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Guia de Percursos Pedestres NISA

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Guia de percursos pedestres na região de Nisa.

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Page 1: Guia de Percursos Pedestres NISA
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200

260

318

400

470

490

510

530

Câmara Municipal de Nisa

8 percursos pedestres depequena rota (PR) marcados, no

terreno, nos dois sentidos.

Page 4: Guia de Percursos Pedestres NISA

- - NIS A - -

00 1010Km

EM 526 - 2

EM 527

EM 5

26

EN 18

EN 18

EN 18

EN 2

45

EM 525 - 1

CM 1005

CM 1

002

EM 528

EM 529

EM 544

CM 1138

CM 1176

EN 364

EN 359

EM 529

EN 359

I P2

N I S A

Montalvão

Pé-da-Serra

S.ra da Graça

Arneiro

Duque

VeladaChão

da VelhaCacheiro

Monte dos Matos

Falagueira

Vinagra

Albarrol

Vila Flor

Arez

Tolosa

Amieira do Tejo

Salavessa

PR 4

PR 1

PR 2PR 3

PR 5

PR 6

PR 7 PR 8

Rio Tejo

Rio Sever

VILA VELHA DE RÓDÃO /CASTELO BRANCO

- -ESPANH

A- -

CASTELO BRANCO

CASTELO DE VIDE

PÓVOA E MEADAS

PORTALEGRECRATO

GAVIÃO /ABRANTES /PONTE DE SOR

Percursos Pedestres de Nisa _ Localização geral no concelho

PR 1: Trilhos das Jans - Amieira do Tejo - 12,6 KmPR 2: Descobrir o Tejo - Chão-da-Velha - 4,25 KmPR 3: Olhar sobre a Foz - Central eléctrica da Velada - 5,75 KmPR 4: Trilhos do Conhal - Arneiro - 9,8 KmPR 5: À descoberta de S. Miguel - Pé da Serra - 9,2 KmPR 6: Rota dos Açudes - Salavessa - 10,6 KmPR 7: Entre Azenhas - Montalvão - 6,5 KmPR 8: Trilhos do Moinho Branco - Montalvão - 14 Km

Monte doClaro

I P 2

EN 118

EN 118

EN 246

Alpalhão

EM 5

46

Page 5: Guia de Percursos Pedestres NISA

início / fim do percurso ponto de interesse

x

fonte / ponto de águapovoação

arquitectura tradicional

AT

monumento histórico gastronomiaparque de merendasmonumento arqueológico

observação da fauna observação da avifauna observação da floraobservação da paisagem pesca desportiva

Caminhos de evasão (Introdução da Presidente da Câmara Municipal de Nisa): 7A ter em conta (conselhos úteis, material necessário...): 9

Introdução: 11

índice

Simbologia presente nos mapas de percurso

PR1: Trilhos das Jans: 13

PR 2: Descobrir o Tejo: 17

PR 3: Olhar sobre a Foz: 21

PR 4: Trilhos do Conhal: 25

PR 5: À descoberta de S. Miguel: 29

PR 6: Rota dos Açudes: 33

PR 7: Entre Azenhas: 37

PR 8: Trilhos do Moinho Branco: 41

Contactos úteis: 45

Chaminé em Vinagra _ PR 5

Page 6: Guia de Percursos Pedestres NISA

É por isto que o convidamos a fugir, a evadir-se. A deixar o constante frenesim das grandes cidades e a perder-se na deslumbrante e apaziguadora beleza do Norte Alentejano. A reencontrar-se com a natureza;

a viajar pela alma de gentes que nela sempre se encontraram. A conhecer as suas estórias, os seus hábitos; a partilhar o seu tempo.

Caminhos de evasão 6

Page 7: Guia de Percursos Pedestres NISA

_Caminhos de evasãoNuma época em que o conceito de lazer se encontra pro-

fundamente enraizado nas nossas vidas, atribuindo-se-lhe um valor inestimável e procurando-se dedicar-lhe todo o tempo disponível, sentimos que não conseguimos parar, descontrair!

Um profundo paradoxo, este, em que vivem as sociedades modernas. Um presente que parece permanentemente esca-par-nos. Rápido, estranhamente rápido demais!

É por isto que o convidamos a fugir, a evadir-se. A dei-xar o constante frenesim das grandes cidades e a perder-se na deslumbrante e apaziguadora beleza do Norte Alentejano. A reencontrar-se com a natureza; a viajar pela alma de gentes que nela sempre se encontraram. A conhecer as suas estórias, os seus hábitos; a partilhar o seu tempo. A, verdadeiramente, ver, escutar, cheirar, tocar, sentir!

Terra, Sol, Água, Pedra. É esta a essência de Nisa. A es-sência de toda a região. É a sua marca identitária, aquilo que

_ _____Maria Gabriela Tsukamoto, Presidente da Câmara Municipal de Nisa

Terra, Sol, Água, Pedra. É esta a essência de Nisa. É a sua

marca identitária, aquilo que temos para lhe oferecer.

Que, esperamos, explore, tranquilamente,

percorrendo estes “Percursos Pedestres de Nisa”

PP

Caminhos de evasão 7

Page 8: Guia de Percursos Pedestres NISA

temos para lhe oferecer.Terra de gentes encantadoras e acolhedoras. Terra de gentes encantadoras e acolhedoras. Terra Terra rural, da qual se extrai o barro e Terra rural, da qual se extrai o barro e Terra

o linho com que se faz o nosso magnífi co artesanato. Terra de onde nascem os nossos Terra de onde nascem os nossos Terraprodutos tradicionais: do inigualável queijo de Nisa aos famosos enchidos de salsicha-ria. Terra de paisagens deslumbrantes, que ganham vida através do Terra de paisagens deslumbrantes, que ganham vida através do Terra Sol. Um Sol quente, alentejano, que dá vida aos olivais dos socalcos, às azinheiras, aos sobreiros; faz crescer os medronheiros, a urze, a giesta, o rosmaninho, o junco, o salgueiro, o espargo silvestre... Um Sol a que se junta a Água, fresca, límpida. Quarenta e três quilómetros de Tejo, nave-gáveis e deslumbrantes, enquadrados em Rede Natura, a traçarem a raia entre o Alentejo e a Beira. É a Água a marcar a transição entre um norte, relativamente mais temperado Água a marcar a transição entre um norte, relativamente mais temperado Águae húmido, e um sul, mais quente e seco. Um Tejo diferente, do interior, que ainda é sus-tento dos nossos povoados piscatórios. Que corre por vales de declives acentuados e cujas margens, marcadas por penhascos inclinados e abundantes socalcos, servem de refúgio à cegonha-negra e à garça-real; ao abutre e ao grifo; ao veado, à raposa e ao javali; ao coelho e à lebre; ao milhafre e à águia-pesqueira... Margens onde desaguam diversos rios e ribeiras (nomeadamente o rio Sever, que serve de fronteira entre Portugal e Espanha ao longo de mais de quarenta quilómetros e junto ao qual passam alguns destes percursos) que ofere-cem a sua Água a açudes e noras, moinhos, azenhas e barragens, hortas e pomares. Mas é Água a açudes e noras, moinhos, azenhas e barragens, hortas e pomares. Mas é Água

_Zona histórica de Nisa

Caminhos de evasão 8

Page 9: Guia de Percursos Pedestres NISA

também a Água que nasce sulfurosa e curativa na Fadagosa, cujo complexo termal sofre, Água que nasce sulfurosa e curativa na Fadagosa, cujo complexo termal sofre, Águaneste momento, uma intervenção de fundo, através de um projecto estruturante para todo o Norte Alentejano.

É, por fi m, a Pedra, que nesta zona é granítica, quartzítica, xistosa. A Pedra do Conhal Pedra do Conhal Pedrado Arneiro, candidato a Património da Humanidade. A Pedra da nossa arquitectura, da Pedra da nossa arquitectura, da Pedraqual se fi zeram aldeias históricas, como Amieira do Tejo ou Montalvão. Pedra de que nas-Pedra de que nas-Pedraceram os imponentes castelos, (entre os quais se destaca o belíssimo exemplar de Amieira do Tejo), mas também os modestos muros apiários, os abrigos dos pescadores, as furdas e as picotas. A Pedra de que se ergue uma indústria fulcral para a região, com a extração Pedra de que se ergue uma indústria fulcral para a região, com a extração Pedrado granito de Alpalhão, e a Pedra de que se faz a nossa original bienal artística (Bienal da Pedra de que se faz a nossa original bienal artística (Bienal da PedraPedra).

É tudo isto que queremos oferecer-lhe. Que, esperamos, explore, tranquilamente, per-correndo estes trilhos-de-pé-posto; estes “Percursos Pedestres de Nisa”, recentemente im-plementados no terreno e agora compilados em guia.

Uma aposta ganha pelo presente Executivo, que, com certeza, o ajudará a usufruir com toda a proximidade das nossas riquezas e o fará sentir-se ainda melhor num concelho cujas gentes, seguramente, têm todo o prazer em o receber!

_Rio Tejo (ao longe, Arneiro)

Caminhos de evasão 9

Page 10: Guia de Percursos Pedestres NISA

_ _____a ter em contaOs percursos pedestres constituem um meio privilegiado para se estabelecer um profundo contacto com a natureza, em todo o seu esplendor. Para desfrutar de todas as suas cores, texturas, cheiros e sons. Para apreciar, interpretar e sentir a sua beleza, calma e força. São também uma forma saudável de ável de áconhecer o património construído, a cultura e as gentes de uma região.Mas quando nos lançamos neste tipo de experiência, devemos fazê-lo com a plena consciência de que existem cuidados especiais, normas de conduta, conselhos úteis e material que não podem ser esquecidos.Tendo sempre em vista a sua segurança, a preservação da natureza e do património, e o bom relacio-namento com as gentes e o ambiente que o rodeiam, deixamos aqui uma importante lista de aspectos que deve ter sempre em conta antes de partir para uma das caminhadas que propomos neste guia.Tudo para que a sua aventura corra da melhor forma.

_ ___conselhos úteis

> Antes de partir, consulte sempre a documentação escrita e cartográfi ca acerca da área do percurso.

• Informe sempre alguém acerca do percurso que vai fazer e do tempo que conta demorar. Não vá sozinho.

> Tome conhecimento da previsão meteriológica. Caso previr que não consegue terminar o percurso antes de anoitecer,

ou as condições meteriológicas se alterarem consideravelmente é mais prudente voltar para trás.

• Adopte um ritmo mais moderado nos primeiros 20 minutos, de maneira a que os seus músculos possam aquecer.

> Mantenha o mesmo tipo de ritmo, por forma a cansar-se menos.

• O elemento mais lento do grupo deve ditar o passo, desta forma ninguém fi cará para trás. Se um dos elementos do

grupo parar, os outros também devem fazê-lo.

> Caso se sinta muito cansado, deve descansar um pouco e voltar para trás, mas avalie bem a distância, pois pode ser

mais rápido prosseguir até ao ponto de chegada.

• Deve descansar quando necessário, mas não por períodos demasiados longos, pois poderá arrefecer.

> Se tiver câimbras na barriga das pernas, deve sentar-se no chão e puxar os dedos dos pés para trás

• Se tiver bolhas nos pés, descalce-se, estrelize uma agulha com uma chama, fure-as, aplique um penso e, se possível, ível, í

mude de meias.

> Se estiver muito calor, beba o equivalente a um copo de água de meia em meia-hora. Faça refeições leves.

• Se possível leve um telemível leve um telemí óvel consigo e, em caso de emergência, fale pausadamente, por forma a explicar muito bem a

sua situação geográfi ca e o tipo de urgência. Mesmo em locais sem rede, é possível fazer chamadas de emergível fazer chamadas de emergí ência. Caso

não tenha meios de comunicação, o melhor corredor e conhecedor do terreno deve partir em busca de socorros.

Percursos pedestres_concelho de Nisa

Page 11: Guia de Percursos Pedestres NISA

_ ___material necessário

Calçado – Uma das peças mais importantes do equipamento. São os pés que suportam a maior parte do esforço na caminhada e é no tornozelo, no calcanhar e nos dedos que podem surgir os principais problemas. Sapatilhas de jogging confortáveis podem ser uma opção, desde que não haja muita lama, água ou irregularidades de grande nível. Devem usar-se com meias relativamente ível. Devem usar-se com meias relativamente ífi nas. Mas as botas de trekking serão sempre uma opção mais segura, desde que leves e confortáveis. Devem usar-se com meias específi cas, com calcanhares e solas reforçadas, e fi bras respiráveis. Leve sempre um par de meias de reserva. Nunca experimente pela primeira vez o calçado na caminhada. Proteja as zonas sensíveis com adesivo, unte íveis com adesivo, unte íos pés com vaselina e deite pó-de-talco nas palmilhas.

Roupa – De verão e quando estiver mais calor, deve usar roupas leves e relativamente claras. (cores muito claras atraem os insectos) Deve também usar uma protecção para a cabeça e um protector solar. Os óculos escuros podem também ser uma boa opção.Os calções são frescos, mas não protegem as pernas de eventuais agressões. O ideal será usar calças com feicho éclair horizontal, que se transformam facilmente em calções. De Inverno, quando está mais frio, vento e chuva, recomenda-se o uso de um impermeável ( calças e casaco ) leve e transpirável, um blusão, uma camisola de lã ou de fi bra polar (bastante mais leve) e umas calças. Para a cabeça utilize um gorro ou um chapéu impermeável. Em casos de muito frio, utilize roupa interior transpirável e

_ ___cuidados especiais e normas de conduta

> Siga somente pelos trilhos sinalizados.

• Cuidado com o gado. Embora manso, não gosta da aproximação de estranhos às suas crias.

> Evitar barulhos e atitudes que perturbem a paz do local.

• Observar a fauna à distancia, preferencialmente com binóculos.

> Não abandonar o lixo, levando-o até um local onde haja serviço de recolha.

• Fechar as cancelas e os portelos.

> Respeitar a propriedade privada.

• Não fazer lume.

> Não danifi car a fl ora. Não colher amostras de plantas ou rochas.

• Ser afável com os habitantes locais, esclarecendo quanto à actividade em curso e às marcas do PR.

> Respeite os costumes e as tradições locais.

de fi bras sintéticas, já que o algodão tende a permanecer húmido.Em qualquer altura do ano, as luvas são sempre um utensílio necessário, para proteger as mãos do frio, dos arbustos e das pedras.

Mochila – É essencial para transportar o equipamento, a comida e a bebida. Como não se trata de expedições muito difíceis, deve levar o mínimo equipamento possível, por ível, por íforma a não fi car demasiado pesada.

_ Recipiente com água; (1 litro para cada seis quilómetros de Verão e metade de Inverno). Evite bebidas açucaradas, pois aumentam a sede. De Inverno, pode também levar bebidas quentes, como chá ou café, em recipiente térmico.

_ Farnel ligeiro; chocolate, frutos secos ou outros alimentos ricos em glucose deverão proporcionar refeições ligeiras e energéticas durante a marcha.

_ Lanterna; muito útil, caso comece a escurecer ou em zonas com pouca luz.

_ Binóculos; importantes para observar a avifauna, a paisagem e o caminho ao longe.

_ Kit de emergência; deve conter um espelho para fazer sinais, um apito, uma mini-caixa de primeiros-socorros, repelente de insectos, fósforos, canivete ou ferramenta multiusos e spray anestésico.

_ ____a ter em conta

Page 12: Guia de Percursos Pedestres NISA
Page 13: Guia de Percursos Pedestres NISA

Ao chegar à Vila, comece por entrar na zona medieval de Nisa, atravessando uma das portas das muralhas, que outrora envolviam o castelo, e admire as ruas labirínticas e as casas pintadas de branco e ocre, que nos remetem para um passado, que muitos julgam perdido no tempo. Aproveite para visitar o Núcleo do Bordado, primeiro polo do futuro complexo do Museu do Barro e do Bordado de Nisa, onde se pode familiarizar com uma arte muito enraizada na região. Já em pleno centro, na Praça da República, e comprovando a existência de uma dinâmica cultural que vem de longe, encontramos o cine-teatro, com as suas escolas de música, teatro e dança, e a biblioteca municipal, onde habitualmente são organizados diversos encontros e exposições.

Conhecida como a capital do artesanato do norte alentejano, Nisa é famosa pelas rendas

Percursos pedestres_concelho de Nisa // introdução

Em pleno Norte alentejano, delimitado pelos rios Tejo e Sever e com Castelo de Vide e Gavião espreitando na linha do horizonte, o concelho de Nisa é, sem dúvida, uma zona privilegiada para contemplar

em pleno a beleza da paisagem alentejana e observar o esplendor das raias beirã e espanhola. Com cerca de 8500 habitantes e uma área de 572 km2, o município, pertencente ao distrito de Portalegre, oferece ao

visitante uma viagem fantástica pela natureza, o património, a cultura e a alma das gentes da região.

_Muro de Sirga na margem do Rio Tejo - Amieira do Tejo

JL

Introdução 13

Page 14: Guia de Percursos Pedestres NISA

de bilros, que se transformam em xailes e cachecóis, pelos cobertores bordados a feltro e pelas saias de camilha.

Na olaria do concelho, são célebres as bi-lhas e cantarinhas de barro vermelho, orna-mentadas com pedrinhas brancas, formando motivos alusivos à fl ora regional.

No que toca aos produtos tradicionais, a oferta estende-se aos enchidos de carne de porco e aos queijos de ovelha, destacando-se o queijo de Nisa e o queijo mestiço de Tolosa, com os seus paladares únicos, ambos pertencentes à região demarcada de Nisa. A gastronomia é também rica em iguarias ca-racteristicamente alentejanas, como as migas e a açorda, as sopas de peixe, de cachola e de sarapatel, o ensopado de borrego, o peixe de escabeche, a alhada de cação, o feijão com couves, os maranhos com batatas, as febras da matança e as papas de milho. Na doçaria regional, a lista também é extensa: azevias, fi lhós, bolos batidos ou dormidos, de azeite, canela ou manteiga, broas de mel, queijadas, rebuçados de ovos, tigeladas e cavacas fazem as delícias dos mais gulosos.

Saciado o apetite, é tempo de se fazer à estrada e conhecer de perto cada uma das dez freguesias do concelho – Amieira do Tejo, Arez, Alpalhão, Montalvão, São Ma-tias, São Simão, Santana, Tolosa, Espírito Santo e Nossa Senhora da Graça.

Comece por visitar a capela de Nossa Senhora dos Prazeres e a ponte medieval hora dos Prazeres e a ponte medieval horasobre a ribeira de Figueiró, junto às ruínas da que foi a antiga Nisa, a três quilóme-tros da actual povoação. Outro dos locais obrigatórios é Amieira do Tejo, uma das doze vilas da Ordem de Malta, onde o castelo medieval, hoje monumento nacio-nal, proporciona, através das suas quatro torres amuralhadas, uma excelente pano-râmica sobre o vale do Tejo. Mais acima, junto ao rio, conheça a famosa “Barca da Amieira”, local onde se fazia a ligação entre as duas margens. Não deixe de visitar a vila de Alpalhão, para descobrir as abundantes marcas judaicas nas ombreiras das portas; Montalvão, onde poderá visistar um con-junto signifi cativo de vestígios arqueológi-cos; Salavessa, onde sobressaem as casas de

São célebres as bilhas e cantarinhas de barro vermelho, ornamentadas

com pedrinhas brancas formando motivos alusivos à fl ora regional.

Outro dos locais obrigatórios é Amieira do Tejo, uma das doze vilas da Ordem de Malta

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jo

Page 15: Guia de Percursos Pedestres NISA

rodapés coloridos e chaminés gigantescas; e outras tantas aldeias onde certamente irá encontrar excelentes motivos de interesse.

Mas, no concelho de Nisa, o património construído combina-se em harmonia com a diversidade natural. Comprove-o acom-panhando a descida dos rios e ribeiras, em vales profundos, que alimentam antigos açudes, moinhos e azenhas, ou observando atentamente as antas megalíticas, as pontes, os caminhos de sirga e os muros apiários de xisto. Esta pedra é parte integrante da arquitectura tradicional da região, estando presente nas habitações caiadas de branco, nas barrocas de oliveiras dependuradas em socalcos ou ainda nas paredes de fi nas lajes dispostas ao longo dos trilhos e caminhos de terra, sempre acompanhados pela bela paisagem de sobrado. Prova do uso ances-tral deste mineral, o Tejo possui também um importante complexo de arte rupestre, constituído por mais de 40 mil gravuras, hoje, na sua maioria, submersas pela albu-feira da barragem do Fratel.

Conhecidas as principais potenciali-dades de Nisa, recupere as energias des-cansando junto às margens de um rio ou

A maior riqueza de Nisa, as suas gentes simpáticas e hospitaleiras, com muitas e inigualáveis histórias para contar, em

exclusivo e na primeira pessoa!

JL

Introdução 15

Page 16: Guia de Percursos Pedestres NISA

ribeira, ou contemple a paisagem deslumbrante a partir de um dos miradouros naturais. Mas se o que procura é a tranquilidade absoluta, a 11 quilómetros da sede de concelho, numa planície onde abundam os carvalhos e a vegetação rasteira, encontrará as Termas da Fadagosa, cujas águas de carácter sulfuroso, aconselhadas no tratamento de doenças reumá-ticas e respiratórias, são utilizadas com fi ns medicinais há mais de duzentos anos. Se no fi nal ainda lhe restarem forças e quiser um pouco de acção, um moderno pavilhão desportivo e as piscinas coberta e descoberta da vila são os locais privilegiados para a prática de uma série de modalidades, que vão da natação à capoeira. Para os mais aventureiros, os desportos de natureza, pelas condições ideais de que dispõe o concelho, serão, com certeza, uma opção a ter em conta.

Mas outras surpresas aguardam por si em Nisa. Para desvendar os segredos da região e desfrutar em pleno do que o concelho tem para lhe oferecer, aventure-se num dos per-cursos pedestres que agora lhe propomos, e passeie-se tranquilamente pelas aldeias rústicas e acolhedoras, onde o aguarda aquela que é talvez a maior riqueza de Nisa: as suas gentes simpáticas e hospitaleiras, com muitas e inigualáveis histórias para contar, em exclusivo e na primeira pessoa!

_Termas da Fadagosa de Nisa, cujas águas de carácter sulfuroso são utilizadas com fi ns medicinais há mais de 200 anos.

Introdução 16

Page 17: Guia de Percursos Pedestres NISA

_Termas da Fadagosa de Nisa, cujas águas de carácter sulfuroso são utilizadas com fi ns medicinais há mais de 200 anos.

_ pub

Page 18: Guia de Percursos Pedestres NISA

PR1_Trilhos das Jans 18

Para desvendar os segredos da região e desfrutar em pleno do que o concelho tem para lhe oferecer, aventure-se num dos percursos pedestres que agora lhe propomos.

Page 19: Guia de Percursos Pedestres NISA

Trilhos das JansP R1

O percurso tem início em Amieira, freguesia anterior à fundação do país e uma das doze vi-

las da Ordem de Malta. Atravesse as estreitas ruas de calçada de pedra, espreite as arcadas ruas de calçada de pedra, espreite as arcadas dos antigos Paços do Concelho e suba ao cas-telo medieval para contemplar a soberba vista sobre o vale do Tejo. Visite também a igreja do

Calvário e a capela de S. João Baptista. Saia pela estrada alcatroada, no largo da Junta de Freguesia, passando junto a um lagar de azeite. Encontrado o caminho de terra batida, siga entre muros, na companhia de azinheiras e oliveiras. Depois de uma ligeira subida, insta-lam-se na paisagem as estevas e as giestas e surgem os primeiros sobreiros e vinhedos. Siga em frente ou amplie o trajecto até Vila Flor, onde uma estreita quelha nos leva até às ruí-nas da igreja. Abandone o caminho principal e nas da igreja. Abandone o caminho principal e acompanhe os eucaliptos por um atalho onde desfrutará de uma panorâmica sobre Albarrol e a ribeira do Figueiró, que serpenteia vales in-clinados antes de atravessar uma ponte roma-na e desaguar no Tejo. Após uma ligeira subida, cruzamo-nos de novo com os muros de xisto e a vegetação selvagem. Os percursos intersectam-se e avançam em direcção ao Tejo, com uma visão privilegiada sobre o Gardete e a barragem do Fratel, porta de entrada na Beira Baixa. Terrenos baldios, onde é normal encontrarmos algum gado, ini-ciam-nos na descida acentuada até à margem. Aqui começam os três quilómetros do muro de

_acesso: NISA > EN 364 > AREZ > EM 528 > AMIEIRA DO TEJOMIEIRA DO TEJO

grau de dificuldade: MÉDIOextensão: 12,6 KM

duração: 3h30

Muro de Sirga. Rio Tejo.

Seguimos paralelamente ao rio, que corre apressadamente, comprimido entre as margens xistosas de onde se contempla o voo rasante de

aves como a garça-real ou o corvo-marinho.

JL

PR1_Trilhos das Jans 19

Page 20: Guia de Percursos Pedestres NISA

Arte RupestreO Tejo possui um importante com-

plexo de arte rupestre de mais de 40 mil gravuras, a maior parte delas sub-mersas desde 1974 pela albufeira da barragem do Fratel, lugar obrigatório para a pesca e os desportos náuticos. A imagem acima integra o núcleo de S. Simão, um dos que se encontram

à superfície, e representa um caçador

com um veado sobre os ombros.

Castelo da AmieiraConstruído no séc. XIV por Álvaro Gonçalves Pereira, prior da Ordem de Malta, o castelo de Amieira fez parte da linha de defesa do Tejo.

Palco de guerra na crise dinástica de 1383-85, foi residência de alcaides, prisão e cemitério. Junto a um dos quatro torreões deste

monumento nacional encontra-se a capela de S. João Baptista, com um tecto decorado em esgrafi to.

P R1

sirga, entre a Barca da Amieira e a barragem do Fratel. Tenha em atenção que o piso se torna escorregadio com a humidade, devendo evitar--se aquando das grandes descargas de água. Seguimos paralelamente ao rio, que corre apressadamente, comprimido entre as mar-gens xistosas de onde se contempla o voo rasante de aves como a garça-real ou o cor-vo-marinho. Para trás fi cam um pontão com arco em xisto e a foz do rio Ocreza, escorrendo por encostas com oliveiras em socalco. Deste lado, abundam mortunheiros e medronheiros, substituindo-se ao arvoredo das tapadas. Com a estação da Barca da Amieira defronte, che-gamos ao cais, em cuja rampa descansam os barcos de pesca característicos da zona.

Siga a estrada alcatroada, passando pelo par-que de merendas com vista para o Tejo e para a praia dos ladrões, tomando à direita, junto às ruínas de um lagar, um caminho de terra. A subida acentuada é amenizada pela sombra de sobreiros e azinheiras, até à estrada alca-troada, onde espreitam o castelo de Amieira, a ribeira da Maia e, mais adiante, nas hortas da vila, velhas picotas.Terminado o percurso, e fazendo justiça ao adágio “o peixe do Figueiró, quem o apanha come-o só”, prove as sopas de peixe ou de feijão com couve, o ensopado de borrego, as migas de batata com entrecosto frito e as ca-vacas. Do artesanato local fazem parte os bor-dados e os artigos em madeira e cortiça.

PR1_Trilhos das Jans 20

JG

Page 21: Guia de Percursos Pedestres NISA

Rio TejoRio Ocreza

Ribeira de Figueiró

2

1

AMIEIRA DO TEJO(240 m)

VILA FLOR(280 m)

EM 528

NISA X C. BRANCO X LISBOA

3

- subida acentuada -

- descida acentuada para o Rio Tejo -

4

Rainha Santa Isabel e a lenda das JansEntre os muitos passageiros, a barca da Amieira terá transportado o cor-Entre os muitos passageiros, a barca da Amieira terá transportado o cor-po da infanta aragonesa que casou com D. Dinis, mais tarde canonizada po da infanta aragonesa que casou com D. Dinis, mais tarde canonizada e conhecida como rainha Santa Isabel. Falecida em Estremoz e sepultada e conhecida como rainha Santa Isabel. Falecida em Estremoz e sepultada em Coimbra, esta foi conduzida pelo caminho que ia desde a Amieira até em Coimbra, esta foi conduzida pelo caminho que ia desde a Amieira até à margem do Tejo, trajando um vestido de linho tecido pelas Jans, nome à margem do Tejo, trajando um vestido de linho tecido pelas Jans, nome dado às mulheres invisíveis que fi avam um linho muito fi no e sem nós. dado às mulheres invisíveis que fi avam um linho muito fi no e sem nós. Uma lenda da região conta que quem quisesse uma peça tecida por es-Uma lenda da região conta que quem quisesse uma peça tecida por es-tas fadas, teria de deixar de noite o linho e um bolo de farinha de trigo a tas fadas, teria de deixar de noite o linho e um bolo de farinha de trigo a cozer na lareira. Terminado o trabalho, estas desapareciam misteriosa-cozer na lareira. Terminado o trabalho, estas desapareciam misteriosa-mente, levando consigo o petisco.

1_ Castelo da Amieira do Tejo2_ Ruínas de Igreja3_ Muro de Sirga4_ Barca da Amieira

principais pontos de interesse

PR1_Trilhos das Jans 21

Page 22: Guia de Percursos Pedestres NISA

P R1

Junta de Freguesia de Amieira do Tejo

Tlf.: 245 457 315_ _ _

Associação Rumo Tlf.: 245 457 295_ _ _

Casa do BalcãoTlf.: 245 457 218_ _ _

Sociedade Educativa Amieirense

Tlf.: 245 457 305

Trilhos da Janscontactos úteis:

Tenha em atenção que o piso do muro de sirga se torna escorregadio com

a humidade, devendo evitar-se durante e imedia-

tamente após as grandes descargas de água.

a ter em conta:

Ruínas da igreja de Vila FlorAmieira do Tejo

BARCA DA AMIEIRAO local tem este nome por haver uma embarcação que faz a ligação entre o apeadeiro fer-roviário da Barca da Amieira, situado na margem norte do Tejo, na Beira Baixa, e a estrada que conduz à localidade de Amieira, já no Alentejo, unindo assim os dois cais que entram rio adentro.

MURO DE SIRGAA jusante da barragem do Fratel são visíveis os muros de sirga, outrora essenciais à navega-ção até Ródão. O nome refere-se ao grosso cabo de sisal utilizado para rebocar os barcos a partir da margem. Neste caso, percorra os três quilómetros que se estendem da barca da Amieira à barragem do Fratel, sempre paralelamente ao rio, através de um belíssimo exem-plar destas construções tradicionais, contemplando a beleza da paisagem envolvente.

ESPARGO: Apreciado na culinária e rico em vitaminas C e E, é utilizado no tratamento de nevrites, reumatismo, má visão e dores de dentes. Com as hastes verde-escuro do espargo bravo podem fazer-se omeletas.

CARPA: Peixe de dorso castanho-esverdeado, comum nas albufeiras e cursos de corrente fraca com vegetação abundante. Alimenta-se de invertebrados, plantas e algas. Pode chegar aos 120 cm e viver até aos 50 anos.

aspectos de interesse

fauna e flora em destaque

PR1_Trilhos das Jans 22

Page 23: Guia de Percursos Pedestres NISA

Descobrir o TejoP R2Descobrir o Tejo

O percurso inicia-se junto à antiga escola primária de Chão da Velha, aldeia situada no extremo noroeste do concelho de Nisa, onde pode observar as casas envelhecidas, com as pode observar as casas envelhecidas, com as características chaminés alentejanas. Outrora, a agricultura e o pastoreio de vacas e cabras eram as principais fontes de subsistência desta povoação, praticamente desertifi cada. Hoje, a agricultura, a olivicultura, a exploração de cortiça e a rentabilização dos eucaliptais são as principais actividades económicas da zona. Assim que calcorreamos os primeiros metros, verifi camos que em redor subsistem algumas hortas e vinhas, provando que ainda há quem não tenha abandonado defi nitiva-mente estes campos. Percorrendo as matas, povoadas de eucalip-tos, desça por um trilho de pé posto, serpente-tos, desça por um trilho de pé posto, serpente-ando um caminho estreito ao longo da encos-ta, num percurso em terra batida, perdido nas barreiras do Tejo e que nos conduzirá até à sua margem sul. Aprecie a vista privilegiada sobre o rio, avolumado pela albufeira da barragem do Fratel, e em particular a panorâmica sobre a margem norte, pertencente ao concelho de Mação, com a linha da Beira Baixa a recortar por completo o horizonte. Chegados ao local, onde existe um pequeno cais de acostagem e um parque de merendas, obtém-se uma boa perspectiva daquela bacia hidrográfi ca, área privilegiada para a observação da avifauna lo-cal, em particular de aves como a garça-real,

grau de dificuldade: FÁCILextensão: 4,25 KM

duração: 1h30

Rio Tejo. Barragem do Fratel

Desça por um trilho de pé posto, serpenteando um caminho estreito ao longo da encosta, num percurso em

terra batida, perdido nas barreiras do Tejo.

_acesso: NISA > EM 544 > CM 1159 > CM 1001 > CHÃO DA VELHACHÃO DA VELHA

JL

PR2_Descobrir o Tejo 23

Page 24: Guia de Percursos Pedestres NISA

Hortas tradicionaisGrande parte do concelho de Nisa tem uma utilização agrícola, domi-

nando as árvores de fruto, os olivais e as tradicionais hortas e vinhas.A maioria das casas das aldeias

têm um quintal onde se cultivam legumes e vegetais, sendo

a agricultura de subsistência utiliza-da também pelos reformados como

terapia ocupacional.

EirasNas eiras, espaços amplos em terra batida, laje ou cimento, situadas

em zonas soalheiras junto às casas, secavam-se e malhavam-se cereais como o trigo, o centeio ou o milho.

Entre Julho e Setembro, na época das colheitas, malhavam-se as espigas,fazendo o grão soltar-se dos carolos, sacudindo-as depois ao

vento para libertar a moinha com que se enchia as almofadas. Terminado o processo, o grão era guardado e mais tarde moído,

servindo a palha de alimento a animais.

P R2

a cegonha-negra, o milhafre-real, a águia--pesqueira, o abutre-negro, o bufo-real, o corvo-marinho e o grifo. Este é também o ter-ritório natural do javali, do veado, do coelho, da raposa, do ginete, da lebre, do saca-rabos e do gato-bravo, bem como um dos melhores locais para a prática da pesca desportiva. No Tejo podem pescar-se o barbo, a boga, a carpa, o achigã, a enguia, o bordalo e a perca. Inicie então a subida, num percurso em terra batida, passando por entre vários eucaliptais. Atravesse uma vereda até chegar ao ponto mais elevado do trilho, numa eira, acompanhando uma parede de xisto com a particularidade de apresentar um remate deitado. Antes de chegar ao Chão da Velha, passe por uma fonte,

por algumas construções em xisto e junto às barrocas, onde outrora abundavam os olivais. Em toda esta região, a paisagem reveste-se de sobreiros, azinheiras, oliveiras, pinheiros bra-vos e eucaliptos. Junto ao solo são comuns as estevas, as giestas, o rosmaninho, o zimbro, os medronheiros, a urze e o alecrim. Por sua vez, nas margens do Tejo abundam o junco, o salgueiro, o choupo e o freixo.Aproveite ainda para visitar a igreja matriz de São Matias, no Cacheiro, que conserva uma imagem de pedra do século XVI, representando S. Pedro. Nesta povoação, conheça também as fontes de mergulho e os fornos do povo, e não se esqueça de provar o queijo, as cavacas, as ti-geladas, os enchidos e o ensopado de borrego.

PR2_Descobrir o Tejo 24

Page 25: Guia de Percursos Pedestres NISA

CHÃO DA VELHA(250 m)

Rio Tejo

- descida acentuada -

- subida acentuada -EM

1001

AT

1

2

3

Produção de azeiteNoutros tempos, para além das Noutros tempos, para além das imediações de Nisa, a maioria da produção de azeite do concelho provinha das proximidades do Tejo, em particular dos arredores das povoações de S. Simão e de S. Matias.Devido ao seu microclima e ao tipo de azeitona aí existente, o azeite do Norte Alentejano apre-senta um sabor frutado e suave.Para além dos cozinhados, é tam-bém utilizado na conservação de enchidos e queijos.

1 _ Cais fl uvial2 _ Horta tradicional3 _ Eira

principais pontos de interesse

PR2_Descobrir o Tejo 25

Page 26: Guia de Percursos Pedestres NISA

P R2

Junta de Freguesia de São Matias

Tlf.: 245 469 226_ _ _

Descobrir o Tejocontactos úteis:

Não deixe de estabelecer contacto com os poucos

habitantes de Chão da Velha, gente simpática e hospitaleira, que devido

ao isolamento geográfi co se mostra especialmente

calorosa para com os visitantes.

a ter em conta:

XISTO E SOCALCOS DE OLIVALHá 670 milhões de anos, a região era ocupada por um mar interior de águas pouco profun-das, onde se foram depositando sucessivas camadas de argila, que mais tarde emergiriam, formando colinas xistosas de declives acentuados. Esta pedra, abundante e fácil de traba-lhar, tem sido utilizada na construção de muros, abrigos e casas, bem como de moinhos e azenhas, alimentados por rios e ribeiras, e que podem ser apreciados em todo o concelho de Nisa. Neste troço montanhoso do Tejo, num vale encaixado que marca a transição entre o sul do país, quente e seco, e o norte, temperado e húmido, destacam-se os abundantes socalcos de olival.

OLIVEIRA: A madeira desta árvore, dispersa no Mediterrâneo por gregos e romanos, é dura e compacta, sendo óptima para a marcenaria e aquecimento.As folhas são usadas em chás e o azeite, extraído do seu fruto, a azeitona, é utilizado na culinária e em cosméticos e relaxantes.

LONTRA: De pêlo espesso, corpo e cauda alongados e membros curtos,alimenta-se de peixes, crustáceos, anfíbios e répteis. Animal de hábitos nocturnos,ágil na água, vive na margem de rios e lagoas, construindo abrigos na vegetação.

Muro em pedra. Chão da Velha.Rio Tejo

aspectos de interesse

fauna e flora em destaque

Oliveira_ _ _ _ _

Olea europaea

Socalcos de olival

FA

PR2_Descobrir o Tejo 26

Page 27: Guia de Percursos Pedestres NISA

Olhar sobre a FozP R3

O percurso inicia-se na central hidroeléctrica da Velada, onde pode observar atentamente a es-trutura de canais que a alimentam. Os primei-ros metros do trajecto são calcorreados ao ros metros do trajecto são calcorreados ao longo do vale da ribeira de Nisa, até passarmos junto a uma azenha. Mais à frente, atravesse o pontão da represa e percorra o caminho em terra batida que acompanha a margem direita da ribeira até à foz, onde esta se cruza com o rio Tejo. Em redor, à medida que o trilho serpenteia o terreno onde abundam as estevas, podem observar-se ao longe os montes cobertos de oliveiras em socalco, outrora importante fonte de rendimento para as populações locais. Hoje, a agricultura, a olivicultura e a exploração de cortiça e dos eucaliptais, que por aqui também se destacam, são as principais actividades económicas. Inicia-se então o ponto mais difícil do percurso. Com os eucaliptos a adensarem-se, suba até ao alto da colina, onde encontrará um miradouro privilegiado sobre os nós da ribeira de Nisa e sobre o Tejo. O vale deste rio estabelece a tran-sição entre o sul do país, quente e seco, e o norte, temperado e húmido. No seu troço inicial em território português, são comuns as zonas de declive acentuado, ricas em xisto, granito e quartzo. Em frente, a linha da Beira Baixa de-marca a paisagem, num ponto privilegiado de observação de aves, como a águia-pesqueira, a garça-real, a cegonha-negra, o milhafre-real, o abutre-negro, o bufo-real, o corvo-marinho

grau de dificuldade: FÁCILextensão: 5,75 KM

duração: 2h00

Rio Tejo junto à foz da Ribeira de Nisa

Percorra o caminho em terra batida que Percorra o caminho em terra batida que Pacompanha a margem direita da ribeira até à

foz, onde esta se cruza com o rio Tejo.

_acesso: NISA > EM 544 > CM 1159 > CM 1001 > CENTRAL ELÉCTRICA DA VELADA

JL

PR3_Olhar sobre a Foz 27

Page 28: Guia de Percursos Pedestres NISA

Ribeira de NisaNasce na serra de S. Mamede, tendo como afl uente a ribeira de S. Bento. Atravessa Souto Velho, Vale Grande,

Tapada das Nogueiras, Cabeça Gorda, Sobreiras, Hortas, Monte Carvalho, Monte Paleiros, Laranjeiras, Quatro Azenhas, Paulo da Costa, Vargem,

Carvalhal das Vinhas, Póvoa e Nisa. Na foz, é acompanhada por oliveiras em

socalco, com miradouros naturais para a bacia do Tejo, onde desagua.

P R3

ou o grifo. Este é também o território inato do javali, do veado, do coelho, da lebre, da raposa, do ginete, do saca-rabos e do gato-bravo. Nesta região, a paisagem natural é dominada por so-breiro, azinheira, oliveira, pinheiro-bravo, eu-calipto, amieiro, choupos branco e negro, bem como pela esteva, a giesta, o rosmaninho, o zimbro, o medronheiro, a urze e o alecrim. Um pouco abaixo, nas margens do Tejo, abundam o junco, os salgueiros branco e comum, o choupo e o freixo. Depois de percorridos mais uns metros, surge uma descida por entre eucaliptais e estevais, que culmina no pontão que liga as duas mar-gens da ribeira de Nisa, águas que convidam a uma pausa para pescar o barbo, a boga, a

carpa, o achigã, a enguia, o bordalo ou a perca, ou apenas a merendar com a família. Termine o percurso junto à central hidroeléctrica da Ve-lada, saciando a sede numa fonte com óptima água fresca. Aproveite ainda para visitar a igreja matriz de São Matias, edifi cada no monte de Cacheiro, que conserva uma imagem de pedra, do século XVI, representando S. Pedro. Nesta povoação, conheça ainda as fontes de mergulho e os for-nos do povo. No fi nal, não se esqueça de provar o queijo, as cavacas, as tigeladas, os enchidos e o ensopado de borrego, e de trazer consigo alguns bordados, artigos em madeira, barro e cortiça ou mesmo ferrarias.

OlivaisDesde a fundação de Nisa, no tempo de D. Dinis, que a enxertia dos zambujeiros permitiu produzir olivais de grande qualidade, hoje es-

palhados pelas encostas, chãos e vinhas de todo o concelho, Devido à pobreza dos solos e ao microclima da região, os olivais prosperaram,a

par das árvores de fruto e de cereais como o trigo, produzindo uma azeitona que proporciona um azeite com um sabor frutado e suave.

PR3_Olhar sobre a Foz 28

Page 29: Guia de Percursos Pedestres NISA

CENTRAL ELÉCTRICADA VELADA

(100 m)

Rio Tejo

Ribeira de Nisa

- subida acentuada -- descida acentuada -

- descida acentuada -(2 Km)

- subida acentuada -

2

EM 1001

1

Central hidroeléctrica da VeladaA Central Eléctrica da Velada entrou em funcionamento em 1935 e foi construída pela Hidroeléctrica do Alto Alentejo, empresa responsável por outras seis unidades: Póvoa e Meadas, Bruceira e Foz (situadas na ribeira de Nisa), Ca-beço do Monteiro (rio Ponsul), Pracana (rio Ocreza) e Belver (rio Tejo). Actualmente, a Central Eléctrica da Velada está integrada na Hidrotejo – Hidroeléctrica do Tejo, perten-cente ao grupo EDP, e que comporta as unidades de Belver, Póvoa e Meadas, Bruceira e Caldeirão (rio Almonda).

1_ Açude / Azenha2_ Pontão da Represa

principais pontos de interesse

PR3_Olhar sobre a Foz 29

Page 30: Guia de Percursos Pedestres NISA

aspectos de interesse

LINHONoutros tempos, o linho, hoje parte integrante do artesanato do concelho, era alagado e cur-tido na ribeira de Nisa, ao lado dos moinhos e dos campos semeados.Depois de cultivado, preparado e tecido naquela freguesia, o linho era transformado em pa-nos fi nos e utilizado na produção de bordados e rendas, tradição que em Nisa remonta ao século XV.Os alinhavados deste concelho, únicos no país, são feitos de fi os contados, retirados da trama do pano, e de pontos ornamentais de crivo enrolado, deixando em aberto o fundo do desenho.

BOGA: Espécie ibérica, de corpo alongado, focinho proeminente e barbatanas avermelhadas. Vive em locais de água corrente e albufeiras de águas limpas, alimentando-se de moluscos, larvas, vegetais e pequenas algas.

ZAMBUJEIRO: A variedade brava da oliveira encontra-se sobretudo emmatagais e olivais abandonados, proporcionando alimento a tordos, raposas e coelhos.

P R3

Junta de Freguesia de São Matias

Tlf.: 245 469 226_ _ _

Olhar sobre a Fozcontactos úteis:

O ponto mais alto do percurso é um miradouro

privilegiado sobre a ribeira de Nisa e o Tejo, com a

linha da Beira Baixa a demarcar a paisagem.

Observe a avifauna em silêncio e de preferência

com binóculos.

a ter em conta:

Pescadores tradicionaisRibeira de Nisa

fauna e flora em destaque

Alinhavadosde Nisa

Zambujeiro_ _ _ _ _

Olea europaea var. sylv

lea europaea var. sylv

lea europaea estris

lea europaea estris

lea europaea

FA

PR3_Olhar sobre a Foz 30

Page 31: Guia de Percursos Pedestres NISA

Trilhos do ConhalP R4

O trajecto inicia-se no Arneiro, num caminho de terra batida, seguindo em direcção ao limite norte da Serra de S. Miguel. Tendo no horizonte as Portas de Ródão, atravesse as hortas com as Portas de Ródão, atravesse as hortas com os característicos poços e picotas, e entre na paisagem selvagem recheada de zimbros, me-dronheiros e pinheiros, interrompida apenas por alguns montículos de pedras roliças. Ultrapas-sada uma ribeira encaixada num pequeno vale e cumprida a primeira subida acentuada, o olival é substituído pelos terrenos agrestes inundados de azinheiras, cascalho e muros baixos feitos com pequenos seixos de quartzito.Ao atingir a íngreme entrada na serra, com vegetação mais densa e muita carqueja, gi-esta e esteva, serpenteie pequenos socalcos e paredes que escondem as oliveiras que por ali restam. Chegados ao topo, e ladeados por ali restam. Chegados ao topo, e ladeados por pinheiros bravos, seguimos o trilho de terra. Mais à frente, e à esquerda, faça uma pausa no percurso, aproveitando para visitar o buraco da Faiopa (cautelosamente, avance apenas até aos primeiros metros da fenda). Siga então a direito, com o castelo de Ródão espreitando ao fundo do corredor vegetal, até encontrar uma pequena clareira onde pode contemplar em pleno voo os corpulentos abutres e outras espé-cies protegidas, como a garça-real, a cegonha--negra, o milhafre, a águia-pesqueira, o corvo--marinho e o grifo. Este é também o território natural do javali, do veado, do coelho, da lebre, da raposa e do texugo. Uns metros adiante, num

grau de dificuldade: MÉDIOextensão: 9,8 KM

duração: 3h30

Portas de Ródão

Num miradouro panorâmico, varra a paisagem com o Num miradouro panorâmico, varra a paisagem com o Nolhar, focando ao longe o Tejo, a fonte das virtudes, o

cabecinho encostado à foz da ribeira do Vale e o Conhal.cabecinho encostado à foz da ribeira do Vale e o Conhal.cabecinho encostado à foz da ribeira do Vale e o Conhal

_acesso: NISA > EN 18 > EM 527 > ARNEIROARNEIRO

PR4_Trilhos do Conhal 31

Page 32: Guia de Percursos Pedestres NISA

Pesca e Barcos típicosOutrora, toda a população do

Arneiro se dedicava à pesca, inclusive as mulheres. Hoje, restam cerca de

duas dezenas de pescadores, mas o rio permanece a principal fonte de rendimentos. Logo pela manhã, os barcos de pinho recolhem as redes

com que pescam a boga, a lampreia, a carpa ou o achigã, e as armadihas

para o lagostim, considerado dos melhores crustáceos do país.

Buraco da FaiopaNa serra de S. Miguel, onde combateram mouros e cristãos, está o

buraco da Faiopa, que terá sido uma mina de ouro explorada por car-taginenses e fenícios. Diz a lenda que D. Urraca, esposa de um fi dalgo cristão, se apaixonou por um nobre mouro e utilizou aquela passagem até ao rio para ir ao seu encontro. O marido vingou-se, atirando-a do

monte, atada a uma pedra.

P R4

miradouro panorâmico, varra a paisagem com o olhar, da esquerda para a direita, focando ao longe o Tejo, a fonte das virtudes, o cabecinho encostado à foz da ribeira do Vale e o Conhal, terminando na vista privilegiada sobre Ródão e a centenária ponte que a liga a Nisa. Descemos agora por um trilho de rocha, en-costados à encosta, acompanhados por zim-bros e medronheiros. Contorne então um eu-calipto centenário e avance em direcção ao Conhal, parando mais à frente para subir aos enormes montes de seixos. Atravesse agora as pequenas hortas, com as suas casas de telha mourisca e divididas por muros baixos de xisto. Antes do regresso ao Arneiro, pare na fonte do ribeiro do Vale, na qual se destaca a saliência

onde se apoiavam os cântaros de barro. Já na povoação, detenha-se nos poiais rema-tados com lajes de xisto, que convidam a longas conversas nas noites de verão, e nas casas baixas e geminadas, caiadas com sucessivas camadas de cal, únicas pelos seus rodapés e chaminés artísticas ou pelas pequenas portas de madeira com minúsculos postigos por onde espreita a luz. Visite ainda um dos fornos comunitários onde outrora se cozia o pão. Como estamos numa al-deia piscatória, hoje voltada para a olivicultura e a pastorícia, prove ainda a tradicional sopa de peixe, o arroz de lampreia, o ensopado de enguia e a popular tigelada. Quanto ao artesanato, descubra a tarrafa (rede de pesca), os barcos em madeira, as rendas de bilros e os bordados à mão.

PR4_Trilhos do Conhal 32

Page 33: Guia de Percursos Pedestres NISA

Rio Tejo

1

4

5

ARNEIRO(125 m)

2

- descida acentuada -

3

- subida acentuada -

Conhal do ArneirConhal do ArneiroNum vale da margem esquerda do Tejo, a jusante das Portas de Ródão, en-Num vale da margem esquerda do Tejo, a jusante das Portas de Ródão, en-contra-se o Conhal do Arneiro, uma extensa escombreira formada por gigan-contra-se o Conhal do Arneiro, uma extensa escombreira formada por gigan-tescos amontoados de seixos, testemunhando a extracção de ouro que terá tescos amontoados de seixos, testemunhando a extracção de ouro que terá decorrido nas épocas romana e medieval. O metal precioso era lavado com decorrido nas épocas romana e medieval. O metal precioso era lavado com a água da ribeira de Nisa, conduzida desde a Senhora da Graça. Provando a a água da ribeira de Nisa, conduzida desde a Senhora da Graça. Provando a qualidade do minério alentejano, D. João III terá mandado fazer um ceptro em um ceptro em ouro extraído deste rio, e Vasco da Gama uma cruz, mostrando aos venezia-ouro extraído deste rio, e Vasco da Gama uma cruz, mostrando aos venezia-nos que em Portugal havia metal mais precioso que o do Oriente. Ferro, aço e nos que em Portugal havia metal mais precioso que o do Oriente. Ferro, aço e prata são igualmente metais outrora explorados nas margens do Tejo.

1_ Buraco da Faiopa2_ Portas de Ródão3_ Cais fluvial4_ Conhal5_ Hortas tradicionais

principais pontos de interesse

PR4_Trilhos do Conhal 33

Page 34: Guia de Percursos Pedestres NISA

P R4

Junta de Freguesia de Santana

Tlf.: 245 469 130_ _ _

Casa de Pasto «O Túlio»

Tlf.: 245 469 129_ _ _

Casa de Pasto «Café Novo»

Tlf.: 245 469 140_ _ _

Clube Desp. e Recr. de Santana

Tlf.: 93 313 94 33

Trilhos do Conhalcontactos úteis:

Típica desta aldeia piscatória, aproveite para provar a famosa sopa de

peixe do Arneiro, confeccionada com

peixe fresco do rio e uma sabedoria ancestral que lhe conferem um sabor

muito particular.

a ter em conta:

Embarcações típicas em madeira. Rio Tejo.Conhal

aspectos de interesse

PORTAS DE RÓDÃOEsta imponente crista quartzítica, que irrompe entre dois imensos blocos de pedra, resulta do atravessamento da Serra das Talhadas pelo rio.Há milhares de anos, as águas do Tejo cobriam uma vasta região. A sua acção erosiva deu origem a esta garganta, onde o rio atinge uma das maiores profundidades. A zona marca ainda o anterior limite da navegabilidade do Tejo, quando este era um canal de comunicação entre o interior e o litoral do país.

SOPA DE PEIXENo Arneiro pode desfrutar de um dos tradicionais pratos de peixe do rio. Embora aqui tam-bém se possam encontrar refeições típicas como o arroz de lampreia ou o ensopado de en-guia, na gastronomia esta povoação é conhecida pela popular sopa de peixe. O barbo é o se-gredo deste prato, em cuja confecção também se utiliza a carpa. A sopa é por vezes servida num recipiente de cortiça, com as ovas do peixe no topo, o que lhe confere um paladar muito particular. Nesta iguaria não podem faltar o poejo e o pimentão.

ABUTRE: Ave de rapina que se alimenta quase exclusivamente de carne putrefacta. De ca-beça e pescoço compridos, desprovidos de penas, a sua envergadura pode ser superior a 2,5 metros.

ZIMBRO: Espécie de pinheiro, que cresce até cinco metros de altura. As bagassão utilizadas em pratos de carne e as sementes na aromatização de bebidas como o gim. Anti-séptico e calmante, é indicado para problemas digestivos e renais.

fauna e flora em destaque

PR4_Trilhos do Conhal 34

Page 35: Guia de Percursos Pedestres NISA

À descobertaxerx de São Miguel

P R5 de São Miguel

O percurso inicia-se na aldeia de Pé da Serra, com as suas casas caiadas, de rodapés ama-relos e azuis, ou com o tradicional reboco en-crespado e carregado de cores vivas. Desça crespado e carregado de cores vivas. Desça pela Rua Larga, passando junto à igreja de São Simão, e encontre o primeiro fontanário. Avan-ce pela calçada de cascalho até um caminho ladeado por muros altos e rectos, ou baixos e sinuosos, seguindo as pequenas hortas e as furdas, onde ainda há quem crie o porco-preto.Depois de atravessar o Monte Cimeiro, hoje despovoado e com casas em ruínas, siga por um caminho íngreme que contorna a serra e nos conduz ao penouco de S.Miguel. Pouco a pouco, as oliveiras dão lugar aos sobreiros. Passe numa eira construída com lajes de xisto e cascalho e suba por uma estrada cimentada, passando por entre sobreiros, pinheiros-bra-passando por entre sobreiros, pinheiros-bra-vos e eucaliptos. Nestas encostas crescem espontaneamente a esteva, a giesta, o me-dronheiro, a carqueja, o rosmaninho, o junco, a urze, o alecrim e o espargo, num habitat perfeito para aves como a cotovia, o melro, o chapim, o pintassilgo ou o tordo, e que oferece condições ideais à observação da cegonha-ne-gra, do milhafre-real, do abutre-negro, do bufo--real ou do grifo. Para além do javali, do veado, da raposa, do ginete, da lebre, do saca-rabos e do gato-bravo, este é o território do burro, que, apesar de pouco requisitado, ainda é visto jun-to aos pequenos aglomerados populacionais da freguesia.

grau de dificuldade: FÁCIL / MÉDIOextensão: 9,2 KM

duração: 3h00

Pé da Serra visto da Serra de S. Miguel

No ponto mais elevado do concelho de Nisa, No ponto mais elevado do concelho de Nisa, Npode desfrutar de uma magnífi ca panorâmica

sobre grande parte da região.

_acesso: NISA > EM 526 > SR.A DA GRAÇA > EM 526 > PÉ DA SERRA

PR5_À descoberta de S. Miguel 35

Page 36: Guia de Percursos Pedestres NISA

VinagraVinagra destaca-se pelas suas casas

rústicas, com portas de madeira e ferrolhos, coberturas com telha de canudo e pelas chaminés tipi-camente alentejanas, desafi ando a simplicidade arquitectónica das

habitações.

Serra de S. Miguel, PenoucoO penouco, marco geodésico situado a 463 metros de altitude,

no ponto mais elevado do concelho de Nisa, terá sido construído com as pedras de uma antiga capela que já no século XVI existia

na Serra de S. Miguel. Neste miradouro obtém-se uma panorâmica integral sobre o Pé da Serra, Salavessa, Nisa, Monte Claro, Mon-

talvão, Arneiro, Vila Velha de Ródão, Castelo Branco, serras da Gardunha e Estrela, bem como sobre a Extremadura espanhola.

P R5

Antes de chegar ao ponto mais elevado do concelho de Nisa, onde pode desfrutar de uma panorâmica integral sobre grande parte da região, passe diante de um pequeno poço de pedra e de um abrigo para gado. Já no lado oeste da serra, a descida faz-se serpenteando portentosos sobreiros e cascalheiras, vestí-gios dos muros que outrora sustentavam oliveiras. Mais abaixo, palmilhando solos ar-gilosos, atente no pormenor do cascalho dis-perso rodeando os olivais. Terminada a des-cida, siga pela estrada alcatroada em direcção a Vinagra, onde o espera a água das fontes, e aprecie as casas, com as suas portas de ma-deira e os tradicionais ferrolhos e as largas e

estreitas chaminés, que superam largamente a altura das habitações.Com a serra a espreitar discretamente o caminhante, regresse aos percursos de terra, seguindo por entre muros altos e rematados com grandes lajes, e que separam hortas ou olivais. Siga por um trilho, eucaliptal adentro, até surgirem de novo as oliveiras, os sobreiros e os muros baixos. Já na estrada de alcatrão e antes de reentrar em Pé da Serra pela Rua da Fonte, visite o antigo lagar de azeite. Prove as sopas de afogado e de carne fresca, as tigela-das e os bolos dormidos. Aproveite ainda para conhecer os objectos em ferraria característi-cos da freguesia e, na estrada para Nisa, que passa ao lado da ponte romana, não deixe de visitar a ermida da Senhora da Graça.

O topo da Serra de S. Miguel, onde se situa o penouco, visto do Pé da Serra.

PR5_À descoberta de S. Miguel 36

Page 37: Guia de Percursos Pedestres NISA

1

3 PÉ DA SERRA(285 m)

VINAGRA

SÃO MIGUEL(463 m)

526-1

526

526

NISA

NISA X V. V. RÓDÃO

MONTALVÃO

5

4

AT

2

6

- descida acentuada -

- subida acentuada -

Monte CimeiroUm dos últimos redutos da arquitectura rural da região. As casas baixas ou m dos últimos redutos da arquitectura rural da região. As casas baixas ou de dois pisos deste povoado abandonado eram erigidas com quartzito da de dois pisos deste povoado abandonado eram erigidas com quartzito da zona, pedra escura e acastanhada que contrasta com o laranja amarelado da zona, pedra escura e acastanhada que contrasta com o laranja amarelado da argamassa de barro, cal e areia que as sustenta.Da vintena de habitações, resta uma passadeira de rocha ladeada por muros Da vintena de habitações, resta uma passadeira de rocha ladeada por muros altos e pelas paredes em ruína, já sem as pequenas portas e janelas de madeira, altos e pelas paredes em ruína, já sem as pequenas portas e janelas de madeira, num amontoado de pedras e telhas de canudo, onde resiste o reboco de cal ou num amontoado de pedras e telhas de canudo, onde resiste o reboco de cal ou algum vestígio da arquitectura interior, como o beirado prolongado com uma algum vestígio da arquitectura interior, como o beirado prolongado com uma laje ou as pilheiras, embutidas na parede, e onde se guardava a loiça.

1_ Monte Cimeiro (Ruínas)2_ Eira3 _ Poço4 _ Abrigo para gado 5 _ Alto de São Miguel6 _ Antigo Lagar de Azeite

principais pontos de interesse

PR5_À descoberta de S. Miguel 37

Page 38: Guia de Percursos Pedestres NISA

P R5

Junta de Freguesia de São Simão

Tlf.: 245 743 436_ _ _

Centro Recreativo e Cultural

«Os Amigos do Pé-da Serra»_ contacto na

Junta de Freguesia _ _ _

À Descobertade São Miguel

contactos úteis:

Observe a transição entre as beiras e o

Alentejo.Visite os amigos do “Pé

da Serra” e aproveite para tomar contacto

com alguns burros, animal que ainda se vê

com frequência por estes sítios.

a ter em conta:

Tulhas, antigo lagar de azeiteRuína em Monte Cimeiro

aspectos de interesse

BARRO VERMELHOPara além das pedras de quartzo que enfeitam as tradicionais peças de barro de Nisa, dos contrafortes da serra de São Miguel extrai-se o próprio barro vermelho, utilizado na olaria do concelho, importante indústria artesanal da região.

TULHASJunto a Pé da Serra, na estrada que a liga a Nisa, encontram-se várias tulhas, construídas na década de1940 pela família Louro e onde se armazenava individualmente a azeitona antes desta entrar no lagar, propriamdesta entrar no lagar, propriamdesta entrar no lagar ente dito.

BURRO: Animal de anatomia semelhante ao cavalo, mas de menor porte, com pelagem pre-dominantemente acinzentada, orelhas compridas e dorso proeminente. Vive entre 15 a 18 anos. Outrora transporte de pesados fardos por caminhos difíceis, hoje serve sobretudo de atracção turística.

SOBREIRO: Árvore folhosa, com uma ampla copa e que pode atingir os 20 metros. A cortiça, o seu principal produto, protege-a contra o fogo, e o fruto, a bolota, serve de alimento a porcos. A madeira, dura e compacta, é muito utilizada nas lareiras.

fauna e flora em destaque

Burro_ _ _ _ _Equus Asinus

Sobreiro_ _ _ _ _Quercus suber L.

PR5_À descoberta de S. Miguel 38

Page 39: Guia de Percursos Pedestres NISA

P R6

O percurso inicia-se na aldeia de Salavessa, onde sobressaem as casas caiadas de branco ou em tons carregados, com reboco encres-pado, graças à mistura de areia e cal. Concen-pado, graças à mistura de areia e cal. Concen-tre-se nos rodapés azuis, amarelos e verdes, e nas altas e corpulentas chaminés brancas, de formas arredondadas, com barras azuis e amarelas ou encimadas por cata-ventos. Contrariando o adágio popular “quem passa em Salavessa, é ir devagar e vir depressa”, percorra calmamente as ruas estreitas da povoação, admirando as janelas e as portas. Faça uma visita à ermida, de frontaria simples e torre de grandes dimensões, com o altar ladeado pelas imagens de S. Gregório e de S. Jacinto, cuja festa se celebra no terceiro do-mingo de Agosto. Saindo a norte, pelas traseiras de Salavessa, Saindo a norte, pelas traseiras de Salavessa, onde se ergueram as primeiras casas, surpre-enda-se com os palheiros de xisto, os currais e as furdas. Aqui reina a paisagem de montado, com os abundantes muros de xisto de remate característico, delimitando pequenas proprie-dades em declive acentuado e cuja pedra era extraída em redor, sendo comuns os buracos escavados no solo.Seguimos por trilhos de terra e pedra, descendo até ao Tejo pelo antigo caminho para Vila Velha de Ródão. O sobreiro, a azinheira, a oliveira, o pinheiro-bravo, o eucalip-to, a esteva, a giesta, o rosmaninho, o zimbro, o medronheiro, a urze e o alecrim são a vegetação mais comum por estas paragens. No Tejo, junto

grau de dificuldade: MÉDIOextensão: 10,6 KM

duração: 3h30

Açude. Ribeira do Fivelo.

Serpenteie as colinas e contemple os açudes, as noras e os canais de rega outrora utilizados no

aproveitamento das águas da ribeira.

Rota dos AçudesRota dos AçudesRota dos Açudes_acesso: NISA > EM 526 > PÉ DA SERRA > EM 526 > SALAVESSASALAVESSA

PR6_Rota dos Açudes 39

Page 40: Guia de Percursos Pedestres NISA

Muros ApiáriosOs muros apiários são construções

em pedra que servem para proteger as colmeias das incursões de

mamíferos como o urso pardo. Alguns dos exemplares da região,

existentes desde a Idade Média, continuam em funcionamento.

Arquitectura tradicional em SalavessaSobressaem as casas caiadas de branco ou com reboco encrespado

e colorido, de rodapés azuis, amarelos e verdes. As altas e corpulen-tas chaminés brancas, de formas arredondadas, com barras azuis e

amarelas ou encimadas por cata-ventos, cobrem largas lareiras onde se defumam enchidos de porco. No Verão, o calor é afastado por

grossas paredes de pedra ou tijolo. Na zona norte da aldeia, abundam palheiros, currais, furdas e muros de xisto com remate característico.

P R6

ao qual abundam o junco, o salgueiro, o chou-po e o freixo, pode-se pescar o barbo, a boga, a carpa, o achigã, a enguia, o bordalo e a perca. Neste território vivem animais como o javali, o veado, a raposa, o ginete, a lebre, o saca-rabos e o gato-bravo, bem como a garça-real, a cego-nha-negra, o milhafre-real, a águia-pesqueira, o abutre-negro, o bufo-real e o grifo. Acompanhando a margem a partir de um pon-tão, siga pelo caminho que termina na Fisga do Tejo, uma escarpa de uma dezena de me-tros, feita inicialmente para desviar o curso da ribeira do Fivelo, e que nos leva até ao pri-meiro açude e às entranhas da serra de Nisa. Lado a lado com o curso de água, descubra o segundo açude e, mais adiante, um muro api-

ário, dissimulado na vegetação. Serpenteie as colinas e contemple os açudes, as noras e os canais de rega, outrora utilizados na retenção da chuva e no aproveitamento das águas da ribeira para irrigação das hortas. Transponha a margem ao quarto açude e continue a subi-da, passando junto aos muros em socalco que sustentam as oliveiras, úteis contra a erosão dos solos. Já com o trilho afastado da ribeira, regresse a Salavessa e não se esqueça de provar o típico pão de trigo, as tigeladas, os bolos dormidos, bem como as sopas de afogado e de carne fresca. Aproveite ainda para visitar as antas da Terra do Sobreirão, próximas da aldeia, e as do Pego do Bispo, junto à foz da ribeira do Fivelo.

PR6_Rota dos Açudes 40

Page 41: Guia de Percursos Pedestres NISA

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Açudes e norasAo longo do curso do Fivelo encontramos uma sAo longo do curso do Fivelo encontramos uma séérie de arie de aççudes udes e noras, que remontam aos períodos medieval, moderno e contemporâneo, utilizados no aproveitamento das águas da ribeira e das chuvas.Os açudes são muros de pedra que retêm a água, conduzindo--a através de um canal ao moinho ou azenha, num percurso descendente, por forma a movimentar o rodízio e a mó que transforma os cereais em farinha. A nora possui um engenho de rodas dentadas, discos e alcatru-zes, movido por um animal de carga, que bombeia a água para uma levada, levando-a de volta ao açude por acção da gravi-dade, após a rega das hortas e pomares situados a nascente.

1_ Pontão em xisto2_ 3>8 _ Açudes

principais pontos de interesse

Fisga do Tejo

PR6_Rota dos Açudes 41

Page 42: Guia de Percursos Pedestres NISA

P R6

Junta de Freguesia de Montalvão

(Extensão de Salavessa) Tlf.: 245 743 280_ _ _

GNR - MontalvãoTlf.: 245 743 114_ _ _

Associação Montalvanense

de Activ. Recr. e Cult.(A. M. A. R. C.)

Tlf.: 245 743 132

Rota dos Açudescontactos úteis:

Perca algum tempo contemplando o vale do

Tejo em todo o seu esplendor, com a sua

fauna e fl ora extrema-mente ricas, e faça

questão de provar o muito

apreciado pão de trigo de Salavessa.

a ter em conta:

Venda ambulante. Salavessa Palheiros de xisto e currais. Salavessa

aspectos de interesse

RIBEIRA DO FIVELOA ribeira do Fivelo nasce nas lameiras de São Silvestre, no termo de Montalvão, entrando nesta vila junto a Pé da Serra. Esta linha de água desagua nas margens do Tejo, perto do pego do Bispo.Subindo a colina e acompanhando o curso da ribeira do Fivelo, praticamente seca no Verão, pode apreciar-se a engenharia tradicional presente em açudes e noras, com que se fazia o aproveitamento do seu curso de água e das chuvas, bem como nos muros de sustentação das oliveiras, úteis contra a erosão dos solos.

JAVALI: De pêlo acastanhado e hábitos nocturnos, alimenta-se de plantas, frutos, insectos, moluscos, pequenos mamíferos e ovos de aves. Para se livrar de parasitas, chafurda na lama e roça-se nas árvores. Anda em grupos, liderados por uma fêmea.

ESTEVA: Arbusto de crescimento rápido, resistente à seca, com folhas compridas e estreitas e fl or branca. A sua resina inibe o crescimento de outras espécies e é usada na perfumaria. Muito abundante no Alentejo, forma matos densos.

fauna e flora em destaque

Esteva_ _ _ _ _Cistus ladanifer L.

FAFA

PR6_Rota dos Açudes 42

Page 43: Guia de Percursos Pedestres NISA

P R7

O percurso inicia-se em Montalvão, povoação rural e pitoresca, rodeada pelos rios Tejo e Sever, cujas habitações se destacam no alto de um monte isolado na paisagem. Observe de um monte isolado na paisagem. Observe as ruínas do castelo, de onde se contemplam as paisagens alentejana, beirã e espanhola, e percorra as ruas da antiga vila, apreciando as casas caiadas de branco e os rodapés azuis e amarelos das fachadas. As igrejas Matriz e da Misericórdia, o pelourinho manuelino e as capelas de S. Pedro e do Espírito Santo são outros locais de visita obrigatória. Na Casa do Povo conheça alguns instrumentos ligados ao linho, outrora importante recurso económico da povoação. Siga então pelo caminho que nos conduz até às encostas do Sever, passando junto ao cemitério da aldeia e a antigos currais, que há muito deixaram de dar guarida a gado. que há muito deixaram de dar guarida a gado. Atravesse uma série de hortas, percorrendo trilhos de pé posto vincados entre eucaliptos e alguns pinheiros. Mais abaixo, revelam-se, fi nalmente, por entre o denso arvoredo, as margens escondidas do rio, numa zona de de-clives acentuados, onde abundam as fontes e nascentes, e cujos solos foram amplamente cultivados e rentabilizados no passado, nome-adamente com a actividade da pastorícia. Depois de encontrarmos a margem do Sever, que nasce na encosta norte da serra de São Mamede e desagua no Tejo, servindo de fron-teira entre Portugal e Espanha em três quartos do seu percurso, surge a primeira nascente

grau de dificuldade: FÁCIL / MÉDIOextensão: 6,5 KM

duração: 2h30

Rio Sever

Mais abaixo, revelam-se, fi nalmente, por entre o denso arvoredo, as margens escondidas do rio.

Entre Azenhas_acesso: NISA > EN 359 > MONTALVÃOMONTALVÃO

PR7_Entre Azenhas 43

Page 44: Guia de Percursos Pedestres NISA

Ermida de N. Sra. RemédiosA par das touradas à vara larga, a

festa de Nossa Senhora dos Remédios, que tem lugar a 8 de

Setembro, é uma das principais mani-festações culturais de Montalvão.

Não muito longe desta ermida, junto à estrada que liga a povoação à localidade espanhola de Cedillo,

existe uma anta, monumento habitual por estas paragens.

Azenhas Artur e NogueiraIntegralmente construídas em xisto, são duas das estruturas onde

antigamente se fazia a moagem do trigo cultivado nos montes em redor do Sever, hoje totalmente submersas pela barragem

de Cedillo. Tradicionalmente, a corrente do rio era desviada até à azenha, movendo a mó ao incidir na roda motriz. O sistema

chegou à península no século X através dos árabes, precursores de engenhos hidráulicos como o açude, o alcatruz, a nora e a picota.

deste trajecto, cujo rasto aponta na direcção da submersa azenha do Nogueira, a apenas alguns metros. Nesta área esculpida pelos cursos de água, as margens enchem-se de freixos, choupos e junco, enquanto que nos caminhos abundam a esteva, a giesta, o me-dronheiro, o mortunheiro e o zambujeiro. A zona é igualmente propícia à observação da fauna local. O veado, o javali, a corja, a garça-real, a cegonha-negra, o melro, a perdiz e o pato-bravo são alguns dos animais que por ali se avistam, com o território espanhol esp-reitando em permanência do outro lado. Siga o trilho, passando por entre vegetação densa, e aprecie as panorâmicas sobre o rio ou os mui-tos pegos, onde se pode pescar o barbo, a car-

pa ou o achigã. Acompanhe então a margem, em direcção ao norte, até à azenha do Artur, local privilegiado para merendar e onde o es-peram as fontes férreas e um pequeno abrigo em xisto. Abandonando a margem, iniciamos a subida acentuada, eucaliptal adentro, acom-panhados de fartas giestas e estevas. Mais acima, impõe-se a paisagem de sobro, que nos acompanha no regresso a Montalvão por caminhos de terra batida, ladeados por muros baixos de grossas lajes de xisto e palmilhados no passado por camponeses e contrabandis-tas. Procure então nos cafés e tabernas da po-voação as sopas de peixe e os petiscos de ja-vali, e leve para casa algum artesanato, como os trabalhos em madeira e ferro.

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Page 45: Guia de Percursos Pedestres NISA

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ContrabandoContrabandoNa década de 1930, com a Guerra Civil Espanhola, escasseiam no país vizinho produtos como pão, açúcar, sabão, taba-co ou sal. Devido à falta de emprego e ao trabalho rural mal remunerado, o contra-bando torna-se um meio de subsistência para muitas famílias da região. De noite e de bolsos cheios, homens, mulheres e crianças de Montalvão, Nisa, Salavessa, Monte do Duque, Pardo e Ar-neiro passavam a pé o Sever e percor-riam trilhos e veredas até à fronteira, evitando os guardas-fi scais portugueses ou os carabineiros espanhóis, sendo es-perados pelos compradores que vinham de Cedillo. Este percurso deu lugar à Rota do Contrabando.

1_ Capela de Santa Margarida2_ Abrigo em xisto3_ Azenha do Artur4_ Azenha do Nogueira

principais pontos de interesse

PR7_Entre Azenhas 45

Page 46: Guia de Percursos Pedestres NISA

P R7

Junta de Freguesia de Montalvão

Tlf.: 245 743 132_ _ _

GNR - MontalvãoTlf.: 245 743 114_ _ _

Marisqueira«O Rei do Camarão»

(tem quartos)Tlf.: 245 743 447_ _ _

Café «Fonte Cereja»Tlf.: 245 743 343_ _ _

A. M. A. R. C.Tlf.: 245 743 280

Entre Azenhascontactos úteis:

Preste atenção, pois se o nível da água estiver

baixo, é possível observar as azenhas a emergirem,

fi cando-se com uma noção mais aproximada

destas construções.

a ter em conta:

Rio SeverFonte de Mergulho

aspectos de interesse

RIO SEVERO rio Sever nasce na encosta norte da serra de São Mamede, servindo de fronteira entre Portugal e Espanha ao longo de mais de quarenta quilómetros. Três quartos do seu percurso são partilhados entre os dois países, numa extensão que vai de El Molino de la Negra até à barragem de Cedillo, onde desagua no Tejo. O Sever é não só um dos principais cursos de água originários do norte alentejano a afl uir naquele rio inter-nacional (para além das ribeiras de Nisa, de Sor e de Seda), mas também, juntamente com o Sorraia, um dos principais afl uentes da sua margem esquerda.

FONTESPor detrás do denso arvoredo desta zona de declives acentuados revelam-se não só as margens escondidas do rio Sever, mas também abundantes fontes férreas e nascentes, que brotam do interior de solos outrora ocupados com searas de trigo e rentabilizados com a actividade da pastorícia.Estas fontes, dispersas ao longo dos vários trilhos de terra que serpenteiam os montes em redor do Sever, abasteciam não só os lavradores e moleiros que ali trabalhavam diariamente, mas também os pescadores ocasionais que por ali passavam.

CARPA: Peixe de dorso castanho esverdeado, comum nas albufeiras e cursos de corrente fraca com vegetação abundante. Alimenta-se de invertebrados, plantas e algas. Pode chegar aos 120 cm e viver até aos 50 anos.

MURTA: As folhas deste arbusto, conhecido por murteira ou murtinheira, eram usadas em preparados farmacêuticos. As suas fl ores brancas são utilizadas em perfumaria, enquanto que das bagas azuladas, chamadas murtinhos ou mortunhos, se faz licor.

fauna e flora em destaque

PR7_Entre Azenhas 46

Page 47: Guia de Percursos Pedestres NISA

Trilhos doxerx Moinho Branco

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O percurso inicia-se em Montalvão, povoação rural e pitoresca, rodeada pelos rios Tejo e Sever, que se destaca no alto de um monte. Entrando por um pórtico quinhentista, visite Entrando por um pórtico quinhentista, visite as ruínas do castelo, outrora importante ponto defensivo, de onde se contempla as paisagens alentejana, beirã e espanhola. Percorra as ruas da antiga vila, apreciando as casas caiadas de branco, com rodapés azuis e amarelos, bem como as igrejas matriz e da Misericórdia, o pelourinho manuelino e as capelas de S. Pedro e do Espírito Santo. Na Casa do Povo conheça alguns instrumentos ligados ao linho, noutros tempos importante actividade económica da povoação. Siga a estrada que o leva até às íngremes en-costas do rio Sever, numa descida por trilhos de pé posto. Ao atravessar o Alto da Pobreza, de pé posto. Ao atravessar o Alto da Pobreza, passando pela Tapada da Queijeira e pelo Cha-fariz de Palos, aprecie a magnífi ca vista sobre os montes em redor e a foz da ribeira de São João. Já junto à margem, avance até à azenha do Moinho Branco, local ideal para merendar ou descansar, refrescando-se primeiro na mina da Lagartixa. Percorra os caminhos de terra e pedra, em declives acentuados, com Espanha sempre do outro lado do Sever, que nasce na encosta norte da serra de São Mamede e desagua no Tejo, servindo de fronteira entre Portugal e Espanha em três quartos do percurso. Repare nas construções tradicionais em xisto, muitas

grau de dificuldade: MÉDIOextensão: 14 KM

duração: 4h00

Rio Sever

Percorra os caminhos de terra e pedra, em declives acentuados, com Espanha sempre do outro lado do Sever.

_acesso: NISA > EN 359 > MONTALVÃO

FA

PR8_Trilhos do Moinho Branco 47

Page 48: Guia de Percursos Pedestres NISA

«Retiro do pescador»Siga até ao retiro do pescador, onde

no Outono os medronhos criam um tapete vermelho. Passe entre dois muros de xisto e repare nas

pedras alinhadas lado a lado. Mais acima, encontrará um patamar com

excelente vista sobre o rio Sever.

Pontão da ribeira do LapãoPara além das casas e dos muros, na arquitectura tradicional da zona

destaca-se o pontão da ribeira do Lapão, totalmente construído em xis-to, e cujas pedras encaixadas lado a lado parecem desafi ar a gravidade,

lembrando as grossas lascas das encostas. No leito do Sever podem ver-se as marmitas de gigante, onde a pedra, em conjunto com a acção

da água, foi sendo lentamente escavada por pequenos seixos roliços.

P R8

em ruína, servindo hoje de abrigo aos pes-cadores. Nesta área esculpida pelos cursos de água, as margens enchem-se de freixos, choupos e junco, e nos caminhos abundam a esteva, a giesta, o medronheiro e o zambu-jeiro. O veado, o javali, a coruja, a garça-real, a cegonha-negra, o melro, a perdiz e o pato-bravo são algumas das espécies animais que por ali se avistam. Num dos muitos pegos é possível pescar o barbo, a carpa ou o achigã.Os solos fracos e secos junto à foz do Sever testemunham a sua anterior utilização na pastorícia, enquanto que nos montes em redor restam as azinheiras e os sobreiros. Repare nas lajes polidas dos paredões e nas lascas grossas de xisto que terminam nas

encostas do rio, em cujo leito sobressaem as marmitas de gigante. Ao abandonar a margem, o caminho conduz-nos ao pontão da Ribeira do Lapão, rodeado de pequenos montes com oliveiras em sulcos e situado junto ao Retiro do Pescador. No regresso a Montalvão, a subida é feita pela eira do Ferreira. Interrompa o trajecto e des-cubra uma anta junto à estrada que liga Mon-talvão a Cedillo, já que na zona são comuns os pequenos sepulcros megalíticos, terminando a escapadinha com uma visita à ermida de N.a

S.ra dos Remédios. Já em Montalvão, procure nos cafés e nas tabernas as sopas de peixe e os petiscos de javali, e leve algum artesanato local, como os trabalhos em madeira e ferro.

PR8_Trilhos do Moinho Branco 48

Page 49: Guia de Percursos Pedestres NISA

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Monte da PobrezaAinda com Montalvão no ho-rizonte, atravesse este local ligeiramente sobrelevado, palmilhando a estrada que segue em direcção às en-costas inclinadas do Sever e que passa junto à Tapada da Queijeira e ao lado do Chafariz de Palos. Nesta zona erma, outrora coberta de searas de trigo, azinhei-ras e sobreiros dispersos, e que oferecia pasto a vacas e ovelhas, pode apreciar a magnífi ca vista sobre a foz da ribeira de São João, bem como contemplar a panorâ-mica sobre as margens do rio, que serve de fronteira entre Espanha e Portugal.

1_ Monte do Estacal2_ Monte da Pobreza3_ Moinho Branco4_ Pontão da Ribeira de Lapão5 _ Abrigo em xisto6 _ Capela de Santa Margarida (Ruínas)

principais pontos de interesseprincipais pontos de interesse

Page 50: Guia de Percursos Pedestres NISA

P R8

Junta de Freguesia de Montalvão

Tlf.: 245 743 132_ _ _

GNR - MontalvãoTlf.: 245 743 114_ _ _

Marisqueira«O Rei do Camarão»

(tem quartos)Tlf.: 245 743 447_ _ _

Café «Fonte Cereja»Tlf.: 245 743 343_ _ _

A. M. A. R. C.Tlf.: 245 743 280

Trilhos doMoinho Branco

contactos úteis:

O dono do Retiro do Pescador é Domingos

Paixão, um curandeiro da região, especialista em

tratamentos com plantas, argila e massagens. Visi-te-o em Montalvão, Rua

do Bernardino, n.o 36.

a ter em conta:

Azenha do Moinho BrancoRio Sever

aspectos de interesse

CHAFARIZ DE PALOSSituado na Tapada da Queijeira, bem perto da ribeira do Lapão, esta fonte de bica, com cha-fariz à volta, pode ser alcançada a partir da estrada que nos leva até às íngremes encostas do rio Sever, atravessando o Alto da Pobreza através de trilhos outrora percorridos por cam-poneses e contrabandistas.O Chafariz de Palos está localizado nos arredores de Montalvão, em montes despovoados e que em outros tempos se enchiam de cereais. Hoje, restam apenas as azinheiras e os sobreiros, mas permanece uma panorâmica privilegiada sobre as margens do Sever.

ABRIGOS EM XISTOAo longo das encostas do vale do Sever encontram-se algumas construções tradicionais, antigamente destinadas a albergar os lavradores que por ali trabalhavam, quando estes eram surpreendidos pela chuva ou pelo sol abrasador, e que hoje servem apenas de refúgio temporário a pescadores.São pequenos abrigos rochosos artifi ciais, de aspecto tosco, construídos com lajes de xisto irregulares e sobrepostas, seguindo o declive do terreno ou aproveitando a disposição natu-ral das rochas. Estas estruturas, formadas por paredes baixas e por uma entrada ampla, são encimadas por uma cobertura lajeada.

VEADO: É o maior cervídeo da fauna portuguesa, pesando entre 100 e 200 quilos. Herbívoro de pelagem castanha avermelhada, vive em bosques e matagais, alimentando-se de folhas de carvalho, sobreiro e azinheira e de bolotas, castanhas e azeitonas.

MEDRONHEIRO: Arbusto dos matagais e montados, conhecido pela aguardente feita com os seus frutos avermelhados, que fl orescem e amadurecem no Outono. Com os taninos das folhas e a casca curtem-se peles e curam-se diarreias e infecções urinárias.

fauna e flora em destaque

PR8_Trilhos do Moinho Branco 50

Page 51: Guia de Percursos Pedestres NISA
Page 52: Guia de Percursos Pedestres NISA

CONTACTOSÚTEISPercursos pedestres

_ ___concelho de Nisa //

_ Junta de Freguesia de S. MatiasLargo da Fonte Nova, 10 _ 6050-474 Monte ClaroTelf: 245 469 226

_ Junta de Freguesia de S. SimãoRua da Escola _ 6050-492 Pé da SerraRua da Escola _ 6050-492 Pé da SerraTelf: 245 743 436

_ Junta de Freguesia de TolosaRua Prof. Dr. Gonçalves Proença, 58Rua Prof. Dr. Gonçalves Proença, 58 _ 6050-501 TolosaTelf: 245 798 168

_ GNR NisaBairro da Cevadeira _ 6050 NisaBairro da Cevadeira _ 6050 NisaTelf: 245 410 116

_ GNR AlpalhãoRua Direita, 23 _ 6050-011 AlpalhãoRua Direita, 23 _ 6050-011 AlpalhãoTelf: 245 742 225

_ GNR TolosaProf. Dr. Gonçalves Proenço _ 6050-501 Tolosa Prof. Dr. Gonçalves Proenço _ 6050-501 Tolosa Prof. Dr. Gonçalves Proenço _ 6050-501 Tolosa Telf: 245 798 144

_ GNR MontalvãoLargo Bernardino, 5 _ 6050-431 MontalvãoLargo Bernardino, 5 _ 6050-431 MontalvãoLargo Bernardino, 5 _ 6050-431 MontalvãoTelf: 245 743 114

_ Bombeiros Voluntários de NisaRua D. Cruz Malpique _ 6050-341 NisaRua D. Cruz Malpique _ 6050-341 NisaRua D. Cruz Malpique _ 6050-341 NisaTelf: 245 412 303

_ Centro de Saúde de NisaRua Combatentes da Grande Guerra _ 6050-338 NisaRua Combatentes da Grande Guerra _ 6050-338 NisaRua Combatentes da Grande Guerra _ 6050-338 NisaTelf: 245 412 133 _ Farmácia Ferreira Pinto – NisaLargo Dr. António Granja _ 6050-302 NisaLargo Dr. António Granja _ 6050-302 NisaLargo Dr. António Granja _ 6050-302 NisaTelf: 245 412 335

_ Farmácia Martins SeabraLargo 5 de Outubro _ 6050-329 NisaLargo 5 de Outubro _ 6050-329 NisaLargo 5 de Outubro _ 6050-329 NisaTelf: 245 410 030

_ _ _TRANSPORTES

_ Rodoviária do AlentejoRua Júlio Basso _ 6050-315 NisaRua Júlio Basso _ 6050-315 NisaTelf: 245 412 354 _ Praça de Táxis – NisaPraça da República _ 6050-350 NisaPraça da República _ 6050-350 NisaTelf: 245 412 186

_ _ _ALOJAMENTO

_ Residencial S. Luís – Nisa _ Telf: 245 412 471

_ Casa das Colunas – Nisa _ Tlm: 93 351 67 56

_ Lareira – Nisa _ Telf: 245 413 558

_ _ _SERVIÇOS PÚBLICOS

_ Câmara Municipal de NisaPraça do Munícipe _ 6050-358 NisaPraça do Munícipe _ 6050-358 NisaTelf: 245 410 000 // Fax: 245 412 799 // 245 412 799 // Telm: 966 926 198

_ Biblioteca Municipal de NisaPraça da República _ 6050-350 NisaPraça da República _ 6050-350 NisaTelf: 245 412 806

_ Cine-Teatro de NisaPraça da República _ 6050-350 Nisaraça da República _ 6050-350 NisaTelf: 245 429 260

_ Posto de Turismo de NisaPraça da República _ 6050-350 NisaPraça da República _ 6050-350 NisaTelf: 245 412 457

_ Piscinas Municipais de Nisa // Telf: 245 413 654

_ Pavilhão Desportivo de NisaRua Casares de Caseres _ 6050-346 Nisa Rua Casares de Caseres _ 6050-346 Nisa Telf: 245 413 639

_ Termas da Fadagosa de Nisa / BalneárioFadagosa de Nisa Arez _ 6050 NisaFadagosa de Nisa Arez _ 6050 NisaTelf: 245 798 133

_ TernisaAv. D. Dinis _ 6050-348 NisaTelf: 245 410 131

_ Junta de Freguesia de AlpalhãoLargo António T. Sequeira _ 6050-033 AlpalhãoLargo António T. Sequeira _ 6050-033 AlpalhãoTelf: 245 742 154

_ Junta de Freguesia de Amieira do TejoLargo Do Espírito Santo _ 6050-103 Amieira do Tejo6050-103 Amieira do TejoTelf: 245 457315

_ Junta de Freguesia de ArezRossio, 4 _ 6050-201 ArezTelf: 245 748146

_ Junta de Freguesia do Espírito SantoLargo Heliodoro Salgado, 12/3 _ 6050-342 NisaTelf: 245 412 219

_ Junta de Freguesia de MontalvãoRua da Barca n.o29 _ 6050-450 MontalvãoTelf: 245 743 132

_ Junta de Freguesia de N.a Sr.a da GraçaRua Dr. Francisco Miguéns, 6 _ 6050-359 NisaTelf: 245 413 490 _ Junta de Freguesia de SantanaRua Velado, 1 _ 6050-452 Monte do ArneiroTelf: 245 469 130

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_ Quinta dos Ribeiros – Agro Turismo – AlpalhãoTelf: 245 745 100

_ _ _RESTAURANTES

_ Adega Típica Taverna da Vila – NisaLargo Dr. António José D’Almeida, 2 _ 6050-366 NisaTelf: 245 413 630

_ Petisqueira «A Colmeia»Largo Heliodoro Salgado _ 6050-342 NisaTelf: 245 413 513

_ Restaurante Pinto – AlpalhãoRua de Santo António, 17 _ 6050-036 AlpalhãoTelf: 245 742 518

_ Restaurante Túlio – ArneiroRua Francisco Diogo Pinto, 1 _ 6050-452 Santana Telf: 245 469 129 _ Restaurante «A Churrasqueira» – NisaRua Prof. João Porto, Lt.1_r/c _ 6050-344 NisaTelf: 245 413 210

_ Restaurante «A Regata» – AlpalhãoEstrada Nacional 18 _ 6050-029 AlpalhãoTelf: 245 742 162 _ Restaurante «Flor do Alentejo» – NisaEstrada das Amoreiras, 12 _ 6050-385 NisaTelf: 245 429 228

_ Restaurante «O Alpalhoense»Largo Dr. Alves da Costa, 1 _ 6050-047 AlpalhãoTelf: 245 742 144

_ Restaurante «Café Novo» – ArneiroRua Nova, 3 _ 6050-452 SantanaTelf: 245 469 140

_ Restaurante «Paraíso Alentejano» – NisaPraça da República, 24 _ 6050-350 Nisa Telf: 245 413 545

_ Restaurante «Três Marias»Praça da República,6_r/c _ 6050-350 NisaPraça da República,6_r/c _ 6050-350 NisaTelf: 245 413 741

_ Café Central – Pizzaria/HamburgueriaRua Júlio Basso, 37/39 _ 6050-315 NisaTelf: 245 412 354 _ Bico Fino –HamburgueriaRua Dr. Manuel de Arriaga, 1 _ 6050-386 NisaTelf: 245 429 205

_ _ _ARTES ANATO

_ Olaria António PequitoRua 25 de Abril, 72 _ 6050-343 NisaTelf: 245 412 182

_ Olaria Antónia CaritaEstrada de Montalvão, 52 _ 6050-326 NisaTelf: 245 412 673

_ Olaria António LouroRua Sidónio Pais, 36 _ 6050-327 NisaTelf: 245 412 826 _ Loja: 245 413 281

_ Grupo de Alinhavados de NisaRua da Hidro-Eléctrica Alto Alentejo, 16 _ 6050-320 NisaTelem: 962 450 220 // 965 216 284

_ Centro de Artesanato de NisaRua Júlio Basso, 45 _ 6050-315 NisaTelf: 245 412 465

_ _ _PRODUTOS TRADICIONAIS _ Salsicharia Maria José CanilhasLargo da Devesa _ 6050-030 AlpalhãoTelf: 245 742 186

_ Salsicharia AlpalhoenseEstrada de Castelo de Vide _ 6050-019 AlpalhãoTelf: 245 742 604

_ Salsicharia Tradicional Bé & Filhas, Lda.Rua do Castelo, 4 _ 6050-031 AlpalhãoTelf: 245 742 315

_ Salsicharia Maria José de JesusRua de São Pedro, 45/47 _ 6050-509 TolosaTelf: 245 798 215

_ Salsicharia CrisméliaRua da Catraia, 5/7 _ 6050-523 TolosaTelf: 245 799008

_ Queijaria Brígida Maria BispoRua de S. João, 4 _ 6050-474 Monte ClaraTelf: 245 469128 _ Carloto & Carloto — Queijos Rua de S. José, Lt. 17 _ 6050-519TolosaTelf: 245 798105

_ Belqueijo Lacticínios Lda.Rua do Chabouco, 27 _ 6050-503 TolosaTelf: 245 798167 _ Maria Lucinda Semedo Dias — QueijosRua Alexandre Herculano, 65 _ 6050-346 NisaTelf: 245 412176

_ Queijos FortunatoRua Da Lúcia Maria Azevedo Enes D’Oliveira, 9 _ 6050-540TolosaTelf: 245 798211 _ Sotonisa — QueijosTapada do Vale Bento _ 6050-524TolosaTelf: 245 798185

Page 54: Guia de Percursos Pedestres NISA

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Edição: Câmara Municipal de Nisa _ Directora: Maria Gabriela Pereira Menino TsukamotoConsultoria Técnica: José Louro, Ermelinda............, ermelinda..,...........Ermelinda................., Ermelinda..........

Produção: Ediraia Publicações Periódicas, Lda. Tel.: 272 325 470 / 7 / 8 _ Fax: 272 325 479 _ email: [email protected]ção Geral e Revisão: António Miguel NetoSubcoordenação: Hugo Rego, João Leopoldo e Pedro RegoProjecto Gráfi co e Infografi a (mapas): João LourençoTextos: Jorge CostaPesquisa: Jorge Costa e António Miguel NetoFotografi a: João Lourenço; excepto as imagens assinadas por: FA (Flávio Andrade); JG (Jorge Gouveia _ Centro de Estudos do Alto Tejo); JL (José Louro) e PP (Paulo Pereira).Apoio Técnico: Ana Cardoso, Sónia Balasteiro e Alice BarrocasSecretariado: Florência Frango

Depósito Legal:...........................................Tiragem: 15.000 exemplares

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Nisa oferece ao visitante uma viagem fantástica pela natureza, o património, a cultura e a alma das gentes da região.

Dirección Gral. de FondosComunitarios y Financiación TerritorialAutoridade de Pagamento

MINISTERIODE HACIENDA

Fundo Europeu deDesenvolvimento RegionalINTERREG III A PORTUGAL ESPANHA

Direcção Geral do Desenvolvimento RegionalAutoridade de Pagamento

Percurso pedestre registado e homologado pela:

Ruínas da igreja de Vila Flor _ PR 1 _ Trilhos das Jans