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GUIA DO PROPRIETÁRIO Compilado pelo Canil Totem American Bulldogs – Distribuição Gratuita Edição - novembro 2004 Ótimos donos sempre irão possuir ótimos cães: é sua paciência, sensibilidade e sabedoria que transformarão um filhote desconhecido no melhor parceiro do mundo. Esse manual foi compilado a partir de anos de pesquisa junto a criadores, veterinários, livros e WebSites sobre cinofilia em geral, e a raça bulldog americano em particular, dentro e fora do Brasil, e adaptados para a realidade do American Bulldog (AB), baseado na nossa própria experiência com essa raça e das pessoas que colaboraram na elaboração desse manual. O objetivo é fornecer informações essenciais de cuidados, saúde, manejo e educação a serem seguidas pelo novo proprietário de um AB fazendo, dessa forma, a vida do proprietário e da sua relação com o cão a mais divertida, prática e saudável o possível. Note contudo que esse manual não é de forma alguma exaustivo no seu conteúdo, e existem sempre variações e casos atípicos na raça, onde algumas das informações, dicas e instruções não se aplicam. Procure sempre ajuda profissional em caso de dúvidas, problemas ou dificuldades. Nota : Esse material é distribuído gratuitamente. A reprodução do mesmo é permitida , desde que seja na forma impressa, para redistribuição igualmente gratuita, e que o conteúdo do documento seja mantido na sua íntegra, incluindo as referências, fotos, etc. Nota 2 : Envie seus comentários, sugestões e contribuições sobre esse manual para: [email protected] Clientes do canil Totem American Bulldogs podem obter mais informações sobre a raça, dicas de criação, etc no site: http://www.terra2.com/abc Login: Senha:

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GUIA DO PROPRIETÁRIO

Compilado pelo Canil Totem American Bulldogs – Distribuição Gratuita Edição - novembro 2004

Ótimos donos sempre irão possuir ótimos cães: é sua paciência,

sensibilidade e sabedoria que transformarão um filhote desconhecido no melhor parceiro do mundo.

Esse manual foi compilado a partir de anos de pesquisa junto a criadores, veterinários, livros e WebSites sobre cinofilia em geral, e a raça bulldog americano em particular, dentro e fora do Brasil, e adaptados para a realidade do American Bulldog (AB), baseado na nossa própria experiência com essa raça e das pessoas que colaboraram na elaboração desse manual.

O objetivo é fornecer informações essenciais de cuidados, saúde, manejo e educação a serem seguidas pelo novo proprietário de um AB fazendo, dessa forma, a vida do proprietário e da sua relação com o cão a mais divertida, prática e saudável o possível. Note contudo que esse manual não é de forma alguma exaustivo no seu conteúdo, e existem sempre variações e casos atípicos na raça, onde algumas das informações, dicas e instruções não se aplicam. Procure sempre ajuda profissional em caso de dúvidas, problemas ou dificuldades.

Nota: Esse material é distribuído gratuitamente. A reprodução do mesmo é permitida, desde que seja na forma impressa, para redistribuição igualmente gratuita, e que o conteúdo do documento seja mantido na sua íntegra, incluindo as referências, fotos, etc.

Nota 2: Envie seus comentários, sugestões e contribuições sobre esse manual para: [email protected] Clientes do canil Totem American Bulldogs podem obter mais informações sobre a raça, dicas de criação, etc no site: http://www.terra2.com/abc

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1- ANTES DO FILHOTE CHEGAR – A “PREPARAÇÃO” Sugerimos fortemente que esse manual seja lido manual ANTES do novo proprietário ir buscar (ou receber) o seu filhote. Aproveite a leitura e não deixe de compartilhar as informações e descobertas contidas no manual com a sua esposa/esposo, filhos, etc.

Na prática, antes da chegada do filhote você deverá:

1. Definir o local onde o cão passará os primeiros dias. 2. Definir o local onde o cão viverá (se diferente do acima). 3. Providenciar caixa de transporte, estrado de madeira,

vasilhames, coleiras e alguns brinquedinhos. 4. Providenciar casinha de cachorro (ou canil), dependendo

da opção que você escolher para abrigar seu cão de forma definitiva.

5. Providenciar pilhas e pilhas de jornais velhos (que serão espalhados no local onde o cão ficará nos primeiros dias)

6. Identificar uma boa clínica veterinária na sua área.

2- ESCOLHENDO O “MELHOR” FILHOTE DA NINHADA

NOTA: Essa seção considera que você já escolheu a raça do filhote que pretende comprar (American Bulldog, no caso), e dentro dessa raça já analisou os vários criadores e escolheu aquele que considera o melhor para o seu caso. Caso contrário visite o site http://www.terra2.com/ab e descubra dicas de escolha de raça bem como para análise dos criadores.

A escolha: A escolha do filhote que você levará para casa é certamente um momento muito importante. A má notícia é que não existem fórmulas mágicas para ajudá-lo a escolher o melhor filhote de uma ninhada, seja de que raça for. De fato, não há muito a ser observado em um filhote de 2 meses que lhe pode indicar ou garantir a qualidade futura do cão e portanto trata-se de uma escolha com um GRANDE componente de sorte. Na verdade, grande parte dos melhores AB vivos atualmente não foram primeira ou segunda opção de escolha.

Cães como o famoso Jonhson´s Dozer, um dos mais influentes cães na história da raça, foi um dos filhotes que "sobraram" da ninhada.

Não existe fórmula secreta para escolha do filhote. Considere tudo que puder e ainda conte com uma boa dose de sorte!

É graças ao Sr J.D.Johnson a própria existência da raça American Bulldog. Depois de todos esses anos

Mr Johnson continua engajado na melhoria da raça com todo entusiasmo e dedicação.

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Contudo acredita-se que as seguintes características podem ser observadas em um filhote e se manterão mais ou menos fixas ao longo da vida do cão:

1) Temperamento 2) Alguns poucos aspectos estruturais básicos 3) Cor (pigmentação)

DICA: Se você está em dúvida, a melhor abordagem é deixar o criador escolher para você. Desde que ele seja de sua confiança, a escolha dele provavelmente será melhor que a sua. Nesse caso deixe claro para ele as suas necessidades/desejos e experiência com cães de temperamento forte.

Primeiro passo: Macho ou Fêmea? Na raça American Bulldog, o macho é notavelmente diferente da fêmea (dimorfismo sexual) em termos de estrutura, tamanho, peso, rusticidade, etc. O macho é mais rústico, pesado, mais "sujão", tem a cabeça bem maior, é mais duro e mais dado a brincadeiras "grosseiras". A fêmea, por outro lado, é geralmente menor, mais dócil, meiga, ciumenta e "limpinha". O macho é mais "pomposo" e faz muito mais sucesso em locais públicos (calçadão da praia, praças, exposições). A fêmea é mais fácil de cuidar e normalmente mais protetora. Pondere essas características e faça a sua escolha!

Segundo passo: Qual a finalidade do cão? Qual a principal utilidade desse cão? O que você espera dele em primeiro lugar?

Para responder a esta pergunta teremos que examinar nossa consciência e saber se ele deverá conviver com a família (estimação) ou se sua função será tão somente a de serviço, de guarda, de exposição, procriador, etc.

a) Cães para guarda e companhia? Nesse caso a escolha deverá ser mais rigorosa quanto ao temperamento. Se você deseja um cão companhia e/ou se você tem filhos pequenos ou idosos em casa, prefira um cão de temperamento mais brando (mais submisso).

b) Para guarda pessoal ou territorial? Em geral a escolha deverá recair no macho, para guarda territorial, e a fêmea ficará com a responsabilidade da guarda pessoal. Note contudo que nesse critério o mais importante é garantir o temperamento adequado para guarda através do Teste de Volhard (ver item 2.1)

d) Para Criação e Exposição? Neste caso a preocupação maior deverá ser quanto à linha de sangue e as qualidades que o exemplar poderá oferecer à sua prole. Fique atento a todos aspectos mencionados no padrão da raça (ver Anexo 2 desse Guia), em especial aspectos estruturais básicos e de movimentação. Estude a linhagem. Verifique conformação, aprumos, tamanho, etc pelo menos dos pais.

Cães como o famoso Johnson´s Dozer, um dos mais influentes na

formação da raça, foi um dos filhotes que "sobrou" da ninhada Johnson's Machine Buckaroo vs

Sugar Doll 20

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Independente do caso não se esqueça de verificar os laudos de displasia dos pais. Displasia é problema grave em raças pesadas com o American Bulldog. Somente cães com raio-X e laudo negativo de displasia (HD A, B ou C) devem ser cruzados. Mais detalhes sobre o problema no site http://www.terra2.com/ab

2.1 - Temperamento A maioria dos autores são unâmines em sugerir que o critério temperamento como o mais essencial na hora da escolha do filhote. Existe um teste que foi desenvolvido para isso (Teste de Volhard: WebSite: http://www.dogtimes.com.br/volhard.htm). Esse teste pode ser conduzidos no momento da escolha. Um bom criador não somente conhece os exercícios envolvidos no teste, como irá ajuda-lo a conduzi-los.

Regra importante: Procure evitar a escolha de um filhote medroso ou tímido. Filhotes medrosos, se não tiverem acompanhamento de um adestrador profissional, darão origem a cães com temperamento sofrível, e que poderão em situações extremas até mesmo se tornar agressivos. Um dos testes úteis para identificar filhotes medrosos é fazer o teste do despertador com a ninhada.

2.2 - A cor Muitas pessoas escolhem o cão pela cor. Nossa sugestão é que use a cor como critério secundário, e nunca como principal. Nesse critério, não há muito a ser dito, a não ser observar se o filhote de sua escolha está dentro do padrão da raça quanto à cor. Nota: Os filhotes dessa raça nascem com pouca pigmentação no nariz, pigmentação essa que deverá se desenvolver ao longo do primeiro ano.

2.3 - Aspectos estruturais Esse tópico é muito importante se você pretende participar de exposições e/ou usar o cão como padreador ou matriz (criadores). A má notícia é que é o critério mais difícil de ser analisado em um cão filhote de 60 dias. A dica é observar cuidadosamente o filhote caminhando. Os melhores filhotes são aqueles que caminham "fácil" e de preferência com a linha superior (aprumos) o mais firmes o possível. Procure observar também o balanço entre a parte posterior do cão (peito e pernas dianteiras) e os quartos traseiros. De nada adianta um AB com peito largo e forte, mas com um traseiro fraco e magro. Escolha o mais bem balanceado. Coloque o cão na posição "stay" e verifique as angulações.

3- A CHEGADA DO FILHOTE... Os filhotes devem ser entregues (ou despachados) à sua nova família na idade de 45 a 60 dias. Nessa idade eles estão dentro do que é chamado de "período de sociabilização humana" quando eles aprendem a conviver com os humanos e desenvolver a confiança necessária para um convívio ideal. Também é

ABs vêem em todas as cores, desde o branco total até o tigrado mais

escuro. Escolha a sua favorita mas não esqueça que cor é critério secundário e nunca principal

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importante não separar o filhote de sua mãe até os 45 dias, pelo menos, quando ocorre o "período de sociabilização canina".

Buscando o Filhote: Sempre que possível a melhor opção é que você vá pessoalmente escolher e buscar o seu filhote. Caso seja em outra cidade, lembre-se de levar dois comedouros (comida e água) e uma caixa de transporte (que pode ser comprada no PetShop).

Indiferente se você for buscar o filhote pessoalmente ou se o mesmo seja despachado por avião, tenha em mente que a separação do filhote de sua mãe, e a mudança de ambiente é sempre um grande estresse para ele. Segundo os especialistas o mais correto é que o filhote seja levado para casa preferencialmente no início do fim de semana. Assim, terá bastante tempo para você ajudá-lo a adaptar-se. Ainda não é a hora de treiná-lo em coisa nenhuma. Isto pode esperar para as próximas semanas e todos precisam ter um pouco de paciência com eventuais "acidentes" fisiológicos. Nesses primeiros dias você precisa apenas estabelecer um bom e duradouro relacionamento com o filhote, criando uma atmosfera de afeto e de encorajamento. Logo depois de comer leve-o onde ele irá defecar e aguarde, brincando, que isto aconteça (e que o cheiro, o hábito e o tempo, façam a sua parte). Poupe-o, nestes primeiros dias, de cães aterrorizantes e de crianças muito agitadas ou excessivamente "carinhosas".

4- AS PRIMEIRAS NOITES.... Escolha o local onde o filhote irá passar as primeiras noites, que poderá ser, por exemplo, a área de serviço da sua casa ou mesmo o canil onde ele irá morar definitivamente. Independente do local leve em conta a seguinte recomendação básica: Em hipótese alguma deixe o filhote em locais onde ele poderá pegar chuva, ventos, friagem, ou que esteja em contato direto com o chão. Outro cuidado que deve ter é verificar cuidadosamente se existe algum produto tóxico ao alcance do filhote.

Se você optou por uma casinha, tudo bem, ela já vem com pés justamente para afastá-la do chão. Se você optou por uma caixa de transporte como casa do cão, ou prefere uma caminha, uma dica é montar (ou pedir ao seu carpinteiro para fazer) um estrado de madeira que deverá ter as seguintes medidas aproximadas:

Mancera´s Cayenne: Primeira Fêmea American Bulldog 100% Johnson a

vencer o IronDog americano, famosa competição de trabalho que envolve

várias provas, incluindo corrida, cabo-de-guerra, proteção, puxar peso, etc

Estrado simples de madeira ajuda a afastar o seu cão do frio e de germes/bactérias. O estrado da foto (1x1 metro) foi feito com “deck” de ipê de 10 cm de largura, e pintado com duas demãos de verniz marítimo

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• 1 metro X 80 centímetros (esse já é o tamanho para adulto) • Pés (pelo menos 10 centímetros do chão) • Tábuas com espessura mínima de 15 mm e largura de 10 a 20 centímetros (espaçamento

entre tábuas de no máximo 1 centímetro) • As laterais das tábuas devem ser abauladas (arredondadas). • Feito idealmente com uma madeira mais dura (ipê, garapeira, etc) e nunca de madeiras

macias como pinho ou cedro.

5- O LOCAL DEFINITIVO DE MORADIA DO SEU CÃO (Mais dicas sobre o assunto em http://www.terra2.com/ab/totem/exclusivo/canil_simples.htm )

Existem várias opções nesse critério, e você deverá escolher conforme o espaço e orçamento disponível. Se você mora em uma casa com quintal, o ideal é a construção de um canil para o seu cão. No link acima você encontrará todos os detalhes de construção de um canil simples, com uma baia, que poderá ser com ou sem espaço de solário para o cão. Em nenhum caso transforme aquele "beco" úmido da sua casa na moradia do seu cão. A falta de sol é o maior vilão do espalhamento de germes e bactérias.

Lembre-se também de NUNCA DEIXAR o seu cão fechado no canil ou casinha o tempo inteiro. O ideal é deixá-lo no canil somente nos períodos que forem necessários, deixando-o solto no quintal o resto do tempo. Também nunca deixe seu cão amarrado na corrente, mesmo que seja daqueles “varais” longos, esticados através do quintal o terreno.

Outra boa opção é simplesmente comprar uma casinha de cachorros de tamanho adequado (tamanho 4), ou mesmo numa caixa de transporte de cães, e colocá-la em um local livre de chuvas (varanda, garagem, etc). Note porem que as casinhas vendidas no Brasil são de qualidade para baixo de lamentável. O ideal é mandar um carpinteiro ou marceneiro fazer uma (em madeira maciça) seguindo um dos modelos mostrados na pg: http://terra2.com/ab/totem/casinhas_totem.htm

Nota: Evite também as casinhas e iglus de plástico e de fibra. Elas não somente não protegem o cão do calor ou do frio como não durarão mais de um mês nos dentes do seu cão.

PACIÊNCIA É A CHAVE DO SUCESSO... Seja paciente, que aos poucos ele aprende as regras da casa. Dê atenção e carinho para diminuir o estresse, mas sem exageros. LEMBRE-SE: UM CACHORRO É UM

CACHORRO, NÃO UMA PESSOA. APESAR DE SER UM MEMBRO DA SUA FAMÍLIA, ELE AINDA ASSIM E UM CÃO.

JAMAIS deixe seu AB abandonado ou isolado em um canil por períodos muito longos. Ele é seu

amigo, precisa da sua companhia, e jamais faria isso com você

Uma casinha bem construída é uma excelente opção para abrigar

o seu AB

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Exemplo de Projeto de Canil de 1 Única Baia + Solário: Todos os detalhes em http://terra2.com/ab/totem/canil-alvenaria-simples.htm

6- QUAIS SÃO OS ACESSÓRIOS ESSENCIAIS? Logo de cara vamos precisar de dois comedouros, sendo um para água e outro para a comida. O de comida deve ser de aço ou alumínio fundido (preferencialmente do tipo suspenso). O de água deve ser de ferro-fundido (ou de aço). O tamanho ideal é o tamanho GRANDE (não o gigante). Em ambos os casos evite comedouros de alumínio e/ou de plástico pois esses serão rapidamente destruídos pelo seu AB.

Outra coisa que irá precisar é de (a) uma coleira confortável de couro ou nylon que facilite sua vida na hora que você precisar segurar o cachorro, (b) um colar "enforcador" para caminhar e

Projeto desenvolvido pelo Canil Totem American Bulldogshttp://www.terra2.com/ab

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ainda (c) uma guia, de preferência de couro. Observe que em alguns estados como SC existem leis que obrigam que a guia tenha pelo menos 1 metro de comprimento. Note ainda que em algumas cidades o uso de focinheira para caminhar o cão é obrigatório.

NOTAS: Evite os enforcadores de garras, daquelas que enforcam e espetam o cão quando são puxados. A não ser que sejam introduzidos por um profissional, serão ineficientes em controlá-lo. Colares enforcadores lisos, por outro lado, são excelentes para levar o cão para passear, mas não o deixe solto em casa com esse tipo de colar. Existem dezenas de relatos de cães que morreram enforcados dentro de casa quando a argola de um destes enforcadores agarrou a um móvel, cerca, etc.

* Coleiras “peitorais” são totalmente ineficazes para ABs.

Se você está tendo muitas dificuldades em acostumar o seu cão a caminhar ao seu lado na rua e parques, sugerimos o uso da coleira GentleLeader (ou similar). Detalhes em: http://www.lordcao.com

De acordo com o DogTimes (http://www.dogtimes.com.br), os brinquedos para cães devem ser adequados ao tamanho do cão e fabricados para animais. Evite os brinquedos infantis (para crianças) com peças que possam ser engolidas pelos filhotes. Outra dica sobre brinquedos é procurar trocar os brinquedos de vez em quando. Quando notar que o cão se cansou dele, deixe-o guardado uns meses e introduza-o novamente. Ele vai adorar!

Tenha uma pequena coleção de brinquedinhos para o seu cão. Escolha os mais robustos.

Guia de couro – excelente para passear e treinar o seu AB

Coleira do tipo GentleLeader são eficazes

no treinamento de cães difíceis

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Ossinhos de couro também podem ser úteis para entreter filhotes ansiosos (do tipo “elétricos”), mas não devem ser dados em excesso porque eventualmente podem provocar indigestão. Evite ossos naturais, desses comprados no açougue (perigo de contaminação). Prefira os defumados, vendidos em PetShops.

Para cães muito ansiosos, ou que passam muitas horas sozinhos, sugerimos brinquedos do tipo FunBall ou GoodieBall e similares (foto abaixo) . Detalhes em http://www.bitcao.com.br

Outra dica de brinquedo é um pneu de bicicleta (sem os arames).

IMPORTANTE: Evite brincar de cabo-de-guerra com seu AB, a menos que você tenha experiência em adestramento de proteção. Mesmo assim esta brincadeira somente deve ser feita se você ganhar a maior parte das vezes, isto é, se você geralmente (más não sempre) terminar com o brinquedo na mão. Se você não tem força ou controle do seu cachorro para faze-lo soltar o brinquedo, evite esta brincadeira.

7- CUIDADO COM PISOS ESCORREGADIOS Um cuidado IMPORTANTE que devemos ter com cães de raças pesadas como Bulldog Americano é evitar a todo custo que ele passe a maior parte do dia em locais escorregadios, tais como pisos frios, azulejos, granito, mármore, ardósia, tábua corrida ou mesmo cimento queimado liso. Esses pisos poderão causar sérios danos à estrutura do seu cão (enquanto ele tenta manter-se em pé), inclusive podendo propiciar ou mesmo agravar um quadro de displasia coxo-femoral e/ou de cotovelo. Podem também provocar danos irreversíveis à movimentação do cão. O ideal é o chão de terra, gramado ou cimentado com acabamento com areia fina alisada.

Se você mora em apartamento, o ideal é colocar um tapete grande de borracha "ranhurada" no local onde o cão passa a maior parte do tempo. Essas "mantas" (ou placas) de borracha podem ser adquiridas em qualquer boa loja especializada em produtos de borracha.

LEMBRE-SE: O filhote que você comprou é filho de país e avós selecionados de linhagens livres de displasia. Tudo que podia ser feito da nossa parte (Canil Totem Bulls) foi

!

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feito com máximo de empenho e sem poupar esforços. Agora é a sua vez de garantir a sua parte como proprietário. Isso inclui, além de não deixar o cão em locais escorregadios, evitar que o filhote fique gordo (Veja detalhes na seção de Alimentação).

8- O FILHOTE ESTÁ CHORANDO, E AGORA? De acordo com o site http://www.vidadecao.com.br nas primeiras noites ele provavelmente irá chorar, reclamar, etc. APESAR DO DESCONFORTO (para você e seus vizinhos), É ESSENCIAL QUE VOCÊ NÃO CEDA. SE ELE CHORAR E VOCÊ APARECER, ELE IRÁ IMEDIATAMENTE APRENDER QUE BASTA CHORAR QUE VOCÊ APARECE. Aí sim o choro, o latido e o uivo serão para a vida toda.

Uma dica é encobrir uma garrafa pet com água morna com o pano com cheiro da ninhada (pano esse que deve ser providenciado junto ao criador)

Procure também oferecer a princípio a mesma marca de ração que ele comia no canil (você deverá ter recebido um pacote com algumas porções da ração originalmente dada ao filhote no canil), e se quiser mudá-la, faça-o gradativamente. Essa mudança pode ser feita ao longo de 4 dias, iniciando com 1/4 da ração nova + 3/4 da antiga. No segundo dia 1/2 da ração nova e 1/2 da antiga, e assim sucessivamente.

Existe alguma forma de prevenir o problema do choro nos primeiros dias?

Não com 100% de garantia. Assim mesmo existe um esquema que geralmente funciona: • No dia em que você pegar o filhote, use uma camiseta bem velha que possa ser ‘doada’

ao cão. Passe o dia com ela e, na hora de recolher o filhote, deixe a sua camiseta com ele. Como ele já começa a conhecer seu cheiro e a camiseta está impregnada de um odor que o filhote conhece, ele se sentirá mais seguro e assim a tendência é que ele não fique choramingando.

• Uma dica é encobrir uma garrafa pet com água morna com o pano com cheiro da ninhada (pano esse que deve ser providenciado junto ao criador)

• Prefira alimentá-lo perto da hora de dormir e antes da comida, brinque bastante com ele, deixando-o cansando.

• Coloque brinquedos e distrações para ele na caminha, mas sem exageros.

9- A PRIMEIRA VISITA AO VETERINÁRIO Passado os primeiros dias, é hora de levá-lo ao seu veterinário para um exame completo e demais orientações. Se você não tiver um, peça a um criador na sua cidade uma indicação. Leve seu filhote junto com a carteira de vacinação – que deve ter sido entregue pelo criador - para uma consulta. Procure perguntar ao veterinário tudo o que você achar importante, mesmo que as perguntas ‘pareçam’ bobas... Lembre-se que ele é um profissional e é a melhor pessoa para orientá-la. Se você não se sentir bem com o veterinário, procure outro.

Aprenda a distinguir choro legítimo de pirraça. Não dê atenção a pirraça!

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DICA: Faça dessa primeira visita ao veterinário uma ótima e divertida experiência para o seu filhote. Encha o filhote de petiscos na primeira visita ao vet mas NUNCA VACINE NA PRIMEIRA VISITA Peça ao veterinário para recebê-lo com festa e alegria. A idéia é que ele acostume desde cedo que uma visita ao veterinário é sempre uma boa coisa. Com isso você evitará problemas mais tarde.

DICA 2: O Bulldog Americano é uma raça rústica, que apresenta poucos problemas de saúde, por isso questione sempre a necessidade de certos procedimentos e medicamentos sempre que achar um pouco exagerada a prescrição do veterinário. Outra dica é procurar sempre saber se existe a versão “para humanos” do medicamento receitado pelo veterinário. Por estranho que pareça, remédios para humanos custam sempre bem menos que suas versões de uso veterinário.

11- DOMINÂNCIA - UM ASSUNTO MUITO SÉRIO... A questão da dominância é um capítulo dos mais importantes para o proprietário de um Bulldog Americano, bem como cães de raça grande e de guarda. A maioria dos cães-de-guarda são cães com alto grau de dominância. Isso significa que ele tem o instinto natural de progredir na hierarquia da matilha ao qual pertence. Mas que MATILHA é essa se eu só tenho um cão??? Do ponto de vista do cão, a matilha dele inclui você, seu marido/esposa, filhos, outros cães, empregados, etc. Esse entendimento é FUNDAMENTAL na educação de um cão.

Como dito, cães de raças mais dominantes irão tentar, sempre que possível, subir na hierarquia da matilha. Cães que rosnam para os seus donos, não respeitam o dono, etc são geralmente cães que chegaram à conclusão que é superior a ele na matilha, e portanto não devem nenhum respeito ao próprio dono. Essa é uma situação PERIGOSA e pode levar até mesmo a atos de violência (mordida) por parte do cão.

É SEU DEVER COMO PROPRIETÁRIO GARANTIR QUE ISSO NÃO ACONTEÇA E QUE O CÃO SAIBA O SEU LUGAR NA "MATILHA" QUE DEVE SER SEMPRE O

ÚLTIMO, DEPOIS DE TODOS OS FAMILIARES, CRIANÇAS, EMPREGADOS, ETC.

Você não deve deixar que o sonho do seu AB de virar o “chefe” da

matilha se torne realidade

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Totem American BulldogsComo me impor como chefe da tal "matilha"? O segredo está em alguns exercícios de dominância a serem conduzidos desde o dia que o cão chega em casa, de preferência diariamente, e envolvendo TODOS os membros da família. Dos exercícios conhecidos nós costumamos utilizar os dois a seguir, com ótimos resultados.

EXERCÍCIO 1 - Imobilização do filhote Deite o filhote de lado, com as pernas esticadas. Segure com a mão esquerda na região lombar e a outra mão na região do pescoço. Mantenha o filhote imobilizado por no mínimo 1 minuto. No começo ele poderá resistir e tentar mexer. Segure firme. Quando VOCÊ achar que é suficiente, libere o cãozinho e faça festa. Repita o exercício após 1 ou dois minutos. Esse exercício está treinando o seu cão a acreditar que você é MUITO mais forte que ele, percepção essa que ele deverá carregar pelo resto da vida. Esse exercício deverá ser feito pelo menos 3 vezes por semana e deverá ser repetido por TODAS as pessoas de casa.

Nota: Uma variação desse exercício é segurar o cão com as pernas para cima, costas no chão, mostrando a barriga.

EXERCÍCIO 2 - Retirada da comida do filhote Coloque comida para o seu filhote. Quando ele estiver comendo retire a vasilha e coloque num local mais alto. Ele irá reclamar, pular e até latir. Dê as costas para ele. No momento que ele ficar quieto, coloque a vasilha de volta. Repita pelo menos 2 vezes. Esse exercício ensina ao cão que VOCÊ tem o poder sobre a coisa mais importante para ele, ou seja, a COMIDA. OBSERVAÇÃO: Não tente fazer esse exercício com cães adultos. Se você já perdeu o domínio do cão, pode ser que você acabe sendo mordido ao retirar-lhe a comida. Nesse caso procure ajuda profissional. * Veja também: http://www.dogtimes.com.br/lideranca.htm

12- OBEDIÊNCIA Não permita que o filhote rosne ou avance nas pessoas. Repreenda-o usando a palavra "NÃO" e segurando-o [imediatamente] firmemente pela pele da parte de atrás do pescoço. Jamais demonstre medo ao animal. O cão deve compreender bem a hierarquia da casa, ou seja, saber quem é que manda e ser submisso aos donos, respeitando-os.

Surras e tapas: JAMAIS dê tapas ou sopapos no seu American Bulldog. Além de covarde, se ele for filhote, ele irá crescer com “medo de mão”. Um AB medroso não é o que você quer, correto?! Se ele for adulto, você poderá acabar agredido pelo seu cão. A única forma permitida de repreender fisicamente um cão é justamente dando um bom “pescoção” nele, como explicado acima. Note também que o cão só entende o castigo se for pego no momento exato do “ato” (até 3 segundos). NÃO DEIXE DE ENSINAR ESSA REGRA A TODOS DE CASA, INCLUÍNDO EMPREGADOS.

Exercício de dominância: Imobilização do filhote

!!

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Totem American Bulldogs13- SOCIALIZE, SOCIALIZE E SOCIALIZE.... (Baseada em artigo do site http://www.vetmovel.com.br/)

O filhote deve permanecer em contato com a sua nova família, desde o primeiro dia em sua nova casa. Um filhote que vive preso, afastado das pessoas, e da rotina familiar, pode se tornar anti-social, mal-humorado, escandaloso, bruto, agressivo, excessivamente agitado, etc, etc. O convívio é obrigatório para o seu desenvolvimento, em especial para um filhote de American Bulldog. A seguir alguns procedimentos e técnicas de socialização para serem feitas dentro e fora de casa.

13.1 - COISAS QUE PODEM SER FEITAS EM CASA: VISITAS: Acostume seu filhote ao maior número de visitas possíveis, de ambos os sexos, de todas as idades e cores. Isto irá desenvolver uma experiência social e ajudar a manter o comportamento territorial em níveis mais flexíveis quando o filhote crescer. Oriente seus visitantes a dizer apenas "olá" para o filhote, tentando deixá-lo o mais calmo possível e desencorajando as reações excessivamente entusiasmadas.

CRIANÇAS: acostume seu filhote a ser carregado no colo por crianças, as de sua casa e visitantes, mas não deixe que elas o tratem como um "brinquedo". Fique atento e supervisione estes contatos. Se você não tem crianças em casa, arranje um jeito com amigos seus que as tenham. Assim, no futuro, quando você for ter a sua família, seu cão já vai estar preparado para essa convivência.

ESCOVAÇÃO E HIGIENE: escove seus pêlos semanalmente, mesmo que talvez nem seja necessário. Esta é uma boa maneira de acostumá-lo a ser manuseado e irá prevenir o desenvolvimento de comportamento de dominância. Mantenha-o calmo, converse com ele mas não desista se ele se mostrar resistente. Limpe também suas orelhas toda semana.

LIMPEZA DAS ORELHAS: Um cuidado especial com cães dessa raça é a limpeza do canal auricular. Cães com a orelha caída tem tendência a ter otite que é caracterizada por um corrimento escuro de dentro do ouvido do cão. O canal da orelha deve sempre ser mantido limpo e seco.

O EXAME DO VETERINÁRIO: diariamente examine os olhos, orelhas, dentes, dedos e patas do seu filhote, checando também abaixo do rabo. Faça tudo parecer uma deliciosa brincadeira para o seu filhote. Quando notar que ele está feliz e tranqüilo com isto, coloque outras pessoas para fazer esta inspeção física. A intenção deste procedimento é acostumar o seu filhote para os exames que o seu veterinário irá realizar nele, já pensando também nas primeiras doses de vacinas que ele irá receber.

SONS E RUÍDOS DOMÉSTICOS: exponha seu filhote a estímulos domésticos como aspirador de pó, secador de cabelo,

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televisão, som etc, mas não o assuste. O filhote deve se acostumar a estes estímulos gradativamente, sem stress. Vá com calma! Se for possível, adquira um CD com sons de tempestade, trovões, etc e deixe tocar na área onde o seu filhote fica a maior parte do tempo.

GATOS E OUTROS BICHOS: se você já tem um gato, pato, ou outro animal qualquer, apresente-o a seu filhote. Mantenha-o sob seu controle e o recompense se ele se comportar bem. Fique atento pois, se o gato se assustar, poderá arranhar o filhote por defesa. Se necessário, promova estes contatos de forma gradual, mantendo o gato em uma caixa de transporte para que aos poucos ambos se acostumem com a presença do outro. Eles irão aprender a conviver em harmonia.

PREVENINDO MORDIDAS DE BRINCADEIRA: numa ninhada, os filhotes brincam mordendo-se uns aos outros nas orelhas, rabos etc. Na ninhada isto é OK! Mas, na medida em que crescem mordidas se tornam mais intolerantes, especialmente quando os dentes estão mais afiados. Aos 3 meses, os filhotes aprendem que "montar" e "morder por brincadeira" os outros cães é um tabu, e reprimem estas atitudes especialmente se as regras forem transgredidas. Quando um filhote é introduzido em uma família, este aprendizado é normalmente incompleto. Então, é esta família que deve mostrar ao filhote quais são as novas regras para as brincadeiras. Mostre a ele que você não quer ser mordido !!

13.2 - COISAS PARA FAZER FORA DE CASA:

Vá a vários ambientes onde você possa ajudar seu filhote a se tornar "à prova de bomba". Comece por locais calmos e gradualmente ache outros mais movimentados.

Sempre saia com uma sacola (ou pochete) com petiscos caninos e vá dando a ele aos poucos, se ele quiser sair atrás de outro cão, assustar ou qualquer outra situação mostre a ele que ao seu lado tudo está bem dando um petisco para ele (além de passar segurança ao cão ele vai ficar ‘CONECTADO’ a você).

NA RUA: exponha seu filhote ao som do trânsito e do movimento das pessoas. Comece com ruas calmas e gradualmente vá para outras mais agitadas.

ÀREAS PÚBLICAS: bons locais são as praças cheias de crianças. No início, evite que ele seja assediado por grande número de crianças mas permita que algumas possam brincar com ele. É muito importante que ele esteja em dia com as vacinas. Não permita que as crianças o excitem demais, o que poderá trazer um stress desnecessário a ele.

NO CARRO: pequenas viagens de carro irão acostumá-lo a isso e previne os futuros " mal-estar". Nunca o deixe sentar no banco da

Chance, o AB de “A Incrível Jornada” (WallDisney), demonstrou

que um AB bem socializado convive bem com outros cães e animais(Nome real: Suregrip´s Rattler)

Chance

American Bulldogs participam com grande sucesso em provas de puxar peso

(Na foto o famoso Gator Red (Montain Gator Kennels - USA)

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frente e nem no colo de alguém. O ideal é deixá-lo onde deverá ficar quando for adulto.

13.3 - O QUE FAZER SE O FILHOTE PARECE MEDROSO?

Não exagere na suas reações em relação ao comportamento dele. Mostre-se seguro, como se tivesse que dar um bom exemplo a ele. Se você tentar forçá-lo, poderá aumentar seu medo pois ele irá associar o medo a você à tal situação que o assusta. Seja companheiro dele! Por exemplo, em dias de tempestade, com trovoadas e relâmpagos, JAMAIS pareça assustado e nem pegue o filhote para "protegê-lo". Aja com naturalidade, ignorando o barulho, por pior que seja!

Não o pressione aproximando-o da tal coisa que o assusta. Assim você despertará ainda mais a atenção dele sobre isso. Aja com naturalidade, ignorando o objeto ou o quer que seja o motivo do medo dele.

Exponha-o aos mais variados tipos de estímulos que o assustam, com freqüência, mas de maneira gradual. Inicialmente à distância, diminuindo a intensidade do estímulo para que ele possa se acostumar aos poucos. Na medida que ele progride, vá aumentando o estímulo.

14- O ADESTRAMENTO BÁSICO... (Seção baseada no artigo apresentado no site http://www.vidadecao.com.br) O adestramento chamado BÁSICO é ESSENCIAL para cães dessa raça e deve iniciar oficialmente a partir de 5 ou 6 meses. Adestramentos de GUARDA e PROTEÇÃO, por outro lado, não são obrigatórios e deverão ser feitos somente no caso de cães que serão usados primariamente com a função de guarda, ou se você pretende participar com o seu cão de provas de trabalho. O adestramento básico pode ser feito por você mesmo (se você tiver tempo e conhecimento para tal), ou por um adestrador profissional.

No caso de adestramento sendo feito por um profissional, é importante que você tenha referências dele. Há pessoas não qualificadas que ensinam os animais com métodos violentos (e ultrapassados), o que será desastroso para o caráter do cão. É também essencial que depois de algumas aulas você comece a acompanhar o adestramento, ou seu cão apenas obedecerá ao adestrador. Fique especialmente atento com valores promocionais, ou muito baratos, e promessas de resultados rápidos, sem muito esforço. Exija fazer aulas junto com o cão, você tem que aprender os comandos e como cobrar o cão senão vai ter que levar o adestrador pra casa para conduzir o cão.

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Finalmente note que existem bons livros que ensinam você a educar o filhote, compreender a sua linguagem e até adestrá-lo. Veja no final desse manual a lista de livros indicados.

15 - XIXI e COCÔ: SÓ NO LUGAR CERTO ! O filhote deverá aprender a fazer xixi e cocô no lugar certo, e isso não é muito difícil de ensinar. No começo deixe o filhote numa área restrita (área de serviço, por exemplo) toda forrada com jornal. O espaço não precisa ser muito grande e vai variar com o tamanho do filhote. Deixe o cãozinho a maior parte do tempo nessa área e tire-o somente para brincar. Obrigatoriamente, ele fará suas necessidades sobre o jornal e ficará condicionado.

Deixe-o por uma semana nesse espaço reservado e, aos poucos, vá aumentando a área e o acesso ao resto da casa, a medida em que você observa que ele procura o jornal para urinar e defecar. Caso seu cão não esteja entendendo bem o seu recado e insista no erro, reavalie seus métodos. Quando ele fizer no lugar errado, diga um "NÃO" bem firme. Comunique-se com palavras breves. Coloque-o sobre o jornal e diga "AQUI" com voz suave, e acaricie seu amigão. Desta forma ele perceberá a diferença entre o que é certo e o que é errado.

Quando ele começar a freqüentar as ruas, em pouco tempo se acostumará a fazer fora de casa. E você, como um cidadão consciente, levará um jornal ou saquinho plástico para recolher das ruas as fezes de seu cão, não é mesmo?

16 - DANDO UM OUTRO NOME AO SEU CÃO Observe que o cão já possui o nome oficial, que é o nome do pedigree. Esses nomes costumam ser longos e confusos, mas é através deles que os criadores na raça poderão traçar as origens do cão, linhagens, etc. Apesar disso você poderá dar um nome diferente ao seu cão (apelido), a sua inteira conveniência. Por exemplo, o nosso campeão "Spike" na verdade tem no pedigree o nome de "Hendrix D´Maximus". Spike é então o apelido dele, que usamos no dia a dia. De fato ele sequer é capaz de reconhecer o nome Hendrix. Oubra opção é termos 2 nomes, para o cão, um para agradar e outro para punir (o BUDY e recompensado pelo nome de Gordo, gordinho e punido com HUNTER).

Para escolher o nome, observe bem o "jeitão" do seu filhote... certamente o nome do cãozinho estará relacionado com a sua personalidade. Você pode colocar até sobrenome em seu animal, mas saiba que nomes curtos são mais fáceis para ele guardar. Para ajudar na sua escolha, visite estes sites:

• Filhotinhos (português) (http://www.filhotinhos.com.br/ ) • World Wide Pet Name Project (inglês):

(http://www.wellwellwell.com/petnames/a.htm )

Totem´s I Am a Pepper Too – Fêmea 100% Johnson

(Draper´s Dillon x Mancera´s Cayenne) PH 0.19 - 0.31 – Livre displasia

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• DogTimes (http://www.dogtimes.com.br/nome.htm )

Totem´s Hendrix “SPIKE” d´Maximus (Canil Totem American Bulldogs)

16.1 – IDENTIFICAÇÃO O seu filhote foi retirado já com a devida identificação por meio de tatuagem na parte interna de uma das orelhas (do tipo TTK123). Essa identificação é necessária antes de mais nada para garantir a procedência do cão. Essa identificação será também usada no momento que você for tirar o laudo de displasia do seu cão, e também em situações em que desejar fazer um seguro do seu cão. Alternativas de identificação incluem etiquetas e inserção de um pequeno microship subcutâneo na pele do cão, procedimento esse que pode ser obtido a partir do Kennel clube da sua região.

17 - CUIDADOS ESSENCIAIS COM O SEU FILHOTE

17.1 - ALIMENTAÇÃO Para os filhotes a partir de 45 dias de idade deve-se dar ração seca, exclusivamente. Existem muitos sabores (carne, frango, carneiro, fígado, etc.), qualidades (comerciais, premium e super-premium) e marcas no mercado. Sugerimos que utilize uma ração seca na qualidade denominada PREMIUM. Se possível, evite rações padrão “comercial” do tipo Bonzo, Fooster, Frolic, etc, assim como rações padrão SUPER PREMIUM, de alto teor protéico, (28% de proteína ou mais). Essas rações (Eukanuba, RoyalCanin, Nutro, Ossobuco, Cyclos, etc) não somente custam bem mais caro, como também possuem uma concentração de proteínas exageradamente grande, o que não é adequado para a raça Bulldog Americano na opinião de criadores com o Sr Johnson, Jeff Dailey, e dezenas de outros.

De fato, rações ricas em proteínas estão associadas ao crescimento muscular muito rápido e exagerado, crescimento esse que não é acompanhado pela ossatura e em especial pelas articulações coxo-femorais e de cotovelo, o que pode propiciar ou agravar problemas de displasia, entre outros. Assim, por mais que o

Hendrix??? Nunca ouvi

falar!!!!

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veterinário ou o vendedor de rações insista (afinal eles lucram quase o dobro com a venda dessas rações) sugerimos que não utilize essas rações. No nosso caso usamos hoje a ração do tipo premium da linha Tutano (Ossobuco), com bons resultados. Alguns outros criadores usam Premier Goden, enquanto outros preferem Royal Canin Club C.C, com resultados igualmente satisfatórios.

DICA 1: Uma opção economicamente mais barata é o uso de uma ração do tipo comercial da linha Pedigree ou Bonzo, mas não pior.

A quantidade de ração a ser dada varia com a constituição física do animal e sua idade. Como o Bulldog Americano varia muito de tamanho, não existe uma regra aqui. A dica é seguir RELIGIOSAMENTE as dosagens recomendadas pelo fabricante da ração, conforme mostrada na embalagem do produto. Tenha um recipiente (caneco plástico, etc) para dosar a quantidade de alimento dada ao cão (se tiver como pesar, melhor ainda). O SEGREDO AQUI É DIMINUIR OU AUMENTAR um pouco de ração se o cão estiver magro ou muito pesado.

Para saber se o seu cão está muito magro, passe as mãos sobre suas costelas. Se elas estiverem nítidas e aparentes, aumente um pouco a dosagem. Se não conseguir ver as costelas do cão olhando por cima, pode ser que o cão esteja um pouco gordo. Nesse caso diminua a quantidade de ração.

DICA IMPORTANTÍSSIMA: Sugerimos que procure sempre manter o cão no seu primeiro ano levemente mais para o lado magro do que para o pesado. Não tenha pressa! O cão no seu primeiro ano é mesmo um pouco "feinho" e até um pouco "desengonçado". ELE SÓ VAI COMEÇAR A PEGAR O CORPO DE UM BULLDOG AMERICANO DE VERDADE DEPOIS DE COMPLETADO 1,5 ANOS. Muita gente ARRUINA a estrutura do seu cão forçando um crescimento rápido no primeiro ano. ISSO É UM EQUÍVOCO.

CUIDADO: Bulldog Americanos são, via de regra, cães extremamente gulosos. Se os deixarem à vontade serão capazes de comerem quantidades incríveis de ração (ou qualquer outro tipo de comida) por dia. NÃO FAÇA ISSO. Dê a eles somente a quantidade de comida indicada, nada mais, nada menos.

Mesmo que o filhote rejeite ração no começo, insista. Não fique tentando oferecer outro tipo de alimento como carne, angu e arroz. Os cães devem comer ração, e ponto final.

Nota: Em algumas situações o cão pode não se adaptar a uma dada ração. Se ele estiver tendo muitos problemas de pele, que não estejam relacionados a outros fatores, substitua a ração por uma de outra marca e aguarde pelo menos um mês para ver o

AB filhote em boa forma física – 3½ meses- Note que ela está

“esbelta”, mas não magra (Totem´s Violet Bule do Brasil 1)

Exemplo de cão com excelentes quartos traseiros. Note que ele está em ótima forma, musculoso, mas jamais gordo. Saber distinguir um cão obeso de um cão musculoso é importante. Uma boa musculatura

como essa é obtida por uma alimentação adequada, e

treinamentos que devem ser dados depois do cão se tornar adulto

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resultado. Pode ser que seu cão seja alérgico a algum componente específico da fórmula da ração.

Nota 2: Se o seu AB (filhote ou adulto) de repente perder a fome fique atento que pode ser algum problema ou doença. Se a situação permanecer por mais de 2 dias, leve ao veterinário. No meio tempo atenue a situação misturando à ração Farinha Láctea ou Leite em Pó para que o cão não fique sem comer.

Dicas sobre alimentação:

• Os filhotes comem 3 a 4 vezes ao dia quando pequenos, mas passam a comer menos à medida que vão crescendo; assim, reduza o número de refeições gradativamente. Os adultos devem ser alimentados 2 X dia;

• A ração para adultos deve ser dada a partir de 1 ano de idade.

• Pese o seu cão regularmente (uma vez por mês) e informe ao criador que te vendeu o filhote, para se certificar que o cão está dentro do peso médio do resto da ninhada.

• Lave bem o comedouro do seu cão após ser usado, da mesma forma que se lava o utensílio doméstico;

• Restos de comida, doces, massas e tudo o que não for prescrito pelo veterinário deve ser evitado, mesmo que o cão goste ou queira comer. O cão que "pede" comida da mesa dos donos deve ser repreendido ou retirado do local;

• Nem pense em dar chocolates ao seu cão. Esse alimento é tóxico aos cães;

• Cães de raças grandes devem ser alimentados 2 vezes ao dia quando adultos. Isto evita que ele coma grandes quantidades de alimento de uma vez e venha a ter uma torção do estômago.

• Acondicione a ração em um container ou vasilhame fechado. De preferência não retire a ração da sacola.

• Se o seu cão tem acesso à sua casa, uma regra ESSENCIAL é proibir o cão de vir até a mesa para pegar migalhas durante as refeições. Ensine essa regra a todos da sua casa. O correto é os cães comerem sozinhos, DEPOIS de todas as pessoas terem comidas, pois no mundo canino, os animais dominantes sempre comem primeiro.

17.2 - CÁLCIO E VITAMINAS Cães que se alimentam exclusivamente de ração balanceada, de boa qualidade, têm todas as necessidades de cálcio e vitaminas supridas, desde que se alimentem corretamente, na quantidade indicada pelo fabricante da ração. O uso de complementos de cálcio e vitaminas deve ser feito somente em situações atípicas, e sempre segundo prescrição de um veterinário.

Nesse caso a ração fica na sua própria sacola original, e é

acondicionada dentro de um vasilhame fechado

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17.3 - RAÇÕES DO TIPO "MEGA" E OUTRAS Alguns fabricantes de ração possuem linhas de rações de alto valor calórico, indicadas para cães em competição de trabalho. Se esse não é o seu caso (e provavelmente não é), não existe necessidade do uso de rações desse tipo. Dadas a cães predominantemente sedentários farão nada mais que engordarem o seu cão, que se tornará obeso e cheio de problemas de saúde.

17.4 - "BOMBAS ANABOLIZANTES" E AMINOÁCIDOS? NEM PENSAR! Infelizmente alguns criadores e proprietários desinformados recorrem a esses artifícios numa tentativa de encorpar o cão mais rapidamente. Um bulldog americano de boa linhagem irá crescer e ficar forte no tempo certo (geralmente depois dos 18 meses). Não existe nenhuma necessidade de recorrer a anabolizantes e coisas similares. Lembre-se que esses produtos podem comprometer seriamente a saúde do seu cão (fígado, rins) e até levar a morte do mesmo.

NOTA: Em casos específicos os veterinários recomendam a administração de aminoácidos para cães que perderam parte de sua massa muscular devido a problemas graves de saúde. São casos à parte e o uso deve ser descontinuado tão logo o cão volte à sua massa normal.

17.5 - QUE TENHAM ÁGUA EM ABUNDÂNCIA... Um cão consegue sobreviver sem problemas por dois ou três dias sem comida, mas não sobreviverá por mais de dois dias (sem seqüelas) em situações de ausência de água. Assim, tenha todo cuidado do mundo em deixar água à vontade para o seu cão, 24 horas por dia, 30 dias por mês, 12 meses por ano.

Se você possui um canil ou quintal, instale um ou mais bebedores automáticos de água para o seu cão. Esses bicos (to tipo lambe-lambe) são vendidos em Petshops (custam não mais que 15 reais), e são atarracados à torneira. Existe também os bicos bebedores para leitão, que custam ainda mais barato ainda. Note que a altura da torneira irá variar de acordo com a altura do cão. Na maioria dos casos será de cerca de 75 a 85 cm.

Se esse não for o seu caso, você poderá comprar um comedouro de ferro fundido para essa finalidade. Apesar de ser pior de manusear ele é quase impossível de ser tombado pelo cão. Lembre-se que o objetivo é que não falte água em hipótese alguma.

Altura dacernelhado cão

20 cm

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17.6 - DENTIÇÃO Um cão adulto tem 42 dentes, enquanto um filhote tem apenas 32. As presas irão parecer já no fim do primeiro mês, enquanto a troca das presas irá ocorrer por volta do terceiro mês de idade, só terminando pelo 6 mês, com o aparecimento das presas definitivas, e então das “moedas” definitivas. Pelos 7 meses o cão já tem a sua dentição definitiva.

Nota: Os dentes de leite caem facilmente: Não se preocupe com isso.

O cão tem grande tendência a formar tártaro, o que provoca o mau-hálito e a perda precoce dos dentes permanentes. A cárie também ocorre em animais que recebem alimentos doces com freqüência. Existem serviços odontológicos especializados para cuidar dos dentes do seu cão.

A higiene da boca do cão pode ser feita através de escovação. Existem escovas e pastas dentais para cães. A escovação deve ser feita 1 vez por semana, no mínimo. Embora seja o método ideal, nem todos os cães aceitam e muitos donos não conseguem manter a freqüência de escovação. A escova também pode ser substituída por um chumaço de algodão esfregado nos dentes do animal. Existem também os ossos de corda que vendem em Pet Shop.

Pedaços de cenoura crua devem ser oferecidos entre as refeições para que o cão seja estimulado a roer, assim como ossos artificiais (couro) ou naturais (joelho de boi). O ato de roer é a escovação natural do cão, mas muitas vezes somente ela não impede o acúmulo de tártaro e o mau-hálito.

17.7 - ABs QUE NÃO GOSTAM DE BANHOS... American Bulldogs, via de regra, não gostam de banhos. A boa notícia é que se trata de um cão que não possui cheiro forte, como no caso de cães de raças com muito pêlo. Porém, para quebrar essa "mania feia", acostume seu AB com banhos desde filhote, de preferência com água morna. Faça do banho uma festa, algo que ele goste.

Os banhos podem ser dados a partir de 45 dias de idade, usando sabão de coco e xampu neutro. Existem xampus para cada tipo de pelagem (clara, escura, 2 em 1), assim como xampus anti-alérgicos e para tratamento dermatológico (exemplo: seborréia, micoses). Um AB poderá ser banhado uma vez por semana (no verão) e uma vez por mês, no inverno. Banhar o animal com água morna e colocar algodão nos ouvidos para evitar a entrada de água. Após o banho enxugue bem o animal, em especial os ouvidos.

Caso o filhote tenha pulgas dê banhos com sabonete de enxofre. Nunca dê banhos contra pulgas utilizando produtos inseticidas em filhote com menos de 6 meses. Uma vez a cada dois meses (pelo menos) passe FrontLine ou similar no cão após o banho para proteger de pulgas.

Acostume o seu AB com banhos de cedo e você não terá problemas

quando ele se tornar adulto

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17.8 - CUIDADOS COM PELAGEM Uma das boas coisas do Bulldog Americano é o fato de ter um pêlo curto, e não ter o chamado "sub-pêlo" (como em cães da raça Pastor Alemão, Rotweiller, e muitos outros). As conseqüências disso são que o cão tem menos tendência a mal-cheiro, não tem o "problemão" da queda de pelo e demandam pouco cuidado ou atenção.

Os cuidados que você deverá ter então incluem tão somente escovar semanalmente (ou no mínimo mensalmente) o seu AB para a retirada de pêlos mortos e poeira, e verificar a presença de parasitas (pulgas, carrapatos, etc). Aproveite esse momento para fazer um check-up geral no seu cão.

17.9 - LIMPEZA E HIGIENE DA MORADIA DO SEU CÃO Em primeiro lugar as fezes devem ser recolhidas DIARIAMENTE. A lavagem da casinha ou canil deve ser feita preferencialmente DIARIAMENTE com bastante água. Pelo menos uma vez por semana recomendamos o uso de cloro e "creolina" para uma lavagem mais pesada e desinfecção. Uma boa opção é o uso de AMONEX para essa limpeza semanal. Esse produto parece eliminar a maioria dos tipos de bactérias comuns em canis.

Focalize em especial no local onde ele dorme, nos chamados "cantinhos", no estrado e nos locais onde ele costuma fazer suas necessidades. Enxágüe o local até lavar todo o excesso de produtos químicos.

17.10 – VACINAÇÃO e VERMIFUGAÇÂO A vacinação é certamente o cuidado mais importante tanto para o filhote como para o cão adulto. Os animais devem ser imunizados antes de começarem a freqüentar as ruas. Existem muitas doenças virais que podem acometer os cães e são causadoras de grande número de mortes, principalmente nos filhotes.

Junto com o seu filhote você deve ter recebido uma agenda genérica de vermifugações e vacinações para o seu cão. Como há locais nos país com alta infestação de vírus ou bactérias específicas, a dica é mostrar ao seu veterinário essa agenda que você recebeu, adaptá-la à sua realidade, e procurar seguí-la religiosamente. Outra dica é dizer ao seu veterinário onde o cão ficará (canil, dentro de casa, chácara, viajar para fora do país) e quais as atividades ele participará (exposições, provas de trabalho), pois uma vacina especial pode ser necessária em certas situações.

- 45 dias: vacina para filhotes (usada em canis ou regiões que apresentam alta incidência de viroses)

- 60 dias: 1a. dose vacina múltipla* (V8) vacina contra a Tosse dos canis

- 90 dias: 2a. dose vacina múltipla (V8)

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- 120 dias: 3a. dose vacina múltipla (V8) - A partir de 4 meses de idade: anti-rábica

Escolha preferencialmente uma vacina de qualidade importada.

Obs: Filhotes com menos de 45 dias de idade não devem ser vacinados. Nessa idade, as vacinas são desativadas pelos anticorpos passados da mãe para o filhote. Se o filhote adquirido foi vacinado antes de 45 dias de idade, desconsidere essa vacina.

- REFORÇO ANUAL DE TODAS AS VACINAS SEMPRE NA DATA DO ANIVERSÁRIO DO CÃO!

17.11 EXERCITANDO SEU AB Para manter o seu AB em forma é necessário antes de mais nada uma alimentação balanceada conforme explicado na seção de Alimentação. Aliada a isso é necessário exercitar o seu cão desde filhote. Para o filhote (até 1,5 anos de idade) indicamos exercícios leves diários (caminhadas, pequenas corridas, etc) sempre de curta duração (nunca mais que 20 minutos). Para cães adultos, devemos exercitar o American Bulldog pelo menos por 30 minutos por dia (passeios, corridas ou treinamentos específicos).

Após o cão completar 1,5 anos (e assim ter se tornado um cão adulto) você poderá iniciar treinamentos aeróbicos e de fortalecimento, que visa à melhoria do condicionamento do cão, a "abertura" de peito, e a criação de uma musculatura mais forte. Em nenhuma hipótese inicie esse tipo de trabalho antes do cão se tornar adulto. Dois tipos de treinamentos são discutidos nessa seção: Condicionamento aeróbico e de fortalecimento físico (puxar peso).

Um bom condicionamento físico pode ser obtido de várias formas, entre elas através de corridas diárias com o seu cão, natação, ou com o treinamento de perseguição usando vara+corda+trapo de pano (ver foto). O treinamento de perseguição é muito fácil de fazer, ocupa pouco espaço, e a maioria dos American Bulldog adoram. Bastam 15 a 20 minutos diários para você desenvolver o condicionamento do seu cão.

Essa foto mostra o treinamento de condicionamento físico. Note que esse treinamento deve ser dado apenas para cães

adultos. Filhotes podem ser exercitados não mais do que por 5 minutos

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Puxando peso: Para “abrir peito” e desenvolver a musculatura do cão, uma boa opção é o treinamento de puxar pesos. Criadores mais antigos, e com experiência nesse tipo de condicionamento, recomendam iniciar o trabalho do cão com 10 kgs, por 400 mts diários, durante 01 semana. Isso visa acostumar o cão com a idéia de ter algo pesado para puxar. Na segunda semana você pode aumentar um pouco a carga (digamos, 02 kg a mais) e observar o comportamento do cão. Lembre-se que o objetivo é condicionar, e não matar, o cão. Na semana seguinte aumente mais 02 kgs e observe se o cão continua respondendo bem (sem apresentar sinais de exaustão ou fadiga).

Notas importantes:

• Mesmo que o cão se disponha a um aumento de carga maior que o que você está promovendo, JAMAIS promova um aumento superior a 25% do peso da carga atual.

• Quando o cão estiver já conseguindo levar uma carga razoável (digamos uns 20 a 30 kgs) comece a aumentar a DISTÂNCIA. JAMAIS aumente a distância e a carga ao mesmo tempo. Os resultados só devem começar a aparecer em 3 ou 4 meses. Paciência! Não force o seu cão!

Você pode "confeccionar" os pesos para cães usando pneus velhos, ou uma prancha com pesos em cima, como mostrado na figura acima. Nos melhores petshops você encontrará ainda a cinta que será usada no cão. Se não encontrar você poderá sempre contratar um “coureiro” para confeccionar uma sob encomenda.

17.13 CUIDADOS COM SEGURANÇA

A lei é clara: O dono é responsável por tudo que seu bicho de estimação faz. O artigo 31 das leis das contravenções prevê pena de prisão de 10 dias a dois meses ou multa de R$ 200,00 a R$ 2.000,00 para aquele que deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com devida cautela o animal perigoso. Ainda ocorre na mesma pena quem conduz animal, na via pública, colocando em perigo a segurança alheia.

Uma vez que seu AB tenha completado idade adulta, você poderá treina-lo a puxar pesos, com o objetivo de desenvolver a musculatura do cão e também “abrir o peito”

Para um AB adulto o treinamento pode ser feito

diariamente, por 30 minutos

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Nota: Fique atento a legislações específicas da sua cidade, ou à mudança das leis nacionais sobre criação e propriedade de cães de raças grandes, e tome as ações necessárias. Em algumas cidades o uso da focinheira é obrigatório, em outras não.

Cuidados com seu AB em Locais Públicos Seja onde for com o seu AB (parque, exposição, rua, praça, etc) SEMPRE mantenha o seu cão com coleira e firme na guia, de preferência com focinheira (mesmo que a legislação da sua cidade não exija a focinheira). Isso se faz necessário em primeiro lugar por questão de RESPEITO aos outros cidadãos. Lembre-se que o AB é um cão grande, que assusta a maioria das pessoas desacostumadas com cães desse porte e aparência. Mesmo que o seu cão seja manso e bem adestrado, as pessoas comuns ainda assim ficam tensas e estressadas com a presença de um cão grande solto.

Em segundo lugar porque a legislação OBRIGA. Então, nada de deixar seu AB fora da guia, OK?

Focinheira Em muitas cidades o uso de focinheira é obrigatório quando em locais públicos. O modelo da foto é bem interessante pois permite o cão beber água e respirar/suar sem problema algum.

Sinalizando a Sua Residência Por questão de segurança, e para atender à legislação, é importante que você sinalize a sua residência com uma placa alertando a presença de cães de guarda no local. Uma ou mais placas devem ser colocadas em diferentes locais do muro, dependendo do tamanho da sua residência. O objetivo é deixar claro para estranhos a presença de cães bravos no interior da residência. Nota: Consulte a legislação da sua cidade caso necessário.

18 - PERGUNTAS TÍPICAS PARA PROPRIETÁRIOS DE "PRIMEIRA VIAGEM" (Compiladas do site http://www.dogtimes.com.br)

Sinalize a sua residência de forma a deixar claro a existência de cães de grande porte no interior. Prefira placas mais simples e inequívocas. Consulte a legislação da sua cidade

caso necessário

Independente do adestramento ou do bom temperamento que seu AB possa ter, ele deve ser

mantido na guia em tempo integral sempre que estiver em

locais públicos

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Totem American BulldogsO filhote está dormindo muito - Será que ele esta doente? Os filhotes, assim como os bebês humanos, dormem bastante MESMO. Eles alternam períodos curtos de relativa atividade com longos períodos de sono. Isso é normal. O que NÃO É normal são filhotes permanentemente apáticos. Neste caso, procure seu veterinário.

O filhote treme enquanto dorme. Isso é normal? Os cães, como os humanos, sonham. Durante os períodos de sonho eles podem mexer o corpo, como se estivessem correndo, rosnando ou comendo. Outro motivo para o tremor, mais incomum, é a friagem. Certifique-se de que ele tenha um ‘dormitório’ protegido do vento.

Meu filhote está com diarréia. É normal? Talvez sim... talvez não... é muito comum, quando os filhotes chegam em suas novas casas, que o intestino fique ligeiramente desarranjado por causa do stress da mudança, apresentando consistência mais pastosa. No entanto, não é normal que o cocô seja acompanhado de sangue ou que seja quase líquido. Pelo sim, pelo não, o veterinário deve ser consultado a respeito já na primeira consulta.

Tenho um filhote macho que ainda não tem os dois testículos. Quando é que eles vão aparecer? Normalmente os testículos 'descem' para a bolsa com 3/4 meses. A melhor coisa a fazer é pedir ao seu veterinário que faça um exame detalhado no seu cão uma vez que caso ele não tenha os dois testículos corretamente posicionados, é possível fazer um tratamento para que eles fiquem no lugar correto.

Neste caso é importante o veterinário realizar um controle através da palpação ou até mesmo com auxílio de ultrasom, pois este testículo oculto poderá sofrer mudanças na sua formação podendo até se tornar um tumor.

Meu filhote adora morder tudo. Isso é agressividade? O filhote precisa de limites muito claros e a primeira coisa que deve aprender é o valor da palavra NÃO! Por isso, sempre que ele demonstrar qualquer comportamento que você não deseja que ele repita, precisa repreendê-lo. Como fazê-lo? Se ele começar a morder, interrompa-o, afaste-o de você e diga, seriamente NÃO! Faça isso quantas vezes for necessário, e quando ele obedecê-lo, faça festa, agrade.

O filhote escava o jardim e come as plantas... O que eu faço para impedir que isso aconteça? Escavação de jardins e quintal não é muito comum nessa raça, a não ser quando o cão está muito ansioso. De qualquer forma, em primeiro lugar é preciso conseguir surpreendê-lo na hora ‘agá’...

O Bulldog Americano moderno é o descendente dos bulldogs originais

que na Inglaterra antiga eram usados em duelos mortais com touros, ursos

e outros animais selvagens.

Pesquisadores acreditam que foram principalmente os bulldogs que eram

usados em combates a ursos que deram origem aos American Bulldog

linhagem Johnson

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Totem American Bulldogs

os cães não conseguem entender broncas dadas 10 minutos depois de uma bobagem... Uma boa dica é usar um repelente externo da FourPaws ou mesmo a base de extrato de citronela.! Ele produz um cheiro super desagradável para os cães.

Se a escavação for em vasos porosos, passe o repelente no vaso. Se for de algum material não poroso use o repelente interno. Passe só no vaso, tomando cuidado de não pulverizar a planta. O bom deste repelente é que produz um cheiro que não nos incomoda, mas incomoda muito os cães.

Meu filhote puxa as roupas do varal... Como ensiná-lo a não fazer isso? A grande maioria dos cachorrinhos faz isso mesmo... para que ele perca essa mania, pegue um pano velho, que tenha um tamanho suficiente para que ela possa puxá-lo, e amarre nele uma linha. Na outra ponta da linha prenda várias latas vazias de refrigerante. Ponha o pano no varal, de forma que quando ela puxá-lo as latas cairão, fazendo um grande barulho. A idéia é que ela leve um susto, e pare de puxar suas roupas com medo "daquele barulhão".

19 - SEU SEGUNDO CÃO Antes de tomar a decisão de adquirir um segundo cão, existem várias questões a serem consideradas:

a) Questão de espaço: Você deve analisar se há espaço suficiente na sua casa para ter dois cães, de forma que eles possam ter uma vida saudável.

b) Questão financeira: Ter dois cães não irá dobrar, mas irá aumentar, e muito, seu gasto com cães.

c) Questão de disponibilidade de tempo: Se você tem tempo e amor suficiente para suprir as necessidades de dois cães, ao invés de um.

d) Questão da raça e sexo mais apropriado: Qual a raça que melhor se adequaria à sua vida, ao cão que você já tem, ao seu estilo de vida, etc. Escolhida a raça, qual o sexo (macho ou fêmea).

Sexos diferentes, ou 2 cães do mesmo sexo?

Macho + Macho: esta é a combinação mais arriscada, independente da raça. Sem entrar em detalhes, a regra aqui é simples: Dois AB machos JAMAIS devem ser colocados juntos. Para ficar do lado seguro, não coloque um AB macho com nenhum outro cão macho, especialmente de raças grandes e/ou assertivas (Rotweiller, Pitbull, Boxer, Fila, Mastiff, Dogue Bourdeaux, e por aí afora).

Fêmea + Fêmea: as fêmeas costumam estabelecer a liderança de forma mais rápida, e sem disputas eternas. Se você está pensando em um AB também como seu segundo cão, esqueça essa hipótese, a não ser que você tenha como mantê-las fisicamente separadas (canis separados). Se você

Dois American Bulldogs de mesmo sexo JAMAIS devem ser criados juntos

Mancera´s Rebel Rousier “Amos” Exemplo de AB 100% Johnson de

incontestável qualidade

!!

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está pensando em uma outra raça, considere uma raça mais submissa (como um GoldenRetriever) ou, melhor ainda, submissa e de tamanho pequeno, como um BassetHound. Nota: Existem casos de ABs fêmeas que convivem bem, mas devem ser encarados como exceção.

Macho + Fêmea: Ter um casal pode ser a opção ideal, desde que você possa separá-los quando a fêmea entrar no cio e também na hora de por comida.

Quais as vantagens de ter 2 cães?

Cães são animais extremamente sociáveis. Deixa-los só por muito tempo é condena-los a uma vida triste e amarga. Um segundo cão pode ajudar muito neste sentido. Além disso você nunca mais se sentirá culpado(a) por sair, e deixar seu cão sozinho em casa, sem ter o que fazer nem com quem brincar, pois ele não estará mais sozinho, e terá sempre companhia para brincar.

Se seu primeiro cão já tiver mais de 5 anos, você irá perceber que ele irá rejuvenescer com a chegada do filhote. É muito possível, também, que seu cão volte a ser tão carinhoso quanto quando era filhote, pois agora ele terá que disputar sua atenção com o filhotinho, portanto será mais atencioso com todos da casa.

Agora que eu já adquiri meu segundo cão, como fazer com que o mais velho aceite o mais novo? Para que o cão mais velho aceite o novo companheiro, é fundamental que a hierarquia entre eles seja respeitada pelos donos. O mais importante neste caso é não tratar o filhote como um coitadinho a ser protegido. Isto tem uma boa razão: pelo fato do ‘cão da casa’ ser mais velho ele tenderá a ser o líder da matilha, com direito a tratamento especial pelos donos. Convém lembrar que nas matilhas, uma das funções do líder é justamente a de educar os filhotes mais moços.

O papel do dono/humano é respeitar e até mesmo reforçar esta hierarquia de várias maneiras:

a) O cão líder (mais velho) deve ser cumprimentado primeiro quando você chegar em casa;

b) Na hora da comida, forneça primeiro para o líder e só depois para o filhote;

19 - CIOS E ACASALAMENTO As fêmeas entram no cio entre o décimo mês e 1 ano de idade, variando com a linhagem e tamanho do animal. O cio dura em torno de 15 dias e é acompanhado de um sangramento (de leve a moderado) e aumento perceptível da região genital. Algumas fêmeas não apresentam sangramento.

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Se você não pretende ser criador, sugerimos que pense seriamente em castrar o seu AB. A castração é um método muito eficaz de controle de natalidade, quando o dono não pretende cruzar a cadela. Castrada, a cadela não tem mais cios e você não terá que lidar com todos os problemas associados a uma cadela no cio. Além disso a cadela torna-se mais territorial e menos sujeitas a doenças do aparelho reprodutor.

Se você preferir não castrar sua cadela pedimos TODO CUIDADO DO MUNDO quando ela estiver no cio. Os cães machos do seu canil e da sua redondeza farão coisas inacreditáveis para conseguir cruzar com a sua fêmea (do tipo pular muros, atravessar um rio a nado, fazer um túnel debaixo do alambrado ou muro, etc). Infelizmente muitos proprietários não levam isso a sério, e acabam com uma prenhes indesejada.

O macho não tem cio e torna-se apto à reprodução a partir de 1 ano. Ele pode começar a ter manifestações sexuais a partir de 3 meses de idade, principalmente quando sentir o cheiro de uma fêmea no cio.

Nota importante: O filhote que você comprou no Canil Totem pertence às melhores linhagens da raça no mundo, sem nenhum exagero. Todo esforço e cuidados foram tomados na seleção de padreador e matriz. Com isso conseguimos aumentar consideravelmente as chances de termos uma ninhada de alto nível, o que a propósito é o trabalho que se espera de todo bom criador.

Isto, contudo não é garantia de qualidade (ao contrário do que algumas pessoas acreditam). Na verdade existem cães filhos de campeões mundiais que ainda assim acabam saindo com qualidade abaixo do nível mínimo para serem usados como matrizes ou padreadores. Infelizmente não é possível saber a qualidade final do cão somente observando os filhotes da ninhadas. (Veja também a seção 2)

Assim sendo, em nenhum caso sugerimos que sejam acasalados cães que não tenham atingido os seguintes critérios básicos:

1) Cão ABSOLUTAMENTE dentro do padrão (tamanho, coloração, ausência de jarretes, bons aprumos). O padrão ilustrado da raça está disponível no nosso site em http://www.terra2.com/ab , e serve como referência para que você analise de forma mais neutra e honesta o possível a qualidade do seu AB. Para uma avaliação mais completa e correta do seu cão sugerirmos que participe com ele de pelo menos 2 ou 3 exposições caninas.

!

Totem´s Hendrix “Spike” Ch, GrCh, PanCh - Tipo Johnson – HD “C”

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2) Temperamento apropriado (amigável com os conhecidos, reservado com estranhos, de boa índole) (JAMAIS cruzar cães agressivos ou medrosos)

3) Livre de doenças de natureza genética, em especial displasia (raio-x e laudo NEGATIVO oficial de displasia). Displasia é um problema grave, de natureza predominantemente genética. Para uma discussão sobre o problema, bem como uma lista de clínicas onde o exame posse ter tirado, visite o nosso WebSite em http://www.terra2.com/ab

4) Se fêmea, jamais antes de completar 1,5 anos (2o ou 3o cio)

5) Se macho, ter pelo menos 1,5 anos.

20 – REFERÊNCIAS E LEITURAS COMPLEMENTARES

20.1 - Livros "Adestramento Inteligente - com amor, humor e bom senso" - Alexandre Rossi (ed. CMS) "Manual do Cachorro" - Claudia Pizzolato (www.bitcao.com.br) "Apostila de Treinamento de Comandos Básicos" - Claudia Pizzolato "Entenda o seu Cão" - Bruce Fogle - (ed. Globo) “The Working American Bulldogs” – Dave Putnam (Bulldog Press – California)

Trata-se do mais compreensivo livro sobre a raça atualmente existente. Inclui uma descrição minuciosa da história da raça, suas linhagens, seu estabelecimento nos EUA e criadores.

“American Bulldogs” – John Blackwell (T.F.H. Publications) “I Just Got a Puppy. What Do I Do?” – Mordecai Siegal & Matthew “uncle Matty” Margolis

(Simon & Schuster New York) “Breeding Better Dogs” – Carmelo L. Battaglia (BEI Publishing, Atlanta, USA) “100 Perguntas Que Seu Cão Faria ao Veterinário, se Pudesse Falar” - Bruce Fogle.

20.2 – WebSites

http://www.terra2.com/ab - Site mais completo no Brasil sobre a raça.

http://www.terra2.com/ab/forum.htm - Forum de discussão sobre a raça no Brasil onde participam criadores e proprietários de AB. Seja bem-vindo para enviar sua pergunta, postar uma foto do seu cão, colocar sua opinião, etc.

http://www.pelosepatas.com.br

http://www.vidadecao.com.br

Agradecimentos: Agradecemos ao Paulo (Canil Storm) e ao Eduardo (Canil Baduca) por terem colaborado na segunda revisão 2 desse manual.

Criação de cães é coisa séria: Somente ABs de primeira qualidade devem ser usados como padreadores

e matrizes (Dailey´s Opie Won Kenobi)

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APPENDIX – LEITURA COMPLEMENTAR

1. História da raça

2. O padrão da Raça

3. Preparação para exposições

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Totem American Bulldogs

Appendix 1

Bulldog Americano - História da Raça

Nota importante: Existem várias raças atuais que brigam para serem reconhecidas como a autêntica representante atual do bulldog antigo, ou até mesmo o resgate autêntico do mesmo. Nessa disputa para ver quem é o mais “autêntico” histórias têm sido contadas muitas vezes baseadas apenas na pura criatividade e imaginação de quem conta, sempre com objetivo de tornar essa ou aquela raça lendária, autêntica e cheia de glórias.

Para não cairmos nesse mesmo engano passamos meses pesquisando o assunto, e coletando informações de várias fontes, livros, artigos, inclusive do próprio Sr Johnson em pessoa. A versão mais completa da história do Bulldog Americano que conhecemos está no livro "The Working American Bulldog", onde o autor e pesquisador Dave Putnam descreve ao longo de mais de 40 páginas a história da raça, desde os primórdios da idade média, até os dias atuais, sempre se baseando em fatos e evidências históricas. O que está mostrado abaixo é basicamente um resumo desse capítulo.

No começo... Pelo que se sabe, a primeira vez que o termo "bulldog" é mencionado na literatura inglesa foi em 1598 (durante o reinado da Rainha Elizabeth), em um documento escrito em Latin onde Hentzner menciona haver um local em forma de teatro para lutas entre touros e "grandes cães ingleses".

De concreto sabe-se que os bulldogs originais eram cães usados para várias atividades de trabalho, tais como captura e imobilização de touros selvagens e proteção das propriedades rurais na Inglaterra durante mais de 300/400 anos (desde o século XVI até o século XIX). Sua força, coragem e familiaridade em lhe dar com touros levaram a raça a alcançar altos índices de popularidades através do esporte brutal de ataque a touros (daí o nome "bull-dog") e mais tarde em rinhas de cães e lutas com ursos. O bulldog fez tanto sucesso naqueles tempos que acabaram sendo exportados para outros países, onde vieram a participar na constituição de várias raças, tais como o Boxer, Dogue de Boudeaux, Spanish Bulldogs, Old BullMastiff, e outras.

Bull-dog = Cão adequado ao trabalho com bois É muito importante notar para o correto entendimento da história da história da raça, que naqueles tempos não havia padrões para raças caninas como conhecemos hoje (tamanho, cor, etc), e virtualmente qualquer cão que fosse usado com sucesso na captura e imobilização de touros era considerado um bull-dog, não importando muito a sua aparência, cor ou tamanho. Muito

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menos existiam naqueles tempos os chamados pedigrees, e muito menos órgãos oficiais de cinofilia tais como o FCI, a AKC ou a CBKC. A definição de uma raça era então basicamente pela ADEQUAÇÃO do animal a uma dada tarefa (ao invés da sua aparência, como é hoje). De fato, o conceito de padrão baseado em aparência é algo inventado no século XIX, junto dos primeiros órgãos de cinofilia (UKC, AKC, etc), mas isso é outra história. Fica então fácil entender (pelo menos parcialmente) porquê nos desenhos e fotos dos séculos 17, 18 e 19 os bulldogs variavam tanto de tamanho, cor e aparência, o mesmo fato acontecendo (guardada as devidas proporções) com o Bulldog Americano atual, onde continuamos vendo uma grande variação de tamanho e cor entre as várias linhagens disponíveis. Nada difícil de se entender, considerando que a muitos criadores de bulldog americano da atualidade continuam mais preocupados com a adequação do cão ao trabalho, e menos na aparência ou conformação física do cão.

Pela metade do século 19 os bulldogs eram usados, além da captura de touros, em luta com ursos, e ainda em rinhas de cães, esporte esse muito popular naquela época. No último caso eram usadas misturas de bulldog com cães Terries, o que acabou dando origem ao que atualmente chamamos Pitbull, mas isso também é outra história.

Luta (rinha) entre homem e bulldog, em 1801 - Esportes brutais como esse marcaram o

começo do fim do Bulldog original na Inglaterra.

O Fim das Rinhas e o Aparecimento do Bulldog Inglês Atual Quando esses esportes brutais foram finalmente considerados ilegais na Inglaterra (1835), o tipo original do bulldog começou a desaparecer, para dar lugar, anos depois, à variedade atual, conhecido oficialmente por Bulldog Inglês. Note que nos primeiros tempos o próprio padrão do Bulldog Inglês era MUITO diferente do que vemos atualmente.

Aos poucos a comunidade de criadores de bulldog inglês passou a optar pelo exagero das formas do bulldog, dando origem, pouco a

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pouco, ao bulldog inglês que conhecemos hoje, pequeno, pesado, de pernas curtas e preguiçoso, que muito pouco lembra o bulldog “original". A foto do bulldog padrão original (quadro abaixo à esquerda) parece ter sido rasgada e esquecida pela comunidade de criadores de bulldog inglês.... Note que parte da aparência atual do bulldog inglês deve-se à intensa adição de sangue da raça Pug, fato esse amplamente reconhecido.

Rosa e Crib (à esquerda) eram os Bulldogs desenhados no próprio padrão original do

Bulldog Inglês (Philo-Kuon English Bulldog). À direita o Bulldog Inglês atual.

A Preservação do Bulldog Antigo Podemos considerar que o bulldog "antigo" foi preservado mais ou menos intacto entre imigrantes ingleses que se instalaram nas distantes fazendas da Georgia, no sul dos EUA, pelos anos 1735 e 1840 (repare na foto ao lado, tirada no ano de 1880). Nas fazendas esses cães eram usados para quase todo o tipo de atividade de trabalho, desde a busca e captura de gado, até a guarda das fazendas, exatamente como na Inglaterra antiga.

Existem dezenas de relatos históricos (inclusive canções daquela época) levantando por Dave Putnan onde são mencionados cães brancos, fortes, de peito amplo e focinho curto, de grande bravura e resistência, usados para praticamente todas as funções possíveis numa fazenda, isso sem contar as dezenas de fotos. (Para fotos, documentos, etc veja o livro "The Working American Bulldog").

Nasce o Bulldog Americano Atual Apesar disso, no final da Segunda Guerra Mundial, a raça estava quase extinta nos EUA, devido a misturas e a falta de cuidado dos fazendeiros, os quais não se preocupavam e nem se interessavam em manter o padrão do bulldog original. Coube ao trabalho paciente e perspicaz do Sr John D. Johnson, um veterano da II Guerra Mundial, "ressuscitar" a raça. Junto de Alan Scott, e de vários outros pequenos criadores, o Sr Johnson começou um cuidadoso trabalho de busca e identificação de cães preservados puros (mesmo que sem pedigree para comprovar tal grau de

?

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pureza) nas fazendas mais distantes do sul dos EUA (em especial na Georgia), iniciando então um trabalho cuidadoso de criação e aprimoramento do bulldog original, sempre mantendo anotações cuidadosas, bem como tentando manter todos os atributos fundamentais do bulldog original (saúde, coragem e disposição para o trabalho pesado).

Devido aos diversos tipos de trabalho que a raça é capaz de realizar, e os vários interesses e abordagens dos criadores, várias linhagens de bulldog americano acabaram por se desenvolver ao longo das décadas, cada uma enfatizando as características associadas a um tipo de trabalho específico.

As linhagens mais famosas são geralmente conhecidas como Johnson e Scott. Outras linhagens menos famosas incluem Margentina, Hines, e outras mais, geralmente desenvolvidas a partir de bulldogs da linhagem Scott.

Os cães Johnson, também chamados Clássico, ou Bully, são mais pesados, com cabeça maior, focinho mais curto, e um prognatismo mais bem definido. Os cães Scott, também conhecidos por Standard, bem como os das demais linhagens, são mais leves em termos de musculatura e peso dos ossos que os cães Johnson, sendo geralmente mais apropriados para formas de trabalho do tipo caça de javalis e outras tantas.

À direita a foto do cão Bugsy Halloway, típico cão da linhagem Johnson/Clássico. No Canil Totem American Bulldogs nossa preferência é pela linhagem Johnson, exclusivamente.

O moderno bulldog americano continua a servir como cão-para-todo-tipo-de-trabalho; um cão de grande coragem e temperamento estável; e ainda, e principalmente, uma companhia leal para a família.

Bulldog Americano: Um cão versátil

(a) Apresentando-se em exposição de beleza (b) Agility e (c) Tração

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Totem American Bulldogs

(d) Com a sua família (e) Proteção e ataque e (f) Caçando javalis selvagens

Por ser uma raça relativamente nova, e que passou as décadas iniciais desse século no "anonimato", e sem controle de órgãos internacionais de cinofilia (lembre-se que os fazendeiros do sul dos EUA não estavam interessados em pedigrees, e sim em cães que pudessem trabalhar), a raça ainda não é reconhecida oficialmente pelos órgãos de cinofilia mais tradicionais, como o FCI e a AKC.

No Brasil, onde a CBKC acompanha o esquema da FCI, a raça está registrada no Grupo 11 (raças ainda não reconhecidas pelo FCI), tendo direito ao pedigree cor vermelho claro. Cães dessa raça participam normalmente das exposições de cinofilia brasileira dentro do

Grupo 11. Acima foto do American Bulldog Totem´s Hendrix "Spike" D´Maximus, Campeão, Grande Campeão e Campeão Pan-Americano, participando de uma exposição do calendário oficial da CBKC.

O Bulldog Americano no Brasil Pelo que se conhece, as primeiras matrizes da raça foram oficialmente trazidas para o Brasil no começo dos anos 90, pelo canil Black Thunder D´Aldeia. Essas matrizes foram importadas do Canil BTK e do próprio Sr Johnson. Anos mais tarde outros criadores também introduziram no Brasil matrizes importadas de outros canis proeminentes nos EUA.

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Totem American Bulldogs

Appendix 2 - O Padrão da Raça Sendo uma raça relativamente nova, e o fato de que para a raça a capacitação para o trabalho é mais importante do que na aparência, o padrão da raça ainda varia um pouco. A seguir a descrição da raça sendo proposta pelos criadores de bulldog americano no Brasil (em discussão). Origem da Raça: Estados Unidos Nome no país de origem: American Bulldog Aparência Geral e Disposição: Deve passar a idéia de um cão alerta, corajoso, forte, de grande resistência e sobriedade e amigável. (Resguardo com estranhos ou agressividade com outros cães não são considerados faltas). Tamanho: Os machos devem ter entre 58 a 75 cm na cernelha, pesando entre 41 e 68 kg. As fêmeas devem ter entre 51 e 70 cm, 32 a 59 kg. Cabeça: Espressão--inteligente e alerta. A cabeça deve ser quadrada ou arredondada, devendo ser musculosa, com bochechas levemente pronunciadas. O "stop" deve ser profundo e muito bem marcado.

Exemplos de cães com ótima expressão.Da esquerda para a direita,:

BH Star, Dixie´s Boommer, Hanna Focinho: Deve ser largo, e não longo ou fino. O comprimento do focinho não deve ser maior que 3 polegadas (7,6 cm) sendo de 2 a 2 1/2 (5 a 6,3) o tamanho ideal. Mordida: Deve ter prognatismo entre 1/4 e 1 polegada (0,6 a 2,54 cm), dependendo do tamanho do cão, e a forma da cabeça. A trufa deve ser preta ou cinza escura. Em cães com a trufa preta, os lábios devem ser pretos com algum cor-de-rosa permitido. Trufa cor-de-rosa é considerada uma falta estética. Olhos: Forma de amêndoa ou redondos, de tamanho médio. Cor normal: Marrom. Corres aceitáveis: cinza, verdes ou azuis. Pálpebras com orlas pretas são desejáveis em cães brancos. Pálpebras com orlas rosadas são consideradas uma falta estética.

Nota: Lembre-se que a qualidade de um American Bulldog é a soma de: • Temperamento • Conformação • Capacidade para o trabalho • Saúde • Ausência de displasia e outras doenças

genéticas Conformação, conforme definido no padrão, é pois apenas um desses atributos!

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Totem American Bulldogs

Cedar Creek´s Big Boommer Excelente conformação

Orelhas: Pequenas a médias, encostadas na cabeça, ou orelhas do tipo "roseta" (como nos bulldoges ingleses). Orelhas cortadas é considerada falta estética. Pescoço: Levemente arqueado, de tamanho médio. Deve ser musculoso, e de tamanho quase similar ao da cabeça. Corpo: Musculoso e compacto. O quadril e largo e musculoso, com linha superior levemente arqueada.

Peito: O peito deve ser profundo e largo, sem ser excessivamente largo a ponto de empurrar os ombros para fora. As pernas dianteiras devem ser fortes e retas (não arqueadas). A ossatura dianteira deve ser pesada o suficiente para o tamanho do cão. Considerando que a aparência de força de poder do cão é fortemente determinada pelo seu peito, peito estreitos são considerados uma falta séria.

Posteriores: Amplo e musculosos, de tamanho proporcional aos ombros. Quadris estreitos são considerados uma falta séria. Pernas: Pernas fortes e retas com uma ossatura pesada. As pernas frontais não devem ser muito juntas e nem muito separadas. Falta: pernas excessivamente afastadas. As pernas traseiras devem ter uma angulação visível da junta da rótula. Cauda: Grossa na raiz e afinando-se na direção do cotovelo traseiro do cão (cauda na posição normal, relaxada). Muitos cães trazem a cauda acima da linha do dorso, especialmente quando caminhando ou quando estão excitados. Cauda cortada será considerada uma falta estética. Pelagem: Curta, rente ao corpo e macia. Não deve ser longa ou felpuda. Cor: Branco com tigrado ou vermelho, tigrado ou vermelho cor branco (vermelho é definido como qualquer tonalidade de canela, marrom ou vermelho). Desqualificações: Capa preta; jarretes acentuados; pés para fora (dianteiros e traseiros); mordedura em tesoura ou em torquês; Cães agressivos ou muito medrosos; Surdez unilateral ou bilateral; Albinismo; Máscara preta.

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Conformação do American Bulldog: O Certo e o Errado (Adaptado do artigo de VITO ALU - Braveheart Kennels, USA http://www.pcwebsites.com/braveheart/ )

Correto Errado

A. American Bulldog – Peito

Dianteiro com pernas paralelas, saindo paralelas aos lados do peito, peito largo

passando a impressão de força. Pés dianteiros apontando para frente.

(Esquerda para direita, Draper´s Dillon, Pickett's

Pride Starsky, Totem´s Hendrix)

Esse exemplar tem o peito muito pequeno para um AB, mais lembrando um PitBull ou um Dogo

Argentino

Peitos desproporcionalmente grandes, com pernas as pernas não sendo formadas a partir do peito,

mas para fora do mesmo.

Nesses dois exemplares os ombros são jogados para fora devido ao tamanho e má conformação

do peito. Cães como esse têm tendência a desenvolver displasia de cotovelo

Nesse caso o cão tem um peito de bom tamanho,

mas as pernas dianteiras tem ossatura fraca, forçando os pés dianteiros a ficarem apontados

para fora (chinelados)

B. American Bulldog - Membros Posteriores/Trazeiro

Trazeiros musculosos e bem formados. Perna retas com os pés apontando para frente. Boa

angulação.

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Totem American Bulldogs

Esses três exemplares têm excelentes

trazeiros. Enquanto os dois primeiros tem conformação trazeira quase perfeita, o terceiro surpreende pela conformação e

formação muscular robusta. (left to right BH Star, Hendrix)

(acima) "Jarrete de vaca" exagerado, com os pés traseiros apontando para os lados, e traseiro pouco musculoso. Nesses casos um tornozelo

chega a esbarrar no outro (cães como esse não deveriam jamais serem cruzados).

Nesse caso o "Jarrete de vaca" é também visível, mas não acentuado, com pés traseiros apontando

para nordeste e noroeste, traseiro um pouco estreito e não muito musculoso

(o uso de cães como esse só se justifica se o cão tiver outras qualidades muito boas)

--------------------- NOTA SOBRE JARRETE: Na raça Bulldog Americano esse é o "defeito" de conformação mais comumente encontrada, e deve ser missão de todos os criadores trabalharem no sentido de "limpar" essa característica do seu pool genético.

C. American Bulldog – Angulação

Angulação correta, com joelho e jarretes ideais, com rabo correto para o bulldog

americano (grosso na raiz, e vai afinando em direção ao final)

Angulação demasiada, rabo ruim (fino demais), parecendo um rabo de Pit-bull

"Pernas de porco" (pernas retas, sem angulação), com rabo similar a um de Labrador, grosso em

toda a sua extensão.

(Exemplo de animal com pernas sem nenhuma

angulação nas pernas trazeiras)

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Totem American Bulldogs

D. American Bulldog - Quartelas / Aprumos

Quartela reta e firme.

Quartela "caída", fraca, ou "quebrada".

Exemplos (ilustrativos) de cães de má (coluna da esquerda) e de boa conformação (coluna da direita)

(Exemplar com conformação muito ruim -

muito fora da forma, aprumos ruins e costas "celadas")

(Outro cão de conformação ruim - em

especial as pernas trazeiras, sem angulação adequada.)

(Exemplar - fêmea- com boa conformação em especial as pernas trazeiras, com excelente

angulação, e os aprumos) (Dixie´s Blue)

Picket Pride´s Capone, campeão 2002 NKC Nashville (Cão de conformação impecável)

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Totem American Bulldogs

Appendix 3 – Preparação para Exposições de Beleza Canina Em primeiro lugar tenha claro o motivo porquê você deseja participar de uma exposição. Existem argumentos pró e contra. Aqui alguns deles.

Porquê se envolver com exposições caninas? - Oportunidade de aprofundamento no conhecimento sobre conformação, movimentação, e cinofilia

em geral; - Obter uma avaliação independente e profissional das qualidades e defeitos de conformação e

movimentação do seu American Bulldog; - Ajudar na divulgação da raça; - Divulgação do seu trabalho e dos seus cães; - Forma de diversão para a família; - Obtenção de títulos de beleza canina para o seu cão (Campeão, Grande Campeão, etc); - Excelente oportunidade para a socialização do seu AB com outros cães e pessoas; - Conhecer novas pessoas e fazer novos amigos.

Porquê não se envolver? - Custos envolvidos; - Cansaço (geralmente uma exposição consome um final de semana inteiro e cansa bastante); - Insatisfação com o “ambiente” de uma exposição (muito cachorro latindo, algumas pessoas

arrogantes, clima de disputa em algumas raças, vaidade, etc); - Muitos poucos American Bulldogs competindo em exposições; - Percepção de que se trata de um stress desnecessário para o cão; - Percepção de que os juizes da CBKC não tem capacidade de analisar um cão da raça American

Bulldog. Se você acredita que vale a pena, aqui algumas regras básicas, baseadas na nossa experiência somente:

Regras básicas:

1. Antes de mais nada tenha em mente que a maioria dos juízes brasileiros não tem ainda muito conhecimento sobre a raça Bulldog Americano. A avaliação que você pode esperar deles é uma avaliação meramente de conformação e de movimentação. Nada mais. Lembre-se que um bom cão é a soma de boa conformação + boa movimentação + bom temperamento + ausência de doenças transmissível geneticamente.

2. Utilize a exposição como meio de avaliar a qualidade de movimentação e conformação do seu cão. Observe atentamente os cães concorrentes, caso exista algum, e tente entender em que pontos o seu é melhor ou pior do que os outros. Com o tempo você irá entender melhor o que significa

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Totem American Bulldogs“bons aprumos”, “boas angulações”, “boa inserção de orelha”, “boa mordedura”, etc, e isso irá facilitar muito a sua vida como criador.

3. Uma excelente dica é procurar o juiz no intervalo da exposição e solicitar dele uma avaliação real e honesta da conformação do seu cão. É sempre uma avaliação melhor que aquela mostrada na súmula da exposição. Pergunte a ele o que o seu cão tem de melhor e de pior. Essas informações serão de grande valia mais tarde, no momento de escolher a cruza mais apropriada para o seu cão.

4. Observe que o resultado obtido pelo seu cão na pista tem a ver com a qualidade do mesmo, mas também com quão bem “treinado” (adestramento de pista) ele se encontra para participar de exposições. Na primeira vez que apresentamos o Hendrix, ele puxava para todos os lados, sentou na pista e até tentou fazer xixi no pé do juiz (um vexame!). Duas ou três exposições mais tarde nem dava para acreditar que era o mesmo Hendrix, todo imponente e aprumado na pista. Moral da história: Um bom cão + treinamento + paciência são as chaves do sucesso nas pistas.

5. O Handler: Para as primeiras exposições você vai precisar de um bom handler. O handler é o profissional especializado em apresentar cães em exposições. Para escolher o handler observe antes de mais nada se ele gosta realmente dos cães que está apresentando, ou é só um “profissional”. Tenha em mente que o custo de um handler é sempre negociável. Uma dica é fechar um preço para a exposição completa, e não um preço por pista, como cobrado por muitos handlers. Um valor de R$ 100,00 a 150,00 por exposição é bastante razoável, e aceitável para a maioria dos handlers. Isso já inclui a guarda do cão, preparação, e a apresentação em todas as pistas da exposição, finais de raça, grupo, e “best in show”, se o seu cão chegar até lá. Quando a exposição é em uma cidade distante, o handler também irá lhe cobrar uma taxa extra de transporte.

6. Observe que não existe a necessidade de apresentar o cão em todas as exposições do calendário. Verifique o calendário de exposições da CBKC e escolha as mais próximas da sua casa. (ver o site CBKC em http://www.cbkc.com.br)

7. Depois de algumas exposições você poderá se aventurar a apresentar o cão você mesmo, e assim você passa a economizar o dinheiro com o Handler. Nas seções a seguir apresentamos o método que usamos, que é baseado no Clicker. Com algum treinamento e persistência você não deverá ter problemas para virar handler amador. Nos EUA e na Europa é extremamente comum os cães serem apresentandos pelos seus próprios donos. No Brasil isso ainda é novidade, e muitos juizes ainda se surpreendem vendo o próprio dono do cão apresentando o animal com desenvoltura de um handler profissional.

A exposição canina – visão geral Uma exposição canina é organizada com o objetivo de qualificar, classificar e selecionar exemplares que tenham potencial para aprimorar a criação de cães.

Qualificação vs Classificação: Em uma exposição a qualificação será sempre mais importante do que a classificação. A classificação é estabelecida por comparação entre os cães presentes. Já a qualificação independe do número de exemplares inscritos ou presentes. O árbitro qualifica cada exemplar de acordo com suas virtudes e suas faltas:

Excelente - Qualificativo atribuído a um cão cujas características muito se aproximam da descrição do padrão oficial da raça, que se apresente em perfeito estado, cujas proporções obedeçam o item "Proporções Importantes" e ótima movimentação. A superioridade de suas qualidades com relação à raça dominará as suas pequenas imperfeições, sendo imprescindível exibir as características de seu sexo.

Muito Bom - Qualificativo atribuído a um cão cujas características se aproximam da descrição do padrão oficial da raça, que se apresente em muito bom estado, cujas proporções obedeçam o item "Proporções Importantes" e muito boa movimentação. Pode ser atribuído a um cão que apresente leves defeitos, mas que tenha qualidade e não apresente problemas morfológicos.

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Totem American BulldogsBom Qualificativo atribuído a um cão cujas características se aproximam da descrição do padrão oficial da raça, mas apresente defeitos não desqualificantes.

Suficiente - Qualificativo atribuído a um cão cujas características se aproximam o suficiente da descrição do padrão oficial da raça, mas apresente defeitos ou não se encontra em bom estado.

Serão desqualificados os exemplares que apresentarem cegueira, surdez, monorquidismo (ausência de um testículo), criptorquidismo (ausência de ambos os testículos), atipicidade (ausência das características que definem a raça), qualquer aleijão ou mutilação excetuando-se as amputações previstas no padrão da sua raça, bem como as faltas descritas no padrão da sua raça como "desqualificante".

O critério de avaliação deve obedecer aos objetivos da criação, portanto, o árbitro está em contato constante com os criadores para tomar ciência dos problemas que cada raça apresenta. Quando um árbitro observa a incidência freqüente de determinado defeito, creditado como hereditário, atribui um valor maior aos exemplares isentos dele.

Organização: As exposições caninas são organizadas pelos Kennel Clubes locais e são totalmente regulamentadas pela CBKC. O formato de uma exposição no Brasil segue o formato oficial do FCI, exceto pela inclusão no Brasil do Grupo 11, que não existe oficialmente nas exposições FCI. Todos os detalhes de regulamento, formato, etc podem ser obtidos diretamente no site da CBKC e estão em constante mudança. A seguir uma descrição introdutória somente.

Raças e Grupos As várias raças existentes, e oficialmente cadastradas na CBKC, são divididas em grandes “Grupos”, que agregam raças “similares”. No total são 11 grupos

Grupo 1 - Cães Pastores e Boiadeiros (Exceto os Suíços) Grupo 2 - Pinscher, Schnauzer, Molossos e Boiadeiros Suíços. Grupo 3 - Terrieres. Grupo 4 - Dachshunds. Grupo 5 - Cães Spitz e Tipo Primitivo. Grupo 6 - Sabujos e Cães de Pista de Sangue. Grupo 7 - Cães de Aponte. Grupo 8 - Cães Recolhedores, Levantadores e d'Água. Grupo 9 - Cães de Companhia. Grupo 10 - Lebréis ou galgos. Grupo 11 – Raças em processo de homologação pelo FCI

Uma vez que o Bulldog Americano seja finalmente oficializado pelo FCI ele deverá ser incluído no Grupo 2 (molossos). Por hora ele está incluído no Grupo 11. Nota importante: Nos EUA existem vários entidades não filiadas à FCI (UKC, ARF, ABA, e dezenas de outros). Essas entidades não seguem o mesmo esquema de formatação dos grupos mostrada acima.

O Grupo 11 O Grupo 11 é composto por todas as raças ditas “em processo de homologação pela FCI”. Incluem-se aqui o PitBull, o Bulldod Americano, Veadeiro Gaucho, o Pastor Branco, e dezenas de outras raças menos comuns. Em algumas exposições já chegamos a contar mais de 50 Pitbulls em pista o que faz do grupo 11 um dos mais competitivos.

As Exposições e as Pistas

Quando o Kennel organiza uma exposição, na verdade ele está organizando um conjunto de 2, 3 ou até 4 exposições que irão ocorrer em paralelo. Essas “exposições” tem um nome único (Exemplo: XXIII Exposição Pan-Americana) e acontecem em PISTAS separadas e simultâneas. Por questão de agenda é comum termos 2 pistas para cada exposição, com os vários grupos sendo julgados em

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Totem American Bulldogsparalelo nessas duas pistas. As exposições podem ser Nacionais, Pan-Americanas, ou Internacionais. Cães do 11o Grupo não participam de exposições Internacionais.

Uma agenda, normalmente divulgada somente no dia da exposição, irá dizer qual a sequência de raças a serem apresentadas em cada pista. Em alguns casos dizem também o horário de cada raça. Na maioria das vezes contudo cabe ao próprio handler ficar atento ao desenrolar das apresentações e garantir que estará pronto para entrar na pista pelo menos 5 minutos antes da sua raça ser finalmente chamada à pista.

O Ritual: Melhor de Classe, Melhor Fêmea/Macho, Melhor de Grupo e Melhor da Exposição (Best in Show)

Julgamento das raças na primeira etapa da Exposição as raças são separadas por Grupos e cada raça de cada grupo é examinada separadamente, obedecendo ao seguinte ritual:

a) Julgamento das classes: As classes são separadas por sexo, idade e título. Primeiro são julgadas as fêmeas e depois os machos. Tanto as fêmeas quanto os machos são divididos em classes.

• Classe filhote A - cães de quatro meses à seis meses de idade. Competem ao título de Jovem Campeão (CJC);

• Classe filhote B – cães de seis meses e um dia à nove meses de idade. Competem ao título de Jovem Campeão (CJC);

• Classe jovem novíssimo – cães de nove meses e um dia à doze meses. Competem ao título de Jovem Campeão (CJC);

• Classe jovem júnior – cães de doze meses e um dia à quinze meses. Competem ao título de Campeão (CAC);

• Classe aberta – destinada a cães com mais de quinze meses, exceto para Campeões Brasileiros de Beleza e Grande Campeão, que na data da exposição tenham mais de quinze meses de idade. Nesta classe podem ser inscritos Campeões de Beleza de outros países e Campeões Internacionais que queiram disputar CAC. Concorrem a CACIB;

• Classe Campeonato - cães que já têm o título de campeão, e que estão disputando Grande Campeonato;

• Na Classe Grande Campeonato só participam os Grande Campeões.

• Classe veteranos - cães com mais de 8 anos;

Nota: Para cálculo das idades dos cães será sempre considerada a idade do cão na data para a qual a exposição está programada.

Nota 2: O Campeonato Pan-americano, o Campeonato Internacional, bem como o Grande Vencedor Nacional, constituem-se em títulos honoríficos e não terão classes próprias.

b) Julgamento do Melhor da Raça: uma vez selecionados os melhores das classes a etapa seguinte é o julgamento do Melhor Macho entre os vencedores e da Melhor Fêmea entre as vencedoras. O julgamento da raça termina com o julgamento do Melhor da Raça e o Reserva da Raça entre o macho vencedor e a fêmea vencedora. No julgamento do Reserva da raça entram, também os Reservas Macho e os Reserva Fêmea conforme o caso. Se o macho ganhar entra o Reserva Macho para disputar com a Melhor Fêmea o Reserva da Raça e vice versa.

c) Julgamento dos Grupos: Os vencedores de raça (melhor da raça e seu reserva), agora vão disputar os melhores dos grupos, assim, um a um entram novamente em pista os vencedores das raças

Classe Filhote B

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Totem American Bulldogspertencentes ao primeiro grupo. Entre esses cães, são eleitos os quatro melhores do grupo 1. Em seguida entram os vencedores do grupo 2 e, com o mesmo procedimento, são selecionados os quatro melhores do grupo 2 e assim por diante até o grupo 11.

d) Julgamento do Final da Exposição: Os vencedores de grupo, disputarão agora o título de Melhor da Exposição (também conhecido como Best in Show), assim, um a um entram novamente em pista os vencedores dos grupos. Desses cães são selecionados os quatro Melhores da Exposição começando pelo Melhor da Exposição (Best-in-Show). Após entrar o reserva do vencedor o Árbitro o examina e, em seguida, seleciona o Segundo Melhor da Exposição. Com o mesmo procedimento é selecionado o terceiro colocado e assim por diante.

Pontuação e Títulos

Um dos objetivos de participar de exposições é a acumulação dos pontos que são necessários para a obtenção dos títulos de Jovem Campeão, Campeão, Grande Campeão, Campeão Pan-Americano, Grande Campeão Pan-Americano e Campeão Mundial.

Para cada título específico o cão deverá acumular certificados de aptidão, que são obtidos quando o cão vence a classe que está competindo.

O Título de Jovem Campeão: Os Certificados de Jovem Campeonato (CJC) habilitam o exemplar a obter o Título de Jovem Campeão, desde que tenham sido confirmados. No julgamento de uma raça, o árbitro poderá outorgar CJC's a tantos exemplares quantos julgar merecedores. Fará jus ao Título de Jovem Campeão o exemplar que tiver obtido três CJC's devidamente homologados, concedidos por três árbitros diferentes.

O Título de Campeão: Fica a critério do árbitro outorgar ou não Certificados de Aptidão ao Campeonato (CAC), ao exemplar qualificado como excelente, observado o limite de CAC's por raça, variedade e sexo. Caso os exemplares presentes não sejam qualificados como excelente, o árbitro se absterá da concessão de CAC'S. Farão jus o Título de Campeão de Beleza os exemplares que preencherem as seguintes condições:

a) Terem obtido 05 (cinco) CAC's para machos e 04 (quatro) CAC's para fêmeas;

b) Terem seus CAC's sido outorgados por árbitros diferentes e confirmados no Mapa Geral de Resultados da Exposição e homologados;

c) Terem obtido um CAC após a idade de quinze meses;

d) Terem conseguido 01 (um) CAC com classificação de Melhor da Raça ou 01 (um) CAC com Reserva de Raça em Exposição oficial, formal;

Hendrix Spike sendo apresentado na Exposição do Kennel Club Brasil (Rio de Janeiro)

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Totem American Bulldogs

e) No caso do exemplar não possuir a premiação de Melhor da Raça ou Reserva de Raça, serão exigidos o dobro do número de CAC's, outorgados por árbitros diferentes, e confirmados no Mapa Geral de Resultados da Exposição e homologados.

O Título de Grande Campeão: O CGC (Certificado de aptidão a Grande Campeonato) é um certificado concedido por sexo e raça ou variedade, somente na classe Campeonato, a critério do árbitro, com os seguintes valores, desde que obtenham a classificação excelente:

• uma classificação de 5 pontos • uma classificação de 4 pontos • uma classificação de 3 pontos • uma classificação de 2 pontos • uma classificação de 1 ponto.

Parágrafo único - Na concessão dos CGC's, a pontuação ficará a critério do árbitro, de acordo com o julgamento do mérito, não havendo a obrigatoriedade em conceder, ao 1o colocado cinco pontos, nem sequer obedecer uma seqüência de pontos para os demais. Caso os exemplares presentes na classe Campeonato não sejam qualificados com excelente o árbitro se absterá da concessão de CGC's.

Farão jus ao Título de Grande Campeão de Beleza, os exemplares detentores de títulos de Campeão de Beleza homologados pela CBKC e portadores de CGC's confirmados e homologados no Mapa Geral do Resultado da Exposição, conforme segue:

• Machos que já tenham obtido o total de 60 (sessenta) pontos de CGC, confirmados e homologados, atribuídos por 05 (cinco) árbitros diferentes e tenham 03 (três) classificações de Melhor de Raça, em exposições formais, com concessão de CGC;

• Fêmeas que já tenham obtido o total de 40 (quarenta) pontos de CGC confirmados e homologados, atribuídos por cinco árbitros diferentes e tenham conquistado 02 (duas) classificações de Melhor de Raça, em exposições formais, com concessão de CGC.

O Título de Campeão Pan americano: O título de Campeão Pan-americano de Beleza será concedido a todo exemplar com mais de (15) quinze meses de idade, que tiver obtido 04 (quatro) CACPAB's (Certificado de Aptidão a Campeonato Pan-americano de Beleza), concedidos por juizes diferentes, sendo, pelo menos, um deles não brasileiro, por requerimento do proprietário anexando os CACPAB's para a devida homologação e emissão do título mediante pagamento da taxa correspondente. Os CACPAB's serão concedidos, a critério do Árbitro, observado as seguintes condições e limites: Caso os exemplares em julgamento não sejam qualificados como excelente o árbitro se absterá da concessão de CACPAB'S. Parágrafo único - A idade mínima para a validade do CACPAB e do Reserva de CACPAB é de 15 (quinze) meses e 01 (hum) dia, devendo a Secretaria da CBKC cancelar os CACPAB's e reservas de CACPAB'S concedidos a animais abaixo desta idade, ou transformar o reserva de CACPAB em CACPAB, se for o caso.

O título Campeão Mundial: Cães do Grupo 11 não se qualificam para obtenção de título de campeão internacional.

O que acontece durante a apresentação do cão?

Uma vez que uma determinada classe é chamada à pista (exemplo: “classe cães filhotes macho da raça xx”), os cães são inicilamente alinhados e colocados em posição de “stay” pelos seus handlers para o Exame Preliminar.

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Totem American BulldogsNota: A posição de “stay” é aquela onde o cão fica parado, bem aprumado e bem plantado no chão, na melhor das suas “poses”. Um bom handler irá conseguir isso com algum treinamento, para a surpresa e admiração dos donos. O handler poderá ficar de frente para o cão, em pé de lado, ou agachado de lado. Depende do handler.

Na posição de “stay” o juiz irá se aproximar e examinar se o cão possui alguma falta desqualificante, conforme determinada pelo padrão da raça. No Bulldog Americano ele irá olhar o cão de lado, de frente, de traz. Irá então verificar a dentição do cão para confirmar a mordedura correta (prognatismo inferior) e se não há faltas dentárias. Isso pode ser feito pelo próprio juiz, ou ele poderá pedir ao handler para abrir a boca do cão para inspeção de dentição, mordedura, etc. Irá então verificar se o cão (caso macho) tenha os dois testículos. Irá chegar a altura e irá verificar ainda se há temperamento agressivo do cão, e finalmente a utilização de artifícios químicos, físicos ou cirúrgicos com intenção de alterar a aparência natural do cão.

Caso o juiz acredite que exista algum aspecto irregular com o cão, e que o desqualifique, ele poderá pedir a retirada do cão da pista (fora da altura máximo ou mínima, mordedura incorreta, cão agressivo com as pessoas ou outros cães, cor incorreta, etc).

Exame preliminar numa exposição canina

A aparência geral –

Nesse momento o juiz irá verificar as características de porte, tipo e da harmonia do conjunto, incluíndo:

• Proporção entre a altura, a largura e o comprimento; entre a cabeça e o tronco; • O comprimento da pelagem, a textura, pigmentação, cor e marcações; • O estado do pêlo, presença ou ausência de sub-pêlo; • Substância: relação ossatura e musculatura.

Cabeça - exame das características gerais de masculinidade e feminilidade; • da proporção crânio-focinho; da inserção e do porte das orelhas; • da inserção, forma, cor e expressão dos olhos; • do stop, focinho e trufa;

• da boca: os maxilares, lábios, dentadura e mordedura, a coloração da mucosa e gengiva.

Cão sendo cuidadosamente colocado na posição de stay

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Totem American BulldogsLinha Superior - visto de perfil, é feita a análise da linha de contorno que vai desde a nuca, passando pela crista da face dorsal do pescoço, cernelha, ápice dos processos espinhosos, ao longo da cadeia de vértebras dorsais e lombares até a garupa, na inserção da cauda.

Neste quesito são examinados, ainda, a forma pela qual o pescoço está engastado no tronco; a posição da cernelha; resistência e elasticidade do dorso e do lombo; a posição, angulação e comprimento da garupa.

Linha Inferior também visto de perfil, é feita análise da linha de contorno que vai da ponta do esterno (manúbrio), passando ao longo do esterno e do ventre, até a linha anterior do contorno da coxa.

Aqui, são observados, ainda,

- o desenvolvimento do peito, de perfil, e do antepeito, de frente;

- forma e curvatura do arco descrito pelas costelas (visto pela frente ou por trás), conseqüentemente, o volume torácico e o grau de esgalgamento do abdome (com ou sem cinturinha).

Membros Anteriores - que incluem o ombro, o braço (úmero), o antebraço (rádio e ulna ou cúbito), a munheca (carpos e metacarpos) e o pé.

O árbitro examina a substância;

- angulações escapuloumerais;

- paralelismo dos aprumos, inclinação ou verticalidade e direcionamento dos metacarpos, formato e compacidade das patas;

- espessura, cor e resistência das almofadas plantares, dureza e aspereza da sola.

Membros Posteriores - que compreendem a garupa (coxal), coxa (fêmur), perna (tíbia e fíbula ou perônio), jarrete (tarsos e metatarsos) e as patas.

O exame é semelhante ao dos anteriores: o árbitro confere com as características da raça,

- o comprimento, largura e a inclinação da garupa;

- as angulações das coxas com a garupa, das coxas com as pernas, o prumo dos jarretes e, conforme o item anterior, as patas.

Cauda - é examinada em item separado, dada a sua importância no conjunto de características de cada raça:

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Totem American Bulldogs- a posição da inserção na garupa;

- espessura e comprimento, incluídas as caudectomizadas;

- forma; porte e pelagem.

Exame em Movimento

Uma vez que ele tenha inspecionado o cão, ele irá ir para o centro da pista, e solicitar ao handler que trote com os seus cães no sentido anti-horário até entrar em último na fila de cães. Esse trote permite ao juiz fazer a avaliação de movimentação do cão. Aqui ele irá observar e avaliar:

- a postura, o comportamento e o preparo físico do exemplar;

- o comportamento (firmeza ou oscilação) da linha superior (pescoço, dorso, lombo e garupa);

- a fluência e desenvoltura na movimentação, alcance das passadas dos membros anteriores, rendimento da propulsão dos posteriores e a cobertura de solo.

É o momento em que a rigidez/flacidez de seu dorso se evidencia.

O comprimento da passada de cada exemplar pode ser comparada com o comprimento da passada dos outros exemplares etc.

Após todos os cães terem sido avaliados individualmente, o juiz irá agora pedir que todos os handlers trotem com os seus cães (no sentido anti-horário). Esse trote pode durar uma ou até 4 voltas, e é a primeira avaliação comparativa direta de movimentação entre os cães.

Agora o juiz irá se posicionar em uma das extremidades da pista, e pedir que os handlers, um de cada vez, trotem em linha reta com os seus cães, ida e volta até a outra extremidade da pista, parando em posição de stay na volta. Aqui o juiz irá avaliar:

- o grau de alinhamento, proximidade ou afastamento, entre os membros do lado esquerdo em relação aos do lado direito (single tracking ou em paralelo);

- o comportamento dos cotovelos;

- a direção, aprumo e firmeza dos metacarpos, durante uma passada e a

- direção, aprumo e firmeza dos jarretes, no instante da pisada.

Finalmente ele irá pedir que os handlers alinhem novamente os seus cães, e realizem mais duas ou três voltas com o cão. Nesse momento ele deverá escolher o melhor cão da classe. Mais uma ou duas voltas e ele deverá escolher o 2o melhor.

Somente após TODAS as raças terem sido julgadas é que se iniciam os julgamentos de MELHOR DE GRUPO, e só então, BEST IN SHOW. (Já passamos por situação onde o Best in Show só iniciou 10 horas da noite de domingo!)

Variações desse procedimento são possíveis, e depende do gosto particular de cada juiz.

Fato: No Brasil a raça Bulldog Americano é ainda pequena, e pequena também é a sua participação em exposições. É normalmente bastante raro que um Bulldog Americano consiga vencer Melhor de Grupo principalmente no eixo Rio-São Paulo, onde é massiva a participação de PitBulls nesse grupo. Dois são os motivos principais no nosso entendimento. Primeiro, com a participação em massa de PitBulls no Grupo 11, é normal que o juiz tenda a dar o Melhor do Grupo para um cão de uma raça que participou com maior número de cães no evento. O segundomotivo é que o PitBull é uma raça muito mais antiga no Brasil com centenas de bons criadores. A consequência é que realmente exitem excelentes cães dessa raça o que torna tarefa de longo prazo a obtenção de Bulldogs Americanos com igual padrão de qualidade de conformação e movimentação.

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Totem American BulldogsExposição Especializada: Exposição Especializada de uma Raça é uma mostra na qual só participam exemplares da mesma raça e têm o objetivo de esmiuçar as qualidades e faltas particulares da raça analisada. Julgada por um Árbitro especializado, normalmente, criador da raça. Algumas vezes as exposições especializadas são organizadas em paralelo a exposições do calendário oficial.

Match de Raça: Match de raça é um evento de âmbito regional, julgada por um criador da raça que promove o evento com o objetivo de formar futuros Árbitros de Exposições.

Custos envolvidos

A participação em exposições caninas não saem barato, mas nem tão caro a ponto de serem proibitivas. No mínimo considere os seguintes custos básicos:

- Custo com a taxa de inscrição (R$ 30 a 60 reais por cão inscrito);

- Transporte do animal até o local do evento (depende da distância);

- Custo com o Handler (R$ 100,00 a 150,00 por exposição por cão apresentado);

- Custos diversos (alimentação, etc)

A preparação com o Método Clicker – Seja você mesmo um handler!

Se você resolver se tornar o próprio handler do seu cão, o processo de preparação e treinamento a ser seguido é simples e barato.

Você irá precisar:

Um aparelho chamado “clicker” (custa cerca de R$ 10,00 e é mais ou menos do tamanho de uma caixa de fósforos – ver figura ao lado)

Espaço plano e desimpedido de pelo menos 10x10 metros e que possa simular uma pista de exposição. Pode ser no seu próprio quintal, ou pode ser em uma praça próximo da sua casa, ou até mesmo uma rua onde não passem carros.

“Iscas”, que podem ser feitas de fígado cozido e cortado em pedacinhos, salsicha, ou compradas prontas.

“Carregando” o clicker

“Carregar o clicker” significa dar ao clicker poder e mágica. Algo que quando disparado gere uma recompensa fantástica. O cão fará de tudo para ouvir o barulho do clicker, e é aí que o treinamento irá começar.

Para carregar o clicker inicie chamando o cão. Quando ele estiver perto e olhando para você, clique e dê a ele uma isca e faça festa. Brinque um pouco. Espere um minuto ou dois e repita o exercício. Rapidamente ele irá associar o som do click a uma recompensa. Faça isso dezenas de vezes durante vários dias. Quando você perceber que o clicker está “carregado”, é hora de passar para o treinamento de pista.

Nota: Alguns cães não consideram uma guloseima como uma boa recompensa. Você poderá usar qualquer outra coisa que motive o seu cão, como um ratinho, uma bola, ou até mesmo um carinho.

Tempo de treinamento por seção: Em geral uma seção de treinamento não deve durar mais que 5 ou 10 minutos. Após esse tempo o cão perde o interesse e o treinamento perde a eficácia.

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O treinamento

Dentro do possível o treinamento deverá buscar simular uma pista de exposição de verdade. Deixe o cão preparado. Num dado momento ajeite a guia do cão e “entre na pista” trotando com o seu cão (exatamente como faria na exposição), e pare com ele para buscar a posição de stay em um dos lados da “pista”.

a) Fixando a posição de stay correta

No começo tente que o cão fique pelo menos parado olhando para você (ao invés de encostado, se arrastando ou subindo em você). Quando conseguir isso, CLIQUE, dê um agrado e faça festa. Saia da “pista” e comece tudo de novo, só que aos poucos tentando melhorar a posição do cão, bem como o tempo que ele fica parado. Insira aos poucos o comando “STAY” antes do click.

(Na prática você irá intercalar esse exercício com os outros dois da seqüência.)

O grande SEGREDO desse método é você conseguir capturar a posição exata do cão, ou o movimento perfeito. Somente nesse momento clique e dê o agrado ao animal. A idéia é o cão começar entender que para “acontecer” um clique, ele terá que fazer algo que você espera, do tipo ficar na posição stay. Quando ele ligar o comando STAY com a posição desejada, tudo então se encaixará, e você irá obter posições cada vez mais precisas.

A seqüência então será: Você dá o comando, o cão se posiciona com a sua ajuda, você clica e dá o prêmio. Depois de algumas aulas você poderá aumentar o tempo entre o comando “stay” e a clicada, e usar esse tempo para cuidadosamente ir corrigindo a posição dos pés dianteiros, e traseiros do seu cão. Para facilitar você poderá até segurar o seu cão pelo peito e por debaixo das pernas para colocá-los numa posição inicial de stay (observe como os handlers profissionais fazem isso e faça igual).

Nota: Todo o treinamento, fora o comando Stay, e o momento da festa após o click, deve ser feito em relativo silêncio, para não confundir o cão.

Capturando o movimento de trote perfeito

Uma vez que o cão tenha ficado em stay por alguns segundos, clique, dê o prêmio, e vamos para a parte do trote (mais ou menos como acontecerá na exposição).

Ajeite a guia do cão para ficar cuidadosamente encaixada na parte debaixo da inserção do ouvido e só então comece a trotar com o seu cão. No começo dê uma ou duas voltas, clique, e dê o prêmio. Pare, faça Stay, e comece de novo. Aos poucos você irá buscar capturar o melhor movimento do seu cão, e só clicar e premiar quando tiver obtido um bom movimento. Pode se útil ter alguém no meio da pista (esposa, amigo, filho) para ajudar a identificar esse movimento. Essa pessoa pode até mesmo comandar o clicker e a recompensa.

Nota: Um segredo que os handlers não contam é que cada cão tem uma velocidade ótima de movimentação. Em alguns casos essa velocidade é uma simples caminhada apressada. Em outros casos você deverá realmente dar uma corrida para obter essa movimentação ótima.

Cuidado para não ultrapassar a velocidade máxima, que é o momento onde ele deixa de trotar, para correr. Se o cão começar a disparar, diminua a velocidade.

Exercício de ida e volta em linha reta

Esse é o último exercício da série. Pare num canto da “pista”. Prepare o cão, e caminhe em linha reta com ele até o outro lado, e volte. Quando chegar no final, tente parar o cão já na posição de stay. Aqui você pode ir melhorando a caminhada aos poucos, e recompensando o cão de acordo com a obtenção de movimentação retilínea, na ida e na volta, como no exercício anterior.

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Guia do Bulldog Americano- Versão Nov.2004 - Página 53 de 53

Totem American Bulldogs

Endereços e Informações Úteis

Nome do Cão: ____________________________________________________________________

Nome do Canil de origem ___________________________________________________________

Endereço: _______________________________________________________________________

Telefone: ________________________________________________________________________

Email: __________________________________________________________________________

Nome do médico veterinário: ________________________________________________________

Endereço: _______________________________________________________________________

Telefone: ________________________________________________________________________

Email: __________________________________________________________________________

Telefone para urgência: ___________________________________________________________

Outras informações úteis: _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

À esquerda o Sr Johnson, principal responsável pela criação da raça. À direita, Claudiano Araújo ([email protected]), proprietário do Canil Totem American Bulldogs e autor deste manual. (Foto tirada

na Bulldog Tour 2002 - Georgia e Tennesee)