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GOVERNO DO RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS – SEMARH PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E CONVIVÊNCIA COM O SEMI-ÁRIDO POTIGUAR CONSULTORIA PARA REALIZAÇÃO DOS ESTUDOS DE ESTRATÉGIA INSTITUCIONAL E PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL DO SISTEMA GESTOR SEMARH-IGARN E DE ATUALIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO ARCABOUÇO LEGAL PARA A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DE GESTORES E SERVIDORES DO SISTEMA HÍDRICO DO RIO GRANDE DO NORTE ACORDO DE EMPRÉSTIMO BANCO MUNDIAL ENGENHARIA CONSULTIVA S/S. ibi ibi RELATÓRIO R-9 RELATÓRIO R-9 PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DE GESTORES E SERVIDORES DO SISTEMA HÍDRICO DO RIO GRANDE DO NORTE

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GOVERNO DO RIO GRANDE DO NORTESECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOSHÍDRICOS – SEMARH

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELE CONVIVÊNCIA COM O SEMI-ÁRIDO POTIGUAR

CONSULTORIA PARA REALIZAÇÃODOS ESTUDOS DE ESTRATÉGIAINSTITUCIONAL E PLANEJAMENTOORGANIZACIONAL DO SISTEMAGESTOR SEMARH-IGARN E DEATUALIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO DOARCABOUÇO LEGAL PARA AGESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOSDO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO ETREINAMENTO DE GESTORES ESERVIDORES DO SISTEMA HÍDRICODO RIO GRANDE DO NORTE

ACORDO DE EMPRÉSTIMO BANCO MUNDIAL

ENGENHARIACONSULTIVA S/S.

ibiibi

RELATÓRIO R-9RELATÓRIO R-9

PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO ETREINAMENTO DE GESTORES ESERVIDORES DO SISTEMA HÍDRICODO RIO GRANDE DO NORTE

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GOVERNO DO RIO GRANDE DO NORTE

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS – SEMARH

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E

CONVIVÊNCIA COM O SEMI-ÁRIDO POTIGUAR

Acordo de Empréstimo

Banco Mundial

CONSULTORIA PARA REALIZAÇÃO DOS ESTUDOS DE ESTRATÉG IA INSTITUCIONAL E PLANEJAMENTO ORGANIZACIONAL DO SIST EMA GESTOR SEMARH-IGARN E DE ATUALIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO ARCABOUÇO LEGAL PARA A GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

DO RIO GRANDE DO NORTE

RELATÓRIO R-9 – PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO E

TREINAMENTO DE GESTORES E SERVIDORES DO SISTEMA HÍDRICO DO RIO GRANDE DO NORTE

DEZEMBRO/2009

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1

APRESENTAÇÃO

A questão das águas no Nordeste brasileiro tem conotações diversas. Variando desde a mística

interpretação dos fenômenos climáticos, aos apelos e usos políticos indevidos da situação geo-

social do semi-árido, até o advento dos estudos hídricos. A seca, especialmente entendida por

muitas gerações de sertanejos como arbítrio divino, passou a receber tratamento científico quando

a engenharia hidráulica adquiriu o reconhecimento como ciência moderna, tendo sido seus

estudos mais estimulados a partir da criação da Secretaria dos Recursos Hídricos no Ceará, em

1987. Coube ao Engenheiro Hypérides Macedo estruturar esta secretaria e definir o rol de

atividades orientadas para tratar, com o apoio dessa ciência, uma questão crucial para o povo

nordestino. A Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará tornou-se, dessa forma, incentivadora e

propagadora dessa base conceitual capaz de oferecer um suporte técnico adequado ao

desenvolvimento de uma política de águas compatível com o padrão de conhecimentos

tecnológicos do nosso tempo.

A natureza dos solos e do clima do Nordeste brasileiro demanda uma abordagem científica para

reorientar a questão das águas, a gestão de seus mananciais, o controle do seu uso e

preservação. É necessário promover uma circulação ampla de saberes que permitam aos

gestores e servidores do setor hídrico, bem como aos usuários do sistema, um comportamento

ecológico adequado aos preceitos ambientais e, compatível com a atual política de recursos

hídricos. Nesse sentido, a lei que regulamenta o setor aqüífero no Brasil necessita de maior

divulgação e do (re)conhecimento da sociedade civil, como instrumento de garantia do

desenvolvimento regional e até mesmo da sobrevivência saudável para as populações urbanas ou

rurais.

No Ceará foi preciso então que se criasse um corpo técnico de alto nível para gerenciar essa

delicada questão, cuja dimensão abrange um tempo infinito. Para que as gerações vindouras

possam encontrar, no rastro da atualidade, uma situação controlada e eficiente, como legado que

esse empreendimento seja capaz de deixar para o futuro. Agora, esse produto da evolução da

ciência hídrica pode servir de base e suporte para que o vizinho Estado do Rio Grande do Norte

fundamente sua política de águas.

O ponto focal desse Relatório (R9) será propor a criação um Centro de Excelência para a

qualificação e capacitação dos gestores e servidores do sistema hídrico do Rio Grande do Norte,

estendendo essa ação às comunidades de usuários de água. Nessa tarefa propõe-se articular

parcerias com as instituições de ensino superior e tecnológico, promovendo a integração da

Secretaria dos Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte com as Universidades públicas e

privadas do Estado, com o mundo empresarial e outros setores do governo, da sociedade civil, de

forma a ampliar ao máximo o leque de parceiros e partícipes do programa de execução da política

de águas no Estado.

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Para atender a esta finalidade o presente Relatório (R9) está estruturado em quatro partes. Cada

uma dessas partes contém um conjunto de conceitos, propostas e estudos do contexto do sistema

SEMARH/IGARN. Propõe os passos metodológicos organizados para possibilitar a realização e

acompanhamento do Programa de Capacitação de Gestores e Servidores do sistema hídrico

gerido pela SEMARH/IGARN, previsto para o período de 2010 a 2014. Compõe-se, portanto, das

seguintes partes:

− 1ª Parte – Uma caracterização da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos

Hídricos – SEMARH; uma descrição da situação da formação de recursos humanos em

recursos hídricos no sistema SEMARH/IGARN; um quadro detalhado da qualificação dos

gestores e servidores da SEMARH/IGARN nos postos de trabalho e funções específicas,

visando situar a extensão da capacitação em sintonia com as reais necessidades da gestão do

sistema hídrico.

− 2ª Parte – Nessa parte está constituída uma proposta metodológica para a capacitação em

todas as suas etapas; apresenta-se uma proposta de concepção para a criação do Centro de

Excelência em recursos hídricos; faz-se uma caracterização desse Centro e apontam-se os

rumos que ele deve seguir no sentido de tornar-se pólo de convergência da formação de

recursos humanos especializados na área da ciência hídrica no Rio Grande do Norte;

acrescenta-se um quadro das instituições locais, nacionais ou internacionais que venham a ser

parceiras da SEMARH/IGARN, nessa missão formadora de seus quadros; estão ainda traçadas

as principais estratégias a serem seguidas, guiando os passos da formação profissional no

Estado, no setor de recursos hídricos.

− 3ª Parte – Esta parte se destina a descrever e detalhar as propostas dos programas de

capacitação dos quadros do sistema SEMARH/IGARN. Apresenta-se uma concepção geral do

programa e um detalhamento de cada um dos programas e projetos específicos, reunidos

numa proposta ampla de formação profissional, em curto, médio e longo prazo. Contém ainda,

os programas de capacitação das entidades vinculadas à SEMARH, um programa para a

criação do Comitê Permanente, um programa de visitas técnicas e intercâmbio internacional

além do programa de acompanhamento e avaliação que assegura a visibilidade das ações,

possibilita a correção de rotas em tempo hábil e oferece condições de atualização permanente.

− 4ª Parte – A quarta parte reúne dois conjuntos de documentos, a saber:

� Os instrumentos operacionais do programa, tais como o cronograma de ação com previsão

de todas as etapas relacionadas aos cursos, oficinas, workshops e outras atividades

projetadas para esse objetivo e um orçamento;

� As conclusões e recomendações deste Relatório, os anexos e uma breve indicação de

fontes bibliográficas consultadas na produção desse programa de capacitação.

Com esses elementos aqui reunidos, está composto o Relatório – R9 que a IBI apresenta à

consideração da SEMARH/IGARN.

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 11

2 - A SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS R ECURSOS HÍDRICOS DO RIO

GRANDE DO NORTE – SEMARH .......................... .............................................................................. 13

2.1 - ESTRUTURA ............................................................................................................................ 13

3 - A SITUAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS EM RECURSOS HÍD RICOS NO RIO GRANDE

DO NORTE ............................................................................................................................................. 19

4 - A FORMAÇÃO DOS QUADROS DE GESTORES E SERVIDORES DO SISTEMA DE

RECURSOS HÍDRICOS NA SEMARH........................ .......................................................................... 21

4.1 - ESTRUTURA DE PESSOAL .................................................................................................... 21

4.1.1 - Estrutura de Pessoal para SEMARH/IGARN .... ....................................................... 21

4.2 - QUANTITATIVO DE PROFISSIONAIS .................................................................................... 22

5 - METODOLOGIA ................................... ............................................................................................ 31

5.1 - CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO

EM RECURSOS HÍDRICOS NO RIO GRANDE DO NORTE ................................................ 31

6 - CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO DE EXCELÊNCIA EM RECUR SOS HÍDRICOS .................... 33

6.1 - OBJETIVO GERAL ................................................................................................................... 34

6.2 - OBJETIVOS ESPECIFICOS ..................................................................................................... 34

7 - BASE INSTITUCIONAL ............................ ....................................................................................... 35

8 - DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS ...................... ................................................................................. 37

9 - PROGRAMAS INTEGRADOS DO CENTRO DE EXCELÊNCIA .. .................................................. 39

10 - PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS .... .................................................... 41

10.1 - JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 41

10.2 - OBJETIVO GERAL ................................................................................................................. 41

10.3 - OBJETIVOS ESPECIFICOS................................................................................................... 42

11 - ESTRATÉGIAS .................................. ............................................................................................. 43

12 - PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA .............. ................................................................ 45

12.1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 45

12.2 - JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 45

12.3 - OBJETIVO GERAL ................................................................................................................. 47

12.4 - OBJETIVOS ESPECIFÍCOS................................................................................................... 47

12.5 - ESTRATÉGIAS ....................................................................................................................... 48

13 - PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES E SERVIDOR ES DA SEMARH/IGARN ...... 51

13.1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 51

13.2 - JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 52

13.3 - OBJETIVO GERAL ................................................................................................................. 54

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13.4 - OBJETIVOS ESPECIFICOS................................................................................................... 54

13.5 - ESTRATÉGIAS ....................................................................................................................... 55

13.6 - NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO ................................................................................................... 56

14 - PROGRAMA DE AÇÃO IMEDIATA PAI (2010 – 2014) .. .............................................................. 59

14.1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 59

14.2 - JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 59

15 - PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE TECNÓLOGOS: EM CURT O, MÉDIO E LONGO

PRAZOS ................................................................................................................................................. 61

15.1 - CURSOS DE CURTO PRAZO ............................................................................................... 61

15.2 - CURSOS DE MÉDIO PRAZO ................................................................................................ 61

15.3 - CURSOS DE LONGO PRAZO ............................................................................................... 62

15.4 - GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS .......................................................................... 62

15.5 - PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS ................................................................. 62

16 - VISITAS TÉCNICAS E INTERCÂMBIO ............... .......................................................................... 63

16.1 - VISITAS TÉCNICAS ÀS UNIVERSIDADES DA FRANÇA, ALEMANHA E PORTUGAL ...... 63

17 - CRIAÇÃO DE UM COMITÊ PERMANENTE .............. ................................................................... 65

17.1 - OBJETIVOS ............................................................................................................................ 65

18 - PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ....... ...................................................... 67

18.1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 67

18.2 - OBJETIVO GERAL ................................................................................................................. 67

18.3 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................................... 67

18.4 - JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 68

18.5 - ESTRATÉGIAS ....................................................................................................................... 68

19 - CRONOGRAMA ................................... .......................................................................................... 71

19.1 - CRONOGRAMA (PERÍODO 2010 – 2014) ............................................................................ 71

20 - ORÇAMENTO ................................................................................................................................. 73

21 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................... ..................................................................... 75

22 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................... ........................................................................... 79

ANEXOS

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LISTA DE QUADROS

Quadro 4.1 – Cargos Comissionados – SEMARH/IGARN (Alternativa 1)............................................ 21

Quadro 4.2 – Cargos Comissionados – SEMARH/IGARN (Alternativa 2)............................................ 21

Quadro 4.3 – Quantitativo de Profissionais – SEMARH/IGARN (Alternativa 1) ................................... 22

Quadro 4.4 – Quantitativo de Profissionais – SEMARH/IGARN (Alternativa 2) ................................... 23

Quadro 4.5 – Estrutura Organizacional x Cargos Efetivos SEMARH/IGARN (Alternativa 1) ............... 24

Quadro 4.6 – Estrutura Organizacional x Cargos Efetivos – SEMARH/IGARN (Alternativa 2) ............ 25

Quadro 4.7 – Remuneração de Cargos Comissionados – SEMARH/IGARN (Alternativa 1) ............... 27

Quadro 4.8 – Remuneração de Cargos Comissionados – SEMARH/IGARN (Alternativa 2) ............... 27

Quadro 4.9 – Remuneração de Cargos Efetivos – SEMARH/IGARN (Situação Razoável)................. 28

Quadro 4.10 – Remuneração de Cargos Efetivos – SEMARH/IGARN (Situação Mínima) .................. 28

Quadro 20.1 - Estimativa Orçamentária para o Quinquênio (2010-2014) ............................................ 74

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 – Modelagem Básica da SEMARH ....................................................................................................... 14

Figura 2.2 - Organização da Estrutura da SEMARH (Alternativa 1) ...................................................................... 15

Figura 2.3 - Organização da Estrutura da SEMARH (Alternativa 2) ...................................................................... 15

Figura 2.4 - Organização da Estrutura do IGARN.................................................................................................. 16

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1 - INTRODUÇÃO

“A água é o principal elemento do equilíbrio da natureza.

Os povos primitivos tratavam a água como um ser vivo e até

imaginavam que as divindades moravam nas nascentes dos rios.

Ela é também a fonte da renovação natural, pois ao umedecer

o solo possibilita o renascer da vida vegetal.

Propiciando a produção de alimentos (...)

constitui, ainda, a base da preservação da vida humana.

Como um bem público, a água deve ser protegida pelo Estado,

preservada pelo homem e administrada democraticamente

pela sociedade com disciplina e garantia necessárias

à conservação da própria vida na terra.”

Hypérides Pereira de Macedo

O Estado do Rio Grande do Norte compõe o Polígono das Secas, fazendo parte do semi-árido

nordestino. É de domínio público o enfrentamento periódico das secas, nessa região brasileira.

A história do Brasil registra em 1904 o início de uma ação do poder público, orientada para essa

questão, por iniciativa do Presidente Rodrigues Alves. Na época foram formadas comissões para

estudar o assunto, sendo criado em 1909, o IOCS (Inspetoria de Obras Contra a Seca), órgão

precursor do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca). Em razão de ser o Ceará

o cerne do semi-árido nordestino este órgão teve sua sede instalada em Fortaleza.

Essa entidade trouxe em seus objetivos e idéia de realizar ações “contra as secas”; “combater as

secas”. Esse modo de entender a questão, ao longo de muitas décadas, revelou-se ineficaz. Em

recente pronunciamento o Presidente Lula comparou essa forma de entendimento da questão com

a atitude política de outros governos, em outros países que também enfrentam situações

climáticas anormais, ocasionalmente, as quais demandam soluções políticas. Citou o Caso do

Canadá e alertou para o modo de abordagem do problema das nevascas naquele país. Não se

“combate a neve” no Canadá, mas aprende-se a conviver com o problema. Criam-se mecanismos

de superação e alternativas de convivência, dado que é um fenômeno natural sazonal.

Esse é o propósito e o escopo desse Programa de Criação do Centro de Excelência em Recursos

Hídricos do Rio Grande do Norte. Formar gestores e servidores capazes de compreender a

questão da água em suas múltiplas facetas, desde a captação, à adução, conservação e uso

compatível com as exigências ambientais da atualidade. Capacitar para a criação de mecanismos

eficazes para minimizar os problemas e maximizar a capacidade de aprender a gerenciar

corretamente o uso e preservação da água, numa região como o Nordeste brasileiro.

Nas primeiras décadas do século XX essa função foi exercida por órgãos e entidades federais. Na

segunda metade do mesmo século começaram a surgir núcleos de reflexão regionais com

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tentativas de encontrar as soluções. Nos anos 1970 o Ceará, através da UFC (Universidade

Federal do Ceará) inicia uma época de aprofundamento de estudos sobre recursos hídricos, numa

preparação para a evolução que se daria na década seguinte, com a criação da Secretaria dos

Recursos Hídricos1.

A partir de então a natureza do semi-árido e suas características particulares começam a ser

analisadas na perspectiva da ciência hídrica, que reúne em seu escopo as áreas e sub-áreas de

conhecimento correlatas. Com essa articulação de saberes tornou-se possível desenvolver um

acervo técnico científico sobre recursos hídricos que vem assegurando a possibilidade de produzir

programas de desenvolvimento sustentável para a região. Pela via da formação e capacitação de

quadros gestores podem-se preparar esses quadros funcionais para desenvolver a política de

águas, de modo a assegurar que o know how técnico-científico atual dos recursos hídricos

contribua para amenizar as crises do semi-árido nordestino. O DNOCS faz parte desse contexto

de capacitação e, ao longo da história, foi esta instituição que deu suporte ao Nordeste para

formar seus quadros especializados em estudos hídricos. A partir de seu corolário de ações a

hidrologia toma forma de tema significante no Nordeste e os estudos nessa área começam a se

estruturar, até chegarem a ser o que são hoje. Dali surgiram as idéias que animam muitas das ex-

pressões regionais, especializada em recursos hídricos. Essa nova visão do Nordeste e as novas

metodologias de enfrentamento da questão das águas permitem criar programas de ação para o

desenvolvimento, produzindo uma independência da emergência das chuvas.

A ciência hídrica vem, pois, contribuir para modificar a face do Nordeste e do Rio Grande do Norte,

pela capacitação dos gestores e servidores, com elementos para uma compreensão melhor da

política das águas. Através dessa formação a gestão das águas pode se tornar mais eficiente e

efetiva, para superar a sazonalidade das chuvas, criando instrumentos legais e regulamentares

para os reservatórios das águas, modificando concepções e condutas para a reserva e uso da

água no Estado.

Uma cultura da água vem se formando e consolidando, nos seus mais diversos aspectos:

técnicos, científicos, profissionais, informais e até folclóricos. A água, como recurso natural,

constitui hoje um tema de estudos, pesquisas e faz parte do planejamento estratégico dos

governos no Nordeste brasileiro. A geração e transmissão de conhecimento científico desse tema

possibilitará que se desenvolvam progressivas tecnologias apropriadas à Região Nordeste e ao

semi-árido. Com esses instrumentos tecnológicos o Governo do Rio Grande do Norte assinala um

marco imponderável na realidade regional, contribuindo para conter o desperdício hidroambiental.

Colabora ainda para a socialização das novas concepções sobre a relação – usuário/água – co-

responsabilizando o cidadão, o qual, reconhecendo a água como um bem público, tornar-se-á seu

defensor.

Com a disseminação desses aportes a água passa a ser tratada como parte essencial das

riquezas naturais, como bem público de valor econômico, necessário ao desenvolvimento e à vida.

1 1 - Nas páginas 7 a 9 da Introdução do Relatório de Insumos (R2) pode-se acompanhar a evolução histórica desses órgãos e instituições.

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13

2 - A SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS R ECURSOS HÍDRICOS DO RIO GRANDE DO NORTE – SEMARH

2.1 - ESTRUTURA

A criação das Secretarias de Recursos Hídricos nos Estados do Nordeste brasileiro constitui um

marco histórico para o desenvolvimento sustentável da região. Essa inovação técnico-

administrativa do setor dos recursos hídricos, inicialmente, experimentada no Estado do Ceará,

desde 1987, representou a possibilidade de construir um acervo de conhecimento técnico-

científico altamente especializado e um know how técnico essencial para a convivência com as

instabilidades climático-pluviométricas que caracterizam o Nordeste do Brasil. O semi-árido

brasileiro sofre com as secas ocasionais que provocam o esgotamento de reservas hídricas

essenciais para a agricultura, a pecuária e a vida humana.

O Estado do Rio Grande do Norte modificou a estrutura da sua Secretaria dos Recursos Hídricos,

transformando-a na atual SEMARH, pela incorporação da questão do meio ambiente, em 31 de

janeiro de 2007, com o objetivo de integrar a política de gestão das águas à política de meio

ambiente. Criou também um Instituto de Gestão das Águas – IGARN que compõe o sistema de

gestão dos recursos hídricos, ao qual atribui a função de gerenciar todos os eventos relacionados

ao uso da água. Dessa forma o sistema – SEMARH/IGARN tornou-se responsável pela política da

água no estado. Esse sistema deve tornar-se capaz de traduzir, na prática, a política de gestão

das águas, na dimensão estadual e nacional. Objetiva ainda elevar o patamar do desenvolvimento

do estado como resultado da gestão eficiente do uso das águas.

Para melhor desenvolver sua missão institucional e atender aos objetivos da política de águas, em

consonância com a legislação federal em vigor, estruturou o sistema SEMARH/IGARN,

inicialmente, conforme Organograma abaixo:

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14

Figura 2.1 – Modelagem Básica da SEMARH

No entanto, o modelo carece de ajustes e atualizações. Dado que a realidade se transforma,

incorporando novas demandas e impondo ações baseadas no trato científico da questão hídrica.

Assim, faz-se necessário orientar a conformação dos órgãos de gestão conforme as tendências

tecnológicas que pressupõem uma gestão pautada nessa nova visão dos recursos hídricos.

No sentido de consolidar um corpo técnico compatível com as inovações tecnológicas da

atualidade o sistema SEMARH/IGARN assume a necessidade de provocar mudanças em sua

estrutura administrativa, reorganizando, conforme mostra o quadro a seguir, os diversos setores

que compõem a instituição. Desse modo, verifica-se a criação de um organograma fluído, com

mais capacidade de fazer transitar os processos técnicos e burocráticos entre os setores e

hierarquias do sistema.

Nessa nova proposta percebem-se que as Coordenações e Sub-coordenações estão em

articulação direta, construindo uma via subliminar de fluxo da gestão. Essa organização atribui

visibilidade às hierarquias necessárias ao desenvolvimento do serviço público, de tal forma que as

ações podem ser facilitadas.

A sequência horizontalizada das coordenações também apresenta uma lógica imanente: a

primeira coordenação – infraestrutura (COINFRO) é seguida da coordenação de gestão das águas

(COGERH), da hidrogeologia (COHIDRO) e da coordenação de articulação HIDROAMBIENTAL.

Dessas instâncias emanam os fluxos de informações e ações, orientando todos os processos de

trabalho. Da estrutura do Gabinete nasce uma conexão com os demais serviços da

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SEMARH/IGARN, de modo que não haja obstáculos administrativos entre os diversos setores. Às

coordenações, a quem cabe desenvolver as ações práticas, técnicas e tácitas da gestão das

águas, foi atribuído nesse modelo, um caráter mais sistêmico, facilitando suas ações.

Sendo esta a proposta de organização da estrutura da SEMARH, faz-se necessário observar os

diversos níveis de ação que se articulam como - Gabinete, Execução Programática e Execução

Instrumental, conforme Organogramas abaixo:

SEM

AR

H

Alternativa 1

Secretário de Estado

Secretário Adjunto

Assessoria JurídicaGabinete do Secretário

Assessoria TécnicaAssessoria de Imprensa

Comissão Permanentede Licitação

Execução Instrumental

Coordenadoria de Gestão

Coordenadoria de Infra-estrutura

Hidráulica

Coordenadoria de Hidrogeologia

Coordenadoria de Saneamento

Coordenadoria de Meio Ambiente

Subcoordenadoria dos Instrumentos de Gestão

Subcoordenadoria de Saneamento

Subcoordenadoria de Informação e Apoio

Técnico à Participação Social

Subcoordenadoria de Análise e Formulação de Projetos e Obras

Subcoordenadoria dos Execução e

Acompanhamento de Obras

Subcoordenadoria de Locação e Perfuração

de Poços

Subcoordenadoria de Operação e Manutenção

de Poços Subcoordenadoria de Gestão de SAA Rural

Subcoordenadoria de Monitoramento

Ambiental

Subcoordenadoria de Mudanças Climáticas

e Combate à Desertificação

Sub-Secretário de Meio Ambiente

Sub-Secretário de Recursos Hídricos

Coordenadoria de Administração Geral

Coordenadoria de Finanças e ProgramaçãoOrçamentária

Subcoordenadoria de Programação

e Orçamento

Subcoordenadoria de Controle de Contratos,

Convênios e Contas

Subcoordenadoria de Recursos Humanos

Subcoordenadoria de Patrimônio e

Serviços Gerais

Execução Programática

Coordenadoria de Planejamento

e Estudos

Subcoordenadoria de Informática

Figura 2.2 - Organização da Estrutura da SEMARH (Al ternativa 1)

SEM

AR

H

Secretário de Estado

Secretário Adjunto

Assessoria Jurídica Gabinete do Secretário

Assessoria Técnica Assessoria de Imprensa

Comissão Permanentede Licitação

Assessoria de InformáticaExecução Programática

Coordenadoria de Planejamento e Gestão

Subcoordenadoria de Planejamento

Subcoordenadoria dosInstrumentos de Gestão

Subcoordenadoria de Informação e Apoio

Técnico à ParticipaçãoSocial

Execução Instrumental

Coordenadoria de Infraestrutura Hidráulica

Subcoord. de Análise e Formulação de Projetos

e Obras

Subcoord. de Execução e Acompanhamento de Obras

Subcoord. de Locaçãoe Perfuração

Coordenadoria de Meio Ambiente e

Saneamento

Subcoord. de Saneamento eAbastecimento D’água Rural

Subcoord. de Monitoramento Ambiental

Subcoord. de MudançasClimáticas e Combate

à Desertificação

Coordenadoria de Administração Geral

Coordenadoria de Finanças e Programação Orçamentária

Subcoord. de Programaçãoe Execução Orçamentária

e Financeira

Subcoord. de Controle de Contratos, Convênios

e Contas

Subcoordenadoria de Recursos Humanos

Subcoordenadoria de Patrimônio e

Serviços Gerais

Subcoord. de Operação eManutenção de Poços

Figura 2.3 - Organização da Estrutura da SEMARH (Al ternativa 2)

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16

Quanto ao Organograma do IGARN, estão previstas igualmente duas instâncias, como se vê

abaixo – uma instância de Execução Programática e outra de Execução Instrumental, que se

acham postas em paralelo, numa ramificação do escalão superior de direção geral, com vistas a

realizar o modelo de gestão participativa proposto pela política estadual de recursos hídricos:

IGA

RN

Diretor Presidente

Assessoria Jurídica Chefe de Gabinete

Assessoria TécnicaAssessoria de Comunicação

Diretoria Administrativae Financeira

Diretoria Técnica

Execução InstrumentalExecução Programática

Coordenadoria dosInstrumentos de Gestãodos Recursos Hídricos

Coordenadoria deEstudos e Normasde Gerenciamento

Subcoord. de Apoio aosCBH, Comissões de

Açudes e Ass. de Usuários de Água

Subcoord. de Estudose Normatização

Coordenadoria deOperação e Manutenção

de Obras Hidráulicas

Subcoord. de Operaçãode Obras Hidráulicas

Subcoord. de Manutençãode Obras Hidráulicas

Subcoord. de Cadastro,Outorga, Licença e

Fiscalização

Subcoord. de Monitoramento

Quali-Quantitativa

Coordenadoria de Finanças

Coordenadoria deAdministração Geral

Subcoordenadoriade Cobrança

Subcoordenadoriade Recursos Humanos

Subcoord. de Execução Financeira e Contábil

Subcoord. de Patrimônio,Serviço e Administração

Gerência doLitoral Leste

Gerência doBaixo Açú

Gerência doSeridó

Gerência doBaixo Apodi

Gerência doAlto Apodi

Figura 2.4 - Organização da Estrutura do IGARN

O modelo institucional adotado pela SEMARH/IGARN se propõe a desenvolver uma gestão

participativa, delegando poderes específicos à cada setor, instância, ou entidade vinculada, de

acordo com a função que lhes é própria. A intenção é promover uma dinâmica interna, gerando

vias de interação para assegurar o fluxo regular de informações e ações. Essa interação pode

identificar as necessidades relacionadas à capacitação.

Conforme a estrutura em vigor atualmente, no topo desse órgão está o Secretário, que trabalha

em articulação direta com o IGARN, a CAERN e o IDEMA, apoiado pelas Assessorias Técnica e

Jurídica e as equipes técnicas especiais do Gabinete. A seguir está o Secretário Adjunto que, por

sua vez, desdobra essa instância gerencial em: COINFRA, que gerencia – SUCEP e SUCOB; a

COHIDRO (Coordenadoria de Hidrogeologia); e COGERH que se articula à SUPLAN e SUCOP.

Com essa estrutura objetiva-se manter articulados e objetivamente definidos em suas funções

todos os setores responsáveis pelo gerenciamento da oferta de água, sua captação, adução e

preservação; ou seja, o gerenciamento operacional, a manutenção de obras hidráulicas, dos

instrumentos de gestão e monitoramento da água do sistema hídrico.

Ao ser consolidada a estrutura do sistema SEMARH o Estado leva em conta, além da dimensão

territorial e da capacidade hídrica em toda a sua extensão, os fatores físicos, legais e políticos que

regulam a gestão das águas. Pela especificidade climática do semi-árido o Rio Grande do Norte

necessita que a SEMARH esteja preparada e capaz de atender a situações emergenciais, tais

como:

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17

i. As secas ocasionais que causam escassez dos recursos hídricos;

ii. Os excedentes hídricos em situações de enchentes e inundações.

O atendimento regular em períodos de normalidade pode ser planejado a médio e longo prazos.

Já o atendimento de situações anormais – escassez ou excesso – exige medidas de relativa

rapidez. No caso de escassez as medidas podem ser tomadas sem a urgência exigida por

situações de cheias ou inundações como aconteceu no primeiro semestre de 2009. Estes

episódios produzem efeitos desastrosos na vida das comunidades envolvidas.

Nas situações apontadas nos itens i) e ii) a responsabilidade da gestão passa a ser compartilhada

pela União, podendo, em alguns casos, envolver parceiros e entidades internacionais com

vocação à filantropia e amparo às populações em situações de calamidade pública.

Em relação à estrutura do Governo do Estado do Rio Grande do Norte a SEMARH/ IGARN

necessita ainda integrar suas ações com as ações das outras instâncias administrativas, vez que

compõe com elas a totalidade do sistema de governo. Representa também uma parcela

importante do sistema de gestão pública como apoio ao desenvolvimento econômico e social,

dependentes ambos, também, de uma boa gestão das águas.

A agricultura, a indústria, a vida doméstica, grande parte do comércio e a própria urbanidade

carecem de um sistema hídrico compatível com o modo de vida atual e o conceito de um

desenvolvimento sustentável, cujo fluxo pode ser assegurado por essa via.

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18

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19

3 - A SITUAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS EM RECURSOS HÍD RICOS NO RIO GRANDE DO NORTE

A especificidade da gestão de Recursos Hídricos num Estado com as características

geoambientais do Rio Grande do Norte demanda que a estrutura esteja organizada em sintonia

com a extensão da responsabilidade dessa gestão. Dessa forma, impõe-se a necessidade de

identificar, em cada setor da estrutura Do sistema SEMARH/ IGARN a compatibilidade entre essa

formação e a natureza da função pública que cada técnico ou gestor desempenha dentro do

sistema de gestão da água.

Dada a amplitude da missão institucional da SEMARH/IGARN e as funções a serem

desempenhadas nos seus diversos setores, faz-se necessário observar com zelosa atenção, a

adequação entre essa formação e as tarefas a serem realizadas em cada posto. Essa observação

abrange, desde o mais alto posto da gestão da secretaria, ao mais remoto dos elos entre os

elementos que ligam o sistema hídrico aos usuários de água. Disso depende o sucesso do

sistema e o desenvolvimento das ações relativas.

Com esse objetivo e, visando à melhoria do sistema de gestão das águas no Rio Grande do Norte,

propõe-se a capacitação desses quadros, conforme detalhamento apresentado no item que trata

dos programas.

Os cursos, oficinas e workshops propostas para essa capacitação foram programados com base

em dois pontos focais, a saber:

− A necessidade diagnosticada na análise dos quadros de Recursos Humanos da

SEMARH/IGARN, em relação à formação e à função de cada gestor e servidor.

− A articulação interinstitucional para o programa de formação ou a identificação de

disponibilidade de cursos nas instituições parceiras, preferencialmente, utilizando o potencial

técnico-pedagógico das Instituições de Ensino Superior – IES locais. Em caso de necessidade

podem ser propostas parcerias com IES de Estados vizinhos, tais como UFC e UECE no

Ceará, que já vem desenvolvendo formação em Recursos Hídricos, ou outras instituições

nacionais ou internacionais.

Outro aspecto desse mesmo objetivo que ratifica a intenção integradora do governo atual ao

integrar, de fato, as diversas secretarias para ampliar as possibilidades de interlocução entre

setores complementares da política de desenvolvimento do Estado, considerando a importância

da gestão dos recursos hídricos. Com essa medida a SEMARH/IGARN poderá encontrar mais

elementos facilitadores para garantir a oferta, o acompanhamento eficiente do sistema hídrico e a

preservação dos reservatórios, de modo a que os usuários sejam melhor atendidos e o

desenvolvimento do Estado seja sustentado na eficiência das ações gerenciais integradoras dos

órgãos e setores dos serviços da administração pública estadual.

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20

A difusão de conhecimentos que se propõe realizar através da capacitação de gestores e

servidores do sistema de recursos hídricos envolve também oferecer oportunidades de

capacitação aos usuários de águas, de tal modo que se construa uma larga rede de circulação de

informações no seio da sociedade, sobre essa delicada questão que é a água – sua captação,

distribuição, preservação e uso consciente.

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21

4 - A FORMAÇÃO DOS QUADROS DE GESTORES E SERVIDORES DO SISTEMA DE RECURSOS HÍDRICOS NA SEMARH

4.1 - ESTRUTURA DE PESSOAL

A estrutura de pessoal a ser apresentada nesse relatório já foi registrada no Relatório R5.

Entretanto, como está previsto também a apresentação dessas informações nesse relatório (R8),

a Consultoria está novamente demonstrando esses quantitativos de Cargos tanto para a SEMARH

como para o IGARN.

Ressalta-se que o quantitativo aqui apresentado trata da situação ideal para funcionamento do

sistema SEMARH-IGARN, contudo será apresentada também uma situação intermediária, para

funcionamento preliminar do sistema.

4.1.1 - Estrutura de Pessoal para SEMARH/IGARN

Visando oferecer uma proposta válida para a consolidação da política de águas no Rio Grande do

Norte, a Consultora apresenta nas figuras abaixo, duas alternativas para serem analisadas e

compatibilizadas com as necessidades do sistema e as condições reais das instituições. Dessa

forma, a Alternativa 1 e a Alternativa 2 apresentam modelos de estrutura para o sistema SEMARH,

como se vê a seguir:

Segue o Quadro 4.1, referente aos cargos comissionados para a estrutura da Alternativa 1 da

SEMARH.

Quadro 4.1 – Cargos Comissionados – SEMARH (Alterna tiva 1)

CARGO COMISSIONADO DA SEMARH QTDE

SECRETÁRIO DE ESTADO 01

SECRETÁRIO ADJUNTO 01

SUBSECRETÁRIO 02

CHEFE DE GABINETE 01

COORDENADOR 07

SUBCOORDENADOR 16

ASSESSOR 04

TOTAL 32

O Quadro 4.2 , refere-se aos cargos comissionados para a estrutura da Alternativa 2 da

SEMARH.

Quadro 4.2 – Cargos Comissionados – SEMARH (Alterna tiva 2)

CARGO COMISSIONADO DA SEMARH QTDE SECRETÁRIO DE ESTADO 01 SECRETÁRIO ADJUNTO 01 CHEFE DE GABINETE 01 COORDENADOR 05 SUBCOORDENADOR 16 ASSESSOR 04 TOTAL 28

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22

4.2 - QUANTITATIVO DE PROFISSIONAIS

A Consultora apresenta aqui uma estimativa de recursos humanos necessários à implantação da

política de águas em consonância com o projeto de gestão dos Recursos Hídricos e Meio

Ambiente do sistema SEMARH-IGARN para o período de 2011 a 2014. O quantitativo de

profissionais com suas respectivas especialidades para atender à estrutura da Alternativa 1

proposta para a SEMARH é apresentado no Quadro 4.3 .

Quadro 4.3 – Quantitativo de Profissionais – SEMARH (Alternativa 1)

CARGOS DA SEMARH QTDE ADVOGADO 05 ADMINISTRADOR 08 ARQUITETO 01 ANALISTA DE SISTEMA 04 ASSISTENTE SOCIAL 02 BIÓLOGO 03 CONTADOR 03 EDUCADOR AMBIENTALISTA 03 ENGENHEIRO AGRÔNOMO 04 ENGENHEIRO AMBIENTALISTA 03 ENGENHEIRO CIVIL 13 ENGENHEIRO FLORESTAL 03 ENGENHEIRO HIDRÓLOGO 04 ENGENHEIRO HIDROGEÓLOGO 06 ENGENHEIRO HIDRÁULICO 05 ENGENHEIRO MECÂNICO 02 ENGENHEIRO SANITARISTA 01 JORNALISTA 02 SECRETÁRIA 03 SOCIÓLOGO 01 TECNÓLOGO 04 TÉCNICO 10 ESTAGIÁRIO (*) 01 PESSOAL DE APOIO (*) 07 TOTAL 98 (*) Ressalta-se que os profissionais classificados como Estagiários e Pessoal de Apoio devem ser profissionais terceirizados, ou seja, não deverá haver previsão desses profissionais no Plano de Cargos e Carreiras da SEMARH.

O quantitativo de profissionais com suas respectivas especialidades para atender a estrutura da

Alternativa 2 proposta para a SEMARH é apresentado no Quadro 4.4 .

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23

Quadro 4.4 – Quantitativo de Profissionais – SEMARH (Alternativa 2)

CARGOS DA SEMARH QTDE

ADVOGADO 02

ADMINISTRADOR 08

ARQUITETO 01

ANALISTA DE SISTEMA 04

ASSISTENTE SOCIAL 02

BIÓLOGO 03

CONTADOR 03

EDUCADOR AMBIENTALISTA 02

ENGENHEIRO AGRÔNOMO 04

ENGENHEIRO AMBIENTALISTA 03

ENGENHEIRO CIVIL 15

ENGENHEIRO FLORESTAL 03

ENGENHEIRO HIDRÓLOGO 04

ENGENHEIRO HIDROGEÓLOGO 07

ENGENHEIRO HIDRÁULICO 05

ENGENHEIRO MECÂNICO 02

JORNALISTA 02

SECRETÁRIA 02

SOCIÓLOGO 03

TECNÓLOGO 04

TÉCNICO 10

ESTAGIÁRIO (*) 01

PESSOAL DE APOIO (*) 05

TOTAL 95 (*) Ressalta-se que os profissionais classificados como, Estagiários e Pessoal de Apoio, devem ser profissionais terceirizados, ou seja, não deverá ter previsão desses profissionais no Plano de Cargos e Carreiras da SEMARH.

A seguir está demonstrada a distribuição dos profissionais em relação à estrutura organizacional

da Alternativa 1 proposta para a SEMARH. Quadro 4.5 . Na Coluna “Qtde” estão informados os

quantitativos para a estrutura proposta, sendo que:

− Coluna Hoje e Coluna Mínimo contem informações fornecidas pela SEMARH;

− Coluna Razoável é a informação da Consultoria que considera informações fornecidas pela

SEMARH.

Essa estimativa que faz parte da Alternativa 1 tem por finalidade preencher de forma racional e

técnica todos os espaços profissionais previstos para o bom desempenho do sistema SEMARH

com vista à realização de seu projeto de gestão das águas.

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24

Quadro 4.5 – Estrutura Organizacional x Cargos Efet ivos SEMARH (Alternativa 1)

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL x CARGOS EFETIVOS – SEMARH QTDE

UNIDADE ADMINISTRATIVA CARGOS EFETIVOS HOJE MÍN. RAZOÁVEL

Gabinete Secretário Secretária 02 03

01 Pessoal de Apoio 02

Secretaria Adjunta Secretária - -

01 Pessoal de Apoio 01

Assessoria Jurídica Advogado 02 03

02 Estagiário 01

Assessoria de Imprensa

Jornalista 02 02

01 Pessoal de Apoio 01

Assessoria Técnica Engenheiro Civil 03 03 03

Comissão Permanente de Licitação Administrador

04 06 03

Engenheiro Civil 02 Pessoal de Apoio 01

Subsecretaria de Recursos Hídricos

Secretária - -

01 Pessoal de Apoio 01

Coordenadoria de Planejamento e

Gestão

Subcoordenadoria de Planejamento

Engenheiro Hidrólogo

- 04

01 Engenheiro Agrônomo 01

Engenheiro Hidrogeólogo 01 Engenheiro Florestal 01

Subcoordenadoria dos Instrumentos de

Gestão

Engenheiro Hidrólogo

- 03

01

Engenheiro Ambientalista 01

Biólogo 01 Subcoordenadoria de Informação e Apoio

Técnico à Participação Social

Sociólogo

- 05

01 Assistente Social 02

Educador Ambientalista 02

Coordenadoria de Infra-estrutura

Hidráulica

Subcoordenadoria de Análise e

Formulação de Projetos e Obras

Engenheiro Civil

03 05

02 Engenheiro Hidráulico 02

Engenheiro Hidrólogo 02

Subcoordenadoria de Execução e

Acompanhamento de Obras

Engenheiro Civil

01 03

02

Engenheiro Hidráulico 02

Coordenadoria de Hidrogeologia

Subcoordenadoria de Locação e Perfuração

Engenheiro Hidrogeólogo - 04

04

Tecnólogo 02

Subcoordenadoria de Operação e

Manutenção de Poços

Engenheiro Hidrogeólogo

- 03

02 Engenheiro Mecânico 01

Tecnólogo 02

Subsecretaria de Meio Ambiente Secretária - -

01 Pessoal de Apoio 01

Coordenadoria de Saneamento

Subcoordenadoria de Saneamento

Engenheiro Sanitarista - 03

01 Engenheiro Civil 01

Educador Ambientalista 01 Subcoordenadoria de Gestão de Sistemas

de Abastecimento D’àgua

Rural

Engenheiro Mecânico

- -

1 Engenheiro Hidráulico 1

Sociólogo 1

Engenheiro Civil 1

Coordenadoria de Meio Ambiente

Subcoordenadoria de Monitoramento

Ambiental

Engenheiro Ambientalista

- 05

02 Engenheiro Agrônomo 01

Biólogo 01 Engenheiro Florestal 01

Subcoordenadoria de Mudanças

Climáticas e Combate à

Engenheiro Agrônomo

- 03

02 Engenheiro Florestal 01

Biólogo 01

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25

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL x CARGOS EFETIVOS – SEMARH QTDE

UNIDADE ADMINISTRATIVA CARGOS EFETIVOS HOJE MÍN. RAZOÁVEL

Desertificação

Coordenadoria de Planejamento e

Finanças

Subcoordenadoria de Programação e Orçamento

Engenheiro Civil

- -

01 Administrador 01

Analista de Sistemas 01 Contador 01 Técnico 02

Coordenadoria de Contratos,

Convênios e Contas

Subcoordenadoria de Contratos, Convênios

e Contas

Administrador

- -

02 Analista de Sistema 01

Contador 02 Técnico 02

Coordenadoria de Administração Geral

Subcoordenadoria de Informática

Analista de Sistemas -

- 02

Técnico 02

Subcoordenadoria de Patrimônio e Serviços

Administrativos

Arquiteto - - 01 Engenheiro Civil 01 Administrador - - 01

Técnico - - 02 Subcoordenadoria de

Recursos Humanos

Administrador - - 01 Sociólogo - - 01 Técnico - - 02

TOTAL 17 55 98

O Quadro 4.6 apresenta a distribuição dos profissionais em relação à estrutura organizacional da

Alternativa 2 proposta para a SEMARH.

Ainda no sentido de propor uma estrutura ágil, fluida e adequada ao modelo de gestão de recursos

hídricos para o Estado do Rio Grande do Norte, são propostos os cargos efetivos para SEMARH,

conforme discriminação exposta a seguir. Assim, a Alternativa 2 prevê a estrutura organizacional

do sistema hidrológico conforme se apresenta a seguir:

Quadro 4.6 – Estrutura Organizacional x Cargos Efet ivos – SEMARH (Alternativa 2)

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL x CARGOS EFETIVOS – SEMARH QTDE

UNIDADE ADMINISTRATIVA CARGO EFETIVOS HOJE MÍN. RAZOÁVEL

Gabinete Secretário Secretária 02 03

01 Pessoal de Apoio 02

Secretaria Adjunta Secretária - -

01 Pessoal de Apoio 01

Assessoria Jurídica Advogado 02 03

02 Estagiário 01

Assessoria de Imprensa Jornalista 02 02

02 Pessoal de Apoio 01

Assessoria Técnica Engenheiro Civil 03 03 03

Comissão Permanente de Licitação Administrador

04 06 03

Engenheiro Civil 02 Pessoal de Apoio 01

Coordenadoria de

Planejamento e Gestão

Subcoordenadoria de Planejamento

Engenheiro Hidrólogo

- 04

01

Engenheiro Agrônomo 01

Engenheiro Hidrogeólogo 01

Engenheiro Florestal 01

Subcoordenadoria Engenheiro - 03 01

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26

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL x CARGOS EFETIVOS – SEMARH QTDE

UNIDADE ADMINISTRATIVA CARGO EFETIVOS HOJE MÍN. RAZOÁVEL

dos Instrumentos de Gestão

Hidrólogo Engenheiro

Ambientalista 01

Biólogo 01 Subcoordenadoria de Apoio Técnico

à Participação Social

Sociólogo -

05

01 Assistente Social 02

Educador Ambientalista 02

Subcoordenadoria de Informação Engenheiro Civil - - 02

Coordenadoria de Infra-estrutura Hidráulica

Subcoordenadoria de Análise e

Formulação de Projetos e Obras

Engenheiro Civil

03 05

02 Engenheiro Hidráulico 02

Engenheiro Hidrólogo 02

Subcoordenadoria de Execução e

Acompanhamento de Obras

Engenheiro Civil

01 03

02

Engenheiro Hidráulico 02

Subcoordenadoria de Locação e

Perfuração

Engenheiro Hidrogeólogo - 04

04

Tecnólogo 02

Subcoordenadoria de Operação e Manutenção de

Poços

Engenheiro Hidrogeólogo

- 03

02 Engenheiro Mecânico 01

Tecnólogo 02

Coordenadoria de Meio

Ambiente e Saneamento

Subcoordenadoria

de Gestão de Sistemas de

Saneamento e Abastecimento D’àgua Rural

Engenheiro Mecânico

-

03

1 Engenheiro Hidráulico 1

Sociólogo 1

Engenheiro Civil 1

Subcoordenadoria de Monitoramento

Ambiental

Engenheiro Ambientalista

- 05

02 Engenheiro Agrônomo 01

Biólogo 01 Engenheiro Florestal 01

Subcoordenadoria De Mudanças Climáticas e Combate à

Desertificação

Engenheiro Agrônomo

- 03

02

Engenheiro Florestal 01

Biólogo 01

Coordenadoria de

Planejamento e Finanças

Subcoordenadoria de Programação e

Orçamento

Engenheiro Civil

- -

01 Administrador 01

Analista de Sistemas 01 Contador 01 Técnico 02

Subcoordenadoria de Contratos, Convênios e

Contas

Administrador

- -

02 Analista de Sistema 01

Contador 02 Engenheiro Civil 01

Técnico 02

Coordenadoria de

Administração Geral

Subcoordenadoria de Informática

Analista de Sistemas - -

02 Técnico 02

Subcoordenadoria

de Patrimônio e Serviços

Administrativos

Arquiteto

- -

01 Engenheiro Civil 01 Administrador 01

Técnico 02

Subcoordenadoria de Recursos

Humanos

Administrador - -

01 Sociólogo 01 Técnico 02

TOTAL 17 55 95

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27

A repercussão financeira da Alternativa 1 referente aos Cargos Comissionados segue abaixo, no

Quadro 4.7

Por se tratar de uma estrutura de pessoal caracterizada por grande variedade de funções e

cargos, se faz necessário propor uma adequação em termos de cargos comissionados criados

para atender à necessidade da gestão. Cada um desses cargos comissionados responde por um

pool de atividades e demanda uma gratificação correspondente à extensão das responsabilidades

a ele inerentes. Dessa forma observe-se o que se propõe na Alternativa 1, na Alternativa 2 e o que

a Consultora considera Situação Razoável ou Mínima. Ver Quadros seguintes (4.7 a 4.10):

Quadro 4.7 – Remuneração de Cargos Comissionados – SEMARH (Alternativa 1)

CARGO COMISSIONADO DA SEMARH QTDE REMUNERAÇÃO

R$ VALOR TOTAL

R$ Secretário de Estado (**) 01 8.525,00 8.525,00

Secretário Adjunto 01 4.750,00(*) 4.750,00 Subsecretário 02 4.750,00(*) 9.500,00

Chefe de Gabinete 01 3.250,00(*) 3.250,00 Coordenador 07 3.250,00(*) 22.750,00

Subcoordenador 16 1.875,00(*) 30.0000,00 Assessor 04 1.875,00(*) 7.500,00

TOTAL 32 86.275,00 (*) Fonte: Lei Complementar nº 319 de 10/01/2006. (**) Fonte: SEMARH, 2009

A repercussão financeira da Alternativa 2, referente aos Cargos Comissionados segue abaixo, no

Quadro 4.8 .

Quadro 4.8 – Remuneração de Cargos Comissionados – SEMARH (Alternativa 2)

CARGO COMISSIONADO DA SEMARH QTDE REMUNERAÇÃO R$

VALOR TOTAL R$

Secretário de Estado (**) 01 8.525,00 8.525,00 Secretário Adjunto 01 4.750,00(*) 4.750,00 Chefe de Gabinete 01 3.250,00(*) 3.250,00

Coordenador 05 3.250,00(*) 16.250,00 Subcoordenador 16 1.875,00(*) 30.000,00

Assessor 04 1.875,00(*) 7.500,00 TOTAL 28 70.275,00

(*) Fonte: Lei Complementar nº 319 de 10/01/2006. (**) Fonte: SEMARH, 2009

Considerando um salário médio de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para cargos de nível superior

completo, de R$ 3.000,00 (dois mil e quinhentos reais) para cargo de nível superior – tecnólogo e

de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para cargo de nível médio, segue abaixo o Quadro 4.9 que

apresenta repercussão financeira referente aos Cargos Efetivos, para as duas alternativas

apresentadas.

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28

Quadro 4.9 – Remuneração de Cargos Efetivos – SEMAR H (Situação Razoável)

ALTERNATIVAS CARGO REMUNERAÇÃO MÉDIA (R$) QTDE VALOR TOTAL

(R$)

01 Nível Superior Completo 5.000,00 76 380.000,00

Nível Superior – Tecnólogo 3.000,00 04 12.000,00 Nível Médio – Técnico 2.000,00 10 20.000,00

TOTAL 412.000,00

02 Nível Superior Completo 5.000,00 75 375.000,00

Nível Superior – Tecnólogo 3.000,00 04 12.000,00 Nível Médio – Técnico 2.000,00 10 20.000,00

TOTAL 407.000,00

A informação sobre a Quantidade Mínima disponibilizada pela SEMARH não está completa, uma

vez que não há coincidência plena entre as alternativas e a situação atual, como se pode observar

nos Quadro 4.5 e Quadro 4.6 . Portanto, a Consultoria considera Quantidade Mínima para efeito

de repercussão financeira o valor 01 (um) para todos os cargos efetivos das propostas e a

respectiva repercussão está demonstrada no Quadro 4.10 .

Quadro 4.10 – Remuneração de Cargos Efetivos – SEMA RH (Situação Mínima)

ALTERNATIVAS CARGO REMUNERAÇÃO MÉDIA (R$) QTDE

VALOR TOTAL (R$)

01

Nível Superior Completo 5.000,00 68 340.000,00

Nível Superior –Tecnólogo 3.000,00 02 6.000,00

Nível Médio – Técnico 2.000,00 05 10.000,00

TOTAL 356.000,00

02

Nível Superior Completo 5.000,00 63 315.000,00

Nível Superior - Tecnólogo 3.000,00 02 6.000,00

Nível Médio - Técnico 2.000,00 05 10.000,00

TOTAL 331.000,00

O Quadro 4.11 que segue, se refere aos cargos comissionados para a estrutura proposta do IGARN.

Quadro 4.11 – Cargos Comissionados - IGARN

CARGO COMISSIONADO QTDE Diretor Presidente 01 Diretor 02 Chefe de Gabinete 01 Coordenador 05 Assessor 03 Subcoordenador 11 Gerente Regional 05

TOTAL 28

O quantitativo de profissionais com suas respectivas especialidades para atender a estrutura

proposta para o IGARN é mostrado no Quadro 4.12 que segue.

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Quadro 4.12 – Quantitativo de Profissionais - IGARN

CARGOS EFETIVOS QTDE Advogado 03 Administrador 13 Analista de Sistemas 03 Arquiteto 01 Agrônomo 04 Assistente Social 07 Biólogo 01 Contador 02 Economista 01 Engenheiro Civil 17 Engenheiro Mecânico 07 Engenheiro Eletricista 03 Engenheiro Químico 01 Geólogo 08 Jornalista 01 Secretária 03 Sociólogo 03 Técnico 13 Tecnólogo 30 Estagiários (*) 02 Pessoal de Apoio (*) 05

TOTAL 128 (*) Ressalta-se que os profissionais classificados como Estagiários e Pessoal de Apoio devem ser profissionais terceirizados, ou seja, não deverá ter previsão desses profissionais no Plano de Cargos e Carreiras do IGARN.

A seguir demonstra-se a distribuição dos profissionais em relação à estrutura organizacional

proposta para o IGARN. Quadro 4.13 .

Quadro 4.13 – Estrutura Organizacional x Cargos Efe tivos – IGARN

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL x CARGOS EFETIVOS – IGARN QUANTIDADE UNIDADE ADMINISTRATIVA Hoje Razoável

Chefe de Gabinete 01 03 Assessoria Técnica 01 01 Assessoria Jurídica 01 04

Assessoria de Imprensa - 02 Diretoria Técnica - 02

Coordenadoria de Instrumentos de

Recursos Hídricos

Subcoordenadoria de Cadastro, Outorga, Licença e Fiscalização 04

15

Subcoordenadoria de Monitoramento Quali-Quantitativa 07

Coordenadoria de Estudos e Normas de

Gerenciamento

Subcoordenadoria de Apoio aos Comitês de B.H., C.A e A.U.A -

11 Subcoordenadoria de Estudos e Normatização 26 Subcoordenadoria do Sistema de Informação 03

Coordenadoria de Operação e Manutenção

de Obras Hídráulicas

Subcoordenadoria de Operação de Obras Hidráulicas 04

05

Subcoordenadoria de Manutenção de Obras Hidráulicas 04

Agência do Alto Apodi - 03 Agência do Baixo Apodi - 03

Agência do Seridó - 03 Agência do Baixo Açú - 03

Agência do Litoral Leste - 03 Diretoria Administrativa e Financeira - 02

Coordenadoria de Finanças

Subcoordenadoria de Cobrança -

10 Subcoordenadoria de Execução Financeira e Contábil 06

Coordenadoria de Administração Geral

Subcoordenadoria de Recursos Humanos ‘-

07 Subcoordenadoria de Patrimônio e Serviços Administrativos 05

TOTAL 11 128

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A repercussão financeira referente aos Cargos Comissionados do IGARN está demonstrada no

Quadro 4.14.

Quadro 4.14 – Remuneração de Cargos Comissionados - IGARN

CARGO COMISSIONADO DO IGARN QTDE REMUNERAÇÃO R$

VALOR TOTAL R$

Diretor Presidente 01 5.000,00 5.000,00 Diretor 02 4.500,00 9.000,00 Chefe de Gabinete 01 3.250,00 3.250,00 Coordenador 05 3.250,00 16.250,00 Assessor 03 3.250,00 9.750,00 Subcoordenador 11 1.875,00 20.625,00 Gerente Regional 05 1.875,00 9.375,00

TOTAL 28 73.250,00 Fonte: Lei Complementar nº 324 de 29/03/2006.

Sobre a repercussão financeira para os Cargos Efetivos do IGARN, a Consultora obedeceu o

mesmo critério definido para a SEMARH, ou seja, considerou um salário médio de R$ 5.000,00

(cinco mil reais) para cargos de nível superior completo, de R$ 3.000,00 (três mil reais) para cargo

de nível superior – tecnólogo e de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para cargo de nível médio. O

Quadro 4.15 apresenta a repercussão financeira referente à remuneração dos Cargos Efetivos

para a Situação Razoável e o Quadro 4.16 para a Situação Mínima. Esse quantitativo

apresentado no Quadro 4.16 não considera os estagiários (02) e pessoal de apoio (05).

Quadro 4.15 – Remuneração de Cargos Efetivos – IGAR N

SITUAÇÃO RAZOÁVEL

ALTERNATIVAS CARGO REMUNERAÇÃO MÉDIA (R$) QTDE

VALOR TOTAL

R$

01

Nível Superior Completo 5.000,00 78 390.000,00

Nível Superior –Tecnólogo 3.000,00 30 90.000,00

Nível Técnico 2.000,00 13 26.000,00

TOTAL 121 506.000,00 (*) Registra-se que na coluna “quantidade”, não estão consideradas as despesas com Pessoal de Apoio e Estagiários.

O critério para definição da Quantidade Mínima de cargos efetivos para o IGARN foi o seguinte:

50% dos valores para os cargos efetivos com proposta superior a 01 (um), mantendo 01 (um) para

os demais. A repercussão financeira está demonstrada no Quadro 4.16 .

Quadro 4.16 – Remuneração de Cargos Efetivos – IGAR N

SITUAÇÃO MÍNIMA

ALTERNATIVAS CARGO REMUNERAÇÃO MÉDIA (R$) QTDE VALOR TOTAL

R$

01

Nível Superior Completo 5.000,00 39 195.000,00

Nível Superior –Tecnólogo 3.000,00 15 45.000,00

Nível Técnico 2.000,00 06 12.000,00

TOTAL 60 252.000,00 (*) Registra-se que na coluna “quantidade”, não estão consideradas as despesas com Pessoal de Apoio e Estagiários.

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5 - METODOLOGIA

5.1 - CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS DE

CAPACITAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS NO RIO GRANDE DO NORTE

Para melhor desempenhar a função organizadora da proposta de Capacitação em Recursos

Hídricos a Consultora estabeleceu os passos metodológicos que serão descritos a seguir. Trata-se

de um conjunto de ações seqüenciadas de modo a permitir que cada etapa constitua um momento

no qual uma parcela do trabalho se realize, criando as condições para a etapa seguinte. Dessa

forma a metodologia se faz através das etapas descritas a seguir:

− ETAPA I – Esta etapa, já realizada no segundo semestre de 2009, constou de visitas técnicas

à SEMARH/IGARN visando entrevistar pessoas em setores essenciais para colher informações

sobre os quadros funcionais, sua formação e adequação entre a formação e a função

desempenhada efetivamente na instituição. Entrevistas, reuniões e coleta de material

informativo e documentação – legislação, documentação e expectativas de capacitação dos

profissionais. Participação em Reuniões Técnicas na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e

dos Recursos Hídricos – SEMARH, como etapa de reconhecimento do contexto, nos dias 23 e

24 de julho, de 2009. Local: Natal-RN.

− ETAPA II – Realização de Workshop para apresentação da proposta e articulação das ações

com colaboradores internos, gestores, servidores e parceiros do Sistema SEMARH/IGARN.

− ETAPA III – Ajustes no Programa de Capacitação incorporando as contribuições emanadas

desse Workshop, bem como atualizando dados e subsídios do corpo de gestores, servidores e

parceiros do sistema – SEMARH/IGARN. Elaboração dos Programas de Capacitação conforme

qualificação abaixo:

� Curto prazo;

� Médio prazo;

� Longo prazo.

− ETAPA IV – Intercâmbio com as Instituições de Ensino Superior – IES – visando o atendimento

das demandas por qualificação nos diversos níveis e áreas específicas de formação de

quadros. O contorno desses quadros definirá os programas e níveis de formação necessários.

− ETAPA V – Criação de um CENTRO DE EXCELÊNCIA EM RECURSOS HÍDRICOS no Rio

Grande do Norte.

− ETAPA VI – Estudo e detalhamento dos quadros funcionais do sistema SEMARH/IGARN,

permitindo visualizar a situação atual dos Recursos Humanos e possibilitando adaptar o

programa às reais necessidades do sistema hídrico do Rio Grande do Norte.

− ETAPA VII - Fazer levantamento detalhado de instituições públicas ou privadas que lidam com

a geração de conhecimento e tecnologias. Realizar a formação de recursos humanos,

transmissão e difusão de informações, no âmbito dos recursos hídricos e de áreas correlatas,

com vistas ao planejamento e gestão integrados.

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− ETAPA VIII - Fazer uma análise prospectiva das necessidades de recursos humanos

especializados em recursos hídricos, a partir de informações e cooperação dos órgãos

governamentais. ONGs, organizações empresarias, associações profissionais e cientificas.

− ETAPA IX - Operacionalização - Definição de prioridades e níveis de qualificação necessários.

Identificação de órgãos responsáveis pela formação de recursos humanos e elaboração de

projetos específicos. Elaboração de um Plano de Ação Imediata, com definição de recursos, de

executores e de prazos. Definição de mecanismos de intercâmbio e estabelecimento de

parcerias nacionais e internacionais.

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6 - CARACTERIZAÇÃO DO CENTRO DE EXCELÊNCIA EM RECUR SOS HÍDRICOS

Este Centro de Excelência constitui-se instrumento essencial para a formação ou especialização

profissional das pessoas envolvidas na realização das ações relacionadas à questão hídrica,

abrangendo vasta gama de áreas e sub-áreas de conhecimento hidrológico. Identifica-se o tópico

hidrologia como fundamental, mas considera-se que nenhuma ciência pode ser tomada como foco

de estudo isoladamente, desde que se insere num conjunto de temas e saberes correlatos ou

complementares.

Dessa forma as áreas a serem contempladas nos programas de capacitação devem abranger

áreas afins, visando ampliar os conhecimentos técnicos ao nível de uma formação efetiva,

contextual e dinâmica. Com esse caráter a formação deve despertar uma nova conduta funcional,

tornando cada gestor, servidor ou parceiro capaz de buscar sua auto-atualização, de forma

permanente. A criação desse Centro atende à necessidade de capacitar os quadros funcionais

que desempenham as tarefas de implantação, acompanhamento e avaliação permanente da nova

política de águas que o Estado do Rio Grande do Norte adota, nesta gestão.

Será uma instituição articulada com outras unidades formadoras, desde sua origem. Entenda-se,

pois, que o pretendido Centro de Excelência não deverá ser constituído por uma instituição

isolada, mas, antes de tudo, por um conjunto de instituições, públicas e privadas, federais,

estaduais e municipais, trabalhando em conjunto, de forma racional e harmônica, obedecendo aos

princípios de:

− Complementaridade;

− Divisão de trabalho;

− Eficiência sinergética;

− Multidisciplinaridade;

− Participação social.

O Rio Grande do Norte constituirá esse “Centro de Excelência” quando:

− Aglutinar uma pirâmide de técnicos em recursos hídricos, formada por pesquisadores,

doutores, mestres, graduados, técnicos de nível médio, nas devidas proporções e distribuídos

nos espaços geográficos de abrangência das bacias hidrográficas;

− Houver articulado uma rede de instituições formadoras desses técnicos, estimulando a

renovação, a inovação e a criatividade, num verdadeiro processo de educação continuada;

− Dispuser de um mecanismo de integração institucional, legitimado pelo governo e pela

sociedade, fruto de negociação e de consenso. Salienta-se que o desenvolvimento de recursos

humanos representa o principal componente da capacitação institucional, indispensável ao

fortalecimento de um sistema integrado de gestão de recursos hídricos no Estado do Rio

Grande do Norte.

Recente artigo da revista Water International (Hamdy, A. AL. Set/98) adverte para a “urgente

necessidade de profissionais adequadamente treinados que possam trabalhar no ambiente

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multisetorial de gestão integrada de recursos hídricos”. Além disso, propõe um rol de atitudes

consideradas indispensáveis, para fazer face aos desafios das próximas décadas:

− Expandir a estrutura e melhorar a qualidade dos cursos profissionais e de pós-graduação;

− Adaptar os currículos à solução dos problemas-chave e tornar mais efetivas as metodologias

de ensino;

− Enfatizar mais o desenvolvimento de habilidades e atitudes inderdisciplinares, com vistas ao

trabalho de equipe e à conjugação de esforços.

Destaca, ainda, a importância do treinamento e do estímulo aos quadros do governo, pois, se “os

incentivos forem inadequados para atrair pessoal de planejamento de alto nível, os países em

desenvolvimento não terão condições para vencer o complexo problema de gestão de recursos

hídricos”.

6.1 - OBJETIVO GERAL

Promover a criação do Centro de Excelência para capacitação em recursos hídricos no Rio

Grande do Norte como um dos instrumentos de suporte ao desenvolvimento sustentável do

Estado.

6.2 - OBJETIVOS ESPECIFICOS

− Estabelecer mecanismos de cooperação entre as instituições que lidam, direta ou

indiretamente, com a formação de recursos humanos na área de recursos hídricos;

− Apoiar estas instituições no atendimento às necessidades atuais e futuras do Estado, na

geração, transmissão e difusão de conhecimento e tecnologias adequadas ao uso racional dos

recursos hídricos.

− Conscientizar e preparar a população para participar do processo de planejamento e gestão

integrada dos recursos hídricos.

− Capacitar a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos - SEMARH, através da

formação de quadros especializados, no planejamento e na gestão de recursos hídricos.

− Apoiar a formação de um Centro de Excelência em Recursos Hídricos no Estado, no âmbito do

conhecimento científico e da pesquisa tecnológica.

− Capacitar o quadro funcional do IGARN.

− Capacitar o quadro funcional do IDEMA.

− Capacitar o quadro funcional da CAERN.

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7 - BASE INSTITUCIONAL

Um centro dessa natureza demanda, essencialmente, parceiros. Como se trata de formar

gestores, servidores e colaboradores do sistema hídrico, identifica-se, em princípio, uma vasta

quantidade de sub-áreas que devem ser consideradas para uma formação integral. A base

institucional dará ao Centro de Excelência o respaldo e o suporte para ampliar suas ações

formadoras. Dessa parceria originam-se os projetos multidisciplinares objetivados no programa de

capacitação, através dos quais a formação técnico-científica se pode efetivar com o padrão de

qualidade que a política de águas ora adotada, requer.

Visando alcançar esse objetivo define-se um conjunto de instituições consideradas essenciais

para o programa. Essas instituições serão parceiras do Programa de Capacitação de Gestores do

sistema hídrico do Rio Grande do Norte. Dessa forma serão atribuídas funções específicas a cada

uma delas, de acordo com sua potencialidade e especialidade. No conjunto das ações essas

parceiras são co-responsáveis pelo sucesso do programa. As instituições básicas que comporão o

Centro de Excelência para Capacitação em Recursos Hídricos, são, inicialmente, as seguintes2:

− Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

− Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN)

− Universidade Potiguar (UnP)

− Faculdade Câmara Cascudo

− Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte (FARN)

− Faculdade de Natal (FALNATAL)

− Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte (FATERN)

− Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FAPERN)

− Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (SECT)

− Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - IFRN

− Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte - IDEMA

− Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH

− Instituto de Gestão da água do Rio Grande do Norte - IGARN

− Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTS)

− EMPARN – Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (meteorologia)

− Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS)

− Órgãos vinculados ao sistema SEMARH/IGARN.

2 A qualquer tempo, havendo necessidade ou oportunidade, outras instituições podem vir a integrar o Centro de Excelência, visando ampliar sua capacidade operacional ou o melhoramento de sua capacidade técnico-científica.

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8 - DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS

− Adotar o princípio da “educação continuada” como forma de preparar as atuais e futuras

gerações para uma gestão moderna e atualizada dos recursos hídricos existentes;

− Fortalecer o sistema de capacitação de recursos humanos da SEMARH/IGARN e das suas

vinculadas;

− Apoiar o desenvolvimento de um Sistema de Informações de Recursos Hídricos, compartilhado

e dinâmico, com adoção de cenários de curto, médio e longo prazos, de modo que propicie

inovações, anteveja transformações e previna eventos adversos;

− Considerar, de forma inseparável, os componentes ambiental, tecnológico e socioeconômico,

em todas as fases do processo de capacitação;

− Sistematizar o uso de mecanismos de cooperação e articulação interinstitucional.

Para a formação do Centro de Excelência, a SEMARH/IGARN deve oferecer apoio ao

fortalecimento e capacitação dos cursos de pós-graduação já existentes no Estado, ou criá-los

quando necessário.

Para que seja efetivado o perfil do Centro de Excelência do Rio Grande do Norte, a

SEMARH/IGARN necessita mapear os cursos oferecidos nas IES locais, até o momento. Esses

cursos de pós-graduação requerem concentrado apoio para que se transformem no Centro de

Excelência, necessário para capacitar os profissionais indispensáveis ao desenvolvimento

sustentável dos recursos hidrográficos do Rio Grande do Norte.

A estratégica básica para que os cursos de pós-graduação se transformem em Centro de

Excelência é o desenvolvimento de PROJETOS DE PESQUISA integrados e interinstitucionais em

recursos hídricos, considerado os componentes ambiental, tecnológico e sócio-econômico Tais

projetos deverão versar sobre os objetivos específicos do Estado, utilizando metodologias

avançadas de pesquisa em nível mundial, e serão executados por estudantes de pós-graduação,

sob orientação de professores experientes. Para que a adoção de novas tecnologias seja sempre

possível com a utilização de técnicas avançadas de pesquisa, serão incentivadas as parcerias,

nacionais e internacionais, mediante o estabelecimento de intercâmbio com centros de pesquisa

de países desenvolvidos.

A SEMARH/IGARN proverá recursos por intermédio da Secretaria de Estado da Ciência e

Tecnologia do Rio Grande do Norte (SECT) e de sua vinculada à Fundação de Apoio à Pesquisa

do Rio Grande do Norte (FAPERN) para o auxilio acadêmico do Centro de Excelência através de

bolsas de estudo de mestrado e de doutorado, bolsas para professor visitante, realização de

eventos científicos, participação em intercâmbio, financiamento de projetos de pesquisa e

desenvolvimento e realização de intercâmbio. Afora isto, a SEMARH deverá despender esforços

no intuito de obter apoio financeiro das agências nacionais financiadoras de P&D (FINEP. CNPq.

CAPES) para a formação e manutenção do Centro de Excelência.

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Na realização dos projetos de P & D, as equipes dos cursos de pós-graduação utilizarão

infraestrutura, hardware, software, bancos de dados, mapas e informações disponíveis na

SEMARH e suas vinculadas, necessárias ao alcance dos objetivos e metas.

As demais instituições envolvidas na temática – UFRN, UERN, UnP, IFRN, CVT, FAPERN, SECT

e empresas privadas participarão do Centro de Excelência como provedoras de profissionais para

capacitação; serão também fornecedoras de dados, de conhecimentos estruturados, de técnicas

pedagógicas avançadas, de sistemas de acompanhamento e avaliação dos processos de

formação e de informações.

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9 - PROGRAMAS INTEGRADOS DO CENTRO DE EXCELÊNCIA

O Centro de Excelência concentra suas ações na formação de servidores e gestores do sistema

hídrico sob responsabilidade do sistema SEMARH/IGARN. Através dessas ações formadoras

trabalha para a geração de conhecimento científico e o desenvolvimento da pesquisa tecnológica

na área de recursos hídricos.

− Programa de Formação em Recursos Hídricos

− Programa de Educação Continuada

− Programa de Capacitação do Sistema SEMARH;

− Programa de Capacitação dos gestores e servidores da SEMARH;

− Programa de Visitas Técnicas/Intercâmbio;

− Programa de Criação do Comitê Permanente;

− Programa de Ação Imediata – PAI;

− Programa de Acompanhamento e Avaliação.

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10 - PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS

10.1 - JUSTIFICATIVA

A sustentabilidade dos recursos hídricos, baseada na gestão integrada destes recursos, depende

fundamentalmente, da disponibilidade de pessoal altamente qualificado, aspecto em que o

Nordeste, como um todo e o Estado do Rio Grande do Norte em particular, ainda são carentes.

Com esse objetivo, é necessário não somente expandir a estrutura existente nas universidades,

mas, também, melhorar a qualidade dos cursos, tanto de pós-graduação como as licenciaturas e

bacharelados, além dos cursos profissionalizantes; ao mesmo tempo, o conteúdo daquilo que é

ensinado – o currículo precisa ser adaptado à solução dos problemas fundamentais.

O topo da pirâmide de técnicos em recursos hídricos constituirá um modelo de gestão das águas

para desenvolver essa tarefa em sintonia com o projeto de desenvolvimento sustentável do Rio

Grande do Norte. Por essa razão, esses postos devem ser ocupados por pesquisadores, doutores,

mestres e graduados com elevada formação profissional. Os profissionais escalados para os

cargos da alta gestão deverão possuir conhecimento cientifico, com domínio da aplicação das

novas tecnologias desenvolvidas mundialmente na solução da problemática hídrica. Com esse

perfil, esses gestores poderão contribuir para resolver efetivamente os problemas relacionados à

questão hídrica no Estado. Já existe uma demanda atual por técnicos desse nível, tanto nas

instituições executoras do Plano Estadual dos Recursos Hídricos como nas empresas de

consultoria. Obviamente, esta demanda tende a ser crescente, a médio e a longo prazos, na

medida em que avançam os estudos hídricos e se desenvolve uma tecnologia cada vez mais

especializada no setor.

Desse modo, é imperiosa a criação do Programa de Capacitação em Recursos Hídricos, através

de diversos mecanismos, entre os quais se destaca a criação de um Centro de Excelência, a

instalação de sistemas de parcerias e convênios de cooperação, ou seja uma política de

articulação da SEMARH/IGARN com as instituições de formação profissional. Esse movimento

articulador e empreendedor visa capacitar pessoal de alto nível em recursos hídricos, no âmbito

do conhecimento cientifico e da tecnológica. Serão estes perfis profissionais que poderão

promover uma completa mudança de concepções e de atitudes, frente a uma questão tão

essencial como a água no Nordeste semi-árido. Tratando-se de tema vital como a água, as

soluções precisam estar alinhadas com o mais alto grau de evolução da ciência e da tecnologia.

10.2 - OBJETIVO GERAL

Articular e estabelecer convênios com instituições formadoras locais, regionais ou nacionais para

melhorar a capacitação de seus quadros no âmbito do conhecimento científico e da pesquisa

tecnológica, visando a formação de profissionais de alto nível para trabalharem no ambiente

profissional da gestão de recursos hídricos.

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10.3 - OBJETIVOS ESPECIFICOS

I - Criar um CENTRO DE EXCELÊNCIA EM RECURSOS HÍDRICOS no Estado do Rio

Grande do Norte;

II - Articular a SEMARH/IGARN com instituições de ensino, bem como ampliar a estrutura e

melhorar a qualidade dos cursos profissionais e de pós-graduação em Recursos Hídricos,

Meio Ambiente e Geografia, quando existentes, ou propor criá-los quando necessário, na

UFRN, UERN, UnP, Escola de Governo e outras;

III - Fazer estudos e pesquisas visando adaptar os currículos à solução de problemas-chave

do Estado, tornando mais efetivas as metodologias de ensino;

IV - Desenvolver projetos de pesquisa científica e tecnológica de forma integrada pa-ra a

sustentabilidade dos programas de recursos hídricos;

V - Formar, em quantidade e qualidade, profissionais de alto nível em gestão inte-grada de

recursos hídricos;

VI - Definir mecanismos de intercâmbio e estabelecimento de parcerias nacionais e

internacionais..

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11 - ESTRATÉGIAS

Os cursos de Recursos Hídricos ofertados pela UFRN, UERN e outras Faculdades deverão

apresentar como contribuição, um projeto para a formação do Centro de Excelência constando de:

expansão da estrutura física (se necessário); melhoria da qualidade; adaptação curricular à

problemática hídrica; projetos de pesquisa propostos; programas de intercâmbio e outros.

Para a formação de profissionais a Secretaria dos Recursos Hídricos deve oferecer apoio ao

fortalecimento e capacitação dos cursos de pós-graduação já existentes nas universidades do

Estado do Rio Grande do Norte.

Uma estratégia básica também será fortalecer os projetos de pesquisa integrados e

interinstitucionais em recursos hídricos considerando os componentes - ambiental, tecnológico, e

sócio-econômico, que deverão versar sobre problemas específicos do estado, utilizando

metodologias avançadas de pesquisa em nível mundial e serão executados por estudantes de

pós- graduação sob orientação de professores experientes. Serão incentivadas as parcerias

nacionais e internacionais mediante o estabelecimento de intercâmbio com centros de pesquisa de

países desenvolvidos.

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12 - PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

12.1 - INTRODUÇÃO

A gestão da água no Rio Grande do Norte vem sendo objeto de preocupação do governo nos

últimos tempos, motivo pelo qual as ações ligadas a esse tema ganham dimensões cada vez mais

amplas, exigindo resposta para vários desafios.

Nessa perspectiva, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos –

SEMARH, expressa seu interesse em novas linhas estratégicas de ação que apontam para: a

formação de gerações futuras com o conhecimento em recursos hídricos; o fortalecimento do

sistema de capacitação da SEMARH/IGARN, promoção de parcerias, visando criar um Centro de

Excelência em Recursos Hídricos para a produção de conhecimentos, em conjunto com

instituições locais, nacionais e internacionais.

O papel de instituições como as Universidades - Estadual e Federal - do Rio Grande do Norte é

vital para esse processo. Nesse rol de instituições de ensino superior se inscrevem ainda as

Faculdades com suas especialidades; os institutos de pesquisa e apoio ao desenvolvimento da

ciência em sintonia com as secretarias de estado de áreas afins contribuem de forma articulada

com empresas públicas e privadas, sensível à necessidade imperiosa de formar esses quadros

para a gestão racional e competente dos recursos hídricos no Rio Grande do Norte. Sendo as

universidades a instância por excelência designada para coordenar e realizar cursos desse nível,

considerando-se sua vocação histórica que é formar recursos humanos necessários para o

desenvolvimento da região, principalmente nesse momento em que o conhecimento é

fundamental para o desenvolvimento sustentável.

Outras instituições de mesma natureza que existam ou tenham ação pedagógica no Estado do Rio

Grande do Norte serão valiosas aliadas na produção do conhecimento e na formação de perfis

profissionais de alto nível. Serão esses profissionais os elos efetivos entre as propostas contidas

no Programa de Capacitação em Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Norte e a

essência da nova política de água, em vigor na atual gestão governamental. Essa política está

estruturada e consolidada pela legislação em vigor no país, pautando-se pelas recomendações

emanadas da Agência Nacional de Águas – ANA e demais instrumentos legais de regulamentação

do uso das águas..

12.2 - JUSTIFICATIVA

E típica de regiões subdesenvolvidas a descontinuidade da formação clássica ou técnico-

profissional dos jovens ante as múltiplas dificuldades no decorrer da vida escolar, levando muitos

a não concluir os estudos iniciados, com sonhos de futuro próximo.

Um dos objetivos dessa rota dos sonhos refere-se à necessidade de trabalhar. Substitui-se a

necessidade de realizar um trabalho qualquer que propicie o mínimo ganho para a sobrevivência

por capacitação para gerar possibilidades de desempenhar um trabalho mais qualificativo e

produtivo. Em virtude dessa realidade, a atual Lei da Educação brasileira faculta a esses cidadãos

o direito de se integrarem no processo do aprendizado da Educação Continuada. A outra categoria

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formada por profissionais absorvidos pelo mercado de trabalho conforme processo anterior ao

desenvolvimento das novas tecnologias da formação de perfis específicos, ou seja, sem as

qualificações essenciais ao desempenho de uma função, quase não tem mais espaço num

mercado de trabalho tão competitivo.

Na sociedade do conhecimento característica do fim do século XX e início do século XXI os

avanços da gestão técnica em todos os setores da vida humana, as qualificações tornam-se mais

definidas e o mercado exige cada vez mais dos profissionais uma prática demonstrada no

desempenho do trabalho, atestando o padrão dessa formação. Dessa forma tornou-se imperioso

na atualidade do mercado de trabalho absorver uma metodologia adequada ao oficio escolhido3.

SCHÖN analisa nesse estudo algumas características de perfis profissionais e sua capacidade de

auto-reflexão. Ou seja, percebe o quanto é essencial desenvolver uma atitude investigativa que

possibilite aprender com a experiência. A reflexão em ação alimenta as aprendizagens e permite

uma auto-atualização de conhecimentos e práticas.

A proposta em pauta visa atender a essas pessoas que necessitam atualizar saberes e inovar

suas práticas com o fruto das aprendizagens. A elas oferecem-se oportunidades de retornar aos

estudos, com melhores condições metodológicas, criando meios para elevar o conhecimento do

que executam, aumentando sua produtividade, adequando-as melhor às inovações da atualidade.

Muitos são os profissionais que não puderam concluir seus estudos, em razão da necessidade de

trabalho. Em muitos desses casos a opção interrompeu sonhos e projetos de formação e melhoria

das condições de vida. Encontram-se, pois, trabalhadores que sofreram esse boicote social em

razão da pobreza ou eventos familiares que os fizeram evadir da escola em graus ou níveis de

estudo elementares. Cursos incompletos, formação deficitária levando à acomodação. Alguns se

incluem na formalidade escolar, enquanto outros são definidos como informais. Os primeiros

buscam a formação escolar tradicional, outros precisam, apenas, melhorar sua formação, se

aperfeiçoar nos métodos exigidos pela racionalidade técnica. Para os primeiros, se lhes oferecem

inúmeras oportunidades, desde a escola média à acadêmica, possibilitando capacidade através de

provas de avaliação e de orientação; para outros, que devem se enquadrar nos cursos informais

programa-se conteúdos diferenciados, de acordo com as exigências da realidade dos novos

conhecimentos técnicos e científicos.

Vivemos uma época em que o conhecimento é progressivamente exigido em qualquer área, dado

que sua substituição ocorre em ritmo bastante acelerado. Tanto nas atividades tradicionais como

nas profissões que surgem a cada dia, induzidas pela aceleração das inovações. Os recursos

naturais, cada vez mais limitados e escassos, exigem tratamentos refinados com as novas

dimensões técnico-científicas. Abrem-se, assim, novas exigências de funções, especialmente no

amplo leque do meio ambiente.

O manejo dos recursos naturais é um desses extensos campos em que poucos são especialistas

e muitos os usuários. Daí o desperdício do precioso líquido, malgrado sua exigüidade nas regiões

3 SCHÖN, D. The Reflective Practitioner: How Professionals Think in Action. London, Temple Smith, 1983

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semi-áridas, como a do território potiguar. A segunda metade do século XX foi marcada pelo

despertar de uma consciência ecológica e pelo estabelecimento de algumas regras de

conservação dos recursos naturais, como requisito indispensável à saúde do planeta. Cada

governo, cada instituição pública que se coloca a serviço de um Estado ou de uma Região, tem o

dever de zelar pelo meio ambiente e preservar as reservas hídricas, dada a sua indispensabilidade

para a vida animal e vegetal. Nesse dever está embutida a necessidade premente de formar

quadros de gestores e servidores das áreas específicas da gestão das águas.

“A gravidade desse problema mundial levou especialistas a formarem uma Comissão da Água

para o século XXI (CME-21), recentemente reunida no Cairo, quando se observou que a falta de

água, e não de terras, deterá o crescimento da produção agrícola nos países em vias de

desenvolvimento nos próximos anos”. Dentro dessa situação critica, encontram-se 500 milhões de

pessoas, em trinta países, conforme noticia a imprensa. A falta de conscientização sobre seu valor

de uso ou de troca é resultante do despreparo da sociedade para identificar a água em sua real

dimensão, reconhecendo a sua própria condição de bem indispensável à vida dos reinos: vegetal

e animal. Se, por hipótese, todos fôssemos especialistas em água, por certo, ao invés de

exigüidade, teríamos abundância.

Um exemplo que pode ser apresentado para ilustrar a questão está contido no Plano de

Desenvolvimento Sustentável do Ceará – 1995/ 1998 enfatizando que “a problemática dos

recursos hídricos no Ceará é uma questão crucial para a superação dos obstáculos ao

desenvolvimento”. Afirma também que “o Ceará ainda não está capacitado para aproveitar a

oportunidades do semi-árido”. Esse é também o caso do vizinho Estado do Rio Grande do Norte.

12.3 - OBJETIVO GERAL

Implantar um conjunto de estratégicas e de projetos de Educação Continuada, para a formação

técnico-profissional dos participantes do Sistema Integrado de Gestão dos Recursos Hídricos do

Estado (SIGERH) e promover mecanismos que levem à conscientização dos usuários de água em

todos os municípios do Rio Grande do Norte.

12.4 - OBJETIVOS ESPECIFÍCOS

− Desenvolver suporte conceitual e tecnológico de programas educativos direcionados para a

formação continuada na área de recursos hídricos e assuntos correlatos;

− Promover atividades, eventos e cursos visando à formação de recursos humanos em diferentes

níveis, que venham atender às necessidades do Sistema de Recursos Hídricos do Estado do

Rio Grande do Norte;

− Sensibilizar as Secretarias da Educação do Estado e dos Municípios do Rio Grande do Norte

para a necessidade de inserir no programa das escolas de ensino fundamental e médio os

temas relacionados aos recursos hídricos, a serem trabalhados como temas transversais;

− Oferecer cursos especiais para técnicos do SIGERH, com a finalidade de capacitá-los e inseri-

los no processo de formação acadêmica;

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− Capacitar pessoas sobre os assuntos relacionados aos recursos hídricos e ao meio ambiente,

com especial atenção aos componentes dos Comitês de Bacias, para serem formadores de

uma cultura da água em todos os municípios do Rio Grande do Norte, com recursos da

Educação à Distância.

12.5 - ESTRATÉGIAS

Em face das urgentes ações a serem desenvolvidas para a preservação dos recursos naturais

limitados, é indispensável à utilização dos meios e instrumentos já existentes, no que se refere à

formação de profissionais e à formação de profissionais e à conscientização coletiva sobre esses

recursos. Para tanto, deve-se oferecer apoio, fortalecer e capacitar esses meios, convocando-os a

desempenhar um papel mais expressivo.

Para o desenvolvimento do Pólo de Excelência em água no semi-árido potiguar, a rede de ensino

público - municipal e estadual, em todo o Estado, além dos CVT - Centros Vocacionais

Tecnológicos, Escolas Técnicas Rurais, conjugados com os centros universitários como as

universidades, faculdades isoladas, IFRN e FAPERN – são fundamentais no processo de

capacitação de pessoal, dentro das dimensões da educação continuada, em todos os níveis

escolares. No âmbito dos profissionais, incluem-se os quadros técnicos de reconhecida

capacidade – SEMARH/IGARN/Vinculadas. DNOCS, CAERN – para assumirem o expressivo

papel de multiplicadores ou formadores, objetivando a socialização dos conhecimentos e

facilitando o processo de ensino-aprendizagem. Os meios de comunicação – as emissoras de

rádio, de televisão, jornais – disponíveis no Estado do Rio Grande do Norte também representam

importantes instrumentos para a educação em ampla escala requerida pela urgência que a

situação requer.

No âmbito dessa ação, faz-se necessário articular o trabalho com as universidades,

especialmente, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Esta poderá se estruturar de

modo a oferecer um suporte acadêmico ao programa de capacitação em recursos hídricos e meio

ambiente que o Estado necessita desenvolver para melhor gerir os recursos naturais. Cabe à

UFRN utilizar sua experiência acumulada para produção de programas de Educação Continuada e

à Distância. Propõe-se a criação de um Núcleo de Educação Continuada e à Distância, articulando

o meio acadêmico, com o ensino fundamental, médio e técnico profissional. Esse recurso,

associado à mídia disponível no Estado, pode vir a representar um valioso instrumento de

superação da necessidade de formação específica em recursos hídricos e meio ambiente.

Visando complementar este conjunto de instituições ou serviços, sobressai como proposta a

criação do Núcleo de Pesquisas em Educação Continuada da UFRN, UnP ou UERN, como

instrumento básico dessa transformação. Portanto, este núcleo resulta de um consórcio inter

universitário das Universidades Públicas Brasileiras propondo-se incrementar o Ensino à Distância

nas Universidades, em programas de valor pedagógico e com economias de tempo e de

deslocamentos o que resulta também numa economia de investimentos financeiros.

Além disso, a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/960) prevê e

expressa, de modo claro e incisivo, o uso da Educação à Distância, o que implica o uso dos

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recursos mais modernos para desenvolver o ensino-aprendizagem. Obviamente, incluem-se a

Internet e a Telemática. O setor de apoio telemático pode tornar disponível para os formandos, e

para outros interessados, o núcleo provedor para oferecer instrução baseada na Internet. Este

núcleo possibilita a criação e utilização de cursos através da Internet, o que amplia, sobremodo, o

atendimento em cursos que atuam dentro da modalidade da Educação à Distância. Conta este

setor com pedagogo, instructional designer, WEB designer e mais um programador para Internet -

WEB. O setor potencializa a professores credenciados pelo programa a condição de oferecer seus

cursos via Internet com todos os controles de desenvolvimento e avaliação à distância, no Rio

Grande do Norte.

Projetos para qualificar diferentes profissionais, com cursos de graduação e pós-graduação, nos

vários misteres exigidos pelos recursos hídricos dentro dos órgãos públicos, devem ser

complementares. Abre-se assim uma ampla esfera para difusão de cursos, direcionados ao

grande público, sobre diferentes assuntos relacionados com o tema: gestão dos recursos hídricos,

o trato com o meio ambiente natural, engenharia das pequenas obras (canais, barragens,

cisternas, etc.), irrigação, previsão do tempo, instalações domésticas e outros. Esse conjunto de

projetos se enquadra nos dois sistemas - o informal e o formal – no técnico-profissional, no ensino

fundamental e básico e de nível superior. Desse modo, estrategicamente, caminha-se para a

formação de uma “cultura da água”. Essa cultura já está preconizada pelo Programa de Formação

do Centro de Excelência em Recursos Hídricos.

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13 - PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES E SERVIDOR ES DA SEMARH/IGARN

13.1 - INTRODUÇÃO

Conforme se propõe neste plano da SEMARH/IGARN, diversos segmentos envolvidos com a

temática das águas ou áreas correlatas - UFRN, UERN, UnP, FARN, FAPERN, FALNATAL, IFRN,

CVT, SEMARH/IGARN, DNOCS e outras instituições locais, nacionais e internacionais – serão

convocados para a etapa de detalhamento e realização do programa de capacitação de gestores e

servidores do sistema hídrico do Rio Grande do Norte.

Nesse processo as atividades se organizam em:

i. Elaboração das propostas de cursos;

ii. Acompanhamento da elaboração de monografias a serem desenvolvidas;

iii. Além da contratação de monitores para coordenarem os trabalhos efetivos. Esse processo de

formação, elaborado a partir de diagnósticos precisos e alimentado pelo planejamento

institucional faz uso de uma racionalidade que auxilia na consecução dos objetivos, na

efetivação da política de água e na melhoria do sistema, como conseqüência.

Para se compreender os fenômenos que ocorrem numa sociedade é necessário formular

concepções que auxiliam nessa compreensão. As ações de formação profissional, por exemplo,

estão diretamente vinculadas à política vigente e aos objetivos de governo. WEBER usa uma

expressão que conceitua o modo de organizar ações dessa natureza numa sociedade. Um projeto

político define metas e estabelece objetivos conforme a visão de mundo dos dirigentes. Segundo

seu pensamento esses processos são oriundos de um “racionalismo econômico4” (WEBER, 2007,

p.42) capaz de promover o desenvolvimento dos países. No caso, ele faz alusão ao

desenvolvimento econômico dos países que adotaram a Reforma porque, no bojo das reformas,

estava presente um pensamento prático que levou ao desenvolvimento. Com essa visão e os

avanços da ciência e da técnica hoje, os dirigentes de estados e nações promovem ações visando

o desenvolvimento alinhado com a sustentabilidade. Foi essa tendência especial para o

racionalismo econômico que promoveu ações bem sucedidas em alguns países da Europa, por

exemplo. Esse princípio também se quer imprimir nessa proposta, tornando-a mais segura, pelo

zelo no trato e embasamento responsável nos dados da realidade e sua correspondência unívoca

às demandas dos quadros pré-definidos, de gestores e servidores do sistema de gestão dos

recursos hídricos do Rio Grande do Norte.

De forma pragmática, a capacitação de pessoal na área de recursos humanos visa contribuir para

o processo de aprimoramento do Gerenciamento dos Recursos Hídricos E Meio Ambiente no

sistema SEMARH/IGARN, especificamente, e no Estado, de forma geral. O Gerenciamento de

Recursos Hídricos e Meio Ambiente é concebido como um conjunto de ações destinado a regular,

na prática operacional, o uso, o controle, a proteção e a conservação dos recursos hídricos e meio

4 WEBER, M. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo, Editora Martin Claret, 2007

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ambiente. Compete-lhe ainda avaliar a conformidade da situação corrente com os princípios

doutrinários estabelecidos por uma Política de Recursos Hídricos. Esta política trata do conjunto

consistente de princípios doutrinários que conformam as aspirações sociais e/ou governamentais

no que concerne à regulamentação ou modificação no uso, controle, proteção e conservação dos

recursos hídricos. Sendo assim, o Gerenciamento de Recursos Hídricos envolve ações por parte

de entidades públicas, privadas e comunitárias. Um plano de capacitação nesta área deve

abranger todos estes segmentos.

O Gerenciamento do uso setorial dos Recursos Hídricos trata das medidas que visam ao

atendimento das demandas setoriais de uso da água. Este gerenciamento é levado a efeito

através de planos setoriais e de ações de instituições públicas e privadas ligadas a cada uso

específico dos recursos hídricos: abastecimento humano e industrial, esgotamento sanitário,

irrigação, navegação, geração de energia, recreação. Idealmente, os Planos Setoriais são

compatibilizados entre si, no âmbito de cada bacia hidrográfica, e com o planejamento global do

uso dos recursos ambientais, no âmbito regional ou nacional. Estas funções de compatibilização,

entretanto, são objeto de gerenciamentos outros apresentados adiante.

13.2 - JUSTIFICATIVA

O Programa de Capacitação do Sistema SIGERH e vinculadas visa ao fortalecimento gerencial,

técnico e operacional da SEMARH/IGARN e de suas vinculadas em parceria com as

universidades envolvidas na gestão integrada dos recursos hídricos do Estado do Rio Grande do

Norte. Dentre os diversos objetivos específicos deste acordo consta claramente a necessidade de

proposição de capacitar as equipes técnicas, ligadas ao Sistema dos Recursos Hídricos do

Estado, com vistas à promoção de transferência tecnológica e de divulgação da informação

técnica para o todo o sistema.

Portanto, o presente programa vem atender a estes objetivos conforme as necessidades de

capacitação técnica em gestão dos Recursos Hídricos do Sistema SIGERH.

O Gerenciamento da oferta dos Recursos Hídricos para os diferentes setores sócio-econômicos

objetiva antecipar e dirimir conflitos intra-setoriais (entre demandas do mesmo setor) inter-setoriais

(entre demandas de diferentes setores) e inter-geracionais (entre o uso/demandas pela geração

presente e pelas futuras) do uso da água. Esta oferta não pode ser orientada setorialmente, já que

o uso da água para um setor pode comprometer quantitativa ou qualitativa a oferta para outro e/ou

alterar a demanda sobre o mesmo. O gerenciamento precisa ser focado em duas dimensões: a da

quantidade e a da qualidade. Isto deriva da tradição institucional brasileira, no plano federal e de

alguns estados que estabeleceram entidades distintas para atender a cada uma destas funções.

Esta tradição, entretanto, não deve, obrigatoriamente, direcionar o aperfeiçoamento institucional

necessário, embora, no momento, seja considerada uma das formas de conduzir esta tarefa.

Em resumo, o gerenciamento da oferta dos recursos hídricos é a função deliberativa e executiva

de compatibilização dos Planos Setoriais de Uso da Água aos planos e às diretrizes globais de

planejamento, estabelecidos pelo Poder Público que, constitucionalmente, tem o domínio dos

recursos hídricos. No exercício desta função gerencial realiza-se o planejamento, o

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monitoramento, a outorga (incluindo licenciamento e fiscalização) e a administração das medidas

indutoras do cumprimento das diretrizes de desenvolvimento.

Os instrumentos para concretizá-los são baseados em um conjunto de normas administrativas e

legais; estabelecimento de projetos e subprojetos; enquadramento das águas em classes de usos

preponderantes. Isso, obviamente, demanda um conhecimento técnico especializado, razão

porque a capacitação se faz necessária. Esses usos pressupõem padrões de emissão, critérios de

outorga, de cobrança pelo uso e poluição das águas e de multas por infrações. Além dessas

categorias insere-se a de promoção de ações legais, registrando-se ainda o estabelecimento de

critérios e aplicação de rateio de custo de obras de interesse comum ou coletivo. Os técnicos e

demais servidores do sistema hídrico devem ter esses conhecimentos e se manterem atualizados

em relação à legislação em vigor. Com essa atitude e esse compromisso a SEMARH/IGARN se

colocam no patamar de poder executar uma política de águas compatível com o programa de

desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Norte, para o período de cinco anos – 2010-2014

– conforme previsto nessa proposta de capacitação.

Considerar estas duas dimensões gerenciais – qualidade e quantidade - em um espaço geográfico

demasiadamente amplo determina a busca de uma delimitação geográfica mais restrita, dada a

complexidade da questão. Visando evitar que esta, embora contenha a maioria das relações

causa-efeito, possa simplificar os processos tornando-se um sistema de fácil operacionalidade.

Existe a tendência de adotar a bacia hidrográfica como a unidade ideal de planejamento e

intervenção, em virtude do papel integrador dos recursos hídricos nos aspectos físico, bioquímico

e socioeconômico, criando-se o Gerenciamento das intervenções na Bacia Hidrográfica. Trata-se

da projeção espacial das funções anteriores de oferta e de uso setorial dos recursos hídricos no

âmbito especifico de cada bacia, visando à:

− Compatibilização dos Planos Setoriais elaborados pelas entidades que executam o

gerenciamento dos Usos Setoriais dos Recursos Hídricos na bacia em Planos Multi-setoriais de

Uso dos Recursos Hídricos por bacia hidrográfica (Planos Diretores de Bacia Hidrográfica);

− Integração das Instituições, dos agentes e dos representantes das comunidades intervenientes

na bacia ao planejamento do uso dos recursos hídricos e dos demais recursos ambientais.

Esta função deve ser, portanto, exercida por entidade única pra cada bacia hidrográfica, na forma,

por exemplo, de um Comitê de Gerenciamento de Bacia Hidrográfica, o qual se responsabiliza

pela descentralização do gerenciamento no âmbito da bacia. Alguns tipos de descentralização por

sub-bacia poderão ser também preconizados, particularmente naquelas demasiadamente

extensas.

Para promover a compatibilização entre as diversas demandas e ofertas de recursos hídricos, e

dos Planos Diretores de Bacia Hidrográfica, entre si e com os demais Planos Setoriais do Estado,

da Região ou da União, a sociedade deve tomar decisões políticas e estabelecer sistemas

jurídico-administrativo adequados ao desenvolvimento dos programas. Originar-se-á,

conseqüentemente, uma quarta dimensão, de caráter institucional, de gerenciamento dos

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Recursos Hídricos: o gerenciamento Inter-institucional, representado pela palavra-chave

articulação , que visa à integração das demais funções gerenciais entre si, particularmente:

− Dos diversos órgãos e instituições ligados à água, com especial ênfase ao desenvolvimento

sustentado (crescimento econômico, equidade social e proteção ambiental);

− Do Sistema de Recursos Hídricos ao Sistema Global de Coordenação e Planejamento do

Estado, da Região ou da União.

13.3 - OBJETIVO GERAL

Estruturar e implantar um sistema permanente de capacitação para formação e atualização dos

conhecimentos desenvolvidos e adquiridos para as gerações de técnicos, (atual e futuras),

subsidiado na experiência de gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará, tomada aqui

como suporte técnico para o mesmo programa no Rio Grande do Norte.

13.4 - OBJETIVOS ESPECIFICOS

− Definir as necessidades e prioridades da SEMARH/IGARN e vinculadas em matéria de

capacitação de recursos humanos na área de conhecimento dos recursos hídricos;

− Estabelecer mecanismos de cooperação e parceria entre as Instituições de Ensino e Pesquisa,

em matéria de capacitação de pessoal na área de conhecimento dos recursos hídricos.

− Definir elementos básicos para a elaboração dos Projetos de Capacitação da SEMARH/IGARN

e de suas vinculadas.

− Promover a capacitação dos recursos humanos nas áreas operacionais, táticas e estratégicas,

para gestão dos recursos hídricos.

− Definir as necessidades e as prioridades estaduais em matéria de capacitação em recursos

humanos na área de conhecimento dos recursos hídricos:

− Estabelecer mecanismos de cooperação e parceria em matéria de capacitação de pessoal com a

UFRN, UERN, UnP, SECT, CVT, IFRN, FUNER e Faculdades;

− Reforçar e reorientar a capacitação para a estruturação do SIGERH;

− Revisar e atualizar conhecimentos específicos para a formação de técnicos em áreas

operacionais dos recursos hídricos;

− Propiciar estímulos aos quadros ativos e direcionar novos quadros para a área de recursos

hídricos;

− Estabelecer convênios permanentes com centros internacionais de excelência em capacitação

de recursos hídricos;

− Formar instrutores para a operação e manutenção de atividades específicas;

− Incentivar os técnicos ligados ao SIGERH, propiciando-lhes tecnologias especiais;

− Manter, organizar, dar visibilidade e tornar disponível a memória dos recursos hídricos.

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13.5 - ESTRATÉGIAS

A ação continuada e eficaz na gestão dos recursos hídricos deve estar alicerçada no

desenvolvimento cientifico e tecnológico, bem como na existência de pessoal capacitado, em

todos os níveis de atuação.

Consciente dessas necessidades, o sistema SEMARH/IGARN elegeu estratégias de sua atuação

na área de capacitação de recursos humanos, visando:

− Incentivar a participação das instituições de pesquisa e das universidades no desenvolvimento

científico e tecnológico para suporte à formação dos recursos humanos nas áreas

operacionais, táticas e estratégicas para a gestão dos recursos hídricos e meio ambiente;

− Promover o desenvolvimento dos recursos humanos nas áreas operacionais, táticas

estratégicas, para a gestão dos recursos hídricos e meio ambiente.

As estratégias fundamentais serão definidas segundo o critério da descentralização, na execução

das ações institucionais; a participação da comunidade técnica, de acordo com uma sistemática

permanente de controle e avaliação dos resultados, dos custos, das metas e das metodologias.

O programa subsidiará a capacitação de equipes que estão atuando nos projetos prioritários do

setor e promoverá a participação dos técnicos das instituições vinculadas ao desenvolvimento

cientifico e tecnológico para o complexo suporte à gestão dos recursos hídricos do Estado. Para

isto serão implementados projetos de curto, médio e longo prazos. Cada um deles possuirá

características e abrangências específicas e procurará atender a uma dada carência, conforme

seus objetivos e campos de atuação.

Estrategicamente, o Programa de Capacitação do Sistema SEMARH/IGARN caracterizar-se-á

pelos princípios de Educação continuada, através dos processos:

− Segmento de Qualificação Profissional – este segmento contém projetos dirigidos à preparação

contínua para o exercício de cargos e/ou funções.

− Segmento de Pós-Graduação – este segmento visa privilegiar os integrantes do Sistema

SEMARH/IGARN na absorção de técnicas inovadoras e estimular estudos e a inserção

contínua nos processos e avanços tecnológicos, tais como Segurança de Barragens e

Tecnologias de Irrigação.

− Capacitação para o mercado.

A proposta contempla ações de amplo espectro, como a inserção do sistema no mercado aberto,

oferecendo projetos de qualificação profissional compatíveis com as exigências da sociedade

tecnológica atual. O Sistema SEMARH/IGARN atuará no mercado aberto, difundindo projetos de

qualificação profissional, desenvolvendo e transferindo metodologias e tecnologias no âmbito dos

setores públicos e privados, em tudo que for de sua competência, de acordo com a legislação em

vigor. Para essa meta podem fazer uso de formadores internos e externos.

O sistema SEMARH/IGARN utilizará técnicas de reconhecida capacidade, a partir dos seus

quadros. Criando-se um grupo de formadores qualificados, realizar programas permanentes de

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capacitação e atualização dos quadros funcionais do sistema SEMARH/IGARN. Depende do valor

profissional desses quadros, assumirem o importante papel de multiplicadores ou formadores,

objetivando a socialização dos conhecimentos e facilitando o processo de ensino-aprendizagem

no âmbito da instituição. Essa é a linha ou tendência internacional, que assegura às organizações,

o desenvolvimento de seus funcionários, capacitando-os internamente, quando possível, ou

externamente, se necessário.

13.6 - NÍVEIS DE CAPACITAÇÃO

O Funcionário, a partir do seu ingresso no Sistema SEMARH/IGARN e vinculadas, integrará um

processo contínuo de treinamento, no qual serão aplicadas ações sistemáticas e dirigidas, tendo

em vista sua formação profissional e especialização complementar.

Os programas de capacitação estão agrupados em dois segmentos:

Segmento de Formação Profissional (SFP)

− Nível Introdutório;

− Nível de Qualificação;

− Nível de Desenvolvimento Técnico;

− Nível de Desenvolvimento Gerencial.

Segmento de Pós-Graduação (SPG)

− Nível de Especialização;

− Nível de Mestrado;

− Nível de Doutorado.

O Segmento de Formação Profissional será considerado como treinamento interno, implementado

através de cursos, estágios práticos, treinamentos em serviço, palestras, seminários, simpósios,

intercâmbios profissionais e viagens técnicas.

O Nível Introdutório tem por finalidade a iniciação dos funcionários no sistema e sua ambientação

no local de trabalho, transmitindo-lhes conhecimento sobre os objetivos das instituições, estrutura

organizacional e atividades dos seus órgãos componentes.

O Nível de Qualificação abrange programas dirigidos ao aprendizado de conhecimentos, técnicas e

procedimentos, com aplicação imediata em situações concretas de trabalho.

Nível de Desenvolvimento Técnico abrange programas direcionados ao aprendizado de

conhecimentos teóricos e práticos, capazes também de fomentar, nos treinandos, a consciência

critica e o desenvolvimento de equipe necessários ao desempenho das atividades técnicas, das

diversas áreas do sistema.

O Nível de Desenvolvimento Gerencial engloba programas dirigidos à transmissão de

conhecimentos e à formação de atitudes para o desenvolvimento dos aspectos administrativos

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inerentes às diversas funções de chefia, incluindo técnicas de liderança, de motivação e

organização dinâmica de grupos de trabalho.

O Segmento de Pós-Graduação compreende os cursos de especialização, de mestrado e de

doutorado e abrange os programas destinados a atender às necessidades de conhecimentos mais

especializados, não proporcionados pelos programas regulares das instituições componentes do

Sistema SEMARH/IGARN e vinculadas.

O Programa de Pós-Graduação visa:

− Proporcionar condições que assegurem a consecução dos planos estratégicos das instituições

do sistema;

− Manter as instituições do sistema revitalizadas, através da assimilação e acompanhamento do

processo de mudanças nos campos científicos e tecnológicos;

− Dotar as instituições de recursos humanos altamente qualificados;

− Favorecer a captação e utilização de técnicas inovadoras; e

− Estimular estudos e pesquisas no âmbito das instituições do Sistema SEMARH/IGARN e

vinculadas.

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14 - PROGRAMA DE AÇÃO IMEDIATA PAI (2010 – 2014)

14.1 - INTRODUÇÃO

Desenvolver ações visando à implantação do Centro de Excelência em Recursos Hídricos no

Estado do Rio Grande do Norte. As ações contidas neste item significam uma fase preparatória

para a implantação dos programas propostos para o período de 2010/2014, através da realização

de cursos de treinamentos e de outros eventos de capacitação em recursos hídricos. Nesse

propósito, são propostas as ações que se seguem:

− Realizar um Workshop com objetivo de dar conhecimento a todo o corpo de gestores e

servidores do sistema de gestão dos recursos hídricos da política de gestão de águas da

SEMARH/IGARN, visando preparar esses técnicos para acompanhar e avaliar a realização do

pool de cursos e atividades contidos no programa do Centro de Excelência em Recursos

Hídricos do Rio Grande do Norte;

− Capacitar colaboradores do sistema, na área gerencial, preparando-os para gerenciar os

programas desenvolvidos pela SEMARH/IGARN, através da produção de encontros periódicos

e de cursos, motivadores de desenvolvimento de liderança, tomada de decisão e informações

técnicas;

− Capacitação de Usuários das bacias hidrográficas para incorporar, divulgar e legitimar a política

dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte;

− Realizar Projetos de Treinamento Específico nas seguintes áreas: 1. Gestão dos Recursos

Hídricos; 2. Hidromecânica; 3. Tecnologia da Irrigação; 4. Tecnologia da Informação; 5.

Hidrometria; 6. Geoprocessamento; 7. Geoestatística.

− Projeto de Capacitação da sociedade para estabelecer sistemas jurídico-administrativos

adequados, compatibilizando as demandas e ofertas de recursos hídricos do Estado do Rio

Grande do Norte.

14.2 - JUSTIFICATIVA

Este Programa de Ação Imediata – PAI representa o carro-chefe da capacitação em recursos

hídricos. Nele estão envolvidas as formações em curto, médio e longo prazos, considerando as

necessidades funcionais do sistema SEMARH/IGARN, a qualificação prévia dos servidores e o

plano de melhoria da gestão das águas, contemplado no plano de ação da instituição para o

período de 2010 a 2014.

A atual política das águas no Rio Grande do Norte exige do sistema hídrico prever essa

qualificação. O PAI será também articulador de parcerias para viabilizar as demais ações de

capacitação, inclusive as não previstas no escopo de sua ação imediata. Em razão de sua

natureza, ao mesmo tempo, abrangente e profunda, resultará um corolário de atividades que

desenharão o novo modelo de gestão das águas com resultados mais efetivos no

desenvolvimento sustentável do Estado.

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60

A articulação prevista abrange ainda a sociedade em geral, vez que, como usuária da água, tem

um papel crucial nos mecanismos de preservação e uso desse bem natural essencial. A

participação da sociedade se estende ao planejamento e gestão, de modo direto e, indiretamente,

também, através dos seus representantes legais que delineiam as políticas públicas.

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15 - PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE TECNÓLOGOS: EM CURT O, MÉDIO E LONGO PRAZOS

15.1 - CURSOS DE CURTO PRAZO

Articular com os parceiros um conjunto de cursos de treinamento com 40h/aula cada, em

Tecnologia Hídrica, com as seguintes características:

− Formação básica em Hidromecânica;

− Formação em Hidrometria;

− Formação básica em Informática para acompanhamento de sistemas gestão das águas;

− Formação em Inglês Básico Instrumental para facilitar o uso de manuais e equipamentos,

maquinário, quando oriundo de indústrias internacionais;

− Formação em Mecânica de micro-equipamentos.

15.2 - CURSOS DE MÉDIO PRAZO

Articular com parceiros ou promover cursos especializados em Tecnologia Hídrica e áreas

complementares, com duração mínima de 120h/aula distribuídos nos temas/tópicos abaixo

indicados:

− Formação em Informática, com ênfase no domínio dos programas: EXCELL, POWER POINT,

FOTOSHOP, HYPERRESEARCH, outros, com vistas ao controle e automação de processos

operacionais, ao uso de informações e manuseio de dados técnicos e gráficos de

acompanhamento e análise do funcionamento do sistema hídrico; isso inclui conhecimento

básico em micro-eletrônica, visando a manutenção dos equipamentos;

− Curso de Inglês Instrumental, incluindo conversação básica, leitura e compreensão de termos

técnicos para facilitar os intercâmbios e as parcerias internacionais, bem como, a segurança e

agilidade no uso das máquinas e equipamentos. Isso inclui o conhecimento e domínio de

processos mecânicos do sistema hídrico;

− Curso técnico de leitura de gráficos, de tabelas e mapas relativos à estrutura e contornos das

bacias hídricas e seus sistemas de distribuição aqüífera, com respaldo na estatística e na

informática;

− Curso de treinamento em Políticas Públicas para compreender a política de águas e sistema

hídrico e o programa de formação de gestores e servidores que a SEMARH/IGARN propõe

para o Estado do Rio Grande do Norte.

− Cursos e treinamentos nas áreas de Meteorologia, Geoambiental, de Engenharia dos Recursos

Hídricos, de gestão e Gerenciamento dos Recursos Hídricos, abrangendo, também, as áreas

de estudos básicos, tais como; Hidrologia, Hidrogeologia, Hidrodinâmica, Geotecnia, Hidráulica

Fluvial e Economia dos Recursos Hídricos;

− Treinamentos, com a colaboração de universidades e centros de pesquisas nacionais e

internacionais;

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62

− Capacitação nas áreas de desenvolvimento e aplicação dos instrumentos e tecnologias de

suporte à gestão dos recursos hídricos, como a estruturação de um banco de dados e de um

sistema de informações de recursos hídricos, meteorológicos e hidroambientais.

− Gestão e política de recursos hídricos e meio ambiente e sistemas hidrológicos no semi-árido.

15.3 - CURSOS DE LONGO PRAZO

Nesse nível de formação são propostos os cursos de Graduação – Licenciaturas ou Bacharelados

– as Especializações, os Mestrados em Gestão de políticas de recursos hídricos e meio ambiente

Hidrologia superficial e subterrânea do semiárido. Doutorados ou Pós-Doutorados que se façam

necessários para o melhor desempenho da SEMARH/IGARN no desenvolvimento da política de

água no Rio Grande do Norte. Nesse sentido são propostos os seguintes temas para a busca por

áreas de estudos nas universidades locais, regionais ou nacionais, visando melhorar o perfil dos

profissionais da gestão das águas, através de formação:

15.4 - GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS

− Graduação em:

� Engenharia Hidráulica

� Tecnologia da Irrigação

� Tecnologia da Informação

� Ciências da Terra

15.5 - PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS HÍDRICOS

− Especialização em:

� Hidromecânica

� Gestão dos Recursos Hídricos

� Tecnologia da Irrigação

− Mestrado em:

� Gestão de Políticas e Sistemas Hidrológicos

� Águas e Solos do Semi-Árido Nordestino

� Relação entre Natureza e Ciência – o desafio da produção de alimentos no Nordeste do

Brasil

− Doutorado em:

� Águas subterrâneas e de superfície no Nordeste Brasileiro - uma abordagem quantitativa e

qualitativa

� Qualidade dos Sistemas Hídricos – Estudo comparativo entre o Nordeste brasileiro e outras

regiões do planeta, com características semelhantes

� Aspectos da Gestão dos Recursos Hídricos em Relação à Sustentabilidade dos Sistemas.

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63

16 - VISITAS TÉCNICAS E INTERCÂMBIO

16.1 - VISITAS TÉCNICAS ÀS UNIVERSIDADES DA FRANÇA, ALEMANHA E

PORTUGAL

Essas visitas técnicas se destinam a conhecer sub-sistemas específicos nas áreas da gestão de

recursos hídricos, cujas experiências bem sucedidas podem subsidiar a implementação do

sistema de gestão das águas no Rio Grande do Norte. Na França, a questão da outorga constituiu

um modelo inspirador para os processos de implantação de sistemas similares. Na Alemanha, o

trato das questões ambientais e, em Portugal, especialmente, na Universidade de Évora, os

estudos da hidráulica de canais constituem importante manancial para pesquisas e

aprendizagens.

Nessas oportunidades podem ser celebrados convênios de cooperação científica e técnica entre a

SEMARH/IGARN e as instituições visitadas. Nos convênios eventualmente efetivados as

capacitações de quadros de alto nível devem ser consideradas, bem como as pesquisas e

intercâmbios diversos. Os resultados das visitas técnicas devem ser maximizados pela

continuidade das ações e a consolidação de um calendário regular de eventos a ser seguido por

ambas as conveniadas.

O interesse é mútuo porque tanto uma como a outra instituição pode fruir dessa interação, seja no

campo das experiências práticas, seja no campo da construção de saberes, conjugando esforços

para o sucesso dos empreendimentos objetivados. O Nordeste já conhece inúmeras experiências

bem sucedidas como resultado de projetos dessa natureza. A produção do conhecimento que se

efetiva quando duas realidades diferenciadas se debruçam sobre sua própria realidade, refletindo

sua prática, como propõe SCHÖN (op. Cit.), é algo que supera as capacidades individuais de cada

uma. A reflexão em ação, quando feita em conjunto, com mais de uma experiência posta na mesa

das reflexões produz resultados mais efetivos.

A troca de experiências entre povos e culturas representa uma possibilidade de ampliação de

conhecimentos e êxitos. As diversidades culturais, sociais e históricas fazem de cada nação uma

composição de saberes e práticas que se manifestam através dos seus institutos, sejam ele,

educativos, culturais ou de outra natureza. Por causa dessa riqueza de experiências, os

intercâmbios constituem mecanismos de superação de dificuldades e agregação de

conhecimento.

As civilizações que se abrem a essas atividades interculturais somam saberes que as auxiliam em

suas buscas de alternativas e soluções de problemas. Faz parte dessa atividade criar laços entre

povos que se podem tornar parceiros, criando formas de multiplicar os efeitos das ações conjuntas

e desenvolver a solidariedade nos meios profissionais, tal como se busca fazer nos meios políticos

e diplomáticos.

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64

A interatividade é em si mesma, uma fonte de riquezas que se fazem presentes nos diversos

mecanismos através dos quais as interfaces se realizam. Nesses momentos as mentes dos

participantes podem aprender diferentes formas de solucionar os mesmos problemas, diferentes

caminhos para chegar aos mesmos objetivos.

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65

17 - CRIAÇÃO DE UM COMITÊ PERMANENTE

17.1 - OBJETIVOS

− ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO LOCAL, NACIONAL E INTERNACIONAL VISANDO

CONSTITUIR PARCERIAS ENTRE AS UNIVERSIDADES, EMPRESAS, USUÁRIOS DE

ÁGUA, SOCIEDADE CIVIL PARA A MELHORIA DA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA

ÁREA DOS RECURSOS HÍDRICOS.

− Criar mecanismos de articulação do sistema SEMARH/IGARN com instituições de ensino

superior, visando capacitar seu corpo técnico;

− Articular programas institucionais com empresas, criando laços de cooperação técnica;

− Articular parcerias com representações da sociedade civil;

− Articular parcerias com usuários de água;

− Unir esforços no sentido de manter um Comitê representativo da política da água no Estado do

Rio Grande do Norte.

A criação de um Comitê Permanente para Articulação e Integração Local, Nacional e Internacional

visa, prioritariamente, articular representantes da sociedade civil, representantes das comunidades

intervenientes nas bacias, servidores do sistema de gestão das águas e dos demais recursos

ambientais para, juntos, encontrarem as melhores alternativas para a gestão do sistema e o

desenvolvimento do Estado. A formação e capacitação técnico-profissional de gestores e

servidores pode ser melhorada através da composição de um quadro de parceiros, estruturado

pela ação desse Comitê.

As ações planejadas a partir de parcerias eficazes podem ter seu potencial ampliado

significativamente. Pode-se tomar como exemplo o sistema das Universidades comunitárias do

Estado de Santa Catarina que, através da ACAFE, vem desenvolvendo há duas décadas, uma

articulação entre as Instituições de ensino Superior, as Prefeituras municipais e as empresas

locais para melhorar a capacidade de formação técnico-pedagógica dos alunos.

Pretende-se que esse Comitê, ao ser composto, considere as áreas e sub-áreas correlatas ao

sistema de gestão dos recursos hídricos, bem como outros aspectos da sociedade que se

desdobram em ações de natureza diversa, envolvendo tópicos de interesse tais como: o jurídico,

para justificar o ponto de vista legal; o político, para abranger o plano de execução prática; o

técnico, para facilitar o desempenho no manuseio de informações e equipamentos, máquinas e

estruturas hídricas; o humano, para entender as aspirações e expectativas dos usuários de água e

identificar o ponto em que se pode trabalhar para torná-los parceiros da gestão, em suas unidades

de consumo.

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66

São esses os fatores importantes para o fortalecimento das parcerias com a sociedade, o que

resulta em elementos de motivação dos envolvidos. A gestão desses diversos setores e pólos de

ação exige que eles sejam tratados a partir de uma visão multiangular, a partir de uma estrutura

típica, tal como se propõe nesse Comitê.

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67

18 - PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

18.1 - INTRODUÇÃO

Paralelamente ao desenvolvimento do programa de capacitação dos gestores e servidores do

sistema de recursos hídricos do Rio Grande do Norte, se realiza um programa de avaliação

permanente. Através desse mecanismo o programa de capacitação pode ser monitorado,

compatibilizado – teoria e práticas efetivadas – redirecionado ou modificado se forem identificadas

necessidades desse tipo de intervenção.

A avaliação contínua permite que se façam intervenções durante o processo, corrigindo falhas no

sistema de formação, adaptando a situações emergenciais, ou atendendo a possíveis reajustes

que o órgão promotor da capacitação venha a determinar.

Para esse acompanhamento serão criados instrumentos especiais que, aplicados aos

participantes, monitores, instrutores e coordenadores dos cursos em andamento, possam ser

desenhados quadros de desempenho em cada setor, área do conhecimento, especialidade, bem

como, no nível dos participantes individuais. Os instrumentos desse sistema de avaliação dizem

respeito:

− À qualidade didático-pedagógica da instituição responsável;

− Ao ementário, práticas didáticas e planejamento dos cursos;

− Ao corpo docente e suas práticas em sala de aula;

− À coordenação de cada curso, oficina ou workshop;

− Ao desempenho individual de cada participante, nessas atividades de formação.

O modelo proposto de sistema de avaliação conta ainda com um formulário de acompanhamento

posterior que os chefes e coordenadores dos setores onde os servidores são lotados devem

atualizar periodicamente.

18.2 - OBJETIVO GERAL

Criar um sistema de acompanhamento e avaliação dos processos de capacitação dos recursos

humanos da SEMARH e entidades vinculadas na perspectiva de poder ter um feedback durante

as capacitações, visando conseguir o melhor desempenho dessas atividade formadoras.

18.3 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

− Preparar instrumentos válidos de acompanhamento e avaliação dos cursos, workshops,

seminários e outras modalidades adotadas pelo programa de capacitação do corpo técnico das

instituições envolvidas no processo de gestão dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande

do Norte;

− Acompanhar a capacitação dos técnicos especializados em processos de pesquisa social e

técnicas pedagógicas para aplicar os instrumentos, colher os dados e tratá-los com base em

métodos estatísticos e metodologias de análise qualitativa;

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− Implementar técnicas de complementação, correção de rotas e ajustes, quanto ao

desenvolvimento dos programas de capacitação, visando sua flexibilidade e melhores

resultados;

− Acompanhar as instituições, que desenvolvem programas efetivos de capacitação, visando a

melhoria da qualidade desse serviço e considerando os parâmetros da geografia física do Rio

Grande do Norte relativos ao solo, à vegetação, ao relevo, ao tempo, ao clima e à engenharia

dos recursos hídricos;

− Fazer um monitoramento permanente do programa de capacitação, avaliando se, de fato, os

cursos e treinamentos trazem resultados efetivos na gestão dos recursos hídricos.

18.4 - JUSTIFICATIVA

A SEMARH, como instituição responsável pela implementação da política estadual de recursos

hídricos, desenvolve suas ações diretamente ou através das entidades vinculadas: IDEMA,

CAERN e IGARN. À SEMARH competem as funções de liderança do Sistema Estadual dos

Recursos Hídricos e de articulação institucional, nos níveis federal, estadual e municipal e com a

sociedade em geral. Para tanto, suas ações concentram-se nas seguintes áreas: planejamento,

gestão e aproveitamento racional dos recursos hídricos, acompanhamento e controle da oferta

distribuição dos recursos hídricos disponíveis para os múltiplos usos; ampliação da oferta d’água

no Estado; aperfeiçoamento e atualização da legislação e dos instrumentos de gestão dos

recursos hídricos; coordenação e compatibilização das funções e atribuições dos órgãos internos

e vinculados; implementação e dinamização de um sistema de informações sobre recursos

hídricos, meteorologia e hidroambiental, proporcionando informações à sociedade; além de

controle e conservação dos recursos hídricos, do ponto de vista quantitativo e qualitativo.

18.5 - ESTRATÉGIAS

Para atuar nessas diferentes áreas de forma eficiente e eficaz, a SEMARH necessita preparar e

capacitar os seus recursos humanos e os de suas entidades vinculadas.

O IGARN é o órgão estadual responsável pela gestão técnica e operacional dos recursos hídricos

no Rio Grande do Norte, quer seja a água armazenada nos corpos superficiais ou subterrâneos,

sob o domínio do Estado. Para exercer sua função o IGARN foi criado como autarquia sendo

dotado de autonomia administrativa e financeira. Possui o controle das reservas hídricas sob o

ponto de vista quantitativo e qualitativo. Essa gestão engloba um conjunto de programas e

projetos, visando, inclusive, preparar a economia e a comunidade potiguar para conviver

ocasionalmente com a seca, sem alterações nas atividades produtivas e no bem-estar da

população.

O processo de gestão concretiza-se com base em princípios que consideram a água um bem

público e recurso natural escasso. Esse bem público é dotado de valor econômico, cabendo à

SEMARH/IGARN buscar, em sua administração, a integração institucional, a descentralização

gerencial e a participação dos usuários. Para isso adotará a negociação democrática como forma

privilegiada de superar conflitos de uso de água. Fundamenta-se nos pilares modernos da

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descentralização, da integração e da participação na gestão de recursos hídricos e toma como

uma de suas principais políticas a contínua capacitação de seus técnicos, com o objetivo

permanente de oferecer serviços cada vez mais eficazes e de boa qualidade para os usuários de

água.

Como parte integrante do sistema hídrico a EMPARN desenvolve suas atividades nas áreas de

Meteorologia, Geoambiental e de Recursos Hídricos, para dar suporte ao Gerenciamento

Hidroambiental, com o propósito de alcançar um nível de excelência em seu campo de atuação.

Com esse escopo transforma-se em um centro de referência para trabalhos de planejamento

econômico e social, formulando suas ações de acordo com a ótica e a preocupação do

desenvolvimento sustentável, não apenas no Rio Grande do Norte, mas em todo o Nordeste.

Como é sabido, esse nível de excelência pode ser transitório, visto que a ciência e a tecnologia se

desenvolvem em um campo, no qual conhecimento e técnicas tornam-se obsoletos em pequenos

lapsos de tempo.

Acrescenta-se a isso a rotatividade e mutabilidade dos cargos e funções de liderança, os quais

estão sempre sendo redefinidos em função de mudanças na gestão pública. Essa mobilidade

exige, cada vez mais, investimentos contínuos no desenvolvimento dos recursos humanos e na

aquisição de novas tecnologias. Esse trabalho está sendo realizado de forma integrada com

universidades e institutos de pesquisas do País e do Exterior, e vem demonstrando o significado

da instituição para o Governo do Estado e para a sociedade, através da geração e da divulgação

de parâmetros da geografia física relativos ao solo, à vegetação, ao relevo, ao tempo, ao clima e

aos recursos hídricos. Enfatiza-se a importância do desenvolvimento de recursos humanos como

objetivo permanente, garantindo a continua atualização e capacitação profissional no mais alto

nível.

Outra instituição integrante do sistema é a CAERN que, no desempenho das suas funções e

atribuições, busca viabilizar o aumento da oferta hídrica, através da construção de obras

hidráulicas superficiais e subterrâneas. Suas ações abrangem desde estudos técnicos, à

elaboração de projetos de engenharia hidráulica, ao acompanhamento e à fiscalização da

construção das obras, com vistas à segurança a ao seu padrão de qualidade. A capacitação dos

seus recursos humanos no campo da engenharia hidráulica é um segmento expressivo do seu

plano estratégico.

O equilíbrio na distribuição da água, para o abastecimento e para as atividades produtivas,

somente será alcançado através de ações integradas, tecnicamente planejadas e

democraticamente absorvidas pelas pessoas, propiciando uma nova cultura e um novo modelo

para enfrentar o problema da gestão das águas. Medidas fundamentais estão sendo adotadas em

diversos segmentos, a saber: Jurídico-institucional; Tecnológicos e de Formação de Quadros de

Pessoal altamente qualificado.

A promoção e a consolidação da competência tecnológica, no sistema institucional, através da

informação e do treinamento de técnicos, pesquisadores e especialistas, constituem elementos

essenciais dos objetivos a serem buscados, permanentemente.

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19 - CRONOGRAMA

A estrutura programática do Plano Estadual de Capacitação em Recursos Hídricos compõe-se de

programas, projetos e subprojetos. Cada instituição participante do plano disporá de um Projeto de

Capacitação em Recursos Hídricos que se constituirá, por sua vez, de um conjunto de

subprojetos.

Os programas serão permanentes para o período correspondente a cinco anos de gestão de

governo do Estado, direcionados para o atendimento às exigências de capacitação das

instituições participantes. Cada programa envolverá, dentro de cada área específica, os projetos

demandados pelas instituições, através de subprojetos correlacionados.

O cronograma de Implementação, ora apresentado, encontra-se em nível de programa, pois,

anualmente, cada instituição apresentará o seu projeto com indicações dos subprojetos

priorizados para aquele ano, com estimativas dos recursos financeiros necessários. O

detalhamento dos subprojetos será realizado ao longo de cada ano, com a antecedência requerida

para cada evento, exceto os referentes aos cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado)

realizados em períodos superiores a dois anos. Os valores abaixo apresentados resultam de

estudos aproximativos relacionados aos projetos e subprojetos formulados neste relatório

(Quadro 19.1 ).

Quadro 19.1 - Cronograma (Período 2010 – 2014)

ÁREA DE PÚBLICO

ATUAÇÃO 2010 2011 2012 2013 2014 ALVO

4,4% 4,4% 4,4% 4,4% 4,4%

3,6% 3,6% 3,6% 3,6% 3,6%

5% 5% 5% 5% 5%

7% 7% 7% 7% 7%

20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 100%

TOTAL DE RECURSOS FINANCEIROS:

R$ 2.149.580,00

R$ 10.747.900,00

TOTAL

DESEMBOLSO ANUAL:

18%

35%

Engenheiros, Geólogos, Mecânicos, Eletricistas

Engenheiros, Advogados, Geólogos, Sociólogos,

Assistentes Sociais

Gestores, Técnicos em Águas, Pessoal de Nível Básico, Médio,

Superior

SEMARH/IGARN

25%

Barragens Canais e Adutoras

Operação de obras hidricas e planejamento de bacias hidrograficas

Programa de Ação Imediata - PAI

75

300

200

ENTIDADE

22%Técnicos da SEMARH/IGARN, e

Estudantes Formandos100

Nº DE PARTICIPANTES

VALORES ESTIMADOS

TOTAL

ANOS

Gestão de Recursos Hídricos

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20 - ORÇAMENTO

Os recursos financeiros necessários para a implementação desse plano estão orçados em

R$10.747.900,00. Estes recursos são oriundos do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e

Projetos Especiais financiados pelo Banco Mundial, com a participação do Governo Federal

através do Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.

As Universidades participarão com recursos financeiros, dentro das suas programações

orçamentárias normais de custeio de investimento, visando a manutenção e o financiamento dos

seus respectivos cursos de Mestrado e Doutorado. Para a implantação das metas desses cursos

prevê-se um acréscimo de recursos que deverá ser negociados no âmbito dos Programas

Especiais ou de outras fontes; os demais órgãos participantes terão que alocar recursos próprios,

oriundos de Programas Especiais.

Outras fontes de recursos financeiros serão identificadas e obtidas através de negociações da

SEMARH/IGARN, especificamente, com cada instituição participante deste plano.

O quadro a seguir demonstra as necessidades de recursos financeiros, no período de 2010-2014,

por instituição e fontes de recursos.

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Quadro 20.1 - Estimativa Orçamentária para o Quinqu ênio (2010-2014)

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21 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O Estado do Rio grande do Norte objetiva atualmente inserir sua política de águas no contexto das

experiências mais avançadas, sejam regionais, nacionais ou internacionais. Esse objetivo coloca o

Estado no patamar das unidades federadas que abraçaram o desenvolvimento sustentável, daí

lançarem-se em busca das alternativas mais viáveis e eficazes para a gestão dos recursos

hídricos e do meio ambiente. Nessa busca a SEMARH/IGARN concentram esforços no sentido de

viabilizar um programa de capacitação dos seus gestores e servidores, com vistas à melhoria do

sistema hidrológico. Essa melhoria se propõe que seja interna, em nível do trabalho de

planejamento, gestão, monitoramento e acompanhamento da hidrologia, como externa,

considerando-se a outra parte do sistema que são os usuários de água.

Atualmente existe uma forte tendência internacional de equilíbrio entre a oferta e o consumo de

água, com vistas à racionalização do consumo desse bem natural. Surgem as políticas de águas

como instrumentos de controle, em termos de quantidade e qualidade, para que o planeta possa

assegurar às gerações futuras uma segurança. Da mesma forma, como existem diferentes regiões

no mundo com características muito especiais, essas políticas de água não podem desconsiderar

as especificidades regionais e propor alternativas adequadas à cada realidade distinta.

A Região Nordeste do Brasil se insere no “polígono das secas” sendo marcada por solos semi-

áridos. Um processo de desertificação vem sendo identificado pelos organismos internacionais

desde a Conferência de Nairobi, Quênia, em 1977 que utilizou pesquisas, principalmente da

França. As pesquisas sobre desertificação se aproximam da visão ecológica que vem se

desenvolvendo a partir das constatações e dos alertas divulgados nas diversas Conferencias

Internacionais que passaram a compor a agenda da Organização das Nações Unidas, desde

então. Os impactos do desenvolvimento sobre o clima geraram a necessidade de se criar um setor

para gerenciar um processo de controle da desertificação.

No Brasil, Vasconcellos Sobrinho desenvolveu uma proposta de ação nacional para lutar contra a

desertificação. Formulou um quadro das áreas em risco e de outras já em efetivo e irreversível

processo de desertificação. Dessa forma, o Nordeste brasileiro está entre as áreas consideradas

da maior gravidade quanto a essa questão. Assim, todos os meios adotados para retardar ou

minimizar os efeitos da desertificação devem ser adotados. A gestão das águas se inscreve entre

essas medidas de retardo ou controle do processo. Mas, para realizar uma boa gestão das águas,

cada estado nordestino necessita capacitar seus técnicos e servidores, além, naturalmente de

preparar especialmente, os seus quadros de gestores. Dado que esses gestores são os

tomadores de decisão, cujos efeitos precisam estar afinados com a atual política da água e as

preocupações internacionais e nacionais com o clima, os recursos naturais e o planeta.

Faz parte da natureza das instituições públicas sofrerem ajustes e submeterem-se a mudanças

por ocasião das permutas de seus gestores, ao sabor do fluxo dos mandatos políticos periódicos

característicos dos regimes democráticos. Quando acontecem alternâncias do poder constituído

ou quando são reformuladas as bases legais que as geraram e mantém, as instituições passam

por transformações, pelo menos em seus cargos de chefia e comissionados.

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A SEMARH/IGARN, como parte do sistema de Governo do Rio Grande do Norte, também passa

por situações semelhantes. A Lei que regulamenta as ações da SEMARH foi instituída em 1996 e

publicada em 1997, quando o órgão gestor do sistema hídrico ainda era a Secretaria dos

Recursos Hídricos – SRH. A despeito de a instituição haver sido, posteriormente transformada,

passando a aglutinar também a política de meio ambiente e, de ter seu nome modificado para

Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH, permaneceu sendo

regida pelo mesmo arcabouço legal de antes.

A função de capacitar e qualificar seus servidores, já estava regulamentada na Lei supracitada.

Data, portanto, do período de edição do Decreto Nº 13.285 de 22 de março de 1997, data da

publicação desse instrumento legal. Esse Decreto passou a regulamentar as ações da Secretaria

dos Recursos Hídricos – precursora da atual SEMARH – tendo ficado determinada a função de

formação e capacitação de quadros, conforme estipulado, no Capítulo I, Artigo 2º, Inciso XXII.

Assim, a SEMARH está agindo, nesse momento em que se organiza para qualificar seus quadros,

no sentido de cumprir essa legislação e contribuir para melhorar a competência técnica de seus

gestores e servidores.

Analisando a seqüência dos dispositivos legais em relação à formação profissional específica para

os servidores do sistema hídrico, encontramos os seguintes tópicos:

− Capítulo I, Artigo 2º, Inciso XXII – que trata da formação em linhas gerais, pressupondo o dever

de “promover programas educacionais e capacitação de pessoal”, abre o leque das ações

formadoras da SEMARH.

− Capítulo III, Seção II, Artigo 8º, Parágrafo Único – que trata de dois aspectos essenciais na

organização das funções técnicas, a saber:

a) A formação em nível superior para os técnicos e,

b) Administrar de tal forma que sejam compatibilizadas a formação de nível superior com as

competências da função técnica exercida.

− Capítulo IV, Artigo 26º, em seus Incisos I e II – trata, seqüencialmente, de promover a formação

e o desenvolvimento de noções, atitudes e conhecimentos nos objetivos do órgão a que

pertencem, ou seja, desenvolverem um saber relacionado à missão e função específica da

SEMARH; ainda propõe o Inciso II que seja promovido o treinamento dos subordinados,

orientando-os na execução de suas tarefas, etc. O Inciso III contém uma orientação para que

sejam treinados os possíveis substitutos dos cargos de chefia. Sugere ainda uma alternativa

mais que louvável que é a rotatividade de técnicos em cargos de chefia – os rodízios – visando

ampliar suas concepções e construir uma “visão integrada dos órgãos”5. Essa é, sem dúvida,

uma das recomendações que este relatório adota.

5 ANTON MAKARENKO, idealizador da pedagogia russa, trabalhou com a organização de sistemas sócio-educacionais após a revolução russa. Construiu células a que denominou de “coletivos” e usava dessa metodologia de fazer rodízios de funções na coordenação das equipes, com resultados compensadores. Essa técnica permite que todos os membros de um setor possam ocasionalmente ocupar cargos de chefia e liderança. Para Makarenko a tarefa foi muito mais delicada por trabalhar com órfãos e jovens delinqüentes, subprodutos da guerra de 1914.

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− Capítulo IV que trata “Das Disposições Complementares”, em seu Artigo 30º determina que “Os

cargos de Coordenador e Subcoordenador de natureza técnica são exercidos, em comissão,

por portadores de diploma de nível universitário com habilitação profissional específica, na

forma da legislação vigente, designados pelo Governador do Estado, mediante proposta do

Secretário dos Recursos Hídricos.

Parágrafo Único – Os titulares dos cargos mencionados neste artigo, em suas ausências e

impedimentos eventuais, são substituídos por técnicos da mesma habilitação profissional,

indicados pelo Secretário e designados pelo Governador.”

É com base nesse apoio legal que o Programa de Capacitação de Gestores e Servidores da

SEMARH/IGARN ganha foros de ação essencial, dado que, pela primeira vez desde sua criação

está oferecendo oportunidades de qualificação aos seus diversos quadros funcionais.

O corpo técnico/funcional da SEMARH/IGARN se compõe de duas categorias. São noventa e oito

servidores que compõe o quadro, complementado por outro quadro composto por cinqüenta e

cinco servidores cedidos por outras instituições públicas. Até o presente momento não foi

realizado nenhum concurso público para ocupar os cargos técnicos do sistema SEMARH/IGARN.

A Consultora apresenta neste documento um desenho do quadro de servidores – corpo técnico –

para dar visibilidade à real situação dos recursos humanos da SEMARH/IGARN. Num segundo

momento, após um estudo comparativo entre o existente e o necessário, que permitiu identificar

as qualificações especificadas, apresenta uma nova proposta estruturada em: Alternativa 1 e

Alternativa 2, para os quadros funcionais do sistema SEMARH/IGARN. Busca, dessa forma,

verificar se as funções propostas estão em sintonia com as funções práticas desempenhadas. Ou

seja, fazer uma análise da adequação entre essa qualificação e a lotação dos servidores, com

vistas ao melhor desempenho funcional da SEMARH/IGARN.

Através do Programa de Capacitação em Recursos Hídricos, de Gestores e Servidores do sistema

SEMARH/IGARN, viabiliza-se uma melhor gestão pública do sistema hídrico em todas as suas

esferas – captação, adução, conservação e distribuição de água – o que pode tornar o Estado do

Rio Grande do Norte mais capaz de gerir a política da água, trazendo como conseqüência uma

salutar contribuição ao desenvolvimento sustentável do Estado. Nesse sentido o Programa de

Capacitação deve ser capaz de propor, na justa medida, as ações necessárias, as quais estarão

contempladas no conjunto das propostas do Centro de Excelência.

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22 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MAKARENKO, A. Poema Pedagógico. Trilogia. São Paulo, Cultrix, 1983.

SCHÖN, D. The Reflective Practitioner: How Professionals Think in Action. London, Temple Smith,

1983.

WEBER, M. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo, Editora Martin Claret,

2007.

A ÁGUA É UM BEM DE TODOS - Recursos Hídricos o Caminho do Desenvolvimento. Legislação

Sobre os Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Norte. 3ª Edição. Natal-RN, 2000.

MACEDO, HYPÉRIDES PEREIRA DE – A chuva e o chão na terra do sol – Editora Maltese São

Paulo-SP, 1994

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ANEXO – I - PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO

Com a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH), ficou evidenciado o

reconhecimento da importância vital da água para o desenvolvimento econômico, social e

ecológico do Rio Grande do Norte.

A SEMARH/IGARN enfrenta a difícil tarefa de gerenciar os recursos hídricos constantes dos

corpos d’água superficiais e subterrâneos, de domínio estadual, promovendo a operação dos

principais reservatórios do Estado.

Nos últimos anos o Rio Grande do Norte vem avançando na questão do gerenciamento dos

recursos hídricos através: da sistematização do monitoramento continuo das águas, a fim de

fornecer subsídios ao controle da gestão dos estoques disponíveis de água; do planejamento

participativo dos recursos hídricos, juntamente com os comitês de Bacias hidrográficas; da

elaboração dos Planos Diretores de Bacias Hidrográficas; do desenvolvimento de ações com

vistas à preservação da qualidade das águas superficiais e subterrâneas; e do gerenciamento do

processo de cobrança pelo uso da água do Estado.

Diante dessa complexidade de ações, sentiu-se a necessidade de implantação de amplo

programa estadual de capacitação, em todos os níveis, em função dos grandes desafios que se

apresentam, não só para a SEMARH/IGARN e suas instituições de apoio: CAERN, IDEMA, entre

outros órgãos relacionados à gestão das águas, mas também para o próprio setor privado do

Estado que trabalha na área de recursos hídricos.

Um Plano Estadual de Capacitação em Recursos Hídricos (SEMARH/IGARN) está em

desenvolvimento e se caracteriza por uma abrangente parceria que está sendo feita entre a

SEMARH/IGARN e seus órgãos afins, com várias instituições públicas, como universidades e

institutos de pesquisa, e prevê, fundamentalmente, a criação no Estado, em futuro próximo, de um

“centro de excelência em recursos hídricos”, através de um amplo processo de treinamento e

reciclagem dos técnicos que atuam no setor.

A Política de Água do Estado do Rio Grande do Norte tem como proposta central e sentido prático

garantir a oferta hídrica, de forma permanente e sustentada, para o abastecimento das atividades

essenciais na vida econômica, como o complexo urbano, industrial, turístico e do projeto de

produção de alimento: irrigação e dessedentação animal.

Essa mesma água é um dos mais frágeis recursos, quando não, limitadíssimo em muitos espaços

do mundo, como ocorre no semi-árido nordestino. Para redimensionamento a esse equilíbrio entre

a necessidade vital e a oferta exígua, urge socializar as responsabilidades, convocar as cabeças

pensantes para o melhor desempenho do uso racional desse precioso líquido. Cremos ser essa a

pedra de toque de uma nova época, época de uma reengenharia das relações entre homem e

natureza, numa dimensão revolucionária.

Define-se revolução, aqui, como a ruptura de um encadeamento tradicional. Criar uma nova

mentalidade, uma cultura com hábitos definidos pela capacidade de uso adequado ao meio em

que vivemos, requer a participação de novas mentalidades, de gente nova, capaz de avançar com

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paradigmas diferenciados do tradicional. O marasmo a nós inculcado por vivermos no semi-árido,

criado sob o impulso de determinismo ambiental de interesse político econômico, será rompido

somente com a determinação das gerações novas que hão de manter uma nova visão de futuro

para o Nordeste e para o Rio Grande do Norte.

É possível esboçar as linhas mestras desse caminho. Promovendo e ampliando a participação de

especialistas experientes, treinando novas equipes, incorporando jovens que possuem capacidade

e força de avançar para o mundo novo, necessário ao futuro, numa constante descoberta de

inovações.

Na universidade está o cerne do desenvolvimento, onde o pensar livre, onde os sonhos são

criados e recriados, numa constante busca de um amanhã diferente e mais feliz, na conjugação de

esforços múltiplos. Canalizar essa energia cabe aos que decidem, aos que têm o poder de orientar

com rapidez e eficiência.

As universidades do Estado do Rio Grande do Norte necessitam ampliar suas ofertas de cursos e

ministrar cursos especializados de graduação e de pós-graduação, relacionados aos interesses

dos recursos hídricos, como: engenharia (civil, hidráulica e de recursos hídricos), geologia e

computação.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH em associação

com IGARN é a cabeça dos sistemas de gestão de água do Estado, responsável pela condução

da política de água, envolvendo iniciativas jurídicas, institucionais, tecnológicas, recursos humanos

e direção dos fundos financeiros. Ela detém ainda o cartório de outorga e licenciamento da obra

através do setor de administração dos recursos hídricos.

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ANEXO - II - O SEGMENTO GESTÃO

PROJETO DE CAPACITAÇÃO DA SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS

RECURSOS HÍDRICOS

A implantação de uma vasta rede de infra-estrutura hídrica exige um denso programa de

preparação de quadros-técnicos para gerenciamento eficiente de todo este patrimônio público,

voltado para o desenvolvimento econômico e social do Estado.

Sendo a água um bem público, e não um bem do Estado, sua gestão implica na participação

democrática da sociedade que o utiliza para viver e produzir. Sendo, pois, o recurso hídrico objeto

de gerenciamento coletivo, um projeto de capacitação deve alcançar o grupo de usuários, visando

interagir com as pessoas que integram os organismos de decisão. Para tanto, é preciso encontrar

uma fórmula ou método capaz de transformar as inúmeras e necessárias reuniões de usuários,

num processo de treinamento permanente. Este exercício envolve material educativo e pessoal

capacitado em técnicas de oficina e divulgação.

A difusão de tecnologia em manejo de recursos hídricos encontra no ambiente dos Comitês,

Associações e Tribunas de Usuários de água, um campo fértil para a semeadura de novas

práticas de uso eficiente e social da água e moderação de conflitos.

Gerenciar os recursos hídricos em quantidade e qualidade através de açudes, adutoras e comitês

de integração, exige do órgão responsável pela operação e manutenção da infraestrutura hídrica,

um forte projeto de monitoramento da movimentação da água no território.

Compete à SEMARH/IGARN as funções de liderança do Sistema Estadual dos Recursos Hídricos

e de articulação institucional, nos níveis federal, estadual e municipal e com a sociedade em geral.

A SEMARH/IGARN como instituição responsável pela implementação da política estadual de

recursos hídricos, desenvolve suas ações diretamente ou através das entidades afins: CAERN e

IDEMA.

Os subprojetos sugeridos se colocam aqui como alternativas a serem analisadas pela

SEMARH/IGARN e devem ser tomadas como tal. Em caso de aceitação de alguma das idéias

apresentadas, a Consultora fará o detalhamento necesário a qualquer delas que necessite ser

efetivada.

SUBPROJETO DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL

− Planejamento governamental (elaboração de planos, programas e projetos);

− Acompanhamento, monitoramento e avaliação de planos, programas e projetos;

− Orçamento-programa e planejamento operativo;

SUBPROJETO DE PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS

− Estudos prospectivos de demanda e oferta de recursos hídricos por bacia hidrográfica;

− Plano plurianual de investimento;

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− Planos diretores em níveis de bacias hidrográficas;

− Planos diretores municipais e consórcios municipais para aproveitamento e gerenciamento de

recursos hídricos;

− Elaboração e analise de projetos;

− Gerência de projetos;

− Estudos básicos necessários ao planejamento dos recursos hídricos;

SUBPROJETO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUVIONAL EM RECURSOS HIDRICOS

− Modelos institucionais para a gestão dos recursos hídricos (âmbito: nacional, estadual e

municipal; experiências internacionais);

− O Papel do Estado e a participação da sociedade na gestão dos Recursos Hídricos,

organização de usuários e comitês de bacias;

− Organização institucional para o gerenciamento dos recursos hídricos com a participação da

iniciativa privada;

− Desenvolvimento gerencial.

SUBPROJETO DE LEGISLAÇÃO SOBRE RECURSOS HÍDRICOS

− Legislação sobre recursos hídricos e sua interface com o meio ambiente;

− Instrumento de gestão dos recursos hídricos (outorga, licença para construção de obras

hídricas, cobrança pelo uso de água, tarifas, etc.);

− Mediação dos conflitos.

SUBPROJETO DE ENGENHARIA DOS RECUROS HÍDRICOS

− Transposição de bacias hidrográficas através de canais e eixos de transferência;

− Administração de sistemas hidráulicos complexos;

− Participação da sociedade e construção de obras hídricas (mobilização, organização e co-

gestão na fase de construção das obras);

− Reassentamento de populações impactadas pela construção de obras hídricas;

− Desenvolvimento sustentável de populações impactadas pela construção de obras hídricas.

SUPROJETO DE INFORMÁTICA

− Informática básica (DOS, WORD, WINDONS, EXCEL);

− Informática intermediária;

− Programação básica;

− Cursos especiais.

SUBPROJETO DE INFORMAÇÃO/COMUNICAÇÃO /DOCUMENTAÇÃO

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− Comunicação interna e externa;

− Marketing institucional;

− Administração ao acervo bibliográfico/memória técnica;

− Integração a redes/sistema de bibliotecas;

− Informatização do banco de dados bibliográficos;

− Centro de serviços de documentação e informação.

SUBPROJETO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO

− Controle e execução orçamentária;

− Secretariado;

− Administração de compras;

− Administração de matérias e patrimônio;

− Administração de transporte e serviços;

− Licitação.

SUBPROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS

− Recrutamento e seleção;

− Controle e administração de recursos humanos;

− Avaliação de desempenho;

− Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos;

− Criação de projeto para Estágio de nível superior.

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ANEXO III - O SEGMENTO AGROMETEOROLOGIA

Para seu crescimento e desenvolvimento, as plantas dependem da sua constituição genética e

das condições ambientais do solo e do clima. Assim, até que a interação do complexo climático

com o processo fisiológico da cultura seja entendido, a produção desta cultura, adequada às

condições climáticas locais, permanece no empirismo. Ao mesmo tempo, a prática comum de

definir analogias climáticas, baseada em termos de médias mensais de temperatura e

precipitação, tem se mostrado inadequada para guiar a introdução de plantas ou o planejamento

do uso da terra.

Assim, verifica-se a necessidade da implementação de uma Rede de Plataformas Automáticas de

Coleta de dados, no Estado do Rio Grande do Norte, a exemplo do que foi efetivado no vizinho

Estado do Ceará, pelo então Secretário dos Recursos Hídricos Dr. Hypérides Macedo. Este

conjunto de equipamentos proporcionará também, o monitoramento de variáveis do solo, como

temperatura, umidade e fluxo de calor e, terá certamente, uma contribuição ímpar ao

desenvolvimento agrícola no Estado do Rio Grande do Norte, subsidiando as ações de

planejamento agrícola. No entanto, para que haja um melhor aproveitamento dessa potencial fonte

de informações, é necessário que haja um mínimo de conhecimentos por parte dos técnicos do

setor de climatologia, na compreensão das complexidades envolvidas em Agrometeorologia.

Deste modo, esta proposta visa através de um breve treinamento, realizar esta capacitação.

Note-se que o treinamento proposto virá a complementar o trabalho já realizado junto à EMATER-

RN, que de forma pioneira, têm levado as informações de tempo e clima aos agricultores do

Estado do Rio Grande do Norte, subsidiando sua tomada de decisão no que se refere ao

planejamento de suas plantações.

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ANEXO IV - PROJETO DE CAPACITAÇÃO DO IGARN

JUSTIFICATIVA

A inserção do IGARN em novo paradigma de qualidade e de modernização para consecução de

suas metas depende de elaboração e implementação de um plano contínuo de treinamento e

desenvolvimento, no qual a capacitação se vincula a projetos estratégicos do governo e a políticas

que norteiam o contexto em que o IGARN opera, bem como as perspectivas de uma atuação

futura.

Assim, parâmetros como a radiação solar, a evapotranspiração, a amplitude diária da temperatura,

o balanço hídrico entre outros, precisam ser analisados a perspectiva da ação do IGARN, para

que seja possível estabelecer um plano para obter o máximo retorno econômico para um dado

regime climático. Do mesmo modo, o conhecimento desses e de outros parâmetros pode auxiliar

sobremaneira a solução de práticas culturais, como o problema com a irrigação, o espaçamento

entre as linhas de uma cultura, época de plantio e aplicação de fertilizantes, seleção de

variedades, transplante de mudas e até mesmo indicar a necessidade de se criar meios artificiais

de modificação dos micro-climas, através da construção de quebra-ventos, sombreamentos, e uso

de coberturas vegetais (ação profunda) para a diminuição da evaporação.

O IGARN faz parte do sistema de gestão dos recursos hídricos do Rio Grande do Norte, em

articulação com a SEMARH. Em sua função responde pela implementação da Política Estadual

dos Recursos Hídricos, no tocante aos aspectos de gerenciamento dos corpos d’água de domínio

do Estado e da União, por delegação, promovendo o seu uso racional, social e sustentado. No

sentido de viabilizar sua ação sugerimos a capacitação direcionada para os subprojetos listados a

seguir:

SUBPROJETO DE PLANEJAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS (direcionado ao

gerenciamento)

− Planos de gerenciamento de bacias hidrográficas;

− Elaboração e avaliação de projetos;

− Sistema de suporte à decisão;

− Estudos de oferta e demanda;

− Estudos hidrológicos, hidrogeológicos e hidroambientais.

SUBPROJETO DE GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS

− Monitoramento

− Operação e manutenção de sistemas hídricos;

− Segurança de barragens;

− Controle de qualidade de água;

− Instrumentos de gestão;

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− Segurança do trabalho aplicado às estações elevatórias;

− Mergulho para inspeção de estruturas hidráulicas;

− Preservação e controle ambiental;

− Operação e manutenção de equipamentos hidromecânicos.

SUBPROJETO DE ORGANIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE USUÁRIOS DE ÁGUA

− Apoio à organização de usuários de água;

− Apoio à organização de comitês de bacias.

SUBPROJETO DE COBRANÇA PELO USO DE ÁGUA

− Aspectos legais e institucionais;

− Sistema de tarifação e tarifas;

− Capacidade de pagamento de produtores rurais para o uso de água para irrigação.

SUBPROJETO DE INFORMÁTICA

− Informática básica (DOS, WORD, WINDONS, EXCEL);

− Informática especializada (DELPH, AUTOCAD, VISUAL BASIC, COREL DRAW, HARDWARE

e similares);

− Gerenciamento de redes;

− Modelos de suporte e gerenciamento dos recursos hídricos;

− Banco de dados (ACCESS);

− Geoprocessamento.

O conjunto de subprojetos apresentado a seguir se constitui de sugestões a serem analisadas e,

em caso de aceite pela SEMARH/IGARN, a Consultora fará o detalhamento necessário.

− Subprojetos de Recursos Hídricos

− Qualidade de águas superficiais e subterrâneas;

− Transporte de sedimento e assoreamento de reservatórios;

− Hidráulica fluvial;

− Processos de interação rio-aquíferos;

− Geofísica aplicada à hidrogeologia e às obras hídricas;

− Modelagem hidrogeologica;

− Sensoriamento remoto e geoprocessamento aplicados a recursos hídricos.

SUBPROJETO DE METEOROLOGIA

− Analise estatísticas e consistência de dados;

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− Estudos relacionados à microfísica de nuvens;

− Estudos relacionados à previsão de tempo e climas;

− Estudos na área de mesoescala;

− Estudos e técnicas de radar meteorológico.

− Sistemas de informação geográficas;

− Análise ambiental (pedologia, geomorfologia, fitoecologia e recursos hídricos superficiais);

− Ecologia da paisagem;

− Estudos de zoneamento e degradação ambiental;

− Sensoriamento remoto;

− Análise físico-quimica e de fertilidade do solo;

− Modelo de umidade do solo.

SUBPROJETO DE APOIO TECNOLÓGICO

− Administração e desenvolvimento de sistema de bancos de dados;

− Gerência de redes de computadores/administração de sistemas/segurança de informações;

− Sistemas de aquisição de dados de radar meteorológico, satélites, estações

hidrometeorológicas e ambientais (instalação/instrumentalização, manutenção preventiva,

aquisição/transmissão de dados);

− Gerenciamento do sistema de informações;

− Geoprocessamento (instalações/configuração, scripts, conectividade com banco de dados);

− Processamento de imagens;

− Ferramentas de desenvolvimento de sistemas de linguagem de programação;

− Processamento de documentação e informação bibliográfica.

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ANEXO V - PROJETO DE CAPACITAÇÃO DA CAERN

JUSTIFICATIVA

A CAERN, como instituição executora das obras de infra-estrutura hídrica para aumentar a oferta

d’água, atendendo à população em seus múltiplos usos, deve manter seu pessoal capacitado,

tanto tecnicamente quanto administrativamente.

SUBPROJETOS DE RECURSOS HÍDRICOS

− Fotointerpretação aplicada à prospecção de água subterrânea;

− Geofísica aplicada à hidrogeologia;

− Modelagem hidrogeológica;

− Elaboração de projetos;

− Interpretação de documentação cartográfica, imagens de satélites e cadastramento de

informações hidrogeológicas (analise físico-química e bacteriológica);

− Tratamento da água, incluindo técnica de dessalinização;

− Técnicas para construção de poços acima de 350m de profundidade;

− Preservação ambiental das obras hídricas;

− Desenvolvimento de poços e teste de bombeamento.

SUBPROJETO DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS E VEÍCULOS

− Mecânica dos sistemas hidráulicos;

− Torneamento mecânico;

− Manutenção preventiva e corretiva de veículos e equipamentos de perfuração;

− Mecânica de motores à explosão, suspensão e sistemas de freios de veículos;

− Mecânica de compressores, perfuratrizes rotopneumáticas e percussoras;

− Pintura e lanternagem de veículos;

− Sistema elétrico de compressores perfuratrizes e veículos.

SUBPROJETO DE INSTALAÇÃO E EUIPAMENTOS

− Dimensionamento e instalação de equipamentos de captação;

− Dimensionamento e instalação de dessalinizadores;

− Montagem e instalação de sistemas de painéis fotovoltáticos (energia solar) para captação de

águas subterrâneas.

SUBPROJETO DE CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS

− Mecânica de solo para barragens;

− Geotécnica aplicada à barragens;

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− Segurança de barragem;

− Vertedouros de estruturas de dissipação;

− Equipamentos eletrohidromecânicos;

− Instrumentação de barragens;

− Cartografia básica e interpretação aerofotogramétrica.

SUBPROJETO DE CONSTRUÇÃO DE CANAIS E DE ADUTORAS

− Sistema de abastecimento d’água;

− Abastecimento d’água para pequena comunidade no meio rural;

− Tratamento da qualidade de água;

− Água e meio ambiente;

− Canais e adutoras para transferência d’água.

SUBPROJETO DE INFORMATIZAÇÃO

− Administração e ferramentas de desenvolvimento de sistemas de bancos de dados;

− Gerência e utilização de redes de computadores de informações e internet;

− Informatização de documentos;

− Digitalização de projetos técnicos, utilização de ferramentas CAD.

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IBI Engenharia Consultiva S/SRua Silva Jatahy, Nº 15, 7º Andar

Meireles - Fortaleza - CearáCEP.: 60.165-070

Fone: (85) 3261 1001 / Fax: 3248 [email protected]

ENGENHARIACONSULTIVA S/S.

ibiibi