Upload
brunoandrade
View
53
Download
2
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Exemplos do Método PDCA na aplicados no Governo do Estado do Rio de Janeiro
Citation preview
Melhoria da Gesto do Sistema de Segurana Pblica
Edio revisada em janeiro de 2011
Sistema de Segurana Pblica
Estado do Rio de Janeiro
Manual de procedimentos para o sistema
de metas e acompanhamento de resultados
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
Apoiaram o desenvolvimento deste material:
DPF JOS MARIANO BENINC BELTRAME Secretrio de Estado de Segurana
DPF ANTONIO ROBERTO C. DE S Subsecretrio de Planejamento e Integrao Operacional
DPF ROBERTO ALZIR DIAS CHAVES Superintendente de Planejamento Operacional
Ten Cel PM ALEXANDRE DE SOUZA Coordenador de Anlise e Integrao Regional 1 RISP
Ten Cel PM MARCO ANTONIO DA FONSECA SANTOS Coordenador de Anlise e Integrao Regional 2 RISP
Ten Cel PM MRCIO VAZ LIMA Coordenador de Anlise e Integrao Regional 3 RISP
Maj PM CLAUDIO DA SILVA RAMOS JUNIOR Coordenador de Anlise e Integrao Regional 4 RISP
PRF WAGNER JOS DUARTE Coordenador de Anlise e Integrao Regional 5 RISP
Ten Cel PM MAURO FLIESS DE CASTRO Coordenador de Anlise e Integrao Regional 6 RISP
Major PM BIANCA MACHADO PEREIRA Coordenadora de Anlise e Integrao Regional 7 RISP
ngelo Dutra
Ricardo Paiva
Vincius Augusto R. Chelotti Brum de Almeida
Mara Alarcon Salomo
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
NDICE
INTRODUO .................................................................................................................. 4
ABREVIATURAS UTILIZADAS NESTE DOCUMENTO ................................................................4
1. INDICADORES ESTRATGICOS DE CRIMINALIDADE DO ESTADO ................... 6
1.1 META ........................................................................................................................................6
1.2 OUTRAS CONSIDERAES ..................................................................................................8
2. CONFIDENCIALIDADE .......................................................................................... 10
3. VERIFICAO DOS RESULTADOS ATINGIDOS INCIO DO PROCESSO ....... 11
3.1 CRITRIOS DE PRIORIZAO PARA O ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS ....... 15
4. REUNIES DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS INDICADORES
ESTRATGICOS DE CRIMINALIDADE ................................................................ 19
4.1 REUNIO DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS DE NVEL 4 .............................. 21
4.2 REUNIO DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS DE NVEL 3 .............................. 24
4.3 REUNIO DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS DE NVEL 2 .............................. 26
4.4 REUNIO DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS DE NVEL 1 .............................. 28
4.5 FLUXOGRAMA DE REUNIES DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS Foco nos
Indicadores Estratgicos de Criminalidade ........................................................................... 32
5. DINMICA DAS REUNIES DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS ......... 33
6. IDENTIFICANDO O PROBLEMA (Etapa 1 do PDCA) ............................................ 37
6.1 CONTEXTUALIZANDO O PROBLEMA ............................................................................... 38
6.2 ESTABELECENDO O FOCO DAS ANLISES .................................................................... 40
7. IDENTIFICANDO CAUSAS ANLISE DO PROCESSO (Etapa 3 do PDCA - O
PORQU ?) ........................................................................................................... 55
8. ELABORANDO PLANOS DE AO (Etapa 4 do PDCA) ....................................... 57
9. EXECUTANADO O PLANO DE AO (Etapa 5 do PDCA) ................................... 59
10. VERIFICANDO OS RESULTADOS (Etapa 6 do PDCA) ........................................ 60
11. PADRONIZAO OU AES CORRETIVAS (Etapa 7 e 8 do PDCA) .................. 61
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
12. GLOSSRIO TCNICO-METODOLGICO ........................................................... 64
13. MODELOS ILUSTRATIVOS DE FERRAMENTAS ................................................. 67
ANEXO I Padro para Apresentaes nas Reunies de Acompanhamento de
Resultado ............................................................................................................... 72
ANEXO II Modelo de Lista de Presena para as reunies ............................................ 77
ANEXO III Modelo para o Termo de Comunicao de Meta ......................................... 78
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
4
INTRODUO
O presente documento visa normatizar e estabelecer as rotinas e prticas a serem
implantadas em um Sistema de Metas para os Indicadores Estratgicos de
Criminalidade do Estado. Atravs desse sistema, a SESEG ter total gerncia dos
resultados obtidos em todos os nveis.
O acompanhamento das aes propostas pelos agentes de segurana envolvidos, a
difuso e padronizao das melhores prticas objeto desta estrutura.
Conjuntamente com o Sistema de Metas para os Indicadores Estratgicos do
Estado, proposto um sistema de rotinas semelhantes para o acompanhamento de
resultados das Metas Operacionais das instituies de segurana Pblica do Estado.
Este Sistema, por sua vez, objetiva medir o nvel de eficincia operacional destes
agentes na dinmica do Sistema de Segurana Pblica, envolvendo a Polcia Militar,
Polcia Civil e rgos do Governo Estadual que desenvolvem atividades
socioeconmicas.
Os objetivos deste Manual de Procedimentos so:
Estabelecer os critrios para ocorrncia e convocao das Reunies de
Acompanhamento de Resultados do Sistema de Metas para a Segurana
Pblica do Estado do Rio de Janeiro;
Descrever o fluxo do processo e a dinmica das Reunies de
Acompanhamento de Resultados do Sistema de Metas para a Segurana
Pblica do Estado do Rio de Janeiro.
ABREVIATURAS UTILIZADAS NESTE DOCUMENTO
AISP rea Integrada de Segurana Pblica;
BPM Batalho da Polcia Militar;
CIAPM Companhia de Polcia Militar;
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
5
CISP Circunscrio Integrada de Segurana Pblica;
CPA Comando de Policiamento de rea;
DPA Departamento de Polcia de rea;
DP Delegacia de Polcia Civil;
ERJ Estado do Rio de Janeiro;
ISP Instituto de Segurana Pblica;
PC ou PCERJ Polcia Civil do Estado do Rio de Janeiro;
PM ou PMERJ Polcia Militar do Estado do Rio de Janeiro;
RISP Regio Integrada de Segurana Pblica;
SESEG Secretaria de Estado de Segurana; e
SSPIO Subsecretaria de Planejamento e Integrao Operacional da
Secretaria de Estado de Segurana.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
6
1. INDICADORES ESTRATGICOS DE CRIMINALIDADE DO ESTADO
Os Indicadores Estratgicos de Criminalidade do Estado foram propostos pelo
Governo por meio da CAGESP Cmara de Gesto da Segurana Pblica, a qual
concluiu como indicadores que causariam maior sensao de insegurana na
sociedade os seguintes crimes:
Letalidades Violentas (Homicdio Doloso, Latrocnio, Auto de
Resistncia e Leso Corporal Seguida de Morte);
Roubos de Veculos;
Roubos de Rua (Roubos a Transeuntes, Roubos em Coletivo e Roubos
de Celular).
Estes crimes sero objeto das metas estabelecidas pelo Governo e daro incio ao
Sistema de Acompanhamento de Resultados
Os delitos que compem a relao de Indicadores Estratgicos do Estado podero
sofrer alteraes em funo das polticas de segurana pblica, mudanas de
cenrio do Estado ou mesmo pelo alcance de patamares bastante satisfatrios em
termos de resultado (ndice ou taxa) dos Indicadores atualmente propostos.
Cabe Comisso de Acompanhamento e Avaliao, qualificada a seguir, proceder
tal alterao a partir de critrios objetivos de anlise.
1.1 META
Meta um resultado a ser atingido no futuro. A meta constituda de trs partes:
objetivo a ser atingido, valor e prazo. Deve representar um estgio desejado de
melhoria ou manuteno em relao ao atual e um desafio real para os
colaboradores do Sistema de Segurana Pblica. o ponto de partida de todo o
Sistema de Acompanhamento de Resultados ora tratado.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
7
Atingir metas a essncia do trabalho dos gestores.
Cada Indicador Estratgico de Criminalidade do Estado possuir uma meta a ser
atingida conjuntamente pela PCERJ e PMERJ, com o apoio da SESEG, e que ser
desdobrada nas RISP, AISP e CISP, que possuiro metas individualizadas.
Tais metas sero perseguidas, de forma integrada, pela Direo geral das
instituies Policiais, Comandos Regionais e todas as suas unidades operacionais
(DP, BPM e CIAPM) atravs da elaborao de Planos de Ao Integrados, que
devero atuar sobre os resultados indesejados, como detalhado nos captulos a
seguir.
As metas para os Indicadores Estratgicos de Criminalidade devem ser definidas
periodicamente, mediante anlises criteriosas de resultados histricos para
identificao de oportunidades reais de melhoria para o ciclo seguinte.
Para o estabelecimento das metas ser levado em considerao os seguintes
aspectos:
A srie histrica e tendncia do indicador nos quatro ltimos anos;
A tendncia do indicador para o ciclo seguinte. (e.g.: projeo
estatstica);
A utilizao de um gradiente de reduo arbitrado (percentual de
desafio), segundo critrios tcnicos;
Anlise final pela Comisso de Acompanhamento e Avaliao
composta por altas autoridades do Governo do Estado, Casa Civil,
SESEG, PCERJ, PMERJ e ISP, a saber:
- Governador do Estado do Rio de Janeiro;
- Secretrio de Estado da Casa Civil;
- Secretrio de Estado de Segurana;
- Subsecretrio de Planejamento e Integrao Operacional da SESEG;
- Chefe da Polcia Civil;
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
8
- Comandante Geral da Polcia Militar; e
- Diretor-Presidente do ISP Instituto de Segurana Pblica.
Cumpre ressaltar que cada RISP, AISP e CISP possuir metas, desdobradas da
meta do Estado, relativas aplicao do percentual de variao sobre o
desempenho delas prprias em igual ciclo do ano anterior.
As metas devem ser comunicadas para as RISP, AISP e CISP, contendo o objetivo,
valor, seu desdobramento em valores mensais e o prazo para o seu alcance.
Ser firmado um Acordo de Resultados entre os integrantes da Comisso de
Acompanhamento e Avaliao a cada ciclo de definio da meta para os Indicadores
Estratgicos de Criminalidade do Estado.
O Sistema de Metas e Acompanhamento de Resultados prev, ainda, critrios para
avaliao de mrito por ciclo, envolvendo os melhores resultados por RISP, AISP e
as melhores prticas apresentadas.
O ISP Instituto de Segurana Pblica a entidade responsvel pela divulgao
dos dados de ocorrncias criminais, a partir dos dados emanados pela PCERJ, e
proporcionar, ainda, as informaes necessrias para uma correta anlise do
fenmeno criminal por parte das RISP, AISP e CISP do Estado, atravs de sua mo
de obra especializada, como ser exposto nos captulos seguintes.
1.2 OUTRAS CONSIDERAES
O sistema de acompanhamento de metas demandar dos profissionais de
segurana pblica o imprescindvel trabalho integrado para a busca de resultados
comuns, pautado no preciso entendimento do comportamento da mancha criminal
em sua rea de responsabilidade, e a consequente adoo de estratgias conjuntas,
adequadas e inteligentes.
Propiciar aos gestores das instituies envolvidas e sociedade em geral, uma
avaliao adequada da qualidade do desempenho de seus profissionais de polcia,
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
9
com a consequente observao das boas prticas, aes e resultados, permitindo
um adequado reconhecimento do mrito.
O sistema prev ainda um programa de premiao para os colaboradores que
obtiverem xito no alcance de suas metas em qualquer dos seus nveis de
desdobramento regional no Estado.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
10
2. CONFIDENCIALIDADE
Nas Reunies de Acompanhamento de Resultados, sero apresentadas
informaes estratgicas das Polcias e da segurana pblica do Estado.
A fim de assegurar o sigilo e respeito aos direitos e garantias fundamentais das
pessoas, empresas e instituies que eventualmente possam ser citadas nas
apresentaes, necessrio o controle estrito dos participantes da Reunio.
Para tanto, deve ser produzida uma relao dos participantes de cada Reunio,
principalmente de Nvel 1, para realizao de um controle da entrada dos
participantes mediante conferncia de documento de identificao profissional ou
civil.
Este controle dever ser providenciado e executado pela SESEG, por meio da
SSPIO, para as Reunies de Nvel 1 e pela estrutura de apoio operacional das
instituies que receberem as reunies de Nvel 2 e 3.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
11
3. VERIFICAO DOS RESULTADOS ATINGIDOS INCIO DO PROCESSO
A metodologia ora estabelecida para o sistema de Segurana Pblica do Estado do
Rio de Janeiro pressupe fixar metas para os Indicadores Estratgicos de
criminalidade, que se tornam a referncia exclusiva para a realizao das reunies,
onde sero acompanhados os resultados de todos os nveis gerenciais do sistema
de segurana vigente.
Os procedimentos descritos a seguir so vlidos para as reunies de
acompanhamento em todos os nveis, indiferente do foco ou foro especfico de cada
uma delas. Existem metas estabelecidas ou desdobradas em todos os nveis e estas
so as referncias para os procedimentos a seguir.
De forma antecipada, mas para fins de referncia, segue abaixo uma tabela
conclusiva das reunies de acompanhamento de resultados a que se refere o
pargrafo anterior, e que sero objeto da aplicao dos critrios de prioridade que
ser tratado neste captulo.
Reunio Objetivo Principal Frequncia de ocorrncia *
Nvel 1 Reporte gerencial SESEG pela RISP do andamento executivo das aes planejadas, para validao ou eventuais ajustes estratgicos.
Trimestral
Nvel 2
Reporte gerencial aos responsveis por uma RISP, pela AISP, do andamento executivo das aes planejadas, para validao ou eventuais ajustes tticos.
Trimestral *
Nvel 3
Construo pelos responsveis por uma AISP do Plano de Ao Integrado e verificao do andamento executivo das aes planejadas, para eventuais ajustes ttico-operacionais.
Trimestral *
Nvel 4 Acompanhamento gerencial da execuo dos Planos de Ao Operacionais pelas polcias.
Mensal *
* A frequncia sugerida corresponde expectativa de um tempo mximo para ocorrncia da reunio, no impedindo que as lideranas envolvidas nos nveis de ocorrncia da reunio possam realiz-la em um perodo mais curto o que , inclusive, recomendado.
Quadro 1: Nveis de Reunies
O detalhamento dessas reunies ser tratado no captulo 4.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
12
A sistemtica de acompanhamento dos resultados dos Indicadores Estratgicos de
Criminalidade se inicia com a verificao do farol da meta de cada Indicador no nvel
em que foi estabelecido, a saber:
Faris vermelhos significam que a meta no foi alcanada e que os
resultados obtidos so indesejados;
Faris verdes significam que a meta estabelecida foi alcanada e que
os resultados obtidos so satisfatrios.
As reunies de acompanhamento de resultados, em qualquer nvel, devem ocorrer,
com prioridade, para aqueles Indicadores Estratgicos de Criminalidade que
apresentarem farol vermelho, significando assim, que a meta estabelecida no foi
alcanada. Esta filtragem visa tratar os problemas com foco uma vez que, com
recursos finitos, uma prioridade deve ser estabelecida.
A seguir, ser apresentado um exemplo de priorizao, pela ocorrncia de um farol
vermelho, para a realizao das reunies de acompanhamento de resultados.
a. Observa-se no quadro a seguir, que apenas o Indicador
Estratgico de Roubos de Rua, no Estado, apresenta um desvio de
resultado em relao meta ou, em outras palavras, apresenta seu
farol na cor vermelha. Portanto, as reunies de acompanhamento de
nvel 1 acontecero com foco neste indicador, sem prejuzo de
reunies de nvel 2 e 3, com foco em outros indicadores, que tambm
possuam faris vermelhos e que estejam impactando as suas
respectivas metas.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
13
Figura 1: Desdobramento dos desvios de resultado em primeiro nvel
b. Observando agora os resultados para o Indicador de Roubos de
Rua do Estado, mas no nvel das RISP, percebe-se que apenas as
RISP 01 e 03 apresentam seu farol na cor vermelha. Isso significa que
ambas devero ser convocadas, separadamente, para apresentarem
seus estudos do fenmeno da ocorrncia criminal e o Plano de Ao
Integrado elaborado. No exemplo, opta-se por prosseguir com o
entendimento da metodologia, tomando apenas a RISP 01.
Figura 2: Desdobramento dos desvios de resultados em segundo nvel
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
14
c. Observando os resultados de Roubos de Rua da RISP 01, de
forma desdobrada nas suas AISP, percebe-se que apenas a AISP 03
no atingiu sua meta, apresentando, portanto, farol vermelho,
estabelecendo o foco definitivo da anlise.
Figura 3: Desdobramento dos desvios de resultados de terceiro nvel
Neste exemplo, portanto, a Reunio de Acompanhamento de Nvel 1 aconteceria
com foco no indicador Estratgico de Roubos de Rua na RISP 01, limitada s
ocorrncias da AISP 03. As reunies de outros nveis acontecero para produzir as
anlises e proposio de aes necessrias a reverter os resultados indesejados
dessas localidades focais, exclusivamente, como ser visto com mais detalhes nos
captulos a seguir.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
15
Figura 4: Desdobramento dos desvios at o quarto nvel
3.1 CRITRIOS DE PRIORIZAO PARA O ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS
A estrutura atual do Sistema de Segurana Pblica e seus nveis, a partir das metas
do Estado, podem criar um conjunto numeroso de metas desdobradas, que
demandaria um nmero igualmente grande de reunies de acompanhamento de
resultados para as metas no alcanadas, demandando ainda mais tempo e recurso
de pessoal nesses encontros de trabalho.
Para esses casos, em que a dinmica e a ocorrncia das reunies de
acompanhamento no nvel de RISP (Nvel 2) e AISP (Nvel 3) se tornam inviveis,
prope-se aplicar um filtro de prioridade para as metas que apresentam farol
vermelho.
Trata-se de observar a posio da localidade que apresenta um resultado
indesejado, num ranking de relevncia do nmero de ocorrncias criminais daquele
delito, em especfico, e o impacto dessas ocorrncias na composio do Indicador
Estratgico do Estado que ora apresenta um resultado indesejado.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
16
O critrio proposto para priorizar RISP e AISP visa estabelecer uma ordem prtica,
em termos de relevncia de ocorrncias criminais e impacto no Indicador do Estado,
para que elas ocorram adequadas disponibilidade de tempo e na rotina dos
envolvidos, sem prejuzo de outras atividades do dia a dia.
O quadro abaixo ilustra um exemplo de ordenao para ocorrncia das reunies de
acompanhamento com AISP da Regio 03 que, para o exemplo, possui quatro AISP
com resultados indesejveis em relao meta, a saber: AISP 15, 20, 40 e 24:
Figura 5: Ranking dos desvios de resultado das AIPS na RISP 03
Neste exemplo, verifica-se a AISP 15 apresentando o maior DESVIO absoluto de
resultado em relao sua meta. Na expectativa de estabelecer uma ordem de
prioridade para o acontecimento de reunies de acompanhamento de resultados
neste nvel (Nvel 2), conclu-se que a RISP 03 dever convocar a AISP 15 para
incio do processo de acompanhamento de seus resultados, como ser tratado nos
captulos a seguir.
Ressalta-se que a aplicao deste critrio de prioridade acontece apenas para as
metas no alcanadas (farol vermelho) e para os nveis de RISP e AISP. Para as
metas dos Indicadores Estratgicos de Criminalidade do Estado que apresentarem
farol vermelho, deve haver uma reunio de acompanhamento de resultados de Nvel
1 limitado, inicialmente, ocorrncia de at 9 (nove) reunies de acompanhamento
de resultados de Nvel 1.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
17
Para essa Reunio de Nvel 1, caso haja a ocorrncia de dois ou mais Indicadores
Estratgicos de Criminalidade com farol vermelho, bem como o nmero de reunies
de acompanhamento de resultados decorrente destes supere a contagem inicial de
09 (nove), dever ser aplicado uma ordem de prioridade entre os Indicadores
estratgicos de criminalidade para ocorrncias das Reunies, at a somatria de 09
(nove), a saber:
1 Letalidades Violentas;
2 Roubos de Veculos;
3 Roubos de Rua.
Cabe ressaltar que a ocorrncia de um farol vermelho para a meta de algum
Indicador Estratgico de Criminalidade o primeiro indicativo de qual deve ser o
foco das Reunies de Acompanhamento de Resultado, em todos os nveis.
Definido os Indicadores Estratgicos de Criminalidade que sero objeto da Reunio
de Nvel 1, de acordo com os critrios acima, convoca-se a(s) RISP cujo resultado
mais contriburam com o farol vermelho do indicador no nvel do Estado, conforme
item b do exemplo acima. Em seguida, necessrio estabelecer o nmero de AISP
que ser(o) convocada(s) para a reunio de acompanhamento de Nvel 1, a partir
das RISP selecionadas.
Para tanto, deve-se considerar o seguinte padro:
RISP 1 e 2: Convocam at 02 (duas) AISP com os maiores desvios
absolutos de resultado em relao a sua meta.
Demais RISP: Convoca apenas a AISP que apresenta o maior desvio
absoluto de resultado em relao a sua meta.
Identificadas as prioridades a partir de uma meta no alcanada, a SESEG, por meio
da SSPIO, convocar formalmente as localidades envolvidas e eventualmente
priorizadas, de cada Indicador Estratgico de Criminalidade do Estado que
apresente resultado indesejado, para a reunio de acompanhamento de resultados
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
18
de Nvel 1, que acontecer nos moldes que sero apresentados nos captulos a
seguir.
Todas as RISP e AISP que apresentarem farol vermelho na sua meta de algum
Indicador Estratgico de Criminalidade, devero realizar, tambm, suas Reunies de
Nvel 2 e 3, respectivamente.
A prioridade para a realizao das reunies ser aquela determinada pela
convocao da SESEG para a Reunio de Nvel 1.
As demais RISP e AISP realizaro suas reunies de acompanhamento na
sequncia.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
19
4. REUNIES DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS INDICADORES ESTRATGICOS DE CRIMINALIDADE
As Reunies de Acompanhamento de Resultados so instncias de anlise,
elaborao de Planos de Ao e reportes de resultados que acontecem em todos os
nveis do sistema de segurana pblica, do nvel estratgico ao operacional, cada
qual com sua funo especfica no processo de trabalho.
As reunies de acompanhamento acontecem a partir do Nvel 3 para o Nvel 1, para
que os envolvidos, nas suas escalas de hierarquia gerencial (do operacional ao
estratgico), possam se informar dos resultados e das aes que vem sendo
executadas para posterior reporte as suas lideranas sucessivas, bem como
proceder aos ajustes tcnicos nas anlises e nas aes propostas, na medida que
acharem necessrios.
O esquema abaixo ilustra o fluxo dos reportes e das tomadas de deciso quanto
realizao das reunies de acompanhamento de resultados:
Figura 6: Fluxo de reportes e tomadas de deciso
O fluxo abaixo ilustra o caminho da informao que produzida, na forma de
anlises do fenmeno criminal, identificao de causas e elaborao de Planos de
Ao, at o nvel superior de gesto do Sistema de Segurana Pblica,
representado pela SESEG, para conhecimento e validao, contemplando ainda os
agentes intervenientes do fluxo da informao:
Estratgico
Ttico
Operacional
Resultados Estratgias
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
20
Figura 7: Fluxo das informaes e decises estratgicas do Sistema de Metas
Os recursos visuais para apresentao das metas, resultados e concluso das
anlises que sero produto das reunies de acompanhamento de resultados em
todos os seus nveis, so padronizados garantindo uma comunicao eficiente e
objetiva com o mnimo de elementos necessrios para uma boa tomada de deciso,
sendo apresentado no Anexo I deste documento.
O registro de atas, transcrio de Planos de Ao, expedio de comunicados e
outras providencias administrativas, decorrentes da realizao das Reunies de
Acompanhamento, estar a cargo da funo de secretrio.
A seguir, apresentada a cronologia das reunies do Sistema de Acompanhamento
de Resultado dos Indicadores Estratgicos de Criminalidade.
D = Dia da comunicao e veiculao oficial dos dados de criminalidade pelo ISP.
D + 1: Comunicao do calendrio da(s) Reunies de Nvel 1;
D + 2: Comunicao do calendrio da(s) Reunies de Nvel 2;
D + 5: Realizao da(s) Reunies de Nvel 3.
NVEL 4
CISP(DP e Cia.PM)
NVEL 3
AISP(DP e BPM)
NVEL 2
(DPA e CPA PM)
NVEL 1
ESTADO(SESEG)
CISP AISP RISP ESTADO
Informao(Resultados, reportese Planos de Ao)
Demanda/ Decisoestratgica (Metas, diretrizes, ajustes de Planos de Ao)
OperacionalTtico
Estratgico
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
21
Quadro 2: Cronologia das reunies
4.1 REUNIO DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS DE NVEL 4
A reunio de Nvel 4 dever ocorrer uma vez por ms, no mnimo, mas poder ser
realizada semanalmente, segundo disponibilidade e interesse do gestor. Ela
acontece aps a elaborao e validao do Plano de Ao Integrado e do seu
desdobramento nos Planos de Ao Operacionais, que so produtos das demais
reunies de acompanhamento de resultados de Nvel 1 a 3, tratadas a seguir.
No nvel operacional, ser estabelecida a rotina das reunies de acompanhamento
de Nvel 4, que uma reunio de trabalho, onde as Delegacias de PC e as
Companhias da PM, isoladamente em suas respectivas instituies, lideradas pelo
Delegado e pelo Comandante da CIAPM, devem discutir as aes de sua
responsabilidade para solucionar os problemas locais, atravs da verificao do
status de execuo das aes planejadas em seu Plano de Ao Operacional.
Esta reunio visa gerenciar a execuo das aes propostas nos Planos de Ao
Operacional de cada Delegacia ou CIAPM, quanto ao que se pretendia fazer, assim
como o prazo e os resultados preliminares.
D D +1 D+2 D+3 D+4 D+5
Dia da comunicao e
veiculao oficial dos dados de
criminalidade pelo ISP
Comunicao do calendrio da
Reunio de Nvel 1 para as
convocaes prioritrias da
SESEG (RISP E AISP)
Comunicao do calendrio da
Reunio de Nvel 2 para as
convocaes prioritrias da
RISP (AISP)
Realizao da Reunio de
Nvel 3 para as prioridades da
SESEG e RISP
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
22
Mesmo sendo uma reunio de frequncia mxima mensal, recomenda-se que ela
seja realizada em perodos menores, como semanalmente, pois o acompanhamento
mais frequente de um Plano de Ao permite ao gestor, daquela unidade policial,
agir mais rpido no caso de aes atrasadas ou no executadas, proporcionando o
alcance dos efeitos desejados no tempo planejado.
Ainda que no existam resultados quantitativos e faris mensais divulgados
oficialmente pelo ISP, essa rotina deve ser incentivada pelos comandos superiores,
a fim de agir previamente, quando h alguma dificuldade na execuo de uma ao
proposta ou alguma mudana significativa no cenrio de implementao ou no
fenmeno criminal, permitindo uma reao rpida, para que seja atingida a meta do
ms dos indicadores estratgicos de criminalidade priorizados.
Sugere-se, para esta finalidade, que as instituies policiais faam uso dos dados
estatsticos preliminares j disponveis nas DP. Esta iniciativa visa ainda fomentar a
integrao positiva entre as duas polcias.
O foco da avaliao do cumprimento do Plano de Ao Operacional deve ser a
verificao da execuo do que foi proposto, o prazo de implementao da ao e a
forma e os recursos utilizados para a sua implementao.
Aes com prazo de implementao superado, ou seja, com farol de execuo na
cor vermelha, devem ser imediatamente analisadas e priorizadas para execuo.
REUNIO PM
Foco da ateno: Cumprimento do Plano de Ao Operacional;
Frequncia da Reunio: Mensal, com recomendao semanal;
Lder da Reunio: Comandante de CIAPM;
Envolvidos na Reunio PM: Comandante de CIAPM, suas respectivas
equipes e, se necessrio, convidados da sociedade;
Secretrio: Designado pelo Comandante de CIAPM;
Produto da Reunio: Plano de Ao Operacional em dia.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
23
REUNIO PC
Foco da ateno: Cumprimento do Plano de Ao Operacional;
Frequncia da Reunio: Mensal, com recomendao semanal;
Lder da Reunio: Delegado da PC;
Envolvidos na Reunio: Delegados da PC, suas respectivas equipes e,
se necessrio, convidados da sociedade;
Secretrio: Designado pelo Delegado da PC;
Produto da Reunio: Plano de Ao Operacional em dia.
Quadro 3: Resumo da Reunio de Nvel 4
Os Planos de Ao Operacional, aps avaliao na reunio de acompanhamento de
Nvel 4, devem ser comunicados ao delegado Titular da DP mais antigo da AISP, e
ao Comandante do Batalho.
As reunies de acompanhamento de resultados de Nvel 4 devem ter o seu
resultado, ou seja, a avaliao das aes elaboradas, o status de seu cumprimento
e a adio ou cancelamento de alguma ao operacional, registrado nas planilhas
de controle.
REUNIO DE NVEL 4 PC PM Outros convidados
FOCO DA ATENO Cumprimento do Plano
de Ao Operacional
Cumprimento do Plano
de Ao Operacional
FREQUNCIA Mensal, com
recomendao semanal
Mensal, com
recomendao semanal
LDER Delegado Assistente da
PC ou o Delegado Titular,
caso participe
Comandante de CIAPM
ou o Comandante de
BPM, caso participe
DEMAIS ENVOLVIDOS Delegados da PC, suas
respectivas equipes
Comandante de CIAPM,
suas respectivas equipes
Se necessrio, convidados
da sociedade
SECRETRIO Designado pelo Delegado
Assistente da PC
Designado pelo
Comandante de CIAPM
PRODUTO Plano de Ao
Operacional em dia
Plano de Ao
Operacional em dia
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
24
4.2 REUNIO DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS DE NVEL 3
No nvel da AISP, os Delegados Titulares da PC e Comandantes de Batalhes da
PM se reuniro no mnimo uma vez a cada trs meses, mas podendo faz-lo uma
vez por ms, segundo disponibilidade e interesse desses gestores, e com a
presena de suas equipes.
Neste nvel, sero realizadas anlises dos resultados acumulados, trimestralmente,
das metas no nvel da AISP que apresentam faris vermelhos e ser elaborado o
Plano de Ao Integrado. Caso este Plano j tenha sido elaborado em reunies
anteriores, deve-se, nesta etapa, avaliar a suficincia do mesmo bem como a
eficcia das aes planejadas e executadas. Alm disso, caso essa reunio no seja
a primeira, ou seja, o farol vermelho seja reincidente, novas anlises de fenmeno
devem ser produzidas e novas aes podem surgir desta anlise.
Esta reunio possibilita, ainda, o conhecimento do andamento executivo das aes
planejadas e propostas nos Planos de Ao Operacional de seus comandados e
suas eventuais alteraes e resultados.
Quando da elaborao do Plano de Ao Integrado, dever acontecer uma ampla
anlise do fenmeno criminal, identificao de causas e definies de aes a serem
implementadas, que ser, posteriormente, desdobrado em Planos de Ao
Operacionais por cada instituio policial.
Foco da ateno: Resultado da meta dos Indicadores Estratgicos de
Criminalidade da AISP, elaborao do Plano de Ao Integrado ou
verificao do status de seu cumprimento;
Frequncia da Reunio: Trimestral, com recomendao mensal;
Lderes da Reunio: Delegado Titular mais antigo das DP envolvidas,
pela PC, e Comandante do Batalho, pela PM;
Envolvidos na Reunio: Delegados da PC, Comandantes do Batalho
da PM, Comandantes de CIAPM e suas respectivas equipes, e
convidados da sociedade ou de outras instituies de governo, se
necessrio;
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
25
Responsvel pela Apresentao e Secretrio: Designados pelo
Delegado Titular, da PC, e pelo Comandante do Batalho, pela PM;
Produto da Reunio: Plano de Ao Integrado elaborado ou atualizado.
Quadro 4: Resumo da Reunio de Nvel 3
A apresentao dos resultados e as atividades de anlise e produo do Plano de
Ao Integrado, ou sua modificao, dever contar com a participao de todos os
envolvidos na reunio.
Nesta reunio, os Delegados e o Comandante do Batalho adquirem os
conhecimentos necessrios para realizarem seu reporte de resultados na reunio de
acompanhamento de resultados de Nvel 2.
Todas as AISP que apresentarem farol vermelho na sua meta acumulada trimestral
de algum Indicador Estratgico de Criminalidade, devem realizar sua Reunio de
Nvel 3. Caso haja mais indicador estratgico dentro da mesma AISP que apresente
farol vermelho na sua meta acumulada trimestral, a ordem para a realizao da
reunio de acompanhamento de Nvel 3 aquela determinada pela convocao da
SESEG para a Reunio de Nvel 1. As demais AISP realizam suas reunies de
acompanhamento na sequncia.
REUNIO DE NVEL 3 PC PM Outros convidados
FREQUNCIA
LDER Delegado Titular mais
antigo das DP envolvidas
Comandante do Batalho
pela PM
DEMAIS ENVOLVIDOS Delegados Titulares,
Delegados Assistentes e
Adjuntos da PC
Comandantes de CIAPM
e respectivas equipes
Se, necessrio convidados
da sociedade ou de outras
instituies de governo
SECRETRIO
FOCO DA ATENO Resultado da meta dos Indicadores Estratgicos de Criminalidade da AISP
e status do cumprimento do Plano de Ao Operacional
Trimestral, com recomendao mensal
Designado pelo Delegado Titular da PC ou pelo Comandante do Batalho da PM
PRODUTO Plano de Ao Integrado elaborado ou atualizado, com todas as alteraes
necessrias para que a meta seja atingida
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
26
As reunies de acompanhamento de resultados de Nvel 3 devem ter o resultado
das anlises e as aes elaboradas registradas no Sistema informacional
desenvolvido para este fim.
O registro do resultado da reunio de acompanhamento de Nvel 3 deve ser feito
atravs da elaborao do Plano de Ao Integrado pelo secretrio.
Os Planos de Ao Integrados, aps validao, devero ser remetidos ao escalo
superior (RISP) e SSPIO, para fins de registro e controle.
Indicadores Estratgicos de criminalidade que apresentam a meta do ms alcanada
(farol verde) ou com pequeno desvio (farol amarelo) no so objeto da Reunio de
Acompanhamento.
4.3 REUNIO DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS DE NVEL 2
Esta reunio de acompanhamento de resultados acontece, no mnimo, uma vez a
cada trs meses, mas podendo realiz-la uma vez por ms, segundo disponibilidade
e interesse dos seus gestores, aps apurao do resultado da meta mensal de cada
RISP para os Indicadores Estratgicos de Criminalidade do Estado do Rio de
Janeiro e definio da cor do seu farol.
Neste nvel ttico de liderana intermediria, a RISP convocar a(s) AISP cujo(s)
resultado(s) em termos de indicador de criminalidade, aps aplicao dos critrios
de priorizao j tratados no captulo 3.1, mais impactaram os desvios de meta dos
Indicadores Estratgicos de Criminalidade da RISP, identificados por um farol
vermelho.
Todas as RISP, quando apresentarem farol vermelho na sua meta acumulada
trimestral de algum Indicador Estratgico de Criminalidade, devem realizar sua
Reunio de Nvel 2, aplicando-se os critrios de priorizao tratados no captulo 3.1
deste manual.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
27
Para esta reunio, todas as AISP convocadas devero comparecer, bem como a
representao da SSPIO por parte do respectivo Coordenador de Anlise e
Integrao Regional da regio em estudo, para que ele possa fazer a interface
necessria entre a RISP e a SESEG, articulando eventuais intervenes em nvel de
Estado.
O objetivo desta reunio possibilitar aos responsveis por uma RISP, Diretor de
DPA da PC e Comandante do CPA da PM, tomarem conhecimento do Plano de
Ao Integrado elaborado na reunio de nvel 3, sugerindo eventuais ajustes
necessrios.
Recomenda-se que as anlises de fenmeno elaboradas que suportaram a incluso
e/ou alterao de qualquer ao previamente estabelecida no plano de Ao
original, sejam tambm apresentadas para avaliao dessa instncia superior.
A apresentao, contendo as anlises e resultados, estar a cargo do Delegado
Titular mais antigo dentre as DP envolvidas e do Comandante de Batalho da PM,
ou de integrante da equipe designado.
Na reunio de Nvel 2, os DPA da PC e CPA da PM tm a possibilidade de propor
ajustes no Plano de Ao apresentado, baseado em critrios e interesses
estratgicos das instituies policiais ou, ainda, envidar esforos de apoio
operacional mais amplos para que alguma eventual ao proposta, que demande
esta interveno, seja realizada com sucesso pelos seus comandados.
Nesta reunio eles adquirem os conhecimentos necessrios para realizarem seu
reporte de resultados na reunio de acompanhamento de resultados de Nvel 1.
Foco da ateno: Resultado da meta dos Indicadores Estratgicos de
Criminalidade da RISP e validao do Plano de Ao Integrado;
Frequncia da Reunio: Trimestral, com recomendao mensal;
Lderes da Reunio: DPA da PC e CPA da PM;
Responsvel pela Apresentao: Delegado Titular mais antigo entre as
DP envolvidas e Comandante de Batalho da PM;
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
28
Envolvidos na Reunio: DPA da PC, CPA da PM, Delegado(s) Titular,
Assistente e Adjunto da PC, Comandante de Batalho da PM,
Comandantes de CIAPM, Coordenador de Anlise e Integrao
Regional da SSPIO, representante do ISP e, se necessrio, convidados
da sociedade ou de outras instituies de governo;
Secretrio: Designado pelo DPA da PC ou CPA da PM;
Produto da Reunio: Plano de Ao validado e/ou ajustado e lderes da
reunio preparados para a reunio de Nvel 1.
Quadro 5: Resumo da Reunio de Nvel 2
Indicadores Estratgicos de criminalidade da RISP que apresentam a meta
alcanada (farol verde) no so objeto da Reunio de Acompanhamento de Nvel 2.
4.4 REUNIO DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS DE NVEL 1
A reunio de acompanhamento de resultados acontece aps apurao do resultado
trimestral dos Indicadores Estratgicos de Criminalidade do Estado do Rio de
Janeiro, definio da cor do seu farol, conforme tratado no captulo 3, e identificao
das prioridades a partir de uma meta no alcanada.
REUNIO DE NVEL 2 PC PM SESEG / ISP Outros convidados
FOCO DA ATENO
FREQUNCIA
Diretor de DPA
da PC
DEMAIS ENVOLVIDOS Delegado(s) Titular,
Assistente e Adjunto da
PC
Comandante de Batalho
da PM, Comandantes de
CIAPM
Coordenador de Anlise e
Integrao Regional da
SSPIO, representante do
ISP
Se necessrio,
convidados da sociedade
ou de outras instituies
de governo
SECRETRIO
PRODUTO Plano de Ao validado e/ou ajustado e envolvidos da reunio preparados para a reunio de Nvel 1
Resultado da meta dos Indicadores Estratgicos de Criminalidade da RISP e status do Plano de Ao
Operacional
Trimestral, com recomendao mensal
Designado pelo Diretor Regional da PC ou CPA da PM
LDER Comandante de CPA da
PM
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
29
A Reunio de Nvel 1 ter sua convocao realizada formalmente pela Secretaria de
Estado de Segurana, por meio da SSPIO.
Neste nvel estratgico, a SSPIO convocar, a cada trs meses, a(s) RISP e suas
respectiva(s) AISP cujo(s) resultado(s) em termos de indicador de criminalidade,
aps aplicao eventual dos critrios de priorizao j tratados anteriormente,
apresentarem farol vermelho para sua meta.
Para esta reunio, as lideranas das CISP e AISP da(s) RISP convocada(s) devero
comparecer.
Esta reunio tem como objetivo que a RISP e seus desdobramentos territoriais
(AISP e CISP) apresentem Secretaria de Estado de Segurana, representada pela
SSPIO, a anlise do fenmeno criminal e o Plano de Ao Integrado elaborado.
Na reunio de Nvel 1, a SSPIO tem a possibilidade de propor ajustes no Plano de
Ao Integrado ora apresentado, baseado em critrios e interesses estratgicos para
a Segurana Pblica do Estado ou, ainda, envidar esforos de apoio institucional
para que alguma eventual ao proposta, que demande esta interveno, seja
realizada com sucesso.
Haver uma reunio individual de Nvel 1 para cada AISP envolvida, ocorrendo, no
mximo, nove destas reunies, conforme prioridade elencada no captulo 3.1.
Foco da ateno: Resultado da meta dos Indicadores Estratgicos de
Criminalidade do Estado;
Frequncia da Reunio: Trimestral;
Lder da Reunio: Subsecretrio de Planejamento e Integrao
Operacional;
Responsvel pela Apresentao: Diretor de Policiamento de rea e
Comandante de Policiamento de rea;
Envolvidos na Reunio: Subsecretrio de Planejamento e Integrao
Operacional, Superintendente de Planejamento Operacional, DPA da
PC, CPA da PM, Delegado Titular das DP envolvidas, Comandante de
Batalho da PM, Comandantes de CIAPM, Coordenador de Anlise e
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
30
Integrao Regional da SSPIO, representante do ISP e, se necessrio,
convidados da sociedade ou de outras instituies de governo;
Secretrio: Coordenador de Anlise e Integrao Regional da SSPIO;
Produto da Reunio: Plano de Ao Integrado da PC e PM,
consolidado e validado.
Quadro 6: Resumo da Reunio de Nvel 1
- - - - -
A figura a seguir resume a participao de cada agente do Sistema de Segurana
Pblica envolvido nas reunies de acompanhamento de resultados dos Indicadores
Estratgicos do Estado, em todos os quatro nveis de ocorrncia.
SSPIO DPA da
PC CPA da
PM Delegado Titular PC
Comandantes Batalho PM
Delegados Assistentes / Adjuntos PC
CIAPM
Coordenador de Anlise e Integrao Regional
ISP
Reunies Nvel 1
Reunies Nvel 2
Reunies Nvel 3
Reunies Nvel 4
Figura 8: Envolvimento dos Agentes de Segurana Pblica nas reunies
Obs.: Embora no assinalado no quadro acima, recomendvel a presena do coordenador de Anlise e Integrao Regional nas Reunies de Nvel 3.
REUNIO DE NVEL 1 PC PM SESEG / ISP Outros convidados
FOCO DA ATENO
FREQUNCIA
LDER Subsecretrio de
Planejamento e Integrao
Operacional
Diretor de DPA
da PC e/ou suas equipes
Se necessrio,
convidados da sociedade
ou de
outras instituies
de governo
SECRETRIO Coordenador de Anlise e
Integrao Regional da
SSPIO
PRODUTO
DEMAIS ENVOLVIDOS Delegado Titular das DP
envolvidas e equipes
Comandante de Batalho
da PM, Comandantes de
CIAPM e equipes
Subsecr./ Superint. Plan. e
Integr. Operacional,
Coordenador de da SSPIO,
representante do ISP
RESPONSVEL PELA
APRESENTAO
Plano de Ao Integrado da PC e PM, validado
Resultado da meta dos Indicadores Estratgicos de Criminalidade do Estado
Trimestral
Comandante de CPA da
PM e/ou suas equipes
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
31
No capitulo a seguir so apresentados, de forma ilustrativa, as interfaces e objetivos
principais de cada Nvel das Reunies de Acompanhamento de Resultados, com
foco nos Indicadores Estratgicos de Criminalidade do Estado.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
32
4.5 FLUXOGRAMA DE REUNIES DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS Foco nos Indicadores Estratgicos de Criminalidade
Figura 9: Fluxograma de reunies de acompanhamento
Reunio Nvel 1: RISP e AISP convocada sob demanda em relao ao farol do
Estado. Participao dos Coordenadores de Anlise e Integrao Regional.
Reunio Nvel 4: Acompanhamento da
execuo dos Planos de Ao Operacionais
Reunio Nvel 3: Foco nos resultados da AISP e execuo do Plano de Ao Integrado.
Reunio Nvel 2: AISP convocada sob demanda em relao ao farol da RISP. Participao dos Coordenadores de Anlise e Integrao Regional.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
33
5. DINMICA DAS REUNIES DE ACOMPANHAMENTO DE RESULTADOS
As reunies de acompanhamento de resultados dos Indicadores Estratgicos de
Criminalidade do Estado possuem dinmicas distintas em funo do nvel em que
ocorre e em funo do(s) resultado(s) que precisa produzir.
Seus objetivos so:
Produzir as anlises necessrias para o entendimento do problema;
Identificar as causas de sua ocorrncia e/ou manuteno;
Elaborar Planos de Ao para o combate dessas causas com foco;
Reportar os resultados alcanados, para que seja possvel padronizar
aqueles que obtiveram sucesso ou estabelecer aes corretivas
naqueles que no atingiram seus resultados esperados.
A metodologia que permite a execuo dos objetivos descritos acima o PDCA
(Plan, Do, Check, Act ou Planejar, Executar, Checar e Agir Corretivamente), que
trata de um mtodo cientfico para soluo de problemas e alcance de resultados.
O PDCA apresenta etapas que so executadas nas Reunies de Acompanhamento
de Resultados. Cada Nvel em que ocorre essas reunies responsvel por
executar uma ou mais etapas do ciclo do PDCA, sendo que ao final, na reunio de
Nvel 1, todo o ciclo j est cumprido e possvel avaliar os resultados efetivamente
conquistados, em termos de reduo do nmero de ocorrncias criminais no Estado.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
34
O ciclo do PDCA e suas etapas so apresentados a seguir:
Figura 10: Mtodo PDCA
O quadro da pgina seguinte resume as responsabilidades fundamentais dos
participantes de cada Nvel das Reunies de Acompanhamento de Resultados que,
sendo cumpridas, correspondem execuo das etapas do ciclo do PDCA.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
35
Continua a seguir...
NVEL 4 NVEL 3 NVEL 2 NVEL 1
Reunies Mensais
(Recomendao Semanal)
Reunies Trimestrais
(Recomendao Mensal)
Reunies Trimestrais
(Recomendao Mensal)Reunies Trimestrais
Analista do ISP- Divulgar dados
- Auxilia na anlise do Fenmeno
- Divulgar dados
- Auxilia na apresentao da anlise
do Fenmeno
- Divulgar dados
- Analisar o Fenmeno
Coordenador de Anlise e
Integrao Regional
- Sugerir a(s) AISP para anlise do
problema em funo de desvios de
meta com impacto nos resultados do
Estado;
- Participar do processo de anlise
do fenmeno;
- Estabelecer o canal de apoio
institucional entre os agentes de
segurana e a Secretaria de
Segurana Pblica.
- Sugerir a(s) RISP para anlise do
problema em funo de desvios de
meta com impacto nos resultados do
Estado;
- Participar do processo de anlise
do fenmeno;
- Estabelecer o canal de apoio
institucional entre os agentes de
segurana e a Secretaria de
Segurana Pblica.
- Convidados
Comandante de Cias PM - Executar o Plano de Ao
Delegado Adjunto de PC - Executar o Plano de Ao
Comandante de Batalho da PM - Convidados
Delegado Titular (mais antigo)
da PC- Convidados
Diretores Regionais da PC
Comandos de Policiamento de
rea da PM
- Tomar conhecimento do fenmeno
analisado e suas causas;
- Validar o Plano de Ao Integrado
ou apoiar a execuo do Plano de
Ao vigente
- Apresentar o Problema (desvio de
meta);
- Apresentar a anlise do fenmeno;
- Apresentar as causas identificadas
para o Problema;
- Apresentar o Plano de Ao Integrado
ou o status do andamento do Plano de
Ao vigente
MAPA RESUMO DE RESPONSABILIDADES
- Checar resultados de meta
(Problema)
- Analisar o Fenmeno
- Identificar suas causas
- Elaborar Plano de Ao
Operacional
- Convidados - Convidados
- Coordenar a reunio mensal a fim
de identificar a causa fundamental
dos desvios de meta;
- Elaborar conjuntamente com a
outra Polcia, o Plano de Ao
Integrado da AISP ou revr o atual
- Apresentar o Problema (desvio de
meta);
- Apresentar a anlise do fenmeno;
- Apresentar as causas identificadas
para o Problema;
- Apresentar o Plano de Ao
Integrado ou o status do andamento
do Plano de Ao vigente
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
36
Quadro 7: Responsabilidades dos agentes de segurana no Sistema de Metas
Os captulos a seguir detalham, com exemplos prticos, a execuo das etapas do
ciclo do PDCA para o entendimento de como a dinmica das reunies de
acompanhamento devem ser executadas, de modo geral.
NVEL 4 NVEL 3 NVEL 2 NVEL 1 Reunies Mensais
(Recomendao Semanal) Reunies Trimestrais
(Recomendao Mensal) Reunies Trimestrais
(Recomendao Mensal) Reunies Trimestrais
Subsecretrio / Superintendente SSPIO
- Tomar conhecimento dos Planos de Ao propostos e vigentes; - Proporcionar apoio institucional aos agentes de segurana envolvidos para a execuo dos Planos de Ao propostos; - Articular com agentes externos Segurana Pblica quando houver necessidade de envolvimento destes na execuo dos Planos de Ao; - Reportar ao Secretrio de Segurana Pblica o encaminhamento dado aos problemas focais de Segurana Pblica do Estado.
Secretrio de Segurana Pblica
- Avaliar o alinhamento das aes propostas com as estratgias e poltica de Segurana Pblica estabelecidas e vigentes; - Articular no nvel de governo, para promover o apoio poltico e institucional necessrio ao cumprimento de eventuais aes dos Planos que demandam esta interveno.
MAPA RESUMO DE RESPONSABILIDADES
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
37
6. IDENTIFICANDO O PROBLEMA (Etapa 1 do PDCA)
A identificao clara do problema a ser analisado com vistas a ser resolvido, a
primeira etapa do ciclo do PDCA, e corresponde a pergunta inicial a ser respondida
pelos profissionais de segurana pblica (O QU?).
Um problema identificado de forma incorreta ou imprecisa incorrer no estudo e
proposio de aes que podem no alcanar os resultados esperados.
Na metodologia proposta, o problema sempre ser um resultado indesejado de um
indicador de criminalidade em relao a sua meta, ou seja, a ocorrncia de um farol
vermelho.
Os problemas que demandam a execuo de toda a sistemtica de
acompanhamento de resultados que este documento descreve sero identificados
conforme consta no captulo 3, ou seja, a partir de uma meta no atingida,
observados alguns critrios de prioridade.
Para fins de exemplificao das etapas seguintes do ciclo do PDCA, ser adotado o
seguinte problema:
Para a organizao das ideias do responsvel pela conduo de uma reunio de
acompanhamento de resultados, em qualquer nvel, e o sequenciamento das etapas
do PDCA a que deve ser submetido o problema em estudo, sugere-se a ferramenta
denominada Mapa de Raciocnio (apresentada no Captulo 13 item 3).
PROBLEMA:
Elevado nmero de ocorrncias de Roubos de Rua na AISP 03
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
38
REALIZANDO UMA ANLISE DE FENMENO (Etapa 2 do PDCA)
A anlise de fenmeno o procedimento adotado para conhecer os detalhes da
ocorrncia criminal em uma dada localidade, a partir dos dados e estatsticas
existentes.
A anlise de fenmeno permite ao analista entender um fenmeno criminal
especfico at o seu menor detalhe possvel, permitindo que o Plano de Ao a ser
elaborado como contramedida, contemple aes bastante focais. Aes dessa
natureza so mais eficazes, uma vez que a anlise apontou onde deve-se atuar para
corrigir um problema. Aps identificao, inicia-se o desdobramento do problema,
cada vez mais focado para o entendimento do fenmeno e sua ocorrncia, como
ser apresentado a seguir.
6.1 CONTEXTUALIZANDO O PROBLEMA
Toda Anlise de Fenmeno deve iniciar-se contextualizando a relevncia, em
relao ao total do delito no Indicador do Estado, das ocorrncias daquele crime em
estudo na AISP.
No exemplo a seguir, identifica-se a relevncia da AISP 03, que se encontra em
segundo lugar no Grfico de Pareto, com 9% do total de ocorrncias criminais de
Roubos de Rua do Estado, alm de representar quase 30% dessas mesmas
ocorrncias na sua respectiva RISP.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
39
Figura 11: Pareto das ocorrncias de Roubos de Rua no Estado do Rio de Janeiro
Figura 12: Pareto das ocorrncias de Roubos de Rua na RISP 1
Cabe salientar que as anlises acima, mostrando a relevncia da AISP no Estado e
na RISP, s sero fundamentais em caso de convocao para as reunies de Nvel
1.
Aps contextualizao, inicia-se o desdobramento do problema em partes cada vez
mais focadas para o entendimento do fenmeno e sua ocorrncia, veja a seguir.
11%20%
27%34%
42%48%
53%58%
62%65%68%71%
73%76%79%80%
100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
01.0002.0003.0004.0005.0006.0007.0008.0009.000
10.000
AIS
P 0
9
AIS
P 0
3
AIS
P 0
7
AIS
P 2
0
AIS
P 1
5
AIS
P 1
4
AIS
P 0
6
AIS
P 1
2
AIS
P 1
6
AIS
P 1
8
AIS
P 3
9
AIS
P 1
3
AIS
P 2
2
AIS
P 0
2
AIS
P 0
5
AIS
P 1
9
Dem
ais
AIS
P
29%
43%
53%
62%
70%76%
82%87%
90%94%
97%100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
AIS
P 0
3
AIS
P 1
6
AIS
P 0
6
AIS
P 2
2
AIS
P 0
5
AIS
P 0
2
AIS
P 1
3
AIS
P 1
9
AIS
P 0
1
AIS
P 2
3
AIS
P 0
4
AIS
P 1
7
N
me
ro d
e o
co
rr
nc
ias
Roubos de Rua por AISP - 1a. RISP
Roubos de Rua Estado do Rio de Janeiro
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
40
6.2 ESTABELECENDO O FOCO DAS ANLISES
1. Nvel de foco: Desdobramento do Indicador Estratgico de Criminalidade em delitos.
Alguns Indicadores Estratgicos de Criminalidade podem se caracterizar por conter
mais de um delito em sua composio, como o caso das Letalidades Violentas e
dos Roubos de Rua.
Nestes casos, o primeiro nvel de desdobramento do problema consiste em
identificar a representao de cada delito na composio do Indicador Estratgico de
Criminalidade, com o objetivo de identificar aquele mais impactante na definio de
sua taxa ou ndice.
Para o problema de Roubos de Rua, em estudo, sabe-se que este Indicador
composto pelos delitos Roubos a Transeuntes, Roubos em Coletivos e Roubos de
Celulares. O primeiro nvel de desdobramento mostrar a representao de cada um
destes delitos no Indicador de Roubos de Rua, como apresentado no Grfico de
Pareto (ver definio no captulo 13 item 1) abaixo:
Figura 13: Pareto das tipologias de Roubos de Rua na AISP 03
No exemplo, constatou-se que o delito Roubos a Transeuntes representa 90% das
ocorrncias totais do Indicador Estratgico de Criminalidade Roubos de Rua. Sendo
3879
35070
90%
98%100%
80%
100%
0
1000
2000
3000
4000
5000
Roubo a Transeuntes Roubo de Celular Roubo em Coletivo
N
mero
de o
co
rrn
cia
s
Roubos de Rua - AISP 03
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
41
assim, dando continuidade, este delito ser objeto de anlise devido sua grande
representatividade.
2. Nvel de foco: Desdobramento das ocorrncias do delito no territrio da AISP (ONDE?).
Neste segundo nvel de desdobramento do problema, ser observado o fenmeno
em termos de concentrao geogrfica das ocorrncias.
Figura 14: Pareto das ocorrncias de Roubo a Transeuntes nos bairros da AISP 03
O grfico de Pareto do exemplo acima, mostra a seleo de 4 bairros (Mier,
Cachambi, Eng. de Dentro e Piedade) para detalhamento na anlise do fenmeno.
Juntos, estes bairros correspondem a 49% do nmero de ocorrncias de Roubo a
Transeuntes na AISP 03. Atuar de forma precisa nestas localidades significa atacar
49% do problema de Roubo a Transeuntes como um todo.
Neste estudo, observa-se que podem existir vrios bairros com ocorrncias do delito
nesta AISP.
Sabe-se que no possvel envidar esforos para combater a criminalidade em
todos eles, em funo da limitao dos recursos operacionais. Para obter sucesso
1.045
351 268 220 217 206 187 177 172 159 131
746
27%36%
43%49%
54% 59%64%
69% 73%77%
81%
100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0
300
600
900
1.200
N
mero
de o
co
rrn
cia
s
Roubo a Transeuntes - AISP 03 por bairros
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
42
nas aes que sero propostas ao final deste processo de anlise, deve-se voltar a
ateno apenas para alguns bairros.
Sugere-se que este foco seja estabelecido em um nmero pequeno, mas suficiente,
de bairros que apresentam o maior volume de ocorrncias daquele delito.
A expectativa que se estabelea o foco do estudo e as aes onde o problema
realmente est concentrado.
Deve-se lembrar que esta priorizao de bairros, com o intuito de estabelecer o foco
de ao, deve considerar que o nmero de ocorrncias absoluta nestas localidades
deve ser, no mnimo, igual ao valor do desvio do resultado indesejado em relao
meta.
Assim, se o desvio de 25 ocorrncias acima da meta estabelecida, por exemplo, o
desdobramento deve permitir a abrangncia da anlise em, no mnimo, 25
ocorrncias. Menos do que isso significa que, mesmo obtendo sucesso, a meta no
ser atingida.
Uma margem de segurana, em termos de nmero de ocorrncias do delito,
recomendada. Assim, se o desdobramento do problema contemplar um pouco mais
de ocorrncias do que o nmero do desvio em relao meta, mais massa crtica
existir para ao e mais possibilidades de alcance da meta.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
43
3 Nvel de foco: Desdobramento das ocorrncias nos Bairros priorizados da AISP em ruas.
Figura 15: Pareto das ocorrncias de Roubo a Transeuntes nas ruas da AISP 03
Neste nvel, os quatro bairros selecionados na etapa anterior da anlise so
detalhados em um nvel menor de visualizao da ocorrncia do problema, ou seja,
em ruas.
Para esta anlise o princpio metodolgico deve ser o mesmo da etapa anterior:
Buscar um foco geogrfico cada vez mais apurado, para atuar sobre a ocorrncia do
problema em estudo.
No Grfico de Pareto do exemplo acima, percebe-se a existncia de uma forte
concentrao de ocorrncia de Roubo a Transeuntes na Rua Dias da Cruz e Rua
Arquias Cordeiro que, conjuntamente, somam 199 ocorrncias ou pouco mais de
20% das ocorrncias totais dos bairros, anteriormente selecionados. Nas demais
ruas, as ocorrncias so bastante equilibradas e sem uma concentrao, a princpio,
relevante.
razovel estabelecer o foco da anlise nas duas primeiras ruas apresentadas no
grfico. No entanto, o grupo de analistas que lida com o problema pode optar por
trabalhar mais localidades em funo de sua proximidade umas com as outras, ou
109 9046 42 38 37 32 27 26 25 24 22 22 20
485
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0
200
400
600
N
mero
de o
co
rrn
cia
s
Roubo a Transeuntes - AISP 03 por Ruas
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
44
em decorrncia de outro dado qualitativo que justifique a extenso do escopo de
anlise.
Nessa etapa da anlise do fenmeno, recomendado o uso de ferramentas
adicionais, quantas forem necessrias, que permitam uma visualizao geogrfica
da ocorrncia criminal. Uma das ferramentas disponveis e sugeridas o Mapa
Georeferenciado da mancha criminal produzido pelo ISP (FIGURAS 16 E 17)
As imagens disponveis tambm podem ser utilizadas para que tenha uma
representao do foco geogrfico de anlise que buscou-se estabelecer a partir da
anlise do fenmeno e demonstrado nos grficos de Pareto anteriores.
O produto das duas ferramentas sugeridas acima demonstrado a seguir.
Figura 16: Mapa Georeferenciado da AISP 09 elaborado a partir de bases cartogrficas
existentes. Fonte: ISP
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
45
Figura 17: Mapa espacial da AISP 09. Fonte: Google Maps em www.maps.google.com.br
Caso no haja dados disponveis para um novo nvel de desdobramento geogrfico
das ocorrncias criminais das localidades priorizadas, avanamos o entendimento
do fenmeno para a caracterizao de sua ocorrncia.
4 Nvel de foco: Caracterizao da Incidncia criminal no tempo (QUANDO?).
Tal distribuio dever ser analisada levando-se em considerao os dias do ms e
os dias da semana para as ruas priorizadas.
As ruas priorizadas na etapa anterior da anlise devem ser desdobradas de forma a
demonstrar os dias do ms e da semana de maior incidncia da criminalidade,
identificando padres de concentrao que podem auxiliar o entendimento das
causas que cooperam para este fenmeno.
Estrada do Portela (8
casos)
Rua Conselheiro
Galvo (9 casos)
Av. Min. Edgard
Romero (12 casos)
Viaduto
Negro
de Lima
(3 casos)
Rua Carolina Machado
(10 casos)
Rua Joo Vicente (16
casos)
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
46
Figura 18: Ocorrncias de Roubo a Transeuntes na AISP 03 nos dias do ms
Figura 19: Pareto das ocorrncias de Roubo a Transeuntes na AISP03 nos dias da semana
No grfico de Pareto acima, verifica-se que 82% das ocorrncias de Roubos de Rua
nos logradouros priorizados da AISP 03, ocorrem nas segundas e teras-feiras.
Pode-se concluir que o ideal realizar as futuras aes de contramedida nesses
dias da semana, pois ser atacado grande parte do problema especfico (82% das
ocorrncias).
0
5
10
15
20
25
30
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
N
mero
de o
co
rrn
cia
sRoubo a Transeuntes - AISP 03 por dia do ms
94 69
12 10 7 6 1
47%
82%88%
93%96% 99% 100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0
50
100
150
200
Seg Ter Dom Sex Qui Qua Sb
N
me
ro d
e o
co
rr
nc
ias
Roubo a Transeuntes - AISP 03 por dias da semana
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
47
5 Nvel de foco: Caracterizao da incidncia criminal por faixa horria dos dias da semana priorizados.(QUANDO?)
O prximo passo para se produzir uma anlise de fenmeno de qualidade, em
termos de desdobramento do problema para seu entendimento, abrir o volume de
ocorrncias criminais identificado nas segundas e teras-feiras, das localidades
priorizadas, nos seus horrios, ou faixa horria, de ocorrncia.
No grfico a seguir, visualiza-se o comportamento macro das incidncias criminais
nos horrios ao longo do dia.
Figura 20: Ocorrncias de Roubo a Transeuntes na AISP03 durante as horas do dia
J com o uso do grfico de Pareto, na prxima figura, observa-se que os horrios
entre 06:00 e 08:00 horas e 18:00 a 20:00 horas concentram 64% das ocorrncias
de Roubo a Transeuntes na AISP 03, nas segundas e teras-feiras, para as
localidades priorizadas (bairros e ruas).
0
5
10
15
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
N
mero
de o
co
rrn
cia
s
Roubo a Transeuntes - AISP 03 por hora do dia
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
48
Figura 21: Pareto das ocorrncias de Roubo a Transeuntes na AISP 03 nas horas do dia
O 5 nvel de foco, no significa o final da anlise do fenmeno. O analista deve
verificar se pertinente e produzir boas informaes, outras anlises como a
identificao do perfil da vtima e do autor (QUEM?) e a dinmica do crime
(COMO?), que so exemplos de anlises que podem ajudar muito na compreenso
do crime. Os grficos a seguir exemplificam a forma com que essas informaes
podem ser tratadas e apresentadas.
Figura 22: Sexo das vtimas de Roubo a Transeuntes na AISP 03
0%
20%
40%
60%
80%
100%
0
50
100
150
200
19 18 8 7 20 6 9 17 21 5 10 23 22 16 15 14 4 12 13 11 0 1 2 3
N
me
ro d
e o
co
rr
nc
ias
Roubo a Transeuntes - AISP 03 por hora do dia
22%
60%
18%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Feminino Masculino Ignorado
% d
e v
tim
as
Roubo a Transeuntes por sexo das vtimas - AISP 03
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
49
Figura 23: Sexo dos autores de Roubo a Transeuntes na AISP 03
Quanto ao perfil das vtimas e dos autores de Roubo a Transeuntes, nos bairros,
ruas e horrios identificados anteriormente, fica evidenciada a preferncia por
vtimas do sexo masculino, 60%, que so roubadas por autores tambm do sexo
masculino, 73%.
Os dois grficos a seguir exemplificam como as informaes sobre tipo de arma e
fuga podem ser apresentadas.
3%
73%
24%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Feminino Masculino Ignorado
% d
e a
uto
res
Roubo a Transeuntes por sexo dos autores - AISP 03
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
50
Figura 24: Tipo de arma utilizada pelos autores de Roubo a Transeuntes na AISP 03
Figura 25: Tipo de fuga utilizada pelos autores de Roubo a Transeuntes na AISP 03
79%
13%8%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Arma de fogo Arma branca Outras
% d
e a
uto
res
Roubo a Transeuntes por tipo de arma utilizada pelos autores - AISP 03
60%
20%13%
7%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
A p De automvel De motocicleta Outras
% d
e a
uto
res
Roubo a Transeuntes por tipo de fuga utilizada pelos autores - AISP 03
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
51
Neste quadro esto descritas outras informaes do fenmeno, disponveis por tipo
de crime e que podem ajudar nas anlises de cada um dos indicadores.
Informaes disponveis Indicadores
Letalidades Violentas Roubo de Veculo Roubos de Rua
Sexo Feminino
Masculino Cor/Raa
Amarela Branca Negra Parda
Idade
Criana Adolescente Adulto Idoso
Maioridade Maior de Idade
Menor de Idade QTD de envolvidos
N de vtimas/autores envolvidos em cada ocorrncia
Relao vtima/autor
Parente Rel. amoroso Rel. profissional Outras
Tipo de local do fato
Estab. Comercial Residncia Hospital Outros
Circunstncia
Deslocamento para o trabalho Sada de escola Esperando nibus Outras
Motivao
Passional Relao com comrcio de drogas Outras
Tipo de arma
Arma de fogo Arma branca Outras
Forma de fuga
A p
De automvel
De motocicleta
Outras
Quadro 8: Outras informaes disponveis para a anlise
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
52
Ao final da anlise de fenmeno, possvel definir um foco para prosseguir com as
etapas seguintes de anlise de causas e elaborao de Planos de Ao para
combater efetivamente o problema, trazendo resultados prticos de reduo da
criminalidade na localidade em estudo.
Os nveis 4 e 5 de desdobramento para entendimento do fenmeno podem ser
analisados de outras formas. Podem existir tipologias criminais cujo objetivo de
caracterizar a ocorrncia do seu fenmeno demande outro tipo de desdobramento,
como por sexo, idade ou outros, como apresentado anteriormente. A proposta de
caracterizar a ocorrncia criminal em dias e horrios da semana uma sugesto que
parte do entendimento de que tal procedimento pode ser aplicado para as principais
tipologias criminais e ainda para aquelas de ocorrncia mais usual.
No exemplo apresentado, utilizou-se o Grfico de Pareto como ferramenta de
anlise do fenmeno. No entanto, existem outras ferramentas que possibilitam
conhecer como esse fenmeno se comporta ou vem se comportando num dado
perodo histrico de anlise, como a ferramenta Grfico Sequencial, que ilustrado
no Captulo 13, item 2.
Concluda a etapa de anlise do fenmeno da ocorrncia criminal de Roubo de Rua
na AISP 03, ser estabelecido o desdobramento do problema para prosseguir-se
com as demais etapas do PDCA para soluo do problema, com um foco claramente
estabelecido, conforme esquemtico da pgina seguinte.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
53
Figura 26: Sequncia de desdobramento do Problema
Foco de estudo estabelecido nas SEGUNDAS E TERAS-FEIRAS, que correspondem a 82% das
ocorrncias de Roubos a Transeuntes nas ruas priorizadas
PROBLEMA:
Elevado nmero de ocorrncias de Roubos de Rua na AISP 03
Foco de estudo estabelecido no crime de ROUBO A TRANSEUNTES, que
correspondem 90% das ocorrncias de Roubos de Rua
Foco de Estudo estabelecido nos bairros:MIER, CACHAMBI, ENG. DE DENTRO e PIEDADE, que
correspondem a 49% das ocorrncias de Roubos a Transeuntes da AISP 03
Foco de estudo estabelecido nas RUAS DIAS DA CRUZ e ARQUIAS CORDEIROO que correspondem 20% das ocorrncias de Roubos a Transeuntes
nos bairros priorizados
Foco de estudo estabelecido entre 6hs e 8hs e entre 18hs e 20hs, que correspondem a 64% das ocorrncias de Roubos a Transeuntes nas
segundas e teras feiras
Foco em Vtimas e autores do sexo masculino
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
54
Cabe ressaltar que, apesar da anlise detectar um ponto crtico, importante que o
gestor, ao fazer o estudo de sua rea, no perca de vista a regio como um todo.
Assim, recomendado que, aps identificar o problema local, realize-se o mesmo
estudo, e com igual abrangncia, para a rea como um todo (no apenas os locais
crticos), a fim de verificar se o comportamento criminal que ocorre nas reas
problemticas coincidente com o comportamento de reas no focadas.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
55
7. IDENTIFICANDO CAUSAS ANLISE DO PROCESSO (Etapa 3 do PDCA - O PORQU ?)
A identificao de causas possveis e provveis para a ocorrncia do fenmeno
criminal com as caractersticas mapeadas na etapa de Anlise do Fenmeno
fundamental para que se tenham elementos para proposio de aes efetivas de
melhoria do indicador de criminalidade em estudo.
As aes dos Planos de Ao, que sero elaboradas conforme ser descrito no
prximo captulo, devero atuar nas causas identificadas nesta etapa do ciclo do
PDCA. Os analistas envolvidos nessa atividade devem se empenhar ao mximo no
processo exploratrio junto aos demais participantes para que seja identificado o
maior nmero de causas possveis, mas que possuam aderncia ao fenmeno
estudado. Caso contrrio, corre-se o risco de ter, ao final desse processo, aes que
combatam causas que no so geradoras do fenmeno criminal analisado.
O principal objetivo desta atividade identificar, dentre as causa possveis e
provveis apontadas, aquela(s) que podem ser denominadas de fundamentais, ou
seja, aquelas causas que, se removidas, eliminam definitivamente o problema ou
grande parte dele.
As ferramentas que so sugeridas para a atividade de identificao de causas o
Brainstorming (tempestade de ideias) e o Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de
Peixe. A dinmica deve ser conduzida por algum integrante da equipe de anlise
para que seja possvel o registro de todas as sugestes apresentadas pelos
participantes, aps discusso entre eles e entendimento de que uma ideia ,
efetivamente, uma causa provvel da ocorrncia do fenmeno.
importante observar que as causas identificadas devem representar situaes
reais e atuais. Causas j removidas ou que no atuam mais na dinmica criminal
devem ser rejeitadas.
O processo de identificao de causas deve ser aberto, considerando a opinio de
todos os participantes, inclusive das unidades especiais e/ou especializadas,
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
56
estatsticas, estudos de outras naturezas, relatrios de criminalidade, pesquisas,
informaes dos conselhos comunitrios e outros agentes, etc.
Nos casos em que seja identificado um grande nmero de causas no julgamento do
grupo, recomendado que seus integrantes estabeleam uma ordem de importncia
para essas causas atravs de votao individual ou consenso, a fim de que se tenha
um Plano de Ao de poucas, mas efetivas, aes de contramedida.
O quadro abaixo apresenta a consolidao de um exemplo de causas identificadas
para o fenmeno analisado de Roubos de Rua na AISP 03, a partir do entendimento
detalhado de sua ocorrncia.
N CAUSAS
1 Funcionamento de uma passagem de nvel do metr / trem
2 Existncia de um sinal de trnsito onde no h cruzamento de vias no Automvel Clube com Ademar Bibiano. Automvel Clube com Jlia Cortinez. Automvel Clube em frente favela da Galinha
3 Existncia de um quebra mola desnecessrio no Engenho Novo
4 Iluminao pblica precria
5 Uso da moto como ferramenta do roubo (uso de capacete e duas pessoas na moto)
6
Falso registro pela populao de um Furto/roubo inexistente:
6.1. SMTR
6.2. Cias de telefonia celular exigem RO de furto ou roubo para disponibilizar um novo celular vtima
6.3. Estado exige um RO de furto ou roubo para isentar a vtima do pagamento de taxas de emisso de documentos
7 Baixa velocidade de acesso s informaes de criminalidade na regio
Quadro 9: Exemplos de causas de um Problema
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
57
8. ELABORANDO PLANOS DE AO (Etapa 4 do PDCA)
Concludo o entendimento do fenmeno da ocorrncia criminal em estudo e
identificadas as causas possveis e provveis que suportam sua ocorrncia ou
manuteno na localidade analisada, o ltimo passo para finalizao da etapa de
planejamento do ciclo do PDCA a elaborao do Plano de Ao Integrado.
O Plano de Ao Integrado possui esse nome por reunir, em um nico foro, as
Polcias Civil e Militar e outros agentes de segurana convidados na proposio
conjunta de aes para eliminao do problema em estudo e alcance das metas
estabelecidas para o Indicador de Criminalidade.
Um Plano de Ao Integrado validado pelas lideranas intermedirias das polcias e
outros agentes de segurana eventualmente envolvidos, deve ser desmembrado em
partes menores denominadas Planos de Ao Operacionais, que trar apenas as
aes especficas de cada agente de segurana envolvido na anlise. Dessa forma,
obtem-se um Plano de Ao Operacional da Polcia Civil e um Plano de Ao
Operacional da Polcia Militar.
O captulo 5 deste documento descreve as responsabilidades de cada agente de
segurana envolvido no Sistema de Metas e Acompanhamento de Resultados,
quanto elaborao dos Planos de Ao e o acompanhamento de sua execuo.
importante ressaltar que os Planos de Ao Operacionais so de responsabilidade
da liderana das Delegacias e Batalhes e seus comandados envolvidos. O
Plano de Ao Integrado, por sua vez, de responsabilidade das lideranas
intermedirias da AISP, onde elaborado, com acompanhamento gerencial pela
SESEG atravs da SSPIO.
Um Plano de Ao de sucesso aquele que possui um nmero suficiente de aes
focais que visam atuar sobre as causas identificadas pelos analistas na etapa
anterior da anlise (Identificao de Causas). possvel que sejam necessrias
mais de uma ao para atuar sobre uma mesma causa identificada.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
58
Um Plano de Ao deve conter alm do O QUE se pretende fazer, QUEM,
QUANDO, COMO, ONDE far e QUANTO custar a execuo daquela ao,
quando cabvel.
A qualquer momento, nas Reunies de Acompanhamento de Resultados de
qualquer nvel, uma nova ao pode ser inserida no Plano, caso haja o surgimento
de um fato novo ou o entendimento mais detalhado de um fenmeno j estudado.
Da mesma forma, aes propostas na primeira rodada de elaborao de um Plano
podem ser canceladas, desde que os cancelamentos sejam validados pelas
lideranas do processo.
A seguir, ser apresentado um exemplo de parte do Plano de Ao Integrado
elaborado como contramedida s causas identificadas para o fenmeno analisado
de Roubo de Rua na AISP 03, a partir do entendimento detalhado de sua ocorrncia.
Figura 27: Plano de Ao Integrado
No item 5 do captulo 13 deste documento apresentado um modelo de formulrio
de Plano de Ao.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
59
9. EXECUTANADO O PLANO DE AO (Etapa 5 do PDCA)
Esta etapa do PDCA consiste, exclusivamente, na execuo das aes propostas no
Plano de Ao Integrado ou Operacional, obedecendo as informaes que
qualificam a ao proposta, tais como: QUEM, QUANDO, COMO, ONDE faz e
QUANTO custa.
O sucesso na eliminao ou conteno do problema analisado consiste, alm de
uma boa anlise, da efetiva execuo das aes propostas no Plano de Ao nos
prazos estabelecidos.
Manual de Procedimentos para o Sistema de Metas e Acompanhamento de
Resultados para a Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro
60
10. VERIFICANDO OS