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SEMINARIO METODOLOGIA DE PESQUISA

Guba e Lincoln

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Seminário sobre o textoCompeting paradigms in qualitative researchParadigmas en competencia en lainvestigación cualitativa

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METODOLOGIA DE PESQUISA

SEMINARIO METODOLOGIA DE PESQUISAFILOSOFIAS DE PESQUISA EM PESQUISA DE ADMINISTRAAO (Saunders et al., 2012)

FILOSOFIAS DE PESQUISA EM PESQUISA DE ADMINISTRAAO (Saunders et al., 2012)POSITIVISMOREALISMOINTERPRETATIVISMOPRAGMATISMO

FILOSOFIAS DE PESQUISA EM PESQUISA DE ADMINISTRAAO (Saunders et al., 2012)PositivismoOntolgicaDo ponto de vista do investigador quanto natureza darealidade ou do ser.Consideram que a realidade objetiva e que independente dos atores sociaisEpistemolgicaQuanto ao tipo de conhecimento que aceitvel.Considera que apenas os fenmenos observveis podemprover dados confiveis para a investigao, enfoca nacasualidade e em generalizaes.AxiolgicaQuanto ao papel dos valores em investigao cientfica A investigao livre dos valores do investigador que, independentemente dos dados, mantm uma postura objetivaTcnica de coleta de dados utilizado frequentementeAltamente estruturado, grandes amostras,medio quantitativa, mas pode utilizar qualitativaFILOSOFIAS DE PESQUISA EM PESQUISA DE ADMINISTRAAO (Saunders et al., 2012)RealismoOntolgicaDo ponto de vista do investigador quanto natureza darealidade ou do ser.Consideram que a realidade objetiva e que independente dos atores sociaisEpistemolgicaQuanto ao tipo de conhecimento que aceitvel Consideram que apenas os fenmenos observveis podem prover dados confiveis para a investigao, e enfoca na explicao dentro de um determinado contexto. AxiolgicaQuanto ao papel dos valores em investigao cientfica A investigao carregada dos valores do investigador, suas vises, culturas e experincias, que tero impacto na investigao. Tcnica de coleta de dados utilizado frequentementeAltamente estruturado, grandes amostras, medio, quantitativa, mas pode utilizar qualitativa FILOSOFIAS DE PESQUISA EM PESQUISA DE ADMINISTRAAO (Saunders et al., 2012)InterpretivismoOntolgicaDo ponto de vista do investigador quanto natureza darealidade ou do ser. Considera que a realidade subjetiva, uma construo social que pode mudar.EpistemolgicaQuanto ao tipo de conhecimento que aceitvelconsidera os significados subjetivos e o fenmeno social com foco nos detalhes da situao, a realidade por trs desses detalhes e os significados subjetivos que motivam os atores sociais.AxiolgicaQuanto ao papel dos valores em investigao cientfica A investigao de valor vinculado, e o investigador parte do que est sendo investigado. Tcnica de coleta de dados utilizado frequentementeAmostras pequenas, investigaes profundas, qualitativo.FILOSOFIAS DE PESQUISA EM PESQUISA DE ADMINISTRAAO (Saunders et al., 2012)PragmatismoOntolgicaDo ponto de vista do investigador quanto natureza darealidade ou do ser.Considera que o ponto de vista do investigador deve ser escolhido de formaa melhor responder pergunta de investigao EpistemolgicaQuanto ao tipo de conhecimento que aceitvelConsidera que ambos, fenmenos observveis e significados subjetivos, podem prover conhecimentos aceitveis, dependendo da questo de investigao .AxiolgicaQuanto ao papel dos valores em investigao cientfica Os valores desempenham um grande papel na interpretao dos resultados, sendo que neste caso o investigador pode adotar pontos de vista tanto objetivos quanto subjetivos Tcnica de coleta de dados utilizado frequentementeMista ou mltiplos mtodos, quantitativa e qualitativoCOMPARANDO PARADIGMAS NA PESQUISA QUALITATIVAEgon G GubaYvonna S. Lincoln

ObjetivoGuba e Lincoln (1994) prope-nos uma analise comparativa entre diferentes paradigmas de investigao, assente em trs grupos de questes, relativas, respectivamente, a aspectos ontolgicos, epistemolgicos e metodolgicos. E mesmo sendo trs campos distintos so inter-relacionados entre si.A forma como nos posicionamos frente a um grupo de questes de um dos campos de analise influencia e determina a resposta a dar as questes de outro campo.

QUANTIDADE X QUALIDADEAs cincias Hard (quantitativas) Fsica, Matemtica etc.

As cincias Soft (qualitativas) Biologia QUALIDADE X QUANTIDADE

PARADIGMASO positivismoPs PositivismoTeoria CriticaConstrutivismoConceito de ParadigmaKuhn (1962) cita que paradigma pode ser traduzido como um conjunto de premissas coerentes entre si que orientam a busca do conhecimento cientficoO conceito de paradigmaUm paradigma tambm uma meta-teoria, constituda por pilares ontolgico, epistemolgico e metodolgico (Guba, 1990). PARADIGMA DO PONTO DE VISTA ONTOLOGICODo ponto de vista ontolgico, todo paradigma busca responder questo: Como encaramos a realidade, e o que consideramos possvel saber sobre esta mesma realidade?PARADIGMA DO PONTO DE VISTA ONTOLOGICOEsta realidade pode ser vista como objetiva existindo independente do homem (corrente realista), sendo o objetivo de investigao procurar conhece-la mesmo que de forma limitada, ou conhecer as mltiplas realidades situadas, resultantes da construo humana (corrente relativista).PARADIGMA DO PONTO DE VISTA EPISTEMOLOGICO Epistemologicamente, a questo : A natureza da relao entre o que se sabe ou se pode vir a saber e o que possvel saber.PARADIGMA DO PONTO DE VISTA EPISTEMOLOGICOFala sobre a subjetividade e objetividade na investigao, onde existe uma realidade independente do homem, mas tambm existe uma realidade influenciada pelo homem e que o mundo real e uma construo de atores sociais que em cada momento e espao constroem o significado social dos acontecimentos e fenmenos do presente e reinterpretam o passado.OBJETIVO X SUBJETIVO

PARADIGMA DO PONTO DE VISTA METODOLOGICOPor fim, metodologicamente, a questo : Como o pesquisador deve proceder para alcanar os conhecimentos que acredita ser possvel obter.?RESUMO DAS DIMENSOES Ontolgica (referente a natureza do cognoscvel)Epistemolgica ( referente a relao conhecedor e conhecido)Metodolgica ( como o conhecimento construdo pelo pesquisador)PARADIGMA POSITIVISTAAssentasse em postulados que enfatizam a importncia da fundao emprica para o conhecimento e da postura neutra e distanciada do pesquisador diante do objeto de estudo.Esses postulados enrazam-se na ontologia realista, na crena de que existe uma realidade externa dirigida por leis naturais imutveis.A funo da cincia descobrir a verdadeira natureza da realidade. PARADIGMA POSITIVISTASeu objetivo ltimo predizer e controlar. Como consequncia do compromisso com o realismo ontolgico, a prtica de pesquisa positivista condicionada pela epistemologia objetivista. Da, segundo Guba, o privilgio dado ao mtodo experimental, uma vez que este coloca o ponto de deciso na natureza (objetividade), e no no pesquisador (subjetividade).

Concluso sobre PositivismoO positivismo v o conhecimento cientifico como uma fotografia do real, objetiva e neutra, e que corresponde ao nico conhecimento infalvel e verdadeiro.POSITIVISMOParadigmas / PressupostosPositivistaOntolgicosA realidade de trabalho possui uma natureza objetiva e independente dos atores sociaisEpistemolgicosO conhecimento independente do observador. Conhecimento vlido aquele que resulta da aplicao do raciocnio hipottico dedutivo para compreender os fenmenos sociaisMetodolgicosAs hipteses e questes de investigao devem ser verificadas empiricamente e os fatores de relevo para essa verificao devem ser cuidadosamente controlados. O conhecimento obtido pela aplicao de tcnicas bem testadas.PARADIGMA PS POSITIVISTAViso modificada do positivismo com o intuito decorrigir alguns desequilbrio embora controle epredio continuem sendo suas principais metas.DESEQUILIBRIOS DESEQUILIBRIO ENTRE RIGOR E RELEVANCIA: O controle e rigor em laboratrio no cabe como generalizao para ambientes naturais (experimentos).DESEQUILIBRIO ENTRE PRECISAO E RIQUEZA: Metas de controle e predio geram superenfatizaao na quantificao DESEQUILIBRIOSDESEQUILIBRIO ENTRE ELEGANCIA E APLICABILIDADE: Preocupao com a predio e controle levam a valorizao de teorias mais abrangentes, as quais no funcionam em contextos locais, ento se faz uma analise indutiva dos dados DESEQUILIBRIO ENTRE DESCOBERTA E VERIFICAAO: A descoberta era vista como um mero precursor e no como parte integrante do trabalho cientifico, cujo propsito era apenas de verificao.

POS POSITIVISMOParadigmas / PressupostosPs PositivismoOntolgicoscrtico-realista, uma vez que assume a existncia de uma realidade externa ao sujeito que regida por leis naturais, embora estas nunca possam ser totalmente apreendidas, em razo da precariedade dos mecanismos sensoriais e intelectivos do homem.Epistemolgicosobjetivista modificada, uma vez que a objetividade continua a ser um ideal regulatrio (p.23), do qual, na medida do possvel, o pesquisador busca se aproximar. Para isso conta com guardies externos como a tradio crtica (exigncia de clareza no relato da investigao e consistncia com a tradio na rea) e a comunidade crtica (julgamento dos pares).MetodolgicosEnfatiza um numero maior de fontes (dados, investigadores, teorias e mtodos) , procura desenvolver pesquisas em ambientes mais naturais recorrendo a mtodos mais qualitativos, e reintroduzindo a descoberta no processo de investigao.PARADIGMA ANALISE CRITICAPreocupao com a transformao socialPossui uma motivao poltica por parte dos pesquisadores e nas questes sobre desigualdade e dominao.Relaciona as aes humanas com a cultura e as estruturas sociais e polticas buscando compreender como as redes de poder so produzidas, medidas e transformadas.

PARADIGMA ANALISE CRITICAParadigmas / PressupostosAnalise CriticaOntolgicosCritico realista. Crena em uma realidade objetiva a qual deve ser revelada .O paralelismo entre transformar o mundo e predizer e controlar no pode ser perdido de vista.EpistemolgicosH uma disjuno lgica entre ontologia realista e epistemologia subjetivista.Processo de investigao e mediado pelos valores do pesquisador (subjetivo) , o que faz com que o avano perca sua fora. MetodolgicosDialgica e transformadora No manipulativa e tem o objetivo de elevao do nvel de conscincia com vistas a transformao social.PARADIGMA CONSTRUTIVISTACaracterizado por um "relativismo derivado das realidades construdas emcontextos concretos. A teoria crtica permeada pela crena, de que a investigao, a obteno doconhecimento, est sempre mediada pelos valores do investigador. A crtica e a transformao estariam centradas nas metas de reconstruo dos pontos de vista dos implicados no que est sendo estudadoA gerao e a acumulao do conhecimento para os crticos, surge e vai modificando-se durante um processo dialtico de reviso histrica. VALLES (1997)PARADIGMA CONSTRUTIVISTAParadigmas / PressupostosConstrutivismoOntolgicosA realidade de trabalho socialmente construda e dependente dos atores sociais que a sustentam.EpistemolgicosO conhecimento uma construo social. Conhecimento vlido aquele que resulta da interao com os atores responsveis pelos processos que se pretende entender.MetodolgicosOs fenmenos de interesse devem ser estudados em detalhe; compreend-los requer a exposio a esses fenmenos. O ato de criar conhecimento assenta no dilogo, sendo a palavra o seu instrumento fundamental.PARADIGMAS E SEUS ELEMENTOS

RELAAO SUJEITO X OBJETO

PARADIGMAS SOCIAS E ANALISE ORGANIZACIONALGibson Burrel

Gareth Morgan

PARADIGMAS SOCIAS E ANALISE ORGANIZACIONALA tese central de Burrell e Morgan (1979, p. 1, traduo livre) a sistematizao de qualquer teoria utilizada na explicao do fenmeno organizacional deve ser balizada de acordo com a sua perspectiva quanto umafilosofia da cinciae a umanatureza/teoria da sociedade. Sendo assim, os autores passam a identificar os extremos de cada um desses eixos.

FILOSOFIA DA CIENCIAO eixo da filosofia da cincia esta dividida em quatropressuposies Burrell e Morgan (1979):A natureza ontolgicaA natureza epistemolgicaA natureza humanaA natureza metodolgica

Natureza OntolgicaDiz respeito a considerao que o pesquisador faz sobre a essncia do fenmeno sob investigao. Sendo que cientista pode ter uma posio:nominalista, em que o mundo social externo a cognio individual feita apenas de nomes, conceitos rtulos utilizados pelos indivduos para estruturar a realidade, no admitindo, portanto, qualquer estrutura real para o mundo; ou uma posiorealista, em que o mundo social externo a cognio individual um mundo real tangvel e com estruturas relativamente imutveis.

Natureza Epistemolgica

se refere aos pressupostos sobre como podemos compreender o mundo e como comunicar este conhecimento a outros humanos. Na viso de Burrell e Morgan (1979), essa natureza se divide em:Positivismo, procura explicar e predizer o que acontece no mundo social pela busca de regularidades e relaes causais entre seus elementos constituintes.anti-positivismopesquisa social essencialmente relativista e pode unicamente ser compreendida do ponto de vista dos indivduos que esto diretamente envolvidos nas atividades estudadas (BURRELL; MORGAN, 1979, p.5)NATUREZA HUMANAEsta ligada ao relacionamento entre o ser humano e o seu ambiente, sob dois pontos de vista:Determinista ,que considera o homem e suas atividades como sendo completamente determinadas pela situao ou ambiente em que ele est localizado. Voluntarista ,em que o homem completamente autnomo e com livre escolha.NATUREZA METODOLOGICA uma importante consequncia do caminho escolhido pelo pesquisador em sua tentativa de investigar e obter conhecimento do mundo social, em outras palavras, diferentes posicionamentos sobre a natureza ontolgica, epistemolgica e da natureza humana inclina o cientista social para diferentes metodologias. Para Burrell e Morgan (1979), essas diferenas so representadas por duas abordagens:NATUREZA METODOLOGICAideogrficaque compreende que o mundo pode ser acesso unicamente atravs da obteno de conhecimentos atravs do sujeito sobre investigao.nomotticaque enfatiza a importncia dos protocolos e das tcnicas, para o teste de hipteses de acordo com os cnones das cincias naturais.FILOSOFIA DA CIENCIAA cerca da filosofia da cincia, Burrell e Morgan estabelecem como plos desse eixo odualismo subjetivismo e objetivismo.

FILOSOFIA DA CIENCIAAbordagem objetivista: realista, positivista, determinista e nomottica;

Abordagem subjetivista: nominalista, antipositivista, voluntarista e idiogrfica. DUALISMO DA FILOSOFIA DA CIENCIA

NATUREZA DA SOCIEDADEParalelamente, Burrell e Morgan (1979) tambm levam em considerao alguns pressupostos sobre a natureza da sociedade, enfatizando o que eles nomeiam como debate entre ordem e conflito e baseando-se nos conceitos de Talcott Parsons e Ralf Dahrendorf, apontam duas teorias de sociedade que se ligam s seguintes palavras-chave:NATUREZA DA SOCIEDADEViso de sociedade da ordem (ou integrao): estabilidade, integrao, coordenao funcional e consenso; Viso de sociedade do conflito (ou coero): mudana, conflito, desintegrao e coeroAutores acham os conceitos acima problemticosDUAS TEORIAS DA SOCIEDADE: ORDEM E CONFLITO

A viso de ordem ou integracionista d nfase : A viso de conflitoou violncia d nfase :ESTABILIDADEMUDANAINTEGRAOCONFLITOCOORDENAO FUNCIONALDESINTEGRAOCONSENSOVIOLNCIANATUREZA DA SOCIEDADESociologia da Regulao: status quo, ordem social, consenso, integrao e coeso social, solidariedade, satisfao de necessidades e realidade; Se refere s teorias que esto preocupadas principalmente com a explicao da sociedade em termos que enfatizam a sua unidade e coeso.

NATUREZA DA SOCIEDADESociologia da Mudana Radical: mudana radical, conflito estrutural, modos de dominao, contradio, emancipao, privao e potencialidade.Est preocupada em encontrar explicaes para a mudana radical, modos de dominao e contradies estruturais e a emancipao do homem das estruturas que limitam o desenvolvimento do seu potencial.DIMENSO REGULAO MUDANA RADICAL

A sociologia da regulao est preocupada com:A sociologia da mudana radical est preocupada com:O status quo Mudana radical

A ordem social

Conflito estrutural

Consenso

Mtodo de dominaoIntegrao e coeso social

Contradio

Solidariedade

Emancipao

Satisfao de necessidade

Carncia (ou privao)

Atualidade

Potencialidade

CRUZAMENTO DOS DOIS EIXOSA partir do cruzamento desses dois eixos, Burrell e Morgan (1979) identificaram quatroparadigmas utilizados na anlise organizacional: Funcionalista Interpretativo, Humanismo Radical Estruturalismo Radical 1 PARADIGMAFUNCIONALISTA: est fortemente enraizado na sociologia da regulao, focalizando um ponto de vista objetivista. Sua preocupao dar explicaes racionais ao status quo, ordem social, ao consenso, integrao social, solidariedade e satisfao das necessidades, recorrendo a uma abordagem que realista, positivista, determinista e nomottica para buscar solues para problemas prticos. uma perspectiva altamente pragmtica, preocupada em compreender a sociedade de forma tal a gerar conhecimento que possa ser utilizado.

1 PARADIGMASegundo Burrell e Morgan (1979), o paradigma funcionalista possui uma orientao pragmtica, em que a compreenso da sociedade deve ser posta em termos de conhecimentos gerais para depois serem colocados em prtica. Por isso, uma abordagem orientada por problemas e que se preocupa em prover solues prticas a eles. 2 PARADIGMAINTERPRETATIVISMO: se enraza na sociologia da regulao, mas de um ponto de vista subjetivista. Os pesquisadores buscam entender o mundo como ele , compreender a natureza fundamental do mundo social no nvel da experincia subjetiva, fazendo o uso de uma abordagem nominalista, antipositivista, voluntarista e idiogrfica, que v o mundo como um processo emergente que criado pelos indivduos. 2 PARADIGMAO paradigma interpretativo se encontra situado entre uma posio subjetiva e a sociologia da regulao, buscando oferecer explanaes sobre a realidade como ela , mas compreendo a natureza da realidade social no nvel da experincia subjetiva do indivduo (BURRELL; MORGAN, 1979). 3 PARADIGMAESTRUTURALISMO RADICAL: por sua vez, est fundamentado na sociologia da mudana radical, partindo de um ponto de vista objetivista. Ele est comprometido com a mudana radical, a emancipao e a potencialidade, enfatizando o conflito estrutural, a contradio e a privao e baseando sua crtica radical da sociedade nas relaes estruturais dentro de um mundo social realista. Assim, suas abordagens, como as dos funcionalistas, so tambm realistas, positivistas, deterministas e nomotticas3 PARADIGMAO paradigma humanista radical como o paradigma interpretativista, enfatiza como a realidade socialmente criada e sustentada, mas vincula sua anlise ao interesse em alguma coisa que pode ser descrita como uma patologia da conscincia, pela qual os seres humanos se aprisionam dentro de fronteiras da realidade que eles mesmos criam e sustentam. Essa perspectiva se baseia na viso de que o processo de criao da realidade pode ser influenciado por processos psquicos e sociais que canalizam, restringem e controlam as mentes dos seres humanos de maneira a alien-los em relao s potencialidades inerentes sua verdadeira natureza de humanos. ( MORGAN 2007: 16) 4 PARADIGMAHUMANISMO RADICAL: tem suas bases na sociologia da mudana radical, mas recorre a um ponto de vista subjetivista. Essa perspectiva v a conscincia humana como dominada pelas superestruturas ideolgicas com as quais o indivduo interage, o que faz com que exista um hiato cognitivo entre ele mesmo e sua verdadeira conscincia, que seria uma falsa conscincia. O humanismo radical tambm est comprometido com a mudana radical, a emancipao e a potencialidade, enfatizando as mesmas coisas que o estruturalismo radical, mas sua abordagem seria nominalista, antipositivista, voluntarista e idiogrfica, como a advogada pelos interpretativistas. 4 PARADIGMAConsidera-se nesta escola, segundo Friedman (1977),os controladores das organizaes como pessoas que usam de meios ideolgicos , polticos e econmicos para dominar seus membros .PARADIGMAS PARA ANLISE DA TEORIA SOCIAL

PARADIGMAS PARA ANLISE DA TEORIA SOCIAL

COMPARAAO COM OUTRAS TEORIAS O paradigma funcionalista se aproxima mais da perspectiva do behaviorismo e da cognio social permitindo uma maior aproximao com outras linhas tericasCOMPARAAO COM OUTRAS TEORIASO paradigma interpretacionista surge com uma maior abertura a multidisciplinaridade, permitindo uma maior aproximao entre linhas tericas hibridas ou por vezes contraditrias. Como exemplo temos a recente Teoria das Representaes Sociais (TRS), a qual surgiu com a proposta de renovar a psicologia social, como fruto e parte das contradies existentes entre as diferentes vertentes tericas da Psicologia Social: Psicolgica - Americana e Sociolgica - Europeia. COMPARAAO COM OUTRAS TEORIAS O paradigma humanista radical, como seu prprio nome diz, se aproxima de teorias mais radicais como a do Marxismo. COMPARAAO COM OUTRAS TEORIASO paradigma estruturalista radical, podem ser comparados ao experimentalismo comportamentalismo radical de B. F. Skinner, na sua concepo de controle comportamental e social , seja ele individual, grupal , social ou organizacional.INFLUENCIAS DE OUTRAS TEORIAS

RELAAO DOS PARADIGMAS DE BURREL & MORGAN E GUBA & LINCONL

REFERENCIASBURRELL, G.; MORGAN, G. Sociological paradigms and organisational analysis. London: Heinemann Education Books, 1979.CALDAS, Miguel P.. Paradigmas em estudos organizacionais: uma introduo srie. Revista de Adiministrao de Empresas, So Paulo, v. 45, n. 1, p. 53-57, jan./mar., 2005.FRIEDMAN, A. L. Industry and labour: class struggle at work and monopoly capitalism. London: Macmillan,1977. GAMBOA, Slvio Anczar Sanches. Epistemologia da pesquisa em educao. Campinas: Praxis, 1998.GUBA, E. G. (1990). The paradigm dialog. Londres: SageGUBA, E.G.; Lincoln, Y.S. (1994) Competing paradigms in qualitative research. In Dezin, N. K. & Lincoln (eds). Handbook of qualitative research, Thousand Oaks, CA: Sage. IQUIAPAZA, Robert Aldo; AMARAL, Hudson Fernandes; BRESSAN, Aureliano Angel. Evolution in Finance Research: Epistemology, Paradigm and Critics. Revista O&S: Organizaes & Sociedade, v. 30, Janeiro, 2009.KUHN, T. S. (1962). The structure of scientific revolutions. Chicago: Chicago University Press.MORGAN, G. Paradigmas, metforas, e resoluo de quebras cabeas na teoria das organizaes CALDAS, P.M. E BERTERO, O.C.(Orgs) Teoria das organizaes .So Paulo: Atlas, 2007. SAUNDERS, M., Lewis, P. & Thornhill, A. (2012). Research Methods for Business Students. 6th ed., Harlow: Pearson Education Limited. THOMPSON, F.; PERRY, C. Generalizing results of an action research project in one work place to other situations: principals and practice. European Journal of Marketing, v. 38, n. 3-4, p. 401-417, 2004. VALLES, M.S. (1997). Tcnicas cualiltativas de investigacion social: Reflexion metodolgica y prctica profesional Madrid: Ed. Sintesis Sociologia.