Servios de Transporte 199.072,54 227.645,73 114,35 28.573,19 1,30%Servios de Util. Pblica 2.575.838,03 2.890.522,07 112,22 314.684,04 16,50%Supermercados 563.896,75 639.049,10 113,33 75.152,35 3,65%

    totAl 15.742.372,26 17.523.365,67 111,31 1.780.993,42 100,00%

    Fonte PGM - Janeiro de 2015 - Valores em R$ Mil (Previsto - Meta Mnima)

    Nota: a diferena registrada entre este quadro e os dados do Balano refere-se ao modo de apurao da arrecadao que difere da contabilizao, no significando divergncia de resultado.

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    12

    z aquisies por parte de contribuintes recm-inscritos no Simples Nacional

    com extrapolao de limites do seu enquadramento;

    z escriturao do saldo credor do ICMS na Escriturao Fiscal Digital EFD;

    z conformidade da escriturao fiscal eletrnica buscando identificar

    divergncias relacionadas aos eventos da Nota Fiscal Eletrnica;

    z circularizao das informaes constantes nas Notas Fiscais Eletrnicas e

    Escriturao Fiscal Digital de remetente e destinatrio.

    SISTEMA GESTOR DA ESCRITURAO FISCAL DIGITAL EFD

    Desenvolvido e colocado em produo no primeiro semestre de 2014, o Sistema

    Gestor da EFD traz as seguintes funcionalidades:

    z Controle de contribuintes obrigados a partir da carga das informaes, em

    banco de dados;

    z Prorrogao de pacotes de arquivos fiscais;

    z Consulta de arquivos da Escriturao Fiscal Digital de contribuintes a partir

    da carga das informaes, em banco de dados;

    z Consulta de contribuintes omissos a partir da carga das informaes, em

    banco de dados;

    z Consulta de pacotes de arquivos fiscais;

    z Disponibilizao de arquivos da Escriturao Fiscal Digital para a fiscalizao

    funcionando plenamente.

    A cada trimestre, definida a programao da fiscalizao, com a gerao das Ordens

    de Servio. Quando o Gestor da EFD busca na base a documentao (Escriturao

    Fiscal Digital EFD, Notas Fiscais Eletrnicas de emisso prpria e de terceiros;

    Conhecimento de Transporte Eletrnico de emisso prpria e de terceiros), gerando

    o pacote de fiscalizao, que disponibilizado para o trabalho dos Auditores.

    SISTEMA PARA SOLICITAO DE RETIFICAO DA EFD

    Foi desenvolvido em 2014 e encontra-se em fase de testes o Sistema para Solicitao

    de Retificao do arquivo EFD, que deve ser colocado em produo neste ms de

    janeiro de 2015. Atravs deste sistema que estar disponvel na pgina da SEFAZ na

    Internet, o contribuinte efetuar a solicitao para retificar sua EFD. Todo o processo

    ser automatizado, com resposta imediata, sem a necessidade da interveno humana.

    Quando a retificao da EFD for de interesse do fisco, o Auditor com Ordem de

    Servio aberta, para determinado contribuinte, acessar o mesmo sistema atravs

    da pgina da SEFAZ na Intranet utilizando sua senha para acesso aos sistemas

    e efetuar a autorizao para o contribuinte proceder retificao dos meses

    que entender necessrios serem retificados. Neste caso, estar disponvel para

    autorizao de retificao o perodo constante da sua Ordem de Servio vigente.

    CRIAO DO PAINEL DE PLANEJAMENTO DA FISCALIzAO PPF

    Sistema Web de painis para realizar a seleo de contribuintes para aes de

    fiscalizao trimestral, malha fiscal ou fiscalizao instantnea.

    Concentra informaes gerenciais sobre os contribuintes do Estado da Bahia,

    permitindo a anlise dos dados em nvel de estabelecimento, de contribuinte, de

    grupo econmico ou cenrios, a partir da filtragem e ordenamento.

  • Governo da Bahia

    13

    Assim, no ano de 2014, obteve-se um montante de R$ 1,13 bilho de crdito

    reclamado, com R$ 614,7 milhes de multas por infrao, na fiscalizao de

    estabelecimentos, com 2.556 ordens de servio concludas, apresentando um

    crescimento de 8,03% na recuperao de crdito, em relao ao ano anterior.

    ELABORAO DO PROJETO DO SISTEMA DE CONTROLE DE

    BENEFCIOS FISCAIS

    Elaborado o projeto para controle da situao de utilizao de benefcios fiscais

    com todos os requisitos formais necessrios, para construo a partir de 2015.

    Visando a alimentao do futuro sistema com os subsdios necessrios para os

    controles de todos os contribuintes que gozam de benefcios, foram tomadas

    aes pertinentes como a pesquisa e catalogao de todos os incentivos fiscais

    vigentes, levantamento da situao de todas as empresas incentivadas e de todas

    as resolues relativas aos incentivos, publicadas.

    Neste contexto, a legislao foi alterada de forma a exigir que as informaes

    sobre os incentivos fiscais passem a ser prestadas no SPED/EFD Escriturao

    Fiscal Digital do contribuinte, o que, futuramente, permitir a realizao de

    cruzamento de dados relativos ao Programa Desenvolve, visando preencher

    uma lacuna hoje existente no controle gerencial ou tcnico sobre tais

    incentivos no mbito da SEFAZ, vez que os sistemas que so utilizados hoje

    para tais informaes, no possibilitam extrao de informaes atravs de

    confronto de dados, elementos essenciais para fiscalizao desse universo de

    contribuintes.

    Esse controle se constituir em importante ferramenta que contribuir com o

    gerenciamento dos incentivos fiscais no mbito da Secretaria da Fazenda, e,

    ainda, como subsdio para tomada de deciso do Governo do Estado da Bahia.

    CRIAO DO DOMICLIO TRIBUTRIO ELETRNICO DT-E

    Em janeiro de 2015 ser disponibilizado para os contribuintes do Estado o

    Domiclio Tributrio Eletrnico (DT-e) que ser usado para troca de mensagens

    entre a Secretaria da Fazenda e o contribuinte, com validade jurdica, devendo

    dispor de interface na Internet e aplicativos para que o contribuinte possa verificar

    e consultar mensagens para ele direcionadas.

    Ao controlar os acessos s mensagens, o DT-e permitir que os sistemas que

    enviaram a mensagem realizem a contagem de prazos para efeito de automao

    do andamento de processos administrativos fiscais e tributrios.

    Este produto vir em auxlio da Administrao Tributria e simplificar para o

    contribuinte sua relao com o Fisco, trazendo agilidade e economia.

    CRIAO SELO FISCAL GUA MINERAL

    A partir de outubro do ano de 2014, foi implantado o Selo Fiscal a ser registrado pela

    Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia com obrigao de uso no lacre de todos

    os garrafes de 20 litros de gua mineral comercializados na Bahia. A medida uma

    garantia de procedncia da gua, e tambm uma nova arma no combate concorrncia

    desleal e sonegao de impostos no setor, ocasionando em incremento mdio de

    60% na arrecadao do setor em relao ao mesmo perodo do ano anterior.

    ELABORAO DO MANUAL DE COMBUSTVEIS DISPONIBILIzADO NA INTRANET

    A Coordenao de Fiscalizao de Petrleo e Combustveis disponibilizou na

    intranet um manual de combustveis que traz, de maneira didtica e simplificada,

    a legislao sobre as operaes deste segmento. O material elaborado pode ser

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    14

    acessado atravs da Intranet e elemento de suma importncia para atuao dos

    prepostos fiscais alocados na fiscalizao deste segmento.

    O material resultado de intensa pesquisa em livros especializados em refino e

    processamento de petrleo, gs natural e produo de derivados, conjugada com

    dados histricos e estatsticos do segmento de combustveis do Brasil e do resto

    do mundo, extrados de sites da internet e de revistas especializadas.

    Estruturado em dez mdulos, separados de acordo com o tipo de combustvel, o

    manual apresenta breves exposies tcnicas sobre cada produto, alm das regras

    de tributao do ICMS mais importantes vigentes nos ltimos cinco anos. Em razo

    das constantes mudanas na legislao, a SAT/COPEC ir atualizar o manual sempre

    que houver alguma alterao para que o contedo no se torne obsoleto.

    REPOSITRIO DE COMENTRIOS DE ALTERAES NA LEGISLAO

    A Diretoria de Tributao da Sefaz, unidade vinculada Superintendncia de

    Administrao Tributria SAT, retomou o trabalho de elaborao dos comentrios

    s alteraes da legislao. O material, produzido pela Gerncia de Consulta e

    Orientao GECOT da Diretoria, fica disponvel na SEFAZ Net para acesso dos

    servidores da SEFAZ, atendendo uma demanda dos servidores do Grupo Fisco

    Auditores Fiscais e Agentes de Tributos Estaduais que atuam na fiscalizao do ICMS.

    AES NA FISCALIzAO DO TRNSITO DE MERCADORIAS -

    OPERAES ESPECIAIS

    OPERAO GROS DE OURO

    Objetivos

    Estabelecer um maior controle do fluxo de entrada e sada de caf no Extremo

    Sul do Estado, bem como coibir o trnsito irregular de mercadorias e produtos de

    valor agregado com vis de risco de sonegao.

    Justificativas

    Marcar a presena do Estado;

    Inibir a circulao irregular de mercadorias;

    Repercusso na arrecadao espontnea a partir da percepo de risco

    subjetivo por parte do contribuinte.

    Resultados

    R$ 2,8 milhes para os cofres estaduais em dois meses de operao.

    Quantidade de Aes Fiscais

    732 autos de infrao/notificaes fiscais.

    Principais irregularidades

    Mercadoria sem NF-e;

    Contribuinte com situao irregular no CAD-ICMS;

    Quantidade de mercadorias transportada divergente do Doc. Fiscal;

    Falta de antecipao antes da entrada da mercadoria no Estado.

    Perodo

    novembro e dezembro de 2014.

    OPERAO GUA LEGAL

    Objetivo

    Verificar junto aos depsitos revendedores de gua Mineral o cumprimento

    da utilizao do Selo Fiscal em vasilhames de 20 litros que contenham gua

    mineral ou adicionais de sais, cuja obrigatoriedade encontra-se disciplinada no

    Decreto n 15.352 de 08 de agosto de 2014.

  • Governo da Bahia

    15

    Justificativas

    Necessidade de estabelecer maior controle no segmento de revenda de

    gua Mineral visando assegurar a origem e qualidade do produto;

    Atendimento legislao quanto obrigatoriedade da utilizao do selo

    fiscal nos vasilhames de 20 litros;

    Assegurar o recolhimento do tributo referente circulao do produto.

    Resultados

    Total de estabelecimentos fiscalizados = 343

    Com irregularidade = 20

    Valor das multas aplicadas = R$ 374.000,00

    Principais irregularidades

    Produto sendo comercializado sem documentao fiscal de origem;

    Produto sendo comercializado sem o selo.

    Perodo

    novembro 2014.

    CRIAO DO DOMICLIO TRIBUTRIO ELETRNICO

    Durante todo o exerccio de 2014, a SEFAZ atuou no desenvolvimento do

    Domiclio Tributrio Eletrnico DT-e que ser usado como forte instrumento de

    comunicao entre a SEFAZ e o contribuinte, com validade jurdica, inclusive, para

    cientific-lo das etapas do Processo Administrativo Fiscal. Ao controlar os acessos

    s mensagens, o DTe permitir que os sistemas que enviaram a mensagem

    realizem a contagem de prazos para efeito de automao do andamento de

    processos administrativos fiscais e tributrios.

    O Sistema dispor de dois mdulos: o primeiro de Interface na Internet e

    aplicativos, a fim de que o contribuinte possa verificar e consultar mensagens

    para ele direcionadas, bem como ter acesso s informaes de seu interesse

    sem a necessidade de deslocamento. O segundo mdulo, na Intranet SEFAZ,

    denominado Mdulo Gestor, ser de uso interno, com recursos de concesso

    de acesso aos usurios, envio de mensagens individuais e em lote, acesso ao

    contedo das mensagens enviadas e diversos relatrios gerenciais.

    Tal produto, com fase de concluso prevista para o primeiro trimestre de 2015,

    vir em auxlio da Administrao Tributria e simplificar para o contribuinte sua

    relao com o Fisco, trazendo agilidade e economia.

    PUBLICAO DO IVA DEFINITIVO 2013

    A SEFAZ publicou no Dirio Oficial do Estado, de 22 e 23 de novembro de 2014 o

    ndice de Valor Adicionado dos Municpios IVA do exerccio de 2013, informao

    relevante para apurao do ndice de Participao dos Municpios (IPM) a ser

    utilizado na distribuio do ICMS do exerccio de 2015 entre os municpios baianos.

    BAIxA AUTOMTICA DE TODOS OS CONTRIBUINTES PARA ATENDER

    LEGISLAO FEDERAL:

    Visando atender Legislao Federal a SEFAZ altera o sistema de Cadastro, a fim

    de permitir a baixa automtica de todos os contribuintes, a partir da formalizao

    do pedido de baixa pelo contribuinte. Essa verso dever ser implantada no ms

    de janeiro de 2015.

    ATIVIDADES DA REA DE ARRECADAO CRDITO E COBRANA

    z Estruturao da Atividade de Arrolamento de Bens e Direitos do Estado;

    z Estruturao do Sistema de Postagem e Correspondncia da GECOB;

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    16

    z Colaborao nos trabalhos para a criao da homologao automtica de

    crditos tributrios;

    z Adequao do SIGAT Mdulo Crdito para facilitar a recuperao de

    crdito tributrio, conforme Decreto n 15.158 DE 27 de maio de 2014;

    z Incio da Homologao da Integrao entre os mdulos de crdito e

    cobrana do Sistema Integrado da Administrao Tributria SIGAT (SEFAZ)

    com o Sistema da PGE Net da Procuradoria Geral do Estado, mdulo de

    controle e acompanhamento de Execues Judiciais relacionadas a crditos

    tributrios;

    z Estudos para a integrao entre os mdulos de Crdito e Cobrana do

    Sistema Integrado da Administrao Tributria SIGAT e o Sistema de PAF

    eletrnico da SEFAZ;

    z Adequao do Sistema Integrado de Gesto da Administrao Tributria

    SIGAT, Mdulo Cobrana para a incluso dos PAF com petio inicial emitida

    e ajuizada e facilitar a recuperao de crdito tributrio, no projeto de Notcia

    Crime;

    z Gesto e melhoramento dos mdulos de crdito e cobrana do SIGAT,

    homologao de diversas aes corretivas e de melhoria do sistema,

    visando maior controle, eficincia e eficcia, na recuperao dos crditos

    tributrios;

    z Implementao de procedimentos e adequao na legislao, com apoio

    da DITRI, objetivando realizar restituies somente a no devedores de

    tributos no mbito estadual;

    z Apoio PGE na especificao e construo do Sistema Integrado de Gesto

    da Administrao de Receitas no Tributrias - SIGANT;

    z Implementao de melhorias e aperfeioamentos no SIGAT Arrecadao,

    em especial aquelas relacionadas integrao com outras Secretarias e

    rgos do Estado;

    z Apoio SEMA na formalizao de Convnio de Cooperao com o IBAMA;

    z Homologao de testes de arrecadao e habilitao tcnica do agente

    arrecadador Banco HSBC BANK S/A, para prestao de servios de

    arrecadao de receitas estaduais junto SEFAZ/Bahia;

    z Realizao de reunies tcnicas entre equipe GEARC com representantes

    do Banco do Brasil S/A, com o objetivo de implantao do Projeto CNAB;

    z Fase de homologao para implantao do servio de Emisso de

    Documento de Arrecadao, via web, atendendo solicitao de diversos

    rgos do Estado;

    z Fase de especificao e desenvolvimento do servio de Informao de

    Pagamentos, via web, para atendimento de solicitao de diversos rgos

    do Estado;

    z Fase de homologao do desenvolvimento de integrao com o FIPLAN

    para atualizar a base de Agentes Arrecadadores e Unidades de Arrecadao,

    dentre outros;

    z Gerao dos relatrios de arrecadao em atendimento s solicitaes

    internas e de rgos e Empresas da Sociedade Civil;

    z Notificao de todos os veculos em dbito com o IPVA, com valores acima

    de R$ 500,00;

    z Emisso e envio das notificaes, via correio, para proprietrios de

    veculo com notificao lanada;

  • Governo da Bahia

    17

    z Clculo e divulgao, via PRODEB e DETRAN, dos valores do IPVA para

    cobrana em 2015;

    z Anlise de processos;

    z Implantao de relatrios gerenciais no Sistema de IPVA;

    z Planejamento e realizao de blitz do IPVA, em parceria com o DETRAN,

    SSP e Prefeituras;

    z Atendimento presencial, eletrnico e por telefone aos usurios e contribuintes,

    esclarecendo dvidas e informaes sobre IPVA, FEASPOL e taxas;

    z Estabelecimento de critrios objetivos de produtividade para

    acompanhamento e controle dos processos de homologao.

    AES PARA O INCREMENTO DA ARRECADAO COBRANA

    FACILIDADES PARA O CONTRIBUINTE NO CUMPRIMENTO DE SUAS

    OBRIGAES TRIBUTRIAS:

    Reduo de Multa

    Alterao das redues das multas decorrentes de lanamentos de crdito tributrio

    de ofcio. A reduo mxima na multa era de 70% e passou para 90%, se o pagamento

    for realizado a vista, desde a publicao da Lei no 13.199 de 28 de novembro de 2014.

    Ampliao do Prazo para Defesa

    Ampliao do prazo de defesa de 30 para 60 dias, atravs da Lei n 13.199/2014,

    o que facilitou ao contribuinte uma anlise mais apurada dos levantamentos

    realizados pelo Fisco. Com estas medidas a SEFAZ tenta incentivar a quitao

    de dbitos sem que haja o ingresso no mbito da justia dos processos para

    execuo destes dbitos.

    Parcelamento de dbitos tributrios

    O Decreto n 15.158/2014 facilitou e desburocratizou os processos de parcelamento

    de dbitos na SEFAZ. Os contribuintes do ICMS podero parcelar via internet, em

    at 60 meses, seus dbitos de qualquer valor sem necessidade de se dirigir a uma

    unidade da SEFAZ.

    ARROLAMENTO DE BENS PARA QUITAO DE DBITOS TRIBUTRIOS

    Com o Decreto n 15.158/2014 a SEFAZ-Ba iniciou os procedimentos para realizar

    o arrolamento administrativo de bens dos devedores do ICMS que possuem

    dbitos tributrios acima de R$ 500 mil, inscritos ou no em dvida ativa e cujo

    montante do dbito ultrapasse o percentual de 30% do seu patrimnio lquido

    ou 25% do faturamento do ano imediatamente anterior.

    Com os primeiros arrolamentos, ocorridos em outubro, diversos contribuintes cuja

    soma de dbitos ultrapassa o valor de R$ 54 milhes tiveram seus bens arrolados.

    Essa medida visa assegurar que o bem permanea garantindo a dvida, mesmo

    que ocorra a venda a terceiros.

    Tendo em vista o trabalho feito em 2014, em 2015 mais de 375 estabelecimentos

    tero seus bens arrolados, cujo dbito monta em R$ 355 milhes.

    COMIT INTERINSTITUCIONAL DE RECUPERAO DE ATIVOS CIRA

    O CIRA rene as secretarias da Fazenda e da Segurana Pblica, o Ministrio

    Pblico Estadual, a Procuradoria Geral do Estado e o Tribunal de Justia.

    A agenda adotada compreende o incentivo regularizao de dvidas tributrias

    para os contribuintes que esto dispostos a quitar seus dbitos.

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    18

    Estabelece tambm mais rigor com os sonegadores via uso intensivo da fiscalizao

    eletrnica e adoo de medidas legais para ampliar a fora da cobrana.

    As aes voltadas para garantir que o pagamento acontea nas fases iniciais da

    constatao do dbito evita o contencioso administrativo e reduz a quantidade de

    processos levados ao mbito do Judicirio.

    AES PARA O INCREMENTO DA ARRECADAO TRIBUTAO

    INTERVENES NO REGIME DE SUBSTITUIO TRIBUTRIA

    A parcela da receita de ICMS relativa substituio tributria, objeto de uma

    poltica tributria mais racional na busca de sustentabilidade de receita, alcanou

    em 2014 a marca de R$ 2,39 bilhes representando um crescimento de cerca

    de 7,65% em relao ao perodo anterior e perfazendo 13,66% da arrecadao

    total do ICMS.

    RELACIONAMENTO COM O CONTRIBUINTE/CIDADO

    CARTA DE SERVIOS AO CIDADO

    Com o objetivo de proporcionar ao usurio maior controle sobre os 113 servios

    relativos ao ICMS, IPVA, Taxas, Isenes, Pagamentos, Autorizaes, entre outros

    oferecidos pela Secretaria da Fazenda da Bahia, a Carta de Servios ao Cidado,

    est disponvel no site www.sefaz.ba.gov.br.

    No documento, possvel consultar o prazo mximo para a concluso dos

    servios, os canais de acesso, horrios disponveis para solicitao, documentos

    necessrios e outras informaes. Tal iniciativa importante porque facilita a vida

    do usurio de servios da SEFAZ, alm de representar um compromisso com a

    transparncia e a informao,

    A criao da Carta de Servios no setor pblico partiu de uma iniciativa do

    Governo Federal, por meio do Decreto n 6.932/09, que prescreve a elaborao

    e divulgao do documento por parte dos rgos e entidades do Poder Executivo

    Federal que prestam servios diretamente ao cidado.

    DENNCIAS VIA APLICATIVO Whatsapp

    O aplicativo de mensagens WhatsApp passou, desde maio de 2014, a fazer

    parte do relacionamento da Secretaria da Fazenda do Estado SEFAZ-Ba com

    a populao baiana. Disponvel 24 horas por dia, nos sete dias da semana, o

    nmero (71) 9990-0071 j est ativo para receber denncias contra contribuintes

    sonegadores, reclamaes de consumidores sobre estabelecimentos comerciais

    que no emitirem o documento fiscal, alm de sugestes e reclamaes sobre os

    servios da SEFAZ. O telefone no recebe ligaes, apenas mensagens de texto.

    As informaes so recebidas pela equipe de Atendimento da SEFAZ-BA e encaminhadas

    para a rea responsvel, para a devida apurao. O denunciante no precisa se

    identificar. Se quiser, o cidado pode tambm anexar foto de algum documento que

    confirme a operao a exemplo de comprovante de dbito ou de crdito do carto

    de crdito ou outro documento no fiscal que tenha sido emitido pelo estabelecimento.

    INTERVENES NA LEGISLAO TRIBUTRIA PROjETOS DE RELEVNCIA

    SOCIAL E ECONMICA 2014

    Alteraes relevantes procedidas na legislao tributria, particularmente

    aquelas medidas normatizadas visando o incremento da receita, para que

  • Governo da Bahia

    19

    possam compor um captulo do Projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias

    LDO para o exerccio de 2015:

    1. Implementao do Convnio ICMS n 133/08, que isenta do ICMS as

    operaes com produtos nacionais e estrangeiros destinados aos Jogos

    Olmpicos e Paraolmpicos de 2016 (Dec. n 15.044, de 10/04/14);

    2. Incluso no regime do diferimento das sadas internas de gneros alimentcios,

    refeies, confeces, souvenires e outros objetos, promovidas por pessoas

    fsicas organizadas em cooperativas ou associaes que adotem a economia

    solidria como forma de produo, quando destinadas a contribuinte para

    fornecimento em festas populares e eventos patrocinados pelo Poder Pblico

    Estadual (inc. LXIII do art. 286 do RICMS - Alt. 22 Dec. n 15.163/14);

    3. Concesso de parcelamento do ICMS nas campanhas Liquida Salvador

    2014 (Dec. n 14.976/14), Liquida Feira 2014 (Dec. n 15.201/14) e Liquida

    Bahia - 2014 (Dec. n 15.209/14), bem como parcelamento do imposto

    devido pelas operaes realizadas por contribuintes varejistas no ms de

    dezembro de 2013. (Dec. n 14.899/14);

    4. Implementao da Nota Fiscal de Consumidor Eletrnica NFC-e para

    documentar operao interna destinada a consumidor final (Dec. n 15.490/14

    Art. 107-A do RICMS/12);

    5. Desonerao da sada dos produtos produzidos pelos empreendimentos

    da Economia Solidria com a concesso de 100% de crdito presumido do

    imposto incidente na operao, em opo a utilizao de quaisquer outros

    crditos (Dec. n 15.661/14 - Art. 270, XVI do RICMS/12);

    6. Concesso de iseno nas sadas internas de lmpadas, material eltrico

    e equipamentos, doados ao Poder Executivo Estadual pela Companhia de

    Eletricidade do Estado da Bahia COELBA, para instalao de sistemas de

    iluminao e refrigerao em prdios pblicos da Administrao Direta, no

    mbito do Programa de Eficincia Energtica PEE (Conv. ICMS n 141/14).

    Dec. n 15.807/14 Art. 264, LIX);

    7. Insero na legislao da criao do Sistema de Domiclio Tributrio

    Eletrnico - DT-e, no mbito da Secretaria da Fazenda, com o propsito

    de estabelecer um novo e hbil canal de comunicao com as empresas,

    possibilitando Administrao Tributria maior agilidade e eficcia na

    comunicao com os contribuintes. (Lei n 13.199/14 acrescenta Art. 127-D

    Lei n 3.956/81);

    8. Criao de Fundo para melhoria da malha rodoviria estadual, considerando

    as perdas de recursos resultantes da CIDE. Os recursos sero oriundos

    do incremento de arrecadao decorrente da elevao em trs pontos

    percentuais na tributao do ICMS sobre a gasolina, mantendo-se reduzida

    a tributao do diesel visando evitar elevao nos custos dos transportes

    pblicos de passageiros ou dos transportes de carga. Essa majorao

    reduzir o impacto no preo final do produto, j que as variaes de

    preo entre os postos por razes comerciais so muito mais relevantes e

    superiores que esse percentual. (Art. 7 da Lei n 13.207/14 - c/c art. 16 da

    Lei n 7.014/96).

    1.3 Aes implementAdAs nA reA finAnceirA

    sistemA integrAdo de plAneJAmento, contABilidAde e finAnAs

    fiplAn

    O ano de 2014 representou a continuidade da implantao do FIPLAN-BA, bem

    como sua consolidao. Funcionalidades no implementadas em 2013 tiveram

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    20

    sua concepo, desenvolvimento e implementao neste ano, destacando-se

    o Cancelamento dos Restos a Pagar, Rotinas de Execuo dos Restos a Pagar,

    Agrupamento e Descarte de Notas Fiscais, Apostila de Abertura, Prestao

    de Contas dos Convnios e Arquivos Retornos dos Pagamentos pela Caixa

    Econmica Federal.

    O aprimoramento das rotinas de encerramento do exerccio (Relatrios de

    Pendncias, Pr Inscrio de RP, Inscrio de RP, Apurao do Resultado, dentre

    outras) permitiu maior controle em relao ao acompanhamento da concluso da

    execuo oramentria, financeira e patrimonial, alm de uma melhor organizao

    da sua situao contbil.

    Em 2014 o sistema FIPLAN Gerencial WEB foi consolidado e as informaes

    passaram a ser utilizadas de forma mais segura pelos gestores e

    demandadores de informaes gerenciais. Outro ponto importante foi a

    disponibilizao da Base de Dados Corporativa do Estado, BDCE-FIPLAN,

    para diversos rgos ou entidades externos e internos. A integrao das

    bases possibilita a utilizao das informaes contbeis ou no de forma

    mais segura e consistente.

    Neste ano foi dada uma ateno especial aos Relatrios Legais (Lei Federal

    n 4.320/1964 e Lei Complementar Federal n 101/2000 LRF) buscando a sua

    consolidao e aperfeioamento, bem como aos relatrios operacionais, sendo

    alguns aprimorados e outros criados para facilitar a extrao de informaes do

    sistema pelo usurio.

    As aes de capacitao foram continuadas com forte apoio da Universidade

    Corporativa do Servidor Pblico Unidade SEFAZ (UCS-SEFAZ), principalmente a

    capacitao relativa s novas funcionalidades.

    PRECATRIOS

    A Emenda Constitucional n. 62, de 09 de dezembro de 2009, ao dar nova redao

    ao art. 97 dos Atos das Disposies Constitucionais Transitrias (ADCT) instituiu o

    Regime Especial de Pagamento de Precatrios, oferecendo aos entes devedores

    a alternativa entre o pagamento em parcelas mensais com base em percentual da

    receita corrente lquida ou em parcelas anuais no prazo de 15 (quinze) anos, com

    base no saldo dos precatrios vencidos. O Estado da Bahia, por meio do Decreto

    n 11.995, de 05 de maro de 2010, optou pelo regime de pagamento de parcelas

    anuais, conforme previso constante do art. 97, 1, inciso II, do ADCT. Por esse

    regime as parcelas vencidas anualmente devero ser depositadas at o ms de

    dezembro.

    O Decreto Estadual n 13.008, de 08 de julho de 2011, firmou a opo do

    Estado da Bahia pela destinao do valor a ser depositado anualmente: uma

    parcela correspondente a 50% dos recursos ser usada no pagamento de

    acordos diretos com os credores, inclusive os realizados sob a orientao

    dos Ncleos Auxiliares de Conciliao de Precatrios do Tribunal de Justia

    e do Tribunal Regional do Trabalho 5 Regio, nos termos do 8 do art. 97

    dos ADCT. A outra parcela de 50% ser aplicada em pagamentos pela ordem

    cronolgica.

    Em funo desta opo e considerando o saldo devedor de R$1.597.856.102,01,

    foram depositados em 2014 recursos no montante de R$ 159.785.610,21, conforme

    detalhamento descrito na Tabela 1.02.

    Obedecendo o disposto na Emenda Constitucional n 62/2009, anualmente

    feito o depsito da parcela devida. A evoluo dos valores depositados pode ser

    vista na Tabela 1.03.

  • Governo da Bahia

    21

    QUALIDADE DO GASTO PBLICO

    Em 22/04/2014 foi implantada no ambiente de produo a verso 1.0.0 do

    Sistema de Apropriao dos Custos Pblicos ACP que a verso integrada ao

    novo Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanas do Estado

    da Bahia FIPLAN e, por conseguinte, a sigla foi alterada para ACPF. A verso

    disponibilizada atesta a adequada operao das funcionalidades de Cadastro,

    Apropriao, Reapropriao e Regra de Apropriao.

    O ACPF disponibiliza as liquidaes que foram registradas no FIPLAN desde o

    exerccio 2013 e permite a apropriao de custos relativos a liquidaes que

    ficaram eventualmente pendentes, bem como a reapropriao de liquidaes

    apropriadas diretamente no FIPLAN.

    Procurou-se manter no ACPF os cadastros originais do ACP relativos a unidades

    de custo, regras de apropriao, e demais. Para isso, foram criadas tabelas de

    relacionamento, inclusive com as novas codificaes utilizadas pelo FIPLAN

    (subelemento de despesa, UO, UG etc.), evitando-se, sempre que possvel, o

    retrabalho com novos recadastramentos.

    Os servidores que utilizam o sistema foram chamados aos laboratrios da

    Universidade Corporativa do Servio Pblico UCS unidade SEFAZ para co-

    nhecimento e capacitao sobre os novos procedimentos trazidos pelo ACPF.

    De acordo com a Diretoria de Tecnologia da Informao DTI, as vantagens do

    novo Sistema ACPF Integrado ao FIPLAN, que foi desenvolvido com a tecnologia

    C-Sharp e ASP NET, so as seguintes: maior usabilidade, mais segurana, melhor

    desempenho, nova interface web, maior compatibilidade com os navegadores

    atualizados e homologados pela Sefaz (Google Chrome, Mozila Firefox, Internet

    Explorer 9 e superiores) e acesso por meio de dispositivos mveis como

    smartphones e tablets.

    Registre-se que o mdulo contbil-financeiro do FIPLAN foi implantado em 2013

    contemplando os parmetros necessrios para o funcionamento do Sistema ACPF,

    o que inclui a parametrizao de todos os subelementos de despesa para exigir,

    ou no, a informao de unidade de custo. No caso de exigncia de unidade de

    custo, os referidos cdigos so disponibilizados para preenchimento no momento

    da liquidao no FIPLAN.

    Tabela 1.03

    tABelA 1.02 precAtrios - depsitos reAlizAdos em 2014

    DISCRIMINAO TRIBUNAL DE jUSTIA TRIBUNAL DO

    TRABALHO

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

    SOMA

    SALDO DEVEDOR ANTERIOR

    1.611.713.902,62 145.927.809,60 0,00 1.757.641.712,22

    pAgAmentos

    Ordem cronolgica 73.259.722,85 6.633.082,26 - 79.892.805,11

    Acordos pretritos 21.830.542,88 - - 21.830.542,88

    Acordos futuros 51.429.179,96 6.633.082,26 - 58.062.262,22

    totAl 146.519.445,69 13.266.164,52 - 159.785.610,21

    FONTE: SEFAz/SAF/DEPAT/GEPRO

    tABelA 1.03precAtrios: depsitos reAlizAdos A pArtir

    dA emendA constitUcionAl n 62/2009

    DATA BASE DE CLCULOVALOR

    DEPOSITADO SALDO

    Dezembro de 2010 1.348.692.480,59 98.528.432,04 1.250.164.048,55

    Dezembro de 2011 1.354.436.340,60 103.894.434,30 1.250.541.906,30

    Dezembro de 2012 2.044.642.841,44 188.772.015,83 1.855.870.825,61

    Dezembro de 2013 2.285.690.545,68 190.458.734,27 2.095.231.811,41

    Dezembro de 2014 1.757.641.712,22 159.785.610,21 1.597.856.102,01

    FONTE: SEFAz/SAF/DEPAT/GEPRO

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    22

    Registrem-se, ainda, outras vantagens que a implantao do FIPLAN trouxe ao

    sistema de custos:

    z Registro das unidades de custo nas liquidaes de Restos a Pagar No

    Processados trata-se de uma correo para o sistema de custo, vez que o

    sistema de contabilidade anterior (SICOF) no contemplava essa possibilidade;

    z Habilitao das unidades de custo da Dotao Oramentria tambm

    uma correo, j que no sistema anterior, quando havia descentralizao, o

    sistema disponibilizava as unidades de custo do rgo da execuo, o que

    distorcia os custos da Executora.

    A prxima verso do ACPF (2.0.0), que se encontra em desenvolvimento,

    contemplar os principais Relatrios e Consultas Gerenciais, o que viabilizar

    a retomada dos procedimentos de Gesto de Custos previstos no Decreto

    14.211/2012, de 20/11/2012. Tambm est prevista para uma prxima verso as

    integraes do ACPF aos sistemas corporativos geridos pela SAEB:

    z Sistema Integrado de Recursos Humanos SIRH informaes sobre

    custos de pessoal, que correspondem, em algumas secretarias, a mais de

    80% dos custos totais;

    z Sistema Integrado de Material, Patrimnio e Servios SIMPAS informaes

    sobre o efetivo consumo de material a exemplo de medicamentos, material

    de escritrio, material de informtica etc.;

    z Sistema Integrado de Administrao de Patrimnio SIAP informaes

    sobre depreciao de bens mveis (equipamentos, veculos e mobilirio).

    Anteriormente, eram transferidos para o ACP os dados relativos aos gastos

    com a aquisio de equipamentos, veculos e mobilirio, obtidos do SICOF,

    que representam investimentos;

    z Sistema de Controle Total de Frotas SAEB 2008 CTF informaes sobre

    o consumo de combustvel dos veculos do Estado;

    z Sistema de Controle de Bens Imveis SIMOV informaes sobre

    depreciao de bens imveis.

    Esclarea-se que essas integraes aos sistemas corporativos da SAEB j

    operavam no antigo Sistema ACP, resultado de grande esforo e investimento

    do Estado para automatizar a alimentao de dados, evitando-se digitaes

    paralelas que implicam retrabalho e riscos de erro. Contudo, com a implantao

    dos sistemas FIPLAN e ACPF, estas integraes devero ser adaptadas aos novos

    sistemas, para continuarem operantes.

    O aprimoramento do sistema de custos permitir ao Estado uma gesto mais

    eficiente dos recursos do Tesouro medida que possibilitar um monitoramento

    peridico do gasto, podendo corrigir tempestivamente os desvios. Ser uma

    grande contribuio ao controle e qualidade do gasto.

    SERVIO AUXILIAR DE INFORMAES PARA TRANSFERNCIAS

    VOLUNTRIAS (CAUC)

    Alm das transferncias constitucionais e legais a Unio disponibiliza para

    as demais esferas de governo as transferncias voluntrias. Para se habilitar

    a estas transferncias os entes federados devem estar adimplentes com

    suas obrigaes fiscais e com as obrigaes referentes a transferncias

    recebidas. Esta adimplncia tambm imprescindvel para contratao de

    operao de crdito.

    Visando facilitar o controle de adimplncia, foi institudo o Servio Auxiliar de

    Informaes para Transferncias Voluntrias (CAUC) pela Instruo Normativa

  • Governo da Bahia

    23

    n 2, de 2 de fevereiro de 2012, que espelha informaes que estiverem disponveis

    nos cadastros de adimplncia ou sistemas de informaes financeiras, contbeis

    e fiscais, geridos pelo Governo Federal. um servio disponibilizado no site da

    Secretaria do Tesouro Nacional STN.

    Seu objetivo Simplificar a verificao, pelo gestor pblico do rgo ou entidade

    concedente, do atendimento, pelo convenente e pelo ente federativo beneficirio

    de transferncia voluntria de recursos da Unio, de treze das vinte e uma

    exigncias estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei de Diretrizes

    Oramentrias (LDO) e demais legislao aplicvel, ao reduzir a burocracia desse

    processo e o volume de papis, e otimizar o arquivamento e espao fsico para guarda

    de comprovantes, conforme stio da STN (http://www.stn.gov.br/web/stn/-/cauc).

    O Estado da Bahia manteve sua regularidade jurdica, fiscal, econmico-financeira

    e administrativa, e, consequentemente, adimplente com suas obrigaes

    principais e acessrias, para que pudesse receber transferncias voluntrias

    e contratar operaes de crdito. Para isso cumpriu uma srie de exigncias,

    dentre outras: 1. Exerccio da Plena Competncia Tributria; 2. Aplicao Mnima

    de Recursos na rea da Educao; 3. Aplicao Mnima de Recursos na rea

    da Sade; 4. Regularidade Previdenciria; 5. Regularidade Perante a Fazenda

    Pblica Federal; 6. Regularidade Quanto a Contribuies Previdencirias; 7.

    Regularidade Quanto a Contribuies para o FGTS; 8. Regularidade em Relao

    Adimplncia Financeira em Emprstimos e Financiamentos concedidos pela

    Unio e administrados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN); 9. Regularidade

    Perante o Poder Pblico Federal; 10. Regularidade Quanto Prestao de Contas

    de Recursos Federais Recebidos Anteriormente, 11. Publicao do Relatrio

    de Gesto Fiscal RGF; 12. Publicao do Relatrio Resumido da Execuo

    Oramentria RREO; 13. Encaminhamento das Contas Anuais (Demonstrativos

    Contbeis citados na Lei n 4.320/1964).

    Para conquistar esta posio junto aos rgos federais, o Estado da Bahia desenvolveu

    vrias aes, sob a coordenao da Superintendncia de Administrao Financeira

    da Secretaria da Fazenda, interagindo com todos os rgos das administraes

    direta e indireta e junto Receita Federal na Bahia, buscando sempre conhecer as

    situaes que poderiam levar inadimplncia, para antecipar a soluo.

    Por se tratar de uma questo nacional, foi criado em 19 de janeiro de 2012 o

    Frum Interestadual de Regularidade Jurdica, Fiscal, Econmico-financeira e

    Administrativa composto por gestores do CAUC de todas as Unidades Federativas,

    cujo objetivo o intercmbio de informaes on line e participao em reunies

    peridicas com representantes dos rgos pblicos federais e municipais para

    troca de experincias e solues conjuntas.

    Pela importncia desse Frum de Regularidade Fiscal, o Grupo de Gestores das

    Finanas Estaduais GEFIN, que compe o CONFAZ, o acolheu durante sua

    42 reunio ordinria realizada em novembro de 2014 e criou seu 14 grupo de

    trabalho, o GT Regularidade Fiscal.

    PROGRAMA DE REESTRUTURAO E AjUSTE FISCAL - PAF

    O Programa de Reestruturao e Ajuste Fiscal PAF resultante de um acordo

    entre a Unio e o Estado, firmado em dezembro de 1997, em consonncia com a

    Lei no 9.496/97, tendo por objetivo o refinanciamento da dvida pblica estadual

    junto ao Tesouro Nacional.

    Esse contrato prev o monitoramento anual da situao financeira do Estado, pela

    Secretaria do Tesouro Nacional STN, quando analisado o cumprimento das

    metas e compromissos acordados para o exerccio anterior e pactuadas novas

    metas para o trinio seguinte ltima reviso.

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    24

    CUMPRIMENTO DE METAS

    A Misso da Secretaria do Tesouro Nacional STN esteve nos dias 30 e 31 de

    julho do corrente ano na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, reunindo-

    se com segmentos do executivo estadual para anlise do exerccio de 2013 e

    para conhecer as proposies e perspectivas para os prximos anos. Aps o

    exame de relatrios, documentos e projees, emitiu-se a Avaliao Preliminar

    e, posteriormente, em 03 de novembro de 2014, a divulgao do Resultado da

    Avaliao Final, sendo relacionados na Tabela 1.04 os resultados alcanados:

    As metas so divididas em principais (1 e 2), e acessrias (3 a 6). Pelo acordo firmado, o

    Estado obrigado a cumprir as metas principais, cujo descumprimento sujeita a sanes.

    PROGRAMA PARA O TRINIO 2014-2016

    Em 30 de dezembro de 2014, a verso final do Programa de Ajuste Fiscal

    relativo ao trinio 2014-2016 foi assinada pelo Chefe do Poder Executivo

    da Bahia e pelo Secretrio do Tesouro Nacional, onde foram pactuadas as

    seguintes Metas, conforme Tabela 1.05.

    tABelA 1.04 pAf - resUltAdo dA AvAliAo finAl

    metA estABelecidA

    resUltAdo AlcAnAdo

    cUmprimento de metA

    Meta 1: Relao Dvida Financeira/Receita Lquida Real 1,00 0,64 Sim

    Meta 2: Resultado Primrio (2.854) milhes R$ 383 milhes Sim

    Meta 3: Relao Despesa com Pessoal/Receita Corrente Lquida 60,00 % 55,17% Sim

    Meta 4: Receita de Arrecadao Prpria R$ 16.774 milhes

    R$ 18.284 milhes Sim

    Meta 5: Despesas Correntes/Receita Lquida Real 38,51% 39,24% No

    Meta 6: Relao Investimentos/Receita Lquida Real 26,31% 8,95% Sim

    tABelA 1.05 pAf - metAs estABelecidAs pArA o trinio 2014/2016

    2014 2015 2016

    Meta 1: Relao Dvida Financeira/Receita Lquida Real 1,00 1,00 1,00

    Meta 2: Resultado Primrio (R$) (2.550) milhes 68 milhes 813 milhes

    Meta 3: Relao Despesa com Pessoal/Receita Corrente Lquida 60,00 % 60,00 % 60,00 %

    Meta 4: Receita de Arrecadao Prpria (R$) 19.154 milhes 20.692 milhes 23.167 milhes

    Meta 5: Despesas Correntes/Receita Lquida Real 41,50% 42,05% 42,24%

    Meta 6: Relao Investimentos/Receita Lquida Real 21,02% 8,74% 3,60%

  • Governo da Bahia

    25

    notA 01 - ABrAngnciA institUcionAl dA Anlise

    O Estado e suas entidades desempenham diversas funes sociais e econmicas.

    Tais entidades de direito privado e pblico que compem o Oramento Fiscal

    e Seguridade Social integram a Prestao de Contas do Governador, conforme

    estabelece a Lei Complementar n 101/2000 e sua alterao.

    Com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico

    NBCASP e a Lei de Responsabilidade Fiscal LRF a prestao de contas deve

    ser consolidada surgindo uma unidade de natureza econmica contbil com os

    rgos e fundos da Administrao Direta do Poder Executivo, do Poder Legislativo

    e do Poder Judicirio, o Ministrio Pblico e a Defensoria Pblica, como tambm

    algumas entidades que integram a Administrao Indireta, sendo 20 (vinte)

    Autarquias, 7 (sete) Fundaes e 7 (sete) Empresas Estatais Dependentes.

    As Empresas Estatais no Dependentes que recebem recursos do Estado

    pela prestao de servio e sob a forma de participao acionria tm seus

    patrimnios evidenciados nas Demonstraes Contbeis Consolidadas pelo valor

    da respectiva participao.

    notA 02 - principAis diretrizes contBeis e ApresentAo dAs demonstrAes contBeis

    2.1 principAis diretrizes contBeis

    O Estado da Bahia, ao longo deste exerccio, vem aprimorando o novo Sistema

    Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanas do Estado da Bahia

    FIPLAN, que trouxe desde 2013 a integrao em um s sistema das funes de

    Planejamento, Contabilidade e Finanas, e possibilitou a implantao no Plano de

    Contas Aplicado ao Setor Pblico PCASP (Plano de Contas Nacional), iniciando

    processo de adequao da Contabilidade do Estado s Novas Normas de

    Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico NBCASP.

    Cabe salientar que o objetivo maior das demonstraes consolidadas

    apresentar, como j foi mencionado, em uma nica entidade contbil, sua

    real situao oramentria, financeira, patrimonial e de resultado do Estado

    constitudo de vrias entidades interligadas, eliminando os saldos de transaes

    e de participaes entre entidades que formam a unidade de natureza

    econmico-contbil.

    2. NOTAS EXPLICATIVAS S DEMONSTRAES CONTBEISCONSOLIDADAS DO ESTADO DA BAHIA EM 31 DE DEzEMBRO DE 2014

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    26

    A Contabilidade do Estado vem sendo executada por meio do FIPLAN, sob a gesto da

    Diretoria da Contabilidade Pblica da Superintendncia de Administrao Financeira da

    Secretaria da Fazenda SEFAZ/SAF/DICOP que consolida os Balanos e Demonstrativos

    das Unidades. A escriturao est mantida em registros permanentes, de acordo com

    as prticas contbeis adotadas no Brasil, em observncia s disposies contidas na

    Lei n 4320/64, alm de incorporarem as mudanas introduzidas por intermdio da

    Lei Complementar n 101/2000 e Resolues do Conselho Federal de Contabilidade

    complementadas pelas orientaes contidas nos normativos da Secretaria do Tesouro

    Nacional, considerando as competncias a esta atribudas pela Lei Complementar n

    101/2000, por se tratar do rgo Central do Sistema de Contabilidade Federal.

    Embora a Portaria STN n 700/2014, de 10 de dezembro de 2014 estabelea o

    prazo do final do exerccio de 2014 para a adoo do Plano de Contas Aplicado

    ao Setor Pblico PCASP e das Demonstraes Contbeis Aplicadas ao Setor

    Pblico DCASP, as demonstraes aqui apresentadas j esto de acordo com as

    novas diretrizes contbeis desde o exerccio de 2013, ainda que parcialmente. As

    demais mudanas de critrios estabelecidas pela NBCASP esto sendo inseridas

    gradualmente e j constam de cronograma programado para 2015.

    2.1.1 principAis fontes de critrio

    Para elaborao destas Demonstraes, foram observados os dispositivos legais:

    a) A Lei Federal n 4.320/64, que estatui normas de Direito Financeiro para

    elaborao e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dos

    Municpios e do Distrito Federal;

    b) A Lei Complementar Federal n 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal,

    estabelece que as demonstraes contbeis compreendero, isolada e conjuntamente,

    as transaes e operaes da cada rgo, fundo ou entidade da administrao direta,

    autarquia e fundao pblica, inclusive empresa estatal dependente;

    c) A Lei Estadual n 2.322/66, que disciplina a administrao financeira, patrimonial

    e de material do Estado da Bahia;

    d) O Decreto Estadual n 7.921/2001, que aprova o Regimento da Secretaria da

    Fazenda, e este que estabelece a competncia da Diretoria da Contabilidade

    Pblica DICOP, da Superintendncia de Administrao Financeira SAF, da

    Secretaria da Fazenda, para elaborar o Balano Consolidado, os Anexos exigidos

    pela Lei n 4.320/64 e os relatrios da execuo oramentria, financeira e

    patrimonial;

    e) As Portarias da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e da Secretaria do

    Oramento Federal (SOF), que padronizam os procedimentos contbeis e

    oramentrios nos trs nveis de governo, conforme estabelece o art. 50 da Lei

    Complementar n 101, de 2000, Lei de Responsabilidade Fiscal;

    f) As Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Pblico NBCASP,

    que estabelecem procedimentos e prticas contbeis adotados na elaborao e

    divulgao das demonstraes contbeis, com o objetivo de fornecer aos usurios

    informaes sobre os resultados alcanados e os aspectos de natureza oramentria,

    econmica, financeira e fsica do patrimnio da entidade do setor pblico e suas

    mutaes, em apoio ao processo de tomada de deciso; a adequada prestao de

    contas; e o necessrio suporte para a instrumentalizao do controle social; e

    g) Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico MCASP, que orienta

    a execuo oramentria, financeira, patrimonial e contbil nos trs nveis de

    governo, publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional.

  • Governo da Bahia

    27

    2.1.2 - ApresentAo de dAdos

    Os dados destes Relatrios esto apresentados em valores nominais, exceto nos

    tpicos em que foram indicados ndices de atualizao monetria especficos.

    2.1.3 - regime de escritUrAo

    As entidades governamentais aplicam o regime de competncia para o registro

    das transaes, evidenciado por meio das contas de Variaes Patrimoniais

    Aumentativas (Receitas) e Variaes Patrimoniais Diminutivas (Despesas).

    Ressalte-se que a contabilizao de algumas Variaes Patrimoniais Aumentativas

    compromete o regime de competncia plena, a exemplo do Imposto Sobre

    Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e Prestao de Servios

    de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao ICMS. Essa

    situao atpica ocorre em funo da informao do Fato Gerador desse tributo

    s conhecido pelo Estado a partir da informao prestada pelo contribuinte

    no perodo subsequente sua ocorrncia. Uma alternativa para correo dessa

    distoro a utilizao das informaes constantes no Sistema Pblico de

    Escriturao Digital SPED.

    Ademais, o modelo do Demonstrativo de Variaes Patrimoniais estabelecido

    pela Unio no confronta as Receitas versus Despesas do mesmo perodo.

    2.1.4 - converso em moedA estrAngeirA

    A moeda funcional das entidades individual o Real. Os efeitos nas Mudanas nas

    Taxas de Cmbio e Converso de Demonstraes Contbeis, todas as operaes

    realizadas na moeda estrangeira, so convertidas na moeda funcional mediante a

    utilizao da taxa de cmbio, nas datas de cada transao, e liquidadas a valores

    de mercado no fechamento das divisas.

    Os ganhos e perdas com variao cambial na aplicao das taxas de cmbios sobre

    os ativos e passivos so reconhecidos como Variaes Aumentativas e Diminutivas.

    2.1.5 Uso de estimAtivAs

    Na elaborao das Demonstraes Contbeis de acordo com as prticas

    contbeis requer que a Administrao faa estimativas que afetam os valores

    apresentados nas mesmas e, em decorrncia disso, os resultados efetivos

    podero ser diferentes de tais estimativas. Foram estimadas Variao Patrimonial

    Aumentativa e Diminutiva.

    2.1.6 AJUstes de exerccios Anteriores mUdAnA de

    critrio

    Nesse exerccio, as entidades reconheceram na escriturao contbil ajustes

    de exerccios anteriores decorrente de fatos contbeis ocorridos em perodos

    anteriores e no reconhecidos nas datas oportunas no grupo de conta do

    Patrimnio Liquido Ajustes de Exerccios Anteriores, ou seja, no afetando o

    resultado do exerccio.

    2.1.7 estrUtUrA do plAno de contAs AtUAl

    O Plano de Contas do Estado segue padronizao nacional, tendo sua estrutura de

    contas composta por oito classes: Ativo, Passivo, Variaes Patrimoniais Aumentativas,

    Variaes Patrimoniais Diminutivas, Controles da Aprovao e Execuo do

    Planejamento e Oramento, Controles Devedores e Controles Credores.

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    28

    Na consolidao das Demonstraes Contbeis, os saldos de transaes

    intraoramentrias (fiscal e de seguridade social) foram excludos.

    A) ATIVO CIRCULANTE

    A.1) Caixa e Equivalentes de Caixa

    Compreende dinheiro em caixa, depsitos bancrios, investimentos de curto

    prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de at trs meses e com risco

    insignificante de mudana de valor. Os juros, a atualizao monetria e a variao

    cambial, quando aplicveis, so reconhecidas no resultado quando incorridos.

    Foram excludos os saldos de transaes intraoramentrias (fiscal e de seguridade

    social) a exemplo da conta escritural da Conta nica do Poder Executivo Estadual

    (1.1.1.1.2.01.01.00 Limite de Saque com Vinculao de Pagamento) que monta

    o valor de R$ 1.142.496.762,20 . Essa rubrica representa os valores j liberados

    s unidades descentralizadas ou ainda em poder do Tesouro Estadual que, no

    entanto, ainda no saram do caixa.

    A.2) Crditos a Curto Prazo

    Compreende direitos a receber de diversas origens realizveis no curso

    do exerccio social subsequente. Foram avaliados pelo valor de realizao,

    considerando os crditos tributrios, os valores a receber por fornecimento

    de bens, servios, dvida ativa, emprstimos e financiamentos concedidos

    e as Transferncias da Unio, a exemplo de parte da cota do Fundo de

    Participao dos Estados FPE, Contribuio de Interveno no Domnio

    Econmico CIDE e Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, pelo

    Regime da Competncia, tendo como contrapartida a conta Variao

    Patrimonial Aumentativa VPA.

    Tambm desta rubrica devem ser excludas, para anlise, os valores

    intraoramentrios, Oramento Fiscal e da Seguridade Social (OFSS) no valor total

    de R$ 448.291.074,68. Esses direitos so oriundos de transaes ocorridas entre

    partcipes inclusos no OFSS.

    A.3) Estoque

    Compreende o valor dos bens adquiridos, produzidos ou em processo de

    elaborao pela entidade com o objetivo de venda ou utilizao prpria no curso

    normal das atividades. Os bens de consumo do Estado, das Autarquias, das

    Fundaes esto avaliados pelo preo mdio mvel das compras estocadas, em

    31 de dezembro de 2013, exceto das Empresas Estatais Dependentes que podem

    utilizar outro critrio de avaliao de estoque.

    A.4) Variaes Patrimoniais Diminutivas Pagas Antecipadamente

    Compreende basicamente a despesas pagas antecipadas de servios prestados

    com assinaturas de jornais, revistas, seguros entre outras cujos servios a serem

    prestados decorrero no exerccio seguinte, no montante de R$ 974.481,40.

    B) ATIVO NO CIRCULANTE

    B.1) Realizvel a Longo Prazo

    Compreende direitos a receber de diversas origens realizveis aps termino

    do exerccio seguinte, foram avaliados pelo valor de realizao, considerando

    os crditos tributrios, os valores a receber por fornecimento de bens, servios,

    divida ativa, emprstimos e financiamentos concedidos, tendo como contrapartida

    a conta Variaes Aumentativa VPA.

  • Governo da Bahia

    29

    A Dvida Ativa Tributria da Administrao Direta est avaliada pelo valor de

    recebimento, atualizado at 31 de dezembro de 2014.

    B.1.1) Provises

    A Proviso para Dvida Ativa foi constituda em funo de evidncia objetiva de

    que o Estado no receber todos os valores devidos de acordo com as condies

    dos valores originais e atualizados a receber. A proviso foi constituda com base

    nas disposies da Parte III Procedimentos Contbeis Especficos, do MCASP,

    5 Ed. utilizando a metodologia baseada no histrico de recebimentos passados.

    O valor dos Crditos de Longo Prazo atualizados pelo valor da citada proviso

    podem ser evidenciados da seguinte forma:

    CRDITOS DE LONGO PRAZO AJUSTADO R$ 780.085,647,64

    TOTAL DOS CRDITOS DE LONGO PRAZO R$ 12.735.650.674,44

    (-) AJUSTES DE PERDAS DE CRDITOS

    A LONGO PRAZO(R$ 11.955.565.026,80)

    B.2) Investimentos

    Compreende as participaes permanentes em outras sociedades, bem como

    os bens e direitos no classificveis no Ativo Circulante nem Ativo Realizvel a

    Longo Prazo quando no se destinam manuteno da atividade da entidade. As

    empresas estatais no dependentes foram avaliadas, em 31 de dezembro de 2014,

    com base no mtodo da Equivalncia Patrimonial, considerando o valor percentual

    de participao do investimento em relao ao patrimnio lquido dessas empresas.

    Alm de obedecer ao estabelecido nas Normas Brasileiras de Contabilidade

    Aplicada ao Setor Pblico elaboradas no mbito do Conselho Federal de

    Contabilidade CFC (NBC T 16.10, aprovada pela Resoluo 1.137 de 21 de novembro

    de 2008) e na Instruo CVM (N 247, de 27 de maro de 1996), a avaliao das

    participaes societrias, relativas s Empresas Estatais no Dependentes, pelo

    mtodo da equivalncia patrimonial proporciona uma confiabilidade slida das

    informaes relativas aos grupos do Ativo No Circulante, Passivo e Resultado

    Patrimonial.

    B.3) Imobilizado

    Compreende o valor da aquisio ou incorporao de bens mveis, imveis e

    outros destinados a manuteno das atividades da entidade ou exerccio com

    essa finalidade e deduzidos pela depreciao acumulada. Os Bens Imveis esto

    sendo reavaliados no Sistema de Controle de Bens Imveis gerenciado pela

    Secretaria de Administrao.

    Os valores apresentados nas rubricas Bens Mveis Alienados a Desincorporar

    no valor de R$ 1.128.088,29 e Bens Imveis Alienados a Desincorporar

    R$ 13.776.923,76 representam o resultado da alienao de bens que ainda esto

    pendentes de baixa na conta original que evidencia o bem alienado. Essas contas

    retificam o valor do Imobilizado.

    C) PASSIVO CIRCULANTE

    C.1) Obrigaes Trabalhistas, Previdencirias, Obrigaes Fiscais, Precatrios e

    Fornecedores a Pagar a Curto Prazo Mudana de Critrio

    Compreende as obrigaes conhecidas e estimadas que tenham prazos

    estabelecidos ou esperados at o termino do exerccio seguinte. A partir

    da implantao do FIPLAN em 2013 e em da obedincia as novas Normas de

  • DEMONSTRAES CONTBEIS CONSOLIDADAS DO ESTADO EXERCCIO 2014

    30

    Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico NBCASP, as obrigaes conhecidas

    passaram a ser registradas independente do empenho da despesa, tendo como

    contrapartida a conta de Variao Patrimonial Diminutiva VPD.

    Essa mudana de critrio contbil viabiliza que as obrigaes do Estado, antes

    s reconhecidas contabilmente em concomitncia com o processo oramentrio

    da despesa, possam ser reconhecidas no momento da ocorrncia do seu fato

    gerador, enfatizando assim o Princpio da Oportunidade e da Competncia que

    destacam a importncia da integridade e da fidedignidade dos registros contbeis

    dos atos e dos fatos que afetem ou possam afetar o patrimnio da entidade pblica

    desassociadas tramitao das aes de execuo oramentrias do Ente.

    D) PASSIVO NO CIRCULANTE

    D.1) Financiamento e Emprstimo, Obrigaes Trabalhistas e Previdencirios e

    Precatrios

    Compreende as obrigaes conhecidas e estimadas que tenham prazos

    estabelecidos ou esperados aps o termino do exerccio seguinte. Avaliadas por

    seus saldos credores acrescidos dos juros de competncia de cada obrigao. No

    caso da Dvida Externa, apurou-se o equivalente em moeda estrangeira, que foi

    convertida para o real pela cotao de fechamento do dia 31 de dezembro de 2014.

    D.1.1) ) Provises

    A Proviso reconhecida no Balano quando as entidades possuem obrigaes

    legais ou constitudas como resultado de um evento passado, e provvel que um

    recurso econmico seja requerido para saldar as obrigaes. Neste item destacam-

    se as Provises Matemticas Previdencirias que somam R$ 139.175.001.783,63.

    E) PATRIMNIO LQUIDO

    E.1) Patrimnio Social e Capital Social

    Compreende o valor residual dos Ativos depois de deduzidos todos passivos do Estado,

    das autarquias, fundaes e fundos, exceto das Empresas Estatais Dependentes em

    funo da no incluso de todas as operaes contbeis que afetam o patrimnio.

    Os ajustes citados no item 2.1.6 so apresentados nesse grupo. Foram procedidos

    ajustes no montante de R$ 132.775.868.532,05 (cento e trinta e dois bilhes

    setecentos e setenta e cinco milhes, oitocentos e sessenta e oito mil, quinhentos

    e trinta e dois reais e cinco centavos).

    2. 2 ApresentAo dAs demonstrAes contBeis

    a - BaLaNO ORaMENtRIO

    A.1 O Resultado do Balano Oramentrio Demonstra um supervit no valor de

    R$1.624.692.043,69. Ressalte-se o impacto da Receita e Despesa Oramentria

    classificadas como No Efetivas, no Resultado Oramentrio e as suas

    repercusses quanto afetao patrimonial, a exemplo da Receita de Operao

    de Crdito realizada no exerccio no valor de R$ 1.422.045.632,97 que influenciou

    positivamente o resultado oramentrio embora se trate de um fato permutativo

    no tocante aos aspectos patrimoniais.

    Os Oramentos Fiscal e da Seguridade Social foram executados considerando as

    receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas, conforme

    estabelece o art. 35 da Lei no 4320/64, escrituradas atravs das contas de controle

    oramentrio, classes 5 e 6 no PCASP-BA.

  • Governo da Bahia

    31

    A.2 Despesas Liquidadas no Exerccio Do total da despesa liquidada,

    no montante de R$ 36.006.349.216,35 foram pagas R$ 35.669.666.969,75,

    equivalentes a 99,06%.

    A.3 O Supervit Oramentrio apresentado no Anexo I da Lei no 4.320/64 no

    valor de R$ 1.623.385.778,54 difere daquele apresentado no Anexo 12 (Balano

    Oramentrio) no valor de R$ 1.624.692.043,69 em funo daquele conter valores

    do resultado intraoramentrio e este no. O valor do resultado intraoramentrio

    de R$ 1.306.265,15 negativo .

    B - BALANO FINANCEIRO

    B.1 Resultado do Balano Financeiro Demonstra um supervit financeiro de

    R$ 1.020.472.937,76 apurado da seguinte forma:

    Saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa do Exerccio de 2013 R$ 5.547.345.271,37

    (-) Saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa do Exerccio de 2014 R$ 6.567.818.209,13

    Supervit do Balano Financeiro R$ 1.020.472.937,76

    C - DEMONSTRATIVO DAS VARIAES PATRIMONIAIS

    C.1 Resultado Econmico do Exerccio O Dficit registrado no exerccio no

    montante R$ 16.411.591.849,99 foi influenciado de forma relevante pela inscrio

    das Provises Matemticas de Benefcios Concedidos e a Conceder do Fundo

    Financeiro da Previdncia Social dos Servidores Pblic