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GUIA BÁSICO DE ORIENTAÇÃO AO - CRO-RJ · Segundo a lei 13003/2014 que discorre sobre contrato, reajuste e reposição de profissionais, segue um pequeno resumo para seu entendimento

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Segundo a lei 13003/2014 que discorre sobre contrato, reajuste e reposição deprofissionais, segue um pequeno resumo para seu entendimento.

13003/2014

A Lei nº 13.003, de 24 de junho de 2014, que altera a Lei nº 9656/1998, comalgumas mudanças que tratam das novas regras a serem aplicadas nos contratos deplanos de saúde. Após vários debates no setor, as resoluções sobre a aplicação da leiforam publicadas pela ANS, por meio de três Resoluções Normativas (RN) e umaInstrução Normativa (IN).

1) RN nº 363: as condições de prestação de serviços de atenção à saúde noâmbito dos planos privados de assistência à saúde por pessoas físicas ou jurídi-cas, independentemente de sua qualificação como contratadas, referenciadasou credenciadas, serão reguladas por contrato escrito, estipulado entre a opera-dora e o prestador; os contratos escritos devem estabelecer com clareza ascondições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos,as obrigações e as responsabilidades das partes, incluídas, obrigatoriamente,as que determinem a descrição de todos os serviços contratados, os valores dosserviços, os critérios, a forma e a periodicidade do seu reajuste e os prazos eprocedimentos para faturamento e pagamento dos serviços prestados, de acor-do com o documento.

2) RN nº 364: o índice de reajuste será definido pela ANS e será limitado aoÍndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, de acordo a resolução.O índice só será aplicado caso não haja entendimento entre o prestador e aoperadora até 31 de março de cada ano.

3) RN nº 365: é facultada a substituição de prestadores de serviços de atenção àsaúde não hospitalares, desde que por outro equivalente e mediante comunicaçãoaos beneficiários com 30 (trinta) dias de antecedência. A operadora poderá indicarestabelecimento para substituição já pertencente a sua rede de atendimento desdeque, comprovado por meio de aditivo contratual, que houve aumento da ca-pacidade de atendimento correspondente aos serviços que estão sendo excluídos.

GUIA BÁSICO DE ORIENTAÇÃO AO

CIRURGIÃO-DENTISTA CREDENCIADO.

COMISSÃO DE CONVÊNIOS E CREDENCIAMENTOS

DO CRO-RJ DE 2015

4) IN nº 56/DIDES: regulamenta a disponibilização das informações relativasà substituição de prestadores de serviços não hospitalares de atenção à saúdeno portal corporativo das operadoras.

Caso queiram ler na íntegra a lei: http://www.ans.gov.br

O CFO em sua revista 4º edição JAN-MAR 2015 na página 9: http://cfo.org.br/wp-con-tent/uploads/2015/04/Revista4.pdf, orienta a todos os interessados que leiam a íntegradas resoluções para que não haja nenhuma dúvida em relação ao tema e que os cirurgi-ões-dentistas fiquem atentos: não assinem os contratos sem antes confirmar o índice dereajuste, a sua aplicabilidade será na data da assinatura do contrato. O CFO e as demaisentidades que integram a Comissão Nacional de Convênios e Credenciamentos (CNCC)vão unir esforços para que essas negociações sejam feitas de forma coletiva.

RESOLUÇÕES DO CFO:O CFO dispõe de algumas resoluções as quais os Cirurgiões-Dentistas que

atendem planos precisam tomar conhecimento.Resolução CFO 19/2001: Cumprir o estabelecido na Resolução CFO-19/

2001, que veda o desligamento do cirurgião-dentista vinculado por referencia-mento, credenciamento ou associação à operadora de plano de saúde, excetopor decisão motivada e justa, garantindo ao cirurgião-dentista o direito de defe-sa e contraditório no âmbito da operadora;

Resolução CFO 20/2001: Obedecer a normatização sobre perícias e auditoriasodontológicas em sede administrativa estabelecida pela Resolução CFO-20/2001

Resolução CFO 102/2010: que proíbe o uso indiscriminado de Raios X, com afinalidade, exclusivamente, administrativa em substituição à perícia/auditoria eaos serviços odontológicos.

CBHPO:A ferramenta sugerida como referência para nortear os valores Dos procedi-

mentos odontológicos é a CBHPO. Classificação Brasileira Hierarquizada dos Pro-cedimentos Odontológicos, Confeccionada pela FIPE a pedido do CFO. NÃO ÉUMA TABELA e sim uma planilha hierarquizada, onde através de um valor estipu-lado da consulta clínica, todos os outros procedimentos serão valorados, levandoem conta diversos outros fatores. Pode não ser o ideal, mas é a melhor ferramentaque temos. A TUSS nomenclatura de todos os procedimentos utilizada pela ANSpara padronizar os procedimentos, contempla integralmente a CBHPO. Entãomãos a obra para torná-la reconhecida. Procure saber e orientar os colegas tam-bém em relação a CBHPO através do endereço http://cbhpo.com.br/

UM PEQUENO RESUMO DE COMO UTILIZAR A CBHPO

1 . Esta planilha, formatada no Programa Excel, encontra-se estruturada emvalores relativos, porém, ao inserir um índice da UH (Unidade de Honorário),permite determina-se o valor total do procedimento em Reais;

2 . A Unidade de Honorário – UH encontra-se na planilha com seu valorrelativo previamente fixado, de acordo com a metodologia utilizada pela FIPE;

3 . A Unidade de Honorário – UH será automaticamente calculada quandofor inserido um índice multiplicador, na coluna respectiva (veja abaixo), o queproporcionará como resultado as valorações absolutas dos procedimentos. EstaUnidade pode variar de acordo com a realidade de cada Estado ou de profissio-

nal para profissional;

4 . O índice de UH considerado pela CNCC como de abrangência nacional é de 0.78;

5. A Unidade de Custo (UC), referente ao custo de material utilizado e todosos gastos do consultório, como taxas e impostos, por exemplo, encontra-se naplanilha com seu valor relativo previamente fixado, cujo índice multiplicadornacional é de 0,37, de acordo com a metodologia utilizada pela FIPE;

6. As UH e UC serão corrigidas, anualmente, no mês de Julho pelo índiceINPC-IBGE;

7. Não estão incluídos nessa metodologia de valoração a parte laboratorial eoutros insumos que podem variar de valor na aquisição como, por exemplo, oimplante odontológico. Consta na planilha uma coluna intitulada a negociar(N/A) (profissional/paciente).

8. Os procedimentos realizados em condições especiais conforme item 6.B dodicionário serão acrescidos de 40% sobre os valores absolutos (em reais) do item UH.

9. A planilha da CBHPO permite, na coluna adjacentes (ou laterais) que estaintitulada de valor total, a comparação de valores absolutos (veja abaixo), ouseja, em reais pagos aos procedimentos pelos planos odontológicos em relaçãoà CBHPO. Para isso, coloque o valor absoluto (em real) dos procedimentos decada plano na linha correspondente do procedimento da CBHPO.

10. O campo intitulado “% pago” possibilita evidenciar, em percentagem,qual o índice pago pelo plano odontológico em relação ao índice da CBHPO.

CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICO:

(Entrou em vigor em 1º de Janeiro de 2013)http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo_etica_Atual.pdfAlguns artigos de fundamental importância para o Cirurgião-Dentista conveniado.

Capitulo I (Disposições Preliminares)

Artigo 1º O Código de Ética Odontológica regula os direitos e deveres do cirurgião-dentista, profissionais técnicos e auxiliares, e pessoas jurídicas que exerçam ativi-dades na área da Odontologia, em âmbito público e/ou privado, com a obrigação deinscrição nos Conselhos de Odontologia, segundo suas atribuições específicas.

Capítulo III (Dos Deveres Fundamentais) (...)

Artigo 8º A fim de garantir a fiel aplicação deste Código, o cirurgião-dentista, osprofissionais técnicos e auxiliares, e as pessoas jurídicas, que exerçam atividadesno âmbito da Odontologia, devem cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos elegais da profissão, e com discrição e fundamento, comunicar ao Conselho Regi-onal fatos de que tenham conhecimento e caracterizem possível infringência dopresente Código e das normas que regulam o exercício da Odontologia.

Artigo 9º (...) III - zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Odontolo-gia e pelo prestígio e bom conceito da profissão; (...)

VII - zelar pela saúde e pela dignidade do paciente; (...)

XI - apontar falhas nos regulamentos e nas normas das instituições em quetrabalhe, quando as julgar indignas para o exercício da profissão ou prejudiciaisao paciente, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes; (...)

XIII - abster-se da prática de atos que impliquem mercantilização da Odontolo-gia ou sua má conceituação; (...)

XVI - não manter vínculo com entidade, empresas ou outros desígnios que oscaracterizem como empregado, credenciado ou cooperado quando as mesmasse encontrarem em situação ilegal, irregular ou inidônea;

Capítulo IV (Das Auditorias e Perícias Odontológicas)

Artigo 10º Constitui infração ética (...)

VII - realizar ou exigir procedimentos prejudiciais aos pacientes e ao profissio-nal, contrários às normas de Vigilância Sanitária, exclusivamente para fins deauditoria ou perícia; (...)

Capítulo VIII (Dos honorários profissionais)

Artigo 19º

X - (...) a liberdade para arbitrar seus honorários, sendo vedado o aviltamentoprofissional. Parágrafo Único. O profissional deve arbitrar o valor da consulta edos procedimentos odontológicos, respeitando as disposições deste Código ecomunicando previamente ao paciente os custos dos honorários profissionais.

Artigo 20º Constitui infração ética

I - oferecer serviços gratuitos a quem possa remunerá-los adequadamente; (...)

VIII - permitir o oferecimento, ainda que de forma indireta, de seus serviços,através de outros meios como forma de brinde, premiação ou descontos;

Artigo 21º

O cirurgião-dentista deve evitar o aviltamento ou submeter-se a tal situação,inclusive por parte de convênios e credenciamentos, de valores dos serviçosprofissionais fixados de forma irrisória ou inferior aos valores referenciais paraprocedimentos odontológicos.

Artigo 32º Constitui infração ética (...)

V - valer-se do poder econômico visando a estabelecer concorrência deslealcom entidades congêneres ou profissionais individualmente; (...)

XI - usar indiscriminadamente Raios X com finalidade, exclusivamente, admi-nistrativa em substituição à perícia/auditoria e aos serviços odontológicos;

Buscando uma melhor conscientização da categoria, a CECC RJ espera ter co-laborado para o seu melhor esclarecimento. Procure o seu CRO, participe dasatividades, ajude-nos a construir uma nova história de maior participação eunião entre todos os Cirurgiões-Dentistas.

O CRO-RJ é de todos nós!

A Comissão de Convênios e Credenciamentos do CRO-RJ está a seu dispor!

NOSSO E-MAIL: [email protected]

Membros:

Acácia Andrade Brito, Ana Paula Morais, Carlos Eduardo S. Felismino, CristinaPinho, Paulo Areal, Vagner Datrino.