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GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
ADRIANA CHINOTTI AGUIAR
Produção Didático-Pedagógica
FUNÇÕES: Uma abordagem, contextualizada em relação ao tema meio ambiente, por meio da
Resolução de Problemas
IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA – UEL
ORIENTADORA: Prof.ª Dr.ª MÁRCIA CRISTINA DE COSTA
TRINDADE CYRINO
ÁREA CURRICULAR: MATEMÁTICA
LONDRINA - 2011
ADRIANA CHINOTTI AGUIAR
Produção Didático-Pedagógica
FUNÇÕES: Uma abordagem, contextualizada em relação ao tema meio ambiente, por meio da Resolução de Problemas
Produção Didático-Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional. Orientadora: Prof.ª Dr.ª MÁRCIA CRISTINA DE COSTA TRINDADE CYRINO
UEL - LONDRINA - 2011
1 INTRODUÇÃO
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de
Matemática do Estado do Paraná, os “conteúdos propostos devem ser
abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática
que fundamentam a prática docente” (PARANÁ, 2008, p. 63). Dentre elas,
pode-se destacar a Resolução de Problemas.
Diante disso, estudamos a Resolução de Problemas enquanto estratégia
metodológica para o ensino e a aprendizagem da Matemática e produzimos um
caderno pedagógico composto por unidades didáticas elaboradas
individualmente por nove professores PDE, correlacionadas com esse tema.
Essa produção didático-pedagógica, além de se constituir para os
professores PDE em uma estratégia para a implementação do Projeto de
Intervenção Pedagógica na Escola, apresenta possibilidades de abordagem de
diferentes conteúdos matemáticos por meio da Resolução de Problemas, e tem
também como objetivo oportunizar a outros professores que venham a ter
acesso a essa produção, o desenvolvimento de um trabalho com essa
estratégia metodológica mediante a implementação desse material.
Utilizar a Resolução de Problemas como uma estratégia metodológica
para o ensino e a aprendizagem de Matemática, trata-se, segundo Allevato e
Onuchic (2009, p.7), “de um trabalho onde um problema é ponto de partida e
orientação para a aprendizagem, e a construção do conhecimento far-se-á
através de sua resolução.”
Ainda de acordo com essas autoras, não há “formas rígidas para colocar
em prática essa metodologia” (ibidem). Apresentamos a seguir uma proposta,
sugerida pelas autoras, de organização das tarefas em etapas a serem
desenvolvidas pelo professor e pelos alunos.
1) Preparação do problema - Selecionar um problema visando à construção de um novo conceito, princípio ou procedimento. Esse problema será chamado problema gerador. É bom ressaltar que o conteúdo matemático necessário para a resolução do problema não tenha ainda sido trabalhado em sala de aula. 2) Leitura individual - Entregar uma cópia do problema para cada aluno e solicitar que seja feita sua leitura. 3) Leitura em conjunto - Formar grupos e solicitar nova leitura do problema, agora nos grupos.
Se houver dificuldade na leitura do texto, o próprio professor pode auxiliar os alunos, lendo-lhes o problema.
Se houver, no texto do problema, palavras desconhecidas para os alunos, surge um problema secundário. Busca-se uma forma de poder esclarecer as dúvidas e, se necessário, pode-se, com os alunos, consultar um dicionário.
4) Resolução do problema - De posse do problema, sem dúvidas quanto ao enunciado, os alunos, em seus grupos, num trabalho cooperativo e colaborativo, buscam resolvê-lo. Considerando os alunos como co-construtores da “matemática nova” que se quer abordar, o problema gerador é aquele que, ao longo de sua resolução, conduzirá os alunos para a construção do conteúdo planejado pelo professor para aquela aula. 5) Observar e incentivar – Nessa etapa o professor não tem mais o papel de transmissor do conhecimento. Enquanto os alunos, em grupo, buscam resolver o problema, o professor observa, analisa o comportamento dos alunos e estimula o trabalho colaborativo. Ainda, o professor como mediador leva os alunos a pensar, dando-lhes tempo e incentivando a troca de idéias entre eles.
O professor incentiva os alunos a utilizarem seus conhecimentos prévios e técnicas operatórias já conhecidas necessárias à resolução do problema proposto. Estimula-os a escolher diferentes caminhos (métodos) a partir dos próprios recursos de que dispõem. Entretanto, é necessário que o professor atenda os alunos em suas dificuldades, colocando-se como interventor e questionador. Acompanha suas explorações e ajuda-os, quando necessário, a resolver problemas secundários que podem surgir no decurso da resolução: notação; passagem da linguagem vernácula para a linguagem matemática; conceitos relacionados e técnicas operatórias; a fim de possibilitar a continuação do trabalho.
6) Registro das resoluções na lousa – Representantes dos grupos são convidados a registrar, na lousa, suas resoluções. Resoluções certas, erradas ou feitas por diferentes processos devem ser apresentadas para que todos os alunos as analisem e discutam. 7) Plenária – Para esta etapa são convidados todos os alunos para discutirem as diferentes resoluções registradas na lousa pelos colegas, para defenderem seus pontos de vista e esclarecerem suas dúvidas. O professor se coloca como guia e mediador das discussões, incentivando a participação ativa e efetiva de todos os alunos. Este é um momento bastante rico para a aprendizagem. 8) Busca do consenso – Após serem sanadas as dúvidas e analisadas as resoluções e soluções obtidas para o problema, o professor tenta, com toda a classe, chegar a um consenso sobre o resultado correto. 9) Formalização do conteúdo – Neste momento, denominado “formalização”, o professor registra na lousa uma apresentação
“formal” – organizada e estruturada em linguagem matemática – padronizando os conceitos, os princípios e os procedimentos construídos através da resolução do problema, destacando as diferentes técnicas operatórias e as demonstrações das propriedades qualificadas sobre o assunto. (ALLEVATO; ONUCHIC, 2009, p. 7-8, grifo nosso).
A intenção é que a implementação desta produção didático-pedagógica,
seja realizada de acordo com as etapas apresentadas anteriormente, e, por
isso, sugerimos para cada problema presente nessa produção,
encaminhamentos que podem ser utilizados pelos professores em algumas
dessas etapas, bem como possíveis formalizações para os conteúdos
matemáticos abordados.
2 APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade Didática o objetivo principal é proporcionar por meio da
Resolução de Problemas, o estudo de alguns conceitos pertinentes ao
Conteúdo Estruturante Funções, utilizando um problema contextualizado em
relação ao tema meio ambiente. Este material foi elaborado para efetivar a
proposta do projeto de intervenção pedagógica na escola, produzido na
primeira etapa do Programa de Desenvolvimento Educacional, PDE, com o
tema Métodos e Metodologias da Matemática. No projeto ficou estabelecido
que sua implementação fosse em uma turma da 1ª série do Ensino Médio
Integrado do Curso Técnico em Meio Ambiente, série em que se trabalha o
Conteúdo Estruturante Funções.
Optamos pela proposta de trabalhar com a Resolução de Problemas e
utilizar um problema com contexto relacionado à Área do Curso Técnico dos
estudantes, motivados por questionamentos, como: Por que alguns alunos não
aprendem Matemática? Por que os métodos utilizados por alguns professores
não têm conseguido atingir a maioria dos educandos? Se os alunos conhecem
técnicas e estratégias de diversos conteúdos de matemática estudados, por
que não conseguem aplicá-las para resolver problemas que envolvem
matemática, dentro ou fora da escola? Acreditamos que a proposta com a qual
trabalharemos pode favorecer para a superação dessas dificuldades.
Nossa ideia é iniciar o ensino da matemática por um problema, que
possibilite atrair os estudantes para o estudo do conteúdo de função polinomial
do 1º grau por trazer em si, situação do mundo do trabalho para o qual eles se
preparam ou por tratar de situação de uma realidade conhecida dos mesmos,
valorizando, dessa forma, os conhecimentos que eles já possuem.
Objetivamos desse modo, criar um ambiente que possibilite aos alunos
desenvolver a autoestima, de modo que possam perceber que são capazes de
aprender Matemática; também queremos propiciar um trabalho cooperativo
para que possam discutir ideias, estratégias de resolução e análise dos
resultados, respeitando a opinião dos colegas; e, ainda, construir alguns
conceitos matemáticos relacionados às Funções, no contexto do tema meio
ambiente.
3 PROCEDIMENTOS
Trabalhando a metodologia da Resolução de Problemas na perspectiva
das autoras Allevato e Onuchic (2009), apresentamos a seguir o problema a
ser trabalhado com os alunos da 1ª série do Ensino Médio Integrado do Curso
Técnico em Meio Ambiente, período matutino, durante 7 horas aula. Na
descrição do desenvolvimento do problema contemplamos: a resolução
esperada; os objetivos a ser atingidos; uma sugestão de encaminhamento, de
formalização do conteúdo abordado; e da proposta de avaliação para a tarefa.
PROBLEMA
O Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de
Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, que veio a público no primeiro
semestre, é contundente ao afirmar, com 90% de confiança, que as atividades
humanas são a causa principal do aquecimento global observado nos últimos
50 anos e aponta o acúmulo de gases de efeito estufa, notadamente o dióxido
de carbono, o metano e o óxido nitroso, [...] como os principais responsáveis. É
certo que o rápido aumento da concentração destes gases na atmosfera se
deve à ação humana. [...]
Associada ao aquecimento já registrado, observa-se a intensificação de
alguns tipos de fenômenos meteorológicos extremos, como ondas de calor,
secas, chuvas intensas e ciclones tropicais em várias partes do globo. Em
resumo, praticamente estão descartadas causas naturais para o aquecimento
das últimas décadas, o qual se deve, em sua quase totalidade, à mudança da
composição da atmosfera por ações humanas.
O relatório projeta que o planeta continuará a aquecer numa taxa de
0,2 ºC por década nas próximas duas a três décadas, taxa esta que é, até certo
ponto, independente do cenário de emissões de gases de efeito estufa neste
mesmo período. Até o final do século XXI a temperatura média global pode
subir de 2 °C a mais de 4 °C; o nível médio do mar, entre 28 e 59 cm, com o
risco de se elevar mais de 1 m, se a tendência de degelo das grandes massas
de gelo da Groenlândia e da Antártica Ocidental se acelerar, como muitos
estudos recentes já apontam.[...]
Estima-se subjetivamente que poderemos evitar as conseqüências mais
perigosas das mudanças climáticas se o aumento das temperaturas globais
não ultrapassar 2 °C em relação às temperaturas da época pré-industrial.
Fonte: NOBRE, Carlos A. Mudanças climáticas globais e o Brasil: por que devemos
nos preocupar. Revista Plenarium, v.5, n.5, p.12 - 20, out., 2008.
O quadro a seguir foi elaborado, considerando que atualmente a
temperatura média do planeta Terra é de aproximadamente15°C e o aumento
de 0,2°C na temperatura média do planeta Terra seja mantido nas próximas
décadas, iniciando a contagem na década atual, que será considerada como a
década zero.
Quantidade de décadas
decorridas (d)
Temperatura média do planeta Terra em °C (T)
0 15
1 15,2
2 15,4
3 15,6
Quadro 1: Valores estimados para a temperatura média do planeta Terra
Para responder às questões a seguir, considere também que esse aumento
de 0,2°C na temperatura média do planeta Terra a cada década continue ao
longo das décadas seguintes, não apenas nas próximas duas ou três décadas.
a) No quadro apresentado, os valores referentes à quantidade de décadas
decorridas e à temperatura média do planeta Terra, mantiveram-se
constantes? O que aconteceria com a temperatura média do planeta
Terra caso a perspectiva de aumento mínimo ao invés de 0,2°C em cada
uma das próximas décadas fosse nula?Justifique as respostas.
b) Existe uma relação entre a temperatura média do planeta e a quantidade
de décadas decorridas. Descreva com palavras essa relação. A partir
disso, escreva uma expressão matemática para a temperatura média (T)
do planeta Terra, após uma quantidade de décadas decorridas (d)
qualquer.
c) Utilizando a relação que você apresentou no item b, determine: qual a
temperatura do planeta depois de decorridas 30 décadas? E numa
década, d, qualquer? É possível em alguma das próximas décadas a
temperatura ser menor que 15ºC? Justifique.
d) Na expressão matemática obtida no item b temos letras e números,
quais?Estima-se que a temperatura média do planeta Terra na época
pré-industrial era, aproximadamente, 0,8ºC menor que a temperatura
atual. De acordo com a expressão matemática obtida, após que
quantidade de décadas decorridas, seria ultrapassado o limite de 2°C
em relação à temperatura média do planeta Terra na época pré-
industrial? O que poderíamos supor em relação à projeção mencionada
no texto do enunciado para o valor da temperatura global até o final do
século XXI, a partir da expressão obtida?
e) Além de representar esses dados na forma de um quadro, de um
diagrama, ou utilizando a escrita por extenso, você poderia representá-
los de outra forma? Qual? Represente-os, justificando a disposição dada
aos valores das quantidades de décadas decorridas e da temperatura
média do planeta.
f) E se, ao contrário, de todas as projeções científicas, a temperatura
média do planeta Terra começasse cair 0,2°C em cada uma das
décadas seguintes à década atual, como ficaria a expressão matemática
que fornece a temperatura média do planeta Terra (T), após uma
quantidade de décadas decorridas (d) qualquer? E a representação feita
no item e? Apresente semelhanças e diferenças entre as expressões
obtidas e as representações feitas.
g) O que aconteceria com a água, na superfície do planeta, caso
continuasse a redução de temperatura apresentada no item f depois de
decorridas 75 décadas?
RESOLUÇÃO
a) Não, os valores das quantidades de décadas decorridas aumentaram
e os valores da temperatura média da Terra também apresentaram
acréscimo. A quantidade de décadas variou de 1 em 1 unidade,
enquanto a temperatura variou de 0,2 em 0,2 °C.
A temperatura seria constante, ou seja, sempre 15ºC se não
houvesse o acréscimo de 0,2ºC a cada década, se esse acréscimo
fosse zero.
b) A temperatura média do planeta Terra depende da quantidade de
décadas decorridas. A relação é: temperatura média do planeta Terra
é igual a 15 mais o número de décadas decorridas multiplicado por
0,2.
Expressão matemática: T = 15 + 0,2.d
c) Decorridas 30 décadas, a temperatura seria: 15 + 0,2.30, ou seja,
15+ 6= 21, 21ºC. Numa década d, qualquer, a temperatura seria de:
15 + 0,2.d. Não haveria como ser um resultado menor que 15 após
alguma das décadas seguintes à década atual, onde d=0, pois o
valor da temperatura atual sempre será somado com um número
positivo, visto que o número 15 será acrescido de 0,2.d onde 0,2 e d
correspondem a valores maiores que zero. Não faz sentido um valor
de década negativo, logo o produto entre eles (0,2 e d) será um valor
positivo.
d) Na expressão matemática T = 15 + 0,2d, temos as letras T e d, e os
números 15 e 0,2.
Para ultrapassar o limite de 2°C de aumento em relação à
temperatura média do planeta na época pré-industrial, devemos ter:
T > 16,2
T > 16,2
15 + 0,2.d > 16,2
0,2 d > 16,2 – 15
0,2 d > 1,2
d >
d > 6
Seria ultrapassado o limite a partir da 6ª década que é o período que
inicia em 1° de janeiro de 2070 e encerra em 31 de dezembro de
2079.
Poderíamos supor que a projeção de que até o final do século XXI
(31 de dezembro de 2100) a temperatura média global pode subir de
2 °C a mais de 4 °C, se confirma.
e) Sim, através de um gráfico cartesiano.
Figura 1: Gráfico de uma Função polinomial do 1º grau crescente
Fonte: Adriana Chinotti Aguiar
Os valores das quantidades de décadas decorridas foram colocados no
eixo horizontal, pois a quantidade de décadas é a variável independente
e os valores de temperatura média do planeta Terra foram colocados no
eixo vertical, pois representam os valores da variável dependente.
f) A expressão matemática ficaria T= 15 – 0,2.d
Figura 2: Gráfico de uma Função polinomial do 1º grau decrescente
Fonte: Adriana Chinotti Aguiar
Semelhanças e diferenças entre as expressões T= 15 + 0,2.d e
T= 15 – 0,2.d: mesmas letras, mesmos valores em módulo. A
diferença é o valor que é multiplicado pela quantidade de décadas
decorridas (d), que na primeira expressão é positivo e na segunda
expressão é negativo.
Semelhanças e diferenças entre as representações gráficas: mesma
disposição das grandezas nos eixos, vertical: temperatura média do
planeta Terra (ºC), horizontal: quantidade de décadas decorridas;
mesma escala nos respectivos eixos, a diferença está na inclinação
da semireta. No gráfico do item e os valores para a temperatura
estão aumentando quando se aumenta o valor das quantidades de
décadas decorridas e no gráfico atual os valores para a temperatura
estão diminuindo quando se aumenta o valor das quantidades de
décadas decorridas.
g) T= 15 – 0,2.d
T= 15 – 0,2. 75
T = 15 – 15
T = 0
A temperatura média no planeta Terra, decorridas 75 décadas seria
de 0°C, ocasionando o congelamento da água na superfície do
planeta.
OBJETIVOS
Definir grandeza e identificar a relação entre as grandezas, no item a
Explorar a noção intuitiva de função, no item b.
Definir função como uma relação entre dois conjuntos, definir domínio,
contradomínio e imagem de uma função no item c.
Definir variável, variável dependente e variável independente, definir
função polinomial, definir função polinomial do 1º grau, definir função
afim, definir inequação do 1º grau, no item d.
Definir gráfico cartesiano, identificar o gráfico da função afim, identificar
uma função afim crescente, no item e.
Definir coeficiente angular e coeficiente linear, identificar o gráfico de
uma função afim decrescente, no item f.
Definir zero ou raiz de uma função, no item g.
ENCAMINHAMENTO E FORMALIZAÇÃO Sugerimos que o problema seja resolvido seguindo os itens na ordem
em que são apresentados, pois estes estão dispostos em uma sequência de
raciocínio, desse modo, se os alunos resolverem na sequência, o
desenvolvimento poderá ser mais adequado. Sugerimos também, que a
entrega dos itens aos alunos seja feita aos poucos e que a discussão das
resoluções bem como a formalização, quando houver, sejam feitas após os
alunos resolverem cada item. Havendo dúvida quanto à palavra década, pode-
se também esclarecer que uma década corresponde a 10 anos. A década atual
mencionada, por exemplo, iniciou-se em 01 de janeiro do ano de 2010 e se
encerrará em 31 de dezembro do ano de 2019.
No item a: podemos esclarecer aos alunos que o texto do enunciado forneceu
os dados numéricos para que pudéssemos explorá-los. Estes dados são
resultados de medições realizadas, as quais favorecem o estudo do fenômeno.
No quadro apresentado temos quantitativamente representadas a quantidade
de décadas decorridas e a temperatura média do planeta. Podemos chamar a
atenção dos alunos para o quadro dizendo que nele podemos distinguir
qualitativamente duas grandezas: tempo e temperatura. Segundo o Inmetro1,
grandeza (mensurável) é atributo de um fenômeno, corpo ou substância
que pode ser qualitativamente distinguido e quantitativamente
1 Para mais informações: http//www.inmetrogo.gov.br/?pagina=18&id=33&link=vocab_int
determinado. Tomando cuidado para que não confundam a grandeza e sua
respectiva unidade de medida, esclareceremos aos alunos que no quadro a
grandeza tempo está medida em décadas e a grandeza temperatura está
medida em graus Celsius. Continuando a formalização pretende-se a partir das
discussões identificar que entre as grandezas envolvidas há uma
correspondência (ou relação) que associa a cada quantidade de décadas
decorridas um único valor de temperatura média do planeta Terra. E,
ainda, para cada unidade de década acrescida há um aumento constante de
0,2°C na temperatura para cada década. Caso os alunos não cheguem a essa
conclusão, pode-se pedir que eles calculem as variações ocorridas de um
número para outro na mesma coluna do quadro. Incentive-os a escrever por
extenso, o que pensam, principalmente quanto à questão de como o valor da
temperatura poderia ser constante, pois isso poderá ajudar na formalização do
conceito de função polinomial do 1º grau no item d.
No item b : se os alunos estiverem com dificuldades de escrever utilizando a
linguagem matemática para responder à questão desse item, sugerir que eles
façam cálculos continuando o quadro, e tentem escrever por extenso, como
desenvolveram o raciocínio durante a realização do cálculo. Pretende-se
formalizar a noção intuitiva de função. É viável nesse momento explorar a
relação matemática entre as duas grandezas, ideia que será importante para
compreender o conceito de função. No caso do problema, a temperatura média
do planeta Terra depende da quantidade de décadas decorridas
(independente). Podem-se apresentar durante a resolução desse item outros
exemplos de grandezas que se relacionam. Por exemplo: pedir que os alunos
pensem na fatura de água de suas casas, onde o valor cobrado está
relacionado com a quantidade de água consumida. Uma sugestão que pode
ajudar na formalização do item c, é pedir que os alunos representem os dados
do quadro em diagrama como o apresentado a seguir.
Figura 3: Diagrama que representa a relação entre dois conjuntos
Fonte: Adriana Chinotti Aguiar
Para incentivar os alunos a obterem a expressão matemática em questão
nesse item, pode-se questionar, por exemplo: Como eles poderiam representar
em linguagem matemática o raciocínio que escreveram por extenso? Uma ideia
que se pode sugerir é que usem apenas as letras d e T para representar a
quantidade de décadas decorridas e a temperatura média do planeta Terra,
como foi apresentado no quadro no início. Pode-se incentivá-los a recordarem,
como eram as expressões estudadas na sétima série do ensino fundamental,
instigando-os para que se lembrem das expressões algébricas ou literais. É
importante explorar também, a idéia de regularidade, pois a expressão
matemática T= 15 + 0,2d pode ser obtida a partir da observação do acréscimo
na temperatura do planeta Terra em cada década. Nesse momento pode-se
comentar sobre a idéia de generalização.
No item c: observando a resolução desse item e também os anteriores pode-
se perceber que para qualquer d≥0 existirá um único resultado de temperatura.
Considerando A o conjunto formado pelos valores que representam as
quantidades de décadas decorridas e B o conjunto de valores que podem
representar as temperaturas médias do planeta Terra, formaliza-se que
Função é uma relação entre os conjuntos A e B, tal que a cada valor do
conjunto A corresponde um único valor do conjunto B. O conjunto A
contém o conjunto de valores das grandezas independentes para os
quais a função está definida e é chamado de Domínio, ou campo de
existência da função. Quando os alunos estiverem resolvendo este item,
pode-se questionar o que eles lembram sobre os conjuntos numéricos, quais
números pertencem a cada conjunto. A retomada desses conteúdos pode
favorecer a formalização dos conceitos de domínio, contradomínio e imagem
de uma função, proposta nesse item. Observando que não faz sentido
atribuir um valor negativo para a quantidade de décadas decorridas
podemos dizer que no caso desse problema o domínio corresponde ao
conjunto dos números reais não-negativos (IR+). E o conjunto ao qual
pertencem todos os valores que a grandeza dependente pode assumir é
conhecido como Contradomínio da função. No caso desse problema o
contradomínio corresponde ao conjunto dos números reais (IR).
Para finalizar a formalização, chamar a atenção dos alunos, para os valores
que eles calcularam e dizer que o valor obtido para a temperatura do planeta
para cada quantidade de décadas decorridas é conhecido como Imagem da
função. De uma forma sistematizada, se considerarmos uma função f e
chamarmos o conjunto domínio de A e o conjunto contradomínio de B,
concluiremos que a Imagem da função, é o conjunto de valores que
pertencem ao contradomínio B, tal que, esses valores são
correspondentes a algum valor do domínio A. Tomando esses conjuntos,
podemos definir que: dados dois conjuntos A e B não-vazios, toda relação
que associa cada elemento de A a um, e somente um, elemento de B é
uma função de A em B. Em símbolos, podemos escrever f: A→B. Pode-se
utilizar o diagrama apresentado no item b para exemplificar a formalização
desse item.
No item d: A partir da expressão matemática obtida no item b, pode-se
incentivar os alunos a recordarem, conceitos sobre as expressões algébricas,
instigando-os para que se lembrem do nome polinômio e se possível
perceberem qual o grau deste. Se eles não conseguirem se lembrar, depois
que estiverem escrito a expressão desejada, pode-se apresentar exemplos de
polinômios para que identifiquem o grau, inclusive podendo substituir as letras
T e d, por y e x, respectivamente, se necessário. Nesse item espera-se definir
que na expressão literal obtida, se chamarmos a quantidade de décadas
decorridas de (d) e a temperatura média do planeta Terra de (T), cada uma
das letras representam um número que podem assumir diversos valores,
por esse motivo são chamadas de variáveis. A temperatura da Terra T é a
variável dependente, pois seus valores podem ser obtidos em função da
quantidade de décadas decorridas, enquanto d, a quantidade de décadas é
a variável independente, pois, os seus valores são apenas registrados ou
medidos, ou seja, seu valor não é calculado a partir de outra variável.
Quando escrevemos expressões matemáticas como a que se obtém como
resultado no item b estamos escrevendo expressões matemáticas conhecidas
como Funções polinomiais, são funções definidas por polinômios. Ainda
nessa formalização, ressaltar que dependendo do grau do polinômio que
representa a função, esta será chamada de função polinomial do 1º grau, do 2°
grau, e assim por diante. Nesse caso temos uma Função Polinomial do 1º
grau. Chamar a atenção para a resposta dada à questão, se a expressão
matemática obtida apresentar letras e números, pode-se a partir dela, definir
que uma Função Polinomial do 1º grau é uma expressão chamada relação de
dependência ou lei de formação da função, que tem como característica
apresentar duas variáveis, uma dependente e outra independente, no caso, as
letras T e d, respectivamente; e dois coeficientes numéricos, o 15 e o 0,2. A lei
de formação da função polinomial do 1º grau é definida por f(x) = a.x + b.
Pode-se comparar essa representação formal, com a lei que eles escreveram
e, esclarecer que as letras T e d podem ser mantidas. No caso, se a expressão
obtida pelos alunos ainda, não estiver escrita na forma mais próxima da
definição formal, escreve-se, então: T= 0,2d +15. Pode-se, nesse momento,
explicar que podemos nomear as funções, usando uma letra minúscula de
nosso alfabeto, por exemplo, seja f a função dada pela lei de formação
T= 0,2d + 15, teríamos f(d) =T, ou seja, f(d) =0,2d + 15. Como já apontamos
anteriormente, podemos substituir as letras T e d por y e x, respectivamente,
nesse caso escreveríamos f(x)=y. Dessa forma, também poderíamos expressar
por D(f) o conjunto que representa o domínio da função f, CD(f) o conjunto que
representa o contradomínio da função f e Im(f) o conjunto que representa a
imagem da função f. Continuando a formalização desse item pode-se
questionar sobre o que os alunos escreveram no item a quanto à possibilidade
da temperatura se manter em 15ºC, e incentivá-los a perceber que teríamos
um valor constante para a variável dependente, definindo então que na
função polinomial do 1º grau o coeficiente “a” deve ser diferente de zero,
a≠0. Ao responderem de que forma a temperatura poderia ser constante eles
puderam observar que se a=0 o resultado de T será sempre 15, dessa forma
pode-se definir que o polinômio que representa a função terá grau zero, e que
a função será constante, ou seja, se a=0, T será sempre igual a 15. Ainda
nessa formalização pode-se enunciar que uma função polinomial do 1º grau
também pode ser denominada função afim, quando seu domínio e
contradomínio pertencerem ao conjunto dos números reais (f: IR→IR) e
for representada pela lei de associação y = ax+b, com a e b constantes
pertencentes ao conjunto dos números reais. Também, na resolução desse
item, para os alunos solucionarem a questão, após quantas décadas a
temperatura ultrapassaria o limite de 2ºC, é possível que o professor tenha que
auxiliá-los, caso, a ideia de desigualdade não apareça. Pode-se, então, pedir
que eles escrevam por extenso o raciocínio que tiveram, e que substituam o
que escreveram por extenso pela linguagem matemática, com a finalidade de
auxiliá-los a obter uma inequação, para que ao resolvê-la concluam que será
numa quantidade de décadas decorridas maior que 6. Formalizar, a partir da
escrita dos alunos que as sentenças matemáticas abertas (aquelas que
apresentam elementos desconhecidos) as quais expressam desigualdades,
não são equações, mas inequações. Chama-se inequação do 1º grau toda
desigualdade que possui uma das seguintes formas: ax+b>0; ax+b<0;
ax+b≥0 ou ax+b≤0, com a≠0. A inequação, 15 + 0,2d > 16,2 obtida na
resolução desse item, também pode ser escrita por 15+ 0,2d -16,2> 0 ou ainda
0,2d -1,2 > 0, desse modo podemos relacioná-la com a forma ax+b>0, em que
a=0,2, x=d e b= -1,2.
No item e: incentivar os alunos a pensarem como a mídia expõe os dados,
principalmente esses sobre os problemas ambientais, ressaltando que a
utilização de diferentes formas de visualização pode ajudar o entendimento do
assunto pelo telespectador. Sugerir a eles que usem os dados que já estão no
quadro. Caso a ideia de gráfico cartesiano não apareça, convém incentivá-los a
formar os pares ordenados, olhar a resolução do item d, no qual foi discutido
que as letras T e d poderiam ser trocadas por x e y, para tentar incentivá-los a
obter o gráfico cartesiano. Pode-se levar papel milimetrado e dizer que eles
poderão usar se desejarem. É possível acontecer de apresentarem outro tipo
de gráfico, e não o cartesiano. Se isso acontecer, discute-se o gráfico
apresentado e, na sequência, apresenta-se a solução com o gráfico cartesiano.
Pode-se justificar que o gráfico cartesiano serve para visualizar o
comportamento das grandezas envolvidas de modo que seja possível também
perceber se a relação entre elas representa ou não função, (de acordo com a
formalização obtida no item c). Pretende-se formalizar que Gráfico Cartesiano
de uma função é uma representação geométrica desta, que utiliza o sistema de
coordenadas cartesianas. Esse sistema é constituído de dois eixos, que
possuem a mesma origem, perpendiculares entre si, sendo que o eixo
horizontal é chamado de eixo das abscissas ou simplesmente eixo x, e o
eixo vertical de eixo das ordenadas, ou simplesmente eixo y. Na
representação gráfica das funções dispomos os valores da variável
independente no eixo das abscissas e os valores da variável dependente no
eixo das ordenadas, pois o gráfico de uma função é o conjunto de todos os
pontos (x, y) pertencentes ao plano cartesiano em que a abscissa x
representa um valor que pertence ao domínio da função e a ordenada y é
um valor de imagem da função, para o respectivo valor do domínio. No
caso da função estudada, (d, T), em que d pertence ao domínio da função e T
são os valores da imagem da função para o respectivo valor do domínio. Esse
par de números dentro dos parênteses é conhecido como par ordenado e
representam as coordenadas de um ponto que será representado em uma
das quatro regiões, quadrantes, do plano onde está localizado o sistema
cartesiano, plano cartesiano. Ao marcar no plano cartesiano, pontos que
pertençam ao gráfico que representa uma função polinomial do 1º grau, cujo
domínio seja o conjunto dos números reais, pode-se perceber que quanto mais
pontos forem marcados, mais a figura obtida se aproxima de uma reta.
Chamando a atenção dos alunos quanto à representação gráfica de uma
função pode-se enunciar que um gráfico representará uma função se, e
somente se, qualquer reta paralela ao eixo vertical, passando por um
ponto qualquer do eixo horizontal pertencente ao domínio da função,
interceptar o gráfico desta em um único ponto. O gráfico a seguir
representa a função polinomial f: IR+ → IR dada pela lei de formação
T= 0,2d +15.
Figura 4: Gráfico da função f
Fonte: Adriana Chinotti Aguiar
Ao resolver o item c discutiu-se o domínio e o contradomínio da função
polinomial do 1º grau que representou a relação entre as grandezas no
contexto do problema. Nesse contexto definimos que o domínio da função
obtida pertence ao conjunto dos números Reais não negativos e o
contradomínio pertence ao conjunto dos números Reais, sendo o gráfico
esboçado representado por uma semireta. Nesse momento é importante
esclarecer que uma mesma lei de formação, utilizada na definição de uma
função, pode assumir domínios diferentes, dependendo do contexto do
problema. Se definirmos que a função f, dada pela expressão matemática
T= 0,2d +15, representa uma função afim, sem estar associada ao contexto
desse problema, temos que observar que a função afim, já definida
anteriormente, é uma função, f: IR→ IR, ou seja, seu domínio e seu
contradomínio pertencem ao conjunto dos números reais. Na representação
gráfica teríamos um prolongamento na semireta que foi desenhada para a
resolução desse item do problema, de modo a obter uma reta, para que o
domínio abrangesse também os números Reais negativos. É importante
ressaltar que uma função é definida por sua lei de formação, seu domínio e
o seu contradomínio. A figura a seguir representa o gráfico da função f dada
pela lei de formação T=0,2d + 15, tomada por função afim, para a qual temos
D(f) =IR, CD(f) =IR. É importante apresentar nesse momento este gráfico, para
que os alunos identifiquem a diferença no desenho, proveniente, da mudança
no domínio da função f.
Figura 5: Gráfico de uma função afim crescente
Fonte: Adriana Chinotti Aguiar
No item f: da mesma forma que os alunos foram incentivados na resolução do
item b, a escrever por extenso e depois expressar em linguagem matemática o
raciocínio utilizado, aqui poderá ser feito. Chamando a atenção para o fato de
que a temperatura agora sofreria redução. Ao obterem a função T= 15 – 0,2.d,
e construírem o gráfico cartesiano, pode-se incentivá-los a procurar as
semelhanças e diferenças e pedir que sejam anotadas. O gráfico a seguir
representa a função polinomial dada pela lei de formação T= -0,2d + 15 no
contexto do problema, em que D= IR+ e CD= IR a qual chamamos de função g.
Figura 6: Gráfico da função g
Fonte: Adriana Chinotti Aguiar
As semelhanças nas expressões matemáticas serão as variáveis e os valores,
em módulo, dos coeficientes. A diferença será o sinal do coeficiente “a”. Essa
diferença no sinal fará com que, o resultado da temperatura aumente no caso
de “a” positivo e diminua no caso de “a” negativo. Tendo, os alunos, constatado
isso, pode-se definir que a função polinomial do 1º grau é crescente quando
a>0, pois nesse caso quanto maior for o valor de “d”, maior será o valor
de “T”. E essa função será decrescente quando a<0, pois nesse caso
quanto maior for o valor de “d”, menor será o valor de “T”.
Na representação gráfica das funções f: T= 0,2d +15 e g:T= -0,2d +15 no
contexto do problema, em que o domínio é IR+ e o contradomínio IR, os alunos
poderão perceber que os dois gráficos são representados por semiretas que
possuem inclinações diferentes. Poderão perceber também que tanto num
gráfico, quanto no outro, existe o ponto de coordenadas (0,15), onde a semireta
intercepta o eixo vertical. Atendendo ao objetivo de definir função afim
decrescente, procedendo como no item anterior, apresentamos a figura a
seguir que representa o gráfico da função g dada pela lei de formação
T= -0,2d + 15, tomada por função afim, para a qual temos D(f) =IR, CD(f) =IR.
Figura 7: Gráfico de uma função afim decrescente
Fonte: Adriana Chinotti Aguiar
Chamando a atenção para as diferenças define-se que o coeficiente “a” é
chamado de coeficiente angular. A partir da resolução do item a, pode-se
dizer também que o coeficiente angular representa a taxa de variação da
função T= 15 +0,2.d. Ele representa a quantidade de unidades que são
adicionadas a T quando adicionamos 1 unidade a d, qualquer que seja d.
Ao notarem que nos dois gráficos a reta intercepta o eixo vertical no ponto de
coordenadas (0, 15) pode-se definir que o coeficiente 15 é chamado
coeficiente linear da função, sendo que, numa função polinomial do 1º grau o
coeficiente linear corresponde à ordenada do ponto em que a reta, que
representa geometricamente a função, intercepta o eixo vertical.
No item g: ao determinar que a temperatura do planeta será 0°C após 75
décadas, pode-se questionar os alunos se existiriam outras quantidades de
décadas decorridas que teriam esse mesmo resultado, zero, para a
temperatura, com a intenção de que percebam que a função apresentada tem
uma única raiz real. Questionar também, se é possível, determinar a
temperatura zero para as duas expressões matemáticas encontradas:
T = 15 + 0,2d e T= 15 – 0,2.d, objetivando que eles percebam que sim, e que,
na primeira expressão, se não fosse o contexto, T=0, quando d = -75.
Pretende-se sistematizar que o valor d que anula a função, isto é, torna T=0
é conhecido como Zero ou Raiz da função.
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
Durante as etapas da resolução do problema, sugere-se que o aluno
seja observado e que o professor faça registro dos seguintes aspectos:
Nome do aluno Envolvimento e
cooperação
durante os
trabalhos em
grupo
Participação na
elaboração das
estratégias para
resolução do
problema
Participação na
plenária
Figura 8: Ficha de registros
Fonte: Adriana Chinotti Aguiar
Para cada um dos aspectos pode-se atribuir, conforme o caso, as
abreviações:
E: excelente
S: satisfatório
I: Insatisfatório
Ainda, ao final da resolução do problema, depois da formalização dos
conteúdos, poderá ser solicitado que os alunos, individualmente, respondam às
questões propostas na autoavaliação a seguir.
NOME: _______________________________________ DATA___/___/____
Leia com atenção e responda às questões desta autoavaliação. Se necessário
use o verso desta folha.
1) Sobre minha participação durante a realização das tarefas posso dizer
que:
2) Dentre os conteúdos formalizados posso dizer que compreendi os
conceitos sobre:
3) Dentre os conteúdos formalizados posso dizer que não compreendi os
conceitos sobre:
4) Sobre as aulas ministradas utilizando essa metodologia posso dizer
que:
Figura 9: Ficha de autoavaliação
Fonte: Adriana Chinotti Aguiar
4 CONTEÚDOS DE ESTUDO
No problema apresentado serão abordados alguns conceitos pertinentes
ao Conteúdo Estruturante: Funções. Durante o desenvolvimento dos
procedimentos de trabalho para o problema, haverá um detalhamento dos
conteúdos específicos abordados.
5 ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES DE USO
Orientamos que os professores desenvolvam as tarefas na perspectiva
de Resolução de Problemas apresentada na introdução do material. Ao
trabalhar o problema, nessa perspectiva, já elencamos possíveis
encaminhamentos e a formalização do conteúdo abordado.
6 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
Pretende-se avaliar esta Produção Didático-pedagógica durante o
desenvolvimento das tarefas em sala de aula. O professor terá um diário de
classe onde registrará:
se os objetivos estabelecidos para o problema aplicado foram
cumpridos;
se o encaminhamento estabelecido para o problema aplicado foi
realizado conforme o previsto;
se o problema aplicado atendeu ao objetivo de atrair os estudantes para
o estudo do conteúdo;
os fatos relevantes que dificultaram o êxito na utilização da presente
proposta;
os fatos relevantes que contribuíram para o êxito na utilização da
presente proposta;
os aprimoramentos necessários.
7 INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
ALLEVATO, N. S. G; ONUCHIC, L. R. Ensinando Matemática na sala de aula através da Resolução de Problemas. Boletim GEPEM, n.55, 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília. MEC/SEMTEC, 1999. ___________PCN+ Ensino Médio - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília. MEC, SEMTEC,2002. NOBRE, Carlos A. Mudanças climáticas globais e o Brasil: por que devemos nos preocupar. Revista Plenarium, v. 5, n.5, p.12 – 20, out., 2008. ONUCHIC, L. R. Ensino-Aprendizagem de Matemática através da Resolução de Problemas. In: BICUDO, M. A. V.(org.). Pesquisa em Educação Matemática. São Paulo: Editora UNESP, 1999. cap.12, p. 199-220.
ONUCHIC, L R.; ALLEVATO, N. S. G. Novas reflexões sobre o ensino aprendizagem de matemática através da resolução de problemas. In: BICUDO, M. A. V.; BORBA, M. C. (orgs). Educação Matemática - pesquisa em movimento. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005. p. 213-231. PARANA. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008.