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 Guia de Planejamento e Orientações Didáticas Professor – 2 a  série Volume 2

guia de orientações didáticas 3° ano vol 2

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Guia de Planejamento e Orientaes DidticasProfessor 2a srie Volume 2

governo do estado de so paulo secretaria da educao fundao para o desenvolvimento da educao

Guia de Planejamento e Orientaes DidticasProfessor 2a srie Volume 23a edioPROFESSOR(A): ____________________________________________________________ TURMA: ____________________________________________________________________

So Paulo, 2010

Governo do Estado de So Paulo Governador Jos Serra Vice-Governador Alberto Goldman Secretrio da Educao Paulo Renato Souza Secretrio-Adjunto Guilherme Bueno de Camargo Chefe de Gabinete Fernando Padula Coordenadora de Estudos e Normas Pedaggicas Valria de Souza Coordenador de Ensino da Regio Metropolitana da Grande So Paulo Jos Benedito de Oliveira Coordenador de Ensino do Interior Rubens Antnio Mandetta de Souza Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Educao Fbio Bonini Simes de Lima Diretora de Projetos Especiais da FDE Claudia Rosenberg Aratangy Coordenadora do Programa Ler e Escrever Iara Gloria Areias Prado

Prefeitura da Cidade de So Paulo Prefeito Gilberto Kassab SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO Alexandre Alves Schneider Secretrio Clia Regina Guidon Faltico Secretria Adjunta DIRETORIA DE ORIENTAO TCNICA Regina Clia Lico Suzuki Elaborao e Implantao do Programa Ler e Escrever - Prioridade na Escola Municipal Iara Gloria Areias Prado Concepo e Elaborao deste Volume ngela Maria da Silva Figueredo Aparecida Eliane de Moraes Elenita Neli Beber Ivani da Cunha Borges Maria das Graas Bezerra Landuci Maria Virginia Ferrara de Carvalho Barbosa Milou Sequerra Regina Clia dos Santos Cmara Rosanea Maria Mazzini Correa Silvia Moretti Rosa Ferrari Suzete de Souza Borelli Tnia Nardi de Pdua Consultoria Pedaggica Claudia Rosenberg Aratangy Maria Virginia Ferrara de Carvalho Barbosa Milou Sequerra Assessoria MGA Projetos Educacionais Editorao Fatima Consales Ilustrao Didiu Rio Branco / Fernando Nicoletta / William Ferreira dos Santos Os crditos acima so da publicao original de fevereiro de 2007.

Agradecemos Prefeitura da Cidade de So Paulo por ter cedido esta obra Secretaria da Educao do Estado de So Paulo, permitindo sua adaptao para atender aos objetivos do Programa Ler e Escrever.Catalogao na Fonte: Centro de Referncia em Educao Mario Covas S239L So Paulo (Estado) Secretaria da Educao. Ler e escrever: guia de planejamento e orientaes didticas; professor 2 srie / Secretaria da Educao, Fundao para o Desenvolvimento da Educao; adaptao do material original, Claudia Rosenberg Aratangy, Ivnia Paula Almeida, Rosalinda Soares Ribeiro de Vasconcelos. - 3. ed. So Paulo : FDE, 2010. v. 2, 328 p. : il. Inclui bibliografia. Obra cedida pela Prefeitura da Cidade de So Paulo Secretaria da Educao do Estado de So Paulo para o Programa Ler e Escrever. Documento em conformidade com o Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa. 1. Ensino Fundamental 2. Ciclo I 3. Ensino da escrita 4. Ensino de cincias 5. Atividade Pedaggica 6. Programa Ler e Escrever 6. So Paulo I. Fundao para o Desenvolvimento da Educao. II. Aratangy, Claudia Rosenberg. III. Almeida, Ivnia Paula. IV. Vasconcelos, Rosalinda Soares Ribeiro de. V. Ttulo. CDU: 372.4(815.6)

DADOS PESSOAiS

NOME _____________________________________________________ ___________________________________________________________ ENDEREO RESIDENCIAL______________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ TELEFONE _____________________ E-MAIL ______________________ ESCOLA ____________________________________________________ ___________________________________________________________ ENDEREO DA ESCOLA _______________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________ TELEFONE _____________________ E-MAIL ______________________ TIPO DE SANGUE ______________ FATOR Rh ____________________ ALRGICO A ________________________________________________ EM CASO DE ACIDENTE, AVISAR _______________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

Ler e Escrever em primeiro lugar

Prezada professora, prezado professorEste Guia parte do Programa Ler e Escrever que chega ao seu quarto ano presente em todas as escolas de Ciclo I da Rede Estadual bem como em muitas das Redes Municipais de So Paulo. Este Programa vem, ao longo de sua implantao, retomando a mais bsica das funes da escola: propiciar a aprendizagem da leitura e da escrita. Leitura e escrita em seu sentindo mais amplo e efetivo. Vimos trabalhando na formao de crianas, jovens e adultos que leiam muito, leiam de tudo, compreendam o que leem; e que escrevam com coerncia e se comuniquem com clareza. Isso no teria sido possvel se a Secretaria no tivesse desenvolvido uma poltica visando ao ensino de qualidade. Ao longo dos ltimos trs anos foram muitas as aes que concretizam esta poltica: o estabelecimento das 10 metas para educao, que afirmaram e explicitaram o compromisso de todas as instncias da Secretaria na busca da melhoria da qualidade do ensino; a publicao dos documentos curriculares; a seleo de professores coordenadores para os diferentes segmentos da escolaridade; medidas visando estabilizar as equipes nas escolas; a criao do IDESP, para bonificar o trabalho coletivo e dar apoio s equipes das escolas em maiores dificuldades; o acompanhamento sistemtico da CENP s oficinas pedaggicas das Diretorias; os encontros de formao com os professores coordenadores; o aumento das HTPCs para professores de Ciclo 1, garantindo assim tempo de estudo, planejamento e avaliao da prtica pedaggica; o envio de acervos

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literrios, publicaes e outros materiais sala de aula para dar mais opes aos professores; o programa de valorizao do mrito, que incentiva o esforo individual em busca do aprimoramento profissional; o programa de manuteno das escolas que tem agilizado as reformas e atendido s emergncias com mais rapidez. Mais recentemente, definimos novas jornadas de trabalho, criamos regras claras para garantir o trabalho dos temporrios, passando a exigir um exame para todos os que vierem a dar aulas. Mais importante, definimos novas regras para os concursos de ingresso, que sero feitos em duas etapas, com um curso de formao a ser oferecido pela Escola de Formao de Professores de So Paulo. Finalmente, temos a proposta de Valorizao Pelo Mrito, um projeto que promove uma melhoria radical nas carreiras do Magistrio do Estado de So Paulo e que reconhece o esforo individual do professor no seu constante empenho por melhorar a qualidade de nossa educao. O norte est estabelecido, os caminhos foram abertos, os instrumentos foram colocados disposio. Agora momento de firmar os alicerces para tudo que foi conquistado permanea. Assim, tempo de deixar que cada escola e cada Diretoria, com apoio da SEE, assumam, cada vez mais, a responsabilidade pela tomada de decises, a iniciativa pela busca de solues adequadas para sua regio, sua comunidade, sua sala de aula. Sempre sem perder de vista cada aluno e sua capacidade de aprender.

Paulo Renato Souza Secretrio da Educao do Estado de So Paulo

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Prezada professora, prezado professorEste mais um volume organizado com todo cuidado para auxililo no desenvolvimento das suas atividades em sala de aula. Apoiados na experincia acumulada tanto da equipe de elaborao quanto de vocs, educadores , buscamos estar, cada vez mais, afinados. Ao longo deste percurso procuramos saber quais contedos desses Guias deveriam ser ampliados ou aprofundados; quais atividades tiveram os melhores resultados de aprendizagem e quais orientaes no estavam suficientemente claras ou no eram adequadas, para que a utilizao deste material fosse realmente eficaz na sala de aula. Como no poderia deixar de ser, este Guia d continuidade s aprendizagens que se iniciaram ainda na 1a srie e que devem se consolidar ao longo do Ciclo I. Nele vocs encontraro uma sequncia didtica para trabalhar com ortografia, a partir de canes brasileiras, focadas em questes diferentes daquelas que vimos no primeiro semestre. Algumas situaes didticas, como o ditado interativo e a releitura com focalizao, se repetem e isso no -toa. Ambas as atividades propiciam ao aluno recursos para se tornarem escritores que controlam sua prpria escrita, conscientes e atentos complexidade de nossa lngua. Aos alunos que ainda no atingiram a meta de ler e escrever alfabeticamente h tambm a retomada de vrias orientaes gerais e atividades especficas, elaboradas a partir de canes, para que, por meio da anlise e da reflexo sobre o sistema, possam fazer essa conquista.

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Sabemos que esses alunos so minoria, mas nem por isso deixaremos de atend-los. Apresentamos, tambm, o projeto Quem reescreve um conto, aprende um tanto!, para ensinar os alunos a escrever um texto em vrias etapas e, assim, conhecer os procedimentos inerentes produo de textos e, alm disso, aprofundar o que sabem da linguagem e escrita e dos recursos lingusticos desse gnero. A sequncia didtica Astronomia: o sistema solar, seus planetas e outros mistrios do cu prope, por meio desse instigante e complexo tema das Cincias Naturais, que os alunos avancem ainda mais nos seus conhecimentos dos procedimentos de ler para estudar, alm, claro, de aprender cincias. No segundo semestre, em matemtica, continuaremos trabalhando os contedos de nmeros naturais, operaes e clculo no campo aditivo, com novas atividades que propiciem a ampliao do campo numrico. Iniciaremos o trabalho com novos contedos, como: o clculo no campo multiplicativo, unidades de medida ligadas medio do tempo e ao trabalho com geometria, tendo em foco a localizao e o deslocamento no espao, juntamente com o estudo das formas. Tanto nas propostas de leitura e escrita, como nas de matemtica, buscamos apresentar atividades desafiadoras, inteligentes e, ao mesmo tempo, possveis de serem realizadas. Queremos que todos os alunos tenham sucesso na aprendizagem. Esse sucesso no apenas os beneficia diretamente, mas tambm voc professor(a), que tem investido numa mudana efetiva nos resultados do ensino. Equipe do Programa Ler e Escrever

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SumrioExpectativas de aprendizagem ............................................................ 14 Lngua Portuguesa (comunicao oral, leitura, escrita) ............................ 14 Matemtica............................................................................................. 15 Avaliao das aprendizagens dos alunos ........................................... 19 A evoluo dos conhecimentos dos alunos ....................................... 25Sondagem ................................................................................................. 25 Sondagem das ideias matemticas ........................................................ 25

Situaes que a rotina deve contemplar ............................................ 33 Orientaes didticas gerais de leitura e produo de texto .......... 37 A leitura diria de textos literrios .................................................. 38 Atividades de anlise e reflexo sobre o sistema de escrita....... 41 Cantando e aprendendo em sala de aula ...................................... 49 Aprender a escrever com canes ortografia e separao entre as palavras ............................................................................... 71 Poemas para apreciar e ler em voz alta ...................................... 104 Quem reescreve um conto, aprende um tanto! Projeto didtico ................................................................................ 1121. 2. 3. 4. 5. 6. Apresentao do projeto ........................................................................ 116 Leitura e anlise dos recursos lingusticos dos contos ...................... 118 Produo oral com destino escrito de um dos contos....................... 123 Reescrita em duplas ............................................................................... 126 Reviso dos textos escritos pelos alunos ............................................ 130 Finalizao e avaliao ............................................................... 134

Anlise dos contos escolhidos ....................................................... 137Letras de msica utilizadas nas atividades de reflexo sobre o sistema de escrita e ortografia ........................................................... 146

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Sequncia didtica Astronomia: o sistema solar, seus planetas e outros mistrios do cu ...................................... 1561. Apresentao da sequncia e elaborao de perguntas .................... 160 2. Estudo coletivo .......................................................................................... 167 3. Estudo em grupo....................................................................................... 174 4. Avaliao ..................................................................................177

TextosNosso sistema, o solar.................................................................................. 179 Sol, a grande estrela ..................................................................................... 181 Mercrio, o planeta dos extremos............................................................... 183 Vnus, o gmeo da Terra .............................................................................. 184 Terra, planeta gua ....................................................................................... 186 Marte, o planeta vermelho ........................................................................... 188 Jpiter, o gigante ........................................................................................... 191 Saturno, o senhor dos anis ........................................................................ 192 Urano, o gigante gelado................................................................................ 194 Netuno, o planeta das tempestades ........................................................... 196 Lua, nosso nico satlite... ........................................................................... 198 Pluto, o ex-planeta ................................................................................... 200 Pequeno glossrio de astronomia .............................................................. 202

Orientaes didticas de matemtica .............................................. 205 O ensino e a aprendizagem da matemtica .................................... 206 Nmeros naturais ................................................................................ 206Atividades com nmeros que os alunos j conhecem ........................ 207 Jogos e brincadeiras ................................................................................ 212 O dinheiro como recurso para estudar os nmeros ............................ 223

Operaes e clculo Clculos no campo aditivo.............................................................. 233Uso da resoluo de problemas para desenvolver a capacidade de clculo ............................................................................................................. 233 Tratar a informao ao resolver problemas .............................................. 238 Jogos e brincadeiras para estimular o clculo .......................................... 244 Resolver atividades de familiarizao ........................................................ 254Guia de Planejamento e orientaes didticas - 2 a srie - Volume 2

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Clculos no campo multiplicativo.................................................. 257Uso da resoluo de problemas para desenvolver a capacidade de clculo ....................................................................................................... 259 Tratar a informao ao resolver problemas .............................................. 269 Buscar regularidades para ampliar a capacidade de clculo ................. 272 Jogos e brincadeiras para estimular o clculo .......................................... 285

Medidas: unidade de tempo ............................................................... 291 Geometria: espao e forma ................................................................ 304Localizao e deslocamento no espao..................................................... 304 Estudo das formas ........................................................................................ 320

Referncias bibliogrficas................................................................... 326

ndice de atividadesA leitura diria de textos literriosAtividAde 1

Leitura pelo professor .................................................................. 39

Atividades de anlise e reflexo sobre o sistema de escritaEscrita de uma estrofe I ............................................................... 52 AtividAde 3 Ordenar versos .............................................................................. 54 AtividAde 4 Escrita de ttulo I ........................................................................... 56 AtividAde 5 Localizar o ttulo ............................................................................ 59 AtividAde 6 Escrita de ttulo II .......................................................................... 61 AtividAde 7 Escrita de uma estrofe II .............................................................. 62 AtividAde 8 Leitura de uma cano ................................................................ 65 AtividAde 9 Organizar ttulo de msica........................................................... 67 AtividAde 10 Escrita de uma estrofe III............................................................. 69AtividAde 2

Aprender a escrever com canes ortografia e separao entre as palavrasAvaliao inicial ............................................................................ 72 AtividAde 12 Ditado interativo............................................................................ 81 AtividAde 13 Elaborao de cartaz .................................................................... 84 AtividAde 14 Escrita de cano .......................................................................... 85AtividAde 11

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AtividAde 15 AtividAde 16 AtividAde 17 AtividAde 18 AtividAde 19 AtividAde 20 AtividAde 21

Releitura com focalizao I ......................................................... 89 Releitura com focalizao II ........................................................ 90 Releitura com focalizao III ....................................................... 93 Releitura com focalizao IV ....................................................... 95 Reviso I......................................................................................... 97 Reviso II...................................................................................... 100 Anlise de textos com erros ...................................................... 102

Poemas para apreciar e ler em voz altaLeitura compartilhada de poemas ........................................... 106 AtividAde 23 Leitura de poemas em voz alta, pelos alunos ........................ 108AtividAde 22

Quem reescreve um conto, aprende um tanto! Projeto didticoAtividAde 1A AtividAde 2A AtividAde 2b AtividAde 2c AtividAde 3A AtividAde 4A AtividAde 4b AtividAde 5A AtividAde 5b AtividAde 5c AtividAde 6A AtividAde 6b

Apresentao do projeto ............................................................ 116 Leitura e anlise de um conto pelo professor ........................ 118 Leitura compartilhada e anlise de um conto........................ 120 Leitura e anlise de um conto .................................................. 122 Produo oral com destino escrito ...........................................124 Releitura e reconto para planejamento do texto que ser produzido ............................................................................127 Reescrita em duplas................................................................... 128 Reviso coletiva linguagem.................................................... 130 Reviso em duplas ..................................................................... 132 Reviso dos alunos com a ajuda do professor ....................... 133 Passar a limpo e ilustrar ............................................................ 134 Avaliao do percurso ................................................................ 136

Sequncia didtica Astronomia: o sistema solar, seus planetas e outros mistrios do cuAtividAde 1A AtividAde 1b AtividAde 1c AtividAde 2A AtividAde 2b AtividAde 2c AtividAde 2d

Apresentao do tema ............................................................... 161 Elaborao de perguntas ........................................................... 163 Seleo de fontes de informao ............................................. 164 Leitura compartilhada I ............................................................. 167 Estudo coletivo ............................................................................ 169 Leitura para localizar informaes ........................................... 170 Leitura compartilhada II ............................................................ 173

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AtividAde 3A AtividAde 3b AtividAde 4A

Estudo em grupo I ...................................................................... 175 Estudo em grupo II ..................................................................... 176 Avaliao do percurso ................................................................ 177

Matemtica Nmeros naturais Atividades com nmeros que os alunos j conhecemAtividAde 1 AtividAde 2

Quadro de nmeros .................................................................... 207 Qual o maior nmero? ............................................................... 209 Brincando com a roleta.............................................................. 213 Nmeros na roleta ...................................................................... 216 Procurando nmeros .................................................................. 220 Comprar com notas do real....................................................... 223 Trocando moedas do real .......................................................... 227

Jogos e brincadeirasAtividAde 3 AtividAde 4 AtividAde 5

O dinheiro como recurso para estudar os nmerosAtividAde 6 AtividAde 7

Clculos no campo aditivo Uso da resoluo de problemas para desenvolver a capacidade de clculoAtividAde 8 AtividAde 9

Onde esto os nmeros? ........................................................... 234 Problemas incompletos ............................................................. 236

Tratar a informao ao resolver problemasOrganizando os problemas ........................................................ 238 AtividAde 11 Inventando problemas................................................................ 241AtividAde 10

Jogos e brincadeiras para estimular o clculoClculos com calculadora .......................................................... 244 AtividAde 13 Fazendo clculos usando diagramas ....................................... 246 AtividAde 14 Marcando nmeros ..................................................................... 249 AtividAde 15 Jogo Toma l, d c ................................................................. 251AtividAde 12

Resolver atividades de familiarizaoFazendo clculos e calculando rapidinho ................................ 254 AtividAde 17 Fazer e corrigir operaes.......................................................... 256AtividAde 16

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Clculo no campo multiplicativo Uso da resoluo de problemas para desenvolver a capacidade de clculoCada um resolve do seu jeito .................................................... 260 AtividAde 19 Uma s operao para vrios problemas ................................ 266AtividAde 18

Tratar a informao ao resolver problemasAtividAde 20

Elaborando problemas ............................................................... 269

Buscar regularidades para ampliar a capacidade de clculoJogo da caixa de fsforos .......................................................... 272 AtividAde 22 Construo das tbuas de multiplicao ................................ 276 AtividAde 23 Descubra o segredo .................................................................... 281AtividAde 21

Jogos e brincadeiras para estimular o clculoPio das cores ............................................................................. 285 AtividAde 25 Multiplicaes divertidas ........................................................... 288AtividAde 24

Medidas: unidades de tempoO calendrio................................................................................. 291 AtividAde 27 Como ler as horas ....................................................................... 296 AtividAde 28 Marcando as horas ..................................................................... 299 AtividAde 29 Calculando o tempo ................................................................... 302AtividAde 26

Geometria: espao e forma Localizao e deslocamento no espaoAtividAde 30 AtividAde 31 AtividAde 32 AtividAde 33 AtividAde 34 AtividAde 35

Como fao para chegar?............................................................ 305 Como chegar aos diferentes espaos da escola? .................. 306 Analisando os mapas ................................................................. 307 Deslocamentos e trajetos .......................................................... 308 O mapa do zoolgico .................................................................. 312 O mapa do tesouro ..................................................................... 316

Estudo das formasAdivinha o que ! ........................................................................ 321 AtividAde 37 Marcas dos objetos..................................................................... 322 AtividAde 38 Estruturas de corpos geomtricos ............................................ 324AtividAde 36

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Expectativas de aprendizagemLngua PortuguesaEstamos na reta final do segundo ano. Provavelmente, desde o incio do ano seus alunos j avanaram significativamente em relao quilo que sabiam sobre linguagem oral e escrita. No entanto, alguns ainda parecem distantes das metas estabelecidas. Para favorecer os avanos das crianas que ainda apresentam dificuldades com o sistema alfabtico, inclumos novas atividades de reflexo sobre o sistema de escrita e tambm sugerimos outras formas de interveno. Aps ter feito a sondagem, procure contemplar, no planejamento, aes que garantam aos alunos a oportunidade de retomar contedos j trabalhados, aprofundando o que j sabem, ampliando esse conhecimento e consolidando aprendizagens importantes para a continuidade da vida escolar. As expectativas de aprendizagem includas neste Guia consideram as Orientaes Curriculares estabelecidas para o final da 2a srie, alm de expectativas especficas relacionadas ao contedo desenvolvido neste volume. As atividades propostas se destinam a ampliar os conhecimentos dos alunos em duas dimenses: a do conhecimento da lngua em relao ao sistema de escrita alfabtico e a dos conhecimentos relacionados linguagem escrita, concretizados nas diversas prticas sociais em que se l e escreve.

Expectativas de aprendizagem para o final da 2a srieEm relao comunicao oraln Participar de situaes de intercmbio oral, ouvindo com ateno; formular e responder perguntas; explicar e compreender explicaes; manifestar opinies sobre o assunto tratado.

Em relao leituran Apreciar textos literrios. n Ler, com a ajuda do professor, textos para estudar os temas tratados nas diferentes reas de conhecimento (enciclopdias, informaes veiculadas pela internet e revistas).

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n Ler, por si mesmo, diferentes gneros (textos narrativos literrios, textos instrucionais, textos de divulgao cientfica e notcias), apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto, as caractersticas de seu portador, do gnero e do sistema de escrita.

Em relao escritan Reescrever, de prprio punho, histrias conhecidas, considerando as ideias principais do texto-fonte e algumas caractersticas da linguagem escrita. n Produzir textos de autoria, de prprio punho, utilizando recursos da linguagem escrita. n Revisar textos coletivamente, com a ajuda do professor, ou em parceria com os colegas.

MatemticaAo final da 2a srie, espera-se que os alunos tenham desenvolvido as competncias necessrias para: n Aplicar um sentido numrico, compreendendo o significado de nmeros pela anlise da ordem de grandeza. n e escrever nmeros naturais, evidenciando a compreenso de algumas Ler regras da escrita posicional, como a formao de agrupamentos e o princpio aditivo, que permite, por exemplo, escrever o nmero 574 como 500 + 70 + 4. n Identificar sequncias numricas e localizar nmeros naturais. n Resolver problemas, expressos oralmente ou por enunciados escritos, envolvendo a adio e a subtrao, em situaes relacionadas a seus diversos significados. n Resolver problemas expressos oralmente ou por enunciados escritos, envolvendo a multiplicao e a diviso, especialmente em situaes relacionadas comparao entre razes e configurao retangular. n Expressar verbalmente e por meio de registros os procedimentos de solues de um problema, estabelecendo comparao com outros procedimentos e reconhecendo que uma mesma situao-problema pode ser resolvida por diferentes estratgias. n Compreender os conceitos da diviso (repartir quantidades iguais e determinar quanto cabe). n Resolver clculos envolvendo adio, subtrao, multiplicao e diviso por meio de estratgias pessoais, fazendo uso de recursos como clculo mental e estimativa.Guia de Planejamento e orientaes didticas - 2 a srie - Volume 2

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n Resolver clculos envolvendo adio e subtrao por meio de estratgias pessoais e pelo uso da tcnica operatria convencional. n Descrever, interpretar e representar a localizao e a movimentao de pessoas ou objetos no espao, dando informaes sobre pontos de referncia e utilizando o vocabulrio de posio. n Identificar formas geomtricas tridimensionais, como esfera, cone, cilindro, cubo, pirmide, paraleleppedo; e formas planas, como quadrado, tringulo, retngulo e crculo, sem o uso obrigatrio da terminologia convencional. n Perceber semelhanas e diferenas entre cubo e quadrado, pirmide e tringulo, esfera e crculo. n Identificar possveis trocas de cdulas e moedas, em funo de seus valores. n Efetuar clculos envolvendo valores de cdulas e moedas em situaes de compra e venda. n Reconhecer situaes do dia a dia onde so utilizadas unidades de medida. Por exemplo: leite vendido em litros (unidade de capacidade), acar e farinha so vendidos em quilos ou gramas (unidade de massa), tecidos so vendidos em metros (unidade de comprimento). n Comunicar, por meio de estimativas, os resultados das medies realizadas. n Identificar horas e minutos por meio da leitura de relgios digitais e de ponteiro. n Identificar unidades de tempo semana, ms, semestre, ano e estabelecer relaes entre elas. n Distinguir tabelas de grficos. n Interpretar e construir tabelas de dupla entrada e grficos com a ajuda do professor.

Expectativas de aprendizagem relacionadas aos contedos deste volume

Lngua PortuguesaEm relao comunicao oraln Interessar-se em aprender, investigar e aprofundar-se num tema e discuti-lo com seus colegas.

Em relao leituran Apreciar a leitura de poemas, acompanhando atentamente quando o professor l.

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n Ler poemas em voz alta, com fluncia, considerando a entonao e a expressividade sugeridas pelo texto.

Em relao escritan Observar algumas das regularidades ortogrficas da lngua e escrever corretamente as palavras a elas associadas. n Utilizar procedimentos de consulta para conhecer a escrita correta de uma palavra (recorrer ao dicionrio e a outros textos, consultar listas afixadas na classe, perguntar ao professor suas dvidas em relao escrita correta). n Pontuar de maneira coerente os textos narrativos, especialmente os trechos que exprimem dilogos.

MatemticaCom o trabalho didtico desenvolvido no primeiro semestre letivo situaes de jogos, momentos de discusses para confronto, troca de ideias e pontos de vista, atividades de anlise de representaes , os alunos, provavelmente, evoluram bastante na produo e interpretao de nmeros, ampliaram as suas estratgias de resoluo de problemas no campo aditivo, tornaram-se mais geis ao fazer clculos mentais ou escritos, estimados ou exatos. A inteno deste Guia continuar a oferecer-lhes apoio nas orientaes de trabalho, no que diz respeito aos procedimentos didticos que contribuam para o melhor aprendizado, e nas discusses de contedos, tais como: a interpretao e a produo de escritas numricas, a resoluo de problemas no campo aditivo e multiplicativo, as unidades de tempo e a geometria. As competncias que se espera sejam desenvolvidas com os contedos deste volume so:

Em relao aos nmeros naturaisn Ampliar o sentido numrico, compreendendo o significado dos nmeros produzidos pela anlise de sua ordem de grandeza. n Interpretar e produzir escritas numricas dos nmeros naturais, demonstrando que compreendem algumas regras do valor posicional e o seu princpio aditivo. n Identificar sequncias numricas e localizar nmeros naturais em diferentes situaes e contextos.

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Em relao resoluo de problemas no campo aditivon Resolver problemas envolvendo as operaes de adio e subtrao em diferentes contextos relacionados ideia de combinar, de transformar e de comparar. n Expressar verbalmente e por meio de registros os procedimentos de soluo de um problema, comparando-os com outros e reconhecendo que a mesma situao-problema pode ser resolvida por diferentes estratgias. n Resolver clculos que envolvem adies e subtraes por meio de estratgias pessoais, utilizando recursos de clculo mental, estimativas e tambm a tcnica operatria convencional. n Efetuar clculos envolvendo cdulas e moedas em situao de compra e venda.

Em relao soluo de problemas no campo multiplicativon Resolver problemas envolvendo as operaes de multiplicao e diviso em diferentes contextos relacionados proporcionalidade e configurao retangular. n Expressar verbalmente e por meio de registros os procedimentos de soluo de um problema, comparando-os com outros e reconhecendo que uma mesma situao-problema pode ser resolvida por diferentes estratgias. n Resolver clculos que envolvem a multiplicao e a diviso por meio de estratgias pessoais, fazendo uso de clculo mental e da estimativa.

Em relao s unidades de tempon Identificar unidades de tempo: dia, semana, ms, semestre e ano, estabelecendo relao entre elas. n Identificar horas e minutos por meio da leitura de relgios digitais e de ponteiros.

Em relao geometrian Descrever, interpretar e representar a localizao e a movimentao de pessoas ou de objetos no espao, dando informaes sobre pontos de referncia e utilizando vocabulrio de posio. n Identificar formas geomtricas tridimensionais como: esfera, cone, cilindro, pirmide e paraleleppedo.

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Avaliao das aprendizagens dos alunosSabemos que a avaliao parte integrante dos processos de ensino e de aprendizagem e que, neste sentido, deve-se levar em conta no s o resultado das tarefas realizadas pelos alunos, o produto, mas tambm o percurso desenvolvido por eles, o processo. Para isso ser preciso considerar, permanentemente, na anlise do desenvolvimento escolar de cada aluno: n tentativas que faz para realizar as atividades propostas; as n dvidas que consegue explicitar; as n interaes que ocorrem com o parceiro de trabalho e com os colegas de as classe; n argumentaes que tece, a ateno que d s argumentaes e s obas servaes dos colegas; n conscientizao dos progressos que realiza e do que precisa rever para a ser aprendido. fundamental que os instrumentos de avaliao subsidiem o professor a compreender no s que contedos os alunos j aprenderam, mas tambm a dar informaes sobre como eles esto resolvendo problemas, como utilizam a linguagem matemtica para comunicar suas ideias, se conseguem argumentar sobre a escolha de um caminho para resolver uma situao-problema. Tudo isso deve auxiliar voc a identificar os objetivos que foram atingidos e aqueles que precisam ser revistos e replanejados para que os alunos continuem aprendendo. A seguir h um quadro contendo as expectativas de aprendizagem de acordo com as situaes didticas propostas neste livro e o que se pode observar no desenvolvimento dos alunos durante a realizao das atividades.

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Avaliao das aprendizagens dos alunos Lngua PortuguesaExpectativa que os alunos sejam capazes de: Participar de situaes de intercmbio oral, ouvindo com ateno; formular e responder perguntas; explicar e compreender explicaes; manifestar opinies sobre o assunto tratado. Atividade Roda de curiosidades.1 Roda de biblioteca.2 Conversas realizadas a partir de leituras compartilhadas coletivas ou em duplas. Discusses relacionadas aos projetos e sequncias didticas. Observar se o aluno... Utiliza termos ou expresses pertinentes aos assuntos tratados (refere-se, por exemplo, a um personagem ao comentar um livro), faz perguntas, expe suas ideias e opinies, escuta as ideias e opinies dos outros.

Apreciar textos literrios.

Leitura pelo professor de textos Escuta atentamente. literrios. Faz comentrios sobre a trama, personagens e espaos. Relembra trechos. Compara textos lidos ou ouvidos.

Apreciar a leitura de poemas, acompanhando atentamente, quando o professor l. Ler poemas em voz alta, com fluncia, considerando a entonao e expressividade sugeridas pelo texto. Ler, com a ajuda do professor, textos para estudar os temas tratados nas diferentes reas de conhecimento (enciclopdias, informaes veiculadas pela internet e revistas). Ler, por si mesmo, diferentes gneros (textos narrativos literrios, textos instrucionais, textos de divulgao cientfica e notcias), apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto, as caractersticas de seu portador, do gnero e do sistema de escrita.

Atividades com poemas.

Comenta os poemas lidos, compartilha sua opinio e aponta aquilo que mais lhe chamou a ateno no texto. Declama os poemas com fluncia, entonao e expressividade.

Leitura compartilhada.

Consegue reapresentar o contedo utilizando suas palavras, faz perguntas e colocaes pertinentes.

Leitura pelo aluno de textos de divulgao cientfica.

Consegue ler os textos de divulgao cientfica e reapresentar o contedo, utilizando suas palavras. Localiza nos textos informaes que foram previamente solicitadas, grifa informaes completas, reapresenta resumidamente algumas informaes aprendidas a partir da leitura. Consegue ler com ritmo e entonao, compreende o que l, diverte-se ou se entretm com a leitura.

Leitura pelo aluno de textos literrios.

1 Situao em que os alunos, sentados em roda, com a mediao do professor, trazem notcias, objetos ou informaes sobre temas diversificados para conversar a respeito. 2 Situao em que os alunos, num dia estipulado para fazer emprstimo de livros do acervo da classe ou da biblioteca (sala de leitura) da escola, compartilham impresses e fazem recomendaes a respeito dos livros lidos.

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Expectativa que os alunos sejam capazes de: Reescrever, de prprio punho, histrias conhecidas, considerando as ideias principais do texto-fonte e algumas caractersticas da linguagem escrita.

Atividade Produo de texto pelo aluno.

Observar se o aluno... Utiliza expresses ou palavras diferentes das que usa cotidianamente para compor o texto. Utiliza trechos da histria, empregando expresses ou termos do texto escrito. Coloca os principais acontecimentos da narrativa na sequncia original.

Produzir textos de autoria, de prprio punho, utilizando recursos da linguagem escrita.

Produo de texto pelo aluno. Produo oral com destino escrito.

Planeja o que vai escrever, respeita as caractersticas do gnero proposto, preocupa-se com seu leitor, escolhe palavras e expresses pertencentes linguagem escrita. Participa das discusses feitas para resolver problemas encontrados na reviso de um texto. D ideias para superar tais problemas ou se posiciona quanto melhor alternativa entre algumas solues apresentadas pelos colegas. Fica atento aos aspectos ortogrficos trabalhados em classe. Elabora perguntas pertinentes, ouve as perguntas e explicaes dos colegas, comenta as informaes do mural da classe, faz anotaes a respeito em seu caderno.

Revisar textos coletivamente com a ajuda do professor ou em parceria com os colegas.

Reviso coletiva ou em duplas.

Interessar-se em aprender, investigar e aprofundar-se num tema e discuti-lo com seus colegas.

Discusses referentes aos temas da sequncia didtica sobre astronomia.

Sondagem da escrita

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Avaliao das aprendizagens dos alunos MatemticaExpectativa: que os alunos sejam capazes de... Em relao aos nmeros naturais Ampliar o sentido numrico, compreendendo o significado dos nmeros produzidos pela anlise de sua ordem de grandeza. Interpretar e produzir escritas numricas dos nmeros naturais, demonstrando que compreende o valor posicional e o princpio aditivo. Resoluo de situaesproblemas relacionadas troca de moedas/cdulas do sistema monetrio e tambm presentes em situaes de jogos. Leitura e escrita de nmeros e anlise do valor posicional dos mesmos em contextos significativos. Compreende que quanto maior um nmero, mais algarismos ele ter. Atividade Observar se o aluno...

Argumenta para justificar as escritas numricas produzidas em diferentes intervalos. Compreende que um nmero pode ser escrito com a decomposio de outros nmeros, por exemplo: 235 = 200 + 10 + 10 + 10 + 5 ou que 235 = 200 + 30 + 5 Identifica e localiza nmeros dentro de uma sequncia em situaes de uso cotidiano e em diferentes portadores.

Identificar sequncias numricas e localizar nmeros naturais em diferentes situaes e contextos. Operaes e clculo Campo aditivo Resolver problemas envolvendo as operaes de adio e subtrao em diferentes contextos relacionados ideia de combinar, transformar e comparar. Expressar verbalmente e por meio de registro os procedimentos de soluo de um problema, comparando com outros e reconhecendo que a mesma situao pode ser resolvida por diferentes estratgias. Resolver clculos envolvendo adio e subtrao por meio de estratgias pessoais, utilizando recursos de clculo mental, estimativa e a tcnica operatria convencional.

Observao de regularidades numa sequncia numrica.

Elaborao de enunciados de problemas. Insero de dados que faltam em enunciados. Resoluo de situaesproblemas.

Busca estratgias para resolver as situaes-problemas, apoiando-se cada vez mais na linguagem matemtica. Consegue justificar para si mesmo e para os outros o seu procedimento de resoluo. Ouve, observa e respeita as formas encontradas pelos colegas para resolver uma situao-problema e capaz de utilizar alguns destes procedimentos. Consegue ter maior controle das operaes, apoiando-se nas estimativas e clculos mentais realizados anteriormente. Realiza os clculos utilizando a tcnica operatria, sem cometer erros que revelem a incompreenso do sistema de numerao decimal. Consegue encontrar e justificar os seus prprios erros nos resultados das operaes realizadas.

Resoluo de operaes de adio e subtrao fazendo uso de diagramas e em situaes de jogos.

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Expectativa: que os alunos sejam capazes de... Campo aditivo Efetuar clculos envolvendo cdulas e moedas em situao de compra e venda.

Atividade

Observar se o aluno...

Elaborao de enunciados de situaes-problemas relacionados ao sistema monetrio. Resoluo de clculos com ou sem a calculadora. Resoluo de diversas situaes-problemas utilizando apenas uma operao.

Realiza adequadamente as trocas monetrias entre cdulas e moedas em situaes do cotidiano.

Campo multiplicativo Resolver problemas envolvendo as operaes de multiplicao e diviso em diferentes contextos. Busca estratgias para resolver os problemas, mesmo que se apoie em desenhos ou esquemas para ir, pouco a pouco, incorporando a linguagem matemtica. Consegue falar e justificar suas opes de resoluo para si mesmo e para os colegas das situaes multiplicativas apresentadas. Ouve, observa, entende e respeita as formas de resoluo dos colegas. Consegue controlar o resultado de operaes, apoiando-se em conhecimentos como o clculo mental e estimativo.

Expressar verbalmente e por meio de registro os procedimentos de soluo de um problema, comparando com outros e reconhecendo que a mesma situao pode ser resolvida por diferentes estratgias. Resolver clculos que envolvem multiplicao e diviso por meio de estratgias pessoais, fazendo uso de clculo mental e estimativa. Em relao s unidades de tempo Identificar as unidades de tempo: dia, semana, ms, semestre e ano, estabelecendo relao entre elas. Identificar horas e minutos por meio da leitura de relgios digitais e analgicos.

Elaborao de enunciados de situaes-problemas. Socializao dos diferentes procedimentos de resoluo.

Construo das tabuadas da multiplicao. Busca das regularidades nas tabuadas.

Utilizao do calendrio. Observao, no calendrio, das regularidades da disposio dos dias do ms e da semana. Leitura das horas nos relgios digitais e analgicos. Clculo do tempo em algumas atividades do cotidiano e em outras situaes colocadas nos problemas.

Percebe a sucesso e a durao do tempo, estabelecendo uma relao entre os dias da semana, o ms, o semestre e o ano. L as horas, independentemente de o relgio ser digital ou analgico.

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Expectativa: que os alunos sejam capazes de... Em relao geometria Descrever, interpretar e representar a localizao e a movimentao de pessoas ou de objetos no espao, dando informaes sobre pontos de referncia e utilizando vocabulrio de posio.

Atividade

Observar se o aluno...

Localizao e descrio de trajetos.

Descreve e representa o deslocamento das pessoas no espao. Utiliza vocabulrio adequado para provocar os movimentos desejados. Registra trajetos num plano ou planta, de acordo com instrues de deslocamento dadas por escrito. Faz indicaes de posies de objetos em mapas e planos cartesianos. Utiliza linguagem apropriada ao indicar as posies dos objetos em um plano. Interpreta as referncias dadas para reproduzir uma situao espacial elaborada pelo colega. Descreve as caractersticas de alguns corpos geomtricos, fazendo uso de linguagem apropriada. Identifica as caractersticas de alguns corpos geomtricos ao fazer sua decomposio. Compara as propriedades de alguns corpos geomtricos, utilizando vocabulrio adequado.

Registro de percursos em plantas. Localizao de objetos em mapas e planos cartesianos.

Identificar formas geomtricas tridimensionais, como: esfera, cone, cilindro, pirmide e paraleleppedo.

Descrio de caractersticas de corpos geomtricos. Observao das caractersticas dos corpos geomtricos. Composio e decomposio de figuras geomtricas. Observao e comparao das propriedades de corpos geomtricos, aproximando-se de um vocabulrio convencional.

Escrita de Parabns a voc

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A evoluo dos conhecimentos dos alunosSondagemEspera-se que os alunos, a essa altura do ano, j tenham uma hiptese alfabtica. Certamente, alguns ainda no tero adquirido todas as competncias esperadas na leitura e na escrita, por terem se alfabetizado recentemente, e outros, por razes variadas, podem ainda no ter compreendido o funcionamento do sistema alfabtico de escrita. Por isso, fundamental fazer o acompanhamento desses alunos por meio da sondagem. No Guia da 2a srie primeiro semestre, h orientaes detalhadas para a realizao da avaliao dos conhecimentos dos alunos que no escrevem alfabeticamente (a sondagem). Lembre-se de que necessrio realizar novas sondagens com esses alunos ao final de setembro e em novembro. Por meio das sondagens e da observao cuidadosa e constante do trabalho dos alunos, voc pode saber em que momento se encontra cada um, o que esperar dele, que intervenes fazer para ajud-lo a avanar em suas hipteses e qual a expectativa razovel de evoluo na sondagem de setembro.

Lembrete A orientao para a sondagem se encontra nas pginas 30 a 38 do volume 1 do Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 2a srie, bem como o modelo de planilha para o seu registro.

Sondagem das ideias matemticasNo segundo semestre letivo, para tomar decises sobre a sequncia didtica a ser proposta aos alunos, com que campo numrico trabalhar, que situaes do campo aditivo e multiplicativo explorar, preciso fazer novas sondagens sobre os conhecimentos que os alunos j construram sobre:

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n escrita dos nmeros; a n estruturas aditivas e multiplicativas e as classes de problemas que so as as mais naturalmente utilizadas por eles; n formas de representao de clculos. as Como no primeiro semestre, propomos pautas de observao para que, a partir das informaes nelas registradas, voc possa comparar as informaes, acompanhar os progressos dos alunos e avaliar, com exatido, as competncias matemticas desenvolvidas ao longo do ano.

Sobre a escrita de nmerosPara essa sondagem sugerimos que seja feita a mesma atividade proposta para o primeiro semestre: o ditado de nmeros. uma atividade individual que, nesse segundo semestre, dever ser feita somente duas vezes: em agosto e novembro.

Encaminhamenton Entregue aos alunos meia folha de papel sulfite e pea que escrevam o nome. n Faa o ditado dos nmeros a seguir, na ordem em que esto apresentados aqui: J No ms de agosto: 6.000 50 705 84 600 8.473 590 3.068. J No ms de novembro: 5.703 9.005 408 59 70 800 7.000 6.982. n Recolha os ditados dos alunos e, posteriormente, analise as escritas e registre suas observaes, tendo por base a Pauta de Observao 1. Faa o registro a cada sondagem realizada. n novembro, compare as informaes registradas nas pautas de observao. Em Assim voc ter o percurso de cada um dos alunos sobre os conhecimentos construdos a respeito da escrita de nmeros ao longo do ano.

Sondagem sobre o campo aditivo e multiplicativo e suas representaesNessa etapa do ano letivo, ser dada continuidade ao trabalho de sondagem sobre o conhecimento no campo aditivo, com ampliao para a sondagem das estruturas do campo multiplicativo. Para isso, os alunos resolvero novos problemas destes campos, nos meses de agosto e novembro, com o objetivo de voc verificar os conhecimentos construdos, acompanhando, assim, os avanos.

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Encaminhamenton aos alunos que resolvero novos problemas. Oriente-os para que faam Diga os registros de cada soluo da forma mais clara possvel. n Prepare com antecedncia para cada aluno uma folha com os enunciados dos problemas (ver as listas dos diferentes campos nos problemas propostos a seguir). n Organize a classe em grupos de quatro alunos e entregue a folha para cada um. n aluno deve resolver sozinho o problema, registrando a soluo na folha O entregue por voc. n Recolha as folhas e faa, posteriormente, a anlise dos registros, tendo por base as Pautas de Observao 2 e 4 para o campo aditivo e as Pautas de Observao 3 e 4 para o campo multiplicativo. Faa o registro a cada sondagem realizada. n comparar as informaes das pautas e de outros instrumentos dirios Ao de observao, voc poder avaliar os progressos de seus alunos e fazer novas propostas didticas.

Problemas propostos campo aditivoNo ms de agosto1. Renato tinha 26 reais. Fez algumas economias e agora tem 60 reais. Quantos reais Renato economizou para ficar com 60 reais? 2. Em uma floricultura, das 72 flores recebidas, 36 eram cravos e as restantes, rosas. Quantas foram as rosas recebidas? 3. Um menino comeou uma brincadeira com 20 bolinhas de gude e quando terminou tinha 37 bolinhas. O que aconteceu durante a brincadeira? 4. Se Paula tem 27 reais e Daniel tem 28 reais a mais que Paula, quantos reais tem Daniel?

No ms de novembro1. Carla tinha em sua coleo 32 selos, conseguiu mais alguns e ficou com 45. Quantos selos Carla conseguiu? 2. Dentro de uma caixa h um total de 62 lpis. Desses, 37 so verdes e os restantes, vermelhos. Quantos so os lpis vermelhos?Guia de Planejamento e orientaes didticas - 2 a srie - Volume 2

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3. Alice est fazendo o jogo de trilha com o dado de 12 faces. Ela est na casa 39. Jogou o dado e andou com sua pea at a casa 48. Que nmero ela tirou no dado? 4. Numa sala h 25 alunos e 46 cadeiras. Quantas cadeiras h a mais que alunos?

Problemas propostos campo multiplicativoNo ms de agosto1. Seu Isidro, em sua sorveteria, vende 6 sabores de sorvetes e 3 tipos de coberturas: chocolate, caramelo e morango. De quantos modos diferentes voc pode pedir um sorvete, na sorveteria de seu Isidro, se escolher s um sabor e uma s cobertura? 2. Em um pequeno auditrio as cadeiras esto dispostas em 8 fileiras e 9 colunas. Quantas cadeiras h nesse auditrio? 3. Se em uma casinha podem ficar 2 coelhos, de quantos coelhos preciso para distribuir em 6 casinhas? 4. Marcos tem 3 reais e Fabinho tem 5 vezes essa quantia. Quantos reais tem Fabinho?

No ms de novembro1. Se voc tiver 4 tipos diferentes de pes e 3 tipos de recheio, de quantos modos diferentes voc pode fazer um sanduche, combinando um tipo de po com um tipo de recheio? 2. Um azulejista ter que colocar azulejos em um banheiro. Para azulejar uma parede com 8 fileiras de 6 colunas, de quantos azulejos ele precisar para fazer esse trabalho? 3. Se com 4 reais eu compro 2 quilos de feijo, quantos quilos posso comprar com 12 reais? 4. Marisa tem 4 canetas e sua amiga Silvana tem 3 vezes o que Marisa tem. Quantas canetas Silvana tem?

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Pauta de observao 1 - Escrita de nmeros Data ____ / ___ / ____

EE___________________________________________________________________________

Turma______________Usa outros smbolos para representar os nmeros No intervalo entre 10 - 100 No intervalo entre 100 - 1000 Em nmeros maiores que 1000 No intervalo entre 10 - 100 Usa algarismos sem relao com o nmero ditado Apoia-se na numerao falada para escrever nmeros: Escreve convencionalmente nmeros: No intervalo entre 100 - 1000 Em nmeros maiores que 1000

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ALUNO

Referncia: Wolman et al., 2006.

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30Data ____ / ___ / ____1 - TRANSFORMAO NEGATIVA IDEIA RESULTADO IDEIA RESULTADO IDEIA RESULTADO IDEIA RESULTADO 2 - COMPOSIO COM UMA DAS PARTES CONHECIDAS 3 - TRANSFORMAO COMPOSTA 4 - COMPARAO OBSERVAES Referncia: Magina et al., 2001.

Pauta de observao 2 - Resoluo de Problemas Campo Aditivo

EE___________________________________________________________________________

Turma______________

PROBLEMAS

NOME

Guia de Planejamento e orientaes didticas - 2 a srie - Volume 2 NR No realizou

Legendas: A Acerto

E Erro

Pauta de observao 3 - Resoluo de Problemas Campo Multiplicativo Data ____ / ___ / ____

EE___________________________________________________________________________

Turma______________1 COMBINATRIA IDEIA RESULTADO IDEIA RESULTADO IDEIA RESULTADO IDEIA RESULTADO 2 CONFIGURAO RETANGULAR 3 PROPORCIONALIDADE 4 COMPARAO OBSERVAES

PROBLEMAS

Guia de Planejamento e orientaes didticas - 2 a srie - Volume 2 NR No realizou

NOME

Legendas: A Acerto

E Erro

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32Data ____ / ___ / ____Uso exclusivo de desenhos (tracinhos, bolinhas). A resposta vem escrita numericamente Uso de desenhos e nmeros Uso de grficos ou diagramas e nmeros Uso de algoritmos no convencionais Uso de algoritmos convencionais 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Observaes

Pauta de observao 4 - Resoluo de Problemas Representao

EE___________________________________________________________________________

Turma______________

PROBLEMAS

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ALUNOS

Situaes que a rotina deve contemplarA rotina no dever se alterar muito em relao ao primeiro semestre. Para os alunos, a permanncia das situaes didticas permite que tenham mais autonomia, alm de garantir que eles consolidem as aprendizagens.

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A leitura de textos literrios feita por voc continua acontecendo diariamente. Neste volume inclumos algumas orientaes especficas para que essa situao seja sempre muito produtiva.

As situaes de anlise e reflexo sobre o sistema devem continuar at que todos os seus alunos estejam escrevendo alfabeticamente. Na seo de orientaes didticas voc ter mais um rol de atividades para desenvolver com esses alunos. A ortografia ter presena constante nesse semestre, tanto nas questes gerais que aparecem cotidianamente na produo de textos, como em situaes que abordam questes especficas durante revises ou em releituras com focalizao e ditados interativos.

A pontuao, neste semestre, ser um contedo enfocado em atividades de anlise de texto bem escrito, produo e reviso de narrativas literrias que compem algumas etapas do projeto Quem reescreve um conto, aprende um tanto!.

Poemas so para serem lidos, compartilhados e apreciados. A leitura em voz alta desse gnero dever fazer parte da rotina, ao menos uma vez por semana.

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A sequncia sobre o sistema solar dever marcar presena uma vez por semana na rotina. Mas, como o tema fascinante e pode contagiar os alunos, possvel que voc precise abrir uma brecha no seu planejamento para incluir mais um horrio de estudo.

As atividades do projeto Quem reescreve um conto, aprende um tanto! devem ser realizadas duas vezes na semana. Nesse exerccio, os alunos lero contos tradicionais, analisaro alguns dos recursos de linguagem utilizados e sero desafiados a reescrever um dos contos lidos. Tero oportunidade de colocar em jogo os conhecimentos que construram a partir da leitura, preocupando-se em utilizar a linguagem mais adequada.

Na Matemtica, a rotina proposta neste volume d continuidade ao trabalho com a interpretao e a produo de escritas numricas e com os clculos no campo aditivo, do volume 1. Sero acrescidas novas discusses para que os alunos possam ampliar seu conhecimento matemtico com relao ao clculo no campo multiplicativo, s unidades de tempo e geometria (trabalho com espao e forma).

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As atividades de interpretao e produo de nmeros devem ser realizadas duas vezes na semana. Elas continuam levando em conta a organizao e o tratamento de dados como forma de facilitar a compreenso do sistema de numerao decimal; os nmeros j conhecidos utilizados para avanar e ampliar o conhecimento numrico e suas relaes; o uso da calculadora como mais um recurso para analisar as escritas numricas, favorecendo o conhecimento e a ampliao do campo numrico; jogos e brincadeiras para refletir sobre as regularidades do sistema de numerao decimal e sua estrutura aditiva; e o sistema monetrio como recurso para compor e decompor nmeros.

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importante que as atividades de clculo aconteam pelo menos duas vezes na semana, podendo ser tanto do campo aditivo quanto do campo multiplicativo, alternado ou no. Elas devem ser realizadas para que os alunos continuem a compreender o significado das operaes no campo aditivo e comecem a organizar e a refletir sobre os significados das operaes no campo multiplicativo. Para isso, os alunos continuaro a tratar e a organizar as informaes contidas nos problemas; faro conjecturas sobre as diferentes possibilidades de encontrar um resultado, utilizando o clculo mental, a estimativa, jogos, brincadeiras e situaes desafiadoras; analisaro suas prprias representaes e as dos colegas, compartilhando as diferentes ideias e os procedimentos utilizados. O trabalho com as unidades de tempo deve ser realizado pelo menos uma vez na semana, para que os alunos possam, aos poucos, compreender a sucesso do tempo, utilizando, ao longo do semestre, instrumentos sociais de medida tais como o calendrio e o relgio.

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Por ltimo, propomos que o estudo da geometria espao e forma tambm ocorra uma vez por semana, podendo ser alternado com as unidades de tempo. Esse trabalho visa criar um ambiente de investigao. Para isso, os alunos iro vivenciar experincias de localizao de um objeto ou pessoas em determinado contexto e fazer observaes de campo para ampliar as possibilidades de representao e de interpretao do espao e das formas.

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Sugesto para a organizao da rotina semanal2a - feira Leitura pelo professor: Texto literrio 15 minutos Matemtica Clculo e operaes no campo aditivo e/ou multiplicativo Lngua Portuguesa Projeto didtico 3a - feira Leitura pelo professor: Texto literrio 15 minutos Matemtica Nmeros naturais e unidades de medida Lngua Portuguesa Sequncia didtica astronomia 4a -feira Leitura pelo professor: Texto literrio 15 minutos Matemtica Clculo e operaes no campo aditivo e/ou multiplicativo Lngua Portuguesa Comunicao oral Jornal/revista Recreio Outras reas 5a -feira Leitura pelo professor: Texto literrio 15 minutos Matemtica Nmeros naturais 6a -feira Leitura pelo professor: Texto literrio 15 minutos Matemtica Geometria espao e forma

Lngua Portuguesa Projeto didtico

Lngua Portuguesa Leitura de poemas

Outras reas

Lngua Portuguesa Ortografia/sistema de escrita Outras reas Outras reas

Lngua Portuguesa Pontuao Outras reas Outras reas

Outras reas

Outras reas Outras reas

Outras reas Outras reas

Outras reas Outras reas

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Orientaes didticas gerais de leitura e produo de texto

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Neste bloco, apresentamos as orientaes didticas para o trabalho com leitura, escrita e comunicao oral, detalhando o desenvolvimento de atividades em sala de aula e sugerindo vrios desdobramentos que voc poder colocar em prtica ao longo do semestre. Como no volume 1, as atividades so acompanhadas de um planejamento que detalha os objetivos de aprendizagem e o seu encaminhamento, bem como a ao do professor e dos alunos durante sua realizao.

A leitura diria de textos literriosDesde o volume 1 do Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 1a srie, recomendamos que a leitura de textos literrios seja feita diariamente pelo professor. No incio da 1a srie isso absolutamente inquestionvel, j que os alunos ainda no alfabetizados no tm condies de ler por conta prpria. Entretanto, agora, mesmo alfabetizados, a leitura feita pelo professor continua a ser uma atividade fundamental para os alunos. Por qu? Em primeiro lugar porque, como foi dito no volume 1 deste Guia, os alunos, embora consigam ler, tm ainda poucas experincias de leitura, e isso impede o acesso a textos mais complexos ou longos. A leitura diria, portanto, dever ser de textos que necessitam da mediao do professor para que os alunos a desfrutem plenamente. Essa atividade no apenas os coloca em contato com textos que eles no conseguiriam ler sozinhos, como tambm cria as condies adequadas para que, a mdio prazo, o faam. Estudos sobre leitura demonstram surpreendentemente que, ao lermos, utilizamos muito mais os conhecimentos que esto fora do texto (sobre a linguagem literria, o gnero, sua estrutura, o portador e mesmo o contedo) do que aqueles que esto no papel (as palavras ou as letras). Ou seja, ao ler para os alunos, o professor pode oferecer experincias com esses aspectos extratexto, que so fundamentais na construo de suas competncias enquanto leitores. Para formar leitores um dos principais desafios da escola importante que as experincias dos alunos com os livros e com a leitura sejam sempre bem planejadas e, para isso, a escolha dos livros decisiva.

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Critrios para escolha de livros para a leitura do professor:n textos que eles no leriam sozinhos. Histrias curtas, com pouco texto e Leia muitas ilustraes que podem servir leitura individual dos alunos , geralmente no so adequadas a essa situao. n Escolha textos cuja histria voc aprecie. Se a histria no for interessante para voc, provvel que tambm no o seja para os alunos. n qualidade literria do texto importante. Isto significa: uma trama bem estruA turada (divertida, inesperada, cheia de suspense, imprevisvel); personagens interessantes e linguagem bem construda, diferente daquela que se fala no cotidiano. n Evite utilizar histrias que sirvam para dar alguma lio de moral ou mensagem edificante. Geralmente essas histrias tm uma linguagem muito simplificada, metforas bvias, enredos totalmente previsveis e em geral levam a apenas uma interpretao de sentido. Uma boa histria permite que cada leitor a interprete de seu modo, gerando mltiplos significados. n um livro em captulos ou dividir uma histria mais longa em partes pode Ler ser bastante adequado para as turmas de 2a srie. Isso implica interromper a leitura em momentos que criem expectativa, pedir que os alunos faam antecipaes e deix-los sempre com gostinho de quero mais. Ouvir a leitura e poder coment-la j uma tarefa completa na qual os alunos aprendem muito. No necessrio complement-la solicitando que faam desenhos da parte que mais gostaram, dramatizaes, dobraduras etc. Alm de no serem aes que as pessoas faam ao ler um texto literrio, no contribuem para que os alunos aprendam mais sobre o texto nem para que se tornem melhores leitores.

ATIVIDADE 1: LEITURA PELO PROFESSORObjetivosn Ouvir um texto literrio. n Conhecer algumas caractersticas desse gnero. n Valoriz-lo como fonte de informaes.

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Planejamenton Como organizar o grupo? A atividade coletiva, mas voc pode variar a organizao sentados na prpria carteira; sentados no cho, em roda; com os olhos fechados, para melhor imaginar a histria; com as luzes da classe apagadas; fora da sala de aula, em uma parte agradvel do ptio etc. Quais os materiais necessrios? O livro que ser lido. n n Qual a durao? Cerca de 15 a 20 minutos.

Encaminhamenton planejar o momento de leitura, selecione, para comentar, as passagens que Ao lembram outras histrias/personagens, aquelas que despertam sentimentos fortes (medo, alegria, tristeza) ou, ento, aquelas que lembram acontecimentos recentes, da sua vida ou do dia a dia do grupo, e tambm passagens que encantam pela beleza de sua construo. Informe os alunos sobre o texto que ser lido, antecipando parte da trama n da histria, seus personagens, o local onde ela se passa como se fosse um anncio da prxima novela. Isso os ajuda a se interessarem pela leitura e fornece elementos para que eles antecipem o contedo do texto e se situem durante a leitura. Para tanto, preciso ler o livro antes, informar-se sobre seu autor/ilustrador, selecionar aquilo que se pretende destacar etc. Faa comentrios sobre a trama e seus personagens e convide os alunos a n falar tambm. Caso a conversa se estenda e a leitura fique dispersa, leia novamente o texto (no mesmo dia ou em outra ocasio). Mostre tambm algumas ilustraes, ressaltando a relao entre elas e o texto. n n Compartilhe com o grupo por que voc gostou da histria, pergunte do que eles mais gostaram, compare com outras histrias lidas ou j conhecidas do grupo, releia alguns trechos, retome ilustraes etc. Lembre-se: um dos objetivos da leitura diria de textos literrios que os alunos aprendam que a leitura uma fonte de entretenimento e prazer.

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Atividades de anlise e reflexo sobre o sistema de escrita

Atividades que favorecem a reflexo sobre o sistema de escritaExistem vrias atividades que contribuem para a reflexo sobre o sistema de escrita alfabtico. Neste Guia, inclumos algumas, aproveitando a sequncia didtica envolvendo a aprendizagem de um repertrio de canes da msica popular brasileira. fundamental que antes de iniciar as atividades de reflexo sobre o sistema de escrita os alunos que no leem e escrevem convencionalmente saibam o texto de memria. Por isso, importante que tenham acesso letra da msica e possam cant-la algumas vezes antes de iniciar a atividade. Dada a importncia de se organizar situaes dirias de reflexo sobre o sistema de escrita para os alunos que no leem e escrevem convencionalmente, indicamos neste volume alguns tipos de atividades e sugerimos que voc consulte os Guias da 1a srie e o volume 1 da 2a srie para ampliar seu repertrio.

O que as crianas que no sabem ler precisam aprenderPara os alunos que ainda no sabem ler e escrever, pouco adiantam as propostas de memorizao de slabas ou palavras. Eles necessitam compreender a natureza alfabtica de nosso sistema de escrita, pois tal construo a base para o aluno escrever e ler com autonomia. Para favorecer essa aprendizagem, muito importante que voc continue a realizar atividades cujo objetivo a prpria reflexo sobre o funcionamento da escrita, atividades em que o aluno tenha a oportunidade de colocar questes como: Quantas letras preciso para escrever essa palavra? ou Qual letra devo usar para escrever essa outra?. Tanto no Guia da 2a srie primeiro semestre, como nos Guias da 1a srie, relacionamos vrias atividades desse tipo. Continuar a utiliz-las essencial. No se preocupe em repeti-las enquanto houver alunos que ainda no leem e escrevem convencionalmente.

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Realizar atividades com os nomes dos colegas, a escrita e leitura de palavras em listas, ler quadrinhas e outros textos que os alunos tenham de memria ou mesmo tentar escrever palavras desconhecidas, de acordo com suas hipteses de escrita, necessrio. Reserve muitos momentos da rotina semanal para tais atividades, envolvendo apenas os alunos que ainda no escrevem, enquanto os demais, aqueles que j escrevem alfabeticamente, se dedicam s atividades de ortografia ou pontuao. muito importante que voc esteja junto desses alunos, fazendo perguntas ou oferecendo informaes que os ajudem a pensar sobre a escrita. a sua ajuda, a interveno que pode realizar nas situaes em que os alunos leem e escrevem da melhor maneira possvel que, de fato, favorecer o avano deles e contribuir para que atinjam a meta prevista para o fim da 2a srie escrever segundo a hiptese alfabtica.

intervenes do professor para favorecer avanos dos alunosO trecho a seguir foi adaptado do Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 1a srie, volume 2. As orientaes apresentadas so teis para organizar seu trabalho, considerando a importncia de um apoio direto aos alunos que necessitam de uma interveno mais prxima.1. De posse das sondagens realizadas e da comparao dos resultados, identifique os alunos que necessitam de mais ajuda.

Esse procedimento essencial. verdade que no dia a dia voc obtm muitas informaes acerca do que cada aluno j sabe. As sondagens servem justamente para fortalecer essas impresses e, ao mesmo tempo, garantir que nada escape ao seu olhar. Sempre h alunos que no chamam tanto a ateno e no costumam pedir ajuda (so tmidos ou preferem no se manifestar), mostram ao longo do ano avanos menos significativos do que seria esperado, indicando que necessitam de um acompanhamento prximo isso no seria percebido sem a realizao de sondagens peridicas.2. Organize as duplas de modo que os dois parceiros estejam em momentos

razoavelmente prximos em relao s hipteses de escrita. Mais uma utilidade das sondagens: permitir que voc agrupe os alunos de acordo com critrios mais objetivos. sempre importante lembrar que a funo das duplas no garantir que todos faam as atividades corre-

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tamente, mas favorecer a mobilizao dos conhecimentos de cada um, para que possam avanar. Lembre-se tambm de que uma boa dupla (o chamado agrupamento produtivo) aquela em que os integrantes fazem uma troca constante de informaes; um ajuda de fato o outro, e ambos aprendem. Preste muita ateno s interaes que ocorrem nas duplas e promova mudanas de acordo com o trabalho a ser desenvolvido.3. Organize a classe de modo a deixar os alunos que mais necessitam de

ajuda prximos de voc, de preferncia nas fileiras da frente. A tarefa do professor altamente complexa. Inmeras variveis interferem para que o objetivo de favorecer a aprendizagem de todos seja alcanado. s vezes, detalhes permitem gerenciar melhor a ajuda que voc pode oferecer. Um deles o modo de organizar o espao da classe. Se os alunos que demandam mais apoio e se dispersam com facilidade estiverem prximos de voc, ser mais fcil observar, orientar e intervir no trabalho que executam. 4. Aps ter orientado os alunos a realizar determinada atividade, caminhe entre eles e observe seus trabalhos, especialmente os daqueles que tm mais dificuldades. importante circular pela classe enquanto os alunos trabalham, por diversos motivos: avaliar se compreenderam a proposta, observar como esto interagindo, garantir que as informaes circulem e que todos expressem o que sabem. Quando necessrio, procure questionar e intervir, evitando criar a ideia de que qualquer resposta vlida. Observe tambm se o grau de dificuldade envolvido na proposta no est muito alm do que podem alguns alunos, se no est excessivamente difcil para eles. Cada atividade prope desafios destinados a favorecer a reflexo dos alunos. Muitas vezes voc dever fazer ajustes: questionar alguns para que reflitam um pouco mais, oferecer pistas etc. Voc encontra sugestes para isso na orientao de cada atividade.5. Explique a todos o que deve ser feito em cada atividade, mesmo naquelas

complementares. Esse mais um cuidado para potencializar a ajuda valiosa que voc pode oferecer aos alunos. Se todos os alunos j sabem o que precisam fazer, seu apoio ser mais produtivo para os que necessitam dele. No se esquea de explicar tambm a atividade complementar, a ser feita apenas por aqueles que trabalham num ritmo mais rpido, por lidarem melhor com os contedos propostos.

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6. Se tiver muitos alunos que dependem de sua ajuda, acompanhe algumas duplas num dia e outras no dia seguinte. Lembre-se de que necessrio planejar diariamente atividades dedicadas reflexo sobre o sistema de escrita. O desafio proposto para ns, professores, muito grande, e sabemos que gerenci-lo uma arte. No podemos ajudar a todos o tempo todo. Por isso, voc precisa organizar suas intervenes de forma a ajudar alguns alunos de cada vez, garantindo, porm, que todos recebam o apoio necessrio. Uma forma de garantir esse acompanhamento dar ateno particular a alunos diferentes a cada dia. Alm disso, a organizao do trabalho em duplas permite que, mesmo nos momentos em que no tm a sua ajuda, os alunos troquem informaes e confrontem seus conhecimentos com ideias diferentes das suas.3

Formao de agrupamentos produtivosRelembrando 1: no Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 1a srie volume 2 indica-se que, em relao s hipteses de escrita, interessante agrupar:n alunos

com hiptese pr-silbica com alunos que tm hiptese silbica com valor sonoro convencional; n alunos com hiptese silbica que utilizam as vogais com seus valores sonoros com alunos com hiptese silbica que utilizam algumas consoantes, considerando seus valores sonoros; n alunos com hiptese silbica que utilizam algumas consoantes ou vogais com seus valores sonoros com alunos com hiptese silbico-alfabtica; n alunos com hiptese silbico-alfabtica com alunos que tm hiptese alfabtica; n alunos com hiptese alfabtica com alunos que tm hiptese alfabtica.4 Relembrando 2: no Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 2a srie volume 1 caracterizamos o que se entende por agrupamentos produtivos. Uma parceria produtiva se caracteriza por:n troca

mtua de informaes, isto , ambos oferecem contribuies (isso no acontece quando um sabe muito e o outro se limita a copiar); n atitude conjunta de colaborao, buscando realizar as atividades propostas da melhor maneira possvel;3 Adaptado do Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 1a srie volume 2, pg. 20. 4 Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 1a srie volume 2, pg. 33.

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n aceitao

das ideias do colega quando parecerem mais acertadas; n alternncia da escrita.5 Alm disso, no esquea que os critrios para a formao das duplas no se restringem aos conhecimentos sobre a escrita: importante observar os alunos trabalhando: Durante a atividade, observe o modo de trabalharem juntos para avaliar se a dupla produtiva (se os dois forem inquietos, ou ambos muito tmidos, talvez no sejam bons parceiros). Nas prximas atividades, voc pode repetir duplas que se mostraram produtivas e mudar parcerias que no funcionaram bem.6

Orientaes gerais para encaminhamento de atividades de leitura e escrita que envolvem a reflexo sobre o sistema de escrita para alunos que ainda no escrevem alfabeticamenteO que fazer...

... quando os alunos tiverem dvidas quanto escrita de determinada palavra? comum que os alunos nos coloquem questes como: Como se escreve BaNDa? ou Com que letra escrevo CHaMOu?. antes de fornecer a resposta, importante lembrar que nosso objetivo, em cada atividade proposta, no que as crianas aprendam a escrever esta ou aquela palavra, por memorizao, mas sim favorecer que coloquem em jogo seus conhecimentos sobre a escrita e ampliem sua compreenso sobre o sistema de escrita. Desse modo, mais interessante do que mostrar a escrita da palavra questionada perguntar a eles: Como acham que se escreve essa palavra? ou, ainda, Com que letra acham que deve ser escrita a palavra?.

Ao devolver a pergunta, deixamos que reflitam e escolham as letras que lhes paream mais apropriadas. Alm desses questionamentos, voc pode pedir que leiam o que escreveram. Dessa forma, voc se aproximar do conhecimento construdo pelo aluno sobre a escrita.

5 Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 2a srie volume 1, pg. 45. 6 Id. ibidem.

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Em alguns casos, alm de devolver a pergunta, podemos dar algumas pistas: ao indicar o nome de um colega, cuja escrita tenha o mesmo som inicial que a palavra buscada, voc d informaes valiosas quando:n indica

que os nomes dos colegas podem servir como fonte de informao para a escrita de novas palavras; um procedimento de consulta aos materiais escritos, expostos na sala, aos quais o aluno poder recorrer em outras ocasies: lista de nomes da classe, cartazes, calendrio etc.

n orienta

O que fazer...

... para favorecer a interao entre os alunos nas atividades de escrita em duplas?aprender a trabalhar em duplas no imediato, nem fcil. preciso que os alunos aprendam a ouvir o colega e percebam que tambm podem aprender com as informaes dele, mesmo que s vezes isso gere conflitos. Se durante a escrita voc perceber que somente um dos alunos trabalha e o outro apenas est a seu lado, sem participar, proponha que este ltimo se envolva na atividade, perguntando a ele se concorda com a forma que o colega escreveu determinada palavra, se trocaria ou acrescentaria letras. alm disso, proponha que, antes de escreverem, conversem sobre as letras que devem ser usadas. uma estratgia interessante que tentem escrever cada palavra ou verso (no caso da escrita de uma cano ou outro texto memorizado) com letras mveis. as letras mveis permitem maior interao, pois fcil trocar a ordem, mudar letras ou acrescent-las. assim, ambos tentam formar a palavra com essas letras e s depois, quando concordarem quanto forma escrita, podem registrar no papel.

... para problematizar o conhecimento dos alunos?as intervenes s tero sentido se considerarem o conhecimento dos alunos, ou seja, se considerarem as hipteses que j construram. No se trata, porm, de intervir em todos os momentos. Tais intervenes, em vez de buscarem a correo do texto, tm como objetivo propor a reflexo sobre a escrita, a partir daquilo que os alunos sabem. Propor questionamentos para todas as palavras que foram escritas de maneira incorreta seria extremamente desgastante e improdutivo. Boas intervenes so qualitativamente interessantes, pois propem que os alunos parem para pensar mais profundamente sobre uma ou duas palavras. Se tais intervenes forem excessivas, inibiro a produo.

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O que fazer...

... para ajudar alunos que no sabem localizar palavras em listas ou bancos de palavras?faa perguntas que os ajudem a refletir: Com que letra voc acha que comea essa palavra? ou Com que letra ela termina? ou, ainda, essa palavra comea da mesma forma que... (nome de uma colega da classe). Observe o nome desse colega na lista para saber como deve ser escrita a palavra. Se, mesmo assim, o aluno no conseguir, voc pode circular duas palavras da lista e informar: uma destas palavras ... (a palavra buscada) e a outra ... (outra palavra da lista), sem especificar qual qual. em seguida, pergunte: qual delas a que buscamos?. interessante tambm que esses alunos tenham oportunidade de trabalhar com colegas que j faam uso das estratgias de leitura para realizar tais atividades e, tambm, de participar das discusses na classe em que vrios alunos explicitem suas estratgias para localizar palavras, utilizando as letras como indcios (identificam a letra inicial ou final pelo som, utilizam informaes das letras dos nomes dos colegas para descobrir as letras de outras palavras etc.).

... se um aluno indicar uma palavra errada nas atividades de localizar palavras em listas ou bancos de palavras?Tambm nesses casos sugerimos que voc pergunte ao aluno com que letra deve comear a palavra ou com que letra termina, ajudando-o a perceber que no se trata de uma escolha aleatria, e que ele conseguir realizar a atividade mesmo que no saiba ler, pois pode se apoiar nas informaes oferecidas pelas letras para descobrir a resposta. Se mesmo com essa ajuda ele no conseguir, aponte para duas palavras e informe que uma delas ... (a palavra que deseja localizar) e a outra ... (outra palavra da lista), sem especificar qual qual. qual deve ser a buscada?

... para problematizar uma atividade, para ampliar os conhecimentos daqueles que chegaram resposta correta?Para aqueles que conseguiram localizar a palavra, pergunte: Como voc sabe que a est escrito...? ou Como poderia explicar a um colega que no sabe?. essas justificativas, pedidas pelo professor, ajudam o aluno a sistematizar aquilo que j sabe e compartilhar seus conhecimentos com outros colegas.

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Atividades nas quais os alunos possam recorrer a palavras estveis (palavras que os alunos reconhecem a forma correta de escrever, mesmo antes de dominarem o sistema de escrita, e podem utiliz-las como fonte de informao)Em geral, em tais atividades os alunos precisam recorrer aos nomes dos colegas da classe e a outras palavras j estabilizadas pelo uso na sala de aula, como as que compem diariamente a rotina (LANCHE, RECREIO, HISTRIA etc.) e tornam-se conhecidas pelos alunos. Recorrer a essas palavras importante porque as crianas tm a oportunidade de confrontar suas ideias sobre a escrita com as palavras estveis, que funcionam tambm como referncia para a construo de outras escritas. Por exemplo, recorrer ao nome CARLOS para escrever CADERNO. As palavras estveis mostram-se importantes por diversas razes, entre as quais: informam sobre as letras, a variedade e a quantidade necessrias para compor uma palavra, a ordem em que precisam aparecer para grafar e, tambm, sobre as relaes entre fonemas e grafemas (as crianas podem refletir sobre o valor sonoro e sua correta representao).

Atividades que envolvam a leitura e a escrita de listasNas atividades de leitura com listas, em geral, os alunos que ainda no leem so instigados a localizar palavras e, para realizar essa atividade, devero utilizar as informaes contidas nas letras para se guiar (a quantidade de letras, a letra inicial ou final etc.). H vrias sugestes de atividades envolvendo listas no Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 1a srie volumes 1 e 2 (na sequncia didtica de receitas). Retom-las uma forma de ampliar as atividades de reflexo sobre o sistema de escrita.

Atividades que envolvam a leitura e a escrita de textos que os alunos conhecem de memriaA preocupao em trazer para a sala de aula as quadrinhas, parlendas, trava-lnguas, adivinhas, poemas e canes textos muito apreciados pelo pblico infantil enriquece o trabalho realizado em classe por permitir uma aproximao ldica com a linguagem e por ampliar o repertrio de gneros textuais conhecidos pelos alunos.

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Alm disso, por serem textos fceis de memorizar, tambm so oportunos para favorecer a reflexo sobre o sistema de escrita. Nas situaes de leitura, quando os alunos so convidados a ler textos desse tipo, o desafio ajustar o que falam ao que est escrito. Ao tentar tal correspondncia, os alunos procuram relacionar as partes do falado s partes escritas, e isso permite ampliar sua compreenso sobre o sistema de escrita alfabtico. Nas atividades em que se prope que escrevam textos memorizados, os alunos tero de pensar em que letras usar para escrever da melhor forma, de acordo com suas hipteses. Quando colocamos a escrita de textos que os alunos sabem de cor como aliada da reflexo sobre o sistema de escrita, no esperamos que decorem a grafia das palavras a ideia que, como sabem recitar a parlenda, possam direcionar sua ateno para as questes notacionais: refletir sobre quantas e quais letras se usa para escrever, alm de outras relacionadas escrita (separar as palavras ou no etc.). Na sequncia de canes proposta neste Guia, h vrias atividades de leitura e escrita de trechos memorizados das msicas aprendidas. Alm disso, no Guia de Planejamento e Orientaes Didticas 1a srie volumes 1 e 2 h propostas envolvendo cantigas de roda, parlendas e outros textos memorizados. Vale a pena consultar!

Cantando e aprendendo em sala de aulaQuem canta seus males espanta! O ditato antigo, mas diz muito... Cantamos porque com a msica se expressa o que vai na alma, ela tem o poder de alegrar. As msicas que escolhemos mostram quem somos, nossos gostos, aquilo que tem o poder de calar fundo em cada um. As msicas tambm traduzem pocas, exprimem os valores e a riqueza dos vrios grupos sociais. So parte da cultura: conhecer a produo musical de um povo entrar em contato com parte de sua riqueza. Ao trazer as canes para a sala de aula, alm de uma nova possibilidade de uso dos textos, pois aprender uma msica inclui conhecer sua letra, tambm se constri um repertrio comum, uma bagagem de todos os alunos, que pode ser compartilhada em qualquer momento. Um trabalho sistemtico com msicas em sala de aula permite uma experincia alegre, agradvel e ao mesmo tempo produtiva do ponto de vista das aprendizagens que so favorecidas. Neste guia, a aprendizagem de algumas canes cumpre dois objetivos: alm de aprend-las, criando interessantes situaes de

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leitura (das letras das canes), aproveitaremos o fato de serem textos de fcil memorizao para utiliz-las em propostas de reflexo sobre os aspectos notacionais: a ortografia, no caso dos alunos com hiptese de escrita alfabtica, e a reflexo sobre o sistema de escrita, no caso dos alunos que ainda escrevem segundo hipteses anteriores a esta.

MPB de ontem, ho