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 Instituto Politécnico de Coimbra Escola Superior Agrária de Coimbra LICENCIATURA EM ENGENHARIA DOS RECURSOS FLORESTAIS GESTÃO DOS RECURSOS FLORESTAIS PLANO DE GESTÃO FLORESTAL Trabalho elaborado por: João Cruz Patrícia Figueiredo Coimbra, 11 de Abril de 2012

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Instituto Politécnico de Coimbra

Escola Superior Agrária de Coimbra

LICENCIATURA EM ENGENHARIA DOS RECURSOS

FLORESTAIS

GESTÃO DOS RECURSOS FLORESTAIS

PLANO DE GESTÃO FLORESTAL

Trabalho elaborado por:

João Cruz

Patrícia Figueiredo

Coimbra, 11 de Abril de 2012

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Índice1. Introdução ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72. Caracterização da Á rea de Estudo ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82.1. Localização Geográfica ...................................................................................................... 83. Análise Biofísica (Características Biofísicas do Território)... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

3.1. Variáveis Biofísicas Naturais ............................................................................................ 103.1.1. Factores Climáticos ............................................................................................ 103.1.2. Factores Fisiográficos ........................................................................................ 12a) Altimetria ........................................................................................................... 12

 b) Declive ............................................................................................................... 13c) Exposição ........................................................................................................... 143.1.3. Factores Hidrográficos ....................................................................................... 173.1.4. Factores Pedológicos .......................................................................................... 19a) Tipo de solo: ....................................................................................................... 19

 b) Litologia ............................................................................................................. 213.2. Unidades Homogéneas Ambientais (UHA) ...................................................................... 23

3.3. Variáveis Biofísicas Antrópicas ........................................................................................ 243.3.1. Rede viária ......................................................................................................... 243.3.2. Uso do solo ......................................................................................................... 26a) Ocupação Florestal ............................................................................................. 28

4. Caracterização biométrica dos povoamentos florestais .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 314.1. Classes de idade ................................................................................................................ 314.2. Classes de qualidade ......................................................................................................... 344.3. Volume em pé ................................................................................................................... 374.4. Estratos .............................................................................................................................. 395. Potencialidades ecológicas das espécies flor estais .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 426. Enquadramento dos Regimes Legais Específicos .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 446.1. Restrições de Utilidade Pública ........................................................................................ 44

6.1.1. Reserva Ecológica Nacional (REN) ................................................................... 446.1.2. Reserva Agrícola Nacional (RAN) .................................................................... 446.1.3. Rede Natura 2000 ............................................................................................... 456.1.4. Árvores Classificadas de Interesse Público ....................................................... 466.1.5. Monumentos Nacionais ...................................................................................... 476.1.6. Zona de Protecção dos Recursos Hídricos ......................................................... 47

6.2. Instrumentos de Planeamento Florestal ............................................................................ 486.2.1. Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF) ........................................... 486.2.2. Plano Municipal da Defesa da Floresta contra Incêndios (PMDFCI) ............... 49

7. Funcionalidades d a área de estudo ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 507.1. Produção ........................................................................................................................... 517.2. Conservação ...................................................................................................................... 517.3. Protecção ........................................................................................................................... 528. Objectivos do Plano de Gestão ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 558.1. Objectivos Gerais .............................................................................................................. 558.2. Objectivos Específicos ...................................................................................................... 559. Classificação e Caracterização das Unidades Homo géneas de Gestão ... . . . . . . . . . 569.1. Caracterização das Unidades homogéneas de gestão ....................................................... 56

9.1.1. Unidades Homogéneas de gestão - Função Produção ....................................... 589.1.2. Unidades Homogéneas de gestão - Função Conservação .................................. 60

9.1.3. Unidades Homogéneas de Gestão- Função Protecção ....................................... 619.1.4. Unidades Homogéneas de Gestão – FGC .......................................................... 62

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10. Planeamento Estratégico ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6310.1. Geração de Prescrições ..................................................................................................... 6310.2. Horizonte de Planeamento ................................................................................................ 6710.3. Elaboração do Plano de Cortes ......................................................................................... 6710.4. Formulação do problema .................................................................................................. 69

10.4.1. Função Objectivo ............................................................................................... 6910.4.2. Restrições da área total ...................................................................................... 6910.4.3. Restrições da área por grupo de espécies ........................................................... 6910.4.4. Área a corte ........................................................................................................ 7010.4.5. Volume a corte ................................................................................................... 7010.4.6. Restrições da Área a corte .................................................................................. 7010.4.7. Restrições de Volume a corte ............................................................................. 70

11. Discussão de Resultados ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7111.1. Análise da Área a corte por Período ao Longo do Horizonte de Planeamento................. 7111.2. Análise Comparativa da Ocupação dos Povoamentos no Início e no Final doHorizonte de Planeamento ............................................................................................................... 73

12. Carta de Ocupação no Final do Horizonte de Planeamento ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7513. Considerações Finais .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7714. Bibliografia .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78ANEXOS .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2ANEXO I .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ANEXO II .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9ANEXO III .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3ANEXO IV ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10ANEXO VI ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28  

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Índice de Figuras

Figura 1 - Carta de freguesias da área de estudo. ............................................................. 8 

Figura 2 - Carta de Altimetria da área de estudo. ........................................................... 12 Figura 3 – Classes de declive da área de estudo. ............................................................ 13 

Figura 4 - Representatividade da exposição da área de estudo. ..................................... 15 

Figura 5 - Rede hidrográfica ........................................................................................... 18 Figura 6 – Carta do tipo de solo ..................................................................................... 20 

Figura 7 – Carta litológica da área de estudo ................................................................. 22 

Figura 8 - Rede viária da área de estudo ........................................................................ 25 

Figura 9 - Carta de uso do solo da área de estudo .......................................................... 26 

Figura 10 – Gráfico de representatividade de ocupação do solo .................................... 27 

Figura 11 – Ocupação florestal da área de estudo .......................................................... 29 Figura 12 – Área de ocupação dos povoamentos de Eucalipto por classe de idade. ...... 32 

Figura 13 - Área de ocupação dos povoamentos de Pinheiro-bravo por classe de idade......................................................................................................................................... 32 

Figura 14  –  Área de ocupação dos povoamentos de Folhosas diversas por classe deidade. .............................................................................................................................. 33 Figura 15  –  Área de ocupação dos povoamentos de pinheiro-bravo por classe dequalidade ......................................................................................................................... 35 Figura 16 – Área de ocupação dos povoamentos de Eucalipto por classe de qualidade 35 

Figura 17 – Distribuição do volume em pé dos povoamentos de Pb por classes de idade......................................................................................................................................... 37 

Figura 18 – Distribuição do volume em pé dos povoamentos de Eucalipto por classes deidade. .............................................................................................................................. 38 

Figura 19 – Carta de estratos .......................................................................................... 40 

Figura 21 - Habitat, ameaças e estratégia de conservação do habitat do Lagarto-de-água.

........................................................................................................................................ 46 Figura 22 – Carta de funcionalidades da área de estudo. ............................................... 50 Figura 22- Carta de Sub-funções da área de estudo. ...................................................... 53 

Figura 23 - Carta homogénea de gestão (UHG) ............................................................. 57 Figura 27 – Distribuição de áreas a corte por período .................................................... 71 

Figura 28 – Distribuição de volumes a corte por período .............................................. 72 

Figura 29 - Ocupação dos Povoamentos no Início e no Final do Horizonte dePlaneamento por grupos de espécies. ............................................................................. 74 

Figura 30 – Ocupação no final do horizonte de planeamento ........................................ 76 

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Índice de Tabelas

Tabela 1- Freguesias da área de estudo ............................................................................ 9 

Tabela 2 – Variáveis climáticas ...................................................................................... 11 

Tabela 3 – Classes de declive na área de estudo ............................................................ 14 

Tabela 4 – Exposição da área de estudo ......................................................................... 15 Tabela 5 – Comprimento das linhas de água .................................................................. 18 

Tabela 6 – Representação do tipo de solo da área de estudo .......................................... 20 

Tabela 7 – Classificação litológica ................................................................................. 22 Tabela 8 – Rede viária .................................................................................................... 25 

Tabela 9 – Uso do solo ................................................................................................... 27 Tabela 10 – Caracterização da ocupação florestal.......................................................... 30 

Tabela 11 - Fonte de informação auxiliar para o cálculo da classe de idade, classe dequalidade e volume dos diferentes povoamentos ........................................................... 31 

Tabela 12 – Classes de idade .......................................................................................... 31 

Tabela 13 – Classe de qualidade da espécie Pinheiro-Bravo ......................................... 34 

Tabela 14 – Classes de qualidade da espécie Eucalipto ................................................. 34 Tabela 15 – Volume em pé dos povoamentos de Pb na área de uso florestal. ............... 37 Tabela 16 – Volume em pé dos povoamentos de Eucalipto (Ec) ................................... 38 

Tabela 17 – Estratos com a respectiva área de ocupação ............................................... 41 

Tabela 18 – Funcionalidades dos espaços florestais ...................................................... 51 

Tabela 19 – Ocupação de funções e respectivas sub-funções da área de estudo............ 54 

Tabela 20 - Unidades homogéneas de gestão - função Produção ................................... 59 

Tabela 21 - Unidades homogéneas de gestão - função Conservação ............................. 60 

Tabela 22 - Unidades homogéneas de gestão - função de Protecção ............................. 61 Tabela 23 – Unidades homogéneas de gestão - FGC ..................................................... 62 

Tabela 24 - Tabela das variáveis de desisão ................................................................... 64 

Tabela 25 - Operações silvícolas a executar em povoamentos ao longo do horizonte de planeamento .................................................................................................................... 67 

Tabela 26 - Fonte de Tabelas de produção e modelos silvícolas para a função Produção........................................................................................................................................ 68 

Tabela 27 - Grupo de espécies ........................................................................................ 69 Tabela 28- Ocupação dos Povoamentos no Início e no Final do Horizonte dePlaneamento ................................................................................................................... 73 

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Lista de Abreviaturas

AG – Agrícola

DFCI – Defesa da Floresta Contra Incêndios

Ec – Eucalipto ( Eucalyptus globulus)

Fd – Outras Folhosas / Folhosas diversas

FL – Florestal

Fx –   Freixo spp. 

GIMREF – Grupo de Inventariação e Modelação de Recursos Florestais

HH – Hidrografia

IC – Inculto

IP – Improdutivo

NUT – Nomenclatura das Unidades Territoriais

OO – Código para povoamento puroPb – Pinheiro bravo ( Pinus pinaster )

PMDFCI – Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndio 

PROF CL – Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral

Qc – Outros Carvalhos

RAN – Reserva Agrícola Nacional

Rd – Resinosas diversas

REN – Reserva Ecológica Nacional

Rp – Espécies ripícolas

SC – Social

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1.  Introdução

A floresta fornece inúmeros bens e serviços, desde os bens directos, por exemplo, a madeira ou

frutos florestais, passando pelos indirectos, como a caça e os cogumelos, até aos serviços de

regularização do regime hídrico, protecção do solo, manutenção da biodiversidade, criação de áreas de

recreio, entre outros (CORREIA et al , 2003).

O ordenamento e planeamento prende-se com a necessidade de estabelecer uma ordem nos

 processos humanos que permitam atingir os objectivos de satisfação de necessidades individuais ou

colectivas. Em termos metodológicos, “Ordenamento do Território é o processo integrado de

organização do espaço biofísico, tendo como objectivo o uso e a transformação do território, de acordo

com as suas capacidades e vocações, e a permanência dos valores de equilíbrio ecológico e deestabilidade geológica, numa perspectiva de aumento da sua capacidade de suporte de vida.” Lei de

Bases do Ambiente (Lei n.º11/87, de 7 de Abril). Assim, o ordenamento apresenta-se com maior 

agregação que o planeamento, mas este visa o enquadramento de acções de projecto e obra e prevê

medidas para a dinamização do desenvolvimento (PARTIDÁRIO, 1999).

A gestão de recursos florestais representa um conjunto de decisões sequenciais no tempo e no

espaço, que visam preservar ou restaurar os recursos florestais. As florestas podem ser geridas tendo

em vista a satisfação de um, de alguns ou de um conjunto vasto de objectivos, como a protecção deespécies e habitats, a produção lenhosa, o recreio e a paisagem.

Para escolher entre decisões alternativas, é necessário perceber o alcance dos recursos

disponíveis e as suas limitações, criar e desenvolver as alternativas de gestão e conhecer técnicas

capazes de auxiliar o processo de escolha até à decisão final de implementação do plano de gestão

(FIDALGO, Beatriz).

Por Plano de Gestão Florestal (PGF) entende-se como sendo um instrumento de administração

dos espaços florestais que, de acordo com as orientações definidas no Plano Regional de Ordenamento

Florestal (PROF), determina, no espaço e no tempo, as intervenções de natureza cultural e de

exploração dos recursos, visando a produção sustentada dos bens e serviços por eles proporcionado e

tendo em conta as actividades e os usos dos espaços envolventes  – (Decreto-Lei nº 16/2009 de 14 de

Janeiro).

O presente trabalho, inserido no âmbito da unidade curricular de Gestão dos Recursos

Florestais, tem como finalidade elaborar um plano de gestão florestal, numa área do Concelho de

Cantanhede, tendo como principal finalidade a produção de material lenhoso.

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2.  Caracterização da Área de Estudo

2.1.  Localização Geográfica

A área de estudo encontra-se situada no Concelho de Cantanhede, distrito de Coimbra,apresenta uma área total de, aproximadamente, 8853 ha e enquadra-se nas NUTs II (Zona Centro) e

 NUTs III (Baixo Mondego) - de acordo com os critérios de Nomenclatura das Unidades Territoriais.

Figura 1 - Carta de freguesias da área de estudo.

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Tabela 1- Freguesias da área de estudo

Freguesias Área (ha) Área (%)

Cadima 2776,97 31,4

Cantanhede 4216,12 47,6

São Caetano 1859,80 21,0

Total 8852,89 100

Contando com 3 freguesias, a freguesia de Cantanhede apresenta-se com a maior área 4216,12

ha (47,6%), seguindo-se a freguesia de Cadima com 2776,97ha (31,4%) e por último a freguesia de

São Caetano com uma área de 1859,80ha (21,0%). (Tabela 1 e Figura 1).

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3.  Análise Biofísica (Características Biofísicas do Território)

As variáveis biofísicas são elementos que descrevem características biológicas, físicas e

socioeconómicas do território, distinguem-se em naturais e antrópicas. Sendo as variáveis biofísicas

naturais originárias de processos naturais que decorrem de fenómenos e as variáveis antrópicasdependem da acção humana. As variáveis socioeconómicas descrevem as características sociais e as

actividades de uma comunidade.

Estas variáveis dizem respeito a elementos passivos em ordenamento do território e, em função

das suas características intrínsecas e das características socioeconómicas do local de ocorrência,

determinam a aptidão ou potencialidade biofísica do território para o desenvolvimento de acções de

ordenamento (Partidário, 1999). 

3.1.  Variáveis Biofísicas Naturais

As variáveis biofísicas naturais referem-se aos elementos do território cuja génese decorre, na

maioria dos casos, de processos naturais extraordinariamente lentos á escala humana. (Partidário,

1999)

3.1.1. Factores Climáticos

O Clima é entendido como o “conjunto de todos os estados que a atmosfera pode ter num

determinado local, durante um tempo longo, mas definido”1 

O estudo do clima é de grande importância para o planeamento das intervenções de

ordenamento, particularmente ao permitirem determinar o leque de espécies possíveis de utilizar na

região, prever o risco de erosão e estabelecer medidas para a sua mitigação (PROF, Litoral Centro).

Fazem parte do clima um conjunto de variações aleatórias dos elementos meteorológicos taiscomo a temperatura, precipitação, humidade relativa, geada, a insolação, entre outros, cuja principal

ferramenta de investigação é a estatística.

 Na tabela seguinte (Tabela 2), pode-se verificar o intervalo de valores dominantes e a escala

aplicada, referente a cada variável climática da área de estudo.

1 Fonte: Instituto de meteorologia: www.meteo.pt

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Tabela 2  – Variáveis climáticas

Variáveis Intervalo de valores Escala

Precipitação Entre 800 a 1000mm Médias anuais

Geada Entre 10 a 20 dias Dias por ano

Temperatura Entre 12.5 e 15ºC Médias anuais

Insolação Entre 2500 e 2600 horasMédias anuais do total de

horas observadas

Humidade Relativa Entre os 75 e os 80% Médias anuais

É de destacar que as variáveis climáticas na área em estudo são, na sua generalidade,

homogéneas, como podemos verificar na cartografia disponível no ANEXO I.

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3.1.2. Factores Fisiográficos

A análise da orografia do terreno permite identificar situações limitantes, tais como a existência

de riscos de erosão, riscos de inundação, ou a exposição a ventos fortes. Permite ainda avaliar, em

maior detalhe, as possibilidades de mecanização das operações florestais. Por outro lado, é

extremamente importante no que toca ao estudo do enquadramento paisagístico. Uma das suascomponentes mais importantes é o declive, directamente relacionado com o risco de erosão e com a

 possibilidade de mecanizar os trabalhos (PROF CL). 

a)  Altimetria

O estudo da altimetria permite determinar os andares de vegetação, onde as principais

condicionantes ocorrerão nas zonas de maior altitude, em que a topografia desfavorável e a diminuição

da temperatura poderão impor determinadas restrições.

Figura 2 - Carta de Altimetria da área de estudo.

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 Na Figura 2, pode-se observar que a altitude se enquadra no intervalo de 0 a 400 metros, o que

corresponde ao nível Basal.

b) Declive

O declive refere-se à inclinação morfológica do terreno. É essencial na identificação de factoreslimitantes ou condicionantes à ocupação humana do território.

A mobilização do solo está directamente relacionada com o declive e, consequentemente, com

o risco de erosão. Para declives superiores a 8-10% é obrigatória a utilização de técnicas que

minimizam o risco de erosão (PROF CL).

Figura 3  – Classes de declive da área de estudo.

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Tabela 3  – Classes de declive na área de estudo

Declive (%) Área (ha) Área (%)

Entre 0-10% 8736,85 98,7

Entre 10-30% 113,83 1,3

Superior a 30% 1,397 0,0Total 8850,67 100

 No que respeita à carta de declives - Figura 3 - a percentagem de declive com maior 

representatividade situa-se entre os 0-10%, apresentando 98,7% da área total (Tabela 3). Neste sentido,

a área de estudo não apresenta qualquer restrição relativa às técnicas a usar nas diferentes operações de

mobilização do solo.

c)  Exposição

O estudo da exposição permite adquirir conhecimento relativo à possível variação

 pluviométrica, de temperatura e de geadas. Esta variável pode modificar localmente as condições

edafo-climáticas, condicionando o crescimento e morfologia da vegetação, devido às orientações do

terreno.

A exposição foi classificada como Sul/Este, Norte/Oeste e Sem exposição.

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Figura 4 - Representatividade da exposição da área de estudo.

Tabela 4 –  Exposição da área de estudo

Exposição Área (ha) Área (%)

 Norte / Oeste 5562,16 62,8

Sem exposição 0,62 0,0

Sul / Este 3289,04 37,2

Total 8851,82 100,00

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De acordo com a análise da Tabela 4 e da Figura 4, pode-se verificar que as exposições Norte

e Oeste apresentam uma maior percentagem de área, com 62,8% do total da área de estudo. De uma

forma geral, estas exposições correspondem a estações mais frias e húmidas, por sua vez, as

exposições Sul e Este correspondem a estações mais quentes e secas.

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3.1.3. Factores Hidrográficos

A quantidade e qualidade das redes hidrográficas dependem, em grande medida do coberto

vegetal, e muito particularmente, do estrato arbóreo. Ao longo das linhas de água, a vegetação ripícola

desempenha ainda um importante papel no funcionamento dos ecossistemas associados,

 proporcionando habitats de alimentação, abrigo e reprodução para um grande número de espécies

terrestres, aquáticas e anfíbias, muitas delas com estatuto de conservação. A sua remoção ou

artificialização conduz a uma perda de capacidade de suporte para a generalidade das espécies que dela

dependem. Por outro lado, estas acções terão também impactos negativos ao nível das funções de

estabilização e protecção das margens, à filtração de poluição difusa, ao controlo das cheias, à

regularização climática e a alterações do grau de insolação do leito. (PROF CL).

A área de estudo apresenta duas hierarquias hidrográficas diferentes: linhas de água principais e

linhas de água secundárias (Figura 5).

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Figura 5 - Rede hidrográfica

Tabela 5  – Comprimento das linhas de água

Linhas de Água Comprimento (Km) Comprimento (%)

Linha de Água Principal 35,15 22,4

Linha de Água Secundária 122,02 77,6

Total 157,17 100,0

As linhas de água permanentes, como se constata na Tabela 5, apresentam uma extensão de35,15 Km, sendo que as linhas de água secundárias representam uma extensão total de 122,02 Km.

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3.1.4. Factores Pedológicos

O solo apresenta-se como o principal sistema de suporte da vida e do bem-estar humano,

fornecendo o substrato para as raízes, retendo água o tempo suficiente para esta ser utilizada pelas

 plantas e fixando nutrientes essenciais para a vida. Os solos funcionam como um elemento de ligação e

como sistema regulador do ciclo hidrológico global.

A carta de solos é um documento que indica a ocorrência de unidades - solo pertencentes a

determinadas categorias taxonómicas, fornecendo descrições minuciosas das unidades, incluindo

dados analíticos, como indicação à sua localização, topografia, drenagem, e modo de aproveitamento e

discussão acerca dos principais factores pedogenéticos (BOTELHO DA COSTA, 1999).

a)  Tipo de solo:

O conhecimento do tipo de solo torna-se importante pela influência e explicação que pode

fornecer em relação à estabilidade do substrato e aos recursos disponíveis.

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Figura 6  – Carta do tipo de solo

Tabela 6  – Representação do tipo de solo da área de estudo

Tipo de Solo Sub -Nome Área (ha) Área (%)

CAMBISSOLOSCambissolos cálcicos 3153,64 35,6

Cambissolos êutricos 12,33 0,1

LUVISSOLOS Luvissolos rodocrómicos cálcicos 278,52 3,1

PÓDZOIS Podzóis órticos 5409,05 61,1Total 8853,55 100,0

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Após a visualização da carta da Figura 6 e da análise da Tabela 6, verifica-se que a área de

estudo apresenta dominância de Pódzois órticos, aproximadamente 61% da totalidade da área de

estudo, mais de metade dos restantes tipos de solo.

b)  Litologia

A caracterização litológica da estação apresenta um papel importante na determinação do

respectivo potencial produtivo, identificação das espécies que a ela melhor se adaptam e conhecimento

das limitações naturais à florestação (PROF CL). No entanto, para esta caracterização é necessário o

conhecimento de diversas variáveis biofísicas  –  por exemplo, clima ou solo  –  para um correcto

 planeamento florestal, uma vez que uma mesma rocha corresponde solos de diferentes características.

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Figura 7  – Carta litológica da área de estudo

Tabela 7  – Classificação litológica

Litologia Área (ha) Área (%)

Aluvião 646,92 7,3

Areias, Calhaus Rolados, Arenitos Pouco Consolidados e Argilas 4175,76 47,2

Margas e Calcários Margosos 4030,87 45,5

Total 8853,55 100,0

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A área de estudo é caracterizada por 3 classes litológicas diferentes, como se verifica na Figura

7,  nomeadamente, os aluviões, areias, calhaus rolados, arenitos pouco consolidados e argilas e as

margas e calcários margosos. O tipo de solo dominante na área de estudo é constituído por areias,

calhaus rolados, arenitos pouco consolidados e argilas com uma representatividade de 47,2% da área

total.

3.2.  Unidades Homogéneas Ambientais (UHA)

As unidades homogéneas reflectem características e qualidades homogéneas do meio,

contribuindo para o uso sustentável.

As diferentes unidades apresentam grande homogeneidade, logo, menor nível de diversidade

interna e maior coerência entre os componentes, estando sujeitas às suas potencialidades e restrições.

A delimitação destas unidades visa dar satisfação à necessidade de atingir os objectivos propostos.

Para a realização desta carta, considerou-se a litologia como a variável com maior 

heterogeneidade, considerada como a característica que poderá influir a adaptação de algumas espécies

florestais, fornecendo informação relativa às áreas de maior potencial produtivo.

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3.3.  Variáveis Biofísicas Antrópicas

As variáveis antrópicas correspondem a elementos activos em ordenamento do território, com

forte expressão espacial e, consequentemente, com uma leitura biofísica directa. São elementos que

resultam da acção do homem no território e que podem estar em maior ou menor equilíbrio com osfactores naturais. Possuem de todo o modo uma génese e uma dinâmica diferente das variáveis

 biofísicas naturais, caracterizando-se pela sua escala humana e consequentemente uma evolução muito

mais perceptível e influenciável pela acção humana. (Partidário, 1999)

3.3.1. Rede viária

A rede viária constitui uma importante infra-estrutura, que permite, não só a acessibilidade aosespaços florestais no combate a incêndio, mas também o acesso à exploração de bens e serviços,

recreio e lazer.

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Figura 8 - Rede viária da área de estudo

Tabela 8  – Rede viária

Rede Viária Comprimento (m) Densidade (m/ha)

Comprimento

(%)Estradas Principais 19313,96 1,93 19,8

Estradas Secundárias 78069,46 7,81 80,2

Total 97383,42 9,74 100,0

A área de estudo é constituída por uma rede viária principal  – onde se encontram as estradas

nacionais (EN)  –  apresentando uma percentagem de 19,8% do comprimento total - e uma rede

secundária (caminhos municipais (CM), estradas nacionais desactivadas (END) estradas municipais

(EM)) com uma extensão total 78069,46 metros, correspondendo uma densidade total de 7,81 m/ha 

como se constata na Figura 8 e Tabela 8.

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3.3.2. Uso do solo

O uso do solo é, segundo FERNANDES et al , o ponto de intersecção mais importante entre as

actividades humanas e o ambiente, e como tal o seu estudo é importante às escalas globais, regionais e

locais, importando desenvolver novos métodos e técnicas, de forma a permitir classificações,

comparações e generalizações a escalas mais amplas.

Figura 9 - Carta de uso do solo da área de estudo

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Tabela 9  – Uso do solo

Uso do Solo Área (ha) Área (%)AG 3220,02 36,4

FL 4414,85 49,9

IC 461,49 5,2IP 10,61 0,1

SC 746,51 8,4

Total 8853,48 100

Observando-se a Figura 9, a área de estudo possui 5 usos do solo.

 Na Tabela 9, verifica-se que o uso com maior representatividade é o uso florestal com 49,9%

da área total, seguindo-se o uso agrícola com 36,4% o que corresponde a 3220,02 ha. Os restantesusos, nomeadamente o uso social, os improdutivos e os incultos, no seu conjunto, representam menos

que 15% da área de estudo.

Figura 10  – Gráfico de representatividade de ocupação do solo 

36%

50%

5% 0%9%

Uso do solo

AG

FL

IC

IP

SC

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a)  Ocupação Florestal

A ocupação florestal diz respeito à caracterização dos povoamentos florestais existentes na área

de estudo. O atributo ocupação florestal será caracterizado com base nas espécies florestais presentes,

tendo em consideração além do domínio Florestal, o domínio Inculto, admitindo que este domínio

 possui possíveis potencialidades produtivas florestais.

Para uma melhor análise e caracterização da área de estudo de forma homogénea, promove-se,

através do software “ArcGis 10”, a um ELIMINATE de 5ha, admitindo assim apenas áreas de valor 

superior ou igual a 5ha.

Os povoamentos, presentes na área de estudo, são compostos por povoamentos puros, 75% de

cada povoamento é ocupado pela espécie principal, e apenas 25% com ocupação secundária.

A existência de alguma área designadas como plantações ou sementeiras (Ps) foramreclassificadas como povoamentos muito jovens de Eucalipto, considerando as tendências sociais para

o investimento em plantações de espécies de rápido crescimento.

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Figura 11  – Ocupação florestal da área de estudo

Os povoamentos existentes na área de estudo são de Eucalipto globulus ( Eucalyptus globulus),

de Pinheiro bravo ( Pinus pinaster ), de Carvalhos, e de outras folhosas como se observa na Figura 11.

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Tabela 10  – Caracterização da ocupação florestal

  Fl: Domínio Florestal; Ec: Eucalipto; Fd: Folhosas diversas; Pb: Pinheiro-bravo; Ps: Plantações ou sementeiras;Qc-Outros carvalhos;

  IC: Incultos;

 Na área em estudo, a espécie com maior representatividade de ocupação florestal é o Pinheiro

 bravo com 3380,09 ha, ocupando 69,3% da área de uso florestal (Tabela 12).

Os povoamentos de Eucalipto representam cerca de 16,9% da área, com 825,49,74 ha. De

menor representatividade os povoamentos de folhosas diversas ocupam 7,2% da área, com 351,42 ha,

o domínio Inculto apresenta-se com uma área de 319,34 ha.

Domínio Espécie Principal Área (ha) Área (%)

FL

Ec 825,49 16,9

Fd 351,42 7,2Pb 3380,09 69,3

IC 319,34 6,5

Total 4876,34 100,0

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4.  Caracterização biométrica dos povoamentos florestais

Apresenta-se em seguida a caracterização dos povoamentos florestais da área de estudo, no que

respeita à estrutura (classes de idade, classes de qualidade) e produção (volume em pé). Os resultados

foram calculados com base em informação fornecida pela docente da unidade curricular e com base em

Tabelas de produção (Tabela 11).

Tabela 11 - Fonte de informação auxiliar para o cálculo da classe de idade, classe de qualidadee volume dos diferentes povoamentos

PovoamentoFonte

Classe de idade Classe de qualidade Volume

Pinheiro-bravo Docente da disciplina (Oliveira, 1985) (Oliveira, 1985)

Eucalipto Docente da disciplina Globulus 2.1 Globulus 2.1

Folhosas Docente da disciplina

Docente da disciplina(Classe de qualidade

Intermédia das TabelasInglesas (Hamilton and

Christie 1971))

Tabelas Inglesas(hamilton and Christie

1971)

4.1.  Classes de idade

As classes de idade são estruturadas de forma diferente conforme a espécie a que se referem. 

Os dados de inventário florestal, cedidos pela docente em formato “.xls” (Pressupostos)

enunciam os intervalos de idade do eucalipto e pinheiro bravo   e do grupo de Folhosas diversas

 presentes na área de estudo. Estes dados foram tratados de acordo com os códigos constantes da

Tabela seguinte:

Tabela 12  – Classes de idade

Povoamentos equiénios Tipo de Povoamento Intervalos de Idade Classe fornecida Intervalo médio

Pinheiro Bravo(Pb) 

Muito Jovens 0-14 0 7Jovens 15-35 1 25Adultos 36-50 2 45Alto fuste >50

Eucalipto(Ec) 

Muito Jovens 0-3 0 2Jovens 4-7 1 7Adultos 8-14 2 12Muito Adultos >14

Folhosas(Fx ; Qc) 

Muito Jovens 0-19 0 10Jovens 20-39 1 30Adultos 40-69 2 55Alto fuste >69 80

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A Figura 12, Figura 13 e Figura 14 mostram a distribuição (por área) de ocupação dos

 povoamentos de Pinheiro-bravo, de Eucalipto e Folhosas diversas, respectivamente, por classe de

idade.

Figura 12  – Área de ocupação dos povoamentos de Eucalipto por classe de idade.

 Na área de estudo, como se pode constatar na Figura 12 o Eucalipto tem maior área de

ocupação na classe idade dos 2 anos com 486,36 ha de área, seguindo-se a classe de idade de 7 anos

ocupando 267,16 ha e por fim, a classe de 12 anos de idade ocupando uma área de 71,97 ha.

Figura 13 - Área de ocupação dos povoamentos de Pinheiro-bravo por classe de idade.

0

100

200

300

400

500

2 anos 7 anos 12 anos

486,36

267,16

71,97

    Á   r   e   a    d

   e   o   c   u   p   a   ç   ã   o    (    h   a    )

Classes de idade de Eucalipto (anos)

Área de ocupação de Eucalipto por classe de idade

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

7 anos 25 anos 45 anos

929,83 908,58

1541,68

    Á   r   e   a    d   e   o   c   u   p   a   ç   ã   o    (    h   a    )

Classes de idade de Pinheiro-bravo (anos)

Área de ocupação de Pinheiro-bravo por classe de idade

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Como se observa na Figura 13, o Pinheiro-bravo tem maior representatividade na classe de 45

anos de idade com uma área de ocupação de 1541,68 ha, segue-se a classe de idade dos 7 anos com

uma ocupação de 929,83 ha, e por último a classe de idade dos 25 anos ocupando 908,58 ha de

ocupação de Pinheiro-bravo.

Figura 14 –  Área de ocupação dos povoamentos de Folhosas diversas por classe de idade. 

 Na Figura 14 constata-se que a maior área de ocupação de folhosas diversas (Fd) detém uma

idade de 55 anos, apresentando 123,19 ha de área, posteriormente, os povoamentos jovens com 10

anos de idade ocupam 117,50 ha, e por último os povoamentos de 30 anos de idade com 110,73 ha de

área.

0

50

100

150

200

10 anos 30 anos 55 anos

117,50 110,73123,19

    Á   r   e   a    d   e   o   c   u   p   a   ç

   ã   o    (    h   a    )

Classes de idade de Folhosas Diversas (anos)

Área de ocupação de folhosas diversas por classes de idade

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4.2.  Classes de qualidade

A classe de qualidade (CQ) apresenta-se como o intervalo de variação do índice de qualidade

da estação, sendo uma medida de aptidão para a capacidade produtiva de uma determinada espécie

florestal.Para o Pinheiro-bravo teve-se em atenção as Tabelas de Produção Portuguesas com a idade de

referência de 50 anos (Tabela 13).

Tabela 13  – Classe de qualidade da espécie Pinheiro-Bravo

Índice de qualidade da estação

‘Oliveira_Pb’ Classe Adaptada

16 m de altura aos 50 anos I

20 m de altura aos 50 anos

24 m de altura aos 50 anos

M

S

Por outro lado, as Tabelas de produção para o eucalipto tiveram em consideração o Modelo

Globulus 2.1, com a idade de referência de 10 anos (Tabela16).

Tabela 14  – Classes de qualidade da espécie Eucalipto

Índice de qualidade da estação‘Globulus 2.1’ 

Classe adaptada

12 m aos 10 anos I

17 m aos 10 anos II

20 m aos 10 anos III

23 m aos 10 anos IV

26 m aos 10 anos V

 Na Figura 15 e Figura 16 observa-se a distribuição dos povoamentos de Pinheiro-bravo e de

Eucalipto pela classe de qualidade. 

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Figura 15  – Área de ocupação dos povoamentos de pinheiro-bravo por classe de qualidade

Conforme se observa na Figura 15, a classe de qualidade dominante nos povoamentos de

Pinheiro-bravo é a classe M com 1643,83 ha da área total de ocupação do Pinheiro bravo.

Relativamente ao Eucalipto, a classe de qualidade que predomina é a classe III com 537,54 ha de área

ocupada pelos povoamentos de eucalipto. 

Figura 16  – Área de ocupação dos povoamentos de Eucalipto por classe de qualidade

0200400600800

1.0001.2001.4001.600

1.8002.000

Classe de qualidade I Classe de qualidadeM

Classe de qualidade S

1255,78

1643,83

480,48

    Á   r   e   a    d   e   o   c   u   p   a   ç   ã   o    (    h   a    )

Classes de qualidade de Pinheiro-bravo

Área de ocupação de Pinheiro-bravo por classe de qualidade

0

100

200300

400

500

600

700

800

900

1.000

Classe dequalidade I

Classe dequalidade II

Classe dequalidade III

Classe dequalidade IV

Classe dequalidade V

0

260,84

537,54

27,10 0    Á   r   e   a    d   e   o   c   u   p   a   ç   ã   o    (    h   a    )

Classes de qualidade de Eucalipto

Área de ocupação de Eucalipto por classe de qualidade

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Segundo o PROFCL, a classe de qualidade do Pinheiro-bravo com 20 metros aos 50 anos de

idade e classe de qualidade do Eucalipto com 20 metros de altura aos 10 anos são classificadas como

classes de qualidade média-alta, o que, segundo a mesma fonte, a dominância desta classe de qualidade

traduz uma forte aptidão da floresta para a produção de madeira, tanto de pinheiro-bravo como de

eucalipto.Com base nas Tabelas de Produção Inglesas (ANEXO 2), para os povoamentos de Folhosas,

admitiram-se as classes de qualidade média 8  –  M; e classe de qualidade média 6  –  M, para os

 povoamentos de Faxinus angustifolia (Fx) e de Quercíneas (Qc), respectivamente.

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4.3.  Volume em pé

O volume das diferentes espécies, presentes para cada povoamento, foi calculado com recurso

às Tabelas de Produção Portuguesas e ao programa “Globulus 2.0”, para o Pinheiro-bravo e para o

Eucalipto, respectivamente.

Figura 17  – Distribuição do volume em pé dos povoamentos de Pb por classes de idade.

Tabela 15  – Volume em pé dos povoamentos de Pb na área de uso florestal.

Idade do povoamento(anos)

Volume dopovoamento (m3)

Percentagem de volume(%)

7 0,00 0,0

25 241390,37 28,0

45 619275,56 72,0

Total 860665,92 100,0

Como se verifica na Tabela 15 e na Figura 17, o maior valor do volume em pé de Pinheiro-

 bravo diz respeito à classe de idade dos 45 anos, idade possível para o corte final do povoamento visto

ser a idade de máxima explorabilidade. O valor do volume apresentado deve-se também ao facto deeste povoamento ter uma área de ocupação superior às restantes classes de idade.

0

241390,37

619275,56

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

7 anos 25 anos 45 anos

   V   o    l   u   m   e    (   m   3    )

Classes de idade de Pinheiro-bravo(anos)

Distribuição de volume (m3) de Pinheiro-bravo por classede idade

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Relativamente aos povoamentos de Eucalipto, conforme se observa na Figura 18, a idade que

demonstra maior representatividade de volume é a classe de idade dos 7 anos, sendo esta a classe de

idade com maior área de ocupação de entre as restantes idades dos povoamentos de eucalipto.

Figura 18  – Distribuição do volume em pé dos povoamentos de Eucalipto por classes de idade.

Tabela 16  – Volume em pé dos povoamentos de Eucalipto (Ec)

Idade dopovoamento (anos)

Volume do povoamento(m3)

Percentagem de volume(%)

2 1113,43 4,4

7 15656,68 61,712 8594,78 33,9

Total 25364,89 100,0

Como referido anteriormente, a classe de idade dos 7 anos é a classe com maior destaque pelo

valor percentual de 61,7% do volume total de Eucalipto existente na área de estudo, seguindo-se do

valor percentual do volume da classe de idade dos 12 anos com 33,9%, e por último, o valor percentual

do volume na classe de idade de 2 anos é de apenas 4,4% .

1113,43

15656,68

8594,78

0,00

2000,00

4000,00

6000,00

8000,00

10000,00

12000,00

14000,00

16000,00

18000,00

2 anos 7 anos 12 anos

   V   o    l   u   m   e

    (   m   3    )

Classes de idade do Eucalipto (anos)

Distribuição de volume (m3) de Eucalipto por classe deidade

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4.4.  Estratos

De forma a agrupar toda a informação anteriormente descrita, procedeu-se à elaboração de uma

carta, onde se associou o tipo de povoamento às respectivas classes de qualidade e classes de idade,

obtendo assim, a carta da Figura 20.

Os códigos discriminatórios obtidos são denominados estratos, que agrupam toda a informação

de determinado povoamento, como por exemplo:

EcOO  –  Povoamento puro de Eucalipto; 

EcOOI  – Povoamento puro de Eucalipto de classe de qualidade I; 

EcOOI2  – Povoamento puro de Eucalipto de classe de qualidade I e classe de idade 2 anos.

PbOO  –  Povoamento puro de Pinheiro-bravo;

PbOOM  – Povoamento puro de Pinheiro-bravo de classe de qualidade M;PbOOM25 –  Povoamento puro de Pinheiro-bravo de classe de qualidade M e classe de idade 25 anos.

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Figura 19  – Carta de estratos

Como se pode constatar na Figura 19 e na Tabela 17, o estrato que se destaca com maior 

área de ocupação é de PbOOM45 com uma percentagem de ocupação de 17,9% da área de ocupação

florestal o que representa aproximadamente 871,03 ha

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Tabela 17  – Estratos com a respectiva área de ocupação

Estratos Área (ha) Área (%)

EcOOII2 95,82 2,0EcOOII7 129,81 2,7EcOOII12 35,21 0,7EcOOIII2 373,64 7,7EcOOIII7 127,15 2,6EcOOIII12 36,75 0,8EcOOIV2 16,90 0,3EcOOIV7 10,20 0,2ICOO 319,34 6,5FdOOM10 117,50 2,4FdOOM30 110,73 2,3FdOOM55 123,19 2,5

PbOOI7 397,07 8,1PbOOI25 457,58 9,4PbOOI45 401,13 8,2PbOOM7 353,73 7,3PbOOM25 419,08 8,6PbOOM45 871,03 17,9PbOOS7 179,03 3,7PbOOS25 31,93 0,7

PbOOS45 269,52 5,5

Total 4876,34 100,0

Em Suma:

Após a caracterização biométrica dos povoamentos florestais, conclui-se que os povoamentos

de pinheiro bravo são aqueles que apresentam maior valor de volume. Este facto, deve-se não só à

evidência de ser a espécie com maior representatividade na ocupação florestal, mas também pelo

elevado valor percentual do povoamento apresentado na classe de idade de 45 anos e classe de

qualidade média.

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5.  Potencialidades ecológicas das espécies florestais 

Segundo MONTEIRO (1988) e CORREIA et al (2003), o Pinheiro bravo (Pinus pinaster)

encontra-se na zona basal, vegetando bem em zonas com temperatura média anual entre os 13 e 15ºC,

resistindo bem à seca, frio e às geadas. Esta espécie aceita grande variabilidade de solos, comexcepção de solos calcários e solos hidromórficos ou com má drenagem. Mostra preferências por solos

 permeáveis de textura ligeira, pois o seu sistema radical desenvolve-se melhor nestas condições, sendo

óptimo para recuperar solos degradados erodidos, contudo apresenta grande susceptibilidade à

compactação do solo. Não sobrevive muito além dos 200 anos2.

Apresentando uma temperatura média anual de 12º C e não sendo uma espécie muito exigente

em relação ao tipo de solos, o Eucalipto ( Eucalyptus globulus) não suporta os solos calcários nem

dunas, sendo muito sensível ao encharcamento ou à má drenagem (CORREIA 2003). Segundo o

PMOF, a área de distribuição potencial localiza-se nos solos do tipo cambissolos e podzóis.

O Carvalho cerquinho (Quercus faginea) apesar de ser uma espécie intolerante ao

ensombramento e competição, e como suporta grandes amplitudes térmicas, não é exigente em relação

ao tipo de solo, estando representado em todos os tipos de solo, desde os de origem siliciosas  – ácidos

 – aos neutros ou básicos, de rocha mãe calcária. Esta espécie torna-se uma valiosa alternativa para a

constituição de florestas de protecção, pela sua boa adaptação aos solos neutros e básicos (CORREIA

et al 2003). Pode atingir uma idade de 300 anos.

O Freixo ( Fraxinus angustifolia) - espécie ripícola - apresenta preferências por solos

 profundos, sendo sensível ao frio, que quando actua (já na fase de desenvolvimento da árvore) e

associado à secura estival conduz a situações não toleráveis. Atinge uma idade de 200 anos6. É

exigente em relação ao nível de capacidade de retenção para a água, arejamento e grau de fertilidade,

não suportando o encharcamento excessivo, nem situações com pH ácido ou básico, ou seja, tem

 preferência por pH neutro (MONTEIRO, 1988 e CORREIA et al, 2003).

O Carvalho alvarinho (Quercus robur ) é uma espécie autóctone indicativa do polo de

diferenciação ecológica Atlântico. Suporta temperaturas médias em Janeiro entre -16ºC e 8ºC e em

Julho entre 14ºC e 25ºC. Exigente quanto a humidade, necessita de pelo menos 600 mm de

 precipitação anual com cerca de 200 mm no Verão (FIGUEIRAS, 1979). Necessita de solos

 profundos, no mínimo com 60 cm, adaptando-se bem à maioria das texturas. Suporta alagamento

temporário, quando adulto, mas beneficia com uma boa drenagem. Muito exigente quanto aos

nutrientes, prefere solos com pH entre 4,5-7,5, devendo ser evitados os solos excessivamente alcalinos

(MONTEIRO, 1988 e CORREIA et al, 2003).

2 Fonte: www.florestar.net

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A escolha das espécies a utilizar na arborização depende fundamentalmente das características

edafo-climáticas da estação, das características ecológico-culturais das espécies e dos objectivos do

 proprietário.

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6.  Enquadramento dos Regimes Legais Específicos

6.1.  Restrições de Utilidade Pública

6.1.1.  Reserva Ecológica Nacional (REN)

Segundo PARTIDÁRIO (1999), é necessário introduzir no processo de ordenamento do

território, um mecanismo que regulamentasse o uso racional dos recursos naturais. Desta maneira, a

REN, criada pelo Decreto -Lei n.º 321/83, de 5 de Julho, tem contribuído para proteger os recursos

naturais, especialmente água e solo, para salvaguardar processos indispensáveis a uma boa gestão do

território e para favorecer a conservação da natureza e da biodiversidade, componentes essenciais do

suporte biofísico do nosso país (Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto), sendo reconhecida como

um instrumento de ordenamento do território e de gestão do ambiente, que abrange zonas ribeirinhas,

águas interiores, áreas de infiltração máxima e zonas declivosas.

A finalidade da REN é a salvaguarda de determinadas funções e potencialidades, de que

dependem o equilíbrio ecológico e a estrutura biofísica das regiões, bem como a permanência de

muitos dos seus valores económicos, sociais e culturais (Decreto-Lei 180/2006 de 6 de Setembro).

6.1.2.  Reserva Agrícola Nacional (RAN)

A Reserva Agrícola Nacional (RAN) é um regulamento administrativo, que se rege pelo

Decreto-Lei nº 196/89, de 1 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei nº 274/92, de 12 de Dezembro que

visa “defender e proteger as áreas de maior aptidão agrícola e garantir a sua afectação à agricultura, de

forma a contribuir para o pleno desenvolvimento da agricultura portuguesa e para o correcto

ordenamento do território”.

Tal como a REN, a RAN é considerada uma restrição de utilidade pública, de acordo com a

classificação de tipos de servidão da DGOTDU (Direcção Geral de Ordenamento do Território e

Desenvolvimento Urbanístico), do seu regime constam acções proibidas em solos RAN que diminuam

ou destruam a potencialidade agrícola. A RAN tornou-se um instrumento muito vulnerável, vindo a

sofrer reduções dramáticas da área de solos de RAN devido às necessidades apresentadas pelos

municípios para expansões urbanas.

A RAN apresenta-se com o objectivo de proteger as áreas que apresentam uma elevada aptidão

 para a agricultura ou para aumentar a capacidade produtiva dessas áreas agrícolas através de grandesinvestimentos.

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6.1.3.  Rede Natura 2000

A Rede Natura 2000 é uma rede ecológica para o espaço Comunitário da União Europeia

resultante da aplicação das Directivas nº 79/409/CEE (Directiva Aves) e nº 92/43/CEE (Directiva

Habitats) que tem como finalidade assegurar a conservação a longo prazo das espécies e dos habitasmais ameaçados da Europa, contribuindo para parar a perda de biodiversidade. Constitui o principal

instrumento para a conservação da natureza na União Europeia.

A Rede Natura 2000, que também se aplica ao meio marinho, é composta por:

- Zonas de Protecção Especial (ZPE), estabelecidas ao abrigo da Directiva Aves, que se

destinam essencialmente a garantir a conservação das espécies de aves, e seus habitats, listadas no seu

ANEXO I, e das espécies de aves migratórias não referidas no ANEXO I e cuja ocorrência seja

regular;- Zonas Especiais de Conservação (ZEC), criadas ao abrigo da Directiva Habitats, com o

objectivo expresso de "contribuir para assegurar a Biodiversidade, através da conservação dos habitats

naturais (ANEXO I) e dos habitats de espécies da flora e da fauna selvagens (ANEXO II),

considerados ameaçados no espaço da União Europeia".

 Nestas áreas de importância comunitária para a conservação de determinados habitats e

espécies, as actividades humanas deverão ser compatíveis com a preservação destes valores, visando

uma gestão sustentável do ponto de vista ecológico, económico e social

3

.Presente na área de estudo, o Lagarto-de-água  (Lacerta schreiberi ), é uma espécie de fauna

com estatuto de protecção legal definido pelo Decreto-lei nº 140/99, de 24 de Abril com a redacção

que lhe é dada pelo Decreto-Lei nº 49/05 de 24 de Fevereiro, anexos B-II e B-IV, transposição da

Directiva Habitas (92/43/CEE) de 21 de Maio de 1992, Anexos II e IV. Segundo o Plano sectorial da

Rede Natura 2000 (ICN, 2009) o estatuto de conservação nacional para esta espécie é pouco

 preocupante. No entanto o estatuto de conservação global é de “ baixo risco/próximo de ameaça

(LR/nt)” para o lagarto-de-água. (2009, PMOFC).

3 www.icnb.pt

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 No Figura 21 podemos idealizar as principais particularidades do Lagarto-de-água,

nomeadamente, o seu habitat preferencial, as principais ameaças e a estratégia de conservação.

 Na área de estudo, os locais a definir, do ponto de vista de conservação do Habitat do Lagarto-

de-água, são os ocupados com folhosas diversas e na proximidade das linhas de água.

Fonte de informação: PMOF Cantanhede, 2009.

Figura 20 - Habitat, ameaças e estratégia de conservação do habitat do Lagarto-de-água. 

6.1.4.  Árvores Classificadas de Interesse Público

O arvoredo pode constituir uma interessante moldura de monumentos arquitectónicos,

valorizando as paisagens. Por este motivo devem proteger-se todos os arranjos florestais e jardins de

interesse artístico ou histórico, tal como os exemplares isolados de espécies vegetais que pelo seu

 porte, idade ou raridade se recomendem a conservação. O arranjo, incluindo o corte e a desrama dos

exemplares classificados, fica sujeito a autorização da DGF e do IPPAR (apenas nas zonas de

 protecção dos monumentos nacionais). A legislação aplicável, diz respeito ao Decreto-lei nº 20 985 de

7 de Março de 1932 e Decreto-lei nº 28468, de 15 de Fevereiro de 1938 (PROF CL).

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6.1.5.  Monumentos Nacionais

Classificam-se de monumento nacional os imóveis cuja conservação e defesa represente

interesse nacional, pelo seu valor artístico, histórico ou arqueológico. São classificados como imóveisde interesse público aqueles que, sem merecerem a classificação de monumento nacional, oferecem

todavia considerável interesse público

Os monumentos nacionais e os imóveis de interesse público têm uma zona de protecção que

abrange uma área envolvente do imóvel até 50 m, contados a partir dos seus limites. Em casos

especiais podem ser definidas zonas de protecção superiores a 50 m. Nesta zona não é permitido

executar quaisquer obras de demolição, instalação, construção ou reconstrução, em edifícios ou

terrenos, sem parecer favorável do IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico) (PROFCL).

A todos os monumentos nacionais, presentes na área de estudo, realizou-se um perímetro de

 protecção de 50 metros.

6.1.6.  Zona de Protecção dos Recursos Hídricos

As bacias ou parte de bacias, aquíferos ou massas de água que, pelas suas características

naturais e valor ambiental, económico ou social, assumam interesse público podem ser classificadas

como zonas de protecção. A legislação aplicável diz respeito ao Decreto-Lei n.º 45/94, de 22 de

Fevereiro (PROF CL).

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6.2.  Instrumentos de Planeamento Florestal 

6.2.1.  Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF)

O Plano Regional de Ordenamento Florestal apresenta normas genéricas de intervenção nos

espaços florestais, segundo as suas funções principais, bem como normas da defesa da floresta contra

incêndios. Este conjunto de normas genéricas de intervenção inclui normas de intervenção activa e

restrições.

O Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral (PROF CL) apresenta um

diagnóstico da situação actual na região, com base numa ampla recolha de informação necessária ao

 planeamento florestal, e efectua uma análise estratégica que permite definir objectivos gerais eespecíficos, delinear propostas de medidas e acções, tendo em vista a prossecução de uma política

coerente e eficaz, bem como definir normas de intervenção para os espaços florestais e modelos de

silvicultura, aplicáveis a povoamentos tipo, com vista ao cumprimento dos objectivos enunciados.

A organização dos espaços florestais e respectivo zonamento, nesta região, é feita ao nível de

sub-regiões homogéneas, que correspondem a unidades territoriais com elevado grau de

homogeneidade relativamente ao perfil de funções dos espaços florestais e às suas características,

 possibilitando a definição territorial de objectivos de utilização como resultado da optimizaçãocombinada de três funções principais.

É comum a todas as sub-regiões homogéneas a prossecução dos seguintes objectivosespecíficos:

a) Diminuir o número de ignições de incêndios florestais;

c) Promover o redimensionamento das explorações florestais de forma a optimizar a sua gestão.d) Aumentar o conhecimento sobre a silvicultura das espécies florestais;

e) Monitorizar o desenvolvimento dos espaços florestais e o cumprimento do Plano.

A Unidade de Gestão Florestal pertence à Sub-região homogénea “Calcários de Cantanhede”,que tem objectivos específicos para a área:

a) Aumentar a actividade associada à caça, enquadrando-a com o aproveitamento para recreionos espaços florestais.

 b) Desenvolver a actividade silvo-pastoril.

c) Diversificar a ocupação dos espaços florestais arborizados com espécies que apresentem bons potenciais produtivos;

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6.2.2.  Plano Municipal da Defesa da Floresta contra Incêndios (PMDFCI)

Os Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) são um instrumento

operacional de planeamento, programação, organização e execução de um conjunto de acções de

 prevenção, pré-supressão e reabilitação de áreas ardidas, nomeadamente através das acções de prevenção, de sensibilização, de vigilância, de detecção, de supressão, e de coordenação dos meios e

agentes envolvidos, que visam concretizar os objectivos estratégicos e metas a atingir definidos e

quantificados nos cinco eixos estratégicos do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios

(PNDFCI), devendo ser organizadas e hierarquizadas em função do seu impacto esperado na resolução

dos problemas identificadas no Concelho. O PMDFCI de Cantanhede respeita o disposto na Portaria

n.º 1185/2004 de 15 de Setembro e atende às características específicas do território municipal

(PMDFCI CANTANHEDE, 2009).

4

  Na unidade de gestão serão aplicadas acções de FGC ao nível da Rede secundária. As faixas de

gestão de combustível serão realizadas na rede viária (20 metros a partir da berma da via) e na

 protecção aos aglomerados populacionais (a 100 metros desde que estes estejam inseridos ou

confinantes com áreas florestais).

4 www.cm-cantanhede.pt/dataimages/p_18462PMDFCI-CADERNOI1.pdf, disponível à data de 13-4-2012

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7.  Funcionalidades da área de estudo 

A identificação das funcionalidades prioritárias para a área de estudo representa um marco

determinante no processo de planeamento, ao permitir uma análise mais objectiva das suas

 potencialidades ou aspectos limitantes, com vista à obtenção sustentada de bens e serviços florestais. Na área de estudo, as funções desempenhadas pelo espaço florestal consideradas foram três: 1)

Produção, 2) Conservação, e 3) Protecção. A sua identificação e hierarquização foram realizadas com

 base na caracterização numérica e cartográfica até ao momento executada.

Figura 21 – Carta de funcionalidades da área de estudo.

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Através da Figura 22 e Tabela 18, observa-se que a funcionalidade com maior 

representatividade na área de estudo é a ‘Produção’ com um valor percentual de 35,2% da área total

em estudo, seguindo-se da função ‘Protecção’ com 17,7% e a função de ‘Conservação’ com uma

 pequena percentagem de 2,2%.

Tabela 18  – Funcionalidades dos espaços florestais

Funcionalidades dos espaços florestaisÁrea

ha %

Conservação 197,58 2,2

Produção 3114,41 35,2

Protecção 1564,41 17,7

Restrição3977,14 44,9

Total 8853,54 100

7.1.  Produção

A área correspondente á função de produção é constituída por espaços sem condicionantes

 particulares de intensificação cultural englobando áreas de aproveitamento silvícola actual e incultos.

Desta forma, a função produção compreende os espaços florestais como um contributo para o bem-estar material das sociedades rurais e urbanas.

Segundo o PROF-CL, a sub-região dos Calcários de Cantanhede, zona onde igualmente se

insere a área de estudo, tem um elevado potencial de produção lenhosa, principalmente de Pinheiro-

 bravo e Eucalipto.

7.2.  Conservação

A Conservação de habitats compreende os espaços florestais como um contributo importante para a manutenção da diversidade biológica, genética e de geomonumentos.

O objectivo principal será a manutenção num estado favorável de conservação de habitats e

espécies florestais, classificados como prioritários nos diversos diplomas a nível nacional, europeu

e/ou mundial.

 Na área de estudo, torna-se importante conservar os habitats com presença de folhosas ripícolas

na proximidade das linhas de água – habitat preferencial do Lagarto-de-água, espécie classificada no

ANEXO II da Directiva habitats da Rede Natura 2000 – e conservar povoamentos de folhosas diversasconsiderando que são povoamentos de folhosas autóctones com elevado interesse de conservação na

floresta.

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7.3.  Protecção

A Função ‘Protecção’ compreende os espaços florestais como um contributo importante para a

manutenção das geocenoses e das infra-estruturas antrópicas. A protecção dos espaços florestais pode

ocorrer ao nível da rede hidrográfica, contra a erosão eólica, contra a erosão hídrica e cheias, a nívelmicroclimática e ambiental.

 No âmbito da protecção, nomeadamente das linhas de água, promoveu-se a criação de uma

margem de 100m. Outra medida implementada, foi a criação de uma faixa de gestão de combustível à

rede viária de 20 metros (do limite da berma) e 100 metros aos aglomerados populacionais confinantes

com áreas florestais.

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Figura 22- Carta de Sub-funções da área de estudo.

Como referido anteriormente, cada uma das funções é constituída pela especificidade de

algumas sub-funções, isto é, será através das sub-funções que se irá, posteriormente, ajustar modelos

silvícolas de forma a atingir os objectivos correspondentes a cada uma das sub-funções conforme se

 pode verificar na Figura 22.

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Tabela 19  – Ocupação de funções e respectivas sub-funções da área de estudo

Funcionalidades dosespaços florestais

Sub-funçõesÁrea

ha %

Conservação

Conservação habitats 46,87 0,5

Conservação Povoamento Fd 150,71 1,7Produção 3114,41 35,2

ProtecçãoProtecção DFCI 388,17 4,4

Protecção Linhas água 1176,24 13,3

Restrição 3977,14 44,9

Total 8853,54 100,0

Este trabalho incide na elaboração de um projecto de gestão, atendendo à funcionalidade /sub-

função, que tem maior representatividade na área de estudo.

Após análise da Tabela 19 e da Figura 22 conclui-se que a área em estudo tem maior 

apetência para produção lenhosa, representando cerca de 35.2% da área total.

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8.  Objectivos do Plano de Gestão

8.1.  Objectivos Gerais

O seguinte plano de gestão tem como objectivos gerais, definir e caracterizar as unidades de

gestão tendo em conta os estudos de ordenamento, a ocupação actual, e as funcionalidades da área em

estudo.

Após a definição e caracterização das unidades de gestão, torna-se importante conceber 

alternativas de gestão ao nível dos povoamentos e outros espaços florestais, utilizando para isso,

métodos e técnicas de simulação, de acordo com o objectivo específico. A avaliação e selecção da

melhor alternativa possível para o plano de gestão, vai permitir planear no espaço e no tempo o melhor 

conjunto das intervenções a implementar.

8.2.  Objectivos Específicos

Segundo o PROF, a sub-região homogénea “Calcários de Cantanhede” apresenta um elevado

 potencial para a produção de material lenhoso. Ao basear-se essencialmente no modelo do potencial

 produtivo, este assume como espécies principais para toda a sub-região homogénea, o Pinheiro bravo

(povoamento puro para produção de lenho), o Eucalipto (povoamentos puros em regime talhadia), o

Carvalho alvarinho, e o Carvalho cerquinho. Face a esta conjuntura, e após análise dos dadosanteriores, estabeleceu-se como objectivo principal a Produção. Assim, espera-se obter povoamentos

com capacidade de produção máxima ao longo de um determinado horizonte de planeamento, assim

como tendo em consideração os povoamentos a gerir com funcionalidades como a Conservação e a

Protecção.

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9.  Classificação e Caracterização das Unidades Homogéneas de Gestão

Uma unidade de gestão é a unidade mínima, considerada homogénea em termos de ocupação, e

de todos os outros atributos considerados na sua definição, a qual irá ser aplicada uma mesma

 prescrição ou seja, um mesmo modelo de gestão.

9.1.  Caracterização das Unidades homogéneas de gestão

Para a definição das unidades homogéneas de gestão (Figura 26), compilou-se toda a

informação até aqui descrita, isto é, juntaram-se os estratos florestais com as funcionalidades e/ou sub-

funcionalidades, criando assim povoamentos com sub-funções específicas.

Foram reclassificados os povoamentos de folhosas diversas tendo em consideração a sua proximidade às linhas de água, ou seja, os povoamentos com maior proximidade às linhas de água

foram classificados como povoamentos de folhosas ripícolas enquanto os restantes povoamentos de

folhosas foram admitidos como povoamentos de Carvalhos.

Para além disso, optou-se por seleccionar o Freixo “Fx” como representante do grupo das

espécies ripícolas. Indo de encontro ao que foi referido anteriormente, o mesmo procedimento foi

adoptado no grupo das espécies de folhosas diversas, isto é, optou-se por seleccionar os Carvalhos

“Qc” como uma espécie representante do grupo de folhosas com potencialidade e cológica para a áreaem estudo.

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Figura 23 - Carta homogénea de gestão (UHG)

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Ao analisar a carta da Figura 23, verifica-se que existem 60 unidades homogéneas de gestão

nos espaços florestais, sendo que 4 estão associados à função Conservação de habitats, 4 à função de

Conservação de povoamentos de folhosas autóctones; 18 à função Produção; 15 à função protecção

DFCI; e 19 associados à protecção das linhas de água.

9.1.1.  Unidades Homogéneas de gestão - Função Produção

Ao longo do horizonte de planeamento, além de se proceder à aplicação do respectivo modelo

silvícola, converte-se alguns dos povoamentos de Pinheiro-bravo para povoamentos de Eucalipto, com

um compasso de plantação de 3 x 2, densidade de 1250 árvores/ha com corte de 10 em 10 anos

aproveitando a regeneração natural e deixando três varas por toiça ao longo de 3 rotações e

 promovendo-se a limpeza do povoamento e nova instalação.O mesmo se sucede quando há conversão de alguns dos povoamentos de Eucalipto para

 povoamentos de Pinheiro-bravo, com um compasso de plantação de 3 x 2, densidade de 1250

árvores/ha, promovendo a desramações das árvores e desbastes de 10 em 10 anos a partir dos 20 anos

de idade.

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Tabela 20 - Unidades homogéneas de gestão - função Produção

Função Sub-função Estratos Área (há) Área (%)

   P  r  o   d  u  ç   ã  o

   P  r  o   d  u  ç   ã

  o   d  e  m  a   t  e  r   i  a   l   L  e  n   h  o  s  o

EcOOII2 79,9 2,4

EcOOII7 103,62 3,2

EcOOII12 34,54 1,1

EcOOIII2 296,22 9,1

EcOOIII7 106,43 3,3

EcOOIII12 18,82 0,6

EcOOIV2 9,21 0,3

EcOOIV7 10,2 0,3

ICOO 207 6,3

PbOOI7 275,66 8,4

PbOOI25 307,05 9,4

PbOOI45 254,95 7,8

PbOOM7 271,85 8,3

PbOOM25 290,39 8,9

PbOOM45 666,47 20,4

PbOOS7 149,48 4,6

PbOOS25 22,28 0,7

PbOOS45 164,84 5

Total 3268,91 100

Na Tabela 20, verifica-se que o estrato com maior representatividade na função de ‘Produção’

é o de PbOOM45 com 20,4% da área.

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9.1.2.  Unidades Homogéneas de gestão - Função Conservação

 Na área de estudo, deverão ser mantidos os povoamentos com folhosas ripícolas (os Freixos),

evitando qualquer tipo de intervenção que ponha em causa a conservação do Habitat do Lagarto-de-

água.

Tabela 21 - Unidades homogéneas de gestão - função Conservação

Função Sub-função Estratos Área (ha)

   C  o  n  s  e  r  v  a  ç   ã  o

   C  o  n  s  e  r  v  a  ç   ã  o   d  e

   H  a   b   i   t  a   t  s

FxOOM10 1,99

FxOOM30 6,46

FxOOM553,24

IcOO 5,32

   C  o  n  s  e  r  v  a  ç   ã  o   d  e

  p  o  v  o  a  m  e  n   t  o  s   d  e

   F  o   l   h  o  s  a  s   d   i  v  e  r  s  a  s

IcOO 5,3

QcOOM10 64,13

QcOOM30 63,38

QcOOM55 68,96

Total 218,78

Ao visualizar a Tabela 21, verifica-se que nos estratos de função “Conservação” e sub-função

‘Conservação de habitats’ estão inseridos os povoamentos de Freixos, por se situarem junto às linhas

de água (como foi referido anteriormente), e na sub-função de ‘Conservação de povoamentos de

folhosas diversas’, estão inseridas todas as espécies do Grupo dos Carvalhos. 

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9.1.3.  Unidades Homogéneas de Gestão- Função Protecção

 Na função “Protecção”, com a Sub-função ‘Protecção às linhas de água’, com 1117,17 ha da

área total de protecção (Tabela 22), verificou-se a existência de povoamentos de Eucaliptos, Freixos e

Pinheiro Bravo.De forma a proteger as linhas de água deverão ser plantadas espécies ripícolas, e evitar,

sobretudo, qualquer tipo de intervenção que ponha em causa a destruição das galerias ripícolas.

Tabela 22 - Unidades homogéneas de gestão - função de Protecção 

FunçãoSub-

funçãoEstratos Área (ha) Área (%)

   P  r  o   t  e  c  ç   ã  o

   P  r  o   t  e  c  ç   ã  o   d  a  s

   L   i  n   h  a  s   d  e

    Á  g  u  a

EcOOII2 15,47 1,4EcOOII7 16,79 1,5EcOOIII12 7,62 0,7EcOOIII2 28,83 2,6EcOOIII7 7,23 0,6EcOOIV2 7,69 0,7FxOOM10 63,87 5,7FxOOM30 34,66 3,1FxOOM55 41,18 3,7ICOO 65,90 5,9PbOOI7 109,26 9,8PbOOI25 134,44 12,1PbOOI45 114,69 10,3PbOOM7 51,46 4,6PbOOM25 98,05 8,8PbOOM45 202,74 18,2PbOOS7 12,56 1,1PbOOS25 13,98 1,3PbOOS45 88,77 8,0

Total 1115,17 100,0

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9.1.4.  Unidades Homogéneas de Gestão – FGC

 Na Tabela 23, o estrato mais representativo é o PbOOI45 com 14.9 % do total da área das

faixas de gestão de combustível.

Estas áreas estão associadas a um elevado número de ignições de incêndios, pelo que se devecumprir os modelos silvícolas adequados (silvicultura preventiva), e, converter os povoamentos de

Pinheiro-bravo e Eucalipto para povoamentos de folhosas, com plantação com um compasso de 3 x

3.25, densidade de 1000 árvores/ha, e cortes sanitários e limpezas de matos de 10 em 10 anos.

Tabela 23  – Unidades homogéneas de gestão - FGC

Função Sub-função Estratos Área (ha) Área (%)

   P  r  o   t  e  c  ç   ã  o

   F  a   i  x  a   d  e   G  e  s   t   ã  o   d  e   C  o  m   b  u  s   t   í  v  e   l

EcOOII2 5,99 2,2

EcOOII7 14,81 5,4

EcOOII12 5,77 2,1

EcOOIII2 39,89 14,6

EcOOIII7 11,44 4,2

QcOOM10 1,18 0,4

QcOOM55 4,58 1,7

ICOO 33,84 12,4

PbOOI7 2,89 1,1PbOOI25 32,38 11,8

PbOOI45 40,83 14,9

PbOOM7 7,47 2,7

PbOOM25 29,26 10,7

PbOOM45 27,00 9,9

PbOOS45 16,15 5,9

Total 273,48 100,0

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10. Planeamento Estratégico

Este tópico tem como finalidade apresentar critérios orientadores, de modo a atingir o objectivo

 proposto do plano de gestão para cada povoamento, num determinado período de tempo. Portanto,

 para obter uma gestão florestal sustentável, foram realizadas várias medidas de gestão que tiveram ematenção as intervenções silvícolas a aplicar mediante cada variável de decisão. Por fim, recorreu-se a

um software de programação linear, nomeadamente o software “Lingo 12.0”, que irá seleccionar a

 prescrição mais apropriada e sustentável perante o objectivo a atingir.

10.1.  Geração de Prescrições

Sabendo que o objectivo principal do plano de gestão é a produção, opta-se por prescrições que

 permitam maximizar a produção de material lenhoso.

 No processo de decisão da possível conversão dos povoamentos teve-se em consideração vários

factores, como por exemplo, as cartas de aptidão, os elementos de ordem biofísica, e/ou as classes de

qualidade das respectivas espécies em estudo.

Conforme se pode visualizar na Tabela 24, efectuaram-se 2 variáveis de decisão para cada

unidade homogénea da função produção e 1 prescrição para cada uma das restantes funções. No total

foram definidas 78 variáveis de decisão.

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Tabela 24 - Tabela das variáveis de desisão

Função EstratoVariável

dedecisão

Prescrição

   P  r  o   d  u

  ç   ã  o

EcOOII21

Limpeza de matos; Corte final do Ec na 3ª rotação. Conversão do povoamento em Pb. Com desbastes periódicos a partir dos 20 anos e corte final aos 40, até ao final do horizonte de planeamento

2Corte final do Ec no 2º período. Conversão do povoamento em Pb . Com desbastes periódicos a partir dos 20 anos e

corte final aos 40 até ao final do horizonte de planeamento

EcOOII73

Limpeza de matos; Corte final do Ec na 3ª rotação. Conversão do povoamento em Pb. Com desbastes periódicos a partir dos 20 anos e corte final aos 40 até ao final do horizonte de planeamento

4Corte final do Ec na 3ª rotação. Conversão do povoamento em Pb . Com desbastes periódicos a partir dos 20 anos e corte

final aos 50 até ao final do horizonte de planeamento

EcOOII125

Limpeza de matos; Corte final do Ec na 3ª rotação. Conversão do povoamento em Pb. Com desbastes periódicos a partir dos 20 anos e corte final aos 40.

6Corte final do Ec na 3ª rotação. Conversão do povoamento em Pb . Com desbastes periódicos a partir dos 20 anos e corte

final aos 50 até ao final do horizonte de planeamento

EcOOIII27 Limpeza de matos; Cortes de Ec em regime de talhadia até ao final do horizonte de planeamento;

8Corte em regime de talhadia de Ec até à 3ª rotação; Conversão do povoamento em Pb. Destbastes periódicos a partir dos

20 anos com corte final aos 40 anos até ao final do horizonte de planeamento

EcOOIII79 Limpeza de matos; Cortes de Ec em regime de talhadia até ao final do horizonte de planeamento

10Corte em regime de talhadia de Ec até à 3ª rotação; Conversão do povoamento em Pb. Desbastes periódicos a partir dos

20 anos com corte final aos 40 anos até ao final do horizonte de planeamento.

EcOOIII1211 Limpeza de matos; Cortes de Ec em regime de talhadia até ao final do horizonte de planeamento.

12Corte em regime de talhadia de Ec até à 3ª rotação; Conversão do povoamento em Pb. Desbastes periódicos a aprtir dos

20 anos com corte final aos 40 anos até ao final do horizonte de planeamento.

EcOOIV2 13 Limpeza de matos; Manutenção do povoamento de Ec em regime de talhadia até ao final do horizonte de planeamento.

14Corte em regime de talhadia de Ec até à 3ª rotação; Conversão do povoamento em Pb no 7º período. Desbastes

 periódicos a partir dos 20 anos com corte final aos 40 anos até ao final do horizonte de planeamento.

EcOOIV7 15 Limpeza de matos; Manutenção do povoamento de Ec em regime de talhadia até ao final do horizonte de planeamento;

16Corte em regime de talhadia de Ec até à 3ª rotação; Conversão do povoamento em Pb no 7º período. Desbastes

 periódicos a partir dos 20 anos com corte final aos 40 anos até ao final do horizonte de planeamento.

IcOO 17 Limpeza de matos e plantação de Ec em regime de talhadia até ao final do horizonte de planeamento.

18Limpeza de matos e plantação de Pb com desbastes periódicos a partir dos 20 anos com corte final aos 40 anos até ao

final do horizonte de planeamento.

PbOOI719 Corte final do povoamento aos 47 anos de idade; Conversão em povoamento Ec em regime de talhadia até ao final dohorizonte de planeamento.

20 Limpeza de matos; Corte final aos 37 anos de idade; Conversão em povoamento de Ec em regime de talhadia

PbOOI25 21Corte final do povoamento aos 45 anos de idade; Conversão em povoamento Ec em regime de talhadia até ao final do

horizonte de planeamento

22Limpeza de matos; Corte final aos 55 anos de idade; Conversão em povoamento de Ec em regime de talhadia até ao final

do horizonte de planeamento

PbOOI45 23Corte final do povoamento; Conversão em povoamento Ec em regime de talhadia até ao final do horizonte de

 planeamento

24 Limpeza de matos; Corte final aos 55 anos de idade; Conversão em povoamento de Ec em regime de talhadia

PbOOM7 25Corte final de Pb aos 37 anos; Manutenção do povoamento de Pb ao longo do horizonte de planeamento com cortes aos

40 anos e desbastes a partir dos 20 anos de idade.

26Corte final de Pb aos 47 anos; Manutenção do povoamento de Pb ao longo do horizonte de planeamento com cortes aos

40 anos e desbastes a partir dos 20 anos de idade.

PbOOM25 27 Corte final de Pb aos 45 anos; Manutenção do povoamento de Pb ao longo do horizonte de planeamento com cortes aos40 anos e desbastes a partir dos 20 anos de idade.

28Corte final de Pb aos 35 anos; Manutenção do povoamento de Pb ao longo do horizonte de planeamento com cortes aos

40 anos e desbastes a partir dos 20 anos de idade.

PbOOM45 29Corte final de Pb; Manutenção do povoamento de Pb ao longo do horizonte de planeamento com cortes aos 40 anos e

desbastes a partir dos 20 anos de idade.

30Corte final de Pb; Manutenção do povoamento de Pb ao longo do horizonte de planeamento com cortes aos 30 anos e

desbastes a partir dos 20 anos de idade.

PbOOS731

Limpeza de matos; Corte Final aos 37; Manutenção do povoamento de Pb com desbastes a partir dos 20 anos com cortefinal aos 40 anos até ao final do horizonte de planeamento.

32Limpeza de matos; Corte Final aos 47; Manutenção do povoamento de Pb com desbastes a partir dos 20 anos com corte

final aos 40 anos até ao final do horizonte de planeamento.

PbOOS2533

Limpeza de matos; Corte aos 35 anos; Manutenção do povoamento de Pb com desbastes a partir dos 20 anos com cortefinal aos 40 anos até ao final do horizonte de planeamento.

34Limpeza de matos; Corte aos 45 anos; Manutenção do povoamento de Pb com desbastes a partir dos 20 anos com corte

final aos 40 anos até ao final do horizonte de planeamento.

PbOOS4535

Corte final do Pb; Manutenção do povoamento de Pb com desbastes a partir dos 20 anos com corte final aos 40 anos atéao final do horizonte de planeamento

36Corte final do Pb; Manutenção do povoamento de Pb com desbastes a partir dos 20 anos com corte final aos 50 anos até

ao final do horizonte de planeamento

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Função EstratoVariável

dedecisão

Prescrição

   P  r  o   t  e  c  ç   ã  o   D   F   C   I

EcOOII2 37Corte final do Ec no final da 1ª rotação; Conversão do povoamento em Qc com Limpeza, desramação e cortes sanitários.

Faixa de Gestão de combustível até ao final do horizonte de planeamento

EcOOII7 38Corte final do Ec no final da 1ª rotação; Conversão do povoamento em Qc com Limpeza, desramação e cortes sanitários.

Faixa de Gestão de combustível até ao final do horizonte de planeamento

EcOOII12 39 Corte final do Ec no final; Conversão do povoamento em Qc com Limpeza, desramação e cortes sanitários. Faixa de Gestãode combustível até ao final do horizonte de planeamento

EcOOIII2 40Corte final do Ec no final da 1ª rotação; Conversão do povoamento em Qc com Limpeza, desramação e cortes sanitários.

Faixa de Gestão de combustível até ao final do horizonte de planeamento

EcOOIII7 41Corte final do Ec no final da 1ª rotação; Conversão do povoamento em Qc com Limpeza, desramação e cortes sanitários.

Faixa de Gestão de combustível até ao final do horizonte de planeamento

IcOO 42Limpeza de matos e plantação de povoamento de Qc com Limpeza, desramação e cortes sanitários. Faixa de Gestão de

combustível até ao final do horizonte de planeamento

PbOOI743

Desbaste e desramações periódicas até ao corte final, 47 anos; Conversão do povoamento em Fd; Limpeza, desramação ecortes sanitários. Faixa de Gestão de combustível até ao final do horizonte de planeamento.

PbOOI2544

Desbaste e desramações periódicas até ao corte final, 45 anos; Conversão do povoamento em Fd; Limpeza, desramação ecortes sanitários. Faixa de Gestão de combustível até ao final do horizonte de planeamento.

PbOOI4545

Corte final de Pb; Conversão do povoamento em Fd; Limpeza, desramação e cortes sanitários. Faixa de Gestão decombustível até ao final do horizonte de planeamento.

PbOOM7

46Desbaste e desramações periódicas até ao corte final, 47 anos; Conversão do povoamento em Fd. Limpeza, desramação e

cortes sanitários. Faixa de Gestão de combustível até ao final do horizonte de planeamento.

PbOOM2547

Desbaste e desramações periódicas até ao corte final, 45 anos; Conversão do povoamento em Fd. Limpeza e desramação.Faixa de Gestão de combustível até ao final do horizonte de planeamento.

PbOOM4548

Corte final de Pb aos 45 anos; Conversão do povoamento em Fd. Limpeza, desramação e cortes sanitários. Faixa de Gestãode combustível até ao final do horizonte de planeamento.

PbOOS4549

Corte final de Pb aos 45 anos; Conversão do povoamento em Fd. Limpeza, desramação e cortes sanitários. Faixa de Gestãode combustível até ao final do horizonte de planeamento.

QcOOM1050

Manutenção do povoamento até ao final do horizonte de planeamento. Limpeza, desramação e cortes sanitários. Faixa deGestão de combustível.

QcOOM5551

Manutenção do povoamento até ao final do horizonte de planeamento. Limpeza e desramação. Faixa de Gestão decombustível.

   C  o  n  s  e  r  v  a  ç   ã  o

   d  e   h  a   b   i   t  a   t  s

FxOOM10 52 Limpeza, desramação e cortes sanitários.

FxOOM30 53 Limpeza, desramação e cortes sanitários

FxOOM55 54 Limpeza, desramação e cortes sanitários

IcOO 55 Limpeza da vegetação existente; Plantação de folhosas diversas, Limpeza, desramação e cortes sanitários

   C  o  n  s  e  r  v  a  ç   ã  o

   d  e

    P  o  v  o  a  m  e  n   t  o  s

    F

  o   l   h  o  s  a  s

IcOO 56Limpeza de matos e plantação de povoamento de Fd com desbaste leves a partir dos 30 anos de idade até ao final do

Horizonte de planeamento; aproveitamento da regeneração natural. Limpeza, desramação e cortes sanitários

QcOOM10 57Manutenção do povoamento até ao final do Horizonte de planeamento; Desbastes leves a partir dos 30 anos de idade;

aproveitamento da regeneração natural. Efectuar cortes de sanidade, de árvores mortas, tortas e doentes

QcOOM30 58

Manutenção do povoamento até ao final do Horizonte de planeamento; Desbastes leves a partir dos 30 anos de idade;

aproveitamento da regeneração natural. Efectuar cortes de sanidade, de árvores mortas, tortas e doentes

QcOOM55 59Manutenção do povoamento; Desbastes leves a partir dos 55 anos de idade; aproveitamento da regeneração natural.

Efectuar cortes de sanidade, de árvores mortas e doentes

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Função EstratoVariável

de decisãoPrescrição

   P  r  o   t  e  c  ç   ã  o   d  e   l   i  n   h  a  s   d  e   á  g  u  a

EcOOII2 60Corte de Ec; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do Horizonte de

 planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

EcOOII7 61Corte de Ec; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do Horizonte de

 planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

EcOOIII2 62Corte de Ec; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do Horizonte de

 planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

EcOOIII7 63Corte de Ec; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do Horizonte de

 planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

EcOOIII12 64Corte de Ec; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do Horizonte de

 planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

EcOOIV2 65Corte de Ec aos 12 anos; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do

Horizonte de planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

FxOOM10 66Manutenção do povoamento; Aproveitamento da regeneração natural. Limpeza, desramação e cortes sanitários até ao final

do horizonte de planeamento.

FxOOM30 67Manutenção do povoamento; Aproveitamento da regeneração natural. Limpeza, desramação e cortes sanitários até ao final

do horizonte de planeamento.

FxOOM55 68Manutenção do povoamento; Aproveitamento da regeneração natural. Efectuar cortes de sanidade, de árvores mortas, tortas

e doentes até ao final do horizonte de planeamento.

IcOO 69Limpeza da vegetação; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do

Horizonte de planeamento;Limpeza, desramação e cortes sanitários.

PbOOI7 70

Corte de Pb aos 47 anos; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do

Horizonte de planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

PbOOI25 71Corte de Pb aos 45 anos; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do

Horizonte de planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

PbOOI45 72Corte de Pb; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do Horizonte de

 planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

PbOOM7 73Corte de Pb aos 47 anos; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do

Horizonte de planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

PbOOM25 74Corte de Pb aos 45 anos; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do

Horizonte de planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

PbOOM45 75Corte de Pb; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do Horizonte de

 planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

PbOOS7 76Corte de Pb aos 47 anos; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do

Horizonte de planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

PbOOS25 77Corte de Pb aos 45 anos; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do

Horizonte de planeamento; Efectuar cortes de sanidade, árvores mortas, tortas e doentes

PbOOS45 78 Corte de Pb; Plantação de povoamento de folhosas ripícolas; Manutenção de povoamento até ao final do Horizonte de planeamento; Limpeza, desramação e cortes sanitários.

 Nos povoamentos com classes de qualidade baixas, e em que as condições edafo-climáticas dos

respectivos polígonos de ocupação são delicadas ou onde as classes de qualidade são baixas, optou-se

 por prescrições de conversão para outro tipo de povoamentos que melhor se adaptam à estação. Por 

sua vez, nos povoamentos com classes de qualidade alta, foram realizadas prescrições no sentido de

manter estes povoamentos.

 Nos estratos denominados ‘Incultos’ foram realizadas prescrições com base na instalação denovos povoamentos florestais, tendo em conta a qualidade da estação. Nos polígonos de função

‘Conservação realizaram-se prescrições no sentido de manter os povoamentos existentes. Nos

 polígonos de função ‘Protecção’ privilegiou-se a plantação de folhosas ripícolas. Por fim, nos

 povoamentos inseridos em ‘Faixas de Gestão de Combustível’ optou-se por prescrições de conversão

dos povoamentos existentes, caso fosse necessário, em povoamentos de carvalhos.

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10.2.  Horizonte de Planeamento

Sempre que se simulam alternativas de gestão ao nível dos povoamentos, o horizonte de

 planeamento deverá ter uma duração igual ou superior à revolução mais longa considerada para o

conjunto de espécies, para garantir a possibilidade de estudo dos efeitos produzidos ao nível da paisagem (FIDALGO, Beatriz).

Uma vez que a revolução mais longa é a dos carvalhos optou-se por um horizonte de

 planeamento de 120 anos. Quanto aos períodos de planeamento optou-se por períodos de 10 anos uma

vez que o Eucalipto tem menor tempo de revolução (aos 10 anos).

10.3.  Elaboração do Plano de Cortes

 No contexto dos problemas de planeamento de cortes considera-se prescrição a programação de

todas as actividades ou operações desde a instalação, tratamentos culturais e corte que têm lugar em

cada um dos períodos de planeamento desde a data de início do plano até se atingir o horizonte de

 planeamento, para um dado povoamento ou classe ou unidade de gestão.

 Na Tabela 25, podemos visualizar as operações silvícolas a realizar para cada tipo de

 povoamento com função Produção e, por sua vez, a definir no plano de cortes. De referir que estas

operações diferem consoante a funcionalidade, classe de qualidade e idade do povoamento. Assim

sendo, nos povoamentos com função Conservação e Protecção não se efectua cortes finais ou cortes de

talhadia, e mesmo as restantes operações podem ser excluídas consoante o grau de impacte no local de

intervenção. Nos povoamentos onde se realiza FGC, deverá ser aplicada silvicultura preventiva de

DFCI e, caso seja necessário, a conversão em povoamentos de folhosas diversas.

Tabela 25 - Operações silvícolas a executar em povoamentos ao longo do horizonte de planeamento

Operações a realizardurante o Horizonte de

planeamento

Abreviaturas na

Tabela de cortes

Povoamentos

Carvalhos Eucalipto RipícolasPinheiro

Bravo

Corte de 1ª Rotação 1ª rotação x

Corte de 2ª Rotação 2ª rotação x

Corte de 3ª Rotação 3ª rotação x

Corte Final Cf x x x x

Plantação P x x x x

Limpeza de mato Lm x x x x

Desbaste D x x x

Desramação Dr x x x

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Como se pode verificar na Tabela 25, as operações de desbaste, corte final, limpeza de mato e

 plantação são executadas em todos os povoamentos excepto no Ec. As operações de corte de rotação

apenas são executadas em povoamentos de eucalipto. Para aproveitamento de volume de madeira as

operações com maior importância são os desbastes, corte final e cortes de rotação.

A fonte dos modelos silvícolas definidos para a função Produção, bem como o volume dos povoamentos a calcular com base nas Tabelas de produção, estão descritos na Tabela seguinte:

Tabela 26 - Fonte de Tabelas de produção e modelos silvícolas para a função Produção

Fonte

Povoamentos

Carvalhos FreixosEucalipto regime

talhadiaPinheiro bravo

Tabela de produção

TabelasInglesas

(hamiltonand Christie

1971)

Tabelas Inglesas

(hamilton andChristie 1971)

Globulus 2.1 (Oliveira, 1985)

Modelos silvícolas

Modelo desilvicultura

da DGF(LOURO etal., 2000)

Modelo desilvicultura da DGF

(LOURO et al.,2000)

Talhadia(GONZÁLEZ-RIO et

al., 1997)

Modelo geral paraPortugal (OLIVEIRA

et al., 2000)

O plano de cortes (ANEXO III) foi elaborado ao longo de um horizonte de planeamento de

120 anos, por períodos de 10 anos, e num total de 78 variáveis de decisão. Este apresenta informação

relativa à operação silvícola a usar, ao número de árvores do povoamento existentes, ao número de

árvores a desbastar, e ao volume a retirar por período.

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10.4.  Formulação do problema

Para a elaboração final de um plano de cortes, que garantisse uma solução eficiente e

sustentável e ao mesmo tempo a maximização do principal objectivo do plano, recorreu-se ao software

de programação linear “LINGO 12.0”, que seleccionou a prescrição que melhor se adaptava.

10.4.1.  Função Objectivo

A função objectiva apresenta-se como uma medida quantitativa de optimização utilizada em

cada problema. Esta função (Função de Maximização) corresponde à multiplicação da cada variável de

decisão pelo volume final de cada variável de decisão associado, com o objectivo de maximização da

 produção lenhosa (ANEXO IV)

10.4.2.  Restrições da área total

A equação contabilizadora foi obtida através do somatório das variáveis de decisão por estrato,

igualando-a à área total correspondente. De seguida, são somadas as variáveis de decisão de cada

estrato, igualando-as à área do estrato.

Por exemplo, EcOOI21+EcOOI22+EcOOI23=37 (ANEXO IV). 

10.4.3.  Restrições da área por grupo de espécies

A equação contabilizadora da área por grupo de espécie corresponde à área que cada grupo de

espécies ocupará no final do horizonte de planeamento estabelecido (ANEXO IV).

Tabela 27 - Grupo de espécies

Grupo Espécies

PB Pinheiro bravo

FD Carvalhos; Freixos

IC IncultosEC Eucalipto

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10.4.4.  Área a corte

Consiste no somatório das variáveis de decisão onde se procede ao corte de área em cada período do horizonte de planeamento.

10.4.5.  Volume a corte

Consiste no somatório das variáveis de decisão onde se procede ao volume a corte em cada

 período do horizonte de planeamento.

10.4.6.  Restrições da Área a corte

Este tipo de restrições impõe que um mínimo ou um máximo de área seja cortada em cada

 período. Estabeleceu-se uma equação que imponha que o valor de área a corte não variasse mais doque 40% em relação aos dois períodos em questão (ANEXO IV).

10.4.7.  Restrições de Volume a corte

Este tipo de restrições impõe que um mínimo ou um máximo de volume seja obtido em cada

 período. Estabeleceu-se uma equação que imponha que o intervalo de valores de volume a corte fosse

o mais homogéneo possível (ANEXO IV).

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11. Discussão de Resultados

Depois de introduzidas no “Lingo” as variáveis contabilizadoras para determinar a área total do

Pinheiro bravo, Eucalipto, Carvalhos, e Freixos, tal como o volume a corte por período, área a corte

 por período, áreas por classe de idade em inventário final e volume final de inventário, foi adquirido orelatório de “output” (ANEXO V) deste software.

Para melhor entender a evolução do resultado final do horizonte de planeamento, irão

comparar-se os dados de inventário inicial com os dados de inventário final.

Após a elaboração da formulação do problema, o resultado obtido pelo software de

 programação linear, relativamente à função objectivo é de 6220334.. Este valor representa a

maximização dos volumes a corte ao longo do horizonte de planeamento.

11.1.  Análise da Área a corte por Período ao Longo do Horizonte de

Planeamento

Conforme se pode visualizar, na Tabela 27 e na Figura 27 a regularização da área

funcionou com sucesso, uma vez que as áreas a corte apresentadas se demonstraram bastante

homogéneas. Esta função irá permitir que deixem de existir cortes excessivos em determinados

 períodos comparativamente a outros com uma reduzida área a corte.

Figura 24  – Distribuição de áreas a corte por período

596432

313390350904

596536,8

760171,2

462277

528278,8

458077

733463,2

589436,8

405880458077

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

800000

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12

    Á   r   e   a   a   c   o   r   t   e    (    h   a    )

Áreas a corte por período

Distribuição de áreas a corte (ha) por período(anos) aolongo do horizonte de planeamento

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Tal como aconteceu na área a corte, o volume a corte por período não demonstrou qualquer 

variação anormal (Tabela 27 e Figura 28). Este resultado é consequência das restrições aplicadas, permitindo, desta forma, que não haja cortes excessivos nos povoamentos.

Figura 25  – Distribuição de volumes a corte por período

690874

334787

575812589745

524475,5

455787,6

528261,2

429779,6

591971,1

521874,8

374179,4

497303,6

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

800000

V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 V10 V11 V12

   V   o    l   u   m   e    (   m   3    )

Volume a corte por período (anos)

Distribuição de volumes a corte (m3) por período(anos) ao longodo horizonte de planeamento

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11.2.  Análise Comparativa da Ocupação dos Povoamentos no Início e

no Final do Horizonte de Planeamento

 Neste tema pretende-se avaliar os resultados do plano de gestão pelo resultado obtido no final

do horizonte de planeamento.

Ao observar a Tabela 28 e a Figura 29, verifica-se que os povoamentos de Eucalipto

aumentaram, aproximadamente, 23,65% da área total. Este factor deve-se sobretudo à ocupação destes

 povoamentos em áreas de incultos e, nos povoamentos de Pinheiro bravo de classe qualidade baixa.

Alguns dos povoamentos, de eucalipto e pinheiro bravo de classe de qualidade baixa, foram

convertidos em povoamentos de carvalhos, o que justifica o aumento de área significativo.

Tabela 28- Ocupação dos Povoamentos no Início e no Final do Horizonte de Planeamento

Povoamentos

Ocupação dos povoamentos

No início do planeamento No final do planeamento

Área (ha) Área (%) Área (ha) Área (%)

Eucaliptos 820,46 16,8 1485,54 30,5

Freixo 151,39 3,1 1132,18 23,2

Incultos 313,86 6,4 0,00 0Pinheiro bravo 3384,91 69,4 1783,37 36,6

Carvalhos 205,72 4,2 475,25 9,7

Total 4876,34 100,0 4876,34 100,0

O software ‘Lingo’, após considerar as várias variáveis de decisão, optou pela conversão de

alguns dos outros povoamentos florestais em povoamentos de Eucalipto, por esta ser uma espécie com

elevado potencial produtivo de material lenhoso num curto espaço de tempo.

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Figura 26 - Ocupação dos Povoamentos no Início e no Final do Horizonte de Planeamento por gruposde espécies.

Os povoamentos de função ‘Conservação’ foram mantidos e os ‘Incultos’, existentes em áreas

com função de ‘Protecção às Linhas de Água’, convertidos em povoamentos de folhosas ripícolas, o

que justifica o aumento da sua área. Os estratos respeitantes às ‘Faixas de Gestão de Combustível’ 

foram convertidos, quando houve necessidade, a povoamentos de carvalhos.

11.3.  Plano Operacional

O Plano Operacional da Gestão Florestal, que se encontra no ANEXO V, resulta das váriáveis

de decisão tidas em conta pelo software ‘Lingo’. No anexo encontram-se todas as acções/intervenções

a realizar ao longo de 12 períodos (cada período corresponde a 10 anos), o horizonte de planeamento

florestal, para a área em estudo.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

Eucaliptos Freixo Incultos Pinheirobravo

Carvalhos

    Á   r   e   a    d   e   o   c   u   p   a   ç   ã   o    (    h   a    )

Grupos de espécies de ocupação florestal

No início do planeamento

No final do planeamento

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12. Carta de Ocupação no Final do Horizonte de Planeamento

 No final do horizonte de planeamento, obteve-se a carta de ocupação da Figura 30, sendo que

esta é o r esultado das opções de gestão seleccionadas pelo “Lingo”.

Ao comparar a carta de ocupação no final do horizonte de planeamento (Figura 30), com acarta da Figura 26, pode-se verificar que os povoamentos de freixos existentes correspondem, às

áreas de Protecção de linhas de água e de Conservação de Habitats, por sua vez, as áreas de Carvalhos

correspondem às FGC e de Conservação de povoamentos de folhosas autóctones, e ainda, no que

respeita à função de Produção as espécies representativas são o Eucalipto (Ec) e o Pinheiro-bravo (Pb).

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Figura 27 –  Ocupação no final do horizonte de planeamento

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13. Considerações Finais

Para a caracterização e definição das unidades homogéneas de gestão tiveram-se em conta os

estudos de ordenamento, a ocupação actual e as funcionalidades atribuídas.

Para isso, seleccionaram-se alternativas que permitiram planear no espaço e no tempo o

melhor conjunto de intervenções a implementar.

Seguindo as orientações do PROF seleccionaram-se as espécies que melhor se adaptavam ao

território e orientaram-se prescrições no sentido de aumentar a sua produtividade no que concerne à

obtenção de material lenhoso.

O software de programação linear "Lingo", tornou-se uma ferramenta importante de apoio na

resolução do problema.

 No final do horizonte de planeamento, verificou-se que os povoamentos de eucaliptoaumentaram 33.92% da área de ocupação. Tal facto sugere que o Eucalipto é das espécies que melhor 

se adaptam à estação como povoamento de conversão, sendo por sua vez, a espécie com maior 

 produtividade de material lenhoso num curto período de tempo.

O objectivo principal do Plano de Gestão - maximização da produção lenhosa - foi atingido

com sucesso, através dos seguintes objectivos pré-estabelecidos na elaboração das prescrições:

o  Conversão dos Incultos em áreas de produção florestal activa;

o  Maximização do volume a corte com implementação de espécies de rápido crescimentoe outras com bons potenciais produtivos;

o  Adequação dos modelos silvícolas adequados às espécies seleccionadas para a estação.

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14. Bibliografia

- BOTELHO DA COSTA, J. (1999)  –  Caracterização e Constituição do Solo. Fundação Calouste

Gulbenkian. Lisboa.

- CASIMIRO, P. (2000) - Uso do Solo  – Ecologia da Paisagem- Perspectivas de uma novaabordagem do estudo da Paisagem em Geografia  –  Faculdade de Ciências Sociais e Humanas,

Universidade Nova de Lisboa. Lisboa. 

- CORREIA, A; Oliveira, A – Principais espécies florestais com interesse para Portugal, Zonas

de influência mediterrânica.DGRF, 2003.

- COSTA LOBO, M.; CORREIA, P.; COSTA PARDAL, S. E SOUSA LOBO, M. (1990)  –  

 Normas Urbanísticas, Vol.1 – Princípios e Conceitos Fundamentais, Direcção-Geral do Ordenamento

do Território e Universidade Técnica de Lisboa.- DAVIS, L. et al (2001) –   Forest Management- To Sustain Ecological, Economic and Social 

Values  – Quarta edição. Nova Iorque.

- Décourt,N.  – 1973. Tables de Production pour les Fôrets Françaises. Centre Nacional de

Recherches Forestières.

- DEPARTAMENTO FLORESTAL (2009) –   Plano Municipal de Ordenamento Florestal: Estudos

de Ordenamento para a Área Florestal do Concelho de Cantanhede – ESAC. Coimbra.

- DGF - Inventário Florestal Nacional Portugal Continental. 3º Revisão, 1995-1998, Lisboa:

Relatório Final.2001b

- FERNANDES, J. et al   –   Adaptação da Legenda CORINE Land Cover à Escala 1-10000 e

 Análise Comparativa de Sistemas de Classificação de Uso e Ocupação do Solo  –  Universidade de

Évora. Évora.

- FIDALGO, B. (2010) –   Apontamentos da Unidade Curricular de Ordenamento Biofísico. ESAC:

Coimbra. Não editado.

- FIDALGO, B. (2012) –   Apontamentos da Unidade Curricular de Gestão de Recursos Florestais.

ESAC: Coimbra. Não editado.

- MONTEIRO ALVES, A. A. (1988) –  Técnicas de produção Florestal  – Lisboa.

- OLIVEIRA, A. – 1985. Tabela de produção geral para o Pinheiro-bravo das regiões

montanas e submontanas. Lisboa. DGF.

- PARTIDÁRIO, Maria do Rosário - Introdução ao Ordenamento do Território. Universidade

Aberta. 1999. ISBN: 972-674-273-0.

- Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro Litoral (PROF CL) (2006)  –   Bases

de Ordenamento.- Hamilton, G. – 1971. Forest Management Tables. London. Forestry Commission 

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Webgrafia:

  www.naturlink.pt

  www.icnb.pt

  www.florestar.net

  www.inag.pt  http://www.afn.min-agricultura.pt/

  www.cm-cantanhede.pt

Legislação

  Decreto-Lei 175/88, de 17 de Maio. D.R. n.º 114, Série I

  Decreto-Lei 180/2006 de 6 de Setembro

  Decreto-Lei 196/89, de 14 de Junho

  Decreto-Lei 49/05, de 24 de Fevereiro

  Decreto-Lei 54/2005, de 15 de Novembro 

  Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de Junho

  Decreto-Lei n.º 166/2008 de 22 de Agosto

  Decreto-Lei nº 16/2009 de 14 de Janeiro

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Anexos

ANEXOS

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Anexos

ANEXO IFactores Climáticos:

- Precipitação;

- Geada;

- Temperatura;

- Insolação;

- Humidade Relativa.

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Anexos

  Precipitação

Figura referente a precipitação na área de estudo

Tabela relativa a precipitação da área de estudo

VariávelIntervalo de valoresdominantes

Escala Área (ha) %

Precipitação Entre 800 a 1000mm Médios anuais 8853.55 100

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Anexos

  Geada

Figura referente a geada na área de estudo

Tabela respeitante a geada da área de estudo

VariávelIntervalo de valoresdominantes

Escala Área (ha) %

GeadaEntre 5 e 10 dias

Dias por ano76.36 0.86

Entre 10 e 20 dias 8558.12 96.66Entre 20 e 30 dias 218.97 2.47

Total 8853.45 100

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Anexos

  Temperatura

Figura relativa a temperatura na área de estudo

Tabela referente a temperatura da área de estudo

VariávelIntervalo de valoresdominantes

Escala Área (ha) %

TemperaturaEntre 12.5 e 15.0 C

Médias anuais8710.67 98.39

Entre 15.0 e 16.0 C 142.87 1.61Total 8853.54 100

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Anexos

  Insolação

Figura pertencente a insolação na área de estudo

Tabela respeitante a insolação da área de estudo

VariávelIntervalo de valoresdominantes

Escala Área (há) %

Insolação Entre 2500 e 2600 horasMédias anuais do total

de horas observadas  8853.55 100

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Anexos

  Humidade Relativa

Figura pertencente a humidade relativa na área de estudo 

Tabela respeitante a humidade relativa da área de estudo

VariávelIntervalo devalores dominantes

Escala Área (ha) %

Humidade RelativaEntre 70 e 75%

Médios anuais1340.37 15.14

Entre 75 e 80% 7513.18 84.86Total 8853.54 100

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Anexos

ANEXO IITabelas de Produção:- Tabelas de Produção do Pinheiro-Bravo ( Pinus pinaster );

- Tabelas de Produção de Quercíneas (Qc);

- Tabelas de Produção de Freixos ( Fraxinus angustifolia).

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Anexos

  Tabelas de Produção utilizadas para o Pinheiro-Bravo ( Pinus pinaster )

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Anexos

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Anexos

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Anexos

  Tabelas de Produção utilizadas para os povoamentos de Quercíneas (Qc)

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Anexos

  Tabelas de Produção utilizadas para os povoamentos de Freixo ( Fx)

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Anexos

ANEXO III

Formulação do “LINGO 12.0”

 

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Anexos

!Restrição de área total;EcOOII21+EcOOII22+EcOOII73+EcOOII74+EcOOII125+EcOOII126+EcOOIII27+EcOOIII28+EcOOIII79+EcOOIII7

10+EcOOIII1211+EcOOIII1212+EcOOIV213+EcOOIV214+EcOOIV715+EcOOIV716+IcOO17+IcOO18+PbOOI719+PbOOI720+PbOOI2521+PbOOI2522+PbOOI4523+PbOOI4524+PbOOM725+PbOOM726+PbOOM2527+PbOOM2528+PbOOM4529+PbOOM4530+PbOOS731+PbOOS732+PbOOS2533+PbOOS2534+PbOOS4535+PbOOS4536+EcOOII237+EcOOII738+EcOOII1239+ECOOIII240+EcOOIII741+IcOO42+PbOOI743+PbOOI2544+PbOOI4545+PbOOM746+PbOOM2547+PbOOM4548+PbOOS4549+QcOOM1050+QcOOM5551+FxOOM1052+FxOOM3053+FxOOM5554+IcOO55+IcOO56+QcOOM1057+QcOOM3058+QcOOM5559+EcOOII260+EcOOII761+EcOOIII262+EcOOIII763+EcOOIII1264+EcOOIV265+FxOOM1066+FxOOM3067+FxOOM

5568+IcOO69+PbOOI770+PbOOI2571+PbOOI4572+PbOOM773+PbOOM2574+PbOOM4575+PbOOS776+PbOOS2577+PbOOS4578=4876;

!Restrições de espécie;EcOOII21+EcOOII22+EcOOII73+EcOOII74+EcOOII125+EcOOII126+EcOOIII27+EcOOIII28+EcOOIII79+EcOOIII710+EcOOIII1211

+EcOOIII1212+EcOOIV213+EcOOIV214+EcOOIV715+EcOOIV716+EcOOII237+EcOOII738+EcOOII1239+ECOOIII240+EcOOIII741+EcOOII260+EcOOII761+EcOOIII262+EcOOIII763+EcOOIII1264+EcOOIV265-AEC=0;

PbOOI719+PbOOI720+PbOOI2521+PbOOI2522+PbOOI4523+PbOOI4524+PbOOM725+PbOOM726+PbOOM2527+PbOOM2528+PbOOM4529+PbOOM4530+PbOOS731+PbOOS732+PbOOS2533+PbOOS2534+PbOOS4535+PbOOS4536+PbOOI743+PbOOI2544+PbOOI4545+PbOOM746+PbOOM2547+PbOOM4548+PbOOS4549+PbOOI770+PbOOI2571+PbOOI4572+PbOOM773+PbOOM2574+PbOOM4575+PbOOS776+P bOOS2577+PbOOS4578-APB=0;

IcOO17+IcOO18+IcOO42+IcOO55+IcOO56+IcOO69-AIC=0;

QcOOM1050+QcOOM5551+FxOOM1052+FxOOM3053+FxOOM5554+QcOOM1057+QcOOM3058+QcOOM5559+FxOOM1066+FxOOM3067+F

xOOM5568-AFD=0;AEC+APB+AFD+AIC-ATOTAL=0;

!Produção;EcOOII21+EcOOII22=80;EcOOII73+EcOOII74=104;EcOOII125+EcOOII126=35;EcOOIII27+EcOOIII28=296;EcOOIII79+EcOOIII710=106;EcOOIII1211+EcOOIII1212=19;EcOOIV213+EcOOIV214=9;EcOOIV715+EcOOIV716=10;IcOO17+IcOO18=207;PbOOI719+PbOOI720=276;PbOOI2521+PbOOI2522=307;PbOOI4523+PbOOI4524=255;

PbOOM725+PbOOM726=272;PbOOM2527+PbOOM2528=290;PbOOM4529+PbOOM4530=667;PbOOS731+PbOOS732=149;PbOOS2533+PbOOS2534=22;PbOOS4535+PbOOS4536=165;

!Protecção DFCI;EcOOII237=6;EcOOII738=15;EcOOII1239=6;ECOOIII240=40;EcOOIII741=11;IcOO42=34;PbOOI743=3;PbOOI2544=32;

PbOOI4545=41;PbOOM746=7;PbOOM2547=29;PbOOM4548=27;PbOOS4549=16;QcOOM1050=1;QcOOM5551=5;

!Conservação habitats;FxOOM1052=2;FxOOM3053=6;FxOOM5554=3;IcOO55=5;

!Conservação povoamentos Fd;IcOO56=5;QcOOM1057=64;QcOOM3058=64;QcOOM5559=69;

Page 95: Gr Floresta Is

7/16/2019 Gr Floresta Is

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Anexos

!Protecção Linhas de água;EcOOII260=15; EcOOII761=17;EcOOIII262=29;EcOOIII763=7;EcOOIII1264=8;EcOOIV265=7;FxOOM1066=64;FxOOM3067=35;FxOOM5568=41;IcOO69=66;PbOOI770=109;PbOOI2571=134;PbOOI4572=115;PbOOM773=52;PbOOM2574=98;PbOOM4575=203;PbOOS776=14;PbOOS2577=89; PbOOS4578=13;

!AC1;

EcOOII125*35+EcOOII126*35+EcOOIII1211*19+EcOOIII1212*19+PbOOI4523*255+PbOOM4529*667+PbOOM4530*667+PbOOS45

35*165+PbOOS4536*165+EcOOII1239*6+PbOOI4545*41+PbOOM4548*27+PbOOS4549*16+EcOOII761*17+EcOOIII763*7+EcOOII

I1264*8+PbOOI4572*115+PbOOM4575*203+PbOOS4578*13-AC1=0; 

!AC2;

EcOOII21*80+EcOOII22*80+EcOOII73*104+EcOOII74*104+EcOOII125*35+EcOOII126*35+EcOOIII27*296+EcOOIII28*296+EcOOIII7

9*106+EcOOIII710*106+EcOOIII1211*19+EcOOIII1212*19+EcOOIV213*9+EcOOIV214*9+EcOOIV715*10+EcOOIV716*10+IcOO17*

207+PbOOI4523*255+PbOOI4524*255+PbOOM2528*290+PbOOS2533*22+EcOOII237*6+EcOOII738*15+ECOOIII240*40+EcOOIII7

41*11+EcOOII260*15+EcOOIII262*29+EcOOIV265*7 -AC2=0; 

!AC3;

EcOOII73*104+EcOOII74*104+EcOOII125*35+EcOOII126*35+EcOOIII27*296+EcOOIII28*296+EcOOIII79*106+EcOOIII710*106+Ec

OOIII1211*19+EcOOIII1212*19+EcOOIV213*9+EcOOIV214*9+EcOOIV715*10+EcOOIV716*10+IcOO17*207+PbOOI2521*307+PbO

OI4523*255+PbOOI4524*255+PbOOM2527*290+PbOOS2534*22+PbOOI2544*32+PbOOM2547*29+PbOOI2571*134+PbOOM257

4*98+PbOOS2577*89-AC3=0; 

!AC4;

EcOOII21*80+EcOOII73*104+EcOOII74*104+EcOOIII27*296+EcOOIII28*296+EcOOIII79*106+EcOOIII710*106+EcOOIII1211*19+Ec

OOIV213*9+EcOOIV214*9+EcOOIV715*10+EcOOIV716*10+IcOO17*207+PbOOI720*276+PbOOI2521*307+PbOOI2522*307+PbO

OI4523*255+PbOOI4524*255+PbOOM725*272+PbOOM4530*667+PbOOS731*149+PbOOS2533*22-AC4=0; 

!AC5;

EcOOIII27*296+EcOOIII79*106+EcOOIII1211*19+EcOOIV213*9+EcOOIV214*9+EcOOIV715*10+EcOOIV716*10+IcOO17*207+IcOO

18*207+PbOOI719*276+PbOOI720*276+PbOOI2521*307+PbOOI2522*307+PbOOI4523*255+PbOOI4524*255+PbOOM726*272+

PbOOM4529*667+PbOOS732*149+PbOOS2533*22+PbOOS4535*165+PbOOI743*3+PbOOM746*7+PbOOI770*109+PbOOM773*5

2+PbOOS776*14-AC5=0;

!AC6;

EcOOII22*80+EcOOIII27*296+EcOOIII79*106+EcOOIII1211*19+EcOOIV213*9+EcOOIV214*9+EcOOIV715*10+EcOOIV716*10+IcO

O17*207+PbOOI719*276+PbOOI720*276+PbOOI2521*307+PbOOI2522*307+PbOOI4523*255+PbOOI4524*255+PbOOM2528*29

0+PbOOS2533*22+PbOOS4536*165-AC6=0;

Page 96: Gr Floresta Is

7/16/2019 Gr Floresta Is

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Anexos

!AC7;

EcOOII125*35+EcOOIII27*296+EcOOIII79*106+EcOOIII1211*19+EcOOIII1212*19+EcOOIV213*9+EcOOIV214*9+EcOOIV715*10+Ec

OOIV716*10+IcOO17*207+PbOOI719*276+PbOOI720*276+PbOOI2521*307+PbOOI2522*307+PbOOI4523*255+PbOOI4524*255

+PbOOM2527*290+PbOOM4530*667+PbOOS732*149+PbOOS2534*22-AC7=0;

!AC8;

EcOOII21*80+EcOOII73*104+EcOOII126*35+EcOOIII27*296+EcOOIII28*296+EcOOIII79*106+EcOOIII710*106+EcOOIII1211*19+Ec

OOIV213*9+EcOOIV715*10+IcOO17*207+PbOOI719*276+PbOOI720*276+PbOOI2521*307+PbOOI2522*307+PbOOI4523*255+Pb

OOI4524*255+PbOOM725*272-AC8=0;

!AC9;

EcOOII74*104+EcOOIII27*296+EcOOIII79*106+EcOOIII1211*19+EcOOIV213*9+EcOOIV715*10+IcOO17*20

7+IcOO18*207+PbOOI719*276+PbOOI720*276+PbOOI2521*307+PbOOI2522*307+PbOOI4523*255+PbOOI452

4*255+PbOOM726*272+PbOOM4529*667+PbOOS4535*165-AC9=0;

!AC10;

EcOOII22*80+EcOOIII27*296+EcOOIII79*106+EcOOIII1211*19+EcOOIV213*9+EcOOIV715*10+IcOO17*207+PbOOI719*276+PbOO

I720*276+PbOOI2521*307+PbOOI2522*307+PbOOI4523*255+PbOOI4524*255+PbOOM2528*290+PbOOM4530*667+PbOOS731

*149+PbOOS2533*22+PbOOS4536*165-AC10=0;

!AC11;

EcOOII125*35+EcOOIII27*296+EcOOIII79*106+EcOOIII1211*19+EcOOIII1212*19+EcOOIV213*9+EcOOIV214*9+EcOOIV715*10+Ec

OOIV716*10+IcOO17*207+PbOOI719*276+PbOOI720*276+PbOOI2521*307+PbOOI2522*307+PbOOI4523*255+PbOOI4524*255

+PbOOM2527*290+PbOOS732*149+PbOOS2534*22+QcOOM5559*69-AC11=0;

!AC12;

EcOOII21*80+EcOOII73*104+EcOOIII27*296+EcOOIII28*296+EcOOIII79*106+EcOOIII710*106+EcOOIII1211*19+EcOOIV213*9+Ec

OOIV715*10+IcOO17*207+PbOOI719*276+PbOOI720*276+PbOOI2521*307+PbOOI2522*307+PbOOI4523*255+PbOOI4524*255

+PbOOM725*272-AC12=0;

!Função Objectivo;

Max= 

EcOOII21*1015+EcOOII22*961+EcOOII73*1000+EcOOII74*1228+EcOOII125*1243+EcOOII126*1058+EcOOIII27*2243+EcOOIII28*

1233+EcOOIII79*2305+EcOOIII710*1295+EcOOIII1211*2544+EcOOIII1212*1461+EcOOIV213*3780+EcOOIV214*2209+EcOOIV715

*3849+EcOOIV716*2278+IcOO17*2215+IcOO18*929+PbOOI719*1713+PbOOI720*1815+PbOOI2521*2212+PbOOI2522*1946+PbOOI4523*2560+PbOOI4524*2268+PbOOM725*1157+PbOOM726*926+PbOOM2527*1204+PbOOM2528*1470+PbOOM4529*135

4+PbOOM4530*1583+PbOOS731*938+PbOOS732*1205+PbOOS2533*1786+PbOOS2534*1273+PbOOS4535*1597+PbOOS4536*1

552+EcOOII237*108+EcOOII738*174+EcOOII1239*334+ECOOIII240*160+EcOOIII741*238+IcOO42*174+PbOOI743*330+PbOOI25

44*325+PbOOI4545*345+PbOOM746*399+PbOOM2547*400+PbOOM4548*425+PbOOS4549*500+QcOOM1050*0+QcOOM5551

*0+FxOOM1052*0+FxOOM3053*0+FxOOM5554*0+IcOO55*0+IcOO56*90+QcOOM1057*121+QcOOM3058*230+QcOOM5559*6

29+EcOOII260*108+EcOOII761*47+EcOOIII262*160+EcOOIII763*71+EcOOIII1264*160+EcOOIV265*227+FxOOM1066*0+FxOOM3

067*0+FxOOM5568*0+IcOO69*0+PbOOI770*330+PbOOI2571*325+PbOOI4572*345+PbOOM773*399+PbOOM2574*400+PbOO

M4575*425+PbOOS776*526+PbOOS2577*469+PbOOS4578*500; 

Page 97: Gr Floresta Is

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Anexos

!V1;

EcOOII125*108+EcOOII126*108+EcOOIII1211*160+EcOOIII1212*160+PbOOI2521*50+PbOOI2522*50+PbOOI4523*345+PbOOI45

24*34+PbOOM2527*62+PbOOM2528*62+PbOOM4529*425+PbOOM4530*425+PbOOS2533*73+PbOOS2534*73+PbOOS4535*5

00+PbOOS4536*500+EcOOII1239*160+PbOOI2544*50+PbOOI4545*345+PbOOM2547*62+PbOOM4548*425+PbOOS4549*500+Q 

cOOM3058*29+QcOOM5559*15+EcOOII761*47+EcOOIII763*71+EcOOIII1264*160+PbOOI2571*50+PbOOI4572*345+PbOOM257

4*62+PbOOM4575*425+PbOOS2577*73+PbOOS4578*500-V1=0;

!V2;

EcOOII21*108+EcOOII22*108+EcOOII73*174+EcOOII74*174+EcOOII125*130+EcOOII126*130+EcOOIII27*160+EcOOIII28*160+Ec

OOIII79*238+EcOOIII710*238+EcOOIII1211*200+EcOOIII1212*200+EcOOIV213*227+EcOOIV214*227+EcOOIV715*316+EcOOIV71

6*316+IcOO17*125+PbOOI2521*54+PbOOI2522*54+PbOOI4523*125+PbOOI4524*222+PbOOM2527*61+PbOOM2528*278+PbO

OS731*61+PbOOS732*61+PbOOS2533*330+PbOOS2534*67+EcOOII237*108+EcOOII738*174+EcOOII1239*174+ECOOIII240*160

+EcOOIII741*238+IcOO42*174+PbOOI2544*54+PbOOM2547*61+EcOOII260*108+EcOOIII262*160+EcOOIV265*227+PbOOI2571*

54+PbOOM2574*61+PbOOS776*61+PbOOS2577*67-V2=0;

!V3;

EcOOII21*130+EcOOII73*123+EcOOII74*123+EcOOII125*201+EcOOII126*201+EcOOIII27*200+EcOOIII28*200+EcOOIII79*194+Ec

OOIII710*194+EcOOIII1211*297+EcOOIII1212*297+EcOOIV213*288+EcOOIV214*288+EcOOIV715*281+EcOOIV716*281+IcOO17*

203+IcOO18*49+PbOOI719*66+PbOOI720*66+PbOOI2521*221+PbOOI2522*34+PbOOI4523*203+PbOOI4524*125+PbOOM725*

76+PbOOM726*76+PbOOM2527*277+PbOOM2528*277+PbOOM4529*49+PbOOM4530*49+PbOOS731*86+PbOOS732*86+PbO

OS2533*+PbOOS2534*329+PbOOS4535*61+PbOOS4536*61+PbOOI743*66+PbOOI2544*221+PbOOM746*76+PbOOM2547*277+

QcOOM1057*28+QcOOM3058*14+QcOOM5559*21+PbOOI770*66+PbOOI2571*221+PbOOM773*76+PbOOM2574*277+PbOOS7

76*86+PbOOS2577*329-V3=0;

!V4;

EcOOII21*201+EcOOII22*49+EcOOII73*127+EcOOII74*127+EcOOIII27*297+EcOOIII28*297+EcOOIII79*287+EcOOIII710*287+EcO

OIII1211*125+EcOOIV213*415+EcOOIV214*415+EcOOIV715*402+EcOOIV716*402+IcOO17*301+IcOO18*76+PbOOI719*43+PbO

OI720*163+PbOOI2521*125+PbOOI2522*222+PbOOI4523*301+PbOOI4524*203+PbOOM725*277+PbOOM726*46+PbOOM2527

*0+PbOOM2528*49+PbOOM4529*76+PbOOM4530*279+PbOOS731*328+PbOOS732*48+PbOOS2533*49+PbOOS4535*86+PbOO

S4536*86+PbOOI743*43+PbOOM746*46+PbOOS776*48+PbOOM773*46+PbOOI770*43 -V4=0;

!V5;

EcOOII22*76+EcOOII125*49+EcOOII126*49+EcOOIII27*125+EcOOIII79*125+EcOOIII1211*203+EcOOIII1212*49+EcOOIV213*227+

EcOOIV214*227+EcOOIV715*316+EcOOIV716*316+IcOO17*125+IcOO18*277+PbOOI719*221+PbOOI720*125+PbOOI2521*203+

PbOOI2522*125+PbOOI4523*125+PbOOI4524*301+PbOOM726*277+PbOOM2527*49+PbOOM2528*76+PbOOM4529*277+PbO

OS732*331+PbOOS2533*76+PbOOS2534*49+PbOOS4535*328+PbOOS4536*48+PbOOI743*221+PbOOM746*277+QcOOM1057*

14+QcOOM3058*18+QcOOM5559*29+PbOOI770*221+PbOOM773*277+PbOOS776*331 -V5=0;

!V6;

EcOOII21*49+EcOOII22*277+EcOOII73*49+EcOOII74*49+EcOOII125*76+EcOOII126*76+EcOOIII27*203+EcOOIII28*49+EcOOIII79*

203+EcOOIII710*49+EcOOIII1211*301+EcOOIII1212*76+EcOOIV213*288+EcOOIV214*288+EcOOIV715*281+EcOOIV716*281+IcO

O17*203+PbOOI719*125+PbOOI720*203+PbOOI2521*301+PbOOI2522*203+PbOOI4523*203+PbOOI4524*125+PbOOM725*49+

PbOOM2527*76+PbOOM2528*277+PbOOM4530*49+PbOOS731*61+PbOOS2533*277+PbOOS2534*76+PbOOS4536*331+IcOO5

6*14-V6=0;

!V7;

EcOOII21*76+EcOOII73*76+EcOOII74*76+EcOOII125*277+EcOOII126*46+EcOOIII27*297+EcOOIII28*76+EcOOIII79*287+EcOOIII7

10*76+EcOOIII1211*125+EcOOIII1212*277+EcOOIV213*415+EcOOIV214*415+EcOOIV715*402+EcOOIV716*402+IcOO17*301+Ic

Page 98: Gr Floresta Is

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Anexos

OO18*49+PbOOI719*203+PbOOI720*163+PbOOI2521*125+PbOOI2522*301+PbOOI4523*301+PbOOI4524*203+PbOOM725*76+

PbOOM726*0+PbOOM2527*277+PbOOM4529*49+PbOOM4530*279+PbOOS731*0+PbOOS732*277+PbOOS2534*277+PbOOS45

35*61+QcOOM1057*18+QcOOM3058*28+QcOOM5559*32 -V7=0;

!V8;

EcOOII21*277+EcOOII22*49+EcOOII73*277+EcOOII74*277+EcOOII126*277+EcOOIII27*125+EcOOIII28*277+EcOOIII79*125+EcOOIII710*277+EcOOIII1211*203+EcOOIV213*227+EcOOIV715*316+IcOO17*125+IcOO18*76+PbOOI719*301+PbOOI720*125+PbOOI

2522*125+PbOOI2521*203+PbOOI4523*125+PbOOM725*277+PbOOI4524*301+PbOOM726*49+PbOOM2528*49+PbOOM4529*

76+PbOOM4530*125+PbOOS731*49+PbOOS2533*49+PbOOS4535*86+PbOOS4536*61+IcOO56*15-V8=0;

!V9;

EcOOII22*76+EcOOII74*277+EcOOII125*49+EcOOIII27*203+EcOOIII79*203+EcOOIII1211*301+EcOOIII1212*49+EcOOIV213*288+

EcOOIV214*49+EcOOIV715*281+EcOOIV716*49+IcOO17*203+IcOO18*277+PbOOI719*125+PbOOI720*203+PbOOI2521*301+Pb

OOI2522*203+PbOOI4523*203+PbOOI4524*125+PbOOM726*76+PbOOM2527*49+PbOOM2528*76+PbOOM4529*277+PbOOM

4530*49+PbOOS731*76+PbOOS732*49+PbOOS2533*76+PbOOS2534*49+PbOOS4535*328+PbOOS4536*76+IcOO56*15-V9=0;

!V10;

EcOOII21*49+EcOOII22*277+EcOOII73*49+EcOOII125*76+EcOOII126*49+EcOOIII27*297+EcOOIII28*49+EcOOIII79*287+EcOOIII7

10*49+EcOOIII1211*125+EcOOIII1212*76+EcOOIV213*415+EcOOIV214*76+EcOOIV715*402+EcOOIV716*76+IcOO17*301+PbOOI

719*203+PbOOI720*163+PbOOI2521*125+PbOOI2522*301+PbOOI4523*301+PbOOI4524*203+PbOOM725*49+PbOOM2527*76

+PbOOM2528*277+PbOOM4530*279+PbOOS731*277+PbOOS732*76+PbOOS2533*277+PbOOS2534*76+PbOOS4536*328+IcOO

56*28-V10=0;

!V11;

EcOOII21*76+EcOOII73*76+EcOOII74*49+EcOOII126*76+EcOOII125*277+EcOOIII27*125+EcOOIII28*76+EcOOIII79*125+EcOOIII7

10*76+EcOOIII1211*203+EcOOIII1212*277+EcOOIV213*227+EcOOIV214*277+EcOOIV715*316+EcOOIV716*277+IcOO17*125+Ic

OO18*49+PbOOI719*301+PbOOI720*125+PbOOI2521*203+PbOOI2522*125+PbOOI4523*125+PbOOI4524*301+PbOOM725*76+

PbOOM726*0+PbOOM2527*277+PbOOM4529*49+PbOOS732*277+PbOOS2534*277+PbOOS4535*61+QcOOM1057*33+QcOOM

3058*108+QcOOM5559*508-V11=0;

!V12;

EcOOII21*49+EcOOII22*49+EcOOII73*49+EcOOII74*76+EcOOII126*46+EcOOIII27*203+EcOOIII28*49+EcOOIII79*203+EcOOIII710

*49+EcOOIII1211*301+EcOOIV213*288+EcOOIV715*281+IcOO17*203+IcOO18*76+PbOOI719*125+PbOOI720*203+PbOOI2521*

301+PbOOI2522*203+PbOOI4523*203+PbOOI4524*125+PbOOM725*277+PbOOM726*49+PbOOM2528*49+PbOOM4529*76+Pb

OOM4530*49+PbOOS2533*49+PbOOS4535*86+PbOOS4536*61+IcOO56*33-V12=0; 

V1+V2+V3+V4+V5+V6+V7+V8+V9+V10+V11+V12-VT=0;

!Restrições de area; 0.3*AC1-AC2<=0;1.7*AC1-AC2>=0;0.3*AC2-AC3<=0;1.7*AC2-AC3>=0;0.3*AC3-AC4<=0;1.7*AC3-AC4>=0;0.3*AC4-AC5<=0;1.7*AC4-AC5>=0;0.3*AC5-AC6<=0;1.7*AC5-AC6>=0;

0.3*AC6-AC7<=0;1.7*AC6-AC7>=0;0.3*AC7-AC8<=0;

Page 99: Gr Floresta Is

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Anexos

1.7*AC7-AC8>=0;0.3*AC8-AC9<=0;1.7*AC8-AC9>=0;0.3*AC9-AC10<=0;1.7*AC9-AC10>=0;0.3*AC10-AC11<=0;1.7*AC10-AC11>=0;0.3*AC11-AC12<=0;

1.7*AC11-AC12>=0;0.3*AC12-AC1<=0;1.7*AC12-AC1>=0;

!Restrição de volume por período; 

0.2*V1-V2<=0;1.8*V1-V2>=0;0.2*V2-V3<=0;1.8*V2-V3>=0;0.2*V3-V4<=0;1.8*V3-V4>=0;0.2*V4-V5<=0;1.8*V4-V5>=0;0.2*V5-V6<=0;1.8*V5-V6>=0;

0.2*V6-V7<=0;1.8*V6-V7>=0;0.2*V7-V8<=0;1.8*V7-V8>=0;0.2*V8-V9<=0;1.8*V8-V9>=0;0.2*V9-V10<=0;1.8*V9-V10>=0;0.2*V10-V11<=0;1.8*V10-V11>=0;0.2*V11-V12<=0;1.8*V11-V12>=0;0.2*V12-V1<=0;

1.8*V12-V1>=0;

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Anexos

ANEXO IVResultado do “LINGO 12.0” 

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Anexos

Local optimal solution found.Objective value: 6220334.Infeasibilities: 0.000000Total solver iterations: 121

Model Class: NLP

Total variables: 65

 Nonlinear variables: 2Integer variables: 0

Total constraints: 97 Nonlinear constraints: 1

Total nonzeros: 848 Nonlinear nonzeros: 2

Variable Value Reduced CostECOOII21 80.00000 0.000000ECOOII22 0.000000 26.53373ECOOII73 0.000000 228.0000ECOOII74 104.0000 0.000000

ECOOII125 35.00000 0.000000ECOOII126 0.000000 185.0000

ECOOIII27 296.0000 0.000000ECOOIII28 0.000000 1010.000ECOOIII79 106.0000 0.000000ECOOIII710 0.000000 1010.000

ECOOIII1211 19.00000 0.000000ECOOIII1212 0.000000 1076.477ECOOIV213 9.000000 0.000000ECOOIV214 0.000000 1571.000ECOOIV715 10.00000 0.000000ECOOIV716 0.000000 1571.000

ICOO17 207.0000 0.000000ICOO18 0.000000 1335.748

PBOOI719 0.000000 7.241379PBOOI720 276.0000 0.000000PBOOI2521 307.0000 0.000000PBOOI2522 0.000000 445.1831

PBOOI4523 255.0000 0.000000PBOOI4524 0.000000 292.0000PBOOM725 272.0000 0.000000PBOOM726 0.000000 137.6147PBOOM2527 0.000000 96.73913PBOOM2528 290.0000 0.000000PBOOM4529 476.3556 0.000000PBOOM4530 190.6444 0.000000PBOOS731 0.000000 318.1559PBOOS732 149.0000 0.000000PBOOS2533 22.00000 0.000000PBOOS2534 0.000000 492.6063PBOOS4535 165.0000 0.000000PBOOS4536 0.000000 45.00000ECOOII237 6.000000 0.000000ECOOII738 15.00000 0.000000

ECOOII1239 6.000000 0.000000ECOOIII240 40.00000 0.000000ECOOIII741 11.00000 0.000000

ICOO42 34.00000 0.000000PBOOI743 3.000000 0.000000PBOOI2544 32.00000 0.000000PBOOI4545 41.00000 0.000000PBOOM746 7.000000 0.000000PBOOM2547 29.00000 0.000000PBOOM4548 27.00000 0.000000PBOOS4549 16.00000 0.000000QCOOM1050 1.000000 0.000000QCOOM5551 5.000000 0.000000FXOOM1052 2.000000 0.000000FXOOM3053 6.000000 0.000000FXOOM5554 3.000000 0.000000

ICOO55 5.000000 0.000000ICOO56 5.000000 0.000000

QCOOM1057 64.00000 0.000000QCOOM3058 64.00000 0.000000

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Anexos

QCOOM5559 69.00000 0.000000ECOOII260 15.00000 0.000000ECOOII761 17.00000 0.000000ECOOIII262 29.00000 0.000000ECOOIII763 7.000000 0.000000

ECOOIII1264 8.000000 0.000000ECOOIV265 7.000000 0.000000FXOOM1066 64.00000 0.000000

FXOOM3067 35.00000 0.000000FXOOM5568 41.00000 0.000000

ICOO69 66.00000 0.000000PBOOI770 109.0000 0.000000PBOOI2571 134.0000 0.000000PBOOI4572 115.0000 0.000000PBOOM773 52.00000 0.000000PBOOM2574 98.00000 0.000000PBOOM4575 203.0000 0.000000PBOOS776 14.00000 0.000000PBOOS2577 89.00000 0.000000PBOOS4578 13.00000 0.000000

AEC 820.0000 0.000000APB 3385.000 0.000000AIC 317.0000 0.000000AFD 354.0000 0.000000

ATOTAL 4876.000 0.000000AC1 596432.0 0.000000AC2 313390.0 0.000000AC3 350904.0 0.000000AC4 596536.8 0.000000AC5 760171.2 0.000000AC6 462277.0 0.000000AC7 528278.8 0.000000AC8 458077.0 0.000000AC9 733463.2 0.000000AC10 589436.8 0.000000AC11 405880.0 0.000000AC12 458077.0 0.000000V1 690874.0 0.000000V2 334787.0 0.000000V3 575812.0 0.000000

V4 589745.8 0.000000V5 524475.5 0.000000V6 455787.6 0.000000V7 528261.2 0.000000V8 429779.6 0.000000V9 591971.1 0.000000V10 521874.8 0.000000V11 374179.4 0.000000V12 497303.6 0.000000VT 6114852. 0.000000

Row Slack or Surplus Dual Price1 0.000000 0.0000002 0.000000 0.0000003 0.000000 0.0000004 0.000000 0.000000

5 0.000000 0.0000006 0.000000 0.0000007 0.000000 987.53378 0.000000 1252.9949 0.000000 1263.42810 0.000000 2314.13811 0.000000 2330.47512 0.000000 2548.56613 0.000000 3782.16314 0.000000 3851.40315 0.000000 2264.74816 0.000000 1720.24117 0.000000 2285.78118 0.000000 2621.28419 0.000000 1063.61520 0.000000 1470.00021 0.000000 1354.00022 0.000000 1205.00023 0.000000 1778.44724 0.000000 1597.000

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7/16/2019 Gr Floresta Is

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Anexos

25 0.000000 108.000026 0.000000 174.000027 0.000000 334.000028 0.000000 160.000029 0.000000 238.000030 0.000000 174.000031 0.000000 330.000032 0.000000 343.6771

33 0.000000 345.000034 0.000000 399.000035 0.000000 416.926136 0.000000 425.000037 0.000000 500.000038 0.000000 0.3814697E-0539 0.000000 0.3814697E-0540 0.000000 0.3814697E-0541 0.000000 0.3814697E-0542 0.000000 0.3814697E-0543 0.000000 0.3814697E-0544 0.000000 90.0000045 0.000000 121.000046 0.000000 230.000047 0.000000 629.000048 0.000000 108.0000

49 0.000000 47.0000050 0.000000 160.000051 0.000000 71.0000052 0.000000 160.000053 0.000000 227.000054 0.000000 0.3814697E-0555 0.000000 0.3814697E-0556 0.000000 0.3814697E-0557 0.000000 0.3814697E-0558 0.000000 330.000059 0.000000 403.210260 0.000000 345.000061 0.000000 399.000062 0.000000 457.198563 0.000000 425.000064 0.000000 526.0000

65 0.000000 520.945666 0.000000 500.000067 0.000000 0.00000068 0.000000 0.00000069 0.000000 0.583658270 0.000000 0.343328371 0.000000 0.00000072 0.000000 0.00000073 0.000000 0.00000074 0.000000 0.00000075 0.000000 0.00000076 0.000000 0.00000077 0.000000 0.00000078 0.000000 0.00000079 6220334. 1.00000080 0.000000 0.000000

81 0.000000 0.00000082 0.000000 0.00000083 0.000000 0.00000084 0.000000 0.00000085 0.000000 0.00000086 0.000000 0.00000087 0.000000 0.00000088 0.000000 0.00000089 0.000000 0.00000090 0.000000 0.00000091 0.000000 0.00000092 0.000000 0.00000093 134460.4 0.00000094 700544.4 0.00000095 256887.0 0.00000096 181859.0 0.00000097 491265.6 0.00000098 0.000000 0.343328399 581210.2 0.000000100 253941.4 0.000000

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Anexos

101 234225.6 0.000000102 830014.0 0.000000103 389595.7 0.000000104 257592.1 0.000000105 299593.4 0.000000106 439997.0 0.000000107 596040.1 0.000000108 45267.70 0.000000

109 369397.8 0.000000110 657450.6 0.000000111 229049.0 0.000000112 596162.6 0.000000113 336313.0 0.000000114 231919.0 0.000000115 459008.9 0.000000116 182298.9 0.000000117 196612.2 0.000000118 908786.2 0.000000119 508854.6 0.000000120 26804.60 0.000000121 474583.4 0.000000122 446715.8 0.000000123 406526.3 0.000000124 537066.9 0.000000

125 350892.5 0.000000126 488268.3 0.000000127 437103.7 0.000000128 292156.4 0.000000129 324127.3 0.000000130 521090.6 0.000000131 506015.2 0.000000132 181632.2 0.000000133 403480.6 0.000000134 543673.2 0.000000135 269804.5 0.000000136 565195.2 0.000000137 422467.7 0.000000138 176219.4 0.000000139 591413.3 0.000000140 204272.5 0.000000

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Anexos

ANEXO VPlano Operacional de Gestão Florestal

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Anexos

Operações - 1º Período Área (ha)

Corte Ec 53.36

Corte final do povoamento - Plantação Ec 254.95

Corte final do povoamento - Plantação Fx 36.96

Corte final do povoamento - Plantação Pb 831.31

Corte final do povoamento - Plantação Qc 89.76

Desbaste 1060.17

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, Desramação 1831.61

Plantação Ec 207.00

Plantação Fx 472.09

Plantação Qc 39.14

Total 4876.34

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Anexos

Operações - 2º Período Área (ha)

Corte Ec 1120.89

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Fx 51.98

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Pb 312.67

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Qc 72.13

Desbaste 777.20

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, DesramaþÒo 2541.47

Total 4876.34

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Anexos

Operações -3º Período Área (ha)Corte Ec 987.63Corte Ec- Plantaþ o Ec 18.82Corte Ec- Plantaþ o Pb 34.54Corte final - PlantaþÒo Ec 307.05Corte final do povoamento - Plantação Pb 79.90Corte final do povoamento - Plantação Fx 246.48Corte final do povoamento - Plantação Qc 32.38Desbaste 1908.42Limpeza de matos, Cortes de sanidade, Desramação 1261.14Total 4876.34

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Anexos

Operações - 4º Período Área (ha)

Corte Ec 405.76

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Ec 1159.67

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Pb 375.47

Desbaste 1482.41

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, DesramaþÒo 1453.03

Total 4876.34

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Anexos

Operações - 5º Período Área (ha)

Corte Ec 1485.54

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Fx 173.28

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Pb 1060.69

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Qc 10.36

Desbaste 543.69

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, DesramaþÒo 1602.79

Total 4876.34

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Anexos

Operações - 6º Período Área (ha)

Corte Ec 1159.67

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Ec 325.87

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Pb 312.67

Desbaste 415.32

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, DesramaþÒo 2662.81

Total 4876.34

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Anexos

Operações - 7º Período Área (ha)

Corte Ec 325.87

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Ec 1159.67

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Pb 34.54

Desbaste 1632.63

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, DesramaþÒo 1723.64

Total 4876.34

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Anexos

Operações - 8º Período Área (ha)

Corte Ec 1485.54

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Pb 271.85

Desbaste 1482.28

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, DesramaþÒo 1636.67

Total 4876.34

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Anexos

Operações - 9º Período Área (ha)

Corte Ec 1159.67

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Ec 325.87

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Pb 1014.83

Desbaste 693.17

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, DesramaþÒo 1682.81

Total 4876.34

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Anexos

Operações -10º Período Área (ha)

Corte Ec 325.87

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Ec 1159.67

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Pb 462.15

Desbaste 311.70

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, DesramaþÒo 2616.96

Total 4876.34

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Anexos

Operações - 11º Período Área (há)

Corte Ec 1485.54

Corte final do povoamento - PlantaþÒo Pb 34.54

Desbaste 1483.15

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, DesramaþÒo 1873.11

Total 4876.34

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Anexos

Operações - 12º Período Área (ha)Corte Ec 11596684.12

Corte final do povoamento - Plantação Ec 3258679.061

Corte final do povoamento - Plantação Pb 2718514.3

Desbaste 14822828.47

Limpeza de matos, Cortes de sanidade, Desramação 16366733.34

Total 48763439.29

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Anexos

ANEXO VIGlossário

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Anexos

Altitude –  Distância vertical entre um

 ponto e o nível médio das águas do mar. 

Caracterização fisiográfica – 

Descrição dos aspectos físicos da

superfície terrestre que incluem o

declive, exposição, altitude e situação

fisiográfica de um povoamento

florestal. 

Classe de qualidade da estação  – 

Intervalo de variação do índice de

qualidade da estação. 

Clima - Conjunto de todos os estados

que a atmosfera pode ter num

determinado local, durante um tempo

longo, mas definido. 

Composição do povoamento – Refere-

se ao número e proporção relativa das

espécies que integram um povoamento.

Distinguem-se dois tipos de

 povoamentos: povoamentos puros e

 povoamentos mistos. 

Corredores –  Faixas estreitas de

terreno que diferem da matriz do terreno

envolvente. Funcionam como filtros

específicos, como habitats para certas

espécies e como uma zona de transição

entre o meio aquático e os ecossistemas

adjacentes. 

Corte raso – Corte simultâneo de todas

as árvores de um povoamento florestal. 

Estratos –  Códigos discriminatórios

que agrupa a informação de

determinado povoamento relativo ao

tipo de povoamento, às classes de

qualidade e às classes de idade. 

Declive – Inclinação do terreno segundo

a linha de maior desnível. 

Densidade do povoamento –  Número

de árvores existentes num povoamento

florestal por unidade de área. 

Desbaste –  Redução da densidade do

 povoamento, redistribuindo o potencial

 pelas árvores restantes e favorecendo o

crescimento em diâmetro.

Desramação –  eliminação de ramos,

vivos ou mortos, da parte inferior da

copa, promovendo a formação de um

fuste alto, sem defeitos, valorizando o

 produto final. 

Exposição – Sentido de drenagem no

 povoamento florestal registado como o

azimute dessa direcção. 

Factores edafo-climáticos –  Factores

que caracterizam a estação, que inclui omaterial que origina o solo, tipo de solo,

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Anexos

temperatura atmosférica, quantidade e

distribuição da precipitação, exposição,

declive. 

Floresta - Classe de uso do solo que

identifica os terrenos dedicados à

actividade florestal. Inclui os

 povoamentos florestais, áreas ardidas de

 povoamentos florestais, áreas de corte

raso e outras áreas arborizadas. 

Folhosas –  Subdivisão do grupo de

espécies de árvores florestais

 pertencentes ao grupo botânico das

angiospérmicas dicotiledóneas que se

caracterizam, de uma forma geral, por 

apresentarem flor e folhas planas e

largas. 

Fuste –  Designação dada ao tronco da

árvore, em todo o seu comprimento. 

Horizonte de planeamento –  

Compreende o intervalo de tempo do

 plano de gestão florestal, devendo ser 

dividido em períodos de planeamentoque tem uma certa duração, abrangendo

as actividades silvícolas, desde o corte à

instalação de povoamentos.

Idade dominante  – Média das idades

das árvores dominantes. 

Improdutivos  – Terrenos estéreis do

 ponto de vista da existência de

comunidades vegetais ou com

capacidade de crescimento

extremamente limitada, quer em

resultado de limitações naturais, quer 

em resultado de acções antropogénicas.

Tem que ocupar uma área superior a 0,5

ha e uma largura não inferior a 20

metros. 

Índice de qualidade de estação  – 

Índice que exprime a capacidade

 produtiva da estação relativamente a

uma determinada espécie florestal.

Geralmente, este índice é calculado em

função da altura dominante atingida a

uma idade padrão. Apresenta-se como

um parâmetro quantitativo. 

Incultos – Terrenos ocupados por matos

e pastagens naturais, que ocupam uma

área superior ou igual a 0,5 ha e largura

não inferior a 20 metros. 

Limpezas de mato – Controlo da

vegetação arbustiva ou herbáceaespontânea efectuada num povoamento

florestal. 

Linha de água –  Base de um

ecossistema ribeirinho riquíssimo com

capacidade de suporte de populações

vegetais, animais e humanas com umdinamismo e uma complexidade

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Anexos

 próprias. 

Manchas  – Áreas de superfície linear 

diferindo na aparência das áreas

envolventes. 

NUTS –  Nomenclatura das Unidades

Territoriais para Fins Estatísticos. 

Ocupação do Solo – Identifica a

cobertura física do solo. 

Paisagem –  Sistema complexo e

dinâmico onde é importante o

conhecimento da proporção de cada um

dos tipos de uso na área total da

 paisagem, de maneira a entender os seus

 processos socioeconómicos, ecológicos

e culturais. 

Plano Municipal de Defesa da

Floresta Contra Incêndios (PMDFCI)

- Instrumento operacional de

 planeamento, programação, organização

e execução de um conjunto de acções de

 prevenção, pré-supressão e reabilitação

de áreas ardidas, que visam concretizar os objectivos estratégicos e metas a

atingir definidos e quantificados nos

cinco eixos estratégicos. 

Plano Regional de Ordenamento

Florestal (PROF) - Normas genéricas

de intervenção nos espaços florestais,segundo as suas funções principais, bem

como normas da defesa da floresta

contra incêndios. Inclui normas de

intervenção activa e restrições. 

Plantação –  Instalação de floresta num

dado terreno, através da colocação de

 plantas criadas em viveiro ou por 

transplantação. 

Podas  –   Técnica cultural que consiste

em cortar determinados ramos vivos da

copa, com o objectivo de lhe conferir 

uma forma pré-determinada e de

aumentar a porção de fuste direito. 

Pôla  – Rebento de origem caulinar ou

radical que ocorre em alguma espécies

de árvores quando cortadas junto ao

solo ou a nível mais elevado. O mesmo

que vara. 

Povoamento florestal –  Área ocupada

com árvores florestais  com uma

 percentagem de coberto no mínimo de

10%, que ocupa uma área no mínimo de

0,5 ha e largura não inferior a 20metros. 

Povoamento puro  – Povoamento

florestal composto por uma

 percentagem de ocupação superior a

75% do coberto total. 

Povoamento misto  – Povoamento

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Anexos

florestal em que estão presentes duas ou

mais espécies, em que nenhuma delas

ocupa mais do que 75% do coberto

total. 

Prescrição - Programação de todas as

actividades ou operações desde a

instalação, tratamentos culturais e corte

que têm lugar em cada um dos períodos

de planeamento desde a data de início

do plano até se atingirem o horizonte de

 planeamento, para um dado

 povoamento ou classe ou unidade de

gestão. 

Rede Agrícola Nacional (R.A.N.) - 

Instrumento que visa defender e

 proteger as áreas de maior aptidão

agrícola e garantir a sua afectação à

agricultura, de forma a contribuir para o

 pleno desenvolvimento da agricultura

 portuguesa e para o correcto

ordenamento do território. 

Rede Ecológica Nacional (R.E.N.) - 

Salvaguarda de determinadas funções e potencialidades, de que dependem o

equilíbrio ecológico e a estrutura

 biofísica das regiões, bem como a

 permanência de muitos dos seus valores

económicos, sociais e culturais. 

Rede Natura 2000 –  Rede ecológicaeuropeia coerente para a conservação de

fauna e flora de interesse comunitário. 

Rede viária –  Infra-estrutura que

 permite o acesso à exploração de bens e

serviços, recreio e lazer, mas também

aos espaços florestais no combate a

incêndios e vigilância.

Regeneração artificial  – Instalação de

um povoamento florestal com recurso a

sementeira ou plantação. 

Regeneração natural  – 

Estabelecimento de um povoamento

florestal por meios naturais, ou seja,

através de sementes provenientes de

 povoamentos próximos, depositados

 pelo vento, aves ou outros animais. 

Regime em alto fuste  – Povoamento

florestal cuja continuidade é mantida

 por sementeira ou plantação. 

Regime em talhadia – Povoamento

florestal proveniente de rebentos ou

 pôlas de origem caulinar ou radical. 

Resinosas – Subdivisão do grupo de

espécies florestais pertencente ao grupo

das gimnospérmicas, caracterizado por 

apresentarem folha perene, em forma de

agulhas ou escamas. 

Revolução – Período de tempo que

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dista entre os dois cortes finais num

 povoamento florestal. 

Rotação – Período de tempo que dista

entre dois cortes finais num

 povoamento em regime de talhadia. 

Sementeira – Fase inicial de instalação

de um povoamento florestal através de

semente. 

Sistema de Informação Geográfica

(SIG) – Análise informática que

 permite aos utilizadores analisar e

guardar dados espaciais, tais como

mapas digitais e imagens de detecção

remota (IFN, 1998). 

Uso do Solo – Identifica o propósito

económico ou social para qual a terra é

utilizada, por exemplo, floresta, etc. 

Elementos do território cuja génese

decorre, na maioria dos casos, de

 processos naturais extraordinariamente

lentos á escala humana