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Grupo de Trabalho: GT III: Políticas Sociais de Proteção as Crianças e
Adolescentes na América Latina
Título de Trabalho: Mudanças históricas na legislação brasileira: crianças e
adolescentes abandonados no Brasil do século XX.
Nome completo, titulação e instituição do(s) autor(es): Bertholdo Maurício da Costa.
Graduado em História (FFLCH-USP) e em Lazer e Turismo (EACH-USP).
Mestrando em Mudança Política e Participação Social (EACH-USP).
RESUMO
Esse artigo pretende traçar um estudo sobre as mudanças na
legislação brasileira voltada para a criança e o adolescente
durante o século XX, analisando a legislação com foco em três
momentos: o Código Mello Mattos de 1927, o Código de
Menores de 1979 e o contexto histórico que culminou com o
Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA de 1990.
Abstract
This article aims to outline a study of the changes in Brazilian
legislation focused on children and adolescents during the
twentieth century , analyzing legislation focused on three points
: the Mello Code Mattos 1927, the 1979 Juvenile Code and the
historical context that led to the child's Statute and adolescents
- 1990 ACE.
Mudanças históricas na legislação brasileira:
crianças e adolescentes abandonados no Brasil do século XX.
RESUMOEsse artigo pretende traçar um estudo sobre asmudanças na legislação brasileira voltada para a criançae o adolescente durante o século XX, analisando a
legislação com foco em três momentos: o Código MelloMattos de 1927, o Código de Menores de 1979 e ocontexto histórico que culminou com o Estatuto daCriança e do Adolescente - ECA de 1990.
AbstractThis article aims to outline a study of the changes inBrazilian legislation focused on children and adolescentsduring the twentieth century , analyzing legislationfocused on three points : the Mello Code Mattos 1927, the1979 Juvenile Code and the historical context that led tothe child's Statute and adolescents - 1990 ACE.
Não foram raras as vezes que nos defrontamos com notícias sobre o
abandono de crianças em jornais e na televisão, na maior parte das situações
ainda bebês, o que aumenta o clamor popular por mudanças na legislação e
cuidados que o Estado deve ter com crianças e adolescentes, mas se pensarmos
em alguns fatos históricos, veremos que o problema é antigo.
No Brasil tal questão pode ser observada no período colonial com o
abandono dos filhos ilegítimos durante o período colonial. Uma entrevista com o
professor da Faculdade de Educação da USP Roberto Silva para a revista
Pontocom, aponta o modelo de sociedade moldado durante a colonização
portuguesa na América, como uma das origens para o abandono de crianças no
Brasil, baseado na questão do filho ilegitimo. O próprio Roberto Silva trabalha a
ideia no seu texto Os fundamentos freirianos da pedagogia Social em construção no
Brasil.
O abandono de crianças pode ser notado durante o período colonial com a
questão dos dogmas da Igreja católica, que atribuíram o estigma da ilegitimidade às
crianças, às mulheres e às famílias que não obedeciam aos cânones da Igreja. Tal
fato está na estigmatização da mãe solteira e na negação do status de família aos
arranjos sócios familiares que não estavam de acordo com os sacramentos cristãos.
Situação particularmente agravada com a exploração sexual da mulher índia e
negra africana. (SILVA, 1997. p 48).
No século XIX a lei do Ventre Livre e a Lei do Sexagenário, criadas para
supostamente resolver a questão da escravidão, jogaram na rua milhares de
pessoas sem nenhuma proteção da lei ou do Estado.
A lei do Ventre livre de 1871, estipulava que as crianças nascidas de mães
escravas deveriam permanecer com suas progenitoras até que completassem oito
anos. Depois dessa idade o Senhor, proprietário da mãe escrava, tinha o direito de
ser indenizado pelo Estado, nesse caso a criança seria deixada sob tutela do
Império, que não possuía instituições específicas para tal. Ainda poderia usar os
serviços da criança até a idade de vinte e um anos. Isso queria dizer na prática que
a criança seria colocada em uma instituição de órfãos mantida pela Igreja católica,
abandonada ou mantida escrava da mesma maneira que sua mãe.
O Imperador Pedro I relatou à Assembleia Constituinte em 3 de maio de
1823:
A primeira vez que fui à Roda dos Expostos, achei, pareceincrível, sete crianças com duas amas; sem berço, semvestuário. Pedi o mapa e vi que em 13 anos tinham entradoperto de 12 mil e apenas tinham vingado mil, não sabendo aMisericórdia verdadeiramente onde elas se acham. (PASSETIin Del Priori, 1999. p.348)
A roda dos expostos mencionada no depoimento de D. Pedro I era a da
Santa Casa de São Paulo. Consistia num mecanismo semelhante aos utilizados
para entrega de pizzas em edifícios, onde quem está do lado de fora não tem
acesso ao lado de dentro. A criança era colocada no dispositivo sem identificação
de quem a deixou e coletada por religiosas do lado de dentro do hospital. O resto
do tempo de vida das crianças “expostas” era o confinamento na entidade, a morte
por doenças diversas e o destino ignorado de menos de 10 % das sobreviventes.
Roda dos expostos da Santa Casa de São Paulo. Na base, livros com registros de
crianças.
As crianças eram sabida e claramente expostas se e quando, além de serem
menores de 18 anos, tivessem menos de 7 anos de idade. Mais que isto: crianças
até esta idade, ainda que por livre decisão da mãe, poderiam ser entregues à
adoção nas ‘rodas dos expostos’. (AZEVEDO p. 22).
A abolição da escravidão, o êxodo rural e a imigração europeia
inflaram a população das cidades brasileiras na virada dos séculos XIX para o XX.
A incipiente industrialização não foi capaz de absorver todos no mercado de
trabalho.
Crianças trabalham em fábrica de sapatos no início do século XX: em 1927, a atividade dos menoresde 12 anos ficou proibida. (WESTIN, 2015. p. 4).
Meninos como os da foto acima, recebiam salários menores, concorrendo
com a mão-de-obra adulta.
Grupos religiosos disputavam os imigrantes europeus que chegavam ao
Brasil para trabalhar no cultivo de café e nas poucas fábricas instaladas.
A ausência de fiscalização nas instituições que abrigavam menores na
chamada situação irregular; pobres, levaram a abusos por parte de algumas
instituições filantrópicas, encarregadas dos cuidados com as crianças e
adolescentes, como o caso da menina Idalina Stamato, desaparecida de uma
instituição no bairro paulista do Ipiranga em 1907 em um contexto de lutas de
operário
Em 1907 o caso de Idalina Stamato, uma menina de sete anosque desapareceu para sempre do Orfanato Cristóvão Colombo,no bairro do Ipiranga, onde estava internada, transformou-seem um dos mais famosos e polêmicos episódios da crônica
policial de São Paulo. Foram acusados de estupro eassassinato dois padres italianos da CongregaçãoScalabriniana, ou Carlista, Conrado Stefani e FaustinoConsoni. O primeiro teria estuprado a órfã em um banheiro dointernato, quando ela tomava banho. A menina chorava altopelos corredores da instituição, queixando-se de dores nosórgãos genitais, mas padres e freiras cúmplices tentavamfazê-la se calar. Em dado momento em que a porta da ruaestava aberta, Idalina fugiu correndo. Logo mais foi alcançadae arrastada de volta pelo superior da instituição, padreFaustino – em cujo escritório o crime teria ocorrido, servindo-seele, secundado pelo estuprador, de uma pá para matá-la.(PRADA, 2009).
Quem denunciou a falta de Idalina foi o tio, o mesmo que havia colocado a
criança na instituição. Existiam suspeitas que fosse ele mesmo o pai da criança,
Idalina seria nesse caso, mais um número que correspondia à maioria dos
abrigados em diferentes épocas da história brasileira; crianças que possuíam
famílias, com algum grau de ilegitimidade segundo a sociedade da época,
influenciada pedos dogmas católicos.
Desde o final do século XIX, setores da Igreja católica perceberam que era
necessário atender novos problemas da sociedade, principalmente quanto ao
crescimento do capitalismo e dos seus efeitos sobre os mais pobres. Na Itália, a
questão era de manter fiéis, mesmo os que emigravam para a América. Nesse
contexto surgiram grupos como o dos Scalabrinianos, mantenedores do orfanato
onde morava a menina Idalina. (SOUZA, 2000. p. 80).
Notamos como o governo e setores da Igreja Católica temiam o uso da
situação da infância para fins políticos. Grupos anarquistas anticlericais fizeram
campanhas com panfletos e jornais questionando o que acontecera com Idalina
Stamato. Era preciso colocar regras na questão.
Um dos primeiros legisladores a se preocupar com o assunto foi o
Senador Lopes Trovão (DF) em 1896:
Ao Estado se impõe lançar olhos protetores, empregarcuidados corretivos para a salvação dos pobres menoresque vagueiam a granel, provando nas palavras queproferem e nos atos que praticam não ter família. Se a têm, esta não lhes edifica o coração com os
princípios e os exemplos da moral (...) (Discurso doSenador Lopes Trovão. Setembro de 1896).
Para o Senador, o Estado deveria ter o poder de retirar crianças e
adolescentes do convívio familiar quando julgasse que não existiam boas condições
para formação das crianças e interna-las em escolas apropriadas.
Em 1917 o Senador Alcindo Guanabara voltou a citar o problema das
crianças que perambulavam pelas ruas no Rio de Janeiro – Distrito Federal. O
material produzido pelos dois senadores acabou arquivado, sendo apenas revisto
quase trinta anos depois com o Código Mello Mattos, em 1927. Vários fatores
podem ter levado a tal atraso, entre eles, a eclosão da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), que colocou a questão dos menores em segundo plano.
O primeiro documento para tratar a questão do chamado menor irregular,
aquele que se encontrava em situação de abandono ou delinquência, foi o código
Mello Mattos.
Embora elaborado exclusivamente para o controle da infânciaabandonada e dos delinquentes de ambos os sexos, menoresde 18 anos (art.1°), o Código Mello Mattos seria, apesar disto,o primeiro diploma legal a dar um tratamento mais sistemáticoe humanizador à criança e ao adolescente, consolidandonormas esparsas anteriores e prevendo, pela primeira vez, aintervenção estatal nesta delicada seara social. (AZEVEDO. p.3).
Mello Mattos foi também o primeiro juiz de menores na capital federal, Rio de
Janeiro (1924).
O Brasil vinha enfrentando vários movimentos sociais contrários ao governo
e aos patrões - Greve Geral de 1917 em São Paulo e Revolta Paulista em 1924
foram fatos que desencadearam a reação do Estado, como a organização do
Departamento Estadual de Ordem Política e Social – DEOPS em 1924.
Jornal do Senado 07/07/2015. Acervo do Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
A principal diferença entre o Código de menores de 1927 – Mello Mattos e a
legislação anterior, foi sem dúvida a ideia de que crianças e adolescentes menores
de 18 anos não poderiam mais ser tratados como criminosos comuns quando
praticavam algum delito. Os chamados menores irregulares por questão de
pobreza, orfandade ou abandono pelos responsáveis e aqueles que infringiam as
leis, deveriam, a partir do código de 1927, ser encaminhados para instituições
distintas, que cuidariam da formação escolar e de uma profissão. A legislação
parecia corresponder com outras políticas paternalistas empreendidas pelo governo
de Getúlio Vargas, que alcançou o poder com a Revolução de 1930.
Assim como as leis trabalhistas, todo o aparato do Estado durante aquele
período tinha o caráter populista de atender e, de dar assistência ao povo, na
realidade constituíam elementos de controle sobre as massas urbanas.
Em 1941, enquanto o Brasil vivia a ditadura do Estado Novo (1937-1945)
Vargas montou o SAM - Serviço de Assistência ao Menor. Mais uma ideia de
controle, através de uma estrutura gigantesca para confinamento. Acreditavam que
o Estado deveria cumprir o papel das famílias, impossibilitadas e desorganizadas
naquele momento para cuidar de suas crianças e adolescentes.
Os problemas políticos tomaram grandes proporções com a Guerra Fria, o
receio do comunismo e dos movimentos sociais fez com que países da América
Latina sofressem golpes militares nos anos que seguiram: Brasil (1964), Chile
(1973), Argentina (1966 e 1976).
Em 1964 o governo brasileiro ocupado por militares trocou o SAM pelo
sistema FUNABEM, (Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor).
Em 1979 o Código de Menores apresentou mudanças, voltavam com mais
força as ideias de penalizar a pobreza através de mecanismos como cassação do
poder familiar e imposição da medida de internamento a crianças e adolescentes
pobres. Foram substituídos termos como "menor abandonado" e "delinquente" para
"menor em situação irregular". As crianças e adolescentes passaram a ser objeto
de ações judiciais, sem que as mudanças na legislação representassem um
avanço sobre os direitos de proteção. (MARTINS, 2012. p. 11).
As datas de leis e códigos aqui descritos, correspondem a momentos de
crise política no Brasil do século XX. Conter a juventude e culpabilizar a pobreza,
retirando da família a convivência com as crianças e adolescentes foi uma
constante.
Quando o Estado resolveu retirar as crianças de suas famílias, por serem
estas pobres, optando pela internação em instituições, retirou- as também do
mercado de trabalho, retardando sua entrada no sistema produtivo. Isso pôde
certamente significar um aumento de postos de trabalho para adultos nos períodos
de crise econômica do século XX.
Durante as décadas de 1970-80, a pressão política tanto interna como
externa e a organização da sociedade civil em torno dos direitos da criança e do
adolescente, fizeram com que as próprias crianças e seus defensores se reunissem
em torno de grupos da Igreja Católica (Pastorais) e também através de grupos
independentes como o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua (1986)
tomando força junto com outras reivindicações da sociedade no final do Regime
Militar, que não conseguia mais demonstrar os mesmos resultados do “Milagre
econômico”: anistia, redemocratização entre outros movimentos observados
durante o período.
Durante a década de 1980, o paradigma da proteção integral foi consolidado
na Constituição de 1988, a criança e o adolescente passaram a representar
sujeitos, portadores de direitos e não mais menores irregulares. O Estatuto da
criança e do adolescente (ECA) (1990) constituiu o instrumento político desse
entendimento.
Considerações finais
As formas encontradas para atender crianças e adolescentes abandonados
ou infratores, também chamados menores irregulares, desde o final do século XIX
apresentaram mudanças profundas. O Código Mello Mattos de 1927 proibia que os
menores de 18 anos fossem tratados como criminosos, presos em cadeias comuns.
A lei nem sempre correspondeu com a realidade. Pelo Código de 1927, os
genitores deveriam entregar pessoalmente a criança para as autoridades, era o fim
da Roda dos expostos, que garantia o anonimato. Na prática o abandono
prosseguiu em áreas públicas, ruas, parques, lixeiras e em instituições que
remetiam as crianças ao judiciário. A própria Roda prosseguiu até o início dos anos
1950 em São Paulo. Além de não serem tratados como criminosos, os chamados
menores irregulares passaram a ser entendidos como responsabilidade do Estado
pelo código de 1927. (SILVA, 1997. p. 69).
O Código de menores de 1979 representou em vários aspectos um
retrocesso; apesar de manter a idade de 18 anos para a responsabilidade penal,
retirava o poder da família e da comunidade. No contexto da Ditadura Militar
representou a militarização do tratamento de crianças e adolescentes irregulares.
Atitude notada desde o golpe de 1964 e a criação da FUNABEM. As punições
poderiam ser passadas do sistema FUNABEM para o judicial e prisional dos adultos
ao completar 18 anos.
A abertura política proporcionada pela mobilização de diferentes segmentos
sociais no Brasil das décadas de 1970-80, juntamente com o desgaste político e
crises econômicas da Ditadura Militar, abriu o cenário para movimentos sociais
como Meninos e Meninas de Rua (1986) entre outros que lutaram pelos direitos de
crianças e adolescentes, culminando com a conquista da doutrina de proteção
integral garantida na Constituição de 1988 e no Estatuto da criança e do
adolescente (ECA) de 1990.
Percebemos grandes contradições em várias momentos; desde o Código
Mello Mattos em 1927 o Brasil adotou uma legislação avançada sobre o assunto,
acompanhando convenções e tratados internacionais, por outro lado mascarou
práticas arcaicas e discriminatórias.
O ECA garantiu que não somente as crianças e adolescentes em situação de
risco social seriam atendidos pela lei, mas toda pessoa em fase de
desenvolvimento até seus 18 anos de idade. O poder judiciário continua a ter sua
parcela de poder e responsabilidade, através de juízos da infância e juventude e da
subordinação dos Conselhos Tutelares, mas a tutela de crianças e adolescentes foi
transferida para a sociedade civil através dos conselhos, constituindo um novo
paradigma sobre o atendimento de crianças e adolescentes, uma nova cultura para
se compreender a infância e a adolescência.
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