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MUNICIPALIZAÇÃO DOS ODM E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Guia de Municipalização ODM (ONU)

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A Organização das Nações Unidas (ONU) realizou no ano 2000 a Cúpula do Milênio, visandoreverter os maiores problemas mundiais que afetavam diretamente a qualidade de vida demilhões de pessoas.Desse encontro nasceu a Declaração do Milênio, que estabeleceu oito iniciati vas para tornaro mundo melhor e mais justo até 2015. Elas se tornaram conhecidas como Objeti vos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), uma plataforma humanista apoiada por líderes de 191 nações,entre elas o Brasil.

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MUNICIPALIZAODOS ODM EPARTICIPAO SOCIALRealizao:Agenda Pblica Agncia de Anlise e Cooperao em Polticas PblicasCoordenao:Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)Produo:Movimento Nacional pela Cidadania e SolidariedadeMinistrio do Planejamento, Oramento e GestoSecretaria-Geral da Presidncia da RepblicaAPRESENTAO .......................................................................................... 4OS ODM NO BRASIL .................................................................................... 5A MUNICIPALIZAO DOS ODM ................................................................. 9COMO AS CIDADES PODEM CONTRIBUIR .................................................. 10COMO MUNICIPALIZAR? ........................................................................... 111 - Consolidao do comit ou ncleo dos ODM .............................................. 112 - Radiograa da situao do municpio .......................................................... 133 - Construo de um plano de ao................................................................ 134 - Sistema de Monitoramento e Avaliao ....................................................... 14DICAS PARA O SUCESSO DA MUNICIPALIZAO ........................................ 15ALGUMAS POLTICAS DE GRANDE IMPACTO PARA ALCANAR OS ODM .... 151 - Acabar com a Fome e a Misria ................................................................... 152 - Educao Bsica de Qualidade para Todos ................................................... 163 - Igualdade entre Sexos e Valorizao da Mulher ........................................... 164 - Reduzir a Mortalidade Infantl ...................................................................... 175 - Melhorar a Sade das Gestantes .................................................................. 176 - Combater a AIDS, a Malria e Outras Doenas ............................................ 177 - Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente ........................................ 188 - Todo Mundo Trabalhando pelo Desenvolvimento ....................................... 18PRMIO ODM BRASIL.............................................................................. 19PLANO BRASIL SEM MISRIA E OS ODM ................................................... 20OS ODM E A PARTICIPAO SOCIAL .......................................................... 21NDICEAPRESENTAOA Organizao das Naes Unidas (ONU) realizou no ano 2000 a Cpula do Milnio, visando reverterosmaioresproblemasmundiaisqueafetavamdiretamenteaqualidadedevidade milhes de pessoas.Desse encontro nasceu a Declarao do Milnio, que estabeleceu oito iniciatvas para tornar o mundo melhor e mais justo at 2015. Elas se tornaram conhecidas como Objetvos de Desen-volvimento do Milnio (ODM), uma plataforma humanista apoiada por lderes de 191 naes, entre elas o Brasil. So eles:1 Acabar com a Fome e a Misria;2 Educao Bsica de Qualidade para Todos;3 Igualdade entre Sexos e Valorizao da Mulher;4 Reduzir a Mortalidade Infantl;5 Melhorar a Sade das Gestantes;6 Combater a AIDS, a Malria e Outras Doenas;7 Qualidade de Vida e Respeito ao Meio Ambiente;8 Todo Mundo Trabalhando pelo Desenvolvimento.4OS ODM NO BRASILNo mbito do governo federal, diversos ministrios desenvolvem poltcas e programas que se relacionam com os Objetvos de Desenvolvimento do Milnio. Compete Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica a responsabilidade de mobilizar e apoiar entdades da sociedade civil, rgos pblicos, prefeituras e governos estaduais que desenvolvem projetos e aes em prol dos ODM.Nesse sentdo, em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e com o Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Secretaria-Geral coordena o Prmio ODM Brasil; incentva a mobilizao dos ncleos e comits dos ODM nos estados e municpios; artcula a partcipao de gestores pblicos nos debates sobre os ODM; dissemina as metas e os Objetvos do Milnio; e busca envolver as comunidades nessa temtca.EssasaespossibilitaramqueoBrasilavanasserumoaocumprimentodasmetasdo milnio, algumas j alcanadas. O Brasil tambm ocupa um lugar de destaque no contexto dos ODM em funo das poltcas pblicas executadas pelo governo federal, que vo ao encontro de cada um dos oito Objetvos. So elas: Acabar com a Fome e a MisriaPlano Brasil Sem Misria;Programa Bolsa Famlia;Programa Nacional de Alimentao Escolar (PNAE);Sistema Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional;Programa de Aquisio de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA);Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf);Programa Territrios da Cidadania;Poltca de Valorizao do Salrio Mnimo;Economia Solidria;Programa de Erradicao do Trabalho Infantl (Pet);Programa Sade na Escola;Benefcio de Prestao Contnuada (BPC) e Renda Mensal Vitalcia;5Programa BPC na Escola;Consolidao do Sistema nico da Assistncia Social (Suas);Programa de Promoo do Registro Civil de Nascimento;Programa Nacional de Segurana Pblica e Cidadania (Pronasci);Aes de Promoo da Igualdade Racial.Educao Bsica de Qualidade para TodosPlano de Metas e Compromissos Todos pela Educao;Plano de Desenvolvimento da Educao (PDE);FundodeManutenoeDesenvolvimentodaEducaoBsicaedeValorizaodos Prossionais da Educao (Fundeb);Programas nacionais suplementares, como de transporte escolar e outros;ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (Ideb);Prova Brasil;Provinha Brasil;Obrigatoriedade do ensino dos quatro aos 17 anos;Programa Mais Educao;Acompanhamento da frequncia escolar de crianas e adolescentes (Condicionalidades em Educao do Bolsa Famlia);Programa do Livro;Programa Nacional de Tecnologia Educacional;Programa Brasil Alfabetzado;Universidade Aberta do Brasil;Programa de Formao Contnuada do Ensino Fundamental.6Igualdade entre Sexos e Valorizao da MulherII Plano Nacional de Poltcas para as Mulheres (PNPM); Pacto Nacional pelo Enfrentamento Violncia contra as Mulheres; Programa Trabalho e Empreendedorismo das Mulheres;Programa Organizao Produtva de Mulheres Rurais;Ampliao da Licena-Maternidade;Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Mulher); Medidas de enfrentamento ao trco de pessoas.Reduzir a Mortalidade InfantlPrograma Rede Cegonha;Estratgia Sade da Famlia;Poltcas e aes voltadas para a ateno sade das crianas;Vigilncia da mortalidade infantl e fetal;Programa Nacional de Imunizao (PNI);Compromisso de acelerar a reduo das desigualdades na Regio Nordeste e Amaznia Legal Pacto pela Reduo da Mortalidade Infantl.Melhorar a Sade das GestantesPrograma Rede Cegonha;ProgramadeFortalecimentodePreveno,DiagnstcoeTratamentodoCncerde Colo de tero e de Mama; Poltca de Ateno Integral Sade da Mulher;Pacto Nacional pela Reduo da Mortalidade Materna e Neonatal;Poltca Nacional de Direitos Sexuais e Reprodutvos;CompromissoparaAceleraraReduodasDesigualdadesnaRegioNordesteena Amaznia Legal Pacto pela Reduo da Mortalidade Infantl;Servio de Atendimento Mvel de Urgncia (Samu).7Combater a AIDS, a Malria e Outras DoenasPrograma Nacional DST, AIDS e Hepatte Virais;Programa Nacional de Controle da Malria (PNCM);Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT);Programa Nacional de Hansenase (PNCH).Qualidade de Vida e Respeito ao Meio AmbientePrograma de Conservao e Recuperao dos Biomas Brasileiros;Programa Nacional de Florestas (PNF);Programa Comunidades Tradicionais;Programa Probacias Conservao de Bacias Hidrogrcas;Plano Nacional sobre Mudana do Clima;Programa Recursos Pesqueiros Renovveis;Tarifa Social e Energia;Programa Luz para Todos;Programa Saneamento para Todos;Construo de Cisternas;Programa Servios Urbanos de gua e Esgoto;Programa de Arrendamento Residencial;Programa Minha Casa, Minha Vida;Programa Papel Passado.Todo Mundo Trabalhando pelo DesenvolvimentoPrograma de Cooperao Tcnica Internacional;Conselho de Desenvolvimento Econmico e Social (CDES);Conselhos e conferncias nacionais;PPA Partcipatvo.8No entanto, ainda que o governo federal esteja colocando em prtica polticas pblicas quecontribuemparaoalcancedasmetas,oBrasilsconseguiratingirplenamente os ODM se o trabalho for desenvolvido em conjunto pela sociedade civil, pelos rgos pblicos e pelos governos.A MUNICIPALIZAO DOS ODMPara que as conquistas em relao aos ODM alcancem todos os brasileiros, necessrio fazerchegaraosmunicpiososbonsresultadosglobaisconseguidospeloBrasil.Quando osndiceseconmicosesociaispositivossodesmembradospelasregiesemunicpios, ficam evidenciadas diversas fragilidades regionais e locais frente aos principais indicadores de desenvolvimento. por isso que os municpios tm um papel e uma contribuio fundamental para o cum-primento dos ODM, pois respondem pela gesto de diversas polticas relacionadas a eles. Alm disso, detm vantagens em relao s demais esferas de governo no que diz respeito adoo de uma agenda de desenvolvimento, porque:tm autonomia operacional e mandato formal para prover vrios servios populao;tmmandatoinstitucionalparapromoveraesnasreasdedesenvolvimento econmicoesocial,meioambiente,saneamento,educao,cultura,sadeese-gurana;podem estabelecer acordos com ONGs e com o setor privado para criar uma agenda cooperatva;podem adotar leis complementares em assuntos sociais e ambientais; principalmente, contam com a proximidade do cidado, pois no municpio que a ci-dadania fortalecida.Nessa perspectva, ca evidente que o Brasil como um todo s atngir as metas se as pre-feituraspartciparematvamentedesseprocesso,emconjuntocomogovernofederal,os governosestaduaiseasociedadecivil.Omaiordesaomelhoraravidademilhesde brasileiros.ParaissonecessriolevarosODMparaosmunicpios,oquechamamosde municipalizao dos ODM, pois essa conquista s ser obtda com o engajamento de todos.9COMO AS CIDADES PODEM CONTRIBUIRAs prefeituras desenvolvem diversos programas que geram impacto positvo sobre os ODM. A partr da Consttuio de 1988, os municpios ganharam mais autonomia e maior atribuio nas reas de Sade, Educao e Meio Ambiente, entre outras. Na rea de Sade, por exemplo, as prefeituras so obrigadas a investr no mnimo 15% do total de sua arrecadao por deter-minao da Consttuio. Algumas esto investndo muito mais. O Programa Sade da Famlia (PSF),aassistnciaaospartosnaturais(parteirasematernidade)eadistribuiodemedica-mentosdeatenobsicasoalgumasdasaesacargodosmunicpiosqueserelacionam diretamente com os Objetvos da ONU (ODM 4, 5 e 6). Na Educao, por determinao consttucional, o valor do investmento dos municpios deve ser de no mnimo 25% das receitas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, de 1996, prev a garanta de acesso gratuito Educao Infantl e ao Ensino Fundamental (ODM 2 e im-pacto no ODM 3). J na rea ambiental, com a criao do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) os municpios passaram a ser responsveis pela execuo e scalizao das aes de proteo da qualidade ambiental e pelo Plano Diretor, que dene a poltca de desenvolvimento urbano e tem forte impacto na sustentabilidade ambiental (ODM 7).Programas federais como o Bolsa Famlia tm gesto municipalizada, o que possibilita uma aberturadeespaoparaqueasprefeiturascriemexperinciasinovadorasnocombatepo-breza (ODM 1) e na melhoria das condies de educao (ODM 2) e de sade (ODM 4).Certamente os municpios fazem mais do que exigido pela Constituio. A municipaliza-o significa relacionar com os ODM as polticas, programas e aes que j so executadas ecriarnovasiniciativasqueinduzamaocumprimentodasmetasdomilnio.Emresumo, municipalizar :reconhecer que os governos locais tm papel protagonista nos ODM; adequar as poltcas pblicas j implantadas pelas prefeituras aos ODM;criar novas iniciatvas que visem atngir as metas estabelecidas. A municipalizao , na verdade, uma via de mo dupla. De um lado, o pas se fortalece com o engajamento de todos, aumenta o processo de disseminao dos ODM e cria reais condies para cumprir todas as metas at 2015. De outro, os gestores municipais ganham muito, uma vez que os ODM permitem consolidar algumas vantagens, entre elas:Construir uma agenda universal que contemple os principais aspectos de uma agenda de gesto eciente;10aperfeioarosserviospblicoseodesenvolvimentodeaesdecombatevul-nerabilidade;ter maior facilidade para obter recursos federais, estaduais e internacionais;trazer as comunidades locais para dialogar e ajudar a decidir o rumo das polticas pblicas;adotarumagestovoltadapararesultadosprticosquepodemseravaliadosde forma eficiente;maiorvisibilidadedagesto,obtendooreconhecimentodotrabalhoexecutadopor meio de prmios e inseres na mdia;facilitar o monitoramento, a avaliao e a mensurao de resultados das polticas pblicas.COMO MUNICIPALIZAR?AagendademunicipalizaodosObjetvosdeDesenvolvimentodoMilniodeveserum compromisso do municpio, e no apenas do prefeito municipal. Sem isso, dicilmente a mu-nicipalizao ser insttucionalizada, podendo ser interrompida durante o prprio governo ou nas mudanas de mandato. Propomos, ento, que sejam adotadas as seguintes medidas:1 - Consolidao do comit ou ncleo dos ODMO primeiro passo formar o comit ou ncleo de acompanhamento dos ODM no municpio e reconhec-lo legalmente. Esse comit ou ncleo vai acompanhar o processo de municipaliza-o dos ODM. Podem partcipar membros dos Poderes Executvo, Judicirio e Legislatvo, alm de representantes dos conselhos municipais, da sociedade civil organizada, de sindicatos e do setor produtvo. No caso do Poder Executvo, essencial a presena das secretarias de governo, de planejamento e de nanas ou de instncias equivalentes.A partcipao de representantes de segmentos como adolescentes, mulheres, negros e ind-genas tambm muito importante para dar ateno partcular s caracterstcas desses grupos sociais. O comit pode ser integrado, ainda, por representantes de universidades, de estatais e por outros parceiros estratgicos.O comit deve ter como atribuies acompanhar, subsidiar e monitorar o processo de mu-nicipalizaodosObjetvosdeDesenvolvimentodoMilnio.Paraisso,importantequeos partcipantes do comit conheam a situao das temtcas dos ODM no municpio.11Nesse sentdo, os documentos produzidos nas conferncias municipais, o Plano Plurianual e os relatrios de governo ou de insttuies independentes so boas fontes de informao. Os integrantes do comit tambm devem conhecer o processo de anlise de indicadores, pois o acompanhamento conduzido com base nele. O comit ou ncleo pode ser ocializado por um decreto ou portaria municipal. Com um mandato claro e insttucionalizado, alm de responsabi-lidades e atribuies pr-existentes, a capacidade do comit ca ampliada e fortalecida.O Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, criado em 2004, o grande incent-vador da consolidao dos comits e ncleos estaduais e municipais e, consequentemente, da municipalizao. O Movimento tem mobilizado milhares de lideranas e de entdades em todo o pas em seminrios que estmulam e sensibilizam a sociedade a partcipar de projetos sociais em prol dos ODM. Os Conselhos Municipais Os ODM servem como um eixo condutor de esforos em prol do desenvolvimento humano e desaam a sociedade a encontrar novas formas de cooperao e engajamentodeseusatores.Porisso,fundamentalbuscarconvergnciasentreasagendas dos movimentos sociais e dos Conselhos e a plataforma proposta pelos ODM.AparticipaodosConselhosnoplanejamentoedefiniodasmetaseindicadores que orientaro as prioridades do municpio garante as seguintes vantagens:aumentaaschancesdeoprocessoserinstitucionalizadoecontinuado,mesmo aps a mudana de gestor, pois o compromisso firmado com outros atores e seg-mentos sociais; permite aos conselheiros dispor de mais informaes para embasar o planejamen-to de suas aes e fazer o controle social das polticas;possibilitaaarticulaodaspolticaspblicasdeformatransversalnosdiversos conselhos; ampliaasbasesderepresentaodosconselheiros,porquepermiteinstaurarde-batesmaisqualificadoscomasvriasinstnciasdopoderpblicojuntoaoseg-mento que representam e aos cidados;aprimora as ferramentas de gesto, liderana e inovao que caracterizam os man-datos de cada conselho.A efetvidade dos Conselhos depende de disposio poltca de seus integrantes e dos gover-nos locais para que possam, de fato, partcipar e inuir nas estratgias adotadas pela sociedade.122 - Radiograa da situao do municpioInsttudo o comit ou ncleo, o prximo passo saber como est a realidade do municpio em relao aos ODM. O portal eletrnico www.portalodm.org.br uma boa ferramenta de con-sulta, uma vez que mostra anlises, grcos e mapas sobre a situao de cada um dos Objetvos em todos os municpios brasileiros. O portal foi desenvolvido pelo Observatrio de Indicadores de Sustentabilidade (Orbis) e o resultado da busca serve como indicatvo para a elaborao de diagnstcos sobre a tendncia dos problemas municipais. Conhecendo-se os problemas mais fcil tomar decises sobre o rumo que as poltcas pblicas devem seguir. Os indicadores devem ser interpretados para que possam contribuir com os Objetvos e suas metas especcas. A anlise deve levar em conta a srie histrica de dados disponveis. essen-cial que os indicadores sejam trabalhados de forma desagregada, considerando-se no apenas as mdias registradas pelos ndices ou estatstcas, mas as eventuais desigualdades territoriais, tnicas e de gnero. tambm importante adaptar os indicadores e as metas realidade e aos interesses do municpio.Sistematzao As discusses e informaes sobre o perl municipal dos ODM devem ser organizadas em um relatrio, que poder ser disseminado na comunidade. Se bem elaborado o documento pode servir de fonte para o planejamento e a prtca dos conselhos municipais. Ele tambm pode ser tl para os tcnicos envolvidos na elaborao dos Planos Plurianuais. Um indicador uma informao que permite revelar a que distncia se est de um determi-nado objetvo e, por isso, pode ser usado no monitoramento e na avaliao de poltcas pbli-cas.Umindicadorsocialumamedida,geralmentenumrica,queinformaumaspectoda realidade social ou mudanas que esto ocorrendo. O nmero de bitos de crianas com menos de um ano por mil nascidos vivos, por exemplo, um dos indicadores de mortalidade infantl mais amplamente adotado no mundo. 3 - Construo de um plano de ao Apsidentcarasmetaseindicadoreslocais,sugere-sequeassecretariasouorgode planejamentodomunicpio,juntocomocomitdeacompanhamentodosODM,construam um plano de trabalho prevendo as aes, os responsveis por sua implantao, a durao e os recursos necessrios.Nesse momento, preciso prever quanto custa, por exemplo, reduzir em 10% a evaso es-colar no municpio, se essa for uma das metas adotadas, e vericar se os recursos requeridos estaro disponveis no prazo previsto.13A elaborao do plano deve levar em conta os resultados das aes e programas em curso no municpio e os resultados da situao do perl municipal dos ODM. Para isso, o rgo respon-svel pelo planejamento, junto com o comit de acompanhamento dos ODM, deve analisar a trajetriadaspoltcas,deformapartcipatvaerealista.importantecertcar-sedequeas aes existentes sero sucientes, tendo em vista o ritmo de progresso demandado para atngir a meta. Tambm fundamental identcar como os eventos externos podem inuenciar o cum-primento de cada meta. recomendvel que todos os membros do comit sejam envolvidos no processo, para garantr a avaliao multdisciplinar das poltcas.Combasenessasconstataes,possveldeniraesconcretasparaamelhoriadecada um dos indicadores e o cumprimento de cada meta. As aes devem contemplar as vises de mdio e longo prazos. O planejamento deve vir acompanhado de uma estratgia de implanta-o das aes, descrevendo as atribuies e os respectvos responsveis. Alm disso, pode-se prever a adoo de mecanismos de reviso peridica do processo e dos pactos rmados, incluir uma estratgia para a mobilizao de parcerias e investmentos e criar formas de assegurar a contnuidade dos programas e aes.4 - Sistema de Monitoramento e AvaliaoA construo de um sistema de monitoramento e avaliao deve ter como base os indicado-res e metas utlizados para a construo do perl municipal dos ODM. O sistema contribui com o processo de anlise das aes adotadas e para a manuteno dos compromissos expressos no plano de ao. Para que o acompanhamento seja realizado com propriedade, necessria a consttuio de um grupo especco de monitoramento, que responda por essa funo. recomendvelqueogrupodemonitoramentosejaintegradoporrepresentantesdas secretarias ou do rgo de planejamento do municpio, alm de membros do comit de acom-panhamentodosODM.Ogruporesponsvelporessatarefadevedarsuportespoltcase estratgias setoriais. Para isso, sugere-se realizar consultas e debates (reunies, seminrios ou ocinas) junto aos formuladores e implementadores de poltcas pblicas e aos representantes de organizaes da sociedade civil. O grupo tambm tem a responsabilidade de disseminar as conclusestradasdoprocessodemonitoramentoeavaliao.Umaformaadequadadedar visibilidadesinformaesproduzir,pelomenosumavezaoano,uminformatvosobrea situao dos ODM no municpio.Os relatrios podem explicitar tendncias, identcar problemas e avanos e deixar claras as prioridades locais. Eles podem ser produzidos com base na atualizao do diagnstco do perl municipal dos ODM.14DICAS PARA O SUCESSO DA MUNICIPALIZAOAdequar os objetvos mais abrangentes ao contexto local;equilibrar ambio e realismo na hora da denio de metas. Metas ambiciosas e pou-co realistas dicilmente so atngidas, gerando frustrao;criar metas intermedirias para manter o comprometmento poltco e assegurar a res-ponsabilidade. Elas devem estar ancoradas nos objetvos de longo prazo. Metas pouco desaadoras prejudicam a mobilizao;adotar uma agenda compatvel com a realidade tcnica, nanceira e poltca local. Em pequenos municpios, a municipalizao pode signicar a adoo de um plano de tra-balho limitado a alguns objetvos percebidos como prioritrios at que o patamar de possibilidades se eleve;alinharaagendadosObjetvosdeDesenvolvimentodoMilniosdemaisagendas poltcas do governo. Sem o compromisso e a liderana dos principais gestores munici-pais, dicilmente a municipalizao ter sucesso;incluir as metas nais e intermedirias no Plano Plurianual (PPA) e no oramento mu-nicipal, lembrando que os custos dos ODM so melhor estmados durante um perodo de dois a trs anos.ALGUMAS POLTICAS DE GRANDE IMPACTO PARA ALCANAR OS ODM1 - ACABAR COM A FOME E A MISRIAMETADOMILNIO:Reduzirpelametade,at2015,aproporodapopulaocomrenda inferior a um dlar por dia e das pessoas que passam fome. Meta atngida pelo Brasil. Plano Brasil Sem Misria: Retrar 16,2 milhes de brasileiros da extrema pobreza. Atuao em trs frentes: incluso produtva, ampliao das redes de servios sociais e de benefcios.Promover a agricultura familiar e de subsistncia;identificarbeneficiriosdeprogramasdecrditoagrcolaparapequenosprodu-tores;implantar o Programa de Aquisio da Agricultura Familiar (PAA), utilizando produ-tos locais na alimentao escolar;formargruposdemesoumerendeirasqueensinemcomoaproveitarmelhoros alimentos;15apoiar/criar programas de gerao de trabalho e renda;estruturar cooperatvas e criar condies para o aproveitamento e comercializao da produo excedente.2 - EDUCAO BSICA E DE QUALIDADE PARA TODOSMETADOMILNIO:At2015,todasascrianasdevemterminarociclocompletodo Ensino Bsico.Criar programas de reforo escolar comunitrio;criar projetos de acesso Internet e a novas tecnologias;implantar ensino em tempo integral;combater o trabalho infantl;favorecer o acesso ao Ensino Fundamental;levantar o nmero de analfabetos e incentv-los a frequentar cursos de alfabetzao;criar bibliotecas e salas de leitura;condicionar a permanncia nos programas sociais frequncia escolar.3 - IGUALDADE ENTRE SEXOS E VALORIZAO DA MULHERMETA DO MILNIO: Eliminar as disparidades entre os sexos no Ensino Fundamental e Mdio em todos os nveis at 2015. Incentvaraautonomiafemininadeformaqueasmulherespassemadesempenhar papis de protagonistas;identcar o estgio de implementao do Pacto Nacional de Enfrentamento da Violn-cia contra a Mulher;criar/divulgaroscentrosdeatendimentosmulheresondeelaspossamdenunciara violncia e ter acompanhamento fsico e psicolgico;criar novas oportunidades de trabalho para mulheres;incentvar aes que estmulem as mulheres a buscar alternatvas de renda;igualar os salrios de homens e mulheres em funes equivalentes.164 - REDUZIR A MORTALIDADE INFANTILMETA DO MILNIO: Reduzir em dois teros, at 2015, a mortalidade de crianas menores de cinco anos, ou seja, reduzir em 17,9 bitos por mil nascidos vivos. Criar programas de nutrio para crianas menores de cinco anos, fornecendo zinco e vitamina A, quando necessrio;garantir que todas as crianas nascidas sejam medidas e pesadas;acompanhar o desenvolvimento das crianas recm-nascidas;apoiaredivulgarcampanhasdevacinao,dealeitamentomaterno,dehigienee de nutrio de bebs;condicionar a permanncia nos programas sociais a aes de acompanhamento de sade.5 - MELHORAR A SADE DAS GESTANTESMETA DO MILNIO: Reduzir em trs quartos a taxa de mortalidade materna, ou seja, a Razo de Mortalidade Materna (RMM) dever ser igual ou inferior a 35 bitos por 100 mil nascidos vivos. Criar programas comunitrios de nutrio para mulheres grvidas e em fase de lactao;programas de Apoio Sade da Mulher;programas de Preveno do Cncer de Mama e de Colo de tero;preveno da gravidez de risco;acompanhamento pr-natal.6 - COMBATER O HIV/AIDS, A MALRIA E OUTRAS DOENASMETA DO MILNIO: Deter a propagao do HIV/AIDS, da malria e de outras doenas e in-verter a tendncia atual, ou seja, o aumento de casos.Ensinar cuidados bsicos em relao higiene;divulgar mtodos de combate dengue;incentvar a populao a partcipar das campanhas de vacinao;distribuirmosquiteirostratadoscominsetcidasdelongaduraoparacrianasque vivem nas regies onde a malria endmica;17elaborar campanhas de doao de sangue e de rgos;realizar campanhas sobre a incluso em cadastros de medula ssea;garantr a desparasitao anual de todas as crianas que frequentam escolas em zonas afetadas;realizar campanhas de informao, mobilizao e combate AIDS e outras doenas.7 - QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTEMETA DO MILNIO: Reduzir pela metade, at 2015, a proporo da populao sem acesso guapotveleesgotamentosanitrio;integrarosprincpiosdodesenvolvimentosustentvel nas poltcas e programas e reverter a perda de recursos ambientais. Criar fundos intermunicipais, metropolitanos ou estaduais para financiar a recupe-rao de reas desprivilegiadas da cidade e reservar terrenos para a construo de habitao popular;implantar programas de coleta seletiva;identificar a implantao dos Planos Diretores, especialmente no que diz respeito Habitao de Interesse Social;apoiar e promover programas de Habitao de Interesse Social que incluam sanea-mento e infraestrutura;apoiar o plantio de rvores;mobilizar as pessoas para o uso racional da gua e da energia;realizar mutires de limpeza e rearborizao de praas, rios e lagos;criar programas de ateno s ocupaes em reas de risco.8 - TODO MUNDO TRABALHANDO PELO DESENVOLVIMENTOMETADOMILNIO:Tratarglobalmenteosproblemasmundiaisemcooperaocomos governos,empresasesociedadecivilparatornardisponveloacessoanovastecnologiasde informao e comunicao, ao trabalho juvenil, a medicamentos com preos acessveis e a um sistema comercial nanceiro aberto.Apoiar programas de qualicao dos conselhos municipais de poltcas pblicas;estmularapartcipaodapopulaonosfrunsdeconsultapopular,comooPlano Diretor da cidade e o Oramento Partcipatvo, se houver;promover ocinas de mobilizao em prol dos ODM;18implantar programas de incentvo ao voluntariado;replicar experincias que foram bem sucedidas em outros municpios;disseminar prtcas municipais exitosas.PRMIO ODM BRASIL O Prmio ODM Brasil foi criado pelo governo federal para reconhecer, valorizar e incentvar as mais importantes e criatvas aes da sociedade civil e de governos municipais que ajudam o Brasil a atngir os ODM.A coordenao do Prmio ODM Brasil de responsabilidade da Secretaria-Geral da Presidn-ciadaRepblica,emparceriacomoProgramadasNaesUnidasparaoDesenvolvimento (PNUD) e o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade. As prefeituras podem inscrever no Prmio projetos que contribuam para o alcance das me-tas. Essa uma oportunidade de o trabalho desenvolvido nos municpios ser reconhecido como uma boa prtca que poder, inclusive, ser disseminada em outras cidades. Paraaescolhadosprojetossoconsideradososseguintescritrios:contribuiopara alcanarosODM;impactonopblicoatendido;partcipaodacomunidade;existnciade parcerias; potencial de replicabilidade; complementaridade e integrao com outras poltcas.A coordenao tcnica do Prmio de responsabilidade do Insttuto de Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea) e da Escola Nacional de Administrao Pblica (Enap). O Prmio ODM Brasil homenageia a capacidade transformadora de brasileiros que, com certeza,vocontinuarcontribuindoparaoobjetivomaiordetornaroBrasilmaisjusto e igualitrio. INFORMAES ADICIONAIS SOBRE OS ODM:www.odmbrasil.org.brwww.nospodemos.org.brwww.portalodm.org.brwww.secretariageral.gov.br19PLANO BRASIL SEM MISRIA E OS ODMO governo federal caminha no rumo da justa social com nfase na erradicao da misria. Um exemplo disso o Plano Brasil Sem Misria, que busca combater a pobreza em suas vrias dimenses para garantr populao brasileira acesso a melhores oportunidades de ocupao e renda e plena cidadania.Os Objetvos de Desenvolvimento do Milnio representam uma estratgia que pode ser ar-tculada com o Plano Brasil Sem Misria, uma vez que buscam a mesma nalidade, a comear pelo Objetvo nmero 1: Erradicar a Extrema Pobreza e a Fome.A concentrao de pobres est em territrios de baixo dinamismo econmico, reas onde o Brasil Sem Misria quer dar mais nfase. So exatamente nesses territrios que se localizam os municpios com diculdades para atngir as metas do milnio. Comoasmetasdomilniotratamdedireitosbsicos,apobrezavistanoapenascomo faltaderenda,mesmoadmitndo-sequeainsucinciaderecursosnanceirosrepresenta umgrandegargalo.Paraerradicarapobreza,segundooentendimentodaONUaoestabe-lecer os ODM, necessria uma abordagem multdimensional que consiga dar conta de outras variveis, como por exemplo assegurar sade e educao; reduzir a fome, a mortalidade infantl e a mortalidade materna; garantr o desenvolvimento sustentvel e a igualdade entre os sexos; e estabelecer parcerias entre todos para o trabalho em prol do desenvolvimento. Se essas me-tas forem alcanadas, consequentemente, a erradicao da pobreza tambm ser. Os ncleos estaduais dos ODM (instalados nos 26 estados e no Distrito Federal) e os ncleos municipais dos ODM (j em funcionamento em alguns municpios) so parceiros ideais na iden-tcao da populao que vive em vulnerabilidade. Os ncleos desempenham um importante papel de disseminao dos ODM e de mobilizao para o alcance das metas, uma vez que esto mais prximos da comunidade e trabalham, em sua maioria, em projetos sociais locais.Alguns dados do perl dos extremamente pobres apontados pelo Plano Brasil Sem Misria, usando como base o Censo do IBGE de 2010, revelam a importncia que os ODM tm para re-verter alguns indicadores:- Concentrao de pobres na Regio Nordeste.Os esforos para o alcance dos ODM ocorrem em todo o pas, mas ser no Norte e Nordeste que as aes sero mais intensas. - 39,9% dos extremamente pobres tm at 14 anos. 20Uma das metas dos ODM fazer com que todas as pessoas de sete a 14 anos concluamo Ensino Fundamental at 2015. - 25,8% do contngente de extremamente pobres, entre 15 anos ou mais, so analfabetos. Outra meta dos ODM erradicar o analfabetsmo da populao de 15 a 24 anos at 2015. Aes de educao so algumas das condies bsicas para romper o crculo vicioso da fome, previstas nos ODM e no Plano Brasil Sem Misria.- 53,3% dos domiclios no esto ligados rede geral de esgoto pluvial ou fossa sptca e 48,4% dos domiclios rurais em extrema pobreza no esto ligados rede geral de distribuio de gua e no tm poo ou nascente na propriedade. Cuidardomeioambienteegarantirasustentabilidadeambientalumadasmetasdo Objetivo 7 dos ODM, que prev garantia de acesso da populao gua e esgoto. Isso passa por tratamento de gua, saneamento bsico, cobertura vegetal e uso sustentvel de ener-gia, entre outros.OS ODM E A PARTICIPAO SOCIALNa dcada de 1990 foram realizadas uma srie de conferncias que tratavam de direitos hu-manos, igualdade e equidade de gnero, desenvolvimento social, direitos das crianas, popu-lao, direitos sexuais e reprodutvos e direito habitao. Foi com base nessas efervescentes discusses e nos compromissos assumidos pela comunidade internacional que surgiu a Decla-rao do Milnio.A Declarao do Milnio deixa clara a importncia da partcipao social ao armar que os homens e as mulheres tm o direito de viver a sua vida e de criar os seus lhos com dignidade, sem fome e sem medo da violncia, da opresso e da injusta. A melhor forma de garantr es-ses direitos atravs de governos de democracia partcipatva baseados na vontade popular.Odocumentopropsaindaoitoiniciatvasparamelhoraromundo,quecaramconheci-das como Objetvos de Desenvolvimento do Milnio (ODM). Foi a partr de 1995 que a Cpula Social das Naes Unidas reconheceu que era possvel erradicar a pobreza e tornar o mundo melhor adotando-se um novo conceito de desenvolvimento que no tnha como foco apenas a pobreza. Considerava tambm o pleno emprego e a incluso social como aspectos igualmente importantes para o desenvolvimento dos pases. A partr da, a sociedade civil desempenhou umpapelatvonacobranaparamelhorarascondiesdevidadapopulaoapelandoaos governos que adotassem novos conceitos de desenvolvimento.21OsObjetvosdeDesenvolvimentodoMilnionasceramdessaindignaodasociedade diante dos problemas enfrentados pela populao mundial. A partcipao social est presente nos ODM desde a sua concepo. Avanar na mobilizao de todos os setores da sociedade a estratgia principal do governo brasileiro para alcanar as metas. Ciente disso, a mobilizao pelos ODM tomou fora em 2004, quandoogovernofederal,oProgramadasNaesUnidaspeloDesenvolvimento(PNUD),a sociedade civil e a iniciatva privada se uniram para criar o Movimento Nacional pela Cidadania eSolidariedade,quenasceucomanalidadedeconscientzaremobilizarasociedadecivile os governos para atngir todos os Objetvos at 2015. O Movimento apartdrio e ecumnico. A trajetria dos ODM em relao partcipao social se d tambm na concepo da criao dos ncleos locais estaduais/municipais dos ODM. Esses ncleos so integrados por represen-tantes de organizaes e movimentos sociais e empresariais. Para criar os ncleos nos estados e municpios necessrio identcar os espaos de partcipao social existentes na localidade como,porexemplo,ConselhosEstaduaisouMunicipaisdeSadeeEducaoouumComit Municipal de Acompanhamento dos ODM para que sejam somados esforos em prol das metas do milnio. Todososestadosbrasileiroscontamcomncleoslocaisestaduaiseemvriosmunicpios foraminstaladosncleoslocaismunicipais.essetrabalhodemobilizaodasociedadeque tem contribudo fortemente com a situao do Brasil em relao aos ODM.Partcipao social como mtodo de governoNocasobrasileiro,apartcipaosocialvemsetornandoummtododegoverno,ouseja, no est restrita apenas aos ODM. Um bom exemplo disso a atuao da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, a quem cabe a responsabilidade pela interlocuo com todos os seg-mentos da sociedade civil. A partcipao social tem sido fundamental para a construo de um pas mais justo.A Secretaria-Geral busca construir espaos de interao, compreendendo a democracia como processo poltco e social, e a partcipao dos cidados como um dos parmetros para denir a prtca democrtca.A quantdade de pessoas e organizaes sociais envolvidas nos processos partcipatvos e a expanso dos espaos pblicos partlhados entre governo e sociedade conferem ao Brasil um ambientecadavezmaisfavorvelparaasoluodeproblemasaindaexistentes.Somuitos os exemplos de canais abertos ou revitalizados pelo governo federal. Esses espaos estmulam 22uma relao de corresponsabilidade entre o Estado e a sociedade, ao mesmo tempo em que conferem maior legitmidade s decises e aes de governo.Conhea alguns desses canais de partcipao social:a) ConselhosOs Conselhos de Poltcas Pblicas e de Direitos inserem-se no princpio consttucional da par-tcipao da sociedade civil na formulao de poltcas pblicas. A valorizao desses espaos de democracia partcipatva garante maior eccia na gesto pblica. Milhares de conselhos esto presentes na vida dos municpios, dos estados e do governo federal. Nesses espaos tambm so discutdas poltcas pblicas que vo ao encontro dos ODM.b) ConfernciasO exerccio da democracia partcipatva se consolida tambm por meio da realizao de con-ferncias. De 2003 a 2010 foram realizadas 74 conferncias nacionais. As conferncias repre-sentam instncias de reexo, debates e negociao em nvel municipal, estadual e nacional e so instrumentos essenciais para a denio de prioridades e subsdios para a construo de poltcas pblicas. Grande parte delas impactam positvamente os ODM. c) Mesas de DilogoNos ltmos anos, sob a coordenao da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica e dos ministrios,representantesdeentdadesdetrabalhadoresedeempresriosreuniram-seem diversas oportunidades para tratar de problemas fundamentais da sociedade brasileira. Para a discussodessestemas,foramconsttudasMesasdeDilogo,queestabeleceram,entreou-tras, poltcas para o salrio mnimo, para a agricultura familiar e para a habitao. Todas elas contribuem para o alcance dos ODM. d) OuvidoriasEsses canais de partcipao possibilitam que as manifestaes, dvidas e sugestes dos ci-dados sejam examinadas e encaminhadas aos rgos competentes, que buscam o adequado atendimento e o aprimoramento do processo de prestao do servio pblico.Partcipar dessa grande plataforma humanista a possibilidade que cada um tem de traba-lhar por um mundo melhor. A criao de uma cultura e de uma tca democrtca requer a mo-bilizao social e a mobilizao requer uma dedicao contnua na busca de um mundo melhor para todos. 23Coordenao Tcnica:Secretaria-Geral daPresidncia da RepblicaCoordenao-Geral:Parceiros: