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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Governador Geraldo Alckmin

Secretário da Educação José Renato Nalini

Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio

Chefe de Gabinete Wilson Levy Braga da Silva Neto

Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE

Presidente João Cury Neto

Chefe de Gabinete Alexandre Hagge dos Santos

Diretor Administrativo e Financeiro – DAF Nilton Luis Viadanna

Diretor de Projetos Especiais – DPE Antonio Henrique Filho

Diretora de Obras e Serviços – DOS Selene Augusta Barreiros

Diretora de Tecnologia da Informação – DTI Malde Maria Vilas Bôas

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

Plano Estadual de Educação

São Paulo, 2017

Meta 9 – Alfabetização e Analfabetismo Funcional

Elevar a taxa de alfabetização da população de 15 (quinze) anos ou

mais para 97,5% até o 5º (quinto) ano de vigência do PEE e, até o

final da vigência, superar o analfabetismo absoluto e reduzir em pelo

menos 50% a taxa de analfabetismo funcional no Estado.

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SUMÁRIO

Alfabetização e Analfabetismo Funcional: População de 15 anos e mais .............. 7

O monitoramento da Taxa de Analfabetismo ..................................................... 9

A Taxa de Analfabetismo nos Municípios de São Paulo – variações .................... 19

Analfabetismo Funcional de pessoas de 15 anos ou mais .................................. 20

Considerações Finais ...................................................................................... 24

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7

ALFABETIZAÇÃO E ANALFABETISMO

FUNCIONAL

População de 15 anos e mais

A meta 9 do Plano Estadual da Educação – PEE1 tem como objetivos “elevar a

taxa de alfabetização da população com quinze (15) anos e mais no Estado de

São Paulo , a fim de alcançar 97,5% (noventa e sete inteiros e cinco décimos por

cento) até o quinto ano de vigência e, até o final, erradicar o analfabetismo

absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional”.Para o

monitoramento desta meta, foram selecionados os seguintes indicadores:

Indicador 9A: Taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de

idade.

Indicador 9B: Taxa de analfabetismo funcional de pessoas de 15 anos ou

mais de idade.

A diferença entre o PEE e o Plano Nacional de Educação – PNE2 é que este,

condizente com as diferenças regionais no país, fixou para o indicador 9A essa

mesma taxa em 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até

2015 e, até o final de vigência do Plano, erradicar o analfabetismo absoluto. O

indicador 9B é idêntico em ambos os planos.

A alfabetização de jovens e adultos faz parte da agenda internacional de

educação e, desde 2015, com a aprovação pelos estados-membros das Nações

Unidas, integra os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável – ODS 4 (2016/

2030) em continuidade à agenda anterior – Objetivos de Desenvolvimento do

Milênio – ODM (2000 /2015) não alcançadas em sua integralidade.

1 PEE: Lei Estadual nº 16.279 / 2016.

2 PNE: Lei Federal nº 13.005 / 2014.

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8

O objetivo 4.6 da ODS 4, projeta, até 2030, “garantir que todos os jovens e uma

substancial proporção de adultos, homens e mulheres estejam alfabetizados e

tenham adquirido o conhecimento básico de matemática”.

O monitoramento desses objetivos é um importante instrumento para a

formulação de políticas públicas e tem reflexos em outras metas estipuladas no

PEE, principalmente nas metas 8 (escolaridade da população) e 10 (educação de

jovens e adultos).

A taxa de alfabetização brasileira, que em 2001 era de 87,6%, cresceu 4,4 pontos

percentuais, alcançando 92,0% em 2015; a meta nacional era alcançar nesse

ano a taxa de 93,5% de alfabetizados.

Em 2001, essa mesma taxa para o Estado de São Paulo já era bem mais elevada:

94,0%; nesse mesmo período, a taxa paulista avançou para 96,5% – um

crescimento de 2,5 pontos percentuais. Quando utilizamos como ponto de partida

da meta o ano de 2013, os acréscimos são bem menos significativos: 0,5 p.p.

para o Brasil e 0,2 p. p. para São Paulo (Tabela 1 e Gráfico 1).

Tabela 1: Brasil e Estado de São Paulo Evolução da Taxa de Alfabetização da População de 15 anos e mais

2001/2015

Ano Brasil São Paulo

2001 87,6 94,0

2002 88,2 94,1

2003 88,5 94,6

2004 88,6 94,5

2005 88,9 94,6

2006 89,6 95,0

2007 90,0 95,4

2008 90,0 95,3

2009 90,3 95,3

2011 91,4 96,3

2012 91,3 96,2

2013 91,5 96,3

2014 91,7 96,2

2015 92,0 96,5

variações

2015/2013 0,5 0,2

2015/2001 4,4 2,5

Fonte: IBGE – PNAD.

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Gráfico 1: Brasil e Estado de São Paulo

Evolução da Taxa de Alfabetização da População de 15 anos e mais

2001 /2015

Fonte: IBGE – PNAD.

“Alfabetização requer não apenas uma oferta melhor de oportunidades de

aprendizagem, mas também mais oportunidades de usar, melhorar e reter

as habilidades em leitura e escrita”.3

O monitoramento da Taxa de Analfabetismo

O monitoramento da taxa de analfabetismo no Estado de São Paulo tem por base

os dados levantados pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,

efetuados nos Censos Demográficos e nas Pesquisas Nacionais por Amostra de

Domicílios - PNAD.

3UNESCO in “Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos – EPT 2015.

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2011

2012

2013

2014

2015

São Paulo Brasil

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A evolução histórica dessas taxas, entre a população de 15 anos e mais nos

últimos 40 anos, permite observar os avanços alcançados até o momento e serve

de parâmetro para intervenções dos gestores na reformulação de políticas

públicas. Tanto em nível nacional quanto no Estado de São Paulo, essas taxas

registram declínio.

O indicador 9A – taxa de alfabetização – estabelece, para o Estado de São Paulo,

uma taxa de 97,5% a ser alcançada até 2020 (5º ano de vigência do PEE). Em

2013, quando o diagnóstico do PEE foi elaborado, a taxa de alfabetização era de

96,3%, o que significa que o percentual de pessoas que se declararam

analfabetas era de 3,7%. Embora muito próxima dos parâmetros estabelecidos,

o monitoramento mostra que elevar essa meta exige a adoção de políticas

públicas localizadas (áreas específicas do Estado) com taxas de alfabetização

muito aquém do esperado.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

– UNESCO, alfabetização é a “habilidade de ler e escrever com compreensão um

relato simples e breve referente ao seu cotidiano. Envolve um contínuo de

competências de leitura e escrita e também inclui habilidades aritméticas

básicas”. Por conseguinte, a taxa de analfabetismo é definida “como a

porcentagem da população com idade de 15 anos e mais que não sabe ler nem

escrever”.

O analfabetismo no Estado de São Paulo, cuja taxa era de 19,1% em 1970,

recuou para 13,9% em 1980 e, em 2010, registrou 4,3%. A taxa brasileira é

sempre mais elevada: 33,7% em 1970 e 9,6% em 2010 (Tabela 2 e Gráfico 2).

Tabela 2: Brasil e Estado de São Paulo

Evolução da Taxa de Analfabetismo da População de 15 anos e mais

1970,1980, 1991, 2000, 2010

Ano Brasil São Paulo

1970 33,7 19,1

1980 25,9 13,9

1991 20,1 10,2

2000 13,6 6,6

2010 9,6 4,3

Fonte: IBGE – Censo Demográfico.

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Gráfico 2: Brasil e Estado de São Paulo

Evolução da Taxa de Analfabetismo da População de 15 anos e mais

1970,1980, 1991, 2000, 2010

Fonte: IBGE – Censo Demográfico.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD 2015,

divulgados no final de 2016, confirmam o recuo da taxa de analfabetismo entre

a população brasileira de 15 anos e mais, tanto em nível nacional como no

Estado. O percentual do país passou de 8,5% em 2013 para 8,0%, em 2015,

indicando uma redução de 0,5 ponto percentual; no Estado de São Paulo esse

recuo foi de apenas 0,2 ponto percentual: 3,7% em 2013 e 3,5% em 2015.

A evolução histórica apresentada na Tabela 2 e Gráfico 2 mostra um movimento

instável dessa taxa, principalmente no Estado, indicando que esses avanços são

lentos e dependem de constantes intervenções do poder público (ver Tabela 3 e

Gráfico 3).

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

1970 1980 1991 2000 2010

Brasil 33,7 25,9 20,1 13,6 9,6

São Paulo 19,1 13,9 10,2 6,6 4,3

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Tabela 3: Brasil e Estado de São Paulo

Evolução da Taxa de Analfabetismo da População de 15 anos e mais

2001/2015

Ano Brasil São Paulo

2001 12,4 6,0

2002 11,8 5,9

2003 11,5 5,4

2004 11,4 5,5

2005 11,1 5,4

2006 10,4 5,0

2007 10,0 4,6

2008 10,0 4,7

2009 9,7 4,7

2011 8,6 3,7

2012 8,7 3,8

2013 8,5 3,7

2014 8,3 3,8

2015 8,0 3,5

Fonte: IBGE – PNAD.

Gráfico 3: Brasil e Estado de São Paulo

Evolução da Taxa de Analfabetismo da População de 15 anos e mais

2001 /2015

Fonte: IBGE – PNAD.

Em 2015, em números absolutos, 12.865.898 brasileiros declararam não saber

ler e escrever, o que significa 8,0% da população de 15 anos e mais. A queda

das taxas de analfabetismo ocorreu para todas as faixas de idade, porém desde

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015

Brasil 12,4 11,8 11,5 11,4 11,1 10,4 10,0 10,0 9,7 8,6 8,7 8,5 8,3 8,0

São Paulo 6,0 5,9 5,4 5,5 5,4 5,0 4,6 4,7 4,7 3,7 3,8 3,7 3,8 3,5

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

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o avanço do processo de escolarização da população em idade escolar, o

analfabetismo cada vez mais está concentrado nas faixas etárias mais elevadas:

com 60 anos e mais o percentual ficou em 22,3%, (6.556.166 pessoas

analfabetas) e entre aqueles com 50 a 59 anos essa taxa foi de 10,1% (2.421.680

pessoas). Entre os analfabetos com 50 anos e mais, a proporção alcança 69,8%

dos registros, sendo 18,8% na faixa etária de 50 a 59 anos e 51,0% com 60 anos

ou mais (ver Tabela 4).

Tabela 4: Brasil – População de 15 anos e mais

População total, Taxa de Analfabetismo e proporção de analfabetos,

segundo grupos de idade

2015

Grupos de idade

Total Não Alfabetizadas

nº taxa proporção

15 a 17 anos 10.637.612 82.663 0,8 0,6

18 a 19 anos 6.841.357 59.644 0,9 0,5

20 a 24 anos 15.590.860 200.378 1,3 1,6

25 a 29 anos 15.275.577 296.468 1,9 2,3

30 a 39 anos 32.038.621 1.273.631 4,0 9,9

40 a 49 anos 28.143.847 1.975.268 7,0 15,4

50 a 59 anos 23.890.529 2.421.680 10,1 18,8

60 anos ou mais 29.373.970 6.556.166 22,3 51,0

15 anos e mais 161.792.373 12.865.898 8,0 100,0

15 a 29 anos 48.345.406 639.153 1,3 5,0

Fonte: IBGE – PNAD – banco SIDRA.

Reconhecidamente, a inclusão de pessoas com mais idade em programas de

alfabetização é menos factível e, qualquer ação voltada especificamente para

esse público tem um alcance limitado, pois trata-se de uma população menos

receptiva a mudanças.

Entre os brasileiros jovens de 15 a 24 anos, o problema do analfabetismo está

sendo superado e a proporção de analfabetos é residual: 0,6% na faixa etária de

15 a 17 anos, 0,5% nas idades de 18 e 19 anos e 1,6% na faixa subsequente de

20 a 24 anos. Entre a população de 25 a 29 anos, essa proporção aumenta: 2,3%

e praticamente quadriplica, indo para 9,9% no grupo etário de 30 a 39 anos,

alcançando 15,4% na população de 40 a 49 anos (ver Tabela 4).

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Entre os paulistas de 60 anos e mais de idade, a taxa de analfabetismo em 2015

chegou a 11,5% – pouco menos da metade da taxa média do país registrada

para essa faixa etária, que foi de 22,3%. Entretanto, esses mesmos dados

ratificam que, cada vez mais, o analfabetismo está relacionado à população mais

idosa, tanto que a proporção de analfabetos nesse grupo de idade alcançou

61,1%ou seja, 780.747 pessoas de um total de 1.276.855analfabetos (ver

Tabelas 4 e 5).

Outra faixa etária que apresentou uma taxa igual à média do Estado (3,5%) foi

o grupo de 50 a 59 anos de idade. Em números absolutos, correspondiam a

197.159 pessoas e uma proporção de 15,4% do total de analfabetos

paulistas.Sob esse prisma deduz-se que esses registros confirmam que o

analfabetismo poderá ser erradicado, como se pretende no objetivo 9A da meta,

apenas no futuro e graças à regularização do progresso na escolarização formal,

uma vez que, a cada ano, o problema fica cada vez mais restrito à população

mais idosa: 76,5% da população paulista que declarou não saber ler nem

escrever (977.906 pessoas) tinha mais de 50 anos de idade (ver Tabela 5).

Tabela 5: Estado de São Paulo População total, Taxa de Analfabetismo e proporção de analfabetos,

segundo grupos de idade

2015

Grupos de idade

Total Não Alfabetizadas

nº taxa proporção

15 a 17 anos 2.069.305 8.966 0,4 0,7

18 a 19 anos 1.430.707 4.519 0,3 0,4

20 a 24 anos 3.315.916 16.710 0,5 1,3

25 a 29 anos 3.331.987 22.378 0,7 1,8

30 a 39 anos 7.050.545 83.209 1,2 6,5

40 a 49 anos 6.501.838 163.167 2,5 12,8

50 a 59 anos 5.614.517 197.159 3,5 15,4

60 anos ou mais 6.815.479 780.747 11,5 61,1

15 anos e mais 36.130.294 1.276.855 3,5 100,0

15 a 29 anos 10.147.915 52.573 0,5 4,1

Fonte: IBGE – PNAD – banco SIDRA.

Vale observar que, entre a população jovem (faixa etária de 15 a 29 anos de

idade), a taxa de analfabetismo paulista ficou no patamar de países

desenvolvidos, correspondendo a 0,5% e somando pouco mais de 52 mil

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15

indivíduos, em um universo de 10.147.915 pessoas. Isto comprova que os

esforços para a garantia da escolarização básica tiveram efeitos positivos.

Percentualmente, nas duas faixas subsequentes (30 a 39 e 40 a 49 anos) a taxa

de analfabetismo foi de 1,2% e 2,5%, respectivamente, demonstrando a

importância da continuidade de políticas públicas com vistas à inclusão social,

pois são pessoas em idade produtiva, sendo inadmissível não saber ler e escrever

(ver Tabela 5).

Ressalta-se que, embora o Estado de São Paulo tenha registrado taxas de

analfabetismo bem mais moderadas que as da média nacional, para os grupos

etários de 30 a 39 anos e 40 a 49 anos, uma população ainda em idade ativa, o

número de analfabetos registrados pela PNAD 2015 – respectivamente, 83.209 e

163.167 e, totalizando 246 mil pessoas aproximadamente, permanece como

desafio a ser enfrentado no bojo das políticas educacionais (ver Tabela 6).

Tabela 6: Brasil e Estado de São Paulo Proporção de pessoas de 15 anos e mais analfabetas, segundo grupos de idade

2015

Grupos de idade

Brasil Estado de São Paulo

nº % nº %

15 anos e mais 12.865.898 100,0 1.276.855 100,0

15 a 17 anos 82.663 0,6 8.966 0,7

18 a 19 anos 59.644 0,5 4.519 0,4

20 a 24 anos 200.378 1,6 16.710 1,3

25 a 29 anos 296.468 2,3 22.378 1,8

30 a 39 anos 1.273.631 9,9 83.209 6,5

40 a 49 anos 1.975.268 15,4 163.167 12,8

50 a 59 anos 2.421.680 18,8 197.159 15,4

60 anos ou mais 6.556.166 51,0 780.747 61,1

15 a 29 anos 639.153 5,0 52.573 4,1

30 a 49 anos 3.248.899 25,3 246.376 19,3

50 e mais 8.977.846 69,8 977.906 76,6

Fonte: IBGE – PNAD – banco SIDRA.

Nos próximos anos, segundo alguns especialistas, a redução da taxa de

analfabetismo será mais discreta e o ritmo da queda em menor intensidade, pois

muitos dos analfabetos que restam no país são idosos e menos propensos à

inclusão.

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Comparada com a média dos países desenvolvidos, que é aproximadamente de

1,0%, a taxa de analfabetismo entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade,

estimada em 3,5% para o Estado de São Paulo e em 8,0% para o país,

(PNAD/2015) pode ser considerada ainda como elevada. Infelizmente, a

probabilidade de grandes variações, em curto prazo, é pouco provável, tendo em

vista os resultados positivos já alcançados: acesso à escola e elevada taxa de

escolarização nos grupos etários que compreendem a população em idade

escolar.

A competência pela oferta do Ensino Fundamental é atribuição compartilhada

entre poder público estadual e municípios. Na divisão de responsabilidade, os

municípios deram mais ênfase ao atendimento do segmento de anos iniciais do

ensino fundamental, inclusive alfabetização de adultos, e a Secretaria de Estado

da Educação priorizou o atendimento aos anos finais desse nível de ensino.

Com o objetivo de somar esforços com os poderes públicos municipais, a

Secretaria de Estado da Educação manteve programas e ações no âmbito da

Educação de Jovens Adultos – alfabetização de adultos, firmando convênios com

entidades assistenciais e ONGs.

Observe-se que o atendimento em cursos de alfabetização não é contemplado

com recursos do FUNDEB, como também, não faz parte do levantamento do

Censo Escolar. Assim sendo, não é incomum os gestores darem preferência ao

atendimento a essa população nos cursos estruturados do ensino fundamental

na modalidade de Jovens e Adultos – anos iniciais – que têm o direito garantido

ao financiamento com repasse do Fundo.

Não obstante o recuo registrado nas taxas de analfabetismo, é um enorme

desafio superar o analfabetismo absoluto a médio prazo. Merece destaque a

desvantagem da média do país, estimada em 9,2%, quando desconsiderados os

dados relativos ao Estado de São Paulo (Tabela 7).

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17

Tabela 7: Brasil (excluindo o Estado de São Paulo)

População total e Taxa de Analfabetismo da população de 15 anos e mais e proporção de analfabetos, segundo grupos de idade

2015

Grupos de idade

Total Não Alfabetizadas

nº taxa proporção

15 a 17 anos 8.568.307 73.697 0,9 0,6

18 a 19 anos 5.410.650 55.125 1,0 0,5

20 a 24 anos 12.274.944 183.668 1,5 1,6

25 a 29 anos 11.943.590 274.090 2,3 2,4

30 a 39 anos 24.988.076 1.190.422 4,8 10,3

40 a 49 anos 21.642.009 1.812.101 8,4 15,6

50 a 59 anos 18.276.012 2.224.521 12,2 19,2

60 anos ou mais 22.558.491 5.775.419 25,6 49,8

15 anos e mais 125.662.079 11.589.043 9,2 100,0

15 a 29 anos 38.197.491 586.580 1,5 5,1

Fonte: IBGE – PNAD – banco SIDRA.

Em todos os grupos de idade, as taxas relativas ao analfabetismo no Brasil são

mais elevadas quando suprimimos a população e os analfabetos residentes no

Estado de São Paulo. Diferenças encontradas são irrelevantes nos grupos etários

mais jovens: mais 0,1 p.p nos grupos de 15 a 17 e 18 a 19 anos, e crescentes

nas faixas etárias subsequentes: mais 0,2 p.p. entre a população de 20 a 24 anos

e 0,4% no grupo de 25 a 29 anos (ver Tabela 4).

Especialmente entre a população de 30 a 39 anos e 40 a 49 anos – idade

produtiva, é que essas diferenças se acentuam: respectivamente, em 0,8 p.p e

1,4 pontos percentuais, aumentando a taxa de analfabetismo de 4,0% para 4,8%

no primeiro grupo e de 7,0% para 8,4% na população de 40 a 49 anos (ver

Tabela 4).

Mas é entre a população mais idosa que essa simulação, excetuando-se os dados

do Estado de São Paulo do contexto nacional, evidencia que o problema é ainda

mais grave, resultando em maiores taxas do analfabetismo: de 10,1% para

12,2% no grupo etário de 50 a 59 anos e 22,3% para 25,6% entre a população

de 60 anos e mais (ver Tabela 4).

Apesar dos avanços conquistados nos últimos vinte anos, a PNAD 2015 indicou

que entre as pessoas de 15 anos e mais, excluindo-se aquelas residentes no

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Estado de São Paulo, há no Brasil mais de 11 milhões de analfabetos (9,2%), 1,2

ponto percentual a mais que a média geral observada para o país, incluindo o

Estado de São Paulo (ver Tabela 7).

Certamente, por causa de sua expressão demográfica associada aos melhores

indicadores de escolaridade e inclusão da população paulista no processo de

escolarização, São Paulo tem representatividade para influir na redução da taxa

média de analfabetismo do país.

A superação do analfabetismo absoluto no Estado de São Paulo requer a adoção

de políticas públicas e ações estratégicas específicas visando à superação do

problema. É provável que a expectativa mais factível para o atingimento da meta,

aconteça à médio prazo e será devida ao avanço no processo de escolarização

formal.

O Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos – EPT, divulgado

no começo de abril de 2015 pela UNESCO, enfatiza a necessidade de se alcançar

a meta estipulada para aquele ano, em aumentar os índices de alfabetização de

adultos em 50%, principalmente entre as mulheres.

No Brasil e no Estado de São Paulo, as diferenças entre gêneros são pouco

significativas. Entre os homens, a PNAD 2015 registrou uma taxa de alfabetização

de 91,7% no Brasil e 96,9% para o Estado; essa taxa entre as mulheres ficou

em 92,3% e 96,0%, respectivamente.

A taxa de alfabetização da população de 15 anos e mais no Estado de São Paulo

supera, há algum tempo a meta nacional, porém ainda persistem problemas

localizados – bolsões de analfabetismo em alguns municípios paulistas, de acordo

com os dados divulgados no último censo demográfico realizado pelo IBGE –

2010. Não obstante a distância temporal dessa pesquisa, é preciso reconhecer

que, na média geral do Estado, não houve redução significativa nos últimos cinco

anos.

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A Taxa de Analfabetismo nos Municípios de São

Paulo – variações

Os dados de taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais pesquisados

por Município (IBGE / Censo Demográfico 2010) apontam variações significativas

entre os municípios do Estado de São Paulo, registrando 1,5% em Águas de São

Pedro (a menor) e 17,1% em Barra do Turvo (a mais elevada). Cabe destacar

que no conjunto de 645 municípios, em 417 localidades essa taxa foi superior à

meta fixada pelo PNE para 2015.

Quando detalhados por grupos de idade, alguns municípios se destacam por

alcançar maior grau de alfabetização nos grupos mais jovens, uma vez que 41

localidades registraram taxas iguais a 100% no grupo de 15 a 17 anos;

restringindo-se a 4 municípios no grupo de 18 a 24 anos e, no grupo de 25 a 29

anos apenas 3 alcançam 100% de alfabetização. Observa-se uma variabilidade

nas taxas de analfabetismo nos municípios paulistas conforme segue.

Tabela 8: Estado de São Paulo / Municípios

Analfabetismo: Distribuição por Grupos de Idade segundo Intervalo de Taxas

2010

Intervalo das Taxas de Analfabetismo

Número e Percentual de Municípios por Grupos de Idade

15 a 17 18 a 24 25 a 29

nº % nº % nº %

0% 41 6,4 4 0,6 3 0,5

< que 1,0% 219 34,0 162 25,1 62 9,6

entre 1,0% e 3,0% 378 58,6 464 71,9 454 70,4

entre 3,1% a 5,0% 6 0,9 15 2,3 101 15,7

> que 5,0% 1 0,2 0 0,0 25 3,9

Total de Municípios 645 100,0 645 100,0 645 100,0

Fonte: IBGE – Censo Demográfico.

Entre as recomendações da UNESCO para os próximos anos, destaca-se um

monitoramento de dados mais consistentes que reflitam a compreensão de que

as habilidades de leitura e escrita não são binárias (alfabetizado / não

alfabetizado), mas existem em uma escala – níveis de alfabetização, daí a

necessidade de serem ofertados cursos que permitam à população, depois de

alfabetizada, utilizar de forma prática esses conhecimentos a fim de que não

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sejam esquecidos.O Inquérito de Competência de Adultos publicado pela OCDE

enfatiza a relevância dos programas voltados à população adulta, em todo o

mundo.

“A alfabetização é a aptidão para compreender e usar informações a

partir de textos escritos em diversos contextos, com vistas a alcançar

objetivos e a desenvolver conhecimentos e potenciais. É um pré-requisito

básico para o desenvolvimento de aptidões de mais alto nível e para a

obtenção de resultados positivos nos planos social e econômico. Os

estudos realizados anteriormente têm mostrado que a aptidão para ler

está intimamente ligada a resultados positivos no trabalho, à participação

social e ao aprendizado ao longo da vida”4.

Analfabetismo Funcional de pessoas de 15 anos ou

mais

O monitoramento da taxa de analfabetismo funcional utiliza a base de dados

coletados pelo IBGE no Censo Demográfico e na PNAD, os quais consideram

analfabetas funcionais as pessoas de 15 anos e mais de idade com menos de

quatro anos de estudo, o que corresponde aos anos iniciais do ensino

fundamental. O cálculo desse indicador também inclui aqueles que, embora

tenham concluído essa etapa, não conseguem ler e escrever.

Em função das alterações na legislação brasileira quanto à idade de ingresso no

ensino fundamental (Lei Federal 11.114 de 16/05/2005) e à alteração da duração

desse nível de ensino para 9 anos (Lei Federal nº 11.274 de 06/02/2006), foi

adotado, para fins de acompanhamento dessa meta, o período de cinco anos de

estudo como o tempo de integralização dos anos iniciais. Como a alteração da

legislação brasileira quanto à organização do ensino fundamental é muito

recente, essa diretriz é válida para a aferição da população adolescente, contudo

não deve ser aplicada para aqueles que iniciaram o processo de escolarização

(hoje adultos) no ensino fundamental organizado em 8 anos.

4 In: www.oecd.org/site/piaac –“ Inquérito sobre Competências de Adultos” (OECD / PIAAC)

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A publicação do “Relatório do 1º ciclo de Monitoramento das Metas do PNE:

Biênio 2014 – 2016”pelo INEP em 2016, permitiu-nos sintetizar a evolução para

o Estado de São Paulo entre 2004 a 2015. A Tabela 9 mostra uma redução lenta,

de 5,5 pontos percentuais nesse período, uma vez que a taxa de analfabetismo

funcional entre a população paulista com 15 anos e mais que, em 2004 era de

16,0%, alcançou 10,5% em 2015 – cerca de 3,800 mil pessoas.

Tabela 9: Brasil, Região Sudeste e Estado de São Paulo

Evolução da Taxa de Analfabetismo Funcional da população de 15 anos e mais

2004 /2015

Região 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015

Brasil 24,4 23,5 22,3 21,9 21,1 20,5 20,4 18,3 18,1 17,6 17,1

Sudeste 18,0 17,5 16,6 16,0 15,8 15,3 15,0 13,2 13,2 12,7 12,3

São Paulo 16,0 15,4 14,5 14,0 13,8 13,3 12,8 11,5 11,4 11,0 10,5

Fonte: IBGE – PNAD in MEC “Relatório do 1º ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: Biênio 2014 – 2016. Nota: dados de 2015 no Observatório da Educação.

Gráfico 4: Brasile Estado de São Paulo Evolução da Taxa de Analfabetismo Funcional da População de 15 anos e mais

2004 /2015

Fonte: IBGE – PNAD in MEC “Relatório do 1º ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: Biênio 2014 – 2016.

O diagnóstico do Plano Estadual de Educação utiliza como data base para a

construção desse indicador os dados da PNAD 2013; assim, se em 2013 a taxa

era de 11,4% e em 2015 alcançamos 10,5%, significa que reduzimos apenas 0,9

p.p. em dois anos e ainda temos que reduzir 4,8 pontos percentuais para

alcançarmos a meta de 5,7% em 2024.

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015

Brasil 24,4 23,5 22,3 21,9 21,1 20,5 20,4 18,3 18,1 17,6 17,1

Sudeste 18,0 17,5 16,6 16,0 15,8 15,3 15,0 13,2 13,2 12,7 12,3

São Paulo 16,0 15,4 14,5 14,0 13,8 13,3 12,8 11,5 11,4 11,0 10,5

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

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A Tabela 10 mostra a evolução da taxa de analfabetismo funcional entre as

Unidades da Federação de 2004 a 2015. Embora a taxa mais elevada tenha sido

registrada em Alagoas,29,9%, foi também a Unidade da Federação com a maior

redução nesse período: -15,4 pontos percentuais. O Distrito Federal alcançou a

menor taxa: 9,1%, porém o decréscimo foi de apenas -2,7 p.p. nesse mesmo

período. No Estado de São Paulo a redução foi de -5,5 pontos percentuais: a taxa

que era de 16,0% em 2004 ficou em 10,5% em 2015.

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Tabela 10: Brasil, Região Sudeste e Unidades da Federação

Evolução da Taxa de Analfabetismo Funcional da população de 15 anos e mais

2004 /2015

(em ordem decrescente da taxa de 2015)

UF / Regiões

Ano Variação p.p

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2015-2004

2015-2013

Brasil 24,4 23,5 22,3 21,9 21,1 20,5 20,4 18,3 18,1 17,6 17,1 -7,3 -1,0

Sudeste 18,0 17,5 16,6 16,0 15,8 15,3 15,0 13,2 13,2 12,7 12,3 -5,7 -0,9

Sul 18,4 17,8 16,6 16,7 16,3 15,6 15,8 13,7 14,1 13,8 13,4 -5,0 -0,7

Centro-Oeste 21,9 21,3 20,0 20,4 19,3 18,6 18,2 16,5 16,4 16,1 14,7 -7,2 -1,7

Norte 29,3 27,5 26,2 25,7 25,1 24,0 25,4 21,9 21,7 20,4 20,1 -9,2 -1,6

Nordeste 37,4 36,1 34,4 33,8 31,9 31,1 31,1 28,5 27,8 27,2 26,6 -10,8 -1,2

Distrito Federal 11,8 11,0 10,7 10,7 10,5 9,0 10,2 10,0 9,8 9,0 9,1 -2,7 -0,7

São Paulo 16,0 15,4 14,5 14,0 13,8 13,3 12,8 11,5 11,4 11,0 10,5 -5,5 -0,9

Rio de Janeiro 16,2 15,8 14,8 14,5 14,2 14,1 16,3 11,6 11,7 10,9 10,9 -5,3 -0,8

Santa Catarina 16,0 15,4 15,1 15,1 15,5 14,0 14,2 11,2 12,4 11,6 11,8 -4,2 -0,6

Rio Grande do Sul 16,7 16,0 15,2 15,4 14,8 14,1 14,4 13,2 13,8 13,3 12,4 -4,3 -1,4

Roraima 24,4 25,0 21,2 20,2 19,3 17,5 19,8 12,9 17,5 14,2 13,7 -10,7 -3,8

Amapá 20,2 17,2 16,7 17,2 15,4 17,5 18,4 16,3 17,1 14,0 14,3 -5,9 -2,8

Goiás 23,6 23,6 21,4 21,3 20,8 19,7 20,4 17,5 17,5 17,6 15,0 -8,6 -2,5

Amazonas 21,9 19,7 18,7 20,1 21,2 18,7 23,0 18,0 18,4 15,4 15,1 -6,8 -3,3

Paraná 21,5 21,3 18,9 19,1 18,2 18,1 18,1 15,9 15,6 15,7 15,4 -6,1 -0,2

Espírito Santo 20,9 20,2 20,7 19,1 20,3 20,1 18,1 15,3 16,0 15,4 15,6 -5,3 -0,4

Minas Gerais 23,5 23,0 22,0 21,0 20,7 19,7 20,2 17,9 17,7 17,4 16,8 -6,7 -0,9

Mato Grosso do Sul 25,3 23,1 22,4 22,8 21,2 21,6 18,6 18,6 18,7 17,4 17,0 -8,3 -1,7

Mato Grosso 24,3 23,9 23,1 25,0 22,0 22,1 20,5 18,6 18,2 18,3 17,5 -6,8 -0,7

Rondônia 26,7 28,6 27,7 24,6 26,3 23,7 24,0 20,1 21,1 19,5 19,6 -7,1 -1,5

Tocantins 32,6 29,5 29,5 28,3 27,4 25,4 25,4 24,0 22,4 22,6 22,0 -10,6 -0,4

Pará 33,1 30,8 29,5 28,8 27,4 26,9 27,5 24,6 23,4 23,2 22,5 -10,6 -0,9

Rio Grande do Norte

34,3 32,2 32,1 31,9 30,9 28,7 27,3 24,3 25,9 26,1 22,7 -11,6 -3,2

Pernambuco 33,3 32,4 31,0 31,2 28,9 28,5 28,7 26,4 24,7 24,0 24,6 -8,7 -0,1

Acre 35,0 34,6 31,0 27,4 25,9 27,8 27,5 22,9 26,4 24,9 25,5 -9,5 -0,9

Bahia 37,6 35,3 33,7 34,1 31,4 30,9 30,6 27,9 26,8 26,8 25,9 -11,7 -0,9

Sergipe 32,2 33,7 32,5 30,7 26,7 28,8 26,6 26,8 27,1 27,6 26,3 -5,9 -0,8

Ceará 35,8 35,2 32,9 30,9 30,6 29,7 30,5 28,2 26,8 26,5 27,1 -8,7 0,3

Paraíba 40,3 38,2 37,6 37,3 35,0 33,6 33,2 28,9 29,4 28,0 27,1 -13,2 -2,3

Maranhão 40,0 40,3 37,3 35,1 33,4 32,0 34,7 31,1 31,4 28,8 28,8 -11,2 -2,6

Piauí 42,3 41,8 39,6 40,0 37,1 37,6 35,9 33,6 32,4 32,3 29,6 -12,7 -2,8

Alagoas 45,3 42,0 40,3 38,8 38,9 36,9 34,5 32,6 32,5 32,7 29,9 -15,4 -2,6

Fonte: IBGE – PNAD.

Nota: Dados 2004 - 2014: INEP / Dired in "Relatório do 1º Ciclo de Monitoramento das Metas do PNE: Biênio 2014-2016.

Nota: 2015: FDE/DTI.

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24

Considerações Finais

Ao que tudo indica, o indicador 9 A, que propõe como meta intermediária uma

taxa de alfabetização de 97,5% a ser alcançada em 2021, tem maior

probabilidade de atingimento, tendo em vista que os dados publicados pelo IBGE

em 2015 apontavam uma distância de 1,0 ponto percentual.

O que é mais problemático será superar o analfabetismo absoluto, ou seja, sua

erradicação, tendo em vista que esse problema está cada vez mais concentrado

na população idosa, grupo etário que tem apresentado um aumento sistemático

por causa do crescimento da expectativa de vida.

Da mesma forma o indicador 9B, que prevê a redução do analfabetismo funcional

em 50% – 5,7 pontos percentuais em 2026, exigirá esforços no sentido de

ampliar a escolaridade média da população, com a proposição de políticas

públicas que atendam ao contido na meta 8 do PEE e PNE, elevando a

escolaridade média da população para no mínimo 12 anos de estudo.

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FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE

Diretoria de Tecnologia da Informação – DTI Malde Maria Vilas Bôas

Gerência de Avaliação e Indicadores Educacionais – GAVIE Maria Conceição Conholato (Gerente)

ORGANIZAÇÃO DAS BASES DE DADOS, PREPARAÇÃO DAS TABELAS, ANÁLISE E ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO

Departamento de Produção de Informações Educacionais Maria Nicia Pestana de Castro (Chefe) Maria Tereza Franchon Maria Lúcia de Rezende

Departamento de Divulgação de Informações Educacionais Silvia Elaine Varanda (Chefe) Márcio Santos Queiroz Walter Ribeiro Filho

REVISÃO DO DOCUMENTO E EXTRAÇÃO DE BASE DE DADOS

Departamento de Gestão e Tratamento de Dados Educacionais Maria Isabel Pompei Tafner (Chefe) Jesilene Fatima Godoy

SupervisãodeAssuntosInstitucionais

CAPA E PADRONIZAÇÃO

Brigitte Aubert

REVISÃO DE TEXTO

Luiz Thomazi Filho

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