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Unive rsi dade Federal de Minas Gerais COMUNICAÇÃO E MOVIMENTOS SOCIAIS. CIDADANIA Cidadania Liberal, Comunitária e Republicana. Grupo: - Bárbara - Carlos Alberto - Flávia - Leonardo. INTRODUÇÃO - PowerPoint PPT Presentation

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Grupo: - Brbara - Carlos Alberto - Flvia - Leonardo

Universidade Federal de Minas Gerais

COMUNICAO E MOVIMENTOS SOCIAIS CIDADANIACidadania Liberal, Comunitria e Republicana1INTRODUO

feita uma abordagem sucinta sobre origem da democracia e as pocas em que ocorreram manifestaes revolucionrias, fazendo referncias aos protagonistas nos momentos histricos correspondentes, j que cidadania e democracia andam juntas.Cidadania Comunitria e Welfare State so abordados com mais nfase, j que so fenmenos sociais mais recentes ou atuais. E, o estudo se desenvolve atento s presses dos capitalismos liberal e neoliberal, tentando barrar o desenvolvimento da democracia e, em particular, da cidadania.

2Segundo o dicionrio da Lngua Portuguesa Aurlio, cidadania pode ser conceituada como Qualidade de cidado. A palavra cidado, por sua vez, apresenta como um dos significados Membro de um Estado, considerado do ponto de vista de seus deveres para com a ptria e de seus direitos polticos; ou seja, ser cidado significa ter direitos e deveres (COVRE; MARIA DE LOURDES MANZINI, 1995, p. 9)

A partir da concatenao dos dois significados, uma viso geral de cidadania pode ser apresentada: todo ser componente do Estado que contribui com a manuteno do mesmo a partir do cumprimento de seus deveres e a luta pelos direitos autor praticante de cidadania. Assim sendo, tal conceito est amplamente ligado participao social, civil e poltica.

O CONCEITO DE CIDADANIA

3Cidadania Liberal

Historicamente, o liberalismo surgiu no final da Idade Mdia, durante a quebra das relaes feudais e o surgimento dos burgos, e se fortaleceu com as revolues burguesas do sculo XVIII, em especial a Revoluo Francesa . O Estado, neste contexto, tinha por funo apenas a garantia de tais direitos individuais, sem, porm, interferir na sociedade para garantir o bem comum. Isto porque o bem individual algo subjetivo, isto , o respeito ao bem individual se equivale a respeitar a prpria liberdade individual. OS TIPOS DE CIDADANIA4 Segundo a concepo liberal, a cidadania, portanto, define-se como acesso aos direitos civis e polticos pelos cidados. Elucidando esta afirmao, pode-se dizer que, como portadores de direitos, os cidados contam com a proteo do Estado, desde que defendam os seus prprios interesses nos limites impostos pela lei. Baseia-se a ideia de que todos so igualmente capazes de conquistar os mesmos direitos, deixando de analisar o ponto de vista social.5Cidadania Comunitria

Parte do principio de que a capacidade de lutar e conquistas os direitos limitada por questes como o poderio econmico. Assim, a unio entre os cidados surge como opo para ampliao das perspectivas e possibilidades a partir de intervenes a nveis menores da sociedade, como, por exemplo, as associaes de bairro, entidades voltada a unio dos moradores a fim de conquistar melhorias para a comunidade naquele espao. A cidadania comunitria diz respeito s iniciativas polticas locais, mas tendem a evoluir para a democracia republicana, e, portanto, no h linhas divisrias exatas que separem as cidadanias comunitria e republicana.

6 Esta cidadania exalta, em sentido mais amplo do que a comunitria, a coletividade como elemento definidor do Estado. Do ponto de vista republicano, a virtude cvica, ou pertencimento a uma comunidade, sobrepe-se individualidade, sem, porm a extinguir. O individuo passa a se reconhecer como um sujeito pertencente a uma comunidade e, assim, o exerccio da soberania popular, a cidadania ativa, enfim, transformam-no em sujeito de direito. De acordo com a concepo republicana, os direitos de cidadania, de participao e de comunicao poltica, so melhor entendidos como liberdades comunitrias do que como individuais.Cidadania Republicana7Nesta concepo, a justificativa para existncia do Estado no se encontra, inicialmente, na proteo de direitos subjetivos privados, como era previsto pelo liberalismo; sustenta-se, na realidade, na garantia de um processo comum de formao da opinio e da vontade, no qual sujeitos livres e de direitos iguais se entendem sobre os fins e as normas que signifiquem o interesse comum da sociedade. Com isso, espera-se do cidado republicano mais do que a orientao segundo interesses privados. 8ORIGEM E DESENVOLVIMENTO Welfare State, Estado de Bem-Estar Social, Estado-Providncia, ou Estado Social so denominaes dadas a uma forma de organizao poltica e econmica, tendo o Estado como protetor, defensor e organizador da economia . No exerccio do Estado do Bem-Estar, Esping-Andersen distingue trs tipos de Welfare State:

Os Estados limitam o direito assistncia pblica aos comprovadamente necessitados. Os liberalistas reagem estigmatizando ao mximo os beneficirios desse sistema;

O WELFARE STATE 9Na Sucia, o pensamento social-democrata se aprofunda nessa poltica, universalizando o Estado de Bem-Estar, levando-o classe mdia. Eram cobrados altos impostos para manter o sistema. L era defendida a ideia como forma de seguridade social e meio de promoo da eficincia da produo, aumentando o PIB. Da Sucia, o Estado do Bem-Estar se espalha para outros pases.

Sistema de natureza corporativa. O Estado seleciona categorias notadamente burocracia pblica , como sinal de prestgio e poder do prprio Estado CAGLIARI (1989)10 Uma contextualizao histrica breve nos ajuda a verificar tal afirmao. A Inglaterra, aparentemente, serviu evoluo da humanidade ao se opor escravido na Amrica Latina, mas imps a essas regies outra forma de explorao dos seres humanos. vlido lembrar-se de que o trabalho assalariado manteria dinmico o capitalismo vigente e, portanto, observa-se aqui um interesse estritamente econmico. Ainda neste mbito, importante ressaltar que os trabalhadores rurais brasileiros produziam para exportar para a Inglaterra, nosso colonizador aps Portugal, em troca de receber produtos manufaturados que, cujo acesso era apenas da elite brasileira.

O WELFARE STATE E A CIDADANIA BRASILEIRA11 A Constituio de 1946 vai atender a direitos sociais educao, habitao, sade, segurana no trabalho, aposentadoria , tudo isso resultado de presso popular ao Estado brasileiro, portanto, os operrios no conseguem de graa tais conquistas, elas vm atravs de presses dos trabalhadores ainda que essas iniciativas sejam cooptadas pelo Estado.O Golpe Militar de 1964, por sua vez, produz uma retrao nos direitos sociais. O capital monopolista d continuidade ao processo de subjugao do povo, impedindo a instalao do Estado do Bem-Estar proposta de cidadania , com a reivindicao de direitos sociais para todos os trabalhadores.

12 A garantia dos direitos civis representou um passo significativo para os trabalhadores. No entanto, com a consolidao do capitalismo e do lucro, acompanhadas da crescente explorao da mo-de-obra, sindicatos e associaes de trabalhadores passaram a se reunir e reivindicarem direitos sociais bsicos, como acesso sade e educao pblicas, segurana, alimentao e moradia. Em alguns pases, a noo de cidadania republicana se fortaleceu, o caso do Brasil. nesse contexto que o Estado deve interferir para garantir a preservao dos direitos bsicos aos trabalhadores e aos cidados menos favorecidos. Nota-se tambm uma mudana na concepo de bem comum, que agora tido como algo objetivo, institudo pela comunidade. Assim, a cidadania republicana se pospe a uma mentalidade comunitria, que visa o bem comum como uma maneira de satisfazer os interesses individuais a partir dos interesses comuns. WELFARE STATE E A CIDADANIA EM SUA VERTENTE REPUBLICANA 13 No entanto, a eficincia de um Estado de Bem-Estar Social depende da sua proposta social e da eficincia das medidas assistencialistas adotadas. Em pases como EUA e Canad, onde vigora o regime liberal, o Welfare State se resume a uma assistncia limitada aos mais pobres, com o objetivo de assegurar-lhes certo poder de compra capaz de movimentar o mercado, mas incapaz de reduzir as desigualdades sociais. Os pases escandinavos, por sua vez, adotam programas sociais que no se restringem a certos grupos sociais e que busca equalizar direitos fornecendo servios sociais de qualidade. Dessa forma, o Estado de Bem-Estar Social pode se tornar uma soluo para efetivar o acesso igualitrio aos direitos civis e sociais de uma democracia, como j acontece em alguns pases. No entanto, so necessrios recursos que tornem tais programas efetivos ao reduzir de fato a desigualdade dentro do pas.

CONCLUSO Mais uma vez a histria da humanidade marcada por avano e em seguida retrocesso. Em princpio, o Estado do Bem-Estar Social (exemplo de cidadania republicana) deixa para trs a proposta liberal da burguesia que predominou at os anos 30. As organizaes populares pem em prtica a valorizao do ser humano, ensaia um acerto de valores, em vez do homem a servio do capital, ocorre a tentativa de por o capital a servio do homem. Entretanto, esse processo, a partir dos anos 70, veio cedendo espao para os burgueses, dando lugar ao neoliberalismo, e mais precisamente a um capitalismo monopolista que tende a reduzir o indivduo das massas em simples animal social.Portanto, cidadania um processo em construo. Essa construo se d por valores incorporados pelos indivduos conscientes de seus direitos e deveres, no decorrer da vida. Educao o que faz tudo isso ser dinamizado.

Para se ter uma vida em sociedade preciso de educao, o que orienta o comportamento de indivduos e grupos. A lei pode ser um instrumento do cidado. Ela precisa ser utilizada para evitar a barbrie primitiva o uso da fora , quanto mais o indivduo e a sociedade evolurem e tiverem leis justas, mais sero capazes de lidar com os conflitos pela palavra conforme o esprito da polis grega, mas sem educao que ajude o indivduo a construir a si mesmo, ele no consegue orientar-se. O homem contemporneo (incio do terceiro milnio) tem como obstculo a alienao, em particular ao consumismo imposto pelos meios de comunicao. Ele precisa descobrir dentro de si o ser universal que possui, perceber a si mesmo e seu espao no universo. O indivduo se transformando, o mundo ser transformado. As grandes massas podero transformar-se em gente civilizada e certamente completando a trade francesa (liberte, egalit, fraternit), culminaro com uma prspera e singular Fraternidade Humana. REFERNCIASDULCI, Otvio Soares. Estado, sociedade e polticas pblicas no cenrio mundial. Belo Horizonte: Fundao Joo Pinheiro, Escola de Governo de Minas Gerais, 1997. 21 p. (Cadernos de Texto, 6)COVRE, Maria de Lourdes Manzini. O que cidadania. So Paulo: Editora Brasiliense S/A. 1999. Coleo primeiros passos, 8 reimpresso.BENEVIDES, C. V. Um Estado de Bem Estar Social no Brasil? 2011. 450 f. Dissertao (Mestrado em Economia) Departamento de Economia, Universidade Federal Fluminense, Niteri-RJ.RAMOS, Cesar Augusto. A cidadania como intitulao de direitos ou Atribuio de virtudes cvicas: liberalismo ou republicanismo? Sntese - Rev. de Filosofia[Internet], Belo Horizonte, v.33, n.105, p.77-115, 2006. Disponvel em: . Acesso em: 28 mar. 2014.FERREIRA, A. B. H. Aurlio sculo XXI: o dicionrio da Lngua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.KONFLANZ , Celso. Sociologia K [Internet]. Direitos e Cidadania [Citado em novembro de 2011]. Rio Grande do Sul, Brasil. Disponvel em: http://sociologiak.blogspot.com.br> Acesso em 27 mar. 2014.