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Guia de Planejamento e Orientações Didáticas Professor Alfabetizador – 1ª série Volume I

Guia de planejamento e orientações didáticas 2º ano vol 1

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Page 1: Guia de planejamento e orientações didáticas  2º ano vol 1

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Guia de Planejamento eOrientações Didáticas

Professor Alfabetizador – 1ª série

Volume I

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governo do estado de são paulo

secretaria da educação

fundação para o desenvolvimento da educação

São Paulo, 2010

Guia de Planejamento eOrientações Didáticas

Professor Alfabetizador – 1a série

PROFESSOR(A): ____________________________________________________________

TURMA: ____________________________________________________________________

Volume I

3a edição

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Page 3: Guia de planejamento e orientações didáticas  2º ano vol 1

Agradecemos à Prefeitura da Cidade de São Paulo por ter cedido esta obra à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, permitindo sua adaptação para atender aos objetivos do Programa Ler e Escrever.

Governo do Estado de São Paulo

GovernadorJosé Serra

Vice-GovernadorAlberto Goldman

Secretário da EducaçãoPaulo Renato Souza

Secretário-AdjuntoGuilherme Bueno de Camargo

Chefe de GabineteFernando Padula

Coordenadora de Estudos e Normas PedagógicasValéria de Souza

Coordenador de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo

José Benedito de Oliveira

Coordenador de Ensino do InteriorRubens Antônio Mandetta de Souza

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da EducaçãoFábio Bonini Simões de Lima

Diretora de Projetos Especiais da FDEClaudia Rosenberg Aratangy

Coordenadora do Programa Ler e EscreverIara Gloria Areias Prado

Prefeitura da Cidade de São Paulo

PrefeitoGilberto Kassab

Secretário Municipal de EducaçãoAlexandre Alves Schneider

Secretária-AdjuntaIara Glória Areias Prado

Concepção e Elaboração deste Volume Aloma Fernandes

Claudia Rosenberg AratangyEliane Mingues

Maria de Lourdes Mello MartinsMarta Durante

Regina Célia dos Santos CâmaraRoberta Leite Pânico

Rosanea Maria Mazzini CorreaTânia Nardi de Pádua

AssessoriaMGA – Projetos Educacionais

Agradecimentos ao Santander Banespa, que viabilizou o projeto editorial desta publicação.

Coordenação Editorial e Gráfica Trilha Produções Educacionais

IlustraçãoAna Rita da Costa

Os créditos acima são da publicação original do ano de 2006.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

S239LSão Paulo (Estado) Secretaria da Educação.

Ler e escrever: guia de planejamento e orientações didáticas; professor alfabetizador – 1a série / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; adaptação do material original, Claudia Rosenberg Aratangy, Rosalinda Soares Ribeiro de Vasconcelos. - 3. ed. São Paulo : FDE, 2010.

v. 1, 176 p. : il.

Inclui bibliografia. Obra cedida pela Prefeitura da Cidade de São Paulo à Secretaria da

Educação do Estado de São Paulo para o Programa Ler e Escrever.Documento em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua

Portuguesa.

1. Ensino Fundamental 2. Ciclo I 3. Alfabetização 4. Atividade Pedagógica 5. Programa Ler e Escrever 6. São Paulo I. Título. II. Fundação para o Desenvolvimento da Educação. III. Aratangy, Claudia Rosenberg. IV. Vasconcelos, Rosalinda Soares Ribeiro de.

CDU: 372.4(815.6)

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Ler e Escrever em primeiro lugar

Prezada professora, prezado professor

Este Guia é parte do Programa Ler e Escrever que chega ao seu

quarto ano presente em todas as escolas de Ciclo I da Rede Estadual

bem como em muitas das Redes Municipais de São Paulo.

Este Programa vem, ao longo de sua implantação, retomando a

mais básica das funções da escola: propiciar a aprendizagem da leitu-

ra e da escrita. Leitura e escrita em seu sentindo mais amplo e efetivo.

Vimos trabalhando na formação de crianças, jovens e adultos que leiam

muito, leiam de tudo, compreendam o que leem; e que escrevam com

coerência e se comuniquem com clareza. Isso não teria sido possível se

a Secretaria não tivesse desenvolvido uma política visando ao ensino de

qualidade.

Ao longo dos últimos três anos foram muitas as ações que concre-

tizam esta política: o estabelecimento das 10 metas para educação, que

afirmaram e explicitaram o compromisso de todas as instâncias da Se-

cretaria na busca da melhoria da qualidade do ensino; a publicação dos

documentos curriculares; a seleção de professores coordenadores para

os diferentes segmentos da escolaridade; medidas visando estabilizar

as equipes nas escolas; a criação do IDESP, para bonificar o trabalho

coletivo e dar apoio às equipes das escolas em maiores dificuldades; o

acompanhamento sistemático da CENP às oficinas pedagógicas das Di-

retorias; os encontros de formação com os professores coordenadores; o

aumento das HTPCs para professores de Ciclo 1, garantindo assim tem-

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po de estudo, planejamento e avaliação da prática pedagógica; o envio

de acervos literários, publicações e outros materiais à sala de aula para

dar mais opções aos professores; o programa de manutenção das esco-

las que tem agilizado as reformas e atendido às emergências com mais

rapidez.

Mais recentemente, definimos novas jornadas de trabalho, criamos

regras claras para garantir o trabalho dos temporários, passando a exigir

um exame para todos os que vierem a dar aulas. Mais importante, defi-

nimos novas regras para os concursos de ingresso, que serão feitos em

duas etapas, com um curso de formação a ser oferecido pela Escola de

Formação de Professores de São Paulo. Finalmente, temos a proposta

de Valorização Pelo Mérito, um projeto que promove uma melhoria radical

nas carreiras do Magistério do Estado de São Paulo e que reconhece o

esforço individual do professor no seu constante empenho por melhorar

a qualidade de nossa educação.

O norte está estabelecido, os caminhos foram abertos, os instru-

mentos foram colocados à disposição. Agora é momento de firmar os

alicerces para tudo que foi conquistado permaneça. Assim, é tempo de

deixar que cada escola e cada Diretoria, com apoio da SEE, assumam,

cada vez mais, a responsabilidade pela tomada de decisões, a iniciativa

pela busca de soluções adequadas para sua região, sua comunidade, sua

sala de aula. Sempre sem perder de vista cada aluno e sua capacidade

de aprender.

Paulo Renato Souza

Secretário da Educação do Estado de São Paulo

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Cara professora, caro professor

Desde o início de 2007, formou-se na Secretaria Estadual da Edu-

cação a equipe do Programa Ler e Escrever, com integrantes do Programa

Letra e Vida, da Cogsp, da Cenp e da FDE, com a colaboração da Diretoria

de Orientação Técnica da Secretaria Municipal de Educação, para iniciar o

Ler e Escrever na Rede Estadual. Esse grupo promoveu, durante os anos

de 2007 e 2008, encontros de formação com os gestores: professores

coordenadores (das unidades escolares e das Oficinas Pedagógicas), di-

retores de escola, supervisores de ensino das escolas de 1ª a 4ª série,

visando apoiá-los na difícil tarefa de transformar a escola, cada vez mais,

num espaço de aprendizagem e de produção de conhecimento.

Como o Estado de São Paulo venceu o desafio da inclusão, com

98,6% das crianças de 7 a 14 anos em escola e 90% dos jovens de 15

a 17 anos estudando — o objetivo agora é melhorar a aprendizagem

e, para isso, aprimorar cada vez mais a qualidade do ensino oferecido.

Em agosto de 2007, o governador José Serra e a Secretária Estadual

da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, lançaram um amplo

plano para a educação paulista, com dez ações para atingir dez metas

até 2010. Entre as ações propostas para alcançar as metas relativas à

alfabetização dos alunos e à recuperação da aprendizagem das séries

iniciais, está o Programa Ler e Escrever – que passa a ser uma das prio-

ridades da atual gestão.

Agora, o Ler e Escrever começa uma nova etapa: será ampliado para

o Estado inteiro, oferecendo a todos os professores seus materiais de

apoio, entre os quais está este Guia, que é uma adaptação do Guia de

Planejamento para o Professor Alfabetizador do projeto Toda Força ao

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Primeiro Ano, publicado em 2006 pela Secretaria Municipal de Educação

de São Paulo, no âmbito do Programa Ler e Escrever – Prioridade na Es-

cola Municipal, que começou sua implantação em 2005.

Os pressupostos, objetivos e orientação metodológica deste Guia

são totalmente convergentes com os da Secretaria Estadual da Educa-

ção, por isso optamos por utilizá-lo, fazendo as adaptações e as revisões

necessárias, mas mantendo sua essência pouco modificada.

Este Guia, junto com o Caderno do Professor, o Livro de Textos do

Aluno, a Coletânea de Atividades e o Guia de Estudos para Hora de Tra-

balho Pedagógico Coletivo, compõem um conjunto de materiais impres-

sos que servirão para articular a formação continuada dos professores

de 1ª série na HTPC com seu planejamento e sua atuação em sala de

aula. Teoria e prática se complementam, ação-reflexão-ação se sucedem;

planejamento, intervenções didáticas e avaliação dialogam permanente-

mente.

Nenhum material, por melhor que seja, dá conta de resolver todas

as mazelas da educação. Entretanto, um planejamento consistente, com

acompanhamento e recursos didáticos disponíveis, pode permitir que o

professor se concentre naquilo que é mais relevante: a aprendizagem de

seus alunos.

Equipe do Programa Ler e Escrever

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JANEIRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

FEVEREIRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

MARÇO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

ABRIL D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

MAIO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

JUNHO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

JULHO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

AGOSTO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

SETEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

OUTUBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

NOVEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

DEZEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

CALEndáRiO ESCOLAR 2011

JANEIRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

FEVEREIRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

MARÇO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

ABRIL D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

MAIO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

JUNHO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

JULHO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

AGOSTO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

SETEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

OUTUBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

NOVEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

DEZEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

CALEndáRiO ESCOLAR 2010

Dia Mundial da Paz __________________________________ 1o janeiroAniversário de São Paulo ____________________________ 25 janeiroCarnaval ______________________________ 16 fevereiro | 8 de março Paixão ____________________________________ 2 abril | 22 de abrilPáscoa ____________________________________ 4 abril | 24 de abrilTiradentes __________________________________________ 21 abrilDia do Trabalho ______________________________________ 1o maioCorpus Christi ____________________________ 3 junho | 23 de junho

Revolução Constitucionalista _____________________________ 9 julhoIndependência do Brasil ____________________________ 7 setembroNossa Senhora Aparecida ____________________________12 outubroFinados _________________________________________2 novembroProclamação da República _________________________15 novembroDia da Consciência Negra __________________________20 novembroNatal __________________________________________25 dezembro

Feriados 2010 | 2011

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SumárioCalendário Escolar de 2010/2011 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

O que este Guia oferece . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Como utilizar este Guia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Concepção de alfabetização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15As práticas sociais de leitura e de escrita na escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

As expectativas de aprendizagem para a 1a série do Ciclo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Expectativas relacionadas à comunicação oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Expectativas relacionadas às práticas de leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20Expectativas relacionadas à análise e reflexão sobre a língua e às práticas de produção de texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

As expectativas de aprendizagem para o 1o bimestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Com relação às práticas de leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23Com relação às práticas de produção de texto e à análise e reflexão sobre a língua . . . . .23Com relação à comunicação oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

Conhecer as hipóteses de escrita dos alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24Avaliação processual – utilizando a sondagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24A organização de uma rotina de leitura e escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27Situações didáticas que a rotina deve contemplar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

FEVEREIRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

MARÇO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

ABRIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

O que fazer com aqueles alunos que parecem não avançar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

As expectativas de aprendizagem para o 2o bimestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Com relação à leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37Com relação à produção de texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38Com relação à comunicação oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

MAIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

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JunhO/JuLhO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

Ensinar e avaliar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43Avaliação do ensino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Avaliação das aprendizagens dos alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47A organização de uma rotina de leitura e escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48Situações didáticas que a rotina deve contemplar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

O que fazer com aqueles alunos que parecem não avançar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

Dicas práticas para o planejamento do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

Orientações e situações didáticas e sugestões de atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61Escrita do professor – a rotina na lousa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62Os momentos de leitura do(a) professor(a) – textos de divulgação científica . . . . . . . . . . . . . 67Atividade 1 – Leitura de um texto de divulgação científica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

Os momentos de leitura do aluno – textos memorizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70Atividade 2 – Leitura de parlenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

Análise e reflexão sobre a língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72O alfabeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72Atividade 3 – Escrita da lista dos nomes da classe em ordem alfabética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

Análise e reflexão sobre a língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77Escrita e leitura de nomes próprios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

Os momentos de leitura do(a) professor(a) – textos literários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .84Atividade 4 – uma parlenda para recitar o alfabeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85Trocando em miúdos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

Análise e reflexão sobre a língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90O trabalho com listas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90Atividade 5 – nomes e sobrenomes: conversa de apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Atividade 6 – Produção de crachás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96Atividade 7 – Autorretrato e escrita do próprio nome . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98Atividade 8 – Agenda de aniversários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

Produção oral com destino escrito – cartas e bilhetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .101Atividade 9 – Produção de bilhete para os pais: horário da aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .102

Projeto didático: cantigas populares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .104Atividade 1 do projeto didático – Leitura de uma cantiga de ninar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .110Atividade 2 do projeto didático – Escrita da lista das cantigas conhecidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113Atividade 3 do projeto didático – Produção de uma nova versão para uma cantiga . . . . . . . . . . .115

Ler e escrever para acompanhar acontecimentos marcantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .122Atividade 1 – notícias sobre o grande evento esportivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125Atividade 2 – Lista com os nomes dos países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .127Atividade 3 – Legendas de fotos trocadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .131

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Page 12: Guia de planejamento e orientações didáticas  2º ano vol 1

Atividade 4 – Legendas de fotos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132Atividade 5 – Ficha técnica dos países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .134

Atividade permanente – comunicação oral – Roda de conversa, curiosidades e outros assuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .136

Sequência didática – produção oral com destino escrito – Era uma vez um conto de fadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .137Atividade 6 – Leitura de contos tradicionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .140Atividade 7 – Ouvir uma história gravada em CD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .142Atividade 8 – Produção oral da história escolhida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .143

Sequência didática: “hoje é domingo, pé de cachimbo” ou “hoje é domingo, pede cachimbo”? – parlendas e trava-línguas – o que podem estas brincadeiras? . . . . . . . . . . . .145Atividade 9 – Parlendas conhecidas – ditado cantado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .147Atividade 10 – Produção de versões para uma parlenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .149Atividade 11 – Quebra-cabeça de parlenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .153Atividade 12 – Palavras que rimam e complicam . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .155

Projeto didático: pé-de-moleque, canjica e outras receitas juninas: um jeito gostoso de aprender a ler e escrever . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .157

Atividade 13 – Localizar uma receita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .162Atividade 14 – Escrita de lista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .163Atividade 15 – Ler para fazer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .169

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Page 13: Guia de planejamento e orientações didáticas  2º ano vol 1

Este Guia oferece...

Logo no início, um espaço para você anotar

seus dados.

E, é claro, o Calendário Escolar

de 2010/2011. Assim, você

já inicia o ano com condições

de começar a planejar os duzentos dias letivos que

tem pela frente, considerando os feriados, os dias

de reunião, os eventos da escola, os compromissos

voltados para a sua formação etc.

Lembra-se das expectativas de aprendizagem?

Elas também estão aqui. Só que mais detalhadas e

relacionadas com algumas orientações didáticas

que ajudarão você a alcançá-las.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

São Paulo, 2008

Guia de Planejamento eOrientações Didáticas

Professor Alfabetizador – 1a série

PROFESSOR(A): ____________________________________________________________

TURMA: ____________________________________________________________________

19GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

As expectativas de aprendizagem para a 1a série do Ciclo I

As atividades propostas neste Guia de Planejamento foram elaboradas com o intuito de fornecer subsídios para que seus alunos não apenas atinjam a meta de estarem plenamente alfabetizados ao fi nal da 2a série, mas também alcancem todas as expectativas de aprendizagem previstas para essa etapa de escolaridade. São elas:

Expectativas relacionadas à comunicação oralj Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formu-

lando perguntas sobre o tema tratado.j Planejar sua fala, adequando-a a diferentes interlocutores em situações

co municativas do cotidiano.

Expectativas relacionadas às práticas de leituraj Apreciar textos literários.j Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da lin-

guagem do texto lido pelo(a) professor(a).j Ler, com a ajuda do(a) professor(a), diferentes gêneros (textos narrativos

literários, textos instrucionais, textos de divulgação científi ca e notícias), apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto e sobre as caracte-rísticas de seu portador, sobre o gênero e sobre o sistema de escrita.

j Ler, por si mesmo, textos conhecidos, tais como parlendas, adivinhas, po-emas, canções, trava-línguas, além de placas de identifi cação, listas, man-chetes de jornal, legendas, quadrinhos e rótulos.

Expectativas relacionadas à análise e refl exão sobre a língua e às práticas de produção de texto

j Compreender o funcionamento alfabético do sistema de escrita, ainda que escreva com erros ortográfi cos (ausência de marcas de nasalização, hipo e hipersegmentação, entre outros).

j Escrever alfabeticamente* textos que conhece de memória (o texto falado e não a sua forma escrita), tais como: parlendas, adivinhas, poemas, can-ções, trava-línguas, entre outros.

j Reescrever – ditando para você ou para os colegas e, quando possível, de próprio punho – histórias conhecidas, considerando as idéias principais do texto-fonte e algumas características da linguagem escrita.

* Ainda que com erros de ortografi a.

JANEIRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

FEVEREIRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

MARÇO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

ABRIL D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

MAIO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

JUNHO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

JULHO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

AGOSTO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

SETEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

OUTUBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

NOVEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

DEZEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

CALENDÁRIO ESCOLAR 2010

JANEIRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

FEVEREIRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

MARÇO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

ABRIL D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

MAIO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

JUNHO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

JULHO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

AGOSTO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

SETEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

OUTUBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

NOVEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

DEZEMBRO D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

CALENDÁRIO ESCOLAR 2009

Dia Mundial da Paz __________________________________ 1o janeiroAniversário de São Paulo ____________________________ 25 janeiroCarnaval ______________________________ 24 fevereiro | 16 fevereiro Paixão _______________________________________ 10 abril | 2 abrilPáscoa _______________________________________ 12 abril | 4 abrilTiradentes __________________________________________ 21 abrilDia do Trabalho ______________________________________ 1o maioCorpus Christi _______________________________ 11 junho | 3 junho

Revolução Constitucionalista _____________________________ 9 julhoIndependência do Brasil ____________________________ 7 setembroNossa Senhora Aparecida ____________________________12 outubroFinados _________________________________________2 novembroProclamação da República _________________________15 novembroDia da Consciência Negra __________________________20 novembroNatal __________________________________________25 dezembro

Feriados 2009 | 2010

12 Guia de Planejamento e orientações didáticas

guia_planej_orient_1aSerie_Vol1_2010.indd 12 2009-11-24 10:10

Page 14: Guia de planejamento e orientações didáticas  2º ano vol 1

As expectativas de aprendizagem para o 1o bimestre.

Um desdobramento das

expectativas de aprendizagem.

Assim, fica mais fácil fazer o planejamento do

trabalho de leitura, escrita e comunicação oral...

Afinal, quando sabemos aonde queremos chegar,

fica mais fácil decidir por onde ir, não é mesmo?

Oferece também...

A descrição detalhada de algumas

das atividades, sugeridas no

item “Orientações e situações

didáticas e sugestões de

atividades” – aquelas a partir das

quais você poderá planejar outras

semelhantes.

indicações de leitura, obras de referência e livros

para você trabalhar com seus alunos.

32 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Quando a teoria ajuda a prática...As expectativas de aprendizagem para o 1o bimestre são, na realidade, um desdobramento das metas defi nidas para a 1a série. É interessante retomar essas metas para que você analise como seu trabalho pode contribuir para que elas se concretizem até o fi nal deste ano letivo.

Com relação às práticas de leituraj Apreciar o momento das histórias, acompanhando com atenção crescente as

leituras feitas por você.

j Comentar trechos das histórias lidas e seus personagens, com sua ajuda.

j Apreciar as ilustrações dos livros lidos, relacionando-as com algumas passagens da trama e com o título da história, com sua ajuda.

j Reconhecer a escrita do próprio nome, dos nomes de alguns colegas e do seu, utilizando informações como as letras inicial e fi nal dos nomes, o fato de o nome ser simples ou composto, entre outras.

j Começar a reconhecer a escrita de outras palavras que tenham adquirido relevância no contexto do trabalho desenvolvido até o momento, tais como as que fazem parte das listas produzidas coletivamente (das atividades da rotina diária, de títulos das histórias lidas e das cantigas trabalhadas, dos personagens preferidos etc.).

j Demonstrar disponibilidade para ler, com e/ou sem sua ajuda, de forma convencional ou não, textos cujo conteúdo saibam previamente de memória, tais como as letras das cantigas trabalhadas e também outros textos, como listas, títulos de histórias, legendas, colocando em ação comportamentos de leitor.

j Reconhecer que a escrita serve para, entre outras funções, registrar e organizar o dia-a-dia na escola e pode ser uma fonte de informação, entretenimento e prazer.

Com relação às práticas de produção de texto e à análise e refl exão sobre a língua

j Escrever silabicamente, ainda que não utilizando o valor sonoro convencional das letras.

j Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), atentos a algumas características do gênero e da linguagem que se escreve.

j Escrever observando a orientação e o alinhamento que caracterizam a escrita da língua portuguesa.

Com relação à comunicação oralj Ouvir com atenção crescente os comentários feitos por você e pelos colegas.

j Comentar de forma cada vez mais pertinente os temas propostos por você.

j Dominar alguns procedimentos para participar de uma conversa, como esperar a vez para falar, com sua ajuda.

31GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

As expectativas de aprendizagem para o 1o bimestre

Um dos objetivos centrais para o 1o bimestre da 1a série é que os alunos se sintam integrados à nova turma, começando a ter alguma autonomia perante as atividades propostas e a organização do espaço da sala de aula e da esco-la. Outro objetivo importante é que eles também se sintam capazes de ampliar, desde o início, sua capacidade de ler e escrever. Por isso, é possível esperar que eles avancem com relação ao domínio do sistema de escrita e à construção de alguns procedimentos relacionados ao ato de ler.

Mas, antes de defi nir as expectativas de aprendizagem e avaliar seus alu-nos, lembre-se sempre de dois aspectos fundamentais da relação entre aquilo que você ensina e aquilo que os alunos aprendem:

1. Os alunos só conseguem atingir as expectativas de aprendizagem que o(a) professor(a) defi ne previamente se as condições necessárias para que eles apren-dam forem garantidas no seu planejamento. De nada adianta, por exemplo, ava-liar que a turma ainda não sabe ouvir histórias, pois não param no lugar e falam o tempo todo, se não lhes foi dada a oportunidade de participar com freqüência de momentos de leitura do(a) professor(a), se esses momentos não foram plane-jados de modo a explicitar os comportamentos e as atitudes que os alunos devem ter nessas ocasiões etc. Uma boa questão que o(a) professor(a) pode se colocar ao avaliar a aprendizagem de seus alunos é sobre o que ele(ela) fez ou deixou de fazer para que seus alunos alcançassem aquilo que esperava.

2. Algumas expectativas sempre permanecem ao longo do ano. Ou seja, é pos-sível esperar que os alunos ampliem e aprofundem cada vez mais aquilo que já aprenderam, sobretudo aquelas aprendizagens relacionadas a procedimentos, atitu-des e valores. Vejamos um exemplo: ouvir com atenção a leitura do(a) professor(a). Essa é uma aprendizagem que envolve atitudes e valores. Ao longo do ano, com base nela, é bem provável que os alunos aprendam a ouvir o(a) professor(a) de forma cada vez mais autônoma, mais interessada, valorizando a leitura como fonte de prazer e entretenimento.

Até o fi nal do mês de abril, sugerimos que seu trabalho se desenvolva de modo que seus alunos possam:

67GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

ATIVIDADE 3: LEITURA COM O PROFESSOR

Uma parlenda para recitar o alfabeto

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ampliar o conhecimento, num contexto lúdico e divertido, sobre a seqüên-cia do alfabeto e, progressivamente, memorizar a ordem alfabética.

Ouvir a leitura e apreciar um texto que faça parte do repertório popular de nossa cultura.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Para ouvirem a leitura do texto e recitá-lo com você, os alunos poderão estar reunidos em círculo.

Quais materiais serão necessários? A letra da parlenda e corda para brincar.

Duração: de 20 a 30 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Ao planejar a atividade, utilize as cópias do texto “Suco gelado” da Coletâ-nea de Atividades para os alunos colarem no caderno. Escreva também o texto na lousa, como suporte para a leitura coletiva. O ideal é que as crian-ças possam, após a leitura, pular corda e recitar a cantiga em um contexto lúdico. Para tanto, providencie cordas e planeje um local no pátio adequado à brincadeira.

Ao iniciar a atividade, comente com os alunos que você irá ensinar uma parlenda que geralmente acompanha as brincadeiras de pular corda. Per-gunte-lhes se conhecem alguma cantiga de “pular corda” (ou outra par-lenda qualquer). Procure também informar-se sobre quem sabe/gosta de pular corda. Aproveite para explicar que esta é uma parlenda especial, pois traz um tema que eles estão trabalhando: as letras do alfabeto.

Durante a atividade, primeiro recite a parlenda tendo como apoio a lousa – deixe para entregar a cópia do texto para os alunos ao fi nal da ativida-

69GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

r

b c d

r

J

!UMA PARLENDA PARA RECITAR O ALFABETO

SUCO GELADO

CABELO ARREPIADO

QUAL É A LETRA

DO SEU NAMORADO?

A B C D E F G H

I J K L M N O P Q

R S T U V W X Y Z

67GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

ATIVIDADE 3: LEITURA COM O PROFESSOR

Uma parlenda para recitar o alfabeto

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ampliar o conhecimento, num contexto lúdico e divertido, sobre a seqüên-cia do alfabeto e, progressivamente, memorizar a ordem alfabética.

Ouvir a leitura e apreciar um texto que faça parte do repertório popular de nossa cultura.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Para ouvirem a leitura do texto e recitá-lo com você, os alunos poderão estar reunidos em círculo.

Quais materiais serão necessários? A letra da parlenda e corda para brincar.

Duração: de 20 a 30 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Ao planejar a atividade, utilize as cópias do texto “Suco gelado” da Coletâ-nea de Atividades para os alunos colarem no caderno. Escreva também o texto na lousa, como suporte para a leitura coletiva. O ideal é que as crian-ças possam, após a leitura, pular corda e recitar a cantiga em um contexto lúdico. Para tanto, providencie cordas e planeje um local no pátio adequado à brincadeira.

Ao iniciar a atividade, comente com os alunos que você irá ensinar uma parlenda que geralmente acompanha as brincadeiras de pular corda. Per-gunte-lhes se conhecem alguma cantiga de “pular corda” (ou outra par-lenda qualquer). Procure também informar-se sobre quem sabe/gosta de pular corda. Aproveite para explicar que esta é uma parlenda especial, pois traz um tema que eles estão trabalhando: as letras do alfabeto.

Durante a atividade, primeiro recite a parlenda tendo como apoio a lousa – deixe para entregar a cópia do texto para os alunos ao fi nal da ativida-

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1VAMOS COMEÇAR ESCLARECEnDO . Este é um guia para seu planejamento . E não “o seu planejamento”, todo ele já descrito, passo a passo . Pelo contrário, como guia, este material orienta, indica caminhos possíveis, propõe alternativas . . .

O uSO DESTE GuIA ESTÁ VInCuLADO À SuA FORMAÇÃO . Este material deverá ser tratado como subsídio para discussões nas horas de Trabalho Pedagógico Coletivo – hTPCs . Do mesmo modo, ele será tratado na formação que os professores coordenadores estão fazendo junto à equipe do Programa Ler e Escrever . Ou seja, ele não está pronto e acabado – é, sim, ponto de partida para reflexões das equipes das escolas .

O PLAnEJAMEnTO DO TRABALhO EM SALA DE AuLA É FRuTO DE uM PROCESSO COLETIVO que se enriquece e amplia à medida que cada professor, individualmente, avança em seu percurso profissional . Converse, compartilhe e debata com os demais professores, principalmente os da 1a série .

POR ISSO, PARA uSAR ESTE GuIA, será preciso estudar e refletir sobre vários assuntos relacionados à aprendizagem da escrita, da leitura e da comunicação oral . Ao lado das sugestões de atividades, você sempre vai encontrar a dica de um ou mais textos para estudar . E como a nossa intenção é facilitar seu trabalho, esses textos já foram selecionados e se encontram reunidos no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo, disponível on-line no site do Programa Ler e Escrever . Eles também deverão ser estudados nas hTPCs, sempre articulando a teoria com a prática .

Como utilizar este Guia

14 Guia de Planejamento e orientações didáticas

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15Guia de Planejamento e orientações didáticas

Concepção de alfabetização

O objetivo maior – possibilitar que todos os nossos alunos se tornem

leitores e escritores competentes – compromete-nos com a construção de

uma escola inclusiva, que promova a aprendizagem dos alunos das ca-

madas mais pobres da população. A condição socioeconômica não pode

mais ser encarada pela escola pública como um obstáculo instransponí-

vel que, assim, perversamente reproduz a desigualdade.

É fato que, atualmente, as famílias que compõem a comunidade

escolar da rede pública, em sua maioria, não tiveram acesso à cultura es-

crita. Isso não apenas torna mais complexa a tarefa da escola de ensinar

seus filhos a ler e escrever, como também faz dela um dos poucos espa-

ços sociais em que se pode intervir na busca da equidade para promover

a igualdade de direitos de cidadania. E saber ler e escrever é um direito

fundamental do cidadão.

Hoje sabemos que a concepção de escrita não é vista como um

código que deve ser decifrado. Entendemos a escrita como linguagem,

meio de comunicação e a escola deve propor atividades que tenham

significado para que as crianças vejam sentido em aprender.

A escola precisa criar o ambiente e propor situações de práticas

so ciais de uso da escrita às quais os alunos não têm acesso para que

possam interagir intensamente com textos dos mais variados gêneros,

identificar e refletir sobre seus diferentes usos sociais, produzir textos e,

assim, construir as capacidades que lhes permitam participar das situa-

ções sociais pautadas pela cultura escrita.

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16 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Ler e escrever não se resume a juntar letras, nem a decifrar códi-

gos: a língua não é um código – é um complexo sistema que representa

uma identidade cultural. É preciso saber ler e escrever para interagir com

essa cultura com autonomia, inclusive para modificá-la, do lugar de quem

enuncia e não apenas consome.

Ao eleger o que e como ensinar, é fundamental levar em considera ção

esses fatos, não mais para justificar fracassos, mas para criar as con-

dições necessárias para garantir a conquista e a consolidação da apren-

dizagem da leitura e da escrita de todos os nossos alunos.

Assim, este documento parte do pressuposto de que a alfabetização

é a aprendizagem do sistema de escrita e da linguagem escrita em seus

di versos usos sociais, porque consideramos imprescindível a aprendiza-

gem simultânea dessas duas dimensões.

A língua é um sistema discursivo que se organiza no uso e para o

uso, escrito e falado, sempre de maneira contextualizada. No entanto,

uma condição básica para ler e escrever com autonomia é a apropriação

do sistema de escrita, que envolve, da parte dos alunos, aprendizagens

muito específicas. Entre elas o conhecimento do alfabeto, a forma gráfica

das letras, seus nomes e seu valor sonoro.

Tanto os saberes sobre o sistema de escrita como aqueles sobre a lin-

guagem escrita devem ser ensinados e sistematizados. Não basta colo-

car os alunos diante dos textos para que conheçam o sistema de escrita

alfabético e seu funcionamento ou para que aprendam a linguagem es-

crita. É preciso planejar uma diversidade de situações em que possam,

em diferentes momentos, centrar seus esforços ora na aprendizagem do

sistema, ora na aprendizagem da linguagem que se usa para escrever.

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17Guia de Planejamento e orientações didáticas

O desenvolvimento da competência de ler e escrever não é um pro-

cesso que se encerra quando o aluno domina o sistema de escrita. Ele

se prolonga por toda a vida, com a crescente possibilidade de participa-

ção nas práticas que envolvem a língua escrita, o que se traduz na sua

competência de ler e produzir textos dos mais variados gêneros. Quanto

mais acesso à cultura escrita, mais possibilidades de construção de co-

nhecimentos sobre a língua. Isso explica o fato de as crianças com me-

nos acesso a essa cultura serem aquelas que mais fracassam no início

da escolaridade e, como já dissemos, as que mais necessitam de uma

escola que ofereça práticas sociais de leitura e escrita.

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18 Guia de Planejamento e orientações didáticas

“Há crianças que ingressam no mundo da linguagem escrita através da magia da leitura e outras que ingressam através do treino das tais habilidades básicas. Em geral, os primeiros se convertem em leitores, enquanto os outros costumam ter um destino incerto.”

Emilia Ferreiro, Passado e presente dos verbos ler e escrever (São Paulo: Cortez, 2002)

As práticas sociais de leitura e de escrita na escola

Durante muito tempo a tradição escolar definiu como conteúdo de leitura o aprendizado da decifração. Ler, emitindo sons para cada uma das letras, era a situação que ilustrava a aprendizagem da leitura. Hoje, sabemos que não basta ler um texto em voz alta para que seu conteúdo seja compreendido, e a decifra-ção é apenas uma, dentre muitas, das competências envolvidas nesse ato. Ler é, acima de tudo, atribuir significado. Além disso, se queremos formar leitores plenos, usuários competentes da leitura e da escrita em diferentes esferas, par-ticipantes da cultura escrita, não podemos considerar alfabetizados aqueles que sabem apenas o suficiente para assinar o nome e tomar o ônibus.

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19Guia de Planejamento e orientações didáticas

* O termo escritor aqui utilizado refere-se a pessoas que escrevem e não a escritores de literatura, jornalistas ou outros profissionais da escrita.

Isso não é tarefa simples: implica redefinir os conteúdos de leitura e de es-crita. Trata-se não mais de ensinar a língua, suas regras e suas partes isolada-mente, mas de incorporar as ações que se fazem com textos no cotidiano.

No nosso dia a dia lemos com os mais diferentes propósitos: para nos in-formar sobre as atualidades, para localizar endereços e telefones, para fazer uma receita, para saber como vão pessoas que estimamos, para nos divertir ou emocionar, para tomar decisões, para pagar contas, para comprar algo, entre ou-tros. E escrevemos para distintos interlocutores, com diferentes intenções, nas mais variadas situações: para relatar como estamos para pessoas distantes, para solicitar algo, para reclamar de alguma coisa, para nos lembrarmos daquilo que temos de comprar, para prestar contas do nosso trabalho, para anotar um recado para alguém, entre muitas outras ações. São ações que podem e devem ser aprendidas, traduzidas em comportamentos – de leitor e de escritor – que precisam ser ensinados. Claro que é necessário aprender o sistema de escrita e seu funcionamento, mas, como já foi dito na primeira parte deste Guia, essa aprendizagem pode ocorrer em situações mais próximas das situações reais e com textos de verdade – que comunicam e que foram feitos para leitores.

Trata-se então de trazer para dentro da escola a escrita e a leitura que acon-tecem fora dela. Trata-se de incorporar, na rotina, a leitura feita com diferentes propósitos e a escrita produzida com diferentes fins comunicativos para leitores reais. Enfim, trata-se de propor que a versão de leitura e de escrita presente na escola seja a mais próxima possível da versão social e que, assim, nossos alu-nos sejam verdadeiros leitores e escritores*.

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20 Guia de Planejamento e orientações didáticas

As expectativas de aprendizagem para a 1a série do Ciclo i

As atividades propostas neste Guia de Planejamento foram elaboradas com o intuito de fornecer subsídios para que seus alunos não apenas atinjam a meta de estarem plenamente alfabetizados ao final da 2a série, mas também alcancem todas as expectativas de aprendizagem previstas para essa etapa de escolaridade conforme o documento Orientações Curriculares do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa e Matemática – Ciclo I. São elas:

Expectativas relacionadas à comunicação oralj Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formu-

lando perguntas sobre o tema tratado.j Planejar sua fala, adequando-a a diferentes interlocutores em situações

co municativas do cotidiano.

Expectativas relacionadas às práticas de leituraj Apreciar textos literários.j Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da lin-

guagem do texto lido pelo(a) professor(a).j Ler, com a ajuda do(a) professor(a), diferentes gêneros (textos narrativos

literários, textos instrucionais, textos de divulgação científica e notícias), apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto e sobre as caracte-rísticas de seu portador, sobre o gênero e sobre o sistema de escrita.

j Ler, por si mesmo, textos conhecidos, tais como parlendas, adivinhas, po-emas, canções, trava-línguas, além de placas de identificação, listas, man-chetes de jornal, legendas, quadrinhos e rótulos.

Expectativas relacionadas à análise e reflexão sobre a língua e às práticas de produção de texto

j Compreender o funcionamento alfabético do sistema de escrita, ainda que escreva com erros ortográficos (ausência de marcas de nasalização, hipo e hipersegmentação, entre outros).

j Escrever alfabeticamente* textos que conhece de memória (o texto falado e não a sua forma escrita), tais como: parlendas, adivinhas, poemas, can-ções, trava-línguas, entre outros.

* Ainda que com erros de ortografia.

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21Guia de Planejamento e orientações didáticas

* Ainda que com erros de ortografia.

j Reescrever – ditando para você ou para os colegas e, quando possível, de próprio punho – histórias conhecidas, considerando as ideias principais do texto-fonte e algumas características da linguagem escrita.

j Produzir textos de autoria (bilhetes, cartas, instrucionais), ditando para você ou para os colegas e, quando possível, de próprio punho.

j Revisar textos coletivamente com sua ajuda.

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22 Guia de Planejamento e orientações didáticas

As expectativas de aprendizagem para o 1o bimestre

Um dos objetivos centrais para o 1o bimestre da 1a série é que os alunos se sintam integrados à nova turma, começando a ter alguma autonomia perante as atividades propostas e a organização do espaço da sala de aula e da esco-la. Outro objetivo importante é que eles também se sintam capazes de ampliar, desde o início, sua capacidade de ler e escrever. Por isso, é possível esperar que eles avancem com relação ao domínio do sistema de escrita e à construção de alguns procedimentos relacionados ao ato de ler.

Mas, antes de definir as expectativas de aprendizagem e avaliar seus alu-nos, lembre-se sempre de dois aspectos fundamentais da relação entre aquilo que você ensina e aquilo que os alunos aprendem:

1. Os alunos só conseguem atingir as expectativas de aprendizagem que o(a) professor(a) define previamente se as condições necessárias para que eles apren-dam forem garantidas no seu planejamento. De nada adianta, por exemplo, ava-liar que a turma ainda não sabe ouvir histórias, pois não param no lugar e falam o tempo todo, se não lhes foi dada a oportunidade de participar com frequência de momentos de leitura do(a) professor(a), se esses momentos não foram plane-jados de modo a explicitar os comportamentos e as atitudes que os alunos devem ter nessas ocasiões etc. Uma boa questão que o(a) professor(a) pode se colocar ao avaliar a aprendizagem de seus alunos é sobre o que ele(ela) fez ou deixou de fazer para que seus alunos alcançassem aquilo que esperava.

2. Algumas expectativas sempre permanecem ao longo do ano. Ou seja, é pos-sível esperar que os alunos ampliem e aprofundem cada vez mais aquilo que já aprenderam, sobretudo aquelas aprendizagens relacionadas a procedimentos, atitu-des e valores. Vejamos um exemplo: ouvir com atenção a leitura do(a) professor(a). Essa é uma aprendizagem que envolve atitudes e valores. Ao longo do ano, com base nela, é bem provável que os alunos aprendam a ouvir o(a) professor(a) de forma cada vez mais autônoma, mais interessada, valorizando a leitura como fonte de prazer e entretenimento.

Até o final do mês de abril, sugerimos que seu trabalho se desenvolva de modo que seus alunos possam:

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23Guia de Planejamento e orientações didáticas

Quando a teoria ajuda a prática...As expectativas de aprendizagem para o 1o bimestre são, na realidade, um desdobramento das metas definidas para a 1a série. É interessante retomar essas metas para que você analise como seu trabalho pode contribuir para que elas se concretizem até o final deste ano letivo.

Com relação às práticas de leituraj Apreciar o momento das histórias, acompanhando com atenção crescente as

leituras feitas por você.

j Comentar trechos das histórias lidas e seus personagens, com sua ajuda.

j Apreciar as ilustrações dos livros lidos, relacionando-as com algumas passagens da trama e com o título da história, com sua ajuda.

j Reconhecer a escrita do próprio nome, dos nomes de alguns colegas e do seu, utilizando informações como as letras inicial e final dos nomes, o fato de o nome ser simples ou composto, entre outras.

j Começar a reconhecer a escrita de outras palavras que tenham adquirido relevância no contexto do trabalho desenvolvido até o momento, tais como as que fazem parte das listas produzidas coletivamente (das atividades da rotina diária, de títulos das histórias lidas e das cantigas trabalhadas, dos personagens preferidos etc.).

j Demonstrar disponibilidade para ler, com e/ou sem sua ajuda, de forma convencional ou não, textos cujo conteúdo saibam previamente de memória, tais como as letras das cantigas trabalhadas e também outros textos, como listas, títulos de histórias, legendas, colocando em ação comportamentos de leitor.

j Reconhecer que a escrita serve para, entre outras funções, registrar e organizar o dia a dia na escola e pode ser uma fonte de informação, entretenimento e prazer.

Com relação às práticas de produção de texto e à análise e reflexão sobre a língua

j Escrever silabicamente, ainda que não utilizando o valor sonoro convencional das letras.

j Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), atentos a algumas características do gênero e da linguagem que se escreve.

j Escrever observando a orientação e o alinhamento que caracterizam a escrita da língua portuguesa.

Com relação à comunicação oralj Ouvir com atenção crescente os comentários feitos por você e pelos colegas.

j Comentar de forma cada vez mais pertinente os temas propostos por você.

j Dominar alguns procedimentos para participar de uma conversa, como esperar a vez para falar, com sua ajuda.

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24 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Conhecer as hipóteses de escrita dos alunos

Avaliação processual – utilizando a sondagem

A sondagem é um dos recursos de que você dispõe para conhecer as hipó-teses que os alunos ainda não alfabetizados possuem sobre a escrita alfabética e o sistema de escrita de uma forma geral. Ela também representa um momen-to no qual os alunos têm a oportunidade de refletir sobre aquilo que escrevem, com sua ajuda.

A realização periódica de sondagens é também um instrumento para seu planejamento, pois permite que você avalie e acompanhe os avanços da turma com relação à aquisição da base alfabética, além de lhe fornecer informações preciosas para o planejamento das atividades de leitura e de escrita, assim co-mo para a definição das parcerias de trabalho entre os alunos (agrupamentos) e para que você faça boas intervenções no grupo.

Mas o que é uma sondagem? É uma atividade de escrita que envolve, num primeiro momento, a produção espontânea pelos alunos de uma lista de palavras sem apoio de outras fontes escritas. Ela pode ou não envolver a escrita de fra-ses simples. É uma situação de escrita que deve, necessariamente, ser seguida da leitura pelo aluno daquilo que ele escreveu. Por meio da leitura, você poderá observar se o aluno estabelece ou não relações entre aquilo que ele escreveu e aquilo que ele lê em voz alta, ou seja, entre a fala e a escrita.

Nesta proposta, sugerimos que sejam realizadas sondagens avaliativas logo no início do ano, em fevereiro, em abril e no final de junho. Assim, ao longo do primeiro semestre letivo, será possível analisar o processo de alfabetização dos alunos em três momentos diferentes. Entretanto, para fazer uma avaliação mais global das aprendizagens da turma, é interessante recorrer a outros instrumen-tos – inclusive a observação diária dos alunos –, pois a atividade de sondagem representa uma espécie de retrato do processo do aluno naquele momento. E como esse processo é dinâmico e na maioria das vezes evolui muito rapidamen-te, pode acontecer de, apenas alguns dias depois da sondagem, os alunos terem avançado ainda mais.

Feitas essas observações iniciais, compartilhamos os critérios de defini-ção das palavras que farão parte das atividades de sondagem deste semes-tre. São eles:

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25Guia de Planejamento e orientações didáticas

Quando a teoria ajuda a prática...Antes de avaliar a sondagem da turma, leia o Texto 5 do Bloco 2, “Como se aprende a ler e escrever”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo. Nele são abordadas as etapas de construção da escrita, e é fundamental que você conheça essas etapas para analisar aquilo que seus alunos produziram.

As palavras devem fazer parte do vocabulário cotidiano dos alunos, mes-mo que eles ainda não tenham tido a oportunidade de refletir sobre a re-presentação escrita dessas palavras. Mas não devem ser palavras cuja escrita tenham memorizado.

A lista deve contemplar palavras que variam na quantidade de letras, abrangendo palavras monossílabas, dissílabas etc.

O ditado deve ser iniciado pela palavra polissílaba, depois pela trissílaba, pela dissílaba e, por último, pela monossílaba. Esse cuidado deve ser to-mado porque, no caso de as crianças escreverem segundo a hipótese do número mínimo de letras, poderão recusar-se a escrever se tiverem de co-meçar pelo monossílabo.

Evite palavras que repitam as vogais, pois isso também pode fazer com que as crianças entrem em conflito – por causa da hipótese da variedade – e também se recusem a escrever.

Após o ditado da lista, dite uma frase que envolva pelo menos uma das pa-lavras da lista, para poder observar se os alunos voltam a escrever essa pa-lavra de forma semelhante, ou seja, se a escrita dessa palavra permanece estável mesmo no contexto de uma frase.

Por isso, sugerimos que seja organizada uma lista de alimentos que se com-pram na padaria:

MORTADELAPRESUNTO

QUEIJOPÃO

O MENINO COMEU QUEIJO

Dicas para o encaminhamento da sondagemj As sondagens deverão ser feitas no início das aulas (em fevereiro), início de

abril, final de junho, ao final de setembro e ao final de novembro.

j Ofereça papel sem pauta para as crianças, pois assim será possível observar o alinhamento e a direção da escrita dos alunos.

j Se possível, faça a sondagem com poucos alunos por vez, deixando o restante da turma envolvido com outras atividades que não solicitem tanto sua presença (a cópia de uma cantiga, a produção de um desenho etc.). Se necessário, peça ajuda ao diretor ou a outra pessoa que possa lhe dar esse suporte.

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26 Guia de Planejamento e orientações didáticas

j Dite normalmente as palavras e a frase, sem silabar.

j Observe as reações dos alunos enquanto escrevem. Anote aquilo que eles falarem em voz alta, sobretudo o que eles pronunciarem de forma espontânea (não obrigue ninguém a falar nada).

j Quando terminarem, peça para lerem aquilo que escreveram. Anote em uma folha à parte como eles fazem essa leitura, se apontam com o dedo cada uma das letras ou não, se associam aquilo que falam à escrita etc.

j Faça um registro da relação entre a leitura e a escrita. Por exemplo, o aluno escreveu k B O e associou cada uma das sílabas dessa palavra a uma das letras que escreveu. Registre:

k B O

(PRE) (SUN) (TO)j Pode acontecer que, para PRESUNTO, outro aluno registre BNTAGYTIOAMU (ou

seja, utilize muitas e variadas letras, sem que seu critério de escolha dessas letras tenha alguma relação com a palavra falada). Nesse caso, se ele ler sem se deter em cada uma das letras, anote o sentido que ele usou nessa leitura. Por exemplo:

BNTAGYTIOAMUSe algum aluno se recusar a escrever, ofereça-lhe letras móveis e proceda da mesma maneira.

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27Guia de Planejamento e orientações didáticas

A organização de uma rotina de leitura e escrita

Organizar uma rotina semanal de leitura e escrita é fundamental para orien-tar o planejamento e o cotidiano da sala de aula. Ela se expressa na forma como você organiza o tempo, o espaço, os materiais, as propostas e intervenções e revela suas intenções educativas.

Nesta proposta de alfabetização, a rotina deve contemplar situações didáti-cas de reflexão sobre o sistema de escrita alfabético e de apropriação da lingua-gem que se escreve. Deve haver uma diversidade de atividades com diferentes propósitos e, ao mesmo tempo, uma repetição delas para que o desempenho dos alunos seja cada vez melhor. Não é preciso inventar novas atividades a ca-da dia, mas é importante variar o gênero que vai ser trabalhado (contos, parlen-das, listas, poemas, textos instrucionais etc.) e o tipo de ação que o aluno vai desenvolver com cada texto.

Em função disso, organizamos um quadro orientador em que é apresentado o que uma rotina semanal de leitura e de escrita deve contemplar. Por exemplo: leitura diária em voz alta pelo(a) professor(a), leitura realizada pelos alunos mes-mo quando ainda não leem convencionalmente, situações de produção escrita pelo(a) professor(a) e/ou pelos próprios alunos, além, é claro, de situações de trabalho com a oralidade.

Neste material, você vai encontrar orientações para as diversas situações didáticas que aparecem no quadro de rotina, como trabalho com nomes próprios, leitura de textos que os alunos conhecem de memória, reescrita de contos etc., bem como o que os alunos aprendem em cada uma dessas situações.

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28 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Situações didáticas que a rotina deve contemplar

SITUAÇÃO DIDÁTICA

Objetivos(o que os alunos aprendem e como)

Exemplos de algumas atividades

Frequência O que é importante cuidar e observar

Leitura realizada pelo(a) professor(a)

· Compreender a função social da escrita.

· Ampliar o repertório linguístico.

· Conhecer diferentes textos e autores.

· Aprender comportamentos leitores.

· Entender a escrita como forma de representação.

Leitura em voz alta de textos literários, jornalísticos e sobre curiosidades (científicos e históricos) pelo(a) professor(a).

Diária – texto literário.

Semanal – jornal e curiosidades (cientíticos e históricos).

Oferecer textos de qualidade literária em seus suportes reais.

Ler com diferentes propósitos.

Análise e reflexão sobre o sistema de escrita

· Refletir sobre o sistema de escrita alfabético, buscando fazer a correspondência entre os segmentos da fala e os da escrita.

· Conhecer as letras do alfabeto e sua ordem.

· Observar e analisar o valor e a posição das letras nas palavras visando à compreensão da natureza do sistema alfabético.

· Compreender as regras de funcionamento do sistema de escrita.

Leitura e escrita dos nomes dos alunos da sala.

Leitura do abecedário exposto na sala.

Leitura e escrita de textos conhecidos de memória.

Leitura e escrita de títulos de livros, de listas diversas (nomes dos ajudantes da semana, brincadeiras preferidas, professores e funcionários), ingredientes de uma receita, leitura de rótulos etc.

Diária (quando há na classe crianças não-alfabéticas).

Organizar agrupamentos produtivos.

Garantir momentos de intervenções pontuais com alguns grupos de alunos.

Solicitar a leitura (ajuste) do que é lido e/ou escrito pelo aluno.

Comunicação oral

· Participar de diferentes situações comunicativas, considerando e respeitando as opiniões alheias e as diferentes formas de expressão.

· Utilizar a linguagem oral, sabendo adequá-la às situações em que queiram expressar sentimentos e opiniões, defender pontos de vista, relatar acontecimentos, expor sobre temas etc.

· Desenvolver atitudes de escuta e planejamento das falas.

Reconto de histórias conhecidas ou pessoais, de filmes etc.

Exposição de objetos, materiais de pesquisa etc.

Situações que permitam emitir opiniões sobre acontecimentos, curiosidades etc.

Duas vezes por semana.

Observar com atenção como as crianças se comportam numa situação em que têm de ouvir e falar uma de cada vez.Identificar quais crianças precisam ser convidadas a relatar, expor etc.

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29Guia de Planejamento e orientações didáticas

Produção de texto escrito

· Produzir textos buscando aproximação com as características discursivas do gênero.

· Produzir textos considerando o leitor e o sentido do que quer dizer.

· Aprender comportamentos escritores.

Produção coletiva, em dupla e individual – de um bilhete, de um texto instrucional etc.

Reescrita de textos conhecidos – coletiva, em dupla, individual.

Uma vez por semana.

Envolver os alunos com escritas pré-silábicas na atividade – produzindo oralmente, ditando para o(a) professor(a) ou para o colega.

Leitura realizada peloaluno

· Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura.

· Desenvolver procedimentos de seleção de textos em busca de informações.

· Explorar as finalidades e funções da leitura.

· Ler com autonomia crescente.

· Aprender comportamentos leitores.

Roda de biblioteca com diversas finalidades: apreciar a qualidade literária dos textos, conhecer diferentes suportes de texto.

Ampliar a compreensão leitora: leitura de textos que os alunos ainda não leem com autonomia mas que pode ser mediada pelo(a) professor(a) (leitura de textos informativos, instrucionais, entre outros).

Ler sem saber ler convencionalmente utilizando índices fornecidos pelos textos.

Uma vez por semana.

Ler várias vezes um mesmo texto com diferentes propósitos.

Garantir que conheçam o conteúdo a ser explorado.

Antecipar as informações que os alunos vão encontrar nos textos.

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30 Guia de Planejamento e orientações didáticas

FEVEREiRO

introduçãoFevereiro. Tempo de conhecer os colegas, o(a) professor(a) e a escola. Tempo

de explorar a nova sala de aula e de aprender a conviver com uma nova rotina de trabalho...

Essas três primeiras semanas de aula são mesmo muito especiais para os alunos e também para você, professor(a), que iniciará um novo ano letivo com um novo grupo de alunos. É, sem dúvida, um período de apresentações e de adaptações.

A maior expectativa de quem entra na 1a série, como sabemos, é aprender a ler e aprender a escrever, mas nem só de leitura e escrita vivem esses meninos. Assim, pensar na organização dos espaços, nos agrupamentos e nos desafios de uma nova convivência que irá se estabelecer constitui a prioridade para o bom andamento deste trabalho e para as parcerias que irão se configurar.

Muitas crianças que ingressam no Ensino Fundamental vêm de uma experi-ência na Educação Infantil que possivelmente lhes imprimiu uma forte referência do que seja a escola. O que esperam esses alunos? Essa nova escola consegui-rá recebê-los de acordo com suas expectativas?

É certo que o status em relação à escolaridade mudou, mas será possível pensarmos em situações que os façam se sentir seguros e menos ansiosos em relação ao que vem pela frente?

Alguns combinados e regras básicas, como aprender os nomes de todos, ouvir um pouquinho de suas histórias pessoais, deixar que se conheçam, preo-cupar-se com a arrumação dos espaços e possibilitar que explorem os materiais, podem se configurar em boas situações de convivência e de aprendizagem. Outro aspecto essencial nesse início de relacionamento diz respeito ao uso do tempo. Será importante dosá-lo para que os alunos enfrentem de maneira firme os no-vos desafios que ora se lhes apresentam. Dessa forma, ficar sentado e imóvel o tempo todo nesses primeiros dias poderá resultar pouco produtivo.

Também se deve considerar que é um período no qual a aprendizagem da leitura e da escrita pode ser iniciada de forma significativa e gratificante. Afinal, é possível aproveitar os eventos que marcam o começo das aulas para desenvolver boas atividades de escrita e de leitura. Até mesmo as atividades de comunica-ção oral podem ser enriquecidas com conversas em torno desses eventos. Veja alguns exemplos do que você pode planejar e realizar neste mês:

Quando a teoria ajuda a prática...A intenção é fazer os alunos participarem de situações de escrita e de leitura desde a primeira semana de aula. Mas como, se alguns nem sequer conhecem as letras do alfabeto? Se essa é sua dúvida, leia o Texto 12 do Bloco 4, “Escrever quando não se sabe”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

Veja as Atividades 5 e 6 nas Orientações Didáticas deste Guia (páginas 94 a 97).

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Iniciar o trabalho com nomes próprios, aproveitando este mês para propor atividades de escrita do próprio nome em um contexto real e significativo para os alunos, como a produção de crachás e de etiquetas de identifica-ção para o material escolar.

Dar início a uma sequência de atividades de leitura dos nomes dos cole-gas e do próprio nome (por exemplo: ler os nomes dos alunos que falta-ram, dos parceiros de trabalho e dos ajudantes do dia).

Desenvolver atividades de conversação em torno do tema “O meu nome”, estimulando conversas sobre os nomes e sobrenomes dos alunos.

Começar o trabalho de apropriação da rotina escolar, desenvolvendo ati-vidades de leitura de informações relacionadas ao dia a dia dos alunos na escola.

Criar atividades voltadas para a aprendizagem do alfabeto, ou seja, dos nomes das letras e da forma gráfica de cada uma delas.

Instituir na rotina diferentes momentos de leitura e de escrita (sua e dos alunos).

Realizar a primeira sondagem do ano para analisar o domínio dos alunos sobre o sistema de escrita e começar a acompanhar o processo de alfa-betização inicial de cada um deles.

No Guia de Planejamento, você encontrará uma planilha que deverá ser preenchida com os dados da sondagem, as orientações gerais e o espaço para organizar e registrar o planejamento de sua rotina, além de um quadro onde você poderá fazer a avaliação semanal de seu trabalho. É importante destacar que a planilha da sondagem fornece informações sobre aquilo que seus alunos sabem e o que precisam aprender. Portanto, ela deverá ser considerada por você na execução de seu planejamento.

A intenção é que você tenha um registro das atividades que desenvolverá com a turma e possa utilizá-lo para adquirir maior consciência de sua ação profissional. Essas informações poderão ser úteis no planejamento das atividades dos meses seguin-tes, nas reuniões com a coordenação pedagógica e até mesmo no próximo ano letivo, quando você poderá realizar novamente as atividades que se de-senvolveram com sucesso e reformular o encami-nhamento daquelas que não deram certo.

Quando a teoria ajuda a prática...Caso necessário, consulte o Texto 2 do Bloco 1, “Planejar é preciso”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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MARçO

introduçãoAs atividades sugeridas para o mês de março são, na realidade, um aprofun-

damento e uma ampliação daquelas atividades propostas para o mês de fevereiro. Mesmo porque, espera-se que nesse segundo mês de aula os alunos prossigam ampliando o conhecimento sobre o sistema de escrita e construindo comporta-mentos leitores e escritores ao participarem de situações de leitura e de escrita relevantes, que promovam uma intensa reflexão sobre a língua escrita. Nesse con-texto, é importante considerar:

O trabalho com nomes próprios continua a ser desenvolvido, de modo que os alunos possam utilizar a escrita do próprio nome e a dos nomes dos colegas como referência sobre o sistema de escrita.

O trabalho com as palavras de referência não deve restringir-se aos nomes próprios. A produção de outras listas sobre temas que tenham relevância no contexto gráfico do trabalho desenvolvido até o momento pode e deve ocorrer de forma sistemática.

A produção de uma “Agenda de Aniversários”, atividade em que os alunos colocarão em jogo aquilo que aprenderam sobre a escrita dos nomes da tur-ma, a ordem alfabética e outros assuntos relacionados ao som e à represen-tação gráfica das letras, é um dos focos centrais do trabalho deste mês.

O início de um projeto de cantigas populares, que deverá estender-se até abril, encantará a rotina com muita cantoria e muitas situações de leitura.

É claro que os alunos têm de continuar a escrever, e muito. Escrever do pró-prio jeito, escrever utilizando apoio, escrever com o colega, copiar... Quando ainda não se domina a escrita, é preciso se sentir à vontade para escrever e, principalmente, para pensar sobre como é que se escreve.

Com o objetivo de facilitar a utilização das tabelas apresentadas no Guia de Planejamento para o registro e a avaliação do planejamento semanal, sugerimos que você preencha os campos em aberto com informações relacionadas ao trabalho com as demais áreas de conhecimento. Observe que a ênfase do planejamento é o registro do trabalho com a leitura, a escrita e a comunicação oral. E para apoiar essa empreitada, fornecemos várias indicações, com sugestões de atividades nas quais você poderá ler e escrever para a turma e outras nas quais os alunos serão desafiados a ler e escrever também. Essas indicações encontram-se descritas na parte de Orientações Didáticas deste Guia. Não se esqueça de considerar suas anotações e os quadros de avaliação para fazer seu planejamento.

Quando a teoria ajuda a prática...Certamente você já pensou sobre o conceito de alfabetização com o qual estamos sugerindo que você organize o seu trabalho. Nesse momento, é interessante ler, refletir e discutir com a sua equipe de trabalho o Texto 4 do Bloco 2, “Aprender e ensinar língua portuguesa na escola”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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AbRiL

introduçãoAbril, assim como março, é um mês em que as atividades voltadas para a

aprendizagem da leitura, da escrita e da comunicação oral ganham em profundi-dade e autonomia. Ou seja, cada vez mais os alunos terão condições de rea lizar reflexões mais abrangentes sobre o sistema de escrita e, assim, adquirir maior autonomia para participar das atividades propostas. Outro avanço dos alunos, sem dúvida, é a experiência que acumularam em relação ao uso da linguagem escrita.

Não se esqueça de analisar as sondagens mais recentes de seus alunos. Com base nessa análise das produções dos alunos, você terá condições de com-parar dois momentos distintos do processo de aprendizagem de cada aluno e, assim, avaliar quanto eles avançaram e também de que forma seu trabalho con-tribuiu para esse avanço.

Observe que a ênfase do planejamento, mais uma vez, é o registro do traba-lho com a leitura, a escrita e a comunicação oral. Fornecemos várias indicações, com sugestões de atividades nas quais você poderá ler e escrever para a turma e outras nas quais os alunos serão desafiados a ler e escrever também. Essas in-dicações encontram-se descritas na parte de Orientações Didáticas deste Guia.

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O que fazer com aqueles alunos que parecem não avançar?

Como você avalia agora aqueles alunos cujo processo de aprendizagem não atingiu os objetivos do seu planejamento? Será que o que foi planejado co-laborou para que eles pudessem avançar em seus conhecimentos sobre a lei-tura, a escrita e a comunicação oral? Transcorridos quase dois meses de aula, é necessário continuar dando uma atenção especial a esses alunos. Retome suas observações sobre os resultados de aprendizagem e avalie quanto esses alunos avançaram.

Em qualquer experiência educativa, os alunos demonstram formas e ritmos distintos de se desenvolver. A função principal da avaliação é justamente iden-tificar as ajudas específicas de que cada um necessita. Há aqueles que, depen-dendo da dificuldade que apresentam e/ou da natureza do conteúdo ensinado, precisam apenas de uma explicação dada de outra forma, e há outros que re-querem uma intervenção pedagógica complementar.

Existem diversas possibilidades de atendê-los: por meio de atividades dife-renciadas durante a aula, de trabalho conjunto desses alunos com colegas que possam ajudá-los a avançar, de intervenções pontuais que você ou o aluno pes-quisador pode propor.

Para que avance com relação à aquisição da língua escrita, é indispensável que a criança mostre-se ativa perante esse objeto de conhecimento que a rodeia, que formule perguntas, elabore hipóteses, confronte-as etc.

Nesse sentido, as situações didáticas que lhe favorecem a reflexão sobre o funcionamento do sistema – como escrever e interpretar seus escritos, justi-ficando quantas e quais letras utilizou – permitem que ela avance em seu pro-cesso de alfabetização.

O uso das letras móveis, por exemplo, tem se mostrado um excelente re-curso didático, pois possibilita que você organize intervenções que contribuam para que o aluno compreenda a relação entre os segmentos da fala e da es-crita, ou seja, que a cada segmento incompleto da fala deve corresponder um segmento gráfico.

Portanto, estimule seus alunos a participar de situações de leitura e escrita que favoreçam o estabelecimento da relação entre o todo e suas partes.

A expectativa para o bimestre é de que os alunos escrevam silabicamente,

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ou seja, caso você observe – na sondagem e em outras situações de escrita – que há alunos que não corresponderam a essa expectativa, é preciso planejar como ajudá-los para que não aumentem ainda mais a defasagem em relação ao restante do grupo.

Como você sabe, os alunos com escritas pré-silábicas têm saberes diferen-ciados em relação ao sistema de escrita e à linguagem escrita. Para organizar boas situações didáticas, é importante observar, por exemplo, se os alunos estão atentos aos critérios de variedade e quantidade ou se produzem escritas indife-renciadas; se, ao lerem e escreverem, estabelecem a relação entre o todo e as partes; ou se, ao escreverem, compreendem que a cada letra acrescentada cor-responde um acréscimo na pauta sonora etc. Para acompanhar esse processo, seria interessante você organizar uma planilha de observação com o objetivo de planejar as atividades mais adequadas e as intervenções mais eficientes para esse grupo de alunos.

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As expectativas de aprendizagem para o 2o bimestre

Passamos os primeiros meses de aula. Provavelmente, seus alunos já estão totalmente adaptados à rotina escolar, você já estreitou seus laços com eles e já pôde constatar que houve avanços – em diferentes ritmos –, mas, certamente, todos já sabem mais sobre leitura e escrita do que sabiam ao iniciarem o ano.

Começamos, então, este 2o bimestre avaliando o que foi feito no 1o e pro-pondo novas metas. É hora de dar continuidade ao que já está sendo feito e co-locar novas situações que, agregadas às já existentes, promovam mais avanços em relação à conquista do sistema de escrita, à construção de procedimentos relacionados ao ato de ler e à apropriação da linguagem que se escreve.

Os alunos aprendem num processo que é social e coletivo, mas ao mesmo tempo individual e pessoal – o resultado disso é que avançam em diferentes rit-mos. Isso se torna mais explícito nesta altura do ano, já que algumas crianças já devem ter hipóteses mais avançadas em relação ao sistema, enquanto outras ainda têm hipóteses mais iniciais. Tal diversidade representa um desafio ainda maior para você. Como dar conta, numa mesma atividade, daqueles alunos que ainda não sabem que existe uma correspondência entre o que se fala e o que se escreve e outros que já estabelecem essa relação ou até mesmo escrevem con-vencionalmente? Para atender a essa heterogeneidade, inerente ao processo de aprendizagem, vamos dar algumas orientações e sugestões específicas para aju-dá-lo(a) em seu planejamento semanal e mesmo na variação das atividades.

Além disso, estabelecemos novas expectativas para este bimestre sem abandonar algumas já colocadas anteriormente. Trata-se de organizar um plane-jamento que não seja fragmentado nem tampouco linear, que contemple as mes-mas situações didáticas, mas com graus de complexidade diversos, favorecendo assim que esses alunos, com diferentes ritmos de aprendizagem, consolidem, ampliem e aprofundem seus conhecimentos.

As expectativas de aprendizagem para este bimestre consideram, por um lado, aquilo que foi colocado como expectativa para o 1o bimestre e, por outro, aquilo que se espera para o final da 1a série. É uma gradação para que você possa se orientar e dosar o seu planejamento. Algumas das expectativas aqui colocadas são novas e envolvem competências que ainda não haviam sido demandadas; outras

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são um desdobramento do 1o bimestre. Entre aquelas que fazem parte do segundo caso existem diferenças sutis que são decorrentes principalmente da maior au-tonomia que os alunos têm para ler e escrever. Essa autonomia, por sua vez, é consequência do maior domínio que, neste 2o bimestre, têm do sistema de escrita e está também relacionada à maior intimidade que possuem agora com a linguagem escrita e ao maior domínio dos comportamentos leitores e escritores. Tu-do isso favorecerá os avanços e as conquistas deste bimestre, tanto para os alunos que estão alfabéticos, como para aqueles que estão quase lá e também para aqueles que ainda têm um longo percurso pela frente.

Com relação à leitura

Expectativas que são um desdobramento das expectativas do 1o bimestre

j Apreciar o momento das histórias, acompanhando com atenção a leitura do(a) professor(a).

j Comentar trechos das histórias lidas, sua trama, seus personagens e cenários.

j Apreciar as ilustrações dos livros lidos, relacionando-as com algumas pas-sagens da trama e com o título da história.

j Utilizar a escrita do próprio nome e de outras palavras que tenham adquirido relevância no contexto do trabalho desenvolvido até o momento, como fonte de informação para ler outras palavras.

j Demonstrar disponibilidade para ler, convencionalmente ou não, textos de conteúdo previamente memorizado, tais como as parlendas, ou textos de universo semântico conhecido, como as listas de personagens, títulos e tre-chos recorrentes dos contos de fadas.

j Tentar, nas situações de leitura de textos memorizados, ajustar o falado ao escrito, apoiando-se nos conhecimentos que tem sobre as letras.

Expectativas que ampliam aquilo que se espera que os alunos aprendam neste 2o bimestre

j Apreciar expressões próprias da linguagem que se escreve.

j Localizar e utilizar, de forma cada vez mais independente do(a) professor(a), as informações escritas na sala de aula para resolver dúvidas em relação ao que deseja escrever.

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j Utilizar, de forma cada vez mais independente do(a) professor(a), os indica-dores (quantitativos e qualitativos) que os textos apresentam para fazer an-tecipações e verificações que lhe possibilite ler o texto mesmo sem saber ler.

indicadores quantitativos e qualitativos – quantas e quais letras

À medida que as crianças descobrem que as combinações de letras re-presentam os nomes dos objetos, começam a analisar como elas são orga-nizadas para representá-los. Logo, começam a procurar as condições sob as quais um escrito será “interpretável” e legível. A partir daí, enfrentam dois problemas básicos:

Quantitativo – deve haver uma quantidade mínima para que um escrito seja legível.

Qualitativo – as letras devem ser diferentes, pois, se um escrito tiver letras repetidas, as crianças não o considerarão.

Com relação à produção de texto

Expectativas que são um desdobramento das expectativas do 1o bimestre

j Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), prestando atenção a algumas características do gênero e da linguagem que se escreve.

j Conhecer o nome e a representação gráfica de todas as letras do alfabeto, utilizando esse conhecimento para escrever, mesmo que ainda não seja de maneira convencional.

j Utilizar a escrita do próprio nome e de outras palavras que tenham adquirido relevância no contexto do trabalho desenvolvido até o momento como fonte de informação para escrever.

Expectativas que ampliam aquilo que se espera que os alunos aprendam neste 2o bimestre

j Escrever silabicamente, utilizando valor sonoro convencional das letras, ainda que não seja em todas as situações de escrita.

j Colocar-se no papel de escritor, dispondo-se a escrever textos como listas, parlendas, cantigas, poemas, entre outros – mesmo que ainda não seja convencionalmente.

j Produzir oralmente contos de fadas, textos informativos e receitas, tendo o(a) professor(a) como escriba, considerando progressivamente as características discursivas desses gêneros e utilizando recursos da linguagem que se escreve.

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Os gêneros são os textos que se originam das práticas sociais de leitura e escrita, sejam elas orais ou escritas. Portanto, são considerados gêneros as cartas, os bilhetes, os contos, as lendas, as receitas, as regras, entre outros. O que caracteriza cada um dos gêneros é seu contexto de produção, sua finalida-de, os recursos linguísticos de que são constituídos. “Era uma vez”, “Viveram felizes para sempre”, dentre outras expressões, são portanto marcas de um conto de fadas, e de tanto lerem, e ser convidados a ler e a ouvir a leitura do(a) professor(a), os alunos se apropriam de suas características. O fato de estarem em um ambiente onde o uso da linguagem é recorrente já contribui e muito para que os alunos possam aprender sobre os usos e as funções dos diferentes gêne-ros. Diferentemente da aprendizagem da fala, que costuma ocorrer em contextos mais espontâneos, a aprendizagem da linguagem escrita precisa de uma ação mais intencional e do espaço da escola para acontecer.

Com relação à comunicação oral

Expectativas que são um desdobramento das expectativas do 1o bimestre

j Ouvir com atenção os comentários do(a) professor(a) e dos colegas.

j Comentar de forma cada vez mais pertinente os temas propostos pelo(a) professor(a).

j Conhecer os procedimentos para participar de uma conversa (como esperar a vez para falar).

Expectativas que ampliam aquilo que se espera que os alunos aprendam neste 2o bimestre

j Recontar histórias conhecidas respeitando as características discursivas do texto-fonte e mantendo a sequência cronológica dos acontecimentos.

j Realizar, com ajuda, uma comunicação oral sobre um assunto estudado.

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MAiO

introduçãoNas atividades sugeridas para o mês de maio, vamos iniciar algumas propos-

tas que terminarão em junho/julho e vamos propor variações das atividades que já estavam sendo realizadas nos meses anteriores. Apesar de não haver suges-tões de atividades com a lista de nomes da classe e com o alfabeto, elas ainda devem fazer parte da rotina, para os alunos de escrita pré-silábica e silábica.

Você pode usar as atividades e orientações com o alfabeto (páginas 72 a 74), e com nomes próprios (páginas 90 a 95), da primeira parte, como referência para planejar novas atividades para este momento do trabalho.

Outras atividades com listas, parlendas e cantigas, com leitura de diferentes gêneros textuais por você, continuarão nas sugestões para este mês. A expecta-tiva para maio continua sendo de que os alunos possam ampliar o conhecimento sobre o sistema de escrita e construir comportamentos de leitor e de escritor ao participarem de situações de leitura e de escrita que sejam relevantes e que promovam uma intensa reflexão sobre a língua escrita. Nesse contexto, é impor-tante considerar que:

A produção de escrita e de leitura de listas, neste momento do semestre, pode ser proposta de forma individual ou em duplas. Para decidir quais as duplas mais produtivas, é importante que você considere o que seus alunos sabem e o que precisam aprender para que realmente possam interagir e ter avanços. A escolha das duplas é uma decisão didática: não pode ser aleatória ou levar em conta apenas a afinidade entre os alunos. Consulte suas anotações sobre a sondagem de abril e também não deixe de consi-derar suas atuais observações sobre seu grupo de crianças.

Lembra-se do livro de cantigas populares? Vamos dar continuidade a esse trabalho. É importante continuar oferecendo situações de leitura de textos que os alunos conhecem de memória, pois para alguns ainda é um desafio ajustar o falado ao escrito. Também é importante que escrevam esses textos que sabem de cor. Por isso, neste bimestre, além de ler, os alunos vão se ar-riscar a escrever novas versões para parlendas, trava-línguas e poemas que conhecem de memória. Continue a fazer propostas orais e escritas de forma coletiva. Configure, em sala de aula, um clima em que seus alunos se sintam seguros para assumir o papel de “autores’’, possam soltar a imaginação e, acima de tudo, pensar sobre o sistema alfabético de escrita.

Vamos intensificar a leitura de jornais. Os alunos terão contato com esse portador e principalmente com o caderno de esportes. Explore-o antes. Com

Quando a teoria ajuda a prática...Leia o Texto 27 do Bloco 9, “Contribuições à prática pedagógica” no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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os alunos, localize onde estão as notícias e artigos assinados, quais jorna-listas eles conhecem da televisão. Quem não conhece muito o assunto pode dar uma olhada nos programas de esportes, ou assistir aos jornais falados da TV para conhecer melhor o conteúdo das matérias do jornal impresso. Adultos podem ser companheiros dos alunos nessa tarefa.

A presença mais intensa do jornal na sala de aula favorecerá muitas ati-vidades de leitura pelo aluno. Explore as manchetes, subtítulos, as ima-gens e legendas, o tamanho das letras e o uso de negrito, entre outros índices que julgar importantes. Organize um mural e mantenha-o sempre atualizado com as principais notícias; depois, não se esqueça de arquivar esses materiais numa pasta para que sejam usados posteriormente.

Vamos, também, intensificar a leitura de contos de fadas com o propósito de conhecer melhor a estrutura narrativa e a linguagem literária.

Este será, em linhas gerais, o percurso de trabalho neste 2o bimestre. No Guia de Planejamento você encontrará as tabelas para o registro e a avaliação do planejamento semanal. Os campos em aberto, como você já sabe, são pa-ra as demais áreas do conhecimento. Na parte de Orientações Didáticas deste Guia, você vai encontrar várias indicações e sugestões de atividades.

Para o trabalho com contos de fadas, você pode revisitar as orientações, indicações literárias e sugestões de atividades feitas nas páginas 62 a 68 deste Guia.

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JUnHO / JULHO

introdução

Os meses de junho e julho marcam o fim de uma etapa de trabalho: o 1o semestre. Com certeza os alunos estão muito diferentes do início do ano em relação às competências de leitura, de escrita e de comunicação oral. Isso não quer dizer que todos saibam as mesmas coisas. Mas deverão saber muito mais do que sabiam em fevereiro. Todos, embora em graus diferentes, já devem ter mais autonomia em relação às atividades propostas e maior possibilidade de pensar sobre o sistema de escrita, sobre a linguagem que se escreve e de ocu-par o papel de leitor e escritor, ainda que de forma não convencional.

Como é final de semestre, é importante que você faça mais uma sondagem. Utilize as orientações das páginas 24 a 26 deste Guia e registre as informações na planilha do Guia de Planejamento. A partir da análise das produções dos alu-nos, você terá condições de comparar esses momentos e visualizar o processo de aprendizagem de cada aluno, avaliando, assim, o percurso construído por ca-da um, considerando o ponto de partida e também de que forma o seu trabalho contribuiu para esse avanço. Essa análise, junto com a avaliação relacionada às expectativas de aprendizagem, deverá lhe fornecer indicadores importantes para o planejamento do 2o semestre.

Para o planejamento das atividades de junho e julho, sugerimos, em linhas gerais, que considere:

Durante os meses de junho/julho, vocês selecionarão os contos de fadas preferidos para realização da produção oral com destino escrito, tendo você como escriba. Você pode reescrever um conto inteiro ou trechos marcantes da história que não comprometam sua compreensão, como: o diálogo entre o lobo e a Chapeuzinho, a fala das fadinhas da Bela Adorme-cida, presenteando a princesa com dons, o momento em que Branca de Neve chega à casa dos anões e a descreve... Tudo vai depender do fôlego e dos conhecimentos do seu grupo. Se optar pelo texto todo, lembre-se de que não deverá fazê-lo num só dia. Os textos produzidos poderão ser colocados no mural da escola como indicação do grupo de uma boa his-tória ou trocados com outra classe.

Junho é mês de quermesse. Organizamos para você um projeto didáti-co de receitas típicas de festa junina. Vamos aproveitar a ocasião para aprender mais sobre esse gênero instrucional.

O planejamento continua sendo o registro do trabalho com a leitura, a escrita e a comunicação oral. Para apoiá-lo(a), fornecemos várias indicações, sugerindo atividades nas quais você poderá ler e escrever para a turma e outras nas quais os alunos serão desafiados a ler e escrever também. Essas indicações encon-tram-se descritas na parte de Orientações Didáticas deste Guia.

Quando a teoria ajuda a prática...Leia sobre este tema no Texto 24 do Bloco 8, “Produção oral com destino escrito”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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Ensinar e avaliar

A avaliação deve ser um processo formativo, contínuo, que não necessita de situações distintas das cotidianas. Portanto, o que ofereceremos nesta parte do Guia são alguns critérios para que você melhor analise e avalie o que se passa na sala de aula, o avanço das crianças em relação às expectativas de aprendi-zagem e, além disso, o seu planejamento e suas intervenções didáticas – que deverão ser utilizados nas situações de sua rotina.

No 1o bimestre focamos a avaliação das aprendizagens dos alunos com re-lação ao sistema de escrita. Por meio de uma atividade pontual – a sondagem –, a intenção deste Guia foi de que você construísse mecanismos para acompanhar o processo de cada aluno para assim estabelecer referenciais mais objetivos e precisos para tomar decisões sobre o seu planejamento, sobre os agrupamentos e melhor atender às questões individuais.

Agora, nesta parte, incluímos dois modelos de avaliação que você pode utili-zar: um voltado para a aprendizagem dos alunos e o outro, para a análise do pla-nejamento e do ensino. Vale destacar que, embora ensino e aprendizagem sejam processos articulados, são dois processos diferentes e, portanto, é preciso olhá-los separadamente.

Claro que você deve reunir as análises – da aprendizagem dos alunos e do seu ensino – e relacionar as informações. A pergunta-chave é: em que medida o meu planejamento e as minhas intervenções criaram condições para que os alunos aprendessem?

Vamos começar pela análise do ensino. O sucesso de uma atividade depen-de de diversas variáveis, desde a organização dos alunos até aquilo que você fala, passando pelos materiais utilizados e até mesmo pela maneira como você explicou o que era para ser feito ou distribuiu o material que seria utilizado...

Nesta proposta de avaliação de ensino, a intenção é que você:

avalie se a organização dos alunos favoreceu o desenvolvimento da ativi-dade;

analise se a organização do espaço no qual a atividade foi desenvolvida (a sala de aula ou outro espaço no interior da escola) favoreceu o desen-rolar da atividade;

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observe se conseguiu organizar todo o material antes de iniciar a ativida-de e se isso favoreceu seu desenvolvimento;

analise se a explicação inicial foi suficiente, ou seja, se aquilo que você falou foi o bastante para que os alunos compreendessem o que fariam du-rante a atividade;

observe as questões colocadas pelos alunos durante a atividade e as respostas que você lhes dá, analisando se essas intervenções favorecem o processo de aprendizagem;

observe se o tempo reservado para a atividade foi suficiente;

reflita sobre esses e outros itens para ver o que precisa mudar e, no pla-nejamento seguinte, fazer alterações.

Na próxima página você encontra um instrumento que pode utilizar para ana-lisar suas atividades. Para que ele realmente seja eficiente, é importante que você faça um planejamento antes, nos moldes dos que apresentamos aqui, nas su-gestões de atividades, para que possa ter todos os dados necessários para uma análise completa.

Em relação aos alunos, elaboramos uma planilha com três colunas. Na pri-meira, colocamos todas as expectativas de aprendizagem estipuladas para este bimestre; na segunda, listamos as situações didáticas e atividades que podem ser utilizadas para que você observe seu aluno. A última coluna, por sua vez, contém perguntas que podem ajudá-lo(a), durante as atividades da segunda co-luna, a focar nos aspectos que deverão ser observados.

Você também pode, a partir dessa planilha, fazer relatórios individuais de cada aluno. É trabalhoso, mas permitirá que você tenha um retrato bem preciso e detalhado das aprendizagens de cada um.

É importante que esses instrumentos sejam utilizados para que você faça ajustes, adequando as atividades às necessidades do grupo como um todo, e, ao mesmo tempo, pensando em maneiras de dar atenção àqueles alunos que têm mais dificuldades. Do mesmo modo, você poderá identificar os pontos que precisam ser melhorados em seu planejamento.

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Avaliação do ensino Objetivos de aprendizagem

1. A atividade favoreceu as aprendizagens previstas no planejamento?

sim sim, mas nem todas elas não

Justifique __________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

Planejamento da atividade

2. O tempo previsto foi:

suficiente insuficiente

Justifique __________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

3. Os materiais utilizados foram:

adequados inadequados

Justifique __________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

4. Organização do espaço

satisfatória insatisfatória

Justifique __________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

5. Agrupamentos dos alunos

adequados inadequados

Justifique __________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

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46 Guia de Planejamento e orientações didáticas

6. Conhecimentos utilizados

a) Os alunos utilizaram aquilo que sabiam sobre o tema tratado?

sim não

b) Os conhecimentos que possuíam os ajudaram a participar da atividade?

sim não

Justifique __________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

Encaminhamento da atividade

7. O que foi dito para os alunos foi suficientemente claro?

sim não

Justifique __________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

8. Quais foram suas intervenções?

Descreva __________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

9. As intervenções foram

adequadas inadequadas

10. Como foi a produção dos alunos ou a participação deles na atividade? Faça uma breve análise.

______________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________

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Page 48: Guia de planejamento e orientações didáticas  2º ano vol 1

47Guia de Planejamento e orientações didáticas

Avaliação das aprendizagens dos alunosExpectativa Atividade Observar se o aluno:

Leitura

• Apreciar o momento das histórias, acompanhando com atenção a leitura do(a) professor(a).

Leitura de textos

literários pelo(a)

professor(a)

• Escuta atentamente?

• Faz comentários pertinentes sobre a trama, os personagens e cenários?

• Relembra trechos?

• Consegue relacionar as ilustrações com os trechos da história?

• Comentar trechos das histórias lidas, sua trama, seus personagens e cenários.

• Apreciar as ilustrações dos livros lidos, relacionando-as com algumas passagens da trama e com o título da história.

• Apreciar expressões próprias da linguagem que se escreve.

• Faz comentários a respeito dos recursos de linguagem utilizados pelo autor?

• Demonstrar disponibilidade para ler, convencionalmente ou não, textos de conteúdo previamente memorizado, tais como as parlendas, ou textos de universo semântico conhecido, tais como as listas de personagens, títulos e trechos recorrentes dos contos de fadas.

Leitura de legendas,

manchetes títulos e

listas pelo aluno

• Tenta ler buscando pistas no próprio texto, nas ilustrações e em informações que tem sobre o tema ou sobre aquele tipo de texto?

• Arrisca-se a ler e dá palpites pertinentes (em relação ao tema, ao portador ou à ilustração)?

• Tentar, nas situações de leitura de textos memorizados, ajustar o falado ao escrito, apoiando-se nos conhecimentos que tem sobre as letras e o texto.

Leitura de parlendas,

listas, cantigas e

títulos pelo aluno

• Lê, fazendo relação entre o que está falando e o que está escrito no texto?

Escrita

• Escrever silabicamente utilizando valor sonoro convencional das letras, ainda que não seja em todas as situações de escrita.

Escrita de listas,

parlendas, trava-

línguas e outros

textos memorizados

pelo aluno

• Utiliza uma letra para cada sílaba, considerando o valor sonoro de algumas delas?

• Conhecer o nome e a representação gráfica de todas as letras do alfabeto, utilizando esse conhecimento para escrever, mesmo que ainda não seja de maneira convencional.

• Sabe dizer que letra quer escrever?

• Sabe dizer o que diferencia nomes parecidos usando letras como referência?

• Utilizar a escrita do próprio nome e de outras palavras que tenham adquirido relevância no contexto do trabalho desenvolvido até o momento como fonte de informação para escrever.

• Utiliza referências do próprio nome, de outras palavras que conhece de memória e/ou consulta materiais disponíveis na classe para escrever?

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48 Guia de Planejamento e orientações didáticas

• Produzir oralmente contos de fadas e textos informativos, tendo o(a) professor(a) como escriba, considerando progressivamente as características discursivas desses gêneros e utilizando recursos da linguagem que se escreve.

Produção oral com

destino escrito

• Sugere expressões ou palavras diferentes das que usa cotidianamente para compor o texto?

• Diferencia o que é para ser escrito do que não é?

Comunicação oral

• Ouvir com atenção os comentários do(a) professor(a) e dos colegas.

Leitura do(a)

professor(a)

Roda de curiosidades

Roda de biblioteca

• Consegue esperar a vez de falar?

• Permanece dentro do tema da conversa?

• Elabora perguntas referentes aos assuntos tratados?

• Traz à conversa novos tópicos pertinentes aos temas discutidos?

• Comentar de forma cada vez mais pertinente os temas propostos pelo(a) professor(a).

• Conhecer os procedimentos para participar de uma conversa, como esperar a vez para falar.

• Recontar histórias conhecidas respeitando as características discursivas do texto-fonte e mantendo a sequência cronológica dos acontecimentos.

Roda de biblioteca

Produção oral com

destino escrito

• Consegue recontar uma história que ouviu mantendo a sequência, sem esquecer trechos que comprometam o entendimento da história?

• Recupera trechos da história ouvida usando expressões ou termos do texto escrito?

• Realizar, com ajuda, uma comunicação oral sobre um assunto estudado.

Comunicação oral

Roda de curiosidades

• Consegue manter-se no tema proposto?

• Preocupa-se em utilizar termos da linguagem escrita?

• Preocupa-se com a compreensão de seus interlocutores?

• Conhece o assunto sobre o qual está falando? Utiliza vocabulário próprio do tema?

A organização de uma rotina de leitura e escrita

Lembra o quadro de rotina do 1o bimestre? Pois é hora de olhar para ele e rever a frequência de algumas atividades – as situações didáticas e as ativida-des são as mesmas, mas deixamos em branco a frequência, para que você a preencha segundo a sua avaliação.

Destacamos que as atividades de análise sobre o sistema devem ser diá-rias para aqueles alunos que ainda não perceberam que existe uma relação en-tre escrita e fala (os alunos com hipóteses pré-silábicas) e para aqueles que já perceberam essa relação, mas ainda não compreenderam exatamente como ela se dá (os alunos com hipóteses silábicas).

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49Guia de Planejamento e orientações didáticas

Outro ponto muito importante a ser observado na organização das ativi dades da sua rotina é a variação dos agrupamentos, de acordo com os objetivos da atividade e com os conhecimentos dos alunos:

Planeje duplas de trabalho nas quais os alunos possam se ajudar mutua-mente, trocando informações entre si.

Nas atividades de escrita, determine quem vai ser o escriba da dupla – em alguns casos é melhor que seja o aluno que tem menos conhecimentos so-bre o sistema, enquanto o outro – aquele que dita – sabe mais; em outros casos, é melhor inverter.

Nas atividades de análise e reflexão sobre o sistema, fique mais próximo(a) dos alunos que ainda têm hipóteses muito iniciais sobre o sistema de es-crita, pense num parceiro que garanta a participação deles – nem sempre alunos que são grandes amigos são boas duplas de trabalho.

Pode ser que alguns alunos necessitem de acompanhamento mais próximo e de rotina diferenciada – planeje algumas atividades específicas para eles.

Situações didáticas que a rotina deve contemplarSITUAÇÃO DIDÁTICA

Objetivos(o que os alunos aprendem e como)

Exemplos de algumas atividades

Frequência O que é importante cuidar e observar

Leitura realizada pelo(a) professor(a)

· Compreender a função social da escrita.

· Ampliar o repertório linguístico.

· Conhecer diferentes textos e autores.

· Aprender comportamentos leitores.

· Entender a escrita como forma de representação.

Leitura em voz alta detextos literários, jornalísticos e sobre curiosidades (científicos e históricos) pelo(a) professor(a).

Oferecer textos de qualidade literária em seus suportes reais.

Ler com diferentes propósitos.

Análise e reflexão sobre o sistema de escrita

· Refletir sobre o sistema de escrita alfabético, buscando fazer a correspondência entre os segmentos da fala e os da escrita.

· Conhecer as letras do alfabeto e sua ordem.

· Observar e analisar o valor e a posição das letras nas palavras visando à compreensão da natureza do sistema alfabético.

· Compreender as regras de funcionamento do sistema de escrita.

Leitura e escrita dos nomes dos alunos da sala.

Leitura do abecedário exposto na sala.

Leitura e escrita de textos conhecidos de memória.

Leitura e escrita de títulos de livros, de listas diversas (nomes dos ajudantes da semana, brincadeiras preferidas, professores e funcionários), ingredientes de uma receita, leitura de rótulos etc.

Organizar agrupamentos produtivos.

Garantir momentos de intervenções pontuais com alguns grupos de alunos.

Solicitar a leitura (ajuste) do que é lido e/ou escrito pelo aluno.

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50 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Comunicação oral

· Participar de diferentes situações comunicativas, considerando e respeitando as opiniões alheias e as diferentes formas de expressão.

· Utilizar a linguagem oral, sabendo adequá-la às situações em que queiram expressar sentimentos e opiniões, defender pontos de vista, relatar acontecimentos, expor sobre temas etc.

· Desenvolver atitudes de escuta e planejamento das falas.

Reconto de histórias conhecidas ou pessoais, de filmes etc.

Exposição de objetos, materiais de pesquisa etc.

Situações que permitam emitir opiniões sobre acontecimentos, curiosidades etc.

Observar com atenção como as crianças se comportam numa situação em que têm de ouvir e falar uma de cada vez.Identificar quais crianças precisam ser convidadas a relatar, expor etc.

Produção de texto escrito

· Produzir textos buscando aproximação com as características discursivas do gênero.

· Produzir textos considerando o leitor e o sentido do que quer dizer.

· Aprender comportamentos escritores.

Produção coletiva, em dupla e individual, de um bilhete, de um texto instrucional etc.

Reescrita de textos conhecidos – coletiva, em dupla, individual.

Envolver os alunos com escritas pré-silábicas na atividade – produzindo oralmente, ditando para o(a) professor(a) ou para o colega.

Leitura realizada peloaluno

· Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura.

· Desenvolver procedimentos de seleção de textos em busca de informações.

· Explorar as finalidades e funções da leitura.

· Ler com autonomia crescente.

· Aprender comportamentos leitores.

Roda de biblioteca com diversas finalidades: apreciar a qualidade literária dos textos, conhecer diferentes suportes de texto.

Ampliar a compreensão leitora: leitura de textos que os alunos ainda não leem com autonomia mas que pode ser mediada pelo(a) professor(a) (leitura de textos informativos, instrucionais, entre outros).

Ler sem saber ler convencionalmente utilizando índices fornecidos pelos textos.

Ler várias vezes um mesmo texto com diferentes propósitos.

Garantir que conheçam o conteúdo a ser explorado.

Antecipar as informações que os alunos vão encontrar nos textos.

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51Guia de Planejamento e orientações didáticas

O que fazer com aqueles alunos que parecem não avançar?

Estamos na terceira sondagem do semestre. É um momento de parada para reflexão sobre as decisões didáticas tomadas, principalmente em relação àqueles alunos que você acompanhou mais de perto depois da sondagem de abril.

Seria importante você retomar as decisões tomadas em abril e as produ-ções atuais para avaliar o que você decidiu fazer naquela ocasião, o que deve continuar sendo feito e o que deve ser alterado, quais alunos avançaram e não fazem mais parte dessa lista, quais ainda continuam necessitando de ajuda.

Analisar esse percurso e avaliar as decisões ajudam na objetividade da ação pedagógica. Ou seja, se você compreende como e por que suas decisões foram acertadas (ou não), sistematizando seus conhecimentos, terá condições de usá-los em outras situações.

Ao final de julho, espera-se que seus alunos escrevam silabicamente, utilizan-do o valor sonoro convencional das letras. Portanto, é importante pensar em situa-ções diferenciadas para aqueles que ainda não corresponderam a essa expectativa.

Para tanto, é importante retomar o trabalho com os nomes próprios, com as listas de palavras e até com o alfabeto, se necessário. Também é importan-te acompanhar de perto esses alunos para fazer intervenções que os ajudem a refletir, tomar decisões e justificar suas escolhas em relação à escrita. Para planejar essas atividades para esse grupo, vá para a página 70, principalmente nas atividades sugeridas no item O QUE MAiS FAZER?, que propõem variações para o desdobramento do trabalho.

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52 Guia de Planejamento e orientações didáticas

321 4

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6

dicas práticas para o planejamento do trabalho

Para que seus alunos possam ampliar o conhecimento linguístico sobre uma variedade de gêneros textuais, aprender a ler com diferentes propósitos e, assim, construir procedimentos de leitura variados, bem como adquirir um re-pertório de textos e autores, sugerimos que ao longo deste semestre você con-sidere as dicas a seguir:

LEIA EM VOZ ALTA TODOS OS DIAS . . .

Textos literários: contos tradicionais, histórias contemporâneas, lendas .

LEIA EM VOZ ALTA PELO MEnOS uMA VEZ POR SEMAnA . . .

um texto informativo: artigos e notícias de jornal, textos informativos sobre temas científicos (sobre animais, plantas, corpo humano, planetas etc .) .

E TAMBÉM (pelo menos duas vezes no mês)um texto instrucional: regras de jogos, receitas culinárias . . .

LEIA COM ELES, EM VOZ ALTA, TODOS OS DIAS . . .

Parlendas, quadrinhas, trava-línguas, cantigas, poemas, adivinhas e outros textos memorizáveis . Os textos podem estar num cartaz no mural, em um papel, com cópia para cada aluno, ou mesmo escritos na lousa .

PROPONHA TAMBÉM MOMENTOS DE LEITURA NOS QUAIS...

j Possam explorar livros, revistas e jornais livremente, como nos cantos de leitura .

j Possam ler, ajudados por você, com diferentes propósitos .

j Possam ler, com sua ajuda, informações presentes no ambiente escolar, ampliando o conhecimento que já possuem sobre a função da escrita .

COnVIDE OS ALunOS A LER TODOS OS DIAS . . .

Os nomes dos colegas, as atividades do dia, o nome da escola, títulos das histórias conhecidas, títulos das cantigas e outros textos disponíveis na escola .

MAS ATEnÇÃO . . .

Sempre que possível, leve o suporte no qual o texto que você selecionou foi impresso . Se for uma notícia, procure levar todo o jornal para que os alunos tenham contato com esse portador . Se for um verbete de enciclopédia, leve o volume do qual ele foi extraído . um conto? O livro . A regra de um jogo? O folheto de instruções ou até mesmo a tampa da caixa do jogo .

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53Guia de Planejamento e orientações didáticas

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7 FInALMEnTE, COMECE A APROVEITAR

os seus momentos de leitura em voz alta para favorecer a integração do trabalho de leitura e de escrita com as demais áreas do currículo . Por exemplo, ao selecionar uma notícia de jornal, você pode escolher uma notícia que trate da fauna, da flora e do meio ambiente . Ou então ler um texto informativo que tenha relação com a história do lugar, com o modo de vida de diferentes grupos sociais (como os povos indígenas) ou que relate a vida em outros tempos e em outras partes do Brasil e do mundo . . . E mais ainda: ao escolher um texto para ser lido para e com seus alunos, você pode aproveitar para tratar de temas relacionados à nossa sociedade atual, ao nosso dia a dia . Saúde, alimentação, lixo, preconceito, preservação ambiental, a importância do idoso, respeito aos portadores de necessidades especiais, trânsito, desarmamento . . . são temas importantes, cuja reflexão contribui para a formação de cidadãos mais críticos . Esses temas expressam o conceito de tema transversal proposto pelos PCns . Você ainda pode se valer dos acontecimentos mais recentes para, por exemplo, selecionar notícias de jornal e discutir o conteúdo desses textos com os alunos .

E REDOBRE AInDA MAIS A SuA ATEnÇÃO

no momento de selecionar os textos . Escolha sempre textos com qualidade . Evite as versões adaptadas, que simplificam o conteúdo e a linguagem do texto . Esses textos pouco contribuem para a formação de seus alunos enquanto leitores .

ESCREVA PELOS ALunOS PELO MEnOS uMA VEZ POR SEMAnA

j uma lista de palavras cujo tema tenha significado no contexto do trabalho realizado até o momento . Pode ser uma lista com os nomes da turma organizados em ordem alfabética, dos nomes e da data de nascimento para a elaboração da “Agenda de Aniversários”, dos dias da semana, dos títulos das histórias lidas, dos nomes dos personagens preferidos, dos títulos das cantigas trabalhadas . . .

j Cartas ou bilhetes, produzidos de forma conjunta com a turma . O assunto pode variar: bilhete para pesquisar os nomes dos familiares mais próximos, para pesquisar a letra de uma cantiga, para obter informações sobre a data de nascimento dos alunos e outros dados que possam vir a fazer parte da “Agenda de Aniversários” .

j A letra de uma cantiga, uma quadrinha, uma parlenda – eles podem ditar o texto para que você o escreva na lousa .

E com relação à produção de texto...

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54 Guia de Planejamento e orientações didáticas

3E nÃO SE ESQuEÇA!

j De planejar duplas/grupos de trabalho para que os alunos se ajudem mutuamente, trocando informações entre si .

j De ficar mais próximo(a) daqueles alunos que têm hipóteses muito iniciais sobre o sistema de escrita, atuando como “escriba” deles .

j De, vez ou outra, pedir para que os alunos leiam aquilo que escreveram .

j De que o objetivo dessas atividades não é fazer com que os alunos escrevam convencionalmente, mas sim que possam colocar em ação aquilo que já sabem sobre o sistema de escrita, sentindo-se cada vez mais dispostos e confiantes a escrever e a aprender a escrever convencionalmente .

j De, durante essas produções, incentivá-los a consultar outros materiais escritos para buscar informações sobre qual letra utilizar e como grafar as letras .

ESCREVA nA FREnTE DELES TODOS OS DIAS . . .

j A lista das atividades da rotina do dia, os nomes dos ajudantes do dia, os nomes das duplas/grupos de trabalho, o título do texto que será lido no momento da leitura . . .Assim eles podem observar um “escritor” mais experiente escrevendo e ampliar as noções que já possuem sobre os procedimentos que envolvem o ato de escrever .

ASSiM SEU PLAnEJAMEnTO SEMPRE COnTEMPLARá UMA VARiEdAdE dE TEXTOS

2PROPOnhA QuE OS ALunOS ESCREVAM TODOS OS DIAS . . .

j O próprio nome em pelo menos um dos seus trabalhos do dia, consultando ou não o cartaz com os nomes da turma .

j A data em pelo menos um dos seus trabalhos do dia, copiando-a da lousa .

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2

1Nos momentos de LEITURA DO(A) PROFESSOR(A), é importante compartilhar com os alunos alguns comportamentos de leitor: j Apresentar, brevemente, o gênero textual que lerá (lenda, conto de

assombração, conto de fadas, poema): “hoje vou ler um poema”, “Este é um livro com contos de assombração” etc .

j Fazer comentários em relação ao estilo do autor: humorístico, poético, romântico etc.

j Recomendar ou relembrar outros textos do mesmo gênero ou autor .

j Explicitar os recursos que o autor utilizou para provocar no leitor medo, suspense, humor ou paixão etc .

E a qualidade literária?Se pretendemos ajudar nossos alunos a tecer comentários sobre os textos em relação à linguagem que se escreve e aos recursos discursivos, não dá para ler qualquer história, mas somente as melhores! na primeira parte deste Guia, da página 62 a 68, há indicações bibliográficas de boas versões de contos de fadas . Aproveite para retomar essas informações .

não deixe de continuar anotando no quadro as histórias lidas . Vai dar muito orgulho ver como a lista cresce e como todos vão ficando mais sabidos em relação ao mundo das letras e dos livros!

Em relação à leitura

Com relação à LEITURA DO ALUNO... O trabalho com listas tem um papel importante neste bimestre . A lista é um gênero que nos ajuda a organizar e a guardar informações importantes, que queremos lembrar de forma rápida e precisa . no contexto de eventos como a Copa do Mundo ou as Olimpíadas, listas com os nomes das seleções/equipes participantes, com os vencedores de cada rodada/modalidade, com os nomes dos jogadores/atletas brasileiros etc . poderão ser trabalhadas de forma intensa, tanto pelos alunos já alfabéticos como por aqueles que estão quase lá . . . Outros temas, relacionados aos demais estudos que estão sendo realizados, também poderão ser abordados na hora de escrever ou de ler uma lista . Retome as indicações para o trabalho com este gênero na página 90 .

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56 Guia de Planejamento e orientações didáticas

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Neste bimestre, você poderá aproveitar algum contexto esportivo para intensificar o trabalho com os textos presentes nos jornais e ler em voz alta para os alunos... j Reportagens, crônicas e notícias sobre os jogos

e os jogadores .

j Textos informativos sobre a história do(s) esporte(s) em questão .

j Textos informativos históricos e atuais sobre os países participantes .

E SEUS ALUNOS PODERÃO:j buscar informações;

j ler as manchetes;

j ler as legendas;

j localizar o nome de algum atleta/jogador ou equipe/seleção .

As propostas podem ter variações que atendam às diferenças entre os alunos, garantindo desafios para todos (difíceis, mas possíveis) .

TABELAS E GRÁFICOS também são leituras!na proposta de leitura do jornal, os alunos encontrarão tabelas e gráficos . não evite esse tipo de texto . Afinal, hoje em dia não dá para ser um leitor competente sem a leitura de toda a variedade textual . Se eles são desconhecidos para você, aventure-se a compreendê-los com seus alunos . Eles entendem! nos jornais vocês também vão encontrar informações de equipes/seleções, países e atletas/jogadores na forma de fichas técnicas . Explore bastante essas situações como referência para as propostas de produção escrita que poderão ser feitas .

Contos, contos e mais contos nos momentos de ESCRITA DO ALUNOO trabalho com contos prossegue . não deixe de ler aqueles mais conhecidos, mas aproveite para acrescentar ao repertório dos alunos contos novos e, de forma geral, pouco divulgados . há muitas publicações de Grimm, Andersen e Charles Perrault . Aproveite também para apresentar-lhes diferentes versões . Você já reparou como a Chapeuzinho Vermelho de Perrault é diferente da Chapeuzinho de Grimm?

Escrevendo contos...neste bimestre, as atividades de produção oral com destino escrito poderão ser intensificadas . Você será o(a) escriba e, junto com os alunos, poderá escolher as histórias às quais querem dar forma escrita – reescreva-as e, junto com os alunos, dê um destino para essa escrita: o mural da classe ou de outra classe, por exemplo .

Em relação à produção de texto

Lembrete

Apresentar os textos no seu portador original é muito importante para a construção do universo da cultura escrita . no nosso caso, neste bimestre, vamos ler muitas notícias; por isso, traga, sempre que possível, o jornal inteiro para a sala de aula . não se esqueça dos outros portadores de texto também .

Lembrete... você é o(a) escriba!não é preciso que todos os alunos copiem os textos produzidos na lousa coletivamente . O objetivo é elaborar a linguagem que se escreve e não grafar!

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57Guia de Planejamento e orientações didáticas

Para escreverem boas histórias, os alunos precisam RECONTAR...Junto com a história vem a forma (escrita), e é isso o que interessa . Além de recuperar a história coletivamente, estabeleça momentos de reconto para que os alunos possam “entrar dentro da história” . Essas atividades estão relacionadas ao desenvolvimento de competências de COMunICAÇÃO ORAL . Reconte você, seja um bom modelo . Convide outras pessoas para recontar – os CDs de histórias também podem ser úteis .

A ANÁLISE E REFLEXÃO sobre o sistema de escrita continua a ser um desafio. Por isso:j As atividades com nomes e com parlendas,

listas, poemas, cantigas etc . devem continuar intensamente para aqueles alunos que ainda não escrevem convencionalmente .

j As listas de equipes/seleções, de atletas/jogadores e países podem ser uma fonte de informações muito útil para esses alunos – afinal, algumas palavras como “Brasil”, “medalhas”/“taça”, “gol”, “pontos” etc ., que eles acabarão memorizando a forma escrita de tanto vê-las, servirão como referência para que escrevam outras palavras e também para confrontarem com suas hipóteses .

j As falas repetidas de uma personagem, como a da madrasta de Branca de neve, “Espelho, espelho meu, existe no mundo mulher mais bela do que eu?”, podem ser escritas em duplas ou individualmente . Esta é mais uma forma de colocar a criança para relacionar aquilo que fala com o que está escrito e assim possibilitar que avance em suas ideias sobre a escrita .

Em relação à comunicação oral

Em relação à análise e reflexão sobre o sistema

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Orientações e situações didáticas e sugestões de atividades

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61Guia de Planejamento e orientações didáticas

introdução

Neste bloco, fornecemos as orientações didáticas para o trabalho com lei-tura, escrita e comunicação oral, entrando em detalhes relativos ao desenvol-vimento de atividades em sala de aula e sugerindo atividades com vários des-dobramentos que você poderá colocar em prática ao longo do 1o bimestre de trabalho. Tais atividades são acompanhadas da descrição de um planejamento que detalha os objetivos de aprendizagem e seu encaminhamento em sala de aula, bem como sua ação e a dos alunos durante sua realização. Também apre-sentamos um projeto didático de cantigas populares que você poderá começar a desenvolver ainda neste bimestre. Sempre que necessário, indicamos materiais complementares para serem reproduzidos e, assim, facilitar o seu dia a dia: as letras das cantigas, a cartela do jogo de bingo, as páginas da “Agenda de Ani-versários”, por exemplo.

Essas atividades foram numeradas apenas para que você as localize com maior agilidade e também as comente com os colegas e com a coordenação pedagógica. Essa numeração, portanto, não tem relação com a ordem de de-senvolvimento das atividades. Essa decisão deverá ser tomada por você e seus colegas de trabalho durante a definição do planejamento deste bimestre.

É certo que várias outras atividades podem ser desenvolvidas e que, provavel-mente, algumas que você considera essenciais não foram aqui contempladas.

Lembre-se de que este Guia é um ponto de partida para seu trabalho e pode lhe ser útil como fio condutor. Outras atividades e propostas de trabalho podem e devem ser incorporadas ao seu trabalho de alfabetização.

Lembre-se também de que o seu planejamento é e sempre será fruto da sua experiência e das decisões profissionais que você assume em seu dia a dia.

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62 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Escrita do professor – a rotina na lousa

A organização da rotina diária e a comunicação das atividades do dia podem se transformar em boas situações de aprendizagem, voltadas para o processo de aquisição da leitura e da escrita, pois envolvem a produção de textos por vo-cê (a rotina, ou seja, a lista das atividades do dia, a lista dos ajudantes do dia e outros textos relacionados às atividades diárias) e também a leitura desses mesmos textos pelos alunos.

É importante destacar que seu registro diário da rotina na lousa também se configura numa situação significativa para a aquisição do sistema de escrita, o que acontece quando essa lista contempla as mesmas palavras para designar as atividades, variando apenas em função do dia da semana. História, Escrita, Recreio, Matemática, Artes, Educação Física e outras palavras relacionadas à rotina passarão a fazer parte do vocabulário dos alunos, e o contato com a escrita dessas palavras acabará se tornando uma referência para a escrita de outras palavras. Pouco a pouco, os alunos começarão a reconhecer partes da escrita dessas palavras – as letras com as quais começam ou terminam, a pre-sença de um acento etc.

Muitos educadores, porém, acreditam, equivocadamente, que os alunos devem copiar a rotina no caderno. O simples fato de ver o(a) professor(a) escre-ver a rotina, acompanhar a leitura e, de vez em quando, ser desafiado a saber o que vai acontecer no dia ajuda o aluno a construir importantes procedimentos relacionados às tarefas escolares e, gradualmente, a consolidar a autonomia necessária para realizar essas tarefas sem que o(a) professor(a) precise lembrá-lo ou orientá-lo o tempo todo. Além disso, quando o adulto informa à criança sobre sua programação diária, está também ajudando-a a ampliar suas noções de tempo, construindo importantes noções de anterioridade e posterioridade. Tal atitude é favorável também ao emocional dos alunos, que se sentem menos ansiosos perante uma rotina que conhecem previamente.

Mas, e na prática, como fica?

A princípio, escreva a rotina na lousa na presença dos alunos, ou me-lhor, para os alunos. Enquanto escreve, leia em voz alta as atividades do dia, mencionando qual delas iniciará o dia, qual virá na sequência, o que ocorrerá antes do recreio e depois dele, que atividades desse dia serão diferentes das do dia anterior (a aula de Artes, por exemplo). Registre também o dia da semana e do mês.

Não é necessário pedir aos alunos que copiem a rotina no caderno, já que essa cópia não tem função relevante e dá muito trabalho para eles.

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Ler enquanto aguarda, ler para distrair-se, ler para conhecer, ler para o co-lega, ler para explorar o acervo podem ser ótimas situações didáticas de leitura autônoma pelo aluno.

Na organização do planejamento dos momentos de leitura que envolvem textos literários, é importante considerar:

Antes de iniciar a história

j Informe os alunos sobre o texto que será lido, antecipando parte da tra-ma da história, seus personagens, o local onde ela se passa – como se fosse um anúncio da próxima novela. Isso ajuda os alunos a se interes-sar pela leitura e fornece elementos para que eles possam antecipar o conteúdo do texto e se situar durante a leitura. Para tanto, é preciso ler o livro antes, informar-se sobre seu autor/ilustrador, selecionar aquilo que pretende destacar etc.

durante a história

j Organize a turma de formas variadas: sentados na própria carteira; sen-tados no chão, em roda; no chão ou na carteira, com os olhos fechados, para melhor imaginarem a história; com as luzes da classe apagadas; fora da sala de aula, em uma parte agradável do pátio etc.

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j Faça comentários sobre a trama e seus personagens e convide os alunos a falar também. Caso a conversa se estenda e a leitura fique dispersa, leia novamente o texto (no mesmo dia ou em outra ocasião). Ao planejar o momento de leitura, selecione para comentar as passagens que lembram outras histórias/personagens, aquelas que despertam sentimentos fortes (medo, alegria, tristeza) ou então aquelas que lembram acontecimentos recentes, da sua vida ou do dia a dia dos alunos, e também passagens que encantam pela beleza de sua construção discursiva.

j Mostre também algumas ilustrações, ressaltando a relação entre elas e o texto.

Ao final

j Compartilhe com o grupo por que você gostou da história, pergunte do que eles mais gostaram, compare com outras histórias lidas ou já conhe-cidas do grupo, releia alguns trechos, retome ilustrações, convide-os pa-ra folhear o livro mais de perto, com as próprias mãos, ou simplesmente não faça nada. Lembre-se: um dos objetivos da leitura diária de textos literários é que os alunos aprendam que a leitura é, sim, uma fonte de entretenimento e prazer. Para tanto, procure variar o espaço de leitura e a forma de encaminhá-la, tornando-a sempre um momento agradável.

Que história escolher?

Essa é a dúvida de muitos professores quando se deparam com o desafio de ler uma história para sua turma. “Desafio” porque, para muitos, essa ativida-de de ler para os alunos nem sempre sai como o esperado: eles não prestam atenção, conversam durante a leitura, brincam, parecem desinteressados. Re-sultado: a cada parágrafo lido, é necessário interromper a leitura para chamar a atenção de um aluno, pedir para que outro sente de volta em seu lugar etc.

Em primeiro lugar, é forçoso considerar que “ouvir alguém lendo em voz alta” é algo que se aprende, e a escola é um espaço privilegiado para essa aprendi-zagem. Nem sempre as famílias têm condições ou mesmo tempo para ler para as crianças. Assim, é preciso considerar que essa atividade pode ser novidade para muitas delas, o que requer um certo tempo para que elas construam os comportamentos de ouvinte e também de leitor.

A avaliação do encaminhamento de cada momento de leitura é fundamen-tal. Se os alunos ao final do período estão sem disposição para ouvir uma histó-ria, leia-a no início da aula ou antes do recreio. Caso sejam sempre os mesmos alunos que se dispersam com maior facilidade, faça um planejamento especial

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para eles: eles podem sentar do seu lado, ajudar você a virar as páginas do livro, ficar encarregados de descobrir uma passagem especial da trama... São várias as possibilidades.

Por outro lado, para que esses momentos de leitura ocorram com sucesso, a escolha das histórias é fundamental. Que história escolher? Se você pensou naquelas histórias mais curtas e fartamente ilustradas, cuidado! Elas até podem ser mais fáceis de ler em voz alta, mas geralmente não são as melhores para iniciar os alunos na linguagem literária. Acredite: uma boa história não é defini-da pelo seu tamanho, mas sim pela sua trama. O texto pode nem ter ilustração, mas, se ele divertir e emocionar a meninada, o sucesso é garantido.

Ao selecionar uma história contemporânea ou um conto tradicional, verifi-que se a trama é divertida, emocionante. Ou então se há suspense, de modo a envolver os alunos. Avalie as ilustrações e observe a relação delas com o texto, se elas surpreendem e causam impacto.

Para os primeiros meses de aula, sugerimos a leitura de contos tradicionais (há vários deles no acervo enviado) para que sua turma possa começar a cons-truir um repertório comum de histórias e personagens. Pergunte aos alunos quais contos eles já conhecem. Você pode ler essas histórias, garantindo o contato de todos os alunos com elas. Ou então você pode ler contos como “Chapeuzinho Vermelho”, “Os Três Porquinhos” e “Branca de Neve”. São histórias amplamente difundidas pelos meios de comunicação que podem e devem ser conhecidas pe-los alunos. Na hora de escolher a fonte, ou seja, o livro que traz essas histórias, evite versões adaptadas, curtinhas, que não fornecem sequer a descrição dos personagens e do cenário onde se passa a trama. Como sugestão, indicamos como boas versões desses contos aquelas presentes nas seguintes obras:

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O livro Contos de fadas clássicos, de Helen Cresswell, e os livros da cole-ção Contos Clássicos, todos publicados pela Editora Martins Fontes – e com belíssimas ilustrações.

Os livros da série Clássicos da Literatura Infantil, selecionados e traduzi-dos por Ana Maria Machado e publicados pela Editora Nova Fronteira.

Contos tradicionais do Brasil, de Luís da Câmara Cascudo, Editora Global.

Contos de Andersen, de Hans Christian Andersen, Editora Paz e Terra.

Contos de Grimm, dos irmãos Grimm, Companhia das Letrinhas.

Indicamos também a leitura de histórias contemporâneas, com ou sem ilus-trações. Algumas delas podem até ser mais curtas, mas utilize como critério a capacidade dos alunos de se divertirem com elas. São histórias que, depois da apresentação e da leitura feita por você, os alunos podem ler autonomamente, ainda que não saibam ler de forma convencional.

A lista a seguir é apenas uma referência, pois você pode optar por outras obras que façam parte do acervo da sala de aula ou da escola:

O rei Bigodeira e sua banheira, de Don e Audrey Wood, Editora Ática.

Bruxa, bruxa, venha a minha festa, de Arden Druce, Editora Brinque-Book.

Os livros da coleção Quem Tem Medo de . . ., de Fanny Joly, Editora Scipione.

Da pequena toupeira que queria saber quem tinha feito cocô na cabeça dela, de Werner Holzwarth, Companhia das Letrinhas.

Gente, bicho, planta: o mundo me encanta, de Ana Maria Machado, Editora Nova Fronteira.

O joelho Juvenal, Rolim e todos os livros da Série Corpim, de Ziraldo, Edi-tora Melhoramentos.

O menino maluquinho, de Ziraldo, Editora Melhoramentos.

A festa no céu, de Ângela Lago, Editora Melhoramentos.

O grande rabanete, de Tatiana Belinky, Editora Moderna.

Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias, de Ruth Rocha, Editora Salamandra.

na floresta, O fogo e os demais livros da coleção O homenzinho da Ca-verna e os Sons que ele Descobriu . . ., de Silvio Costta, Companhia Editora Nacional.

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Como você fará a leitura de textos literários todos os dias, preparamos uma planilha para você registrar os livros lidos no Guia de Planejamento. Assim, além de não se esquecer dos textos que já leu, você poderá passar essa lista para o(a) professor(a) que assumir essa turma no ano seguinte.

Você e os demais professores de 1a série de sua escola deverão ter rece-bido (ou receberão em breve) um acervo de 40 livros de literatura infantil para ficar na sua sala de aula. Os títulos são todos de excelente qualidade, adequa-dos aos alunos de 1a série. Alguns são para você ler para eles; outros, eles poderão tentar ler sozinhos. Foram montados cinco grupos de livros diferentes; assim, os acervos poderão ser trocados de uma classe para outra a cada dois

ou três meses.

Os momentos de leitura do(da) professor(a) – textos de divulgação científica

Os textos de divulgação científica são essenciais não apenas para que os alunos se insiram na cultura escrita, mas também para que aprendam os mais variados conteúdos das diferentes áreas de conhecimento, tão fundamentais na vida escolar. A leitura desses textos pode começar antes mesmo de os alunos lerem convencionalmente – você pode escolher textos que só tragam informações curiosas, sem necessariamente estarem atrelados a um conteúdo escolar, e/ou selecionar aqueles que façam parte de um projeto de estudo, como “animais em extinção”, “povos da Amazônia”, “a cidade de São Paulo” etc. Dessa forma, os alunos passam a ler os textos com os propósitos de informar-se, aprender sobre um tema, encontrar respostas para determinadas perguntas – propósitos pelos quais tais textos costumam ser escritos.

Além disso, ao ouvirem a leitura desses textos, os alunos também se fami-liarizam com sua linguagem, organização e podem aprender:

j sua função;

j onde são encontrados (seus portadores);

j características da linguagem;

Data Título Autor Editora Gênero Observações

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j tipo de conteúdo que abordam;

j expressões e vocabulário mais frequentes;

j relações com a iconografia (ilustrações, fotos, gráficos e tabelas).

Tudo isso eles aprendem ao ouvir, discutir, estudar e consultar esses textos junto com você. Tais conhecimentos são úteis para formar os alunos como lei-tores, mas, em outras situações, tornam-se fundamentais para que eles consi-gam produzir esses textos, seja oralmente, seja de próprio punho, conquistando, assim, um importante recurso para reapresentar os conteúdos aprendidos nas diferentes áreas de conhecimento e seguir aprendendo.

A lista abaixo é apenas uma referência, pois você pode optar por outras pu-blicações (suas ou disponíveis na escola):

j Ciência Hoje das Crianças;

j Suplementos infantis e cadernos de ciência de jornais semanais;

j Superinteressante;

j Mundo Estranho;

j Recreio.

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69Guia de Planejamento e orientações didáticas

AtividAde 1: LeiturA do proFessor

Leitura de um texto de divulgação científica

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ouvir um texto de divulgação científica.

Conhecer algumas características deste gênero.

Valorizá-lo como fonte de informações.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem ficar em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? Texto de divulgação para você e, se possível, para os alunos também.

Duração: cerca de 40 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Antes de iniciar a leitura do texto, mostre de onde ele foi retirado, leia o título (e subtítulos, se houver), mostre as imagens e peça-lhes que tentem antecipar qual será o assunto. Caso eles antecipem o conteúdo, solicite que falem acerca do que sabem sobre o tema.

Anote o que for dito pelos alunos para que possam comparar suas ideias com as informações disponíveis no texto.

Realize a leitura, comente o texto e peça que as crianças comentem, re-tomando o que foi dito antes de lerem.

Se houver apenas uma cópia do texto, você pode finalizar o assunto co-locando o texto em um mural para que as crianças o “releiam”; se elas tiverem cópia, podem colar no caderno ou colocar numa pasta para con-sultá-lo em outras ocasiões.

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O QUE MAIS FAZER?Algumas vezes, depois de ler um texto desse tipo, os alunos ficam curiosos, surgem novas perguntas, e, se você achar que é o caso, procure outros textos sobre o mesmo tema para ler para a turma. Comparar informações de diferentes textos ou trazer textos com informações divergentes também costuma ser muito interessante para que os alunos adquiram comportamentos leitores – principalmente aqueles relacionados à autonomia e à crítica ante os textos.

Os momentos de leitura do aluno – textos memorizados

É importante que os alunos tenham a oportunidade de participar de práti-cas de leitura com textos que conhecem de memória (parlendas, adivinhas, can-ções, cantigas populares, quadrinhas, trava-línguas, poemas etc.), diariamente, no início do ano, ou enquanto a maior parte da turma ainda não estiver lendo convencionalmente.

As atividades de leitura e escrita com esses textos que pertencem à tra-dição oral (e que eles conhecem de memória) podem possibilitar avanços em suas hipóteses a respeito da língua escrita. Com o texto na mão, sabendo de cor, o aluno tem o desafio de ajustar aquilo que fala àquilo que está escrito e, nessa tentativa, acaba por analisar o texto e buscar relações entre as letras e os sons. Cada um irá solucionar esse problema na medida de suas possibilidades. Alguns fazem uma análise mais global da extensão do que falam com a exten-são do que está escrito: por exemplo, se chegam ao fim do texto muito antes de terminarem de recitar, na próxima vez tentam apontar com o dedo mais devagar. Outros, que já estão silábicos, ao chegarem ao final dos versos, procuram ana-lisar as pistas qualitativas, ou seja, checar se o som que estão recitando cor-responde à letra do fim do verso. Ou seja, é uma atividade que cria problemas para diferentes níveis de conhecimento, o que acaba promovendo aprendizagem para todos os alunos.

Esses textos, além de propiciarem ótimas situações de reflexão sobre o sis-tema, são adequados para esta faixa etária, pois são próprios das brincadeiras de infância, são divertidos e têm um forte componente lúdico.

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AtividAde 2: LeiturA do ALuno

Leitura de parlenda

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Refletir sobre o sistema de escrita.

Estabelecer relação entre fala e escrita.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem ficar em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? Cartolina ou papel kraft, caneta hi-drocor preta (com a parlenda escrita por você) e parlendas do Livro de Textos do Aluno (podem ser várias: “Corre cutia”, “Hoje é domingo”, “Rei, capitão”, “Lá em cima do piano” etc.).

Duração: cerca de 30 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Antes de iniciar a atividade, recite a parlenda com eles várias vezes, de modo a garantir que todos a saibam de cor.

Em seguida, faça uma leitura da parlenda utilizando um cartaz onde ela deverá estar escrita, apontando onde você está lendo.

Distribua as cópias dos textos e solicite que acompanhem a sua leitura, cada um olhando para o próprio texto.

Leia uma vez e certifique-se de que todos estão acompanhando a leitura, recitando a parlenda junto com você.

Leia uma segunda vez, mas peça-lhes agora que tentem acompanhar a leitura, passando o dedo por cima do texto e tentando ajustar aquilo que leem àquilo que falam, ou seja, devem terminar de falar quando chegarem à última palavra. Leia verso por verso, mostrando para eles que cada verso é uma linha, pois assim fica mais fácil de eles acompanharem.

Repita a leitura mais uma vez, para que tenham mais uma chance de ajustar aquilo que falam ao texto impresso.

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Deixe-os levar o texto para casa (e, depois, trazer de volta para pôr no caderno ou pasta) para lerem para seus familiares.

O QUE MAIS FAZER?Em outras circunstâncias, depois de ter lido algumas vezes junto com os alunos parlendas ou cantigas, solicite que procurem uma determinada palavra, ou, no caso de uma cantiga, coloque o CD e pare num determinado momento, para que encontrem a última palavra cantada. Aqueles que a encontrarem primeiro não podem dizer onde está, mas sim dar pistas (a primeira letra da palavra, como ela termina, em que verso está...) para que os colegas a encontrem.

Análise e reflexão sobre a língua

O ALFAbETO

Conhecer os nomes das letras é fundamental para os alunos que estão se alfabetizando, pois em alguns casos eles fornecem pistas sobre um dos sons que elas podem representar na escrita. Além disso, os alunos têm de conhecer a forma gráfica das letras e a ordem alfabética. Essa aprendizagem, porém, pode ocorrer de forma lúdica e divertida por meio de jogos, parlendas e adivinhas.

Você pode:

Afixar as letras do alfabetário junto com os alunos, transformando esse momento de organização do espaço da sala de aula também em um mo-mento de aprendizagem.

Fazer uma ficha com o alfabeto completo em letra bastão para que os alu-nos a colem em seu caderno. Você pode usar a página 10 da Coletânea de Atividades.

Fazer um marcador de livro ou ficha avulsa com o alfabeto completo para que possam consultá-lo sempre que precisarem.

Organizar atividades de completar as letras do alfabeto, utilizando supor-tes variados: o abecedário afixado na sala de aula, cobrindo algumas das letras com um pedaço de papel, e/ou uma tabela com a sequência do alfabeto incompleta (produzida no computador ou mimeografada).

Propor que os alunos analisem quais letras compõem seu nome, os nomes dos colegas e o seu. A atividade poderá, inicialmente, ser feita de forma co-

Quando a teoria ajuda a prática...Consulte o Texto 6 do Bloco 2, “Saber letras”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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letiva, e, depois, com os alunos reunidos em duplas ou em grupos. Comece escrevendo seu nome na lousa e, junto com a turma, analise as letras que o compõem. Mostre quais são essas letras, destacando aquelas que apare-cem mais de uma vez. Depois, em duplas, os alunos deverão analisar quais letras fazem parte do próprio nome, utilizando como suporte o crachá.

Ensinar os alunos a “cantarolar” o alfabeto, de modo que memorizem a sequência das letras, ainda que não conheçam sua forma gráfica. Esse procedimento vai ajudá-los a reconhecer os nomes das letras, facilitan-do a aprendizagem. Recitar parlendas que envolvem o alfabeto também é uma ótima estratégia. As atividades com o alfabeto devem acontecer apenas enquanto houver alunos que não sabem os nomes das letras. Depois disso, elas perdem a função.

O QUE CONSULTAR?Você pode utilizar como apoio para o trabalho com o alfabeto algumas publicações que trazem informações históricas sobre a origem e as transformações do nosso alfabeto e o sistema de escrita de outros povos e culturas, ampliando o trabalho com esse tema com informações e curiosidades históricas e linguísticas. Outra opção é apresentar aos alunos textos literários que brincam com a ordem alfabética, tais como os livros aqui indicados.

Livros informativos:

O livro das letras, de Ruth Rocha e Otávio Roth, Editora Melhoramentos.

Aprendendo português, de César Coll e Ana Teberosky, Editora Ática.

Livros literários:

De letra em letra, de Bartolomeu Campos de Queirós, Editora Moderna.

Coral dos bichos, de Tatiana Belinky, Editora FTD.

Zoonário, de Antônio Barreto, Editora Mercuryo Jovem.

Uma letra puxa outra, de José Paulo Paes e Kiko Farkas, Companhia das Letrinhas.

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ALFAbETO

A B C DE F G HI J K LM N O PQ R S TU V W XY Z

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75Guia de Planejamento e orientações didáticas

AtividAde 3: escritA com o proFessor

Escrita da lista dos nomes da classe em ordem alfabética

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ampliar o conhecimento sobre as letras do alfabeto.

Começar a reconhecer situações nas quais a ordem alfabética é impor-tante e a identificar os portadores de texto que são organizados dessa forma (dicionário, lista telefônica, agenda de telefones, índices, os nomes dos alunos no diário de classe etc.).

Começar a memorizar a ordem alfabética.

Utilizar a ordem alfabética para, com sua ajuda, organizar um texto (o car-taz com os nomes dos alunos).

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? De forma coletiva, cada aluno sentado em sua carteira.

Quais materiais serão necessários? Lousa, giz, cartolina, caneta hidro-cor, o cartaz com os nomes dos alunos, portadores de texto com infor-mações organizadas em ordem alfabética (lista telefônica, dicionário, o diário de classe, uma agenda de telefones etc.).

Duração: cerca de 1 hora.

EnCAMinHAMEnTO

Ao planejar essa atividade, considere dois momentos: no primeiro, a pro-posta é conversar com os alunos sobre a ordem alfabética, quem sabe recitar o alfabeto, quem já viu algum texto organizado nesta ordem. Aqui você irá apresentar aos alunos os portadores de texto que são organizados

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em ordem alfabética. No segundo, a proposta é organizar o cartaz com os nomes dos alunos em ordem alfabética, fazendo um novo cartaz.

Ao iniciar essa atividade, pergunte aos alunos qual seria o primeiro nome da lista organizada em ordem alfabética, qual seria o segundo nome e assim por diante. Copie os nomes que os alunos ditarem na lousa e, de-pois da discussão, passe para a cartolina, com caneta hidrocor. Escreva em letra de forma, maiúscula.

Durante a atividade, mostre aos alunos que é possível utilizar o alfabetá-rio para buscar informações sobre a ordem das letras. E se mais de um nome começar pela mesma letra? Discuta sobre o assunto com os alu-nos, fazendo referência à segunda, terceira ou quarta letra dos nomes. E se dois nomes forem iguais? Analise a escrita dos sobrenomes.

Ao final da atividade, destaque para a turma que o novo cartaz, organizado em ordem alfabética, vai facilitar a consulta. Não será preciso percorrer toda a lista para achar um nome.

O QUE MAIS FAZER?Ensine a turma a utilizar os nomes do cartaz como fonte de informação sobre a escrita de uma forma geral. Para tanto, sempre que puder, compare a escrita de outras palavras com a escrita dos nomes nele listados. Quando surgirem dúvidas sobre a escrita de palavras entre os alunos, sugira que eles busquem a solução em determinados nomes do cartaz.

Compare os nomes analisando não apenas as letras iniciais, mas também as letras finais, as letras do meio das palavras etc. Proponha outras análises seguindo um encaminhamento semelhante ao aqui proposto, tendo como apoio a lista com os nomes da turma que os alunos receberam:

Quais nomes terminam com “a” e quais terminam com “o”? São nomes de meninas ou de meninos?

Com quais outras letras terminam os nomes das meninas? E os nomes dos meninos?

Quais nomes têm mais letras? Quais têm menos letras? Qual a letra que mais aparece ao final dos nomes da sua turma?

Em outra ocasião, peça que os alunos comparem o próprio nome com os nomes da lista, utilizando também os crachás.

Com que letra começa seu nome? Qual outro nome da lista começa com a mesma letra?

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Com que letra termina seu nome? Qual outro nome da lista termina com a mesma letra?

Qual letra mais aparece no início dos nomes da sua turma?

Análise e reflexão sobre a língua

ESCRiTA E LEiTURA dE nOMES PRÓPRiOS

O desenvolvimento de um trabalho sistemático e frequente com o nome próprio representa importante estratégia didática voltada para a alfabetização inicial dos alunos, além de estar relacionado à questão da cidadania. Esse traba-lho pode favorecer a reflexão dos alunos sobre o sistema de escrita alfabético e ajudá-los a avançar na aquisição da base alfabética. No primeiro mês de aula, o fato de nem todos os alunos se conhecerem proporciona contextos interessan-tes para a exploração da escrita do próprio nome e para leitura dos nomes dos colegas. Por isso, é possível iniciar o trabalho por meio de uma sequência de atividades nas quais o principal desafio para os alunos seja escrever o próprio nome em contextos reais de comunicação, com o objetivo de identificar-se, iden-tificar seus pertences e os dos colegas, ou seja, em contextos de organização do material e da rotina escolar.

Veja só o que se pode fazer com o nome próprio neste primeiro mês de aula:

j Os alunos podem refletir sobre a escrita do próprio nome e a dos nomes dos colegas...

j Os alunos podem tentar ler o próprio nome e os nomes dos colegas...

j Os alunos podem acompanhar alguém escrevendo seus nomes e/ou os dos colegas de maneira convencional...

j Os alunos podem tentar escrever o próprio nome...

Ao organizar o trabalho com os nomes de seus alunos, é importante consi-derar uma diversidade de situações de leitura e escrita, tais como:

Escrever na lousa os nomes dos ajudantes do dia (aqueles alunos que irão ajudar você em algumas tarefas, como entregar os materiais para a turma). O desafio dos alunos será descobrir quem são os ajudantes,

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lendo os nomes que você registrou. Caso ninguém descubra, conte para a turma quem são os ajudantes, destacando algumas informações so-bre a escrita dos nomes deles (nomes que começam ou terminam com a mesma letra, nomes compostos, nomes de meninas que terminam com a letra “a” e de meninos que terminam com a letra “o”, por exemplo).

Fazer a chamada dos alunos utilizando material escrito como apoio (no caso, os crachás dos alunos). O encaminhamento pode e deve variar: 1. Você lê e mostra os crachás, procurando destacar alguma informação so-bre a escrita dos nomes. 2. Você mostra o crachá e desafia a turma (ou um aluno) a ler o nome nele registrado (dê dicas que destaquem elemen-tos da escrita dos nomes – como já mencionado no item anterior – e/ou forneça informações sobre a aparência, as preferências etc.).

Pedir que eles escrevam o nome em pelo menos um dos trabalhos pro-postos no dia. O encaminhamento pode variar: sem consulta (ou seja, conforme as suas hipóteses, resultando em um registro não convencional do nome), com consulta ao colega (favorecendo a troca de ideias), com consulta a algum material escrito (exemplo: o cartão de nome, descrito na atividade sobre o crachá, colado no caderno, ou o cartaz com os no-mes afixado na sala de aula, atividade também descrita na sequência).

O QUE CONSULTAR?Há diversas obras publicadas que tratam da questão do nome próprio e exploram as relações sonoras entre os nomes, permitindo uma abordagem mais poética.

O conto Continho, de Paulo Mendes Campos, da coleção Para Gostar de Ler – Crônicas / Volume 1, publicada pela Editora Ática.

O poema “Nome da gente”, do livro Cavalgando o arco-íris, de Pedro Bandeira, Editora Moderna.

Os livros da Coleção Nomes e Nomes, de Sônia Junqueira, Editora Formato.

De letra em letra, de Bartolomeu Campos Queirós, Editora Moderna.

Na sequência, apresentamos um pla-nejamento mais detalhado de algumas ati-vidades que você poderá fazer, adaptar ou criar variações.

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79Guia de Planejamento e orientações didáticas

Sobre as expectativas relacionadas às práticas de leitura

As competências dos alunos da 1a série para participar de situações de lei-tura estão relacionadas a atividades de leitura desenvolvidas por você e pelo próprio aluno (feitas de forma individual, em duplas, coletivamente ou em pe-quenos grupos) de textos de gêneros variados e com diferentes propósitos. Is-so permite que os alunos possam aprender comportamentos de leitor, o que significa:

j atribuir significado a textos de gêneros variados;

j fazer uso de estratégias de leitura (seleção, antecipação, decodificação, in-ferência, verificação);

j colocar em ação diferentes modalidades de leitura em função do texto e dos propósitos da leitura (ler para buscar uma informação, ler para se entreter, ler para compreender etc.);

j confrontar ideias, opiniões e interpretações, comentando e recomendando leituras, entre outras possibilidades;

j apropriar-se das características discursivas e das convenções e estruturas linguís ticas de cada gênero textual.

Essas situações envolvem tanto momentos nos quais os alunos leem com sua ajuda, como também momentos em que eles são desafiados a ler sozinhos, colocando em jogo aquilo que construíram sobre o sistema alfabético.

Ler e falar sobre aquilo que leu e compreendeu

No trabalho com a leitura, é importante planejar momentos para a construção de sentido, após a realização da leitura pelo aluno ou por você, que envolvam a explicitação e o confronto de opiniões, interpretações ou sentimentos.

Quando a teoria ajuda a prática...Na aprendizagem da leitura, as práticas sociais de leitura são um dos conteúdos a serem trabalhados ao longo da 1a série. Saiba mais sobre o assunto lendo o Texto 7 do Bloco 3, “Prática de leitura”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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Assim, as atividades de construção de sentido realizadas após a leitura (às vezes imediatamente, às vezes em momentos posteriores – algumas horas depois, no dia seguinte etc.) poderão contemplar a troca de opiniões com os colegas sobre a leitura de textos variados. Por exemplo, no caso dos textos lite-rários, os alunos podem comentar sobre a descrição de alguns personagens, a relação entre eles, suas motivações ou intenções, a relação entre o comporta-mento dos personagens e o desenvolvimento da trama (ou seja, o tema central da história), indo além da exposição das impressões e sentimentos que o texto lhes proporcionou num primeiro momento.

Construir estratégias de leitura, mesmo quando ainda não sabem ler

Ao longo da 1a série, quando muitos dos alunos ainda não sabem ler con-vencionalmente ou então leem com pouca fluência, é importante que as ativida-des de leitura também favoreçam o desenvolvimento de estratégias de leitura que sirvam de apoio à compreensão e à construção de sentido do texto. Isso, sempre considerando que o processo de leitura de um texto se dá por meio de muitas ações além da decodificação.

Assim, é importante que você ajude seus alunos a identificar e analisar to-dos os indicadores possíveis que possam auxiliá-los na tarefa de ler, levando em conta tanto suas situações de leitura (lembre-se de que o(a) professor(a) é sempre um modelo), como aquelas nas quais os alunos são desafiados a ler por conta própria. Para isso, sugerimos:

j Mostrar aos alunos que é possível antecipar ou inferir o conteúdo de um texto antes de fazer a leitura, a partir:

1. do seu título;

2. das suas imagens;

3. da sua diagramação;

4. das informações contidas na capa, contracapa e no índice (no caso de livros e revistas).

j Ensinar os alunos a coordenar a informação presente no texto com as infor-mações oriundas das imagens que o ilustram (por exemplo, nos contos, nas histórias em quadrinhos, em cartazes, em textos expositivos e nas notícias de jornal).

Por que ler uma diversidade de textos na 1a série?

Um dos elementos fundamentais para a construção das competências leito-ras é o contato com diferentes gêneros de texto (cartas, contos, divulgação cien-

Para saber mais...Se você quiser saber mais sobre os diferentes gêneros textuais e sobre o trabalho com essa diversidade na sala de aula, leia o livro O ensino da linguagem escrita, de Myriam Nemirovsky (Porto Alegre: Artmed, 2002).

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tífica, poemas, reportagens, entre outros). Assim, desde a 1a série, é importante que, além dos poemas, cantigas e parlendas, que se constituem textos privilegia-dos para o trabalho com a consolidação da base alfabética, seja proporcionado também o contato do aluno com textos literários e informativos.

Esse contato permitirá que os alunos construam conhecimentos sobre os gê-neros tratados e também sobre procedimentos, atitudes e valores relacionados ao comportamento leitor: definir os diferentes propósitos pelos quais lemos um texto; estabelecer relações entre textos do mesmo gênero e entre o conteúdo do texto lido com outros conhecimentos; utilizar estratégias para prosseguir na leitura.

Por que é fundamental que o(a) professor(a) leia textos literários todos os dias?

Porque, lendo todos os dias, você garante que a leitura se torne parte inte-grante da rotina da escola. É esse contato frequente, diário e constante que per-mite que os alunos construam uma crescente autonomia para ler, familiarizem-se com a linguagem escrita, sintam prazer com a leitura, conheçam uma diversidade de histórias e autores, entre outros ganhos.

Por que é fundamental que o(a) professor(a) seja um modelo de leitor?

Muitas vezes, esses alunos não convivem com pessoas que leem; portanto, você é uma referência muito importante quando se trata de explicitar os usos e funções da leitura e da escrita. Ao compartilhar com os alunos os diferentes propósitos com os quais aborda os textos, ao convidar os alunos a participar e testemunhar diferentes práticas de leitura, você está ensinando a eles com-portamentos de leitor. Assim, você pode compartilhar suas ações quando lê na sala de aula. Por exemplo: ao consultar uma lista para encontrar um número de telefone, ao buscar uma informação no Diário Oficial, ao ler seu planejamento para o dia, entre outras possibilidades. Isso tudo contribui para que os alunos passem a ter conhecimentos sobre a função social da escrita.

Algumas orientações didáticas relacionadas à aprendizagem da leitura

É possível detalhar as expectativas relacionadas à aprendizagem da leitu-ra e, assim, apresentar, em linhas gerais, o que pode ser feito em sala de aula. Vejamos:

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Proporcionar momentos diários para que os alunos tenham contato com diferentes portadores de texto (tais como jornais, revistas, livros informa-tivos, folhetos, cartazes) e aprendam a conviver em um ambiente letrado e de valorização da leitura.

Planejar momentos de leitura envolvendo textos de diferentes gêneros, para que os alunos ouçam e comecem a perceber algumas característi-cas desses gêneros.

Propor situações de leitura por você e pelos alunos com diferentes pro-pósitos para que eles possam ampliar suas competências leitoras, tais como: ler rapidamente títulos e subtítulos até encontrar uma informação, selecionar uma informação precisa, ler minuciosamente para executar uma tarefa, reler um trecho para retomar uma informação ou apreciar aquilo que está escrito. Isso, sempre com sua ajuda e, inicialmente, de forma coletiva ou em grupo.

Planejar atividades nas quais os alunos possam, com sua ajuda, fazer uso de indicadores (como o autor, o gênero, o assunto, o tipo de ilustração, o portador – se é um livro, uma revista ou um jornal, por exemplo) para aprender a antecipar o conteúdo do texto, inferir aquilo que está escri-to e ampliar suas possibilidades de interpretá-lo.

Planejar momentos nos quais os alunos possam trocar ideias e opiniões, expor seus sentimentos. Recomendar um texto para que aprendam a comu-nicar aquilo que compreenderam do texto e suas interpretações – sempre com sua ajuda e, inicialmente, de forma coletiva ou em grupo.

Propor situações em que os alunos sejam convidados a ler um texto pa-ra aprimorar suas estratégias de busca e localização de informações em diferentes fontes escritas (jornais, revistas, enciclopédias, livros).

Planejar situações nas quais os alunos tenham de ler em voz alta, para que consigam adquirir maior fluência na leitura, respeitando pontuação, entonação e ritmo.

Participar de situações de leitura silenciosa para aprender a utilizar de forma cada vez mais autônoma estratégias de leitura como a decifração, a seleção, a antecipação, a inferência e a verificação.

Propor atividades de leitura por você e pelos alunos (individual ou coleti-vamente) para que eles aprendam a inferir o significado de uma palavra

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pelo contexto ou a procurar o significado dela no dicionário – somente quando este for fundamental para a compreensão do texto.

Planejar momentos nos quais os alunos possam ler e/ou ouvir a leitura de textos por você e, assim, aprender a reconhecer o valor da leitura co-mo fonte de fruição estética e entretenimento.

Propor atividades nas quais os alunos adquiram autonomia para eleger aquilo que irão ler e, assim, passem a construir critérios próprios de es-colha e preferência literária.

Planejar situações de empréstimo de livros do acervo da classe ou da es-cola para que os alunos aprendam a ter cuidado com os livros e demais materiais escritos, levando-os, sem-pre que possível, para casa.

Se quiser, leve um caderno para a classe e faça dele o diário da turma. Nele, você copia a rotina para que ninguém esqueça o que aconteceu durante as aulas. Caso considere proveitoso, convide alguns alunos para ilustrar uma passagem do dia, cole (ou copie) textos que alguém levou (a letra de uma can-tiga, uma notícia etc.), guarde no caderno aquelas “lembrancinhas” que os alunos da 1a série adoram levar para o(a) professor(a) (uma flor, por exemplo). Com o passar do tempo, aí sim, você solicita aos ajudantes do dia colabora-ção na tarefa de copiar a rotina da lousa. Sempre que você ou alguém da tur-ma quiser se lembrar de algo, basta consultar o “diário da turma”. Abaixo, um exemplo de registro da rotina.

20/3/2010

SEXTA-FEIRA

HISTÓRIA ESCRITA RECREIO

MATEMÁTICALIÇÃO DE CASA

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Ainda com relação à data, mostre aos alunos que o dia é sempre re-gistrado com números e não com letras, embora também seja possível escrever por extenso (explicite as diferenças). Para o mês de março, sugerimos um trabalho mais sistemático com os dias da semana e com os meses do ano.

Neste primeiro mês de aula, incentive a leitura do nome da escola pe-los alunos, mas não se preocupe em fazê-los copiar o nome. Para tanto, afixe na sala de aula um cartaz sobre o assunto. Utilize o registro escrito do nome da escola também como fonte de informação sobre a escrita de uma forma geral, analisando as palavras que fazem parte dele, com quais letras elas começam etc.

Os momentos de leitura do(a) professor(a) – textos literários

Desde o início das aulas é importante que você institua na rotina uma ativi-dade permanente: a leitura de textos literários para os alunos. Nessa atividade, você lerá para os alunos mesmo quando eles já souberem ler.

A escola é, por excelência, um lugar de livros. Quando olhamos de perto suas estantes, armários e outros recantos, nós nos deparamos com uma infi-nidade deles... Livros finos, grossos, com gravuras e sem gravuras, livros com as mais diferentes histórias. Por isso enviamos o acervo de livros literários de qualidade para as salas de aula.

Para formar leitores – um dos principais desafios da escola –, é importante pensarmos em critérios de escolha para compor o acervo da classe. Para apren-der a ler e para aprender a gostar de ler, é fundamental que as experiências dos alunos com os livros e com a leitura sejam bem planejadas desde o início.

Durante esses dois meses, que para muitos alunos significam um marco em relação à escolaridade, convidá-los a empreender viagens por meio das lei-turas pode ser um bom início na construção da sua relação com o mundo das letras. Assim, selecionar livros interessantes, clássicos e ler para eles bons textos talvez sejam determinantes nessa empreitada.

Os textos que os alunos não conseguem ler sozinhos podem ser um critério proveitoso na seleção de leitura que você fará. É como pensar: “Quais livros que, se eu não ler para esses meninos, eles dificilmente terão conhecimento de sua exis-tência? Qual autor de minha preferência eu gostaria de compartilhar com eles?”.

Ler histórias com textos bem elaborados e belas ilustrações, autores na-cionais e estrangeiros, obras de um mesmo autor e/ou que fazem parte de uma

Quando a teoria ajuda a prática...A leitura do(a) professor(a) é fundamental no processo de alfabetização dos alunos. Você pode saber mais sobre o assunto lendo o Texto 21 do Bloco 7, “Leitura pelo professor”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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mesma coleção pode ser outro excelente critério de escolha tanto para você ler para eles, como para indicar-lhes livros. A intenção é que eles comecem a conhecer os livros também por seus autores e pelas coleções de que fazem parte, para, assim, ampliarem suas referências literárias.

Além desses, outro critério se faz fundamental: histórias que, depois da apresentação e da leitura feita por você, eles possam ler autonomamente, ain-da que não seja de forma convencional. Os livros indicados aqui são aqueles de enredo interessante, que brincam com as palavras, que repetem trechos e por isso possibilitam aos alunos retomar seu conteúdo, antecipar partes importantes e ler para si ou recontar para os colegas o enredo da história. Essa estratégia permite que os alunos ganhem confiança para se aventurarem sozinhos e daí avançarem em seus conhecimentos sobre a linguagem escrita.

AtividAde 4: LeiturA com o proFessor

Uma parlenda para recitar o alfabeto

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ampliar o conhecimento, num contexto lúdico e divertido, sobre a sequên-cia do alfabeto e, progressivamente, memorizar a ordem alfabética.

Ouvir a leitura e apreciar um texto que faça parte do repertório popular de nossa cultura.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Para ouvirem a leitura do texto e recitá-lo com você, os alunos poderão estar reunidos em círculo.

Quais materiais serão necessários? A letra da parlenda e corda para brincar.

Duração: de 20 a 30 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Ao planejar a atividade, utilize as cópias do texto “Suco gelado” da Coletâ-nea de Atividades para os alunos colarem no caderno. Escreva também o

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texto na lousa, como suporte para a leitura coletiva. O ideal é que as crian-ças possam, após a leitura, pular corda e recitar a cantiga em um contexto lúdico. Para tanto, providencie cordas e planeje um local no pátio adequado à brincadeira.

Ao iniciar a atividade, comente com os alunos que você irá ensinar uma parlenda que geralmente acompanha as brincadeiras de pular corda. Pergunte-lhes se conhecem alguma cantiga de “pular corda” (ou outra parlenda qualquer). Procure também informar-se sobre quem sabe/gosta de pular corda. Aproveite para explicar que esta é uma parlenda especial, pois traz um tema que eles estão trabalhando: as letras do alfabeto.

Durante a atividade, primeiro recite a parlenda tendo como apoio a lousa – deixe para entregar a cópia do texto para os alunos ao final da ativida-de (eles poderão levar a parlenda para ler com os familiares, ilustrar o texto etc.). Simule a brincadeira: e se uma pessoa “erra o pulo” e para na letra “D”, qual poderia ser o nome do(a) namorado/namorada? E se for a a letra “P”? E a letra “T”? Assim por diante. Escreva os nomes que eles disserem na lousa. Comente também que as letras do alfabeto, na parlenda, aparecem em ordem alfabética.

Ao final da atividade de leitura, convide os alunos para pular corda e re-citar a cantiga.

O QUE MAIS FAZER?

Recitar o alfabeto para que os alunos consigam memorizar a ordem alfabética.

Utilizar a ordem alfabética para, por exemplo, sortear os ajudantes do dia, os alunos que irão iniciar uma brincadeira etc. Peça-lhes que recitem em voz baixa o alfabeto e, quando você falar “para”, eles dizem a letra na qual estavam na recitação.

Produzir uma “Agenda de Aniversários” com os nomes dos colegas organi-zados em ordem alfabética, conforme descrito na Atividade 8 do bloco de orientações didáticas para o trabalho com nome próprio (página 99).

Recitar outras parlendas que também apresentem o alfabeto, como: “COM QUEM VOCÊ / DESEJA SE CASAR: / LOIRO, MORENO / SOLDADO, CAPITÃO?/ QUAL É A LETRA DO SEU CORAÇÃO / A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z?”.

Caso surja a necessidade, apresente uma versão adaptada mais adequada para os meninos: “SUCO GELADO, PERUCA ARREPIADA, QUAL É A LETRA DA SUA NAMORADA? A, B, C, D...”.

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Sobre as expectativas relacionadas às práticas de produção de texto

As expectativas de aprendizagem da 1a série em relação à produção de texto demandam que você desenvolva um conjunto de atividades nas quais os alunos possam escrever textos que já saibam de cor, produzir textos oralmente tendo você por escriba, participar de situações coletivas de produção de textos, entre outras.

Alunos alfabéticos, outros nem tanto

Ao longo da 1a série, é importante considerar o maior ou menor domínio dos alunos com relação à escrita alfabética e planejar seu trabalho com base nessa diversidade. Afinal, é certo que, desde o início do ano letivo, você se depare com alunos em diferentes graus de conhecimento do sistema de escrita. Do ponto de vista do encaminhamento do trabalho, é fundamental planejar atividades que aten-dam às diversas necessidades da turma e contemplem objetivos de aprendizagem distintos. Porém, também é fundamental incentivar o intercâmbio entre os alunos não-alfabéticos e os alfabéticos, já que, dessa forma, o processo de aprendizagem de ambos poderá beneficiar-se com essa troca de experiências. Você pode prever situações de planejamento, produção e revisão de textos nas quais esses alunos alternem, por exemplo, os papéis de organizador das ideias, escriba e revisor.

Por que propor atividades nas quais os alunos ditam o texto e o(a) professor(a) escreve?

Nas situações de produção oral com destino escrito de textos, você atua como modelo de escritor para os alunos, explicitando-lhes comportamentos inerentes ao ato de escrever, tais como:

j as intencionalidades da escrita conforme os propósitos do autor e o des-tinatário;

j a seleção do gênero e do portador de acordo com a situação comunicativa;j as opções e adequações linguísticas em função do gênero em foco; j a necessidade de rever aquilo que já foi escrito durante o processo de ela-

boração do texto etc.

Nessas situações, os alunos, não tendo de se ocupar com as questões do sistema de escrita (quais letras), podem focar a atenção na organização do conteúdo e na produção da linguagem do que estão escrevendo. O processo de criação é fomentado pelas tomadas de decisão coletivas, e as discussões em torno dessas decisões são excelentes oportunidades para que os alunos ana-lisem e reflitam sobre a língua que se escreve. Nesse sentido, é interessante

Quando a teoria ajuda a prática...Na hora de ensinar a escrever, é preciso levar para a sala de aula as práticas sociais de produção de texto. Você sabe o que isso significa? Saiba mais sobre o assunto lendo o Texto 11 do Bloco 4, “Prática de produção de textos”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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Quando a teoria ajuda a prática...E como fica o aspecto formal da aprendizagem da escrita, como escrever as letras, conhecer as sílabas? Para saber mais sobre o assunto, consulte o Texto 13 do Bloco 4, “Análise e reflexão sobre a língua”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

considerar alguns gêneros mais adequados para o trabalho com a 1a série. Bi-lhetes, legendas e convites são alguns exemplos.

Planejar, escrever e revisar – as etapas do processo de produção de um texto

Seu planejamento para a 1a série também pode prever que os alunos ela-borem o conteúdo do texto antes de escrevê-lo e revisem-no durante o processo de produção e também após o término da sua primeira versão. Dessa forma, eles experimentam as etapas de elaboração de um texto: concepção (definição do que escrever, para quem, como etc.), escrita e revisão. É claro que, nessas atividades, é fundamental que você participe ativamente. Deve-se levar em conta, contudo, que nem sempre é possível (e nem desejável) realizar todas elas em um mesmo dia. Por isso, é interessante que, no seu planejamento, você preveja situ-ações variadas, que possam ocorrer ao longo de um período maior (vários dias), nas quais os alunos tenham a oportunidade de conceber, escrever e revisar um texto. São exemplos dessas situações: escrever um bilhete de aviso aos pais – de forma coletiva, com os alunos ditando o texto para você –, ou reescrever um conto conhecido (em duplas, grupos ou de forma coletiva) etc.

Algumas orientações didáticas relacionadas à aprendizagem da escrita

Vamos detalhar as expectativas relacionadas à aprendizagem da escrita e, assim, apresentar, em linhas gerais, o que deve ser feito em sala de aula. E de forma conjunta ao planejamento do trabalho com a escrita, é possível considerar o trabalho com a análise e a reflexão sobre a língua. Vejamos as orientações:

Desenvolver atividades de leitura e de escrita que permitam aos alunos aprender os nomes das letras do alfabeto, a ordem alfabética, a diferença entre a escrita e outras formas gráficas e convenções da escrita (orienta-ção do alinhamento, por exemplo).

Apresentar o alfabeto completo, desde o início do ano, e organizar ativi-dades de escrita em que os alunos façam uso de letras móveis.

Planejar situações em que os alunos tenham necessidade de fazer uso da ordem alfabética, considerando algumas de suas aplicações sociais.

Propor atividades de reflexão sobre o sistema alfabético a partir da escri ta de nomes próprios, rótulos de produtos conhecidos e de outros materiais afi-xados nas paredes (ou murais) da sala, tais como listas, calendários, can-ti gas, títulos de histórias, de forma que os alunos consigam, guiados pelo contexto, antecipar aquilo que está escrito e refletir sobre as partes do escrito (quais letras, quantas e em que ordem elas aparecem).

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Planejar situações em que os alunos sejam solicitados a escrever textos cuja forma não saibam de memória, pois isso permite que você descubra as ideias que orientam suas escritas e, assim, planeje boas intervenções e agrupamentos produtivos.

É inerente ao processo de alfabetização que, simultaneamente à aprendiza-gem da escrita, os alunos aprendam a linguagem que se escreve. É no momento em que você atua como escritor e revisor de textos, na presença dos alunos, que lhes comunica os comportamentos escritores tão determinantes para a apren-dizagem da linguagem que se usa para escrever. Embora separados aqui dida-ticamente, esses dois conteúdos devem estar contemplados no planejamento, de forma complementar e simultânea, como nas situações abaixo:

Propor atividades de leitura para os alunos que não sabem ler convencio-nalmente, oferecendo-lhes textos conhecidos de memória, como parlen-das, adivinhas, quadrinhas, canções, de maneira que a tarefa deles seja descobrir o que está escrito em diferentes trechos do texto, solicitando o ajuste do falado ao que está escrito e o uso do conhecimento que pos-suem sobre o sistema de escrita.

Participar de situações de escrita nas quais os alunos possam, num primeiro momento, utilizar a letra bastão e, assim, construir um modelo regular de representação gráfica do alfabeto. Proporcionar-lhes também contato, por meio da leitura, com textos escritos em letras de estilos va-riados, inclusive com letras minúsculas.

Propor situações nas quais os alunos tenham de elaborar oralmente textos cujo registro escrito será realizado por você com o objetivo de auxiliá-los a entender fatos e construir conceitos, procedimentos, valores e atitudes relacionados ao ato de escrever.

Planejar situações de produção de texto individuais, coletivas ou em gru-pos para que os alunos aprendam a planejar, escrever e rever conforme as intenções do texto e do destinatário.

Produzir textos de autoria (bilhetes, cartas, instrucionais), ditando para você ou para os colegas e, quando possível, de próprio punho.

Revisar textos coletivamente com sua ajuda.

Trocando em miúdos...Na prática, o que essas expectativas de aprendizagem significam? Se essa

é a sua dúvida, vale a pena dar uma paradinha para refletir sobre o assunto. O texto seguinte e as indicações de leitura na margem podem ajudar. No planeja-mento do trabalho de alfabetização mês a mês, essas metas serão retomadas e, mais uma vez, detalhadas.

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Análise e reflexão sobre a língua

O TRAbALHO COM LiSTAS

As listas compõem um tipo de texto muito presente no dia a dia das pes-soas. Listar signifi ca relacionar nomes de pessoas ou coisas para a organização de uma ação. Por exemplo: lista de convidados para uma festa, lista dos produ-tos para comprar, lista dos compromissos do dia, lista das atividades que serão realizadas na sala de aula etc. Por ter uma estrutura simples, a lista é um texto privilegiado para o trabalho com alunos que não sabem ler e escrever convencio-nalmente, mas é importante que você proponha a escrita de listas que tenham

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UMA PARLEndA PARA RECiTAR O ALFAbETO

SUCO GELADO

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QUAL É A LETRA

DO SEU NAMORADO?

A B C D E F G H

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alguma função de uso na comunidade ou na sala de aula. A escrita de listas de palavras que começam com a mesma letra ou outras similares é inadequada, pois descaracteriza a função social desse texto.

Por isso, ao planejar atividades com esse tipo de texto, é importante considerar:

Atividades de leitura de listas: é fundamental propor atividades de leitura em que os alunos sejam os leitores. Por exemplo: atividades em que recebam uma lista com os títulos dos contos lidos ou dos personagens conhecidos e tenham de localizar determinados personagens ou títulos (é possível, por exemplo, entregar uma cédula para que os alunos elejam, entre os títulos de duas ou mais histórias já conhecidas, qual será relida por você); e ainda a leitura da lista de ajudantes do dia, da lista de atividades que serão reali-zadas no dia, da lista dos aniversariantes do mês etc.

Atividades de escrita de listas: por ser um gênero de estrutura sim-ples, as atividades de escrita de listas possibilitam que os alunos pen-sem muito mais na escrita das palavras (que letras usar, quantas usar, comparar outras escritas etc.). Você deve propor atividades de escrita de listas das quais os alunos possam de alguma forma fazer uso. Por exemplo: escrever a lista dos contos lidos, a lista dos animais que já foram estudados e a dos que ainda pretendem estudar, a lista dos per-sonagens preferidos etc. Vale ressaltar que, quando propomos a escri-ta de um texto visando à reflexão sobre o sistema de escrita e em que não há um destinatário específico, é fundamental aceitar as ideias das crianças sobre a escrita e colocar questões para que confrontem suas hipóteses. Nesses casos também não é aconselhável corrigir, escrever embaixo, enfim, fazer uso de recursos similares, pois o objetivo não é a escrita convencional nem a legibilidade do texto. Ao planejar atividades de produção de listas, considere que é possível propor que os alunos ditem o texto para você escrever, que escrevam reunidos em grupos ou duplas ou ainda que escrevam utilizando outros suportes, além do lápis e papel, como as letras móveis.

Atividades de reflexão sobre a escrita: sempre que for possível favorecer a reflexão dos alunos sobre a escrita, proponha comparações entre palavras que começam ou terminam da mesma forma (letras, partes da palavra). As listas são ótimos textos para a realização dessas atividades.

Como é um texto que favorece a reflexão sobre o sistema de escrita, sua utilização deve ser mais intensa enquanto houver alunos que não leem e escre-vem convencionalmente.

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Sobre as expectativas relacionadas à comunicação oral

As expectativas de aprendizagem relacionadas às competências dos alunos da 1a série para se comunicarem oralmente estão basicamente vinculadas a:

Situações informais de conversação que geralmente ocorrem na esco-la. O que se espera é que, ao participarem de situações de intercâmbio oral – as conversas –, eles aprendam a valorizar a opinião dos colegas, a expressar suas ideias relacionando-as ao tema, a fazer perguntas sobre os assuntos abordados etc.

Situações mais formais de comunicação oral, nas quais existe uma fonte escrita, ou seja, um texto-fonte. O que se espera aqui é que eles apren-dam a recitar um poema, recontar um conto e comunicar as ideias de um texto informativo, por exemplo.

Segundo os Parâmetros Curriculares nacionais – Documento de Língua Por-tuguesa, o trabalho sistemático com a linguagem oral visa à ampliação das pos-sibilidades de inserção e participação social do aluno por meio do desenvolvi-mento de capacidades relacionadas ao uso e à adequação da fala a diferentes situações comunicativas, tais como:

j trocar ideias e opiniões;

j fazer uma pergunta relacionada ao tema da conversa;

j relatar um episódio do cotidiano;

j pedir uma informação;

j transmitir um recado;

j narrar uma história conhecida;

j falar de um assunto estudado;

j cantar uma canção ou recitar um poema.

A oportunidade de usar a fala em situações significativas e próximas às práticas sociais reais permite ao aluno, ao longo da escolaridade, desenvolver as competên-cias necessárias para decidir o que falar, como falar e a maneira mais adequada de se expressar, bem como adequar a fala às circunstâncias em que ocorre a co-municação, à intenção comunicativa e ao interlocutor. Assim, os recitais de poemas e de parlendas, a cantoria de canções conhecidas e as situações de seminários e palestras são ótimas oportunidades para o trabalho com a língua oral.

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E o que esperar que os alunos aprendam nas situações de comunicação oral que envolvem textos escritos?

A participação nas situações de expressão oral que têm como base textos escritos conhecidos permite aos alunos a aproximação das características do gênero ao qual o texto-fonte pertence, entre as quais: palavras, expressões e ele-mentos gráficos como negrito, itálico. Permite também a apropriação das formas de se expressar (postura, impostação da voz etc.) características das situações comunicativas nas quais os diferentes gêneros costumam ser empregados. Os alunos, assim, aprendem as diferenças entre narrar uma história, recitar uma parlenda ou expor um texto informativo.

Cada um tem seu próprio jeito de falarNas situações de conversação, os alunos podem ter contato com uma diversidade linguística, ou seja, com modos de falar distintos, que poderão variar de criança para criança. E o que fazer nessas ocasiões? É sempre interessante ressaltar para a turma a importância de respeitar essa diversidade, de maneira que eles venham a construir uma atitude de respeito com relação a modos de falar distintos do seu próprio. E as convenções, como ficam? Nesse contexto, é possível também compartilhar as convenções, mas sempre valorizando a diversidade – que não deixa de fazer parte do patrimônio cultural de nosso país.

Algumas orientações didáticas relacionadas ao trabalho com a comunicação oral

É possível detalhar as metas relacionadas à aprendizagem da comunicação oral com base nos diferentes contextos comunicativos nos quais os alunos da 1a série podem participar e, inclusive, nas várias relações que, no contexto escolar, podem ser estabelecidas entre a fala e a língua escrita, ou seja, a fala e os tex-tos trabalhados. Em função desse detalhamento, é possível também descrever algumas orientações didáticas gerais para o desenvolvimento do trabalho em sala de aula. Propor situações:

de conversação, para que os alunos possam aprender a ouvir com aten-ção crescente, intervir sem sair do assunto tratado, formular e responder a perguntas, explicar, manifestar opiniões próprias e respeitar a dos ou-tros – isso considerando o contexto dos estudos realizados nas diferentes áreas do currículo (Ciências, Matemática, Artes etc.);

nas quais os alunos possam narrar uma história conhecida para aprender a selecionar os aspectos relevantes da história, necessários à compreen-

Para saber mais....Uma sala de aula às vezes tem alunos de várias partes do Brasil. E cada um fala de um jeito. Como proceder? Saiba mais lendo o livro A língua de Eulália, de Marcos Bagno (São Paulo: Contexto, 1997). Leia também o Texto 14 do Bloco 5, “Língua oral: usos e formas”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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são da sua narrativa, e para que possam conhecer, utilizar e se apropriar de algumas das características discursivas do texto-fonte;

nas quais os alunos necessitem recuperar informações obtidas em tex-tos informativos e instrucionais, utilizando algumas das características discursivas do texto-fonte;

nas quais os alunos possam manifestar interesse crescente por ouvir e expressar sentimentos, experiências, ideias e opiniões;

de conversação, para que os alunos aprendam a respeitar modos de falar diferentes do seu;

nas quais os alunos tenham de falar de maneira mais formal e, assim, apren-der a se preparar para se comunicar em determinadas situações, tais como: entrevistas, saraus literários, recitais de poemas, parlendas, trava-línguas, cantorias de cantigas populares, apresentações no estilo de seminários em que eles possam utilizar apoios escritos (cartazes, roteiros etc.);

de apreciação da produção oral alheia e própria, para que aprendam a ob-servar e avaliar os elementos necessários para a compreensão de quem ouve e a adequação da linguagem utilizada à situação comunicativa.

AtividAde 5: comunicAção orAL

nomes e sobrenomes: conversa de apresentação

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Reconhecer diferenças entre nome e sobrenome.

Conhecer o nome do(a) professor(a) e os nomes dos colegas.

Participar de uma conversa ouvindo os colegas, aguardando sua vez de falar.

PLAnEJAMEnTO

Quando realizar? No primeiro dia de aula.

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Como organizar o grupo? Alunos dispostos em um círculo (acomodados nas próprias cadeiras ou no chão), de modo que possam ver uns aos ou-tros. Caso não seja possível, eles poderão permanecer nas suas cartei-ras e se levantar na hora da apresentação para que o restante do grupo possa ver quem está falando. Caso avalie que a atividade se estenderá por muito tempo, realize-a em dois dias.

Duração: cerca de 45 minutos ou mais – conforme o número de alunos.

EnCAMinHAMEnTO

Antes de iniciar a atividade, explique para o grupo o que irá acontecer. Inicie você a apresentação, falando seu nome completo e seu apelido (caso tenha um, é claro). A conversa se tornará ainda mais interessante se você compartilhar com a turma as diversas formas pelas quais você é chamado(a) no seu dia a dia, considerando contextos variados como a família, os amigos e/ou os colegas de trabalho. Aproveite a ocasião para comunicar como você gostaria que os alunos o(a) chamassem (de manei-ra formal ou mais carinhosa, pelo apelido etc.).

Durante a apresentação, alguns alunos podem não se recordar do próprio sobrenome. Não há problema. A falta dessa informação poderá gerar uma lição de casa simples e significativa para eles: a de pesquisar o próprio sobrenome junto aos familiares.

Ao final da conversa, escreva seu nome na lousa para que eles conheçam a escrita dele.

O QUE MAIS FAZER?Planeje outros momentos de conversação nos quais os alunos também possam falar mais de si e conhecer melhor uns aos outros. Além de representarem uma boa situação de convívio, esses momentos favorecerão o desenvolvimento de importantes procedimentos e atitudes relacionados ao ato de expor ideias a um grupo, bem como possibilitarão focar temas como os brinquedos e as brincadeiras preferidos, as cantigas prediletas, as comidas (salgadas ou doces) mais apreciadas, os programas de TV e/ou livros mais assistidos/lidos, a família (irmãos, parentes etc.), a origem dos nomes deles. Assim, em fevereiro você deverá desenvolver no mínimo seis situações de comunicação oral planejadas previamente, duas por semana. Com base nelas será possível planejar várias atividades de escrita (produção de um cartaz com os nomes das comidas prediletas, uma brincadeira no recreio, momentos de cantoria...).

Quando a teoria ajuda a prática...O Texto 15 do Bloco 5, “Comunicação oral”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo, fornece informações sobre a importância do trabalho com a comunicação oral.

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AtividAde 6: escritA do ALuno

Produção de crachás

ObJETiVO - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Escrever o próprio nome em um contexto de comunicação real (o crachá).

PLAnEJAMEnTO

Quando realizar? Início das aulas.

Como organizar o grupo? Sentados em duplas.

Quais materiais serão necessários? Lápis, borracha, apontador, tesoura, barbante (ou fita crepe), papel de rascunho e modelo de crachá (ver Co-letânea de Atividades, página 13).

Duração: cerca de 45 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Ao planejar a atividade, lembre-se de que a produção do crachá é, na realidade, uma atividade de cópia em um contexto real e significativo. Afinal, é importante que o nome de cada aluno seja registrado de forma convencional para que possa ser lido por todos. A intenção é que a turma copie o nome em um crachá utilizando como fonte o cartaz da classe ou um cartão feito por você com o nome de cada um deles. Este cartão (ou pedacinho de papel) poderá ser manuscrito ou feito no computador, sem-pre em letra de fôrma maiúscula. Deverá conter apenas o nome do aluno, mas, caso existam dois alunos com o mesmo nome, é preciso colocar também o segundo nome que os diferencia (por exemplo: BRUNO FÉLIX e BRUNO MENDES). Garanta que os alunos saibam o que está escrito no cartão, lendo para eles no momento de entregá-lo. Leve os crachás já recortados e com o barbante atado.

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Antes de iniciar a atividade, diga aos alunos em que ocasiões eles terão de usar o crachá: nos primeiros dias de aula, para realizar passeios fora da es-cola, visitas às salas de outras turmas etc. Se possível, leve alguns crachás para mostrar aos alunos e explicar a eles as situações nas quais os adultos os utilizam para se identificar (ao participarem de um congresso ou até mes-mo no dia a dia de trabalho, como é o caso de profissionais como médicos, recepcionistas, carteiros etc.). Caso você já tenha utilizado um crachá, com-partilhe sua experiência com os alunos (quando e por que o utilizou).

Durante a atividade, proponha-lhes a realização de um rascunho para que possam antecipar o tamanho das letras e o uso do espaço. Oriente a turma a escrever no crachá apenas o nome, utilizando letra de fôrma maiúscula. Se for o caso, chame a atenção para a legibilidade do crachá.Assim você ajudará alguns alunos a fazer um rascunho para testar o ta-manho da letra.

Ao final da atividade, organize uma brincadeira com os crachás em que os alunos tenham de adivinhar a escrita dos nomes dos colegas.

O QUE MAIS FAZER?Depois de certo tempo, quando todos já souberem os nomes uns dos outros, guarde os crachás em uma caixinha e, vez ou outra, utilize-os para fazer a chamada, organizar uma partida de bingo de nomes, colocá-los em cima da carteira dos alunos para sinalizar onde eles irão sentar, pedir que os alunos encontrem o próprio crachá ou o crachá dos colegas. O cartão com o nome, utilizado como apoio para a cópia, poderá ser colado no caderno para continuar servindo como fonte de consulta.

Além do crachá, os alunos podem também produzir etiquetas com o nome para a identificação de alguns materiais escolares (o caderno e a pasta, por exemplo). O encaminhamento dessa produção é semelhante ao do crachá: utilize como suporte para a escrita dos alunos etiquetas autoadesivas ou, de forma alternativa, produza as etiquetas com os alunos. Também é interessante elaborar plaquinhas com folha sulfite para colocar sobre a mesa, como as que encontramos nas agências bancárias.

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AtividAde 7: escritA do ALuno

Autorretrato e escrita do próprio nome

ObJETiVO - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Refletir sobre a escrita do próprio nome.

PLAnEJAMEnTO

Quando realizar? Após a produção do crachá.

Como organizar a turma? Em duplas ou grupos.

Quais materiais serão necessários? Folha de papel (sulfite, por exem-plo), lápis coloridos e/ou giz de cera, caneta hidrocor, lápis, borracha.

Duração: cerca de 45 minutos para a produção do desenho e para a es-crita do nome. As atividades de apreciação dos trabalhos e de revisão da escrita do nome poderão ocorrer no dia seguinte.

EnCAMinHAMEnTO

Antes de iniciar a atividade, deixe disponíveis aos alunos os materiais que eles usarão para fazer o desenho (conforme relação acima). Se pos-sível, apresente autorretratos produzidos por artistas consagrados – o acervo da escola ou da sala deve ter alguns livros –, para que tomem conhecimento desse estilo de pintura.

Durante a atividade, é interessante que os alunos façam um registro dos seus nomes de acordo com os conhecimentos que já possuem sobre a escrita do nome próprio. Pode ocorrer de eles terem dúvidas – caso isso aconteça, socialize essas dúvidas com o restante do grupo, de modo que eles consigam chegar a uma resposta.

Após o término da atividade, organize um momento de apreciação das escritas e dos desenhos elaborados para que os alunos apreciem os trabalhos uns dos outros. Discutam a importância de assinar os pró-prios desenhos. Além disso, você pode propor que eles comparem o nome recém-escrito com sua escrita convencional, utilizando o crachá como apoio. Os alunos poderão utilizar o crachá como fonte de informa-ção sobre a escrita do próprio nome em outras ocasiões. Os desenhos produzidos deverão ser afixados no mural da sala de aula.

Quando a teoria ajuda a prática...O critério de reunião dos alunos em grupos de trabalho pode variar conforme os objetivos do(a) professor(a). Saiba mais lendo o Texto 27 do Bloco 9, “Contribuições à prática pedagógica”, no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo.

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AtividAde 8: escritA do ALuno

Agenda de aniversários

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ampliar o conhecimento sobre a escrita do próprio nome e dos nomes dos colegas.

Participar da produção coletiva de um texto de relevância social: uma agenda com os dados dos colegas.

Retomar a questão da ordem alfabética para organizar informações (no caso, os nomes dos colegas na agenda).

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Lista dos nomes da turma, lápis, borracha, cola, tesoura e modelo da página da agenda (ver modelo na sequência ou na Coletânea de Atividades, página 15).

Duração: cerca de 45 minutos ao longo de vários dias. Trata-se de uma produção em etapas.

EnCAMinHAMEnTO

Antes de iniciar a produção da agenda, os alunos deverão coletar infor-mações sobre a data de seu aniversário. É preciso também providenciar o suporte da produção, ou seja, as páginas da agenda. Você pode repro-duzir as páginas do modelo apresentado na sequência, ou então criar ou-tra diagramação utilizando o computador. Faça cópias frente e verso para que o número de páginas da agenda não seja excessivo. A agenda deve ter uma capa, que poderá ser ilustrada pelos alunos.

Ainda antes de começar a atividade, tenha em mãos exemplos de agen-da para apreciar com os alunos, observando as informações que geral-mente se podem registrar nelas (nome, endereço, endereço eletrônico – e-mail –, aniversário etc.). Muitas agendas trazem ícones para sinalizar o local onde cada informação deve ser anotada. Analise esses ícones com

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os alunos. Assim eles terão maior referência sobre o que é uma agenda e como organizá-la.

A produção será em etapas. A cada dia, um grupo de alunos deverá ditar seus dados para que você anote-os na lousa e a turma copie na agenda. Siga a ordem alfabética nessa produção e, durante a cópia, dê atenção especial aos alunos menos experientes com a escrita.

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

Por que propor atividades nas quais os alunos ditam o texto e o(a) professor(a) escreve?

Nas situações de produção oral com destino escrito de textos, você atua como modelo de escritor para os alunos, explicitando-lhes comportamentos inerentes ao ato de escrever, tais como:

j as intencionalidades da escrita conforme os propósitos do autor e o des-tinatário;

j a seleção do gênero e do portador de acordo com a situação comunicativa;

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j as opções e adequações linguísticas em função do gênero em foco;

j a necessidade de rever aquilo que já foi escrito durante o processo de ela-boração do texto etc.

Nessas situações, os alunos, não tendo de se ocupar com as questões do sistema de escrita (quais letras), podem focar a atenção na organização do conteúdo e na produção da linguagem do que estão escrevendo. O processo de criação é fomentado pelas tomadas de decisão coletivas, e as discussões em torno dessas decisões são excelentes oportunidades para que os alunos ana-lisem e reflitam sobre a língua que se escreve. Nesse sentido, é interessante considerar alguns gêneros mais adequados para o trabalho com a 1a série. Bi-lhetes, legendas e convites são alguns exemplos.

Produção oral com destino escrito – cartas e bilhetes

As cartas e bilhetes são gêneros textuais de uso frequente que geralmente servem para comunicar informações, dar instruções, relembrar atribuições, solici-tar algo, relatar fatos pessoais etc. Por cumprirem uma variedade de propósitos, podem, sem dúvida, fazer parte do cotidiano da sala de aula.

No caso da 1a série, é possível, desde os primeiros dias de aula, pensar em situações comunicativas em que as cartas e bilhetes (para os pais, para a di-reção da escola, para outra turma) sejam produzidos coletivamente, oralmente, com você como escriba.

A elaboração de um texto vai muito além do seu registro por escrito – es-se é um dos princípios que norteiam essa situação didática. Tal fato deve ser levado em conta principalmente no início do processo de alfabetização, quando ainda é muito complicado enfrentar, simultaneamente, todos os desafios que a produção de um texto coloca: a definição do conteúdo, a organização da lingua-gem, a escolha de quais letras e em que sequência, além, é claro, do próprio ato de grafar, que, para o escritor iniciante, também é complexo e cansativo. Por isso, a situação de produção oral com destino escrito – na qual os alunos ditam o texto para o(a) professor(a) – oferece muitas vantagens quando se trata de enfocar com os alunos as questões relativas à linguagem que se escreve e às outras aprendizagens concernentes à produção de um texto.

No caso da escrita de cartas ou bilhetes, para que ocorra aprendizagem, é necessário garantir que os alunos:

j tenham um destinatário real e uma finalidade definida para a escrita da carta/bilhete;

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j conheçam bem o conteúdo que deverá ser escrito.

É interessante que os alunos, antes de ditarem a carta ou o bilhete para você, tenham tido a oportunidade de ouvir e discutir textos desse gênero. Assim terão um modelo, uma referência que os ajudará na construção do texto.

AtividAde 9: produção orAL com destino escrito

Produção de bilhete para os pais:horário da aula

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Diferenciar a linguagem escrita da linguagem falada.

Organizar, oralmente, um texto em linguagem escrita.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem ficar em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? Lousa e giz.

Duração: cerca de 30 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Antes de os alunos começarem o ditado para você, explique-lhes a ne-cessidade de escreverem o bilhete – os pais precisam ser informados corretamente do horário; caso contrário, os alunos poderão se atrasar, ou os pais podem ficar preocupados, entre outras possibilidades.

Pergunte-lhes quais informações precisam constar desse bilhete e anote-as num canto da lousa.

Solicite-lhes que pensem qual seria o melhor jeito de começar, e escreva tudo que eles falarem. Por exemplo, alguns podem começar diretamen-te: “O nosso horário é...” ou algo parecido. Você deve discutir com eles e

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sugerir adequações, lembrando para quem e para que é o bilhete e per-guntando se não haveria uma forma mais completa de iniciá-lo.

Ao longo da produção, é importante que você releia o que já foi escrito, aponte incoerências e repetições e sempre dê a eles a oportunidade de opinar e sugerir.

É fundamental que você, ao modificar o texto, mostre e explique exata-mente o que está fazendo – isso lhes possibilita perceber como a escri-ta se relaciona com a fala e, por outro lado, como a linguagem escrita é diferente da linguagem falada etc.

Depois de terminado, copie num papel e providencie cópias para que le-vem o bilhete para casa.

O QUE MAIS FAZER?

É importante que você aproveite todas as situações possíveis para ler as comunicações que chegam à classe. Assim, ao escreverem bilhetes e cartas, eles terão referências importantes de como fazer. Assunto não falta: como cuidar dos livros que são levados para casa, o que não deve faltar na mochila, informações sobre eventos e reuniões da escola, dicas de programas de TV, passeios, entre outros. Quanto mais os alunos puderem participar dessas situações de comunicação, melhor!

Com o tempo, eles mesmos poderão copiar os bilhetes da lousa, ler sozinhos ou ler para os pais de forma cada vez mais autônoma.

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Projeto didático: cantigas populares

Justificativa: Houve um tempo em que as cantigas populares eram apren-didas com amigos e familiares, transmitidas oralmente dos mais velhos para os mais novos. Elas embalavam as brincadeiras das crianças, o trabalho dos adul-tos, as festas da comunidade.

Hoje, principalmente nos grandes centros urbanos, a escola tem papel fun-damental na preservação dessas canções. Elas fazem parte do nosso patrimô-nio cultural, e é na escola que os alunos, principalmente aqueles que vivem nos grandes centros urbanos como a cidade de São Paulo, têm a oportunidade de aprendê-las. Por isso é tão importante cantar na escola. Por isso também as cantigas fazem parte do conteúdo aqui sugerido para o trabalho de leitura, de escrita e de comunicação oral desenvolvido com os alunos da 1a série.

Além disso, as canções tradicionais têm ritmo e muitas apresentam tam-bém rimas e repetições, recursos que facilitam a memorização do texto pelos alunos. E por serem facilmente memorizáveis, as cantigas são textos bastante adequados para trabalhar o sistema de escrita.

Produto final: Um livro com as cantigas favoritas da turma, para ser levado para casa e para ser entregue a uma turma de uma escola de Educação Infantil próxima.

Objetivos:

Escrever textos que eles saibam de memória e, assim, refletir sobre o sis-tema de escrita, colocar em jogo suas hipóteses, confrontá-las com as dos colegas.

Participar de uma situação de escrita coletiva, colocando em ação proce-dimentos relacionados ao ato de escrever.

Elaborar um livro sobre um assunto trabalhado em sala de aula.

Apreciar e valorizar um dos elementos da cultura popular.

O que se espera que os alunos aprendam:

Uma variedade de cantigas, de cor, para que possam ler mesmo antes de ler convencionalmente.

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A utilizar informações disponíveis nos textos relacionadas à diagramação e a outros recursos das cantigas para fazer antecipações e verificá-las.

A escrever letras de algumas cantigas memorizadas e listas de títulos das músicas preferidas, de acordo com suas hipóteses, utilizando os co-nhecimentos disponíveis sobre o sistema de escrita.

A ditar as cantigas para o(a) professor(a) ou para o colega, controlando o que deve e o que não deve ser registrado pelo escriba.

A interagir nas situações de produção de textos em duplas ou em grupos.

A preocupar-se com seus leitores em relação tanto à escolha das canti-gas para o livro, como à forma de apresentação, ilustrações etc.

Etapas previstas:

Considere que serão necessários vários dias para sua execução. O ideal é que essa produção se estenda por mais de um mês e que o encami-nhamento da elaboração dos textos que farão parte do livro varie de uma produção para outra (ditado para o(a) professor(a) seguido de cópia pelos alunos; escrita do aluno, em duplas ou grupos; textos reproduzidos com espaços para os alunos completarem o título; texto com o título para que os alunos escrevam a cantiga etc.). A intenção é que cada aluno tenha o próprio registro escrito das cantigas do livro para que depois elas possam ser reunidas e compor o livro.

É interessante que os alunos escolham quais cantigas farão parte do livro (em torno de seis a dez cantigas) e decidam o formato (pequeno ou gran-de, quadrado ou retangular etc.), o título do livro e outros aspectos como o índice, as ilustrações, o local onde irão os nomes deles etc. Você deve também definir com a turma o acabamento do livro: com as folhas gram-peadas ou amarradas com um pedacinho de barbante; a capa com papel mais fino (sulfite) ou mais grosso (cartolina, papel-cartão); como será a ilustração da capa... Tudo isso pode ser decidido em função de uma en-trevista, planejada e organizada, com as crianças que receberão o livro.

O produto final – livro de cantigas – deve ser legível. Ou seja, durante todo o projeto, as crianças deverão ter diversas situações em que escreverão de acordo com suas hipóteses, pois saberão os textos de memória. En-tretanto, como será um material lido, o livro precisa ser escrito de forma convencional.

Para a produção das ilustrações, é interessante observar as de outros livros. Esse encaminhamento permitirá que os alunos tenham outros re-ferenciais – além do desenho próprio – para criar as ilustrações do livro.

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Para tanto, disponibilize materiais variados: lápis de cor, caneta hidrocor, giz de cera e materiais para colagem (tecidos, papéis coloridos, palito de sorvete, pedacinhos de lã etc.).

Quando a produção do livro terminar, organize o momento do lançamen-to do livro com a presença das crianças da escola de Educação Infantil mais próxima. Nessa ocasião, elas poderão escolher algumas cantigas para cantar durante o evento. Além disso, os alunos poderão levar o livro de cantigas para casa e compartilhá-lo com os familiares. Se achar con-veniente, organize um momento especial também para o lançamento do livro com a presença dos familiares, aproveitando a ocasião para os alu-nos realizarem uma apresentação das cantigas que dele fazem parte.

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Ao planejar atividades que envolvam cantigas populares, é importante considerar...

As cantigas populares emocionam os alunos. Por isso, você deve cantar sempre e muitas vezes. Incorpore-as à sua rotina de trabalho e cante, mui-to e sempre. Cante nas atividades previamente programadas para essa finalidade. E também de forma espontânea, na sala de aula, no refeitório, durante o recreio. Ouvir outras pessoas cantando, ouvir as canções grava-das em um CD, ouvir a mesma música com diferentes arranjos, tudo isso contribui para o aprendizado das crianças. Se possível, deixe-os escutar versões de cantigas populares na forma instrumental, sem a parte cantada. Isso ajuda os alunos a ampliar seu repertório de cantigas e, principalmente, proporciona uma intensa experiência com textos que fazem parte da nossa tradição. Além disso, elas favorecem a construção de conhecimentos sobre a língua escrita e o sistema de escrita.

Você provavelmente vai trabalhar com muitas cantigas. Entretanto, é im-portante eleger um repertório de pelo menos dez cantigas com as quais os alunos trabalharão de forma mais intensa. A intenção é que eles me-morizem essas cantigas e, em atividades pontuais de leitura e escrita, possam utilizar o conhecimento que já possuem sobre o conteúdo do texto para analisar a sua forma escrita. Lembre-se de que é preciso ga-rantir certo tempo para essa memorização acontecer (na Atividade 2, de leitura de parlenda, apresentamos algumas orientações sobre o assunto). É possível, já em fevereiro, compartilhar com a turma quais serão essas cantigas e, eventualmente, até escolhê-las com os alunos, tendo como referência as cantigas que eles já conhecem e de que mais gostam.

As cantigas populares são, atualmente, amplamente difundidas no meio editorial. Existem inúmeras publicações voltadas para esse assunto, e muitas delas são acompanhadas de CDs com o registro sonoro dessas cantigas. Leve para a sala de aula e deixe disponíveis para os alunos li-vros que explorem a letra de cantigas populares. Organize momentos de leitura desses livros, utilizando-os como suporte para cantar. Aprecie com a turma as ilustrações. Caso encontre variações na letra, comente com os alunos. Nesse tipo de material é comum encontrarmos informações sobre a origem da cantiga, a parte do Brasil (estado ou região) em que ela é mais comum, as transformações que a letra de uma cantiga sofreu ao longo do tempo ou então as variações que ocorrem de uma região para outra, o modo de dançar, brincar ou cantar essa ou aquela cantiga. Será uma boa oportunidade também para conversar sobre o que é um texto de tradição popular, que não tem autoria e é passado de uma geração a outra por meio da comunicação oral.

Quando a teoria ajuda a prática...Para aprofundar seus conhecimentos sobre o trabalho com cantigas, consulte no Guia de Estudos para Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo:Texto 15, Bloco 5, “Comunicação oral”; Texto 19, Bloco 7, “Condições a serem garantidas nas situações em que o professor lê para os alunos”; Texto 24, Bloco 8, “Produção oral com destino escrito”.

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Caso você desenvolva um trabalho de pesquisa mais amplo sobre as can-tigas, outros tipos de texto poderão ser trabalhados com os alunos: lista de nomes de estados, textos informativos sobre a origem das cantigas, texto instrucional sobre os passos que formam a dança de uma cantiga, entrevista com familiares, biografia de autores/estudiosos que se dedi-cam ao tema, a legenda do mapa político do Brasil etc. Podem-se tam-bém envolver conteúdos de outras áreas do currículo, como a História e a Geografia.

Organize espaços na sala de aula que possibilitem aos alunos encontrar as letras das cantigas e lê-las de forma espontânea. Além do cartaz com os títulos das cantigas, você pode montar um painel ou um varal com as letras dessas cantigas (amarrando um fio de uma parede a outra e pendurando as letras das cantigas com um pregador). Outra opção é elaborar um “álbum de cantigas”, ou seja, um caderno coletivo no qual as letras das cantigas são registradas (você pode digitar no computa-dor as letras das cantigas e colá-las no álbum, escrever as cantigas à mão e/ou pedir que algum aluno as escreva. O ideal é diversificar e ter vários tipos de registro). Aos alunos cabe a tarefa final de ilustrar o ál-bum e, sempre que tiverem vontade, folhear, ler e se divertir com esse registro coletivo.

Separe um caderno para que os alunos registrem as letras das cantigas e levem-nas para casa para cantar junto com os familiares, estudá-las etc. É um registro individual do trabalho. As cantigas poderão ser digitadas, mi-meografadas ou então copiadas pelos alunos. Valorize esse registro, incen-tivando-os a ilustrar os textos e a consultá-los sempre que necessário.

Aproveite o contexto desse trabalho para estreitar o vínculo com os fami-liares, envolvendo-os na pesquisa sobre as cantigas, além de convidá-los para a apresentação dos alunos – o “coral” indicado para o final do mês de maio. Caso um familiar saiba dançar uma cantiga, convide-o para “dar uma aula” para os alunos. No princípio do projeto, envie um bilhete aos pais avisando-os sobre esse trabalho e também sobre como eles podem participar e contribuir para a aprendizagem de seus filhos.

Lembre-se: ao longo desse trabalho, além das situações pontuais de lei-tura e escrita voltadas para a análise e a reflexão do sistema de escrita, seus alunos também vão ter a oportunidade de colocar em ação com-portamentos leitores e escritores e de ampliar o conhecimento sobre a linguagem literária. O ponto máximo desse processo será a elaboração e produção de um pequeno livro de cantigas.

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O QUE CONSULTAR?Livros

Quem canta seus males espanta, volumes 1 e 2, de Theodora M. M. de Almeida, publicado pela Editora Caramelo (acompanha CD).

O tesouro das cantigas para crianças, volumes 1 e 2, de Ana Maria Machado, pela Editora Nova Fronteira (acompanha CD).

Coleção Ciranda de Cantigas, organizada por Salatiel Silva, da Editora Ciranda Cultural (o CD que acompanha esta coleção de pequenos livros traz diversas cantigas de roda com arranjos diferentes: “Se essa rua fosse minha” em ritmo de tango, “Sapo Cururu” em forma de rock etc.).

A arte de brincar, de Adriana Friedmannn, publicado pela Editora Vozes.

CDs Cantigas de roda, de Sandra Peres e Paulo Tatit, lançado pelo selo Palavra Cantada.

Pandalelê - Brinquedos cantados, de Eugênio Tadeu, lançado pelo selo Palavra Cantada.

Aproveite para pesquisar na internet outros sites com informações sobre cantigas de roda. Você pode acessar um site de busca, como www.google.com.br, e digitar “cantigas de roda”, selecionar o item “páginas do Brasil” para agilizar a pesquisa e dar o comando “pesquisar”. Aparecerá uma longa lista de sites, atualizada, que você poderá consultar para buscar a letra completa de cantigas, informações históricas sobre elas, informações sobre a melodia, dicas de obras publicadas sobre o assunto e até projetos desenvolvidos em escolas com este tema.

Finalmente: do ponto de vista da comunicação oral, os alunos terão a oportunidade de aprimorar suas competências para se expressar oralmen-te em uma situação mais formal, ou seja, em uma situação de “coral”, na qual é fundamental aprender a se expressar com ritmo, seguindo a melodia do texto, adequando a altura da voz. Se na sua escola tiver um professor, um funcionário ou até mesmo um aluno que saiba tocar vio-lão ou flauta, e puder tocar para os alunos ou mesmo acompanhá-los na apresentação do coral, o trabalho com as cantigas contribuirá ainda mais para a formação musical de seus alunos.

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AtividAde 1 do projeto didático – LeiturA com o proFessor

Leitura de uma cantiga de ninar

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Conhecer e apreciar um texto que faz parte do repertório popular de nos-sa cultura, uma cantiga de ninar.

Ler antes de saber ler convencionalmente.

Acionar estratégias de leitura que permitam descobrir o que está escrito.

Ler um texto procurando relacionar aquilo que está sendo lido em voz alta com as palavras escritas.

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PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Alunos sentados nas carteiras, em duplas, vol-tados para a lousa e para você.

Quais materiais serão necessários? A escrita da letra da cantiga na lou-sa, utilizando letra de imprensa maiúscula, cópia da letra da cantiga pa-ra cada um dos alunos – mimeografada, fotocopiada ou reproduzida no computador –, cola, lápis de cor e/ou caneta hidrocor.

Duração: cerca de 30 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Ao planejar a atividade, selecione a cantiga com a qual irá trabalhar. Sugerimos que seja uma cantiga curta, que possa ser mais facilmente reconhecida pelos alunos: “Boi da cara preta”. A indicação desta canti-ga se justifica também pela rima das palavras preta/careta, que, como descrito na Atividade 2 deste bloco, proporcionará uma atividade de lo-calização de palavras no texto. Por outro lado, trata-se de uma cantiga de ninar, e esse aspecto poderá proporcionar uma conversa interessante com os alunos sobre as cantigas, os momentos nos quais se costuma cantar etc.

Antes de iniciar a atividade de leitura com os alunos, escreva o texto na lousa. Mostre-lhes que o texto tem um título e que ele se encontra em destaque em relação ao restante do texto. Antecipe uma informação im-portante: trata-se da letra de uma canção entoada para fazer as crianças dormir. Em seguida, cante o texto em voz alta, sugerindo aos alunos que eles acompanhem você cantando.

Ao final da atividade, distribua uma cópia do texto para que eles a colem no caderno e, em seguida, façam uma ilustração.

No desdobramento do trabalho, se essa for uma das cantigas a serem memorizadas pelos alunos, volte a cantá-la em outras ocasiões, propondo-lhes uma consulta ao texto do caderno para ler a cantiga para os colegas, bem como ouvi-la em versões registradas em CDs ou fita cassete.

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O QUE MAIS FAZER?Pesquisar junto aos familiares outras cantigas que também são entoadas para fazer as crianças dormir. Nesse contexto, é possível introduzir canções contemporâneas feitas com essa finalidade. Para tanto, será necessário elaborar um bilhete, o que poderá ser realizado de forma coletiva.

Além das cantigas de ninar, que outras cantigas existem: cantigas para dançar, cantigas para brincar. Desenvolver uma pesquisa sobre esse assunto também contribui para o enriquecimento da atividade.

Propor atividades semelhantes com outras cantigas, tais como “O sapo não lava o pé”, “A canoa virou”, “Caranguejo”, “Pirulito que bate, bate”, “Fui ao mercado”, entre outras tantas que estão no Livro de Textos do Aluno. Procure trabalhar com um repertório de cantigas mais comuns e, se achar pertinente, algumas cantigas menos conhecidas.

Pode-se alternar o encaminhamento de receber o texto já reproduzido com copiar o texto da lousa. Nesse caso, é importante selecionar, inicialmente, textos mais curtos para que a cópia não se torne uma tarefa cansativa para os alunos. Em tal contexto, a cópia adquire sentido especial, pois os alunos estarão copiando um texto para depois usufruir sua leitura com os familiares.

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AtividAde 2 do projeto didático – escritA do proFessor

Escrita da lista das cantigas conhecidas

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Participar de uma situação de escrita coletiva, começando a conhecer al-guns procedimentos relacionados ao ato de escrever.

Compartilhar com os colegas os seus conhecimentos sobre as cantigas tradicionais e também sobre a escrita das palavras que compõem os tí-tulos de cada uma delas.

Refletir sobre o sistema de escrita, colocando em jogo suas hipóteses e confrontando-as com as de seus colegas.

Ampliar o conhecimento sobre os nomes das letras e sua forma gráfica.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Alunos sentados nas carteiras, em duplas, vol-tados para a lousa e para você.

Quais materiais serão necessários? Lousa, giz, cartolina, caneta hidrocor.

Duração: de 30 minutos a 1 hora (conforme o conhecimento dos alunos sobre as cantigas).

EnCAMinHAMEnTO

Ao planejar a atividade, decida se irá escrever os títulos das cantigas que os alunos ditarem na lousa ou na cartolina. Na lousa é mais interessante, pois pode-se apagar o texto quantas vezes forem necessárias e, ao final, passá-lo a limpo em outro suporte – o cartaz, por exemplo. Lembre-se de que nem todas as cantigas populares têm título. Quando isso acontece, geralmente é o primeiro verso da canção que cumpre esse papel.

Antes de iniciar a atividade de leitura, retome com a turma as cantigas já conhecidas. Cante com eles essas cantigas e faça dessa conversa ini-cial um momento agradável de socialização dos conhecimentos que os

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alunos já possuem sobre esse tipo de texto. Combine que vocês farão um registro dos títulos dessas canções.

Durante a atividade, peça que os alunos ditem os “nomes” (títulos) das cantigas que conhecem. Escreva um título logo abaixo do outro, utilizando letra de imprensa maiúscula. Reflita em voz alta sobre a escrita desses títulos: a quantidade de palavras com as quais são compostos, qual é a letra inicial dessas palavras, se há palavras que se escrevem com as mesmas letras etc. Faça perguntas para o grupo, transformando a escrita em um momento de análise e reflexão sobre a língua.

Ao final da atividade, passe a limpo a lista dos títulos em um cartaz (caso os tenha escrito na lousa). Decida onde afixá-lo e volte a retomá-lo sem-pre que necessário.

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AtividAde 3 do projeto didático – escritA do ALuno

Produção de uma nova versão para uma cantiga

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Conhecer e apreciar um texto que faz parte do repertório popular de nos-sa cultura.

Refletir sobre o sistema de escrita, confrontando suas hipóteses com as dos colegas.

Ler um texto procurando relacionar aquilo que está sendo lido em voz alta com as palavras escritas.

Criar uma nova versão para um texto memorizado.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Alunos sentados nas carteiras, voltados para a lousa e para você no momento da leitura da cantiga, e em grupos na hora de escrever.

Quais materiais serão necessários? Lousa, giz, lápis, borracha, folha avul-sa e/ou caderno e cópias da cantiga (modelo na página 118).

Duração: cerca de 1 hora.

EnCAMinHAMEnTO

Ao planejar a atividade, considere que o trabalho com textos memoriza-dos não se restringe às atividades de escrita do(a) professor(a). Existem inúmeras possibilidades. Na atividade anterior, destacamos o trabalho de análise sonora do texto, associado à reflexão sobre a relação entre o falado e o escrito. Nesta atividade, a proposta é criar outra versão para um texto conhecido. A primeira proposta de criação é bastante simples: a incorporação de nomes de pessoas à cantiga “A canoa virou”. No des-dobramento dessa atividade, os alunos terão a oportunidade de criar ver-sões mais elaboradas, inventando trechos maiores e também reunindo

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palavras que rimam, binômios (duplas de palavras) divertidos etc.

Antes de propor a atividade, é fundamental que os alunos conheçam a cantiga de cor. Escreva o texto na lousa, com o nome de um aluno. Su-gira a leitura cantada do texto, de forma coletiva (utilize uma régua para apontar os trechos do texto escrito para que os alunos possam localizá-los durante a leitura). Depois, apague o nome e insira o nome de outro aluno. Pergunte ao grupo: o que muda na cantiga?

Durante a atividade, chame a atenção da turma para os artigos “o” e “a” que antecedem o nome da pessoa, na primeira estrofe da cantiga. Por que essa palavra muda conforme o nome da pessoa? Discuta com a tur-ma essa questão. Insira outros nomes e pergunte aos alunos o que muda no texto quando se troca o nome da pessoa: há partes que continuam iguais? Será que na hora de escrever muda muita coisa ou não? Lembre-se de que essa reflexão permite que os alunos observem que, sempre que se repete um mesmo trecho da canção, as palavras são escritas do mesmo modo.

Ao término da atividade de leitura coletiva, distribua a cópia da cantiga para os alunos e peça-lhes que criem outra versão, introduzindo os nomes de outras pessoas.

Quando os alunos terminarem, convide alguns para ler o texto em voz alta e compartilhar a sua versão com as dos colegas.

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117Guia de Planejamento e orientações didáticas

O QUE MAIS FAZER?

Os alunos podem colar a versão criada no caderno e levar o texto para ser ilustrado em casa. Com os familiares, eles certamente criarão outras versões para esse mesmo texto.

Propor a produção de novas versões para cantigas conhecidas, que os alunos já sabem de cor, aumentando o desafio de criação e também de escrita. Sugerimos:

“Eu era assim” (veja letra na sequência). Essa é uma cantiga para brincar. Ao cantá-la, a graça é imitar por meio de gestos aquilo que está sendo mencionado em cada estrofe. São inúmeras as possibilidades de exploração do texto. Afinal, a partir da matriz dessa canção, os alunos podem: 1. escrever o texto da perspectiva de um menino (mudando apenas o gênero de algumas palavras: menina / menino, mocinha / mocinho, casada / casado etc.) e também refletir sobre as palavras que deverão ser trocadas em função dessa mudança: mamãe / papai etc.; 2. sublinhar no texto o que não vai mudar na hora de escrever uma nova versão; 3. copiar o texto escrevendo somente os trechos que não vão ser alterados (montando, assim, a máscara da nova versão; outra opção é entregar a cópia pronta, mas perde-se a oportunidade de trabalhar a escrita); 4. criar versões relacionadas a outros campos semânticos, como as profissões (motorista, soldado, professor, médico etc.). Nesse contexto, os alunos poderão também, em grupos, discutir quais gestos deverão ser feitos na hora de brincar.

“A barata diz que tem” (veja letra na sequência). A graça dessa cantiga é contradizer aquilo que a personagem (a barata) diz que tem, mas não tem: “sete saias de filó / uma só, anel de formatura / casca dura” etc. O desafio dos alunos será criar novas situações divertidas. Pode acontecer de eles valorizarem mais o aspecto divertido, o humor, deixando de lado a rima. Não há problema. Em outra ocasião, essa produção poderá ser retomada e a questão da rima ser colocada como desafio.

Organize um mural ou varal com as versões criadas e convide alunos das outras salas para se divertirem com essa produção.

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A canoa virou

A CANOA VIROU POR DEIXÁ-LA VIRAR FOI POR CAUSA DA(O)

__________________________________

QUE NÃO SOUBE REMAR SE EU FOSSE UM PEIXINHO E SOUBESSE NADAR TIRAVA A(O)

__________________________________

DO FUNDO DO MAR

UMA nOVA VERSÃO PARA TEXTO COnHECidO

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119Guia de Planejamento e orientações didáticas

Eu era assim

QUANDO EU ERA NENÊ,

NENÊ, NENÊ,

EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

QUANDO EU ERA MENINA,

MENINA, MENINA,

EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

QUANDO EU ERA MOCINHA,

MOCINHA, MOCINHA,

EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

QUANDO EU ERA CASADA,

CASADA, CASADA,

EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

QUANDO EU ERA MAMÃE,

MAMÃE, MAMÃE,

EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

OUTRAS CAnTiGAS

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120 Guia de Planejamento e orientações didáticas

A barata diz que tem

A BARATA DIZ QUE TEM

SETE SAIAS DE FILÓ

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É UMA SÓ

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É UMA SÓ

A BARATA DIZ QUE TEM

UM ANEL DE FORMATURA

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É CASCA DURA

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É CASCA DURA

A BARATA DIZ QUE TEM

UMA CAMA DE MARFIM

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É DE CAPIM

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É DE CAPIM

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Page 122: Guia de planejamento e orientações didáticas  2º ano vol 1

121Guia de Planejamento e orientações didáticas

A baratinha*

A BARATA DIZ QUE TEM

SETE SAIAS DE FILÓ

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É UMA SÓ

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É UMA SÓ

A BARATA DIZ QUE TEM

CARRO, MOTO E AVIÃO

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É CAMINHÃO

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É CAMINHÃO

A BARATA DIZ QUE COME

FRANGO, ARROZ E FEIJÃO

É MENTIRA DA BARATA

ELA COME É MACARRÃO

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA COME É MACARRÃO

* Versão extraída do livro Quem canta seus males espanta, volume 1, de Theodora M. M. de Almeida, publicado

pela Editora Caramelo.

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122 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Ler e escrever para acompanhar acontecimentos marcantes

Estas orientações, embora se refiram à Copa do Mundo, podem ser total-mente adaptadas para as Olimpíadas, para os Jogos Pan-Americanos ou outros eventos do mesmo tipo que, em maior ou menor grau, invadem os noticiários e nos brindam com muitas informações e discussões significativas, delinean-do assim uma prática contextualizada de leitura.

A Copa do Mundo é um acontecimento que, quer os professores gostem de futebol, quer não, vai atrair muito a atenção dos alunos. É a primeira Copa para eles, pois, na última delas, ainda eram muito novos e pouco puderam acompa-nhar. Não se pode negar a relevância desse evento para a vida nacional – o as-sunto toma os noticiários de TV, as manchetes de jornal, as conversas nas ruas. Adultos e crianças, homens e mulheres, palmeirenses e corintianos... Não há quem não tenha uma opinião sobre a seleção! E, para os alunos, não se trata só de torcer, mas de poder acompanhar (e compreender) o andamento do cam-peonato mundial por meio dos jornais falados e impressos.

Como estão ocupados em aprender a ler e escrever, esta será uma oportuni-dade ímpar de construírem uma série de conhecimentos sobre o jornal impresso, principalmente os textos que traz, sua linguagem e conteúdos. Esse é um dos portadores que mais trazem notícias sobre a Copa, abarcando muitos gêneros textuais que podem ser levados para a sala de aula e utilizados com fins didáti-cos: listas (de países, de seleções, de jogos, de estádios e cidades, dos melho-res jogadores etc.), manchetes, crônicas, artigos de opinião, reportagens (sobre os lugares onde vão ocorrer os jogos, sobre os diferentes países de onde vêm as seleções etc.), notícias, tabelas, legendas, gráficos, entre outros. Ao decidir desenvolver um trabalho com jornais tendo como porta de entrada a Copa, é pos-sível escolher textos para desenvolver atividades voltadas tanto para a reflexão sobre o sistema, quanto para a aprendizagem da linguagem que se escreve.

Um trabalho com jornal permite a organização de sequências de atividades que envolvem diferentes situações didáticas. Ter um jornal em sala possibilita atividades de leitura pelo(a) professor(a) ou pelos alunos, bem como a escrita pelo(a) professor(a) ou pelos alunos de textos que pertencem a um portador in-serido na realidade social.

O que os alunos podem aprender:

Utilizar os conhecimentos que têm sobre o tema e apoiar-se em outros

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indícios (como fotos e ilustrações) para fazer antecipações e inferências na leitura das listas, legendas e manchetes.

Escrever diferentes listas relativas à Copa, de acordo com suas hipóte-ses, utilizando os conhecimentos disponíveis sobre o sistema de escrita.

Escrever legendas para fotos e manchetes para as notícias.

Comportamentos de leitor vinculados ao jornal: ler para acompanhar os acontecimentos, procurar os textos dos jornalistas de que mais gostam, consultar rapidamente a tabela para saber os resultados dos jogos etc.

Ao planejar as atividades, é importante considerar que...

A proposta é que a classe acompanhe o desenrolar da Copa: quando come-ça e termina, onde vai acontecer, quem vai jogar contra quem, quantos jogos vão ocorrer, como os times vão se classificando, quais jogadores vão despontando como os melhores, coisas pitorescas que acontecem, alguns fatos emocionan-tes e curiosidades.

Nosso objetivo não é transformar nossos alunos em especialistas, mas usar um assunto muito forte na nossa cultura e que estará em destaque nos meses de junho e julho para trazer para dentro da sala de aula esse importante porta-dor de textos, bem como promover situações de leitura, escrita e comunicação oral de forma que os alunos continuem pensando no sistema de escrita, desen-volvam mais suas capacidades de leitura e conheçam a linguagem jornalística: características discursivas, vocabulário, expressões, assuntos, objetividade e impessoalidade em alguns casos, opiniões e discussões em outros, recursos gráficos (imagens, tipo e tamanho da letra, gráficos e tabelas). Conhecer, ter contato, familiaridade, ser usuário de determinada linguagem favorece tanto a competência leitora quanto a escritora, seja na construção de sentido daquilo que se lê, seja na possibilidade de produção de textos.

A seguir você terá uma sequência de atividades que servem de sugestão – talvez até de inspiração – para você trabalhar com seus alunos.

Para começar, você contará a eles que irão acompanhar o andamento da Copa do Mundo por meio dos jornais. Assim, já vai ter uma ideia de quanto sua escolha realmente interessa a eles, o que sabem sobre esse campeonato e o que conhecem da seleção brasileira, seus jogadores e técnico. Esta primeira ati-vidade lhe dará subsídios para encaminhar melhor as sugestões a seguir, pois você terá de adaptá-las à sua realidade de modo a envolver todos os alunos.

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Compartilhada a ideia e conhecendo o que eles sabem e quanto se interes-sam pelo assunto, proponha que tudo que vocês forem colecionando de informa-ções importantes e interessantes no transcorrer do bimestre seja organizado, ao longo do mês, num MURAL dA COPA de 2010.

Dicas sobre mural:1. Há vários tipos de mural feitos com diferentes materiais: mural varal,

de cortiça, de isopor, de ripa, feltro. O melhor material é aquele que está disponível e viabiliza ter um mural na classe.

2. Deve ficar disposto na parede de forma a permitir o acesso e a leitura pelas crianças. O mural deve servir como fonte de informação, portanto é imprescindível adequar sua altura à altura dos alunos.

3. A elaboração do mural deve envolver todos os alunos.

4. É preciso cuidar da sua manutenção em relação tanto ao aspecto físico quanto a sua organização.

5. O tempo da informação no mural varia. Algumas podem ficar mais tempo, como a tabela dos jogos, os nomes dos países participantes; outras são de curta duração, como os resultados dos jogos.

Você pode colocar no mural: a lista com os nomes dos jogadores da seleção brasileira – e o número de suas respectivas camisas –, a tabela do campeonato para ser preenchida, os oito grupos, com suas quatro seleções e as bandeiras ao lado dos nomes dos países, um mapa-múndi com pequenas bandeiras sinali-zando os lugares onde ficam. Tudo isso, além de ajudar os alunos a acompanhar o andamento dos jogos, também será um vasto material de referência que eles poderão consultar sempre que forem escrever.

Durante o mês da Copa, traga notícias para comentar com os alunos. Leia o título, peça que tentem descobrir do que tratará o texto, mostre as fotos, leia as legendas e, depois de ler a notícia, comente-a, converse não apenas sobre o conte-údo da notícia, mas destaque também alguns termos usados, a atualidade da no-tícia, a parcialidade ou não dela. Convide-os a assistir a algo relativo à Copa na TV.

Deixe a notícia no mural por alguns dias para que possam revê-la em outros momentos. Use também o mural como portador de escritas dos alunos – manche-tes e legendas de fotos, ficha técnica dos países e suas seleções, por exemplo.

O clima em relação ao evento esportivo começa a esquentar muitas semanas antes da abertura. Reúna material interessante para poder acompanhar os jogos com muitas informações.

A seguir, detalhamos algumas atividades.

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125Guia de Planejamento e orientações didáticas

AtividAde 1: LeiturA do proFessor

notícias sobre o grande evento esportivo

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ouvir você e comentar, atendo-se ao tema lido.

Conhecer algumas características desse gênero.

Comportamentos de leitor vinculados ao uso do jornal.

PLAnEJAMEnTO

Quando fazer? Durante o mês do evento esportivo, pode ser feita duas ou três vezes por semana.

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem ficar em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? O jornal inteiro.

Duração: cerca de 40 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Selecione antes o que vai ler e escolha notícias que possam interessar-lhes. Você também pode escolher duas notícias e, depois de ler e discutir as manchetes, pedir que o grupo indique qual das duas quer ouvir.

Prepare a leitura em voz alta, pois na sua escolha pode haver o nome de um jogador ou país difícil de pronunciar por ser de outra língua. Treine e com-partilhe com os alunos essa dificuldade e o que você fez para resolvê-la.

Leve o jornal inteiro. Os alunos precisam conhecer o portador e saber que o caderno de esportes é uma parte dele.

Use o mapa-múndi para localizar os países.

Leia o nome do jornal e mostre onde estão as informações sobre tiragem e data.

Leia a notícia escolhida inteira e as legendas das fotos.

Promova discussões sobre a notícia.

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126 Guia de Planejamento e orientações didáticas

O QUE MAIS FAZER?Você pode montar uma hemeroteca para organizar os artigos lidos .

Grave algum programa de rádio que trate do mesmo tema tratado na notícia escrita e compare a forma de abordagem, a diferença pelo fato de o rádio não veicular imagens etc.

Compare a mesma notícia em dois jornais diferentes. Compare fotos. Antes de ler a legenda das fotos, convide-os a dizer o que acham que deve estar escrito e peça que justifiquem.

Solicite-lhes que assistam a um telejornal e tragam notícias sobre o assunto para, em sala, comentar e comparar.

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127Guia de Planejamento e orientações didáticas

AtividAde 2: LeiturA do ALuno

Lista com os nomes dos países

ObJETiVO - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ler antes de ler convencionalmente, colocando em jogo o que sabem sobre o sistema de escrita e apoiando-se em conhecimentos sobre o conteúdo e outros indícios.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Folha mimeografada com a lista dos países participantes do evento esportivo escolhido.

Duração: cerca de 40 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Organize antecipadamente o grupo em duplas pensando nas possibilida-des de interação.

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128 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Entregue uma lista com os nomes de onze países, dentre os quais cinco participantes do evento escolhido. É importante garantir que eles conhe-çam os nomes dos países participantes que foram incluídos nessa lista. Você pode usar o modelo da página 129.

Se você optou por organizar um mural com a lista dos países que fazem parte do evento, retire-a para que os alunos não recorram a ela durante a atividade.

Entregue para cada dupla uma folha com a lista de países.

Dite, um por vez, o nome de um dos países que participarão do evento.

Circule pelas duplas ajudando-as de acordo com a necessidade: às vezes perguntando, outras oferecendo informação, confirmando ou confrontando duas informações.

Se perceber que alguma dupla está com dificuldade, peça que outras deem dicas para ajudá-la. O importante é que as informações circulem!

Depois que todos (ou a grande maioria) tiverem terminado, compartilhe as escolhas feitas. Se houver diferenças, confronte e peça que algumas duplas expliquem como escolheram.

O QUE MAIS FAZER?Prepare listas variando a quantidade de nomes para criar diferentes graus de desafio.

Esta mesma atividade pode ter variações com outras listas (dos jogos da semana, lista dos resultados dos jogos da semana, lista dos países classificados para a fase seguinte etc.), de modo que o desafio seja semelhante: localizar palavras conhecidas, que estão misturadas com palavras desconhecidas, ou seja, encontrar pistas para descobrir as palavras solicitadas, utilizando estratégias de leitura e o valor sonoro convencional das letras. Eles podem também escrever listas: das seleções que nunca participaram de nenhuma Copa, das seleções que já foram campeãs, dos times de onde vieram os jogadores do Brasil etc.

Confeccione, com os alunos, jogos da memória e/ou jogo de dominó relacionando bandeira – país.

Para os alunos alfabéticos, você pode variar a atividade utilizando uma tabela com os países que fazem parte de um grupo e sua pontuação listada fora de ordem, como no modelo da página 130.

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129Guia de Planejamento e orientações didáticas

NOME _________________________________________ DATA _____ / _____ / _____

Temos acompanhado as notícias sobre os países que buscam

uma vaga na Copa do Mundo em 2010. Já lemos e conversamos sobre

países, jogos e jogadores. Abaixo você encontrará uma lista com os

nomes de onze países que participarão da Copa na África. Descubra e

circule os nomes dos países ditados pelo(a) professor(a), um de cada

vez. Ao final, você deve ter localizado nesta lista os nomes de cinco

países que estão participando da Copa de 2010.

BRASIL

PARAGUAI

ITÁLIA

ESPANHA

INGLATERRA

ÁFRICA DO SUL

JAPÃO

AUSTRÁLIA

COREIA DO SUL

COREIA DO NORTE

GANA

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130 Guia de Planejamento e orientações didáticas

NOME _________________________________________ DATA _____ / _____ / _____

Com a ajuda de seus colegas e do(a) professor(a), pesquise no jornal

e complete o quadro sobre a classificação no grupo do Brasil na Copa do

Mundo de Futebol de 2010.

CLASSiFiCAçÃO PAÍS

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131Guia de Planejamento e orientações didáticas

AtividAde 3: LeiturA do ALuno

Legendas de fotos trocadas

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Interpretar um texto buscando pistas tanto nas legendas como nas fotos.

Ler uma legenda antes de saber ler convencionalmente.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Cópia para todas as duplas de duas fotos de jornal bem diferentes e cópia das legendas também separadas.

Duração: cerca de 40 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Organize antecipadamente o grupo em duplas, pensando nas possibilida-des de interação.

Escolha duas fotos e duas legendas bem diferentes. Por exemplo, uma foto com algum jogador bem conhecido da seleção brasileira numa situa-ção de ataque e uma foto de outro time, com camisas de cores distintas das brasileiras, em uma situação de falta, defesa de goleiro etc.

Mostre as fotos, sem as legendas, e peça que digam de que seleções eles pensam se tratar, que jogadores conhecem e qual situação cada foto está retratando.

Depois, diga a eles que o jornalista que fez a reportagem já não lembra mais qual legenda é de cada foto e que eles terão de tentar ler o que es-tá escrito.

Aos alunos que têm mais dificuldades, dê pistas do tipo “veja se tem es-crito na legenda algum nome de país ou de jogador que você conhece e que está na foto”.

Circule pelas mesas ajudando as duplas – questionando, dando pistas e perguntando o que conseguiram descobrir e como.

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132 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Quando todos tiverem terminado, pergunte a que conclusão chegaram e deixe que expliquem como fizeram para descobrir. Se não tiverem con-seguido ler integralmente as legendas (apenas o nome do jogador, por exemplo), leia para eles.

O QUE MAIS FAZER?Esta é uma boa atividade para os alunos que ainda não leem convencionalmente. Para os que leem, você pode escolher uma notícia curta, sobre um jogo, e pedir que escolham qual é – entre três ou quatro possibilidades – o título mais adequado a ela.

Utilize também a atividade 15 da página 30 da Coletânea de Atividades.

AtividAde 4: escritA do ALuno

Legendas de fotos

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Escrever uma legenda preocupando-se em manter as características des-se gênero.

Escrever utilizando os conhecimentos disponíveis sobre o sistema de es-crita e as fontes de informação existentes na classe.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Uma folha com uma foto de jornal, espaço para escrever a legenda (cópia para todas as duplas) e a notícia que acompanha essa foto.

Duração: cerca de 40 minutos.

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133Guia de Planejamento e orientações didáticas

EnCAMinHAMEnTO

As duplas devem ser pensadas de modo que um aluno mais avançado em relação às hipóteses de escrita fique com outro com hipóteses iniciais.

Explique a proposta contando a eles que lerá uma notícia, depois mos-trará uma foto relacionada a essa notícia e então eles deverão criar, em duplas, a legenda para a foto.

Leia para eles a notícia. Comente-a e deixe que a comentem.

Distribua então as folhas com a foto e o espaço para a legenda, uma por dupla. Informe-os, se for o caso, dos nomes dos jogadores que aparecem na foto, ou a qual seleção pertencem.

Pergunte quem gostaria de dizer o que acha que poderia escrever na le-genda. Deixe que algumas crianças deem exemplos. ATENÇÃO: é impor-tante que, para que tenham sucesso nesta atividade, já tenham lido e discutido muito com você a respeito desse gênero textual.

Combine com eles que cada dupla deverá entrar em acordo a respeito do que vai ser escrito na legenda da foto. O aluno que tem hipóteses iniciais deve ditar e o outro ser o escriba.

Circule pelas duplas ajudando de acordo com a necessidade: às vezes perguntando, outras oferecendo informação, confirmando ou confrontan-do duas informações. Ajude os alunos a utilizar as fontes de informação existentes na classe.

Peça que cada dupla leia para o grupo a legenda que fez e depois as co-loquem no mural da sala.

Não é o momento de fazer correções ortográficas. Afinal, embora seja um texto curto, é um texto de autoria, e a maior preocupação deve ser com a produção da linguagem adequada a esse gênero.

O QUE MAIS FAZER?Esta atividade pode ser feita várias vezes, pois os alunos costumam gostar muito dela. Você pode depois organizar uma coletânea com todas as fotos e suas legendas. O cuidado com as duplas, para garantir que todos tenham sucesso na produção do texto, é fundamental.

A escrita de títulos para notícias de jornal também pode ser uma ótima atividade de produção de texto, a qual deve seguir orientações semelhantes às da escrita de legendas.

Tanto as legendas quanto os títulos são textos curtos, porém exigem dos alunos entendimento da notícia lida e poder de síntese para escrevê-los.

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134 Guia de Planejamento e orientações didáticas

AtividAde 5: LeiturA do ALuno

Ficha técnica dos países

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Buscar e selecionar informações.

Ler antes de saber ler convencionalmente, apoiando-se em pistas do texto.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Fichas técnicas dos países.

Duração: cerca de 50 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Prepare as fichas de acordo com o modelo da página 135 (da Copa de 2006) ou faça-as com outras informações que considere relevantes. Os dados para preencher as fichas você pode encontrar em sites da internet, nos jornais e re-vistas sobre o evento esportivo ou em enciclopédias virtuais ou impressas.

Escolha previamente as duplas de modo que possa haver uma boa inte-ração – um aluno que tenha hipóteses avançadas com outro que tenha ideias muito iniciais pode não ser um bom critério. Nesse caso, alunos com hipóteses mais próximas podem ser bons parceiros.

Dê para cada dupla uma ficha diferente para ser lida.

No primeiro momento, deixe que tentem descobrir que tipo de informa-ções aquelas fichas contêm.

Depois solicite que encontrem, cada dupla na sua ficha, as informações pedidas por você.

Comece pelo nome do país, pois certamente é a informação que encon-trarão com mais facilidade.

Depois, peça-lhes diferentes dados sem seguir a ordem da ficha.

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135Guia de Planejamento e orientações didáticas

Fomente o debate. Por exemplo, se você pedir a população (explique que se refere ao número de pessoas que lá vivem), é muito provável que fi-quem em dúvida entre os itens “área” e “população”, já que ambos têm uma resposta numérica – peça-lhes que justifiquem suas escolhas.

Explore cada item, solicitando sempre que alguns alunos explicitem as estratégias que utilizaram para descobrir.

Você pode comparar informações e tentar descobrir, por exemplo, qual o país mais populoso ou quais os idiomas mais falados.

Coloque as fichas no mural da classe para que possam sempre consultá-las.

O QUE MAIS FAZER? Você pode fazer, nesta rodada inicial, as fichas técnicas de 20 países. As demais você pode, por exemplo, preencher coletivamente, a partir de um texto que contenha essas informações, colocado em um retroprojetor.

Para os alunos que estiverem lendo com fluência, é possível fazer o que foi proposto acima: dar um texto e pedir-lhes que preencham a ficha com as informações.

Outras atividades para os alunos que ainda não leem, e que podem ser feitas a partir dos dados dessas fichas, são: ligar o nome do país à sua bandeira ou à sua capital ou desenhar a bandeira e escrever o nome do país.

FiCHA TéCniCA

PAÍS: TOGO

CAPiTAL: LOMÉ

POPULAçÃO: 5.018.502 HABITANTES

áREA: 56.785 KM2

COnTinEnTE: ÁFRICA

LÍnGUA: FRANCÊS

MOEdA: FRANCO CFA

JOGAdOR dESTAQUE: SHEYI EMMANUEL ADEBAYOR

CURiOSidAdES: É A PRIMEIRA VEZ QUE TOGO SE

CLASSIFICA PARA UMA COPA DO MUNDO

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136 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Roda de conversa, curiosidades e outros assuntos

Atividade permanente: comunicação oral

Conversar. Eis algo de que os alunos gostam. Entretanto, na sala de aula, a conversa deixa de ser um passatempo e passa a ser um conteúdo de ensino e de aprendizagem. Mas o que podem aprender os alunos numa conversa na sala de aula?

Manter-se dentro do assunto, fazendo colocações pertinentes.

Ouvir os outros – aprendendo algo que ainda não sabem.

Ouvir os outros – prestando atenção para fazer colocações que se rela-cionem com o que estão ouvindo.

Elaborar perguntas sobre o tema em questão.

Fazer relações entre o que sabem e as diferentes informações que estão ouvindo ou vendo.

Para que tais aprendizagens possam de fato ocorrer, é preciso que essas ro-das de conversa sejam bem planejadas. Seguem, portanto, algumas orientações:

Quando fizer seu planejamento semanal, escolha um tema por dia. Por exemplo: 2a feira, jornal – leve alguma notícia sobre o fim de semana; 3a feira, discuta algo relativo a algum tema que esteja desenvolvendo em clas-se; na 4a leve uma notícia sobre esportes; na 5a discuta outro tema desenvol-vido em sala de aula; e na 6a selecione uma notícia do jornal, ou um pequeno texto de alguma revista como Galileu ou Superinteressante, por exemplo.

Pense e planeje como o tema que você escolheu pode ser discutido:

j Como você irá apresentá-lo?

j De que tipo de informações os alunos já devem dispor sobre o assunto?

j Que tipo de dúvidas eles terão?

j Que perguntas ou problemas você pode colocar para que eles pensem e discutam sobre o assunto?

Se for necessário, leve materiais de apoio – cópias das notícias, papel e lápis.

A atenção não precisa estar concentrada em você o tempo todo. Deixe-os, por exemplo, discutir em pequenos grupos, com os colegas sentados ao lado, para depois emitirem suas opiniões ou fazerem perguntas sobre o tema da conversa.

Para saber mais sobre atividade permanente, sequência de atividade e projeto didático, leia no livro de Delia Lerner – Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário (Porto Alegre: Artmed, 2002) – o capítulo 4, que trata do conteúdo “gestão do tempo”.

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137Guia de Planejamento e orientações didáticas

Use lápis e papel ou a lousa. Anote os nomes de quem quer falar, escre-va as dúvidas para depois pesquisar em outras fontes, faça sínteses das discussões e coloque-as num caderno ou mural.

Afinal, conversa é coisa séria!

Era uma vez um conto de fadas...

Sequência didática – Produção oral com destino escrito

Esta sequência didática tem por objetivo familiarizar os alunos com a pro-dução de contos de fadas. Assim, no próximo semestre eles poderão escrever autonomamente esses textos ou parte deles. Para que isso fosse possível, há uma atividade muito importante que você vem fazendo desde o começo do ano: a leitura de contos tradicionais. O contato frequente com esse gênero – que foi lido diariamente por você – e as conversas sobre essas leituras servirão de ma-téria-prima para que eles, mesmo sem escreverem convencionalmente, possam ser autores de versões* desses contos. Isso será possível com propostas de atividade nas quais os alunos elaboram textos oralmente e os ditam para que você faça o registro escrito na lousa ou em um cartaz.

Ao ditarem, os alunos precisarão sentir-se autores da história, mesmo não estando alfabetizados. Portanto, é preciso que você tenha clareza do seu papel de escriba. É importante destacar aqui que mesmo os alunos que já leem e escrevem convencionalmente podem aprender muito com essa atividade, pois tal estratégia possibilita importantes discussões sobre a linguagem que se usa para escrever, e, em função disso, podem ampliar sua atuação como escritores autônomos.

Como escriba, você poderá utilizar, na frente dos alunos, estratégias de planejamento e revisão da produção coletiva. Isso significa colocar em ação os conteúdos relacionados ao que consiste escrever para escritores mais experien-tes, realizando atividades de revisão de textos na presença e com a participa-ção dos alunos, priorizando a análise e a reflexão sobre a língua e não apenas a correção do texto.

Essas ações com o texto permitem que os alunos:

j compreendam para que se planeja um escrito;

j pensem em diferentes opções para o início de um texto;

* Versão entendida neste contexto como reescrita da trama original, sem alteração no conteúdo principal.

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138 Guia de Planejamento e orientações didáticas

j busquem distintas possibilidades de expressar cada ideia, debatendo sobre a qualidade, a beleza, a precisão de cada uma das formas para escolher aquela que melhor concretiza o que querem dizer;

j atenham-se às diferenças entre o oral e o escrito, entre o coloquial e o formal, entre o que cabe apenas na fala e o que só faz parte do universo da escrita;

j leiam e releiam (ou ouçam e ouçam novamente) o que já foi escrito para assegurar a coerência com o que está por escrever ou para revisá-lo da perspectiva dos leitores.

Tudo isso é imprescindível para que construam conhecimentos importantes sobre os comportamentos de escritor.

A escolha dos textos que serão e foram apresentados como modelos deve ser, como foi enfatizado na primeira parte deste Guia, muito cuidadosa. Os con-tos selecionados para esta sequência deverão primar pela qualidade literária, pois, como sabemos, existem versões muito empobrecidas dos contos, no que diz respeito tanto à trama narrativa quanto ao cuidado com a linguagem. Por is-so, quando encontrar um conto com muitas ilustrações e textos de apenas uma linha para cada página, descarte-o. Para esta situação, certamente esse é um conto pouco adequado.

A produção ficará a cargo do grupo, mas isso não significa que você não pode-rá interferir – muito pelo contrário. Seu papel será de problematizar as elaborações feitas, confrontar as soluções dadas para um mesmo trecho e explicitar os compor-tamentos escritores: ler, reler e revisar, eliminar, trocar ou colocar novas palavras

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139Guia de Planejamento e orientações didáticas

ou trechos, reler para ver como continua, para verificar se o texto está compreensí-vel a um leitor ausente, se não tem repetições que o tornam cansativo. Como vê, você terá muito trabalho a fazer.

Mas lembre-se: você é o(a) escriba. Não será preciso que os alunos copiem o texto produzido coletivamente. O objetivo maior desta sequência é a realização de uma atividade de elaboração de texto com o foco na qualidade da linguagem que se escreve.

Sequência:

Escolha boas versões dos contos: Branca de Neve, Chapeuzinho Verme-lho, Cinderela e João e Maria.

Leia trechos que descrevem os personagens ou cenários (“tinha os lábios vermelhos como sangue, os cabelos pretos como o ébano e era branca como a neve”, por exemplo) para que os alunos descubram de que histó-ria foram retirados.

Promova uma discussão a respeito da linguagem utilizada e do papel das descrições nas histórias:

j Como o uso das palavras e expressões pode servir para causar os efei-tos desejados (por exemplo, pergunte como sabemos que a Chapeuzi-nho está amedrontada com a “avó”)?

j Como a descrição de ambientes pode criar suspense, diferentes climas numa história?

j Como a descrição de um personagem – seu jeito, sua personalidade – nos provoca, nos faz imaginá-lo?

j A caracterização de um personagem nos ajuda a saber qual é a história contada?

Escolha, com os alunos, um conto entre aqueles mais conhecidos, para ser produzido oralmente. Leia-o em diferentes versões.

Se houver possibilidade, deixe-os ouvir um conto em CD.

Promova o reconto oral desse conto com a colaboração de todos os alunos.

Planeje coletivamente o processo de produção oral do conto a ser escrito por você.

Escreva a produção oral dos alunos.

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140 Guia de Planejamento e orientações didáticas

AtividAde 6: LeiturA do proFessor

Leitura de contos tradicionais

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Conhecer algumas características desse gênero.

Apropriar-se dos recursos discursivos da linguagem que se escreve.

Comportamento de leitor: como escolher um bom texto, como desenvol-ver preferências por autores, temas ou estilos etc., como comentar.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem ficar em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? Livro com o conto escolhido.

Duração: cerca de 40 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Selecione uma boa versão com boas metáforas e linguagem literária.

Prepare-se para a leitura em voz alta planejando pausas e intervenções.

Apresente o conto que vai ser lido: autor, ilustrador, livro, título.

Peça aos alunos que relembrem o que sabem sobre a trama deste conto.

Mostre a ilustração de um dos personagens (uma princesa, por exemplo) e peça que contem como ele é.

Leia a história como foi planejado – destaque as descrições de lugares, ambientes e os recursos literários usados pelo autor.

Converse sobre os personagens e os ambientes, pedindo que os alunos falem sobre suas impressões.

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141Guia de Planejamento e orientações didáticas

O QUE MAIS FAZER?A continuidade desta atividade é, a partir da escolha do conto de fadas que será produzido oralmente, listar com eles os cenários e personagens que fazem parte do conto escolhido e pedir que, em pequenos grupos, façam, oralmente, descrições destes. Você deve anotar as descrições para retomá-las quando for produzir o texto.

Criar ilustrações para os personagens, neste contexto, faz todo o sentido. Colecione desenhos dos alunos, exponha e compare as diversas soluções encontradas por eles para bruxas, fadas etc.

Embora esta sequência didática esteja voltada para a linguagem que se escreve, é possível elaborar várias atividades de análise e reflexão sobre o sistema, voltadas, particularmente, para os alunos que ainda não escrevem convencionalmente. Você pode propor que:

j escrevam listas de seus personagens favoritos;

j com os títulos de várias histórias conhecidas escritos em tiras de cartolina, descubram, em duplas ou trios, qual título está escrito em cada tira.

j associem, em duas listas, o vilão e o protagonista de uma mesma história.

j a partir de uma descrição (lida por você), procurem, numa lista com vários personagens, aquele que você acabou de descrever.

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142 Guia de Planejamento e orientações didáticas

AtividAde 7: comunicAção orAL

Ouvir uma história gravada em Cd

ObJETiVO - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Conhecer algumas características do gênero conto de fadas, diferencian-do a forma oral da escrita.

PLAnEJAMEnTO

Quando realizar? Duas vezes ao mês a partir de junho, quando as condi-ções para esta proposta já foram garantidas pela familiaridade com este texto.

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem ficar em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? Aparelho de som pequeno e CD de histórias.

Duração: cerca de 50 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Escolha e ouça antecipadamente uma boa história num CD de histórias contadas.

Apresente o CD e diga para os alunos por que escolheu aquela história.

Peça que prestem atenção à linguagem e aos recursos usados pelo con-tador ao narrar a história, para depois comentarem – como ele lê com diferentes entonações, altera a voz, faz pausas ou acelera em determi-nadas passagens.

Coloque a história para ser ouvida. Garanta que todos consigam escutar bem.

Convide-os a comentar a história ouvida.

Comente o que chamou a atenção na forma como o contador conduziu a história: retome os aspectos que havia combinado previamente que observassem.

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143Guia de Planejamento e orientações didáticas

Discuta a respeito da linguagem utilizada e do papel das descrições nas histórias ouvidas:

j Como o uso das palavras e expressões pode servir para causar os efei-tos desejados?

j Como a descrição de ambientes pode criar suspense, diferentes climas numa história?

j Como a descrição de um personagem – seu jeito, sua personalidade – nos provoca, nos faz imaginá-lo?

Destaque a diferença entre os recursos utilizados para contar uma história, que são diferentes daqueles que estão no texto escrito – a sonoplastia e a entonação, por exemplo.

Reconte a história ouvida com a colaboração de todos.

Peça que comparem a história ouvida com a mesma história em sua ver-são escrita.

AtividAde 8: produção orAL com destino escrito

Produção oral da história escolhida

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Perceber a diferença entre a linguagem oral e a linguagem escrita.

Comportamentos de escritor: planejar o que irá escrever, rever enquanto escreve, escolher uma entre várias possibilidades, rever após escrever etc.

PLAnEJAMEnTO

Quando realizar? Deve ser realizada em três ou quatro etapas, para que não canse demais os alunos.

Como organizar o grupo? Voltados para o quadro-negro.

Duração: cerca de 40 minutos.

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144 Guia de Planejamento e orientações didáticas

EnCAMinHAMEnTO

A história já deve ser bem conhecida do grupo.

Comunique a eles que o trabalho que se iniciará neste momento vai pros-seguir por alguns dias, pois um bom texto leva tempo para ser escrito.

Avise que você será o(a) escriba, mas que eles é que irão contar a histó-ria. Diga também que, depois que a história estiver pronta, você vai dar cópias para que todos as levem para casa e mostrem para seus familiares.

Pergunte, então, como acham que a história deve começar. Discuta com o grupo as várias possibilidades e escreva a que ficar melhor (em letra bastão). Coloque questões que os façam refletir sobre a linguagem escri-ta. Você pode fazer perguntas como:

j Esta é a melhor forma de escrevermos isso?

j Será que o leitor vai entender o que queremos dizer?

j Falta alguma informação neste trecho?

j Como podemos fazer para esta parte ficar mais emocionante (bonita, com suspense etc.)?

Na hora em que perceber que estão cansados, interrompa, copie o trecho que tiver sido escrito em papel kraft da lousa e avise que continuarão posteriormente.

No dia em que continuar, coloque o papel com o trecho escrito na lousa, leia o que foi feito e dê prosseguimento à produção procedendo da mes-ma forma.

Quando o texto estiver pronto, o ideal é que todos tenham cópias mimeo-grafadas para levar para casa.

O QUE MAIS FAZER?Este procedimento de produzir textos oralmente pode ser amplamente utilizado, principalmente neste momento em que os alunos ainda têm muita dificuldade em grafar um texto, mas são perfeitamente capazes de compreender e produzir a linguagem escrita. Você pode propor a escrita de alguns trechos ou de outros tipos de texto, como os informativos, por exemplo.

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145Guia de Planejamento e orientações didáticas

“Hoje é domingo, pé de cachimbo” ou “Hoje é domingo, pede cachimbo?”Parlendas e trava-línguas – o que podem estas brincadeiras?

Sequência didática: texto memorizado

Parlenda [De parlanda, com dissimilação] S.f. 1. Palavreado, palavrório, bacharelada. 2. Discussão importuna: desavença, rixa, 3. Rimas infantis, com verso de cinco ou seis sílabas, para divertir, ajudar a memorizar, ou escolher quem fará tal ou qual brinquedo. Ex.: “Amanhã é domingo/Pé de cachimbo”, “Um dois,/feijão com arroz’’.[Var.: parlenga e (pop.) perlenda, perlenga].*

Segundo o Dicionário Aurélio, parlendas são rimas infantis que fazem parte das brincadeiras de crianças no quintal e na rua. Mas o que esse repertório pos-sui de tão especial para ter invadido as escolas já há alguns anos? Como fazem parte do mundo dos jogos, são rimados, divertem e são fáceis de memorizar, esses textos, junto com os trava-línguas, tornaram-se objeto de brincadeira e de trabalho de muitos professores, além de contribuir para manter vivo um reper-tório que faz parte da cultura popular da infância, pois em todos os cantos do Brasil as crianças, em diferentes épocas, usam as parlendas e os trava-línguas em suas brincadeiras. Muitos professores então, sabiamente, passaram a usá-los na escola para propostas interessantes, envolventes e divertidas de leitura, escrita e comunicação oral.

Existe também uma justificativa didática bastante pertinente para seu uso nas propostas de alfabetização: são textos que permitem que os alunos leiam antes de saber ler. A partir desse repertório – que deverá ser construído ou ape-nas resgatado –, os alunos que ainda não compreenderam a relação entre a fala e a escrita terão nesses textos inúmeras possibilidades de tentar ajustar o oral ao escrito e assim avançar em suas hipóteses sobre o funcionamento do nosso sistema de escrita. (Na página 70, você encontra outras justificativas sobre a im-portância dos textos que se sabe de memória na alfabetização.)

Para poderem avançar em relação aos conhecimentos sobre o sistema e em relação aos comportamentos de leitor, os alunos devem ser convidados a ler – mesmo que ainda não o façam do ponto de vista convencional – em contextos que favoreçam ao máximo sua atuação como leitores. Para isso, certas condi-ções precisam estar garantidas: o texto que a criança interpretará deverá conter dicas que permitam, além de atribuir significado ao escrito, fazer antecipações e utilizar conhecimentos além da decifração.

* Fonte: Novo Dicionário da Língua Portuguesa – Aurélio. São Paulo: Nova Fronteira, 1985. p. 1.038.

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Esses textos também possibilitam um importante trabalho com a oralidade, já que nasceram para ser falados. Assim, é interessante criar situações em que os alunos leiam, recitem ou declamem em público, aprendendo então qual a me-lhor entonação e o ritmo que devem ser dados ao texto que será apresentado.

Além de tudo isso, o repertório de textos memorizados pode enriquecer – e muito – o universo cultural dos alunos.

Algumas dicas

Quanto mais precisos forem a proposta e o contexto de leitura, maiores as chances de fazer os ajustes necessários entre o que é recitado e o que se encontra por escrito e de localizar a informação pedida.

Quanto mais o conteúdo do texto for previsível e conhecido, mais os alu-nos poderão utilizar os indicadores qualitativos e quantitativos que os textos oferecem.

A presença de ilustrações e imagens permite ao aluno fazer relações com o conteúdo tratado nas parlendas e nos trava-línguas.

No planejamento das atividades que você vai encontrar a seguir, vamos usar as parlendas com intencionalidade didática. São propostas de leitura, escrita e comunicação oral em que os alunos são convidados a ler, escrever e declamar parlendas conhecidas, inéditas, e ainda diferentes versões de uma mesma par-lenda. Vale lembrar que no 1o bimestre este universo infantil da cultura popular já esteve presente por meio das cantigas de roda. Organizar e planejar novas atividades com as parlendas e os trava-línguas, partindo dos mesmos pressu-postos, será bastante produtivo para o seu trabalho.

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AtividAde 9: LeiturA do ALuno

Parlendas conhecidas – ditado cantado

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ler antes de saber ler convencionalmente, tentando estabelecer relações entre o oral e o escrito.

Colocar em prática estratégias de leitura: fazer uso do conhecimento que tem acerca do texto, do valor sonoro das letras, dos aspectos gráficos, entre outros.

PLAnEJAMEnTO

Quando realizar? Duas vezes na semana.

Como organizar o grupo? Em duplas ou individualmente.

Quais materiais serão necessários? As parlendas do Livro de Textos do Aluno.

Duração: cerca de 40 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Explore oralmente o repertório de parlendas do grupo.

Liste em um cartaz as parlendas conhecidas.

Escolha, dentre o repertório de parlendas que os alunos conhecem de memória, as que serão utilizadas para a atividade do ditado cantado.

Entregue para cada dupla, ou para cada aluno, uma folha com a parlenda selecionada ou peça que encontrem no Livro de Textos do Aluno.

Peça-lhes que acompanhem uma primeira leitura integral da parlenda rea-li zada por você.

Solicite-lhes que acompanhem a leitura com o dedo, ajustando o que leem ao que está escrito.

Peça-lhes que, durante uma nova leitura feita por você, parem em deter-

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minadas palavras propositadamente: por exemplo, ao ler o primeiro verso da parlenda Cadê o toucinho que estava aqui?, acompanhar com o dedo e parar na palavra toucinho.

Discuta com os alunos:

1. Encontraram a palavra toucinho?

2. Como descobriram?

3. Se encontraram, pergunte com que letra começa e com que letra termina.

4. Se não encontraram, proponha novas alternativas, como por exemplo: retomar a leitura desde o início, utilizando o conhecimento que têm de memória, e acompanhar com o dedo; retomar a leitura a partir de uma palavra conhecida; dizer que se trata de uma palavra que está na pri-meira estrofe ou verso; questioná-los quanto ao tamanho da palavra – se é uma palavra pequena ou grande etc.

5. Continue a leitura propondo outras paradas e outras reflexões sobre o sistema.

Intervenções na formação das duplas Em relação à formação das duplas, é fundamental que você conheça as hi-

póteses de escrita de seus alunos para que possam produzir e juntos avançar.

Aqui, o uso da sondagem é determinante para o sucesso da atividade:

Os alunos com escrita silábica, por exemplo, podem fazer parceria com alunos também com escrita silábica.

Outra possibilidade é agrupar os alunos que já fazem uso do conhecimen-to sobre o valor sonoro das letras para formarem parcerias com alunos com hipótese de escrita pré-silábica.

Os alunos com hipóteses pré-silábicas não devem ser agrupados entre si, pois para eles é importante a interação com alunos que escrevam fazen-do corresponder partes do escrito com partes do falado, ou seja, aqueles com hipóteses silábicas.

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O QUE MAIS FAZER?Para os alunos com hipóteses alfabéticas, você poderá propor variações na atividade.

Organizados em duplas e fazendo uso do mesmo texto, você pode propor que pensem sobre as questões ortográficas. Uma possibilidade é pedir que montem a parlenda “Cadê o toucinho que estava aqui?” usando letras móveis – você as seleciona e entrega somente as letras que compõem a parlenda, tendo os alunos de se concentrar na escrita exata das palavras.

Organizar uma lição de casa em que os alunos tenham de pesquisar outras versões com parentes e vizinhos e escrevê-las para socializar com a turma.

Entregar cartões com diferentes versões de diversas parlendas para serem lidas em duplas.

AtividAde 10: escritA do ALuno

Produção de versões para uma parlenda

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Refletir sobre a escrita e sobre suas hipóteses.

Ampliar sua capacidade de tomar decisões sobre a escrita.

PLAnEJAMEnTO

Quando realizar? Ao longo do bimestre, toda semana, enquanto houver alunos com hipóteses pré-silábicas e silábicas na turma.

Como organizar o grupo? Em duplas ou individualmente.

Quais materiais serão necessários? Folha avulsa ou caderno.

Duração: cerca de 40 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Recupere o repertório de parlendas da classe.

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150 Guia de Planejamento e orientações didáticas

Selecione uma parlenda adequada para fazer a proposta.

Entregue uma folha mimeografada com uma parlenda para ser lida pelo grupo em coro, por alunos individualmente e por você.

Explore a parlenda quanto ao seu tema, suas rimas, forma e sentido.

Proponha que criem oralmente outra parlenda inspirada na parlenda lida.

Peça que alguns alunos declamem o que inventaram.

Avalie, com os alunos, quais parlendas mantiveram as características da original quanto ao ritmo, rimas e sentido.

Organize as duplas de trabalho previamente pensadas por você.

Peça que escrevam a nova versão para a parlenda.

Circule pelas duplas para ajudar, problematizar, perguntar, informar, de forma que suas intervenções considerem as necessidades de avanço de cada dupla e contribuam para que pensem sobre as escolhas e decisões que tomaram, mesmo quando acertadas, e, assim, avancem em relação à construção do sistema de escrita.

Compartilhe as parlendas produzidas.

intervenções quanto ao acompanhamento das duplas

Algumas dicas importantes para você:

j Verifique se todos compreenderam o que foi proposto.

j Organize as duplas de acordo com seus instrumentos de sondagem.

j Circule pela sala durante a realização da atividade para verificar quais questões os alunos estão se colocando.

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j E quando os alunos com escrita alfabética tiverem dúvidas em relação à ortografia, você pode indicar o uso do dicionário, a consulta a uma lista de palavras que não podem mais errar, organizada por eles mesmos com a sua ajuda, ou a observação de como estão escritas em determinado texto.

Como nem sempre é possível acompanhar de perto todas as duplas ou grupos com intervenções mais intencionais, é fundamental que você organize um registro em que anote quais alunos pôde acompanhar no dia, mantendo um controle que lhe permita progressivamente contemplar todos.

O QUE MAIS FAZER?Para atender os alunos não-alfabéticos, você pode propor algumas variações que permitam que a atividade seja difícil, mas possível, de modo que eles avancem porque têm decisões a tomar. Uma possibilidade é entregar alguns títulos de parlendas que são do repertório das crianças e pedir que localizem a parlenda X. O importante é perceber que é preciso criar as condições para que todos possam realizar a atividade. A dupla de trabalho e as suas intervenções são muito importantes para garantir a ajuda necessária para a realização da tarefa e provocar reflexões sobre a escrita alfabética.

j Faça um varal com as diferentes versões escritas pelos alunos.

j Produza um livreto com o texto original e as versões para serem lidas em casa.

j Promova uma apresentação das versões mais divertidas escolhidas pelo grupo.

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NOME _________________________________________ DATA _____ / _____ / _____

Leia as parlendas e depois, em dupla, escrevam uma parecida.

FUI NO CEMITÉRIO TÉRIO TÉRIO TÉRIO ERA MEIA-NOITE NOITE NOITE NOITE VI UM ESQUELETO LETO LETO LETO ERA VAGABUNDO BUNDO BUNDO BUNDO

FUI NO CINEMA NEMA NEMA NEMA VI UM FILME CHATO CHATO CHATO CHATO ERA DE CACHORRO ORRO ORRO ORRO TINHA CARRAPATO PATO PATO PATO

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AtividAde 11: LeiturA do ALuno

Quebra-cabeça de parlenda

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Refletir sobre o sistema de escrita.

Ler um texto considerando o que sabe sobre o conteúdo, as letras, os sons e os aspectos gráficos do texto.

PLAnEJAMEnTO

Quando realizar? Ao longo do bimestre, uma vez na semana.

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Parlendas da Coletânea de Ativida-des e envelopes.

Duração: cerca de 50 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Prepare o material para cada dupla: uma parlenda recortada (em versos, palavras ou letras) colocada num envelope.

Planeje as duplas previamente para antecipar os desafios a serem propostos.

Faça a proposta para as duplas, informando que se trata de uma parlenda conhecida. Recupere oralmente a parlenda cujas letras, versos ou pala-vras encontrarão no envelope.

Explique que cada dupla receberá um envelope com a parlenda escolhida e deverá montá-la.

Discuta com os alunos o que vai acontecer, procurando que antecipem: não pode sobrar nem faltar partes, o texto montado tem de fazer sentido.

Distribua os envelopes.

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Circule pelas duplas para ajudar, problematizar, perguntar, informar, de forma que suas intervenções considerem as necessidades de avanço de cada dupla e contribuam para que pensem sobre as escolhas e decisões que tomaram, mesmo quando acertadas, e, assim, avancem em relação à construção do sistema de escrita.

Solicite que algumas duplas leiam a parlenda que montaram. Você tam-bém pode pedir que as duplas mudem de lugar e leiam parlendas mon-tadas por outra dupla.

O QUE MAIS FAZER?Para garantir o desafio para alfabéticos e não-alfabéticos, você poderá variar a atividade quanto ao recorte das parlendas. Elas podem estar recortadas em versos, palavras ou ainda letras.

Outra possibilidade para os mais avançados é dar um envelope com duas parlendas recortadas, em vez de apenas uma. A ideia é manter o desafio para todos. Lembre-se de que a proposta deve ser difícil, porém possível.

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AtividAde 12: LeiturA do ALuno

Palavras que rimam e complicam

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ler antes de saber ler convencionalmente, tentando estabelecer relações entre o oral e o escrito.

Ler o texto colocando em uso estratégias de leitura, o que pressupõe: fazer uso do conhecimento que tem sobre o texto, sobre o valor sonoro das letras, sobre os aspectos gráficos do texto, entre outros.

PLAnEJAMEnTO

Quando realizar? Ao longo do bimestre, uma vez na semana.

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Trava-línguas.

Duração: cerca de 50 minutos.

EnCAMinHAMEnTO

Escolha dentre o repertório dos trava-línguas que os alunos conhecem de memória um que gostariam de realizar a leitura e a análise das rimas.

Entregue para cada dupla uma folha com o texto selecionado.

Peça que acompanhem uma primeira leitura integral do trava-língua feita por você.

A ARANHA ARRANHA A JARRA

A JARRA ARRANHA A ARANHA

Discuta com os alunos o que está em jogo nessas brincadeiras com as palavras:

j Quais palavras se parecem, rimam?

j Em que parte elas são parecidas?

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j Por que, ao falarem rápido, correm o risco de errar o texto?

j Como você explicaria o fato de ser tão difícil repetir esse texto em voz alta e rapidamente?

Estimule-os a recitar outros trava-línguas do Livro de Textos do Aluno.

Proponha que escrevam versões para esse trava-língua.

O QUE MAIS FAZER?Para garantir o desafio para os alunos não-alfabéticos, você poderá variar a atividade, propondo reflexões sobre o sistema de escrita. Você pode, por exemplo, pedir que localizem a palavra JARRA, retomando o texto que conhecem de memória, cobri-la com uma felipeta de cartolina e pedir que digam o que já está escrito – JARRA. (Mostre a primeira letra e pergunte: “O que já está escrito aqui? E se eu colocar mais uma letra? O que pode ser lido?”, e assim sucessivamente.) A variação permite aos alunos refletir sobre a relação entre cada uma das partes e o todo.

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Pé-de-moleque, canjica e outras receitas juninas: um jeito gostoso de aprender a ler e escrever

Projeto didático

Justificativa

Todos os anos, invariavelmente, as escolas se ocupam da festa junina: or-ganizar a quermesse com suas barraquinhas, ensaiar a quadrilha, providenciar os comes e bebes, cortar e colar bandeirinhas e lanternas. Por que então não aproveitar esse momento que invade com força total o cotidiano da escola e colocá-lo a favor da aprendizagem da leitura e da escrita?

Dentre as muitas possibilidades de abordagem desse tema, optamos por enveredar pelas receitas, pois permitem a aprendizagem de práticas de leitura e escrita relacionadas aos textos instrucionais, sobre os quais ainda não nos detivemos.

As receitas são um gênero textual muito adequado para incluir na rotina das turmas que estão na fase inicial do processo de alfabetização. É um gênero de circulação social bastante corrente, presente em todas as classes sociais (mesmo nas cozinhas mais precárias se podem encontrar receitas que estão impressas nas embalagens de produtos básicos como o óleo ou o arroz). Sua estrutura – uma pequena ficha (tempo de preparo, rendimento e grau de dificul-dade, em alguns casos), uma lista e depois um parágrafo, geralmente com os verbos nos modos imperativo ou infinitivo – facilita as antecipações e permite que se coloque em prática uma série de comportamentos de leitor relacionados a ler para fazer alguma coisa, um dos importantes propósitos sociais de leitura que nossos alunos precisam aprender.

Produto final

Um livro de receitas de comidas típicas de festa junina para entregar para alguma instituição próxima à escola, com a qual haja algum tipo de parceria – lar de idosos, associações comunitárias ou instituições que atendam portadores de deficiências.

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Objetivos

Escrever receitas – de próprio punho ou oralmente, partes ou todo –, avan-çando em suas hipóteses com relação ao sistema de escrita.

Participar de situações que envolvam comportamentos de escritor relacio-nados à produção de textos e à produção de uma pequena publicação.

Apreciar e valorizar receitas típicas.

O que se espera que os alunos aprendam

Uma diversidade de receitas, para se familiarizarem com esse gênero tex-tual e conhecerem os comportamentos de leitor relacionados a ele.

Utilizar informações disponíveis nos textos relacionadas à diagramação e a outros recursos das receitas para fazer antecipações e verificá-las.

Seguir uma receita.

Ditar receitas para você ou para o colega, controlando o que deve e o que não deve ser registrado pelo escriba.

Interagir nas situações de produção de textos coletiva, em duplas ou em grupos.

Preocupar-se com seus leitores tanto na escolha das receitas para o livro, como na forma de apresentação, ilustrações etc.

Conhecer um pouco a origem das receitas e suas relações históricas e culturais com a festa junina.

Etapas previstas

Um projeto como este pode levar todo o mês de junho e culminar na época da festa junina. A preparação, entretanto, pode começar antes. Pesquise as origens de diferentes receitas e já tenha, antecipadamente, algumas informações.

No início do mês de junho, converse com seus alunos sobre o projeto. Compartilhar com eles o que será feito, por que e como é fundamental para envolvê-los e comprometê-los desde o início. O tema festa junina e, ainda mais, os deliciosos doces e salgados que encontramos nela certa-mente são um assunto que os alunos vão apreciar. Aproveite para explorá-lo bastante.

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Os alunos devem pensar em como escolher as receitas mais adequadas, considerando o seu público leitor – ou seja, as pessoas da instituição para quem doarão o livro. Coloque este problema para eles: como fazer para saber quais receitas eles gostariam de ter? As respostas devem variar – mandar uma carta, perguntar a eles pessoalmente, telefonar. De qualquer modo, a ideia é de que essa conversa ressalte a necessidade de vocês organizarem algum tipo de pesquisa entre seus leitores.

As perguntas da pesquisa devem ser elaboradas coletivamente e podem ser bastante simples: Que comidas de festa junina vocês conhecem? Quais as de que mais gostam?

Nesse ínterim, mostre alguns livros de receita a eles para que saibam co-mo são organizados. Se possível, prepare algo simples – como gelatina ou pipoca, seguindo a receita com eles.

Quando eles já tiverem alguma familiaridade com as receitas, proponha uma atividade em que tenham de colocar esses conhecimentos em jogo para encontrar determinada receita (veja a atividade 14 na página 163).

Depois que obtiverem as respostas da pesquisa, você pode fazer na lou-sa uma lista de todas e sugerir que façam uma organização: por ordem alfabética, separando em doces e salgados ou em frios e quentes, por exemplo. Depois de decidir os critérios, proponha uma atividade em que eles tenham de reorganizar a lista, copiando.

Agora é hora de coletar as receitas. Muitas são as possibilidades. Pedir-lhes que comecem por suas casas é um jeito interessante de envolver a família. Escreva coletivamente um bilhete (veja na sugestão da atividade 9 da página 84) solicitando aos pais (ou outros familiares) que puderem e souberem que enviem uma receita de doce ou salgado de festa junina.

Quando os alunos trouxerem as receitas, a primeira coisa que podem fazer é tentar localizar na lista (que deverá estar no mural) aquele prato. Caso não faça parte da lista, você pode guardá-la e dizer que essa receita poderá, futuramente, ser incluída na coletânea.

Na medida do possível, pesquise a origem das receitas e curiosidades li-gadas a elas e compartilhe-as com eles. Por exemplo, você sabia que “pé-de-moleque” não tem esse nome apenas porque lembra um pé descalço (e sujo)? O nome também remete às situações em que as cozinheiras, mexendo o tacho, tinham uma plateia de meninos que ficavam assistin-do com aquele olhar “pidão” e elas lhes diziam: “pede, moleque!”. Essas informações podem ser colocadas no mural da classe.

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Antes de escolher quais receitas comporão o livro, é possível compará-las, ver quais as diferenças entre duas receitas de um mesmo prato, segui-las para escolher qual a melhor.

Depois de selecionar as receitas que deverão compor o livro, discuta com os alunos a respeito de como deve ser estruturado:

j Sumário

j Ilustrações

j Apresentação

j Capa

j Contracapa

j Créditos

j Agradecimentos

Combine com eles uma estrutura igual para todas as receitas. Discuta com eles qual a mais comum e, coletivamente, faça as adaptações das receitas que estiverem fora do padrão estipulado.

O ideal é que o número de receitas seja aproximadamente a metade do número de alunos, de tal modo que cada dupla de crianças fique respon-sável por copiar uma das receitas.

Prepare junto com eles um papel especial, no qual deverão copiar as receitas.

As cópias deverão ser feitas em duplas. Escolha duplas que interajam bem e ajude-os a fazer o trabalho em equipe: enquanto um escreve, o outro vai ditando e acompanhando – depois, inverte-se. É interessante também que cada um possa fazer uma ilustração.

Os demais textos (apresentação, sumário, agradecimentos etc.) podem ser feitos coletivamente e com você como escriba.

Quando o livro ficar pronto, é interessante fazer algumas cópias: para fi-car na classe, para doar para o acervo de outra sala ou da escola e para entregar para a APM, por exemplo.

O livro pode ser entregue nos festejos juninos ou ter um evento espe-cialmente organizado para isso. O importante é que haja algum tipo de cerimônia, com a presença de algum representante da instituição para a qual o livro foi feito.

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Ao planejar atividades que envolvam receitas, é importante considerar...

As receitas contêm listas e fichas. Use e abuse de situações de análise e reflexão sobre o sistema utilizando esses textos. Sempre que possível, entregue cópias de receitas (de pratos típicos de festa junina) para eles e peça que tentem adivinhar quais ingredientes são utilizados, o número de porções e o tempo de rendimento. Isso os coloca no papel de leitores antes de saberem ler, além de ser um procedimento bastante comum de quem segue receitas, que procura primeiro essas informações para depois decidir se irá utilizar a receita ou não.

A internet tem uma infinidade de receitas e muitas curiosidades. Entre-tanto, nem todas as informações são corretas. Se possível, confronte e compare informações retiradas de livros, enciclopédias, revistas e da in-ternet. Assim, você estará formando um leitor que não apenas percebe que pode buscar informações em diferentes meios, mas também que sabe que precisa estar atento, analisar e comparar.

Receitas culinárias são textos feitos para transformar ingredientes em quitutes – é um tipo de texto que se lê com propósitos bem práticos e objetivos. Muitas receitas de festa junina são relativamente simples. Converse com seu coordenador pedagógico, com seu diretor e com as pessoas responsáveis pela cozinha para tentar viabilizar momentos de culinária com a sua turma.

Você pode aproveitar para ler para eles textos informativos sobre os pratos e colocar no mural. Pode também produzir, coletivamente, alguns textos do tipo “Você sabia que...” para colocar no mural para as turmas com as quais vocês dividem a sala nos demais turnos.

O fato de o livro ter destinatários reais é fundamental e deve balizar todas as decisões relativas à sua produção. Por exemplo, se os destinatários forem idosos, é preciso que a letra seja grande – caso contrário, eles não conseguirão ler.

Seguem algumas sugestões de atividades detalhadas para este projeto.

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162 Guia de Planejamento e orientações didáticas

AtividAde 13: LeiturA do ALuno

Localizar uma receita

ObJETiVO - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Comportamentos de leitor – buscar no portador correto, localizar no índice, avaliar se a informação está de acordo com o que deseja etc., apoiando-se em informações sobre o sistema, ilustrações, diagramação, entre outras.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Coletivamente, em roda.

Quais materiais serão necessários? Vários portadores de texto – livros e revistas de receitas, guias de endereço, livros de contos de fadas, jornais etc.

Duração: 45 minutos aproximadamente.

EnCAMinHAMEnTO

Coloque todos os portadores expostos sobre um pano.

Conte aos alunos que eles deverão encontrar uma receita de bolo de mi-lho (ou alguma outra) entre aquelas publicações que ali estão.

Solicite que, primeiro, eles descartem aqueles portadores que acham que não devem conter a receita e explicitem o porquê.

Depois que tiverem sido eliminados os guias, livros de história e outros portadores, peça que alguém escolha, entre os materiais que ali estão, um que possa conter a receita. Ele deve justificar sua escolha.

Quando alguém escolher um livro ou revista de receitas, pergunte a todos como podem tentar descobrir se ele tem a receita que procuram sem pre-cisar folhear todas as páginas.

Se ninguém se referir ao sumário, você pode mostrar como utilizá-lo.

Depois de encontrar a receita, peça que algum aluno já alfabético leia com você a lista de ingredientes e, na sequência, o modo de fazer.

Converse com eles a respeito da pertinência ou não da receita e, se possí-vel, prepare-a com eles. Se a receita não for adequada, procure outras.

Para saber mais, leia o texto “Contribuições à prática pedagógica 2” do Módulo 1, Unidade 4, Texto 9 do PROFA.

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163Guia de Planejamento e orientações didáticas

O QUE MAIS FAZER?Toda vez que for consultar algum material escrito ou procurar uma informação, compartilhe com os alunos os seus procedimentos: em que portadores você busca que tipo de informação (lista telefônica para telefones, guias e mapas para endereços, livros de receitas, embalagens e revistas para receitas, livros para histórias, enciclopédias e outras publicações para informações científicas e curiosidades etc.); como você acha o que quer em cada um deles (pelo sumário, folheando, utilizando informações que podem estar nas margens das páginas, como no caso das listas telefônicas etc.); como você faz a leitura, dependendo do tipo daquilo que você está buscando (leitura rápida, para achar um telefone, leitura por extenso de histórias etc.) – isso tudo comunica aos alunos comportamentos de leitor. Na medida do possível, coloque-os para ajudar você nessas situações.

AtividAde 14: escritA do ALuno*

Escrita de lista

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Interpretar a própria escrita (ler o que escreveu), justificando para si mes-mo e para os outros as escolhas feitas ao escrever.

Estabelecer relação entre o todo e as partes escritas.

Observar que existe uma progressão – cada vez que acrescentamos uma letra a um escrito, há algo mais a ser lido.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Em duplas ou trios ou em grupos maiores com sua mediação.

Quais materiais serão necessários? Letras móveis.

Duração: 30 minutos aproximadamente.

* Esta atividade é indicada aos alunos com hipóteses pré-silábicas e silábicas, pois eles podem avançar muito com ela. Para os demais, não tem função.

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ENCAMINHAMENTO

Diga aos alunos que eles irão escrever com as letras móveis uma lista dos ingredientes de uma receita de paçoca (amendoim, farinha de rosca e açúcar) ditados por você.

Oriente-os para que coloquem uma letra e digam a você o que já está escrito. Por exemplo, ao escrever “amendoim”, uma criança pode utilizar um “T”. Pergunte a ela: “Colocando esta letra, o que já está escrito?”.

Peça então que a criança coloque outra letra da mesma palavra e repita a pergunta: “Com estas duas letras juntas, o que está escrito aqui?”.

Faça assim sucessivamente até que a criança considere a escrita completa.

No caso de duplas, cada criança coloca uma letra na palavra e lê o que já escreveu. E no caso de você estar com um grupo de três ou quatro crianças, peça-lhes que, uma por vez, coloquem uma letra e digam o que está escri-to. É fundamental que os alunos saibam qual palavra estão escrevendo.

O intuito dessas questões é fazer com que as crianças interpretem cada parte da escrita e assim reflitam sobre a relação entre as partes e o todo. Trata-se de uma atividade de reflexão sobre o sistema com propósitos didáticos.

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AtividAde 15: LeiturA do ALuno

Ler para fazer

ObJETiVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Encontrar informações em uma lista apoiando-se em conhecimentos so-bre o sistema e sobre o contexto.

Ler antes de ler convencionalmente.

Comportamento de leitor: comparar duas receitas para decidir qual a melhor.

PLAnEJAMEnTO

Como organizar o grupo? Coletivamente.

Quais materiais serão necessários? Cópias das duas receitas para duplas de crianças.

Duração: 45 minutos aproximadamente.

EnCAMinHAMEnTO

Conte aos alunos que você encontrou duas receitas de arroz-doce e que não sabe qual delas é a melhor. Todos irão então ajudá-lo(a) a escolher a que deverá ser preparada e/ou incluída no livro.

Distribua as cópias das receitas e então vá fazendo perguntas:

j Alguma das duas tem leite?

j E leite de coco?

j E leite condensado?

j Como faço para encontrar a escrita de “leite condensado”?

j Qual delas usa mais arroz?

j As duas usam canela?

j Canela em pó ou canela em pau?

j Qual delas usa canela em pau?

j E casca de limão? As duas usam ou apenas uma?

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j Qual das duas usa manteiga?

j Qual das duas receitas rende mais?

j Qual das duas vocês acham que é mais gostosa? Por quê?

A cada pergunta feita, deixe que diferentes alunos respondam e peça-lhes sempre que digam como localizaram aquela informação, em que indícios se apoiaram.

j Leia o modo de fazer das duas receitas e então discuta com eles qual acham que é a melhor para ser experimentada e/ou incorporada ao livro.

O QUE MAIS FAZER?Para os alunos que já leem, esta atividade pode ser muito fácil. Você pode entregar a eles apenas o “modo de fazer” de uma outra receita e pedir que listem, a partir dali, quais são os ingredientes.

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RECEiTAS dE dAR áGUA nA bOCA!!!

ARROZ-DOCE I*Tempo de preparo: 1 hora

Rendimento: 10 porções

Ingredientes:

1 LITRO DE ÁGUA

1 COLHER DE CHÁ DE SAL

CASCA RALADA DE 1/2 LIMÃO

1 COLHER DE SOPA DE MANTEIGA

1 E 1/2 XÍCARA DE CHÁ DE ARROZ LAVADO E ESCORRIDO

1 LITRO DE LEITE

6 GEMAS

1 E 1/2 XÍCARA DE CHÁ DE AÇÚCAR

CANELA EM PÓ PARA POLVILHAR

Modo de preparo:

Numa panela média, ponha a água, o sal, a casca ralada de limão e a man-teiga. Leve ao fogo alto até ferver. Junte o arroz e deixe cozinhar até secar a água. Enquanto isso, ferva o leite numa outra panela. Quando toda a água do arroz ti-ver evaporado, vá juntando o leite quente, mexendo de vez em quando com uma colher de pau. Deixe cozinhar até secar o leite. Enquanto isso, numa tigela, bata as gemas até ficarem claras e fofas. Junte o açúcar e continue a bater até obter uma gemada bem fofa. Quando o arroz tiver absorvido o leite, tire a panela do fogo e vá juntando a gemada, em fio, batendo sempre com uma colher de pau. Leve ao fogo novamente e cozinhe, mexendo mais um pouco, até engrossar. Pas-se para uma travessa ou potinhos e polvilhe com canela em pó.

Curiosidade:

O arroz-doce, tradicional de Portugal, é uma sobremesa preparada com ar-roz, leite e açúcar, perfumada com casca de limão e canela. Entre as famílias ri-cas de Portugal, ele era presença obrigatória em dias de festa. Daí a expressão “arroz-de-festa” para aquela pessoa que não falta a nenhum evento.

*Extraída do site www.pratofeito.com.br

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*Extraída do site cybercook4.uol.com.br/busca.php

ARROZ-DOCE II*

Rendimento: 6 porções

Ingredientes:

1 XÍCARA (CHÁ) DE ARROZ LAVADO E ESCORRIDO

1 LATA DE LEITE CONDENSADO

5 XÍCARAS (CHÁ) DE ÁGUA

1 UNIDADE DE CANELA EM PAU GRANDE

1 UNIDADE DE CASCA DE LIMÃO

6 UNIDADES DE CRAVO-DA-ÍNDIA

QUANTO BASTE DE AÇÚCAR

QUANTO BASTE DE CANELA-DA-CHINA EM PÓ PARA POLVILHAR

1/2 VIDRO DE LEITE DE COCO

Modo de preparo:

Numa panela de pressão, leve o arroz ao fogo com a água, a casquinha de limão, os cravos e a canela em pau. Deixe cozinhar por 10 minutos (só conte o tempo depois que a panela começar a apitar). Abra a panela, acrescente o leite de coco e o leite condensado. Deixe ferver por mais 5 minutos. Prove o açúcar. Se necessário, coloque mais. Despeje num refratário e polvilhe a canela em pó por cima.

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Adaptação do material originalClaudia Rosenberg Aratangy

Rosalinda Soares Ribeiro de Vasconcelos

Coordenação gráficaDepartamento Editorial da FDE

Brigitte Aubert

FotosMario Donizeti Domingos

RevisãoSandra Miguel

Adequação ao Acordo Ortográfico da Língua PortuguesaLuiz Thomazi Filho

EditoraçãoDaniele Fátima Oliveira (colaboradora)

CTP, impressão e acabamentoEsdeva Indústria Gráfica S/A

Tiragem22.000 exemplares

Agradecemos à Escola Estadual Veredas pela colaboração na produção das fotos.

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Guia de Planejamento eOrientações Didáticas

Professor Alfabetizador – 1ª série

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