136

grande plenária

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: grande plenária
Page 2: grande plenária

[2]

Page 3: grande plenária

[3]

10º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde

São Paulo – SP, 31 de agosto a 2 de setembro de 2016 Palácio das Convenções do Anhembi – São Paulo

Subtítulo

“Os preceitos da enfermagem em Centro de Material e Esterilização: a chama que nunca se apaga”

PRESIDENTE DO 10º SIMPÓSIO Márcia Hitomi Takeiti

Page 4: grande plenária

[4]

COMISSÃO ORGANIZADORA

Ana Lucia Gargione Sant´Anna

Andréa Alfaya Acunã

Elena Bohomol

Fernanda Patrícia dos Santos

Giovana Abrahão de Araújo Moriya

Kátia Aparecida Ferreira de Almeida

Lígia Garrido Calicchio

Liraine Laura Farah

Mara Lúcia Leite Ribeiro

Marcia Cristina Pereira de Oliveira

Marcia Hitomi Takeiti

Mariângela Belmonte Ribeiro

Mércia Pacheco de Oliveira

Rafael Bianconi

Simone Garcia Lopes

Simone M. M. Montoro Garcia

Vanessa de Brito Poveda

COMISSÃO CIENTÍFICA

Andrea Alfaya Acunã

Fernanda Patrícia dos Santos

Giovana Abrahão de Araújo Moriya

Lígia Garrido Calicchio

Marcia Cristina Pereira de Oliveira

Marcia Hitomi Takeiti

Rafael Bianconi

COMISSÃO TEMAS LIVRE Simone Garcia Lopes

COMISSÃO DE PRÊMIOS Simone Garcia Lopes

COMISSÃO FINANCEIRA Mara Lucia Leite Ribeiro Liraine Laura Farah SECRETARIA ADMINISTRATIVA Maria Elisabeth Jorgetti Claudia Martins Stival

ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Marcia Hitomi Takeiti Sirlene Aparecida Negri Glasenapp

Page 5: grande plenária

[5]

APRESENTAÇÃO DOS ANAIS Do 10º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde – SOBECC

Setembro de 2016

É com grande satisfação que recebemos você para o

10º SIMPÓSIO – SOBECC!

A Associação Brasileira de Enfermagem em CC, RA e CME – SOBECC e a Comissão Organizadora

do 10º Simpósio, tem a satisfação de saudar os participantes e desejar um excelente aproveitamento

do evento, que acontece no período de 31 de agosto a 2 de setembro de 2016, em São Paulo, no

Palácio das Convenções do Anhembi. O Simpósio é uma grande oportunidade para juntos ampliarmos

e consolidarmos o saber e o fazer da Enfermagem no Centro de Material e Esterilização.

Esta edição do evento traz como tema central “Os preceitos da enfermagem em Centro de Material e Esterilização: a chama que nunca se apaga”, oferecendo a uma reflexão sobre os preceitos da Enfermagem, Segurança, Competência, Comprometimento, Gestão e Ética no cuidado à saúde e a segurança do paciente. Para tanto, é necessário estabelecer prioridades e redirecionar esforços no sentido de utilizar desenvolvimento e atualização para apoiar as boas práticas na assistência. Atualização continua de novos conhecimentos e aprimoramento das nossas habilidades, para apreciarmos a validade das informações que inundam o nosso dia a dia. A 10º edição do Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção Relacionada à

Assistência à Saúde acontece com a publicação destes Anais, que incluem os temas discutidos e os

conhecimentos veiculados, podendo ser recuperados a qualquer tempo, de modo a oferecer maior

visibilidade aos trabalhos.

O evento propiciará amplas oportunidades de diálogo sobre a implementação das melhores práticas

no cuidado à saúde.

Sejam todos muito bem-vindos!

Márcia Hitomi Takeiti Presidente do 10º Simpósio

Page 6: grande plenária

[6]

PROGRAMAÇÃO PRÉ-SIMPÓSIO 30 de agosto de 2016 (terça-feira)

11h30 – 14h00 Entrega de materiais e atendimento de novas inscrições exclusivo para os

participantes da programação pré-simpósio

14h00 – 18h00 Entrega de material para os inscritos no 10º Simpósio

Camarim 14h00 – 18h00

Oficina: Técnica cirúrgica, teoria e prática Palestrante: Raquel Souza Garcia – São Paulo (SP)

Auditório 1 14h00 – 17h30

Worskshop: Método científico para pesquisa Palestrante: Kazuko Uchikawa Graziano – São Paulo (SP)

Auditório 2 14h00 – 18h00

Worskshop: Teste de funcionalidade (motores, instrumentais gerais, instrumentais de laparoscopia minimamente invasivo e containers) Palestrante: Simone Batista Neto – São Paulo (SP)

Auditório 4 14h00 – 18h00

Metodologia Lean aplicada a CME Palestrante: Geraldo Amaral Júnior – São Paulo (SP)

Auditório 8 14h00 – 17h00

Simulação realística: Problemas vivenciados na prática hospitalar CC/CME Profissionais simuladores da prática cotidiana

Auditório 9 14h00 – 17h30

Liderança, empreendedorismo e gestão de carreira na enfermagem Palestrante: João Torres Rezende – São Paulo (SP)

15h00 – 15h30 Intervalo

18h00 Encerramento

Page 7: grande plenária

[7]

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 31 de agosto de 2016 (quarta-feira)

7h30 – 9h30 Entrega de materiais e atendimento de novas inscrições

9h30 – 10h15 Seção solene de abertura

GRANDE PLENÁRIA

10h15 – 11h00

Marketing pessoal: você é a sua melhor marca? Palestrante: Marcos Zanqueta – São Paulo (SP)

11h00 – 11h45 Inauguração da exposição tecnológica

11h45 – 12h30

CME do futuro: da concepção à realidade Palestrante: Christine Denis (França)

12h30 – 13h15

Estratégias educativas em prevenção de infecção em sítio cirúrgico Palestrante: Dirceu Carrara – São Paulo (SP)

13h20 – 14h20

Apresentação do Simpósio-satélite

13h15 – 15h00 Almoço

15h00 – 15h45 Buscando melhores práticas no processamento endoscópios flexíveis Palestrante: Maira Marques Ribeiro – Belo Horizonte (MG)

PROGRAMAÇÃO PARALELA

Auditório 9 15h45 – 16h30

Tendências para assepsia e degermação das mãos Palestrante: Julia Yaeko Kawagoe – São Paulo (SP)

GRANDE PLENÁRIA

15h45 – 17h15

Qualidade da água: fatos e mitos! Palestrantes: - Ulrich Kaiser (Alemanha) - Rafael Queiroz Souza – São Paulo (SP)

16h30 – 19h00 Apresentações dos temas livres oral/e-pôster

19h00 Encerramento

Page 8: grande plenária

[8]

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 1º de setembro de 2016 (quinta-feira)

GRANDE PLENÁRIA

9h00 – 9h45 Relato de experiências bem sucedidas: a interface entre o CC e o CME Palestrante: Christine Denis (França)

9h45 – 10h45

Mesa redonda: Panorama internacional do processamento de produtos para saúde de uso único Palestrante: Eliana Magalhães da Costa – Salvador (BA) Novos caminhos do processamento de produtos para saúde de uso único no Brasil Palestrante: João Henrique Campos de Souza – Brasília (DF)

10h45 – 11h20 Intervalo/Visita a exposição tecnológica

11h20 – 12h00

Interface da temperatura e umidade relativa na manutenção da esterilidade Palestrante: Camila Quartim Morais Bruna – São Paulo (SP)

PROGRAMAÇÃO PARALELA

Auditório 1 11h20 – 12h00

Validação e montagem de carga: desafio da teoria à prática Palestrante: Emerson Aparecido Miguel – São Paulo (SP)

GRANDE PLENÁRIA

12h00 – 12h45

Situação política-financeira atual e o mercado da saúde Palestrante: Paulo Chapchap – São Paulo (SP)

12h50 – 13h50 Apresentação do Simpósio-satélite

12h45 – 14h15 Almoço

14h15 – 15h15

Mesa redonda: Descarte de explantes: qual é o seu destino? Palestrantes: - Luiz Carlos da Fonseca – Sorocaba (SP) - Thais Rodrigues Onira – São Paulo (SP)

PROGRAMAÇÃO PARALELA

Auditório 9 15h20 – 16h10

Efetividade, custo e benefício da utilização de material de assistência ventilatória: descartável x reprocessável Palestrante: Lia Jeronymo Romero – Campinas (SP)

Page 9: grande plenária

[9]

GRANDE PLENÁRIA

15h15 – 16h15 Segurança dos processos no CME: além do que os olhos podem ver Palestrante: Wesley Crespo – São Paulo (SP)

16h15 – 16h45 Intervalo

16h45 – 17h30 Novos rumos da tecnologia em saúde: quando prosseguir? Palestrante: Eliane Molina Psaltikidis – Campinas (SP)

PROGRAMAÇÃO PARALELA

Auditório 4 16h45 – 17h30

Paciente em precaução na sala cirúrgica: e agora? Palestrante: Cristiane Shimith – São Paulo (SP)

17h30 Encerramento

Page 10: grande plenária

[10]

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 2 de setembro de 2016 (sexta-feira)

GRANDE PLENÁRIA

8h30 – 9h45 Talk show – Polêmicas, mitos e verdades no processamento de materiais Debatedores: - Kazuko Uchikawa Graziano – São Paulo (SP) - Chuck Hughes (Estados Unidos) - Joost P.C.M. Van Doornmalen (Holanda)

9h45 – 10h50 Intervalo/Visita a exposição tecnológica

10h50 – 11h30 Talk show – Pacientes perdem a visão após cirurgia de catarata: trabalhamos com processos seguros Debatetores: - Denise Brandão – São Paulo (SP) - Daiane Cais – São Paulo (SP) - Daniella Salazar Posso Costa – São Paulo (SP)

11h30 – 12h10 Resultado sobre validação de limpeza: novas exigências da ISO 17664 Palestrante: Klaus Roth (Alemanha)

12h10 – 14h00 Almoço

14h00 – 14h50

Ambiente seguro: paciente e colaborador Palestrantes: -Thais Gallopini Félix Borro – São Paulo (SP) - Vera Lúcia Borrasca – São Paulo (SP)

14h50 – 15h30

Desenvolvendo líderes para os novos tempos! Palestrante: Ivana Lucia C. P. Siqueira – São Paulo (SP)

15h30 – 16h30

Simulação realística – conflitos e confrontos diários: o poder da negociação Palestrante: Wagner Galletti Valença – São Paulo (SP)

16h30 – 16h45 Premiação dos trabalhos

16h45 – 17h00 Sorteios

17h00 Encerramento

21h00 Jantar Confraternização

Page 11: grande plenária

[11]

TRABALHO APROVADO CATEGORIA APRESENTAÇÃO ORAL

Page 12: grande plenária

[12]

ÍNDICE APRESENTAÇÃO ORAL 01 - CÓD. 022 .................................................................................................................................. 13 ANTIBIOTICOPROFILAXIA NA CESARIANA: QUAL O MOMENTO SEGURO PARA ADMINISTRAÇÃO? Autores: Taynah Neri Correia Campos, Julyenne Dayse Gomes de Oliveira, Regeane Maria Trindade de Lúcio, Ana Caroline Brasil Freire Nasser

Page 13: grande plenária

[13]

01 - CÓD. 022 ANTIBIOTICOPROFILAXIA NA CESARIANA: QUAL O MOMENTO SEGURO PARA ADMINISTRAÇÃO?

Autores Taynah Neri Correia Campos1, Julyenne Dayse Gomes de Oliveira

1, Regeane Maria Trindade de

Lúcio1, Ana Caroline Brasil Freire Nasser

1

Instituição 1HUAB – Hospital Universitário Ana Bezerra – Praça Tequinha Farias, s/n, Centro Santa Cruz,

Rio Grande do Norte/RN

Resumo

Introdução: Medidas destinadas a diminuir a morbidade pós-parto cesáreo constitui grande relevância. Dentre as intervenções existentes para diminuir a incidência de infecções de sítio cirúrgico, encontra-se a antibioticoprofilaxia. Aponta-se que o momento da profilaxia desempenha um papel importante, no entanto hospitais que prestam o serviço de cesáreas adotam como rotina a administração de antibióticos profiláticos somente após o clampeamento do cordão umbilical do neonato. Assim, para garantir a segurança do paciente, o enfermeiro deve apropriar-se das melhores evidências disponíveis contra infecções decorrentes de procedimentos cirúrgicos. Objetivo: Buscar na literatura nacional e internacional evidências sobre qual seria o momento mais seguro para o binômio mãe e filho para administração da antibioticoprofilaxia. Método: Revisão integrativa da literatura com base na questão norteadora: “na cesariana, qual o momento mais seguro para o binômio mãe e filho para administração da antibioticoprofilaxia?”. Para o delineamento da pesquisa foram selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos que abordasse o tema referente ao momento da administração da antibioticoprofilaxia, indexados nas bases eletrônicas de dados Scielo, PubMed e Cochrane, através dos descritores “antibioticoprofilaxia” e “cesárea”. As consultas as bases de dados foram feitas no mês de Setembro de 2015. Cinco etapas conduziram esta revisão integrativa: 1. identificação do problema; 2. busca na literatura; 3. avaliação dos dados; 4. análise dos dados; e 5. apresentação dos resultados. Resultados: Foram localizados 48 artigos que abordavam o tema da antibioticoprofilaxia em cesarianas, porém, destes apenas 09 foram incluídos por atender a todos os critérios de inclusão, principalmente no tocante ao debate da questão do momento da administração da antibioticoprofilaxia no resumo. Apesar de constituir-se como critério de inclusão artigos publicados nos últimos 10 anos, 89% dos estudos foram publicados a partir de 2012 (últimos 4 anos), e apenas 1 correspondendo a 11% dos estudos foram do ano de 2009 (últimos 7 anos), caracterizando assim a atualidade das investigações analisadas. Dos 9 estudos selecionados 2 foram revisões de estudos randomizados, 2 ensaios clínicos randomizados, 3 revisões sistemáticas, 1 estudo exploratório quantitativo e 1 estudo observacional caso-controle retrospectivo. Conclusão: As pesquisas abordam o uso inquestionável da antibioticoprofilaxia em cesáreas, porém quanto ao momento da administração, generaliza-se baseado nos estudos que deve ser feito antes da incisão da pele por reduzir significativamente a incidência de infecção materna, especialmente endometrite. Não há resultados neonatais adversos significativos associados com o tempo de profilaxia antibiótica.

Palavras-chaves: Antibioticoprofilaxia. Cesárea. Segurança do paciente.

Page 14: grande plenária

[14]

TRABALHOS APROVADOS CATEGORIA APRESENTAÇÃO

E-PÔSTER

Page 15: grande plenária

[15]

ÍNDICE

OS TRABALHOS PUBLICADOS SÃO DE TOTAL RESPONSABILIDADE DOS RESPECTIVOS AUTORES

01 - CÓD. 003 .................................................................................................................................. 26 A CME COMO COADJUVANTE NO CONTROLE DE INFECÇÕES: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Larissa Moreira de Souza dos Santos, Rodrigo José Videres Cordeiro de Brito, Cinthia Carla Teles Feitosa

02 - CÓD. 005 .................................................................................................................................. 27 A EDUCAÇÃO CONTINUADA EM CME COMO INSTRUMENTO DA QUALIDADE DO SERVIÇO Autora: Ana Carolina Alves da Hora

03 - CÓD. 006 .................................................................................................................................. 28 A GESTÃO DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS EM SALA OPERATÓRIA POR TEMPOS CIRÚRGICOS Autores: Julierme Rodrigo de Almeida Paul, Rita de Cássia Rodrigues da Silva, Cleuza Vedovato, Ana Paula Boaventura

04 - CÓD. 007 .................................................................................................................................. 29 A IMPLEMENTAÇÃO DA ESTERILIZAÇÃO POR BAIXA TEMPERATURA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Aliny Cristini Pereira, Priscila Iraci Martelli

05 - CÓD. 008 .................................................................................................................................. 30 A IMPORTÂNCIA DA DUPLA CHECAGEM NA MONTAGEM DE CAIXAS CIRÚRGICAS/CONTAINERS Autores: Alessandra Rodrigues, Thalitta Ranieree, Maria Socorro Vasconcelos, Silmara Garcez

06 - CÓD. 009 .................................................................................................................................. 31 A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO Autores: Márcia Valéria Rosa Lima, Mariana Brito de Souza Nunes

07 - CÓD. 011 .................................................................................................................................. 32 A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO RELACIONADO À SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO Autores: Fernandes Ivete Maria Assef

08 - CÓD. 012 .................................................................................................................................. 33 ACOLHIMENTO EM CENTRO CIRÚRGICO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA SOB O OLHAR DA ENFERMAGEM Autores: Aline Gomes Moreira, Jessyca Aparecida Coelho Pinto, Rosangela da Conceição Amaral Sant'Anna, Margarete Perez Machado

09 - CÓD. 013 .................................................................................................................................. 34 ACREDITAÇÃO HOSPITALAR: ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM Autores: Hellen Maria de Lima Graf Fernandes, Aparecida de Cassia Giani Peniche, Simone Plaza Carillo, Larissa Bueno Pimentel Sabetta Techio, Julio César Costa, Ana Luiza Ferreira Meres

10 - CÓD. 014 . ................................................................................................................................ 35 ADESÃO AO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL DE OLHOS Autores: Thalita de Souza Santos, Rosa Maria da Maia da Silva, Laira Maestro Calderon

11 - CÓD. 015 .................................................................................................................................. 36 ADESÃO AOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELOS PROFISSIONAIS DO EXPURGO Autores: Ludmilla Irineia Machado Neiva, Daniela Candida Fernandes

12 - CÓD. 017 .................................................................................................................................. 37 ANÁLISE DE CUSTO PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTAINERS EM CME Autores: Diana Costa de Santi, Roberta Neves, Juliana Machado, Maísa Bedoni, Ana Laus

Page 16: grande plenária

[16]

13 - CÓD. 018 .................................................................................................................................. 38 ANÁLISE DE CUSTOS DIRETOS EM CME: UMA ALTERNATIVA PARA SOBREVIVER A CRISE Autores: Luciano Lemos Doro, Carla Renata Seben, Aline Santos de Souza, Richard Alejandro Borges de Barros, Sandro de Freitas Junqueira, Gustavo Wiener Pauletti Vasconcellos

14 - CÓD. 019 .................................................................................................................................. 39 ANÁLISE DE EMBALAGEM A VÁCUO PARA ARTIGOS DESINFECTADOS Autora: Maria Antonieta Velosco Martinho

15 - CÓD. 020 .................................................................................................................................. 40 ANALISE DE KITS DE INSTRUMENTAIS ROBÓTICOS POR ESPECIALIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Caroline Rocha Rodrigues, Ralerson Trevisan, Juliana Pereira Takagi, Vanusa Silva, Marcia Cristina de Oliveira Pereira

16 - CÓD. 021 .................................................................................................................................. 41 ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À INFECÇÃO POR ENTEROBACTÉRIAS KPC Autores: André Luiz Silva Alvim, Carlos Ernesto Ferreira Starling, Bráulio Roberto Gonçalves Marinho Couto, Fernanda Fuscaldi de Almeida

17 - CÓD. 023 .................................................................................................................................. 42 APLICABILIDADE DE UM INSTRUMENTO DIDÁTICO PARA ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO Autores: Amanda Morais Polati, Nicoli Souza Carneiro, Luciane Ribeiro, Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva, Amanda Martins Lopes, Débora de Oliveira Sacramento

18 - CÓD. 025 .................................................................................................................................. 43 ASSISTÊNCIA À PACIENTE ONCOLÓGICO EM PRECAUÇÃO DE CONTATO NA RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA Autores: Marcos Antonio Macedo dos Anjos, Adriana Braga Fernandes, Teresa Cristina Brasil Ferreira, Adriana de Lyra Paiva, Suelen Pereira da Silva, Denise Yokoyama Alves

19 - CÓD. 026 .................................................................................................................................. 44 ATIVIDADE LÚDICA COMO FERRAMENTA TERAPÊUTICA NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA Autores: Carla Renata Seben, Luciano Lemos Doro,

Aline Santos de Souza, Enelize Tomiello, Richard Alejandro Borges de

Barros, Thiana Silveira Nunes

20 - CÓD. 027 .................................................................................................................................. 45 ATUAÇÃO DE RESIDENTE DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E CME Autores: Natália Barbosa Ferreira de Moura Santos, Cristina Silva Sousa

21 - CÓD. 028 .................................................................................................................................. 46 AUDITORIA DE INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL NO CENTRO CIRÚRGICO Autores: Hellen Maria de Lima Graf Fernandes, Maisa de Cassia Rossi, Larissa Bueno Pimentel Sabetta Techio, Simone Plaza Carillo, Ana Luiza Ferreira Meres

22 - CÓD. 029 .................................................................................................................................. 47 AVALIAÇÃO DA PROFILAXIA ANTIMICROBIANA E INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: ESTUDO DE CORTE Autores: Bruna Cristina Velozo, Marla Andreia Garcia de Avila, Alessandro Lia Mondelli

23 - CÓD. 031 ................................................................................................................................. 48 BIOSSEGURANÇA NO AMBIENTE CIRÚRGICO: CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM Autora: Elisabete Venturini Talizin

24 - CÓD. 032 ................................................................................................................................. 49 BIOSSEGURANÇA NO CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: DÚVIDAS DOS PROFISSIONAIS Autores: Solinei Paulo Borgheti, Karin Viegas, Rita Catalina Aquino Caregnato

Page 17: grande plenária

[17]

25 - CÓD. 035 .................................................................................................................................. 50 CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO, IMPORTÂNCIA E FUNCIONAMENTO NA DINÂMICA HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Natália Barros Menezes Cabral, Mariana Gurjão de Jesus, Terezinha Ilenize Almeida Souza, Josielle Silva Magalhães, Eliane da Costa Lobato da Silva, Maria José Nascimento Silva

26 - CÓD. 036 .................................................................................................................................. 51 CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL: INSTRUMENTOS DIDÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO Autores: Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva, Luciane Ribeiro, Fábio da Costa Carbogim

27 - CÓD. 037 .................................................................................................................................. 52 CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO – EVOLUÇÃO DOS CRITÉRIOS DE INFRAESTRUTURA FÍSICA Autora: Adriana Cristina Nadal Duarte

28 - CÓD. 038 .................................................................................................................................. 53 CHECKLIST CIRURGIA SEGURA: AVANÇOS E DESAFIOS Autores: Marisa Liboni Perez Paes, Patricia Gomes de Albuquerque Uratani, Keyla Nobue Matsumoto Fukuda, Lidia Fernandes, Leonel Alves do Nascimento, Victor Fernando Camargo de Oliveira

29 - CÓD. 041 ................................................................................................................................. 54 COMORBIDADES DESENVOLVIDAS PELOS ENFERMEIROS DO CENTRO CIRÚRGICO EM SUA ROTINA DE TRABALHO Autores: Ana Paula Loureiro da Costa, Geraldina Lemos de Oliveira, Maria de Fátima de Oliveira Melo, Maria Jéssica Damásio de Oliveira

30 - CÓD. 042 ................................................................................................................................. 55 COMUNICAÇÃO: O PAPEL DO ENFERMEIRO ENTRE A CAPTAÇÃO DE ÓRGÃO E TRANSPLANTE Autores: Deyvid Fernando Mattei da Silva, Maria da Paz Vasconcelos Amorim, Aline Correa de Araujo, Maria Teresa Gomes Franco

31 - CÓD. 043 ................................................................................................................................. 56 CONCEPÇÕES DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM SOBRE HUMANIZAÇÃO EM CENTRO CIRÚRGICO Autores: Luciane Ribeiro, Juliana Montezano Lopes, Erica Toledo de Mendonça, Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva, Jaqueline Ferreira Ventura Bittencourt

32 - CÓD. 045 .................................................................................................................................. 57 CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM RELAÇÃO ÀS MEDIDAS DE PRECAUÇÃO Autores: Andre Luiz Silva Alvim, Andrea Gazzinelli

33 - CÓD. 046 .................................................................................................................................. 58 CONHECIMENTO DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM ACERCA DA HIPOTERMIA EM PACIENTES CIRÚRGICOS Autores: Luciane Ribeiro, Bianca Maira Silva Ferreira, Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva, Patrícia de Oliveira Salgado, Erica Toledo de Mendonça, Jaqueline Ferreira Ventura Bittencourt

34 - CÓD. 047 .................................................................................................................................. 59 CONTRIBUIÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA: REVISÃO INTEGRATIVA Autores: Elaine Ribeiro, Erika Christiane Marocco Duran, Stéfane dos Santos, Pedro Henrique Camilo Fortes, Bruna Cristina da Silva, Brunielli Pinaffi

35 - CÓD. 048 ................................................................................................................................. 60 CONTROLE DE DESPERDÍCIOS COM REPROCESSAMENTO DE OPME EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Autores: Simone Plaza Carillo, Hellen Maria de Lima Graf Fernandes, Roberta Biguetti Bernardinelli, Lilian Cristina Gabriel Bernardo da Silva, Ana Luiza Ferreira Meres

Page 18: grande plenária

[18]

36 - CÓD. 049 ................................................................................................................................. 61 CRIAÇÃO DE UM APLICATIVO DIGITAL PARA O ENSINO DE INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA BÁSICA Autores: Francisco Gilberto Fernandes Pereira, Drielle Jéssica Leite da Rocha

37 - CÓD. 051 .................................................................................................................................. 62 DESENVOLVENDO UMA FERRAMENTA PARA MELHORIA DA ASSISTÊNCIA ATRAVÉS DO SISTEMA TASY Autores: Melina Schettini, Luiza Rojic, Lia Jeronymo Romero, Juliana Bueno Sabino, Adriana Cristina Mota Furlan

38 - CÓD. 052 .................................................................................................................................. 63 DETERGENTE ENZIMÁTICO E A LIMPEZA DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS Autores: Gislaine Calheiro, Marilia Ferrari Conchon

39 - CÓD. 053 .................................................................................................................................. 64 DURABILIDADE DE URETEROSCÓPIOS FLEXÍVEIS: O ENFERMEIRO COLABORANDO NA TOMADA DE DECISÃO Autores: Daiane Pereira Carneiro, Daniella Cristina Donaires Barbato, Deyvid Fernando Mattei da Silva, Aline Correa Araujo, Maria Teresa Gomes Franco

40 - CÓD. 054 ................................................................................................................................. 65 ELPO: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO Autores: Camila Mendonça de Moraes Lopes, Cristina Maria Galvão

41 - CÓD. 055 ................................................................................................................................. 66 ENFERMAGEM E ODONTOLOGIA: INTERAÇÃO DE ESTUDANTES EM UMA UNIDADE DOCENTE ASSISTENCIAL Autores: Andreza Aparecida Castro Miranda Pêpe, Alexsandro Tartaglia, Giulia Araújo Ramos, Mirele Lemos Cafazeiro de Carvalho, Verônica Maria Santana Ferreira, Naiara Sena Xavier Queiroz de Souza

42 - CÓD. 056 .................................................................................................................................. 67 ENFERMAGEM NO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: APLICAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DIDÁTICO Autores: Débora de Oliveira Sacramento, Amanda Martins Lopes, Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva, Luciane Ribeiro, Nicoli Souza Carneiro, Amanda Morais Polati

43 - CÓD. 057 ................................................................................................................................. 68 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO UTILIZADOS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM CENTRAIS DE ESTERILIZAÇÃO Autores: Maria de Fátima Gomes Santiago Cordeiro, Iolanda Beserra da Costa Santos, Andrea Cristina de Melo, Valdinez da Silva Lima, Bárbara Jeane Pinto Chaves, Paulo Emanuel Silva

44 - CÓD. 058 .................................................................................................................................. 69 ESTABELECENDO UM VALOR EM ATP PARA INSTRUMENTAIS CRÍTICOS APÓS LIMPEZA Autores: Carla Moraes, Cristiane de Lion Botero Couto Lopes, Maria Lucia Habib Paschoal

45 - CÓD. 059 ................................................................................................................................. 70 ESTERILIZAÇÃO EM UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA E USO DE UMA TECNOLOGIA LEVE Autores: Natalia Camelo do Nascimento Beserra, Rebeca Cristina de Sousa Lopes, Fabia Maria Souza, Debora Rodrigues Guerra

46 - CÓD. 062 .................................................................................................................................. 71 FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM CME: RELATO DE CASO Autores: Juliana Lima da Rocha, Maria Jéssica Oliveira, Geraldina Lemos Oliveira, Bruna Mega Novais

47 - CÓD. 063 .................................................................................................................................. 72 FUMAÇA DO ELETROCAUTÉRIO: HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS E O RISCO À EQUIPE INTRAOPERATÓRIA

Page 19: grande plenária

[19]

Autores: Caroline Vieira Claudio, Renata Perfeito Ribeiro, Júlia Trevisan Martins, Maria Helena Palucci Marziale, Maria Cristina Solci, José Carlos Dalmas

48 - CÓD. 065 ................................................................................................................................. 73 GERENCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS NO BLOCO OPERATÓRIO DE UM HOSPITAL SECUNDÁRIO DO PARANÁ Autores: Marisa Liboni Perez Paes, Patrícia Gomes de Albuquerque Uratani, Keyla Nobue Matsumoto Fukuda, Victor Fernando Camargo de Oliveira, Leonel Alves do Nascimento, Lídia Fernandes

49 - CÓD. 070 .................................................................................................................................. 74 IMPACTO DO PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA NA INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO Autores: Maria Antonieta Velosco Martinho, Indy Ramos Galvão

50 - CÓD. 071 ................................................................................................................................. 75 IMPACTO DO USO DE PROTOCOLOS NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO Autores: Laryssa Bezerra Santiago, Adriana Kelly Almeida Ferreira, Elandia Farias Feitosa, Kilvia Rodrigues Gomes Cavalcante, Julliane de Brito Farias Câmara, Jéssica Rios Moura

51 - CÓD. 072 ................................................................................................................................. 76 IMPLANTAÇÃO DE ANTISSEPSIA CIRÚRGICA ALCOÓLICA DAS MÃOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Juliana Prates, Francyne Lopes, Diego Stumpfs, Gabrielli Guglielmi, Roseli Cristofolini Bobsin, Rita Catalina Aquino Caregnato

52 - CÓD. 073 ................................................................................................................................. 77 IMPLANTAÇÃO DE KITS PARA ATENDIMENTO PRIMÁRIO EM URGÊNCIA/EMERGÊNCIA Autores: Lia Jeronymo Romero, Pamela Daniele dos Santos Oliveira, Swamy Marconi, Carolina Regina Gonçalves Ferreira, Melina Schettini

53 - CÓD. 074 ................................................................................................................................. 78 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INFORMATIZADO DE RASTREABILIDADE EM MATERIAIS CONSIGNADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Fernanda Patricia dos Santos, Silmara de Oliveira Silva, Cybele Ferreira Ioshida, Rosangela Claudia Novembre

54 - CÓD. 075 ................................................................................................................................. 79 IMPLANTAÇÃO DE UM NOVO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Maria Carolina Ximenes Souza Leão Figueira, Bianca Pessoa de Mello

55 - CÓD. 076 ................................................................................................................................. 80 IMPLEMENTAÇÃO DA RASTREABILIDADE NO CENTRO DE MATERIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Osmarina Dantas Estevam, Jailson de Castro Freitas

56 - CÓD. 077 ................................................................................................................................. 81 IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE LATERALIDADE NUM HOSPITAL MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO Autores: Marcos Antonio Macedo dos Anjos, Teresa Cristina Brasil Ferreira, Nilson de Lima Linhares Ferreira, Juliana Leitão Berendonk, Marisa Figueiredo Alves Tibellio, Monica Aglaiz Brasil Marechal

57 - CÓD. 078 .................................................................................................................................. 82 IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SERVIÇO NO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME) Autores: Ana Paula França, Monneglesia Santana Lopes

58 - CÓD. 079 ................................................................................................................................. 83 IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO EM CME PARA A QUALIDADE DOS ARTIGOS PROCESSADOS Autores: Mário Chagas Rodrigues Júnior, Jacimara Machado Freire dos Santos, Benedito Andrade Neto, Maria José do Nascimento Silva, Eliane da Costa Lobato da Silva, Ana Patrícia Gomes Vasconcelos

59 - CÓD. 080 ................................................................................................................................. 84 INCIDÊNCIA DE ENDOFTALMITE APÓS CIRURGIAS DE CATARATA: UM ESTUDO DE SETE ANOS

Page 20: grande plenária

[20]

Autores: Reginaldo Adalberto Luz, Flávia Sotolani Silva, Lincoln Pereira da Silva Dall'Oglio, Tadeu Cvintal, Wagner Ghirelli, Maria Clara Padoveze

60 - CÓD. 084 ................................................................................................................................. 85 INDICADOR DE RESULTADO PARA EMBALAGENS: VIÉS DA AVALIAÇÃO Autores: Daniela Oliveira Pontes, Carina Mugart dos Santos, Aline Ferreira de O. dos Santos, Berendina Bouwman Christoforo

61 - CÓD. 087 ................................................................................................................................. 86 INGESTA DE GELATINA: BENEFÍCIOS PARA OS PACIENTES NA SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA Autores: Daniella Cristina D. Barbato, Maria da Paz Vasconcelos Amorim, Daiane Pereira Carneiro, Maria Teresa Gomes Franco, Aline Correa de Araujo, Deyvid Fernando Mattei da Silva

62 - CÓD. 090 ................................................................................................................................. 87 LIMPEZA CONCORRENTE DOS CARROS DE ANESTESIA COMO MEDIDA DE REDUÇÃO DE INFECÇÃO Autores: Maria Laura de O. de Avelar Alchorne Trivelin, Talita Milani Gomes da Silva, Edna Juvêncio da S. Medina, Rosana N. Soares Pereira, Elisa Helena Gontijo Spolaore

63 - CÓD. 092 ................................................................................................................................. 88 METODOLOGIA LEAN NA RECEPÇÃO DE PRODUTOS PARA SAÚDE NO CME Autores: Marcia Hitomi Takeiti, Maria Cristina Mello, Ana Cristina Sá, Lucimar ABN Sampaio, Jurema da Silva Herbas Palomo, Andrea Andreatta Toneloto

64 - CÓD. 093 .................................................................................................................................. 89 MODERNIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Kátia Otaga Vieira Rodriguez, Idalina Brasil Rocha da Silva, Aline Pedrosa de Siqueira, Raquel Cunha dos Santos, Nanci de Oliveira Roza, Luciene Rufino Gomes dos Santos

65 - CÓD. 096 .................................................................................................................................. 90 NOVO MODELO DE BIOFILME BUILDUP EM CANAIS DE ENDOSCÓPIO FLEXÍVEL Autores: Cristiana da Costa Luciano, Nancy Olson, Patricia DeGagne, Rodrigo Franca, Anaclara Ferreira Veiga Tipple, Michelle Alfa

66 - CÓD. 099 .................................................................................................................................. 91 O CME X RECEBIMENTO DOS ARTIGOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Juliana Lima da Rocha, Áurea Pinheiro, Maria Jéssica Oliveira

67 - CÓD. 100 .................................................................................................................................. 92 O CONHECIMENTO DE TÉCNICOS DE ENFERMAGEM SOBRE PROTOCOLOS VIGENTES NO BLOCO CIRÚRGICO Autores: Kilvia Rodrigues Gomes Cavalcante, Adriana Kelly Almeida Ferreira, Elandia Farias Feitosa, Laryssa Bezerra Santiago, Julliane de Brito Farias Câmara

68 - CÓD. 101. ................................................................................................................................. 93 O ENFERMEIRO NA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA UMA FERRAMENTA DE QUALIDADE ASSISTENCIAL Autores: Lucia Helena Oliveira da Costa, Cecilia Maria Izidoro Pinto, Cilene Rocha Fernandes Braga

69 - CÓD. 103 .................................................................................................................................. 94 O GERENCIAMENTO DA ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Natália Barros Menezes Cabral, Auliane do Nascimento Pinheiro, Francimaira da Costa Sagica, Josielle Silva Magalhães, Ana Patrícia Gomes Vasconcelos, Eliane da Costa Lobato da Silva

70 - CÓD. 105 ................................................................................................................................. 95 O PAPEL DO ENFERMEIRO NA QUALIFICAÇÃO DOS CICLOS DE AUTOCLAVES A VAPOR Autores: Sara Satie Yamamoto, Lisiane Ruchinsque Martins, Rosane Fátima Souza

71 - CÓD. 108 ................................................................................................................................. 96 OCORRÊNCIA DE LESÃO DE PELE POR POSICIONAMENTO CIRÚRGICO EM CIRURGIAS UROLÓGICAS ROBÓTICAS

Page 21: grande plenária

[21]

Autores: Cecília da Silva Ângelo, Catharina Ferreira de Meira Pachioni, Eduardo Henrique G. Joaquim, Isabel Miranda Bonfim, Gustavo Cardoso Guimarães, Raquel Marcondes Bussolotti

72 - CÓD. 109 ................................................................................................................................. 97 ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES PRÉ-OPERATÓRIOS DE CIRURGIA CARDÍACA EM MEIO DIGITAL Autores: Patrícia Silveira Almeida, Lucia Campos Pellanda, Rita Catalina Aquino Caregnato, Emiliane Nogueira de Souza

73 - CÓD. 110 ................................................................................................................................. 98 OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE LIMPEZA REALIZANDO A PRÉ-LIMPEZA E UMECTAÇÃO Autores: Rosane Fátima Souza, Sara Satie Yamamoto

74 - CÓD. 111 ................................................................................................................................. 99 PADRÕES FÍSICOS E ORGANIZACIONAIS DE CENTROS DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO Autores: Alisne Carvalho Santos, Mary Gomes Silva, Alesxandro Tartaglia, Cristiane Lopes Santos, Lorena de Andrade de Gomes, Priscila Franco Checcucci

75 - CÓD. 112 ................................................................................................................................100 PADRÕES FÍSICOS E ORGANIZACIONAIS DE UM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO AMBULATORIAL Autores: Alexsandro Tartaglia, Carmem Luisa Silva Calixto Dourado, Viviane de Araújo Mota, Mary Gomes Silva, Cristiane Lopes Santos, Alisne Carvalho Santos

76 - CÓD. 113 .................................................................................................................................101 PAPEL DO ENFERMEIRO NO PERÍODO PERIOPERATÓRIO PARA PREVENÇÃO DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA Autores: Nathália Gustavo Pinho, Karin Viegas, Rita Catalina Aquino Caregnato

77 - CÓD. 114 .................................................................................................................................102 PASSAGEM DE PLANTÃO NO CME: UMA FERRAMENTA COM BASE NA METODOLOGIA SBAR Autores: Renata Souza Souto Tamiasso, Santos Danielle, Cybele Ap. Ferreira Ioshida, Fernanda Patricia Santos, Silmara de Oliveira Silva, Rosangela Claudia Novembre

78 - CÓD. 117 ................................................................................................................................103 PERFIL DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO Autores: Bruna Cristina Velozo, Marla Andreia Garcia de Avila, Alessandro Lia Mondelli

79 - CÓD. 118 ................................................................................................................................104 PLANILHA COMPARTILHADA PARA CONTROLE DE "VIDAS" DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS ROBÓTICOS Autores: Silmara Garcez, Bruna Elvira Costa, Maria Socorro Vasconcelos, João Francisco Possari

80 - CÓD. 119 ................................................................................................................................105 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA POR DÉFICIT DE HIGIENE BUCAL: REVISÃO INTEGRATIVA Autores: Madson Jean Oliveira Lima, Cristiana da Costa Luciano

81 - CÓD. 121 ................................................................................................................................106 POSSÍVEIS FALHAS NA TERMOSELAGEM: INDICADORES DE NÃO-CONFORMIDADES Autores: Geraldina Lemos de Oliveira, Maria de Fátima de Oliveira Melo, Antônio da Silva Ribeiro, Ana Paula Loureiro da Costa, Maria Jéssica Damásio de Oliveira, Juliana Lima da Rocha

82 - CÓD. 122 ................................................................................................................................107 PREPARO DOS ARTIGOS ODONTO-MÉDICO HOSPITALARES NO CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO Autores: Diulie Graziela Cavassim, Fernanda Ferrari, Sandra Maria Schefer Cardoso, Rodrigo Cavassim

Page 22: grande plenária

[22]

83 - CÓD. 123 ................................................................................................................................108 PRESENÇA DE SANGUE VISÍVEL E OCULTO EM CABO E LÂMINA DE LARINGOSCÓPIOS Autora: Suellen Montanheiro Dantas

84 - CÓD. 124 ................................................................................................................................109 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO: UMA ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO Autores: Regeane Maria Trindade de Lúcio, Adelaide Maria de Brito, Maria da Conceição da S. Sousa Melo, Cordélia Maria de Araújo, Monaliza Raquel do Nascimento, Taynah Neri Correia Campos

85 - CÓD. 125 ................................................................................................................................110 PROTOCOLO ASSISTENCIAL NAS CIRURGIAS DE CATARATA FACO-EMULSIFICAÇÃO: É POSSÍVEL AUMENTAR A SEGURANÇA Autores: Fernanda Nunes da Silva, Simone Garcia Lopes, Mirlene Colman Souza de Carvalho, Ariadne de Paula Nascimento, Marina Sousa dos Santos, Juliana Bachot Herrera

86 - CÓD. 127 ................................................................................................................................111 RASTREABILIDADE AUTOMATIZADA DE ÓRTESE, PRÓTESE E MATERIAL ESPECIAL EM CME Autores: Flavia de Oliveira e Silva Martins, Mara Lucia Leite Ribeiro

87 - CÓD. 128 .................................................................................................................................112 RASTREABILIDADE DE MATERIAIS CIRÚRGICOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PARTICULAR Autores: Thiago de Melo, Juciara Martins, Marice Negrini

88 - CÓD. 129 ................................................................................................................................113 READEQUAÇÃO ESPACIAL DA CME DE UM HOSPITAL DE PEQUENO PORTE Autores: Cinthia Mendes Rodrigues, Christian Emmanuel da Silva Pelaes, Anamaria Alves Napoleão, Anali Furlan Bonetti Locilento, Lucimar Retto da Silva de Avó, Valeria Cristina Gabassa

89 - CÓD. 131 ................................................................................................................................114 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ADORNO ZERO EM CENTRO CIRÚRGICO Autores: Ana Carolina Alves da Hora, Beatriz Coelho Ferreira, Carla Karyelle Simplicio Silveira, Jackson da Silva Santos

90 - CÓD. 132 ................................................................................................................................115 RELATO DE EXPERIÊNCIA: REGISTRO PADRONIZADO NO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO DA CME Autores: Ana Carolina Alves da Hora

91 - CÓD. 136 ................................................................................................................................116 RISCOS OCUPACIONAIS DOS TRABALHADORES DA ENFERMAGEM DA CENTRAL DE MATERIAL ESTÉRIL Autores: Henrique Eduardo Alves, Cecília Nogueira Valença, Dimitri Taurino Guedes, Aline Cristine do Rego Reis, Taynah Neri Correia Campos

92 - CÓD. 137 ................................................................................................................................117 RISCOS OCUPACIONAIS NA DESINFECÇÃO PELO ÁCIDO PERACÉTICO Autores: Vanúcia Nogueira Santos, Rafael Queiroz Souza

93 - CÓD. 138 ................................................................................................................................118 SEDE PRÉ-OPERATÓRIA: A PERCEPÇÃO DA CRIANÇA Autores: Andressa Rivieira, Lígia Fahl Fonseca, Mariana Campos Campana, Isadora Pierotti

94 - CÓD. 139 ................................................................................................................................119 SEDE: O SINTOMA NÃO VERBALIZADO NA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA Autores: Isadora Pierotti, Lígia Fahl Fonseca, Isabela Fracarolli, Patrícia Aroni, Ana Cláudia Saito

95 - CÓD. 140 ................................................................................................................................120 SEGURANÇA DO PACIENTE E ASPECTOS ESTRUTURAIS E ARQUITETÔNICOS DE UM BLOCO CIRÚRGICO Autores: Francisco Gilberto Fernandes Pereira, Rayllynny dos Santos Rocha

Page 23: grande plenária

[23]

96 - CÓD. 141 ................................................................................................................................121 SIMULAÇÃO REALÍSTICA INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM EM TRANSPLANTE HEPÁTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Deyvid Fernando Mattei da Silva, Maria da Paz Vasconcelos Amorim, Maria Teresa Gomes Franco, Aline Correa de Araújo

97 - CÓD. 142 ................................................................................................................................122 SISTEMA DE MANEJO DA SEDE PERIOPERATÓRIA Autores: Ligia Fahl Fonseca, Marilia Ferrari Conchon, Leonel Alves do Nascimento, Patrícia Aroni

98 - CÓD. 143 ................................................................................................................................123 SUSPENSÃO DE CIRURGIAS: ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÃO EM HOSPITAL ESCOLA Autores: Carla Renata Seben, Luciano Lemos Doro, Aline Santos de Souza, Enelize Tomiello, Richard Alejandro Borges de Barros, Sandro de Freitas Junqueira

99 - CÓD. 144 ................................................................................................................................124 SUSPENSÃO DE CIRURGIAS PROGRAMADAS EM UM CENTRO CIRÚRGICO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Autores: Deise Campos, Emanoela Dourado, Luciana Lapenda

100 - CÓD. 145 ...............................................................................................................................125 TAXA DE REPROCESSO INTERNO EM CME: ESTRATÉGIAS PARA O ALCANCE DAS METAS Autores: Luciano Lemos Doro, Aline Santos de Souza, Carla Renata Seben, Richard Alejandro Borges de Barros

101 - CÓD. 147 ...............................................................................................................................126 TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO: ENTENDIMENTO DO PACIENTE CIRÚRGICO Autores: Márcio Pereira Melendo, Karin Viegas, Emiliane Nogueira de Souza, Rita Catalina Aquino Caregnato

102 - CÓD. 148 ...............................................................................................................................127 TERMODESINFECÇÃO EM MATERIAIS DE ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA ABAIXO DE 93°C Autores: Sara Satie Yamamoto,

Lisiane Ruchinsque Martins

103 - CÓD. 149 .............................................................................................................................. 128 TESTE DE BOWIE & DICK: MUDANÇAS DE TECNOLOGIA PAUTADA EM ANÁLISE COMPARATIVA Autores: Marilia Ferrari Conchon, João Paulo Belini Jacques

104 - CÓD. 151 ...............................................................................................................................129 NÍVEL DE PRESSÃO SONORA EM UMA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO Autores: Danielle de Godoi dos Santos, Cibele Cristina Tramontini

105 - CÓD. 152 ...............................................................................................................................130 UNIDADE PRÉ-CIRÚRGICA: APLICAÇÃO DAS METAS INTERNACIONAIS DE QUALIDADE E SEGURANÇA Autores: Marcia Cabral Silva, Silmara de Oliveira Silva, Fabiana Lopes Saraiva, Renata Souza Souto Tamiasso, Cybele Aparecida Ferreira Ioshida, Rosangela Claudia Novembre

106 - CÓD.153 ...............................................................................................................................131 UPCYCLING – UM OLHAR SUSTENTÁVEL E GANHOS FINANCEIROS PARA COLABORADORES E INSTITUIÇÕES Autores: Lia Jeronymo Romero, Mery Lirian da Costa

107 - CÓD. 154 ...............................................................................................................................132 VALIDAÇÃO DE UMA ESCALA PARA AVALIAÇÃO DO DESCONFORTO DA SEDE PERIOPERATÓRIA Autores: Pamela Martins, Isabela Fracarolli, Lígia Fonseca, Edilaine Rosseto, Lilian Mai

108 - CÓD. 155 ...............................................................................................................................133 VALIDAÇÃO DO SISTEMA DE EMBALAGENS UTILIZADO NA ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS MÉDICO-HOSPITALARES Autores: Lorena de Freitas Calixto, Maria Dagmar da Rocha Gaspar, Rosilda Lemes de Freitas Calixto

Page 24: grande plenária

[24]

109 - CÓD. 157 ...............................................................................................................................134 VISITA TÉCNICA NOS ARSENAIS EXTERNOS PELA CME DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Autores: Simone Plaza Carillo, Hellen Maria de Lima Graf Fernandes, Lilian Cristina G. Bernardo da Silva, Roberta Biguetti Bernardinelli, Ana Luiza Ferreira Meres, Adeline Mariano da Silva

110 - CÓD. 158 ..............................................................................................................................135 CONHECENDO A CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: Eliane da Costa Lobato da Silva, Antonio Jorge Silva Correa Júnior, Laís Evangelista de Oliveira, Adriana Alaíde Alves Moura, Tamyris Ayline Maia Novais, Itla das Neves Prazeres

Page 25: grande plenária

[25]

RESUMO DOS TRABALHOS APROVADOS CATEGORIA E -PÔSTERES

Page 26: grande plenária

[26]

01 - CÓD. 003 A CME COMO COADJUVANTE NO CONTROLE DE INFECÇÕES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Larissa Moreira de Souza dos Santos1, Rodrigo José Videres Cordeiro de Brito

1, Cinthia Carla

Teles Feitosa1

Instituição

1HUJ – Hospital UNIMED de Juazeiro – Rua Allan Kardec, 409, Santo Antonio, Juazeiro/BA

Resumo

Introdução: Com o passar dos anos, os Centros de Materiais e Esterilização começaram a ganhar forte notoriedade dentro das instituições de saúde. Além da função de processar materiais voltados para procedimentos de saúde, essas unidades também são as principais responsáveis em garantir a qualidade e a segurança dos artigos médico-hospitalares utilizados pelas unidades consumidoras, a fim de que estes artigos não sirvam de fonte de contaminação para a clientela por ela assistida. Paralelo a isso, a saúde vem enfrentando um enorme desafio em lançar mão de medidas de controle de crescimento e/ou erradicação de microrganismos cada vez mais resistentes e presentes nas instituições de saúde. Diante desse cenário, buscou-se ampliar os testes de monitoramento de carga, sejam eles de natureza química e/ou biológica, como também foram reformulados os registros utilizados pelo CME o que permitiu obter maior rastreabilidade dos artigos utilizados na instituição em todas as etapas do processamento e uso. Objetivo: Compartilhar a experiência de um Centro de Material e Esterilização de um Hospital do interior da Bahia, como coadjuvante no controle de infecções. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa, com coleta de dados por meio da análise de relatórios mensais fornecidos pela CCIH e construção de registros de monitorização da movimentação diária dos artigos médico-hospitalares bem como da leitura dos testes químicos e biológicos utilizados no setor. Resultados e discussão: Aumento do quantitativo e da diversidade de testes de monitoramento de carga bem como reformulação dos registros utilizados na instituição, ambos apresentados e submetidos à aprovação da CCIH e da Diretoria do Hospital bem como da Vigilância Sanitária local. Conclusão: A partir dessas mudanças, observou-se por meio dos relatórios mensais gerados pela CCIH, baixo índice de infecção relacionada a sitio cirúrgico como também se pode identificar em curto espaço de tempo qualquer falha ocorrida no processamento dos artigos médico-hospitalares utilizados, refletindo maior segurança nos processos de trabalho desenvolvidos no setor.

Palavras-chaves: CME. Controle de infecção. Monitoramento.

Page 27: grande plenária

[27]

02 - CÓD. 005 A EDUCAÇÃO CONTINUADA EM CME COMO INSTRUMENTO DA QUALIDADE DO SERVIÇO

Autora Ana Carolina Alves da Hora1

Instituição 1HM DM – Hospital Municipal Djalma Marques – Rua do Passeio, s/n, Centro, São Luís/MA

Resumo

Introdução: A Central de Material e Esterilização (CME) pode ser definida como o setor dentro da unidade hospitalar responsável por fornecer condições adequadas a todos os materiais utilizados em procedimentos durante a assistência direta ao paciente, por corresponder ao local onde é realizada a limpeza, desinfecção, preparo e esterilização de todos os materiais utilizados pelas Unidades Consumidoras do Hospital. O setor atua visando à prevenção de infecções, mesmo que indiretamente, articulando ciência, segurança e qualidade, por meio da equipe de enfermagem. Para que se possam processar adequadamente os artigos – de forma a garantir a segurança do paciente – é necessário implementar programas de educação permanente em saúde que alcancem todos os profissionais que atuam nessa área, buscando mudanças no processo de trabalho por meio da sensibilização, engajamento e compartilhamento do conhecimento científico na prática profissional. A saúde tem sido influenciada pelos avanços tecnológicos e indicadores da qualidade dos processos, sendo que, os trabalhadores precisam acompanhar essas mudanças e se tornarem mais capacitados, como fator fundamental para o reconhecimento e a valorização profissional. Objetivo: Identificar a importância da educação continuada frente ao desenvolvimento da qualidade do serviço prestado em Central de Material e Esterilização. Método: Trata-se de um estudo realizado através de revisão bibliográfica, por meio da coleta de informações nas produções científicas existentes sobre a importância da educação continuada em CME. Foram utilizados artigos publicados nos sites Scielo, Lilacs e Bireme, com período de publicação de 2004 a 2013. Palavras chaves para busca: Central de Material e Esterilização, Qualidade, Equipe de enfermagem e Educação continuada. Resultado: A prática da educação continuada em Central de Material e Esterilização é uma das formas de se proporcionar o desenvolvimento e o aperfeiçoamento dos recursos humanos do setor; devido à evolução tecnológica e científica ao longo dos anos, a equipe de enfermagem necessita de constante atualização, a fim de acompanhar integralmente todas as modificações e novos rumos na assistência indireta; a CME necessita de funcionários preparados com informações que possibilitem a qualidade do serviço realizado em qualquer área dentro do setor; a influência do enfermeiro atuante em CME sobre o repasse das informações a toda equipe de enfermagem representa um grande impacto na qualidade do serviço; a motivação desenvolvida pelo enfermeiro junto a equipe de enfermagem, demostrando a importância do conhecimento aliado a valorização profissional de toda equipe, tem como consequência um resultado positivo do trabalho desenvolvido. Conclusão: O enfermeiro responsável pela CME deve orientar e organizar rotinas de educação continuada junto ao seu setor, estimulando a curiosidade e a busca pelo conhecimento de toda equipe, pois por meio de sua competência obtida pela prática de uma área específica de conhecimento, pode se tornar o disseminador de ideias, valores e informações que ampliem a consciência da necessidade do estudo contínuo e do aprimoramento de todos aqueles envolvidos no processo de trabalho dentro da CME.

Palavras-chaves: Central de Material e Esterilização. Qualidade. Equipe de enfermagem. Educação

continuada.

Page 28: grande plenária

[28]

03 - CÓD.006 A GESTÃO DE INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS EM SALA OPERATÓRIA POR TEMPOS CIRÚRGICOS

Autores Julierme Rodrigo de Almeida Paula1, Rita de Cássia Rodrigues da Silva

1, Cleuza Vedovato

1,

Ana Paula Boaventura1

I Instituição 1UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas – Rua Tessália Vieira de Camargo, 126,

Cidade Universitária, Campinas/SP

Resumo

Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar o número de instrumentais cirúrgicos utilizados e não utilizados durante os procedimentos cirúrgicos. Método: É um estudo do tipo quantitativo, descritivo e observacional, realizado a partir do levantamento de dados com a observação sistematizada da utilização dos instrumentais cirúrgicos dentro da sala operatória durante os procedimentos cirúrgicos de um hospital privado, no interior do Estado de São Paulo. Foram observados 17 procedimentos cirúrgicos e analisados 934 instrumentais somando os não utilizados e os utilizados. Resultados: A média geral de desperdício da classe de instrumentais de diérese e preensão foi de 50%, para instrumentais de hemostasia foi de 61%, para os de separação em todas as cirurgias foi de 27%, os instrumentais de síntese não utilizados foram de 46%. Conclusão: Este estudo permite concluir que a não utilização dos instrumentais cirúrgicos é notória e expressiva nos procedimentos cirúrgicos sendo predominante nos tempos cirúrgicos de diérese hemostasia e preensão. Palavras-chaves: Controle de custo. Instrumentos cirúrgicos. Procedimentos cirúrgicos operatórios.

Page 29: grande plenária

[29]

04 - CÓD. 007 A IMPLEMENTAÇÃO DA ESTERILIZAÇÃO POR BAIXA TEMPERATURA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Aliny Cristini Pereira1, Priscila Iraci Martelli

1

Instituição 1SCSC – Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos – Rua Paulino Botelho de Abreu

Sampaio, São Carlos/SP

Resumo

Introdução: Os novos conceitos e técnicas de administração hospitalar para a otimização dos processos em um Centro de Material e Esterilização mostram a necessidade crescente de redução do tempo dos procedimentos, diminuição dos gastos mensais e adesão da equipe com as mudanças recorrentes para a inovação do trabalho diário. Objetivo: Relatar uma experiência sobre a implementação de uma máquina esterilizadora por baixa temperatura que utiliza o método de vapor de peróxido de hidrogênio, a V-PRO 1 Plus, em um Centro de Material e Esterilização. Método: Trata-se de um relato de experiência em um hospital filantrópico de uma cidade do interior do estado de São Paulo, realizado no período de agosto de 2015 à abril de 2016. O estudo foi realizado em quatro momentos, o primeiro, fez-se um levantamento de dados sobre os ciclos que foram realizados na V-PRO 1 Plus desde a sua instalação até o mês de abril de 2016. O segundo, comparou-se o tempo de esterilização dos materiais que eram enviados para esterilização terceirizada com o tempo de esterilização na V-PRO 1 Plus. O terceiro, comparou-se os custos, desde a instalação até o mês de abril de 2016, em relação aos gastos anteriores de quando o material era mandado para esterilização terceirizada e quanto são os gastos atualmente. E no quarto momento observou-se a adesão da equipe através de treinamentos e educação continuada de como manusear o novo equipamento e a adaptação à nova tecnologia. Assim, a amostra do estudo refere-se aos números de ciclos realizados no período citado a cima e compõe-se assim um total de 397 ciclos. A avaliação do tempo, dos custos e dos funcionários, foi observacional e foi realizada em cima das análises desses ciclos. Resultados e Discussões: Com o conhecimento do manuseio da V-PRO 1 Plus, a carga dos ciclos aumentou e o seu proveito também. Chegando assim a um aumento, onde antes era realizado 25 ciclos (primeiro mês de uso) passou-se a realizar 57. Obtendo uma média de 57 materiais por ciclo, o que totaliza em cerca de 3200 materiais esterilizados em um mês. Após a implementação do processo de esterilização por baixa temperatura, todo o material começou a ser feito neste Centro de Material e Esterilização. Com isso, um material que demorava 72 ou 48 horas para retornar da esterilização terceirizada, passou a ficar pronto em 1 ou 2 horas. Após a centralização do processo de esterilização por baixa temperatura neste Centro de Material e Esterilização, houve uma redução de 43% dos custos de esterilização. A equipe obteve rápida adesão ao manuseio do novo método de esterilização e apresentou facilidade/agilidade em relação ao manuseio da mesma. Conclusões: Conclui-se que após a implementação da esterilização por baixa temperatura no Centro de Material e Esterilização, houve uma redução de tempo de esterilização, dos custos e a equipe obteve uma fácil adesão a nova tecnologia. Constatou-se, também, que esse processo é considerado um meio seguro de esterilização tanto para os pacientes quanto para a equipe de saúde. Dessa forma, sugerimos que os Centros de Materiais e Esterilização implantem, não somente, essa tecnologia de esterilização por vapor de peróxido de hidrogênio, mas também estimulem a implantação, de uma forma geral, de novas tecnologias em seu setor inserindo, juntamente, sua equipe em todo o contexto.

Palavras-chaves: Esterilização. Peróxido de Hidrogênio. Enfermagem.

Page 30: grande plenária

[30]

05 - CÓD. 008 A IMPORTÂNCIA DA DUPLA CHECAGEM NA MONTAGEM DE CAIXAS CIRÚRGICAS/CONTAINERS

Autores Alessandra Rodrigues1, Thalitta Ranieree

1, Maria Socorro Vasconcelos

1, Silmara Garcez

1

Instituição 1ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Av. Dr. Arnaldo, 251, Cerqueira Cesar,

São Paulo/SP

Resumo

Introdução: A montagem das caixas cirúrgicas ou containers é uma etapa primordial do processamento dos instrumentais cirúrgicos. A falta de uma peça, quando não identificada, pode prejudicar a realização do procedimento e pode ocorrer a necessidade de abertura de outra caixa cirúrgica ou container. Nessa fase a identificação e a contagem dos instrumentais são necessárias para disponibilizar ao usuário uma caixa cirúrgica ou containers com quantidade de peças de acordo com a sua necessidade. Objetivo: Aplicar a dupla checagem na montagem de caixas cirúrgicas e containers para segurança do usuário. Método: Trata-se de uma pesquisa de campo. A coleta de dados foi realizada no Centro de material e Esterilização (CME) do hospital público de grande porte, da cidade de São Paulo, que atende pacientes oncológicos. No período de janeiro a maio de 2016, foram montados 8.320 containers, com média de 50 peças em cada container. Diariamente são processados em média 70 containers. Para garantia da segurança na montagem dos containers ao término da rastreabilidade peça a peça de todo o instrumental cirúrgico, o colaborador responsável pelo preparo solicita que outro colaborador ou o enfermeiro realize uma nova contagem de todo o instrumental cirúrgico, conferindo com a quantidade apresentada na listagem (fornecida pelo sistema de rastreabilidade). Caso ocorra discrepância na quantidade realiza-se nova contagem e corrige-se a falha. A seguir é conferido à presença do filtro na tampa do container, o integrador químico classe 5 e o lacre. Depois preenche o checklist (lista de verificação) constante na listagem. O colaborador responsável por essa dupla checagem assina em conjunto com quem preparou o container. Na sala de operação é realizada a segunda conferência, desta vez se o container está com lacre, filtro visível, etiqueta de identificação e listagem correta. Ao abrir o container é obrigatória a recontagem do instrumental cirúrgico, a existência do integrador químico e a sua viragem. Se houver alguma divergência com relação a quantidade de peças é comunicado imediatamente ao CME. Resultados: No período de estudo não houve ocorrência de instrumental cirúrgico inadequado ou em falta em sala operatória nos containers montados. Conclusão: Com a implantação da dupla checagem, observou-se a diminuição dos erros no processo de montagem dos containers, proporcionando maior segurança ao usuário, minimizando custos e tornando o processo eficaz. Palavras-chaves: Enfermagem. Lista de verificação. Instrumentais.

Page 31: grande plenária

[31]

06 - CÓD. 009 A IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NO CUIDADO DE ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO

Autores Márcia Valéria Rosa Lima2, Mariana Brito de Souza Nunes

3

Instituição 2UFF – Universidade Federal Fluminense – Rua Miguel de Frias, 9, Icaraí, Niterói /RJ

3UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rua São Francisco Xavier, 524, 1°andar,

Sala 1006 A, Maracanã, Rio Janeiro/RJ

Resumo

Objetivos: Incentivar o acadêmico de enfermagem a prestar assistência mais direta ao paciente em todas as etapas do processo cirúrgico, destacando-se a importância desta para o sucesso do tratamento e o pronto restabelecimento do paciente; treinar a equipe de enfermagem e outros profissionais interessados lotados no Centro Cirúrgico a divulgar o entendimento sobre a importância da humanização ao paciente cirúrgico. Método: Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória com abordagem qualitativa, com técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como entrevista, grupo focal e observação sistemática. O estudo foi realizado nas enfermarias cirúrgicas, masculina e feminina localizadas no 6º e 7º andar, e no centro cirúrgico de um hospital universitário de grande porte. Resultados: Entende-se que o acolhimento do usuário no centro cirúrgico é um cuidado fundamental, na medida em que se reconhece o ser humano valorizando seus sentimentos, emoções e interagindo da melhor forma possível. Conclusão: A humanização como estratégia de intervenção nos processos de trabalho e na geração de qualidade da saúde, vai ao encontro dos princípios do SUS, ao enfatizar a necessidade de se assegurar atenção integral à população, bem como estratégias que ampliem a condição de direitos e de cidadania dos indivíduos.

Palavras-chaves: Humanização na assistência. Enfermagem. Cuidado.

Page 32: grande plenária

[32]

07 - CÓD. 011 A PERCEPÇÃO DO ENFERMEIRO RELACIONADO À SEGURANÇA DO PACIENTE CIRÚRGICO

Autora Fernandes Ivete Maria Assef1

Instituição 1UNIESP – União das Instituições do Estado de São Paulo – Avenida Coronel Marcondes, 6.093,

Presidente Prudente/SP

Resumo

Introdução: No decorrer da história pode se observar inúmeros danos ao paciente na assistência a saúde e em todo seu processo. Portanto, tornou-se necessário o levantamento dos prejuízos causados, o que levou a criação de estratégias que diminuíssem ou eliminassem os danos ao paciente. Em 2002, na 55ª Assembleia da Saúde Mundial, recomendou à Organização Mundial da Saúde (OMS) e aos Estados Membros uma maior atenção ao problema da segurança do paciente. Em 2004, a 57a Assembleia Mundial da Saúde, apoiou a criação da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente (lançada pela OMS) para liderar no âmbito internacional os programas de segurança do paciente com a proposta de lançar desafios globais a cada dois anos. O primeiro desafio global lançado em 2005-2006, foi voltado ao Controle de Infecção Relacionada a Assistência a Saúde. Dois anos depois, em 2007-2008, foi lançado o Segundo Desafio Global com o tema Cirurgias Seguras Salvam Vidas. O Segundo Desafio Global aponta dez objetivos importantes para evitar danos ao paciente cirúrgico e recomenda o uso de uma lista de verificação, como instrumento a ser utilizado para identificar se as ações estão sendo realizadas, como forma de evitar danos ao paciente cirúrgico. O Brasil como componente da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente criou a portaria Nº529, de 1º de Abril de 2013 que institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e recomenda protocolos voltados para a Segurança do Paciente. Entre eles, o de Cirurgia segura (ANVISA, 2013) baseado nas recomendações da OMS e recomenda o uso da lista de verificação cirúrgica. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar a importância do enfermeiro ter a percepção de trabalhar segurança na assistência ao paciente cirúrgico e a necessidade de intervenções através da aplicação do Sistema da Assistência ao Paciente Cirúrgico. Método: Revisão de literatura através de artigos relacionados a segurança do paciente cirúrgico em banco de dados Lilacs, Scielo, BDENF, Google Acadêmico, Bireme; onde foram selecionados 19 de 24 artigos encontrados e datados entre os anos de 1985 a 2013. Resultado: O enfermeiro é um elemento importante neste contexto e tem como ferramenta de trabalho o Sistema de Assistência de Enfermagem no Perioperatório ao paciente cirúrgico de forma continuada e integral. Para isto, torna-se necessária a própria capacitação profissional e da sua equipe. É necessário adotar as recomendações apontadas no Segundo Desafio Global, transformando em importantes estratégias para evitar danos ao paciente cirúrgico em todo o Perioperatório. Conclusão: Para vencer os desafios propostos e implementar as ações que são efetivas na segurança do paciente cirúrgico, é essencial o enfermeiro se pautar constantemente em conhecimentos para desencadear as transformações necessárias. Trabalhar os objetivos da cirurgia segura e desdobrar cada objetivo em várias estratégias, torna-se necessário para os resultados esperados para o referido desafio global proposto pela OMS. Com isto, é de suma importância, adotar o Sistema da Assistência de Enfermagem no Perioperatório, planejando uma assistência segura e livre de danos, amparada nas propostas do segundo desafio global. O mercado de trabalho exige cada vez mais do profissional enfermeiro, qualificação de suas competências para atuar de forma segura. Para isto, a importância da educação permanente se efetiva na busca de propostas educativas que motivem ao autoconhecimento, aperfeiçoamento e atualização constante. Palavras-chaves: Enfermagem no centro cirúrgico. Gerenciamento de riscos. Riscos do paciente cirúrgico. Segurança do paciente.

Page 33: grande plenária

[33]

08 - CÓD. 012 ACOLHIMENTO EM CENTRO CIRÚRGICO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA SOB O OLHAR DA ENFERMAGEM

Autores Aline Gomes Moreira1, Jessyca Aparecida Coelho Pinto

1, Rosangela da Conceição Amaral

Sant'Anna1, Margarete Perez Machado

1

Instituição 1FMP/FASE – Faculdade Arthur Sá Earp Neto – Av. Barão do Rio Branco, 1.003, Centro, Petrópolis, Rio de Janeiro/RJ

Resumo

O acolhimento corresponde a uma das diretrizes de maior relevância no contexto da Política Nacional de Humanização¹. O Centro Cirúrgico é uma unidade fechada, cada vez mais sofisticada, burocrática e geralmente pouco conhecida pelos usuários², o que reforça a necessidade em receber e acolher o usuário de forma a atender suas necessidades e expectativas. A enfermagem tem papel de destaque por estar em contato mais próximo e frequente com os usuários dos serviços de saúde e mais precisamente com os que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos, levando em conta suas especificidades e necessidades. Esta pesquisa objetiva revisar a literatura cientifica existente sobre o acolhimento do usuário pela equipe de enfermagem no Centro Cirúrgico e como objetivo específico pretende-se avaliar os desfechos sugeridos pelo assunto; descrever e discutir o papel da equipe de enfermagem e proporcionando o conhecimento sobre a importância de receber e acolher o usuário. A presente pesquisa não tem a pretensão de esgotar a temática, mas sim, ampliar os espaços de discussão. Revisão de literatura, utilizando bibliografias disponíveis, entre 2009 a 2015, através de artigos científicos disponibilizados na Web: BVS, SCIELO, LILACS, entre outras bases de dados do país. Os resultados que emergiram da pesquisa evidenciaram inúmeras vantagens da recepção abrangendo o acolhimento, proporcionando ao cliente cirúrgico um atendimento de qualidade e mostrando a participação efetiva do enfermeiro na sua admissão podendo ficar comprometido, entretanto, em função do número reduzido de enfermeiros que alguns hospitais mantêm no Centro Cirúrgico. Entende-se que é preciso incluir o acolhimento em um setor com tantas especificidades. Por outro lado, alguns enfermeiros apresentam dificuldades de entender a essência do seu papel, valorizando poucos os aspectos subjetivos do cliente cirúrgico ao ser admitido no setor³. Para os usuários, alguns não compreendem bem a função do acolhimento, confundindo-o principalmente com a humanização. Conclui-se que as publicações referentes ao tema acolhimento e recepção ao cliente cirúrgico encontram-se atualmente em número reduzido, necessitando de novos estudos a fim de se conhecer melhor sobre a temática. Objetivo: Analisar o conhecimento existente sobre o recebimento e acolhimento do usuário pela equipe de enfermagem no Centro Cirúrgico. Método: Revisão sistemática onde foram utilizadas bibliografias disponíveis, entre 2009 a 2015, através de artigos científicos disponibilizados na Web: SCIELO, LILACS, BVS entre outras bases de dados, em português. Resultados: Emergiram da pesquisa resultados que evidenciaram inúmeras vantagens da recepção abrangendo o acolhimento, proporcionando ao cliente cirúrgico um atendimento de qualidade e mostrando a participação efetiva do enfermeiro em sua recepção, atividade que pode ficar comprometida, em função do número reduzido de enfermeiros que alguns hospitais mantêm no Centro Cirúrgico. É preciso incluir o acolhimento em um setor com tantas especificidades. Conclusão: As publicações referentes ao tema acolhimento e recepção ao cliente cirúrgico encontram-se atualmente em número reduzido, necessitando de novos estudos a fim de se conhecer melhor o tema.

Palavras-chaves: Acolhimento. Centro cirúrgico hospitalar. Enfermagem. Enfermagem de centro cirúrgico.

Page 34: grande plenária

[34]

09 - CÓD. 013 ACREDITAÇÃO HOSPITALAR: ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM

Autores Hellen Maria de Lima Graf Fernandes1,2

, Aparecida de Cassia Giani Peniche2, Simone Plaza Carillo

1,

Larissa Bueno Pimentel Sabetta Techio1, Julio César Costa

1, Ana Luiza Ferreira Meres

1

Instituição 1Hospital da PUC-Campinas – Av. John Boyd Dunlop, s/n, Jardim Londres, Campinas/SP

2USP – Escola de Enfermagem Universidade São Paulo – Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419,

São Paulo/SP

Resumo

Introdução: A gestão da qualidade é um imperativo para as instituições de saúde que almejam sobreviver ao mercado globalizado e competitivo. O programa de acreditação hospitalar é uma metodologia de avaliação voluntária, periódica e educativa utilizada para garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente definidos. Considera-se apropriado um instrumento que permita avaliar a percepção da equipe de enfermagem, uma vez que alguns estudos sugerem implicações positivas e também negativas dessa metodologia no cotidiano dos profissionais. Objetivo: Apresentar a etapa de elaboração e validação de um instrumento para analisar a percepção da equipe de enfermagem do centro cirúrgico acerca do processo de Acreditação Hospitalar. Método: Trata-se de um estudo metodológico, realizado em um hospital universitário, que teve como objetivo elaborar e validar um instrumento para avaliar a percepção da equipe de enfermagem do centro cirúrgico sobre o processo de acreditação hospitalar, nas dimensões avaliativas de estrutura, processo e resultado. Resultado: A construção inicial do instrumento foi pautada em uma revisão de literatura com enfoque nas facilidades e dificuldades encontradas no processo de acreditação hospitalar e nas melhorias reconhecidas no setor, procurando-se, ainda, acrescentar assertivas que expressassem as vivências e as inquietações da pesquisadora. Este instrumento foi submetido à validação de conteúdo e de consistência interna. A validação do instrumento foi o primeiro método aplicado e teve por objetivo verificar se o conteúdo era representativo frente ao universo teórico que se pretendia medir, conforme descrito na metodologia. Consideramos a questão validada quando a mesma atingiu acima de & #8805;75% da opinião favorável dos especialistas. As questões que não atingiram esse percentual foram reformuladas de acordo com as considerações apresentadas. Todavia, em virtude das alterações realizadas serem pequenas, não houve necessidade de o instrumento retornar aos juízes. Inicialmente elaboramos um instrumento com 35 questões, sendo 11 de estrutura, 13 de processo e 11 de resultado. Na dimensão estrutura três assertivas foram reescritas para melhor entendimento dos participantes e uma questão foi excluída por já ter sido contemplada na dimensão de processo. Foram acrescentadas duas proposições, sendo uma referente ao quantitativo de pessoal e outra referente a capacitações no setor para o processo de acreditação, conforme sugestão dos juízes. Na dimensão processo uma questão foi transferida para a dimensão de resultado e outras duas assertivas foram reescritas para melhor compreensão. Na dimensão resultado uma questão foi refeita por possuir duas perguntas em uma única frase e foi acrescentada uma questão da dimensão processo referente à sobrecarga de trabalho. Acatando as sugestões apresentadas pelos juízes, o instrumento foi reestruturado em 36 questões, com 12 em cada dimensão, a fim de permitir a comparação estatística. Mantivemos seis proposições positivas e seis proposições negativas em cada uma. Após o retorno dos juízes, aplicamos um pré-teste, em cinco colaboradores da Central de Material, e não tivemos nenhuma sugestão para alteração no instrumento. A avaliação de consistência interna do instrumento foi o segundo método empregado, sendo, portanto, aplicado o teste de Alpha de Cronbach, obtendo-se o valor de 0,812, o que significa que foi possível medir 81,2% do processo real. Conclusão: O instrumento foi validado, sugerindo que podem ser utilizados na prática da enfermagem do centro cirúrgico para avaliar a percepção referente ao processo de acreditação hospitalar.

Palavras-chaves: Estudos de validação. Acreditação hospitalar. Centro cirúrgico. Enfermagem.

Page 35: grande plenária

[35]

10 - CÓD. 014 ADESÃO AO CHECKLIST DE CIRURGIA SEGURA EM UM HOSPITAL DE OLHOS

Autores Thalita de Souza Santos1, Rosa Maria da Maia da Silva

1, Laira Maestro Calderon

1

Instituição 1HOSAG – Sadalla Amin Ghanem – Rua Des. Nelson Nunes Guimarães, 910, Atiradores, Joinville/SC

Resumo

Introdução: Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (2010), em 2004 a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Aliança Mundial para Segurança do Paciente e em 2008, adaptado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, uma Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (checklist) foi proposta para ser empregada em qualquer hospital, visando melhorar a assistência cirúrgica no mundo por meio de padrões que possam ser aplicados em todos os países. O grande desafio na implantação dessa metodologia num hospital de olhos foram as diferenças entre as rotinas quando comparado a um hospital geral, de maneira que adequações à realidade da instituição foram necessárias. Diferentemente do modelo da OMS, o checklist desenvolvido é aplicado em todas as fases pelas quais o paciente passa, garantindo que em cada etapa os itens de segurança sejam checados, são elas: Internação, Admissão, Pré-Operatório, Transoperatório e Pós-Operatório. Itens críticos como Lateralidade, Tipo de Anestesia e Marcação de Córnea são verificados em mais de uma etapa para garantir que erros ou near miss não ocorram. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo avaliar a adesão ao Checklist de Cirurgia Segura em um Hospital de Olhos de Joinville, Santa Catarina, Brasil. Trata-se de um estudo qualitativo e quantitativo retrospectivo sobre a adesão ao checklist de cirurgia segura em um Hospital de Olhos de Joinville, Santa Catarina, no período entre Janeiro à Dezembro de 2015. Para tanto, foram selecionados os checklist aplicados em todos os procedimentos realizados no Centro Cirúrgico e excluídos os aplicados nos Pequenos Procedimentos, pelo fato da implantação neste setor haver se iniciado meses após o início do período de avaliação. Para quantificação dos resultados os checklist foram avaliados em relação ao seu preenchimento, sendo considerados “Totalmente Preenchidos” aqueles em que nenhum item questionado ficou em branco. O cálculo da taxa de adesão valeu-se da fórmula: nº de checklist totalmente preenchidos/nº total de checklist X 100. Os resultados e as não conformidades mais observadas são: não preenchimento da data; horário de início ou fim da cirurgia; ausência de carimbo dos médicos e/ou da enfermagem. Nenhum dos checklist avaliados apresentou não preenchimento de itens essenciais que pudessem comprometer a segurança do procedimento, que são: lateralidade, tipo de anestesia, identificação do paciente, alergias e demarcação do sítio cirúrgico. Percebe-se que no primeiro mês de implantação houve uma adesão de 91%, nos dois meses seguintes, houve uma queda nos números. Com o fortalecimento da importância de sua aplicação e com a primeira revisão, observou-se um aumento progressivo na adesão pelos profissionais. A segunda revisão ocorreu no ápice, onde os colaboradores puderam participar das melhorias observadas na rotina diária. A terceira e a quarta ocorreram no período de Outubro/Novembro com a aproximação da avaliação para a acreditação hospitalar, o que contribuiu com o modelo vigente, que alcançou em Dezembro 99% de adesão. Conclusão: Conclui-se que a adesão ao checklist de cirurgia segura está sendo satisfatória, mas ainda é um tópico a ser trabalhado com a equipe no que diz respeito aos itens ditos “não essenciais”, considerando que as informações com menor índice de preenchimento são importantes para validarem os dados coletados. É importante implementar programas de educação continuada e a participação do colaborador nas decisões para conscientizar as equipes e aumentar os índices de adesão ao checklist.

Palavras-chaves: Cirurgia segura. Adesão. Checklist.

Page 36: grande plenária

[36]

11 - CÓD. 015 ADESÃO AOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PELOS PROFISSIONAIS DO EXPURGO

Autores Ludmilla Irineia Machado Neiva1, Daniela Candida Fernandes

1

Instituição 1CRER – Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo – Av. Ver. José Monteiro,

1.655, Goiânia/GO

Resumo

Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) pode ser classificado por uma unidade prestadora de assistência técnica a todos os serviços hospitalares que necessitam de produtos para a saúde, sendo estas as unidades consumidoras. Objetivo: Identificar através de revisão integrativa a adesão aos equipamentos de proteção individual pelos profissionais da enfermagem que exercem atividades no expurgo do Centro de Material e Esterilização. Método: Para o desenvolvimento deste estudo foram selecionados artigos, livros, dissertações e teses referentes ao tema. Para seleção das fontes bibliográficas foram consultadas as bases de dados da biblioteca virtual em saúde, a saber: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) utilizando os seguintes descritores: Equipamento de Proteção Individual, Riscos Ocupacionais e Educação Continuada. Foram incluídos no estudo artigos científicos e protocolos nacionais publicados no período de 2000 a 2015. Foram excluídos estudos em línguas estrangeiras, publicações anteriores ao ano de 2000 e estudos que não foram disponibilizados na integra. Na base de dados SCIELO, foram encontrados 278 (100%) artigos com os descritores selecionados, destes 11 (4%) artigos foram escolhidos para a próxima etapa após a leitura dos resumos, sendo utilizados sete (3%) artigos para a construção dos resultados deste estudo. Na base de dados LILACS foram encontrados 22 (100%) resumos de artigos com os descritores propostos. Após analise dos estudos levantados, verificou-se que seis (90%) tiveram como base metodológica a pesquisa quantitativa e um (10%) a revisão bibliográfica. Desses, um (0,14%) artigo descreve que o expurgo se torna um setor com maior potencial de risco aos colaboradores causados pela não adesão aos equipamentos de proteção individual, podendo estes riscos serem minimizados ou evitados com o uso dos EPI, dois (0,7%) relatam a adesão dos profissionais de saúde ao uso dos EPI mas não apresentaram obter conhecimento quanto a sua importância, aderindo ao uso por se tratar de uma obrigatoriedade das unidades de trabalho, três (1%) referem a não adesão pela dificuldade encontrada na disponibilidades destes artigos, e também por motivos pessoais exemplificando desconforto, incomodo, esquecimento e falta de hábito, quatro (1,4%) citam a educação continuada como uma importante ferramenta para capacitar os profissionais quanto aos riscos expostos, ressaltando a relevância da adesão correta para prevenir acidentes. A adesão aos EPI encontrada em Centro de Material e Esterilização é conhecido e vem sido amplamente discutido na literatura. O fato é que apesar da quantidade de artigos que evidenciam a adesão, a não adesão aos EPI é uma realidade nos serviços de saúde. Sendo assim, é necessário que os estudos abordem estratégias que proporcionem a adesão e auxiliem os gestores em relação a redução dos riscos e consequente a diminuição dos acidentes com material biológico. Sugere-se a necessidade de novas pesquisas para favorecer o aprimoramento e a funcionalidade da gestão de riscos ao trabalhador que podem ser prevenidos com a adesão constante aos EPI.

Palavras-chaves: Equipamento de proteção individual. Riscos ocupacionais. Educação continuada.

Page 37: grande plenária

[37]

12 - CÓD. 017 ANÁLISE DE CUSTO PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE CONTAINERS EM CME

Autores Diana Costa de Santi1, Roberta Neves

1, Juliana Machado

3, Maísa Bedoni

4, Ana Laus

5

Instituição 1,2,5

USP – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Av. Bandeirantes, 3.900, Monte Alegre, Ribeirão Preto/SP 3,4

HURP – Hospital Unimed Ribeirão Preto – Rua Auxiliar Chácara Olhos D' água, 105, Ribeirão Preto/SP

Resumo

Introdução: Os containers criados como dispositivo de contenção reutilizável para esterilização possibilitam dentre suas vantagens, a manutenção de esterilidade por períodos prolongados, resistência a múltiplas manipulações, transporte com segurança, além de facilidades no armazenamento. Entretanto, devido a seu custo, as instituições de saúde tem dificuldade em adotá-los em larga escala, enquanto embalagens de primeira eleição para produtos reprocessáveis. Objetivo: Avaliar o custo para aquisição de containers em substituição aos campos de tecidos de algodão. Método: Trata se de um estudo de avaliação por custo, caracterizado por elementos que expressam o investimento resultante na composição do melhor custo/aquisição. Foi realizado em um hospital privado no município de Ribeirão Preto, no período de setembro a dezembro de 2015 e dividido em duas etapas. Na primeira etapa efetuou-se o cálculo da composição do custo do reprocessamento dos campos de algodão, sendo seus elementos o custo da aquisição dos campos de algodão (costura mais identificação), durabilidade do tecido de algodão, durabilidade do campo de algodão duplo, quilo da roupa lavada, peso da lavagem, custo da lavagem por mês, despesa fixa mensal de esterilização relativa ao uso de indicadores químicos, fita crepe e etiquetas. Além dessas, outras variáveis foram computadas como quantidade de cirurgias mês, quantidade de caixas utilizadas por dia, custo mensal da mão de obra do técnico de enfermagem (salários mais encargos), tempo em segundo/minutos por empacotamento, número de empacotamentos por hora. Na segunda etapa, identificaram-se os elementos para o reprocessamento dos containers composto do filtro, lacres e etiquetas de uso único, bem como do indicador químico. Resultados e Discussão: Considerando a durabilidade do tecido de algodão (65 vezes), o volume de campos utilizados no Centro Cirúrgico para instrumentais, identificou-se que a introdução dos containers representa um menor custo mensal, desmistificando, dessa forma, o paradigma que existe dentro dos Centros de Material e Esterilização brasileiros de que o tecido de algodão é a embalagem de menor custo. Conclusões: Embora o custo inicial para aquisição dos containers seja elevado e signifique um investimento financeiro importante, verificou-se que ao longo de 24 meses, se torna economicamente mais baixo que a utilização no mesmo período por campo de algodão.

Palavras-chaves: Roupa de proteção. Embalagens de esterilização. Custos e analise de custos. Enfermagem.

Page 38: grande plenária

[38]

13 - CÓD. 018 ANÁLISE DE CUSTOS DIRETOS EM CME: UMA ALTERNATIVA PARA SOBREVIVER A CRISE

Autores Luciano Lemos Doro1, Carla Renata Seben

1, Aline Santos de Souza

1, Richard Alejandro Borges de

Barros1, Sandro de Freitas Junqueira

1, Gustavo Wiener Pauletti Vasconcellos

1

Instituição 1HGCS – Hospital Geral de Caxias do Sul – Rua Prof. Antônio Vignoli, 255, Bairro Petrópolis,

Caxias do Sul/RJ

Resumo

Nada mais atual no cenário nacional do que instituições de assistência à saúde sendo massacradas pela crise econômico-financeira. Independente de sua fonte de renda, hospitais públicos ou privados têm sido alvos recorrentes, contudo, em momentos difíceis alternativas como a análise de custos pode ser útil e até determinante para contornar este mau momento. O custo direto representa o valor que foi gasto para produzir um bem ou serviço e apenas é custo direto quando se conhece onde foi utilizado esse gasto1. Objetivo: Demonstrar experiência exitosa de análise de custos em CME colaborando para o consumo consciente e consequentemente economia. Método: Relato de caso de um hospital de ensino 100% SUS Acreditado Pleno do Sul do Brasil. Os dados (requisições almoxarifado, entrada de notas fiscais de produtos e serviços) são obtidos através de relatório emitido pelo sistema TASY® e transferidos para uma planilha onde consta a produtividade do CME por equipamentos, e os custos divididos em Suprimentos hospitalares, medicamentos, expediente, higiene, manutenção e proteção/segurança. Os custos diretos são então somados e divididos pela produção mensal do CME gerando um valor por produto produzido. Resultados e discussão: Após a análise criteriosa dos dados as medidas tomadas distribuíram-se em três instâncias: envolvimento da equipe operacional, alta direção e fornecedores. A equipe operacional foi envolvida a partir de Maio/2015 através de reuniões informativas sobre a situação da instituição frente a crise instalada nacionalmente onde foram sensibilizados os colaboradores quanto a construção coletiva de medidas para redução de custos sem interferir na qualidade do serviço prestado. A equipe contribuiu apresentando ideias através da ferramenta “Brainstorming” que foram tabuladas e analisadas pela gestão e coordenação do setor e implementadas respeitando a viabilidade. A alta direção foi determinante quando aprovou a solicitação de renovação e agregação de novos equipamentos ao parque tecnológico do setor, sendo adquiridas lavadora termodesinfectadora, secadora e autoclave novas, contribuindo de forma significativa para a padronização dos processos de limpeza e consequentemente reduzindo o desperdício de insumos de alto custo como os detergentes enzimáticos que ficou comprovado reduzindo 50% do consumo/custo no segundo semestre de 2015. Os fornecedores foram envolvidos quando identificamos os custos com insumos específicos do processo de esterilização que representavam um montante significativo. Um Benchmarking realizado com instituições de referência nacional verificou os indicadores para controle do processo de esterilização bem como as embalagens utilizadas. Após esta etapa decidimos testar e orçar os itens de marcas de igual qualidade e reconhecimento no mercado para ter subsídio e renegociar com o fornecedor atual um preço mais acessível tendo como base o preço médio de mercado. O mesmo foi chamado para renegociação frente as propostas dos concorrentes, porém devido a impossibilidade de negociação foi decidido pela troca do fornecedor sendo que os controles foram mantidos os mesmos sem influenciar na qualidade e segurança do processo. Conclusão: Analisando a série histórica, constatamos uma redução de 43,5% no custo/produto comparando janeiro a dezembro de 2015. O envolvimento da equipe operacional é determinante para o sucesso das ações implementadas, assim como a discussão de indicadores de qualidade os custos mensais têm sido pauta fixa de todas as reuniões de equipe. A análise de custos propicia uma melhor visualização da situação do serviço, favorecendo uma tomada de decisão responsável e madura, mas principalmente sem afetar a qualidade do processo.

Palavras-chaves: Enfermagem. Esterilização. Custo e análise de custo. Redução de custos. Indicadores de gestão.

Page 39: grande plenária

[39]

14 - CÓD. 019 ANÁLISE DE EMBALAGEM A VÁCUO PARA ARTIGOS DESINFECTADOS

Autores Maria Antonieta Velosco Martinho1

Instituição 1HGA – Hospital Guilherme Álvaro – Rua Oswaldo Cruz, 197, Santos/SP

Resumo

Introdução: A prática de desinfecção de artigos é adotada pelas instituições de saúde há várias décadas. Diariamente milhares de artigos são submetidos a desinfecção química ou térmica, tornando este artigo seguro quanto a sua utilização. As instituições hoje adotam algumas rotinas para assegurar a eficácia o processo de desinfecção, realizando testes de forma rotineira para este fim. Outro fator de grande relevância para a segurança oferecida pelos materiais desinfetados deve ser a embalagem adotada. Objetivo: Avaliar a qualidade da barreira oferecida por uma nova embalagem, selada em pressão atmosférica diferenciada desenvolveu este estudo. Método: Trata-se de uma pesquisa experimental, exploratória, com abordagem quantitativa. Para o estudo foram usados 20 artigos, sendo 10 submetidos à desinfecção química por ácido peracético e 10 artigos submetidos termodesinfecção. Após as fases do processo os artigos foram embalados em embalagem transparente composta por nylon poli e submetidas a selagem em equipamento com pressão atmosférica diferenciada. Foram desenvolvidos vários padrões de ciclos de selagem, conforme estudos anteriores com cada tipo de artigo a ser embalado. O equipamento foi ainda adaptado a um filtro com alta eficácia de filtração microbiana, tendo a função de filtrar o ar que entra no compartimento interno do equipamento para atingir pressão atmosférica. Após esta etapa os artigos foram identificados e sinalizados como teste, e armazenadas por um ano juntamente com outros materiais. A cada 30 dias eram submetidas a análise e inspeção em relação a integridade da embalagem, facilmente observada por meio da manutenção do vácuo de cada uma delas. Resultados: Após o 12º mês observamos que todas as embalagens mantinham a integridade do invólucro. Conclusão: Concluo com o estudo que a embalagem em nylon poli é uma ótima barreira para material desinfetado e que a selagem em pressão atmosférica negativa proporciona ainda uma segurança maior em relação à integridade da embalagem, oferecendo uma prática segura para o dia-a-dia de uma CME.

Palavras-chaves: Desinfecção. Embalagem. Controle de infecção.

Page 40: grande plenária

[40]

15 - CÓD. 020 ANÁLISE DE KITS DE INSTRUMENTAIS ROBÓTICOS POR ESPECIALIDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Caroline Rocha Rodrigues1, Ralerson Trevisan

1, Juliana Pereira Takagi

1, Vanusa Silva

1,

Marcia Cristina de Oliveira Pereira1

Instituição 1Hospital São Luiz Itaim – Rede Dor São Luiz S/A – R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 95, São Paulo/SP

Resumo

É visível o crescimento dos programas de cirurgias robóticas no Brasil, de 3 em 2011 para 20 programas robóticos em 2016, com 23 plataformas em funcionamento, o Brasil é o país da América Latina com maior número de programas, da mesma forma houve um desenvolvimento das especialidades que estão se utilizando desta nova técnica minimamente invasiva e ampliando o número de procedimentos realizados. Em 2015 foram realizados aproximadamente 652.000 procedimentos cirúrgicos robóticos assistidos no mundo e 2.900 no Brasil, diante deste avanço as instituições de saúde procuram desenvolver programas robóticos com cada vez mais excelência e qualidade. O objetivo deste estudo é relatar a experiência da etapa de montagem dos Kits de instrumentais para a implantação do programa robótico, por especialidade e analisar os indicadores de eficácia e funcionalidade. Trata-se de uma pesquisa descritiva, narrativa, do tipo relato de experiência, cuja finalidade é descrever a implantação e avaliação de kits de instrumentais robóticos por especialidade empreendido de agosto de 2015 a maio de 2016, em um hospital particular de São Paulo, de grande porte, com 372 leitos, 18 salas cirúrgicas, sendo uma destinada à cirurgia robótica. Para tanto utilizaremos o instrumento denimonado “controle de performance de cirurgias robóticas”. Preliminarmente para promover uma montagem de sala eficiente no início do programa foi realizado a montagem dos kits de instrumentais, com 5 pinças robóticas, de acordo com a especialidade e os principais procedimentos. Inicialmente os enfermeiros do programa robótico com as enfermeiras do Centro de Material e Esterilização (CME) estruturaram a montagem dos kits juntamente com o coordenador médico do programa baseado nas propensões das equipes médicas envolvidas no projeto. Posteriormente a realização de 180 procedimentos cirúrgicos, foi realizada uma análise da performance dos kits, Ginecologia e Urologia, através do controle de performance preenchido durante cada procedimento, constatou-se a necessidade da adequação dos kits assim como montagem de novos kits de instrumentais robóticos. Após 250 procedimentos cirúrgicos robóticos, das especialidades de Cirurgia Geral, Ginecologia e Urologia, verificamos por meio da análise das planilhas de performance, que é primordial o acompanhamento da utilização dos kits de instrumentais robóticos para validar se a montagem beneficia o procedimento cirúrgico. Concluímos que a atuação do Enfermeiro dedicado ao programa de cirurgias robóticas é fundamental em todos os âmbitos, uma vez que o programa envolve um alto custo e materiais de grande complexidade, por estar presente em o todo processo que envolve a cirurgia robótica o Enfermeiro acompanha o uso dos instrumentais, registra as informações, analisa os indicadores com intuito de avaliar a eficácia e funcionalidade dos kits implementados no programa e garantir a qualidade e segurança das cirurgias robóticas.

Palavras-chaves: Enfermagem de centro cirúrgico. Enfermagem. Perioperatória. Robótica.

Page 41: grande plenária

[41]

16 - CÓD. 021 ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À INFECÇÃO POR ENTEROBACTÉRIAS KPC

Autores Andre Luiz Silva Alvim1, Carlos Ernesto Ferreira Starling

1, Bráulio Roberto Gonçalves Marinho

Couto1, Fernanda Fuscaldi de Almeida

1

Instituição 1HLC – Hospital Lifecenter – Av. Contorno, 4.747, Funcionários, Belo Horizonte/MG

Resumo

Introdução: A alta capacidade de disseminação das Enterobactérias KPC nos serviços de saúde vem exigindo intenso esforço multidisciplinar para o seu combate. Por limitarem as opções terapêuticas aos pacientes infectados tem-se associando à KPC uma alta taxa de mortalidade (1). Por esse motivo, alguns estudos epidemiológicos ressaltam a importância da identificação precoce dos fatores de risco associados ao paciente para redução desse agravo à saúde (2). Destaca-se que múltiplos fatores causais estão associados ao desenvolvimento de infecção por KPC no ambiente hospitalar, a saber, internação prévia, admissão em CTI, uso prévio de Antibióticos, procedimentos invasivos, doenças hematológicas e demais comorbidades (3). Esta pesquisa é importante para fornecer dados que chamem a atenção dos gestores em saúde para traçar ações efetivas nos aspectos relacionados à temática proposta levando a conhecer os fatores de risco que desenvolvem a infecção quando comparados aos pacientes não expostos a tal risco. Objetivo: Avaliar fatores de risco associados às infecções por Enterobactérias KPC em um hospital geral, de atendimento terciário de Belo Horizonte, Minas Gerais. Metodologia: Estudo de coorte realizado com 1.222 pacientes (154 casos de casos KPC e 1.068 controles) selecionados entre 2005 e 2015 que considerou as seguintes variáveis para análise: idade maior ou igual 70 anos; tempo de internação acima de 14 dias; internação no CTI; tipo de paciente (clínico ou cirúrgico); uso prévio de procedimentos invasivos e uso prévio de antibióticos. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa pelo Instituto Mineiro de Educação e Cultura UNI-BH (CAAE: 39421114.3.1001.5093). Resultados: Foram considerados fatores de risco para o desenvolvimento de infecção por KPC no ambiente hospitalar, o tempo de internação acima de 14 dias (RR: 2,4 e p < 0,001), internação no CTI (RR: 2,6, p < 0,001), paciente clínico (RR: 2,2, p < 0,001) e procedimentos invasivos (RR: 2,0, p < 0,001). A idade maior ou igual há 70 anos e o uso prévio de antibióticos não apresentaram significância estatística, respectivamente RR: 1,1, p=0,7159 e RR: 0,8, p=0,3936. Conclusão: O desenvolvimento de infecção por Enterobactéria KPC no ambiente hospitalar é decisivo para a evolução do paciente, sendo importante fator de risco para óbito.Recomenda-se vigilância ativa para prevenção e controle dessas infecções aos pacientes clínicos, de longa permanência, internados em Terapia Intensiva e em uso de procedimentos invasivos.

Palavras-chaves: Infecção hospitalar. Enterobacteriaceae. Fatores de risco.

Page 42: grande plenária

[42]

17 - CÓD. 023 APLICABILIDADE DE UM INSTRUMENTO DIDÁTICO PARA ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO

Autores Amanda Morais Polati1, Nicoli Souza Carneiro

1, Luciane Ribeiro

1, Andyara do Carmo Pinto

Coelho Paiva1, Amanda Martins Lopes

1, Débora de Oliveira Sacramento

1

Instituição 1UFV – Universidade Federal de Viçosa – Avenida Peter Henry Rolfs, s/n – Campus

Universitário, Cidade de Viçosa/MG

Resumo

Introdução: O Centro Cirúrgico (CC) é considerado um ambiente de alta complexidade, o qual exige profissionais que possuem habilidades técnico-científicas específicas para o desempenho de atividades neste setor. O enfermeiro constitui-se um membro fundamental da equipe, tendo como atribuição elaborar o mapa cirúrgico, gerenciar os recursos humanos e materiais, garantir a realização dos procedimentos cirúrgicos de maneira segura, dentre outros. No CC os profissionais enfrentam a defectibilidade da memória e da concentração humana, devido ao estresse presente neste setor, podendo causar o negligenciamento de questões rotineiras. Frente à esse cenário, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu uma política de cirurgia segura, minimizando a chance de erros em cirurgias e promovendo uma melhor resposta do paciente frente ao trauma cirúrgico. De acordo com um estudo realizado em oito instituições participantes da ONU, os índices de eventos adversos caíram de 11% para 7% após utilização de checklist. Diante disso, acredita-se que as práticas de cirurgia segura precisam ser incorporadas ainda na graduação para maior conscientização e redução das falhas na assistência cirúrgica. Objetivo: Relatar a experiência da utilização de um instrumento na sala de operação (SO). Método: Trata-se de um relato de experiência de estudantes de enfermagem sobre a utilização de um instrumento elaborado por docentes da Graduação em Enfermagem, em uma Universidade Federal, para auxiliar durante a realização das aulas práticas da disciplina de “Enfermagem em Saúde do Adulto II”, no Centro Cirúrgico (CC) de um hospital de ensino. Resultado: O instrumento utilizado é viável e efetivo para orientar as ações realizadas durante as cirurgias, permite observações e direciona o acompanhamento do paciente no período transoperatório. Na sala operatória (SO), o roteiro apresenta questões que enfatizam a realização de tarefas como a administração de terapia antimicrobiana, o uso de eletrocautério e sua modalidade, a utilização de pacotes com compressas (total entregue e total devolvido), tipo de caixa cirúrgica utilizada e a contagem dos materiais. A utilização desse instrumento contribui para a compreensão dos aspectos fundamentais durante a cirurgia como as funções do circulante de sala, a execução de tarefas essenciais para garantir a segurança do procedimento cirúrgico, o tipo de anestesia utilizado e a necessidade de um cuidado sistematizado em todo o transoperatório, garantindo a continuidade e a integralidade da assistência. Conclusão: Evidencia-se a importância do uso de checklist para a prática da cirurgia segura, pois diminui consideravelmente a negligência de tarefas pelos profissionais envolvidos no processo. O instrumento da disciplina, baseado nas práticas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), facilita o processo aprendizagem ao exigir um raciocínio clínico e gerencial dos acadêmicos de enfermagem.

Palavras-chaves: Centro Cirúrgico. Acadêmicos de enfermagem. Materiais de ensino.

Page 43: grande plenária

[43]

18 - CÓD. 025 ASSISTÊNCIA À PACIENTE ONCOLÓGICO EM PRECAUÇÃO DE CONTATO NA RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA

Autores Marcos Antonio Macedo dos Anjos1,2

, Adriana Braga Fernandes1, Teresa Cristina Brasil Ferreira

2,

Adriana de Lyra Paiva2, Suelen Pereira da Silva

1, Denise Yokoyama Alves

1

Instituição 1INCA – Instituto Nacional de Câncer – Praça Cruz Vermelha, 23, Centro, Rio de Janeiro/RJ

2HMMC – Hospital Municipal Miguel Couto – Rua Mario Ribeiro, 117, Gávea, Rio de Janeiro/RJ

Resumo

Introdução: O principal objetivo da Sala de Recuperação Pós Anestésica (SRPA) é oferecer assistência a nível estrutural e funcional ao paciente submetido a um procedimento anestésico-cirúrgico, isto é, permite o acompanhamento clínico adequado do profissional anestesiologista e da equipe de enfermagem, até que o paciente recupere sua consciência e estabilize seus sinais vitais. Na SRPA de um centro cirúrgico (CC) oncológico não é diferente, porém diversos fatores predispõe o risco de infecções em pacientes com este perfil se comparados a um CC não oncológico, ou seja, pacientes oncológicos possuem deficiências nos mecanismos de defesa do organismo, que podem estar relacionados a alguma característica do tumor ou ao tratamento quimioterápico. Por estarem suscetíveis, estes pacientes são encaminhados ao CC colonizados e/ou infectados por micro-organismos multirresistentes (MMR) e devido a essa característica, a rotina do serviço orienta que faça a recuperação anestésica na sala de cirurgia e depois encaminhe o paciente à sua enfermaria de origem, pois a presença de pacientes na SRPA, com esse perfil, favorece infecção cruzada. Mas dependendo do porte da cirurgia e a falta de leito na Unidade de Terapia Intensiva, este paciente pode permanecer no setor por um período superior a 24 horas. Mediante a esta situação surgiu à questão norteadora para este estudo, “Por que a SRPA não tem um leito para pacientes em precaução de contato?” Objetivo: Sugerir a implantação de um leito na SRPA para receber paciente pós-cirúrgico, em precaução de contato, seguindo as orientações da comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH). Método: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo baseado em situações observadas em um hospital oncológico da rede pública federal no que se refere à assistência pós-anestésica/cirúrgica de pacientes oncológicos em precaução de contato. Discussão: Independente da característica do paciente, ele necessita de cuidados específicos que visem à prevenção de intercorrências no período pós-anestésico, que somente a SRPA pode oferecer, pois possui condições estruturais e funcionais para prestar assistência imediata. Com base em referências teóricas, foi encaminhada à chefia de serviço do centro cirúrgico a sugestão que este estudo propõe, além disso, foi cogitada a possibilidade de elaborar um protocolo de assistência a pacientes em precaução de contato na SRPA em conjunto com a CCIH da instituição. Segundo a CCIH, existem algumas ações específicas para a assistência ao paciente oncológico, entre elas a profilaxia antimicrobiana em cirurgias (aplicação de meios para evitar doenças ou sua propagação) e normas e condutas terapêuticas específicas para as infecções. Os profissionais que prestam assistência a pacientes com câncer são conscientes da demanda de mais atenção e empenho para evitar a exposição desses pacientes a agentes infecciosos. Conclusão: Um dos principais objetivos do controle de infecção hospitalar é impedir a transmissão de micro-organismos de pacientes colonizados/infectados para pacientes susceptíveis e para profissionais de saúde. Por isso, algumas medidas de prevenção devem ser constantemente reforçadas aos profissionais de saúde como a lavagem das mãos e a precaução padrão, que são medidas a serem adotadas no cuidado de qualquer paciente, independente de conhecimento ou suspeita de doenças infecto-contagiosas. Através desta pesquisa foi possível perceber que, tendo rotinas de serviço protocoladas e educação continuada, a equipe de profissionais atuantes na SRPA estará orientada e com isso, será possível prestar uma assistência, de qualidade e humanizada, ao paciente em precaução de contato, no período de pós-operatório imediato na SRPA.

Palavras-chaves: Infecção hospitalar. Período de recuperação da anestesia. Tecnologia em saúde.

Page 44: grande plenária

[44]

19 - CÓD. 026 ATIVIDADE LÚDICA COMO FERRAMENTA TERAPÊUTICA NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA

Autores Carla Renata Seben1, Luciano Lemos Doro

1, Aline Santos de Souza

1, Enelize Tomiello

1,

Richard Alejandro Borges de Barros1, Thiana Silveira Nunes

1

Instituição 1HGCS – Hospital Geral de Caxias do Sul – Rua Prof. Antônio Vignoli, 255, Bairro Petrópolis

Caxias do Sul/RS

Resumo

Introdução: Ao vivenciar uma experiência de hospitalização e necessidade de realização¹ de procedimento cirúrgico, as crianças podem trazer junto com a própria doença fatores como: nervosismo, medo, estresse e ansiedade, os quais promovem a necessidade de estudos e práticas alternativas possíveis de serem aplicadas no alívio desses males. A atividade lúdica vem sendo utilizada² como experiência positiva, durante este processo, diminuindo o fator estresse que gera na criança e seus familiares. Considerada uma estratégia de humanização utilizada no contexto hospitalar, a atividade lúdica abrange atividades com desenho e pintura, o que possibilita a criança exteriorizar e manifestar seus sentimentos e imaginação, tornando-a mais comunicativa e proporcionado assim uma melhora na interação com a equipe durante os cuidados na recuperação pós operatória. Objetivo: Demonstrar a experiência da utilização da atividade lúdica no pós operatório imediato, como ferramenta terapêutica, auxiliando o bem estar da criança submetida ao procedimento cirúrgico. Método: relato de caso de um hospital de ensino 100% SUS Acreditado Pleno no sul do Brasil. O projeto “Pintando e Recuperando” nasceu da necessidade de complementar de forma lúdica e humanizada o processo de recuperação dos pacientes pediátricos. É realizado pela equipe de Enfermagem com crianças de 3 a 12 anos admitidas na sala de recuperação pós anestésica, levando em consideração o engajamento da criança na participação da atividade e o tipo de cirurgia realizada. A equipe estimula a participação da criança na atividade, solicitando também a participação do acompanhante. Resultados e discussão: A aplicação da atividade apresenta grande aceitabilidade por parte das crianças e dos pais. Observa-se que o desenvolvimento da mesma auxilia no processo de recuperação do “estresse” ao qual a criança e o acompanhante acabam expostos diante da situação de hospitalização e/ou necessidade de realização de procedimento cirúrgico. Além de proporcionar uma melhor interação entre o paciente e a equipe que está realizando a assistência, que vai desde a escolha do desenho até a exposição do mesmo após a sua finalização; a atividade também apresenta-se como uma forma criativa e divertida de ocupar o tempo que é necessário a recuperação da criança, este pode variar de duas a seis horas. Os pais e acompanhantes verbalizam que, com o desenvolvimento da atividade de pintura na sala de recuperação, as crianças permanecem menos ansiosas e mais alegres por poderem preencher o tempo ocioso e tenso com momentos alegres e divertidos. Conclusão: A operacionalização do projeto mostra-se bastante favorável como uma estratégia terapêutica de intervenção na assistência à criança que permanece em sala de recuperação. A crescente busca pela humanização da assistência também pode ser alcançada através da compreensão de que o espaço hospitalar não é um ambiente onde se vivencia apenas aspectos desagradáveis, como dor, medo, ansiedade e choro; ao contrário, pode ser transformado em um local que facilita o desenvolvimento global da criança através do exercício de suas potencialidades. O envolvimento da equipe em conjunto com a participação e estímulo dos pais na atividade é determinante para utilização da atividade lúdica no pós operatório como ferramenta terapêutica.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória. Humanização da assistência. Sala de recuperação. Comportamento Infantil.

Page 45: grande plenária

[45]

20 - CÓD. 027 ATUAÇÃO DE RESIDENTE DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO E CME

Autores Natália Barbosa Ferreira de Moura Santos1, Cristina Silva Sousa

1

Instituição 1SBSHSL – Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio Libanês – Rua Dona Adma Jafet, 115,

Bela Vista, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: A realização de um curso de pós-graduação, oportuniza o profissional a se qualificar, adquirir conhecimentos específicos que o torne capaz de desenvolver atividades pertinentes ao seu nível de conhecimento técnico científico, destacando-se no cotidiano da prática, através de sua crítica e disponibilidade de promover mudanças. Neste aspecto, a Residência surge como um estímulo ao desenvolvimento profissional, favorecendo sua especialização e a qualidade dos serviços de enfermagem. A complexa inter-relação existente entre: teórico-prático, pesquisa-extensão/ assistência, permite que o profissional tenha um amplo conhecimento, onde embora haja esta ligação entre todos estes aspectos, o ensino desempenha papel relevante na área didático-pedagógica como fator de qualificação do enfermeiro. Neste contexto verifica-se que o ensino na residência objetiva facilitar a adaptação do profissional as suas novas atribuições, contribuindo para a solução dos problemas de desajustes dos recém-formados. Objetivo: Relatar a vivência de uma profissional de enfermagem que integra a primeira turma da residência de Centro cirúrgico e CME. Método: Relato de experiência, narrativo, sobre o olhar da enfermeira residente frente a um programa de residência em um hospital de grande porte, filantrópico, privado do município de São Paulo. A turma de residência iniciou em 2015 e deve-se encerrar em fevereiro 2017. O programa compete desenvolver competências de habilidade, atitude e conhecimento para a enfermeira perioperatória, com atuação prática em áreas do bloco operatório pelos dois anos de residência e atividades teóricas com discussões de caso, leituras reflexivas, encontros com profissionais especializados. Resultado: Ao passar pelo bloco operatório observei o processo que o paciente percorre e os cuidados prestados pelas enfermeiras do CC e CME. Ao conhecer o processo, é possível agir de forma crítica e especializada, minimizando erros e atendendo o cliente de forma adequada. A residência não agrega somente conhecimento ao currículo, auxilia na experiência que não é obtida durante a graduação, contribui para o amadurecimento pessoal e profissional, seja por meio de discussões de casos clínicos ou atuação direta com o paciente, lidando com os problemas diários. Outro ponto relevante são os estágios externos, que proporcionam ao residente um olhar diferenciado, voltado para a saúde pública. Atualmente, no terceiro semestre de residência, me sinto mais preparada para enfrentar o mercado de trabalho e segura para atender as necessidades e prestar cuidados ao paciente. Conclusão: A residência tem proporcionado um desenvolvimento pessoal e profissional no que diz respeito à atuação frente ao paciente cirúrgico, visto que o mercado de trabalho busca profissionais com experiência para atuação na área.

Palavras-chaves: Residência em enfermagem. Centro cirúrgico. CME.

Page 46: grande plenária

[46]

21 - CÓD. 028 AUDITORIA DE INSERÇÃO DE CATETER VENOSO CENTRAL NO CENTRO CIRÚRGICO

Autores Hellen Maria de Lima Graf Fernandes1, Maisa de Cassia Rossi

1, Larissa Bueno Pimentel Sabetta

Techio1, Simone Plaza Carillo

1, Ana Luiza Ferreira Meres

1

Instituição 1PUC – Hospital PUC-Campinas – Av. John Boyd Dunlop, s/n, Jardim Londres, Campinas/SP

Resumo

Introdução: O Cateter Venoso Central (CVC) é um sistema intravascular indispensável na prática diária da medicina moderna e é utilizado para fluidoterapia, administração de fármacos, hemocomponentes, alimentação parentérica, monitorização hemodinâmica, entre outros. O seu uso é apontado como um fator importante de risco para a infecção da corrente sanguínea, aumentando o período de internação, da morbimortalidade e dos custos de hospitalização. A inserção do cateter com técnicas assépticas reduz significativamente o risco de infecção além dos cuidados diários necessários para manutenção do cateter como, higienização das mãos antes de manipular o cateter, usar técnicas assépticas para administração de medicação, curativo, observação dos sinais flogísticos. Objetivo: Descrever como foi reduzido o índice de irregularidade nas barreiras de contaminação durante a passagem do CVC com a realização da auditoria de inserção de CVC. Método: Trata-se de um relato de experiência de auditoria durante a inserção do CVC através de um formulário próprio para registro dos dados desenvolvido na CC de um Hospital Universitário do interior do Estado de São Paulo. No formulário são observados a anotados os seguintes itens; • Higienização das mãos, • Uso de luvas, • Uso de mascara, • Uso de avental, • Uso de touca, • Uso de campos estéreis, • Aplicação de antisséptico >30”, • Ação do antisséptico >2’, • Local de inserção do cateter, • Realização de curativo. Resultado: Foi instituído pelo CCIH como barreira de risco de contaminação na instituição para inserção de CVC os marcadores, higienização das mãos, uso de luvas, mascara, avental, touca, campos estéreis, degermação da pele >30”, ação do antisséptico >2’. Em 09/014 iniciamos a realização de auditoria de inserção de cateter no CC que já vinha sendo realizado nas demais unidades do hospital porém acreditava-se que o CVC passado no CC tinha 100% de utilização de todas as barreiras preconizadas pela instituição e tivemos até certa resistência dos profissionais para o inicio do processo. Durante a passagem do CVC o enfermeiro acompanhava procedimento para coleta de dados alertando a equipe médica quanto ao não cumprimento de algum dos marcadores. No ano de 2014 auditamos 174 inserções de cateteres tivemos o total de 24(13,8%) não conformidades. São elas: • 16 relacionadas a secagens de antissépticos com tempo >2” • 06 não higienização das mãos • 06 aplicações de antissépticos com tempo >30’ • 01 não utilização de campos estéreis • 01 não utilização de avental. No ano de 2015 auditamos 880 inserções de cateteres tivemos o total de 129 (14,6%) não conformidades. São elas: • 64 secagens de antissépticos com tempo >2”, • 54 aplicações de antissépticos com tempo >30’ • 04 não utilizações de aventais • 03 não higienizações das mãos • 01 não utilização de campos estéreis. No ano de 2016 zeramos as não conformidades. Conclusão: Esta experiência de auditar a inserção de CVC demostrou a importância de supervisionar o processo, medir, atuar e intervir com êxito frente ao processo trabalho do Centro Cirúrgico, o que para nós estava 100% seguro por se tratar de um ambiente cirúrgico com auditoria nos mostrou necessidade de melhorar o processo.

Palavras-chaves: Auditoria. Enfermagem. Infecção hospitalar.

Page 47: grande plenária

[47]

22 - CÓD. 029 AVALIAÇÃO DA PROFILAXIA ANTIMICROBIANA E INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO: ESTUDO DE CORTE

Autores Bruna Cristina Velozo1, Marla Andreia Garcia de Avila

1, Alessandro Lia Mondelli

1

Instituição 1FMB – Faculdade de Medicina de Botucatu – Via Domingos Sartori Rubião Junior, s/n,

Botucatu/SP

Resumo

Introdução: Dentre as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, a Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) continua sendo uma das causas mais comuns em pacientes cirúrgicos. Existe grande evidência do uso da profilaxia antimicrobiana na prevenção da ISC e, quando usada apropriadamente, as taxas de infecção podem ser significativamente reduzidas.1 Objetivos: Avaliar o uso adequado da profilaxia antimicrobiana e a ocorrência de infecção de sítio cirúrgico. Método: Trata-se de dados parciais de um estudo de coorte, prospectivo, realizado em hospital terciário do Interior do Estado de São Paulo – Brasil, nos meses de setembro a novembro de 2015. Foram incluídos no estudo pacientes que realizaram cirurgia com idade & #8805; 18 anos e com indicação de profilaxia antimicrobiana. Excluíram-se aqueles com informações incompletas em prontuário; infectados por patógenos multirresistentes que necessitam de profilaxia diferenciada; em tratamento prévio com antibioticoterapia, submetidos a cirurgias com inclusão de próteses artificiais, cirurgias obstétricas e as que não receberam vigilância pós-cirúrgica. Para avaliar o uso adequado da profilaxia antimicrobiana considerou-se o protocolo da comissão de infecção da instituição. Avaliou-se: tipo de antibiótico utilizado, dose, tempo de administração no intraoperatório, uso de repique e a manutenção do antibiótico no pós-operatório. Para verificar a ocorrência de ISC, considerou-se a vigilância pós-cirúrgica realizada pela comissão de infecção, 30 dias após a cirurgia. O tamanho amostral teve precisão de 5%, intervalo de confiança de 95%, sendo determinando o mínimo de 352 cirurgias. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CAAE: 47194815.6.000.5411). Resultados e discussão: No período avaliado foram realizadas 1621 cirurgias, destas 370 (22,8%) elegidas. Considerando o protocolo da instituição, a profilaxia antimicrobiana foi identificada adequada em todos os itens avaliados em quatro cirurgias (1%). Estudos mostraram que não mais do que 10% apresentam cumprimento integral da profilaxia antimicrobiana.2 Isto demonstra que a adesão a boas práticas de profilaxia é um grande desafio. Estudo realizado em São Paulo avaliando o protocolo de profilaxia antimicrobiana verificou a plena conformidade com o indicador de qualidade, e este ocorreu em apenas 4,9% das cirurgias.3 No presente estudo, os principais erros foram: escolha do antibiótico (50,8%); momento de administração do antibiótico no intraoperatório (91,9%), repique (73,2%) e tempo de administração no pós-operatório (61,3%). Sendo assim, a taxa de maior erro foi no tempo de administração do antibiótico, que apresenta-se maior que na literatura, que varia entre 12,73% a 100% de acertos.2 Existem também evidências que o momento da administração de antimicrobianos gerou aumento das taxas de infecção de sítio cirúrgico, principalmente quando administrado 2 horas antes ou após a incisão cirúrgica.1 Na vigilância pós-cirúrgica houveram 11 óbitos (3%) e verificou-se que a ISC ocorreu em 9,7% dos pacientes, sendo 6,2% identificados na vigilância pós-alta e 3,5% durante a internação, demonstrando a relevância das ligações aos pacientes pós-alta na identificação dessas infecções. Das ISC, 28% ocorreram em cirurgias gastrointestinais, 19% em cirurgias vasculares e 14% nas ginecológicas. Conclusão: A profilaxia antimicrobiana foi considerada adequada segundo o protocolo da instituição em 1% das cirurgias e a ISC ocorreu em 9,7% dos procedimentos cirúrgicos.

Palavras-chaves: Antibioticoprofilaxia. Infecção da ferida operatória. Procedimentos cirúrgicos operatórios.

Page 48: grande plenária

[48]

23- CÓD. 031 BIOSSEGURANÇA NO AMBIENTE CIRÚRGICO: CONHECIMENTO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM

Autora Elisabete Venturini Talizin1

Instituição 1UNASP – Centro Universitário Adventista de São Paulo – Estrada de Itapecerica, 5.859

Jardim IAE, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: Em atividades da área da saúde, em especial no ambiente cirúrgico, há exposição a uma multiplicidade de riscos como, por exemplo, o risco biológico, que é a probabilidade de exposição a agentes biológicos. Portanto, a temática biossegurança representa um tema fundamental que deve ser abordado nos cursos de graduação em saúde e, sobretudo no curso de Enfermagem. Objetivo: Avaliar o conhecimento de acadêmicos de Enfermagem sobre biossegurança (pré e pós-exposição com material biológico). Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa. Participaram do estudo, 40 acadêmicos do Curso de Enfermagem de um Centro Universitário, privado, da cidade de São Paulo, matriculados no 8° semestre, que representava a última etapa do curso. A coleta de dados foi realizada em sala de aula através de um questionário construído pelos autores e realizada a análise descritiva. Resultados: A maioria dos acadêmicos (80%) era do gênero feminino, idade média de 24,8 ± 7,1 anos, 90% afirmaram que receberam informações sobre Biossegurança durante a graduação. A média das notas das questões sobre Biossegurança foi de 6,19 ± 1,6 (0-10). As questões com mais acertos foram: 95% conheciam as vacinas que os profissionais de saúde deveriam ser imunizados; 95% sabiam quais doenças teriam o risco de contrair após a exposição percutânea; 78% conheciam o Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde; 68% sabiam a conduta imediata após um ferimento perfurocortante. A questão com o menor acerto (18%) foi relacionado ao tempo máximo (em horas) para início da quimioprofilaxia com antirretrovirais após exposição a material biológico. Conclusão: A maioria dos acadêmicos de Enfermagem receberam informações sobre Biossegurança durante a graduação, e o conhecimento dos mesmos foi considerado “satisfatório”.

Palavras-chaves: Biossegurança. Graduação em enfermagem. Ensino.

Page 49: grande plenária

[49]

24 - CÓD. 32 BIOSSEGURANÇA NO CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO: DÚVIDAS DOS PROFISSIONAIS

Autores Solinei Paulo Borgheti1, Karin Viegas

1, Rita Catalina Aquino Caregnato

1

Instituição 1UFCSPA – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Rua Sarmento Leite, 245,

Porto Alegre/RS

Resumo

Objetivos: Conhecer as dúvidas dos profissionais da saúde sobre biossegurança no Centro de Materiais e Esterilização (CME) e refletir sobre as respostas emitidas. Método: Estudo exploratório descritivo qualitativo. Cenário da pesquisa foi um site nacional reconhecido que dispõe uma lista de discussão por e-mail. População foram 2.260 mensagens enviadas à lista de discussão em 2014; amostra 109 mensagens com conteúdo relacionado à biossegurança no CME. Utilizou-se para interpretação dos dados a Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: Na análise emergiram quatro categorias temáticas das dúvidas mais frequentes denominadas: Soluções; Equipamentos e Materiais; Legislação; e Validação do Processo. Evidenciou-se forte relação entre CME e Controle de Infecção Hospitalar, tanto nos questionamentos quanto nas respostas. Conclusão: A maioria dos profissionais que encaminharam dúvidas foram enfermeiros. As dúvidas mais frequentes sobre biossegurança relacionavam-se as soluções usadas, equipamentos e materiais. As respostas foram fundamentadas na legislação vigente e emitidas por profissionais com experiência.

Palavras-chaves: Segurança de equipamentos médicos. Enfermagem, Material.

Page 50: grande plenária

[50]

25 - CÓD. 035 CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO, IMPORTÂNCIA E FUNCIONAMENTO NA DINÂMICA HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Natália Barros Menezes Cabral1, Mariana Gurjão de Jesus

1, Terezinha Ilenize Almeida Souza

1,

Josielle Silva Magalhães1, Eliane da Costa Lobato da Silva

1, Maria José Nascimento Silva

1

Instituição 1UFPA – Universidade Federal do Pará – Rua Augusto Corrêa, 1, Guamá, Belém do Pará/PA

Resumo

Introdução: A CME é considerada um setor de apoio às demais áreas assistenciais dentro de um estabelecimento de saúde, uma vez que recebe material sujo/contaminado e é responsável pela sua limpeza, descontaminação, preparo, esterilização, estocagem e distribuição a todas as unidades consumidoras do hospital, bem como preparo e esterilização de roupas limpas provenientes da lavanderia. A logística da CME em prover artigos odonto-médico-hospitalares na quantidade e qualidade adequada acrescida aos conceitos de eficácia, eficiência, provisão e infecção hospitalar, tem impacto direto na garantia da qualidade da assistência prestada em uma instituição de saúde. Objetivo: Relatar a vivência de acadêmicos de Graduação em Enfermagem na Central de Material Esterilização no Hospital Universitário na cidade de Belém. Método: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, desenvolvido mediante estágio supervisionado na Unidade Temática “Enfermagem em Central de Material e Esterilização”, em Hospital de grande porte, referência no tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas, situado na cidade de Belém do Pará. Resultados e discussão: Considerando a vivência e o saber científico incorporado a partir da experiência, ficou evidente a importância da CME para a dinâmica hospitalar como assistência indireta, ao executar cuidadosamente o processamento de artigos médico-hospitalares em todas as suas etapas com eficiência e cientificidade, função indispensável ao dinamismo requerido em ações assistenciais, além de otimizar o suprimento necessário desses materiais diariamente para que os setores do Hospital funcionem de forma plena. Desse modo, foi possível observar e participar das etapas dos processos realizados, como do manejo do preparo de campos, instrumentais e materiais acessórios de diferentes tipos de cirurgias, bem como do preparo de artigos utilizados em procedimentos ambulatoriais; do manejo da esterilização dos artigos, como deve ocorrer e quais os métodos de primeira monitorização do controle dos processos da esterilização; como devem ser armazenados os artigos e em que condições ambientais isto deve ocorrer para evitar a proliferação de agentes microbianos e a consequente contaminação dos materiais; do manejo da distribuição e como ele deve ser procedido aos diferentes setores do Hospital. Conclusão: Frente à importância e responsabilidade dos serviços prestados pela CME, torna-se fundamental que as instituições de saúde que contemplem este setor zelem pelo seu correto funcionamento, uma vez que os artigos hospitalares, quando processados de maneira correta, podem salvar vidas e contribuir para uma assistência de qualidade. Neste cenário, para que uma CME seja considerada de qualidade, deve estar dentro dos padrões e normas vigentes em legislações, além de atender às necessidades dos clientes de forma holística. Por fim, durante o semi-intensivo foi possível identificar a percepção dos estudantes de Enfermagem a respeito de um dos seus possíveis campos de atuação, na abordagem e discussão de aspectos referentes à CME e ao papel do enfermeiro no antes desconhecido.

Palavras-chaves: CME. Esterilização. Dinâmica hospitalar.

Page 51: grande plenária

[51]

26 - CÓD. 036 CENTRO CIRÚRGICO E CENTRAL DE MATERIAL: INSTRUMENTOS DIDÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO

Autores Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva1, Luciane Ribeiro

1, Fábio da Costa Carbogim

2

Instituição 1UFV – Universidade Federal de Viçosa – Avenida Peter Henry Rolfs, s/n, Campus Universitário,

Cidade de Viçosa/MG 2UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora – Rua José Lourenço Kelmer, s/n - Martelos,

Juiz de Fora/MG

Resumo

Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) destaca-se no contexto da organização hospitalar com importante papel no controle de infecções. Neste setor, o Enfermeiro atua tanto na qualificação do processamento dos materiais como no dimensionamento e supervisão do pessoal. Da mesma forma, o Centro Cirúrgico (CC) dá visibilidade ao trabalho desse profissional que associa o conhecimento científico, técnico e gerencial. A formação do graduando em enfermagem no CME e CC, por meio da articulação de um ensino teórico e prático, deve ser capaz de promover um amadurecimento que possibilite ao aluno desenvolver suas atividades práticas com segurança, contribuindo para sua aprendizagem. Objetivo: Relatar a experiência na aplicação de instrumentos didáticos nas aulas práticas de Centro Cirúrgico (CC) e Centro de Material e Esterilização (CME) por acadêmicos de enfermagem. Método: trata-se de um relato de experiência sobre a utilização de instrumentos para subsidiar o processo de ensino e aprendizagem dos acadêmicos da Graduação em Enfermagem de uma Universidade Pública do interior de Minas Gerais, nas aulas práticas no CME e CC. Os instrumentos foram elaborados pelos docentes da Disciplina de “Enfermagem em Saúde do Adulto II” com o objetivo de direcionar as observações e atividades realizadas pelos acadêmicos de enfermagem durante as aulas práticas nos referidos setores. No primeiro dia de prática, os instrumentos são apresentados aos discentes, explicando seus objetivos e ressaltando a importância de sua utilização. Resultado: Considerando a complexidade e as múltiplas demandas que perpassam o cotidiano de trabalho no CC e no CME, a elaboração de instrumentos que enfatizam aspectos importantes à serem perscrutados e analisados nesses setores, tem como objetivo direcionar os acadêmicos e facilitar o processo de ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, é possível tornar os discentes mais críticos, participativos na dinâmica do serviço e reflexivos e sustentar um conhecimento global sobre os principais aspectos que estão inseridos na dinâmica desses setores, como a organização do trabalho, as atividades laborais da equipe de enfermagem e a liderança do Enfermeiro. No CME, discentes utilizam um roteiro para observação em que avaliam as condições físicas do ambiente, as condições de trabalho dos profissionais que ali atuam, bem como a realização do processamento de materiais (recepção, limpeza, desinfecção, preparo, esterilização, armazenamento e distribuição). A partir disso, buscam uma fundamentação teórica na RDC n°50 de 2002 e RDC n°15 de 2012, identificando adequações e inadequações, indicando situações de saúde que precisam ser modificas e/ou aprimoradas. No CC são utilizados os seguintes roteiros: observação da estrutura física, atividades do estudante na sala de operação e avaliação do paciente na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA). Ancorados nesses instrumentos os discentes acompanham o paciente no período transoperatório e pós-operatório imediato na SRPA, observando todo o processo de cuidado, desde a previsão e provisão de materiais e equipamentos para montagem das salas de cirurgia, as atividades desenvolvidas pelo circulante de sala, até as funções gerenciais e assistenciais desenvolvidas pelo enfermeiro dentro de CC. Conclusão: A utilização dos instrumentos possibilita aos estudantes de enfermagem um raciocínio clínico e gerencial condizente com o momento acadêmico, desenvolvendo a capacidade de solucionar problemas e despertar o compromisso ético e social com os pacientes e com a profissão.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico. Centro de Material e Esterilização. Acadêmicos de enfermagem.

Page 52: grande plenária

[52]

27 - CÓD. 037 CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO – EVOLUÇÃO DOS CRITÉRIOS DE INFRAESTRUTURA FÍSICA

Autora Adriana Cristina Nadal Duarte1

Instituição 1HIJG – Hospital Infantil Joana de Gusmão – Rua Rui Barbosa, 152, Agronômica, Florianópolis/SC

Resumo

Devido a importância dos processos de esterilização no contexto dos sistemas de saúde, criou-se uma vasta legislação para normatizar o assunto, a qual é atualizada constantemente, adequando-se a novos conceitos de segurança, sustentabilidade, processos e tecnologia. Nos hospitais, o setor responsável por estas práticas é o Centro de Material e Esterilização (CME), regulamentado por legislação específica. A esterilização incorreta dos produtos para a saúde aumenta a probabilidade de transmissão de infecções, ficando claro que estabelecimentos de atendimento à saúde precisam controlar adequadamente o processo de esterilização – caso contrário, podem expor os clientes a riscos inaceitáveis. O objetivo deste estudo foi analisar a evolução da legislação Brasileira com relação à infraestrutura física necessária para a esterilização de materiais. Como método, foi utilizada pesquisa documental desenvolvida em quatro etapas: 1) Definição de critérios de inclusão e exclusão da legislação pertinente: normas, leis, portarias, decretos, resoluções e emendas constitucionais a partir de 1988; 2) Localização e extração do material pela internet; 3) Leitura e avaliação do material; 4) Síntese do conhecimento: criação de um resumo histórico da evolução do tema. Como resultado, foi levantado que a infraestrutura física evoluiu principalmente através de quatro itens: 1) Portaria nº 930/Ministério da Saúde, de 27/08/1992; 2) Norma técnica “Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde, 2 ed, 1994”; 3) Resolução ANVISA RDC nº 50, de 21/02/2002; 4) Resolução ANVISA nº 15, de 15/03/2012. A Portaria nº 930 de 27/08/1992 começa a estabelecer conceitos que, mais tarde, serão utilizados para estabelecer a infraestrutura necessária – estes conceitos são: separação das áreas críticas, semicríticas e não-críticas, estabelecimento de desinfecção por agentes químicos e estabelecimento dos tipos de esterilização permitidos (vapor saturado sob pressão, calor seco, flambagem e óxido de etileno). A norma técnica “Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde” foi um ótimo guia para sua época, mas encontra-se desatualizado. Demonstrou o fluxo do material durante o processo de limpeza, desinfecção e esterilização, o que servirá de base para a definição dos critérios de infraestrutura. A RDC nº 50, de 21/02/2002, determina critérios para o CME, mas ainda de forma tímida. São estabelecidos os ambientes necessários e os critérios de metragem, além de áreas de apoio, como sanitários, depósito de materiais de limpeza, vestiário e sala administrativa. Com a publicação da RDC nº 15, de 15/03/2012 foi possível contar com critérios muito bem elaborados com relação à infraestrutura física para o CME. Com esta pesquisa documental foi possível entender a evolução da legislação referente à infraestrutura física do CME, verificando critérios que já foram permitidos, mas atualmente não são, porém não estão explicitamente escritos nas últimas publicações.

Palavras-chaves: Centro de Material e Esterilização. Esterilização. Infraestrutura.

Page 53: grande plenária

[53]

28 - CÓD. 038 CHECKLIST CIRURGIA SEGURA: AVANÇOS E DESAFIOS

Autores Marisa Liboni Perez Paes1, Patricia Gomes de Albuquerque Uratani

1, Keyla Nobue Matsumoto

Fukuda1, Lidia Fernandes

1, Leonel Alves do Nascimento

1, Victor Fernando Camargo de Oliveira

1

Instituição 1HDAF – HZN – Hospital Dr. Anísio Figueiredo – Hospital Zona Norte – Rua Odilon Braga, 199

Londrina/PR

Resumo

Introdução: O Protocolo para Cirurgia Segura, publicado pela ANVISA em 09 de julho de 2013, coloca que o checklist deve ser aplicado “em todos os locais dos estabelecimentos de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano ou em introdução de equipamentos endoscópicos, dentro ou fora de centro cirúrgico, por qualquer profissional de saúde”. A implantação deste protocolo exige comprometimento e empenho de todas as lideranças e o acompanhamento de sua adesão indica se a utilização é adequada. Objetivos: Relatar a implantação e o acompanhamento da realização do checklist cirurgia segura. Método: Relato de experiência da avaliação da utilização do checklist de cirurgia segura. O centro cirúrgico possui 3 salas e realiza em média 220 procedimentos cirúrgicos mensais. Hospital de porte secundário, público, referencia para traumas ortopédicos de pequeno e médio porte. O checklist é aplicado em todas as fases do período perioperatório e sua adesão é verificada por meio de avaliação em loco e também com auditorias mensais nos prontuários no momento do faturamento. Resultados e discussões: Foram realizadas duas tentativas anteriores de implantação entre os anos de 2013-14. Em outubro/15 após uma reunião com as lideranças realizada pelo Núcleo de Segurança do Paciente, estabeleceu-se a obrigatoriedade da realização e adesão de todos os profissionais do bloco operatório ao Protocolo de Segurança em Cirurgia. Os procedimentos contemplados pelo protocolo iniciam-se com a assinatura do termo de consentimento para o procedimento anestésico e o para o procedimento cirúrgico. No bloco operatório, o checklist da cirurgia foi reformulado visando à melhor adesão, sendo esta reformulação sugerida pela equipe de enfermagem. Diversos treinamentos com a equipe foram realizados. Nas auditorias de adesão, levantou-se 907 prontuários de outubro de 2015 a março de 2016, observamos melhora progressiva nos indicadores de adesão (28,7% em outubro/15 para 77,6% março/16). Estes resultados são informados para a equipe e reforçado a necessidade da realização do checklist. As dificuldades atuais estão relacionadas a baixa adesão dos profissionais médicos na marcação do local do procedimento no paciente e falhas na presença dos termos de consentimento para os pacientes em modalidade de urgência. Ações para controlar estas dificuldades estão em discussão pelo Núcleo de Segurança do Paciente. Conclusões: O Protocolo de Cirurgia Segura é fundamental para aumentar as práticas de segurança no atendimento ao paciente cirúrgico. Todas as lideranças precisam estar engajadas e assim estimular a equipe a seguir os procedimentos. A auditoria de adesão é um indicador necessário e quantifica a utilização dos procedimentos, sendo utilizado para comparação das práticas.

Palavras-chaves: Gerenciamento de segurança. Lista de checagem. Segurança do paciente.

Page 54: grande plenária

[54]

29 - CÓD. 041 COMORBIDADES DESENVOLVIDAS PELOS ENFERMEIROS DO CENTRO CIRÚRGICO EM SUA ROTINA DE TRABALHO

Autores Ana Paula Loureiro da Costa1,

Geraldina Lemos de Oliveira1, Maria de Fátima de Oliveira Melo

2,

Maria Jéssica Damásio de Oliveira1

Instituição 1BIOXXI – Serviços de Esterilização – Rua Chantecler, 26, São Cristóvão/RJ

2Rede D'Or – Rede D'Or Hospital Esperança Unidade Olinda – Av. Dr. José Augusto Moreira, 810,

Casa Caiada, Olinda/PE

Resumo

Introdução: O Centro Cirúrgico caracteriza-se pela sua alta tecnologia e complexa organização, sendo considerada uma área crítica. A enfermagem como profissão em ambiente cirúrgico vem evoluindo e é considerada como uma das profissões reconhecidamente estressante, levando ao enfermeiro do bloco cirúrgico desenvolver comorbidades em sua vida física e mental pelo exercício de sua profissão, onde desenvolve uma carga de trabalho elevada de responsabilidades assistenciais e administrativas para gerenciar o centro cirúrgico com altas complexidades de funcionamento e ainda proporcionar o bem estar ao paciente, além de desenvolver atividades de ensino. As Comorbidades mais frequentes que vem atingindo os enfermeiros do bloco cirúrgico estão ligadas a vários tipos de doenças ocupacionais como: Cardiovasculares, Pressão alta, Diabetes, problemas Osteomusculares, Colesterol elevado, Estresse, Ansiedade, Gastrite, Refluxo, Esofagite, Depressão e Síndrome do Intestino Irritado. Esse adoecimento do enfermeiro está interferindo em seu desenvolvimento profissional e em sua vida pessoal causando desequilíbrio em sua vida. Objetivos: O objetivo do estudo foi estudar as principais comorbidades relacionadas à atividade profissional do enfermeiro no bloco cirúrgico. Analisar quais os fatores no ambiente de trabalho e pessoal que estão provocando esse adoecimento do enfermeiro do centro cirúrgico em suas atividades diárias. Conscientizar o enfermeiro identificando esse desequilíbrio em sua saúde para procurar o melhor método de conseguir não adoecer ocupacionalmente para não atingir comorbidades graves ou fatais, pois algumas instituições não se preocupam com o bem estar do profissional, além de não aceitarem um profissional doente, pois não produz. Método: Trata de um estudo de revisão de literatura com abordagem qualitativa e análise reflexiva de leitura dos títulos e resumos de cinco literaturas científicas. As variáveis analisadas do estudo que está causando esse adoecimento foram: o centro cirúrgico é um setor complexo com grandes riscos, sobrecarga de trabalho gerenciando assistência e administração, delegar aos técnicos de enfermagem, condições de trabalho, remuneração, carga horária, o estado do paciente, o risco de infecção, anestesia, material necessário para o funcionamento do setor, relação interpessoal, dupla jornada ou tripla com os afazeres fora do ambiente de trabalho, dificuldade da relação com os médicos e conhecimento profissional da equipe multiprofissional. Em pesquisa foi analisado que as enfermeiras relacionam o estresse às condições de trabalho, principalmente à falta de dos materiais, infraestrutura e equipamentos que, muitas vezes, atrasa ou suspende cirurgias. Analisado também, a falta de pessoal de técnico de enfermagem, de enfermeiras e até mesmo de pessoal da limpeza do centro cirúrgico, engenharia clínica, problemática que quebra as relações interpessoais entre os trabalhadores do centro cirúrgico. Conclusão: Na leitura foi possível analisar que os enfermeiros estudados possuem comorbidades ocasionada por vários fatores dentro do ambiente ocupacional e fora, onde que a doença que foi mais verificada foi o fator mental, como o estresse que está em grau elevado causando intensa ansiedade, fadiga, falta de concentração, cefaleia, exaustão, desgaste e este podendo desencadear a depressão. A falta de autonomia expõem os trabalhadores à possibilidade de gerar conflitos, sabendo que a responsabilidade de gestão na instituição é do enfermeiro, e a falta de valor e respeito com o profissional gera muita insatisfação prejudicando a qualidade do trabalho

Palavras-chaves: Doenças do trabalho. Enfermeiros. Centro Cirúrgico.

Page 55: grande plenária

[55]

30 - CÓD. 042 COMUNICAÇÃO: O PAPEL DO ENFERMEIRO ENTRE A CAPTAÇÃO DE ÓRGÃO E TRANSPLANTE

Autores Deyvid Fernando Mattei da Silva1, Maria da Paz Vasconcelos Amorim

1, Aline Correa de Araujo

1,

Maria Teresa Gomes Franco1

Instituição 1HTEJZ – Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini – Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2.651,

Jardim Paulista/SP

Resumo

Introdução: O transplante hepático (TH) é considerado um dos procedimentos cirúrgicos mais complexos, pois o fígado é um dos maiores órgãos do corpo humano, com inúmeras funções que interferem em diversos sistemas do organismo. No Brasil há 1.401 pacientes a espera por um TH e no estado de São Paulo 641. Para concretização de um TH várias etapas são realizadas, como, oferta e aceite do órgão, entrevista com familiar e consentimento, captação, preparo do doador e receptor. Nesse cenário a comunicação é um fator preponderante para o sucesso e o enfermeiro tem um papel relevante por interagir com todas as equipes. Falhas nesses processos podem comprometer a doação e o transplante. Objetivos: Demostrar a importância da comunicação entre o enfermeiro do TH e a equipe do centro cirúrgico (CC), durante a captação do órgão em ambiente externo. Método: Estudo descritivo e observacional, realizado em um hospital de referência em transplante do estado de São Paulo, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2015, coleta dados retrospectiva, com média de 41 TH por ano. Para assegurar o gerenciamento da assistência aos pacientes candidatos a TH foi incorporado na equipe um enfermeiro que, entre suas atribuições, tem a comunicação como um instrumento de suma importância desde a captação do órgão até a cirurgia. No momento da captação em ambiente externo (outro hospital), o enfermeiro do TH transmite informações para a equipe do CC como: os tempos de cirurgia, possíveis intercorrências e a viabilidade do órgão, a fim de garantir o preparo simultâneo do receptor e evitar atrasos na programação. Resultados e discussão: Em 2011 foram realizados 66 transplantes com 5 eventos relacionados a falha de comunicação, o que representou 7,5%; 2012 (52/03) 5,8%; 2013 (30/01) 3,3%; 2014 (33/01) 3%; 2015 (24/0). Os problemas por falha de comunicação contribuíram com atrasos na programação dos procedimentos, mas não inviabilizou o TH. Para minimizar essas falhas foi desenvolvido e implantado um fluxo de comunicação que melhorou a interação entre as equipes. Conclusão: A comunicação entre o enfermeiro do TH na captação de órgão e a equipe do transplante é essencial para realização do procedimento, evitando atrasos por falhas humanas.

Palavras-chaves: Comunicação. Transplante hepático. Enfermagem.

Page 56: grande plenária

[56]

31- CÓD. 043 CONCEPÇÕES DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM SOBRE HUMANIZAÇÃO EM CENTRO CIRÚRGICO

Autores Luciane Ribeiro1, Juliana Montezano Lopes

1, Erica Toledo de Mendonça

1, Andyara do Carmo Pinto

Coelho Paiva1, Jaqueline Ferreira Ventura Bittencourt

2

Instituição 1UFV – Universidade Federal de Viçosa – Av. Peter Henry Rolfs, s/n Campus Universitário, Viçosa/MG

2UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora – Rua José Lourenço Kelmer, s/n, Martelos,

Juiz de Fora/MG

Resumo

Introdução: O Centro Cirúrgico (CC) é um setor complexo e diferenciado, marcado pela existência de rotinas rigorosas e equipamentos de alta tecnologia que diferem daqueles encontrados nas unidades de internação, tornando-se um ambiente desconhecido e ameaçador para o paciente e, ao mesmo tempo, um cenário propício para a mecanização do cuidado1,2. É relevante destacar que a formação do técnico de enfermagem é predominantemente voltada para a execução de procedimentos. Essa peculiaridade na formação aliada à dinâmica intensa de trabalho no CC, cuja observação empírica permite evidenciar um automatismo nas atividades realizadas3, favorece o não reconhecimento das singularidades do paciente e sobressai o negligenciamento do cuidado relacionado à dimensão subjetiva. Justifica-se o estudo diante da importância e da escassez de evidências científicas que corroboram a humanização da assistência de enfermagem com foco em CC. Objetivo: Compreender o conhecimento e atitudes dos técnicos de enfermagem acerca do cuidado humanizado ao paciente no centro cirúrgico. Método: Pesquisa qualitativa envolvendo 17 técnicos de enfermagem que atuam como circulantes de sala de cirurgia no CC de um hospital de médio porte. A coleta de dados foi realizada em setembro de 2014, utilizado um roteiro de entrevista com perguntas abertas. Os depoimentos foram gravados e posteriormente transcritos na íntegra. Foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo de Lawrence Bardin. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número de parecer 57.857/2014. Resultados e discussão: A maioria dos participantes era do sexo feminino. A média de idade foi de 37 anos e o tempo médio de trabalho no setor foi de sete anos. Da análise dos depoimentos, emergiram três categorias: humanizar como sinônimo de carinho, dedicação e respeito à privacidade; empatia como ferramenta para a humanização e falta de tempo como obstáculo para o cuidado humanizado. Os entrevistados perceberam o cuidado humanizado a partir de uma perspectiva altruísta, contemplando-o em atitudes como tratar o paciente com carinho, com educação e respeito; entender que o ambiente do CC é estranho para ele, o que pode gerar ansiedade e medo. Além disso, os depoimentos revelaram que para prestar um cuidado humanizado é necessário se colocar no lugar do paciente, se comunicar-se com ele, objetivando tornar o ambiente do CC mais agradável e harmonioso. Ao serem questionados com relação à suas práticas de humanização, os entrevistados declararam que a falta de tempo dentro do setor consiste em um obstáculo para a prática de um cuidado humanizado. Atribuem isso à própria dinâmica de trabalho do CC, onde o horário entre um procedimento e outro é curto. Associa-se a essa situação, o número de profissionais insuficiente, as atividades burocráticas que demandam grande parte do tempo do profissional, e, por último, as demandas de trabalho vindas dos profissionais médicos. Conclusões: Conclui-se que os profissionais trazem concepções que revelam uma apropriação conceitual sobre humanização, no entanto, sinalizam dificuldades para agenciar um cuidado humanizado.

Palavras-chaves: Enfermagem. Humanização. Enfermagem de Centro Cirúrgico.

Page 57: grande plenária

[57]

32 - CÓD. 045 CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM RELAÇÃO ÀS MEDIDAS DE PRECAUÇÃO

Autores Andre Luiz Silva Alvim1, Andrea Gazzinelli

1

Instituição 1UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais – Av. Alfredo Balena, 190, sala 5.005,

Santa Efigênia, Belo Horizonte/MG

Resumo

Introdução: Para a redução do risco de transmissão de microrganismos através da contaminação cruzada entre ambientes, pacientes e profissionais no âmbito hospitalar existem medidas de precaução que devem ser adotadas na assistência à saúde do paciente. Estas medidas são classificadas como precauções padrão, precauções de contato, precauções para gotículas e precauções para aerossóis (1,2). O fato dos profissionais de saúde não adotarem adequadamente as medidas de precauções na prática assistencial ao paciente isolado, impacta negativamente na elevação das colonizações e infecções cruzadas relacionadas ao cuidar. Além do contexto descrito, os autores desta pesquisa, atuantes no Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) vivenciam, no cotidiano, uma série de dificuldades, em especial, a equipe de enfermagem. Estas dificuldades estão atreladas principalmente ao cuidado relacionado com as precauções específicas dos pacientes colonizados ou infectados por bactérias de importância epidemiológica como exemplo, o Clostridium difficile e outras doenças comunitárias de alta transmissibilidade, como a tuberculose pulmonar e meningite bacteriana (1,2,3). Sendo assim, espera-se que este estudo forneça informações que permitirão subsidiar condutas mais eficazes executadas na prática do cuidar, corroborando com as diretrizes atuais de prevenção e controle de infecção hospitalar, além de fornecer dados que chamem a atenção dos gestores em saúde para traçar ações efetivas nos aspectos relacionados à temática proposta. Objetivo: Avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem em relação às medidas de precaução com foco na prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, de natureza quantitativa, desenvolvida em um hospital geral particular de Belo Horizonte. No universo de 200 profissionais foram selecionados 84 sujeitos da equipe de enfermagem atuantes nas Unidades de Internação (UIs) e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Para a coleta de dados foi aplicado um questionário com informações e relacionadas ao perfil profissional. Em seguida, foi aplicado o “Questionário avaliativo das medidas de precauções para prevenção e controle de Infecções hospitalar”. Resultados: Em relação aos resultados do questionário aplicado aos profissionais de enfermagem destaca-se um conhecimento satisfatório (& #8805;70%) nos aspectos que circundam as medidas de precaução padrão, precaução de contato e precaução para aerossóis, variando os acertos entre 73-99% (IC95%=62-100). No entanto, destaca-se que a maior dificuldade dos profissionais estava atrelada às medidas preventivas respiratórias cuja transmissão ocorre por gotículas. Nota-se que, neste caso, o conhecimento da enfermagem foi insatisfatório (< 70%), variando entre 50-54% do total de acertos (IC95%=42-61). A análise bivariada mostrou forte relação entre a idade (30 anos ou mais) e o conhecimento insatisfatório (OR: 4,33, p=0,02). As demais variáveis não representaram diferença estatisticamente significante em relação à variável resposta (p > 0,05). Conclusão: Conclui-se que profissionais com 30 anos ou mais possuíram conhecimento insatisfatório quando comparado ao grupo com idade inferior, podendo estar relacionado com o excesso de autoconfiança e desatualização aos conteúdos atuais publicados na literatura.

Palavras-chaves: Conhecimento. Infecção hospitalar. Medidas de precaução.

Page 58: grande plenária

[58]

33 - CÓD. 046 CONHECIMENTO DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM ACERCA DA HIPOTERMIA EM PACIENTES CIRÚRGICOS

Autores Luciane Ribeiro1, Bianca Maira Silva Ferreira

1, Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva

1,

Patrícia de Oliveira Salgado1, Erica Toledo de Mendonça

1, Jaqueline Ferreira Ventura Bittencourt

2

Instituição 1UFV – Universidade Federal de Viçosa – Av. Peter Henry Rolfs, s/n Campus Universitário,

Viçosa/MG 2UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora – Rua José Lourenço Kelmer, s/n, Martelos, Juiz de

Fora/MG

Resumo

Introdução: No contexto da assistência cirúrgica, a hipotermia não intencional (temperatura sanguínea central inferior a 36ºC) é uma consequência comum do procedimento anestésico-cirúrgico, uma vez que o paciente perde a capacidade de regular a temperatura corporal em virtude da desordem do sistema termorregulador induzida por fármacos anestésicos (1,2). A hipotermia está diretamente relacionada a complicações pós-operatórias importantes como: diminuição do fluxo sanguíneo em todos os sistemas, arritmias cardíacas, aumento da demanda tissular de oxigênio, diminuição do metabolismo, prejuízo da função plaquetária, aumento da suscetibilidade à infecção da ferida cirúrgica dentre outras (3). Considerando o impacto negativo da hipotermia para a recuperação do paciente cirúrgico, avaliou-se como importante identificar o conhecimento dos técnicos de enfermagem (TE) sobre essa condição. Esses profissionais assumem a função de circulante da sala de cirurgia, sendo responsáveis pela monitoração do paciente, pelo controle da temperatura ambiental e pela instalação de medidas para prevenção da hipotermia. Objetivo: Compreender o conhecimento dos técnicos de enfermagem acerca da hipotermia e suas formas de prevenção durante o período intraoperatório. Método: Pesquisa qualitativa realizada com TE que atuam como circulantes de sala no CC, de um hospital de médio porte, no mês de outubro de 2015. A coleta de dados foi realizada a partir de um roteiro de entrevista com questões abertas. Os depoimentos foram gravados, e posteriormente transcritos na íntegra e analisados à luz de Lawrence Bardin. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número de parecer n° 1.228.041/2015. Resultados e discussão: Participaram do estudo 10 TE. A maioria era do sexo feminino (sete). A média de idade foi de 28,5 anos e o tempo de atuação médio de quatro meses. Dos depoimentos, emergiram três categorias: conceito de hipotermia; complicações relacionadas à hipotermia e práticas relacionadas à prevenção da hipotermia. Os participantes apontaram dois conceitos de hipotermia: um adequado em relação à literatura científica e outro inadequado. Alguns TE definiram essa condição como a baixa temperatura corporal enquanto outros relataram que a hipotermia poderia ser definida como uma pressão arterial baixa. Em relação às complicações associadas à hipotermia emergiu a dificuldade de diferenciar os sinais e sintomas da hipotermia de suas complicações. Quando interrogados sobre as complicações relacionadas à hipotermia, a maioria se referiu aos sinais e sintomas que podem ser encontrados em pacientes hipotérmicos, sem demonstrar segurança no seu posicionamento. Sobre as formas de prevenção da hipotermia, os TE pontuaram medidas como: a infusão venosa de solução aquecida, desligar o ar condicionado da sala operatória durante a cirurgia, aquecer o paciente com o cobertor após o procedimento cirúrgico, utilizar colchão térmico e atento aos sinais vitais. Constatou-se que os profissionais conhecem algumas formas cientificamente conhecidas para prevenir a hipotermia, mas não conseguiram fundamentar sua prática. Conclusões: Os TE trazem diferentes concepções em relação à definição de hipotermia. Apesar de corroborarem que se trata de uma diminuição da temperatura corporal, não souberam citar o parâmetro de temperatura indicado para se classificar um paciente como hipotérmico. Infere-se que um profissional que não sabe identificar a hipotermia, possivelmente não saberá a importância de preveni-la, bem como as estratégias que podem ser utilizadas para evitar sua ocorrência.

Palavras-chaves: Hipotermia. Enfermagem. Enfermagem de centro cirúrgico.

Page 59: grande plenária

[59]

34 - CÓD. 047 CONTRIBUIÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA: REVISÃO INTEGRATIVA

Autores Elaine Ribeiro1,2

, Erika Christiane Marocco Duran3, Stéfane dos Santos

1, Pedro Henrique Camilo

Fortes1, Bruna Cristina da Silva

1, Brunielli Pinaffi

1

Instituição 1IESF – Instituição de Ensino São Francisco – Av. Rodrigo Mazon, 601, Guaçu Parque Real, Mogi

Guaçu/SP 2FHO – Uniararas – Fundação Hermínio Hometto – Av. Dr. Maximiliano Baruto, 500, Jd. Universitário

Araras/SP 3UNICAMP – Universidade de Campinas / UNICAMP – Rua Tessália Vieira de Camargo, 126, Cidade

Universitária, Campinas/SP

Resumo

Introdução: A SAEP representa um valioso instrumento que permite à enfermeira assistir o paciente de modo individualizado, sistematizado e contínuo. Assim, o processo de enfermagem direcionado por teorias e embasado no conhecimento prático e científico pode ser entendido como uma metodologia que favorece a implementação de saberes e fazeres no cuidado às pessoas. Pode ainda, ser compreendida como um instrumento metodológico que sistematiza a prática e proporciona a percepção, interpretação e antecipação das respostas individuais às alterações de saúde, bem como a intervenção adequada, planejada e fundamentada dos problemas identificados e a avaliação dos resultados. Objetivo: Identificar os benefícios da implementação da SAEP para qualidade e segurança no atendimento aos pacientes cirúrgicos. Método: Trata-se de uma revisão integrativa referente aos últimos dez anos nas bases de dados Lilacs, Pubmed e Medline, com os descritores: diagnósticos de enfermagem, período perioperatório, enfermagem cirúrgica utilizando o operador boleano “and” sendo devidamente aprovado pelo comitê de ética do Centro Universitário Hermínio Ometto – Uniararas, sob sob o n° 020/2015. Resultados e discussão: Foram encontrados por meio da busca primária 183 artigos, nas bases de dados Lilacs, Pubmed e Medline, sendo selecionados pelo resumo 70 estudos, destes retirou-se 14 repetidos, restando 56 artigos selecionados, sendo que apenas 19 desses encontravam-se dentro da temática estudada e foram utilizados para a discussão desse estudo. Dentre os benefícios da implementação da SAEP pelo enfermeiro destacaram-se uma assistência qualificada, individualizada e segura, possibilitando o planejamento dos cuidados prestados a esta clientela, menor tempo de internação e cancelamentos de cirurgia. Diante das características específicas do paciente cirúrgico, entende-se que a SAEP possibilita a melhoria da qualidade da assistência prestada ao paciente, pois torna o cuidado individualizado, planejado, avaliado e, principalmente, contínuo, ou seja, abrangendo os períodos pré, intra e pós-operatório da experiência cirúrgica do paciente. Entretanto, a utilização da SAEP ainda constitui-se um desafio para o enfermeiro cirúrgico. A literatura aponta ainda, que o enfermeiro refere como principal desafio a implementação da SAEP a falta de tempo e a sobrecarga de atividades. Conclusões: Assim, estudos dessa natureza que reportam as vantagens da implementação da SAEP para a qualidade da assistência prestada no perioperatório podem contribuir para a pratica do enfermeiro baseada na cientificidade desse procedimento que é privativo do enfermeiro, porem, coberto de empecilhos a serem quebrados. Acredita-se, ainda, que o enfermeiro precisa dedicar-se à realização da SAEP, tendo em vista que a prática em saúde no Centro Cirúrgico demanda estudos de intervenção para que os conceitos já desenvolvidos possam ser validados no cotidiano da assistência, explicitando suas contradições e possibilidades, os quais representam um desafio para o enfermeiro, possível e essencial.

Palavras-chaves: Diagnósticos de enfermagem. Enfermagem cirúrgica. Perioperatório.

Page 60: grande plenária

[60]

35 - CÓD. 048 CONTROLE DE DESPERDÍCIOS COM REPROCESSAMENTO DE OPME EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Autores Simone Plaza Carillo1, Hellen Maria de Lima Graf Fernandes

1, Roberta Biguetti Bernardinelli

1,

Lilian Cristina Gabriel Bernardo da Silva1, Ana Luiza Ferreira Meres

1

Instituição 1Hospital PUC – Campinas – Av. John Boyd Dunlop, s/n, Jardim Londres, Campinas/SP

Resumo

Introdução: A elevação dos custos na área da saúde tem sido um desafio constante para as instituições hospitalares. Nesse sentido, torna-se necessário que todos os profissionais de enfermagem, inclusive os atuantes no CME, tenham noções sobre custos, como uma ferramenta gerencial. Por meio dela, se obtém base técnica para negociações e decisões que permitirão a sustentabilidade da organização e a otimização dos recursos financeiros, o que não deixa de ser uma questão relevante tanto para área privada como pública. (1) Em tempos de crise econômica, temos que intensificar as medidas para contenção dos custos. Para isso, adotamos algumas alternativas de redução. Passamos a observar com maior rigor quais eram os pontos onde tínhamos desperdícios, e evidenciamos o processo da OPME, onde os materiais são solicitados à empresa com 48 horas de antecedência ao procedimento cirúrgico. Esse material chega à instituição no dia anterior à cirurgia. A equipe de OPME recebe o material e o reprocessa. Se houver a suspensão do procedimento os mesmos são desembalados e devolvidos à empresa. Desta forma, todo o processo de lavagem, embalagem e esterilização são desperdiçados, ou seja, ocorre um gasto desnecessário com insumos e tempo do colaborador de enfermagem. E quanto isso custa? Foi Preciso medir, analisar e agir diante dessa evidência. Para tal, desenvolvemos uma planilha de controle de custos relacionados ao reprocessamento desses materiais. Objetivos: Avaliar os impactos financeiros com os cancelamentos cirúrgicos que envolveram solicitação e esterilização de OPME e propor ações para controle desse desperdício. Metodologia: Primeiramente realizamos um estudo de custo do ciclo de autoclave à vapor. A partir desse valor, discriminamos uma média de caixas de OPME que são esterilizadas em cada ciclo, e dividimos esse valor por caixa. Fizemos uma planilha onde anotamos o total de caixas enviadas pelas empresas e que são reprocessadas por procedimento agendado. Nessa planilha, colocamos o status da cirurgia, se foi realizada ou não, caso não tenha sido realizada, informamos o motivo informado e colocamos em valores o desperdício relacionado a esse procedimento. Esse controle é feito diário e gera um gráfico, somando todos os gastos do mês, assim como evidenciando os principais motivos de suspensão e o número de caixas reprocessadas sem necessidade. Ao término do mês, o enfermeiro coordenador em conjunto com o coordenador da equipe de ortopedia analisa os cancelamentos, propondo medidas de redução e prevenção dos mesmos. Resultados: Com a sistemática de análise, observamos uma queda significativa dos gastos após início da metodologia, evidenciando uma redução de até 80% dos valores anteriores. O coordenador da equipe participa ativamente das ações para melhoria, refletindo em contenções de gastos para a instituição. Hoje, o planejamento dos procedimentos é feito de forma mais efetiva, onde a equipe comunica com antecedência qualquer irregularidade e impossibilidade do paciente realizar a cirurgia, dando tempo hábil para que a CME não reprocesse o material. Conclusões: Com o foco voltado para a redução de custos, a CME passou a observar e evidenciar desperdícios importantes, tomando medidas de prevenção e minimizando os gastos desnecessários, realizando a gestão de custos e colaborando com a sustentabilidade na instituição.

Palavras-chaves: Esterilização. Enfermagem. Custos.

Page 61: grande plenária

[61]

36 - CÓD. 049 CRIAÇÃO DE UM APLICATIVO DIGITAL PARA O ENSINO DE INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA BÁSICA

Autores Francisco Gilberto Fernandes Pereira1, Drielle Jéssica Leite da Rocha

1

Instituição 1UFPI – Universidade Federal do Piauí – Rua Cícero Eduardo, s/n, Picos, Piauí/PI

Resumo

Introdução: A instrumentação cirúrgica é parte do domínio cognitivo necessário para o profissional de enfermagem que atua em centro cirúrgico. No entanto, as oportunidades de treinamento e o contato com os instrumentais são ainda pouco frequentes nas práticas da maioria das escolas de nível superior, surgindo a partir daí, a necessidade de construir um recurso tecnológico que amplie as possibilidades de contato do estudante de enfermagem com essa área do conhecimento cirúrgico (1). Objetivo: Desenvolver um aplicativo digital para o ensino de instrumentação cirúrgica básica. Método: Trata-se de uma pesquisa de desenvolvimento tecnológico, realizada entre os meses de janeiro a maio de 2016. Utilizou-se o referencial teórico de Galvis-Panqueva (2) para a estruturação do aplicativo, e foram seguidas as seguintes fases: análise e desenho, e desenvolvimento. Resultados e discussão: na etapa de análise e desenho ocorreu a construção do aplicativo, de forma que nesse período foi pesquisado, por meio de uma revisão narrativa da literatura em bases de dados nacionais e internacionais, todo o assunto a ser abordado, partindo daí, a necessidade da inclusão dos instrumentais de acordo com o tempo cirúrgico em que são predominantemente utilizados, a saber: diérese, hemostasia, exérese e síntese. Os recursos humanos para elaboração do conteúdo foram: profissionais e estudantes de enfermagem e um profissional da área de web-designer para digitalização do material. Já na etapa de desenvolvimento, ocorreu a materialização do desenho elaborado na fase anterior, e a plataforma Google Play foi escolhida para hospedar o aplicativo devido ser mais acessível à realidade brasileira, já que nesta funciona o sistema operacional android. O aplicativo tem como nome “Surgical instruments”. Quanto à linguagem utilizada na interface, seguiram-se as prerrogativas de simplicidade, clareza e objetividade, tornando os conteúdos mais acessíveis ao usuário. A apresentação do programa é gratuita, fácil de manusear, indexado com as melhores informações da web em um único local, e está disponível apenas para utilização em dispositivos móveis. Conclusões: A construção do aplicativo é o passo inicial para dinamizar o ensino da instrumentação cirúrgica, considerando-se as dificuldades observadas à cerca do contato com os instrumentais e do conhecimento acerca de suas funcionalidades. Destaca-se como limitação o fato de o aplicativo ainda não ter passado pela etapa de validação junto a especialistas, o que será realizado posteriormente.

Palavras-chaves: Educação em enfermagem. Instrumentação. Tecnologia educacional.

Page 62: grande plenária

[62]

37 - CÓD. 051 DESENVOLVENDO UMA FERRAMENTA PARA MELHORIA DA ASSISTÊNCIA ATRAVÉS DO SISTEMA TASY

Autores Melina Schettini1, Luiza Rojic

1, Lia Jeronymo Romero

1, Juliana Bueno Sabino

1, Adriana Cristina

Mota Furlan1

Instituição 1HVC – Hospital Vera Cruz – Rua 11 de Agosto, 490, Campinas/SP

Resumo

Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória (SAEP) é uma ferramenta que agrega conhecimentos à prática profissional, onde o enfermeiro consegue administrar e garantir uma assistência individualizada e com qualidade, visando diminuir a ansiedade dos pacientes que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos e consequentemente dos seus familiares. Avaliando e minimizando os riscos apresentados no ambiente cirúrgico. Objetivo: O objetivo desse estudo é relatar a experiência que foi criar uma ferramenta específica e implantar a SAEP através do sistema TASY, inicialmente para os pacientes classificados pelos médicos Anestesiologistas como ASA III e posteriormente para os demais pacientes. Método: Trata-se de um relato de experiência das ações realizadas para implantação da SAEP em um hospital privado de grande porte no interior do estado de São Paulo e revisão integrativa na literatura, com pesquisas nas bases de dados PubMed e Lilacs. Resultados e discussão: Inicialmente foi criado um grupo para avaliação e criação da ferramenta para aplicação da SAEP, onde fizemos uma revisão bibliográfica, posteriormente realizamos uma leitura minuciosa no livro NANDA para definição dos diagnósticos e identificação da prescrição de enfermagem com validade até 13h59 do dia seguinte, onde a enfermeira da UTI ou enfermaria avaliará e dará continuidade na SAE. A elaboração do formulário permitiu identificar algumas oportunidades de melhorias em nossos processos e melhorar ainda mais a qualidade prestada ao paciente cirúrgico. Conclusão: Após a estruturação da ferramenta para a aplicação da SAEP, identificamos melhorias para uma assistência de qualidade, atendendo a legislação do COFEN e lei do exercício de enfermagem. Uma segunda etapa será a aplicação e treinamento da equipe para a utilização dessa ferramenta e acompanhamento estatístico da mesma.

Palavras-chaves: Assistência. Perioperatória. Enfermagem.

Page 63: grande plenária

[63]

38 - CÓD. 052 DETERGENTE ENZIMÁTICO E A LIMPEZA DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS

Autores Gislaine Calheiro1, Marilia Ferrari Conchon

1

Instituição 1HEL – Hospital Evangélico de Londrina – Av. Bandeirantes, 618, Jardim Londrilar, Londrina/ PR

Resumo

Introdução: O processamento de materiais de saúde é uma atividade de natureza complexa, cujo objetivo principal é evitar qualquer evento adverso relacionado ao seu uso. E, de todos os processos necessários para a adequada esterilização, destaca-se a contínua e crescente importância da limpeza dos materiais. Objetivo: Analisar a produção do conhecimento sobre a importância do detergente enzimático na limpeza dos materiais cirúrgicos. Método: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, envolvendo artigos científicos relacionados à importância do uso de detergente enzimático na descontaminação de instrumentais cirúrgicos. O período de busca foi de 2008 a 2014. Para elaboração da revisão, foram percorridas etapas como a escolha do tema, objetivo, levantamento de dados, critérios de inclusão e exclusão dos artigos e fechamento dos artigos selecionados, no sentido de responder à seguinte pergunta: qual a importância da descontaminação dos materiais cirúrgicos com detergente enzimático e da destreza da equipe em saber identificar os fatores que interferem na eficácia do processo de limpeza e esterilização dos materiais? Utilizou-se o banco de dados BIREME, a Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Biblioteca Online Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Os descritores utilizados foram: detergente enzimático, descontaminação, limpeza de materiais críticos. Utilizou-se um quadro sinóptico especialmente construído para esse fim, que contemplou os seguintes aspectos: revista, autor, título, resultado e conclusão. Resultados e discussão: Para formação do presente estudo, foram encontrados 119 artigos. Destes, foram selecionados sete artigos que atenderam o objetivo proposto pela pesquisa sendo 3 revisões bibliográficas, 1 observacional, 1 experimental, 1 metodológico e 1 informe técnico. Os estudos encontrados versam sobre a limpeza de materiais como atribuição do Centro de Material e Esterilização (CME) e o detergente enzimático como tecnologia para a limpeza de materiais cirúrgicos. As soluções enzimáticas constituem combinações de enzimas: proteases que (degradam proteína), lípases (degradam lipídeo) e amilases (degradam carboidrato) além de enzimas surfactantes e solubilizantes que auxiliam no processo de decomposição de matéria orgânica aderida na superfície dos artigos favorecendo a rápida remoção de sangue e fluidos corpóreos presentes em locais de difícil acesso e por isso são amplamente recomendados para a limpeza de artigos. Conclusões: Considerando a complexidade do CME, surge a preocupação dos profissionais, com o aperfeiçoamento, treinamento da equipe de enfermagem, e identificação dos fatores que interferem na limpeza a fim de prosseguir com o procedimento correto e garantir a qualidade do processamento dos materiais, visando maior segurança aos pacientes.

Palavras-chaves: Detergentes. Materiais. Instrumentos cirúrgicos.

Page 64: grande plenária

[64]

39 - CÓD. 053 DURABILIDADE DE URETEROSCÓPIOS FLEXÍVEIS: O ENFERMEIRO COLABORANDO NA TOMADA DE DECISÃO

Autores Daiane Pereira Carneiro1, Daniella Cristina Donaires Barbato

1, Deyvid Fernando

Mattei Da Silva1, Aline Correa Araujo

1, Maria Teresa Gomes Franco

1

Instituição 1HTEJZ – Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini – Av. Brigadeiro Luiz

Antonio, 2.651, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: Com os avanços nas técnicas cirúrgicas e o aumento de procedimentos minimamente invasivos, os hospitais têm investido cada vez mais em materiais de endocirurgia e instrumental acessório, que representam custos elevados e necessitam de conhecimentos específicos e cuidados especializados das equipes que os manipulam. Nesse cenário o ureteroscópio flexível (UF) é relevante, trata-se de um equipamento cirúrgico de alto custo, utilizado em procedimentos urológicos de litíase que auxilia na extração de cálculos renais. A referência bibliográfica é escassa no que tange preservação e tempo de vida útil dos materiais, o que dificulta o planejamento de reposição do equipamento que é realizado pelos gestores de saúde. Objetivo: Comparar a durabilidade de dois UF, de marcas diferentes, após a implantação de protocolos para reprocesso. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo relato de experiência, realizada em um hospital de referência em saúde do homem do estado de São Paulo, no período de setembro de 2015 a maio de 2016, onde foi disponibilizado para uso dois UF importados com as mesmas características, mas de marcas diferentes. Três enfermeiros da central de material e esterilização (CME) desenvolveram protocolos para limpeza, preparo, esterilização, transporte e verificação da integridade dos UF antes e após os procedimentos cirúrgicos. Os protocolos foram validados pela diretoria de enfermagem e serviço de controle e infecção, e posteriormente liberados para implantação. Os enfermeiros capacitaram oito técnicos de enfermagem dos três turnos de trabalho para executarem esses procedimentos no CME e centro cirúrgico. Durante o estudo os enfermeiros acompanharam cada fase de reprocesso sem interferir verbalmente ou fazer correções quando algum procedimento era realizado incorretamente pelos profissionais. Resultados e discussão: Um ureteroscópio teve a durabilidade de 48 reprocessos e o outro 51. Os dois apresentaram problemas de flexão e deflexão, o que é esperado devido ao uso, e o tempo médio das cirurgias foi de 85 minutos. As falhas apresentadas pelos profissionais durante os reprocessamentos não comprometeram o estudo, pois não colocaram os equipamentos em risco de avaria por falha humana. Conclusão: Verificou-se que não houve diferença significativa na durabilidade dos equipamentos cirúrgicos quando submetidos ao mesmo protocolo de reprocesso, ainda que fossem de marcas diferentes. Em condições onde não há referências bibliográficas que apresenta a real durabilidade destes equipamentos, estudos de comparabilidade são importantes, pois colaboram na manutenção dos procedimentos cirúrgicos e auxiliam a diretoria na tomada de decisão para futuras compras, dando a possibilidade de optar por equipamentos de marcas com maior resistência ou considerar o custo-efetividade de cada um.

Palavras-chaves: Ureteroscópios. Esterilização. Laparoscopia.

Page 65: grande plenária

[65]

40 - CÓD. 054 ELPO: CONSTRUÇÃO E VALIDAÇÃO

Autores Camila Mendonça de Moraes Lopes1, Cristina Maria Galvão

2

Instituição 1UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus UFRJ-Macaé – Rua Prof. Aloísio Teixeira

Av. Aloísio da Silva Gomes, 50, Rio de Janeiro/RJ 2EERP-USP – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Av. dos Bandeirantes, Ribeirão Preto/SP

Resumo

O posicionamento cirúrgico é um procedimento que deve ser realizado com todo cuidado pela equipe cirúrgica e de enfermagem, pois implica em riscos para o paciente cirúrgico. Para sua execução é necessário o conhecimento das alterações anatômicas e fisiológicas decorrentes deste procedimento no organismo do paciente, dos equipamentos e dispositivos adequados para a implementação de intervenções efetivas para a prevenção de complicações que podem ocorrer devido à permanência prolongada do paciente em posição cirúrgica. Com o propósito de nortear a prática clínica do enfermeiro perioperatório, auxiliando na tomada de decisão sobre o cuidado do paciente durante o posicionamento cirúrgico, o presente estudo teve como objetivo geral a construção e validação da Escala de Avaliação de Risco para o Desenvolvimento de Lesões Decorrentes do Posicionamento Cirúrgico (ELPO) em pacientes adultos. Trata-se de pesquisa Metodológica. A construção da ELPO foi fundamentada em evidências recentes sobre as implicações fisiológicas e possíveis complicações pós-operatórias relacionadas ao posicionamento cirúrgico do paciente no período intraoperatório. A escala tem sete itens (tipo de posição cirúrgica, tempo de cirurgia, tipo de anestesia, superfície de suporte, posição dos membros, comorbidades e idade do paciente) e cada item apresenta cinco subitens. O instrumento de medida foi submetido à validação de face e de conteúdo por 30 juízes provenientes de diferentes locais do Brasil. O Índice de Validação de Conteúdo da Escala foi igual a 0,88, assim pode-se inferir que houve consenso entre o comitê de juízes em relação ao que a ELPO se propõe a medir, demonstrando que aparenta ter cobertura da área de conteúdo que está sendo medida. A pesquisa de campo foi realizada em hospital geral, de médio porte, com amostra de 115 pacientes adultos, em contextos cirúrgicos heterogêneos. Por meio da aplicação do teste t de Student constatou-se validade de critério concorrente entre os escores da Escala de Braden e da ELPO. Para avaliar a validade de critério preditiva testou-se a associação da presença de dor e o desenvolvimento de úlcera por pressão com o escore da ELPO, sendo que os resultados do tratamento estatístico de regressão logística evidenciaram diferença estatisticamente significante. A confiabilidade interobservadores foi verificada por meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse, cujo valor foi de 0,994, considerado excelente. A ELPO é um instrumento válido e confiável para a avaliação de risco para o desenvolvimento de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico em pacientes adultos. É um instrumento de fácil aplicação e pode ser útil na prática clínica. A avaliação da sua utilização depende da condução de novos estudos em diferentes contextos hospitalares. Espera-se que o presente estudo possa contribuir para a tomada de decisão do enfermeiro perioperatório, pois a sua condução teve como finalidade principal fornecer subsídios para a melhoria da assistência de enfermagem, bem como incentivar o desenvolvimento de protocolos de cuidados direcionados para o posicionamento cirúrgico do paciente.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória. Escala de avaliação de risco. Posicionamento cirúrgico.

Page 66: grande plenária

[66]

41. CÓD. 055 ENFERMAGEM E ODONTOLOGIA: INTERAÇÃO DE ESTUDANTES EM UMA UNIDADE DOCENTE ASSISTENCIAL

Autores Andreza Aparecida Castro Miranda Pêpe1, Alexsandro Tartaglia

1, Giulia Araújo Ramos

1,

Mirele Lemos Cafazeiro de Carvalho1, Verônica Maria Santana Ferreira

1, Naiara Sena Xavier

Queiroz de Souza1

Instituição 1EBMSP – Escola Bahiana de Medicina e Saúde e Pública – Av. Silveira Martins, 3.386, Cabula,

Salvador/BA

Resumo

Introdução: O processo de formação de profissionais da área da saúde, quando acontece com o desenvolvimento de ações integradas, principalmente de forma interprofissional, tende a propiciar aos graduandos uma melhor condição de desenvolver suas habilidades e competências, técnicas, de pensamento crítico e de comunicação, nas equipes de trabalho, com profissionais de diferentes categorias. Foi com essa compreensão que surgiu a proposta do Projeto de Extensão, vinculado ao projeto macro & #8223; Cuidar Faz Bem & #750; que pudesse proporcionar a integração de estudantes de graduação e pós-graduação em enfermagem e em odontologia, com vistas a promover aprendizagens significativas, através da realização de atividades que podem levar os acadêmicos a uma reflexão sobre a própria prática e proporcioná-los a agregação de saberes compartilhados, que possibilita o aprimoramento das relações interpessoais e o incremento da segurança e qualidade da assistência prestada. Objetivo: Relatar a experiência de atividades desenvolvidas no Centro de Material de Esterilização (CME), de um Ambulatório Docente Assistencial, do Curso de Odontologia, por alunas dos Cursos de Graduação em Enfermagem e Pós-Graduação de Enfermagem em Centro Cirúrgico (CC), Recuperação Anestésica (RA) e CME. Método: Trata-se de um relato de experiência sobre a prática que vem sendo realizada no CME de uma unidade docente assistencial do Curso de odontologia na cidade de Salvador/BA. Essa prática está vinculada a ações de um Projeto de Extensão correspondente ao componente Práticas em CC, RA e CME, do Curso de Graduação em Enfermagem e do Curso de Pós-Graduação de Enfermagem em CC, RA e CME, de uma instituição de ensino superior privada. Este prevê carga horária total de 140h distribuídas no turno vespertino em dois dias na semana. Resultados e discussão: Como pré-requisito para participar do processo seletivo do Projeto de Extensão & #8223; Cuidar Faz Bem & #750; – Odontologia, as alunas de graduação em enfermagem precisam comprovar a aprovação no componente curricular Práticas em CC, RA e CME que é ofertado no 5º semestre do curso. O desenvolvimento das atividades de extensão acontece em dois semestres acadêmicos. Inicialmente as estudantes visitaram e observaram as atividades desenvolvidas pelos funcionários do CME e pelos estudantes do curso de odontologia, que são responsáveis pela etapa de limpeza e preparo dos materiais utilizados nas práticas de atendimento aos usuários do ambulatório. As etapas de esterilização, armazenamento e dispensação dos materiais ficam sob responsabilidade dos funcionários do CME. Conclusão: O Projeto de Extensão está proporcionando a inserção dos estudantes de enfermagem nas diversas atividades práticas realizadas no CME, construção de espaços reflexivos, promovendo o debate constante entre teoria e prática e, ainda, o fortalecimento das interações entre profissionais, docentes e estudantes do curso de odontologia. Ações que promovam a interação ensino-serviço devem ser multiplicadas, com o intuito de vivenciar o eixo prático da formação.

Palavras-chaves: Enfermagem. Odontologia. Relato de experiência.

Page 67: grande plenária

[67]

42 - CÓD. 056 ENFERMAGEM NO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: APLICAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DIDÁTICO

Autores Débora de Oliveira Sacramento1, Amanda Martins Lopes

1, Andyara do Carmo Pinto Coelho Paiva

1,

Luciane Ribeiro1, Nicoli Souza Carneiro

1, Amanda Morais Polati

1

Instituição 1UFV – Universidade Federal de Viçosa – Av. Peter Henry Rolfs, s/n, Campus Universitário,

Viçosa/MG

Resumo

Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) é uma unidade funcional destinada ao processamento de materiais e produtos para saúde dentro de um determinado serviço de saúde. O Enfermeiro inserido nesse cenário é responsável por atuar desde a administração/supervisão até o processamento dos produtos. É importante que desde a graduação os estudantes se aproximem das rotinas do serviço para maior compreensão da dinâmica do setor e identificação das falhas que, eventualmente, possam causar eventos adversos aos pacientes e ao profissional. Para a observação desses requisitos, o roteiro de observação do CME é uma ferramenta que possibilita ao acadêmico de enfermagem uma aproximação da realidade e maior capacidade de refletir sobre a estrutura e o funcionamento do serviço, assim como as atribuições da equipe de enfermagem. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem na utilização de um roteiro de observação do CME. Método: Trata-se de um relato de experiência de graduandos do 7º período de Enfermagem sobre a utilização de um instrumento no CME, elaborado por docentes da Graduação em Enfermagem, de uma universidade federal. O roteiro é utilizado para nortear as aulas práticas da Disciplina “Enfermagem em Saúde do Adulto II”, em um hospital de ensino. Resultado: O roteiro é norteado pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 15 de 15 de março de 2012, que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Ele serve para nortear o acadêmico no campo prático e facilita a associação entre teoria e prática, sendo ancorado nos seguintes tópicos: localização, estrutura física, existência de barreiras, recursos humanos, expurgo, área de preparo e esterilização e sala de armazenamento de material estéril. Estas categorias possibilitam o direcionamento sistemático da observação das riquezas e precariedades do CME, impossibilitando desvios, esquecimento e confusões durante a coleta dos dados. Além disso, a existência do roteiro de observação permite uma visão minuciosa ao funcionamento do serviço, contribuindo para relacionar as legislações à realidade da instituição. Esta metodologia de ensino-aprendizagem permite uma participação proativa do acadêmico gerando reflexões e críticas em relação ao campo de prática, levando-o a dialogar com o docente a fim de propor mudanças para a realidade do setor. Conclusão: Embora o tempo de permanência em campo de prática seja curto, o roteiro de observação baseado em normas legislativas possibilita um olhar mais atento sobre o funcionamento do serviço, sendo de grande importância a sua implementação na própria rotina do setor, pois a observação direta nos permite reflexões para traçar estratégias de melhoria e qualificação no serviço, o que minimiza riscos à saúde daqueles que dispõe da utilização dos produtos ali processados.

Palavras-chaves: Centro de Material e Esterilização. Acadêmicos de enfermagem. Materiais de ensino.

Page 68: grande plenária

[68]

43 - CÓD. 057 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO UTILIZADOS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM CENTRAIS DE ESTERILIZAÇÃO

Autores Maria de Fátima Gomes Santiago Cordeiro1,

Iolanda Beserra da Costa Santos1, Andrea Cristina

de Melo1, Valdinez da Silva Lima

1, Bárbara Jeane Pinto Chaves

1, Paulo Emanuel Silva

1

Instituição 1HULW/UFPB – Hospital Universitário Lauro Wanderley/Universidade Federal – Cidade

Universitária, s/n Campus I, João Pessoa/PB

Resumo

Introdução: A adesão ao uso de equipamentos de proteção individual está relacionada à percepção dos profissionais acerca dos riscos a que estão expostos. Objetivos: Avaliar a utilização de equipamentos de proteção individual por profissionais de enfermagem em Centro de Material e Esterilização; Investigar entre a equipe de enfermagem a adequação dos equipamentos de proteção aos procedimentos realizados e os riscos ocupacionais a que estão sujeitos; Realizar uma ação pedagógica enfatizando a importância do uso correto desses equipamentos. Método: Estudo exploratório quantitativo, realizado em dois Centros de Materiais e Esterilização (CME) de João Pessoa- PB. Levaram-se em consideração os aspectos éticos da pesquisa com humanos, conforme CAAE 47355315.3.0000.5183. A amostra foi composta por 50 participantes, sendo 30 do Hospital Universitário Lauro Wanderley, e 20 do Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho, sendo 13 enfermeiros, 18 técnicos e 19 auxiliares de enfermagem. Foi aplicado um questionário semiestruturado no mês de março de 2016, os participantes foram convidados a assistirem uma ação pedagógica como retorno de suas respostas. Os achados foram organizados em forma de gráficos. Resultados: Em relação ao sexo 96% são do sexo feminino e 4% do masculino em ambas as instituições. Quanto a escolaridade 44% possuem Nível Médio, 16% Graduação, 40% Pós-Graduação. Conforme o tempo de trabalho, 32% possui entre 1 a 5 anos, 10% de 6 a 10 anos e 58% mais de 10 anos. Quanto ao trabalho nos CMEs, 34% possuem entre 1 a 5 anos, 14% de 6 a 10 anos e 52% mais de 10 anos. Sobre à frequência na utilização do EPI, 74% mencionaram usar esporadicamente, 22% usam as vezes, 4% não responderam. As opiniões a cerca dos EPIs disponíveis, 40% mencionaram ficar a desejar, 26% insuficiente, 22% suficientes, 12% de boa qualidade. 68% acreditam que os EPI’s disponíveis não são adequados para os procedimentos de CME, dentre esta inadequação citaram inexistência de protetores auricular, luvas de cano longo insuficientes e sem qualidade. Acerca do motivo para a exposição aos riscos ocupacionais 62% responderam EPI’s inadequados, 50% acham desnecessário, 46% falta treinamento em serviço, 32% falta de EPI, 28% negligência e 8% desconhecimento. Em relação à experiência com os tipos de risco ocupacional, 74% já vivenciaram, e 26% não. Com relação aos acidentes sofridos, 76% nunca sofreram, 24% sofreram. Quanto a realização de treinamento para prevenção de acidentes, 66% realizaram 24% realizaram e 10% não informaram, sendo que 98% acham importante o treinamento. Conclusões: Constatou-se que os funcionários se expõem aos riscos, apesar das inúmeras barreiras referidas para a adesão aos EPI’s, os profissionais reconhecem seus benefícios, mas têm consciência de que o uso não exclui o risco de exposição e aquisição de infecção por patógenos veiculados pelo sangue. Objetivos: Avaliar os equipamentos de proteção individual (EPI) utilizados por profissionais de enfermagem em CME; Investigar a adequação dos EPI’s aos procedimentos realizados e riscos ocupacionais; Realizar ação pedagógica sobre o uso correto do EPI. Realizada com 50 profissionais de enfermagem em hospitais públicos em João Pessoa/PB no mês março de 2016, após aprovação do CEP CAAE: 47355315.3.0000.5183. Utilizou-se um questionário contendo questões objetivas e subjetivas. Os resultados apontaram que, 26% são Enfermeiros; 36% Técnicos de enfermagem; 38% Auxiliares de enfermagem. 74% fazem uso dos equipamentos, 40% citaram que os equipamentos disponíveis ficam a desejar 68% acreditam que não são adequados e suficientes. Conclui-se recomendando realização de treinamento em serviço, para diminuir os riscos ocupacionais dos profissionais de enfermagem em Centro de Material.

Palavras-chaves: Equipamento de proteção. Enfermagem. Saúde.

Page 69: grande plenária

[69]

44 - CÓD. 058 ESTABELECENDO UM VALOR EM ATP PARA INSTRUMENTAIS CRÍTICOS APÓS LIMPEZA

Autores Carla Moraes1, Cristiane de Lion Botero Couto Lopes

1, Maria Lucia Habib Paschoal

1

Instituição 1HU USP – Hospital Universitário da USP – Av. Lineu Prestes, 2.565, Cidade Universitária Butantã,

São Paulo/SP

Resumo

Introdução: Este estudo foi realizado na Central de Material e Esterilização de um hospital universitário. Os procedimentos de limpeza de instrumentais cirúrgicos foram revistos e padronizados há 2 anos, são detalhados e específicos para cada tipo de material, contemplando sua conformação e acesso a todas as superfícies. Para os instrumentais com lúmen é utilizada limpeza manual complementada por lavadora ultrassónica para canulados com jato pulsátil, para os instrumentais de “cirurgia aberta”, utilizada lavadora termodesinfectadora. Os equipamentos são qualificados e monitorados com testes químicos e físicos e seus resultados vem sendo acompanhados. A verificação da limpeza consiste na inspeção criteriosa de cada peça com auxilio de lente intensificadora de imagem, porém o monitoramento dos instrumentais quanto a sujidade residual deixava uma lacuna, por não existir no mercado meios para se detectar presença de sujidade não visível com as lentes, que pudessem ser realizados dentro do CME, pela própria equipe, através de testes de resposta rápida. O ATP (Adenosina Trifosfato) é uma molécula presente em células vivas e mortas. A presença de ATP em dispositivos médicos pode ser um indicador de contaminação residual, uma vez que resíduos de sangue contém grande quantidade de ATP(1). Alfa (2,3), utilizando o mesmo teste deste estudo definiu o valor limite de 100 RLU (Unidades Relativas de Luz) em endoscópios flexíveis após a limpeza. Não há consenso na literatura sobre limites estabelecidos para instrumentais cirúrgicos críticos com testes rápidos de ATP, fazendo-se assim, necessário, o estabelecimento de parâmetros para monitorar este processo. A mensuração de ATP foi utilizada neste estudo como parte da validação da limpeza. Objetivo: Estabelecer o valor de RLU para instrumentais cirúrgicos com e sem lúmen que indique limpeza adequada para esterilização. Método: Realizados 36 testes divididos em 3 grupos, utilizado o produto Ruhof ATP Complete®. Test® Swab para a parte ativa das pinças laparoscópicas e dos instrumentais de cirurgia aberta e o Test Instrusponge® para os lúmens. As pinças laparoscópicas foram avaliadas em 2 aspectos: 12 amostras do lúmen do tubo externo e 12 da parte ativa da pinça, após limpeza manual com serpilho e em lavadora ultrassônica para canulados com jato pulsátil por 15 minutos. Quanto aos instrumentais cirúrgicos foram avaliadas 12 amostras da parte ativa após limpeza automatizada em lavadora termodesinfectadora. Resultados: As medidas de ATP no instrumental com lúmen após limpeza manual e lavadora ultrassônica foram: entre zero e 9 RLUs, perfazendo media de 3 RLUs; na parte ativa do instrumental laparoscópico foram entre 0 e 29, com media de 6 RLUs e no instrumental cirúrgico foram entre 0 e 6, media igual a 1 RLU. Conclusão: Para os instrumentais cirúrgicos submetidos ao processo de limpeza padronizado nesta instituição será considerado limite de 29 RLUs. Será realizado acompanhamento continuo dos valores encontrados para posterior avaliação e adequação.

Palavras-chaves: ATP. Central de Material e Esterilização. Monitoramento da limpeza.

Page 70: grande plenária

[70]

45 - CÓD. 059 ESTERILIZAÇÃO EM UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA E USO DE UMA TECNOLOGIA LEVE

Autores Natalia Camelo do Nascimento Beserra1, Rebeca Cristina de Sousa Lopes

1, Fabia Maria Souza

2,

Debora Rodrigues Guerra1

Instituição 1UNIFOR – Universidade de Fortaleza – Av. Washington Soares, 1.321, Edson Queiroz, Fortaleza/CE

2UNICHISTUS – Centro Universitário Christus – Rua Israel Bezerra, 670, Dionísio Torres, Fortaleza/CE

Resumo

Introdução: Atualmente, pode-se ver nas Unidades de Atenção Primária à Saúde – UAPS a inadequação da estrutura física e organizacional no que diz respeito aos serviços de esterilização. Não é evidenciada ênfase sobre a temática nesses serviços, conforme verificado na vivencia pratica, na disciplina de Estagio supervisionado I, cujas etapas do processamento são realizadas de forma descentralizada e divergências em relação ao conhecimento técnico-cientifico. Neste contexto, um dos aspectos primordiais para as boas práticas é o conhecimento acerca do processamento de materiais. Portanto, nota-se necessária a construção de um recurso educativo que aborde acerca do processamento de materiais nas UAPS, com o objetivo de orientar os profissionais dessas unidades. Metodologia: Estudo metodológico, tratando-se da elaboração de um material educativo no formato de cartilha. Elaborado no período de março a maio de 2015 e desenvolvido em cinco etapas: escolha da tecnologia; preparação do conteúdo; seleção de ilustrações; elaboração e montagem da mesma. Foram respeitados os princípios éticos, referindo autores de cada trecho da cartilha. Resultados e discussão: A Central de Material e Esterilização nas UAPS, chamada de Simplificada – CMS, é o espaço destinado à recepção, limpeza, preparo, esterilização, guarda e distribuição do material. É dividida em duas salas, a Sala de Recepção, Lavagem e Descontaminação e a sala de Sala de Esterilização e Estocagem de Material Esterilizado1,11. O processamento de produtos definido como o conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras é abordado12. A limpeza e o preparo necessitam ser entendidos e executados como ponto primordial, visto que a presença de resíduos, biofilmes e elevada carga microbiana comprometem o contato com o agente esterilizante ou desinfectante13. Após confirmação da limpeza, os materiais podem ser embalados14. A desinfecção, indicada para os produtos semicríticos e não críticos consiste em um processo com menor poder letal, pois não destroem todas as formas de vida microbiana15. A esterilização é o método indicado para o processamento de produtos críticos, cujo objetivo é tornar um produto livre de todas as formas viáveis de microrganismos, incluindo esporos13. É importante se deter ao fato de que deve-se respeitar o volume máximo de preenchimento da câmera da autoclave, 70-80%, e montar a carga dispondo os artigos de modo a permitir a penetração do agente esterilizante, a retirada do ar e a secagem de líquidos11. As condições de transporte e armazenamento dos produtos processados interferem na esterilização, pois um material pode se contaminar antes do prazo de validade estabelecido, dependendo das condições da guarda e distribuição13. Por fim, os métodos de monitorização da esterilização formam um tópico responsável por estimular a implantação de um programa diário de controle do processo de esterilização por meio do monitoramento dos parâmetros críticos do ciclos13. Conclusão: Esta cartilha, como estratégia para educação em saúde, após a sua validação, seja instrumento facilitador de orientações e informações para os profissionais das UAPS sobre o processamento de materiais, e que possa ser utilizado em benefício do cuidado

Palavras-chaves: Esterilização. Unidade Básica de Saúde. Enfermagem.

Page 71: grande plenária

[71]

46 - CÓD. 062 FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM CME: RELATO DE CASO

Autores Juliana Lima da Rocha1, Maria Jéssica Oliveira

1, Geraldina Lemos Oliveira

1, Bruna Mega Novais

1

Instituição 1BIOXXI – Serviços de Esterilização Ltda – Rua Coronel Cabrita, 17, São Cristóvão, Rio de Janeiro/RJ

Resumo

Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) é definido pela RDC nº 15 como uma unidade funcional destinada ao processamento de produtos para saúde dos serviços de saúde. Setor este de fundamental importância para a instituição. O CME deve assegurar os processos de esterilização e para isso é necessário que haja profissionais aptos e treinados para executar as atividades com responsabilidade e profissionalismo, o que não encontramos em sua totalidade e profissionais inábeis acarretam em dificuldade na produção do CME levando a falhas no processo e possíveis infecções hospitalares. Há uma defasagem nos cursos de Enfermagem relacionado à abrangência de conteúdo no que tange o CME e não encontramos ofertas de cursos específicos nesta área. De acordo com a RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) nº 15/2012 os colaboradores do CME devem ser capacitados, garantindo assim, qualificação do profissional e excelência no processo. A educação dos colaboradores em esterilização é de suma importância, pois muitas vezes os colaboradores recrutados não têm a mínima noção dos processos executados dentro de um CME. OBJETIVOS • Tornar aptos para o desempenho das tarefas do CME profissionais (Técnicos de Enfermagem) antes sem experiência; • Diminuir o turnover da empresa devido à inaptidão dos colaboradores do CME. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória, realizada através do acompanhamento dos resultados do curso de formação em CME e o turnover no período de um ano (abril de 2015 a abril de 2016), em uma empresa terceirizadora dos serviços de esterilização do Estado RJ. O curso teve periodicidade mensal com duração de 22 dias úteis, contou com 08 turmas, a primeira com 11 alunos e as demais com 10 alunos cada; em sua maioria Técnicos de Enfermagem sem experiência na área, captados pelo RH da empresa citada; o curso foi ministrado por uma Enfermeira da Educação Continuada, abordando todo o conteúdo relacionado ao Centro de Material e Esterilização. Resultados: Os resultados nos mostram que houve uma diminuição de 53 % no Turnover da empresa referida e rendimento de 80,2% de aproveitamento do curso de Formação em CME no período avaliado. Conclusão: Neste estudo foi possível concluir que a capacitação profissional é fundamental para um CME e nos mostra que a grade curricular dos cursos deixa a desejar no conteúdo abrangente a este setor da enfermagem. As vantagens e benefícios adquiridos através do curso foi a diminuição das falhas já que os profissionais foram adequadamente preparados e a diminuição do turnover através da valorização desses profissionais atuantes na empresa descrita.

Palavras-chaves: CME. Formação. Profissionais.

Page 72: grande plenária

[72]

47 - CÓD. 063 FUMAÇA DO ELETROCAUTÉRIO: HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS E O RISCO À EQUIPE INTRAOPERATÓRIA

Autores Caroline Vieira Claudio1, Renata Perfeito Ribeiro

2, Júlia Trevisan Martins

2, Maria Helena

Palucci Marziale3, Maria Cristina Solci

2, José Carlos Dalmas

2

Instituição 1HCL – Hospital do Coração de Londrina – Rua Paes Leme, 1351, Vila Ipiranga, Londrina/PR

2UEL – Universidade Estadual de Londrina – Campus Universitário, Londrina/PR

3EERPUSP – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – Av. Bandeirantes, 3.900, Vila Monte Alegre,

Ribeirão Preto/SP

Resumo

Introdução: O eletrocautério tem sido amplamente utilizado nas cirurgias para eletrocoagulação e dissecção do tecido. Seu uso produz uma fumaça gerada pelo aquecimento do tecido a qual é composta por variados compostos químicos, incluindo hidrocarbonetos policíclicos aromáticos.¹ A inalação desta fumaça pode ocasionar efeitos maléficos à equipe intraoperatória que está exposta, incluindo sintomas respiratórios, como cefaleia, até mutação genética e câncer a estes trabalhadores.² Objetivos: Caracterizar a equipe intraoperatória exposta à fumaça do eletrocautério e analisar as concentrações dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos no ar das salas operatórias durante o ato cirúrgico. Método: Estudo de campo, exploratório e transversal com abordagem quantitativa, desenvolvido em um centro cirúrgico de um hospital público no Paraná, Brasil. Os dados foram coletados, entre abril a julho de 2015, durante 50 atos cirúrgicos em cirurgias do aparelho digestivo e abdominais que utilizaram o eletrocautério monopolar. Nas respectivas cirurgias foram coletados hidrocarbonetos policíclicos aromáticos por meio de uma bomba de sucção a vácuo. A respectiva bomba era fixada próximo ao campo operatório cujo prolongamento permanecia na zona de respiração da equipe cirúrgica sob a vazão de 120 litros/hora, sendo ligada durante a abertura do campo operatório até o fechamento do mesmo. Após a coleta, as concentrações dos hidrocarbonetos foram determinadas por cromatografia líquida. Os dados foram alimentados no software Statistical Package for a Social Science versão 20.0 e apresentados por estatística descritiva e analítica. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética sob registro nº 34232714.1.0000.5231. Resultados e discussão: Estavam expostos à fumaça cirúrgica 62 trabalhadores, sendo 11 (17,7%) técnicos de enfermagem, seis (9,7%) auxiliares de enfermagem, quatro (6,5%) residentes em enfermagem perioperatória; seis (9,7%) anestesiologistas; 11 (17,7%) residentes em anestesiologia; nove (14,5%) cirurgiões gerais; e 15 (24,2%) residentes em cirurgia geral. Do total, 25 (40,3%) eram do sexo feminino e 37 (59,7%) do masculino. Das 50 cirurgias, 11 (22%) foram as colecistectomias e sete (14%) as apendicectomias, sendo 27 (54%) abertas. O tempo médio cirúrgico foi de 136 minutos com desvio padrão de 84, e o tempo médio de uso do eletrocautério foi de 3,6 minutos com desvio padrão de 3,8. Foram identificados concentrações de hidrocarbonetos, incluindo o naftaleno e o fenantreno. O valor médio para o naftaleno foi de 0,0053 mg/m³ com desvio padrão de 0,0043. Para o fenantreno, a média foi de 0,0007 mg/m³ com desvio padrão de 0,0007. Apenas agência internacional americana recomenda os limites ocupacionais das concentrações de alguns hidrocarbonetos para variados ambientes ocupacionais que é 50 mg/m³ para o naftaleno e 0,2 mg/m³ para o fenantreno, considerando a exposição ocupacional para uma média de oito horas diárias trabalhadas, sem considerar a exposição nas salas operatórias durante variados tempos cirúrgicos.³ Conclusões: A fumaça do eletrocautério contém hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, naftaleno e fenantreno, no ar das salas operatórias, tanto em cirurgias abertas como nas videolaparoscópicas. As concentrações variaram, sendo que o naftaleno foi o composto de maior concentração encontrado. A presença destes hidrocarbonetos expõem os trabalhadores da equipe intraoperatória a riscos ocupacionais, incluindo o risco químico, mesmo que abaixo das concentrações permitidas por agência internacional. A exposição diária potencializa os efeitos na saúde da equipe intraoperatória, sendo essencial que os trabalhadores utilizem equipamentos de proteção individual, como a máscara N-95, a fim de proteger o trabalhador e evitar doenças ocupacionais.

Palavras-chaves: Exposição ocupacional. Eletrocirurgia. Fumaça.

Page 73: grande plenária

[73]

48 - CÓD. 065 GERENCIAMENTO DE EQUIPAMENTOS NO BLOCO OPERATÓRIO DE UM HOSPITAL SECUNDÁRIO DO PARANÁ

Autores Marisa Liboni Perez Paes1, Patrícia Gomes de Albuquerque Uratani

1, Keyla Nobue Matsumoto

Fukuda1, Victor Fernando Camargo de Oliveira

1, Leonel Alves do Nascimento

1, Lídia Fernandes

1

Instituição 1,2,3

HDAF – HZN – Hospital Dr. Anísio Figueiredo – Hospital Zona Norte – Rua Odilon Braga, 199, Londrina/PR

Resumo

Introdução: O incremento de novos equipamentos no bloco operatório, assim como o aumento da complexidade dos recursos tecnológicos permitem procedimentos cirúrgicos mais complexos e menos invasivos. No entanto se faz necessário o gerenciamento eficaz destes recursos, visto o grande valor agregado e também a segurança em sua utilização. O bom desempenho do bloco operatório está diretamente relacionado com a qualidade de seus processos e a combinação entre instalações físicas, tecnológicas e equipamentos adequados, operados por profissionais habilitados, treinados e competentes. Não possuímos gestão em engenharia clínica, no entanto, relatamos a experiência da implantação de um Histórico de Equipamentos do bloco operatório. Objetivos: Relatar a implantação e utilização do Histórico de Equipamentos no bloco operatório. Método: Relato de experiência da utilização de um método para controle de equipamentos no bloco operatório de um hospital público secundário do norte do estado do Paraná. O Histórico de Equipamentos foi desenvolvido e implantado em 2011, sendo a primeira etapa na implantação o levantamento de todos os equipamentos existentes, assim como as informações sobre eles. No total foram cadastrados 80 equipamentos, contendo descrição detalhada de cada defeito detectado, data da manutenção realizada, registro de saída e retorno do mesmo. Estas informações foram anexadas em uma ficha de identificação, juntamente com uma foto do equipamento, impressas e arquivadas em um fichário. Resultados e discussões: Através deste rigoroso controle, o enfermeiro da unidade consegue realizar com eficiência a gerência destes recursos, com inúmeros benefícios, tais como a avaliação de desempenho do equipamento, tempo de vida útil, controle de acessórios e a qualidade do uso. Estes dados possibilitam maior detalhamento nos descritivos, sendo utilizado inclusive como subsídios para a desqualificação de algumas aquisições. Conclusões: O controle de equipamentos faz parte das atribuições do enfermeiro assistencial do bloco operatório, sendo que as informações referentes a qualquer mudança no estado do equipamento deve ser atualizada em seu registro. Esta ferramenta possibilita um aumento na qualidade e segurança na utilização dos equipamentos no bloco operatório. Palavras-chaves: Equipamentos médicos. Gerenciamento de manutenção. Indicadores de serviço.

Page 74: grande plenária

[74]

49 - CÓD. 70 IMPACTO DO PROTOCOLO DE CIRURGIA SEGURA NA INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO

Autores Maria Antonieta Velosco Martinho1, Indy Ramos Galvão

1,

Instituição 1UNILUS – Fundação Lusíada – Rua Armando Salles de Oliveira, 150, Santos/SP

Resumo

O Segundo Desafio Global para Segurança do Paciente, nomeado como o Desafio “A Cirurgia Segura Salvam Vidas”, Trata-se de um programa da OMS voltado à segurança cirúrgica do paciente. Surgiu em 2008, onde especialistas prepararam um checklist, dividido em três etapas para segurança anestésica-cirúrgica do paciente durante o intra-operatório. O objetivo deste estudo foi a avaliação do impacto da aplicação dos protocolos de cirurgia segura nos índices de infecção do sitio cirúrgico, utilizando a metodologia de revisão bibliográfica. Como resultados após levantamento e cruzamento dos dados obtidos observamos que a aspiração pulmonar do conteúdo gástrico tem incidência de média de 2,3% das complicações durante os procedimentos cirúrgicos, sendo a pneumonia a complicação infecciosa mais presente, totalizando 1,7% desta porcentagem. Os resultados apontaram que falhas no funcionamento de equipamentos no intra-operatório são responsáveis por 2,5% das complicações neste período, sendo a complicação pulmonar a mais frequente relacionado a estas falhas. Dos estudos levantados encontramos um risco infeccioso muito elevado quando relacionado aos achados de corpos estranhos no sítio manipulado. Quase que a totalidade dos pacientes desenvolveram infecção, sendo resultante deste quadro a septicemia e até mesmo o óbito como complicação do quadro infeccioso. Os estudos apontam que 69% dos achados de corpos estranhos são campos operatórios descartáveis e 31% são instrumentais, agulhas e outros. Analisando os estudos observamos uma média de achado de corpos estranhos de 0,36%, índice este muito maior que o apresentado pela Organização Mundial de Saúde em 2009, que cita em torno de 0,01% de achados de campo operatório no sítio manipulado. Estudos apontam ainda um risco 8,8% maior em cirurgias de emergência, procedimentos não planejados e em procedimentos em pacientes com índice de massa corpórea acima de 25kg/m2. Os índices glicêmicos acima de 200mg/dl são descritos pelos autores como risco potencial para infecção 402% maior quando comparado a pacientes com índices glicêmicos normais. A hipotermiaintra-operatória também é citada como um risco aumentado para o paciente desenvolver infecções em torno de 13,1%, sendo o índice encontrado nos pacientes que mantiveram normotermiadurante a cirurgia 2,6%. A administração do antimicrobiano profilático foi outro fato relevante quanto a sua administração no tempo correto, em torno de 60 minutos antes do procedimento até próximo ao momento da incisão cirúrgica. Segundo a média encontrada nos estudos o risco é gradativamente aumentado frente a demora do início da primeira dose da profilaxia, chegando a cerca de 233% maior quando administrado após 3 horas do início do procedimento cirúrgico. Concluímos com o estudo que algumas das etapas durante a aplicação do protocolo de cirurgia segura resultarão em diminuição de índices de infecções do sítio cirúrgico a ainda outras infecções relacionadas a assistência à saúde, como exemplo as complicações pulmonares. Alguns dos itens aqui descritos estão explícitos no protocolo apresentada pela Organização Mundial da Saúde e outros devem ser enfatizados no momento da aplicação deste protocolo, como controle de glicemia para pacientes diabéticos e prevenção da hipotermia, podendo estes itens ser abordados no item eventos críticos previstos. Apesar de ser de grande relevância e importância controlar os indicadores de esterilização dos artigos usados no procedimento este assunto não foi discutido por nenhum autor dos estudos levantados, mas necessitamos também muito rigor quanto a esta análise. De forma geral o protocolo de cirurgia segura contribuirá para a diminuição dos índices de infecção das instituições.

Palavras-chaves: Segurança. Cirurgia. Infecção.

Page 75: grande plenária

[75]

50 - CÓD. 071 IMPACTO DO USO DE PROTOCOLOS NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO

Autores Laryssa Bezerra Santiago1, Adriana Kelly Almeida Ferreira

1, Elandia Farias Feitosa

1,

Kilvia Rodrigues Gomes Cavalcante1, Julliane de Brito Farias Câmara

1, Jéssica Rios Moura

1

Instituição 1HFT – Hospital Fernandes Távora – Avenida Francisco Sá, 5.445, Álvaro Weyne, Fortaleza/CE

Resumo

Introdução: As Infecções do Sitio Cirúrgico (ISC) são aquelas que ocorrem como complicação de uma cirurgia, comprometendo a incisão, tecidos, órgãos ou cavidades manipuladas, podendo ser diagnosticadas entre 30 dias após a realização do procedimento até três meses, dependendo do procedimento e da presença ou não de prótese¹. A ISC é uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil, ocupando a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde e compreendendo 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados. Estudo nacional realizado pelo Ministério da Saúde no ano de 1999 encontrou uma taxa de ISC de 11% do total de procedimentos cirúrgicos analisados². Objetivo: Analisar o impacto do uso de protocolos na prevenção de Infecção de Sítio Cirúrgico em hospital terciário no munícipio de Fortaleza/CE. Método: Trata-se de um estudo descritivo exploratório, com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em um bloco cirúrgico de um hospital terciário, localizado no munícipio de Fortaleza/CE, com os dados de incidência de infecção de sítio cirúrgico nas cirurgias realizadas, no período de janeiro a dezembro de 2015. A coleta de dados foi realizada por meio de formulários da instituição. Resultado: Foi analisado que dentre as 771 cirurgias realizadas no período do estudo, 14 foram infecção de sítio cirúrgico, resultando uma taxa de ISC geral na instituição de 1,81%. Ao analisar a incidência de ICS por grau de contaminação, foi observada ISC em 04 cirurgias limpas, o que representa 26,57% do total de cirurgias que complicaram, sendo uma reconstrução com retalho miocutâneo e três confecção de fistulas arteriovenosas, no período foram realizados 387 procedimentos limpos o que evidência que a incidência de ISC 1,03% nas cirurgias classificadas como limpas, a literatura recomenda taxas de ISC em cirurgias limpas sejam inferiores a 2%, fato encontrado em nossa instituição. As outras 10 ISC (71,42% dos procedimentos que complicaram) foram cirurgias potencialmente contaminadas, distribuídas em duas pelveglossomandibulectomias, duas laringectomias total, uma nefrectomia com linfadenectomia retroperitoneal, uma toracectomia, duas laparotomias exploratória e uma artroplastia de quadril e uma tireoidectomia total, ambas com dreno, por isso classificadas nesse tipo de cirurgia, totalizando de 349 procedimentos, originando assim numa taxa de ISC de 2,86%, e vale ressaltar que a ISC da artroplastia de quadril foi superficial e não de prótese. A estimativa de ocorrência de ISC em cirurgias potencialmente contaminadas deve ser menor que 10%, no estudo foi observado que os números encontrados neste serviço são muito menores que o recomendado na literatura. Conclusão: Os achados evidenciam que a implementação das medidas de prevenção adotadas nos protocolos da instituição e a aplicação destes de forma correta, nos auxiliaram a reduzir a taxa de infecção de sítio cirúrgico, além do acompanhamento deste paciente desde a sua internação, avaliando-o até a alta hospitalar, bem como o rastreamento no pós-operatório tardio auxiliam no controle destas taxas. Palavras-chaves: Infecção de sítio cirúrgico. Centro cirúrgico. Protocolos.

Page 76: grande plenária

[76]

51 - CÓD. 072 IMPLANTAÇÃO DE ANTISSEPSIA CIRÚRGICA ALCOÓLICA DAS MÃOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Juliana Prates1, Francyne Lopes

2, Diego Stumpfs

2, Gabrielli Guglielmi

2, Roseli Cristofolini Bobsin

2,

Rita Catalina Aquino Caregnato1

Instituição 1UFCSPA – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Rua Sarmento Leite, 245

Porto Alegre/RS 2HMD – Hospital Mãe de Deus – Rua José de Alencar, 286, Porto Alegre/RS

Resumo

Objetivos: Relatar a experiência de implantação do antisséptico alcoólico para o preparo das mãos da equipe cirúrgica. Método: Relato de experiência de implantação de solução alcoólica para antissepsia cirúrgica das mãos em substituição a escovação, durante os meses de dezembro de 2014 a julho de 2015. Resultados: A escolha do produto baseou-se na análise de documentação e testes de utilização. O antisséptico alcoólico foi oferecido como alternativa à utilização das escovas impregnadas com antisséptico. Foram disponibilizados artigos científicos e cartazes para os profissionais. Observou-se 282 procedimentos. A taxa de adesão à solução alcoólica variou de 33% no mês da implantação a 54% e a adesão à técnica correta foi observada em apenas 35,8% das oportunidades. Conclusão: Houve considerável adesão à solução alcoólica e observou-se impacto econômico e demanda de capacitações para a técnica correta. Há necessidade de identificar fatores mobilizadores e barreiras para a implantação dessa tecnologia.

Palavras-chaves: Antissepsia. Infecção. Enfermagem.

Page 77: grande plenária

[77]

52 - CÓD. 073 IMPLANTAÇÃO DE KITS PARA ATENDIMENTO PRIMÁRIO EM URGÊNCIA/EMERGÊNCIA

Autores Lia Jeronymo Romero1, Pamela Daniele dos Santos Oliveira

1, Swamy Marconi

1, Carolina Regina

Gonçalves Ferreira1, Melina Schettini

1

Instituição 1HVC – Hospital Vera Cruz – Rua 11 de Agosto, 490, Campinas/SP

Resumo

Introdução: O centro cirúrgico ocupa lugar de destaque no hospital tendo em vista as finalidades e a complexidade dos procedimentos nele realizados. É um setor fechado, repleto de normas e rotinas e com um grau de estresse consideravelmente elevado. Tal fato se dá por diversos fatores, dentre eles o fato de que ocasionalmente as demandas de trabalho podem ser maiores que a capacidade de enfrentamento, gerando assim uma ameaça aos profissionais ali atuantes. A atuação nessa unidade tem como objetivo final o atendimento seguro e bem-estar do paciente cirúrgico, seja em procedimentos previamente agendados ou àqueles realizados em caráter de urgência/emergência. Para que se consiga a plena realização das atividades rotineiras com todas as exigências nelas impostas é necessário que a equipe trabalhe de forma harmoniosa e, acima de tudo que sejam preparados, capacitados e tenham conhecimento pleno dos processos, dos equipamentos, assim como materiais, instrumentais e OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais). É de extrema importância que a equipe de enfermagem atuante no centro cirúrgico saiba a importância da variável tempo nesse ambiente, principalmente quando se diz respeito aos atendimentos de urgência e emergência, considerando-se que a agilidade e o início precoce do procedimento estarão diretamente relacionados à qualidade do atendimento prestado ao paciente. Objetivos: Levando-se em consideração as dificuldades apontadas pela equipe de enfermagem e as constantes reclamações das equipes cirúrgicas em relação ao tempo demandado entre à solicitação do procedimento e o seu início propriamente dito, foram elaborados kits específicos de urgência separados por especialidades. O presente estudo tem como objetivo relatar a experiência da elaboração e implantação desses kits para atendimento primário em urgência/ emergência, visando a otimização do tempo e a assertividade na busca materiais, OPME e equipamentos. Metodologia: Trata-se de um trabalho de abordagem metodológica qualitativa de caráter descritivo que relata o processo de implantação dos kits de urgência/emergência em um hospital privado de grande porte que presta assistência geral e realiza cirurgias de pequeno, médio e grande porte todos os dias da semana, nos períodos diurno e noturno. Foi realizado a abordagem dos chefes das especialidades neurologia, vascular, ortopedia, geral, endoscopia e urologia com o objetivo de levantar os principais procedimentos de urgência e emergência realizados, assim como equipamentos, caixas de instrumentais, itens da farmácia e os principais OPME utilizados nestes casos. Após o levantamento das necessidades, as unidades envolvidas, Centro cirúrgico (CC), OPME, farmácia e central de materiais esterilização (CME), reuniram-se e houve o desenvolvimento da planilha com todos os kits bem como a descrição de todos os materiais disponibilizados em cada um deles. Resultados e discussão: Após a disponibilização dos kits e o devido treinamento às equipes envolvidas, notou-se que a implantação dos mesmos foi de grande valia, visto que o objetivo final, diminuição de tempo demandando para a montagem de sala operatória e agilidade para a equipe de enfermagem, foram alcançados. Conclusão: O presente estudo abordou o tempo médio para montagem de sala operatória para cirurgias de urgência e emergência, com os materiais e equipamentos necessários. Observou-se que o uso dos kits de urgência otimizaram o processo.

Palavras-chaves: Urgência cirúrgica. OPME. Centro cirúrgico.

Page 78: grande plenária

[78]

53 - CÓD. 074 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA INFORMATIZADO DE RASTREABILIDADE EM MATERIAIS CONSIGNADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Fernanda Patricia dos Santos1, Silmara de Oliveira Silva

1, Cybele Ferreira Ioshida

1, Rosangela

Claudia Novembre1

Instituição 1HSC – Sociedade Hospital Santa Catarina – Av. Paulista, 200, Bairro Bela Vista, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) é uma unidade de apoio que fornece os produtos para saúde devidamente processados para as unidades do hospital a fim de serem utilizados na assistência direta ao paciente(1). Segundo RDC 15/2012 e AAMMI ST79 o CME deve dispor de um sistema de informação manual ou automatizado com registro do monitoramento e controle das etapas de limpeza e desinfecção ou esterilização(2), sendo possível rastrear o processamento de um produto até a utilização. A informática apesar de já aplicada há muito tempo na área da saúde, no CME ainda é uma ferramenta nova(3). Neste estudo foi enfatizado a rastreabilidade informatizada do material consignado devido seu impacto na rotina diária do CME relacionado ao escasso tempo de preparo e alto custo do material. Objetivos: Descrever a implantação da rastreabilidade informatizada nos materiais consignados dentro do CME. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência em um hospital geral de grande porte da cidade de São Paulo. Para a implantação foram elaboradas 20 cartelas com códigos de barra gerados por um software especifico em gestão de CME, separadas para material implantável e instrumental. A aplicação do código de barras utilizado para rastrear o material, inicia na área de limpeza no momento do recebimento em cada caixa ou bandejas se desmembrado. Após a limpeza e preparo o sistema gera a etiqueta com o respectivo código de barra do produto/unidade com o nome do paciente, médico, empresa, quantidade de peças. Com este código de barra é realizado a rastreabilidade do material em todas as fases: limpeza, preparo, esterilização, distribuição, retorno para limpeza e devolução. Resultados: No inicio da implantação houve resistência por parte da equipe na adesão ao novo processo de trabalho, principalmente na inserção do material no sistema em todas as fases, ocasionando perda da rastreabilidade informatizada. Com as reuniões periódicas, acompanhamento do processo e entendimento da equipe de trabalho houve melhora dos resultados, diminuindo do número de caixas não inseridas no sistema. Conclusões: A rastreabilidade informatizada nos processos de CME apesar de pouco empregada e com difícil adesão da equipe, traz inúmeros benefícios como a otimização do tempo de trabalho, maior segurança para os processos, para o paciente e colaborador. Trata-se de uma ferramenta de grande importância para assegurar a qualidade da gestão e desenvolvimento processos utilizados pelo CME.

Palavras-chaves: Rastreabilidade. Informática. Material consignado.

Page 79: grande plenária

[79]

54 - CÓD. 075 IMPLANTAÇÃO DE UM NOVO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Maria Carolina Ximenes Souza Leão Figueira1, Bianca Pessoa de Mello

1

Instituição 1RHP – Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco – Av. Agamenon

Magalhães, 4.760, Paissandu, Recife/PE

Resumo

Introdução: O CME constitui a unidade funcional destinada ao processamento de produtos para a saúde utilizados nos procedimentos realizados nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) e requer investimento em infra-estrutura aliado a novas tecnologias para acompanhar o crescimento técnico-científico da área. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi relatar a experiência de implantação do maior e mais equipado CME do norte-nordeste. Método: Trata-se de um estudo descritivo e analítico, do tipo relato de experiência, na qual foi desenvolvido um projeto de arquitetura para uma área de 700m² alinhado com o planejamento estratégico da instituição. Resultados: instalação de 21 equipamentos (4 lavadoras ultrassônicas, 1 lavadora de carros e utensílios, 5 termodesinfectoras, 3 secadoras, 5 autoclaves a vapor, 3 autoclaves de baixa temperatura), 28 acessórios (pistolas de ar, água, seladoras, incubadoras, etiquetadoras, dispositivos de corte, suportes de embalagem, lupas de inspeção) e automação. Na infra-estrutura, houve implantação de uma estação de tratamento de água por osmose reversa, boiler para aquecimento e geradores elétricos. A estrutura organizacional foi equipada com estações de trabalho ergonômicas e uma linha de produção logística com demanda contínua, seguindo um fluxo unidirecional, com barreiras técnicas e físicas entre as áreas sujas e limpas, controle de acesso por biometria, sinalização interna bilíngue e sistema de rastreabilidade. Resultados: Aumento da capacidade operacional, cumprimento dos requisitos técnicos vigentes, sustentabilidade do processo, análise crítica dos indicadores de qualidade através da gestão dos processos. Conclusão: O Novo CME apresenta-se como referência em prestação de serviços de processamento de produtos para a saúde com excelência, garantindo assim a segurança do paciente.

Palavras-chaves: Arquitetura. Planejamento. Projeto.

Page 80: grande plenária

[80]

55 - CÓD. 076 IMPLEMENTAÇÃO DA RASTREABILIDADE NO CENTRO DE MATERIAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Osmarina Dantas Estevam2, Jailson de Castro Freitas

3

Instituição 2IOF – Instituto de Oftalmologia e Otorrinolaringologia de Fortaleza – Av. Des. Moreira, 2.649,

Dionísio Torres, Fortaleza/CE 3UNIFOR – Universidade de Fortaleza – Av. Washington Soares, 1.321, Edson Queiroz, Fortaleza/CE

Resumo

Introdução: A constante procura por padrões de qualidade nos estabelecimentos de assistência à saúde – EAS, tornou-se uma notável evidência no cenário mundial, chegando a ser considerada indispensável para a sobrevivência das instituições da saúde. Rastreabilidade de produtos é a capacidade de traçar histórico de processamento e da sua utilização, por meio de informatização previamente registrada no centro de material e esterilização – CME. Objetivo: Relatar a implementação do sistema de rastreabilidade em um centro de material e esterilização em um serviço de odontologia em uma universidade privada em Fortaleza/CE. Método: Trata-se de um estudo descritivo analítico do tipo relato de experiência realizado por enfermeiro com apoio do técnico em informática para a parametrização do sistema local. O referido Curso possui em torno de 625 alunos, destes, 436 utilizam materiais do CME, estão disponíveis um total de 98 consultórios, distribuídos em duas clínicas: Multidisciplinar com alunos do 4° ao 8° semestres e Clínica Integrada com os alunos do 9° e 10° semestres. O atendimento é voltado aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e atendimento e funcionários da instituição. Resultados e discussão: No período de dois anos, foi buscado alternativas para rastrear os diversos materiais utilizados pelos alunos e professores do curso de odontologia, sendo notável a necessidade de criar um sistema que pudesse rastrear e vincular informações com o sistema acadêmico da própria universidade. Os alunos matriculados nas disciplinas de laboratórios e clínicas têm o acesso ao sistema através da página online da instituição, em qualquer lugar o aluno faz seu agendamento pela internet dos materiais que serão utilizados no próximo atendimento/aula escolhendo a disciplina e os itens individuais, kits e bandejas, ao dirigir-se para área da distribuição é requerido que o mesmo digite sua matrícula em um teclado numérico e sua solicitação surge na tela para o colaborador do CME, fazer leitura de todos os itens com pistola leitor de códigos de barra, para que seja efetuada a entrega duplamente conferida pelo aluno/professor e concluída com sua senha individual. Após o uso do material, este é devolvido para o expurgo, onde o processo de abertura da tela do aluno é o mesmo. Porém, a devolução dos instrumentais que estavam em kits e bandejas são apresentados individualmente na tela para conferência pelo colaborador, e quando um item não retorna gera-se uma pendência que é registrado pelo sistema e o aluno só consegue retirar novamente se resolver a pendência com a enfermeiro do setor. Os materiais passam pelo processo de lavagem por lavadora ultrassônica ou termodesinfectora. No preparo, todos os itens recebem uma nova etiqueta com códigos de barras contendo nome do produto, quantidade de itens e data. Quando uma carga é montada, abre-se uma tela para escolher a autoclave, o número e tipo do ciclo, o colaborador que preparou e é possível registrar todos os pacotes do ciclo, passando o leitor nos mesmos. É importante destacar que todas as etapas são gerenciadas pelos enfermeiros. Considerações finais: Assim, a implementação da rastreabilidade do CME oportunizou o gerenciamento eficaz dos produtos para saúde, contribuindo para as boas práticas em atendimento as exigências legais. No entanto, foi considerado que o avanço das tecnologias leve/duras trouxe grande contribuição para os estabelecimentos de assistência à saúde, controlando o processo de trabalho no CME impactando diretamente na qualidade.

Palavras-chaves: Rastreabilidade. Sistema de informação. Controle de estoque.

Page 81: grande plenária

[81]

56 - CÓD. 077 IMPLEMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE LATERALIDADE NUM HOSPITAL MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

Autores Marcos Antonio Macedo dos Anjos1, Teresa Cristina Brasil Ferreira

1, Nilson de Lima Linhares

Ferreira1, Juliana Leitão Berendonk

1, Marisa Figueiredo Alves Tibellio

1, Monica Aglaiz Brasil

Marechal1

Instituição 1HMMC – Hospital Municipal Miguel Couto – Rua Mário Ribeiro, 117, Gávea, Rio de Janeiro/RJ

Resumo

Introdução: Segundo a taxonomia da Organização Mundial de Saúde (OMS), “Segurança do paciente é a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde”¹. Os eventos adversos cirúrgicos são incidentes que resultam em dano ao paciente. A OMS estabeleceu um programa para garantir a segurança em cirurgias que consiste na verificação de alguns itens no processo cirúrgico. Isso garante que o procedimento seja realizado de acordo com o que foi planejado, atendendo aos cinco certos: paciente, procedimento, lateralidade (lado a ser operado), posicionamento e equipamentos. Um dos resultados desse programa foi monitorado através do indicador de marcação de lateralidade. Embora a cirurgia em local errado ou no paciente errado seja rara, mesmo um incidente isolado pode resultar em dano considerável ao paciente². Em um estudo com 1.050 cirurgiões da mão, 21% relataram ter realizado pelo menos uma cirurgia em local errado em suas carreiras. Objetivo: Avaliar o percentual de pacientes que chegam ao centro cirúrgico com a correta marcação de lateralidade e com consentimento informado assinado. Nossa meta para o indicador foi estabelecida em 100% tanto para a marcação da lateralidade quanto para o consentimento informado. Metodologia: Após treinamentos com a equipe cirúrgica para implementação do protocolo foi realizado um levantamento aleatório durante o mês de fevereiro pelos enfermeiros do centro cirúrgico que anotavam no mapa cirúrgico os pacientes que entravam com lateralidade marcada e consentimento informado assinado. No levantamento realizado em uma amostra de 77 pacientes, 35% tinham a marcação da lateralidade e 28% dos pacientes assinaram o termo de consentimento informado. Discussão: O protocolo de cirurgia segura e lateralidade, são de baixo custo e recomendados por muitas sociedades profissionais e, se seguidos com zelo e consideração, promovem a prática de cirurgia segura. O protocolo de lateralidade vem sendo implementado num hospital da rede pública do Rio de Janeiro com objetivo de evitar erros cirúrgicos como operação do local errado ou paciente errado. É feito antes do encaminhamento do paciente ao centro cirúrgico seguindo os seguintes critérios: sempre que possível, a etapa é empreendida com o paciente envolvido, acordado e consciente; o paciente, o local e o procedimento são confirmados checando os registros e as radiografias do paciente; o paciente deve assinar o termo de consentimento da cirurgia e os dados contidos no mesmo devem ser checados: paciente, lateralidade e procedimento cirúrgico na presença do cirurgião; a demarcação da lateralidade deve ser feita na pele do sítio operatório ou próximo a ele; claramente visível, e feita com um marcador permanente para que a marcação não seja removida durante a preparação do sítio; tipo de marca: seta apontando para o local a ser operado. No consentimento informado o médico deverá explicar o procedimento ao qual o paciente será submetido, inclusive seus riscos e solicitar a assinatura do paciente. Conclusão: O número de pacientes com o lado marcado apesar de muito abaixo do esperado já demonstra que a iniciativa de implementação do protocolo tem começado a gerar mudanças na cultura de segurança da equipe que se propôs a coloca-lo em prática, e propõe que o processo de educação continue até que os objetivo seja alcançado: a segurança dos pacientes.

Palavras-chaves: Segurança do paciente. Centro Cirúrgico. Tecnologia em saúde.

Page 82: grande plenária

[82]

57 - CÓD. 078 IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SERVIÇO NO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO (CME)

Autores Ana Paula França1, Monneglesia Santana Lopes

1

Instituição 1H.Ort – Hospital Ortopédico – Av. Getúlio Vargas, 909, Centro, Feira de Santana/BA

Resumo

Introdução: O Centro de Material e Esterilização (CME) é elemento de considerável importância em um ambiente hospitalar, uma vez que este é responsável pelo recebimento, limpeza, desinfecção, esterilização, armazenagem e distribuição de artigos médico-hospitalares, assegurando a qualidade necessária para uma boa assistência e segurança do paciente/cliente. Objetivo: Avaliar o impacto da educação em serviço dos profissionais de saúde atuantes no CME de uma unidade hospitalar de médio porte da cidade de Feira de Santana, Bahia, sobre os processos de trabalho desenvolvidos, associando conhecimento teórico a prática diária de cada trabalhador. Método: O método utilizado para realização deste trabalho foi a pesquisa-intervenção, concebida e realizada em estreita associação com uma ação voltada para a prática, com a possibilidade de transformação, onde o pesquisador e participantes estão envolvidos de modo cooperativo e participativo. Os participantes da intervenção foram os técnicos de enfermagem que atuam no CME (19 ao total), sendo 04 destes atuantes no CME e Centro Cirúrgico associadamente e 05 instrumentadores cirúrgicos. Para melhor implementação das ações, subdividiu-se o estudo em etapas. PRIMEIRA ETAPA: desenvolvido um projeto de intervenção, utilizado como norteador das ações. SEGUNDA ETAPA: traçado um diagnóstico situacional do CME com levantamento dos limites e possibilidades do setor, com destaque para a análise das condições de trabalho operantes e de que maneira essas condições afetavam a qualidade dos serviços prestados. TERCEIRA ETAPA: ministrados treinamentos diários teórico-práticos com participação ativa dos profissionais e incentivo à valorização dos mesmos, além de ter sido traçado um calendário com aulas quinzenais com intuito de agregar conhecimento científico através da educação em serviço. Utilizado referencial teórico de amplo reconhecimento. QUARTA ETAPA: avaliação das ações. Resultados e discussão: Através da observação das ações realizadas no cotidiano foi notória a melhoria da assistência prestada no CME, onde os colaboradores passaram a buscar o desenvolvimento de um trabalho com uniformidade e nítido interesse no aprimoramento de suas ações. A educação em serviço foi reconhecida por todos os envolvidos como uma estratégia positiva para transformação de processos. Na prática, surgem limites que se constituem como desafios ainda a serem superados, principalmente relacionados a impasses estruturais do serviço. Conclusão: Pelo reconhecimento da responsabilidade do CME no interior das instituições, entende-se que é através da percepção da importância da educação em serviço, aliado a supervisão das práticas diárias, que se alcançam mudanças. A educação em serviço é instrumento fundamental para aprimoramento do CME, o qual possui características peculiares, onde o processo de trabalho se constitui por práticas específicas interrelacionado ao conhecimento científico. O CME é reconhecido pela produção de cuidados indiretos à assistência a saúde, disponibilizando o suporte necessário para diferentes áreas assistenciais, repercutindo de forma positiva na segurança do paciente. A médio e longo prazo as ações implementadas a partir deste estudo serão consistentemente avaliadas com a proposta da criação de indicadores, sob a perspectiva futura de resultados cada vez melhores.

Palavras-chaves: Centro de Material e esterilização. Educação em serviço. Profissionais de saúde.

Page 83: grande plenária

[83]

58 - CÓD. 079 IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO EM CME PARA A QUALIDADE DOS ARTIGOS PROCESSADOS

Autores Mário Chagas Rodrigues Júnior1, Jacimara Machado Freire dos Santos

1, Benedito Andrade Neto

1,

Maria José do Nascimento Silva1,4

, Eliane da Costa Lobato da Silva1,2,4

, Ana Patrícia Gomes Vasconcelos

1,2,4

Instituição 1,2,3

FAPAN – Faculdade Pan-Amazônica – Rua dos Mundurucus, Bairro Guamá, Belém Pará/PA 4HUJBB – Hospital Universitário João de Barros Barreto – Rua dos Mundurucus, Bairro Guamá,

Belém Pará/PA 5FAPEN – Faculdade Paraense de Ensino – Trav. Vileta Pedreira, Belém Pará/PA

Resumo

Introdução: Nos dias atuais a ocorrência de infecção hospitalar causado por artigos processados de maneira incorreta, ainda é frequente. No entanto sabemos que para mudar essa realidade, devemos dar importância ao CME e a uma gerência de enfermagem atuante, quanto a fiscalização, preparo e treinamento aos profissionais que executam os processos, considerando a importância de um Centro de Material e Esterilização e enfatizando o gerenciamento de enfermagem, que é responsável por conduzir todas as etapas desenvolvidas dentro do CME. Objetivos: Analisar a importância do enfermeiro no gerenciamento do Centro de Material e Esterilização na a qualidade dos artigos processados. Método: Pesquisa descritiva, exploratória de campo numa abordagem qualitativa realizada em um Hospital Universitário. A população do estudo foi constituída pelos profissionais de enfermagem do Centro de Material e Esterilização (CME). No período de setembro de a outubro de 2015, com a aplicação dos questionários. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, através do Parecer Consubstanciado nº CAAE: 50795315.0.0000.0017. Resultados: foram divididos em categorias: Categoria I - Importância da CME: “[...] é importante por fazer parte do controle de infecção hospitalar, por dar apoio aos serviços assistenciais.” (E1). “[…] garantir a qualidade do processamento dos artigos promovendo segurança a equipe e pacientes... “(E15). O CME devido à complexidade das atividades tem importância destacada, tanto do ponto de vista técnico-administrativo quanto econômico, pois as atividades exercidas nessa unidade, necessitam de condições ambientais e estrutura organizacional adequadas, garantindo a qualidade do processamento dos produtos para a saúde e uma assistência de excelência ao paciente. ¹ Categoria II - Gerenciamento de Enfermagem: “[...] em relação a gerência de enfermagem é que irá prove e prevê a necessidade de materiais [...] como também capacita a equipe para que se busque qualidade dos serviços com a validação dos processos”. (E 01) No que tange à melhoria desse processo, a participação dos enfermeiros é imprescindível para o avanço do CME, por serem responsáveis técnicos pelo setor, atuando no gerenciamento e qualidade da assistência. “[...] a presença do enfermeiro favorece um bom desempenho dos serviços, e consequentemente a qualidade do processamento de artigos”. O enfermeiro que trabalha em Centro de Material e Esterilização (CME) enfrenta uma séria de desafios principalmente para gerenciar recursos humanos e materiais de forma a aperfeiçoar resultados que atendam a demanda dos diversos setores da instituição 5. Os entrevistados associam o desempenho do gerente aos seus conhecimentos e competência no desenvolvimento de suas funções, como se percebe nas entrevistas. “[...] a condução do trabalho na CME é dado pela importância da gerência de enfermagem e o grau de competência tem um resultado mais satisfatório”. (T 06) A RDC nº15/2012, determina que o CME tenha um profissional enfermeiro exclusivo no CME durante toda a jornada de trabalho. 1 “[...] a presença do enfermeiro favorece um bom desempenho dos serviços, e consequentemente a qualidade do processamento de artigos”. (E 17) O gerenciamento de enfermagem mediante suas atividades de organização tanto de materiais quanto de pessoas, caracteriza a produção de materiais em condições seguras para serem utilizadas na assistência. 6 Conclusão: Concluímos que, o CME é um setor vital para a manutenção da saúde da sociedade de uma forma geral e que os trabalhadores deste setor precisam estar em constante atualização em conformidade com os avanços tecnológicos.

Palavras-chaves: Centro de esterilização. Enfermagem. Gerência.

Page 84: grande plenária

[84]

59 - CÓD. 080 INCIDÊNCIA DE ENDOFTALMITE APÓS CIRURGIAS DE CATARATA: UM ESTUDO DE SETE ANOS

Autores Reginaldo Adalberto Luz1, Flávia Sotolani Silva

4, Lincoln Pereira da Silva Dall'Oglio

3,

Tadeu Cvintal3, Wagner Ghirelli

3, Maria Clara Padoveze

2

Instituição 1FCMSCSP – Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – Rua Doutor Cesário

Motta Júnior, 61 - Vila Buarque, São Paulo/SP

2EEUSP – Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo – Av. Dr. Enéas de Carvalho

Aguiar, 419, São Paulo/SP

3IOTC – Instituto de Oftalmologia Tadeu Cvintal – Rua Maria Figueiredo, 283, Paraíso, São

Paulo/SP

4BOS – Banco de Olhos de Sorocaba – Praça Nabek Shiroma, 210, Jardim Emilia, Sorocaba/SP

Resumo

Introdução: Endoftalmite, termo que define a infecção intraocular, é uma das complicações pós-operatórias mais temidas após cirurgias de catarata. Sua incidência após cirurgias de catarata pode chegar até 0,71%(1). O prognóstico na maioria das vezes é desfavorável, evoluindo para uma baixa acuidade visual (BAV). Nos casos mais graves é necessária a retirada do globo ocular ou de seu conteúdo interno (2,3). Objetivo: Relatar a incidência e as características epidemiológicas dos casos de endoftalmite após cirurgias de catarata em um centro oftalmológico. Método: Trata-se de estudo de coorte através da revisão dos prontuários de pacientes submetidos à cirurgia para extração da catarata entre os anos de 2008 e 2014 que tiveram o diagnóstico médico de endoftalmite em até seis semanas após a cirurgia. A instituição mantém um sistema de busca ativa para endoftalmite desde 2007 o que possibilitou identificar todos os casos em um banco de dados específico. O estudo foi realizado em uma instituição filantrópica situada na cidade de São Paulo após aprovação do Comitê de Ética em atendimento à Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde sob o número CAAE: 11211413.6.0000.5392. Resultados: Foram realizadas 27.609 cirurgias de catarata durante o período do estudo e identificado 35 casos de endoftalmite. A taxa de incidência acumulada de 0,14% com uma variação anual de 0,04% à 0,27%. Dentre os pacientes afetados, 18 eram do sexo feminino e 17 do sexo masculino. A média de idade foi de 68,1 anos (variação 47 a 83; anos, DP 9,9). A complicação intraoperatória mais frequente foi a rotura da cápsula posterior com perda vítrea, que ocorreram em 10 (28,6%) cirurgias, as quais são consideradas como um dos fatores de risco para endoftalmite. O tempo decorrido entre a cirurgia e o diagnóstico de endoftalmite variou de um à quatro dias (média de 7 dias; DP 8,3 dias), confirmando a manifestação precoce deste tipo de infecção. Quanto a apresentação clínica, mais de 60% dos pacientes apresentaram flare, edema de córnea, hipópio, células na câmara anterior do olho e BAV. Dor ocular foi relatado por 24 (68,6%) pacientes. Encaminhou-se amostra de conteúdo vítreo para cultura microbiana de 27 casos. Foram identificados 12 (44,4%) casos com Gram-positivos, com maior frequência de Staphylococcus coagulase-negativo e 5 (18,5%) P. aeruginosa. Em 10 (37%) das culturas não houve crescimento microbiano. Como tratamento imediato, todos os pacientes receberam injeção de antibiótico intra-vítreo e dentre eles 22 (62,9%) foram submetidos à cirurgia de vitrectomia posterior como procedimento adicional. Quanto à acuidade visual final, 26 (74,3%) dos pacientes apresentaram um percentual de eficiência de visão central igual ou menor que 10%, o que significa deficiência visual. Conclusão: Endoftalmite após cirurgias de catarata tem uma incidência baixa e sua manifestação clínica ocorre geralmente nos primeiros dias após a cirurgia. Os principais agentes etiológicos são os microrganismos Gram positivos e o tratamento inicial de escolha inclui a injeção de antibiótico intra-vítreo. A maioria dos pacientes evoluíram para uma acuidade visual compatível com a deficiência visual. A enfermagem deve ter um papel ativo na busca e acompanhamento dos casos de endoftalmite, a fim desempenhar o seu papel na educação do paciente e contribuir para diagnóstico precoce dos casos e elaboração de estratégias de prevenção.

Palavras-chaves: Catarata. Endoftalmite. Enfermagem.

Page 85: grande plenária

[85]

60 - CÓD. 84 INDICADOR DE RESULTADO PARA EMBALAGENS: VIÉS DA AVALIAÇÃO

Autores Daniela Oliveira Pontes1, Carina Mugart dos Santos

1, Aline Ferreira de O. dos Santos

1,

Berendina Bouwman Christoforo2

Instituição 1UNIR – Universidade Federal de Rondônia – BR 364 s/n, Rondônia/RO

2UFG – Universidade Federal de Goiás – Rua 227, Setor Universitário, Goiás/GO

Resumo

Introdução: Dentre os processos de avaliação do Centro de Material e Esterilização (CME) os indicadores de qualidade para resultado constituem um instrumento gerencial significativo. Os indicadores são medidas objetivas e definidas daquilo que se pretende conhecer, permitindo, por meio de seus resultados, evidenciar problemas e propor soluções para que estes não reapareçam (BONATO, 2011). Graziano et al. (2009), propõem um indicador de resultados para avalição de embalagens que se insere no cenário de qualificação do CME. Objetivo: Avaliar o uso do indicador de resultado para embalagens proposto por Graziano et al. (2009). Método: Pesquisa avaliativa descritiva. A coleta de dados realizou-se por meio de inspeção das embalagens no setor de guarda e distribuição de materiais em um CME classe II, de uma instituição de saúde, onde foram selecionadas 100 embalagens por amostragem intencional. O indicador utilizado foi: (Total de embalagens de artigos esterilizados com problemas de conservação)/(Total de embalagens inspecionadas)×100. Foram avaliadas as embalagens de tecidos de algodão, papel grau cirúrgico e não tecido (SMS). Resultados e discussões: Para utilização do indicador de resultado foi necessário agregar critérios para identificar os problemas de conservação, fato que permite uma potencial variação nos resultados do indicador. Para este caso consideramos os aspectos de conservação abordados por SOBECC (2013). As 100 embalagens avaliadas apresentaram problemas de conservação como: empilhamento, rasgos e ruptura do sistema de fechamento ou selagem. Nos pacotes de tecido de algodão identificou-se os seguintes problemas de conservação: rasgos, empilhamentos, tecido não duplo, remendos e cerzidas e rompimento do fechamento do pacote. No papel grau cirúrgico foram verificados os seguintes problemas: identificação diretamente no pacote, empilhamentos, ruptura da termosselagem e sinal de queima no papel. Nas embalagens não tecido foram identificados problemas como: empilhamento, rasgos e ruptura do sistema do sistema de fechamento. Conclusões: O indicador de embalagem necessita para completude da análise de critérios qualitativos, definidos por nível de evidencia, garantindo assim uniformidade no julgamento para problemas de conservação e a uniformidade da qualidade no Processamento de Produtos para Saúde. Na associação do indicador com os critérios SOBECC (2013), 100%, das embalagens apresentaram problemas de conservação.

Palavras-chaves: Centro de Material e Esterilização. Indicador de avaliação de resultado. Embalagens.

Page 86: grande plenária

[86]

61 - CÓD. 087 INGESTA DE GELATINA: BENEFÍCIOS PARA OS PACIENTES NA SALA DE RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA

Autores Daniella Cristina D. Barbato1, Maria da Paz Vasconcelos Amorim

1, Daiane Pereira Carneiro

1,

Maria Teresa Gomes Franco1, Aline Correa de Araujo

1, Deyvid Fernando Mattei da Silva

1

Instituição 1HTEJZ – Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini – Av. Brigadeiro Luis

Antônio 2.651, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: O jejum operatório é necessário para segurança do procedimento cirúrgico, colabora para diminuição de riscos como broncoaspiração em procedimentos que necessitam de intubação para suporte ventilatório. O jejum deve ser acompanhado e controlado pelas equipes assistenciais, porque o tempo prolongado pode prejudicar a recuperação do paciente, causar desconforto para o paciente e aumentar a internação hospitalar, elevando os custos. O tempo de jejum total corresponde às fases pré, intra e pós-operatório onde os pacientes são assistidos por diferentes profissionais, o que pode dificultar esse controle. No ano de 2005 foi desenvolvido no Brasil um projeto denominado Aceleração da Recuperação Total Pós-operatória, acrônimo ACERTO. O projeto é composto por uma equipe multidisciplinar que visa à recuperação do paciente cirúrgico, demostrando a importância do controle no tempo de jejum, entre outros. No mesmo caminho alguns trabalhos estão sendo realizados apresentando a relevância do assunto. Objetivo: Apresentar os resultados da implantação de um protocolo destinado à redução do tempo de jejum pós-operatório. Método: Pesquisa descritiva, quantitativa e transversal realizada em um hospital do estado de São Paulo, no período de junho de 2015 à março de 2016 com amostra de 193 pacientes que realizaram cirurgias eletivas de colecistectomia por vídeolaparoscópica, 69% do sexo feminino e 31% masculino, com idade entre 56 e 78. A primeira amostra de pacientes correspondeu ao período de junho a agosto de 2015, onde o protocolo não havia sido implantado e a segunda amostra de setembro de 2015 à março de 2016, período que foi implantado um protocolo de realimentação pós-cirúrgica, que consistiu na oferta de gelatina para pacientes na sala de recuperação anestésica quando os mesmos estavam em condições de deglutição, usaram-se os critérios da escala de Aldrete e Kroulik e alta anestésica. Resultado e discussão: A primeira amostra de 93 pacientes correspondeu a fase sem o protocolo, onde os pacientes tiveram o tempo médio de realimentação pós-cirurgia de 280 minutos. Na segunda fase, pós-implantação do protocolo foi coletado dados dos meses de setembro de 2015 a março de 2016, que correspondeu a 100 pacientes que tiveram um tempo médio de realimentação de 179 minutos, reduzindo o tempo em 36%. Conclusão: A implantação do protocolo foi eficaz na redução do tempo de jejum total, devido as ações no pós-operatório, outros estudos devem ser realizados para comprovar a efetividade.

Palavras-chaves: Jejum. Recuperação pós anestésica. Cuidados de enfermagem.

Page 87: grande plenária

[87]

62 - CÓD. 090 LIMPEZA CONCORRENTE DOS CARROS DE ANESTESIA COMO MEDIDA DE REDUÇÃO DE INFECÇÃO

Autores Maria Laura de O. de Avelar Alchorne Trivelin1, Talita Milani Gomes da Silva

1, Edna Juvêncio da

S. Medina1, Rosana N. Soares Pereira

1, Elisa Helena Gontijo Spolaore

1

Instituição 1FICSAE – Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein – Av. Prof. Francisco

Morato, 4.293, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: As infecções de sítio cirúrgico (ISC) têm sido apontadas como a principal causa de complicações pós-operatórias. O carro de anestesia é manipulado durante todo o procedimento cirúrgico pelo anestesiologista, que, por sua vez, está em contato direto com o paciente durante todo o procedimento cirúrgico. Daí a importância da limpeza concorrente com muito rigor de suas superfícies. Objetivo: Conscientizar os circulantes de sala acerca da importância da limpeza concorrente dos carros de anestesia como forma de redução de ISC. Método: A ferramenta utilizada foi o PDCA (Plan, Do, Check, Act). Realizaram-se ações observacionais junto aos anestesiologistas, visando detectar os locais mais tocados nos carros de anestesia. Fez-se a marcação destes locais com marcador fluorescente. Cartazetes foram confeccionados com fotos do carro de anestesia e os pontos assinalados. Após a limpeza concorrente do carro de anestesia, avaliou-se, através da fluorescência, se os pontos marcados foram limpos de forma eficiente. Resultados: Após a intervenção, com a explanação da importância da limpeza concorrente entre cada procedimento cirúrgico, como medida de redução de ISC, a limpeza foi observada em 75% dos carros selecionados. Conclusão: A ferramenta PDCA propiciou a implementação de ações de conscientização, engajamento da equipe e estabelecimento de rotinas e a limpeza concorrente passou a fazer parte da rotina dos circulantes de sala.

Palavras-chaves: Limpeza concorrente. Centro cirúrgico. Infecção de sítio cirúrgico.

Page 88: grande plenária

[88]

63 - CÓD.092 METODOLOGIA LEAN NA RECEPÇÃO DE PRODUTOS PARA SAÚDE NO CME

Autores Marcia Hitomi Takeiti1, Maria Cristina Mello

1,2, Ana Cristina Sá

1,2, Lucimar ABN Sampaio

1,1, Jurema da

Silva Herbas Palomo1, Andrea Andreatta Toneloto

1

Instituição 1InCor-HCFMUSP – Instituto do Coração – Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44, São

Paulo/SP 2São

Camilo – Centro Universitário São Camilo – Rua Raul Pompeia, 144, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: A área de recepção de produto para saúde (PPS) no Centro de Material e Esterilização (CME) no expurgo é essencial para desenvolver os processos subsequentes do processamento. No âmbito nacional, os CME dispõem de uma área subdimensionada para atender a demanda e há carência de padronização de processos do recebimento. Objetivos: Implantar uma estação de trabalho no expurgo do CME para recepção de PPS utilizando metodologia Lean. Material e métodos: estudo exploratório, descritivo e intervencionista, em três fases metodológicas. Resultados: 1ª fase: dos nove itens avaliados na categoria I, 22% não estavam conforme e após adequações realizadas com aquisição de carro com prateleira e a elaboração e implantação do formulário de registro de recepção de PPS foi atendido 100% de conformidade; categoria II houve 100% de conformidade; categoria III 14% não conforme no requisito lavatório; para minimizar foram instalados dispensadores de solução alcoólica 70%; e na categoria IV 50% não conforme e as adequações foram: instalação de pistolas de água sob pressão nas bancadas 1 e 2, transferido o processamento de utensílios para a bancada 4 e alterado o horário do processamento de materiais de assistência respiratória. 2º fase: aplicação da ferramenta 5S que resultaram em 43 ações. Senso 1: utilização – remoção de materiais excedentes e os inutilizados foram descartados. Senso 2: organização – ordenação dos mobiliários e insumos de limpeza para a organização. Senso 3: limpeza – a limpeza e o zelo são atividades desenvolvidas pelos profissionais que operam os equipamentos. Senso 4: padronização – padronização do procedimento de umectação dos instrumental cirúrgico; em processo de aquisição de filtros de água potável de 0,2 micras para enxágüe dos PPS. Senso 5: disciplina – implantação do novo processo de trabalho, nos sensos 1, 2, 3 e 4 trouxe a necessidade de instituir a educação permanente. 3º fase: opinião dos profissionais frente à implantação da estação de trabalho em 100% de aprovação. Conclusões: A gestão por meio da Metodologia Lean no CME utilizando as ferramentas mapeamento do fluxo dos processos e 5S possibilitou a identificação dos problemas e a organização da sala do expurgo com métodos enxutos para racionalização do trabalho; aumento da produtividade para reduzir as atividades que não agregam valor; diminuir o tempo dispensado para execução de todas as tarefas inerentes ao processamento do PPS; visando o controle de infecção, racionalização do trabalho e satisfação dos profissionais do CME.

Palavras-chaves: Gestão. Organização. Central de esterilização.

Page 89: grande plenária

[89]

64 - CÓD. 93 MODERNIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Kátia Otaga Vieira Rodriguez1, Idalina Brasil Rocha da Silva

1, Aline Pedrosa de Siqueira

1, Raquel

Cunha dos Santos1, Nanci de Oliveira Roza

1, Luciene Rufino Gomes dos Santos

1

Instituição 1IOT HCFMUSP – Instituto de Ortopedia e Traumatologia – Rua Ovídio Pires de Campos, 333,

Pinheiros, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: O centro de material e Esterilização (CME) é definido como uma unidade funcional destinada ao processamento de produtos para saúde dos serviços de saúde 1. Esta unidade passa a ser regida pelas disposições apresentadas na Resolução da Diretoria Colegiada 15, de 15 de março de 2012 (RDC 15), que estabelece os requisitos de boas práticas para o funcionamento dos serviços que realizam o processamento de produtos para a saúde visando à segurança do paciente e dos profissionais envolvidos 1. Objetivo: Relatar a experiência da adequação do espaço físico e instalações do CME classe II de um hospital público especializado em ortopedia no estado de São Paulo, a fim de atender às boas práticas no processamento de produtos para saúde conforme a RDC 15. Método: Trata-se de um relato de experiência sobre a adequação do espaço físico de um CME e cumprimento das exigências estabelecidas pela RDC 15. Resultados A reforma do CME foi iniciada em abril 2012 baseada nas exigências apresentadas na RDC 15, finalizada em março de 2015. A infraestrutura foi dimensionada conforme as exigências dispostas na seção IV da norma contemplando as seguintes áreas: sala de recepção e limpeza, sala de preparo e esterilização, área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados, garantindo a separação da sala de recepção e limpeza, para as demais. Devido à característica de ser um hospital especializado em ortopedia, onde são utilizados materiais consignados, foi dimensionada uma área exclusiva para recepção, conferência e devolução destes, conforme estabelecido no artigo cinquenta desta seção 1. Todos os equipamentos adquiridos utilizados no processo de limpeza automatizada e esterilização, passaram por processo de qualificação de instalação, operação e de desempenho conforme estabelecido na seção III da norma. Estes processos garantem a evidência documentada fornecida pelo fabricante de que o equipamento foi instalado de acordo com suas especificações, que opera dentro dos parâmetros originais de fábrica e que apresenta desempenho consistente de acordo com a carga de maior desafio estabelecida para o serviço 1. Foi realizada implantação de sistema de rastreabilidade informatizado, disposto em quatorze estações de trabalhos, distribuído em todas as áreas, contemplando o uso de computadores, leitores de códigos de barra e impressoras de etiquetas zebra, permitindo o monitoramento de todos os materiais em todas as fases do processamento dos produtos no CME. Conclusão: Após a modernização e adequação da área física, os resultados mostram o cumprimento das exigências legais dispostos na RDC 15. A reestruturação da CME atendendo os requisitos da RDC 15 teve impacto no desenvolvimento da equipe nos processos de trabalho e qualidade do trabalho realizado, aumentando assim a produtividade e segurança para o profissional. O resultado referente à implantação do sistema de rastreabilidade proporcionou confiabilidade e segurança no aporte de informações referentes aos processamentos realizados em todos os materiais, permitindo traçar a sua trajetória em todas as fases do processo.

Palavras-chaves: Esterilização. Enfermagem. Norma.

Page 90: grande plenária

[90]

65 - CÓD. 96 NOVO MODELO DE BIOFILME BUILDUP EM CANAIS DE ENDOSCÓPIO FLEXÍVEL

Autores Cristiana da Costa Luciano3, Nancy Olson

3, Patricia DeGagne

3, Rodrigo Franca

3, Anaclara Ferreira

Veiga Tipple3, Michelle Alfa

3

Instituição 3UFG/FEN – Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Enfermagem – Rua 227, Quadro-68,

Setor Leste Universitário, Goiânia/GO

Resumo

Introdução: Endoscópios flexíveis são utilizados para procedimentos terapêuticos e diagnóstico, pois permitem a visualização de órgãos e coletas de amostras(1). Endoscópios são classificados como produtos para a saúde semicrítico e necessitam ser submetidos a um processamento de desinfecção de alto nível(1-2). Pesquisas demostram que o acúmulo de matéria orgânica e micro-organismos em endoscópios são provavelmente resultado de vários ciclos de limpeza e de desinfecção, ou pelo prolongamento da vida útil dos instrumentos(3). Esse acúmulo de material orgânico se ligam e inativam produtos químicos, dentre eles os desinfetantes tais como glutaraldeído, criando deste modo uma barreira física de proteína desnaturada que pode proteger os micro-organismos de subsequente desinfecção(1). Objetivos: Desenvolver um modelo de nova acumulação de biofilme buildup (BBF), baseado em exposição repetida a solo contendo Entercoccus faecalis e Pseudomonas aeruginosa e repetidos ciclos de processamento e testar quarto diferentes tipos de detergentes na eliminação e remoção do BBF. Métodos: O novo modelo BBF foi desenvolvido adaptando o modelo de biofilme em concentração mínima eficaz (MBEC) com 96 cavidades onde o biofilme é formado sobre pinos de plástico. Primeiramente subsultávamos os micro-organimos de Entercoccus faecalis e Pseudomonas aeruginosa e acrescentamos um solo artificial para simulação de materiais orgânicos presentes nos endoscópios após o procedimento de endoscopia. O desenvolvimento se deu ao longo de oito dias, onde o MBEC com presença de solo contendo micro-organismos foi submetido a quatro ciclos de desinfecção de alto nível com Glutaraldeído 2.6% para a fixação e desenvolvimento do biofilme e simulação do processamento recomendado aos endoscópios flexíveis. Após desenvolvimento do BBF, submetemos o MBEC em quatro diferentes tipos de detergentes; (2) enzimático, (1) sem enzima e (1) alcalino, conforme recomendação & #333;es dos fabricantes. A análise da eliminação e remoção de BBF foi realizada atráves de contagem bacteriana, microscopia eletrônica de varredura, análise de proteína e carboidrato. Resultados: Ao final do desenvolvimento do BBF obtivemos 6,14 Log10 UFC/cm2 de E. faecalis e 7,71 Log10 UFC/cm2 de P. aeruginosa. Nenhum dos detergentes conseguiu eliminar ou remover o biofilme buildup sendo confirmada a presença através de contagem bacteriana e microscopia eletrônica de varredura. Conclusão: O novo BBF testado foi desenvolvido após oito dias através de quatro ciclos de desinfecção de alto nível o qual simulou o processamento de endoscópios fléxiveis. Os nossos achados indicam que o biofilme é resistente a vários tipos de detergentes quando utilizado sem fricção, sendo impossível eliminar e remover com a limpeza. O modelo BBF desenvolvido pode auxiliar em novos métodos de limpeza e desinfecção que auxiliam a eliminação e remoção do BBF dentro dos canais do endoscópio.

Palavras-chaves: Canais de endoscópios. Biofilme buildup. Limpeza. Desinfecção.

Page 91: grande plenária

[91]

66 - CÓD. 099 O CME X RECEBIMENTO DOS ARTIGOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Juliana Lima da Rocha1, Áurea Pinheiro

1, Maria Jéssica Oliveira

1

Instituição 1BIOXXI – Serviços de Esterilização Ltda – Rua Coronel Cabrita, 17, São Cristóvão, Rio de

Janeiro/RJ

Resumo

Introdução: O recebimento de materiais no Centro de Material e Esterilização (CME) é tarefa incessante e por vezes complexa, recebemos materiais de toda a instituição, artigos particulares dos cirurgiões, materiais consignados e em algumas situações materiais têxteis. O recebimento e processamento dos materiais de forma adequada nos permite trabalhar em concordância com as normativas vigentes e recomendações de boas práticas para que possamos garantir a segurança dos pacientes. A maior problemática encontrada são os materiais consignados e/ou de propriedade médica oxidados, produtos para saúde que constam na lista negativa da RE (Resolução Especial) 2605, artigos danificados e/ou faltando peça e por fim artigos sem meio de processamento. A RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) nº 15 também regulamenta que só podem ser processados produtos para saúde regularizados junto a Anvisa. O papel da equipe de enfermagem do CME é fundamental em todos esses casos, tanto para autorização e/ou negativa do processamento dos artigos como para educação constante da equipe do próprio CME, como dos instrumentadores, cirurgiões e representantes das empresas de material consignado. Objetivos: Educar os profissionais do CME quanto ao correto recebimento de produtos para saúde; Conscientizar a equipe multiprofissional dos materiais que podem ser processados pelo CME. Método: Realizado durante 06 meses em, um hospital privado do Rio de Janeiro, análise descritiva-crítica através dos eventos adversos surgidos diariamente registrados em impresso específico para o estudo. Foram instituídas visitas técnicas do enfermeiro do CME no centro cirúrgico e demais setores da instituição para orientar os profissionais o que pode ser processado no CME de acordo com as recomendações de boas práticas e legislações vigentes. Resultados: Como resultado, obtivemos redução de 40% dos problemas com recebimento de materiais danificados e/ou faltando peças; redução de 30% dos materiais sem meio de processamento devido a oxidação, limitação de 60% de produtos que não eram para saúde e melhora de 40% dos materiais consignados recebidos. Obtivemos também melhora no relacionamento interpessoal do CME com demais profissionais da instituição e público externo (representantes de materiais), através de “cartilha” com instruções para recebimento e processamento dos materiais. Conclusão: Conclui-se que o enfermeiro responsável pelo CME através da prática baseada em evidência deve sempre aliar conhecimento das mais variadas fontes reconhecidas cientificamente, tornar-se presente perante toda equipe do CME e equipe multiprofissional no papel de educador para mudar as dificuldades encontradas em sua rotina diária.

Palavras-chaves: CME. Recebimento. Artigos.

Page 92: grande plenária

[92]

67 - CÓD. 100 O CONHECIMENTO DE TÉCNICOS DE ENFERMAGEM SOBRE PROTOCOLOS VIGENTES NO BLOCO CIRÚRGICO

Autores Kilvia Rodrigues Gomes Cavalcante1, Adriana Kelly Almeida Ferreira

1, Elandia Farias Feitosa

1,

Laryssa Bezerra Santiago1, Julliane de Brito Farias Câmara

1

Instituição 1HFT – Hospital Fernandes Távora – Av. Francisco Sá, 5.445, Álvaro Weyne, Fortaleza/CE

Resumo

Introdução: O Centro Cirúrgico (CC), por sua complexidade, exige um olhar diferenciado no cuidado do paciente, com atuação de diferentes profissionais e integração de várias unidades. Sua especificidade necessita de atenção nos processos que cercam o paciente. Com base nesta premissa, entende-se que a atividade no CC envolve tarefas complexas, plenas de variação e de incerteza, exercidas em condições ambientais dominadas pela pressão e pelo stress. Logo, essas atividades requerem do profissional atenção redobrada nos processos que envolvem o paciente¹. Na prática diária do CC é possível identificar a não conformidade dos profissionais da equipe de enfermagem perante as normas e rotinas, no entanto, a uniformidade da assistência é avaliada através nos protocolos operacionais da prática (POP) já definidos, buscando implementar uma assistência de qualidade visando o bem estar do paciente e família². Objetivo: Avaliar o conhecimento dos técnicos de enfermagem a cerca dos protocolos utilizados no bloco cirúrgico de um Hospital terciário. Metodologia: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa de natureza descritiva, realizado em um Hospital de nível terciário, localizado no município de Fortaleza, no período de maio de 2016, com 10 técnicos de enfermagem atuantes no bloco cirúrgico. O instrumento de pesquisa foi um questionário semiestruturado a primeira parte: nome, idade, sexo, tempo de formação, tempo de atuação no hospital, tempo de atuação no centro cirúrgico e escolaridade, a segunda parte foram dez perguntas objetivas pertinentes aos protocolos vigentes do bloco cirúrgico. Os profissionais tiveram quinze minutos para responder as questões. Resultados: Foram analisados os 10 questionários, tendo em vista que somente uma técnica de enfermagem possuía mais de 5 anos de atuação no bloco cirúrgico. Na avaliação geral acerca do nível de conhecimento dos técnicos de enfermagem a respeito dos protocolos cirúrgicos, a média obtida pelo instrumento foi de 57,2 pontos, revelando que os profissionais apresentaram conhecimento satisfatório sobre os protocolos: recepção e admissão do paciente no centro cirúrgico, transferência do paciente da sala operatória para a sala de recuperação pós-anestésica (SRPA), admissão do paciente na SRPA, limpeza e desinfecção dos circuitos respiratórios, desinfecção e troca dos umidificadores de oxigênio, apresentando apenas um déficit de conhecimento sobre a montagem de sala de operação. Conclusão: Os achados do estudo evidenciam que os técnicos de enfermagem seguem rigorosamente os protocolos institucionais do bloco cirúrgico gerando uma assistência de enfermagem de qualidade no que diz a respeito ao cuidado com o paciente. Entretanto, apresentaram dificuldade na montagem da sala de operação. É compreensível essa dificuldade visto que a maioria dos profissionais tem menos de 2 anos de atuação no bloco cirúrgico.

Palavras-chaves: Protocolos. Técnicos de enfermagem. Centro cirúrgico.

Page 93: grande plenária

[93]

68 - CÓD. 101 O ENFERMEIRO NA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA UMA FERRAMENTA DE QUALIDADE ASSISTENCIAL

Autores Lucia Helena Oliveira da Costa3,4

, Cecilia Maria Izidoro Pinto2, Cilene Rocha Fernandes Braga

1

Instituição 1Hospital Oeste D'or – Hospital Oeste D'or Olinda Ellis, Campo Grande/RJ

2EEAN/UFRJ – Escola Anna Nery – Ilha do Fundão, Rio de Janeiro/RJ

3FABA – Faculdade Bezerra de Araújo – Rua Viúva Dantas, 417, Campo Grande, Rio de Janeiro/RJ

4UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Macaé/RJ

Resumo

Introdução: A visita de enfermagem pré-operatória realizada pelo enfermeiro do centro cirúrgico representa um valioso instrumento para o desenvolvimento da Sistematização da Assistência de Enfermagem perioperatória – SAEP, e possibilita levantar indicadores de qualidade do cuidado de enfermagem visando a acreditação/certificação dos serviços de saúde face às exigências de segurança do paciente que fazem parte da proposta da OMS “Cirurgia Segura Salvam Vidas”. Objetivo: Realizar um levantamento de artigos e periódicos acerca da visita pré-operatória de enfermagem, com vista em um perfil nacional e internacional apontando evidências de indicadores de qualidade do cuidado aderentes a propostas de segurança do paciente. Metodologia: Estudo de revisão, utilizou-se da pergunta de pesquisa: Que produção existe acerca da visita pré-operatória de enfermagem disponível em periódicos nacionais e internacionais. Utilizou-se as bases de dados, CINAHL e LILACS. A estratégia de busca compreendeu os descritores: em português [ENFERMAGEM DE CENTRO CIRÚRGICO] OR [ENFERMAGEM PRÉ-OPERATÓRIA] em inglês, [Pre-operative nursing] OR [Preoperative Education]. Os resultados foram condensados caracterizados por: título, autor, ano de publicação, país, cenário do estudo, objetivos e resultados com emprego de instrumento próprio para análise. A busca foi realizada nos meses de novembro a dezembro de 2014 e revisada nos meses de janeiro a março de 2015 seguindo um recorte temporal dos últimos 10 anos. Resultados: Foram encontrados 329 publicações na base de dados CINAHAL desta amostra foram excluídos 304. Na base LILACS foram encontrados 30, sendo excluídos 28 pois estavam fora dos critérios de inclusão. No total de 27 artigos foram revisados. Depreendeu-se evidências nas quais são fatores e/ou obstáculos que impedem a realização da visita pré-operatória: demanda excessiva de atividade administrativas, dificuldade de comunicação entre diversas equipes e reduzido número de enfermeiros para dar contas das atividades de assistência. Quanto aos indicadores, a visita tem vital importância na á saber: prevenção de infecções, indicadores como incidência de queda, de condições da pele, de risco para hipotermia e hipertermia e confusão mental pós-operatória. Conclusão: a visita pré-operatória constitui-se como ferramenta capaz de promover a garantia de um cuidado seguro, humanizado e livre de riscos, logo é importante incentivar a sua implementação na rotina cirúrgica cuja execução pelo enfermeiro resulta em resolução imediata de problemas, controle de infecção, visando um cuidado de qualidade para cliente e sua família.

Palavras-chaves: Centro Cirúrgico. Enfermagem. Pré-operatória.

Page 94: grande plenária

[94]

69 - CÓD. 103 O GERENCIAMENTO DA ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Natália Barros Menezes Cabral1, Auliane do Nascimento Pinheiro

1, Francimaira da Costa Sagica

1,

Josielle Silva Magalhães1, Ana Patrícia Gomes Vasconcelos

1, Eliane da Costa Lobato da Silva

1

Instituição 1UFPA – Universidade Federal do Pará – Rua Augusto Corrêa, 1, Guamá, Belém Pará/PA

Resumo

Introdução: O centro cirúrgico (CC) é constituído de um conjunto de áreas e instalações que permite efetuar a cirurgia nas melhores condições de segurança para o paciente e de conforto para a equipe que o assiste. A prática de enfermagem em centro cirúrgico no Brasil surgiu devido à ausência de pessoal capacitado para atender às necessidades da equipe médica, para o preparo das salas de operação e dos artigos médicos hospitalares e equipamentos. O centro cirúrgico (CC), por suas particularidades e características, constitui uma das unidades mais complexas do ambiente hospitalar, consequência da tecnologia hoje aplicada e disponível, da variação intrínseca nos seus principais processos, de uma complicação logística para o suporte de seu funcionamento e, principalmente, pelo risco de morte sempre presente. Objetivo: Relatar a vivência de acadêmicas do Curso de Enfermagem no Bloco Cirúrgico de um Hospital Universitário da região Norte do Brasil, dando ênfase à atuação do enfermeiro, para os aspectos da assistência e gestão. Método: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, desenvolvido mediante estágio supervisionado na Unidade Temática “Atuação da Enfermagem no Bloco Cirúrgico”, em Hospital de grande porte, referência no tratamento de pacientes com doenças infectocontagiosas, situado na cidade de Belém do Pará. Resultados e discussão: O papel do enfermeiro no bloco cirúrgico é constituído de atividades específicas de grande responsabilidade, como, por exemplo, orientar e preparar carrinhos cirúrgicos, materiais para posicionamento, preparar salas operatórias, testar equipamentos, auxiliar nos procedimentos anestésicos e cirúrgicos, além das atividades de gestão da unidade para que se tenha uma assistência de qualidade ao cliente específica ao setor. Muitos pacientes desconhecem que o sucesso de sua cirurgia deve-se, em grande parte, à eficiência no preparo dos materiais e ao apoio técnico da enfermagem para a equipe cirúrgica e anestesiológica. Contudo, a enfermagem deve garantir aos pacientes o apoio psicológico no momento da chegada ao setor, promover o conforto dentro de um ambiente seguro e zelar pela assepsia durante todos os procedimentos invasivos. E logo após a cirurgia, o paciente será levado para a enfermaria do bloco, onde se analisa seu estado através da realização do exame físico, na ficha do pós-operatório, marcam-se os cuidados submetidos ao mesmo e faz-se a evolução do paciente. Conclusão: De modo geral, afirma-se que a experiência vivenciada permitiu às acadêmicas a compreensão do papel da Enfermagem de Centro Cirúrgico, sendo suas competências de grande complexidade, exigindo não só conhecimento científico, como também habilidade técnica, estabilidade emocional e capacidade para a resolução de questões de gestão da unidade burocrática. Identificou-se sua importância e o quão relevante é sua atuação para que o processo ocorra de forma efetiva, a fim de favorecer a qualidade e a segurança do paciente e de sua equipe.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico. Gerenciamento da enfermagem. Sala de operação.

Page 95: grande plenária

[95]

70 - CÓD. 105 O PAPEL DO ENFERMEIRO NA QUALIFICAÇÃO DOS CICLOS DE AUTOCLAVES A VAPOR

Autores Sara Satie Yamamoto1, Lisiane Ruchinsque Martins

1, Rosane Fátima Souza

1

Instituição 1HMV – Hospital Moinhos de Vento – Rua Ramiro Barcelos, 910, Porto Alegre/RS

Resumo

Introdução: A resolução da diretoria colegiada número 15 (RDC nº15), publicada em 2012, exige que anualmente sejam feitas as qualificação de instalação, operação e desempenho em todos os equipamentos utilizados para limpeza e esterilização. Todas as qualificações devem ser feitas também sempre que os equipamentos sofrerem mudança do local de instalação, mau funcionamento, reparos em partes dos equipamentos, suspeita de falhas no processo de esterilização e sempre que apresentarem uma carga de esterilização com desafio superior das qualificações já realizadas. As instituições de saúde ainda estão se adequando a estes tópicos da resolução e os enfermeiros estão tentando se inserir neste mundo de equipamentos e máquinas que se tornam também responsáveis no processo de esterilização seguro que está extremamente ligado à segurança do paciente. Objetivo: Nortear enfermeiros da central de materiais e esterilização (CME) a desenvolver um projeto para qualificação de desempenho de ciclos de autoclave e como acompanhar o processo. Método: Foi realizado relato de experiência de uma qualificação de desempenho realizada a partir de interpretações das principais referências bibliográficas utilizadas em CME e uma norma técnica brasileira. Resultados e discussão: A engenharia clínica terá a responsabilidade de solicitar verificar quais empresas disponíveis no mercado com a experiência solicitada e orçamento em base do que o enfermeiro solicitar de cargas, verificar se a empresa possui todos os certificados exigidos dos equipamentos, como por exemplo, os certificados de a calibração e solicitar um cronograma de atividades a cada empresa. O serviço de controle de infecção aprova as empresas para as quais serão solicitados orçamentos, que devem estar de acordo com os protocolos operacionais padrões (POP) que serão utilizados na qualificação e verificação se estão atualizados e estar de acordo com os insumos que serão utilizados. A gestão do centro cirúrgico deve estar de acordo com o cronograma da qualificação e estar ciente de que possíveis imprevistos poderão ocorrer e de que a produção da CME ficará reduzida, pois a autoclave ficará interditada por no mínimo 1 dia, isto depende muito de quantos ciclos e cargas serão qualificadas. O setor de compras será responsável por fazer a compra programada dos insumos que serão utilizados no processo de qualificação que estão previamente padronizados na instituição de acordo com a quantidade solicitada pelo enfermeiro que será maior do que o habitual. O enfermeiro deverá escrever ou atualizar o POP de acordo com a rotina de montagem de carga e em quais ciclos estas cargas serão feitas, estipular a quantidade mínima de indicadores químicos e biológicos necessários para o setor de compras, reforçar com a gestora do centro cirúrgico sobre o cronograma das qualificações e alinhar quando será iniciado, montar as cargas de autoclaves que serão qualificadas de acordo com o POP validado e acompanhar o posicionamento dos termopares nas cargas para que fiquem sempre no mesmo local e acompanhar os resultados e protocolos dos indicadores químicos e biológicos. Conclusões: O presente relato de experiência mostra que o enfermeiro não está sozinho nesta jornada, pois o processo é muito complexo e exige envolvimento de todos. Foram listadas as principais atividades e o enfermeiro ainda pode criar algum documento ou check-list que o guie neste processo, para que não se esqueça de verificar o que foi planejado e se estão dentro do cronograma. Palavras-chaves: Qualificação. CME. Enfermeiro.

Page 96: grande plenária

[96]

71 - CÓD. 108 OCORRÊNCIA DE LESÃO DE PELE POR POSICIONAMENTO CIRÚRGICO EM CIRURGIAS UROLÓGICAS ROBÓTICAS

Autores Cecília da Silva Angelo1, Catharina Ferreira de Meira Pachioni

1, Eduardo Henrique G. Joaquim

1,

Isabel Miranda Bonfim1, Gustavo Cardoso Guimarães

1, Raquel Marcondes Bussolotti

1

Instituição 1HACC – AC Camargo Câncer Center – Rua Prof. Antonio Prudente, 211, Bairro Liberdade

São Paulo/SP

Resumo

Introdução: Ao realizar um procedimento cirúrgico, o paciente é exposto a diversas situações que poderão comprometer sua integridade físico-psicoemocional durante o período perioperatório. Dentre elas, daremos um enfoque especial ao posicionamento cirúrgico, garantindo ao paciente conforto, segurança e respeito aos seus limites anatômicos e fisiológicos. Pacientes cirúrgicos durante o período intraoperatório estão suscetíveis ao desenvolvimento de várias complicações, sendo a mais comum delas as úlceras por pressão. Logo, os pacientes cirúrgicos oncológicos submetidos às cirurgias com tecnologia robótica podem ser categorizados como alto risco para desenvolver lesões de pele causadas pelo posicionamento cirúrgico. Objetivo: Identificar a ocorrência de lesões de pele causadas pelo posicionamento cirúrgico durante o período intraoperatório dos pacientes oncológicos submetidos à cirurgia urológica com tecnologia robótica. Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, referente à ocorrência de lesões de pele nos pacientes submetidos à cirurgia urológica com tecnologia robótica no ano de 2015. Este estudo foi realizado no centro cirúrgico de um hospital oncológico, o qual realiza em média 1000 procedimentos cirúrgico/mês. Deste total, 40 cirurgias são realizadas com tecnologia robótica, sendo que 85% destas são cirurgias urológicas. Nesta fase, os dados foram coletados por meio dos registros do Processo de Enfermagem Perioperatória, o qual é denominado de “SAEP Robótica”. Para tanto, fora elaborado um instrumento de coleta de dados para facilitar a catalogação dos dados numa planilha e, posteriormente construção de gráficos. Resultados e discussão: Em 2015, foram realizados 359 procedimentos urológicos com tecnologia robótica, sendo 298 casos de Prostatectomia (83%). A duração média deste procedimento está entre uma e duas horas (89,11%), sendo a faixa etária 50 a 69 anos a mais incidente (64%), E, não houve casos de lesão de pele por posicionamento cirúrgico em nenhum dos procedimentos cirúrgicos urológicos robóticos em 2015. Conclusões: Concluiu-se que a ocorrência de lesões de pele em pacientes oncológicos submetidos às cirurgias urológicas robóticas, que pode estar associada ao posicionamento cirúrgico, nesse estudo, foi zero. Após o resultado dessa pesquisa, constatou-se a efetividade “Protocolo de Prevenção de Lesão de Pele no Intraoperatório”, o qual faz referência a todos os tipos de posicionamento cirúrgico, incluindo cirurgias robóticas. Ressalta-se que a atuação da equipe multiprofissional é uma das estratégias essenciais para garantir o sucesso nos processos de segurança do paciente.

Palavras-chaves: Posição cirúrgica. Assistência de enfermagem. Robótica.

Page 97: grande plenária

[97]

72 - CÓD. 109 ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM AOS PACIENTES PRÉ-OPERATÓRIOS DE CIRURGIA CARDÍACA EM MEIO DIGITAL

Autores Patrícia Silveira Almeida1, Lucia Campos Pellanda

1, Rita Catalina Aquino Caregnato

1,

Emiliane Nogueira de Souza1

Instituição 1UFCSPA – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Rua Sarmento

Leite, 245, Porto Alegre/RS

Resumo

Objetivo: O objetivo do estudo foi implementar orientações de enfermagem aos pacientes pré-operatórios de Cirurgia de Revascularização do Miocárdio em meio digital. Método: Consistiu-se em um estudo de intervenção em hospital de Porto Alegre utilizando método gerencial de processos que tem como características (planejar, executar, verificar e avaliar). De agosto a setembro de 2015 pacientes receberam orientações pré-cirúrgicas através de um tablet. Resultados: Após orientações fornecidas, pacientes e enfermeiros avaliaram o uso da estratégia. Os dados foram analisados por estatística descritiva. Foram incluídos 27 pacientes, com idade média de 63,14 ± 10,87 anos. Todos afirmaram terem aprendido mais a respeito da cirurgia e sobre o seu preparo. Também foram inseridas quatro enfermeiras, todas afirmaram que a utilização do recurso audiovisual padronizou as informações transmitidas aos pacientes. Conclusão: Concluiu-se que a utilização do tablet favoreceu o entendimento dos pacientes pré-cirúrgicos de Cirurgia de Revascularização do Miocárdio e padronizou as orientações pré-operatórias de enfermagem.

Palavras-chaves: Assistência perioperatória. Revascularização miocárdica. Mídia audiovisual.

Page 98: grande plenária

[98]

73 - CÓD. 110 OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE LIMPEZA REALIZANDO A PRÉ-LIMPEZA E UMECTAÇÃO

Autores Rosane Fátima Souza1, Sara Satie Yamamoto

1

Instituição 1HMV – Hospital Moinhos de Vento – Rua Ramiro Barcelos, 910, Porto Alegre/RS

Resumo

Introdução: Os instrumentais cirúrgicos são passíveis de processamento, uma vez que sua forma, tamanho e constituição devem permitir que possam ser submetidos a diversos ciclos de limpeza, preparo e esterilização, a fim de reutilizá-los até limite de sua eficácia e funcionalidade. Porém a simples demora do recolhimento destes instrumentais para iniciação do processo de limpeza, faz que a matéria orgânica resseque e dificulte a limpeza, propiciando a formação do biofilme. A realização da pré-limpeza adicionada à umectação com produto específico promove redução significativa da contaminação residual favorecendo as etapas de limpeza posteriores. O emprego destes produtos pode levar a redução tanto de custos envolvidos nos procedimentos cirúrgicos quanto na otimização dos processos de limpeza, preparo e esterilização dentro da central de materiais(CME). Objetivo: Observar e melhorar o processo de limpeza através da pré-limpeza e umectação dos instrumentais do centro obstétrico (CO). Método: O CO realiza em média 84 partos semanais e 360 mensais, ao término dos procedimentos, os instrumentais são colocados em contêineres e ficam no aguardo do transporte por até cinco horas, pois o CO situa-se em outro bloco da instituição. Verificamos que os instrumentais quando entregues na CME apresentavam odor fétido, presença de muita matéria orgânica e inorgânica de difícil limpeza e com possível formação de biofilme. A solução para o problema, do presente relato de experiência, foi o uso de produto para pré-limpeza umectante que são espumas ou sprays, contendo agentes de limpeza a base de enzimas e água, mantendo-os úmidos até que sejam transportados para área específica destinada à limpeza. Os critérios de seleção para observação foram instrumentais cirúrgicos semelhantes entre si, com a presença de cremalheiras, ranhuras, articulações e sujidade visível. Antes de iniciarmos as observações a equipe do CO foi treinada e orientada a realizar uma pré-limpeza efetiva desde o transoperatório, utilizando o produto umectante de acordo com as recomendações do fabricante. A CME foi orientada a realizar enxague abundante com água corrente para retirada do produto antes de iniciar a limpeza. Resultados: Observamos que os instrumentais umectados no CO ao chegar na CME, apresentavam-se sem odor importante e com fácil limpeza, diminuindo a possibilidade do biofilme. O processo de limpeza foi otimizado, assim como o preparo e esterilização, sendo desnecessária a limpeza manual antes da limpeza automatizada. Notou-se que, após a inspeção visual, poucos instrumentais do CO retornavam para ser a limpos novamente. Conclusão: Observamos que foi possível melhorar o processo de pré-limpeza e limpeza através de integração das equipes, treinamentos e o uso do produto escolhido, trazendo satisfação para a equipe tanto do CO como da CME através da otimização dos processos.

Palavras-chaves: Umectação. Biofilme. CME.

Page 99: grande plenária

[99]

74 - CÓD. 111 PADRÕES FÍSICOS E ORGANIZACIONAIS DE CENTROS DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO

Autores Alisne Carvalho Santos1, Mary Gomes Silva

1, Alesxandro Tartaglia

1, Cristiane Lopes Santos

1,

Lorena de Andrade de Gomes1, Priscila Franco Checcucci

1

Instituição 1EBMSP – Escola Bahiana de Medicina e Saúde e Pública – Av. Silveira Martins, 3.386, Cabula,

Salvador/BA

Resumo

Introdução: Os centros de materiais e esterilização (CMEs) é uma área de apoio técnico destinado ao processamento de materiais sujos e contaminados a fim de restituí-los para uso na assistência a saúde. Sua regulamentação quanto a estrutura e organização se dá pela Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 50/2002 da ANVISA e pela RDC nº 15 de 2012. Objetivo: Identificar e analisar estudos que abordem sobre avaliação da estrutura física e organizacional de centros de materiais e esterilização. Método: estudo de revisão sistemática da literatura tipo integrativa. Teve como questão norteadora: o que estudos abordam sobre avaliação da estrutura física e organizacional de centros de materiais e esterilização. Foram utilizados os descritores: Esterilização, Enfermagem, Arquitetura Hospitalar. Para efetivação desta foram tomadas como referência as seis etapas discutidas por Mendes, Silveira e Galvão (2008), quais sejam: delimitação do tema e elaboração da questão de pesquisa, estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão dos artigos, eleição dos estudos pertinentes a questão norteadora, análise dos estudos incluídos, interpretação dos resultados com apresentação da revisão e síntese crítica dos achados. Como critérios de inclusão foram considerados artigos, na modalidade original e relato de experiência, disponíveis na integra, na língua portuguesa e inglesa, publicada no período de 2005 a 2015. E, como critérios de exclusão artigos na modalidade reflexão, revisões e editoriais. Foram utilizadas como fontes o Portais da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e dos Periódicos CAPES e na Biblioteca Eletrônica SciELO. Resultados e discussão: No Portal da Biblioteca Virtual de Saúde foram encontradas seis produções; destas apenas uma foi selecionada; no Portal de Periódicos Capes, foram encontrados dois artigos, sendo selecionados. E, na Biblioteca Eletrônica SciELO, foi encontrado um artigo que também foi selecionado. Assim, foi selecionado um total de quatro artigos que atenderam os critérios de inclusão. Destes, dois artigos mencionaram sobre os padrões arquitetônicos de CMEs e relacionaram os possíveis riscos que podem advir da inadequação arquitetônica e, consequentemente, levar a ocorrência de eventos adversos relacionados a qualidade e segurança dos produtos disponibilizados para a assistência pelo CME. O terceiro artigo tratou dos parâmetros espaciais de CMEs e presença dos riscos diversos, que podem afetar a saúde dos trabalhadores. O quarto artigo abordou a utilização de indicadores de estrutura, propondo a necessidade de adequação dos CMEs, de unidades básicas de saúde, quanto à estrutura física e utilização de barreira técnica. Conclusões: Os CMEs são unidades de fundamental importância e estão diretamente ligados ao controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Notou-se que, inconformidades ligadas a aspectos estruturais e organizacionais desta unidade podem interferir no processamento adequado dos produtos, interferindo também em uma das principais medidas de controle das infecções. Além disso, verificou-se, ainda, a necessidade de mais publicações nacionais, levando em consideração o escasso número de publicações existentes, dada à relevância da temática.

Palavras-chaves: Esterilização. Enfermagem. Arquitetura hospitalar.

Page 100: grande plenária

[100]

75 - CÓD. 112 PADRÕES FÍSICOS E ORGANIZACIONAIS DE UM CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

AMBULATORIAL

Autores Alexsandro Tartaglia1, Carmem Luisa Silva Calixto Dourado

1, Viviane de Araújo Mota

1,

Mary Gomes Silva1, Cristiane Lopes Santos

1, Alisne Carvalho Santos

1

Instituição 1EBMSP – Escola Bahiana de Medicina e Saúde e Pública – Av. Silveira Martins, 3.386,

Cabula, Salvador/BA

Resumo

Introdução: Há uma forte tendência mundial de que a prestação da assistência à saúde seja, cada vez mais, realizada em ambientes ambulatoriais. Assim, o Centro de Material e Esterilização (CME) ambulatorial deve estar preparado para acolher essa demanda de forma a receber os produtos sujos e processá-los adequadamente, garantido a qualidade e, consequentemente, promover a segurança do paciente atendido nesse cenário. Objetivo: Identificar e analisar os padrões físicos e organizacionais de um CME ambulatorial. Método: Estudo realizado em um CME ambulatorial, de uma instituição de ensino superior privada, localizada na região metropolitana da cidade de Salvador-BA, que processa produtos odontológicos. Os dados foram coletados no mês de abril de 2016, através de observação direta do ambiente físico e organizacional do referido CME, tendo como base a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 50/2002 e a RDC nº 15/2012, ambas da ANVISA. Resultados e discussão: Na instituição de ensino pesquisada os alunos do Curso de Graduação em Odontologia são responsáveis pelas etapas da limpeza, preparo e acondicionamento do instrumental utilizado na assistência odontológica, enquanto o técnico de enfermagem se responsabiliza pelas etapas de esterilização, armazenamento e distribuição dos produtos. A observação direta demonstrou alguns pontos específicos a serem readequados, destacados por áreas e discriminadas a seguir: 1) Recepção: não há área específica para a recepção dos produtos sujos; 2) Limpeza: presença de torneira com água, exclusivamente, fria, bancadas com pias apresentando dimensões menores do que as preconizadas, comunicação entre a área de limpeza e a área de preparo de produtos sujos, permitindo o cruzamento entre os materiais limpos e contaminados, ausência de água potável para limpeza e enxague dos produtos, ausência de água purificada para enxague dos produtos utilizados em implantes dentários, ausência de pistolas de ar para secagem dos produtos, utilização de materiais abrasivos (bucha dupla face) para limpeza, ausência de avental impermeável de manga longa. 3) Preparo: ausência de lupas intensificadoras de imagem. Nas áreas de esterilização e armazenamento não foram encontradas inadequações com relação ao preconizado. Conclusões: Dentre as condições organizacionais e físicas do CME que processa produtos odontológicos em questão, alguns critérios precisam ser ajustados. Dessa forma, alguns aspectos ainda não estão compatíveis com as RDC nº 50/2002 e RDC nº 15/2012 da ANVISA, comprometendo, desta forma, o processo de esterilização dos produtos odontológicos e, consequentemente, a qualidade e a segurança da assistência prestada à comunidade. O cumprimento das normas vigentes pela unidade ambulatorial deve ser executado através do planejamento, envolvendo equipe multiprofissional e levando em consideração a participação ativa do enfermeiro no processo e na dinâmica de funcionamento do setor.

Palavras-chaves: Padrões arquitetônicos. Esterilização. Odontologia.

Page 101: grande plenária

[101]

76 - CÓD. 113 PAPEL DO ENFERMEIRO NO PERÍODO PERIOPERATÓRIO PARA PREVENÇÃO DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

Autores Nathália Gustavo Pinho1, Karin Viegas

1, Rita Catalina Aquino Caregnato

1

Instituição 1UFCSPA – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Rua Sarmento Leite, 245,

Porto Alegre/RS

Resumo

Objetivos: Conhecer como os enfermeiros realizam a prevenção da Trombose Venosa Profunda (TVP) em pacientes submetidos a cirurgias de grande porte no período perioperatório; e identificar os fatores de risco para o desenvolvimento de TVP identificados pelos enfermeiros. Método: Estudo de caso com abordagem qualitativa. Amostra composta por 12 enfermeiros da unidade de internação, centro cirúrgico e sala de recuperação pós-anestésica de um hospital especializado em trauma de Porto Alegre (RS). Utilizou-se entrevista semiestruturada com 10 questões norteadoras. Para interpretação dos dados utilizou-se Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: Emergiram três categorias: Fatores de Risco para TVP; Medidas Preventivas de TVP e Dificuldades na Execução da SAEP. Conclusão: Os enfermeiros realizam prevenção de TVP com massagem, observação, exame físico/avaliação, medidas protetivas e mudança de posição, entretanto falta autonomia para aplicar algumas medidas preventivas. Apontaram vários fatores de risco para a ocorrência de TVP conforme literatura, evidenciando conhecimento sobre a patologia.

Palavras-chaves: Trombose venosa. Enfermagem perioperatória. Prevenção.

Page 102: grande plenária

[102]

77 - CÓD. 114 PASSAGEM DE PLANTÃO NO CME: UMA FERRAMENTA COM BASE NA METODOLOGIA SBAR

Autores Renata Souza Souto Tamiasso1, Santos Danielle

1, Cybele Ap. Ferreira Ioshida

1, Fernanda

Patricia Santos1, Silmara de Oliveira Silva

1, Rosangela Claudia Novembre

1,

Instituição 1HSC – Hospital Santa Catarina – Av. Paulista, 200, Bairro Bela Vista, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: A passagem de plantão é um momento reservado para a transmissão de informações entre os profissionais que, terminam e os que iniciam o período de trabalho, que abordam sobre o estado dos pacientes, tratamentos, assistência prestada, intercorrências, pendências e situações referentes a fatos específicos da unidade que merecem atenção, e também sem faz necessária em áreas onde não se tem assistência direta ao paciente. Com o passar dos anos as estratégias de passagem de plantão veem sendo aprimoradas conforme as rotinas e necessidades dos setores. Usar uma técnica ou uma ferramenta de comunicação estruturada projetada para transmitir uma grande quantidade de informações de forma sucinta e breve é importante, porque todos nós temos diferentes estilos de comunicação, variando de profissão, cultura e género. Uma comunicação efetiva além de diminuir as ocorrências de erro, possibilita a economia de tempo, evitando o retrabalho frente a avaliação de uma situação. Um ponto crítico em relação a comunicação que encontramos em todas as unidades de trabalho dentro de uma instituição Hospitalar é a passagem de plantão. A fundação Kaiser desenvolveu uma ferramenta de comunicação usada inicialmente pela Marinha dos EUA, chamado SBAR. Que tem o seguinte significado: S = Situação, uma declaração concisa do problema. B = Background, informações pertinentes e breve, relacionadas com a situação. A = Avaliação, análise e considerações de opções. R = Recomendação, ação solicitada recomendado. SBAR oferece uma maneira simples de transmitir informações importantes, ajudando a padronizar a comunicação entre as partes. O SBAR geralmente é usado na passagem de plantão de unidades de internação e centro cirúrgico. Levando em consideração que uma passagem de plantão tem como função primária: transferência de informação, de responsabilidade e divisão de decisões, o SBAR é um modelo que atende bem essa demanda. Objetivos: Elaborar uma para a passagem de plantão do CME com base na metodologia SBAR. Método: estudo descritivo, tipo relato de experiência. Resultados: Foi elaborado uma ferramenta de passagem de plantão para o CME, com a estrutura do SBAR. Usamos os tópicos deste instrumento da seguinte maneira: relacionamos na coluna S, as estações de trabalho do CME e pontos críticos que impactam no andamento do plantão. Limpeza, preparo, esterilização, arsenal, material consignado, material particular de médico, material das unidades, cirurgias de urgências, ausência na escala, treinamentos, equipamentos em manutenção e pendências para o dia seguinte. Para cada um desses itens foi relacionado 3 colunas B, A e R. Finalizamos esta ferramenta deixando um campo para observações. Conclusão: uma ferramenta estruturada e formalizada para a passagem de plantão em uma CME é uma estratégia que busca a melhora na comunicação entre os enfermeiros, padronizando a passagem de plantão o que consequentemente irá reduzir tempo o seu tempo.

Palavras-chaves: Comunicação. Trabalho. Segurança.

Page 103: grande plenária

[103]

78- CÓDIGO: 117 PERFIL DE PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO

Autores Bruna Cristina Velozo1, Marla Andreia Garcia de Avila

1, Alessandro Lia Mondelli

1

Instituição 1FMB-Unesp – Faculdade de Medicina de Botucatu – Via Domingos Sartori, Rubião Júnior s/n,

Botucatu/SP

Resumo

Introdução: A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) continua sendo uma das causas mais comuns de complicações cirúrgicas. É definida que ocorre em até 30 dias após a cirurgia, exceto em caso de implantes e apresenta principalmente os seguintes achados: sinais de infecção, drenagem de secreção purulenta, deiscência e microrganismo isolado por cultura de fluido ou de tecido originado da incisão/órgão ou cavidades. Existe maior risco desse tipo de infecção em cirurgias contaminadas ou infectadas, com duração maior de 2 horas e em pacientes com comorbidades prévias. 1 Objetivos: Verificar o perfil de pacientes diagnosticados com infecção de sítio cirúrgico em um hospital de ensino. Método: Trata-se de dados parciais de um estudo de coorte, prospectivo, realizado em hospital terciário do Interior do Estado de São Paulo – Brasil, nos meses de setembro a novembro de 2015. Foram incluídos no estudo pacientes que realizaram cirurgia com idade & #8805; 18 anos, com indicação de profilaxia antimicrobiana. Excluiu-se aqueles com informações incompletas em prontuário; infectados por patógenos multirresistentes; em tratamento com antibioticoterapia antes da cirurgia, submetidos a cirurgias com inclusão de próteses, obstétricas e que não tiveram vigilância pós-cirúrgica. Para verificar a ocorrência de ISC, considerou-se a vigilância de sítio cirúrgico realizada pela comissão de infecção, 30 dias após cada cirurgia. O tamanho amostral teve precisão de 5%, intervalo de confiança de 95%, sendo determinando o mínimo de 352 cirurgias. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CAAE: 47194815.6.000.5411.). Resultados e discussão: No período avaliado foram realizadas 1621 cirurgias, destas 370 (22,8%) foram elegidas. Na vigilância pós-cirúrgica verificou-se que a ISC ocorreu em 36 pacientes (9,7%) da amostra, sendo que 6,2% foram identificados na vigilância pós-alta e 3,5% durante a internação. Esses dados corroboram com estudo realizado no Pará-Brasil incluindo 241 pacientes, onde verificou-se taxa de ISC de 8,7% e a maioria dos casos (61,9%) foi diagnosticada após a alta, mostrando a importância dessa vigilância no diagnóstico dessa infecção relacionado à assistência à saúde.2 Das ISC, 28% ocorreram em cirurgias gastrointestinais, 19% em cirurgias vasculares e 14% nas ginecológicas. Ademais, 80% das cirurgias eram eletivas, 50% potencialmente contaminadas e 67% com duração de mais de 2 horas. Em relação aos pacientes, não houve predomínio de sexo, 64% deles tinham 50 anos ou mais de idade, 61% foram classificados com ASA (American Society of Anesthesiology) classificação 2 (doença sistêmica moderada) e 28% classificação 3 (doença sistêmica severa, porém incapacitante). Estudo em base de dados europeu realizado com 45.666 pacientes cirúrgicos também demonstrou predominância de ASA 2 e 3 em pacientes com mais de 50 anos. 3 A taxa de mortalidade no presente estudo para os pacientes com ISC foi de 8,3%, o que pela literatura pode ser esperado uma taxa de 5-10% em caso de cirurgias maiores. 1 Conclusão: As ISC ocorrem em 9,7% dos pacientes do estudo e foram prevalentes em cirurgias gastrointestinais, com duração de mais de duas horas, em pacientes com 50 anos ou mais e com comorbidades prévias.

Palavras-chaves: Infecção da ferida operatória. Serviços de controle de infecção hospitalar. Procedimentos cirúrgicos operatórios.

Page 104: grande plenária

[104]

79 - CÓD. 118 PLANILHA COMPARTILHADA PARA CONTROLE DE "VIDAS" DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS

ROBÓTICOS

Autores Silmara Garcez1, Bruna Elvira Costa

1, Maria Socorro Vasconcelos

1, João Francisco Possari

1

Instituição 1ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Av. Dr. Arnaldo, 251, Cerqueira Cesar,

São Paulo/SP

Resumo

Introdução: A cirurgia robótica é uma nova modalidade tecnológica, já em uso em inúmeros países no mundo, que vem conquistando seu espaço junto à classe médica no Brasil, nos principais centros de excelência hospitalar. A cirurgia robótica é considerada uma cirurgia minimamente invasiva e tem como vantagens a diminuição da morbidade cirúrgica, acelera a recuperação do paciente, além de diminuir o tempo de internação hospitalar e reabilitação pós-operatória. Para a realização das cirurgias robóticas são necessários instrumentos robóticos específicos que foram especialmente desenhados e desenvolvidos para simular os movimentos das mãos do cirurgião, permitindo maior destreza cirúrgica e manipulação mais delicada dos tecidos. Segundo o fabricante, cada instrumental cirúrgico robótico tem “vidas” diferentes, que variam de 10 a 20 “vidas”. É um material de alto custo, são reusáveis e a cada reprocessamento considera-se uma “vida” e, torna-se necessário o controle rigoroso das mesmas para que não ocorra encaminhamento de instrumentos cirúrgicos robóticos para o Centro Cirúrgico (CC) sem condições de uso e com “vida” expirada. Objetivo: Evidenciar os benefícios da utilização de planilha compartilhada para o controle das “vidas” dos instrumentais cirúrgicos robóticos. Método: O Centro de Material e Esterilização (CME) é o setor responsável pela previsão e provisão dos instrumentos cirúrgicos robóticos, como também pelo processamento e controle das “vidas”. Além dos controles já existentes, como por exemplo, a inserção do instrumental no sistema de rastreabilidade Instacount® com a utilização de um selo com código data matrix que são reconhecidos na leitura com leitor óptico, permitindo vincular o número de “vidas” no cadastro e bloqueia a produção quando ultrapassa o número de “vidas” cadastradas. Há o controle visual da utilização em cada instrumental, onde foi colocada uma fita marcadora contendo espaços que representam o total de vidas das pinças e permite o registro da vida útil utilizada. Para que esse controle fosse ainda mais efetivo, uma planilha eletrônica foi criada pelos enfermeiros do CME, contemplando os instrumentais cirúrgicos robóticos disponíveis, as “vidas” informadas pelo fabricante. O preenchimento é feito pelo enfermeiro após o instrumental passar pelo reprocessamento. Essa planilha eletrônica é compartilhada com a equipe multidisciplinar como o coordenador de enfermagem do CC e CME, coordenador da Pesquisa clínica, coordenador do Suprimentos e coordenador do Grupo Interno de Leitos e Agenda cirúrgica (GILAC). Resultados: O uso da planilha eletrônica possibilitou a equipe multidisciplinar acompanhar a utilização do instrumental cirúrgico robótico por equipe e cirurgia, possibilitou também visualizar imprevistos que possam ocorrer durante a utilização como: mau funcionamento, quebra acidental durante o procedimento cirúrgico e, auxiliou a previsão de novas aquisições de instrumental. Conclusão: A planilha eletrônica compartilhada, tendo sido elaborada para melhorar o controle de “vidas” do instrumental cirúrgico robótico, foi de grande auxílio para a equipe multidisciplinar envolvida com todo o processo. Permitiu ao CME a previsão e provisão mais concisa e trouxe também como benefício a satisfação da equipe cirúrgica pela disponibilização do instrumental em condições de uso.

Palavras-chaves: Planilha. Controle. Instrumental cirúrgico robótico.

Page 105: grande plenária

[105]

80 - CÓD. 119 PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA POR DÉFICIT DE HIGIENE BUCAL: REVISÃO INTEGRATIVA Autores Madson Jean Oliveira Lima

2, Cristiana da Costa Luciano

1

Instituição 1UFG/FEN – Universidade Federal de Goiás Faculdade de Enfermagem – Rua 227, Qd-68, Setor

Leste Universitário, Goiânia/GO 2FACUNICAMPS – Faculdade Unidas de Campinas – Rua 210, 386, Setor Coimbra, Campinas/SP

Resumo

Introdução: A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) é uma infecção nosocomial que tem seu desenvolvimento associado com o tempo prolongando de ventilação mecânica(1). A prática de higiene bucal é considerada um procedimento básico e indispensável de enfermagem, cujo objetivo é manter a cavidade bucal dos pacientes saudável, proporcionando conforto e prevenindo infecções. Porém, manter a saúde bucal por meio de hábitos adequados de higiene durante a internação é um desafio, pois esta prática não é priorizada no cotidiano das equipes de enfermagem, apesar de sua reconhecida importância na prevenção da PAVM(2). O uso de clorexidina 0,12% utilizado na higiene bucal tem demonstrados dados importantes na redução de PAVM(1-2). Nova proposta de prevenção tem sido implementada através das orientações de bundles com o intuito de minimizar as infecções, dentre elas as pulmonares(3). Esses bundles são orientações baseadas em evidencias cientificas de condutas importantes para reduzir as taxas de infecções(3). Objetivo: Avaliar evidências científicas acerca da associação ao déficit de higiene bucal e pneumonia associada à ventilação mecânica. Método: Revisão Integrativa com buscas realizadas em Março/2016, no banco de dados LILACS, com os Descritores de Ciências em Saúde: Higiene Bucal, PAVM, Unidade de Terapia Intensiva. Foram incluídos artigos publicados no Brasil, no período de 2010 à 2016 e que atendessem de maneira explícita os objetivos do estudo. Os critérios de exclusão foram referentes a relatos de experiência, artigos de reflexão, teses, dissertações e editoriais. Resultados e discussão: Nossa pesquisa resultou em 10 artigos os quais abordavam a problemática da pesquisa. Há evidências que a higiene bucal é preconizada como uma das estratégias mais importantes para prevenção de PAVM, entretanto, sua prática é pouco valorizada nas unidades de terapia intensiva. Na internação de pacientes críticos a higiene bucal muitas vezes é negligenciada devido à deficiência de treinamento e orientação. As equipes de enfermagem relataram que o cuidado bucal é uma tarefa desagradável e difícil, e que a boca do paciente sob ventilação mecânica prolongada apresenta microbiota patogênica mesmo quando os cuidados de higiene bucal são fornecidos. Portanto, existem pesquisas que abordam a técnica de higiene bucal com maior frequência no turno da manhã e com utilização de clorexidina 0,12% e que a implementação dos bundles tem demonstrando uma boa estratégia para a prevenção de infecção. Conclusão: Acredita-se que a deficiência de higiene bucal comprometa a qualidade do tratamento de pacientes críticos, de modo que sua prática ainda tem se mostrado pouco valorizada, principalmente no que tange à prevenção de pneumonia em pacientes entubados. É de suma importância que as equipes de enfermagem bem como as instituições de saúde estabeleçam estratégias que possam priorizar essa ação como forma de prevenção à PAVM, além de contribuir para o conforto e qualidade no tratamento à pacientes submetidos ao suporte ventilatório.

Palavras-chaves: Pneumonia associada a ventilação mecânica. Higiene bucal. Pacientes críticos.

Page 106: grande plenária

[106]

81 - CÓD. 121 POSSÍVEIS FALHAS NA TERMOSELAGEM: INDICADORES DE NÃO-CONFORMIDADES

Autores Geraldina Lemos de Oliveira1, Maria de Fátima de Oliveira Melo

3, Antônio da Silva Ribeiro

2, Ana

Paula Loureiro da Costa1, Maria Jéssica Damásio de Oliveira

1, Juliana Lima da Rocha

1

Instituição

1BIOXXI – Serviços de Esterilização – Rua Chantecler, 26, São Cristóvão/RJ

2Estácio – Universidade Estácio de Sá – Av. Marechal Fontene, Sulacap/RJ

3Rede D'or – Rede D'Or Hospital Esperança Unidade Olinda – Av. Dr. José Augusto Moreira, 810,

Casa Caiada, Olinda/PE

Resumo

Introdução: A qualidade da selagem é considerada um processo crítico, na qual incluem os parâmetros de temperatura e pressão de contato como essenciais, estas são definidas baseadas para cada embalagem. O seu objetivo final é garantir a esterilidade dos produtos médicos até o uso final. Para isto existe a validação de processo de selagem, a fim de garantir a integridade da barreira mecânica contra a flora microbiana. A selagem deve ter uma abertura em formato de pétala para garantir segurança ao material médico. Segundo a ISO (International Organization for Standardization) 11607-2/2004, seções 5.3.2 b., os defeitos de formação de canais, fendas ou rugosidades, e delaminação ou separação do material não podem existir, para uma garantia de esterilidade. A largura de uma selagem ideal deve ser normalmente de mais de 6mm, sendo inaceitável maior que 12mm. Em selagem dupla, as larguras parciais devem ser adicionadas em conjunto. A norma ainda salienta que a taxa de preenchimento entre o item estéril e a selagem não deve ser excedida de 75%, com distância para ambos de 3cm. A norma ISO 11607-2 analisa os requisitos de validação para formação, processos de montagem de vedação e qualificação de instalação. É abordada a IQ – Qualificação de Instalação, referindo sobre a instalação correta da seladora e da necessidade do treinamento dos usuários no manuseio corretamente; e a OQ – Qualificação Operacional, envolvendo apenas a temperatura, pois os demais parâmetros já foram pré-determinados. Embalagens de materiais auto-selantes não conseguem impermeabilidade permanente, segundo esta ISO. Por este fato que devemos analisar as possíveis falhas no método adequado na termoselagem. Objetivo: Descrever as falhas na termoselagem como indicador de não-conformidades no uso do papel grau cirúrgico. Métodos: O estudo foi realizado com abordagem descritiva e exploratória, apoiando-se na revisão bibliográfica com a utilização dos descritores: Termoselagem, Papel Grau Cirúrgico e Seladora. A busca ocorreu nas bases de dados LILACS, BIREME, MedLine, BDEnf e Scielo, como critérios de inclusão, foram determinados artigo completo, idioma português, publicação posterior a 2011. Foi realizada uma associação da revisão de literatura com a observação prática executada em uma unidade de reprocessamento, com descrição em diário de campo das atividades desenvolvidas e dos dados obtidos durante o processo de reprocessamento. Resultados: Foram observadas algumas não conformidades no processo de termoselagem que impede a efetividade e garantia da esterilidade. As falhas mais comuns encontradas foram: - Rugas em algumas partes da selagem, ocasionando pequenos canais de ar; - Partes do papel grau cirúrgico sem selagem homogênea; - Dobra no final da selagem, devido ao iniciar a selagem com o papel grau cirúrgica já dobrada, causando canal de ar; - Queimaduras em alguns pontos do filme laminado, indicando temperatura escolhida não adequada. Conclusão: A validação do processo de selagem é primordial para o uso seguro à barreira microbiana, porém há a necessidade de estar em conjunto com o treinamento aos funcionários na Central de Material e Esterilização. E baseado nesse conhecimento, os defeitos na termoselagem devem ser alertados previamente à esterilidade, fato este informado na planilha de não-conformidades, comprovado pela literatura como uma das falhas mais comuns.

Palavras-chaves: Selagem. Papel grau cirúrgico. Seladora.

Page 107: grande plenária

[107]

82 - CÓD. 122 PREPARO DOS ARTIGOS ODONTO-MÉDICO HOSPITALARES NO CENTRO DE MATERIAIS E ESTERILIZAÇÃO

Autores Diulie Graziela Cavassim1, Fernanda Ferrari

2, Sandra Maria Schefer Cardoso

3,2,

Rodrigo Cavassim1

Instituição 1UNIUV – Centro Universitário de União da Vitória – Rua Bento Munhoz da Rocha Neto, 3.856,

União da Vitória/PR 2FI – Faculdade Inpirar – Rua Inácio Lustosa, 792, Curitiba/PR

3UFSM – Universidade Federal de Santa Maria – Av. Roraima, 1.000, Bairro Camobi,

Santa Maria/RS

Resumo

O Centro de Materiais e Esterilização pode ser reconhecimento como o composto de elementos de uma área física, designada a recepção, expurgo, preparo, esterilização, guarda e distribuição dos artigos que serão utilizados para assistência à saúde. O estudo teve como objetivo, numa perspectiva reflexiva, abordar a importância do preparo dos artigos odonto-médico-hospitalares para o processo de esterilização. A metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica, com levantamento de artigos nas bases de dados dos últimos dezesseis anos. Os resultados alcançados na pesquisa demonstram a importância de evitar ao paciente eventos adversos provenientes de falhas das etapas de pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, inspeção da integridade do instrumental e preparo, o qual envolve a escolha da embalagem de acordo com o método de esterilização; a primeira fase é a da pré-limpeza ou limpeza prévia, visa remover a sujidade com o propósito de evitar a aderência de biofilme; a limpeza manual ainda é indicada para materiais complexos e/ou delicados, mas a lavadora termodesinfectora realiza a limpeza de instrumentais cirúrgicos menos complexos; para a realização da secagem dos artigos é indicado material de tecido macio e de cor branca para melhor visualização dos resíduos; na escolha de embalagens, o sistema de barreira grau cirúrgico é sem dúvida o mais utilizado, por ser de baixo custo e ter compatibilidade aos diversos métodos de esterilização. Como conclusão cabe aos estabelecimentos de assistência à saúde proporcionar aos profissionais capacitações para produção de conhecimento técnico-científico que gerem comprometimento e conscientização da importância de cada etapa do processo.

Palavras-chaves: Centro de Materiais e Esterilização. Limpeza de materiais. Processamento de materiais.

Page 108: grande plenária

[108]

83 - CÓD. 123 PRESENÇA DE SANGUE VISÍVEL E OCULTO EM CABO E LÂMINA DE LARINGOSCÓPIOS

Autora Suellen Montanheiro Dantas1

Instituição

1UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas – Cidade Universitária Zeferino Vaz,

Barão Geraldo, Campinas/SP

Resumo

Introdução: Estudos têm apontado na direção da ineficácia do processamento dos laringoscópios, fato que pode implicar em risco de infecção aos pacientes expostos à intubação endotraqueal, situação agravada por ser, muitas vezes, realizado em atendimento emergencial. Este fato tem sido evidenciado pela constatação da presença de resquícios de sangue e matéria orgânica no equipamento (cabo e lâmina). As Unidades Básicas de Saúde (UBS) oferecem suporte básico de vida, e, no entanto, a intubação é um dos procedimentos que podem ser realizados. Objetivos: Verificar as condições nas quais se encontram os laringoscópios pronto uso nas UBS, analisando a presença de sangue visível e oculto em cabo e lâmina. Verificar as condições de armazenamento do equipamento. Metodologia: A detecção de sangue visível se deu por inspeção visual, e para a pesquisa de sangue oculto, foi realizado teste enzimático, cujo princípio ativo é uma reação enzimática com as peroxidases encontradas no sangue. Foram analisados cabo e lâmina separadamente em 55 dentre as 64 UBS existentes no município de Campinas-SP. Conclusão: Laringoscópios disponíveis em 55 UBS apresentaram integridade preservada, condições físicas adequadas e ausência de sangue visível. Apesar disso, 5,45% das lâminas e 3,64% dos cabos apresentaram resultado positivo para sangue oculto, acrescido de condições precárias de armazenamento. Ainda que a incidência de sangue oculto possa ser considerada baixa, este equipamento não oferece segurança ao paciente durante o processo de intubação. Resultados: Foram analisados cabo e lâmina separadamente em 55 dentre as 64 UBS existentes no município de Campinas-SP. Nas condições de armazenamento encontradas, observou-se que 69,09% das lâminas e cabos estavam acondicionadas em embalagem de material sintético, a qual acondiciona o kit laringoscópio em sua forma original, na qual o equipamento foi comercializado. Não é higienizada nem substituída por outra descartável. Encontrou-se 3,64% dos cabos e 5,45% das lâminas com resultado positivo. Nas demais unidades não havia uma frequência de intubações significante, recebendo atendimentos de emergência esporadicamente. Os resultados obtidos por esta pesquisa revelam que não há sistematização para o processamento dos laringoscópios e não há uso frequente deste equipamento nas UBS.

Palavras-chaves: Laringoscópio. Desinfecção. Sangue oculto.

Page 109: grande plenária

[109]

84 - CÓD. 124 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO: UMA ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO

Autores Regeane Maria Trindade de Lúcio1, Adelaide Maria de Brito

1, Maria da Conceição da S. Sousa Melo

1,

Cordélia Maria de Araújo1, Monaliza Raquel do Nascimento

1, Taynah Neri Correia Campos

1

Instituição 1UHRS – Unidade Hospitalar Regional do Seridó – Estrada do Perímetro Irrigado Sabugi, s/n

Paulo VI, Bairro Caicó/RN

Resumo

Introdução: O Procedimento Operacional Padrão (POP) configura-se como um instrumento de trabalho que tem como finalidade padronizar os procedimentos técnicos nos processos de limpeza, preparo, desinfecção, esterilização e armazenamento de materiais médicos, cirúrgicos e odontológicos e estabelecer padrões mínimos de estrutura organizacional com relação a recursos físicos, materiais e humanos, a fim de garantir um “cuidado” qualificado e seguro aos usuários nas Unidades de Saúde¹. Pensando-se nos elementos do cuidado (amor, solidariedade e respeito) sabe-se que o cuidar é um processo interativo que ocorre entre o ser que cuida e aquele que é cuidado, e se condensa por meio da disponibilidade, confiança, receptividade e aceitação, promovendo crescimento mútuo². Objetivos: Construir os POPs do Centro Cirúrgico e da Central de Material de Esterilização visando identificar e intervir nos riscos de contaminação cruzada com vistas ao controle de infecções no processo de produção de saúde, assim como, prevenir riscos de acidentes e adoecimento entre os trabalhadores, decorrentes da atividade laboral. Métodos: Trata-se de um relato de experiência que teve como ferramenta de trabalho a educação permanente em saúde, para a construção coletiva do instrumento, tendo sido executado em cinco etapas: Momento 1 – Exposição do projeto para a direção da Unidade Hospitalar; Momento 2 – Oficina sobre a “Produção do Cuidado humanizado na Saúde”. Momento 3 – Seminário sobre Biossegurança (NR – 32) e Protocolo de Acidente com Exposição a Material Biológico. Momento 4 – Oficinas (05) para construção dos POPs, obedecendo as escalas de plantões; Momento 5 – Socialização dos POPs para a Unidade. Resultados e discussão: Participaram das atividades 17 trabalhadores, com idade de 22 anos e mais, sendo 82% do gênero feminino. A construção coletiva dos POPs possibilitou a reorganização do ambiente de trabalho, impactando nas práticas sanitárias dos trabalhadores e na produção do cuidado qualificado, assim como, na prevenção de acidentes com exposição à material biológico. Conclusões: A vivência possibilitou ao coletivo de trabalhadores a reflexão acerca dos riscos e da exposição aos acidentes de trabalho a que estão expostos durante o exercício de suas atividades laborais e sua relação com a necessidade de instituição de POP como estratégia de qualificação do cuidado em saúde e controle de infecções no ambiente hospitalar, reconhecendo a importância de seu papel na efetivação de uma atenção acolhedora e adequada.

Palavras-chaves: Cuidado. Esterilização. Material biológico.

Page 110: grande plenária

[110]

85 - CÓD. 125 PROTOCOLO ASSISTENCIAL NAS CIRURGIAS DE CATARATA FACO-EMULSIFICAÇÃO: É POSSÍVEL AUMENTAR A SEGURANÇA

Autores Fernanda Nunes da Silva1, Simone Garcia Lopes

2,1, Mirlene Colman Souza de Carvalho

1,

Ariadne de Paula Nascimento1, Marina Sousa dos Santos

1, Juliana Bachot Herrera

1

Instituição 1HEMC – Hospital Estadual Mario Covas – Rua Dr. Henrique Calderazzo, 321, Santo André/SP

2FMABC – Faculdade de Medicina do ABC – Rua Príncipe de Gales, 821, Santo André/SP

Resumo

Introdução: O número de cirurgias de cataratas realizada no Brasil aumentou de 90 mil no começo da década de 90 para aproximadamente 250 mil em 2000. Esse aumento de 278% é extraordinário e se deve a um esforço conjugado dos oftalmologistas e autoridades de saúde1. Os mutirões de catarata atualmente integram a rotina de muitas EAS do SUS, como ferramenta para atender uma demanda reprimida e de facilitação do acesso à população menos favorecida economicamente à cirurgia. Mutirão2 é o nome dado no Brasil a mobilizações coletivas para lograr um fim, baseando-se na ajuda mútua prestada gratuitamente [..] Infelizmente o termo sofre um prejuízo após um episódio veiculado pela mídia onde diversos pacientes apresentaram síndrome tóxica do segmento anterior ocular. Objetivo: Avaliar e descrever as rotinas assistenciais da cirurgia de catarata por Faco-emulsificação em mutirões de um hospital universitário. Metodologia: pesquisa descritiva realizada por meio de revisão narrativa de literatura, combinada com relato de experiência, numa EAS que no ano de 2015 realizou 1008 cirurgias de catarata e no ano vigente 480, utilizando a ferramenta mutirão. Os procedimentos foram realizados aos sábados, sendo autorizados 25 cirurgias/dia. Resultados: o processo de descrição das rotinas se deu através de discussões com os enfermeiros do CC e CME, SCIH, equipe de oftalmologia e diretorias técnica e de enfermagem. Em primeiro tempo foram apresentadas as técnicas utilizadas para a realização do procedimento de catarata por Faco-emulsificação: técnica mais utilizada na maioria dos países desenvolvidos, devido à possibilidade de rápida recuperação visual e ao reduzido índice de complicações per e pós-operatórias3. Seguido do processamento do instrumental e utilização de insumos até a recepção do paciente ao centro cirúrgico. Em segundo tempo foram discutidos cada item baseado nas recomendações oficiais, RDC 153 e a experiência dos profissionais envolvidos. Os encontros resultaram na formação de um protocolo assistencial que se inicia no período pré operatório (limpeza da pele, uso correto do colírio anestésico, avaliação dos olhos, higiene das mãos e remoção de adornos); período intra operatório (abertura de materiais em tempos corretos, antissepsia das mãos do cirurgião, uso de colírio imediatamente após a cirurgia, aquisição de campo estéril apropriado para a especialidade, responsabilidade exclusiva da equipe de enfermagem na limpeza, inspeção e esterilização dos instrumentais); pós operatório (aplicação de colírio de antibiótico e aquisição de oclusor ocular apropriado). Conclusão: A avaliação da rotina dos procedimentos cirúrgicos de catarata despertou o envolvimento da equipe multi profissional na busca da melhoria da assistência e na garantia da segurança do procedimento, ainda que o cenário de estudo não tenha registrado nenhum caso de endoftalmite no último ano. A descrição de um protocolo assistencial favoreceu a uniformidade de ação dos profissionais envolvidos e contribui para melhoria do quantitativo de instrumentais cirúrgicos, a aquisição de materiais descartáveis e o reconhecimento das responsabilidades de cada membro da equipe.

Palavras-chaves: Enfermagem. Controle & prevenção. Catarata.

Page 111: grande plenária

[111]

86 - CÓD. 127 RASTREABILIDADE AUTOMATIZADA DE ÓRTESE, PRÓTESE E MATERIAL ESPECIAL EM CME

Autores Flavia de Oliveira e Silva Martins1, Mara Lucia Leite Ribeiro

1

Instituição 1HCor – Hospital do Coração – Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 123, São Paulo/SP

Resumo

Dispositivos médicos hospitalares, também chamados de órtese, prótese e materiais especiais (OPME) representam uma das áreas de maior complexidade no mundo da saúde. Possuem grande importância econômica por serem responsáveis por custos elevados e possibilidade de perda, exigindo um controle eficaz. O investimento em tecnologia apresenta inúmeros benefícios sendo essencial como estratégia para uma gestão que objetiva a segurança do paciente, redução de desperdício e rastreabilidade dentro dos processos da central de materiais e esterilização (CME). O objetivo deste artigo é descrever a implantação e prática diária da rastreabilidade automatizada de OPME em uma CME. Inicialmente forma selecionadas as empresas fornecedoras de maior movimentação na instituição. Depois criou-se a lista de itens com a quantidade selecionada aleatoriamente podendo ser alterada. Cada fornecedor recebeu um código específico e um número de série. Uma etiqueta com código de barras foi impressa e colada em tags que foram organizados em painel e disponibilizados na sala de limpeza. Após o recebimento a tag correspondente é fixada na caixa consignada com abraçadeira de nylon. Em cada etapa do processo, o código de barras é lido através de um scanner, armazenando as informações no sistema. Uma etiqueta é impressa e anexada ao prontuário do paciente. Após a utilização, retorna para sala de limpeza, encerrando-se o ciclo. Com 02 meses da inserção das OPMEs no sistema automatizado e 15 empresas cadastradas, 965 caixas de 285 pacientes diferentes foram preparadas e rastreadas. Cerca de 3% das etapas são esquecidas perdendo a rastreabilidade automatizada por erro humano. A lista de materiais permite um controle mais rígido da quantidade de peças recebidas, reduzindo a zero as perdas. O tamanho da base de dados é ilimitado garantindo o armazenamento das informações por tempo indeterminado. A gestão é realizada através de relatórios, análise e discussão dos resultados. A rastreabilidade automatizada agregou qualidade e segurança na gestão de OPME da CME.

Palavras-chaves: Gestão em CME. OPME. Rastreabilidade. Sistemas automatizados.

Page 112: grande plenária

[112]

87 - CÓD. 128 RASTREABILIDADE DE MATERIAIS CIRÚRGICOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL PARTICULAR

Autores Thiago de Melo1, Juciara Martins

1, Marice Negrini

1

Instituição 1HMCG – Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama – Av. Dr. Erasmo, 18, Santo André/SP

Resumo

Introdução: Rastreabilidade é a capacidade de traçar o caminho da história, aplicação, uso e localização de um ou mais artigos, por meio de identificações registradas.¹ O conceito de rastreabilidade, nos últimos tempos, tem adquirido importância significativa nas instituições de saúde, principalmente no CME, visto que permite uma intervenção rápida da equipe de enfermagem. A rastreabilidade não garante a segurança nem a qualidade do material, no entanto, é essencial para garantir artigo seguro e com qualidade.¹ Frente a relevância da rastreabilidade, será que o enfermeiro tem conhecimento da importância de um sistema eficaz de rastreabilidade de materiais cirúrgicos? Diante da dificuldade em rastrear os materiais cirúrgicos que podem entrar em contato com o paciente, o enfermeiro deve rever seus conhecimentos para implantar um meio de rastrear tais materiais. Objetivo: Mostrar a importância de um sistema de rastreabilidade de materiais cirúrgicos em CME. Específicos: Conhecer as atividades de um CME. Descrever normas e diretrizes para rastreabilidade em CME. Sugerir um método eficaz de rastrear materiais cirúrgicos. Relatar a experiência bem-sucedida de um hospital do ABC. Método: Trata-se de um relato de experiência de um método eficaz de rastreabilidade de materiais cirúrgicos adotado por um hospital do ABC. Definido o tema da pesquisa, partiu-se para o levantamento das informações, através da busca em literaturas e artigos relacionados ao tema do relato de experiência. Após isto, feito uma descrição do fluxo dos materiais cirúrgicos deste hospital, incluindo o recebimento, processo de esterilização, entrega e devolução dos materiais da sala operatória. Resultados e discussão: Este método tem sido muito eficaz na instituição. Garante que apenas materiais cirúrgicos estéreis entrem em contato com o paciente, sendo possível rastrear todo o processo de esterilização e os materiais usados em determinado paciente. O uso de formulários e impressos criados pela instituição tem sido um grande diferencial. Facilita o controle do fluxo dos materiais cirúrgicos, sendo possível rastreá-los através dos formulários, diminuindo a possibilidade de erros. Também traz a vantagem da diminuição de perdas e extravios de instrumentais, permitindo a devolução completa para o CME, evitando riscos associados à pratica cirúrgica. Conclusão: Existem vários métodos de rastreabilidade, sendo todos efetivos desde que atendam às exigências legais e garantam que apenas materiais de qualidade estejam disponíveis para o uso. O enfermeiro de CME tem um papel essencial em implantar um sistema de rastreabilidade e monitorar a eficácia do processo, verificando sempre quais são as exigências legais sobre rastreabilidade para aplica-los na rotina do CME, garantindo segurança ao paciente e equipe profissional. É um método de rastreabilidade de materiais prático, seguro, eficaz e de baixo custo. Um exemplo que pode ser adotado por outros hospitais que encontram dificuldade em rastrear tais materiais.

Palavras-chaves: Centro de Material e Esterilização. Materiais cirúrgicos. Rastreabilidade.

Page 113: grande plenária

[113]

88 - CÓD. 129 READEQUAÇÃO ESPACIAL DA CME DE UM HOSPITAL DE PEQUENO PORTE

Autores Cinthia Mendes Rodrigues, Christian Emmanuel da Silva Pelaes1, Anamaria Alves Napoleão

1,

Anali Furlan Bonetti Locilento1, Lucimar Retto da Silva de Avó

1, Valeria Cristina Gabassa

1

Instituição 1HU-UFSCAR – Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos – Rua Luiz Vaz de

Camões, 111, Vila Celina, São Carlos/SP

Resumo

Introdução: A Central de Material e Esterilização (CME) é uma unidade funcional de apoio técnico destinado ao processamento de produtos para saúde. É considerada uma área crítica, que desempenha um conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição de artigos para as unidades consumidoras1. A planta física de uma CME deve favorecer um fluxo unidirecional e sem cruzamento do material limpo e contaminado1-2. Objetivo: Relatar a experiência de adequação de uma área de CME em consonância com as resoluções brasileiras de projetos arquitetônicos e de boas práticas de processamento de produtos para a saúde. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre a reforma de uma CME classe II realizada no período de setembro de 2015 a maio de 2016 em um hospital universitário de pequeno porte no interior de São Paulo fundado há 10 anos. A partir de um relatório técnico do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), foram identificadas inadequações sanitárias para as quais apresentou-se proposta de adequação emergencial com um novo modelo de planta física e reforma da área atual. Resultados e discussão: Na execução do novo projeto arquitetônico, foram construídas áreas específicas para cada etapa de processamento dos artigos. A área suja foi separada da área limpa por meio de barreira física e foram construídos vestiário e sanitário exclusivos. A construção de depósitos de material de limpeza (DML) exclusivos para a área suja e limpa também foram contemplados. Desta forma, os colaboradores não transitam livremente de uma área para a outra como ocorria anteriormente. As áreas de preparo e esterilização foram preservadas. Uma sala exclusiva para desinfecção química foi operacionalizada, uma vez que no processo anterior ocorria nas dependências da área suja. A área de armazenamento foi separada em dois recintos, distinguindo-se de acordo com o tipo de processamento sofrido pelos artigos (desinfecção ou esterilização). Este ambiente foi climatizado com controle de umidade e temperatura e o acesso ficou restrito apenas aos colaboradores internos, diminuindo a circulação de pessoas, garantindo a integridade e qualidade dos artigos até sua distribuição. Foi possível estruturar uma área para monitoramento das ações técnicas conjugado às atividades administrativas e uma copa exclusiva, de forma a promover um ambiente de convivência entre os colaboradores. A maioria das CME dos serviços hospitalares não atende as normas de projetos físicos para os estabelecimentos de saúde preconizada pela Anvisa3. Conclusão: Investir na reforma desta unidade possibilitou o cumprimento das normativas estabelecidas pelo Ministério da Saúde/Anvisa com relação à estrutura física de uma CME, facilitando o processamento dos artigos de forma adequada e contribuindo significativamente para o controle de infecção no ambiente hospitalar e, consequentemente, para segurança de colaboradores e usuários do serviço.

Palavras-chaves: Centro de esterilização. Estrutura sanitária. Infecção. Prevenção e controle.

Page 114: grande plenária

[114]

89 - CÓD. 131 RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO ADORNO ZERO EM CENTRO CIRÚRGICO

Autores Ana Carolina Alves da Hora1, Beatriz Coelho Ferreira

1, Carla Karyelle Simplicio Silveira

1, Jackson

da Silva Santos1

Instituição 1Estácio – Faculdade Estácio de São Luís – Rua Osvaldo Cruz, 1455, Centro, São Luís/MA

Resumo

Introdução: O controle da Infecção Hospitalar continua sendo um grande desafio nos serviços de saúde, pois apesar de todos os avanços já obtidos na área, a possibilidade de ocorrência deste problema ocupa um espaço importante dentro da rotina assistencial. A infecção em sítio cirúrgico (ISC) é responsável por gerar complicações de maior impacto e mortalidade, devido à possibilidade de prolongar o tempo de internação do paciente, podendo ainda, gerar danos permanentes à saúde. A ISC é multifatorial, sendo a equipe cirúrgica uma importante fonte de patógenos para sua etiologia, tanto no que se refere à paramentação quanto aos cuidados básicos antes e durante a realização de procedimentos no setor. Objetivo: Relatar o nível de adesão dos profissionais do centro cirúrgico durante ação educativa relacionada à importância do Adorno Zero realizada pelos acadêmicos do curso de enfermagem de uma faculdade particular. Método: Relato de experiência obtido a partir de atividade realizada em um centro cirúrgico de um hospital de urgência e emergência. Para o encerramento do estágio obrigatório, foram elaborados folders contento informações e ilustrações a respeito da retirada total dos adornos antes da entrada no centro cirúrgico (anéis, pulseiras, colares, brincos e qualquer outro), mostrando de maneira interativa a importância desta ação que é responsável por um dos elementos de segurança na prevenção a Infecção de Sítio Cirúrgico. Junto ao folder, os alunos entregaram saquinhos de tule com fitilho para fechamento, no intuito de chamar a atenção de todos e favorecer a participação imediata do maior número de funcionários do setor. Resultado: A ação educativa junto aos profissionais do centro cirúrgico de maneira interativa possibilitou uma maior aproximação e identificação das dificuldades de rotina apresentadas pelo setor; a importância do compromisso em informar continuamente sobre a realização de pequenas atitudes que podem resultar em impactos de grande relevância para qualidade do serviço prestado; o fornecimento de folders contendo informações objetivas junto a ilustrações do dia a dia favoreceu a aproximação e curiosidade dos envolvidos; a adesão imediata ao que estava sendo repassado, uma vez que, alguns funcionários retiraram os adornos utilizados logo após entrega dos saquinhos de tule; a interação da equipe do centro cirúrgico com os alunos do curso de enfermagem, de maneira que a mesma destacou a importância da ação realizada, indicando a necessidade de uma mobilização permanente. Conclusão: Manter as infecções hospitalares sob controle é um desafio constante. A realização da atividade educativa adorno zero em centro cirúrgico, possibilitou uma grande adesão por parte de todos os profissionais do setor, que retiraram os adornos colocando-os imediatamente nos saquinhos oferecidos pelos alunos. Os riscos do uso do adorno em ambiente hospitalar são claros, porém não havia, até então, uma ação voltada para a prática explicativa sobre a necessidade de retirada dos mesmos, tornando esta ação de importante impacto no controle e prevenção da Infecção em Sítio Cirúrgico.

Palavras-chaves: Centro cirúrgico. Infecção. Prevenção. Adorno zero.

Page 115: grande plenária

[115]

90 - CÓD. 132 RELATO DE EXPERIÊNCIA: REGISTRO PADRONIZADO NO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO DA CME

Autora Ana Carolina Alves da Hora1

Instituição

1HMDM – Hospital Municipal Djalma Marques – Rua do Passeio, s/n, Centro, São Luís/MA

Resumo

Introdução: A Central de Material e Esterilização (CME) destaca-se no contexto da organização de saúde de uma forma bastante peculiar por caracterizar-se como uma unidade de apoio a todos os serviços assistenciais e de diagnóstico que necessitem de artigos odonto médico hospitalares para a prestação de assistência aos seus usuários, enfatizando a qualidade dos procedimentos de limpeza, desinfecção e esterilização dos materiais na prevenção e controle das infecções. Para que ocorra o controle e acompanhamento de todas as rotinas realizadas em CME, é necessária a elaboração de registros que atendam a demanda das informações dentro do setor, desde a área de recepção dos materiais a serem processados até aqueles com o processo já finalizado, aguardando apenas a sua distribuição. Nesse aspecto, é fundamental a elaboração de estratégias que visem mostrar de maneira objetiva a quantidade de materiais distribuídos diariamente, contendo informações específicas que possibilitem realizar consolidados que irão fornecer suporte para realização de novas solicitações junto ao setor administrativo da unidade, conforme demanda apresentada em cada registro. Objetivo: Relatar a vivência da CME após implantação de um livro padronizado, exclusivo para registro de todos os materiais fornecidos diariamente aos setores consumidores do hospital. Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em um hospital de urgência e emergência, São Luís – Maranhão, Brasil. No início do ano de 2015, foi elaborado um registro para realização do controle de todos os materiais fornecidos por plantão aos demais setores do hospital (exceto Centro Cirúrgico e UTI com registro diferenciado). Foi construído em folha A4 frente e verso, correspondendo cada folha a 12 horas de plantão (SD – serviço diurno ou SN – serviço noturno). Entre as informações presentes, constam: Data, turno, nome de todos os setores do hospital e principais materiais solicitados durante o plantão por cada setor, separados em tabelas alinhadas – numerados por item, quantidade dispensada a ser preenchida e assinatura de quem recebeu. Havendo ainda, espaço para anotações de possíveis materiais que não estavam descritos previamente. O registro contém local destinado a demais observações que necessitem de atenção. Ao final do verso de cada folha, o funcionário responsável pelo arsenal no plantão correspondente, assina e carimba em local específico, assegurando as informações efetuadas e a responsabilidade que o setor requer. Com a folha padrão em mãos, são feitas cópias suficientes para construção de livros encadernados, que possibilitam tanto a padronização do que é informado quanto à organização e controle dos arquivos obtidos por meio de um registro unificado. Resultado: Tal registro permite a consolidação das informações de maneira precisa, fornecendo subsídios que possibilitem apresentar nosso fluxo diário e a possível necessidade de reposição no arsenal; extingue os antigos protocolos de entregas, caracterizados pelo registro manuscrito e de difícil compreensão, haja vista a quantidade de informações presentes na mesma página contendo setores variados e materiais diversos; as páginas encadernadas e identificadas favoreceram a organização e guarda dos arquivos referentes à grande parte dos materiais fornecidos pela CME. Conclusão: Os registros em CME e a colaboração da equipe de enfermagem são indispensáveis para o desenvolvimento de práticas seguras de trabalho. Diante da ausência de programas informatizados, em virtude dos altos custos de implantação e manutenção, é fundamental a construção de outros meios que armazenem essas informações, trazendo qualidade gerencial e segurança quantitativa de tudo o que é fornecido pela CME.

Palavras-chaves: Registro em CME. Organização. Distribuição

Page 116: grande plenária

[116]

91 - CÓD. 136 RISCOS OCUPACIONAIS DOS TRABALHADORES DA ENFERMAGEM DA CENTRAL DE MATERIAL ESTÉRIL

Autores Henrique Eduardo Alves2, Cecília Nogueira Valença

2, Dimitri Taurino Guedes

2, Aline Cristine do

Rego Reis1, Taynah Neri Correia Campos

1

Instituição 1HUAB – Hospital Universitário Ana Bezerra – Praça Tequinha Farias, s/n, Centro, Santa Cruz,

Rio Grande do Norte/RN 2FACISA – Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí, s/n, Centro, Santa Cruz, Rio Grande do

Norte/RN

Resumo

Introdução: Os trabalhadores que exercem suas atividades na central de material estéril (CME) têm o compromisso na defesa contra inúmeras doenças do âmbito hospitalar, com o intuito de diminuir microorganismos que estão inseridos nos instrumentos e insumos dos profissionais de saúde. É possível compreender que os trabalhadores de enfermagem estarão expostos a determinados riscos e doenças ocupacionais, comprometendo não somente a qualidade da assistência prestada por esses profissionais, quanto sua própria qualidade de vida, sendo inevitável se fazer prática constante do uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) por toda a equipe, além de obter meios que possibilite alternativas para eliminação dos agravos. Objetivo: Identificar os riscos ocupacionais a que os profissionais de enfermagem referem estar expostos. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, qualitativa, realizada junto à equipe de enfermagem da central de material estéril de dois hospitais de médio porte do Rio Grande do Norte, região nordeste do Brasil. Para a obtenção dos dados para a pesquisa foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado, com questões abertas sobre EPIs e os riscos ocupacionais que a equipe de enfermagem refere estar presentes. A amostra consistiu de 17 profissionais. Como critério de inclusão na pesquisa, trabalhar há pelo menos três meses no setor da CME. Foram excluídos desta pesquisa os profissionais que não estiveram presentes no setor durante o período de coleta de dados ou os que se recusaram a participar do estudo. A entrevista aos profissionais foi aplicada durante seu horário de trabalho. As falas dos participantes foram gravadas, transcritas e analisadas de acordo com a técnica de análise de conteúdo temática, segundo Deslandes, Gomes e Minayo. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo CAAE nº 44892415.1.0000.5568 do Comitê de Ética, da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Esclarecido, a coleta foi durante o mês de julho de 2015. Resultados: Os trabalhadores de enfermagem na CME precisam utilizar medidas de controle para esses riscos, tais como os equipamentos de proteção individual adequados e ambiente seguro. Com base nas respostas dos participantes, foi identificado que não houve dimensionamento de recursos humanos para as atividades de modo que impeça ou diminua os riscos ocupacionais como exposição aos fluidos corpóreos, acidentes com materiais perfurocortantes, além do desgaste físico e psicológico pela sobrecarga de trabalho, falta de fornecimento de EPIs adequados, proporcionando grandes riscos à saúde dos profissionais, assim como ausência de espaço no setor adequado para as atividades laborais na CME com segurança. Conclusão: O estudo identificou os principais riscos ocupacionais na CME de natureza química, física, ergonômica, biológica ou mecânica, os quais interferem na saúde dos profissionais de enfermagem que atuam neste setor, gerando consequências que poderiam ser evitadas. É importante ressaltar uma prevenção com base nas medidas de biossegurança, através de ações importantes para que possa ser construída uma cultura de segurança nos diversos setores do âmbito hospitalar de acordo com os protocolos fornecidos pela gestão da instituição, sempre com ação conjunta do enfermeiro da CME

Palavras-chaves: Enfermagem. Riscos ocupacionais. Saúde do trabalhador.

Page 117: grande plenária

[117]

92 - CÓD. 137 RISCOS OCUPACIONAIS NA DESINFECÇÃO PELO ÁCIDO PERACÉTICO

Autores Vanúcia Nogueira Santos1, Rafael Queiroz Souza

2,1

Instituição

1CUSC – Centro Universitário São Camilo – Av. Nazaré, 1.501, Ipiranga, São Paulo/SP

2EEUSP – Escola de Enfermagem da USP – Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 419, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: O ácido peracético é um desinfetante eficaz, com um largo espectro de atividade antimicrobiana, amplamente utilizado na desinfecção em serviços de saúde. Para evitar riscos ocupacionais é imprescindível a atenção do profissional que atua na desinfecção dos produtos para saúde. Um profissional consciente e conhecedor dos riscos aos quais está exposto, permanece atento ao seu trabalho realizando suas atividades com segurança. Objetivo: Identificar os riscos associados ao uso do ácido peracético pelos profissionais que atuam na desinfecção de produtos para saúde. Métodos: Revisão integrativa da literatura, cuja busca foi realizada nas bases de dados LILACS, SciELO, BDENF e PUBMED, nos idiomas português, inglês e espanhol, no limite temporal de 2007 á 2015. Os descritores utilizados na identificação dos artigos foram: Ácido peracético, Desinfetante, Riscos Ocupacionais e Desinfecção. Os estudos incluídos abordaram os riscos ocupacionais na desinfecção pelo ácido peracético. Resultados e discussão: Foram encontradas 518 publicações, das quais 12 foram incluídas na análise. Os estudos evidenciaram sua característica explosiva e toxicidade local, demonstrando a necessidade do uso de equipamentos de proteção durante a execução de procedimentos de desinfecção e armazenagem do produto. Conclusão: O ácido peracético é altamente reativo e pode produzir efeitos tóxicos locais em contato direto com os olhos, pele e trato respiratório; além de inflamar substâncias combustíveis ou acelerar a propagação de incêndios.

Palavras-chaves: Ácido peracético. Desinfecção. Desinfetantes. Riscos ocupacionais.

Page 118: grande plenária

[118]

93 - CÓD. 138 SEDE PRÉ-OPERATÓRIA: A PERCEPÇÃO DA CRIANÇA

Autores Andressa Rivieira1, Lígia Fahl Fonseca

1, Mariana Campos Campana

1, Isadora Pierotti

1

Instituição 1UEL – Universidade Estadual de Londrina/CCS – Av. Robert Koch, 60, Operária, Londrina/PR

Resumo

Introdução: Uma das consequências do jejum prolongado para a criança no pré-operatório é a sede(1). Esse desconforto é frequentemente observado em crianças durante o período perioperatório e é uma das queixas de seus cuidadores, que não sabem como lidar com tal sintoma(2). Não há estratégias padronizadas para o manejo da sede em crianças e usualmente mantêm-se a criança em jejum por períodos demasiadamente prolongados. A criança geralmente utiliza formas de linguagem não verbais para se expressar a respeito das novas experiências vivenciadas durante o jejum. É nesse contexto que o desenho se revela importante pois, através dele, a criança consegue acessar seu interior e expressar a subjetividade de seus sentimentos, angústias e percepções(3). Objetivo: Apreender a percepção da criança sobre a sede pré-operatória, seus mecanismos de enfrentamento e as repercussões na hospitalização. Método: Estudo qualitativo utilizando o Procedimento Desenho-Estória com Tema para a coleta de dados e análise de conteúdo segundo o método proposto por Bardin. Participaram da pesquisa 15 crianças no pré-operatório imediato que aguardavam cirurgia em um hospital universitário, aos quais foi solicitado que desenhassem sua operação e aproximando-se do tema proposto, como era aguardar pela cirurgia em jejum. Resultados: Emergiram duas categorias: Sofrendo com a sede e Enfrentando a sede e o jejum. As crianças representam a sede como sensação desconfortável, pior até que a fome. Reproduzem a ideia de seus cuidadores de que a sede é inevitável e não amenizável, buscando aceitá-la. Algumas procuram se distrair brincando, outras molham a boca para diminuir a sede e há as que inclusive tentam burlar o jejum. Conclusão: Durante o período pré-operatório, as crianças enfrentam experiências que geram intensa sede. Nesse momento a percepção da sede pela criança é desenvolvida, por vezes, diferentemente da percepção que apresentavam fora do contexto cirúrgico. A representação, agora, é influenciada por múltiplos fatores, físicos, sociais e emocionais, caracterizada pelo aspecto de proibição, negação que é até, muitas vezes, interpretada como falta de cuidado. Elas, dessa forma, percebem a sede pré-operatória como causadora de grande desconforto, principalmente pelo ressecamento da cavidade orofaríngea que apresentam. As crianças, ainda, durante o período de jejum reproduzem a ideia que recebem de seus cuidadores de que a sede é um sintoma inevitável e não amenizável. Assim, muitas desenvolvem formas de enfrentamento passivas diante desse problema, aceitando vivenciar a sede e utilizando artifícios para se distrair e não pensar na sede. Esse sofrimento, no entanto, lhes causa tanta ansiedade que, por vezes, chegam a burlar regras e tentar beber água escondido, outras, pedem para os acompanhantes molharem suas bocas para amenizar a sensação desconfortável.

Palavras-chaves: Crianças. Pré-operatório. Sede.

Page 119: grande plenária

[119]

94 - CÓD. 139 SEDE: O SINTOMA NÃO VERBALIZADO NA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA

Autores Isadora Pierotti1, Lígia Fahl Fonseca

1, Isabela Fracarolli

1, Patrícia Aroni

1, Ana Cláudia Saito

1

Instituição 1 UEL – Universidade Estadual de Londrina/CCS – Av. Robert Koch, 60, Operária, Londrina/PR

Resumo

Introdução: A sede é um desconforto de elevada incidência no pós-operatório imediato (POI), presente em até 90% dos pacientes(1). Fatores intrínsecos ao ato anestésico-cirúrgico: jejum pré-operatório, administração de opióides e anticolinérgicos; intubação endotraqueal e perda sanguínea no intraoperatório, favorecem a ocorrência de sede neste grupo de pacientes(2). Objetivo: Avaliar a prevalência de verbalização espontânea da sede no POI em Sala de Recuperação Anestésica. Método: Estudo quantitativo, descritivo, tipo transversal. A população compreendeu pacientes cirúrgicos de um Hospital Universitário Terciário de alta complexidade do norte de Paraná, totalizando uma amostra de conveniência de 203 pacientes adultos e idosos de ambos os sexos, submetidos a cirurgias eletivas e de urgência das diversas especialidades. Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento de identificação pessoal e do procedimento cirúrgico, bem como uma escala visual numérica com pontuação de 0 a 10. A coleta ocorreu de fevereiro a maio de 2016. Foram respeitados os aspectos éticos, com aprovação pelo Comitê de Ética CAAE número: 51012415.3.0000.5231. Resultados e discussão: Dos 203 pacientes em POI, 182 (89.65%) tiveram sede, porém, apenas 22 (12,08%) a verbalizaram espontaneamente. Dessa forma, 160 pacientes (87,91%) não a relataram espontaneamente. Em relação à intensidade da sede entre os que não a verbalizaram, houve variação de 2 a 10 na escala visual numérica com média: 6,85, mediana: 7,00 e desvio padrão de 2,46. Mesmo em presença de sede intensa, a grande maioria dos pacientes não comunica a equipe esse desconforto quando em recuperação anestésica. A não verbalização espontânea da sede está associada a uma série de fatores: orientação insistentemente reforçadas tanto no pré como no pós-operatório quanto a impossibilidade de quebra de jejum, temor de complicações relacionados ao risco de seguido de broncoaspiração, e o mito de que nada poderá ser feito a seu favor(3). Este cenário é agravado diante da desvalorização do sintoma sede como um todo, sendo inadvertidamente considerado como um preço a ser pago no procedimento cirúrgico tanto pela equipe como pelo paciente(3). O desconhecimento por parte da equipe de estratégias que são ao mesmo tempo seguras e eficazes para mitigar a sede no período de recuperação anestésica, contribui para a perpetuação desse mito. Conclusões: Embora seja um sintoma multifatorial de alta incidência e intensidade entre os pacientes em SRA, não é verbalizada espontaneamente pelo paciente. Quando estimulado a verbalizar se tem sede, identifica-se que ela é intensa e prevalente. Mitos existentes quanto ao manejo da sede perioperatória tanto por parte do paciente como da equipe impedem que o cuidado com esse sintoma seja efetivo. Espera-se com esse estudo, ampliar as reflexões sobre a necessidade de mudança da prática realizada em SRA e a sede ganhe olhar intencional, sendo valorizada, avaliada, mensurada e tratada assim como é feito com os demais sintomas presentes nesse grupo de pacientes.

Palavras-chaves: Enfermagem. Período de recuperação da anestesia. Sede.

Page 120: grande plenária

[120]

95 - CÓD. 140 SEGURANÇA DO PACIENTE E ASPECTOS ESTRUTURAIS E ARQUITETÔNICOS DE UM BLOCO CIRÚRGICO

Autores Francisco Gilberto Fernandes Pereira1, Rayllynny dos Santos Rocha

1

Instituição 1UFPI – Universidade Federal do Piauí – Rua Cicero Eduardo, s/n, Picos, Piauí/PI

Resumo

Introdução: O bloco cirúrgico é composto pelo Centro Cirúrgico (CC) propriamente dito, pela Sala de Recuperação Pós-anestésica (SRPA) e pelo Centro de Material e Esterilização (CME)(1). Em todas essas áreas críticas o risco de infecção é elevado, e um dos principais fatores relacionados é o ambiente, o que explica a necessidade de avaliação deste componente. Objetivo: Analisar a estrutura física do bloco cirúrgico de um hospital público do município de Picos. Método: Trata-se de estudo descritivo elaborado a partir da análise da estrutura física e arquitetônica de um bloco cirúrgico durante as aulas práticas da disciplina de enfermagem nas cirurgias e emergências. Utilizaram-se como parâmetro de análise as recomendações contidas na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 307/2002(2). Resultados e discussão: Os resultados evidenciam que o fluxo operacional dos artigos hospitalares não segue fluxo unidirecional. No centro cirúrgico, a sala de cirurgia apresenta iluminação inadequada, janelas sem blindagem pra entrada de luz, portas desgastadas, teto com sulcos, ventilação unidirecional sem trocas periódicas e piso tipo b. Os materiais esterilizados não são armazenados de forma adequada, pois há falta de armários com portas na CME. As etapas de limpeza e esterilização dos artigos são comprometidas, e os testes biológicos não são realizados. No expurgo os funcionários não usam os equipamentos de proteção individual adequados. Por fim, não existe SRPA o que limita a segurança pós-operatória imediata. Conclusão: A análise demonstrou fragilidades estruturais do bloco cirúrgico, o que compromete a segurança do paciente no período intra-operatório.

Palavras-chaves: Centros cirúrgicos. Segurança do paciente. Serviços de saúde.

Page 121: grande plenária

[121]

96 - CÓD. 141 SIMULAÇÃO REALÍSTICA INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM EM TRANSPLANTE HEPÁTICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Deyvid Fernando Mattei da Silva1, Maria da Paz Vasconcelos Amorim

1, Maria Teresa Gomes

Franco1, Aline Correa de Araújo

1

Instituição 1HTEJZ – Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini – Av. Brigadeiro Luis

Antonio, 2.651, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: No âmbito da Educação continuada, a simulação realística (SR) compreende uma técnica para substituir ou ampliar experiências reais que, na área de saúde, reproduzem aspectos essenciais de um cenário clínico. Com isso, a SR tem intenção de proporcionar um gerenciamento satisfatório, pela equipe, de situação semelhante quando ocorrer num contexto real. Ela promove criticidade nos profissionais de saúde, contemplando: objetivos, fidelidade, solução do problema, apoio e feedback. Com esta justificativa, experimentou-se a SR no processo de transplante hepático (TH), por ser um procedimento complexo, visando o aprimoramento técnico por meio da experiência. Objetivos: Relatar a experiência dos enfermeiros do bloco cirúrgico na realização da SR sobre TH, como estratégia de educação continuada. Método: Trata-se de um relato de experiência. Estudo realizado por enfermeiros do bloco cirúrgico de um hospital estadual de referência em TH que, após relatos de falhas durante o procedimento cirúrgico e revisão da literatura, reuniram-se para discussão, organização do cenário e implantação da SR. Os enfermeiros elaboraram um check-list com os objetivos a serem alcançados: aspectos atitudinais do trabalho em equipe, tomada de decisão, comunicação e liderança. O treinamento destinou-se aos profissionais da equipe multiprofissional envolvidos com TH: enfermeiros, técnicos de enfermagem, de engenharia clínica e de farmácia, ministrado por enfermeiros e médicos. A SR foi realizada em novembro de 2015, com 42 participantes, teve duração de: 01:00 hora teórica, 01:30 de simulação e 30 minutos de discussão. Resultados e discussão: O hospital do estudo realizou 230 transplantes desde 2010 e no ano seguinte deu-se a primeira SR sobre TH. Desde então, SR faz parte do cronograma de treinamento do hospital, conduzidas por enfermeiros capacitados na técnica. Em vista das necessidades foram elencadas as temáticas: preparo da sala cirúrgica, cuidados de enfermagem no pré/intra operatório e transferência do paciente para unidade de terapia intensiva. Cada temática ganhou um cenário, o mais próximo da realidade, denominado estação de simulação, todos preparados no próprio centro cirúrgico, propiciando aprendizagem de forma interativa, atrelando conhecimento teórico e prática. Enfatizou-se a importância de todos na equipe, assistencial e apoio, para que o procedimento ocorresse no tempo e com o resultado esperados, permitindo aos participantes reconhecerem o papel do outro no processo, proporcionando confiança e segurança para sua realização. Ao final, analisaram-se falhas e dificuldades na execução dos procedimentos, colaborando com a proposta da SR de identificação e a reconstrução de condutas. Conclusão: A experiência da SR no TH atingiu satisfatoriamente seus objetivos e seu relato serve de estímulo para o investimento desta metodologia de ensino e aprendizagem nos serviços de saúde

Palavras-chaves: Treinamento por simulação. Transplante hepático. Enfermagem.

Page 122: grande plenária

[122]

97 - CÓD. 142 SISTEMA DE MANEJO DA SEDE PERIOPERATÓRIA

Autores Ligia Fahl Fonseca1, Marilia Ferrari Conchon

1, Leonel Alves do Nascimento

1, Patrícia Aroni

1

Instituição 1UEL – Universidade Estadual de Londrina – Av. Robert Koch, 60, Vila Operária, Londrina/PR

Resumo

Introdução: A sede é um sintoma pungente que sobrepuja todas as outras sensações, inclusive a dor e a fome no paciente no pós-operatório imediato (POI). Descrita como um desconforto intenso, repercute de forma negativa na experiência cirúrgica sendo descrita pelos pacientes como um alto desconforto com elevada incidência (75%). Objetivo: Descrever uma proposta de Sistema de Manejo da Sede Perioperatória na prática clínica. Método: Estudo teórico realizado com base em pesquisas conduzidas pelo Grupo de Pesquisa em Sede Perioperatória (GPS). Resultados: Evidências produzidas pelo GPS subsidiaram a elaboração de pilares que sustentam o Manejo da Sede Perioperatória baseado na Teoria de Manejo de Sintomas(1). É composto por quatro etapas fundamentais: (a) Identificação do sintoma: A premissa fundamental deste pilar envolve a conscientização de que o paciente cirúrgico configura-se como grupo de alto risco para desenvolvimento da sede e se concentra no questionamento e registro intencional no POI sobre a presença de sede, uma vez que evidenciou-se que apenas 18% dos pacientes com sede a verbalizam espontaneamente; (b) Mensuração do desconforto: Neste pilar, o foco é desvelar a intensidade do desconforto por meio de ferramentas como escala numérica analógica que possuem associação com alterações fisiológicas relacionadas a sede e Escala de Desconforto da Sede Perioperatoria (EDSP) (2), determinando sinais e sintomas para embasamento da necessidade de adoção de métodos de alívio; (c) Avaliação da segurança para o manejo: consiste na aplicação do Protocolo de Segurança para o Manejo da Sede (PSMS)(3) que avalia o nível de consciência, presença dos reflexos de proteção de vias aéreas (tosse e deglutição) e a ausência de náusea e vômito no intuito de preservar a integridade física do paciente; (d) Estratégias de alívio da sede: Implica na administração de métodos eficazes de minorar o sintoma com recursos que possibilitem a ativação de ororreceptores sensíveis à temperatura fria e mentol os quais proporcionam a saciedade pré absortiva com pequenos volumes, como exemplo do picolé de gelo e hidratação labial com creme mentolado. Considerações finais: O sistema foi implementado em três hospitais brasileiros até o momento e tem demonstrado impacto relevante no cuidado, especialmente no período pós-operatório. Esta abordagem inédita e inovadora permite que a sede perioperatória possa ser adequadamente abordada pela equipe assistencial responsável pelos cuidados ao paciente em POI.

Palavras-chaves: Sede. Período perioperatório. Sinais e sintomas.

Page 123: grande plenária

[123]

98 - CÓD. 143 SUSPENSÃO DE CIRURGIAS: ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÃO EM HOSPITAL ESCOLA

Autores Carla Renata Seben1, Luciano Lemos Doro

1, Aline Santos de Souza

1, Enelize Tomiello

1,

Richard Alejandro Borges de Barros1, Sandro de Freitas Junqueira

1

Instituição 1HGCS – Hospital Geral de Caxias do Sul – Rua Prof. Antônio Vignoli, 255, Bairro Petrópolis,

Caxias do Sul/RS

Resumo

Introdução: A cirurgia é geradora de estresse para o paciente e sua família, que são envolvidos por sentimentos de ansiedade e de medo. Além disso desencadeia modificações fisiológicas que prepararão o organismo do paciente para a realização da cirurgia¹. O procedimento anestésico-cirúrgico envolve um número considerável de pessoas, a exemplo de cirurgiões, anestesiologistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem, além de grande quantidade de materiais e equipamentos especializados, recursos essenciais que não devem ser desperdiçados². Objetivo: Monitorar os resultados através de análise crítica com vistas a tomada de decisão. Método: Relato de caso de um hospital de ensino, 100% SUS, Acreditado Pleno do Sul do Brasil. Atualmente conta com 218 leitos, 07 salas cirúrgicas, com média de 700 cirurgias mês, contemplando a maioria das especialidades e todas as complexidades. Mensalmente é gerado o indicador de cirurgia suspensa proveniente de informações contidas na escala cirúrgica oficial onde os enfermeiros a monitoram diariamente. Sendo o mesmo analisado conforme as principais causas de suspensão, e assim, comparando os resultados com outras instituições a nível regional, estadual e nacional. Este indicador está diretamente relacionado a uma meta dentro do planejamento estratégico institucional, gerenciado através da metodologia Balanced Scorecard no Sistema TASY®. Resultados e discussão: As causas de suspensão analisadas foram categorizadas³, por motivos relacionados ao paciente, ao serviço e fatores externos, aos recursos humanos e aos materiais e equipamentos, podendo ser realizado ações preventivas e corretivas evitando assim suspensões de cirurgias. Mediante a análise dos resultados foram encaminhados à alta Direção da instituição, gerência de enfermagem e através de reuniões iniciaram-se o processo de mudanças reformulando o protocolo de agendamento cirúrgico sendo ele construído juntamente com equipe médica, enfermagem e operacional. A seguinte etapa foi realizado Benchmarking com instituições hospitalares de referência para aprimorar a gestão do agendamento cirúrgico. As ações foram implementadas iniciando pela reestruturação da logística de marcação cirúrgica, estabelecendo novos horários fixos de cirurgiões/professores estabelecendo um prazo para a marcação evitando a ociosidade bem como diminuindo o índice de suspensão relacionado ao serviço e fatores externos. Como o serviço ambulatorial faz parte da estrutura institucional foram distribuídos a este os protocolos de orientações pré operatória que são entregues durante a última consulta que antecede o procedimento cirúrgico, reduzindo os cancelamentos relacionados ao paciente, principalmente por falta de orientação. Foi implantada a visita pré operatória de enfermagem aos pacientes internados como cumprimento a uma das etapas da sistematização de enfermagem perioperatória, onde são verificados os exames necessários, dieta, orientações a equipe do setor de internação além do vínculo com o paciente atuando diretamente na redução de suspensões relacionadas ao paciente. Os motivos relacionados a recursos humanos e materiais e equipamentos mediante a implementação de todas as ações observamos um maior envolvimento da equipe favorecendo a previsão e garantindo a provisão dos recursos necessários para a realização dos procedimentos cirúrgicos. Conclusões: Analisando a série histórica (Gráfico 01) observamos uma redução de 50% no indicador a partir do primeiro mês de implementação, mantendo uma constância nos meses subsequentes porém sempre com tendência favorável, resultando em uma queda final de 64,3%. Quando a instituição posterga a resolução de um tratamento, esse se torna mais oneroso pela repetição dos trabalhos das equipes de saúde, ociosidade de sala cirúrgica e possíveis complicações, em decorrência do prolongamento das internações dos usuários.

Palavras-chaves: Enfermagem perioperatória. Indicadores de gestão. Centro cirúrgico hospitalar.

Custos e análise de custo.

Page 124: grande plenária

[124]

99 - CÓD. 144 SUSPENSÃO DE CIRURGIAS PROGRAMADAS EM UM CENTRO CIRÚRGICO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Autores Deise Campos1, Emanoela Dourado

1, Luciana Lapenda

1

Instituição 1HUOC – Hospital universitário Oswaldo Cruz – Rua Arnóbio Marques, Santo Amaro, Recife/PE

Resumo

Introdução: Considerando o procedimento cirúrgico um ato importante na vida de uma pessoa e que a partir dele sua saúde seja restabelecida, espera-se que as etapas do planejamento cirúrgico sejam rigorosamente acompanhadas e cumpridas a fim de não ter problemas de cancelamentos. O cancelamento de uma cirurgia é uma falha decorrente do não atendimento aos requisitos do planejamento administrativo da unidade do centro cirúrgico que tem repercussões das mais diversas na vida do paciente, podendo chegar até a rejeição psicológica deste procedimento terapêutico pelo paciente, conforme demonstrado em trabalho anterior de Cavalcante.1 Objetivo: Analisar a taxa e citar os motivos de suspensão de cirurgias programadas no Centro Cirúrgico ambulatorial de um hospital universitário do Recife em 2015. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo, com análise documental dos registros arquivados no Centro Cirúrgico ambulatorial de um hospital universitário. No período de Janeiro a Dezembro de 2015. Resultados e discussão: No período de Janeiro a Dezembro de 2015 foram programadas 2454 cirurgias, dessas foram realizadas 2251 e 203 canceladas. A taxa de cancelamento de cirurgia foi de 9%, calculada de acordo com o indicador preconizado pelo Ministério da Saúde que define a taxa de suspensão de cirurgia pelo número de cirurgias suspensas dividido pelo total de cirurgias programadas em determinado período e multiplicado por 100. Estudos anteriores apontam taxa de cancelamento de cirurgia entre 3,60% e 28%.2 Os motivos mais frequentes de suspensão de cirurgia foram: paciente não internou 27,09%, falta de cirurgião 12,80% e prolongamento da cirurgia anterior 10,34%. Estudo realizado por Macedo em um hospital público de São Paulo, também evidenciou como principal motivo de cancelamento de cirurgia o não internamento do usuário com uma taxa de 18,5%.3 Conclusão: A suspensão de cirurgias é um evento desgastante para o paciente, além de aumentar a demanda e os custos assistenciais. Pode-se observar com este estudo que o percentual de cirurgias canceladas não atinge patamares elevados, comparado a outros estudos, mas é um desafio para instituição reduzir cada vez mais essa taxa. Muitos motivos para suspensão foram encontrados, mas os mais relevantes foram o absenteísmo do paciente, o não comparecimento do cirurgião e prolongamento da cirurgia anterior. Considerando que a não realização de uma cirurgia programada trás prejuízo para o paciente, equipe multidisciplinar e a instituição sugerimos: - Uma campanha de conscientização com a equipe multiprofissional, sobre os prejuízos ocasionados pelo cancelamento cirúrgico. - Controle e divulgação dos motivos da suspensão. - Confirmação prévia do agendamento, realizada pelo hospital, frente ao paciente ou responsável. - Reuniões periódicas com a equipe multidisciplinar a fim de discutir e planejar estratégias para uma melhor assistência ao paciente.

Palavras-chaves: Enfermagem. Enfermagem perioperatória. Procedimentos cirúrgicos operatórios.

Page 125: grande plenária

[125]

100 - CÓD. 145 TAXA DE REPROCESSO INTERNO EM CME: ESTRATÉGIAS PARA O ALCANCE DAS METAS

Autores Luciano Lemos Doro1, Aline Santos de Souza

1, Carla Renata Seben

1, Richard Alejandro

Borges de Barros1

Instituição 1HGCS – Hospital Geral de Caxias do Sul – Rua Prof. Antônio Vignoli, 255, Bairro Petrópolis,

Caxias do Sul/RS

Resumo

Introdução: Com o advento dos selos de qualidade em instituições de assistência à saúde a preocupação constante com a avaliação dos processos e rotinas estabelecidos fica cada dia mais criteriosa. Na assistência de enfermagem direta, inúmeros indicadores estão consolidados, inclusive com referenciais publicados periodicamente, favorecendo uma comparação coerente, profissional e determinante para o estabelecimento de metas e parâmetros a serem alcançados. Por outro lado, a falta de referenciais externos para a comparação de indicadores é um dos problemas enfrentados por enfermeiros de Centros de materiais e esterilização (CME) no Brasil1. Em virtude desta lacuna as instituições acabam desenvolvendo indicadores e fazendo um comparativo com sua própria série histórica. Objetivo: Demonstrar estratégias para redução da taxa de reprocesso interno de materiais por motivos inerentes ao prazo de validade, problemas de identificação e falhas na integridade das embalagens. Método: Relato de caso de um hospital de ensino 100% SUS Acreditado Pleno (ONA) do Sul do Brasil. A taxa de reprocesso é definida pela seguinte fórmula: nº de itens reprocessados X100/Produção total, onde os dados foram obtidos de formulários estabelecidos para conferência semanal dos estoques bem como da produtividade diária do setor. Os motivos estabelecidos para reprocesso foram: relacionados ao prazo de validade, integridade da embalagem ou falhas na identificação. Discussão e resultados: Analisando a série histórica do indicador de Novembro/2014 até Fevereiro/2016 no Gráfico 1 observamos o decréscimo da taxa de reprocesso de 1,6% para uma média de 0,3% nos últimos seis meses. No Gráfico 2 estão descritas as quantidades de itens reprocessados pelos motivos estabelecidos, em Março/2015 implantamos o uso de “cover bag” a fim de garantir a integridade das embalagens o que observamos resultado favorável a partir do mês subsequente. Relacionado ao vencimento possuíamos prazos diferentes para as embalagens utilizadas aumentando o reprocesso desnecessário pois através de revisão bibliográfica constatamos que estudos consistentes indicam o prazo de validade baseado em eventos adversos com os invólucros e não pré determinados3, porém é necessário estabelecer uma data limite para uso como exigência de órgãos fiscalizadores e/ou selos de qualidade. Contudo, em Julho/2015 o Comitê de Processamento de Produtos para Saúde levando em consideração a utilização de dupla embalagem acrescida do “cover bag” padronizou o período de 06 meses como data limite de uso dos produtos processados pelo CME o que diminuiu consideravelmente o índice de reprocesso, mesmo assim podemos observar alguns meses isolados onde o índice volta a subir em decorrência de materiais pouco utilizados porém que são utilizados em situações de urgência e necessitamos mantê-los prontos para o uso. Quando iniciamos o acompanhamento do indicador as falhas na identificação representavam uma quantia significativa em relação aos demais motivos acompanhados porém com a informatização da emissão de etiquetas em Dezembro/2014 a quantia caiu pela metade, mesmo assim até Abril/2015 seguimos melhorando o sistema e sensibilizando a equipe para aderir corretamente ao novo método. Ainda podemos observar casos isolados como em Fevereiro/2016 onde por problemas técnicos ficamos sem a impressora e voltamos as etiquetas manuais o índice volta a subir. Conclusão: A taxa de reprocesso é um indicador fundamental tanto para análise de qualidade dos produtos processados quanto para análise de custos, pois o reprocesso de itens sem consumo acarreta em gastos desnecessários que são muitas vezes menosprezados pelos gestores porém podem diminuir de maneira significativa o custo do setor.

Palavras-chaves: Enfermagem. Esterilização. Gestão da qualidade. Indicadores de gestão.

Page 126: grande plenária

[126]

101 - CÓD. 147 TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO: ENTENDIMENTO DO PACIENTE CIRÚRGICO

Autores Márcio Pereira Melendo1, Karin Viegas

1, Emiliane Nogueira de Souza

1, Rita Catalina Aquino

Caregnato1

Instituição 1UFCSPA – Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Rua Sarmento Leite, 245,

Cidade Baixa, Porto Alegre/RS

Resumo

Objetivo: Verificar o entendimento dos pacientes cirúrgicos em relação ao Termo de Consentimento Informado (TCI). Método: Estudo transversal, realizado com pacientes em pós-operatório mediato de diferentes procedimentos cirúrgicos. Amostra intencional. Dados coletados por meio de questionário com respostas do tipo Likert, e analisados através de estatística descritiva e analítica. Resultados: Dos 374 pacientes avaliados, 36,4% foram submetidos a procedimentos do sistema musculoesquelético e 35,3% recebeu o TCI de profissional não médico (secretária). A maioria dos pacientes concorda que compreendeu as informações escritas do TCI (44,7%), que as informações foram claras (59,6%), que houve esclarecimento de dúvidas (57%) e que sabia qual era a função do TCI (59,6%). Somente 28,6% dos pacientes concordaram que obtiveram uma cópia do TCI. Conclusão: A maioria dos participantes compreendeu as informações escritas no TCI, mas é preciso ampliar esse entendimento para todos os pacientes, bem como disponibilizar a cópia do TCI para todos.

Palavras-chaves: Consentimento livre e esclarecido. Cirurgia. Enfermagem perioperatória.

Page 127: grande plenária

[127]

102 - CÓD. 148 TERMODESINFECÇÃO EM MATERIAIS DE ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA ABAIXO DE 93°C Autores Sara Satie Yamamoto

1, Lisiane Ruchinsque Martins

1

Instituição 1HMV – Hospital Moinhos de Vento – Rua Ramiro Barcelos, 910, Porto Alegre/RS

Resumo

Introdução: Materiais utilizados na assistência respiratória possuem muitas restrições de processos,

sejam eles químicos ou físicos. A termodesinfecção é o método mais utilizado e com mais indicações

tanto para a segurança do paciente como para a vida útil dos materiais. Porém temos um impasse,

muitos fabricantes destes materiais informam um processamento incompatível com a morte

microbiana. Desta forma, cabe aos responsáveis pelo processamento destes materiais buscar

alternativas pautadas na literatura e que se enquadrem a sua realidade. Objetivo: Buscar uma nova

opção de temperatura para termodesinfecção abaixo de 93°C, assegurando a qualidade no processo

para o seu uso na assistência ventilatória e vida útil dos mesmos. Método: Foi feito um estudo

experimental utilizando amostras de cultura, seguindo o protocolo de teste de limite microbiano do

laboratório microbiológico que foi contratado pela instituição. O método utilizado pelo laboratório foi

a validação da recuperação da carga biológica. Os ciclos testados foram com cargas previamente

aprovadas em protocolos operacionais padrões, aprovados pela instituição, cada carga foi monitorada

com um indicador químico específico de temperatura que varia de 71°C à 88°C e o processo de

limpeza foi monitorado com indicador químico específico para máquinas termodesinfectoras, cujo o

desafio da limpeza era eliminar toda o sangue impregnado no aparato. O ciclo teste foi programa pela

engenharia clínica para o processo de termodesinfecção ser feito em dez minutos à 85°C em duas

máquinas termodesinfectoras, pois tratam-se de máquinas de marcas distintas.Foram coletadas três

vezes de cada material pós-limpeza e termodesinfecção e uma vez antes do processo. Os materiais

selecionados foram: reanimadores manuais (adultos e pediátricos), traquéias (adultos e pediátricos),

umidificadores, nebulizadores, conectores em Y, conectores Ayre, cânulas de guedell e máscaras de

CEPAP. As amostras foram coletadas com swabs, sendo delimitado um local para coleta em cada

material selecionado, elas foram identificadas e encaminhadas para o laboratório e registradas em

uma planilha que foi criada para controle dos resultados. Assim, as amostras coletadas após processo

de termodesinfecção foram de 33 amostras de cada máquina, gerando um total de 66 amostras e mais

onze amostras foram coletadas em materiais antes do processo para averiguar a sua a carga

microbiana prévia. Resultados: Das 66 amostras coletadas após o processo de termodesinfecção de

85°C em dez minutos, não houve crescimento microbiano significativo, tanto o indicador químico

quanto o indicador de limpeza atingiram resultados satisfatórios e os materiais de assistência

ventilatória suportaram a temperatura programada. Conclusão: Ao analisar os resultados

microbiológicos e dos indicadores químicos e físicos com base na literatura concluiu-se que o ciclo

programado era seguro e compatível com os materiais utilizados na assistência ventilatória. Desta

forma a instituição padronizou o novo ciclo e complementou este estudo com a qualificação térmica

dos equipamentos.

Palavras-chaves: Desinfecção. Assistência ventilatória. Limite microbiano

Page 128: grande plenária

[128]

103 - CÓD. 149 TESTE DE BOWIE & DICK: MUDANÇAS DE TECNOLOGIA PAUTADA EM ANÁLISE COMPARATIVA

Autores Marilia Ferrari Conchon1, João Paulo Belini Jacques

1

Instituição 1HEL – Hospital Evangélico de Londrina – Av. Bandeirantes, 618, Jardim Londrilar, Londrina/PR

Resumo

Introdução: O teste de Bowie & Dick é um indicador químico de classe 2 que verifica a qualidade da remoção de ar das autoclaves de pré-vácuo para garantir a penetração uniforme do vapor nos materiais. Objetivo: Descrever a mudança de tecnologia do teste de Bowie & Dick folha para o pacote desafio com base em análise de desempenho e custos. Método: Estudo comparativo de abordagem quantitativa, com enfoque na avaliação de desempenho e redução de custos de duas apresentações do teste de Bowie & Dick (versão folha comparada a versão pacote desafio). Realizado na Central de Materiais Esterilizados de um hospital filantrópico do sul do Brasil, a população de estudo foi composta de dados secundários coletados em relatórios provenientes do setor de suprimentos do ano de 2015. Resultados e discussão: Na instituição onde se realizou o estudo, utilizava-se inicialmente o teste em formato de folhas de papel, porém era necessário criar um desafio de no mínimo 7 kg de roupas. Para isso utilizava-se um pacote com 7 campos cirúrgicos de 1,50 x 1,50m embalados com dois campos de algodão de 1,20m. Entretanto, a oscilação na gramatura dos campos, possibilitava alterações de densidade dos pacotes, o que ocasionava influência direta na taxa de remoção do ar e na penetração do vapor dentro da câmara da autoclave proporcionando falsos resultados. Após a realização das análises, identificou-se que a tecnologia inicial apresentava as seguintes características: o custo médio diário de cada teste (Bowie & Dick folha) era de R$ 5,60 a unidade, somado à despesa de R$ 14,00 por pacote de campos cirúrgicos com o serviço de lavanderia, associado ao valor de aquisição, confecção e costura dos campos de R$ 2,94 e acrescendo o valor de logística em caso de necessidade de repetição dos testes resultante em R$ 112,70; levando em conta que utilizam-se 3 autoclaves de vapor saturado sob pressão, durante 1 mês ocorria o investimento de R$ 1938,44 para realização do teste de Bowie & Dick folha. O teste de Bowie & Dick pacote desafio era realizado apenas 1 vez na semana, sendo R$ 22,50 por pacote desafio x 4 dias no mês x 3 autoclaves, finalizando em R$ 270,00. A soma desses valores resulta em R$ 2.208,44. Entretanto, com a mudança de tecnologia do teste (para pacote desafio), o investimento passou a ser de R$ 2.092,50 (R$ 22,50 por pacote desafio x 31 dias no mês x 3 autoclaves) + R$ 112,50 (5 testes reservas para casos de eventos adversos com bomba de vácuo x R$22,50 por pacote desafio) totalizando R$ 2.205. Conclusão: Acrescida à vantagem de possibilitar uma economia de R$ 3,44 por mês (R$ 2.205 – R$ 2.208,44), a aquisição de um teste que permite verificação de mais parâmetros (presença de gazes não condensáveis no vapor, presença de vapor super saturado e vapor super aquecido) além da adequada remoção de ar da câmara interna da autoclave de vapor saturado sob pressão, a mudança do teste de Bowie & Dick folha para o pacote desafio, permite um aumento de qualidade e fidedignidade do processo de esterilização pois este é preparado com gramatura padrão da indústria, não ocorrendo variabilidade de acordo com a gramatura do campo de algodão como ocorria anteriormente.

Palavras-chaves: Esterilização. Custos e análise de custos. Administração de materiais no hospital.

Page 129: grande plenária

[129]

104 - CÓD. 151 NÍVEL DE PRESSÃO SONORA EM UMA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

Autores Danielle de Godoi dos Santos1, Cibele Cristina Tramontini

1

Instituição 1,

UEL – Universidade Estadual de Londrina – Av. Robert Koch, 60, Vila Operária, Londrina/PR

Resumo

Introdução: O colaborador da CME está exposto diariamente a riscos danosos à sua saúde durante sua rotina de trabalho. O ruído se encaixa na categoria risco físico que pode causar danos à audição do colaborador, estresse, falta de atenção e um aumento nas chances de acidente de trabalho. Objetivo: Esta pesquisa analisou o nível de pressão sonora produzida por uma Central de Material e Esterilização (CME), em 24 horas ininterruptas, avaliando se o ruído produzido estava de acordo com o que exige a legislação Brasileira para que não ocorram danos a audição do colaborador durante a sua pratica de trabalho diária. Método: A coleta foi realizada em pontos fixos da CME com um decibelímetro, o equipamento foi posicionado na altura dos ombros do pesquisador nos locais a onde os funcionários executam suas funções diárias de trabalho. A medição foi realizada de forma separada nas áreas de expurgo, preparo do material, esterilização, arsenal e distribuição do material. Os nível de pressão sonora foram medidos a cada 15 minutos ao longo das 24 horas entre o dia 23 e 24 de março de 2016. Resultado e discussão: O ruído variou de 60,38 dB(A) - na área de distribuição, á máxima de 78,86 dB(A) - na área do preparo. O ruído da CME é intermitente e tem variações ao longo da jornada de trabalho, conforme o fluxo de chegada do instrumental cirúrgico. A Norma Regulamentadora (NR15) determina exposição a níveis de ruídos de até 115 dB(A) para indivíduos que não estejam adequadamente protegidos, durante um tempo de exposição máxima de apenas 7 minutos para 24 horas. A jornada de trabalho dos colaboradores de Central de Material e Esterilização é de 6 horas para os turnos diurnos com descanso auditivo de 18 horas e, de 12 horas de trabalho para 36 horas de descanso auditivo para o turno da noite. O limite de tolerância máximo de exposição ao ruído para 6 horas de trabalho é de 87 dB(A) e de 82 dB(A) para 12 horas conforme a NR15. Conclusões: O nível de pressão sonora manteve-se dentro dos padrões indicados na NR15, não ultrapassando 87 dB(A) em nenhum momento da jornada de trabalho.

Palavras-chaves: Enfermagem. Ruído. Saúde do trabalhador.

Page 130: grande plenária

[130]

105 - CÓD. 152 UNIDADE PRÉ-CIRÚRGICA: APLICAÇÃO DAS METAS INTERNACIONAIS DE QUALIDADE E SEGURANÇA

Autores Marcia Cabral Silva1, Silmara de Oliveira Silva

1, Fabiana Lopes Saraiva

1, Renata Souza Souto

Tamiasso1, Cybele Aparecida Ferreira Ioshida

1, Rosangela Claudia Novembre

1

Instituição 1HSC – Sociedade Hospital Santa Catarina – Av. Paulista, 200, Bela Vista, São Paulo/SP

Resumo

Introdução: À unidade pré-cirúrgica é destinada a realizar admissão de pacientes adultos para procedimentos cirúrgicos eletivos que são internados no dia da cirurgia. O pré-operatório é uma fase que compreende uma série de ações que a enfermagem deve desempenhar com objetivo de assegurar uma assistência de enfermagem adequada². Buscando um atendimento de excelência, a equipe de enfermagem da unidade deste estudo, desenvolveu um plano de cuidados pré-operatório baseado nas metas internacionais de qualidade e segurança. Meta 1: Identificar os pacientes corretamente. Meta 2: Melhorar a comunicação efetiva. Meta 3: Melhorar a segurança de medicamentos de alta vigilância. Meta 4: Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto, paciente correto. Meta 5: Reduzir o risco de infecções associados aos cuidados de saúde. Meta 6: Reduzir o risco de lesões decorrentes de quedas. Objetivos: relatar a experiência de um plano de cuidados de enfermagem para pacientes no período pré-operatório, fundamentado no cumprimento das metas internacionais de qualidade e segurança. Método: Estudo descritivo analítico, tipo relato de experiência realizado em um hospital de Grande porta, onde o paciente é conduzido pelo mensageiro pela unidade de internação até a sala de espera do pré-cirúrgico. O técnico de enfermagem recepciona e encaminha o paciente para o box determinado após realizar conferência da pulseira de identificação do paciente (Meta 01). Recolhe e confere os exames trazidos pelo paciente, realiza higienização das mãos (meta 05), verifica os sinais vitais, orienta quanto à troca de roupa, retirada de adornos, próteses e lentes de contato. Preenche checklist do SAEP e realiza anotação de enfermagem. O Enfermeiro faz a conferência da pulseira de identificação do paciente e do prontuário (Meta 01), coloca a pulseira (roxa) e orienta quanto ao de risco de queda (meta 06), confirma a cirurgia e lateralidade. (Meta 04) Realiza o preenchimento dos documentos de enfermagem como: prescrição de enfermagem, ficha de profilaxia de tromboembolismo, histórico de enfermagem. Verifica orientações prévias, prescritas na carta de internação. Orienta paciente e familiar. Após o preenchimento de termo cirúrgico, demarcação de lateralidade e visita pré-anestésica pela equipe médica (Meta 04), conforme prescrição médica é administrada o pré-anestésico após a dupla checagem e apresentação da medicação ao paciente (Meta 03). O painel cirúrgico é abastecido, sinalizando que o paciente está preparado para ser encaminhado ao centro cirúrgico (Meta 02). Resultado: A aplicação das metas internacionais nesta unidade contribuem na execução da assistência prestada, proporcionando aos pacientes cirúrgicos um atendimento preventivo, adequado, eficiente e ágil. Conclusão: A unidade pré-cirúrgica é de suma importância na execução das ações voltadas para a segurança do paciente cirúrgico, visando à prevenção de complicações.

Palavras-chaves: Acreditação. Qualidade. Segurança.

Page 131: grande plenária

[131]

106 - CÓD.153 UPCYCLING - UM OLHAR SUSTENTÁVEL E GANHOS FINANCEIROS PARA COLABORADORES E INSTITUIÇÕES

Autores Lia Jeronymo Romero1, Mery Lirian da Costa

1

Instituição 1HVC – Hospital Vera Cruz – Rua 11 de Agosto 495, Campinas/SP

Resumo

Introdução: A atividade hospitalar produz uma grande quantidade e variedade de resíduos, alguns classificados como perigosos, causando danos ao meio ambiente e à saúde humana. Entre estes também são itens recicláveis, que se não for devidamente separados e capturados, resulta num desperdício de material descartado, diminuindo tempo de vida aterros. Em vez disso, ele poderia entrar em uma cadeia de reciclagem criando ganhos extras e outros benefícios sociais. Mesmo quando muitos desses produtos são enviados para reciclagem, a sua reutilização potencial não está plenamente explorado. Upcycling, também conhecida como a reutilização criativa, é o processo de transformação de produtos usados, materiais desperdiçados, de produtos inúteis e indesejados em novos materiais ou produtos com melhor qualidade, ou com um melhor valor ambiental. O invólucro cirúrgico utilizado é de 100% de polipropileno, conhecido como SMS, referindo-se à maneira como é produzido. Escolher este tecido traz mais segurança, no entanto, ele promove um aumento do custo, que muitas vezes não são evidentes quando se utiliza materiais reprocessados, um fato que faz com que os administradores dos hospitais permanecem resistentes e conduzi-los a preferir os produtos descartáveis. Objetivos: Identificar oportunidades quando a reciclagem seria mais sustentável; Identificar oportunidades para obter benefícios sociais e obtenção de ganhos que possam resultados com um novo processo; Aumentar envolvimento de funcionários em atividades de filantropia e de sustentabilidade e avaliar os seus benefícios. Otimizar a utilização e substituição de matérias-primas reutilizáveis para material descartável. Metodologia: Este é um relato de caso A princípio foi acordado um compromisso com o a Ong Hospitais Verdes e Saudáveis, onde nos propusemos a trabalhar sobre os desafios da agenda global de sustentabilidade. Em seguida, foi estabelecido em nosso hospital uma "Comissão Verde", representada por diversas áreas envolvidas no processo de líderes de sustentabilidade e de opinião que têm a missão de elaborar novos projetos com um contato aberto com o gerente geral da instituição. Montamos lugares e métodos para esse descarte. Fizemos cestos (caixas verdes) disponíveis na sala de operações para jogar fora esses materiais antes da cirurgia começa. Vislumbrando as possibilidades, visitamos instituições para apresentar e oferecer a doação desta mesma matéria-prima, bem como um espaço no hospital para vender seus produtos manufaturados em prol da caridade. A Fundação também abriu área de exposição, onde essas artes possam ser apresentadas e vendidas, de modo que cada trabalhador possa obter lucros para a sua contribuição. Resultados: Vários funcionários do hospital aderiram e houve inscrição de duas instituições de caridade interessadas em utilizar produtos recicláveis e feiras de artesanato que o hospital já propôs a organizar durante todo o ano. Organizamos uma feira de artesanato, onde foram coletadas e expostos os artigos para os o público do hospital. Somente na manufatura das bolsas do hospital, que eram compradas e agora aproveitadas, serão quase 1 toneladas de material reaproveitado e amortizado seu custo. Conclusão: Prover uma alternativa de “upcycling” sobre como lidar com este recurso material e, ao mesmo tempo abrir oportunidades para atividades artísticas para os empregados que trabalham em um setor estressante, contribuído para a diminuição da geração de resíduo, despertou um novo olhar para os materiais reciclados, mudando o olhar do lixo. Instituições de caridade foram ajudadas pela venda de seus artesanatos acrescentando-lhes recursos para realizar suas necessidades com suporte básico de higiene, por exemplo, no colchão da criança. Esta prática vai incentivar ainda os consumidores que têm uma visão diferente de como tratar os resíduos e, esperamos, inspirá-los novas práticas.

Palavras-chaves: Reciclagem. SMS. Resíduo. Invólucro cirúrgico.

Page 132: grande plenária

[132]

107 - CÓD. 154 VALIDAÇÃO DE UMA ESCALA PARA AVALIAÇÃO DO DESCONFORTO DA SEDE PERIOPERATÓRIA

Autores Pamela Martins1, Isabela Fracarolli

1, Lígia Fonseca

1, Edilaine Rosseto

1, Lilian Mai

2

Instituição 1UEL – Universidade Estadual de Londrina – Rod. Celso Garcia Cid, Campus Universitário/PR

2UEM – Universidade Estadual de Maringá – Av. Colombo, 5.790, Jd. Universitário, Maringá/PR

Resumo

Introdução: A sede é descrita como o desejo de beber água. É um sintoma subjetivo e multifatorial de alta incidência e intensidade, que provoca desconforto nos pacientes cirúrgicos. A verificação da sede dentro do quesito indivíduo evidencia alguns dos múltiplos fatores individuais que interferem no surgimento e na percepção deste sintoma (1). Instrumentos destinados à sua avaliação são incipientes, e uma escala para avaliar o desconforto da sede no período perioperatório ainda não foi publicada. Objetivo: Elaboração, validação e verificação da fidedignidade de uma escala para avaliação do desconforto da sede perioperatória. Método: Pesquisa metodológica e quantitativa. Para a elaboração da escala, adotou-se os pressupostos de Pasquali, baseados em três etapas: procedimentos teóricos; experimentais ou empíricos; e analíticos ou estatísticos. A etapa dos procedimentos teóricos contemplou a revisão bibliográfica, elaboração, análise semântica e validação de conteúdo da escala. Para a elaboração do instrumento, inicialmente foram listados 30 atributos representativos do construto “desconforto da sede”, reduzida para os sete atributos mais representativos. A partir dos sete atributos, elaborou-se sete itens correspondentes que compuseram a escala. A escala foi submetida à análise semântica, com a finalidade de verificar o seu entendimento. Participaram desta etapa quatro enfermeiros doutores, quatro enfermeiros recém formados e oito pacientes. Na validação de conteúdo do instrumento participaram 11 especialistas com experiência na temática sede, em enfermagem perioperatória ou na validação de instrumentos. O intuito foi verificar a clareza e representatividade dos itens da escala em relação ao construto. Para a coleta dos dados utilizou-se os pressupostos da técnica Delphi. Os dados obtidos na validação de conteúdo foram analisados pelo cálculo do índice de validade de conteúdo e do índice de fidedignidade ou concordância interavaliadores. Nos procedimentos experimentais, a escala foi aplicada em 10 pacientes em fase perioperatória como teste piloto. Na última etapa dos procedimentos analíticos, verificou-se a fidedignidade da escala com 70 pacientes no pré e pós-operatório imediato. Adotou-se a técnica da equivalência interavaliadores, com posterior cálculo do coeficiente kappa ponderado, e para a consistência interna calculou-se o alfa de Cronbach. Resultados: Os sete atributos selecionados como mais representativos do desconforto da sede foram: boca seca; lábios ressecados; língua grossa; saliva grossa; garganta seca, gosto ruim e vontade de beber água. Os itens que compuseram a escala foram: minha boca está seca; meus lábios estão ressecados; minha língua está grossa; minha saliva está grossa; minha garganta está seca; sinto um gosto ruim na boca; e tenho vontade de beber água. O sistema de pontuação adotado foi uma escala tipo Likert de três pontos, em que o respondente informava se estava “nada incomodado”, “um pouco incomodado” ou “muito incomodado”, em relação ao item em avaliação. Na análise semântica o instrumento se mostrou de fácil compreensão para todos os estratos de enfermeiros e pacientes. O índice de validade de conteúdo foi de 0,98 para os atributos e itens da escala, e o índice de fidedignidade interavaliadores foi de 1. O instrumento se mostrou confiável, com coeficiente kappa ponderado de 1 para os itens, e alfa de Cronbach de 0,91 para a escala. Conclusão: A escala mostrou-se ser válida e fidedigna para ser utilizada na avaliação do desconforto da sede perioperatória em outros estudos.

Palavras-chaves: Sede. Avaliação. Escalas. Estudos de validação. Enfermagem perioperatória.

Page 133: grande plenária

[133]

108 - CÓD. 155 VALIDAÇÃO DO SISTEMA DE EMBALAGENS UTILIZADO NA ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS MÉDICO-HOSPITALARES

Autores Lorena de Freitas Calixto1,2

, Maria Dagmar da Rocha Gaspar1,2

, Rosilda Lemes de Freitas Calixto2

Instituição 1UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa – Av. General Carlos Cavalcanti, 4.748, Uvaranas,

Ponta Grossa /PR 2HURCG – Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais – Al. Nabuco de Araújo, 601

Uvaranas, Ponta Grossa/PR

Resumo

Introdução: A fim de prevenir as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), os artigos médico-hospitalares críticos e alguns semi-críticos requerem processo de esterilização antes de entrarem em contato com o paciente, pois devem se manter estéreis até que um fator externo os recontaminasse. Segundo a Associação Paulista de Estudo e Controle da Infecção Hospitalar (APECIH), o principal fator que determina o tempo de esterilidade de um material é a embalagem que o envolve. Dessa maneira, a fim de minimizar custos, otimizar os recursos humanos e principalmente evitar iatrogenias para o cliente, o sistema de embalagem utilizado deve ser validado baseado nas características de cada instituição. Objetivos: Determinar o tempo de esterilidade dos artigos médico-hospitalares envoltos em diferentes embalagens e esterilizados em vapor saturado sob pressão no Centro de Material e Esterilização (CME) de um hospital público. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, com coleta de dados entre 26 de setembro e 1° de dezembro de 2015. Nele foram utilizadas como amostra 60 gazes de algodão e 30 pinças hemostáticas distribuídas em 60 pacotes. Esses artigos médico-hospitalares, foram embalados em tecido de algodão, papel grau cirúrgico e não tecido (SMS), todos com embalagens primária e secundária. Após a confirmação do controle de parâmetros de esterilização dentro dos limites necessários a partir da realização de testes pré-determinados, os pacotes foram submetidos num mesmo lote ao método de esterilização a vapor saturado sob pressão na temperatura de 121° C em ciclo de 20 minutos. Decorridos 1, 3, 7, 14, 21, 28, 35, 42, 56 e 63 dias da data de esterilização, sendo o dia de realização do processo considerado o dia 0 de esterilização, em grupos de 6 em 6, envolvidos por diferentes embalagens e contendo também diferentes materiais, foram submetidos à análise microbiológica. Resultado e discussão: Em nenhum dos 60 pacotes analisados foi evidenciada presença de micro-organismos ou de crescimento bacteriano após realização da técnica do esfregaço de superfície (SWAB) pelo laboratório de microbiologia. Ou seja, apesar das diferentes características das embalagens todas elas foram capazes de garantir a esterilidade das gazes e pinças processadas durante o período avaliado. Conclusão: Propõe-se que o tempo de validade do sistema de embalagens seja de 63 dias para o papel grau cirúrgico e o SMS. Em relação ao tecido de algodão, sugere-se que o prazo de validade dessa embalagem seja mantido de acordo com rotina do CME, pois a qualidade do tecido de algodão relacionado ao número reúsos não foi aferida na presente pesquisa. Além disso, devido à diversidade entre os CMEs e condições de cada instituição, recomenda-se que cada uma faça a validação do seu sistema de embalagem e processo de esterilização a fim de poupar gastos e prevenir iatrogenias.

Palavras-chaves: Embalagem de produtos. Esterilização. Estudos de validação.

Page 134: grande plenária

[134]

109 - CÓD. 157 VISITA TÉCNICA NOS ARSENAIS EXTERNOS PELA CME DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Autores Simone Plaza Carillo1, Hellen Maria de Lima Graf Fernandes

1, Lilian Cristina G. Bernardo da Silva

1,

Roberta Biguetti Bernardinelli1, Ana Luiza Ferreira Meres

1, Adeline Mariano da Silva

1

Instituição 1PUC – Hospital PUC Campinas – Av. John Boyd Dunlop, s/n, Jardim Londres, Campinas/SP

Resumo

Introdução: As atividades desenvolvidas no CME podem ser contextualizadas como aquelas fundamentais para prevenir as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), pois os materiais são dispensados em quantidade e qualidade, para que a assistência ao paciente ocorra efetivamente, nos vários serviços da instituição. A eficácia do processo de desinfecção e esterilização depende de um sistema consistente de redução e limitação do invólucro antes da esterilização, do preparo adequado dos itens, da seleção dos parâmetros adequados e do estabelecimento e da implementação de controles para manter a esterilidade dos itens até seu uso. Todo o processo, desde o recebimento e limpeza do material, deve ser supervisionado pelo enfermeiro, utilizando-se de controles físicos, químicos e biológicos para que seja garantida a segurança no uso do material reprocessado. Algumas unidades solicitam materiais para serem utilizados no próprio setor. A CME tem o papel de minimizar o armazenamento desses itens fora do seu arsenal, porém alguns itens são extremamente necessários para o atendimento em situações de urgências. Desta forma, o enfermeiro tem papel de orientar as unidades usuárias dos produtos para saúde processados pelo CME quanto ao transporte e armazenamento destes produtos. Diante disso, fazemos visitas periódicas aos setores que armazenam materiais para procedimentos de urgência, aplicando um formulário de avaliação da área. Objetivos: Relatar a experiência do processo instituído que visa garantir a segurança na utilização dos materiais armazenados em arsenais fora da CME através da manutenção da esterilidade dos materiais, contribuindo para o controle da infecção hospitalar. Metodologia: Elaboramos um cronograma de visita técnica à todas as unidades que armazenam materiais estéreis. A visita é sempre realizada pelo enfermeiro coordenador, acompanhado do enfermeiro clínico. Os mesmos realizam a análise e avaliam a área conforme formulário próprio, onde consta avaliação do arsenal e expurgo, com relação à controle de umidade e temperatura, paredes, teto, piso, separação dos materiais, contato direto com luz solar e controle de validade. Cada item é pontuado conforme quatro critérios (ruim, regular, bom ou ótimo). É realizada uma somatória e obtida a pontuação final. Diante dessa pontuação, planejamos a data da próxima visita, sendo esta mensal, trimestral ou semestral. Ao final da visita, passamos todas as informações para o enfermeiro responsável pelo setor, fazendo as orientações necessárias e conscientizando-os da importância desse controle para a manutenção da esterilidade e controle de infecção. Resultados: Após início dessa metodologia observamos uma preocupação maior dos enfermeiros das outras unidades quanto à importância da manutenção de condições ideais para o armazenamento de materiais estéreis. A maioria das pendências foram resolvidas e a periodicidade das visitas foram diminuindo, já que as pontuações foram melhorando gradativamente. Conclusões: A manutenção da esterilidade dos materiais é de extrema importância para o controle de infecção hospitalar, e o enfermeiro da CME é o profissional que detém maiores conhecimentos para que seja feira a educação das equipes sobre a importância desse controle, com foco na segurança do paciente.

Palavras-chaves: Centro de Materiais e Esterilização. Enfermagem. Hospital Universitário. Esterilização.

Page 135: grande plenária

[135]

110 - CÓD. 158 CONHECENDO A CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores Eliane da Costa Lobato da Silva1, Antonio Jorge Silva Correa Júnior

1, Laís Evangelista de Oliveira

1,

Adriana Alaíde Alves Moura1, Tamyris Ayline Maia Novais

1, Itla das Neves Prazeres

1

Instituição 1, 2

UFPA – Universidade Federal do Pará – Rua Augusto Corrêa, 1, Guamá, Belém do Pará/PA

Resumo

Introdução: A Central de Material e Esterilização (CME) conceitua-se como o serviço de processamento de produtos para saúde, em seu âmbito caracteriza-se como indispensável o estabelecimento de passos que vão da limpeza, desinfecção, esterilização, distribuição e armazenagem dos produtos, até a rastreabilidade de todo o processo pelos indicadores químicos e biológicos. Objetivos: Objetiva-se com a construção deste relato, descrever o transcurso da construção de uma cartilha informativa a respeito da CME, destinada aos profissionais das clínicas e enfermarias que recebem os materiais. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo de relato de experiência, acerca da elaboração de material instrutivo realizado em companhia da equipe de CME, e sob a supervisão de professor da Atividade curricular de Centro Cirúrgico e CME, no período de 12/01 a 25/01/2016. A partir de uma conversa informal com os enfermeiros e técnicos de enfermagem, percebeu-se que a maioria dos profissionais que atuam nas clínicas desconhece a real importância da CME como parte do controle de infecção e da política de segurança do paciente, da diferença entre um material esterilizado e desinfectado, assim como o acondicionamento e preservação dos materiais estéreis e importância no controle de pacotes. Despertando assim, a disposição em elaborar o material instrutivo apara sanar tais lacunas. Resultados e discussão: Diversos processos foram apresentados, com esclarecimento de técnicas e objetivos: fluxograma da central, equipamentos para limpeza e esterilização, tipos de embalagem, bem como as técnicas na confecção de um pacote seguro e a importância dos testes químicos. Diante disto, tomou-se nota dos pontos principais a serem abordados, ambicionando assim que as clínicas pudessem ter uma visão completa sobre o setor que alicerça o funcionamento do hospital e a segurança dos pacientes. A partir da estruturação destes estágios, prosseguiu-se com a construção através da pesquisa em resoluções do Ministério da Saúde e artigos científicos; após, selecionou-se o que seria utilizado para posteriormente organizar as informações e imagens através de um programa de computador (Coreldraw). Os informes sinalizados tiveram de ser expressos de forma sucinta e, todavia, foram agrupados em eixos que tangeram a: Finalidade da CME, Classificação dos Materiais, Processamento de produtos para a saúde, Importância do registro pós esterilização, Devolução de materiais não utilizados e uma atenção especial aos entraves da CME da instituição (solicitação de materiais conforme a realidade de cada clínica, e não criação de estoque de materiais esterilizados). Conclusão: Em suma, idealizar uma cartilha para o conhecimento da CME a nível institucional é transpor uma barreira e permitir que os que atuam em diversos setores possam aperfeiçoar seus trabalhos, diminuir custos e zelar pela esterilidade dos produtos, fatores esses que compõem a assistência indireta, aprimoram a qualidade do serviço e buscam a segurança da clientela.

Palavras-chaves: Desinfecção. Esterilização. Segurança do paciente.

Page 136: grande plenária

[136]