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Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

Edição setembro/2009

Gerência de Comunicação

Ana Paula Costa

Transcrição:

Else Albuquerque

Copidesque

Adriana Santos

Revisão:

Marcelo Ferreira

Capa e Diagramação:

Luciano Buchacra

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Introdução

De acordo com o dicionário Houaiss, o vocábu-lo missão refere-se a “incumbência que alguém deve executar, a pedido ou por ordem de outrem”. Sobre a missão de pregar o evangelho, Paulo disse em 1 Co-ríntios 9.16: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho.” O após-tolo Paulo tinha consciência de seu dever e papel enquanto cristão. Aquilo que ele recebera do Pai, a salvação, ele a anunciou por onde passou. Veja a mensagem que Paulo deixou aos presbíteros (líde-res) da igreja de Éfeso:

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“Em Mileto Paulo mandou chamar os presbíteros da igreja de Éfeso para se encontrarem com ele. Quan-do eles chegaram, Paulo disse: Vocês sabem como foi que passei todo o tempo que estivemos juntos, desde o primeiro dia em que cheguei à província da Ásia. Fiz o meu trabalho como servo do Senhor, com toda a humildade e com lágrimas. E isso apesar dos tempos difíceis que tive, por causa dos judeus que se juntavam contra mim. Vocês também sabem que fiz tudo para ajudar vocês, anunciando o evangelho e ensinando publicamente e nas casas. Eu disse com firmeza aos judeus e aos não judeus que eles deviam se arrepender dos seus pecados, voltar para Deus e crer no nosso Se-nhor Jesus. Agora eu vou para Jerusalém, obedecendo ao Espírito Santo, sem saber o que vai me acontecer lá. Sei somente que em todas as cidades o Espírito Santo tem me avisado que prisões e sofrimentos estão me esperando. Mas eu não dou valor à minha própria vida. O importante é que eu complete a minha missão e termine o trabalho que o Senhor me deu para fazer. E a missão é esta: anunciar a boa notícia da graça de Deus. Eu tenho estado entre vocês, anunciando o Reino de Deus, e agora sei que vocês não vão me ver mais. Por isso, com toda a certeza eu afirmo hoje que,

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se algum de vocês se perder, eu não sou o responsável. Pois não deixei de lhe anunciar todo o plano de Deus. Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho que o Espírito Santo entregou aos seus cuidados, como pas-tores da Igreja de Deus, que ele comprou por meio do sangue do seu próprio Filho.” (Atos 20.17-28 – NTLH.)

Muitos são os ensinamentos que Paulo nos dei-xou, mas creio que o maior de todos fora o amor e a paixão em cumprir o “Ide” do Senhor. Paulo so-freu, chorou, sentiu fome, foi preso, espancado, mas completou a carreira e guardou a fé (2 Timóteo 4.7). Como cristão, eu também quero completar a minha carreira e cumprir a missão que o Senhor confiou a mim. E uma das ferramentas que Ele me concedeu para desempenhar o meu encargo fora a pregação. Eis-me aqui!

Que por meio dessa ferramenta, mais uma edi-ção da Série Mensagem, você possa entender e di-zer sim ao chamamento de Deus, pois missão é para todo o cristão.

Amado leitor, essa é minha oração por você, fazendo minha as palavras de Paulo em 2 Timóteo 4.2: “Eu ordeno a você, com toda firmeza, o seguinte: pregue a mensagem e insista em anunciá-la, seja no

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tempo certo ou não. Procure convencer, repreenda, anime e ensine com toda paciência.”

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A mIssão que lhe foI

propostA

A função da Igreja, do Corpo de Cristo, é evan-gelizar, levar Jesus àqueles que ainda não o conhe-cem. Assim lemos em Mateus 28.18-20 acerca da chamada “Grande Comissão”: “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar to-

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das as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”

É tão interessante que muitos se atêm apenas à parte final do verso 20: “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos.” É fato que Ele está e sempre estará conosco. Mas Jesus dissera tais palavras em um contexto de realização de uma tarefa, ou seja, Jesus está nos dizendo que estará conosco enquanto a missão de levarmos o evangelho a todos durar. Ou seja, até que Ele volte. Não que Ele cuide de nós em outras situações que não seja apenas a que diz respei-to à evangelização, mas em específico também nesse contexto, a promessa é de consolo e direção quando assim se fizer necessário, quando nos sentirmos desa-nimados, desestimulados, desencorajados, ou mesmo quando em perseguição e retaliação, seja de ordem natural ou espiritual.

Embora árdua e desafiadora, a missão de levar as boas-novas da salvação aos perdidos é também gloriosa. Veja o que escreveu o sábio Salomão em Provérbios 11. 30: “[...] o que ganha almas é sábio.” Segundo a ótica de Deus, sábio é aquele que ga-nha almas, que ganha vidas. Essa deve ser a visão da Igreja do Senhor: ganhar almas, ganhar vidas, para

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Cristo. Esse é o nosso papel, o nosso foco, o nosso objetivo. Pode-se dizer que o empreendimento do crente é o de despovoar o inferno e povoar o céu, para a glória de Deus. Se você não leva isso a sério, saiba que há algo de errado na sua vida cristã.

É muito importante ressaltar que desde que a pessoa se converte ao cristianismo, ela já carrega sobre si a tarefa de cumprir o “Ide” de Jesus a todos os povos da Terra. Veja as palavras de Jesus aos onze discípulos, descritas em Mateus 28.16-20:

“Os onze discípulos foram para a Galiléia e che-garam ao monte que Jesus tinha indicado. E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns tiveram suas dúvidas. Então Jesus chegou perto deles e disse: Deus me deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mateus 28.16-20 – Nova Tradução da Linguagem de Hoje.)

Ali estavam com Jesus os seus discípulos. E pelo contexto de todo o texto, Jesus já havia morrido,

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mas ressuscitado. E foi aos discípulos que Ele havia se revelado para designar-lhes a Grande Comissão de dar continuidade à tarefa de levar a salvação em Cristo iniciada por Ele mesmo. E é tão interessante que no ato de Jesus ter se revelado aos discípulos, aos onze (e não doze, pois Judas Iscariotes, que tra-íra a Jesus, já não estava mais vivo entre eles), nem todos o creram. Daí, lermos no verso 17 do capítulo 28 de Mateus: “E, quando viram Jesus, o adoraram; mas alguns tiveram suas dúvidas.” Nas entrelinhas também, Jesus se revelara aos discípulos não só para designar-lhes uma tarefa, mas para designar essa tarefa, mas com a garantia do amparo, do con-solo, da capacitação e da unção necessários para não só a realização da missão, mas para a perma-nência dos frutos, ou seja, daqueles que irão ouvir da Palavra. Para que eles também façam o mesmo, levar a salvação aos perdidos, no futuro não tão dis-tante assim.

A tarefa ainda continua. Não foi encerrada. E nós não estamos brincando de Igreja. Não nos reuni-mos porque é gostoso estar no templo ou porque temos alguns projetos voltados para nós mesmos. Tudo o que fazemos tem um propósito: a glória de

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Deus. E a glória de Deus também é manifesta quan-do anunciamos a mensagem da salvação. Jesus fa-lou para multidões, alimentou e alcançou milhares de pessoas, mas algo que toca dentro do nosso co-ração é quando percebemos como o Senhor tratou com o indivíduo, um a um. Existem bilhões de seres humanos na face da Terra, bilhões de corações que pulsam, mas o foco de Deus é você. Deus olha para você como se só você existisse. É verdade que Ele olha para todos, mas Ele sabe até quando um fio de cabelo cai da sua cabeça. Ele conhece seus temores, suas ansiedades, suas lágrimas, sua dor, seus peca-dos, e mesmo assim continua amando você.

Quando olhamos o aspecto missionário da vida do Senhor Jesus, vemos quantas pessoas Ele tratou individualmente! Ele purificou o leproso, restaurou a visão de um cego, curou a sogra de Pedro, ex-pulsou os demônios do gadareno, curou a filha do chefe da Sinagoga, a mulher hemorrágica, o paralí-tico junto ao poço de Betesda. Ele falou face a face com aquele moço rico cujo coração era dominado pela ganância e riquezas. Podemos perceber que os maiores milagres que Jesus realizou foram para beneficiar uma única pessoa. E João afirma que se

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todos os sinais, milagres e ensinamentos que Jesus realizou fossem registrados, nem no mundo intei-ro caberiam os livros que seriam escritos (veja João 21.25). Jesus tratou com cada um individualmente.

É verdade que temos um compromisso com as nações e com o nosso país no sentido da evangeli-zação, mas temos principalmente um compromisso com cada pessoa. Você pode falar com toda alegria: “Aleluia, Cristo me salvou!” Mas quantas pessoas não podem dizer isso? Quantas pessoas estão algema-das pelo pecado, escravizadas? Quantas pessoas estão curtindo a amargura, com o lar esfacelado, na miséria? Quantas pessoas estão sendo corroídas pelo remorso, que não têm nenhuma alegria, que sufocam suas mágoas, suas dores em um copo de bebida, nas drogas, em uma vida de licenciosidade? Quantas pessoas que não conhecem nem uma gota daquilo que nós temos experimentado? Você é sal-vo porque um dia alguém falou de Jesus para você. Missão não é apenas com aquela pessoa que está longe, talvez em outro país, mas com aquela pes-soa próxima, para quem damos o nosso testemu-nho. Talvez dentro da sua própria casa ou próximo a você, como o seu vizinho, por exemplo.

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Lemos na Palavra de Deus acerca de um encon-tro que Jesus teve com uma mulher samaritana e que nos serve de um paradigma tão grande. Jesus não ficou em um lugar esperando que as pessoas fossem até Ele. Ao contrário. Jesus ia até elas. Não se trata de uma questão de as pessoas virem à igreja, mas de nós, como Igreja, ir até elas. Temos de sair e espalhar a mensagem do Senhor. Quer perto, quer longe.

O interessante desse encontro entre Jesus e a samaritana é o fato de que os samaritanos não se misturavam com os judeus. E no capítulo 4 de João vemos Jesus se dirigindo em palavras a uma sama-ritana. Nos versos 6 e 7 está escrito: “Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta. Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.” Destaquemos: “Cansado da viagem, Jesus disse à mulher: Dá-me de beber.” Jesus estabeleceu um ponto de contato com aquela mulher. Ela fora tirar água em uma hora que ninguém ia, pois era meio dia, o sol estava quente. Mas ela tinha dentro de si um problema, pois estava com a vida com-prometida com o pecado. Ela tivera cinco maridos

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e no momento do encontro com Jesus, estava vi-vendo ao lado de outro homem, que também não era o marido dela. Uma mulher que talvez andasse pelas ruas se sentindo culpada, pois devia constan-temente ser apontada pelas outras, desprezada, pois não queriam ficar perto dela. Talvez ela fosse uma mulher mal falada, e por isso talvez evitasse buscar água no momento em que as ruas estavam cheias de pessoas. Ela devia estar cansada de ouvir tantas acusações. Mas Jesus interpelou aquela mu-lher. Será que Jesus não a conhecia? Será que Jesus não sabia quem era aquela mulher? Ele sabia, com certeza, mas nunca houve alguém para quem Jesus olhasse e dissesse não haver solução para aquela pessoa. Nunca existiu alguém para quem Ele disses-se: “Para esse não tem mais jeito”. Pelo contrário.

Será que Jesus não poderia tirar água daquele poço? Poderia, mas Jesus estava procurando um ponto de contato com aquela mulher. É tão interes-sante como Jesus sabia tirar proveito das situações para poder extrair delas exemplos do que tinha em mente para dizer. Como a mulher samaritana esta-va junto a um poço para extrair a água para saciar sua sede e a de tantos outros que dependiam dessa

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água, Jesus então falou da Água da Vida que sacia a sede da alma. E a cada situação que surge, você pode ver nelas uma oportunidade para falar do amor de Deus a alguém que tanto carece. Há sem-pre um ponto de contato.

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o tempo é hoje, AgorA

Você precisa aproveitar todas as oportunidades de mostrar não só o amor de Deus, mas o Deus do amor às pessoas que surgirem à sua frente. Jesus, o sábio ganhador de almas, não desperdiçava as oportunidades e nem tampouco jogava conversa fora. Na ocasião do encontro junto ao poço, Jesus pedira água à mulher samaritana apenas para esta-belecer um ponto de contato, pois era o que ela poderia oferecer a Ele naquele momento. Mas Je-sus tinha muito mais a oferecer a ela. “Eu quero um

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pouco de água”, dissera Jesus à mulher samaritana. Mas ainda que estivesse com sede, Jesus tinha algo em mente. Talvez assustada e surpresa pela atitude de Jesus ao lhe pedir água, ela respondera: “Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?” (Verso 9). Havia um antagonismo entre judeus e samaritanos. Havia entre os judeus a presunção de raça pura e a tra-dição de uma separação entre homem e mulher, pois um homem não podia falar com uma mulher naquela cultura e tradição. E Jesus estava quebrando a tradição e toda uma cultura apenas para poder alcançar uma vida. Jesus correu todos os riscos.

Quantas vezes você é capaz de se arriscar só para se aproximar de alguém e falar do amor de Je-sus? Homens com quem ninguém falava, Jesus fala-va. Ele era judeu e os judeus não se davam com os samaritanos, mas Jesus ali estava conversando com uma samaritana, quebrando a tradição. Quantos pré-conceitos existem? Quantas opiniões a respeito de alguém impedem um relacionamento amigável?

É tão interessante ver como Jesus agira para com a mulher. Veja versos 10 e 11 de João 4: “Repli-

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cou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” Ainda que não tanto na defensiva, mas incrédula, a mulher retrucou: “Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? Ela prosseguiu em seu discurso: “És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado?” E Jesus fora firme em sua resposta: “Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.” A mulher então cedeu, pois não pôde resistir: “Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la.”

Agora vejamos, com base nos versículo 16 a 18, como o Senhor Jesus tratou com aquela mulher. No início, Ele a tratou num nível muito superficial. Mas depois Ele a tocou profundamente, na sua ferida, naquilo que a incomodava. Jesus tocou no aspecto familiar dela. Vejamos: “Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá; ao que lhe respondeu a mulher:

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Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disses-te, não tenho marido; porque cinco maridos tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.”

Uma das coisas mais difíceis para o homem fazer é se reconhecer, se ver, se abrir. As pessoas não gos-tam de expor as suas vidas, talvez por causa do sen-timento de culpa e rejeição. Tiago escreveu: “Deus resiste ao soberbo, mas concede a sua graça aos hu-mildes.” (Tiago 4.6.) Aquela mulher disse: “Não te-nho marido.” Jesus não a condenou, pois não veio esmagar a cana quebrada, ou seja, quebrar o que já estava quebrado. Aquela mulher já estava toda quebrada, em pedaços, emocionalmente. Ela sabia, melhor que qualquer outro, da situação em que se encontrava. Jesus sabia. Há quem pregue o evan-gelho acusando o outro, expondo sua condição de carência. Mas pregar o evangelho não é esmagar, mas levantar o caído. É mostrar que há um outro começo com Jesus, que com Ele há uma nova opor-tunidade, há esperança.

Jesus dissera à mulher samaritana: “Já tiveste cinco maridos.” Ela não falara isso para Jesus, mas Jesus sabia que ela já havia tido cinco maridos. Eu

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conheço a história de um homem casado que tinha um amigo solteiro, e este resolveu dar de cima da sua esposa. O homem casado então convidou o amigo solteiro para ir à sua casa e mandou a espo-sa cozinhar seis ovos e pintar um de amarelo, outro de azul, outro de vermelho, um de rosa, um de pre-to e deixou um na cor natural e, quando o amigo chegou, ele disse: “Olha, eu te chamei aqui por um motivo: você está vendo estes ovos coloridos? Quebre o ovo verde. Agora quebre o ovo vermelho, depois o azul. E agora quebre o ovo que não está pintado. Você notou alguma diferença?” O amigo respondeu: “Não, todos eles são iguais”. O amigo então lhe disse: “Pelo lado de fora eles são diferentes, mas por dentro são todos iguais”. Quantas pessoas estão trocando de mulher, casando com uma, com outra, sem per-ceber que no fundo são todas iguais, ou seja, com suas qualidades, mas também com seus defeitos. E quantas pessoas acham que nessa troca encon-trarão satisfação, quando, na verdade, encontrarão apenas este sentimento de vazio! A necessidade do homem não é ter uma vida assim. A necessidade do homem é de encontra-se em seu interior. O que o homem necessita é de Jesus.

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Nós vivemos em uma época em que a família é tão desprezada. Alguns abrem a boca para espalhar algo tão terrível, dizendo: “A família é uma institui-ção falida”. Isso é algo diabólico. A família é um so-nho de Deus, criada por Ele. O casamento entre um homem e uma mulher é para o resto da vida, debai-xo da bênção do Senhor. Satanás procura mudar as coisas. Deus estabeleceu o casamento e não existe na terra nada mais gratificante do que a família.

Aquela mulher, na busca de preencher o va-zio da sua vida, já se casara com cinco maridos, e já estava com o sexto homem. Mas Jesus não veio acusando-a, mas aproximou-se dela cheio de com-paixão e amor. Ele não disse para constrangê-la, para humilhá-la, para expô-la, como muitas vezes fazemos com as pessoas. Havia um propósito divi-no na afirmação de Jesus. Quando Jesus expôs o relacionamento que ela estava vivenciando, pron-tamente a mulher respondeu: “Senhor, vejo que tu és profeta.” Quem sabe esta declaração fora apenas uma bajulação? E ela continuou a argumentar com Jesus, leiamos os versos de 20 a 22: “Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Je-

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sus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus.” Ela começou a falar sobre religião: “Ah, minha religião diz que devemos adorar no monte, e a sua diz que é em Jerusalém.”

A pregação do evangelho não é uma discussão sobre religião e o testemunho do evangelho não se refere ao convencimento, à persuasão. Não é um convencendo o outro com argumentos no sentido de um vencer o outro. Alguns anos atrás, a prega-ção do evangelho era uma mensagem anti-católica, ou seja, pregavam contra o papa, contra os padres, contra os ídolos, contra os santos, quando a prega-ção do evangelho é apenas apresentar Jesus.

Quando um copo está sujo e você coloca água dentro dele e deixa transbordar, toda a sujeira do lado de fora e de dentro é lavada. Assim é quando você apresenta Jesus como a Água da Vida. É tão interessante como a pessoa fica cheia de amor por Jesus e o Espírito Santo a leva a retirar todas as coi-sas que desagradam ao Senhor. Mas se você prega o evangelho para alguém tocando na religião dele,

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você pode ganhar na discussão, mas será difícil ganhá-lo para Jesus. Quantas pessoas continuam fechadas para o evangelho por causa da falta de sa-bedoria! A pregação do evangelho é anunciar Jesus.

Falando ainda acerca da atitude da mulher sa-maritana, ela pareceu relutante com Jesus. Veja o verso 25: “Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anun-ciará todas as coisas.” No versículo 26, Jesus chegou ao ponto crucial quando lhe disse: “Eu o sou, eu que falo contigo.” A busca terminara, mas terminara em Jesus. Veja o versículo 39: “Muitos samaritanos da-quela cidade creram nele, em virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito.”

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o evAngelho que pregAmos

A pregação do evangelho repousa no testemu-nho dos feitos do Senhor que mudaram a sua vida. Você que proclama: “Glória, Jesus me salvou!” Esta declaração deve sair não apenas dos seus lábios, mas de sua vida. Demonstre que seu andar, seu modo de falar e todas suas atitudes agora são ou-tras. Todos precisam ver algo diferente em você.

Numa noite de vigília, no dia 7 de maio de 1966, durante uma madrugada, o Senhor me salvou. Quando cheguei em minha casa, minha família

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olhou para mim e percebeu algo diferente. Disse-ram: “O Márcio teve um encontro com Deus”. Quando aquela mulher samaritana voltou, em seu rosto ha-via um brilho. Ela foi para a sua casa e proclamou: “Eu tive um encontro com o Senhor. Eu achei aquele que é o Cristo”. É por isso que o Senhor disse no livro de Atos, capítulo 1, verso 8: “E sereis minhas teste-munhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” A nossa gratidão ao Senhor que nos salvou nos leva a testemunhar.

Em Marcos 5.19 lemos acerca do que Jesus dis-sera àquele homem que fora liberto de legiões de demônios: “Vai para a tua casa, para os teus. Anun-cia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve com-paixão de ti.” Assim está escrito: “De graça recebestes, de graça daí.” (Mateus 10.8.) A nossa gratidão ao Se-nhor por termos sido salvos nos leva a desejar que outros também sejam salvos. O mundo aí fora cla-ma pelo Senhor.

Em João 17.23 temos o relato do momento em que Jesus rogou ao Pai: “Eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.” Jesus está afirmando

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que Deus, o Pai, amou a mim, a você e a todos os que estão na terra do mesmo modo como amou a Jesus, o seu Filho. Você compreende isso? Deus não amou Hitler ou o imperador Nero menos do que amou ao seu Filho Jesus Cristo. Por isso, Jesus disse: “Tu os amaste, como também amaste a mim.” Quantas vezes você pode ver o seu pai com o olhar de que não há mais solução para o caso dele! Talvez ele seja um viciado ou um homem que maltrata os filhos, a esposa. Mas quando você o vê como uma pessoa amada por Deus, tudo passa a ser diferente.

A maior força do mundo é a do amor. O mun-do precisa saber que “o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10.45). O mundo pre-cisa saber que Jesus não veio para ser servido, mas para dar a sua vida em resgate de muitos. Ele veio para resgatar aquele que se encontra imerso nos ví-cios do álcool e das drogas. Ele veio para resgatar aqueles que estão nas penitenciárias, condenados por crimes que cometeram, e também por aqueles que não estão presos e que ainda estão cometendo crimes mundo afora. Só um motivo justificaria tudo isso. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira

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que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16.)

Querido, se o nosso coração estiver cheio da-quele sentimento e pensamento da obra que Jesus Cristo realizou na cruz por nós, jamais estaremos fazendo o suficiente para demonstrar aos outros esse amor. Muitos estão desesperados por ouvir fa-lar do amor de Jesus. Muitos não receberam ainda a Jesus porque não tiveram a oportunidade de ouvir do evangelho. É muito fácil você chegar à sua ter-ra, onde é conhecido, e falar de Jesus. Mas muitas vezes você passa em frente às mansões luxuosas, acreditando que quem vive dentro delas é a pessoa mais feliz do mundo. Porém, lá dentro pode estar uma pessoa totalmente desesperada, infeliz, preci-sando ouvir a Palavra do Senhor. Se todos os dias olhássemos para Jesus e a sua obra na cruz, tenta-ríamos ganhar, todos os dias uma alma, uma vida, para Ele.

Você entende isso? Você é salvo e se assenta ao seu lado no escritório alguém que precisa ouvir fa-lar do amor de Jesus, o que irá fazer? Irá se calar? Quem sabe você usa uma camisa com dizeres a res-

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peito de Jesus, mas não abre a boca para pregar a mensagem da cruz! Alguns são até questionados sobre a mensagem que trazem na camisa, mas por pura vergonha, timidez, omissão, ou porque este-jam vivendo em desacordo com o que dizem crer, se esquivam da oportunidade que se lhes apresen-ta. Perdem a oportunidade de falar do maior amor do mundo, o de Jesus! O que os homens não preci-sam é de ouvir piadinhas de mau gosto, fofocas. O que todos precisam é de ouvir acerca de Jesus.

Não espere que as pessoas venham até você, mas que você possa ir até elas, levando a maior riqueza: a vida do Senhor Jesus. A Palavra diz que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mun-do” (2 Co 5.19). Às vezes o que a pessoa mais ca-rece é saber onde está o Senhor. As pessoas estão cansadas de religião, cansadas de tantas coisas tão podres deste mundo. Elas precisam é do Senhor. Elas estão à procura desta pérola que é o Senhor. Como aquele homem que vendeu tudo o que tinha e comprou essa Pérola. Veja o que Jesus disse: “O rei-no dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.”

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(Mateus 13.45-46.) Jesus vale mais do que tudo. Só Ele dá o sentido, o propósito, a razão, o ideal, para a nossa própria vida. Os céus e a terra podem passar, mas Jesus permanece o mesmo. Que haja em seu coração uma paixão tão grande em comunicar a graça do Senhor e testificar do evangelho, em levar a esperança e o perdão que há em Cristo Jesus. O “Ide” de Jesus é para todos os que são salvos, tes-tificando que só Ele pode preencher o vazio que existe no coração das pessoas, só Ele pode trazer o perdão e a paz. Houve um momento quando Jesus, contemplando uma grande multidão, disse: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarrega-dos, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11.28.) Há a necessi-dade de vir a Jesus. Não é uma questão de vir a uma religião, mas de vir a Jesus.

Jesus não veio com acusação sobre você. Você é pecador porque todos são pecadores, mas você precisa saber que o salário do pecado é a morte, que o homem sem Jesus vive na profunda misé-ria, e somente Jesus pode tirá-lo do monturo. Sua vida pode ser outra. Tudo pode ser diferente. Pode haver o milagre da transformação, daquela liber-tação completa. Basta você vir para Jesus. Jesus

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disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde decoração; e achareis descanso para a vos-sa alma.” (Mateus 11.28-29.) Assim disse o apóstolo Paulo, em Romanos 10.14: “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”

Jesus disse: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura.” (Marcos 16.15.) E em Atos 1.8 temos a promessa: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra.”

Temos o mandamento, o dever e a missão de levar as boas-novas da salvação aos milhares de perdidos sem Cristo, quer perto, quer longe de nós. Pois a ordem nos foi dada, bem como a capacitação.

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ConClusão

Se há uma certeza que tenho nessa vida é a da vin-da de Cristo Jesus. Mas se engana aquele que pensa que este dia será somente de alegria, de pura festa. Não mes-mo. Pense naqueles que serão condenados, naqueles que se assentaram próximos a você, que passaram por sua vida, mas que não foram alcançados porque você se calou! Porque você não lhes anunciou a boas-novas da salvação. Pense no sofrimento das pessoas, pense en-quanto há tempo. Pois em Apocalipse temos a suma do que se espera acerca da vinda de Jesus:

“Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estre-

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las cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados. Então, aparecerá no céu o sinal do filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e ve-rão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra ex-tremidade dos céus.” (Mateus 24.29-31.)

Em breve, muito em breve, Jesus voltará. Mas que neste dia você possa dizer a Ele:

“Jesus, eis aqui os frutos do meu trabalho, as almas que ganhei para o Senhor!”

Que Deus lhe abençoe!

Pr. Márcio Valadão

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jesus te AmA e quer

voCÊ!

1º PASSO: Deus o ama e tem um plano maravilhoso para sua vida. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigê-nito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.“ (Jo 3.16.)

2º PASSO: O Homem é pecador e está

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separado de Deus. “Pois todos pecaram e ca-recem da glória de Deus.“ (Rm 3.23b.)

3º PASSO: Jesus é a resposta de Deus, para o conflito do homem. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.“ (Jo 14.6.)

4º PASSO: É preciso receber a Jesus em nosso coração. “Mas, a todos quantos o rece-beram, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.“ (Jo 1.12a.) “Se, com tua boca, confessares Je-sus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será sal-vo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salva-ção.” (Rm 10.9-10.)

5º PASSO: Você gostaria de receber a Cristo em seu coração? Faça essa oração de decisão em voz alta:

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“Senhor Jesus eu preciso de Ti, confesso-te o meu pecado de estar longe dos teus caminhos. Abro a porta do meu coração e te recebo como meu único Salvador e Senhor. Te agradeço por-que me aceita assim como eu sou e perdoa o meu pecado. Eu desejo estar sempre dentro dos teus planos para minha vida, amém”.

6º PASSO: Procure uma igreja evangé-lica próxima à sua casa.

Nós estamos reunidos na Igreja Batista da Lagoinha, à rua Manoel Macedo, 360, bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, MG.

Nossa igreja está pronta para lhe acom-panhar neste momento tão importante da sua vida.

Nossos principais cultos são realizados aos domingos, nos horários de 10h, 15h e 18h horas.

Ficaremos felizes com sua visita!

Uma publicação da Igreja Batista da Lagoinha

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Rua Manoel Macedo, 360 - São Cristóvão

CEP 31110-440 - Belo Horizonte - MG

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