Gramática Latina Com Respostas Napoleão Almeida

Embed Size (px)

Citation preview

  • NAPOlEA~OMENDESe~lMEIDA

    n,. Editora_~ Saraiva

  • /GRAMTICA LATINA

    Se a idia do bem con3titlli o objelosupremo do conhecimento, a educao parao euudo comtitui " finalidade precpuado latim.

  • ISBN: 85-02-00307-0

    Dados Internacionais re Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Almeida, Napoleo Mendes de, 1911-1998Gramtica latina: curso nico e completo / Napoleo Mendes

    de Almeida. - 29. ed. - So Paulo: Saraiva, 2000.

    Bibliografia.ISBN 85-02-00307-0

    1. Latim - Gramtica 2. Latim - Leituras I. Ttulo.

    99-0599 COO-475

    ndice para catlogo sistemtico:

    1. Gramtica: Latim: Lingstica 475

    TRABALHOSDO

    Prof. NAPOLEO MENDES DE ALMEIDA

    GRAM TICA METDICA DA LNGUA PORTUGUESA - Curso nico e completoGRAM TICA LATINA - Curso nico e completoGRAMTICA ELEMENTAR DA LfNGUA PORTUGUESADICIONRIO DE QUESTES VERNCULAS - 5.500 dificuldadesMENSAGEM DO HALLEY - Filosofia (bilngue no Brasil. Impresso s6 em ingls nos EE VU.)CURSO DE PORTUGUS POR CORRESPONDNCIA - 104 lies

    Pea o prospecto, grtis c sem compromissoCURSO DE LATIM POR CORRESPONDNCIA - 104 lies

    Pea o prospecto, graus c sem compromisso

    ENDEREO DO CURSO - Tel (OXX II) 3242-9688;Cx Postal 4455 / CEP 01061-970 - So Paulo, SPwww.napolcao.comnapoleaotnapoleao com

    IMPRESSO E ACABAMENTOBertre Grfica e Editora Ltda. 8~B8n1. Editora_~ SaraivaAv_Marqus de So Vicente, 1697 - CEP 01139-904 - Barra Funda - So Paulo-SPTel.: PABX (0**11) 3613-3000 - Fax: (0**11) 3611-3308 - Televendas: (0**11) 3613-3344Fax Vendas: (0**11) 3611-3268 - Atendimento ao Professor: (0**11) 3613-3030Endereo Internet: www.editorasaraiva.com.br - E-mail: [email protected]

    Aracaju: (0"79)211-8266/213-7736/211-6981Bauru: (O' '14)3234-5643/3234-7401Belm: (O' '91)222-9034/224-9038

    241-499Belo Horizonte: (O' '31)3412-7080Braslia: (O' '61)344-2920/344-2951

    344-1709

    Revendedores Autorizados Fortaleza: (O' '85)238-2323/238-1331 Rio Branco: (O' '68) 224-086lI224-0806/224-0798Goinia: (O' '62) 225-2882/212-2806/224-3016 Rio de Janeiro: (O' '21) 25TJ-9494/2577-8867fl577-9565Imperatriz: (0"99)524-0032 Salvador. (0"71) 381-5854n81-5895r.l81-0959Jeo Pessoa: (O' '83)241-7085/241-3388/222-4803 Santarm: (O' '93)523-6016.523-5725Macap: (O' '96)223-0706/223-0715 So Jos do Rio Preto: (0"17)227-3819/227-0982Macei: (O' '82) 326-7555r.l26-6451 227-5249Manaus: (0"92)633-4227/633-4782 So Jos dos Campos: (0"12)3921-0732Mossor (0"84)317-1701 So lus: (0"98)243-0353Natal: (O' '84)611-0627/211-0790 Teresina: (0"00) 221-39981ll6-1956/226-1125Porto Ategre: (O' '51)3343-1467/3343-7563 Tocantins: (0"63)414-2452/114-5403/351-2817

    3343-2986/3343-7469 312-3323/215-3311/215-1153Porto Velho: (O' '69)223-2383/221-0019/221-2915 Uberlndia: (O' '34) 3213-5158/3213-6555/3213-4966Recife: (O' '81)3421-4246/3421-4510 Vitria: (O' '27) 3137-2595/3137-2589r.l137-2566Ribeiro Preto: (O' '16)610-5843/610-8284 3137-2567r.l137-2560

    Campinas: (0"19) 3243-8004r.l243-8259Campo Grande: (0"67) 382-3682!.l82-0112Cuiab: (O' '65)623-5073/623-5304Curitiba: (O' '41)332-4894Florianpolis: (O' '48)244-2748/248-6796

  • NAPOLEO MENDES DE ALMEIDA

    GRAMTICA LATINACURSO NICO E COMPLETO

    GRAMTICAQUESTIONRIOSEXERCCIOSPROVRBIOS, SENTENAS E ANEXISEXCERTOS DE VRIOS AUTORES:

    PUBLLIO SIROEUTRPIOVALRIO MXIMOCSARCCEROFEDROVIRGLIOHORCIOOVDIO

    29 edio - 20004 tiragem - 2004

    (DO 208Q AO 209Q MILHEIRO)

    n'lI Editora_~ Saraiva

  • Peo ao aluno tomar nota das seguintes abreviaturas que se vero nodecorrer das lies:

    - pargrafo+ mais (indica reunio)= igual a, o mesmo queabl. - ablativoac. - acusativoadj, - adjetivoadv. - advrbior. - rabecf. - confiraconj. - conjuno, conjugaodat. - dativodir. - diretoex. - exemplo; exerccIoexs. - exemplos; exercciosexc. - exceoexcs. - exceesL - femininofr. - francsfut. - futurogen. - genitivogr, - gregoimp. - imperfeitoin fine - na parte finalind. - indicativo; indiretoL. - liolato - latimm, - masculino

    n, - neutro ou notanom. - nominativoobj. - objetoobs, - observaoobss. - observaesp . - pessoapart. - particpiop. ex. - por exemploperf. - perfeitopI. - pluralport. - portuguspref. - prefixoprep, - preposiopreso - presentepreto - pretritopron, - pronuncieq, - queraro - raramentesing. - singularss. - seguintessuf. - sufixoV, - Veja (*)

    v. - verbov. intr. - verbo intransitivov. pron. - verbo pronominalv. tr. - verbo transitivovoc. - vocativo

    Alm dessas, outras abreviaturas se encontraro facilmente compreen-sveis,

    *~ * As remisses Gramtica Metdica da Lngua Portuguesa referem-se 39~ edio,

    (*) V. tambm abreviao de "vide". palavra latina que, no caso, corresponde a veja,

  • IrxoLixoIroIrocxoLixocxoIroxouOuOcxouOxoxoLIoLl}.QLl}.QLIoLIouoLIoLIoLIo

    LIOLIoLIoLIoLIoLrxoLIoLIoLIoLIoLroLIoLIoLIoLIoLIoLIoLrxoLrxoLIoLIoLIoLIoIroLrxoLIoLIoLIo

    NDICE GERAL

    Prefcio

    1 - Nominativo ", .. ",,' .. ' .. ','.',,'.','.' .. " ' , , , .. ,., , .. , .. '2 - Vocativo e Genitivo ' ' , ..3 - Dativo , ", .. ,,' ,' " .. " _' ',' .. " , .4 - Ablativo e Acusativo , , .. ,., , .. ,_.. , ,.,., ' ,5 - Flexo .. "" .. " " , .. , ", , ',,'.'_ , ..6 - Pron ncia e Acentuao ' ..7 - 1~ Declinao , , '.' _ ,8 - Normas para a Traduo - Exerccios 1 e 2 """, "' .. , .. ",,,'.' .. ' ' ..9 - 1~ Conjugao Ativa (Noes) - Exerccios 3 e 4 ,. , , ' .10 - Outras Normas de Traduo - Exerccios 5 e 6 ,_ , .. ,., ,., '11 - 2~ Declinao , , , ,12 - 2~ Declinao (Algumas observaes) - Exerccios 7 e 8 , , ..13 - Bonus, Bona, Bonum - Exerccios 9 e10"""" "" .. , .. ", .. , , ' ,., .. ,14 - Sum - Predicativo - Exerccios 11 e 12 , , , , '15 - Nomes em er e Outros da 2~ Declinao - Exerccios 13 e 14 '16 - Voz Passiva - Agente da Passiva - Exerccio 15 , ,17 - 1~ Conjugao Passiva (Noes) - Exerccio 16 , " ..18 - 3~ Declinao -Exerccios 17 e 18 ,_ _,_ _ _ ,19 - Nomes em ter - Imparisslabos em S - Exerccios 19 e 20 '20 - Neutros da 3~ Declinao - Exerccios 21 e 22 ' ...~1 - Algumas Particularidades da 3~ Declinao - Exerccios 23 e 24 """","",",22 - 4~ Declinao - Exerccios 25 e 26 _ , .. , , ,23 - 5~Declinao - Exerccios 27 e 28 , , ,24 - Recordao, Outras Panicularidades e Estudo Comparativo das Declinae,s-

    Exerccios 29 e 30 , ,25 - Declinao dos Adjerivos - Exerccios 31 e 32 ,_ ..26 - Adjerivos da 2~ Classe - Exerccios 33 e 34 _ ..27 - Grau dos Adjetivos '28 - Comparativo e Superlativo - Particularidades , '29 - Sintaxe do Comparativo e do Superlativo - Exerccio 35 e 36 ..30 - Numerais Cardinais - Exerccios 37 e 38 ..31 - Numerais Ordinais - Exerccios 39 e 40 """"""""""""""""""""""'"32 - 2~ Conjugao Ativa e Passiva (Noes) - Aposto - Exerccios 41 e 42 .. _ _..33 - Principais Formas Pronominais - Exerccios 43 e 44 _.. _,__ _.. _ _..34 - 3" Conjugao Ativa e Passiva (Noes) - Exerccios 45 e 46 _.35 - Principais Advrbios e Preposies - Exerccios 47 e 48 __.. _ .36 - 4~ Conjugao Ativa e Passiva (Noes) - Exerccios 49 e 50 _ _ .37 - Principais Conjunes e Interjeies - Exerccios 51 e 52 _ .38 - Pronomes Possessivos - Exerccios 53 e 54 ..39 - Pronomes Demonstrativos - Exerccios 55 e 56 '_ _ _ _ ..40 - Pronomes Relativos - Exerccios 57 e 58 .. _ _ _ _ ..41 - Pronomes Interrogativos - Exerccios 59 e 60 _.. _._ , _ ..42 - Pronomes Indefinidos - Exerccios 61 e 62 , _ .43 - Pronomes Correlativas - Exerccios 63 e 64 , """"", .. ", ..44 - Numerais Multiplicativos e Distributivos - Exerccios 65 e 66 ,_ .45 - Nomes Gregos - Exerccios 67 e 68 .46 - Particularidades e Irregularidades de Flexo " ",' "."" .. """." .. ".""47 - Noes Diversas - Exerccios 69 e 70 .. ., ..48 - Verbos: Que Conjugar? _ _ _ _ _ _ .49 - Verbos: Como Decorar um Verbo? ..50 - Curiosidades e Cuidados de Conjugao _ ,51 - P e 2~ Conjugao Ativa - Exerccios 71 e 72 , __ _ _ _ .52 - 3~ e 4~ Conjugao Ativa - Exerccios 73 e 74 __ .

    Pg,7

    1316182325283134374144464953565961656972778185

    899498105108114120127130135139142149154158161166173177183186190194197203208212216222

  • Pg,LrAO 53 - Sum """"""", .. """"", .. , .. """" .. ", ', ' ', , , .. ,., , 230Irxo 54 - Compostos de Sum - Exerccios 75 e 76 , ' '., '... 233LrAo 55 - Particularidades de Conjugao da Voz Ativa , .. ' 237Lixo 56 - Principais Verbos Arivos . , ",." '" '.', '.' 241LrAo 57 - Outras Particularidades da Conjugao Ativa - Exerccios 77 e 78 ."'.",'.'",, 246LrAO 58 - Sujeito Acusativo - Exerccios 79 e 80 ", ,.""", .. ", _ _._._ , ,., 251Lrxo 59 - Outras Particularidades da Orao Ativa - Exerccios 81 e 82 """,', ", 256LrAo 60 - Como Conjugar um Verbo na Passiva? - P Conjugao _.. ,............ 260LrAO 61 - 2~ Conjugao Passiva - Exerccios 83 e 84 ,_"""" ,., ,_, , , , _.' 264LrAO 62 - 3~ Conjugao Passiva - Exerccios 85 e 86 .... ". _ ,., .. "" .. "". 268LrAO 63 - 4~ Conjugao Passiva - Exerccios 87 e 88 """ .. " .. , .. ", ... ", .. ", ",...... 274Lixo 64 - Particularidades Sintticas da Orao Passiva - Exerccios 89 e 90 """ .. ' ,... 277LrAo 65 - Verbos Depoentes (Conjugao) _ ' 283LrAO 66 - Vrios Verbos Depoentes (Tempos primitivos) - Exerccios 91 e 92 '" , , .. ,... 287Lrxo 67 - Verbos Sernidepoentes - Exerccios 93 e 94 _ , , 293LrAo 68 - Verbos Irregulares - Exerccios 95 e 96 """", .. " ",."" .. ",' .. " , 295xo 69 - Outros Verbos Irregulares - Exerccios 97 e 98 (Publlio Siro) __ , ' _.. , .. ,. 302LrAo 70 - Mais Verbos Irregulares - Exerccio 99 - Publlio Siro . _ , '., 306cxo 71 - ltimos Verbos Irregulares - Exerccio 100 """", .. """ ', ' , , .. , ", 309LrAO 72 - Verbos Defectivos - Exerccios 101 e 102 .. _ _ __' ,......... 313cxo 73 - Verbos Impessoais - Exerccios 103 e 104 , ,., .. ,. 318LrAo 74 - Composio - Exerccio 105 (Publlio Siro) , ' , 323LrAo 75 - Derivao - Provrbios, Sentenas e Anexins (Anlise) , 328LrAO 76 - Curiosidades (Anlise) __._._ , __ , ,..... 332Lrxo 77 - Consecutio Temprum - Estilo Epistolar - Exerccios 106 e 107 __ ,",.. 335LrAO 78 - Discurso Indireto - Exerccios 108 e 109 , .. """"".",." .... ".,................. 341LrAO 79 - Ut - Ne (Verbos de desejo, verba timendi, oraes finais) - Exerccios 110 e

    111 (Csar) , .. """ ,., " """"""" .. "" .. , ", .. ,..... 346LrAo 80 - Consecutivas - Exerccio 112 (Csar) _ , , ,........ 353xo 81 - Causais - Exerccio 113 (Csar) , , _, . . .. .. . .. . .. .. .. .. .. . 357LrAO 82 - Condicionais - Exerccio 114 (Csar) , , ,. __, , 362LrAo 83 - Concessivas - Ccero .. _ _ , , 368Lixo 84 - Conformativas - Proporcionais - Comparativas - Ccero _.,' ','.'""""" 374cxo 85 - Temporais - Ccero ' '.... 379LrAO 86 - Relativas - Ccero "", "" .. "...... , "", .. , .. " .. " ", """,.... 387LrAo 87 - Interrogativas - Resposta - Ccero __ , 391LrAO 88 - Ne - Quominus - Quin (Verba impediendi, obstandi, prohibendi, dubitan-

    di, omittendi) - Ccero _.... 398lrxo 89-Aut-Vel(ve)-Sive(seu)-Ccero """""", , " _._, , ..... 403LrAo 90 - Et, Que - Atque, Ac - Nec, Neque - Neve, Neu- Ccero ,........... 407LrAO 91 - Adversativas - Ccero , ... _""""""""""""" .. , .. ", .. , .... _,' '............ 413Lixo 92 - Dativo de Interesse - Fedro , , .. , '"' ',, .. ,,' , __ 417LrAo 93 - Duplo dativo - Fedro , _ ' ' , , .. , 422LrAO 94 - Duplo acusativo - Fedro ' __ ' , ,... 424LrAO 95 - Quantidade - Virglio , __ , ,... 428LrAO 96 - Quantidade - Virglio , __' _ ,........................ 434LlAo 97 - Mtrica - Virglio , , , , _, , 440LrAO 98 - Mtrica - Virglio _, , ,.. 447Irxo 99 - Calendrio - Horcio .. , , , , , _.... 451Lrxo 100 - Moedas - Pesos - Medidas - Horcio .. , .. __ _, "", , ,. ,., 459Lrxo 101 - Adjuntos Adverbiais - Ovdio _ , _, , 463uAO 102 - Outros Adverbiais e Complementos Nominais - Ovdio ,.............. 471LIAO 103 - Outros Complementos Nominais - Ovdio. _._ , , ,.......... 478LIAO 104 - Hymnus Brasiliensis, Eutrpio, V. Mximo ,._, , , ,., 483NDICE AIFABTICO E ANALTICO .""""" .. """"", .. ,.", ", , _, , " 497REFERNCIAS """"""""""".", , ,.'""".,'.'",.'"""", ",."., ,_.", __.,. 531

  • PREFCIO

    A VERDADEIRA IMPORTNCIA DO LATIM

    1 - de todo falso pensor que a primeira finalidade do estudo do latim est nobenefcio que traz ao aprendizado do portugus, Vejamos, por meio de fatos e de pes-soas, onde reside a primeira import~ncia do estudo desse idioma,

    Chegados ao Brasil, trs eminentes matemticos de renome internacional, GlebWataghin, professor de mecnico racior)el e de mecnica celeste, Giacomo Albanese,professor de geometria, e Luigi Fantapi, professor de anlise matemtica, que vieramcontratados para lecionar na recm-fundada Faculdade de Filosofia de S, Paulo - oprofessor Wataghin considerado, no mundo inteiro, um dos maiores pesquisadoresde raios csmicos - cuidaram, logo aps os primeiros meses de aula, de enviar umofcio ao ento ministro da educao, que na poca cogitava de reformar o ensino se-cundrio, Vejamos o que, mais de esperana que de desnimo, continha esse ofcio,do qual tive conhecimento antes do seu endereamento, dada a solicitao dos trsgrandes professores de uma reviso minha do seu portugus:

    "Chegados ao Brasil, ficamos admirados com o cabedal de jrmuias decoradasde matemtica com que os estudantes brasileiros deixam o curso secundrio, frmulasque na Itlia - os trs professores eram catedrticos de diferentes faculdades italianas- so ensinadas s no segundo ano de faculdade; ficamos, porm, chocados com apobreza de raciocnio, com a falta de ilao dos estudantes brasileiros; pedimos a vossaexcelncia que na reforma que se projeta se d menos matemtica e MAIS LA TIM nocurso secundrio, para que possamos ensinar matemtica no curso superior",

    2 - O professor Albanese costumava dizer - e muitas pessoas so disto prova- "Dem-me um bom aluno de latim, que farei dele um grande matemtico".

    3 - Outra prova de que falso pensar que a primeira finalidade do latim est noproveito que traz ao conhecimento do portugus posso aduzir com este fato, comigoocorrido.

    Indo a visitar um amigo, encontrei-o a conversar com um senhor, de forte sota-que estrangeiro, que explicava as razes de certa modificao na planta de um prdiopor construir; como, no decorrer da troca de idias, tivesse por duas vezes proferidosentenas latinas, perguntei-lhe se havia feito algum curso especial de latim.

    Curso especial de latim? No fiz, senhor,Mas o senhor esteve em algum seminrio?No, senhor; sou engenheiro.Percebo que o senhor engenheiro; mas onde estudou latim?Na ustria,Quantos anos?Sete cnos,

  • - Sete anos?! Todo o engenheiro austraco tem sete anos de latim?- Sim, senhor; quem se destina a estudos superiores na ustria estuda sete anos

    o latim,

    Pois bem, relatando a um alemllo esse fato, mostrou-se admirado com no sabereu que na Alemanha se estuda nove anos o latim e nllo somente sete .

    .4 - tambm inteiramente falso educadores - assim chamados porque dentrodas lutas e ambies polticas ocuparam pastas de educallo ou, quando muito, escre-veram livros de psicologia infantil - dizerem que - estas palavras foram proferidasnuma sesso da comissllo de "diretrizes e bases do ensino", comissllo nomeada paracumprimento do artigo 5, inciso XV, d, da constituillo federal - "nos Estados Unidosda Amrica, pas que ningum nega estar. na vanguarda do progresso, nllo se estudalatim".

    Felizmente, nessa mesma reunillo, a desastrada afirmallo nllo ficou sem respos-ta; um dos membros da comissllo nllo se fez esperar: "Como nllo se estuda? fcilprovar; peamos de diversos estabelecimentos americanos - de diversos, porque aprogramallo do ensino secundrio a nllo nica como no Brasil - o programa, queveremos a verdade". Dias e dias decorreram, e nada de programas; interrogado, o"educador" respondeu que nllo tinham chegado; um dia, porm - nllo sei de quemfoi maior a distrallo - o defensor do latim examina uma gaveta, esquecida aberta, ea v, guardados ou escondidos, os programas solicitados, e em todos eles o latim ri-gorosamente exigido.

    Esse "educador" era, a esse tempo,., presidente de uma selio estadual de parti-do poltico.

    5 - NlIo encontra o pobre estudante brasileiro quem lhe prove ser o latim, dentretodas as disciplinas, a que mais favorece o desenvolvimento da inteligncia. Talveznem mesmo compreenda o significado de "desenvolver a inteligncia", tal a rudeza desua mente, preocupada com outras coisas que nllo estudos.

    O hbito da anlise, o esprito de observallo, a educallo do raciocnio dificil-mente podemos, pobres professores, conseguir de um estudante preocupado tllo scom mdias, com frias, com bolas, com revistas,

    Muita gente h, alheia a assuntos de educallo, que se admira com ver o latimpleiteado no curso secundrio, mal sabendo que ensinar nllo ditar e educar nllo ensinar, ensinar dar independncia de pensamento ao aluno, fazendo com que deper si progrida: o professor guia, educar incutir no estudante o esprito de anlise,de obseruao, de raciocnio, capacitando-o a ir alm da simples letra do texto, dosimples conte do de um livro, incentivando-o, animando-o, No fazer do estudante dehoje o cidado de amanhll est o trabalho educacional do professor.

    6 - Quando o aluno compreender quanta atenlio exige o latim, quanto lheprendem o intelecto e lhe deleitam o esprito as vrias formas flexionais latinas, a diver-sidade de ordem dos termos, a variedade de construes de um petiodo, ter de sobe-jo visto a excelente cooperao, a real e insubstituvel utilidade do latim na jormoodo seu esprito e a razlio de ser o latim obrigatrio nos pases civilizados,

    Ser culto nlio conhecer idiomas diversos. NlIo o conhecimento do ingls nemdo francs que vem comprovar cultura no indivduo. Tanto marinheiro, tanto masca-te, tant cigano h a quem meia d zia de idiomas so familiares sem que, no entanto,possuam cultura,

  • No para ser falado que o latim deve ser estudado, Para aguar seu intelecto,para tomar-se mais observador, pam aperieioor-se no poder de concentrailo de esp-rito, para obrigar-se a atenilo, para desenvolver o esprito de anlise, para acostumar-se a calma e a ponderailo, qualidades imprescindveis ao homem de cincia, que oaluno estuda esse idioma,

    "lo, lo, omnes adsunt - indeed! We who teach Latin would do a far grater servi-ce to the cause ij we channeled pupil interest toward the task of learning Latin ratherthan into such academic (sic) shenanigans as chariot racing (an event at the Albuquer-que convention of Latin students). The intelligent 20th century teen-ager will workhard at Latin when he is shown some of the many genuine values in such study. Weneed not always entertain him with super/icialities" (Fred Moore, Chairman, LanguageDepartment, Riverside High School, Painesvlle, Ohio, USA),

    7 - Muitos indagam a razilo da fatUidade, da leViandade, da aridez intelectual dageralJo moa de hoje. que, tendo aprendido a ler pelo mtodo analtico, tilo prticoe fcil"julga o estudante que a disciplina que prtica e facilidade no aprendizado nlJocontiver nllo lhe trar proveito, senlJo tdio e perda de tempo, Acostumado a tudo assi-milar com facilidade no primeiro grau, esbarra o aluno no segundo com a obrigalJo depensar, e ele estranha, e ele se abate, e ele se rebela, O menino que no primeiro ~auera o primeiro da classe passa para lugar inferior no segundo; perda de inteligncia, di-ferena de idade? No: falta de hbito de pensar, O que no primeiro grau estava emquinto, em dcimo lugar passa no segundo s primeiras colocaes; aquisilJo de inteli-gncia? Tambm nlJo: pensamento mais demorado, mais firme por isso mesmo, sobre-puja agora os colegas de intelecto mais vivo, vivo porm tlJo s para as coisas objetivase de evidncia,

    Raciocinar , partindo de idias conhecidas, diferentes, chegar a uma terceira,desconhecida, e o latim, quando estudado com mtodo, calma e ponderao, omaior fator para aguar o poder de raciocnio do estudante, tomando-lhe mais claras emais firmes as concluses.

    8 - O que certo, inteiramente certo, nllo conhecerem alguns homens quenos representam no congresso o que educallo, o que cultura. Fato ocorrido nlJoh muito tempo vem prov-lo,

    Discorrendo sobre a necessidade de nova reforma de ensino, um deputado citavaas disciplinas in teis nos diversos anos do curso secundrio, quando apoiado por umcolega, que acrescenta: "O latim para as meninas".

    Para este heri, o latim in til para as meninas, porque elas nllo vlJo ser padres: a nica justificalJo que at agora pude entrever nesse tlJo infeliz aparte. s me~inas,pobrezinhos, por que ensinar-lhes latim se no vo ler breviriO?

    Por que esse "para as meninas"? E por que, pergunto, nlJo tambm in til paraos meninos? Que dlstinlJo cultural faz esse deputado entre menino e menina? Quequer ele para elas? Aulas de arte culinria? Aulas de corte e costura? Pretende dizerque as suas meninas nlJo devem estudar ou quer com Isso afirmar que o latim s6 inte-ressa a padres?

    A questlJo nllo o que os meninos vllo faur do latim, mas o que o latim vai fazerdos meninos: The question is not what your boy wll/ do with Latin, but what Latin wl/do for your boy, dizia com o bom senso pachorrento e inato de sua gente o senadorArnold.

  • PORQUE O LATIM REPUDIADO9 - A quem conhecia o re_gime de estudos de um seminrio tomava-se dispens-

    vel toda e qualquer cn1icg aprgramas de latim, A quem nelo conhecia nelo era demaisdizer que nos seminris nelo existia programa de latim .. , Existia estudo de latim comseis horas semanais, existia conscincia do que se fazia. Em que seminrio j se ouviufalar em "sintaxe do verbo?" Pois assim estava no programa do ltimo ano clssico.Procure-se, agora, em todo o programa, "verba timendi", "verba declarandi", "verbavoluntatis", "~erba impediendi", oraes finais, oraes interrogativas, oraes dubita-tivas, oraes causais, oraes relativas, oraes infinitivas, oraes condicionais etc.;nada disso se encontrava, Por que entelo programa?

    Ou se divide a matria, ou seja, ou ela realmente programada pelas sries ouenro programa no se faz. Se o programa na lexeologia pedia "qui, quae, quod",descendo a uma discriminaelo quase cmica, partilhando dessa forma a matria, co-mo falar depois, retumbantemente, em "periodo composto", em "discurso indtreto",em "emprego dos modos e dos tempos nas oraes subordinadas"?

    10 - Com todos os erros de que estava eivado o programa de latim, o descala-bro se tornou ainda maior quando se considera que uma portaria reduziu o nmero deaulas semanais de trs para duas; modificaram o programa? No; continuou o mes-mo, com todas as incongruncias, deficincias e disparates,

    Era de talforma pedida a parte gramatical e telo poucas as horas de aula que nohavia pOSSibilidade de traduzirem os alunos os autores exigidos a menos que desejasseo professor provar aos seus discpulos ser o latim intraduzvel.

    Considere-se ainda que pessoas existiam a lecionar latim mais acanhadas de equi-lbrio mental do que de capacidade didtica, pessoas que, na primeira aula, isto di-ziam: "Eu sei que vocs no vo aprender latim" - "Eu sou contra o latim"

    "Eu sou cego", "Eu no sei por que os meus alunos no aprendem", "Eu np seiensinar" - que deveriam confessar aos alunos esses trues.

    11 - Preocupao nefastO para o ensino do latim a da traduo de autores lati-nos. Dar a alunos sem conhecimento de prindpios essenciais do latim trechos para-traduzir dar-lhes pedradas, dar-lhes cacetadas, Nem Eutr6pio, nem Pedro, nemCsar, nem Ccero previram portarias ministeriais; nem Ovdio, nem Vir9'1io, nem Ho-rcio escreveram latim para estudantes que nem sequer sabem o que agente da pas-siva, o que. ablativo absoluto, o que sujeito acusativo; nem Publ1io Siro, nem Val-rio Mximo escreveram latim para estudantes, quer meninos quer meninas, que nemdo idioma ptrio tm aulas de gramtica, para meninos ou para meninas que nem sa-bem o que objeto direto, o que adjunto adverbial, o qUe predicativo, o que aposto.

    Conseqncia dessa impossibilidade era darem certos professores irresponsveisa traduo j pronta para que os alunos a decorassem, fato por si bastante para provarou a incompetncia do professor, ou o erro do programador, ou a conivncia de am-bos no desbarato do ensino em nossa terra, na decadncia e no despautrio educacio-nais a que em nossa ptria vimos assistindo,

    12 - Com lacunas de toda a sorte, o latim tornou-se ainda mais antipatizado, seuensino passou a ser ainda mais dificultado com a introduo, mormente em estadosdo Sul, e de maneira especial em S. Paulo, da pron ncia reconstituda, galicamente

  • chamada pron ncia "restaurada". Apedrejados e vergastados como se j6 nlJo bastas-se, nossos pirralhos passaram a ser torturados por ex-alunos universit6rios que de fa-culdades de filosofia saam cientes de latim mas inscientes de did6tica, rapazes e moasque, Uio preocupados em mostrar sabena, passavam a ensinar a tal pron ncia e seesqueciam de ensinar latim,

    "Para n6s - slJo palavras do eminente educador, padre Augusto Magne - o queinteressa no latim sua literatura, sua virtude formadora do esprito, Desviar o es.idodo latim para a especializalJo em questi nculas de pron ncia reconstituda desvir-tuar aquela disciplina e tirar-lhe seu poder formador para recair no eruditismo balofo,pretensioso e estril."

    Por que nlJo ensinam nas faculdades de letras de S. Paulo a pronunciar o portu-gus lusitana, se a pron ncia de um idioma deve ser a dos seus c/6ssicos? Precisamente a est6 a explicalJo da pron ncia novidadeira do latim; quem a' introduziu emS. Paulo foi um professor lusitano que, achando mais f6cil ensinar o latim pela pro-n ncia da Alemanha que pela de Portugal, impingiu-a aos aluns da faculdade, queentlio teimavam em pretender pass6-la adiante,

    se nlio para falar latim que um estudante vai aprend-lo, muito menos deveestud6-lo para o pronunciar mais alemlJ que portuguesa, tirando do latim at a pr6-pria utilidade para o vem6culo.

    MTODO

    13 - No h6 professor de latim que deixe de lastimar a pobreza de conhecimen-tos do vem6culo em seus discpulos. Vendo na deficincia de conhecimento dos prin-cpios fundamentais de an6lise sint6tica do perodo portugus a causa principal dessedesajustamento que me pus a redigir este curso, mostrando ao aluno o que realmen-te dificulta o aprendizado do latim e fazendo com que, atravs de question6rios e deexerccios muito graduados, demonstre conhecimento do essencial e sufiCientementenecess6rio ao estudo desse idioma.

    Como obrigar um aluno a decorar a conjugalio total de um verbo se ele nlJo sabeo que particpio presente, o que ger ndio, o que supino? Como dar-lhe a vozpassiva se ele nlio sabe o que agente da passiva? De que ihe adianta saber muito bemde cor o "qui, quae, quod", se nlio sabe analisar um relativo em frase portuguesa?

    Asas de um p6ssaro, o latim e o portugus devem voar juntos: tal a minha con-viclio, tal a minha preocupoo em todas estas 104 lies.

  • LiO I

    NOMINATIVO

    Peo ao aluno a mxima ateno para a.quatro primeiras lies, Quem no as estudarconvenientemente jamais poder compreender omecauismo do latim',

    I - Numa orao ns podemos encontrar seis elementos:

    1,0 - o sujeito2, - o vocativo3, - o adjunto adnominal restritivo4, - o objeto indueto5, - o adjunto adverbial6, - o objeto direto

    SUJEITO

    2 - Vamos ver o que vem a ser sujeito de uma orao: Sabemos serverbo toda a palavra que indica ao, Quem escreve, quem desenha, quempinta, quem anda, quem quebra, quem olha, quem abre, quem fecha praticaaes diversas: ao de -escrever, ao de desenhar, ao de pintar etc" aesexpressas por palavras que se denominam verbos.

    Ora, sabemos todos que impossvel uma ao sem causa, se uma xcara,por exemplo, aparece quebrada, algum dever ter prticado a ao de que-brar; ou uma pessoa, ou um animal, ou uma coisa qualquer, como o vento,quebrou a xcara. Pois bem, essa pessoa ou coisa que praticou a ao dequebrar em gramtica chamada sujeito (ou agente) da ao verbal:

    3 - Qual a maneira prtica de descobrir o sujeito de uma orao ~

    Suponha-se a orao "Pedro quebrou o disco", - Para que se descu-bra o sujeito da. orao, bastante saber quem praticou a ao de quebrar,isto , quem quebrou o disco, o que se consegue mediante uma pergunta em quese coloque que ou quem antes do verbo:

  • 14 ( 4) uO 1 - NOMINATIVO

    Quem quebrou o disco)Resposta: Pedro.

    A resposta indica o sujeito da orao, Portanto o sujeito da orao Pedro,

    OUTROS EXEMPLOS: Descobrir o sujeito das seguintes oraes:

    Scrates discorreu sobre a alma,Pergunta: Quem discorreu sobre a alma?Resposta: Scrates,

    Sujeito = Scrates.

    Os romanos honravam seus deuses,Pergunta: Quem honrava seus deuses?Resposta: Os romanos,

    Sujeito = Os romanos.

    Pedro foi ferido na guerra,Pergunta: Quem foi ferido na guerra?Resposta: Pedro.

    Sujeito = Pedro.

    Ao professor e

    Pergunta:Resposta:

    ao pai do menino chegam reclamaes dos colegas.

    Que que chega ao professor e ao pai?Reclamaes ..Sujeito = Reclamaes,

    4 - Os elementos que vimos no 1 vm a ser a funo que a palavraexerce na orao.

    Se existem seis elementos, haver naturalmente seis funes: a funo dosujeito, a funo do vocativo, a funo do adjunto adnominal restritivo etc"conforme j sabemos.

    Pois bem, para cada funo existe, em latim. um caso,

    5 - Que caso? Caso a maneira de escrever a palavra em latim deacordo com a funo que ela exerce na orao,

    Mas ento as palavras em latim podem ser escritas de maneiras diferentes?- Sim; uma vez que em latim existem seis funes, ou seja. seis casos, umapalavra em latim pode ser escrita de seis maneiras diferentes,

    6 - Os casos se distinguem pela terminao, Assim como em portugusa mesma palavra tem terminao diferente para indicar o plural e o feminino(flexo de nmero e flexo de gnero), em latim a mesma palavra tem terrni-nao diferente para indicar a funo que exerce na orao (flexo de caso);

  • uO I - NOMINATIVO ( 7) 15

    se a palavra exerce funo de sujeito, termina de uma maneira ; se exercefuno de objeto direto, termina de outra maneira; se exerce funo deobjeto indireto, termina ainda de outra maneira, e assim por diante, paraas seis funes.

    7 - Cada caso latino tem nome especial. Ns j sabemos o que vema ser funo de sujeito; pois bem; o caso que indica a funo de sujeito cha-ma-se nominativo.

    Quer isso dizer que, no traduzir uma orao do portugus para o latim,o sujeito deve ir para o nominativo, e, vice-versa, quando, numa oraolatina, ns encontramos uma palavra no nominativo, sinal de que ela estdesempenhando a funo de sujeito da orao ou de que a ele se refere,

    QUESTIONRIO

    I - Quantos elementos podemos encontrar numa orao?2 - Quais so os elementos que podemos encontrar numa orao?3 - Que sujeito?4 - Como se descobre o sujeito de uma orao?5 - Construa 5 oraes e ponha um trao debaixo do sujeito,6 - Indique onde est o sujeito das seguintes oraes (Copie frase por frase, inteira,

    sublinhando o sujeito):

    a) A filosofia a cincia de todas as COisas,b) O fundamento da justia ~ a f.c) O autor desse livro Pedro.d)e)f)g)h)

    De todas as coisas, a mais eficiente o necessria a moderao.Nesse lugar foi encontrado um esqueleto.So caducas as riquezas.Nesse ano o rei morreu.

    bom humor.

    7 - Em latim. quantas funes podem desempenhar as palavras 8 - Que caso?9 - Quantos casos existem em latim?10 - Cada caso em latim tem nome especial?II - Como se distinguem os casos em latim?12 - Conhece o nome de algum caso latino?13 - Quando uma palavra exerce na orao a funo de sujeito. em que caso deve estar

    no latim?14 - Qual a funo do nominativo?15 - Nas seguintes oraes. quais as palavras que devem ir para o nominativo 1

    (Proceda como na pergunta 6):a) O filho do vizinho estudou,b) O 501 sempre ilumina a terra.c) A lerra iluminada pelo sol.d) Nem sempre a lua ilumina a terra durante a noite.e) O 501 tem luz prpria, ao passo que a lua no tem,f) A fontica constitui a primeira parte da gramtica.s) O nominativo indica o sujeito da orao.h) O sujeito de uma orao vai em latim para o caio nominativo.i) Procede mal o aluno que pretende acertar a, respostas do questionrio sem

    antes ter estudado bem a li~

  • 16 ( 8) LIO 2 - VOCATIVO

    LIO 2

    VOCATIVO

    8 - O segundo elemento que ns podemos encontrar numa orao ovocativo,

    A funo do vocativo indicar apelo, chamado, Quando ns vemos umamigo e dizemos: "Pedro, venha c" - a palavra Pedro est indicandoapelo, chamado: a palavra Pedro, portanto. vocativo,

    Quando ns chamamos a ateno de alguma pessoa ou de alguma coisa,recorremos sempre ao vocativo. Consideremos a orao: "Meninos, estudemo ponto". - Com essa orao, ns chamamos a. ateno dos meninos; a palavrameninos , pois; vocativo.

    O caso que em latim indica a funo de vocativo chama-se vocativo (dolatim voeare = chamar),

    9 - Note-se que o vocativo pode vir no comeo, no meio ou no fim daorao:

    no princpio: "Meninos, estudem a lio".

    no meio: "Estudem, meninos, a lio".

    no fim: "Estudem a lio, meninos".

    Observe o aluno que o vocativo vem sempre acompanhado de vrgulas;quando o vocativo inicia a orao, h uma vrgula depois; quando vem nomeio, o vocativo se pe entre vrgulas; quando no fim da orao, pe-se umavrgula antes.

    Essa pontuao sempre observada, tanto em portugus quanto em latim,de maneira que a prpria pontuao indica ao aluno o vocativo,

    10 - O vocativo, em portugus, ora vem constitudo somente da palavra,ora vem acompanhado da interjeio :

    Menino, voc no tem experincia da vida,2 - 6 menino, voc no tem experincia da vida,

    O aluno no deve confundir o que aparece nos vocativos com o oh!que aparece nas oraes exclamativas; o oh! das oraes que indicam admi-rao vem com h e ponto de admirao, ao passo que o . que s vezes acom-panha o vocativo no deve vir com h,

  • LIO 2 - VOCATIVO - GENITIVO ( 14) 17

    GENITIVO

    11 - O terceiro elemento que pode aparecer numa orao o adjuntoadnominal restritivo (1) ,

    Adjunto adnominal restritivo o complemento que restringe um nome,Suponhamos a frase "Casa de Pedro". - A casa podia ser de Paulo, deJoo, de Antnio etc., mas dizendo "casa de Pedro" ns restringimos apalavra casa. Portanto, de Pedro, ao mesmo tempo que completa o sentidoda palavra casa, est restringindo, est especificando essa palavra.

    Outros exemplos:

    1 - O plo do camelo quente.2 - Os cultores da filosofia adquirem bela cultura,3 - Vendi a fazenda de vov,

    12 - O aluno deve ter notado que o adjunto adnominal restritivo vemsempre acompanhado da preposio de. Isso no quer dizer que a prepo-sio de indique sempre um adjunto adnominal restritivo; o que podemosdizer o seguinte: Nem sempre a preposio de indica adjunto adnominalrestritivo, mas o adjunto adnominal restritivo vem sempre antecedido dapreposio de, e quase sempre encerra idia de posse,

    13 - O adjunto adnominal restritivo em portugus corresponde emlatim ao caso genitivo.

    14 - Se o adjunto adnominal restritivo em portugus vem sempre coma preposio de, acontece tambm que uma palavra que em latim est nogenitivo sempre se traduz com a preposio de, Por outras palavras: Sea palavra "Pedro" est em latim no caso genitivo, ns devemos traduzi-laem portugus por "de Pedro", e se em portugus encontramos a frase "dePedro" devemos p-la em latim no genitivo.

    QUESTIONRIO

    1 - Qual o segundo elemento que ns podemos encontrar numa orao?

    2 - Qual a funo do vocativo?

    3 - Quantas posies pode ocupar na orao o vocativo?

    4 - Qual a pontuao que o vocativo sempre exige?

    5 - Construa trs oraes diferentes em que haja vocativo. Na L" orao coloqueo vocativo no comeo; na 2,' no meio; na 3." no fim.

    (1) A nomenclatura gramatical brasileira, enquanto especifica os diversos adjuntos adverbiais,no faz o mesmo com os adnominais. A discriminao do restritivo aqui se impe, ao mesmotempo que acompanha tradicional procedimento da gramtica latina - V. Gramtica Metdica daLngua Portuguesa, 692.

  • 18 ( 15) uO 3 - DATIVO

    6 - A simples pontuao pode indicar o vocativo? Por qu?7 - Qual o terceiro elemento que uma orao pode apresentar?8 - Que adjunto adnominal restritivo? Que idia quase sempre encerra)9 - Redija Irs oraes em que haja adjunto adnominal restritivo,10 - Qual a preposio que em portugus sempre antecede o adjunto adnominal restritivo?II - O adjunto adnominal restritivo em portugus para que caso vai em latim?12 - O genitivo latino como se traduz em portugus?13 - Diga para que caso devem ir as palavras grifadas ("') das seguintes frases (Lembre-se

    o aluno de que at agora estudamos somente trs caS05, o nominativo, o vocativo e ogenitivo - Copie frase por frase. escrevendo abreviadamente debaixo de cada palavragrifada o caso): .

    a) Os soldados defendem a ptria,b) Soldados, defendei a ptria,c) O menino quebrou a perna.d) menino, no escreva dessa forma,e) Joo, seu mano j voltou?1) Seu mano Joo j voltou? (No se esquea o aluno de que a existncia ou

    no de vrgulas indica a existncia ou no de vocativo).g) Pedrinho no vai ao cinema, Maria?h) Por que Maria no quer brincar?i) Por que, Maria, voc no quer brincar?j) A casa de meu amigo vai ser desapropriada.~) Voc viu, maninho, como a lio do professor foi instrutiva?I) Nem sempre as rvores altas tm grande quantidade de galhos,m) Homem de pouca f, por que deixou seus filhos sem a luz da cincia 1n) Joo, que feito do anel de sua irmzinha?

    LiO 3

    DATIVO

    15 - O aluno jamais poder compreender o que vem a ser em latimo caso dativo, se no tiver perfeita compreenso do que objeto indireto emportugus. Para que o aluno tenha conhecimento completo do assunto, aquivou expor um ponto muito importante da gramtica portuguesa, ponto que base para a compreenso do dativo e tambm do acusativo, caso este queiremos estudar logo mais.

    16 - Sabemos j o que verbo, pela explicao dada no 2, ondevimos que toda a ao tem uma causa, isto , um sujeito, um agente.

    Pois bem; como toda a ao requer uma causa, igualmente toda a aoproduz um efeito.

    Se, quando dizemos: "Pedro escreveu uma carta" - atribumos a causaa Pedro, da mesma maneira a ao de escrever produziu um efeito; qual oresultado da ao que Pedro praticou, ou seja, que que Pedro escreveu?Uma carta,

    (*) Uma palavra est grifada quando vem escrita com tipos diferentes.

  • UO 3 - DATIVO ( 19) 19

    Observando, entretanto, outros verbos, notaremos que a ao por elesexpressa no produz, como no exemplo dado, nenhum efeito. Assim, quandodizemos: "O pssaro voou" - no perguntamos: "Que que ele voou?"- Quer isso dizer que a ao fica toda ela no sujeito do verbo, sem produzirresultado algum.

    Qual a razo da desigualdade entre esses dois verbos? a seguinte:no primeiro caso, citamos um verbo de predicao incompleta, e no segundo,um de predicao completa,

    17 - Que vem a ser predicao? - O verbo chamado tambm pre-dicado, porque atribui, predica uma ao a alguma pessoa ou coisa; poisbem, quando essa ao fica toda no sujeito, diz-se que o verbo de predicaocompleta; quando no, ou seja, quando a ao, que o verbo exprime, exigeuma pessoa ou coisa sobre que recair, diz-se que o verbo de predicaoincompleta.

    A pessoa ou coisa que se acrescenta ao verbo para lhe completar asignificao chama-se complemento ou paciente da ao verbal.

    18 - Os verbos dividem-se. pois, em dois importantes grupos: verbos depredicao completa e verbos de predicao. incompleta; verbo de predicaocompleta o que no exige nenhum complemento, ou seja, o que temsentido completo; assim, so de predicao completa verbos como voar, cor-rer, fugir, morrer, andar, porque nenhuma palavra exigem depois de si; tmtodos eles sentido completo; a guia 'l)oa, a lebre corre, o ladro fugiu. Pedromorreu, a criana anda - so oraes constitudas de apenas dois termos,sujeito e verbo, sem nenhuma necessidade, para o sentido. de um terceiro termo,T ais verbos se chamam intransitivos,

    Outra classe de verbos, bastante diferente dessa, a dos verbos depredicao incompleta, isto , verbos que exigem depois de si um complemento,ou seja, um termo que lhes complete o sentido: eu escrevi, ele perdeu, nsseguramos, Maria ganhou - no so oraes de sentido inteirado, pois nosabemos que foi que eu escrevi, que foi que ele perdeu, que seguramos ns,que ganhou Maria; os verbos que nessas oraes entram exigem um termo quelhes complete o sentido, e a orao toda passar a ter trs termos: sujeito,verbo e complemento: eu escrevi uma carta, ele perdeu a carteira, ns segu-ramos o ladro, Maria ganhou um colar.

    19 - Verbos de predicao incompleta: Existem quatro espcies deverbos de predicao incompleta:

    a) Verbos cuja ao passa diretamente para a pessoa ou coisa sobreque recai.

    Quando dizemos: "Pedro estudou a lio" - no colocamos nenhumapreposio entre estudou e a lio.

    Toda a vez que a um verbo de predicao incompleta se seguir direta-mente a pessoa ou coisa sobre que recai a ao, esse verbo ser transitivodireto (do latim transire = passar), T ai pessoa ou coisa sobre que recai.diretamente, a ao verbal chama-se OBJETO DIRETO,

  • 20 ( 20) LIO 3 - DATIVO

    Exemplos de verbos transitivos diretos: ver, beber, derrubar, pegar; segu-rar, deixar, abrir etc.

    b) No podemos dizer: "Pedro depende o pai" - unindo direta-mente ao verbo depender o complemento o pai. Empregando a preposiode, dizemos sempre: "Pedro depende d-o pai", - O verbo depender tam-bm de predicao incompleta (De que depende Pedro P}, mas no perfeitamente igual ao verbo estudar, porque se liga indiretamente (por meiode preposio) ao complemento,

    Tais verbos so chamados transitivos indiretos, e o seu complemento sedenomina OBJETO INDI~ETO.

    Exemplos de verbos tr~nsitivos indiretos: gostar (de alguma coisa), obe-decer (a alguma coisa), corresponder (a alguma coisa), recorrer (a algumacoisa) etc. '

    c) Se um amigo, vindo-nos ao encontro, disser: Eu dei - imediata-mente perguntamos: Que que voc deu? Prova isso que o verbo dar, comonos casos anteriores, , tambm, de predicao incompleta, O amigo nosresponder, por exemplo: Dei quinhentos cruzeiros,

    Estar perfeitamente completa a predicao do verbo? - No, porquelogo em seguida nos ocorre a pergunta: "A quem deu voc quinhentoscruzeiros? "

    Conclumos da que o verbo dar de predicao duplamente incompleta,pois exige no apenas um, mas dois complementos: um para especificar acoisa dada, outro para determinar a pessoa a quem a coisa' foi dada: Deiquinhentos cruzeiros a Pedro.

    Tais verbos so chamados transitivos direto-indiretos, Como transitivosdiretos, pedem um complemento direto; como transitivos indiretos, outro, indireto,

    Exemplos de verbos transitivos direto-indiretos: conceder, levar, oferecer,contar, relatar, dizer etc,

    d) Quando dizemos Pedro bom, no atribumos a Pedro nenhumaao, e, sim, uma qualidade, a qualidade de ser bom. T ais verbos so tam-bm de predicao incompleta (Que Pedro P ) e, conseguintemente, requeremum complemento, com li. diferena de ser este constitudo de qualidade e node pessoa ou coisa.

    Mesmo quando se diz - Pedro pedra - embora o complemento sejaconstitudo por coisa (pedra), este complemento no efeito de nenhuma aopraticada por Pedro, seno que indica um estado, uma qualidade de Pedro, aqualidade de ser como pedra. .

    Tais verbos so chamados verbos de ligao, e seu complemento sechama PREDICATIVO (jamais objeto},

    Exemplos de verbos de ligao: ser, estar, andar, ficar, permanecer etc.

    20 - REGNCIA VERBAL: Quando indagamos se tal verbo exige objetodireto ou indireto, ou quando, exigindo objeto indireto,' procuramos saber sea preposio que o liga ao objeto deve ser de ou por ou cOTIJ ou a ou paraou em etc., estamos procurando saber a regncia do verbo.

  • LIO 3 - DATIVO ( 22) 21

    21 - O caso que em latim representa a funo de objeto indireto odativo.

    Quero acrescentar ao que j disse sobre o objeto indireto a seguinte obser-vao: Geralmente, o objeto indireto, em portugus, vem antecedido ou dapreposio a ou da preposio para, Exemplos:

    obj, indir.

    Obedeo a meu pai

    obj, indir.

    Perdo a essa criana

    obj. indir.

    --------------Dei um livro a Jooobj. indir.

    Enviei para o tesoureiro

    22 - Na frase: "Ele me obedece" o me objeto indireto, porque cons-titui complemento de um verbo transitivo indireto.

    Notas: I~- As formas obliquas me. te, IIOS e vos servem, indiferentemente, tanto para objetos dire-IaS, como para objetos indiretos, ou seja, podem ser complementos tania de verbos transitivos diretos co-mo de verbos transitivos indiretos.

    EXEMPLOS: "Eu te amo" (objeto direto - verbo transitivo direto) - "Eu te obedeo"(objeto indireto - verbo transitivo indireto) - "Ns vos amamos" [objeto direto - verbotransitivo direto) - "Ns V03 perdoamos" (objeto indireto - verbo transitivo indiret07.

    As formas pronominais oblquas o e lhe da terceira pessoa no podem ser usadas indife-rentemente; a forma oblqua o jamais poder funcionar como objeto indireto, e a' formalhe jamais como direto. Comete erro gravssimo quem diz: "Eu lhe vi", porque o verboVer transitivo direto, e, portanto, o oblquo deve ser o. Da mesma forma, erra enormementequem diz: "Eu o obedeo", porque o verbo obedecer transitivo indireto, e, portanto, ooblquo deve ser lhe.

    O seguinte quadro elucida a questo:

    OBJETOS

    Direto lndireto(compl. de verbo trans. direto) (compl. de verbo trans, indireto)

    { me 1me

    SINCULAR te StNCULAR tese, o se, lhe

    { nos { nosPLURAL vos PLURAL vosse, os se, lhe.

  • 22 ( 23) LIO 3 - DATIVO

    2~ - Vimos na letra d do 19 que os verbos de ligao se completam com o predicativo Gamais obje-to), Acr.escentemos agora: Pode aparecer com tais verbos, alm do predicativo, que exigido pelo verbo pa-ra que tenha sentido completo, uma palavra que determine ou complete o predicativo, ou seja, uma palavraque manifeste relao de prejuzo ou benefcio (interesse), proximidade, semelhana etc.: "Pedro bom pa-ra o pai" - "Ele favorvel a mim" - "Isso no parece bom para o povo", Substituindo esse comple-mento pelo correspondente pronome oblquo, temos: "Pedro lhe bom" - "Ele me favorvel" - "Is-so no lhe parece bom",

    Essa espcie de objeto indireto (que iremos estudar na L. 92) vai em latim para o dativo,chamado dativo de interesse; pode s vezes equivaler a possessivo ("No me aperte o brao" - noaperte meu brao), mas isso no significa que o possamos analisar como adjunto adnominalde brao, Em "No me deixe de cumprimentar sua professora", "No me entre com os pssujos", o me no modifica nada; o melhor analisar em portugus com a terminologia latina"dativo de Interesse",

    23 - Assim como o objeto indireto em portugus vem geralmente ante-cedido da preposio a ou para, o dativo latino deve ser traduzido em portuguscom essas preposies. Por outras palavras (preste ateno o aluno): Se paratraduzir o objeto indireto "para Joo" emprega-se em latim o dativo, sinalde que esse nome, se em latim estiver no dativo, dever ser traduzido com apreposio a ou para, ficando "a Joo" ou "para Joo",

    QUADRO SINTICO DA PRESENTE LiO

    "'"o'"o !:!CQ~

    D::""11.1'.>~

    ~

    predicao completa - intransitivo (sem objeto)

    1

    transitivo direto (objeto direto)(no h preposio entre o verbo e o complemento)

    trans. indireto (objeto indireto](h preposio entre o verbo e o complemento)

    de ligao (predicativo)

    predicao incompleta

    predicao duplamenteincompleta

    transrtivo direto-indirete (dois objetcs i um direto eoutro indireto)

    QUESTIONRIO

    J - Que se entende por complemento, quando se fala em "verbo quanto ao complemento"?2 - Considerados quanto ao complemento, todos os verbos so iguais? Por qu?3 - Que verbo de predicao completa? Que 'outro nome tem? Exemplos.4 - Quantas espcies existem de verbos de predicao incompleta ~ Defin:r cada espcie

    e exemplificar com oraes, (O aluno deve esmerar-Se no responder a esta pergunta.porquanto versa sobre um dos mais importantes assuntos. O 19 deve ser aqui todoexplicado pelo aluno, com termos prprios e exemplos abundantes).

    ~ _ Como se denominam os complementos dos verbos de predicao incompleta ~6 - Os verbos de ligao podem vir com objeto indirelo? Como se chama em latim

    esse dativo? D um exemplo (V. nota do 22),7 - Como se chama o complemento do verbo estar? Por qu?8 - Que se entende por regncia quando se estuda o verbo quanto ao complemento ~9 - Faa o quadro sintico do estudo do verbo quanto ao complemento.10 - Qual o quarto elemento que pode aparecer numa orao?II - Que objeto indireto?12 - O objeto indireto vem sempre antecedido de preposio? (Se a resposta for positiva,

    declarar qual ou quais so as preposies que antecedem o objeto indircto).

  • LIO 4 - ABrA TlVO - ACUSATIVO ( 26) 23

    13 - Redija duas oraes em que haja cbjeto indireto com a preposio a e duas com& preposio para, (No empregue os verbos ir, vir nem nenhum outro que indiquemovimento) .

    14 - O objeto indireto portugus para que caso vai em latim?1S - O dativo latino como se traduz em portugus ?16 - Diga para que caso devem ir as palavras grifadas das seguintes oraes:

    a) O sol fornece luz a todos.b) O co do vizinho desobedeceu-me,c) Dei-lhe peras em quantidade.d) Meninol, perdoai aos inimigos.e) Maria e seu irmo no DOI deram o prazer de visitar-nos.

    LiO 4

    ABLATIVO

    24 - J vimos o que vem a ser adjunto adnominal restritivo; vimos tam-bm o que vem a ser complemento de verbo (objeto direto, objeto indireto,predicativo), Vejamos agora o que vem a ser adjunto adverbial.

    25 - Se orao' "Pedro morreu" (de sentido perfeitamente completo,pois o verbo intransitivo e, como tal, nenhum complemento pede) acrescen-tarmos uma circunstncia, a de lugar, por exemplo, dizendo: "Pedro morreuno rio", "no rio" constituir um adjunto adverbial.

    O adjunto adverbial, pois, no exigido pelo verbo. Os objetos diretose os indiretos e o predicativo so tambm complementos, mas so exigidos paraa inteira compreenso do verbo.

    26 - Diversas so as espcies de adjuntos adverbiais:

    LUGAR - onde: Estou na sala.donde: O avio vai sair do campo,por onde: Vim pelo melhor caminho,

    TEMPO - quando: No vero os corpos se distendem,h quanto tempo: Somos assim desde crianas.

    MODO - No pea com tanta insistncia,

    COMPANHIA - Fareifortuna com meu irmo,

    INSTRUMENTO ou MEIO - Comemos com garfo.

    CAUSA - Quebrou-se por culpa do menino,

    MATRIA - Anel de ouro,

    Obs. - Esses e outros adjuntos adverbiais sero futuramente estudadosum a um.

  • 24 ( 27) LIO 4 - ABL\TIVO - ACUSATIVO

    27 - Existem outros tipos de adjuntos adverbiais. mas, em regra geral.podemos dizer o seguinte: O caso que em latim representa o adjunto adverbial, geralmente, o ablativo,

    Quer dizer que os substantivos grifados no anterior (sala, campo, cami-nho, garfo, culpa. ouro) devem em latim ir para o ablativo,

    28 - Vimos no 14 a maneira prtica de reconhecer e traduzir ogenitivo; no 23 aprendemos o mesmo com relao ao dativo. E o ablativo?Este caso tem mais aplicaes, pois se presta para traduzir grande parte dasmuitas espcies de adjuntos adverbiais. No possvel dar-lhe uma corres-pondncia exata em portugus, mas, para norma geral, ado ta-se a preposiopor (pelo, pela, pelos, pelas) para traduzir o ablativo e, vice-versa, quandonuma frase portuguesa uma palavra vem antecedida dessa preposio traduz-seem latim pelo ablativo,

    ACUSATIVO

    29 - O sexto e ltimo caso latino o acusativo,

    30 - Vimos na lio 3 o que objeto direto; pois bem, o objeto diretotraduz-se em latim pelo acusativo,

    Quadro dos casos e respectivas junes:

    NOMINATIVO

    VOCATIVO

    GENITIVO

    DATIvo

    ABLATIVO

    ACUSATIVO

    sujeito,

    apelo -

    adjunto adnominal restritivo - DE

    objeto indireto - A ou PARA

    adjuntos adverbiais, em geral - PORobjeto direto - SEM PREPOSIO

    QUESTIONRIO

    1 - Quais os complementos que estudamos at agora?2 - Que adjunto adverbial?3 - O objeto direto e o indireto so tambm adjuntos adverbiais? Por qu)4 - Construa 5 oraes em que haja adjunto adverbial.5 - O mais das vezes, para que caso vai em latim o adjunto adverbial}6 - Qual o sexto e ltimo caso latino?7 - Que objeto direto?8 - Consrua 5 oraes em que haja objeto direto, sublinhando-o.

  • LIO 5 - FLEXO ( 34) 25

    9 - Quando uma palavra. em portugus, exerce funo de objeto direto, para que casodeve ir em latim?

    II) - Diga que funo exercem as palavras grifadas das seguintes oraes, e. a seguir.para que caso devem ir no latim: (1)a) Estvamos conversando na sala, quando vimos, pelo buraco da fechadura do

    quarto fronteirio, um ladro que, tendo fugido da priso, dirigiu-se a nossa casacom o intuito de roubar nossas coisas.

    b) Orfeu arrastou com o seu canto as florestas e as pedras,c) Vivendo com economia, Pedro e Paulo podem enviar dinheiro para seus pais.d) Fugiu por descuido do guarda,e) Pedro feriu o irmo com uma pedra,f) Os homens livres do humanidade conforto e satisfao.g) Os governos discricionrios nenhuma garantia oferecem ao cidado.h) No conquisto simpatia com promessas mas com fatos,

    LiO 5

    FLEXO31 - Afinal, que vem a ser flexo? - Flexo a propriedade que

    tm certas classes de palavras (a dos substantivos. a dos adjetivos, a dos pro-nomes e a dos verbos) de sofrer alterao na parte final. isto . na ltimaslaba.

    Quando se diz que uma palavra varivel, entende-se que a palavratem terminaes diferentes; quando se diz que uma palavra invarivel, enten-de-se que no sofre nenhuma alterao, .

    32 - Nas palavras variveis d-se o nome desinncia parte final He-xivei, Podemos definir: Desinncia a parte final varivel de uma palavra,atravs da qual indicada a relao gramatical entre essa e outras palavras.D-se o nome tema, ou radical. parle que resta da palavra" tirando-se adesinncia,

    Na palavra estudioso a desinncia o "o" final, porque podepara a (estudios-a), para os (estudios-os), para as: estudios-as.- esludios - vem a ser o tema (ou radical).

    Compare-se a desinncia com a ponta de uma lapiseira: as pontas podemser trocadas, ao passo que a lapiseira sempre a mesma; as pontas vm aser as desinncias, a lapiseira vem a ser o radical.

    Como se descobre o radical de uma palavra latina? Descobre-se. pra-ticamente, tirando-se fora a desinncia do genitivo singular (V. 39).

    33 - Sabe j o aluno o que vem a ser caso (Lio 1); sabe tambmo que vem a ser flexo; deve portanto compreender o que vem a ser flexo decaso: Variao que sofre a palavra na desinncia, de acordo com a funoque exerce na orao,

    34 - Vimos na lio 1 que existem seis casos em latim. Devemosagora saber que os substantivos, em latim. distribuem-se em cinco grupos,isto , nem todos os substantivos em latim terminam da mesma maneira, Cada

    ser mudadoO restante

    (1) Exemplo: Pedro estudasuj.-llIlm.

    no colgio.adjunto adv. de lugar onde - abl.

  • 26 ( 35) UAO 5 - FlEXO

    grupo de casos, ou seja, cada grupo de flexes recebe o nome declinao,Declinao , portanto, o conjunto de flexes de determinado grupo desubstantivos,

    35 - Uma vez que existem cinco grupos de flexes, existem tambm cincodeclinaes, que recebem por nome um nmero ordinal: I,~, 2,~ etc.:

    primeira declinao;segunda declinao;terceira declinao;quarta declinao;quinta declinao,

    36 - Todas as declinaes possuem singular e plural; h, portanto, seiscasos para o singular e seis para o plural; ao todo, 12 flexes:

    SINGULAR

    NominativoVocativo

    PLURALNominativoVocativo

    GenitivoDativoAblativoAcwativo

    GenitivoDativoAblativoAcusativo

    O'eclinar uma palavra recitar a palavra em todos os casos, tanto dosingular como do plural.

    37 - A ordem dos casos no tem importncia; o aluno pode, num exa-me, declinar uma palavra em qualquer ordem; necessrio que declare, ento,caso por caso, qual o que vai dizer.

    Nestas lies ado taremos sempre a ordem que ficou exposta no par-grafo anterior,

    38 - Quando o substantivo designa ser animado, fcil dizer se apalavra do gnero masculino ou feminino; quando. porm, designa ser ina-nimado, isto , coisa, a palavra pode em latim ser masculina, ou feminina,ou neutra.

    Neutro quer dizer "nem um nem outro", isto , nem masculino nem femi-nino. Assim, bellum (= guerra), [utnen (= rio), capui (= cabea) sopalavras neutras, com terminaes especiais em certos casos, conforme iremos ver.

    H, portanto, em latim que se considerar o gnero dos substantivos, coisaque iremos estudar qua.ndo virmos as declinaes.

    39 - Como descobrir a que declinao pertence um substantivo? Osbons livros de exerccios e os bons dicionrios latinos sempre trazem, logo

  • LIO 5 - FLEXO ( 39) 27

    aps a palavra. ou o genitivo completo ou uma ou algumas letras que indi-quem o genitivo singular da palavra; como esse caso diferente em todasas declinaes. serve para especificar a declinao a que pertence a palavra.Eis o genitivo singular das cinco declinaes:

    Declinaes l.a 2.a 3.a 4.a 5.a

    Genitivo sing. ae i is as ei

    Se. no procurar uma palavra no dicionrio. encontrarmos "rosa. ce", sabe-remos que da I.a declinao; se a palavra que procuramos "fons, fontis",sabemos que da 3. a declinao; se "bellum, i". sabemos que da 2. a. eassim por diante.

    De igual maneira. quando lhe perguntarem como fonte em latim. res-ponda sempre dizendo fons, fontis (ou seja. preciso declarar o nominativo e ogenitivo). e no somente fons.

    Como j vimos no 32. o que sobra da palavra. tirando-se a desinnciado genitivo singular, constitui o radical da palavra:

    radical.---"----

    ros - aebcllfonl - ISman - usdi - ei

    QUESTIONRIO

    1 - Que flexo?2 - Quais as classes de palavras variveis?3 - Que se entende quando se diz que uma palavra invarinl?4 - Que desinncia?5 - Que lema?6 - Nas seguintes palavras portuguesas. indique o radical e a desinncia: falso. quadro.

    caderno, livro, feijo. pedra.7 - Que flexo de caso?8 - Que declinao?9 - Quantas declinaes h em latim?10 - Qual o tolal de flexes de uma declinao)11 - Que declinar uma palavra?12 - Cite, na ordem. os seis casos lat: ,H}S.13 - Que gnero neutro?

  • 28 ( 40) LIO 6 - PRONNCIA E ACENTUAO

    14 - Como descobrir a que declinao pertence uma palavra?15 - Dizer a que declinao pertencem as seguintes palavras e indicar o radical (Quero o radio

    cal separado, assim: liber, libr-i, 2~ declinao; radicallibr):lupu s, ilibero bridens, denli.die s, eirex, regiscanlus, ut

    nauta, aehonos, rismare, ISmanus, usres, reitabernaculum.

    E.ta pergunta muito importante. No se esquea de indicar o radical. Para noerrar, estude mais uma vez o final do 39. Mai. um exemplo: res, r-ei. 5,' decl.: radical r.

    Aluno reallllenle e,ladio,o e eeesciente nio deve ficar ,ali,f.ilo enquanlo no louberrup"nder a Ioda, as perrunlu de am qa~llionrio lem conlallar nenhuma lio; nem aqaelaa que est re 'poadendo aelD a, anterioree ; e,tade porlanlo lDuilo e recorde I.m~re.

    LiO 6

    PRONNCIA E ACENTUAO40 - Agora que vamos aprender a' declinar as palavras e, logo mais.

    a construir frases latinas. devemos ver algumas questes importantes para' aperfeita pron ncia e acentuao das palavras latinas. Como no se tolera apessoa que acentua mal as palavras portuguesas. muito menos se tolera apessoa que acentua mal os vocbulos latinos.

    41 - Em regra geral, as letras, que so idnticas s nossas, so pro-nunciadas como em portugus; vejamos, porm, em primeiro lugar, a questoda acentuao:

    As palavras latinas tm o acento ou na pen ltima ou na antepen ltimaslaba; em regra geral. no h palavras com acento na ltima slaba.

    42 - A slaba que indica onde cai o acento a pen ltima. De queforma? - Se a pen ltima vogal, ou seja, se a pen ltima slaba de uma pala-vra latina trouxer o sinal -, que se assemelha a meia lua (, e, i, , ), oacento dever recuar para a vogal anterior.

    Suponhamos a palavra agrcola, A pen ltima slaba c ; em cima do..o" vemos a braqua, isto , o sinal de vogal breve. Que indica isso? In-dica que o acento deve recuar para a slaba gr, ou seja, para a vogalimediatamente anterior, pronunciando-se, ento: agrcola.

    43 - Se a pen ltima slaba. ou seja, a pen ltima vogal de uma' pa-lavra trouxer um tracinho longo (, e, i. , li). o acento dever cair nessamesma vogal.

    Suponhamos a palavra Pentes .. a pen ltima slaba n .. em cima do "a"vemos o mdcron , isto , o sinal de vogal longa. Indica isso que o acentodeve cair nessa slaba, pronunciando-se, portanto: Pentes.

  • LIO 6 - PRONNCIA E ACENTUAO ( 44) 29

    A propriedade que tm as vogais de ser longas ou breves que se chamaem latim quantidade. Quando pergunta ao aluno: "Qual a quantidade dessavogal?" - o professor quer que o aluno declare se ela breve ou longa.

    RESUMINDO:

    Pen ltima breve, o acento recua (a palavra proparoxtona),Pen ltima longa, o acento cai sobre ela (a palavra paroxtona).

    Nolas: 1. - Em latim no se usam acentos; esses sinais so empregados em livrosdidticos e em dicionrios, para que os alunos se habituem a ler as palavras com o acenlo devido,

    2," - Quando necessrio, aparecer nas [ies o sinal indicativo da quantidade dapen ltima slaba,

    3." - Como importante norma prtica, aprendamos que, em regra geral, uma vogal breve quando seguida de outra vogal: influit (nfluil), remo (rmeo), aco (cuo),muller (m lier), e longa quando seguida de duas consoantes: anclla (anclla).

    44 - Pron ncia das letras: Somente em alguns casos h divergncia depron ncia com certas letras:

    1 - o x tem sempre o som de qs: maximus, excellens, nox, tex, lex,A lcxander so palavras que se pronunciam: mkcimus, ekclens, nks, rks,lks, Aleknder.

    2 - o t. quando seguido de um i breve e dede c: justitia, Helvetia, avaritia, patienfa, palavras que se pronunciam justicia,Helvcia, avarcia, pacincia (H excees que no momento no importamencionar) ,

    3 - o eh tem sempre som de q: pulcher (p lker), charisma (karisma).

    mais tem sem

    4 - o s impuro (s inicial seguido de consoante que no seja c) deveser bem pronunciado, de tal forma que no se oia a vogal e; palavras comostatum, spes pronunciam-se sslatum, sspes e no estatum, espes,

    5 - o u do grupo qu sempre pronunciado em latim: quoque, qui, qua, quod,quid, quem etc, pronunciam-se kukue, kui, ku, kud, kuid, kum. O u no podeser separado graficamente da vogal seguinte; outros exemplos: equus (cuus), aequi-(as (cuitas), armaque (rmacue), quindecim (cundecim). O mesmo se d com gu:anguis (O u pronunciado e o acento no a inicial.), contiguus icontiguus, com osdois us bem pronunciados e acento tnico no i).

    6 - os grupos voclicos ae .e oe (que tambm se escrevem ee, ee) pro-nunciam-se como ; caecus, coelum, hcero pronunciam-se ccus, clum, hreo.Numa ou noutra palavra, como em poeta, que as duas vogais so pronunciadasdistintamente.

    As formas fugac, rnuscce (genitivos de fuga, musca) devem portanto, portuguesa, ser pronunciadas [uje, m ce e no f ghe, m sqc,

  • 30 ( 4-4) LIO 6 - PRONNCIA E ACENTIJAO

    7 - Costumamos pronunciar o j latino da mesma forma que o portu-gus, seja qual for a pron ncia originria: jus, conjcio.

    8 - Notemos, por ltimo, que todas as consoantes em latim so muitobem pronunciadas: [acius pronuncia-se fktus e no [tus. O D e o m finaisdevem ter som alfabtico e no som nasal.

    As letras dobrada, (O, H, BD etc.) devem ter som reforado; uma coisa ager, outra agger ; cana, Canna; coma, comma; 'Vanus, vannus etc.

    Ob,.: , .a - As slabas finais latinas devem ser muito bem pronunciadas;em portugus escreve-se larde e se pronuncia tardi, escreve-se Pedro e se pro-nuncia Pedru, mas em latim as vogais devem ser bem pronunciadas, para quese evitem confuses desastrosas.

    2, a - A "pron ncia reconstituda" (V. o n." 12 do Prefcio) apresentaestes caratersticos:

    a) ae e oe pronunciam-se separando-se as vogais: pena (poena):b) o c soa sempre t: tl(ero (Ccero);c} o r soa g},e: nghelus (angelus);d) o b aspira-se levemente;e) o j soa i: i 'Vo (juvo);f) o. soa ss ; rossa, rssae (rosa, rosae):g) o Y soa u: uta (vita);h) 0'1 tem som do u francs: Iyra (lUra);i) o z soa dz: dzus (Zeus).

    3, - A "pron ncia romana" consiste na correta pron ncia italiana,cujos principais caratersticos so:

    a) ce e ci soam tche, tchi: tchlum (coelum), tchtehero (Cicero);b)c)d)

    o se: tem o som do eh portugus: ehna (scena);ce e ri soam dge, Jgi: dgerdgitche (Georgicae);gn soa nh: nhus (agnus);

    e) o j soa i: iuro (juro);f) o, final forte, ainda que preceda palavra que se inicie por vogal:

    flressornant (flores ornant);g) o z soa dz: dzlus (zelus).

    QUESTIONRIO

    I - Em que .1abas a, palavra, lalina. podem ler o acenlo)2 - Qu~1 li silaba que indica onde cai o acenlo lnico da. palavra, lalinu>3 - Se II pen ltima slaba de uma palavra lalina trouxer a .igla ~, onde cair O acenlo?4 - Se a pen lrima ,1aba de uma palavra lalina trouxer a .igla -, onde cair o aceato)

  • LIO 7 - I.a DECLINAO ( 46) 31

    5 - Quero que o aluno copie todas estas palavras, ria mesma ordem, e coloque acentoagudo na slaba tnica como se fossem palavras portuguesas (No copie as siglas - e V;quero somente o acento agudo na slaba tnica): accipiter, agricla, ambulo, animal,aquita, arbris, Arpinas, audoril .. , calamltas, celebro, corpris desidro, diligeol,dilucide, eruditus, furfres, graeilis, himis, incito, indce, optimles, praedico, _ IU-perior, velo I.

    6 - O :l como se pronuncia em lalim?

    7 - O I seguido de i (i breve) e de mais uma vogal que som tem? D exemplos,8 - Que quantidade em latim?

    9 - Que pretende saber o professor, quando pergunta ao aluno qual a quantidade de umavegal?

    10 - Sem colocar as siglas - e v copie este trecho e coloque acento na slaba tnica de todas as pa-lavras. Lembre-se de que palavras de duas slabas tm o acento obrigatoriamente na primeira,e no se esquea de que, quando em palavras de trs ou mais slabas a pen ltima breve,o acento recua para a vogal imediatamente anterior. Ponha acento tnico tambm nos monos-silabos, porque em latim so pronunciados tonicamente: Quosque tandem abutre, Catilina,patienfia" nostra? Quamdu efamo furor iste tuus nos eldet? Quem ad finem sese effrentajactbit audac1'a? Nihllne te noctrnum praesidum Palaii*, nihil urbis vigillae, nihil timor po-pli, nihil concrsus bonrum ornrum, nihil hic munitiss1mus habndi sentus locus nihil ho-rum ora vultsque movrunt? Patre tua consilia non sentis? Constrictarn jam omn1um horumconscienra" tenri conjuratinern" tuarn non vides? Quid proxfma, quid superire nocte eg-ris, ubi furis, quos convocavris, quid consilii cepris, quem nostrum ignorre arbitrris?

    Para a pron ncia do "t" lembre-se do n? 2 do 44.

    LIO 7

    1.~ DECLIN AO

    45 - Pertence primeira declinao toda a palavra que tem o genitivosingular em ce. Quase todas as palavras desta declinao so de gnero femi-nino, havendo algumas do gnero masculino (nomes de homens, de seres dosexo masculino, de certas profisses e de alguns rios).

    46 - As desinncias da 1.a declinao so as seguintes:

    SINGULAR PLURAL

    NOMINATIVO a NOMINATIVO aeVOCATIVO a VOCATIVO ae

    GENITIVO ae GENITIVO arum

    DATIVO ae DATIVO isABLATIVO a ABLATIVO isACUSATIVO am ACUSATIVO as

    - - ------

  • 32 ( 47) LIO 7 - l,a DECLINAO

    47 - Note o aluno a existncia de casos iguais (no singular h trsca50S terminados em a e dois em ae ; o plural tem dois terminados tambm emae, havendo ainda dois iguais, o dativo e o ablativo, que terminam em is).No pense, porm, que isso traz confuso na frase. A anlise dos termosda orao indica em que caso est a palavra. Justamente no fato de o latimobrigar-nos a analisar, a pensar, que est a sua importncia e proveito paraa nossa inteligncia, educando-nos, instruindo-nos, desenvolvendo nossa capacidadede anlise cientfica, de concentrao de esprito, de ateno.

    48 - Declinao de um nome feminino: rosa, rosae (= rosa):

    SINGUlAR PLURALradical desinncia radical desinnciar-r-r-r-r- .....--'---o. ~ ~

    NOM. TOS - a NOM. TOS - aeVoc. ros - a Voc. TOS - aeGEN. ros - ae GEN. TOS - arumDAT. ros - ae DAT. TOS - isABL. ros - a ABL. TOS - isAc. ros - am Ac, TOS - as

    Nola - Como pode observar o aluno, o radical permanece invarivel em lodo o decursoda declinao. Nenhuma dificuldade existe. portanto, para declinar uma palavra, pois basta,uma vez descoberto o radical, coisa que j sabemo. achar ( 32 e 39), acrescentar-Ihe Bdesinncia do caso que se deseja. V crnos, por conseguinte, que o importante i saber muitobem de cor as desinncias da declinao a que pertence a palavra.

    Qualquer palavra pertencente 1.& declinao, que seja do gnero feminino. declina-secomo rosa. rosae, como, por exemplo. as seguintes:

    tabula, tabulae..,ia, \1;aegloria, gloriae

    = fbula= via, caminho= glria

    praeda, praedae = presamu.sca, muscne == moscasiella, sielle = estrela

    49 - Declinao de um nome masculino: naula, naulae = marinheiro:SINGUlAR PLURAL

    NOM. naut-a NOM. naul-aeVoe. naut-a Voc. naul-aeGEN. naut-ae GEN. i'raul-arumDAT, naut-ae DAT, nau l-isABL. naut-a ABL. naut-isAc. naut-am Ac. ncur-as

    Nola - A no ser a diferena de gnero, nenhuma outra diferena existe entre a decli-nao de rosa, rosae e nauta, nau toe. V, portanto, o aluno que declinar em latim no bicho de sete cabeas, a no ser para alunos relapsos, descudosos do estude. O que preciso, to somente, SABER DE COR, MUITO BEM DE COR, AS DESINNCIAS de cadadeclinao, uma a uma, ern qualquer ordem; esclareo: o aluno precisa saber de prontoqualquer desinncia sem ter de pensar nas demais nem em palavra nenhuma; se eu pedir oacusativo singular, deve o aluno .dizer logo am, sem nem de longe pensar nES desinnciasanteriores. De igual forma, se eu pedir o acusativo singular de naula, ae deve o aluno dizerprontamente nautory1. sem pensar nos demais casos, nem, muito menos, em r?sa, ce.

  • LIO 7 - La DECLINACO ( 51) 33

    50 - Existem alguns substantivos da J.3 declinao que no singularsignificam uma coisa, e no plural podem ter um segundo significado ou umsignificado especial:

    angustiaceracopiafortuna

    SINGULAR

    brevidadeceraabundnciasorte

    gratia = favor, graalitra (ou littra) = letramola = m, moinhoopera = obravigilia = ato de ficar acorda-

    do, vspera

    PLURAL

    ceraedesfiladeiros, gargantatbuas escritasexrcitos, tropasbens, riquezasagradecimentos

    (ou littrae ) = cartamaxilas

    angustiae

    coplaefortunaegratiaelitraemolaeop(!raevigiliae

    operriossentinelas

    SI - Outros substantivos h, ora comuns, ora prprios, que s se usamno plural, coisa que tambm em portugus existe (culo5, n pcias, Campinas,primcias, Alcnas, Tebas, vveres, Campos, Santos, Andes etc.):

    NOMES COMUNS

    divitiae, arumindutiae, aruminsidiae, ar umnuptia_~; arumtenbrae, arumCalendae, 'arum ouKalendae, arumNonae, arum

    riquezatrgua, armistciocilada, insdia, .ftnn ...,o.__ 1"' '"

    trevas

    NOMES PRPRIOS

    Athnae, arumSyracusae, arumThebae, arumVenetiae, arum

    AtenasSiracusaTebasVe

    Calendas (1.0 dia do ms)o 5.0 ou o 7.0 dia dosmeses romanos

    QUESTIONRIO

    I - Para que uma palavra pertena 1.& declinao, como deve terminar no genitivo singular?2 - De que gnero so as palavras pertencentes I," declinao?3 - Quais as desinncias da 1," declinao? (No responder indique os casos, dizendo tudo

    bem de cor e sem titubear. Quem no souber muito bem de cor as desinncias dasdeclinaes jamais saber latim).

    4 - O fato de haver desinncias iguais numa declinao perturba a compreenso de umtexto latino? Por qu?

    5 - H alguma dificuldade para declinar uma palavra em latim? Por qu?6 - Qual o radical de planta, planlae? Como fez para encontr-lo? Decline essa palavra,

    discriminando todos os casos, primeiro no singular, depois no plural.7 - Exislem na I.a declinao nomes que ..o singular tm um significado e DE> plural, outro?

    D exemplos, discriminando a significao.8 - Cite dois nomes prprios locanvos da I.a declinao que s se usam no plural. Cite

    tr. comuns nas mesmas condies e decline um deles.

  • 34 ( 52) LIO 8 (Exs. 1,2) - NORMAS PARA A TRADUO

    LiO 8

    NORMAS PARA A TRADUO

    52 - No existe artigo em latim, nem definido nem indefinido. Quandopedirem que traduza em latim a frase "A coroa de uma rainha", o aluno nodeve cogitar em traduzir o "a" que precede coroa nem o "uma" que prece-de rainha. Vice-versa, pedindo que traduza em portugus uma frase latina, oaluno dever colocar os artigos que a lngua portuguesa exige.

    53 - O adjunto adverbial de causa, que em portugus costuma vir acom-panhado da preposio por (por descuido, por culpa, por falta de recursos),nenhuma preposio traz em latim; as palavras que indicam a causa, o motivode uma coisa vo em latim para o ablativo, sem nenhuma preposio:

    adjuntoadv. de causa

    O vaso caiu por

    !descuido do menmot

    coloca-seno ablativo

    no seIraduz

    Vice-versa, quando um ablativo latino indica causa, traduz-se em portuguscom a preposio "por":

    adjuntoadv. de causa

    Ignavi

    ~Por covardia

    regmae

    da rainha

    54 - Assim como o vocativo portugus nem sempre vem acompanhadoda interjeio "", tambm em latim este "o" (que em latim no tem acento)s aparece em casos de nfase (V. 10).

    55 - Da mesma maneira que no se leva em considerao o artigo portu-gus, tampouco se deve considerar a preposio de do adjunto adnominal res-tritivo, a preposio a (ou para) do objeto indireto, nem, em alguns casos, apreposio por de certos adjuntos adverbiais.

    Vice-versa, o genitivo latino geralmente se traduz em portugus com apreposio de, o dativo com a preposio a (ou para) e o ablativo, em certoscasos, com a preposio por,' .

  • LIO 8 (Exs, 1,2) - NORMAS PARA A TRADUO (~55) 35

    GENITIVO

    DATIVO

    de (do, da, dos, das).a (ou para: ao, , aos, s, para o, para a, paraos, para as),

    por (pelo, pela, pelos, pelas).ABLATIVO

    Pelo que ficou dito, vemos que os casos latinos, na gencralidade dasvezes, assim se traduzem (para melhor exemplificao, .dou a declinao deala = asa):

    CASOS SINGULAR PLURAL

    Horn. al = a asa (suj.) alae = as asas (suj.]Voc. ala == asa alae = asasCen. alae = da asa alarum = das asasIlal. ala. = para a asa (ou asa) alis = para as asas (ou s

    ( asas)Ahl. a! = rela aca alis = pelas asasAc. alam = a asa (obj. dir.) alas = as asas (obj, dir.)

    Hola - No sei se o aluno observou uma sigla breve em cima do a final do nominativosingular e uma sigla longa em cima do a do ablativo singular, Fique portanto sabendo, desdej, que exis te essa diferena de quantidade entre esses dois casos, Essa sigla longa no ltimo a no quer dizer, de forma nenhuma, que o acento deva cair nele; a regra deacentuae a que vimos f1:! pargrafos 42 e 43.

    EXERCCIO DA La DECLINAO

    Uma vez que j sabemos distinguir as funes dos termos da orao e declinar palavrasda I.a declinao, estamos capacitados para traduzir pequenas frases, tanto do portuguspara o latim como do latim para o portugus. T ratando-se de exerccios de traduo doportugus para o latim, bastar conhecermos as palavras em latim, para coloc-Ias no caso devido,

    EXERCCIO

    Traduzir em latim

    Nota - T ralando-se de frases pequenas, sem verbo, a funo sinttica da palavrapode oferecer d vida. Para evitar isso, aparece em tais casos, entre parnteses, logo a seguir,a funo da palavra.

    Antes de cada exerccio darei o vocabulrio correspondente, mas no repelirei palavrasde exerccios anteriores. Quando, portanto, no encontrar uma palavra no vocabulrio doexerccio que est fazendo, procure-a nos anteriores. Decore, exerccio por exerccio, ovocabulrio correspondente.

    Tenha o cuidado de verificar o gnero da palavra (o que indicarei sempre que neces-srio, medianle as lelras m., f., n.) e O genilivo. pois este ir mostrar-lhe o radical da palavra.

  • 36 ( 55) LIO 8 (Exs, 1,2) - NORMAS PARA A TRADUO

    VOCABULAR 10

    'ruia - aquila, aqu'lae f, (1)a.a - ala, alae [,coroa - corna, cornae t-criada - ancilla, ancillae [..,crua - anclla, ancillae f,filha - filia, filiae f, (1)

    lavrador - agricla, agriclae m. (1)marinheiro - nauta, nautae m,pena - penna, pennae f,pomba - colmba, colmbae [,provncia - provinda. provinciae [. (1)rainha - regina, reginae f.

    1 - A filha [suj.) da rainha.2 - A coroa (suj.) da filha.3 - As coroas (suj.) da rainha.4 - As filhas (suj.) das rainhas.5 - A pena (obj. dir.) das pombas.6 - As penas (obj. dir.) da pomba.7 - escrava da rainha.8 - rainha das escravas.9 - Os marinheiros (suj.) da rainha.10 - Os lavradores (obj, dir.) da provncia.11 - Para as criadas da filha da rainha.12 - As penas (suj.) da guia da filha da rainha.I 3 - lavradores da rainha,1.4 - rainha dos marinheiros.15 - Pena (suj.) para a asa da guia.16 - Penas (obj, dir.) s asas das guias.

    EXERCfCIO 2

    Tradazir em portugus

    A conjuno portuguesa e traduz-se em latim et, pronunciando-se o I final: t.

    a,ricola, ae m. - agricultoraquila, ae [, - guiacolnmba, ae f. - pombaculpa, culpae [, - culpael (conj.) - efilia, ae - filhafuga, fugae t, - fugagloria, gloriae t, - glriaGraecia, Craeciae f. - Grciaignavia, ignaviae f, - covardia

    iacla, inclae m, - habitanteinsula, insulae [, - ilhalaetitia, laetitiae f, - alegria_ta, ae m. - mariDheiroo (inl.) - 6ptria, patriae [. - ptriapota, poelae m. - poetaregina, ae - rainhadalua, slaluae 1. - esttuavietoria, victoriae f. - vitria

    (I) No se esquea: pen ltima breve, o acenlo recua para a vogal imediatamente ante-rior: quila (o u pronunciado: kuila), flia, agrcola.

    Quando longa a pen ltima. o acento tnico nessa slaba: anclla, corna. regina.

  • LIO 9 (Exs, 3.4) - I.' CONJUGAO ATIVA (NQES) ( 57) 37

    1 - Gloria (nom.) poetarum.2 ~ Victoria (nom.) nautarum.3 - Fuga (nom.) aquilae (gen.},4 - Filiae (nom.) Graeciae (gen.).5 - Poeta e (dat.) victoriae (gen.).6 - Aquilis (dat.) et columbis.7 - o incla insiilae.8 - Ignavi (ablat.) nautarum ( 53),9 - Laetitiae (dat.) incolarum insularum.10 - Culp filiae reginae (V. nota do 55),11 - Statuae (nom.) poetarum patriae (gen.),12 - Agriclae (nom.) et nautae filiae (dat.) regmae.13 - Poeta (voc.).

    LiO 9

    1.' CONJUGAO ATIVA (NOES)

    56 - Para que o aluno se familiarize com os casos e com a funo doscasos latinos dentro de uma frase, vou nesta lio expor o indicativo presenteda 1,'1 conjugao regular latina. Como o ~stlld('l dos verbos iremos fazermais tarde. darei aqui s o necessrio para o nosso escopo.

    57 - O infinitivo da primeira conjugao latina praticamente igualao da 1.' conjugao portuguesa:

    PORTUGUts lATIM

    am-ar am-are

    As formas do indicativo presente so tambm muito semelhantes, sendoalgumas perfeitamente iguais:

    PORTUGUts lATIM

    radical delinnci..---"----

    am-o am - Oam-as am - asam-a am - atam-amos am - amusam-ai" am - ati.am-am am - ant

  • 38 (.58) LIO 9 (En. 3,4) - I." CONJUGAO ATIVA (NoES)

    Nola - Nos dicionrios portugueses, procuramos os verbos na forma infinitiva; emlatim vamos procur-los na' 1,& pessoa do singular do indicativo presente, Portanto, quandoeu perguntar como se traduz o verbo amar em latim, o aluno deve responder amo (e noamare). No vocabulrio, quando regular o verbo, darei ao aluno o verbo nessa forma e,logo a seguir, no infinitivo, pala que ele identifique bem a conjugao:

    VOCABULRIO PORT, lATlM VOCABULRIO lAT,-PO~TUGUf.S

    amar - amo, are amo, are - amar

    58 - Assim como nas declinaes existe radical e desinncia, tambmexiste desinncia e radical nos verbos. Muito fcil descobrir o radical deum verbo da 1.a conjugao: basta tirar o "o" da 1.a pessoa:

    radical,...--A---,am - O

    Uma vez descoberto o radical, para conjugar o indicativo presente detodo e qualquer verbo da I,a conjugao nada mais fcil do que acrescentaras desinncias 0, as, ai, amus, ails, ani ao radical encontrado.

    pugno, are = combater, lutarpugn - o

    asatmustisant"

    59 - O latim costuma colocar o objeto direto, isto , o acusativo, antesdo verbo, coisa que se d com outras lnguas vivas e, na poesia ou em frasesenfticas, com o prprio portugus,

    Em portugus dizemos: "A lua ilumina a terra". Em latim, precisamoscolocar o objeto direto antes do verbo transitivo direto:

    sujeito

    Lunaobj. dir,

    lerramverbo transito dir.

    illuslrat

    Vice-versa: A orao latina "Luna terram illustrat" no devemos traduzirem portugus "A lua a -terra ilumina", na mesma ordem latina; devemos colocaros termos em portugus como costumam ser colocados: "A lua ilumina aterra"- pondo o objeto direto depois do verbo.

    Por que essa ordem? Porque prprio das lnguas sintticas, isto ,das lnguas que possuem flexo de caso, colocar o complemento aDtes da pala-vra completada.

    Se o objeto, quer direto quer indireto, complemento do verbo, claro que,em regra geral, vem antes; assim em latim, em grego, em alemo, em russo etc.

  • LIO 9 (Exs, 3,4) - L' CONJUGAO ATIVA (NOOES) ( 59) 39

    QUESTIONRIO

    I - Qual a desinncia do infinitivo da 1.. conjugao lalina)2 - Em que forma se procuram os verbos num dicionrio latino: no infinitive ou na 1..

    pessoa .do singular do indico presente 3 - Como se descobre o radical de um verbo latino da 1.& conjugao?4 - Quajs as desinncia. do indicativo presente da 1." conjugao latina}5 - O objeto direlo em que lugar se coloca em latim) Por qu}6 - Conjugue o verbo iIIastro no indicativo presente,

    EXERCCIO 3

    Traduzir em latiDl

    VOCABULRIO

    agricultor - agricla, ae m.gua - aqua, ae (1)alegria - laetitia, ae (2)alividade - industria. aecaminho - via, ae f.chamar - voco, areculpa - culpa, aedar - do, daredeleitar - delecto, are (3)fbula - fabula. ae'11 _ fl1nA " ... (4)ilh~-- i~;u'i~',~; ..ju,tia - justitia, ae (5)

    louvar - laudo. arelua - luna, aemoa - puella, ae (6)m~strar - monstro, areno - nonocupar - occpo, are (7)poeta - poeta, ae m. (8)por que? - curpreparar - paro, arererar - rigo, are:::=!:~~- ~:-:;br;:.. ~::terra - terra, aeturba - turba, ae

    1 - As guas regam a terra.2 - A lua mostra o caminho aos marinheiros.3 - Os marinheiros ocupam a ilha.4 - A filha da rainha chama as pombas.5 - A turba louva os marinheiros.6 - As fbulas dos poetas deleitam as moas.7 - Poeta, por que no louvas a justia? (9)8 - A sombra d alegria aos agricultores.9 - Por culpa do poeta o marinheiro prepara a fuga (tO).10 - Louvamos a atividade das criadas.

    (I) Pronuncie ~ua, ~ue.(2) Pronuncie leticla, leiicie,(3) No deixe de pronunciar o c: Jelqll, Jeleqlte,(4) Pronuncie t ga, t je,(5) Pronuncie [usticia, -[usiicie.(6) Pronuncie com acento no e e fazendo ouvir 01 doi. II: pul-Ia ( 44, 8).(7) No se esquea da regra: q~pl, qupas, qupal, 'Iqupmus, 1~uplis, ~upanl.(8) O trema tem por fim indicar que o e pronunciado separedamente s pota, Plle,(q) Ponha o non imediatamente antes do verbo ( ... nen laudas},(10) Est lembrado do adjunto adverbial de causa} - 53.

  • 40 ( 59) LIO 9 (Exs.. 3.4) - L' CONJCAO.ATlVA (NoES)

    EXERCfCIO 4

    Tradair em portara',

    VOCABULAR 10

    aIBO, ar. - amaraqaa, ae - guacircamdo, re - circundarcorna, a. - coroado, dare - dar, proporcionar. causarfaro, are - afugenlar, afastariUaslro, ar. - iluminarincla, ae - habitantelaado, are - louvar, elogiarliofaa, ae t, - lngua. idioma

    luaa, .. - luaa.alio, are - anunciar t comunicarorno, are - adornar, eDfeilar"no, are - cceservar, preservar. pro

    leger.il ... , ae t- - selva, flortlla. malaterra, .. - lerraombra, .. - sombra";cilanlia, a. /, - viailDcia, cuidado

    I - Poetae linguam Graeciae amant.2 - Coronae reginas ornant.3 - Laetitiam nautis das,4 - Gloriam patriae (dat.) do.5 - Agriclas laudmus.6 - Inclas silvarum laudtis,7 - Victoriam nuntiamus.8 - Aqua insulas circmdat.9 - Nautarum vigilantia patriam servat.10 - Luna umbram fugat et terram illustrat.

    A - Qual o segredo da traduo do portugus para. o latim 7I - O segredo est na anlise sinttica, isto , na verificao da funo

    exata que a palavra exerce na orao.2 - Verificada a funo, veja como a palavra em latim. a declinao

    a que pertence (at agora s conhecemos a I.a) e ponha-a no caso devido.

    B - E do latim para o portagas, onde o segredo da correta traduo?

    I - Antes de mais nada, devemos procurar o verbo; se estiver noplural. o sujeito ser o substantivo que estiver no nominativo plural; se overbo estiver no singular. o sujeito ser o substantivo que estiver no nominativosingular.

    2 - Se o verbo latino for transitivo direto, haver um acusativo (obj, dir.).3 - Se houver um dativo, ser objeto indireto.

    4 - Todas as demais palavras sero complementos nominais ou adjun-tos adnominais do sujeito (frase 9), do objeto (frases 1 e 6) - ou adjuntosadverbiais etc.

  • LIO 10 (Exs, 5,6) - OUTRAS NORMAS DE TRADUO ( 60) 41

    Isso o que se chama ordem direta. Pr uma orao latina na ordemdireta colocar todos os termos como se a orao fosse portuguesa, o que signi-fica que a traduo deve seguir exatamente, palavra por palavra, a ordemdireta encontrada. No v, pois, no traduzir do latim para o portugus. seguira ordem que as palavras tm. na orao latina,

    c - Exemplifico com a 1.a orao do exerccio 4:I - Qual o verbo - Amant.

    Singular ou plural? - Plural.

    2 - Qual o subst. no nomin. plural i - Poeiae.Quer dizer que j temos os dois elementos principais, sujeito e verbo:

    Poetae ama"t.

    3 - Amant o qu? ou seja. qual o objelo direto i Linguam (Isto lgico: Se linguam acusativo porque objeto direto).

    Temos, pois, trs elementos: P oetae amanl linguam.

    4 - Em que caso estar, ou seja, que funo exercer Graeciae i Spode ser genitivo singular, adjunto adnominal restritivo de linguam, porque noter sentido se for outro o caso.

    Com isso, temos a ordem direta:

    Poelae amant linguam Craer.iat'_

    D - Observe que nas oraes 3, 4, 5, 6 e 7 do exerccio 4 no hsujeito expresso; como em portugus, o sujeito est oculto e no se menciona pordesnecessrio.

    LiO 10

    OUTRAS NORMAS DE TRADUO

    60 - Quando numa orao existem dois objetos, um direto (acusativo)e outro indireto (dativo), o indireto costuma vir antes do direto:

    PORTUGUS:

    As trombetas anunciam a batalha aos marinheiros.

    dir. indo

    LATIM:

    T ubae nauiis pugnam nuntiant.

    dat, ac,

  • 42 ( 61) LIO 10 (Exs, 5.6) - OUTRAS NORMAS DE TRADUO

    61 - O adjunto adverbial de companhia, que em portugus vem sem-pre antecedido da preposio com, coloca-se em latim no ablativo, tambmcom essa preposio. que em latim cum. O adjunto adverbial de compa-nhia, como quase todos os adjuntos adverbiais. coloca-se antes do velbo:

    PORTUGUS:

    As rainhas passeiam com as ( suas) criadas.

    LATIM:

    Reginae cum ancillis amblant.

    62 - Os possessivos (seu. sua. seus, suas) s se expressam em latimquando necessrios para a clareza. No exemplo do pargrafo anterior o"suas" que antecede "criadas" no foi traduzido por no ser exigido paraa clareza.

    63 - O genitivo latino vem. na maioria dos casos. antes da palavra deque depende. O latim prefere essa posio porque d mais fora expressoe porque da ndole do latim colocar o complemento antes da palavra com-pletada. Esta regra, como todas as regras de posio. no absoluta.

    PORTUGU~

    As penas da pombalATIM

    Columbae pennae

    gen,

    QUESTIONRIO

    1 - Quando numa orao latina exislem dois objetos, um direto, oulro indirelo, em queordem costumam ser colocados?

    2 - Como se constri em latim o adjunto adverbial de companhia}3 - Em que posio costumam vir na orao os adjuntos adverbiais}4 - Que diz do uso dos possessivos em latim?5 - Qual a funo do genitivo} Que posio ocupa na orao)

    EXERCCIO 5

    Tradazir em latim

    VOCABULAR 10

    amar - amo, arecom (prep_) - cum (ablat.)comunicar - nuntio, are

    deserlor - perfiga, ae m.economia - parcimonia, aeembelezar - orno, areestlua - stata, aelaabilanle - incla, ae m.

    malher - femina, aepa,sear - amblo, areplria - ptria, aepreparar - paro, arerefeio - coena, aesalvar - servo, arevida - vila, aevirilncia - vigilantia, aevitria - victoria, ae

  • LIO 10 (Exs, 5,6) - OUTRAS NORMAS DE TRADUO ( 63) 43

    Os marinheiros comunicam a vitria aos habitantes.2 - A vigilncia dos marinheiros salva a ptria.3 - A rainha passeia com as c;iadas.4 - Os habitantes do gua aos marinheiros.5 - Os desertores no amam a ptria,6 - Paeseamos com a rainha.7 - As mulheres preparam a refeio para os lavradores.8 - A economia embeleza a vida dos lavradores (1).9 - As esttuas dos poetas embelezam a ptria.I O - Os habitantes mostram a ilha aos desertores,

    EXERCCIO 6

    Traduzir em porlugu,

    VOCABULARIO

    amblo, are - passearamicitia, ae - amizadeancilla, ae - escrava, serva. criadaaranea, ae [, - aranhacam (ab/') - comdo, a;e .: darlrelilia, ae - alegriamUlCa, ae f, - mosca

    occpo, are - ocuparparcimonia, ae f, - parcimnia, economiapecunia, ae [, - dinheiroprudenlia, ae - prudnciapugna, ae f. - batalha, combaletuba, ae f. - trombetavila, ae - vida

    I - Regina nautis pecuniam dat.2 - Nautarum filiae cum regina ambilant.3 - Agriclae parcimoniam laudatis ( 63).4 - Reginis laetitiam damus.5 - Aranae et muscae insulam occiipant.6 - Nautarum prudentiam et agricolarum amicitiam laudas.7 - Reginae laetitiam,