Coração Alado Autoria: Janete Clair Direção: Roberto Talma e Paulo Ubiratan = « I I aijo 1'IHO 14 111,11 l')81 © 2 0 h MS Ih

Novela trazia a história de um artista plástico pernambucano em busca de visibilidade.

Juca Pitanga (Tarcísio Meira) vai para o Rio de Janeiro em busca de projeção pro­fissional. Embora apaixonado por Vivian [Vera Fischer), casa-se com Catucha (Dé­bora Duarte), filha do marchand Alberto Karany (Walmor Chagas). O casamen­to termina quando ele decide acompanhar o irmão, Gabriel (Carlos Vereza), em seu exílio político no México. O casal se reencontra após a decretação da Lei da Anistia. Duas cenas geraram problemas com a Censura e impactaram o público: o estupro de Vivian por Leandro Serrano (Ney Latorraca) e a masturbação de Catucha.

A trocadoraile ônibus Maria Faz Favor (Aracy Balabanian), que se apaixona peio faiso barão Von Strauss (Jardel Filho), conquistou a simpatia do público.

Plumas e Paetês Autoria: Cassiano Gabus Mendes e Silvio de Abreu Direção: Jardel Mello e Mário Márcio Bandarra Supervisão:Gonzaga Blota =§=8 set 1980-25 abr 1981 <>19h 38JJ185

Enredo desenvolvia-se em torno de uma impostora e mostrava a dura rotina de modelos em busca de ascensão profissional.

Após um ano morando longe da família, Osmar (Stepan Nercessian) decide vol­tar a São Paulo para apresentar a noiva aos pais. Mas um acidente de carro mata o casal e a única sobrevivente é Marcela (Elizabeth Savala), uma amiga. Grávi­da, ela se apresenta à família de Osmar como sua noiva e desfruta do conforto que a matriarca Bruna (Neuza Amaral)

lhe proporciona. A impostora vive um triângulo amoroso com Edgar (Cláudio Marzo), irmão de

A rica v iúva Rebeca (Eva W i lma ) é assed iada por seu secretár io, Márc io ( J o h n Herber t ) , e por seu segurança ital iano, G ino (Pau lo G o u ­lart), g a r a n t i n d o cenas cômicas . Rebeca tenta contro lar a v ida do fi lho, J o r g e Luís (Pau lo Guarn ier i ) , i m p e d i n d o seu r o m a n c e c o m a h u m i l d e Nad i r ( So l ange T h e o d o r o ) e c o m a ambic iosa m o d e l o Veroca (Lúcia A lves ) .

Osmar, e Renato (José Wilker), antigo namorado e pai de sua filha. Marcela só revela a verdade antes de morrer, após sofrer outro acidente. No final, a criança acaba sendo criada pela família de Edgar.

As Três Marias i Wlhi i Ko, h. •W.illliri Ni'i|i. = " 1 0 n o v I9H0-16 1981 © 1 8 h Í3É156

huma envolvendo três mulheres que amam • I mesmo homem se baseava em romance inimónimo de Rachel de Queiroz.

I n s amigas dos tempos de colégio se m uniram no Rio de Janeiro: Maria

losé (Glória Pires], Maria Augusta ( Nádia I.ippi) e Maria da Glória (Maitê Proença). Todas se apaixonam por I m as (Kadu Moli terno) , ainda que i I >mprometidas, respectivamente, com Aloísio (Marco Nanini) , David (Edwin I iiisi) e Afonso (João Paulo Adour) . ^ ^ ^ B B B B B ^ B B O assassinato

de Teresa (Kátia

IMîïlî l lIKtA '^ 'Angelo), amiga

I formou a história

As três Marias: Milité l'rot'iit.ii (<">q.), Ni'uliii l ¡p¡¡i e Gloria Pires.

em narrativa policial. A atriz Glória Pires gravou "Coração" para a trilha sonora da novela.

O Amor É Nosso \iilaria:Roberto Freire,Wilson Aquí.ii I Illio v W.illher Nenr.io / »;<y«></•?«/:( ion/,ii|,i Hlot.i r ( .irlos /,ir,i

Direção: Mário Márcio Bandarra e Jorge Fernando =1= 27 abr-24 out 1981 í>19h SSÈ155

O A m o r É N o s s o contava a trajetória de um jovem cantor em busca de sucesso

> e reconhecimento da crítica.

- * - ' *• '»• O cantor Pedro (Fábio .Ir.) se torna parcei­ro do compositor Bruno (Bu/.a Ferraz) e faz importantes contatos profissionais atra­vés da promotora de eventos Gilda (Tônia Carrero). Pedro se apaixona por Nina (Myrian Rios), irmã de Bruno, que fica dividida entre ele c o ex-seminarista Chico (Stepan Nercessian). O desaparecimento da universitária Cíntia (Simone Carvalho) também movimentou a trama: o pai da jovem acusa o professor e padre Leonardo (Stênio Garcia) de envolvimento no caso. A novela trazia a cantora Marlene no papel de Maíra, uma cantora que luta para voltar ao sucesso.

Tônia Carrero : ia papel de Gilda.

R O B E R T O C A R L O S

O cantor e compos i to r Rober to Carlos fez uma part ic ipação e m O Amor É Nosso. Na t rama, Pedro (Fábio Jr.) entra no teatro e m que o astro vai se apresentar e consegue cantar para ele. Rober ­to Carlos gosta da letra, mas critica a música.

Ciranda de Pedra Autoria:Teixeira Filho Direção: Reynaldo Boury e Wolf Maya Supervisão: Herval Ho

® 1 8 h l | l 5 5

Baseada em romance homônimo de Lygia Fagundes Telles, a novela tinha como cenário a São Paulo dos anos 40.

Ciranda de Pedra mostrava a relação conflituosa entre a moderna Laura (Eva Wilma) e seu marido, o autoritário Natércio Prado (Adriano Reys). Trau­matizada com tantas crises conjugais, Laura é internada como louca e acaba se separando de Natércio. A terceira filha do casal, Virgínia (Lucélia Santos), é, na verdade, filha do neurologista Daniel (Armando Bógus), em cuja casa Laura vai morar depois da separação. Além de

sofrer com o des­prezo de Natércio e a hostilidade da governanta Frau Herta (Norma

no ==s 18 mai-14 nov 1981

Eva Wilma como Laura: oprimida pelo marido.

Blum), Virgínia fica dividida entre o amor de Eduardo (Marcelo Picchi) e Luís Carlos (Roberto Pirillo).

Jogo da Vida Autoria: Silvio de Abreu Direção: Roberto Taima, Jorge Fernando e Guel Arraes =='= 26 out 1981-8 mai 1982

" h I d /

Comédia ambientada na capital paulista foi inspirada em argumento de Janete Clair.

Abandonada pelo marido, Silas (Paulo Goulart ) , Jordana (Glória Menezes) precisa trabalhar e começa a cuidar de Dona Mena (Norma Geraldy), senhora solitária que, ao morrer, lhe deixa quatro cupidos de bronze contendo um milhão de dólares. As esculturas desa­parecem, gerando uma caça à fortuna. Os bens também são disputados pelos sobrinhos da falecida, os vilões Loreta (Rosamaría Murtinho) e Carlito (Raul C o r t e z ) . Jordana conta com a ajuda do

apaixonado Vieira (Gianfrancesco Guarnieri) . O triân­gulo amoroso entre Badaró (Carlos

Norma Geraldy viveu a excêntrica Dona Mena na novela que inovou ao juntar todos os atores na última cena, em cima de um palco, agradecendo os aplausos do público.

Vereza) , Etevaldo (Cláudio Corrêa e Castro) e Clarita (Lúcia Alves) rendeu cenas hilárias.

Baila Comigo 16mar-26set 1981 © 2 0 h E É 1 6 2

| ni o i i l r o s e desencontros de gêmeos idênticos, ', nados no nascimento, conduziam a

Ur.tória escrita por Manoel Carlos.

1 irmãos João Victor e Quinzinho I inihos interpretados porTony Ramos) n u ) sabem da existência um do outro. 1 I tímido João Victor é um advogado I I ni-sucedido que mora em Portugal.

1 extrovertido Quinzinho é um carioca que trabalha em banco e sonha ser pilo-i i i de helicóptero. O primeiro foi criado pelo pai, Joaquim Gama (Raul Cortez) ,

i i outro, pela mãe, Helena (Lilian I .emmertz). Quando Joaquim e Helena se conheceram, ele já estava casado com \lartha (Tereza Rachel) e não quis se

i parar. Helena acabou se casando com

0 médico Plínio Miranda (Fernando Jorres) , que criou Quinzinho como hlho. O atorTony Ramos foi muito

1 logiado por utilizar apenas recursos de voz, postura corporal e respiração para distinguir os gêmeos. Lilian Lemmertz, primeira atriz a dar vida a uma Helena

do autor Manoel Carlos - que dá esse nome às protagonis­tas de todas as suas novelas - , também foi elogiada por sua

atuação. O preconceito racial foi abor­dado através do romance entre o negro Ot to Rodrigues (Milton Gonçalves) e a branca Letícia (Beatriz Lyra). A cena em que os dois se bei jam provo­cou polêmica entre os telespectadores.

Para gravar a cena e m q u e os i rmãos se e n ­c o n t r a m pela pr imeira vez, o v í d e o foi d i v id i ­d o e m duas par tes a f im d e q u e Tony R a m o s (foto) fizesse as cenas d e cada u m d e seus pe r sonagens s e p a r a d a m e n t e . E n q u a n t o o pr imei ro falava, só a sua m e t a d e f icava d e s ­cobe r t a e vice-versa. G r avada a sequênc ia , jun tavam-se as par tes e o púb l i co assistia à in te ração en t re os i rmãos.

A personagem de Betty Faria, a professora de dança Joana Lobato, popularizou meiões coloridos e faixas de cabelo.

Lilian Lemmertz (em cena, com Fernando Forres): atuação aplau­

dida por crítica e pública

Autoria: Gilberto Braga Colaboração: Euclydes Marinho e Leonor Bassères Direção geral: I lanlel Filho Direção: Marcos Pau lo josé Carlos Pieri eAryCos lov ==j 28 jun 1981-27 mar 1982 © 2 0 h âjffi 155

Homossexualismo foi tratado com sutileza em trama que teve Fernanda Montenegro como um dos destaques.

Designer cia empresa de jóias da família Newman, Luiza (Vera Fischer) encanta a matriarca Chica (Fernanda Montenegro), que pensa em aproximá-la de seti filho, Inácio (Dennis Carvalho). Mas Luiza não quer se envolver com o rapaz e Chica passa a tratá-la com hostilidade. Para complicar, a designer se apaixona por Paulo César (Tarcísio Meira), ex-marido de Isabel (Renée de Vielmond), irmã de Inácio. Obs­

tinada cm

encontrar uma mulher para o filho, Chica se une a Leo­nor (Renata Sorrah),

Os cabe los cur tos e fr isados d e Vera Fischer (foto) não ag r ada r am ao púb l i co e ge ra ram protes tos a t é d e T o m J o b i m , au to r da música d e aber tura da nove la , "Luiza" A so lução foi amar ra r u m l enço a o pescoço da atriz para q u e o co r te n ã o chamasse tanta a t enção . 0 acessór io v i rou m o d a .

Fernanda Montenegro flh'nni;( u:vnlliu:nmi'c lilho na novela de Gilberto Braga.

funcionária oportunista da empresa, para que ela o seduza. Brilliiiiitc teve proble­mas com a Censura Federal, que não autorizou o uso da palavra "homossexual" para se referir a Inácio, prejudicando a compreensão e o desenvolvimento da história, ("orno o relacionamento entre Luiza e Paulo César não fez sucesso, a novela foi reformulada e entrou em uma nova fase, com a doença de Vítor Newman (Mário Lago), marido de Chica. Após a morte do pai, Inácio assume a direção da empresa e se casa com Leonor para se livrar da pressão da mãe. Mas ele sofre com as investidas do amante de Leonor, Bruno (.lardcl Filho), que almeja a direção da joalheria.

V I L Ã P E R D O A D A

Chica, p e r s o n a g e m d e Fe rnanda M o n t e n e ­gro, e s c a p o u d o final infeliz des t i nado aos v i lões e m nove las . Seu r o m a n c e c o m o m o t o ­rista Carlos, i n t e rp re tado por C láud io Marzo, a r r eba tou o púb l i co .

Terras do sem Fim ¡1011,1 W.lllcl I lutsl lhii\()ii I Irrv.il H<>•.-.. 11 H > ==jj I b n o v 1981 27fev 1982 Í>l8h

No inicio do séc.XX, dois coronéis • tltpiltam o poder político no

1 ter da Bahia em trama I tida por romances e traições.

1 Is fazendeiros Sinhô Badaró I I L O S Kroeber) e Horácio da

Silveira (Jonas Mello) brigam PELA posse das matas situa-

1111 entre suas propriedades. I 1 advogado Virgílio (Paulo : Igueiredo) se envolve com

Ster (Sura Berditchevsky), mulher de Horácio, e é morto

M I uma tocaia. Donana (Ní-I I - I Maria), filha de Badaró, se apaixona pelo capitão loão Magalhães (Cláudio Cavalcanti), um trapaceiro, luca Badaró (Otávio Augusto), irmão de Sinhô, resolve

seus problemas mandando matar os inimigos. A novela foi inspirada

J l H ^ i ^ l ^ ^ ^ ^ J n o s romances ('acait, Terras do sem fim e São Jorge dos ilhéus, de Jorge Amado.

Maria Cláudia e Paulo Figueiredo: a prostituía Margô se desespera quando seu amante, Virgílio, se envolve com outra mulher.

O Homem Proibido Autoria: Teixeira Filho Direção geral: Gonzaga Blota Direção: Gonzaga Biota e Reynaldo Boury

1 mar-21 ago 1982 4»18h 3Ü146

Folhetim do dramaturgo Nelson Rodrigues inspirou as aventuras amorosas de quatro jovens no Rio de Janeiro.

As primas Sônia (Elizabeth Savala) e Joyce (Lídia Brondi) entram em conflito quando se encantam pelo mesmo ho­mem, o médico Paulo (David Cardoso). O bancário Carlos (Edson Celulari) se apaixona por Joyce, mas ela o despreza e chega a fingir que está cega para se apro­ximar de Paulo. A novela foi considerada inadequada para as 18h pela Censura Federal, que impôs cortes nos primeiros

capítulos alegando que os diálogos

; entre Joyce e Sônia indicavam que elas eram homossexuais.

A Joyce de Lídia Brondi é apaixonada por Paulo, interpretado por David Cardoso (acima), mas termina a novela com Carlos (Edson Celulari).

A história se baseava em folhetim de Nelson Rodrigues publicado em 195 1 no jornal carioca Ultima I lora.

Sétimo Sentido Autoria: Janete Clair Direção geral: Roberto Tal ma D/reçõo; Roberto Talma, Jorge Fernando e Guel Arrae ==|29mar-9out 1982 ® 2 0 h MÍ166

A atriz Regina Duarte interpretou duas personagens em novela que explorou o tema da paranormalidade.

A família Camará deixa o Brasil devido a problemas políticos e sua fortuna passa a ser administrada por Antônio Rivoredo (Carlos Kroeber), que se apropria de tudo. Com a morte dos pais, Luana Camará (Regina Duarte) volta ao Brasil e tenta reaver seu patrimônio, mas em seu caminho surge o ambicio­so Tião Bento (Francisco Cuoco) , que, depois da morte de Antônio, se torna seu principal antagonista. Luana se apaixo­na por Rucly Rivoredo (Carlos Alberto Ricelli), casado com a possessiva Helenice (Beth Goulart). Em meio a tantos obstá-

Regina Duarte e Francisco Cuoco na novela queteve cenas gravadas em Casablanca, no Marrocos.

cu los, a jovem volta |iara sua cidade natal, Casablanca, no Marrocos. A novela dá uma re­viravolta quando a protagonista retorna ao Brasil encarnando

a personalidade da falecida atriz italia­na Priscila Capricce. Extrovertida e sensual, Priscila só se parece com Luana

fisicamente. Com a ajuda da parapsicó-loga Célia fJacqueline Laurence), Luana

descobre que Priscila salvou a sua vida em outra encarnação, quando eram gêmeas. Agora ela usa o seu corpo para tentar lo­calizar a filha dela. Na pele da exuberante Priscila, Luana se casa com Tião Bento, que acaba ajudando-a a encontrar Cila (Gabriela Bicalho), filha de Priscila.

L U A N A E P R I S C I L A

A equ ipe de figurino capr ichou no visual de Regina Duar te para mostrar a diferença radical entre as duas personagens q u e a atriz interpre­tava. A discreta Luana usava roupas simples, c o m poucos acessórios, ao contrário da excên ­trica Priscila, cuja maqu i agem abusava d e cílios postiços, batons d e cores fortes e muito blush.

A caminhoneira Gisa, papel de Famara Faxman, entrou para a lista de "mulheres do povo" criadas por Janete Clair.

Sol de Verão ili um M.mi irl i .iil' is / i m i r * " / i ' M / Hi il i i ' i ln l.ilm.i / >iii\ii<> 1« i b iM l i ) l.ilma, lorge I ornando e Guel Arraes = 11 . M U W H ; 19m. i i I 9 H ) O ; o h FFLJ i u

i . m i S o l d e V e r ã o , Manoel Carlos se

tu inou como cronista da classe média

ff/o de Janeiro.

Infeliz no casamento, Rachel (Irene Ravache) decide se separar do marido,

empresário Virgílio (Cecil Thiré) , que li' aceita o divórcio. Porém, disposta a

dar uma virada em sua vida, ela se muda l . 1 1 1 1 a filha, Clara (Débora Bloch) , para

i asa de sua mãe, Laura (Beatriz Segall), I H Ipanema, Zona Sul do Rio de Ja­

neiro, e se apaixona pelo charmoso mas rude Heitor (Jardel Filho), dono de uma oficina mecânica. Heitor mora com a Irmã, Irene (Beatriz Lyra), em um sobra­d o antigo, um dos principais cenários da novela. Após tantos anos de casamento, Rachel tem dificuldades para se entregar a o novo relacionamento, mas Heitor a . onquista. O casal vive um intenso ro­mance que não conta com o apoio nem da mãe nem dos amigos de Rachel, por

Tony Ramos lez sucesso como o surdo-mudo Abel, ajudando a popularizar a linguagem dos sinais.

Jardel Filho em seu último papel, o charmoso e rude mecânico Heitor.

Llilário (Carlos Kroeber) , proprietário do terreno em que mora junto com seu ajudante, O surdo-mudo Abel (Tony Ramos). Ao descobrir que sua mulher, Solia (Yara Amaral), teve um caso com O pai de Abel, Hilário exige que o rapaz seja expulso do casarão. Abel é disputa­do pelas jovens Clara (Débora Bloch) e Olívia (Carla Camurati) .

J A R D E L F I L H O

A m o r t e d e J a rde l Filho, v í t ima d e a t a q u e

card íaco, e m fevere i ro d e 1983, levou a o e n ­

c u r t a m e n t o da t rama. A b a l a d o c o m o fa lec i ­

m e n t o do ator, M a n o e l Car los n ã o consegu iu

finalizar a nove la e a tarefa foi assumida por

Lauro César Muniz , c o m assessoria d e Gian-

f rancesco Guarn ier i . A p ó s o f im an te c ipado

d e Sol de V e r â o . a T V G l o b o exibiu uma versão

c o m p a c t a d e O Casarão, q u e havia ido ao ar

e m 1976.

Elas por Elas Autoria: Cassiano Gabus Mendes Colaboração: Carlos Lombardi Direção geral: Paulo Ublratan Direção: Paulo Ublratan, Wolf Maya e Mário Márcio Bandarra | | ' |10 mal-27 nov 1982 919h

Sete amigas se reencontram após 20 anos e têm suas vidas afetadas por acontecimentos do passado e coincidências no presente.

As sete amigas são: Márcia (Eva Wilma) , Helena (Aracy Balabanian), Adriana (Ester Góes) , Wanda (Sandra Bréa), Carmem (Maria Helena Dias), Marlene (Mila Moreira) e Natália (Joana F o m m ) . O marido de Márcia, Atila (Mauro Mendonça) , morre em um quarto de motel e ela contrata o detetive Mário Fofoca (Luis Gustavo) para descobrir a identidade de sua amante. Ninguém desconfia que se trata de Wanda, irmã do investigador. Parceiro de Mário Fofoca, o interesseiro René (Reginaldo Faria) se

envolve com Yeda (Cristina Pereira), filha de Márcia, considerada o pati­nho leio da família.

M A R I O F O F O C A

O desas t rado de te t i ve Már io Fofoca (Luis Gus tavo , foto) o r ig inou u m ser iado h o m ô n i ­mo , ex ib ido na TV G lobo , e o f i lme Aí Aventu­ras de Mário Fofoca, de Ad r i ano Stuar t , a m b o s e m 1983. E le usava s empre o m e s m o pa le tó xadrez c o m gravatas co lor idas e era apa ixo ­n a d o por Cláudia (Chr is t ianeTor lon i ) .a q u e m fazia juras d e a m o r c o m t rechos d e c anções d e Robe r to Carlos.

Paraíso Autoria:Benedito Ruy Barbosa Direção geral:Gonzaga Blota Direção: Gonzaga Blota e Ary Coslov =1=23 ago 1982-26 mar 1983 í» 18h M| 195

Cristina Mullins e Kadu Moliterno na quinta novela rural escrita por Benedito Ruy Barbosa na TV Globo.

Paraíso retratou o universo dos boiadeiros e as crendices populares do interior por meio de uma história de amor.

O peão José Eleutério (Kadu Moliterno),

o Filho do Diabo, e Maria Rita (Cristina

Mullins), a Santinha, vivem uma paixão

quase impossível. Os jovens estão no

meio da disputa política entre seus pais,

os poderosos fazendeiros Eleutério (Cláu­

dio Corrêa e Castro) e Antero (Jofre

Soares). Uma das lendas locais é a de que

o pai do protagonista cria um diabo em

uma garrafa. O povo também crê nos mi­

lagres de Maria Rita,

santidade alimentada

por sua mãe, a beata H^jAJUflf^ Dona Mariana (Eloí­

sa Mafalda).

ii ni lv. ii ii HiU ' i iu / m,\,h - ./-'i, ií I'. ii ili i NI H L iL I H / i/ire id I. T'.iiiln l II iii.it, ni, Woll Maya e Mário Márcio Bandarra . " In i i v I'IH.' A ¡un I')H1 í>1 ')h J B J l f i l

I. >i/i7(i retratou as belas i li \lsagens do Ceará e de Pernambuco e conquistou I' I telespectadores.

• > usineiro César I Roberto Maya) simula I própria morte para

imeçar uma nova vida l larte para a Europa,

deixando na miséria i esposa, Maria Luiza II .ilian Lemmertz) , e as filhas, Débora (Natália i li i Vale) e Suzy (Lídia Brondi). O plano é arquitetado com a ajuda do diretor fi­nanceiro da usina de açúcar, França (José Augusto Branco) . Q u e m também sofre • om o golpe é o sócio Alaor (Milton Moraes), que fica à beira da falência. A história era entremeada por muitos romances, como o dos primos Jíébora e Rodrigo (José Wilkcr) , que brigam como i ao e gato; e o de Suzy com o veteriná­rio Paulo (Buza Ferraz), que vivem um drama gerado por um equívoco. C o m o Paulo acredita estar doente e ter pouco tempo de vida, tenta evitar o sofrimento de Suzy e faz tudo para se afastar da moça.

Maria Luiza recupera o prazer de viver ao apaixonar-se pelo mé­dico Wagner (Walmor Chagas). O ines-

Irwing São Paulo (esq.), o cativante Rafael, em cena

com Miriam Pires e Buza Ferraz.

D U P L A M A R C A N T E

0 por tador d e deficiência menta l Rafael ( I rwing São Paulo) fez g r a n d e sucesso. A car i ­nhosa relação entre o rapaz e o pescador M e s ­tre An tôn io (Stênio Garcia) ma r cou a t rama. Seu pe r sonagem - caracter izado por at i tudes infantis e l i nguagem simples - foi constru ído sob a consultor ia d e um psiquiatra.

perado retorno de César agita a história. Rodrigo decide denunciá-lo à polícia, mas o golpista é assassinado a tiros. O autor dos disparos só é conhecido no fim da novela: trata-se de França, que mata o amigo por ter descoberto que ele lhe roubara.

G A T O P O R L E B R E

U m a das p e r s o n a g e n s m a r c a n t e s da nove la era D o n a S inhá (Elza G o m e s , fo to ) , a s i m p á ­tica ve lh inha q u e fornec ia c o e l h o s assados para o res taurante Casab l anca , d e A u g u s t a (Aracy Cardoso ) . O prato fazia e n o r m e s u ­cesso, mas D o n a S inhá v e n d i a , l i t e r a lmen te , "ga to por l ebre " : ela cr iava g a t o s r e co lh idos nas ruas e os comerc ia l i zava c o m o se f o s ­s e m coe lhos .

Pão-Pão, Beijo-Beijo Autoria: Walther Negrão Direção geral: Gonzaga Blota Direção: Gonzaga =|'=28mar-8out1983 ® 1 8 M 0 Í É l 6 5

ola i' 11< -r ii li 11 li • M.iilni'.

Trama contrastava o cotidiano do subúrbio ao da classe média alta da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O motorista de ônibus Ciro (Cláudio Mar/.oJ, o migrante nordestino Soró (Ar­naud Rodrigues) e a rica Bruna (Eliza­beth Savala) se envolvem em um aci­dente de carro. Ciro e Soró são demiti­dos e, para ajudá-los, a família da moça os emprega em uma de suas cantinas.

("iro desperta o amor das irmãs Bruna e Luiza (Maria Cláudia) e esconde de todos

V E R S O S NA F E I R A

Entre os cômicos personagens nordestinos, f i ­zeram sucesso o ingênuo e brincalhão Soró (Ar­naud Rodrigues) e a solteirona Lalá Sereno (Re­gina Dourado) , tia do rapaz. Em vez de se queixar da sorte, ela transforma sua história e m versos e os recita na feira de São Cristóvão, conhec ido re­duto de nordestinos no Rio de Janeiro.

que tem uma irmã paraplégica. U m dos trunfos da novela foi o contraponto entre os núcleos italiano e nordestino, comandados, respectivamente, pelas ma­triarcas Mamma Vitória (Lélia Abramo) e Donana (Laura Cardoso).

Louco Amor Autoria: Gilberto Braga Colaboração: Leonor Bassères Direção geral: Paulo Ublratan Direção: Ary Coslov, Wolf Maya e José Wilker ¡ ¡=11 abr-22out 1983 © 2 0 h 3 0 j j J j l ô O

Novela de Gilberto Braga expunha o amor aos conflitos provocados pelas diferenças de classe social.

Patrícia (Bruna Lombardi) se apaixona por I ,uiz ("arlos (Fábio Jr.), filho da empregada, Isolda (Nicettc Bruno), mas sua madrasta, Renata (Tereza Rachel), separa os dois. Após seis anos, ela retorna do exterior com um filho e esconde que o pai é Luiz ("arlos. A ambiciosa Renata divide um segredo com Isolda: ela tem um filho bastardo, Márcio (Carlos Alberto Ricelli), a quem estimula a se envolver com Pa­trícia. Quando Márcio é assassinado, Luiz Carlos é preso como suspeito, o que leva Isolda a revelar que, no passa­do, trocou as crianças para beneficiar seu filho, Márcio, e que o verdadeiro filho da patroa é Luiz Carlos.

" E E U N Ã O S E I ? ! "

Bruna Lombardi i • I tíbio Jr. em trama que ganhou versão interna­cional, coproduzida pela TV Globo e pela mexicana TVAzteca para o público hispânico.

O par f o r m a d o pe lo mi l ionár io esc le rosado Edgar D u m o n t ( J osé L e w g o y ) e pela man l cu re Gisela (Lady Francisco) fez s u ­cesso. F icou f a m o s o o bordão d e Edgar "E eu não sei?!',' u sado q u a n d o era adve r t i do por ter e squec ido a lgo.

Guerra dos Sexos Hl Silvio D E Al i l i '11 ( I ) / I / / > I I I I I I , I 1 I I i .illi >'. I i ilul I . I H I I / i /n i iH ) L O K | i ' 1 1

.iil.iiiii.ni ¡ « ( . ¡ u n i ' im /jiin \'WA O I ' I H S Ü B IH' . lando e Guel Arraes Supervisão:

M o r e o d o teledramaturgia no horário

rias 19h, G u e r r a d o s S e x o s reuniu dois

ícones do teatro: Fernanda Montenegro

t Paulo Autran.

A comédia rasgada abordou o antago­

nismo entre homens e mulheres. Os

personagens dos primos Charlo (Fer­

nanda Montenegro) e Otávio (Paulo

Autran) lideraram o principal conflito

da trama. O ponto de partida era o

testamento de um tio que condiciona

o recebimento da herança ao fim das

desavenças entre os dois sobrinhos: para

terem direito à fortuna, eles devem

Charlo (Fernanda Montenegro) e Otávio (Paulo Autran):às turras, em clima de comédia pastelão.

B I M B O E C U M B U C A

Pau lo Au t r an e Fe rnanda M o n t e n e g r o p ro ­

t agon iza ram cenas hilárias c o m o in térpretes

dos p r imos q u e se e m p e n h a m e m irritar u m

ao out ro . O táv io c h a m a Char lo d e C u m b u c a ,

ape l i do q u e ela a b o m i n a . Ela rev ida, cha ­

mando-o d e B imbo . Os atores a inda in te rp re ­

t a r am , e m a lgumas cenas , D o m i n g u i n h o s ,

p r imo po r tuguês d e Char lo , e sua esposa A l ­

t am i randa - os pe r sonagens r e c l a m a m par te

da herança do t io.

Maria Zilda Bethlem e Tarcísio

Meira, que abriu mão do carisma

de galã para viver um personagem

cômico.

morar na mesma casa e trabalhar na empresa herdada. Daí nasce uma apos­ta: Charlo e sua equipe, essencialmente feminina, t êm 1 0 0 dias para elevar os lucros da rede de lojas de roupas. Se não conseguirem alcançar a meta, O t á ­vio passa a ser o único proprietário dos bens. Ele t em c o m o aliado o filho ado­tivo de Charlo , Felipe (Tarcísio Meira) . Charlo conta com o apoio de Vânia (Maria Zilda Be th lem) , seu braço direito na empresa, e Roberta (Glória Menezes ) , viúva do empresário Vitór io Leone (Carlos Zara) , que, ao morrer, deixou a mulher sozinha no comando da fabrica do casal, a Ravello Sports, fornecedora de peças de roupas para as lojas Charlô 's . As mulheres unem suas forças contra o sexo oposto e estabe­lecem uma regra para a disputa: estão proibidas de se envolver com homens

durante esse período. Mas elas não contavam com a traição de Carolina (Lu­célia Santos) , a ambiciosa sobrinha de Roberta , que se envolve com Felipe. O confronto resultou em cenas anto­lógicas, no melhor formato pastelão, c o m direito até a torta na cara. C o m essa novela, Silvio de Abreu se firmava c o m o autor de farsas que unem o lúdi-

Glóría Menezes e Mário Gomes: diferença de idade não impede Roberta de conquistar o amor do motorista Nando, cuja tatuagem a fascina.

A N O V E L E I R A

Si lv io d e A b r e u mis turou ficção e rea l idade por me io da p e r s o n a g e m Nieta (Yara A m a ­ral), q u e é apa ixonada por nove las e acha Fel ipe, i n te rp re tado pe lo ator Tarcísio Meira , mu i to pa rec ido c o m o galã Tarcísio Meira . A o l ongo da t rama, ela faz inúmeras referências a nove las q u e e s t a vam no ar na TV G lobo .

GUERRA DC6

co escrachado à crítica bem-humorada do cotidiano, lançando mão de cenas típicas das chanchadas nacionais e buscando referências em clássicos dos cinemas americano e italiano. A novela t a m b é m inovou ao colocar o tradi­cional par românt ico Tarcísio Meira e Glória Menezes fazendo comédia .

Foi a primeira vez que Tarcísio viveu um papel que não cor­respondia à imagem de galã, já conhecida do público. Além disso, a narrativa subvertia a l inguagem convencional ao

mostrar os personagens comentando os acontec imentos c o m o telespectador. Guerra dos Sexos ratificou o ta lento dos jovens diretores Jorge Fernando e Guel Arraes.

Eu Prometo UltlHIII I . I I I C U M 1,1

// 11'IWSIJI i:l',iul( 1 l II i/i/ln ii,i,,,i, 1 1 1I1111,11 vil,.- 1 >m1 11.111 ir, 1 ,iiv,illiu i' I ni', Antonio Piá

t.in =|519set I')H1 l/ ípv 19H4 © 2 ? h l 5 J f i j l l O

Ultima novela escrita por Janete < lair trazia um deputado dividido 1 %ntre o amor e a carreira política.

• > incorruptível deputado I riicas Cantomaia (Francisco « iuoco), pai exemplar de Adriana (Julia Lemmertz) , I laise (Fernanda Torres) e Dóris (Malu Mader) , enfrenta um dilema durante sua campanha ao Senado: divorciar-se de Darlene (Dina Slat) para viver um grande amor com a fotógrafa Kely (Renée de Vielmond) ou manter as aparências em nome da carreira. Lucas, que tem como um de seus assessores o imoral Albano Morais (Ney Latorraca), enfrenta o concorrente Horácio Ragner (Walmor Chagas), que tenta desmoralizá-lo. No último capítulo, Darlene revela ao marido que

—! Adriana é fruto de uma relação extraconjugal.

[ L_—X W J Lucas desiste de disputar

Francisco Cuoco e Dina Sfat na última novela produzida pela TV'Globo para o horário das 22h.

as eleições, indica Albano como seu substituto e corre para os braços de Kely. Janete Clair morreu em 16 de novembro de 1983 , sem concluir a trama. Sob a supervisão de Dias Gomes, Gloria Perez assumiu a novela.

Voltei pra Você Autoria: Benedito Ruy Barbosa Colaboração: Edmara Barbosa Direção geral: Gonzaga Blota Direção: Gonzaga Blota e AryCoslov === 10 out 1983-17 mar 1984 © 1 8 h $32140

A cidade mineira de São João Del Rei virou palco de romance vivido em meio a discussões sobre a divisão de terras.

A paixão de Pedro das Antas (Pau­lo Castelli), o Serelepe, por Liliane (Cristina Mullins), a Pituca, é abalada quando ele descobre que jagunços do pai da moça assassinaram seus pais. Pedro tenta recuperar as terras toma­das pelo coronel Epaminondas

(Castro Gonzaga) e sofre por não conse­guir deixar de amar a filha do rival. Para reaver sua propriedade, ele conta com a ajuda do advogado Camargo (Paulo Figueiredo) e do amigo Zelão (Nelson

Xavier) . O autor reviveu nessa novela seis persona­gens de Meu Pedacinho de Chão ( 1 9 7 1 ) : Pituca, Sere­lepe, Epaminondas, Padre Santo, Zelão e Tuim.

Champagne Autoria: Cassiano Gabus Mendes Colaboração: Luciano Ramos Direção geral: Paulo Ubiratan Direção: Wolf Maya e Mário Márcio Bandarra Supervisão: Paulo Ubiratan ¡'=124 out 1983-4 mai 1984 © 2 0 h j j j j l 6 7

Autor criou trama policial com disputas amorosas e vários núcleos de humor.

Gastão (Sebastião Vasconcelos) , principal suspeito do assassinato da empregada Zaira (Suzane Carvalho), foge para não ser injustiçado. Treze anos depois, contando com a ajuda do filho, Nil (Tony Ramos) , ele pede a rea­bertura do processo para provar sua inocência. Sua decisão m e x e com a vida dos amigos envolvidos no caso e que se reencon­tram na inauguração do bar Champagne

m N o s capítulos

finais, descobre-se que um deles, Jurandir (Mauro Mendonça) ,

Irene Ravache e Antonio Fagundes como ladrões de jóias em trama paralela: ela tira dos ricos para dar aos pobres: ele rouba para manter o status da família.

cometeu o crime. A humilde Eunice, interpretada por Beatriz Segall - atriz até então associada a papéis de grã-fina - , foi um tios destaques da trama.

Transas e Caretas Autoria: Lauro César Muniz Colaboração: Daniel Más Direção: José Wl lkere Mário Márcio Bandarra Supervisão: Paulo Ubiratan | = ¡ 9 jan-21 jul 1984 í>19h Ü Ü 1 6 7

Mãe ansiosa para encontrar esposas para os dois filhos, um conservador e outro moderno, era o mote de T r a n s a s e C a r e t a s .

Preocupada em perpetuar o nome da família, a excên­trica empresária Francisca Moura Imperial (Eva Wilma) contrata Marília (Natália do Vale) para seduzir um de seus filhos, Jordão (Reginaldo Faria) ou Tiago (José Wilker) , solteirões convictos. O primeiro se comporta como um homem do s é c . X l X e tem até uma mucama, Dorinha (Zezé Motta) ; o segundo é um amante da tec­nologia e mantém um robô, Alcides, como mordomo.

Os dois se apaixonam por Marí­lia, mas é Tiago quem a conquis-

sslSsãããsl ta. Para desespero da mãe, Jordão se casa com a ex-prostituta Liana (Lady Francisco).

Eva W i l m a (foto) usou pesa ­da m a q u i a g e m nos p r ime i ­ros cap í tu los para realçar o efe i to d e r e juvenesc imen to d e sua p e r s o n a g e m , F ran ­cisca, que se s u b m e t e a uma cirurgia plástica no decor re r da t rama.

Amor com Amor Se Paga \utonti Ivani Ribeiro Ihn\,hniettil i n >ii.Mi|.i r.li ii.i / t i } . Atílio Rit t o, l.iytne Monjardim e Gonzaga Blota ,ii/»7ws<)ri:l',iuliillliii,il,iii l=i l>) in, i i I 4 v l l ' « O I / I I50 JÜ155

Novela apresentou Ary Fontoura

no papel de um sovina inspirado

no protagonista de

<) A v a r e n t o , deMolière.

Nono Correia (Ary Fontoura)

• •si onde que tem uma grande

fortuna. Pão-duro doentio,

i oloca cadeados na geladeira

• na despensa, proíbe que se

i epitam refeições e anda com

roupas velhas, para desespero

dos filhos, Elisa (Bia Nunnes)

e Tomaz (Edson Celulari) , e da

empregada Frosina (Berta Loran) .

Mas quando encontra o órfão Zezinho

(Oberdan Júnior) , Bem-Me-Quer, da mesma autora, exibi-

seu coração come- da na T V Tupi nos anos 7 0 - t ambém

ça a amolecer. A mostrava a disputa entre Nono e o

novela - reedição filho pelo amor da jovem Mariana

de Camomila e (Cláudia Ohana) .

Berta Loran e Ary Fontoura: a empregada Frosina e o hilário Nono Correia se casam no final da novela.

Partido Alto Autoria: Gloria Perez e Aguinaldo Silva Direção geral: Roberto Talma Direção: Roberto Talma, J ayme Monjardim, Carlos Magalhães, Luís Antonio Piá e Helmar Sérgio 7 mai-23 nov 1984 0 20h ÍJÈ174

Novela de Gloria Perez e Aguinaldo Silva destacou

personagens femininas enfocando o samba e a contravenção.

Isadora (Elizabeth Savala) se separa do mau-caráter Sérgio (Herson Capri) e se apaixona pelo professor de história Maurício (Cláudio Marzo). Ela disputa o amor do professor com a adolescente Celina (Glória Pires), jovem avessa aos negócios do pai, o bicheiro Célio Cruz (Raul Cortez), temido em Encantado, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Casado com a submissa l/.ildinha (Célia Helena), Célio é amante da manicure Jussara (Betty Faria), a quem transforma em destaque da escola de samba do bairro. A moça também desperta a paixão do compositor Piscina (José Mayer), cujo sonho é levar para a Avenida um samba-enredo de sua autoria.

E S O T É R I C O

U m dos des t aques d e Partido Alto foi o guru Pol íb io, pe rsona ­

g e m d e G u i l h e r m e Karan q u e misturava vár ias correntes mís t i ­

cas e impu l s ionou a v e n d a d e p rodutos esotér icos .

S A P A T O N A M Ã O

O bairro do E n c a n t a d o g a ­

n h o u u m a l inha d e ôn ibus

depo i s q u e a nove la ex i ­

biu vár ias cenas e m q u e a

costureira Su lami ta (Mar i lu

Bueno ) chegava e m casa

exausta, c o m os sapatos

na m ã o , r e c l a m a n d o da

falta d e t r anspor te . Ela e

sua irmã Nane i (Li l ian Lem-

mertz) f o r am pe r sonagens

marcan tes da t r ama .

Vereda Tropical Autoria: Carlos Lombardi Supervisão de texto: Silvio de Abreu Direção: Jorge lernando r Guel Arraes §1123 jul 1984-1 «fev 1985 í»19h BÜ184

Bem-humorada, V e r e d a T r o p i c a l explorava desencontros amorosos, conflitos de classe e disputas por poder dentro de uma família.

Após a morte do rilho, o empresário Oliva (Walmor Chagas), dono de uma fá­brica de perfumes, decide criar o neto, Zeca (Jonas Torres), e fazer dele seu herdeiro. A disputa pela guarda do menino con­fronta o avô e a mãe de Zeca, Silvana (Lucélia Santos), líder operária da fábrica bilha de Oliva, Catarina (Maneta Severo) disputa o controle da empresa com as irmãs, Verônica (Maria Zilda Bethlem) e Gabi (Cristina Pereira), e, temendo que o patrimônio da família tenha mais herdeiros, não mede esforços para se livrar do sobrinho, revelando-se a vilã da trama. A cantina italiana de Bina (Geórgia Gomide) reunia o núcleo popular da história, com des­taque para o jogador de futebol 1 .uca (Mário Gomes) ,

que se divide entre o amor de H Silvana e Verônica. Outro perso-

^H^T y-,íft0^^B nagem do núcleo o solteirão W r v J ^ W * Jffil Jamil ((lianfrancesco Guarnieri) , H H B H ^ ^ I H rival de Oliva e dono de uma ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ pequena indústria de essências.

Norma Geraldy (i entro) interpretou a avó de Silvana (Lucélia Santos), que tem um romance com um rico herdeiro e dá à luz o menino Zeca (Jonas Torres).

0 S U P E R - T É O

0 so l i t á r ioTéo (Marcos Fro­ta}, f i lho d e Catar ina, c o n ­qu is tou o púb l i co c o m sua gague i ra e sua imag inação fért i l . T ímido, e le é a p a i ­x o n a d o por G a b i (Cristina Pereira) e pensa q u e é u m super-heró i ,o Super-Téo.

E M C A M P O

U m dos pontos altos da novela foi a estreia d e Luca (Mário G o ­mes, foto) c o m o centroavante d o Corinthians, no estádio lo­t ado do M o r u m b i (SP) .A grava­ção da cena, exibida no úl t imo capítulo, foi um acon tec imen ­to. 0 ator invadiu o c a m p o para comemora r u m gol c o m os jogadores e, a certa altura, irritados pelo empa te c o m o Vasco, os corint ianos pedi ram a entrada do ator, gr i tando o n o m e do personagem.

¡fe "

Corpo a Corpo \utniiii i illberti) Hi,K|,i f nlalioraçâo I enimi Hav,i' ,ri". thii\(io(ict(il: I )cnnis (arva lho Direção: Dennis Carvalho

• l.iyiiirMiinjatdiin |==/()iii)V l')H<| J\ juii 1'IK'i Oztlli J&J179

B U ( ( " <'e a s c e n s d o social, sede

i I R vingança e discussão sobre

a Ismo conduziam as principais

numas da novela.

I I H troca de projeção na car-

i ia, Eloá (Débora Duarte)

faz um pacto com o miste-

i i i so Raul (Flávio Galvão),

iparentemente o diabo. Ela

omeça a se destacar profis-

ii malmente e sua ascensão

profissional gera uma crise em

iii casamento com Osmar

(Antonio Fagundes), com

111 iem vive há 16 anos e tem

um filho, Ronaldo (Selton

Mello). Tudo não passa de

um plano da enfermeira

[fereza (Glória Menezes) , que,

desprezada por Osmar no

passado, deseja se vingar. No

hm da trama, descobre-se que

quem está por trás de todas

as reviravoltas é o ex-presidiário Amauri

(Stênio Garcia), irmão de Osmar, que

planejara matar o empresário Alfre­

do Fraga Dantas (Hugo Carvana) por

ciúmes de Lúcia

Gouveia (Joa-

na Foram), por

quem sempre foi

apaixonado. Em

Eloá e Osmar, interpretados por Débora Duarte e Antonio Fagundes, se reconciliam no final da novela.

busca de sucesso financeiro por meio

de casamentos com homens ricos, Lúcia

conseguira se casar com o viúvo Alfredo.

Ela e Amauri morrem queimados em

uma das cenas mais fortes do último

capítulo da novela.

P O L Ê M I C A R A C I A L

A nove la a b o r d o u o t e m a da d i sc r im inação racial

a t ravés da famíl ia d e classe méd ia negra d e A n ­

tôn io (Wa ld i r Onof re ) e J u r e m a (Ruth d e Souza ) .

A filha do casal , a arqui teta Sôn ia (Zezé Mo t t a ,

foto) , é d iscr iminada pela famíl ia do n a m o r a d o ,

C láud io (Ma rcos Pau lo , foto) . M a s é ela q u e m

acaba sa l vando a vida do pai do rapaz, A l f r edo

( H u g o Carvana ) , por me io d e uma t ransfusão d e

sangue . A re lação de Sônia e C láud io causou p o ­

lêmica na época .

Livre para Voar Autoria: Walther Negrão Colaboraçau: Aludes N O ^ I I C Í M / >iit\ai <. Wnll M. iy . i <• I <<•< ! < < mlaloiii =1117 set 1984-12 abr 1985 í> 18h Ü 184

A história era protagonizada por dois jovens

que nutrem um amor verdadeiro mas

escondem sua real identidade.

Bebei (Carla Camurati) é herdeira da fábrica de cristais do pai, em Poços de Caldas ( M G ) , mas se passa pela operária

Cristina para tes­tar a integridade dos funcionários. Pardal (Tony

Ramos) mora em um vagão de trem e esconde que é um arquiteto acusado de um crime que não cometeu. Pardal conhece o menino Gibi (Fernando Almeida), que foge de um orfanato, e, apesar da diferença de idade, os dois se tornam grandes companheiros. No final da novela, Pardal se casa com Bebei e ambos adotam Gibi, realizando seu maior sonho.

Um Sonho a Mais Autoria: Daniel Más e Lauro César Munlz Colaboração: Mário Prata e Dagomlr Marquezl Direção geral: Roberto Talma Direção: Roberto Talma, Mário Márcio Bandarra, Carlos Magalhães e Luca de Castro Supervisão: Daniel Filho ='§= 4 fev-3 ago 1985 © 19h i j j j 153

A peça V o l p o n e , de Ben Jonson, serviu de base

para a história de um milionário excêntrico

que quer reaver seu amor.

Antônio Carlos Volpone (Ney Latorraca) quer esclare­cer o assassinato do sogro, crime do qual é acusado, e se aproximar da ex-mulher, Estela (Sylvia Bandeira). Para isso, inventa uma doença que o obriga a viver numa re­doma de plástico e usa vários disfarces, como o de um médico, de um industrial e de um motorista. Volpone tem como rivais Orlando Aranha (Fúlvio Stefanini)

e a misteriosa Renata (Susana Vieira), e sua vida é investigada pela repórter Amélia Bicudo (Cissa Guimarães) .

Ney Latorraca (esq.), Carlos Kroe-ber, Marco Naninie Antônio Pedro (ajoelhado) na cena do casamento de Anabela e Pedro Ernesto.

Entre os disfarces d e Vo lpo ­

ne (Ney Latorraca) estava a

executiva Anabe la Freire,

que desper ta a pa ixão do

c inquen tão Pedro Ernesto

(Carlos Kroeber) . Am igos d e

Vo lpone , Mosca (Marco Na-

nini) e Lula (Antôn io Pedro)

se d isfarçam d e Florisbela e

Clarabela, respec t i vamente .

Roque Santeiro lull mu I >i,i'. i I I I I M I " . ( oauttmt: Ai|iiln,il<IN Mlv.i i ii/<iliiii./.,I/<>: M A N (lio M O R A E S o loaqulin Assis ' i n V ' < I ' . I I I I M I I I I I I . I I . I M IHn\ihi 1 /.ii|.i HI. i l . i , I ' . l i i l i11 I I 111,11.111,Marcos Paulo e Jayme Monjardlm

•.i/«vwv*. I i,iiii.'I I Hlio M L . M inn l')H'> )> li'v l')H() 02Oh MS209

Sátira à exploração politica e comercial

da fé popular, a novela marcou época

apresentando uma cidade fictícia como

um microcosmo do Brasil.

Os moradores de Asa Branca vivem em

função dos supostos milagres de Roque

Santeiro (José Wi lker ) , um coroinha

e artesão de santos de barro que teria

morrido como mártir ao defender a

cidade de um bandido. O falso santo

reaparece em carne e osso 1 7 anos

depois, ameaçando o poder e a riqueza

das autoridades locais: o prefeito

Florindo Abelha (Ary Fontoura) , o

comerc iante Zé das Medalhas (Ar­

mando Bógus), o conservador padre

Hipólito (Paulo Grac indo) e o temido

fazendeiro Sinhozinho Malta (Lima

D u a r t e ) , amante da pretensa viúva

do santo, a fogosa Porcina (Regina

D u a r t e ) . Incentivada por Sinhozinho,

Porcina - que sequer conhece Roque

- espalha a mentira de que foi casada

com o santeiro e acaba se transforman-

Regina Duarte e l ima Duarte: empatia em cena

P O R C I N A ' S L O O K

Regina Duar te de ixou de f i n i t i v amen te para

trás a a l cunha d e " n a m o r a d i n h a do Bras i l " e

e spa lhou o ex t ravagante Porcina's look por

t o d o o país: tu rbantes , m a q u i a g e m e s c a n d a ­

losa, roupas co lor idas e br i lhosas. L ima Duar ­

te popu la r izou o bo rdão "Tô ce r to o u tô er ­

r ado ? " profer ido s empre q u e o p e r s o n a g e m

sacudia o pu lso e m o v i m e n t a v a o re lógio e

as pulseiras d e ouro . A empa t i a en t re os dois

pe r sonagens r endeu cenas m e m o r á v e i s .

do em patrimônio da cidade. Quando

conhece Roque, se apaixona de fato

por ele, formando o principal triângulo

amoroso da trama. A cidade fica ainda

mais agitada com a chegada de uma

equipe de cinema para filmar a história

do santo, que, no filme, é interpretado

pelo ator mulherengo Roberto Mathias

(Fábio J r . ) . A sofrida Lulu (Cássia Kiss)

é outra personagem relevante: reprimida pelo mari­do, Zé das Medalhas, é obrigada a Bear em casa c o m o prisioneira, cuidando dos lilhos, até que decide dar uma reviravolta em sua vida. A ala dos que defen­dem a revelação de que Roque Santeiro não morreu e nem é santo é liderada pelo padre progressista Al­bano (Cláudio Cavalcanti ) . Contrário á manipulação

política da população, padre Albano se envolve com Tânia (Lídia Brondi) , a lilha contesta­dora de Sinhozinho Malta. No final da história, o mito não é desfeito e o povo de Asa Bran-

José Wilker i orno Roque Santeiro: mito mais forte do que a verdade.

V E R S Ã O V E T A D A

E m 1975, Roque Santeiro t e v e u m a ve r são pro ib ida , p ro t agon i zada por Be t t y Faria ( Porc ina ) , L ima D u ­a r te ( S i nhoz inho Ma l t a ) e F ranc isco C u o c o ( Roque ) . Já h a v i a m s ido g rava ­dos 36 cap í tu los da nove la q u a n d o a Censura Federa l p e r c e b e u q u e se t ra tava d e u m a a d a p t a ç ã o d o tex ­to teat ra l , v e t a d o an te r io r ­m e n t e , O Berço do Herói, escr i to por Dias G o m e s e m 1963. Para subst i tu i r Roque Santeiro às pressas, a TV G l o b o p roduz iu e m t rês meses Pecado Capital, d e J a n e t e Clair.

Padre Albano (Cláudio Cavalcanti, esq.) faz o contraponto com o conservador padre Hipólito (Paulo Gracindo) e é chamado de 'padre comunista.

Rui Rezende viveu misterioso professor Astromar Í // uiueira, que, nas noites de lua cheia, vira lobisomem,

mingando e assustando Asa Branca.

ca segue acreditando e m seu santo. Ro-

Santeiro virou símbolo da abertura

política no país, abordando questões

sociais como a exploração do povo, a

reforma agrária e as diferentes corren­

tes ideológicas no interior da Igreja

< atólica. A grande repercussão da no­

vela se refletiu no sucesso comercial de

ua trilha sonora, que incluía músicas

como "Santa fé", de Moraes Moreira e

fausto Nilo; " D e volta pro aconchego" ,

ile Dominguinhos e Nando Cordel; e

"ABC do santeiro", de Sá e Guarabyra.

Pela primeira vez a Som Livre deixou

de produzir a trilha internacional para

A B O A T E E A S B E A T A S

A b o a t e Sexus, d e Ma t i l de (Yoná Maga lhães ,

esq.) , cenár io das sensua is dança r inas N inon

(Claudia Raia, cent ro ) e Rosaly (Isis d e O l i ve i ­

ra, dir.), m o v i m e n t a v a as no i tes d e Asa B r a n ­

ca. O trio t inha q u e en f ren ta r a opos i çáo das

bea tas l ideradas por D o n a P o m b i n h a Abe lha

(Eloísa Mafa lda ) , mu lher d o prefe i to.

Lucinha Lins iuteipirt, iv< i Al, HÍnhu:ut'!t'nuini W T l , h • Roque Santeiro se manteve casta, até a volta do amado.

C A S A B L A N C A E M A S A B R A N C A

R o q u e Sante i ro ( J o séW i l ke r ) deixa Asa Branca

no fim da nove la . A dúv ida sobre c o m q u e m

Porc ina (Regina Duar te ) te rminar ia pe rdu rou

a t é a ú l t ima cena , q u e l e m b r o u o f i lme Casa­

blanca (1942), d e M i chae l Curt iz. A v iúva não

sabe se e m b a r c a c o m R o q u e n u m av i ão ou

se con t inua na c i dade . ao lado d e S inhoz inho

Mal ta (L ima Duar te ) . D i f e r en t emen te da per ­

s o n a g e m d e Ingrid B e r g m a n , ela d e c i d e ficar

e m terra.

lançar um segundo disco com músicas nacionais. O primeiro vendeu mais de meio milhão de cópias em apenas três meses.

Armando Bógus (esq.), como Zé das Medalhas, e Ary Fontoura, como Florindo Abelha: interesse na perpetuação do mito de Roque Santeiro.

A Gata Comeu Autoria: Ivani Ribeiro Colaboração: Marilu Saldanha Direção geral: Herval Rossano Dire e José Carlos Pieri Supervisão: Daniel Filho 11=15 abr-19 out 1985 Q l 8 h Í J È I (>/

li I ! Ii 'I v.ll Ri iss.ll li i

Christiane Torlonin mio a rica e mimada Jô Penteado: romance de cão e gato.

A adaptação da novela A B a r b a A z u l , de Ivani

Ribeiro, exibida na TV Tupi nos anos 70, tinha

como foco uma tumultuada história de amor.

Jô Penteado (Christiane Torloni) fica noiva sete vezes, mas nunca se apaixona. Du­rante uma excursão escolar em que todos ficam presos dois meses em uma ilha de­serta, ela se encanta pelo professor Fábio Coutinho (Nuno Leal Maia), viúvo e pai de dois filhos. O romance é atrapalhado pela noiva de Fábio, Paula (Fátima Freire), e por Gláucia (Bia Seidl), irmã invejosa de Jô. A Cata Comeu teve muitos momentos de humor, como os protagonizados pelo casal Gugu (Cláudio Corrêa e Castro) eTetê (Marilu Bueno). Um garçom que se disfarça de conde italiano, um marido preguiçoso e um falso cego também movimentaram a trama.

De Quina pra Lua Autoria: Alcides Nogueira Argumento:Benedito Ruy Barbosa Co/aboraçáo/Walther Negrão Direção: Atílio Ricco, Má­rio Márcio Bandarra e Ricardo Waddington Supervisão: Daniel Filho 11=21 out 1985-26abr 1986 í>18h Í$j l64

A desenfreada busca de um bilhete de loteria

premiado transformou D e Q u i n a p r a L u a em

uma divertida corrida do ouro.

Zezão (Milton Moraes) morre atropelado após ganhar na loteria. A família descobre que o cartão foi sepultado com o morto e o desenterra, mas o bilhete foi roubado. A viúva, Angelina (Eva Wilma), e seus quatro filhos iniciam uma busca incan­sável pelo bilhete, que envolve outros personagens, como o professor Dante Cagliosto (Agildo Ribeiro). Cagliosto se divide entre o amor da manicure Maria­

zinha (Elizabeth Savala) e sua antiga paixão, Angelina. Para ajudar a família,

O professor Dante Cagliosto foi o primeiro papel do humorista Agildo Ribeiro em novelas.

Zezão volta à Terra acompanhado do anjo Cróvis (José Dumont) . Invisíveis, os dois se metem em muitas confusões.

• • < M M < i iv.nnn I M Í I I I ' , M I ' N I les i ululam içãu I u¡/( ailus I u s m D»t\aoqeral: Wolf Maya Direção: Wolf Maya • l i onfalonlerl Supervisão: Paulo Ublratan e Daniel Fllho § | | 5 ago 1985-8 mar 1986 © 1 9 h Ug 185

( om enredo bem-humorado, T I - T I - T I

explorava os bastidores do competitivo mundo da moda na capital paulista.

Rivais desde a infancia, quando disputa­vam as mesmas namoradas, André Spina ( Reginaldo Faria) e Ariclenes Martins (Luis Gustavo) se reencontram e passam a se enfrentar profissionalmente. André se tornou um conceituado costureiro conhecido como Jacques Léclair, adepto de uma linha de roupas clássicas. Para desestabilizá-lo, Ariclenes assume a iden­tidade do espanhol Victor Valentim e se

infiltra no mundo da moda, disposto a revolucionar a alta-costura com modelos ousados. Quem ideali/.a

suas criações, no entanto, é Cecília (Na-thalia Timberg), mulher com problemas mentais. O filho de Ari, o estudante de

Trechos da criativa abertura de Ti-Ti-11

Ari e Jacques (Luis Gustavo, esq., e Reginaldo Faria): o

primeiro vive uma relação conturbada com a

ex-mulher: o segundo se faz passar por efeminado,

mas é amante da secretária.

belas-artes Luti (Cássio Gabus Mendes) ,

desenha os modelos criados por Cecília.

O falso espanhol adquire fama e pres­

tígio e, além de roupas, lança o batom

Boka Loka. Para complicar ainda mais

a trama, Luti se apaixona por Valquíria

(Malu Mader), filha de André. No final

tia novela, descobre-se que Cecília é a

mãe de André, desaparecida há anos.

T E S O U R A S G I G A N T E S

So luções artesanais d iver t idas fo ram cr iadas pela e q u i p e do des igner Hans D o n n e r para produzir a aber tura da nove la . Fitas métr icas , lapiseiras e tesouras g igan tes g a n h a r a m vida i n d e p e n d e n t e na tela, man ipu l adas c o m o auxíl io d e ímãs ,a rames e condu í t e s d e me ta l , ao s o m d e "Ti-Ti-Ti','de Rita Lee e Robe r to d e Carva lho , in terpretada pe lo g r u p o Me t rô .

Selva de Pedra Autoria: Regina Braga e Eloy Araújo Direção geral: Walter Avancini e Dennis ( arv.ilho Direção: losé Carlos Pieri e Ricardo Waddlngton Supervisão: Daniel Filho ==| 24 fev-23 ago 1980 O 201140 ÍOJ150

Vingança e ambição

conduziam S e l v a d e P e d r a ,

r e m a k e de novela de Janete

Clair exibida em 1972.

Acusado de homicídio, Cristiano Vilhena (Tony Ramos) foge para o Rio de Janeiro com a escultora S imone (Fernanda J o r r e s ) , testemunha de sua inocên­cia. Os dois se casam e ele vai trabalhar no estaleiro do tio, Aristides (Walmor Chagas), despertando a pai­xão de Fernanda (Christiane J b r l o n i ) , noiva de seu primo Caio (José Mayer) e uma das acionistas da empresa. O mau-caráter Miro (Miguel Falabella) st

aproveita da am-

Simone (I anuiu la torres) e Cristiano (Tony Hamos):

final feliz.

bicão de Cristiano e tenta convencê-lo a romper com Simone para

Rejeitada por Cristiano, Fernanda, personagem de

Christlane Torloni, casa-se de luto com Caio,

vivido por José Mayer.

se casar com Fernanda. Para deixar o caminho livre para os dois, Miro planeja matar Simone. Perseguida pelo vilão em uma autoestrada, ela sofre um acidente de carro e é dada como morta. Sentindo-se culpado pela morte da esposa, Cristiano não consegue se casar i u m Fei nanda e a abandona na porta da igreja. Humilhada e mentalmente perturbada, ela passa a infernizar a vida dele. Simone, que todos pensam ter morrido, reaparece com nova identida­de e também vira alvo das maldades de Fernanda. Os vilões têm um final trági­co. Fernanda enlouquece e Miro morre ao ser perseguido pela polícia.

D I S F A R C E S DE S I M O N E

Na primeira versão da novela, a escultora S i ­

m o n e (Regina Duarte ) usava uma peruca loira

e m seu disfarce c o m o a bem-sucedida artista

plástica Rosana Reis, q u e se nega a revelar sua

real ident idade por acreditar que o mar ido

planejara sua morte.Norema/ce.a pe r sonagem

m u d o u o pen teado e usou uma nov idade na

época : lentes d e conta to azuis. Descober ta a

f a r sa , S imone (Fernanda Torres) é mant ida e m

cat iveiro por Fernanda (Christ iane Torloni) .

Cambalacho lid m, i ' l i lvii 11 li ' Al ili'll / 'm'

',/i i'.il, i I i,inii'I I Un i 'til: lim|i I -I mil

I i ' I I 1,111, li i / ' I / , ' , , , ! • i ll

: )H ( i 019h ¡HJjIM nando e Del Rangel

O/I tuimbiqueiros IH tibeçavam a trama, cujo

• ••••o popularizou a expressão "cambalacho" em todo o país.

I m a (Fernanda Montene­gro) e Gegê (Gianfrancesco ' luarnieri) são parceiros I lOS cambalachos que fazem I ' a r a sobreviver e manter i filha de Naná, Daniela

( I ,ouise Cardoso], estudan­do no exterior. Sentindo-se ' 111pada pelas trapaças, Naná leva para casa crianças que i ecolhe nas ruas. Quando descobre ser a herdeira e a suposta filha desaparecida do milionário Antero Souza e Silva ( Mário Lago), ela passa a enfrentar sua gananciosa viúva, Andreia (Natália do Vale) , responsável pela morte do marido. Andreia contrata o advogado Rogério (Cláudio Marzo) , por quem é apaixonada. Ele é marido de sua irmã, a também advogada Amanda (Susana

Vieira), e recorre a meios ilícitos para satisfazer sua cliente. Ao perce­ber que é traída, Amanda decide

Andrea Avancini (esq.), Fernanda Montenegro e

Gianfrancesco Guarnieri na divertida novela que atingiu

altos índices de audiência para o horário.

defender Naná na disputa. Ganhou relevância a trama de Tiago (Edson Celulari) , filho de Antero, deserdado pelo pai após assumir a profissão de bailarino. Tiago é apaixonado pela Elha de Gegê, a mecânica Ana Ma-chadão (Débora Bloch). Com os dois personagens, o autor abriu um debate sobre preconceitos relacionados a profissões tradicionalmente masculinas e femininas.

I

U m dos sucessos da t r ama foi a

p e r s o n a g e m A lber t ina P i m e n ­

ta (Regina Casé , fo to ) , a Tina

Pepper . Ela imitava a cantora

amer i cana Tina Turner e s o n h a ­

va c o m a f ama .T ina era filha d e

Lili Bo lero (Consue lo Leandro ) ,

que t a m b é m s e m p r e qu is c a n ­

tar pro f i ss iona lmente e cu lpava

a cantora Ânge la Mar ia por seu

insucesso.

Sinhá Moça Autoria: Benedito Ruy Barbosa Lolaboiaçuo: I dmaia Barbosa / i m v í n m titmi. Nilimi li.ivrssn

Direção: Reynaldo Boury e J ayme Monjardim Supervisão: Daniel Hlho =117» abi I') nov 1986 © 1 8 h J J Í J 1 6 8

Dez anos após E s c r a v a I s a u r a , Lucélia Santos e Rubens de Falco voltavam a estrelar novela sobre escravidão.

A trama se passava em 1886 , dois anos antes da promulgação da Lei Áurea. Em Araruna, no interior paulista, desenrola-se o amor de Sinhá Moça (Lucélia Santos) e Rodolfo (Marcos Paulo), re­publicano cine se esconde sob a máscara do justiceiro Irmão do Quilombo e, nas madrugadas, invade as senzalas e liberta os negros. Filha do coronel escravocrata Ferreira (Rubens de Falco), o barão de Araruna, Sinhá Moça também luta em defesa dos negros. Outra trama impor­tante era a do escravo alforriado Rafael (Raymundo de Souza), que adota o

nome de Dimas e volta à cidade, disposto a se vingar do barão. Rafael é filho do aristocrata com a

escrava Maria das Dores (Dhu Moraes). Antes de ser vendido pelo barão, ele conviveu com Sinhá Moça na infância. Ao chegar em Araruna, Rafael se torna braço direito do jornalista Augusto (Luiz Carlos Arutin) , um abolicionista convic­to, e se apaixona por sua neta, Juliana

Lucélia Santos, Marcos Paulo e Sérgio Viotti em Sinhá Moça, que contou com impecáveis figurinos e produção de arte.

A N A D O V É U

A p e r s o n a g e m Ana do V é u , in terpre tada por Patrícia Pil lar ( foto) , se des t a cou na história. Ela vivia c o m o rosto cober to , de v i do a uma promessa da m ã e . Ana é p romet ida a Rodo l fo (Marcos Paulo ) , mas se envo l v e c o m o i rmão de le , R icardo (Danie l Dantas , foto) , u m j o v e m t ím ido e g e n e r o s o q u e nunca t e v e interesse e m estudar, p re fer indo ficar na fazenda d o pa i . Ele se apa ixona por Ana d o Véu sem n u n ­ca ter v is to seu rosto.

(Luciana Braga). A novela foi inspirada no romance Sinhci Moça, de Maria D c -zonne Pacheco Fernandes. Antes mesmo da estreia, 5 0 países já haviam demons­trado interesse em comprar a produção, atraídos pelo sucesso internacional de Escrava Isaura ( 1 9 7 6 ) .

Roda de Fogo >li mil I .li ih 1 1 .-.it Mm li.- i I I/ . I/ ' I .ii i., ,ii i M.iii ilii i Mi li / i|iri,.n.r\i'i iilivu: I'.iuli. I Ihu.il.in i-i, irttil I M i l n% i .ii v, ill ii i / 'in i, i in I ii um-, i ,uv.illni c Hit arilo Waddlngton Supervisão: Daniel Filho

125 ago 1986-21 mar 1987 © 2 0 h 3 0 SIS 179

i i i i r l . i d e F o g o foi escrita a partir de sinopse ', ihorada na Casa de Criação Janete Clair,

ii nidada por Dias Gomes em 1985.

revelação de um dossiê sobre irregu-I ii idades em uma das empresas do ines-• i iipuloso Renato Villar (Tarcísio Meira) l . i . isa escândalo no meio empresarial e

autor da denúncia morre misteriosa-ii ule. A juíza Lúcia Brandão (Bruna

I iinibardi), profissional íntegra, assume I i aso e Renato pensa em suborná-la .na se livrar das acusações, mas os dois

i - apaixonam. Ao descobrir que tem, no máximo, seis meses de vida devido a um lumor no cérebro, Renato se transforma: i ompe o casamento de aparências com ( 'arolina (Renata Sorrah), destina parte i los lucros da empresa a uma funda-

ão, afasta executivos que o traem e lenta reconquistar o filho, Pedro (Felipe ( 'amargo), fruto de uma relação com

a ex-guerrilheira

H Maura (Eva Wil­ma) . As atitudes de Renato desa­gradam à família e aos sócios, que

Claudia Alencar, Carla Daniel, Inês Galvão e Osmar Prado: três noivas para um homem só.

Tarcísio Meira c Bruna Lombardi: Lúcia Brandão

vive um conflito ético por ter que julgar o

homem que ama.

passam a lutar por sua destruição liderados por seu ex-braço direito, o advogado Mário Liberate) (Cecil Thiré) . Em sua luta pelo poder, que envolve vá­rios assassinatos, Mário tem como cúm­plice o criado Jacinto (Cláudio Curi) , ex-torturador do regime militar. Renato e Lúcia ficam juntos, mas, mesmo com o público a seu favor, o empresário morre no final.

0 M O T O R I S T A N A M O R A D O R

0 p e r s o n a g e m in te rpre tado por O s m a r Pra­do, Tabaco, foi uma das boas surpresas da nove la . Motor is ta d e Rena to Vil lar (Tarcísio Mei ra ) , e le se orgulha d e dirigir a l imus ine d o pat rão e namora três mu lhe res ao m e s m o t e m p o , sem consegu i r se dec id i r por apenas uma : a sensual Patat íva (Claudia A lencar ) , a te lefonista Bel ( Inês Ga l vão ) e a i ngênua Ma r ­lene (Carla Danie l ) .

Hipertensão Autoria: Ivani Ribeiro Direção gerai: Wolf Maya Direção: Woll M.iy.i.i . n l< >'. M.n g.ill i.n-., Al ili< i H

Marcelo de Barreto Supervisão: Daniel Filho |Ü6out 1986-18 abr 198/ í>l' ) l i SJfi 16/

Dois mistérios norteavam o enredo de H i p e r t e n s ã o : a paternidade da protagonista e a identidade de um assassino.

Três amigos moram juntos desde a morte das esposas, irmãs trigêmcas. Com a chegada de um grupo de teatro mambembe à fictícia Rio Belo, Napoleão (Cláudio Corrêa e Castro), Candinho (Paulo Gra­cindo) e Romeu (Ary Fontoura) conhecem Carina (Maria Zilda Bethlem). A jovem se parece com suas falecidas mulheres e eles acreditam que um deles seja seu pai. Destacou-se na trama a misteriosa morte da humilde Lu/ia (Cláudia Abreu), que fica grávi­

da de Ray (Taumaturgo Ferreira). / lipertensão foi uma atualização de Nossa Filha Gabriela, novela de Ivani Ribeiro exibida na T V Tupi em 197 1.

Cláudio Corrêa e Castro (entre Paulo Gracindo eAry Fontoura) viveu o personagem Napoleão nas duas versões da novela.

Direito de Amar Aufonci.-Walther Negrão Colaboração: Marllu Saldanha, Ana Maria Moretzsohn e Alcides Nogueira Direção executiva: Nilton Travesso Direção geral: Jayme Monjardim Direção: Jayme Monjardlm e José Carlos Pieri Supervisão: Daniel Filho i 'ü 16 fev-4 set 1987 918h & 172

Ambientada no Rio de Janeiro do início do séc.XX, a trama baseava-se em N o i v a d a s T r e v a s , de Janete Clair, escrita nos anos 50.

A beira da falência, o industrial Augusto Medeiros (F.dney Giovenazzi) promete a mão da filha, Rosália (Glória Pires), ao poderoso banqueiro Francisco Monserrat (Carlos Vereza). Mas a jovem se apaixona por seu filho, Adriano (Lauro Corona) . Ninguém suspeita, mas o rapaz é, na verdade, filho da primeira mulher de

Monserrat, Joana (ítala Nandi), que é tida como morta, com o médico Jorge (Carlos Zara). Anos atrás, ao descobrir o adultério de Joana, o banqueiro tirou a criança de seus braços e

simulou a morte da esposa, mantendo-a, no entanto, prisioneira em um dos quartos de sua mansão.

Carlos Vereza (acima) recebeu muitas cartas de fãs apaixonadas por seu personagem, Francisco Monserrat, um vilão sedutor que, apesar de bom atirador, deixa-se matar em duelo com Jorge (Carlos Zara), no final da novela.

O Outro d uni Aguinaldo Silva i nhiliiihii,.},: Uii iiidii I i i i l M U " , / iiieçiioexn ativa: Paulo Alonso Grlsolli

•,.!•••).•/.</ 1 ii I I I A I I | . i lilul.i c I irl ll.iii,|,'l I i i ii I I I A I , i.i Hli J | , I , I i i ' i11 iinl.ilimil-ii,Ignacio Coqueiro, ardo Waddlngton, Del Rangel e José de Abreu Supervisão: Daniel Filho ==¡23 mar-10out 1987 O 20h30 (JSÜ179

\prtSSlonante semelhança física entre

I li tis homens que não se conhecem conduzia

WSpense de O O u t r o .

1 milionário Paulo Della Santa e

i i dono de um ferro-velho, Denizard

de Mattos (ambos interpretados por

I I . I I K isco C u o c o ) , são vítimas de uma

explosão. Paulo desaparece e Denizard

i onlundido com ele. C o m amnésia,

ele assume a identidade do outro e se

envolve com sua mulher, Laura

I Natália do Vale) , e com seus supostos

filhos, Pedro Ernesto (Marcos Frota)

e Marília (Beth

Goular t ) . En­

quanto isso, sua

verdadeira filha,

Zezinha (Cláudia

O O U T R O

F A L S O I N C E S T O

Ma lu M a d e r se des tacou c o m o a h ipp ie Glori-

nha da Abo l i ção , q u e se e n v o l v e c o m o sósia

d e Paulo Della Santa (Francisco Cuoco ) para

desespe ro da mãe , W i l m a (Ar le te Sal les) . W i l ­

ma é e m p r e g a d a na casa dos Del la Santa e

e s c o n d e de todos que G lor inha é filha do pa ­

trão. S e m saber da troca d e i den t i dade en t re

Pau lo e Den izard , ela pensa q u e G lor inha se

a p a i x o n o u pe lo própr io pa i .

Abreu), e a namorada, índia do Brasil (Yoná Magalhães), vivem o drama de seu desaparecimento. Nos últimos capítulos, o verdadeiro Paulo reaparece.

Bambolê '\utoria: Daniel Más Colaboração: Ana Maria Moretzsohn Direção executiva: Roberto Talma / lireção geral: Wolf Maya D/reçõo: Wolf Maya, Atílio Ricco, Ignacio Coqueiro e Marcelo de Barreto Supervisão: Daniel Filho 1=17 set 1987-26 mar 1988 © 18h M S 172

As atrizes Carla Marins (esq.), Thais de Campos e Myrian

Rios na novela cuja cidade cenográfica reproduziu um

antigo quarteirão de Ipanema, bairro de suas personagens.

Inspirada no romance C h a m a e C i n z a s , de

Carolina Nabuco, novela reviveu o glamour

do Rio de Janeiro no final dos anos 50.

A bossa nova era o lundo musical dos desentendimentos entre o viúvo idealis­ta Alvaro Galhardo (Cláudio Marzo) e sua cunhada, a arrogante Fausta (Joana Fomm). Além de discordar do modo como ele cria as lilhas - Ana (Myrian Rios), Yolanda (Thais de Campos) e Cristina (Carla Marins) - , Fausta impli­ca com seu romance com Marta (Susana Vieira), mulher desquitada que se muda com os filhos, Murilo (Maurício Mattar) e Tavinho (Felipe Fonseca), para a Zona Sul da cidade.

Brega & Chique Autoria:CassianoGabus Mendes Colaboração: I ui/ ( arlos I usi o l)in\iinr\ei ulivu H< >l>• -it<i I.iln Direção geral: Jorge Fernando Direção: Jorge Fernando, Carlos Magalhães e Marcelo de Barreto Supervisão: Daniel Filho S S 20 abr-7 nov 1987 9 1 9 h Ü 1 7 3

A novela contava a história de duas mulheres

que se tornam amigas sem saber que foram

casadas com o mesmo homem.

Para escapar da falência, o empresário Herbert Alvaray (Jorge Dória), que sem­pre escondeu ter duas famílias, simula sua morte e logo do país. A esposa ofi­cial, Rafaela Alvaray (Marília Pêra), fica endividada e se muda para a periferia de Sáo Paulo, onde conhece a pobre e brega Rosemere da Silva (Glória Menezes) , a outra esposa de Herbert, que, inespera­damente, herda uma fortuna em dólares. Rosemere ensina Rafaela a economizar, e esta dá aulas de etiqueta para a nova-rica, que é cortejada pelo grosseirão Baltazar (Dermis Carvalho). Rafaela se envolve com o secretário de Herbert, Montenegro (Marco Nanini). A trama

dá uma virada quando Herbert, após uma cirurgia plástica, retorna ao pais com o nome de Cláudio

Marília Pêra (esq.), a chique, e Glória Menezes, a como as personagens centrais da divertida novela de Cassiano Gabus Mendes.

A aber tura d e Brega & Chique c ausou po l ê ­

mica ao mostrar u m m o d e l o c o m as nádegas

descobe r t a s . ao som d e " P e l a d o " d a banda U l ­

traje a Rigor. In ic ia lmente , a Censura Federa l

exigiu q u e a nudez fosse cober ta c o m uma

folha d e parreira; a p ó s negoc i ações , a ve rsão

or ig inal foi l iberada.

Serra (Raul Cortez) . As duas descobrem toda a farsa e ainda constatam que há outra mulher na vida dele: Zilda (Nívea Maria), amiga de Rafaela. No fim da his­tória, Herbert morre dormindo, sonhan­do com seu verdadeiro rosto. Rafaela, Rosemere e Zilda refazem suas vidas, ao lado, respectivamente, de Montenegro, Baltazar e Pedro (Paulo César Grande), e dividem os dólares que Herbert guarda­va em uma conta na Suíça.

Mándala ni, ii ni I liii'. i .i U N E S i 11/11/.1 I I I I I . I I H M.m ilii i Moi .H". i' I .muí i i",.ii Mui i i / I >iit\uo exa uliva: Roberto Taima

,I -...i, ,I/i vil/ Hii . I H li I W . I I lilimili ni / luí'i, iiii. Un .ni li I W . I I li lini |ii ni, li ) M ' (ar los Pieri e Fábio Sabag . i | «Y IR , « in I i . i i i i r l I i l l m iü l . ' i iui \'¡H/ 14 H U Í I ' I H H » . ' ( > h « ) J 8 J 1 8 5

LI H I . i l a foi inspirada na tragédia É d i p o

Hei , de Sófodes, para ressaltar a luta do

homem contra o próprio destino.

\ |ovem Jocasta (Giulia G a m ) engra-

[da do namorado, Laio (Taumaturgo

I i i reira). Mas ele some com o bebê após

i insultar os búzios e descobrir que o

menino o matará e manterá uma relação

amorosa com a mãe. Passados 25 anos,

I ilipo (Felipe Camargo), que foi criado

I ii a pais adotivos, encontra Laio (Perry 1 i.illes) em uma estrada, mas ambos igno-

ram a relação de parentesco. Alterado por

ter acabado de escapar de uma embosca-

i la planejada por rivais, Laio agride Édipo.

()s dois brigam, Laio despenca de uma

i ibanceira e morre. Édipo se muda para o

Rio de Janeiro com a namorada, Letícia

(Lúcia Veríssimo), c m busca de uma nova

vida. É quando conhece Jocasta (Vera

Fischer) e os dois se apaixonam. O rapaz

é perseguido pelo guru Argemiro (Carlos

Augusto Strazzer), que previu a tragédia

no início da trama, e por Creonte (Gra­

cindo Jr.), seu tio, que sabe da ascendên­

cia de Édipo e

ambiciona assumir

os negócios de

Laio. Édipo, no

entanto, só fica

Felipe Camargo e Vera Fischer como Édipo e Jocasta: amor incestuoso no horário nobre.

0 B E I J O P R O I B I D O

J ocas ta (Vera Fischer) f o g e das Invest idas

do apa ixonado Éd ipo (Fe l ipe Camargo ) , pois

sen te q u e n ã o d e v e ceder à t en tação . S ó

após mui ta insistência, e le c o n s e g u e beijá-la.

A cena , essenc ia l para a t r ama , c h e g o u a ser

v e t ada pela Censura Federa l e só foi l iberada

após mui tas negoc i ações , sob a a l egação d e

q u e os pe r sonagens d e s c o n h e c i a m sua c o n ­

d i ção d e m ã e e fi lho. M a s J o cas t a descob re a

v e r d a d e e o r o m a n c e não va i ad ian te .

sabendo que c filho de Laio perto do final

da novela. Mándala transformou em hit a

música "O amor e o poder", interpretada

por Rosana.

P É R O L A S D E T O N Y C A R R A D O

"Depo i s da t e m p e s t a d e ,

v e m a ambu lânc i a . "

"Tu pensa q u e eu estava

des l izando no mac io ? "

" V ê se tu vai decorar nec ro ­

tér io , q u e dá mais cer to . "

" S o u seu súbito. "

Personagem de Nuno Leal Maia, o bicheiro Fony Garrado fez sucesso:

grosseirão e cafona, ele se declarava a Jocasta chamando-a de "minha

deusa". Os dois ficam juntos no final.

Sassaricando Autoria: Silvio de Abreu Direção executiva: Paulo Afonso Grlsolll Direção: 0

e Miguel Falabella =119 nov 1987-11 jun 1988 & 18h50 M2 I «4

Novela trazia as aventuras de um sessentão que, ao ficar viúvo, passa a levar uma vida cheia de "sassaricos".

Depois da morte de sua mulher, a tirana Teodora (Jandira Mar­tini), Aparício Varella (Paulo Autran) começa a namorar três amigas simultaneamente: a estilista tie moda Rebeca (Tônia Carrero), a atriz, fracassada Leo­nora (Irene Ravache) e a dona de casa Penélope (Eva Wilma) . Mas ele não escapa das perseguições da família, liderada pela mimada lilha Fedora, a Felê (Cristina Pe­reira), que tem fantasias eróticas e vive entre tapas e beijos com o in.ii ido, Leonardo Raposo (Diogo Vilela), o Leozinho, um assassino profissional que só mata as pessoas erradas. As cunhadas Lucrécia (Ma­ria Alice Vergueiro) e Fabíola (Meana Kwasinski) também atormentam sua vida, interessadas na fortuna deixada pela irmã. F a própria esposa volta do além para atazaná-lo.

Paulo Autran c Tônia Carrero: o sessentão Aparicio Varella e a namorada estilista Rebeca.

" D I V I D I D I N H A "

Diogo Vilela e Cristina Pereira, que usava uma exagerada maquiagem, inspirada na personagem-título do filme Fedora, de Billy Wilder.

C o m u m so taque paul is ta ­no exage rado e o bo rdão " m e tô d i v ld id inha " C l a u ­dia Raia (foto) se des t a cou c o m o a fe i rante Tanc inha , q u e se div id ia en t re o a m o r do publ ic i tár io Be to (Ma r ­cos Frota) e o do muscu loso A p o l o (A lexandre Frota) .

Fera Radical I w.ililver Negrão Colaboração: Luiz Carlos Fusco, Ricardo Linhares e Rose Calza Direção geral: Gonzaga Blota

ii/.K).i Biola e I leriísr Saraceni §;|.'!< mai 19 nov 1988 Í » I /hV> Hl 203

Autor se inspirou na peça A V i s i t a d a V e l h a

•.1 'nhora, de Friedrich Dürrenmatt,

a a escrever F e r a R a d i c a l .

I lisposta a se vingar do assassinato de sua fimflia, Cláudia (Malu Mader] assume N I N A falsa identidade e se emprega na

nula cujos proprietários são suspei-is do crime. Ela se surpreende com

11< arinho do fazendeiro Altino Flores

I PAULO Goulart], preso a uma cadeira de I I ii las, e se envolve com seus filhos, Heitor ( Iludes Pan Chacon) e Fernando (José

Mayer), por quem se apaixona. Marília (Carla Camurati), noiva de Heitor, vive um romance proibido com Fer-

Yara Amaral i • Malu Mader em cena de impacto: antagonistas na novela.

nando e passa a disputá-lo com Cláudia. A protagonista também é perseguida por Joana (Yara Amaral), mulher de Altino, que descobre sua verdadeira identidade.

k p D f C A t

Bebê a Bordo •\i itoria: Carlos Lombardi Colaboração: Luiz Carlos Fusco e Maurício Arruda Direção execufiVa.RobertoTalma Direção: RobertoTalma,Del Rangel,Marcelo de Barreto e PauloTrevlsan === 13 jun 1988-11 fev 1989 Í>17h55 Ü Í J209

Com texto irreverente e bem-humorado,

a n o v e l a analisava as relações

familiares em enredo cheio de ação.

Após se envolver num assalto, Ana (Isabela Garcia) dá à luz. no carro de Tônico (Tony Ramos), mas abandona o bebê para fugir da polícia. Tônico passa a cuidar da criança, até o momento em que Ana volta para buscá-la. A mãe de Ana, Laura (Dina Sfat), culpada por também ter abandonado a filha ainda bebê, decide procurá-la e, ao descobrir que tem uma neta, luta pela guarda da menina. Em meio aos desencontros, Ana não sabe quem é o verdadeiro pai de Helena e sua paternidade é disputada por Zezinho (Leo Jaime), Antônio Antonucci (Rodol­

fo Bottino) e os irmãos Rei (Gui­lherme Fontes) e Rico (Guilherme Leme) .

Isabela Garcia com Beatriz Bertú, uma das cinco crianças que se revezaram no papel de Helena.

S O N H O S C I N E M A T O G R Á F I C O S

As cenas da sol te i rona repr imida Ânge la

(Maria Z i lda Be th l em) , apa ixonada pela voz

d o locutor d e rádio T o n h ã o ( José d e Abreu ) ,

r e n d e r a m bons m o m e n t o s . Ela dava vazão a

suas fantas ias sensuais e m sonhos q u e pa re ­

c i am f i lmes.

Vale Tudo Autoria: Gilberto Braga,Aguinaldo Silva e Leonor Bassères Direção em ulivu l',iub llliii.ilan / » i v » " / i * * Dennis Carvalho Direção: Ricardo Waddington e Paulo Ubiratan Supervisão: Daniel Filho = ¡ 1 6 m a l 1988-6jan 1989 © 2 0 h Ü 2 0 4

Corrupção e falta de ética conduziam V a l e T u d o , que denunciava a inversão de valores no Brasil do final dos anos 80.

A abertura do Vnle Tudo já dizia ao que vinha a novela: ao som de "Brasil", do Cazuza, cantada por Ciai Costa, um mo­saico de imagens compunha um retrato do país, formando a bandeira brasileira. Os autores centraram a discussão sobre honestidade x desonestidade no anta­gonismo mãe x filha: a íntegra Raquel Accioli (Regina Duarte) é o oposto da filha Maria de Fátima (Glória Pires), jovem inescrupulosa e com horror â

pobreza que, logo nos primeiros capítulos, vende a única propriedade de sua família, no Paraná, e foge com

o dinheiro para o Rio de Janeiro para se tornar modelo. Raquel vai atrás da filha e acaba conhecendo o administrador de empresas Ivan Meirelles (Antonio Fagundes), por quem se apaixona. Para ganhar a vida, Raquel passa a vender sanduíche na praia, com a ajuda do

Regina Duarte e Glória Pires: mãe e filha sempre em pé

de guerra por conta da conduta da jovem, que só pensa

em subir na vida.

M E R C A D O E X T E R N O

O sucesso d e Vale Tudo c h e g o u ao exterior. 0 n o m e do res taurante d e Raque l , Paladar, pas ­sou a d e s i g n a r e m C u b a , o s p e q u e n o s res tau ­rantes pr i vados i naugurados no país após a aber tu ra e c o n ô m i c a d o s a n o s 90. E m 2002, a Rede G l o b o e a T e l e m u n d o , braço hispâ­n ico da rede amer i cana NBC , rea l izaram e m c o p r o d u ç ã o o remake da nove la . A d a p t a d a por Yves D u m o n t , Vale Tudo t e v e u m e l enco d e l íngua h ispânica e foi a pr imeira p r o d u ç ã o da G l o b o vo l tada exc lus i vamen te para o m e r ­c ado externo .

amigo Audálio (Pedro Paulo Rangel), conhecido como Poliana. A o longo da trama, ela se torna dona de uma rede de restaurantes. Cúmplice e amante do mau-caráter César (Carlos Alberto Riccelli) , Maria de Fátima se alia à pode­rosa empresária Odete Roitman (Beatriz Segall) e se casa com seu filho, Afonso

Al ( O n l l ' . M o

A nove la d iscut iu o d r ama d o a l ­

coo l i smo, m o s t r a n d o o processo

d e r e cupe ração dos d e p e n d e n ­

tes por me io da frági l artista

plástica He l en inha {Renata Sor-

rah, foto) . E m cena e s c l a r e cedo ­

ra, ela recorre à a juda dos A l c o ó ­

licos A n ô n i m o s .

I< lássio Gabus Mendes) , após prejudicar H nuance dele com a jornalista Solange u lia Brondi). A união com Afonso só

possível depois que Maria de Fátima, . orno combinara com Odete, consegue

I parar Raquel de Ivan, para que ele, livre, case-se com Heleninha (Renata Sorrah), filha da empresária. Mas Odete descobre o romance entre Maria de Fátima e César, com quem ela própria mantinha um caso, e passa a perseguir a jovem. Odete é assassinada, gerando um grande mistério na história. O Brasil inteiro parou no dia 6 de janeiro de 1989 para saber "quem matou Odete Roitman". Acertou quem apostou em Leila (Cássia Kiss), mulher de outro mau-caráter, Marco Aurélio (Reginaldo Faria). A intenção de Leila era matar

Maria de Fátima, que se tornara amante de seu marido, mas foi Odete quem acabou morrendo em seu lugar. A novela mostrou um final inusitado, ao não punir os personagens de índole má: Maria de Fátima se casa com um príncipe italiano, em mais um plano idealizado por César; e Marco Aurélio, depois de aplicar um grande golpe, foge do país com Leila, dando uma banana para a câmera.

H O M O S S E X U A L I S M O

0 t ema do homossexua l i smo femin ino , p ro ­t agon izado por Cristina P rochaska e Lala Dehe inze l in , sofreu i n t e r venção da Censura Federa l : vár ios d iá logos en t r e Laís e Cecíl ia, suas pe rsonagens , t i ve ram d e ser reescri tos.

Beatriz Segall fez de Odete Roitman uma das melhores vilãs da teledramaturgia nacional.

Vida Nova Autoria: Benedito Ruy Barbosa Colaboração: Edmara Barbosa Direção executiva: Paulo Ublratan Direção geral: Reynaldo Boury Direção: Reynaldo Boury e Luiz Fernando Carvalho » § 2 1 nov 1988-6 mai 1989 © 1 7 h 5 0 Ml 143

Enredo destacou o convívio de imigrantes, sobretudo italianos, num cortiço paulista do bairro do Bixiga, na década de 40.

Entre as tramas da novela es­tavam a da ex-prostituta Dona I.alá (Yoná Magalhães), que desperta a paixão do sapateiro Antônio (Carlos Zara); a de G e m a (Nívea Maria), que, julgando-se viúva, casa-se com Pietro (Osmar Prado), até que seu primeiro marido, Sebastião (Roberto Bomlim), reapare­ce; a do italiano Antônio do Mercado (Antônio Pétrin), que trabalha para manter o lilho Antoninho (Marcos Winter) num dos melhores colégios de S a n Paulo; a de Francesco (Paulo José) , que sonha voltar à Itália; e a do namoro proibido da judia Ruth (Deborah Evelyn) com

o português ca tólico Manoel Victor (Lauro Corona) .

Lauro Corona, o português católico Manoel Victor.

D E S P E D I D A

U m a cena ma r can t e foi aque la e m q u e M a ­noe l V ic tor deixa a c idade , a o s o m d e u m p o e m a de F e rnando Pessoa d e c l a m a d o por Lauro Corona , q u e se afastava da t rama por p rob l emas d e saúde . O ator fa leceu dois m e ­ses a p ó s o f im da nove la .

Pacto de Sangue Autoria: Regina Braga Colaboração: Sérgio Marques Direção executiva: Paulo Ubiratan Direção: Herval Rossano 11= 8 mal-23 set 1989 0 18h MÉ119

Novela tematizou a escravidão para festejar os centenários da abolição da escravatura e da proclamação da República.

Em 1870, em Campos dos Goytacazes (RJ) , o jovem Antônio (Marcelo Serrado)

morre após ajudar um negro a esca­par da fazenda do pai, o juiz Queiroz Antunes (Carlos

Vereza). No leito de morte, Antônio pede ao pai que crie o pequeno escravo Bento (Armando Paiva) como um filho. A convivência com o menino faz com que Antunes, líder do Partido Conser­vador na cidade, reveja a rigidez de seus valores. Ele acaba se apaixonando por Aimée (Carla Camurati), integrante do movimento abolicionista. A novela foi inteiramente gravada antes de ir ao ar.

O Salvador da Pátria Wio/fi/:Lauro Cisar Munlz Co/oboroçío.'Alcides Nogueira e Ana Maria Moretzsohn Direção gera/.-Paulo Ublratan Irtçio Paulo Ublratan,Gonzaga Blota e José Carlos Pieri Supervisão: Daniel Filho 11=9 jan-12 ago 1989

O . ' I l l L 1(1 ttfc I H I .

A novela foi ao ar em um momento importante

da política brasileira, marcado pela volta das

eleições diretas para presidente.

O Salvador da Pátria se passa em duas cidades vizinhas, Ouro Verde e 'lángara. A história começa quando o deputado lederal e empresário Severo Toledo Blanco (Francisco Cuoco) resolve abafar os boatos sobre sua relação extracon­jugal com Marlene (Tássia Camargo), fazendo-a se casar com o ingênuo Sassá Mutema (Lima Duarte) , bóia-fria que vive da colheita de laranja. O radialista Juca Pirama (Luis Gustavo) passa a explorar o caso e a trama se complica quando ele e Marlene são encontrados mortos. Sassá, acusado dos assassinatos, é preso, mas consegue provar sua inocên­cia com a ajuda da professora Clotilde (Maitê Proença), por quem se apaixona. Quando se descobre que o moralista Juca Pirama era, na verdade, um cor­rupto, a reputação de Sassá muda e ele ganha popularidade. Políticos querem transformá-lo em prefeito de Tangará, vendo no ingênuo bóia-fria um possível

defensor de seus interesses. Sassá vence as eleições, porém rompe com os aliados e

J

Luis Gustavo (em cena, com Tossia Camargo) sugeriu o nome de seu personagem, Juca Pirama, inspirado na poesia de Gonçalves Dias "t-Juca Pirama", de onde lambem tirou o bordão "Meninos, eu vl".

Na s inopse or ig ina l , Sassá M u t e m a (L ima D u ­

ar te , foto) se tornava p res iden te da R e p ú b l i ­

ca. D e v i d o às e le i ções pres idenc ia is d e 1989,

o au to r m u d o u d e ideia por sofrer pressão d e

g rupos part idár ios q u e ident i f i cavam o per ­

s o n a g e m c o m o e n t ã o c a n d i d a t o à P res idên ­

cia Luiz Inác io Lula da Si lva ( PT ) . A direita via

e m Sassá uma p r o p a g a n d a sub l iminar q u e

favorecia o PT. J á a esquerda crit icava-o por

considerá-lo man ipu l áve l .

conqtústa posição política independente. A história se baseou no especial O Crime do Zé Bigorna, também de Lauro César Muniz, exibido em 1974, na T V Globo, e transformado em filme em 1977, ambos estrelados por Lima Duarte.

Que Rei Sou Eu? Autoria: Cassiano Gabus Mendes Colaboração: Luiz Carlos Fusco Direção executiva: Roberto Talma Direção geral: Jorge Fernando Direção: Jorge Fernando, Fabio Sabag, Mário Márcio Bandarra e Lucas Bueno Supervisão: Daniel Filho =1113 fev-16 set 1989 © 19h 35jj 185

1

Ambientada em um país europeu fictício, Q u e R e i S o u E u ? aludia à Revolução France­sa para fazer uma paródia do Brasil.

Humor e originalidade marcaram a novela, que explorou temas da rea­lidade brasileira à época da exibição. No imaginário reino de Avilan, o povo miserável vive às voltas com governantes corruptos, sucessivos planos econômicos, moeda desvalorizada e altos impostos. Com a morte do rei Petrus II (Gianfran-cesco Guarnieri) - cujo único herdeiro é o filho bastardo Jean-Pierre (Edson Celulari) - , os conselheiros reais, que exercem forte influência nas decisões da rainha Valentine (Tereza Rachel) , resolvem entregar a coroa ao mendigo Pichot (Tato Gabus Mendes) . A tramóia é obra de Ravengar (Antônio Abujamra),

o bruxo do con­dado. Revoltado, Jean-Pierre lidera um grupo de revolucionários para derrubar

Edson Celulari e Giulia Gam como os rebeldes Aline e Jean-Pierre: unidos no amor e na luta pela revolução.

A n t ô n i o Abu j amra (foto) foi a c l a m a d o pela In te rpre tação do bruxo Ravengar , que , após o l evan te popu la r no f inal da nove la , vol ta a Av i lan c o m o n o m e d e R iche l ieu Rasput in Go lbery , o f e r e c e n d o seus prés t imos ao n o v o gove rno .

i I S V Í 1 € H " . I ' I lesllll I I I li ' In I i H S I i lis I I li i• 11<- ii .uniu clÏI I I ' V O I I H uni.ni,i Aline

' 1 1 1 1 1 M ( i,iiil), i|iic trabalha I H ' pai ;H m,

• H J á nobre Suzanne (Natália do Vale), iiiulliei ile Vanoli (Jorge Doria) , uni dos , oiiselheiros do rei. E m meio aos . onflitos, a princesa Jul iette (Cláudia Abreu) se apaixona por Pichot. Apesar de ambientada no séc .XVIII , o que exigiu cuidadosa pesquisa de época, a novela fazia referências à contempora­neidade. E m alusão ao Plano Cruzado, pacote econômico lançado pelo go-

i i no em 1 9 8 6 que envolveu congela­mento de preços e mudança da moeda nacional, o autor incluiu na trama uma reforma monetária, trocando o nome da moeda de Avilan de caduco para duca, e tirando três zeros do seu valor. Além disso, os nobres do palácio podiam ser vistos dançando samba, enquanto luliette surpreendia a corte vestindo minissaia. No final da história, o povo consegue invadir o palácio, eliminar os opressores, confiscar os baús da nobreza e tomar o poder. Numa das últimas cenas da novela, Jean-Pierre exclama: "Ninguém vai mais explorar o traba­lho do pobre, agora quero que gritem comigo: viva o Brasil]". Foi a primeira vez que o nome do reino fictício foi substituído por Brasil.

Stênio Garcia interpretou Corcoran, o bobo da corte: maquiagem levava uma hora e meia para hcar pronta.

Dercy Gonçalves (dir.) em participação especial como a baronesa Eknésia, mãe da rainha Valentine, papel de Tereza Rachel. As duas atrizes brilharam na novela.

Tieta Autoria: Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares Direção executiva e geral: Paulo Ublratan Direção: Reynaldo Boury e Luiz Fernando Carvalho Supervisão: Daniel Filho §== 14 ago 1989-31 mar l990 » 2 0 h SÉ 196

Livre adaptação de T i e t a d o A g r e s t e , de Jorge Amado, a novela apresentava personagens dramáticos mas cheios de humor.

Vinte e cinco anos depois de ter sido escorraçada pelo pai, Zé Esteves (Sebas­tião Vasconcelos) , de Santana do Agres­te, no Nordeste, Tieta (Cláudia Ohana/ Betty Faria) reaparece, rica, exuberante e decidida a se vingar de quem a mal­tratou. Sua chegada à cidade transforma a vida dos moradores. Tieta se envolve com o sobrinho, o seminarista Ricardo (Cássio Gabus Mendes) , filho de sua rancorosa irmã Perpétua (Joana F o m m ) . Os habitantes ainda se veem às voltas com a instalação de uma fábrica que causará um forte impacto ambiental na região. Tieta também apresentou a história de outras personagens femi­

ninas marcantes, como a doce Carmosina (Arlete Salles), que, já adulta, descobre

Cássio Gabus Mendes.1 lii 1 ty I aikeeim>lviii ia ito

entre tia e sobrinho desagradou á Igreja católica,

que considerou a relação incestuosa. A atriz se vestia

com cores fortes, brilhos e decotes para compor o visual

da sensual e exuberante protagonista.

Ary Fontoura e Luciana Braga na novela que contou com uma especialista em prosódia para que

o elenco adotasse o sotaque e o vocabulário típicos do Nordeste.

<> amor e o sexo; Imaculada (Luciana Braga], uma das "rolinhas" do prefeito Artur da Tapitanga (Ary Fontoura], (|ue abriga meninas em troca de favores .exuais; Carol (Luiza T o m é ] , a "teúda e manteúda" amante do coronel Modesto Pires (Armando Bógus], que a tirani­za; Tonha (Yoná Magalhães] , a sofrida mulher de Zé Esteves, pai de Tieta; e Elisa (Tássia Camargo] , que, em crise com o marido T imóteo (Paulo Bett i ) , tem sonhos românticos com o ator Tarcísio Meira, chegando a preparar um enxoval para um possível encontro com o ídolo. Entre os personagens masculi­nos, havia os Cavaleiros do Apocalipse, como eram conhecidos os inseparáveis amigos T imóteo (galã que se sente frustrado por não ser mais solteiro); Amintas (Roberto Bomfim) , dono de uma casa de materiais de construção; Osnar (José Mayer) , ex-amante de Tieta e o mais conquistador do grupo; e Ascânio (Reginaldo Faria), que retorna da capital com o objetivo de levar progresso e civilização à terra natal. Ele se torna secretário da prefeitura e, junto com Tieta, promove a modernização de Santana do Agreste, até então parada no tempo. A identidade da "mulher de branco", Laura (Cláudia Alencar) , assombração que atacava os homens da

Dona Milu, personagem de Miriam Pires (acima, entre José Mayer e Arlete Salles}, fez sucesso com obordão"Mistério"

A D O R Á V E L P E R P É T U A

A a tuação d e J o a n a F o m m (foto) fez da t ra i ­çoeira beata Perpétua uma das p e r s o n a g e n s prefer idas do públ ico . E x t r e m a m e n t e c o n ­servadora e s empre de luto, ela gua rdava no armár io uma misteriosa caixa branca cu jo c o n t e ú d o só foi reve lado no f inal da t rama: o ó rgão gen i ta l d e seu fa lec ido mar ido . P e r p é ­tua r endeu mui tas cenas d e humor .

região e era um dos assuntos principais da população, criou suspense entre os telespectadores.

Top Model Autoria: Walther Negrão e Antonio Calmon Colaborarão: Rose Calza e Vinícius Vi.inna Direção executiva: Roberto Talma Direção: Mário Márcio Bandarra, Fred Confalonieri e Roberto Talma Supervisão: Daniel Filho 11= 18 set 1989-5 mal 1990 ® 1 8 h 4 0 SÜ198

Tendo como pano de fundo o glamour das passarelas e as crises da adolescência, T o p M o d e l fez grande sucesso entre os jovens.

( ) surfista o cx-híppic qtiarentão Gaspar Kundera (Nuno Leal Maia) mora no Rio de Janeiro, onde cria os filhos Élvis (Marcelo Faria), Olívia (Gabriela Duarte) , Jane (Carol Machado), Ringo (I lenrique Farias) e Lennon (Igor I.age) - todos de mães diferentes - , além do cachorro Maradona. Seu irmão, Alex (Cecil 1 hiré), é um yuppie, dono de uma confecção e de uma agência de modelos. Os dois têm personalidades e estilos de vida opostos, mas disputam tudo, desde mulheres até a atenção da mãe, Morgana (EvaTodor) . Paralelamente ao conflito entre os dois, a trama narrava o cotidiano dos adolescentes. Os jovens "filhos do divórcio" lidavam com situações como separação dos pais, primeira menstruação, masturbação e gravidez precoce, vivendo histórias divertidas c emocionantes.

A novela

contou com as participações especiais de Marília Pêra, como

Gabriela Duarte (esq.), Carol Machado. Nuno Leal Maia, Marcelo Faria, Henrique Farias e Igor Lage viveram os integrantes de uma família nada convém ionaj.

O un iverso da m o d a , q u e seria o m o t e da his ­tória, a c a b o u se t o r n a n d o a pr inc ipa l t rama parale la da nove la . A m o d e l o Duda (Ma lu Ma-der, foto) , men ina pob re q u e se t ransforma e m ga ro ta-propaganda da con fecção Covery , encan t a o d o n o da empresa , Alex (Ceci l Thi-ré). Ela, no en tan to , é apa ixonada por Lucas ( T a u m a t u r g o Ferreira, foto) , que busca o pai d e s c o n h e c i d o sem saber se e le é Alex ou G a s ­par ( N u n o Leal Ma ia ) .

a mãe do grafiteiro Lucas (Taumaturgo Ferreira), e de Regina Duarte, Susana Vieira e a roqueira Rita Lee como mães de filhos de Gaspar.

Sexo dos Anjos I M . I/Í.I I V . I N I H I T I C I I O / >in\:IH H O L I . - M I I L . I LN I , I .

I i N U ' „ I L I , I I | e I L . IVL I I ( I I L , LLL I ' LL I )

. " , ' . R I 1 ' I K ' I I I I L I I . I L |<>'X) Q I H L I J J J L W

Romance entre anjo e mortal foi inspirado na

numa de O T e r c e i r o P e c a d o , escrita por Ivani

Ribeiro para a TV Excelsior em 1968.

I >iana, o Anjo da Morte (Bia Seidl), lesigna um Emissário (Felipe

imargo) para buscar Isabela I Isabela Garcia) na Terra. Mas ele se

I laixona pela moça e tenta levar em eu lugar a cruel Ruth (Silvia Buarque),

L U A irmã. O Anjo recusa a proposta, porém dá uma chance a Isabela: ela o poderá cometer mais dois peca­

dos. Caso cometa o terceiro, morrerá. Transformado no ser humano Adriano,

o mensageiro se O S E X O D O S esforça para salvar

f t ' f • > • a a m a d a .

Gente Fina Autoria: Luiz Carlos Fusco, Marllu Saldanha e Walter George Durst Direção: Herval Rossano, Gonzaga Blota, Luiz Fernando Carvalho e Lucas Bueno H í l 2 m a r - 1 8 a g o 1 9 9 0 © 1 8 h ÜÉ140

G e n t e F i n a narrava o cotidiano de uma

família de classe média carioca.

Sem dinheiro para pagar o aluguel do apartamento em Copacabana, no Rio de Janeiro, Guilherme (I lugo Carvana), sua esposa, Joana (Nívea Maria), seu pai, Olavo (José Lewgoy), e os filhos, Kika (Lizandra Souto), Beto (Nicolai Nu­nes) eTatá (Natália Lage), vão morar de favor na casa de um amigo, no subúrbio. Eles encontram dificuldades para se adaptar ao bairro e a uma vida mais modesta. A história ganhou um tom de suspense com o assassinato do procurador Artur (Gracindo Júnior).

Mico Preto Autoria: Marcílío Moraes, Leonor Bassères e Euclydes Marinho Direção executiva: Paulo Ubiratan Direção geral: Dennis Carvalho Direção: Dennls Carvalho e Denise Saraceni Supervisão: Daniel Pilho |==7mal-l ° dez 1990 ® 1 9 h Ü 1 7 9

O desaparecimento de uma

empresária e a disputa por seus

negócios nortearam o enredo.

Nomeado procurador de Áurea Menezes Garcia (Márcia Real), o honesto Firmino do físpírito Santo (Luis Gustavo) assume seus negó­cios quando ela desaparece, mas não é aceito por seus ambiciosos filhos - Frederico (José Wilker), Adolfo (Tato Gabus Mendes) e José Luís (Miguel Falabella). O jovem noivo de Áurea, Astor (Marcos Frota), também é rejeitado pelos enteados. A

grande surpresa é o reaparecimento da empresária.

Olaria Pires, Marcelo Picchi (centro) e Miguel Falabella: confusões amorosas.

T R A P A Ç A S

Sarita (Glória Pires), a noiva t rapace i ra d e

F i rmino (Luis Gustavo ) , é con t ra tada para se

casar c o m o d e p u t a d o J o s é Mar ia (Marce lo

P icchi ) , q u e e s c o n d e a re lação homossexua l

c o m J o s é Luís (M igue l Falabel la) para tenta r

ganha r as e le ições para gove rnador .

Rainha da Sucata Autoria: Silvio de Abreu Escrita por: Silvio de Abreu, Alcides Nogueira p José Antonio de Souza Direção executiva: Roberto Talma Direção geral: Jorge Fernando Direção: Jorge Fernando e Jodele Larcher Supervisão: Daniel Filho |3jJ2 abr-27 out 1990 # 2 0 h 3 0 ÍÜ J177

Oposição entre os novos-ricos e a elite paulista decadente era o tema principal da novela, que mesclava tramas dramáticas e tons de comédia.

Maria do Carmo (Regina Duarte) enri­quece com os negócios do pai, Onofre (Lima Duarte) , vendedor de ferro-velho, porém mantém hábitos de seu passado humilde e mora com o pai e a mãe, Neiva (Nicette Bruno) , no bairro de Santana, na Zona Norte de São Pau­lo. Apaixonada por Edu Figueroa (Tony Ramos) , que a humilhara na juventude, ela propõe casar-se com ele para ajudar sua família, de origem tradicional mas à beira da falência. Edu aceita e a emergente vai morar no casarão dos Figueroa, nos Jardins, sofisticado reduto da cidade. Na nova casa, Maria do Carmo vive um pesadelo por causa de Laurinha (Glória Menezes) , madrasta

de Edu, que é obcecada pelo enteado e tenta conquistá-lo de todas as maneiras,

Regina Duarte e Nicette Bruno faziam mãe e filha

na novela.

D o n a d e v isual excênt r i co e c o m u m so taque

q u e misturava a r m ê n i o e po r tuguês , Dona

A rmên i a (Aracy Ba l aban ian , foto) v iv ia c o n ­

t ro l ando a vida dos fi lhos, Ge ra ldo (Marce l lo

Novaes ) , G ino ( J and i r Ferrari) e Ge r son (Ger ­

son Brenner ) , aos qua is c h a m a v a d e "m inhas

f i lh inhas" Ela l ançou o bo rdão "na c h o n " usa­

do para af i rmar q u e implodir ia o préd io d o

escr i tór io d e Mar ia d o Ca rmo . D e s c e n d e n t e

d e a rmên ios , a atriz c o m p ô s a p e r s o n a g e m

c o m cos tumes d e seu p o v o d e o r i g e m . Dona

A rmên i a e os f i lhos f o r am resga tados pe lo

au to r na nove la Deus nos Acuda, d e 1992.

B A I L A R I N A D A C O X A G R O S S A

Outra t rama d e sucesso foi o

t r i ângu lo a m o r o s o f o r m a d o

pela "bai lar ina da coxa grossa"

Adr iana Ross (Claudia Raia,

fo to ) , o professor g a g o Caio

Szemansk i (An ton io F a g u n ­

des, e m inéd i to pape l cômico )

e a sensual N ic inha (Marisa

Or th ) , a Pu rgan te .C l aud ia Raia

e n g o r d o u dez qui los para v i ­

ve r a p e r s o n a g e m .

u m deixando a sucateira em paz. Além

do mau casamento e da perseguição

de Laurinha, a empresária começa a

ver seus negócios darem errado por

ulpa do administrador Renato Maia

11 >aniel Fi lho), em quem ela confiava

plenamente. Renato, na realidade, é um

incorrigível corrupto que aplica um

golpe em Maria do Carmo. No final da

i rama, Laurinha se atira de um edifício

ria avenida Paulista, numa rara cena de

suicídio mostrada na televisão brasileira.

Antes, porém, ainda colabora para a

morte do marido, Betinho (Paulo Gra-

( indo), que é diabético. A vilã também

i onsegue incriminar Maria do Carmo,

arrancando um brinco de sua orelha ao

pular do prédio, para parecer que a rival

a empurrou. Mas a emergente consegue

se livrar da acusação. S e m dinheiro, ela

volta a vender sucata, mas chega ao

fim da trama nos braços de Edu, que se confessa apaixonado por ela. A abertura da novela e sua música-tema, "Me chama que eu vou", de Sidney Magal, ajudaram a popularizar a lambada, ritmo que virou febre na época: ao som da canção, uma boneca, feita com baldes, molas, ventilador, ferro e tábua de passar roupas, dançava lambada com bailarinos reais. Rainha da Sucata in­cluiu fatos do cotidiano do país na vida dos personagens e fez muito sucesso. C o m essa produção, a Globo deixou de apresentar as famosas cenas do próximo capítulo.

A boneca da abertura, feita de

ferro velho, dançava lambada.

Barriga de Aluguel Autoria: Gloria Perez Direção executiva: Ruy Manos Dirce, no ytw/.Woll M.iy.i / >iit\no:Wi>\\ Maya, lqn,í< lo ( oqueirc e Sílvio Francisco Supervisão: Daniel Filho § f i 20 ago 1990-1°jun 1991 © 1 8 h Ü Ü 2 4 3

Novela discutiu um tema novo na época: os limites éticos da inseminação artificial envolvendo mães de aluguel.

Ana (Cássia Kiss) e Zeca (Victor Fasano) têm um casamento perfeito, mas não conseguem ter filhos e contratam a jovem Clara (Cláudia Abreu) como mãe de aluguel. Moça pobre, Clara vê na proposta uma chance de me­lhorar de vida. A decisão leva ao fim do namoro com o caminho­neiro João (Humberto Martins) e ela é expulsa de casa pelo pai, o religioso Ezequiel (Leonar­do Villar). Com o avanço da gravidez, as relações entre Ana e Clara se complicam. A primeira sofre por não viver as sensações da gestação; a segunda, por saber que terá de abrir mão da criança. Em meio aos conditos, Zeca se envolve com Clara. Após o nascimento do bebê, Ana e ("Iara passam a disputar a maternidade e a questão é leva­da aos tribunais. A polêmica foi amplamente discutida na novela por meio de enquetes com o público, introduzindo a realidade na ficção - ca­racterística do trabalho de Gloria Perez. Os personagens Molina (Mário Lago) e miss Penélope Brown (Beatriz Segall), médicos do hospital onde se realizam experiências com bebês de proveta, tam­

bém incentivaram a discussão. Ela é uma pesquisadora com ideias avançadas, dedicada à experi­mentação genética;

ele segue a linha mais tradicional da medicina. A autora reviveu a dupla em O Clone, novela exibida em 2 0 0 1 .

Victor Fasano rnlicí ,íwiu Kiss e Cláudia Abreu em

trama escrita em 1985, baseada em pesquisas cien titicas.

J U L G A M E N T O

Para dar a sentença final sobre q u e m teria a guarda da cr iança, Gloria Perez c o n t o u c o m a assessoria d e dois ju ízes. Na pr imeira ins tân ­cia, Clara ganha a guarda d o b e b ê , mas Ana recorre e o Super ior Tr ibunal d e Just iça reco ­n h e c e q u e ela é a m ã e b io lóg ica da cr iança. Marca-se u m terce i ro j u l g a m e n t o , mas a a u ­tora o p t o u por te rminar a nove la sem esse ve red ic to . Na úl t ima cena , as duas mães a p a ­r e cem d e m ã o s dadas c o m o f i lho .d ispostas a encont ra r uma s o l u ç ã o , i n d e p e n d e n t e m e n t e da dec isão final da Jus t i ça .

Araponga l() ' '"-ii Mm li. ' ' • 11 -ni 'ii.i i iiill.ii / i/i,',,, i,,,",', i/ln-u. II, il i.ilu / H/i-i; do yera/: Cecil Thiré i ' , i n i . i i . H - i . . - . l i Miii.ilniíi.'ii = i 1 ,mu i 'i 'iii n im . i i 1 9 9 1 11)30 a f i 143

I , I / tu Hundo antigos filmes de espionagem, a . . . L I / , -/D trazia as aventuras do policial federal

11 nio Catanduva, o Araponga.

Para < onvencer seus superiores a reativar i viço Nacional de Informações

II), órgão da polícia política do •une militar brasileiro, para o qual

l u n a trabalhado, Araponga (Tarcísio leira) exagera em seus relatos sobre

0 1 ( asos que investiga, como a morte , I-. senador Petrônio Paranhos (Paulo i ,i acindo). Apesar de fazer sucesso com

mulheres, trata-as com indiferença mimado pela mãe, Dona Maracas

(Zilka Sallaberry). Para completar, é fetichista e faz co­leção de calcinhas femininas. Com o

Tarcísio Meira sob um dos divertidos disfarces de

Araponga.

slogan "Um jeito novo de fazer novela", Araponga mantinha a estrutura do géne­ro, mas com ritmo de minissérie.

Meu Bem, Meu Mal Autoria: Cassiano Gabus Mendes Colaboração: Maria Adelaide Amaral, Dejair Cardoso e Luiz Carlos Fusco I Iteçãoexecutiva: Paulo Ublratan Direção: Paulo Ubiratan.Reynaldo Bourye Ricardo Waddlngton

" o u t 1990-18 mai 1991 © 2 0 h 3 0 Í ! $ 1 7 3

Iraições em família, negociatas e disputa i/e poder costuravam a trama d e M e u B e m ,

M e u M a l , ambientada em São Paulo.

Sócio majoritário da Venturini Desig­ners, dom Lázaro (Lima Duarte) divide as ações da empresa com o desafeto Ricardo Miranda (José Mayer), fruto de adultério de sua mulher. Ricardo é amante da ambiciosa Isadora (Silvia Pfeifer), viúva de Cláudio (Herson Capri), filho de dom Lázaro. Os planos

de Isadora de ocupar a direção da empresa se frustram quando o cargo é assumido por Valentina

(Yoná Magalhães), irmã de dom Lázaro. Ao descobrir o caso entre Ricardo e Isadora, o empresário sofre um derrame.

^ S X T S A faixa larga usada no cabelo pela personagem de

Silvia Pfeifer virou moda.

Guilherme Karan fez sucesso como Porfírio, o mordomo que se dirigia à personagem de Vera Zimermann com o bordão "divina Magda".

Lua Cheia de Amor Autoria: Ana Maria Moretzsohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa Colaboração: Mareia Prates Supervisão de texto: Gilberto Braga Direção geral: Roberto Talma Direção: José Carlos Pieri e Flávio Colatrello Supervisão:Daniel Filho |==3dez 1990-13jul 1991 Í>18h50 JÜ J191

L u a C h e i a d e A m o r baseava-se em D o n a X e p a , peça de Pedro Bloch que já inspirara novela homônima em 1977.

Genuína Miranda (Marília Pêra), que trabalha como ambulante, faz qualquer sacrifício pelos filhos, Rodrigo (Roberto Battaglin) e Mercedes (Isabela Garcia) . Mas, ambiciosos, eles têm vergonha da mãe. Dona Genu, como é conhecida, so­nha reencontrar o marido, Diego (Fran­cisco Cuoco) , desaparecido há anos, e luta para reaver a loja que ele perdeu em aposta de jogo. A vida da protagonista muda quando Diego reaparece com a

M identidade de Esteban Garcia. Essa foi a primei­ra coprodução da Rede Globo (com participa-

CHEIA DE AMOR

Arlete Salles como Kika Jordão, que não poupa esforços para sair em colunas sociais: personagem popularizou expressões como "translumbrante"

ção majoritária) com outras emissoras -a Radio Televisión Española (RTVE) e a Racliotelevisione Sviz/.era Italiana (RSI) .

Salomé Autoria: Sérgio Marques Colaboração: Elizabeth Jhln e Mareia Prates Direção geral: Herval Rossano Direção: Herval Rossano e Marco Aurélio Bagno Supervisão: Daniel Filho ==Í3jun-5out 1991 0 1 8 h J J Í J107

Em S a l o m é , totalmente gravada antes de estrear, a disputa pelo amor de um mesmo homem transforma mãe e filha em rivais.

Salomé, vivida por Patrícia Pillar, tinha mais de 70 peças de roupa: esmero na criação dos figurinos.

Na década de 3 0 , a rebelde e ousada Salo­mé (Patrícia Pillar) escandaliza Paris ao ficar seminua durante uma apresentação de dança. A notícia chega ao Brasil e sua mãe, Santa (Imara Reis), e seu padrasto, Antunes (Carlos Alberto), a convencem a voltar de Paris. Em São Paulo,

a moça se apaixona por Duda (Petrônio Gonti jo) , passando a enfrentar os ciúmes da mãe, que já teve um caso com o rapaz. Antunes, por sua vez, sente um forte desejo pela enteada. A no­vela foi uma adaptação do romance homônimo de Menotti Del Picchia inspirado na história da personagem bíblica.

O Dono do Mundo 1,1/1,/ i i i l l ICI 1,1 H I , I I | , I I )//ri,<)<) i/i'rn/: I )i'iinis ( ,n valho I ¡irccüo: Dennis Carvalho, Ricardo Waddington

I n n o Mendonca hlho Iii 20 mai 1991 ' l i an 1992 Í ) 2 0 h 3 0 ß l 9 7

I .ilbcrto Braga incentivou

, i/svoes sobre ética em

mia tjue começava com

uniu aposta indecorosa.

i 11 M • Barreto (Antonio I , 'undes) é um cirurgião plástico bem-sucedido que, no dia do casamen-

i Ir seu funcionário .alter (Tadeu Aguiar),

aposta com um amigo

• |ue levará para a cama ,i noiva virgem, Márcia (Malu Mader), antes do marido. Ele presenteia o

• asai com uma viagem de lua de mel ao I inadá e vai junto, sob a alegação de que \ iaja a negócios. Chegando lá, concretiza

seu plano. Deses­perado ao ver a mulher nos braços do patrão, Walter sofre um acidente fatal. Rejeitada

por todos, Márcia decide se vingar do vi­lão e encontra apoio na cafetina de luxo ( Mga Portela (Fernanda Montenegro) . A lacilidade com que Márcia se entregou ao cirurgião não agradou ao público, o que levou o autor a promover mudan­ças na história. Ganhou relevo a perso-

Antonio Fagundes (com Malu Mader): o grande vilão da novela.

nagem Constância Eugênia (Nathalia Timberg) , mãe adotiva de Felipe. Mau-caráter como o filho, ela não poupa es­forços para destruir Olga, antiga paixão de seu marido, Altair (Paulo Goulart ) . No final, descobre-se que Olga é a mãe de Felipe. Outra trama de destaque centrava-se em Stela (Glória Pires), que, desiludida com seu casamento com Felipe, apaixona-se pelo jornalista Rodolfo (Kadu Moliterno), viúvo e pai de Paulinho (Jonathan Nogueira).

O casal Heija-FloreTais (Angelo Antônio e Letícia Sabatella): enquanto ele passa de marginal a ícone da honestidade, ela se pros­titui para ascender socialmente.

A B E R T U R A C H A P L I N I A N A

A abertura d e 0 Dono do

Mundo foi um dos destaques

da novela. Ao s o m d e "Quer i ­

da'; de Tom J o b i m , mostrava

a cena do f i lme 0 Grande

Ditador em que Charles Cha­

plin dança c o m um globo

terrestre, numa sátira a Adolf

Hitler. A cena foi modif icada

e let ronicamente c o m a In ­

serção d e imagens d e belas

mulheres no g lobo.

Vamp Autoria: Antonio Calmon Direção getal: Jorge Fernando Direção: Jorge Fernando, Fabio Sabag e Carlos Manga Jr. I l l 15 Jul 1991 -8 fev 1992 9 18h50 Í$ 1 /9

Comédia sobre vampiros misturou suspense e rock para abordar conflitos familiares e dramas típicos da juventude.

Na fictícia Armação dos Anjos (RJ) , o capitão Jonas Rocha (Reginaldo Faria), viúvo e pai do seis filhos, casa-se com a historiadora Carmem Maura (Joana Fomm), também viúva e com seis filhos. A grande família vive em harmonia até a chegada da cantora de rock Natasha (Cláudia Ohana), vampira que se torna famosa internacionalmente após um pacto com o líder dos vampiros, o conde Vlad (Ney Latorraca). Mas ela deseja destruí-lo para se livrar da maldição. Ameaçado, Vlad passa a perseguir a roqueira e a família de Jonas, que, em encarnações passadas, disputou com ele o amor da cantora. Ar­mação dos Anjos fica repleta de vampiros. Uma das cenas marcantes é quando Vlad dança no cemitério, ao som de "Thriller", de Michael Jackson. Ao final, o conde é

Ney Latorraca i < Cláudia Ohana, que fez sucesso can­tando "Sympathy for the Devil'dos Rolling Stones. Seu visual era inspirado nas vilãs das histórias em quadrinhos, com muito veludo, cotton-lycra e vinil.

morto por Jonas com a ajuda dos caçadores de vampiros Alice IVnn (Vera Holt/.J e Augusto Sérgio (Mar­cos Frota). Natasha, que engravida de I.ipe (Fábio Assunção), filho de Jonas, dá à luz um menino, que fica com o rapaz quando ela decide ir embora para se dedicar à car­reira. A novela que marcou uma geração apresentou inovações de linguagem, como cenas em formato de videoclipe - sem diálogos, com muita ação e sucessão rápida de planos - e a transformação do último take de cada capítulo em um quadro de história em quadrinhos. Na época, o visual dos vampiros virou moda.

E M T O R N O D O C A L D E I R Ã O

A famíl ia d e v amp i ros d e M a t o s o (O táv io A u g u s ­

to, fo to ) , f o rmada por sua mulher , M a r y (Patr icya

Travassos) , e os f i lhos de le , M a t o s ã o (F láv io S i l ­

v ino , foto, dir.) e M a t o s i n h o (And ré Gonça l ves ) ,

r endeu cenas hilárias. M a t o s o era u m v a m p i r o d e

u m d e n t e só.

Felicidade M.ii 11 , i i i alíihotiiçilo ¡ li/,il)i 'tli I Imi / Vi,',,ii,i,/(7,//; I icnisc Sar.u e m Direção:Denise Saraceni,

i. ( | l l i ' l l ( M ' l r i n , l l l ( l ( i i l i ' ' , ( ) U / , l =:= / m i l I < >' > | •;(!,,,,, ¡ 1 •)')> | Kl, Jjji .)(H

i G a r o t a e outros sete contos do escritor

Aníbal Machado inspiraram a história de

Manoel Carlos.

i fi< tícia Vila Feliz ( M G ) , Álvaro (Tony u n o s ) o Helena (Maitê Proença) se

M I In'cem e se apaixonam. Mas ela acaba canelo com Mário (Herson Capri), e , i nu a problemática Débora (Vivianne

I ' r.manter). Após oito anos, Helena, sepa-i ii la, vive no Rio de Janeiro com a filha, Bia ( latyane Fontinhas Goulart), e, por | i aso, começa a trabalhar para Cândida 11 .aura Cardoso), mãe de Alvaro. Apesar

rsconder que Álvaro é o pai de Bia, Helena não con-gue evitar que a menina Faça amizade com o filho dele,

Alvinho (Eduardo Caldas), o que acaba por reaproximá-la de seu grande amor. Percebendo a paixão de Álvaro por Helena, Débora passa a infernizar a vicia da rival.

Maitê Proença e Jatyane Fontinhas: somente no penúltimo capítulo da novela Helena revela a Bia quem é seu verdadeiro pai.

Despedida de Solteiro •\i noria: Walther Negrão Colaboração: Rose Calza e Ângela Carneiro Direção geral: Reynaldo Boury /Vreçõo.-Reynaldo Boury,Carlos Manga Jr.e Cláudio Cavalcanti I H 1" J U N 1992-30 jan'1993 í>18h MÜ206

Quatro amigos são condenados

injustamente pelo assassinato

de uma jovem.

loão Marcos (Felipe Camargo) reúne os amigos Pedro (Paulo Gorgulho) , Pasqual (Eduardo Galvão) e X a m p u (João Vi t t i ) para a sua despedida de solteiro, na fictícia cidade de Remanso. Fies se tornam os principais suspeitos do assassinato de Salete (Gabriela Alves) e aca­bam condenados a 21 anos de prisão. Passados sete anos, já em liberdade condicional , João Marcos se

dedica a provar sua inocência e a dos amigos. Para isso, tem que enfrentar o

Os quatro amigos: João Vitti (esq.), Paulo Gorgulho, Felipe Camargo e Eduardo Galvão.

mau-caráter Sérgio Santarém (Marcos Paulo), agora casado c o m sua ex-noiva, Lenita (Tássia Camargo) . Envolvido no assassinato, o vilão é preso.

Pedra sobre Pedra Autoria: Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares Colaboração: Mareia Prates e Flávio de Campos Direção geral: Paulo Ubiratan Direção: Paulo Ubiratan,Cion/,ii|.i Biola r I u i /1 cin.indci ( nrvnll l l = 6 j a n - 1 a a g o 1992 4>20h30 176

A rivalidade entre duas famílias no sertão baiano movia a trama, que era repleta de elementos do realismo fantástico.

Pilar Batista (Renata Sorrah) e Murilo Pontes (Lima Duarte) brigam pelo domínio político da fictícia Resplendor, na Chapada Diamantina. Os dois já foram noivos e lutam para não reacender O amor da juventude. Contrariando seus planos políticos, seus respectivos filhos, Marina (Adriana Ls-teves) e Leonardo (Maurício Mattar), se apaixonam, embora sejam adversários na disputa pela prefeitura da cidade. O rea­lismo mágico foi explorado na história de vários personagens. O fotógrafo Jorge Tadeu (Lábio Jr.) é assassinado, mas apa­rece para as mulheres que comem a Mor que nasce sobre seu túmulo, deixando-as enlouquecidas; Sérgio Cabeleira (Osmar Prado) sofre com terríveis dores de

cabeça em noites de lua cheia; e Dona Quirina (Miriam P--

Líma Duarte (em cena, com Renata Sorrah): perso­

nagem do ator foi revivido pelos autores em alguns

capítulos da novela A Indomada, em 1997.

prodigiosa, apesar dos seus 120 anos. Coproduzida com a emissora portu­guesa RTP, Pedra sobre Pedra teve cenas gravadas em 1 isboa e contou com a par­ticipação dos atores portugueses Carlos Daniel e Suzana Borges, intérpretes dos irmãos Ernesto e Inês.

A cena em que o personagem de Fábio Jr. aparece

coberto de borboletas contou com a consultoria de

biólogos.

O sorrateiro vilão Cândido Alegria (Armando

Bógus), que também desejava tomar o poder em

Resplendor, vira pedra no final da novela.

Perigosas Peruas I..//.I i .H in ' . I (li n i i. I H li I I I/I I ÍLI « I d, I K I. M , H I H I i i iAiiuil . i / ) I / I ' I , I / I I I / I 7 ! / / . ' H I ) I K M I O [alma Direção: Roberto Taima, l.-l.'I.in hi' i . ' l l i ' ivii i i ol,un'Un S I / / * T W S I « I I / C Irxlo: lauro César Munlz =1= 10 fev-29 ago 1992 ® 1 8 h 4 0 Hg 172

•\mhicntada i'in São Paulo, comédia de

I . » I m Lombardi centrava-se na competição

. / / I N ' duas amigas de infância.

. amigas (Minha (Vera Fischer) e Leda l'.ilvia Pfeifer) nasceram no mesmo dia,

• B I . i a m juntas, estudaram no mesmo ilégio e na mesma universidade. Mas

I I L I uma seguiu um caminho: Cidinha I ledica á família e jamais trabalhou

fora; Leda investe na carreira jornalística I . I i i aversão a casamento e filhos. Mes-

I I . satisfeitas com as próprias escolhas, U N I A inveja o estilo de vida da outra. O • lo entre as duas é Belo (Mário Gomes) . I le é casado com Cidinha, que engravi­dou na mesma época que a amiga, ainda N A faculdade. O que Cidinha não sabe é que Leda também esperava um bebê de belo. As duas dão à luz no mesmo dia, no mesmo hospital. A filha efe Cidinha nasce morta e Belo a troca pelo bebê de I ,eda, também uma menina, sem contar nada à esposa. Arrasada por acreditar que perdeu a criança, Leda vai para o

Vera Fischer e Silvia Pfelfer caracterizadas para as cenas

ambientadas nos tempos da faculdade.

a adolescente Tuca (Natália Lage), que vive um grande conflito ao tomar conhe­cimento da verdade. O personagem Belo deveria morrer por volta do capítulo 100, mas, devido à sua popularidade entre os telespectadores, foi mantido na história.

A U T O R M A F I O S O

Perigosas Peruas con tou c o m a par t i c ipação

d o autor Cass iano Gabus M e n d e s c o m o D o m

FrancoTor remol inos ,pa t r i a rca d e uma famíl ia

envo l v ida e m negóc ios escusos , n u m a a lusão

aos pe r sonagens maf iosos d o f i lme O Pode­

roso Chefão, d e Coppo la . D o m Franco mor re

sub i t amen te , depo i s d e u m a t a q u e d e riso.

Nair Bello, a italiana Gema: cenas cômicas no papel

da mãe que trata o filho, Belo, como criança.

De Corpo e Alma Autoria: Gloria Perez Direção geral: Roberto Talma Direção: Roberto Talma, Pabio Sal ¡113 ago 1992-6 mar 1993 9 20h30 S&j 185

Ivan /< ttel

A novela discutiu doação de órgãos e transplantes por meio de uma inusitada história de amor.

Diogo (Tarcísio Moira) é um juiz íntegro que mantém um casamento de aparem ias com a submissa Antô­nia (Betty l'aria). Ele se apaixona por Bettina (Bruna Lombardi) e os dois passam a 1er um caso. Diogo e Bettina planejam assumir a relação, mas ele acaba não tendo coragem de abando­nar a esposa. Desesperada, Bettina so­fre um acidente de carro e tem morte cerebral diagnosticada. Seu coração é transplantado em Paloma (Cristiana

Oliveira) . Ao sa­ber do ocorrido, Diogo, culpado, fica obcecado em conhecer Paloma e os

dois se apaixonam. Uma outra trama mobil izou a atenção do públ ico: a do casal Caíque (José Mayer) e Bia (Maria Zilda B e t h l e m ) , que descobre que o menino criado por eles não é seu filho biológico. Júnior (Aron Hassan), que tem a pele b e m mais escura que a dos pais, foi trocado na maternidade. O verdadeiro filho do casal é Pinguim

Cristiana Oliveira e Tarcísio Meira em cena: novela contribuiu para o aumento de doadores no Instituto do Coração, em São Paulo.

A novela mostrou a Inversão de papéis tradicio­nais entre homens e mulheres, através do nú ­cleo da boate de striptease masculino Clube das Mulheres, onde elas é que disputam os homens. Abordou t a m b é m a relação entre mulheres d e diferentes idades c o m garotos de programa. 0 stripper Juca (Victor Fasano, foto) t e m u m romance c o m a personagem d e Beatriz Segall (foto), a rica e Independente Stella, mais velha que ele e frequentadora da boate.

(Eduardo Caldas) , registrado por Terê (Neusa Borges) e Vado (Tônico Pe­reira) , pais verdadeiros de Júnior, que também ignoravam a troca. De Corpo e Alma foi coproduzida com a emissora portuguesa Sociedade Independente de Comunicação ( S I C ) .

Deus nos Acuda nu SIM© d * Abreu, Ali Ides N(»luelra e Maria Adelaide Amaral Direção geral: Jorge Fernando

\õo: Jorge Fernando, Marcelo Travesso e Rogério Gomes ¡1131 ago 1992-27 mar 1993 919h MÈ178

I n o s A c u d a satirizava a corrupção i a asll, país protegido por um anjo

nada convencional.

I iponsável por cuidar do Brasil, Celes-iin.i 11 )ercy Gonçalves) se desespera ao

i Informada por Deus que terá de des-i .i Terra. Com a ajuda do anjo Gabriel

i1 l.nulio Corrêa e Castro), o Todo-1'ocleroso aceita que ela fique no céu por mais seis meses, desde que transforme

um brasileiro em cidadão honesto e solidário. Para cumprir sua missão, Celestina escolhe a tram-

Iqueira Maria Escandalosa (Claudia Raia), iovem de bom coração, filha do

I I apaceiro Tomás Euclides (Jorge Dória). I passa a zelar por sua vida sem que ela

M A R DE L A M A

D O N A A R M Ê N I A

De vo l ta após o sucesso e m Rainha da Sucata (1990), Dona A rmên i a (Aracy Ba l aban ian ) e os f i lhos Gera (Marce l lo Novaes ) , G i no ( Jandir Ferrari) e Gé r son (Gerson B renner ) ga ran t i ­ram mui tos m o m e n t o s de h u m o r à t rama.

1 i m Mim

A aber tura da nove la satirizava a co r rupção no Brasil mos t r an ­do u m mar de lama I nvad indo o salão e m q u e se realiza uma lesta da alta soc i edade . O set d e g ravação foi cons t ru ído c o m o uma gaio la suspensa sobre uma piscina, c o m o c h ã o fei to de a r a m e vazado para permit i r q u e a lama - isopor ralado, ani l ina e á lcool - cobr isse os c o n v i d a d o s à med ida q u e o cenár io era m e r g u l h a d o na piscina. E m seguida , por c o m p u t a ç ã o gráfica, u m r o d a m o i n h o misturava o salão a outros e l emen tos , c o m o av iões , iates e lanchas, e t u d o ia sendo e s coado por u m ralo, que , ao final, se t rans formava no c o n t o r n o d o m a p a d o Brasil .

saiba. Maria se apaixona pelo milionário Ricardo (Edson Celulari), filho mais velho do empresário viúvo O t t o Rismark (Francisco Cuoco) , e é correspondida, mas não consegue revelar a ele que ga­nha a vida aplicando golpes. Foi grande a empatia do público com o casal. Outra trama importante envolvia Otto Bismark, acusado de matar as ex-mulheres. Baby Bueno (Glória Menezes), sua cunhada, tenta colocá-lo na cadeia, mas enfrenta a oposição de Elvira (Marieta Severo),

secretária de Otto, que, além de liei ao chefe, é apaixonada por ELE. No final, descobre-se Q U E

Otto é inocente.

Claudia Raia i 1 / cfeon Celular!: romance entre Maria Escandalosa e Ricardo foi embalado por "La barca"sucesso na voz do mexicano Luis Miguel.

Mulheres de Areia Autoria: Ivani Ribeiro Direção geral: Wolf Maya Ditt\ta>:Vvo\\ M,iya,( ar lo*. Magalhães r lijnát io ( nqurj jo 1=1 W e v - 2 5 s e t 1993 &20h MÉ201

Um dos grandes sucessos do horário das 18h, M u l h e r e s d e A r e i a tinha como tema central a rivalidade entre gêmeas.

A história se baseava em duas novelas de Ivani Ribeiro: a primeira versão de Mu lheres ilc Areia, exibida pela T V Tupi, em 1973, e O Espantalho, levada ao ar na T V Record, em 1977. Ambientada no litoral lluminense, a trama se desenvolvia em torno da disputa das irmãs gémeas Ruth e Raquel (interpretadas por Glória Pires) pelo mesmo homem, o empresário Mar-eos Assunção (Guilherme Fontes). Ruth é calma, doce e generosa e está realmente apaixonada por Marcos, seu namorado.

Já Raquel é egoísta, agressiva e má, e só tem interesse na fortuna do rapaz. Aproveitando-se da semelhança

Em elogiado trabalho de interpretação, Glória Pires

gravou as cenas de Ruth e Raquel com a ajuda

do cromaqui e de uma duble.

com Ruth, ela arma um plano e se casa com Marcos, mas continua a se encontrar às escondidas com o namorado, o mau-caráter Wanderlei (Paulo Betti). A trama dá uma reviravolta quando Raquel é dada como morta, após um acidente, e Ruth assume seti lugar. Mas Raquel não morreu e volta para se vingar da irmã. Vivianne Pasmanter brilhou na trama como a inconsequente Malu. Culpando o pai, Virgílio (Raul Cortez), pela morte do noivo, a jovem tem um comportamento rebelde até conhecer o rude vaqueiro Alaor (Humberto Martins), o único que consegue domar sua impetuosidade. Os dois vivem uma tumultuada, mas diverti­da história de amor.

T O N H O DA L U A

Marcos Frota (foto) garantiu momen tos emoc ionantes à trama c o m o Tonho da Lua. Portador de deficiência menta l , o persona­g e m al imenta u m amor platônico por Ruth, sua protetora, e faz o que pode para vê-la feliz. Já Raquel inferniza sua vida. As limi­tações de Tonho não i m p e d e m que ele seja reconhec ido pelas belas esculturas de mulheres que faz na praia.

O Mapa da Mina 1/1 "iiti < M M 111.ilHL-. Mi-iiili••, i ii/iidiiii/i.iio. M . I I I . I Ailcl.iidc Amaral,Gugu Keller,Walkfria Portero e i IH ' ,iii I, i-.i, / iiii v /n i/i vi i/i i(in/,u|,i Hloi.i / )ireçáo: Denise Saraceni, Gonzaga Blota, Roberto Naar ll.,viii< olalrello ¡=129mar-4set 1993 ©19h 3É137

tputa por um tesouro escondido I ii luzia a trama da última novela de

i nssiano GabusMendes.

I i m a c|nadrilha rouba dez milhões de

, I. ilaies em diamantes. Para driblar a po-

In la, u m dos ladrões, Ivo Simeoni (Paulo

• •.!•), esconde as pedras em um lugar

inusitado e, para ter certeza de que não

squecerá o esconderijo, manda tatuar

I H i i mapa acima das nádegas da pequena

I lisa (Carla Marins], filha de sua vizinha.

I v o é preso e, oito anos depois, ao sair da

i acleia, morre atropelado. Elisa, que se

ininou uma noviça, passa a ser perse­

guida pelo filho de Ivo, Rodrigo (Cássio

Gabus Mendes),

por outro ladrão

do bando, Rodolfo

(Mauro Mendon­

ça) , c pelo policial tf/Q*

Carla Marins n, 11 < iniciíiaque lambem abordou

assuntos sérios, como o alcoolismo.

Raul ('lato Gabus Mendes) .

A novela discutiu o tema do alcoolismo

por meio do drama vivido por Erasmo

(Dennis Carvalho), que chega a agredir

fisicamente a familia por causa de sua

dependência.

Olho no Olho Autoria: Antonio Calmon Colaboração: Lilian Garcia, Eliane Garcia,Tetê Vasconcelos e Maria Carmem Barbosa / >ireção geral: Ricardo Waddlngton Direção: Ricardo Waddlngton, Rogério Gomes e Ary Coslov ÍÊ= 6 set 1993-9 abr 1994 © 1 9 h JÍS185

Em O l h o n o O l h o , o f e m a da paranormalidade ganhou efeitos especiais surpreendentes para mostrar a luta do bem contra o mal.

Sentindo-se culpado por não ter impe­

dido o assassinato de Armando (Stênio

Garcia) , que lhe pediu ajuda durante

uma confissão, o padre Guido Bellini

(Tony Ramos) abandona a batina e deixa

Roma. Em São Paulo, dedica-se ao estu­

do da paranormalidade para combater

uma organização criminosa liderada

por César Zapata (Reginaldo

Faria) e seu filho Fred (Nico

Puig), o jovem que perseguia

Armando. Para enfrentar os

Zapata, Guido conta com a

E F E I T O S V I S U A I S

As e q u i p e s d e e fe i tos v isua is e m e c â n i c o s t r a b a l h a r a m e m c o n j u n t o para p roduz i r as c enas e m q u e os p a r a n o r m a i s se e n f r e n ­t a m . Efe i tos a p a r e n t e m e n t e s imples , c o m o o br i lho v e r m e l h o e m i t i d o pe los o l hos d e F red (N ico Pu ig ) por a p e n a s 15 s e g u n d o s , l e v a v a m 12 horas para s e r e m rea l izados no c o m p u t a d o r . Ou t ros e fe i tos i nc lu í am explo-s õ e s . q u e d a s e spe t acu l a r e s e s u m i ç o d e per ­s o n a g e n s no ar.

ajuda do paranormal Alef

(Felipe Folgosi). O ex-padre

disputa o amor de Débora

(Natália do Vale) com César.

Renascer Autoria: Benedito Ruy Barbosa Direção geral: Luiz Fernando Carvalho Direção: Luiz Fernando Carvalho, Emílio di Biasi e Mauro Mendonça Filho | |= 8 mar-14 nov 1993 © ? 0 h 3 0 3SH 213

Entre lendas, mitologias e regionalismos, R e n a s c e r contava a história da rejeição de um pai pelo filho após a morte da mãe no parto.

A novela foi apresentada em duas lases. Na primeira - os quatro ca­pítulos iniciais - , José Inocêncio (Leonardo Vieira) chega nas roças de cacau de Ilhéus (BA] e finca seu facão ao pé de um jequit ibá. A árvore passa a representar sua existência e sua força, acompanhando a trajetória do personagem ao longo de toda a narrativa. C o m o passar dos anos, José Inocêncio constrói um verdadeiro império do cacau e se casa com Maria Santa (Patrícia França), com quem tem quatro filhos. Ela morre ao dar à luz João Pedro, rejeitado desde então pelo pai, que 0 culpa pela morte de seu grande amor. Na segunda fase, querido pelos empregados e tido c o m o um h o m e m justo, o coronel José Inocêncio

A empatia de Patrícia França <'I eonunlo Vit //, /

contribuiu para a repercussão da primeira fase de Renascer, que recebeu elogios de crítica epúblico.

O ca tador d e ca rangue jos T ião Ga l inha (Os ­mar Prado, foto) era o porta-voz do autor na denúnc i a das precár ias cond i ções d e v ida e t r aba lho no Brasil . Ele se m u d a c o m os filhos e a mulher , J o a n a (Tereza Seibl i tz, foto) , dos m a n g u e z a i s para a zona d o cacau c o m a e s ­perança d e me lhorar d e v ida . I ngênuo , T ião acredi ta na lenda d e q u e o sucesso d e J o s é I nocênc io se d e v e ao supos to d i ab inho cr ia ­d o pe lo corone l den t ro d e uma garrafa.

I A N T O N I O F A G U N D E S ) i I I I I M - I I .1

11111.1 . 1 1 1 1 . 1 M I S T IT .1 C M T O I N O

ll ' . I < )s 111111 >s lose Augusto

I M A I 1 0 Kicca) , .lose Bento

I 1 .111 I S I O Filho) e José Venân-> 1 0 (Taumaturgo Ferreira)

1111 o am e trabalham na cidade 1 ande. lá o caçula João Pedro

I M a n o s Palmeira) se man­o u ao lado do pai, m e s m o " I l e n d o com sua indiferença. \ 1 elação dos dois piora com

I 1 negada de Mariana (Adria-I I . i Esteves), por q u e m João Pedro se apaixona. Ela é neta de Belarmino (José W i l k e r ) , inimigo de José Inocêncio

I I mi to na primeira fase da novela. Mariana se aproxima

1 família para se vingar, mas ie apaixona pelo coronel , a quem chama de "painho", e

is dois se casam, num duro olpe para João Pedro. Outros

personagens importantes I L U Z A M o caminho de José Inocêncio. U m deles é o auto­ritário e mau-caráter Teodoro (Herson

apri), vizinho de sua propriedade, que vive de olho em suas terras, i Hitro é o pistoleiro Damião (Jackson Antunes) , que é contratado para matar losé Inocêncio mas acaba virando seu empregado. A rivalidade com Teodoro se acirra quando José Venâncio morre em uma tocaia. E Mariana quem vinga a honra do coronel , matando Teodoro.

A mágoa de José Inocêncio com João Pedro só é superada no capítulo final, quando o fazen­deiro, no leito de

morte, pede um abraço ao filho em uma das cenas mais emocionantes de Renascer. João Pedro termina a novela com Sandra (Luciana Braga), filha de Teodoro, C O M quem tem uma

Marcos Palmeira rAnlnnio M I / U N I / , " . : pai c liiíi, 1 apaixonados pela mesma mulher.

H E R M A F R O D I T A

U m a das a t rações da t rama foi o r o m a n c e e n ­tre J o s é V e n â n c i o ( Tauma tu rgo Ferreira) e a hermaf rod i ta Buba (Maria Luisa M e n d o n ç a ) . Infeliz no c a s a m e n t o c o m a opor tun is ta El ia­na (Patr ícia Pil lar), e le se e n v o l v e c o m a d o c e e femin ina Buba , mas , ao descobr i r seu segre ­do, t e m d i f i cu ldade d e enf rentar o p rob l ema . A p ó s a m o r t e d e J o sé Venânc io , Buba se e n ­vo l ve c o m J o s é Augus to (Ma r co Ricca) .

filha. Mariana vai embora, sozinha. Renascer t a m b é m abordou temas como cel ibato religioso, através do padre Lívio (Jackson Costa) , reforma agrária e corrupção política.

Fera Ferida Autoria: Aguinaldo Silva, Ana Maria Moret/sohn e Rjc ardo I inhares ( olahoiaçiU r M . I N I,I Prates e I Lívio de < ampos Direção geral: Dennis Carvalho e Marcos Paulo Direção: Dennls C arvalho, Man os Paulo, c .irlos Magalhães eCarlos Araújo ==¡15 nov 1993-16jul 1994 © 2 0 h 3 0 MS221

A vingança e a cobiça eram os temas de F e r a F e r i d a , trama baseada no universo ficcional de Lima Barreto.

Sob a identidade do alqui­

mista Raimundo Flamel,

Feliciano Júnior (Edson Celulari) volta àTubiacanga para vingar o assassinato dos pais. Seus inimigos são o prefeito Demóstenes (José Wilker), o vereador Numa Pompílio (Hugo Carvana), o professor Praxedes (Juca de Oliveira) e o major Bentes (Lima Duarte) . File não contava, no entanto, que se apaixonaria por Linda Inês (Giulia G a m ) , filha do prefeito. Flamel aguça a ambição dos moradores ao afirmar que transforma ossos humanos em ouro, levando o povo a violar as sepulturas da cidade. Mas o feitiço se vira contra ele: tudo aquilo em

Lima Duarte (esq.), Hugo Carvana, Juca de Oliveira e José Wilker: entrosamento para viver os inimigos do protagonista, Raimundo Flamel.

Giulia Gamei dson Celulari: par romântico às voltas com intrigas e brigas pelo potler.

marcou outros personagens: o coveiro

Orestes Fronteira (Cláudio Mar/.o)

fala com os mortos, e Camila (Claudia

Ohana) é um anjo que dorme três meses

e acorda levitando ao sentir o cheiro

de sua comida favorita, estrogonofe

de bacalhau. Sobressaiu na trama a

exuberante Rubra Rosa (Susana Vieira),

autora dos discursos do marido, Numa

Pompílio, e amante de seu principal

opositor político, Demóstenes. Quando

Rubra e Demóstenes fa/.em amor, tudo

ao redor pega logo. A ideia loi inspirada

na personagem Marcina (Sônia Braga),

de Saramandaia ( 1 9 7 6 ) .

C U L I N A R I A A F R O D I S I A C A

Para c o m p o r á cômica l lkaTíb i r içá ,Cáss ia Kiss cr iou t re je i tos e l ançou m ã o d e u m v isua l anos 60. Che ia d e regras e man ias e fã do f i lme Candelabro Italiano (1932), d e De lme r Daves , llka c o n h e c e o ex-jogador d e fu tebo l Atal iba T i m b ó (Pau lo Go rgu lho ) e passa a preparar receitas exót icas para ajudá-lo a se curar d e impo tênc i a sexual .

Sonho Meu \uti ii iii M.iti (lio M O I . I I " . ( i Í/Í J / K »/(/(,()(>. M . iK ) .nt ' ih Bouiy e Mana Adelaide Amaral Supervisão de texto: Lauro César

ii ii I HI,\,I, './,•/!// Hryn.ili l i . üi n nv I iHcuKiKrynali l i i H< iniy r Roberto Naai ~ / 7 s e t 1993-14 mai 1994

O mil V.v ''i'

novelas A P e q u e n a O r f ã (TVExcelsior,

968) e í d o l o d e P a n o (TV Tupi, 1974), de

i \ i i/ra F/7/?o, inspiraram a trama.

I láudia (Patrícia França) perde a guarda li (ilha, Maria Carolina (CarolinaPava-

nelli), para a cunhada Elisa (Nívea Maria), ii lo às constantes brigas com o marido,

I I violento Geraldo (José de Abreu). A menina é deixada pela tia em um orfana-i o , no Rio de Janeiro. Maria Carolina tinha leucemia e recebia transfusão de sangue, o que levou à discussão sobre os riscos de se

contrair Aids nesse procedimento. Cláu­dia se muda para Curitiba, onde se apaixona por Lucas

Em uma de suas fugas do abrigo, Maria t árolina (Carolina Pavanelll) conhece o artesão Tio Zé (Elias Gleiser), que se torna seu protetor.

(Leonardo Vieira), irmão do mau-caráter Jorge (Fábio Assunção), que fa/. tudo para conquistá-la. No final, Cláudia se casa com Lucas e recupera a guarda da filha.

A Viagem autoria: Ivani Ribeiro Direção geral: Wolf Maya Direfrro.Woll M.iy.i, l< jii.ii lo ( oi |in 'lio e Mauricio I árias

-11 abr-22 out 1994 4» 19h jM 160

Guilherme Fontes: nos capítulos finais, Alexandre se arrepende de suas maldades e decide pedir perdão ao homem que matou.

A V i a g e m abordava o tema da vida

após a morte, de acordo com a

doutrina espírita kardecista.

O delinquente Alexandre (Guilherme Fontes) se mata na cadeia após ser con­denado por roubo seguido de homicídio. No Além, é encaminhado ao Vale dos Suicidas, de onde inferniza a vida, na Ferra, de todos os que julga responsáveis por seu trágico destino: o irmão, Raul (Miguel Falabella), o cunhado,Theo (Maurício Mattar), e o criminalista Otá­vio Jordão (Antonio Fagundes). Ele fica mais revoltado ain­da quando sua irmã, Dinah (Christiane Torloni), sua prote­tora, se apaixona por Otávio. Através de reuniões mediúnicas, o médico Alberto (Cláudio Cavalcanti) tenta orientar o espírito atormentado de Alexandre.

Tropicaliente Autoria:Walther Negrão Colaboração:Elizabeth Jhln, Angela Carneiro eVinil lusVIanna D/reçáOOeratGonzaga Bio D/reçctaGonzaga Blota, Rogério Gomes e Marcelo Travesso | | | 1 6 mal-31 dez 1994 9 I8h Ü Í ! 1 9 /

O deslumbrante litoral cearense serviu de pano de fundo para histórias de amor marcadas pelas diferenças de classe.

A rica Letícia (Silvia Pfeifer) abandona a família para morar com o pescador Ramiro (Iferson Capri). Lie passa três meses em alto-mar e, pensando ter sido abandonada, ela volta para a casa dos pais. O casal se reencontra muitos anos depois, no Ceará. Letícia, viúva, volta a se envolver com o pescador, mas também é assediada por François (Victor Fasano). Quem sofre com

a reaproximação de 1 .etícia e Ramiro é a valente Serena (Regina Dourado), esposa do pescador.

Márcio Garcia e Carla Marins como Cassiano e Dalila, filhos de pescadores: cenas de amor nas belas paisagens do Ceará.

O romance entre Vitor (Selton Mello), filho de Letícia, e Açucena (Carolina Dieckmann), a doce filha de Ramiro e Serena, também marcou a novela.

Pátria Minha /4t/íor/ci:Gilberto Braga Colaboração:Leonor Bassères,Sérgio Marques, Alcides Nogueira e Ângela Carneiro D/recão.-DennisCarvalho,RobertoNaar,AryCoslove Alexandre Avancini ===18jul 1994-11 mar 1995 Í>20h30 S&J203

P á t r i a M i n h a abordava questões éticas e morais de forma contundente, dando continuidade às tramas de Gilberto Braga sobre corrupção.

A estudante idealista Alice (Cláudia Abreu) vive em guerra com o corrup­to empresário Raul Pelegrini (Tarcísio Meira). A rixa se inicia quando ela o vê demitir seu motorista de modo brutal e, depois, causar um atropelamento cuja res­ponsabilidade não assume. Alice se une a Pedro (José Mayer), que lidera um motim contra Raul por ele ter ordenado a deso­cupação de um terreno na favela onde sua família morava. Ao longo da história, a jovem descobre que é neta do empresário. A invejosa e falida Lídia Laport (Vera

Fischer) provoca a separação de Teresa (Eva Wilma) e Raul, tornando-se sua nova esposa.

Cláudia Abreu: ao lado de Rodrigo Santoro (Nando) e Fábio Assunção (Rodrigo), a atriz protagonizou cenas que discutiam virgindade, uso de preservativos, maternidade na adolescência e relacionamento entre pais e filhos.

B L I T Z R A C I A L

A t rama q u e envo lv ia o motor is ta negro Ken-n e d y (A lexandre M o r e n n o ) , h u m i l h a d o por Rau l , pôs e m d e b a t e o p reconce i to racia l . E m u m a das cenas , e le é d u r a m e n t e rev is tado e m uma blitz e n q u a n t o seus a m i g o s brancos, Al ice (Cláudia Ab reu ) e Rodr igo ( Fáb io Assun ­ção) , são ignorados pe los pol ic iais.

Quatro por Quatro i 1 .»k >• I mui M U li i , i/n/» ' M I , , IH. li, iiiiili li i ' lo', !• M.iuiii K I Aiiucl.i / •(,! J< 11 yi v(j/.- Hicardo Waddlngton

. . ••• M i % i n d i c AV . I I I I ii ii .1 iii'. I InnriqueHiosi 'Maurício I,irias | = 2 4 o u t 1994-22 jul 1995 © 1 8 h 5 0 Í8j233

Com ritmo dinâmico e texto descontraído, a trama apresentava conflitos amorosos reple­tos de separações, reconciliações e tramóias.

A dondoca Abigail (Betty Lago), a dona de casa Auxiliadora (Elizabeth Savala), a secretária Tatiana (Cristiana ()l iveira) e a manicuro Babalu (Letícia Spiller) se conhecem após baterem .eus carros no trânsito do Rio de Janei­ro. Presas na mesma cela, elas desco­

brem um desejo comum: vingar-se dos ex-parceiros, com os quais ha­viam acabado de romper. As quatro

se tornam amigas e resolvem pôr em prática um plano de vingança que envolve diversas armadilhas e muitas trapalhadas. Os alvos são, respectiva­mente, o cirurgião plástico Gustavo (Marcos Paulo), o novo-rico Alcebíades (Tato Gabus Mendes) , o trambiqueiro Fortunato (Diogo Vilela) e o mecâni­co Raí (Marcello Novaes) . A novela também mostrou a disputa dos primos Bruno (Humberto Martins) e Gustavo pela guarda de Angela (Tatyane Fon-tinhas Goular t ) , filha de Bruno. O pai biológico abandonou a menina e a cida-

Leticia Spiller (esq.), Elizabeth Savala, Cristiana Oliveira e Betty tago: na trama, cada amiga fica responsável pela vingança contra o ex parceiro da outra.

Raí e Baba lu (Marce l lo N o v a e s e Letícia Spil ler, foto) f o rmaram o casal da nove la prefer ido do púb l i co . Sexy e "ba r raque i ra " Baba lu ala-v a n c o u o sucesso d e seu f igur ino: minissaias, mic roshor ts , t a m a n c o s d e salto anabe la c o m me las soque tes color idas, b lusas c iganas e acessór ios para cabe los . Suas expressões t a m b é m g a n h a r a m as ruas, c o m o "bo fe " (para se referir a homens ) , " b i cha " (a mu lheres ) , " m o n a " ( am iga ) , " de saquenda " ( abandona r ) e " b a b a d o " ( fofoca) .

de depois de ver sua mulher morrer no parto que ele mesmo fez. D e volta ao Rio de Janeiro, ele tenta conquistar o amor e a guarda da filha.

A Próxima Vítima Autoria: Silvio de Abreu Colaboração: Mal ia Adelaide Am.ii.il c Al. ide, Noi|ii.'ii.i I iiieçiinuilisiim Paulo I Ibii.ii.in Direção geral: Jorge Fernando Direção: Jorge Fernando, Rogério Gomes, Marcelo I r.ivesso e Alexandre Boury ¡1113 mar-4 nov 1995 9 20h30 É | 203

Gênero policial estrelado por grande elenco transformou A P r ó x i m a V í t i m a em sucesso de público e crítica.

Suspense, traições e romances davam o tom da novela, cuja espinha dorsal era centrada e m três perguntas: "quem matou?" , "quem será a próxima vít ima?" e "por quê?" . A o longo da história, 1 I personagens são assassinados. U m Opala preto, que segue as vítimas, é o único indício de que o assassino está por perto. A intrigante trama policial tinha c o m o principais cenários a Mooca e o Bixiga, em São Paulo - universo recorrente nos trabalhos de Silvio de Abreu —, e também apresentava a história da batalhadora Ana (Susana Vieira) , amante do mau-caráter Marcelo (José Wilker ) . Ele é casado, por interesse, com a rica Francesca Ferreto (Tereza Rachel ) , mas vive um tórrido romance com a inescrupulosa Isabela Ferreto (Cláu­dia O h a n a ) , sobrinha de Francesca. U m grande elenco ajudou a fazer de A Próxima Vítima um dos maiores sucessos de Silvio de Abreu. Yoná Ma­galhães, Rosamaría Murtinho, Natália do Vale, Gianfrancesco Guarnieri eram alguns dos nomes da produção. Os

destaques foram Aracy Balaba-nian, no papel de Filomena - mu­lher dominadora que controla

com mão de ferro os negócios da tradi­cional família Ferreto - , e Tony Ramos, c o m o o verdureiro Juca . Tramas paralelas ganharam repercussão, como

Aracy Balabanian viveu a manipuladora Filomena, um dos grandes papéis da atriz em telenovelas.

S O C I A L O U R A C I A L ?

U m a família negra d e classe média levantou a discussão sobre se o preconce i to no Brasil é social ou racial .O bem-sucedido contador C le ­ber Noronha (Antôn io P i tanga) é casado c o m a secretária execut iva Fát ima (Zezé Mot ta ) .O ca ­sal constrói uma família próspera :S idney (Nor­ton Nasc imento ) é ge ren te d e banco ; Jef fer ­son (Lui Mendes ) , e s tudan te de d i re i to ;e Patrí­cia (Camila P i tanga) sonha ser mode lo .

a da prostituta Quitéria Quarta-Feira

(Vera Hol tz) , que exerce a atividade

por opção, e a do caminhoneiro Zé Bo­

lacha (Lima D u a r t e ) , apaixonado pela

estudante de direito Irene (Vivianne

Pasmanter) . Instigada com a seqüência

de mortes, a j o v e m se empenha em

descobrir a identidade do assassino. 1 láudia Ohana protagonizou duas

( enas fortes: quando é jogada da esca-

i pelo noivo traído, Diego (Marcos

Frota), e quando é esfaqueada no

rosto pelo amante, Marcelo. A cena da

icvelação da identidade do assassino,

Adalberto (Ceci l T h i r é ) , foi gravada

i erca de uma hora antes da exibição

do último capítulo. O autor chegou

a escrever cenas falsas para driblar a

imprensa e garantir o segredo do desfe-

i lio. Criou ainda outro final para a

versão exibida em Portugal, transfor-

H O M O S S E X U A L I S M O

O t ema da homossexua l i dade foi a p r e s e n ­t a d o a t ravés da conf l i tuada re lação en t re S a n d r o (And ré Gonça l ves ) e J e f fe rson (Lui M e n d e s ) . A cena e m q u e S a n d r o revela sua o p ç ã o sexual à mãe , Ana (Susana Vieira) , é cons iderada e m b l e m á t i c a na d iscussão so ­bre o homossexua l i smo no Brasi l .

Cecil Thiré lez o assassino Adalberto: marido de Carmela Ferreta (Yoná Magalhães) e pai de Isabela (Cláudia Ohana), ele havia sumido depois de gastar todo o dinheiro da esposa.

Tony Ramos, < i verdureiro Juca:personagem fez tanto sucesso que deu nome a duas barracas de frutas i io Mercado Mui ilcipal de São Paulo.

mando em assassino o personagem

Ulisses (Otávio Augusto) , uma das

vítimas na trama apresentada no Brasil.

Irmãos Coragem Autoria: Dias Gomes e Marcílio Moraes Colaboração: Ferreira Gullar e Lilian Garcia Direção: Ary Coslov, Luiz Fernando Carvalho, Reynaldo Bou r ye Carlos Araújo =1= 2 j an- l u jul 1995 © I H h ffljlV>

Versão atualizada de I r m ã o s C o r a g e m , exibida originalmente em 1970, mostrava a luta de três irmãos contra a opressão.

Em Coroado ( M G ) , João Coragem (Marcos Palmeira) encontra um enorme diamante. Com isso, ele e os irmãos, Jerônimo (llya São Paulo) e Duda (Marcos Winter) , passam a ameaçar a soberania do poderoso Pedro Barros (Cláudio Mar/.o, que interpretou Duda Coragem na primeira versão da novela). João entra em crise quando se apaixona

por Lara (Letícia Sabatella), lilha do lazendeiro inimigo. Lara tem múltipla persona­

o s novos irmãos Coragem: Marcos Palmeira (João, esq.), Marcos Winter (Duda) e llya São Paulo (Jerônimo).

lidade e alterna-se entre a sensual Diana e a equilibrada Márcia. Para compor o deficiente mental Juca Cipó, Murilo Benício picotou as sobrancelhas, raspou um dente e cortou o cabelo rente.

Cara & Coroa Autoria: Antonio Calmon Colaboração: Ângela Carneiro, Lillar Walther Negrão Direçao:\No\f Maya.í arlos Magalhães, Andró === 24jul 1995-22 mar 1996 © 1 9 h & & 2 1 3

Barcia e Eliane Garcia Supervisão de texto: ( hu l l /e Maurício Farias

Christiane Torloni interpretou as sósias Fernanda e Vitória: o cabelo e as lentes de contato diferençavam as protagonistas.

0 contraste entre duas mulheres fisicamente idênticas, mas com personalidades opostas, era o mote de C a r a & C o r o a .

Fernanda (Christiane Torloni) abandona o noivo, Rubinho (Luis Melo), para se casar com Miguel (Victor Fasano), mas acaba fugindo com o irmão dele, Mauro (Miguel Falabella). Quando Mauro a trai com Heloísa (Maité Proença), Fernanda tenta matá-lo, mas atira em outro homem e é presa. Ela divide a cela com a doce Vitória (também interpretada por Torloni), presa injustamente. Fernanda sofre um derrame um dia antes de ser solta e Vitória assume sua identidade, num plano arquitetado pelos divertidos vilões Mauro e Heloísa. As cenas da prisão foram gravadas no extinto presidio do Carandiru, em São Paulo.

História de Amor Manuel ( ni; is i i iliihi niii,iii i I ll/iil i i ' I H I I «i i, M.ni li1, li ili'i li 11 • Miiil.i i ,111 ilin.i / mi ' I , I I H : Ricardo Waddington,

0 N I T R E ALEXANDRE Avancini 1== 3 JUL 1995-2 MAR 1996 ©18hSBj209

4 As mulheres eram as grandes protagonistas da trama, que mostrava as várias formas dr amar em meio a conflitos diários.

i ) rndocrinologista Carlos Alberto (José Mayer) decide se casar com a mimada Paula (Carolina Ferraz) após um longo i ial iance com sua sócia, Sheila (l.ilia 1 abral). A caminho da igreja, no entan­to, socorre Joyce (Carla Marins), lilha da doce Helena (Regina Duarte) , por quem se apaixona. O médico fica divi-lido entre seu compromisso com Paula

e seu novo amor. Sheila, por sua vez, não desiste do ex-namorado. Também loi explorado o drama da lilha de Hele­na, que engravida e é rejeitada pelo na­morado, o inconsequente Caio (Angelo

José Mayer e Carolina Ferraz: Carlos Alberto se envolve com Paula (acima), mas termina a novela com a protagonista, Helena.

Regina Duarte (esq.), que comemorava 30 anos de carreira, e Carla Marins: dilemas típicos das relações entre pais e filhos.

Paes Leme) , e ainda tem de enfrentar um pai conservador, Assunção (Nuno Leal Maia) . Uma revelação desnorteia Joyce e abala sua relação C O M I lelena. Ela descobre ser filha de Assunção com a irmã de I lelena, cpie morreu em U N I acidente quando Joyce era bebé . A esperada reconcilia­ção só acontece no

último capítulo. Por meio da história de Assunção, campeão de remo que sofre U M acidente de carro e lica paraplégico, a novela abordou os temas do esporte e da deficiência física.

U N I V E R S O F E M I N I N O

Questões relativas ao universo femin ino ga ­nha ram des taque na t rama, c o m o o dese jo obsess ivo d e ser mãe , a v io lênc ia contra a m u ­lher e a grav idez na adolescênc ia . Através da pe r sonagem Marta (Bia Nunnes ) , M a n o e l Car­los reforçou as c a m p a n h a s d e consc ient ização sobre o câncer d e mama , cont r ibu indo para o a u m e n t o no n ú m e r o d e exames prevent ivos .

Explode Coração Autoria: Gloria Perez Direção de núcleo: Pai ¡116 nov 1995-3 mal 1996 *>21h J É 1 8 5

Tradições ciganas ambientavam E x p l o d e C o r a ç ã o , que destacou um assunto novo à época: as relações amorosas via internet.

A cigana Dara (Tereza Sei-blitz.) faz cursinho pré-vesti-Bular, sem o pai saber, e so­nha trabalhar, enquanto suas amigas estudam o suficiente para ler, escrever e fazer con­tas. Dara teme ter sua origem descoberta pelos amigos e ser punida pelos pais, o rico co­merciante Jairo (Paulo José) e a passional Lola (Eliane Giardini). A jovem se envolve, através da internet, com o empresário Júlio falcão (Edson Celulari), apesar de prometida ao cigano Igor (Ricardo Macchi) , cujos pais, Pepe (Stênio Garcia) e Luiza (Ester ( lócs), esperam ansiosos o casamento. Igor aceita Dara grávida de Júlio, mas, segundo a tradição cigana, é preciso comprovar a virgindade da jovem. O ci­

gano faz então um corte no próprio pulso e suja a saia dela de sangue. O casamento forjado dura até o último

capítulo, quando Dara e Júlio se recon­ciliam. Mio (Ivan de Albuquerque), patriarca da família de Dara, e Soraya

'I mal. in / Hieçuo: I Ir '. i ai valho, Ai v < oslov r ( ar los Aiaújo

Tereza Seiblitz e Ricardo Macchi: Dura não arlmite

ter sido prometida em casamento a Igor.

(Laura Cardoso), matriarca da família de Igor, são o alicerce da comunidade. Só não sabem lidar com a paixão que sentem um pelo outro. Floriano Peixoto foi uma atração à parte no papel do divertido travesti Sarita Witt.

Regina Dourado e Rogério Cardoso como o hilário

casal Lucineide e Salgadinho.

Gloria Perez a b o r d o u a exp lo ração do t raba ­lho infanti l e o d e s a p a r e c i m e n t o d e cr ianças a t ravés da t rama e m q u e Oda ísa ( Isadora Ribeiro, foto) , q u e procura o f i lho G u g u (Luiz C l áud io Jún ior , foto) , se u n e às M ã e s da Ci-ne lând ia - g r u p o car ioca d e mu lhe res c o m fi lhos desapa rec idos . Fo tos e d e p o i m e n t o s ex ib idos na nove la a j uda r am a localizar d i ­versas cr ianças . Empresas par t i c ipa ram da c a m p a n h a e fotos fo ram impressas e m e m b a ­lagens e a té e m bi lhetes d e loteria.

Quem É Você? • mil I V . I I il Mil H'in >,'•! il. il H ir i ii'.lio N i ' V I " . I ' I .mu 1 1 I " . . N Muni/ ( altilh nui, m i. Is.il lui» » , Kosane Lima,

H i ili.ikl i' Ni'l'.I M N,li li il H / iiiri.iiiu/riiiii /m. I li'iv.il Ho'.'.,iini / I / i i ' I I I D . I li'iv.il Moss.mo, Flávio Colatrello, lli ' i i in|iii ' Mi i i ' . i 'Ani ln ' 'S (hul l/ I H 1 mar-fi set 1996 © 1 8 h J Ë J 1 5 9

(O li atou de temáticas como o abandono, LOI I H amizade na terceira idade a partir onfi UNTOS ENTRE DUAS irmãs.

a r I í n r n mostrava a difícil relação Maria l.ui/.a (Elizabeth Savala) e

I a 1 1 / (('ássia Kiss), traumatizadas pela I mniatura da mãe e o abandono

. I I I . i i ( ) s conflitos se agravam quando M . I I ia l.uiz.a descobre ter sido traída pelo

In, Alonso (Alexandre Borges], com i Irmã. Beatriz convence o cunhado

' Internar a frágil Maria Luiza em uma • I I I I K a de repouso, mas ela foge com a

l.i de Gabriel (Paulo Gorgulho). Um dia o pai das jovens, Nelson Maldonado (Francisco Cuoco) , retorna, disposto a proteger a filha

k

A caso de repouso h N< lim i lus Flores, repleta de idosos temperamentais e divertidos, abrigava tipos como Augusta (Fva TodoT, esq.), que procura uma filha, e Isolina (Ruth de Souza), ex-pianista.

caçula. As cenas cômicas foram garanti­das por Maurício (Thiago Picchi) , que se travestia de 'l'hais.

Vira-Lata iinha: CarlosLombaidi Co/aboração.VInícius V iannaeMaur íc ioAnuda D/reçdo de núc/eo: Jorge Fernando ínv io : Jorge Fernando, Rogério Gomes, Marcelo Travesso e Alexandre Boury = § § 1 u abr-27set 1 9 % © 1 9 H JJJH155

Melodrama com ritmo de comédia, V I R A - L A T A M O S T R A V A três personagens tentando if compor suas famílias.

Stella (Glória Menezes) abandona os i és filhos em nome de um grande amor,

mas, ao passar por uma crise no casa­mento, decide se reaproximar de l.ênin (I lumberto Martins), Fidel (Marcello Novaes) e Mussolini (Luciano Vianna) . I lelena (Andréa Beltrão) renuncia à família por vergonha do pai, um este-lionatário, mas seu drama recomeça ao ver o marido, Bráulio (Murilo Benício), empenhado em sua prisão sem saber

que é seu sogro. Lênin sai de casa devido à relação conflituosa com o pai. Ao retornar,

Helena (Andréa Beltrão) tenta salvar seu casamento com Bráulio (Murilo Benício, acima), mas acaba se apaixonando por Lênin (Humberto Martins).

encontra-o louco e falido. Os cães eram as estrelas da novela, com destaque para o esperto Z é .

viro» lata

O Rei do Gado Autoria: Benedito Ruy Barbosa Colaboração: Edmara Barbosa e Edllene Barbosa Direção rle núcleo: Luiz Fernandc Carvalho Direção: Luiz Fernando Carvalho, Carlos Afaújo, Emílio dl Blasi e José I ulz Vlllamarlm l==17jun 1996-14fev 1997 © 2 0 h 3 0 Ü 2 0 9

Debate sobre a luta por posse de terra ultrapassou o universo ficcional e ganhou repercussão na mídia e na sociedade em geral.

A discussão sobre a reforma agrária e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Som Terra (MST) , pela primeira vez abor­dado abertamente em uma telenovela, aproximou a ficção da conjuntura política do Brasil na década de 9 0 . O Rei do Gado estreou dois meses após a morte de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA) c mobilizou milhões de telespectadores ao mostrar o romance do latifundiário pei ua i is la Bruno Mezenga ( Antonio Fagundes) com a bóia-fria Luana (Patrícia Pillar), ambos descendentes de duas famílias de imigrantes italianos rivais, os Mezenga e os Berdinazi. Bruno é lilho de I lenrico Mezenga (Leonardo Brício) e Giovanna Berdinazi (Letícia Spiller), que, n a primeira fase da novela, em 1943, desafiam a autoridade dos pais e fogem para viver seu amor. Na segunda fase, em 1996, Luana e Bruno se apaixonam sem saber que ela é Marieta, a sobrinha que o cafeicultor e produtor de leite Geremias

Vera Fischer (esq.), Eva Wilma, Marcello Antony, Leonardo Brido lã frente) e Letícia Spiller, na primeira fase da novela, em 1943.

Patrícia Pillar i 1 Antonio Fagundes na novela que originou dois CDs responsáveis pela maior vendagem de cópias de trilhas de novelas até então.

Z É D O A R A G U A I A

U m g r a n d e c o m p a n h e i r o de B r u n o Mezenga (An ton io Fagundes ) é Z é do Aragua ia (S tén io Garc ia ) , seu e m p r e g a d o , nasc ido e cr iado na região o n d e fica a pr inc ipa l f azenda do co ­rone l . Z é é uma figura s impát ica , respe i tada pe los peões , e leal ao pa t rão . É casado c o m D o n a n a ( Be t e M e n d e s ) , q u e é semiana l fabe-ta mas do tada d e g r a n d e sabedor ia . Os dois a c o l h e m Luana (Patrícia Pillar) c o m o filha.

1 1 idealista Regino, interpretadoporJackson Antunes, e seu grupo sem-rra contrário à violência.

Berdinazi (Raul Cortez) tanto procura. Berdinazi é i nganado por uma impostora (Glória Pires), que se faz

issar por sua sobrinha, levantando as suspeitas de Judite (Walderez de Barros), fiel criada do fazendeiro. O debate ¡1 ibre posse de terra se amplia quando uma das fazen­das de Bruno é invadida por um grupo liderado pelo idealista Regino (Jackson Antunes), contrário à violên-

ia e à radicalização do movimento, marcando o tom i imciliatório do autor em relação à questão. A discussão ganha a adesão do incorruptível senador Roberto Caxias ((Carlos Vereza), protagonista da emblemática cena em q u e faz um discurso emocionado sobre os sem-terra para um plenário ocupado por apenas três colegas, todos desinteressados. A cena causou protestos de senadores. Regino e o senador Caxias são assassinados na trama. A i ena do velório do político contou com a participação ilos senadores Eduardo Suplicy e Benedita da Silva, mais uma fusão entre realidade e ficção. A novela também abordou a violência contra a mulher, através da relação de Leia (Silvia Pfeifer), ex-mulher de Mezenga, com o amante, Raif (Oscar Magrini).

Raul Cortez i \a Iran laque teve cenas gravadas em São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

P R E M I A Ç Â O

0 Rei do Gado r e cebeu o Cer ­t i f icado d e Honra ao Mér i to no S a n Francisco Internat io ­nal F i lm Fest ival . A primeira fase da nove la , cons iderada u m dos g randes m o m e n t o s da te ledramaturg ia brasi lei ­ra, mostrava a decadênc i a do ciclo do café e a par t ic i ­pação d o Brasil na II Guerra Mund i a l . S e u s sete c ap í tu ­los fo ram t rans formados na minissér ie Giovanna e Henrico, se lec ionada c o m o obra hors-concours no Fes­tival Banff, do Canadá . A reconst i tu ição das cenas d e batalha, filmadas e m pelí­cula 1 6 m m , fo ram feitas e m Craco, na Itália, c o m cerca d e 300 f igurantes.

O personagem de Carlos Vereza, o senador Caxias, é assassinado por defender a reforma agrária.

O Fim do Mundo Autoria: Dias Gomes Colaboração: Ferreira Gullar Direção de núcle< e Gonzaga Blota =1=6 mai-l4jun 1996 0 2 O h 4 O âJSj35

i Ulni.it.in / >in\ .in l'.iiil. 11 Hm,il,in

Trama de Dias Gomes levantava a provocadora questão: "O que você faria se só lhe restasse um dia?"

Os moradores da fictícia Tabacópolis entram em pânico quando o paranor­mal Joãozinho de Dagmar (Paulo Betti] prevê a destruição do planeta em três meses. Passam, então, a realizar seus desejos mais secretos: moças perdem a virgindade, detentos e loucos são soltos e amores reprimidos são declarados. Mas o mundo não acaba e todos têm de enfrentar as consequências das loucuras que cometeram. O vidente repete a pro­

fecia e, no último capítulo, inicia-se uma forte chuva de meteorito. Pos­tes caindo, carros

Paulo Betti na trama concebida como minissérie para as 22h, mas exibida em horário nobre como novela de formato reduzido.

sendo tragados pela terra, raios, furacões e um céu incandescente foram produzi­dos pela equipe de efeitos visuais.

D FIM DD

Anjo de Mim Autoria: Walther Negrão Colaboração:Elizabeth Jhin.Ângela CarneiroeViníciusVlanna Direção/RicardoWaddingtonj Roberto Naar.AryCoslov, Edson Spinello e Alexandre Avancini l==9set 1996-28 mar 1997 © 1 8 h MJJ173

Em A n j o d e M i m , Walther Negrão desenvolveu o tema do espiritismo.

Por técnicas de regressão, o cético escultor Floriano Ferraz (Tony Ra­mos] fica sabendo que foi amante de Valentina (Carolina Kasting) em vida passada. A jovem foi assassinada ao tentar fugir com o amado, mas, antes de morrer, mar­ca um encontro com ele no futuro. Floriano procura a reencarnação de Valentina e fica na dúvida entre Maria Elvira (Paloma Duarte) , Joana (Helena Ranaldi) e Lavínia (Vivianne Pasmanter). O vilão Marco

Monterey (Herson Capri) é a reencar­nação de Cincinato (Gracindo Júnior), responsável pela

Elias Gleiser: Canequinha ganhou a simpatia do

público como amigo de Lavínia (Vivianne Pasmanter) e fiel escudeiro do protagonista da novela.

morte de Valentina. Floriano descobre que Lavínia é a mulher que procura, mas termina a novela com Joana.

Salsa e Merengue D 'iin Mu inri I iil.ihi'll.i i' Miiii.i ( ,11 im ' IN I I , li I » i',.i I i I / I I / I I I I I H I I I I : l,iin' '„inii IS I yiií\ao ile núcleo: Wolf Maya

,in W M I I M,iy,i,lqn,'n |i i, •um' M,li li I aiias SO SEL 1996-2 mal 1997 í> I8h I J J ; 177

• . illdarledade e doação de órgãos foram os unios principais da novela.

I libara (Rosamaría Murtinho) dá à luz

filho morto. Seu marido, Guilherme

i l i i i o r Chagas), troca a criança por um bebê cuja mãe não tem condições de

• i i.i lo. Após 3 0 anos, Eugênio (Marcello

" i iy) , o menino trocado, desenvolve I' I H i'inia e Guilherme revela a verdade

sposa. Eles vão em busca de Anabel I l i n i o / . (Ariete Salles), verdadeira mãe I lo i apaz, para conseguir a doação de medula. É Valentim (Marcos Palmei-i 11, irmão de Eugênio, quem o salva.

ilentim é surpreendido com a notícia de que é filho do inescrupuloso Urbano

(José Wilker) . A fictícia Travessa do Vintém abrigou o núcleo popular e cômico da trama.

Débora B loch (foto) in te rpre tou a vilã T e o d o ­ra Ben tes . Rica e poderosa , ela n ã o aceita a sepa ração d e Eugên io (Marce l lo A n t o n y ) e se torna a ma ior in imiga d e M a d a l e n a (Patrícia França) , moça do interior por q u e m Eugên io e seu i rmão se a p a i x o n a m .

O Amor Está no Ar ii iii mo: Alcides Nogueira Colaboração: Bosco Brasil e Filipe Miguez Direção de núcleo: Wolf Maya

-NO, no: Ignacio Coqueiro, Leandro Néri, Paulo Ghelll e Maurício Farias á s 31 mar-5 set 1997 í>18h j j | l 3 7

71 disputa por uma empresa e a discussão •.obre a possibilidade de vida extraterrestre i onduziam a trama, ambientada na fictícia (hiro Velho.

Após a morte do marido, a judia Sofia

S( bnaider (Betty Lago) assume a em­

presa da família, mas sua sogra, Úrsula

( Nicette Bruno), luta para afastá-la. A

irmã de Sofia, Júlia (Natália do Vale),

o inescrupuloso Alberto (Luis Melo)

se unem a Úrsula. Filha de Sofia, Luiza

(Natália Lage) acredita e m extraterres-

i res e é manipulada pela avó paterna. A

— tensão entre mãe e

filha cresce quando

as duas se apaixo­

nam pelo jovem

aviador Léo (Ro-

Natátia Lage, em cena com Rodrigo Santoro:abduzida

por seres de outro planeta após conhecer o extraterrestre

João Fernando (Eriberto Leão).

drigo Santoro). Através da personagem

Esther (Monah Delacy), que descobre

ter câncer de mama, o autor incentivou

o autoexame para o diagnóstico precoce,

mostrando que a doença tem cura.

A Indomada Autoria: Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares Direção de núcleo: Paulo U B I R A T I N OlttCiO: P A U L O U B L R A T A N , Luís Henrique Rios.Marcos Paulo e Roberto Naar 7 fev-10out 1997 0 2 O h J J Ü203

Autores misturaram realismo fantástico, cultura nordestina e hábitos ingleses para fazer um retrato bem-humorado do Brasil.

A trama se passava na fictícia Green-villc, cidade no litoral do Nordeste ocupada pelos ingleses no s é c . X l X e onde costumes britânicos e nordestinos se misturam. A vilã Altiva (Eva Wilma) e seu cúmplice, o deputado 1'itágoras William Mackenz.ie (Ary Fontoura) , são caricaturas da soberba e da corrup­ção. F.les se unem para atrapalhar os planos de I lelena (Adriana Fstevcs) , sobrinha de Altiva e prometida ao fo­rasteiro Teobaldo Faruk (José Mayer) ,

que ganhou a fortuna da família da noiva numa aposta de jogo. Helena quer reabrir a usina

de sua família e ajudar a cidade, e m decadência com a crise do açúcar e a partida dos ingleses. A protagonista herdou do pai, o cortador de cana Zé Leandro (Carlos Alberto Riccel l i ) , a obsessão pela terra. Na primeira fase

Eva Wilma: Altiva vira fumaça no Intui da novela e seu rosto toma conta do céu de Greenville. Ela jura vingança, em meio a gargalhadas malévolas.

A p r o d u ç ã o se e s m e r o u para vest ir os atores

c o m trajes ingleses. 0 f igur ino do d e l e g a d o

M o t l n h a ( José d e Abreu ) foi insp i rado na r o u ­

pa d o de te t i v e Sher lock Ho lmes , p e r s o n a g e m

d e C o n n a n Doy le . O do d e p u t a d o P i tágoras

(Ary Fontoura , foto) h o m e n a g e a v a o ex-prl-

meiro-ministro br i tân ico W i n s t o n Churchi l l .

P i t ágoras vo l tou à cena na nove la Porto dos Milagres (2001), dos m e s m o s autores .

• I 1 novela, passada mis amis '(I, /<• •..

I I I . i i M U I . I I>• o I.til.ill.I ilc Mendonçi • \ II nii|uri que {l.inilii'in vivida pin

A. 111.111 a E S T E V E S ) , M Ã E D E Melena. A

I 1111111.1 da jovem desaprova o roman-

Pedro Alonso (Cláudio Marzo) ,

. H I de Eulália, ameaça Zé Leandro

morte, obrigando-o a abandonar

I 'ii.ília grávida. Anos depois, Zé Lean-

i l i i . volta para buscar a amada, com

Uma pequena fortuna conseguida num

H I P O . A fuga do casal é misteriosa-

nte boicotada e acaba em naufrágio.

\ penas sua filha, Helena (Leandra

il, na primeira fase] , sobrevive. A

em vai estudar na Inglaterra, com

data marcada para voltar e se casar

• om Teobaldo. E m seu retorno, Helena

I igora Adriana Esteves) enfrenta

Is armações da tia Altiva, a mulher

mais prepotente da cidade. A novela

i unhem trazia a prostituta Zenilda

( Renata Sorrah) ; o prefeito Ipiranga

itiguari (Paulo Bett i ) e sua fogosa

posa Scarlet (Luiza T o m é ) ; a juíza

Mirandinha (Betty Faria); o cândido

I iiianoel (Selton Mel lo ) , que vira

U N I anjo no fim da trama; o delegado

Molinha (José de Abreu) , que cai num

>elton Mello eKai ioce Grampola, qu

lanoel se apaixona peia ida na prostituição mas

toma outro rumo ao ser adotada por uma família.

A prostituta Zenilda {Renata Sorrah), dona do bordel da cidade, sofre com a perseguição de Altiva e de suas amigas carolas.

buraco e vai parar no Japão; e o Cadei-

rudo (Sônia de Paula), figura misterio­

sa que ataca as mulheres nas noites

de lua cheia. A identidade do Cadei-

rudo surpreendeu os telespectadores:

Lurdes Maria era uma das mais ferre­

nhas beatas da cidade.

" O X E N T E , MY G O D ! "

A fusão do so taque nordes t ino c o m te rmos e m inglês, d e v i do à co lon ização br i tânica, d e u graça à t rama. P e r s o n a g e m d e Eva W i l ­ma, Alt iva consag rou expressões como"We//! " q u e repet ia a cada f rase , "Oxente , m y God ! " e "Tudo alirlght". Out ros pe r sonagens t a m b é m p roduz i am péro las l ingu ís t i cas ,como P i t á g o ­ras ("Excuse,pardon me, sorry, c o m l icença" ) e Ped ro A fonso ( "M inhas apo log ias " ) .

Zazá Autoria: Lauro César Muniz Escrita por: Lauro ( ésai Muni/, Aiinai I abaki, Hos.inc I una r larquellne Veleqo Direção de núcleo: Jorge Fernando Direção: Jorge Fernando, Marcelo Travesso e Alexandre Boury I I I 5 mal 1997-9 jan 1998 ® 1 9 h | Ü 2 1 4

Mesclando fatos históricos e fantasia, Lauro César Muniz concebeu a excêntrica milionária Zazá, filha de Santos Dumont.

A trama tem início no verão de 1994, em Paris. Marisa Dumont, a Zazá (Fernanda Montenegro), sobrevoa a Torre Eiffel em uma réplica do 14-Bis, avião inventado por Santos Dumont, seu pai. Em um de seus voos, Zazá tem uma ideia: encontrar um anjo da guarda para proteger cada um de seus sete filheis, totalmente dependentes dela. Com a ajuda de Silas Vadan (Ney Latorraca), o vilão da novela, Zazá seleciona os sete "anjos". O tema da Aids também foi discutido na trama através da

personagem Jacqueline (Adriana Londono), portadora do vírus HIV. A atriz Sandra Bréa, soropositiva, fez uma participação no último capítulo.

A extrovertida Zazá de Et. 'it tunda

Montenegro sonhava construir

um avião atômico, o BR-15.

Anjo Mau Autoria: Maria Adelaide Amaral Colaboração: Bosco Brasil, Vincent Villah e Dejalr Cardoso Supervisão de texto:

Silvio de Abreu Direção de núcleo: Carlos Manga Direção geral: Denise Saraceni Direção: José LulzVillamarlm e Emilio dl Blasi =1=8 set 1997-27 mar 1998 ® 1 8 h É Ü 1 7 3

R e m a k e deu nova vida à personagem Nice, a ambiciosa babá que faz qualquer coisa para conquistar o seu amor.

Nice aceita o emprego de babá na mansão dos Medeiros na esperança de encontrar uma maneira de ascender socialmente. Ninguém desconfia do que ela é capaz para atingir seus objetivos, pois seu lado perverso só é conhecido pelos telespecta­dores. Nice se encanta por Rodrigo (Kadu Moliterno), irmão da patroa, e decide conquistá-lo a qualquer preço, embora o rapaz seja noivo de Paula (Alessandra Ne­grini) . Com o tempo, porém, a ambição de

Nice se transforma em amor verda­deiro. No decorrer da história, a babá descobre por que é

Kadu Moliterno e Glória Pires: Nice engravida de

Rodrigo e quase morre por complicações no parto, mas,

diferentemente da primeira versão da novela, o casal

tem um final feliz.

rejeitada pela mãe adotiva, Alzira (Regina Dourado): ela é, na verdade, sua filha biológica, fruto de um estupro.

Por Amor ID M A N O E L < .ITL<>•> I I I / I J Í ) I W , / ( , I I ( > ; M . I R I . I ( . I R O L I N . I , V I N L T ¡ U S V I . I N N . I E I E T I I ¡,I [ ) U N U ' L L C S Direçãogeral: P A U L O U B L R A T A N

LILI A I L L O W . I I M I L I I | L I I N / INR I , U N . T , I I I LU I I I U N T A N , M U , I I D N W A D D L N G T O N , A L E X A N D R E A V A N C I N I , A R Y C O S L O V E

N I I S | I I , , Hf 4 O U T 1997-22 M A ¡ 1998 e > 2 0 h 3 f j | É l 9 0

W. IVC/O centrada no dia a dia da classe média loca foi divulgada com a pergunta:

L que você seria capaz de fazer por amor?"

mimada e frágil Maria Eduarda

il a ida Duarte) e sua mãe, Helena (Re-i i I Huirte), dão à luz na mesma noite.

I I li nuda perde o útero no parto e seu I ii I i r morre em seguida. Helena tem uma

in i a saudável, mas, desesperada com

i nação da filha, implora para que o dico, César (Marcelo Serrado), troque

i 1 1 ¡ancas. Depois diz a todos, inclusive ni marido, Atílio (Antonio Fagundes),

que seu bebê não resistiu. Eduarda, sem saber de nada, passa a cuidar do irmão como filho. Ela

i asada com Marcelo (Fábio Assunção), efe quem tem um ciúme doentio, principalmente devido às investidas de Laura (Vivianne Pasmanter), que tenta reconquistar ' ' ex-namorado. Obstinada, Laura consegue engravidar de Marcelo e tem gêmeos. A controladora e debochada la anca (Susana Vieira) também chamou a atenção na trama. Casada com Arnaldo (Carlos líduardo Dolabella mas apaixonada por Atílio, Branca é mãe de Marcelo, I ,éo (Murilo Benício) e Milena (Carolina Ferraz), que

vive uma tórrida paixão com

ih l\ / l ^ I ^ S S ™ )̂ ° ' 1 ' ' ° t 0 t ' ° helicóptero Namlo "A V Ifc^JTl / (Eduardo Moscovis). O romana

l\ dos dois lez sucesso, ao som do hil "Palpite", de Vanessa Rangel.

Regina Duarte viveu novamente

uma Helena de Manoel Carlos, dois

anos após História de Amor (1995). Em 2006, ela ainda protagonizaria

Páginas da Vida, do mesmo autor.

A L C O O L I S M O

A re lação d e ca r inho en t re o a lcoólat ra Ores tes ( Pau lo José ) e sua filha, a p e q u e n a Sandr inha (Cecí l ia Dassi) , c o m o v e u o Brasi l . Na tra ­ma, os papé is se i n ve r t em: ele a g e c o m o f i lho; ela a g e c o m o m ã e e o e n c a m i n h a aos A lcoó l i cos A n ô n i m o s .

Gabriela Duarte e Fábio Assunção: à personagem da

atriz, Maria Eduarda, foi considerada chata pelo público

e levou à criação do site "Eu odeio a Eduarda"

Susana Vieira: no fim da trama, Branca descobre que

Léo, rejeitado por eia, é o filho que ela teve com A tílio,

e não Marcelo, como ela pensava.

Corpo Dourado Autoria: Antonio Calmon Escrita por: Lilian Garcia, Eliane Garcia, Elizabeth Jhln, Angela C imei ro e Flávia Lins e Silva Colaboração: Alberto Goldin Direção: Flávio Colatrello Jr., Marcos Schechtman, Flávio Galvão e Fábio Junqueira l==12 jan-21 ago 1998 ® 1 9 h ¿2191

Trama policial repleta de romances tinha como protagonista uma vaqueira durona, mas sonhadora e romântica.

A vaqueira Selena (Cristiana Oliveira) é assediada pelo empresário Arthurzinho (Marcos Winter) e por Jorginho (Gerson Brenner), um fazendeiro ingênuo. Mas sua paixão é o delegado Chico (Humber­to Martins), casado com sua meia-irmã, Amanda (Maria Luisa Mendonça). Entre os outros romances que movimentavam a trama estavam o triângulo amoroso entre

Jtidy (Giovanna Antonelli), Tadeu (Felipe Camargo) e Billy (Fábio Jr.) ; o namoro

Ana Rosa (i 'sq.) e Cristiana Oliveira como mãe e filha: personagens inspiradas nos gibis da Família Buscapé.

entre Lígia (Fernanda Rodrigues) e Guto (Marcelo Faria); e o cômico casal Alicinha (Danielle Winits) e Jorginho.

Era uma Vez... Autoria: Walther Negrão Escrita por: Elizabeth Jhin, Márcia Prates e Júlio Fischer Direção de núcleo: Jorge Fernando Direção geral: Rogério Gomes Direção: Jorge Fernando, Marcelo Travesso e Fabrício Mamberti Direção do núcleo infantitSura Berditchevsky =i§30 mar 1998-2 out 1998 ® 1 8 h Í j | l 6 1

Novela traçava um retrato do cotidiano de três gerações para mostrar que não existe um tempo ideal para amar e ser feliz.

O namoro do viúvo Alvaro (Herson Capri) com a mimada Bruna (Andréa Beltrão) fica estremecido com a chegada da doce Madalena (Drica Moraes) à fictí­cia Nova Esperança. A moça é contratada como governanta da casa do empresário Xistus (Cláudio Marzo), sogro de Alvaro, e encanta a todos. Madalena guarda um segredo: foge do ex-marido, o possessivo Danilo (Trica Andrada). Apenas um gran­de amigo, o andarilho Maneco Dionísio (Antonio Calloni), sabe da perseguição. Danilo descobre o paradeiro de Madale­na e se alia a Bruna e Xistus, apaixonado por Madalena, para atra­palhar o romance da ex-mulher com Alvaro.

Bonachão, Vô Pepe (Elias Gleiser, centro) disputava com Vô Xistus o amor dos netos, vividos por Alessandra Aguiar (esq.), Luiza Curvo, Alexandre Lemos e Pedro Agum.

Meu Bem-Querer " M I ¡IR .m I I 11 M il kin", i I Juin m icili 111 'i 'in 'i H . ISM ' H " , , l>l''IM in N . I I lut t i c M,ill,11 Ils,] Heiin In Supervisão de texto:

M I. il, I, I \ilv.i / 'm'', I LI 11 I i 'm H Im. M.iii I", P. Ii ili I / im i ' i " LU i l » ' Hu N.i.ii, I ni', I lenrlque Rios e Alexandre Avancini .'•1 , i . | i i I99H lOm.ir I999 9 I9h SSS179

I I ilestacava, com romance e humor, os

rscos personagens da fictícia Sáo Tomás

d. li os, no Nordeste.

divergências entre o padre Ovídio 11 I.índio Corrêa e Castro), pai adotivo .li António (Murilo Benício) , e o pastor Ullai (Mauro Mendonça) , pai de Rebeca

lessandra Negrini), atrapalham o namoro dos filhos. O romance termina quando Lívia (Flávia Alessandra), irmã Be Rebeca, engravida de Antônio. Rebe­

ca, então, casa-se com Juliano (Leonardo Brício), pupilo de seu pai. Ao perceber que

A p o p u l a ç ã o d e São Tomás d e Trás acredita

q u e a t i rana Custódia (Marí l ia Pêra) é u m f a n ­

t asma . Ela não sai d e casa d e s d e q u e o n o i ­

v o de sapa r e ceu . Contro la a v ida d e todos e

m a n t é m u m qua r to secreto o n d e e s c o n d e o

ca ixão d e v idro c o m o co rpo e m b a l s a m a d o

do no ivo , mor to e m uma prisão.

a esposa ainda ama Antônio, Juliano enlouquece e passa a acreditar que é um enviado de Deus. A situação se agrava quando descobre que é irmão do rival. São Tomás de Trás era vizinha de Tubiacanga e Greenville, cidades de Fera Ferida ( 1 9 9 3 ) e A Indomada ( 1 9 9 7 ) .

Pecado Capital Autoria: Gloria Perez Direção de núcleo: Wolf Maya Direção: Wolf Maya, Maurício Farias, Fabrício Mamberti . 'Vicente Barcellos === 5 out 1998-7 mai 1999 ®18hMjjl85

H e m a k e de Gloria Perez ganhou tramas e

personagens novos e trouxe Francisco Cuoco,

herói da primeira versão, no pape! que foi de

lima Duarte em 1975.

( ) taxista Carlão (Eduardo Moscovis) não sabe se devolve ou não a mala com dinheiro esquecida em seu carro. Fruto de um assalto a banco, a quantia pode ajudá-lo a se casar com Lucinha (Caroli­na Ferraz). A dona da mala, Eunice (Cás­sia Kiss), que aparece após Carlão usar parte do valor quando seu pai é operado, apaixona-se pelo taxista e, para não denunciá-lo, exige que se casem. Carlão se afasta de Lucinha, que se envolve com o patrão, Salviano Lisboa (Francisco Cuoco) . Ao tentar entregar o dinheiro á polícia, Carlão é morto porTonho (Lima

Duarte) , chefe * J dos assaltantes.

Diferentemente da primeira ver­são, Lucinha não

Carolina Ferraz e Eduardo Moscovis: por causa dos

ciúmes de Carlão, o casal vivia brigando, mas Lucinha

chora a morte do taxista.

se casa com Salviano. O empresário se une a Laura (Vera Fischer), personagem inexistente na trama original.

Torre de Babel Autoria: Sílvio de Abreu Direçãogeral: Denise Saraceni Direção: Carlos Araújo, losC11 ulzVlllamarim e Paulo Silvestri™ 111 25 mai 1998-15 jan 1999 © 2 0 h MÉ203

Trama policial ambientada em São Paulo enfocava a violência e a estratificação social.

Tomado por fúria ao flagar sua esposa traindo-o com dois operários, o pedreiro José Clementino (Tony líamos) mata a mulher e um dos homens a golpes de pá. Condenado a 2 0 anos de prisão, ele passa a alimentar uma obsessão: vingar-se de César Toledo (Tarcísio Meira), cujo teste­munho foi fundamenta] para sua sentença. Ao sair da cadeia, José decide dinamitar o shopping do empresário, mas desiste quan­do se apaixona por Clara (Maitê Proença). Os explosivos, porém, são detonados, deixando muitos mortos e feridos, e Cle­mentino se torna o principal suspeito do crime. Pony Ramos surpreendeu o público ao raspar a cabeça e emagrecer oito quilos

e meio para viver um ex-presidiário ranco­roso. Tarcísio Meira e Glória Menezes, o grande casal da televisão brasileira,

interpretavam marido e mulher na trama, mas não se amavam. A novela gerou polêmica ao tratar de temas como drogas, inlidelidade conjugal, homossexualismo e violência. Ganharam destaque as tramas da garçonete Bina Colombo (Claudia Jimenez.); da psicopata Angela (Claudia Raia); e das lésbicas Rafaela (Christiane Torloni) e Leila (Silvia Pleiler).

Reconhecido por suas interpretações como herói romântico, Tony Ranos viveu um ex-presidiário na trama.

No final da novela,descobre-se que a ambiciosa Sandr inha (Adriana Esteves, foto), filha de José C lement ino (Tony Ramos), é a autora do a t en ­t ado ao shopping Tropical Towers. Para manter o suspense, a cena da revelação da ident idade do cr iminoso foi gravada apenas no dia da exi ­bição do últ imo capítulo. Os atores receberam suas falas horas antes da gravação.

N O F E R R 0 - V E L H 0

A famí l ia d e J o s é C l e m e n t i n o (Tony Ramos ) g e r o u boas h istór ias . No fer ro-ve lho d e seu pa i , o v i o l e n t o A g e n o r ( J uca d e Ol i ve i ra ) , v i v e m os do is me io- i rmãos d e C l e m e n t i n o , G u s t i n h o (Oscar Magr in i ) e B o n e c a ( E rnân i M o r a e s ) ; sua fi lha ma is n o v a , a me iga Sh i r ley (Kar ina B a r u m ) ; e o de f i c i en te m e n t a l Ja-m a n t a (Cacá Ca r va lho , fo to ) , u m a g r e g a d o da famí l ia .

.".i A I lulu,ilili I Silva i I I / [ / / I I I I I I I , I I I i M.nlliii ( I . i n Iii, AiHji'lii ( arneiro, Maria I Mena N.r.i intento, Hlipe Miguez LI M I II Ii i Hi'belli i / I I I . ' M I I u/rinn ki I Ii« .in In Wiii li In LI |liin / im 'i, in I I / I ' / I// : 11.11 liei I illiu e Ricardo Waddington

i,. Man ns Si 11. •! n M I H I , Ali % I I II Im Av.im M u » yi (n'ies | f ¡ 18 jan 1 / sel 1999 ® 2 0 h Mg 209

U N E / O em R e i L e a r , de Shakespeare, tnttdo trazia o drama de um poderoso I I I 1 1 1 1 ' Í N ameaçado por disputas familiares.

i ' pernambucano Waldomiro Cerquei-i i ( losé Wilker) fez fortuna no Rio de l.ineiro comercializando mármore. Ele

itima de um golpe engendrado pela filha bastarda, Clarisse (Patrícia França), que contrata Lavínia/Maria Inês (Glória Pires) para seduzir o empresário e roubar seus diamantes. Decepcionado, , le divide a gestão dos negócios entre

I lilhas Maria Regina (Letícia Spiller), Mareia Eduarda (Luana Piovani) e Maria Antônia (Vanessa Lóes) . Quando Claris­se é assassinada, a novela se torna uma

corrida á procura das pedras. O

- i humor licou por

conta dos homos­sexuais Uálber

Letícia Spillen orlou e Ungiu os cabelos de preto para

viver Maria Regina, que renega a origem humilde do

pai e ambiciona a direção geral de sua empresa.

Canedo (Diogo Vilela), um consultor espiritual, e seu secretário Edilberto (Luiz Carlos ' lourinho).

Andando nas Nuvens \utoria: Euclydes Marinho Colaboração: Elizabeth Jhin, Vinícius Vlanna e Letícia Dornelles Direção de núcleo:

lennis Carvalho Direção geral: Dennls Carvalho e José Luiz Villamarlm Direção: Ary Coslov 22 mar-5out !999 0H9h:ÜJÉiy/

Na linha das comédias românticas dos anos 10 e 50, a novela enfocava as aventuras de

um desmemoriado em busca de seu passado.

Jtávio Monlana (Marco Nanini) testemunha o assassinato cio pai, dono do jornal Correio Carioca. Chega a lutar com o criminoso, mas é jogado do alto da varanda e entra em coma. Após 18 anos, recupera a consciência, mas não a memó­ria completa. Aos poucos, descobre que o homicídio foi cometido por Antônio San Marino (Cláudio Marzo), seu irmão de

criação, que her­dara o jornal. San Marino sempre invejou Otávio e desejou sua mu-

L I G A Ç Õ E S C O M 0 V I L Ã O

I ronicamente, as três filhas de Otávio (Marco Nanini) estão ligadas a San Mar ino (Cláudio Mar­zo). A jornalista Júlia (Débora Bloch) trabalha no Correio Carioca, onde disputa o posto de estrela da redação c o m o repórter Chico Mota (Marcos Palmeira). A ambiciosa Beth (Viv ianne Pasman-ter) se casa c o m o filho mais ve lho d e San Mar i ­no, o cafajeste Armandinho (Márcio Garcia). Já a noviça Celi (Mariana Ximenes) se apaixona por seu filho mais novo,Thiago (Caio Blat).

lher, Eva (Renata Sorrah), que se finge de

morta para fugir do assédio do vilão, seu

ex-amante. San Marino é desmascarado e

morre. Otávio fica com Gonçala (Susana

Vieira), viúva de seu inimigo.

Terra Nostra Autoria: Benedito Ruy Barbosa Colaboração: Edmara Barbosa e Edilene Barbosa Direção de núcleo: Jayme Monjardim ] Direção geral: Jayme Monjardim e Carlos Magalhães Direção: J ayme Monjardim, Carlos Magalhães e Marcelo Travesso =f |20se t 1999-2 jun 2000 < l20h Í J J J221

A novela explorou a importância da imigração na formação da sociedade brasileira.

O fio condutor da trama,

ambientada entre o final do séc.

X I X e as primeiras décadas do

s é c . X X , era o romance entre os

jovens italianos Matteo (Thiago

Lacerda) e Giuliana (Ana Paula

Arósio) . Em 1 8 9 4 , a exemplo

de' centenas de conterrâneos

que fogem da crise econômica,

eles embarcam em um navio

para tentar a sorte no Brasil,

e se apaixonam durante a via­

gem. Uma epidemia se alastra

pela embarcação e os pais de

Giuliana morrem. Seus corpos

são jogados ao mar para evitar

que a doença se espalhe. Um

dos momentos mais marcantes

nessa lase da novela é a cena em

que tripulantes do navio quase

fazem o mesmo com um bebê,

filho dos italianos Leonora (l .t i Grimaldi) e Bartolo (Antônio

Calloni) , que parecia morto.

Mas a criança chora quando é arrancada

dos braços da mãe. Matteo adoece, mas

sobrevive à epidemia. O casal chega

ao Brasil decidido a enfrentar o futuro

No último capitulo, Giuliana (Ana Paula Arósio) reencontra seu filho, fruto do romance com Matteo (Thiago Lacerda). 0 menino havia sido abandonado por sua ex-sogra em um orfanato.

mbifoui 1 1 e Kguem

I H . I M U ) M L L S , < 1111 .1111 • ' (i

' I iltcii o ( iiuliana sc perdem

d' imos diferentes. C liuliaiia é ai olhi

d i pelo próspero imigrante italiano

I i nu esco Maglianno (Raul Cortez) ,

la t too se emprega nos cafezais do

mel Gumercindo Aranha (Antonio

I i lindes), fazendeiro escravocrata que

i i n t r a dificuldades para lidar com

I imigrantes após a abolição. Matteo

torna porta-voz das reivindicações

trabalhadores na propriedade de

nercindo, que administra sua família

• la mesma forma que sua fazenda: com

I H ile ferro. O coronel culpa a esposa,

li ia do Socorro (Débora Duar­

te), por não terem conseguido gerar

u m filho homem. Para compensar a

Ilustração, ele se envolve com escravas.

Uma delas, Naná

(Adriana Lessa),

engravida e dá à

luz um menino.

Antes do final

Andrea I: palco de cenas emocionantes na primeira

iase da novela.

leliz dos protagonistas, Matteo se

i asa com Rosana (( anilina Kasting),

lilha de ( iumeri indo; e Giuliana, c o m

Marco Antônio (Marcello Antony) ,

filho de Francesco. Criado no interior

de São Paulo, Benedito Ruy Barbosa

recorreu às suas próprias lembranças

para escrever diversas cenas. A novela

foi elogiada pelas belas imagens e pela

cuidadosa reconstituição de época, que

incluiu quase 5 mil peças de figurino e

a reprodução de um trecho da avenida

Paulista à época de sua inauguração.

Terra Nostra foi uma das novelas mais

exportadas da T V Globo.

0 N A V I O D O S I M I G R A N T E S

O nav io a vapo r S.S. Sh ie ldha l l , cons t ru ído e m 1940, foi a d a p t a d o para se t rans formar no Andrea I da história, que t r anspo r tou os per ­sonagens da Itália para o Brasi l . As cenas d o e m b a r q u e e da travessia fo ram real izadas na c idade portuár ia d e S o u t h a m p t o n , no sul da Inglaterra, e no cana l da M a n c h a , c o m a par ­t i c ipação d e cerca d e 300 f igurantes , en t re ingleses, g r egos e i ta l ianos. O d e s e m b a r q u e e m terras brasileiras foi g r a v a d o no por to d e S a n t o s . e m São Paulo.

Força de um Desejo Autoria:Gilberto Braga e Alcides Nogueira ( olulinnuuu:Sérgio Marques,Mán ia IVih",, I ili.ui (i,in ia e Eliane Garcia Direção de núcleo: Marcos Paulo Direção geral: Marcos Paulo (até o cap.20) e Mauro Mendonça Filho Direção: Marcos Paulo, Mauro Mendonça Filho e Carlos Araújo 11=10 mai 1999-28 jan 2000 © 1 8 h IÜ227

Trama foi inspirada em três romances do visconde de Taunay: A R e t i r a d a d a L a g u n a , I n o c ê n c i a e A M o c i d a d e d e T r a j a n o .

1 [igino Ventura (Paulo Betti), um ex-mascate que enriqueceu à custa de negócios suspeitos, pressiona o barão Henrique Sobral (Reginaldo Faria) a vender suas propriedades. Higino está interessado na mulher do barão, Helena (Sônia Braga), com quem teve um caso no passado. Com a repentina morte de Helena, o barão se casa com a cafetina Esther Delamare (Malu Matler) sem saber que ela e seu filho, Inácio (Fábio Assunção), são apaixo­nados. Esther também ignora que ele é o pai de seu grande amor. Os dois tive­ram um romance mas foram separados pelas intrigas da avó de Inácio, a maquiavélica Idalina (Nathalia Timberg). Ela quer ver o neto casado com a dissimulada Alice (Lavínia Vlasak), filha de I ligino, por estar interessada em tirar proveito financeiro da união. Quem mais sofre com isso é Abelardo (Selton Mello), irmão de Inácio: ele ama Alice, mas desconhece que é

fruto do adultério de sua mãe com Higino e, portanto, irmão da moça. Quando Inácio e Esther resolvem fugir juntos, Sobral é assassinado o a culpa recai sobre Inácio.

Malu Maderc I áblo Assunção,

nos papéis de Esther e Inácio: amor

proibido no sécXIX, à moda dos

tradicionais folhetins românticos

da época.

R E V E L A Ç Ã O

Várias mortes acon tecem ao

longo da história. No final,

revela-se que todas foram

provocadas pela insuspeita

Bárbara (Denise De lvecch io ) ,

mulher de Hl-gino Ventura

(Paulo Betti), a começar pela

mor te da baronesa Helena

(Sônia Braga). A revelação

surpreendeu os te lespecta­

dores e mostrou uma trama

multo bem-construída. A

novela t a m b é m foi elogiada

pela primorosa reconstitui ­

ção de época .

Nathalia Timberg como a pérfida

Idalina, uma de suas grandes

interpretações na televisão.

Vila Madalena ILI H M W . I L L H R I N R I | I / I I / I I H, n.iii i LULU 1 1 I ' . H R I , r.IULI 1 1 I H M I In , I I ii-LI 11,1 ( M E D E S , I L I/, IL i i ' I H J H I N , Â N G E L A C A R N E I R O

-LI IH I I R , V I . I N N . I / I / I C T I J O I/C N I I I leo: I. I K J I • I N N . I N I L O / 'iu\uuqeial: L O R G E I E R N A N D O E R O B E R T O N A A R

, , , I , , L I > I I | i i | I ' I N , I N I L I I , H I I H C I L ( ) N . I I I I I > M , I N U S A L V L S I H Í K O I I I 1999-5 M A L 2000 í * 1 9 H Í J J 1 5 5

i • mi seu comércio alternativo e vida noturna

iluda, o bairro paulista Vila Madalena

ihirntou o drama de um ex-presidiário.

N I N A de uma cilada, o caminhoneiro '"llano Xavier (Edson Celulari) é preso i ii ii transportar mercadoria contrabandea-l.i Na penitenciária, ele conhece Roberto

[arcos Winter), preso também injusta­mente Por seu bom comportamento, So­lano deixa a cadeia antes do previsto e tem

uma surpresa: sua mulher, Eugênia (Maitê Proença), está casada com o empresário Arthur

P A R T I C I P A Ç Õ E S E S P E C I A I S

Vila Madalena não t inha u m a aber tura fixa.

An t e s d e cada cap í tu lo era ex ib ido u m v ideo-

c l ipe da tri lha sonora nac iona l da nove la .

M o r a d o r e s i lustres do bairro paulista f ize­

ram par t i c ipações espec ia is na t rama, c o m o

o pintor A ldemi r Mar t ins , o chargista Pau lo

Caruso e o pa lhaço Ga rga lhada .

Junqueira (Herson Capri), principal responsável por sua condenação. Solano acaba se apaixonando pela ex-noiva de Roberto, a atrapalhada Pilar (Cristiana Oli­veira), e sofre com os ciúmes do amigo.

Esplendor \uioria: Ana Maria Moretzsohn Colaboração: Glória Barreto e Daisy Chaves Direção de núcleo: Wolf Maya

I 'ueção geral: Wolf Maya e Maurício Farias Direção: Wolf Maya, Maurício Farias, Ary Coslov e Luciano Sabino 31 jan-23jun2000 © 1 8 h M | l25

Os figurinos de Letícia Spiller e Floriano Peixoto contrastavam: ela usava vestidos com cores claras e alegres, refletindo sua luminosidade: ele estava quase sempre de preto.

Passada no final dos anos 50, E s p l e n d o r

narrava a história de um homem solitário

que redescobre o amor.

O milionário Frederico Berger (Floria­no Peixoto) é uni homem amargurado que se culpa pela morte da esposa, vítima de um acidente de avião. Ele sobreviveu ao desastre, mas ficou com unia cicatriz no rosto, marca de seu eterno luto. Frederico reencontra a felicidade ao se apaixonar pela doce Flávia Cristina (Letícia Spil ler) , sua nova governanta. Ela chega à fictícia Esplendor, no sul do país, fugida do Rio de Janeiro, onde é acusada de um crime que não cometeu . Flávia sofre com as tra­móias do irmão, o mau-caráter Bruno (Caio Blat) , e do invejoso Cristóvão Rocha (Murilo Beníc io) .

O Cravo e a Rosa Autoria: Walcyr Carrasco e Mário Teixeira Colaboração: Duca Rachid Direção geral: Walter Avam Direção: Mário Márcio Bandarra e Amora Mautner ==§26jun 2000-9 mar 2001 ttlHh Í J Í J221

Comédia romântica teve trama inspirada no clássico A M e g e r a D o m a d a , d e William Shakespeare.

Ambientada na São Paulo dos anos 20, a história narrava o conflituado romance entre o rude caipira Petruchio (Eduardo Moscovis) e a geniosa Catarina (Adria­na Esteves], que tem ideias feministas. Pilha mais velha do banqueiro Batista (Luís Melo] , Catarina é conhecida por botar todos os pretendentes para correr, a ponto de ganhar dos rapazes o apelido cie Fera. Q u e m mais sofre com esse comportamento é sua irmã mais nova, Bianca (Leandra Leal), moça meiga e romântica que sonha encontrar um gran­de amor. Mas, para seu azar, Batista só permite que ela se case depois de Catari­na. Petruchio decide conquistar a "fera" para, com o dote do casamento, evitar o

M leilão de sua fazen-da. Catarina, por

QjJ\Jfm s u a v e z ' a c e i t a s e

\ li.C c a s a r c o m e^e ^ara

se livrar r i a pressão

Adriana Esteves e Eduardo Moscovis, como

a feminista Catarina e o caipira Petruchio: casal

de temperamento explosivo. •

A c h a r m o s a abe r tu ra da nove la trazia u m c a m a f e u d o u r a d o q u e g i rava no a r e , a cada vo l ta , mos t rava a lguns d e seus p e r s o n a g e n s e m i m a g e n s e m pre to e b r a n c o c o m a p a ­rência d e pel ícu la an t iga . A mús ica- tema era uma ve r são d e Zeca P a g o d i n h o para " Jura " s amba d e S i n h ô .

do pai e ajudar a irmã. Os dois se apaixonam, mas não admitem isso, o que torna a vida conjugal uma guerra diária. Catarina tem frequentes crises de raiva, durante as quais atira na cabeça de Petruchio tudo o que encontra. O pilantra Heitor (Rodrigo Faro) conquista a doce Bianca com a ajuda de sua irmã, a dissimulada Dinorá (Maria Padilha). O rapaz é um esportista que vive à custa do genro, Cornélio Valente (Ney

I 11 I M I .li . 1 ) I leili ii I .tl i v.t .1 nu iça • • I I I I pi»emas 11imántú os que • I I I I . I I I I I , I sriem I'si I lios pelo I ' I 1 I L I V . I I I Edmundo (Angelo An li mio). O intelectual dá aulas de

I . I para a moça, mas nau tem • 1 a agem de se declarar devido à

rigem humilde. Ao longo da I N d a ia, Bianca descobre que seu

• ladeiro amor é Edmundo e q u e I leitor estava apenas interes-

l i li i em seu dinheiro. Apesar das ii madilhas tramadas por Marcela

I I ' i I I a Moraes), eterna apaixo-R u l a por Petruchio, e pela pobre

imbiciosa Lindinha (Vanessa 1 . I- I Belli); das ameaças do poderoso

endeiro Joaquim (Carlos Vereza); e I S inúmeras brigas do casal, Petruchio e

i atarina acabam se entendendo. I > núcleo caipira, composto pelos moradores da fazenda de Petruchio, fez sucesso e incentivou o autor a reaproveitar a ideia em outras novelas, i omo em Chocolate com Pimenta ( 2 0 0 3 ) i ) Cravo e a Rosa teve reconstituição histórica fiel e criterioso cuidado com ' I S diálogos, que resgatavam palavras i ' expressões dos anos 20 .

Pedro Paulo Rangel iiitt ri vetou o simpático roceiro Calixto,personagem da fazednda de Petruchio.

N Ú C L E O C A I P I R A

Os caipiras reforçaram o t o m cômico da n o v e ­la. Na fazenda d e Petruchio ( Eduardo M o s c o ­vis), v i v em Calixto (Pedro Paulo Range l ) ,quase um pai para o fazendeiro; a criada Neca (Ana Lúcia Torre); e a traiçoeira L indinha (Vanessa Gerbel l i ) , filha d e Calixto. Ela é o amor da vida d e J anuá r i o (Taumatu rgo Ferreira), u m caipira i ngênuo e d e b o m caráter, q u e anda sempre a c o m p a n h a d o d e uma porqu inha de est ima­ção. Mas L indinha v ive a humilhá-lo.

Ângelo Antonio e Leandra ieal: Edmundo e Bianca formaram um triângulo amoroso corn Heitor (Rodrigo Faro) inspirado na trama da peça Cyrano de Bergerac, de Edmond Rostand.

Laços de Família Autoria: Manoel Carlos Colaboração: Fausto Galvão, Maria Carolina, Vinícius Vlanna, Flávia Lins e Silva Direção de núcleo: Ricardo Waddlngton Direção geral: Ricardo Waddington, Rogério Gomes e Marcos Schechtman Direção:MoacyrGóes 11=5jun2000-2fev2001 © 2 1 h Ü Ü 2 0 9

Amor incondicional de uma mãe pela filha direcionava a crônica urbana desenvolvida em L a ç o s d e F a m í l i a .

Manoel Carlos voltou a usar como cenário o bairro carioca do Leblon para falar de temas universais como as relações amorosas e familiares, em especial as construídas entre pais e filhos. O mote da no­vela, desenvolvida com doses equilibradas de folhetim e realismo, era o sacrifício de uma mãe em prol da filha, tema já abordado pelo autor em I listaria de Amor ( 1 9 9 5 ) e Por Amor ( 1 9 9 7 ) . Fm Laços de Família, Helena (Vera Fischer) é uma empresária eme abre mão do namorado 2 0 anos mais novo, o médico Fdu (Reynaldo Gianecchini) , depois que a filha, Camila

(Carolina 1 )icc kmann), se apaixona por ele. Os jovens se casam e, após algum tempo, Camila descobre que tem leucemia. Sua única chance de sobrevivência é um transplante de medula. Helena sempre escondeu da filha a real identidade de seu pai, mas é obrigada a con­tar a verdade quando vê que sua vida está ameaçada. Camila é filha de Pedro (José Mayer), primo de Helena, e esta não hesita em se aproximar dele novamente com o objetivo de engravidar e gerar um doador de medula

As imagens de Carolina Dieckmann t orno Camila (acima, com Vera Fischer), de cabeça raspada devido ao tratamento contra a leucemia, foram usadas em uma campanha da Rede Globo pela doação de medula.

M U L H E R E S DE P E D R O

U m dos h o m e n s mais d i sputados da trama era o rústico Pedro ( José Mayer, foto), apa ixo­nado pe lo haras e m q u e t rabalhava. Após se separar da c iumenta Silvia (El iete Cigar in i ) ,e le se envo l ve c o m a veterinária Cínthia (Helena Ranaldl ) , mas t a m b é m é a lvo da rebe lde íris (Deborah Secco, foto) , a meia-irmã d e Helena (Vera Fischer), (ris se esforça para conquistá-lo, mas ele a trata c o m o criança.

I I 1 1 I I L L I . I i ' .11.Í Imo, ibdi< .1 da fel)< 1

111I1' . I H L U L U . I N l ivreiro M igue l PIbny I ' imos), pai do Paulo (Flávio S i l v ino ) , lllll jovem 111111 sequelas neurológicas 1 lei 0 1 1 entes do i i i i i desastre de carro, o I 1 imatura C ' i ç a (Júlia Felclens). I lelena

1 i n i l i i i i i e mãe de Fred (Luigi Barricelli), u m engenheiro recém-formado. Desem-i 'n r.ado, ele vive em crise com a esposa, 1 I na (Regiane Alves), uma jovem rica e upeiiicial que não sabe lidar com difi-

1 11 Idades financeiras. Eles têm uma filha, 1 pequena Nina (Larissa Honorato) .

1 1.111 o casamento à beira do colapso, F R E D se envolve com Capitu (Giovanna

ntonelli), sua ex-namorada. Ela é uma u n t a de programa que tenta abandonar atividade, mas sofre com as investidas

1 le ( Mando (Henrique Pagnoncelli), um 1 liente obcecado por ela, e as amea-

BS do ex-marido e pai de seu filho, o marginal Maurinho (Luiz Nicolau). No final da novela, nasce a filha de Helena • • Pedro e o transplante de medula de 1 amila é realizado com sucesso. A per-lonagem de Marieta Severo, Alma Hora,

7

U m a das t ramas paralelas de Laços de Família fez tanto sucesso que, por diversos capítulos, desv iou a a tenção do públ ico da t rama pr inc i ­pal : a história de Cap i tu , uma j o v e m univers i ­tária que trabalha c o m o garota de programa para poder sustentar os pais e o filho d e um ano . O pape l des tacou sua intérprete, a atriz G iovanna Antonel l i (foto), logo depo is escala­da para protagonizar a novela O Clone (2001).

Carolina Dieckmann (esq.), Vera Fischer e Reynaldo Gianecchini: mãe e filha se apaixonam pelo jovem médico Edu.

P R E M I A Ç Ã O

A a b o r d a g e m sobre l eucemia a judou a R E D E

G l o b o a g a n h a r o mais i m p o r t a n t e p r êm io d e responsab i l idade social d o m u n d o , o BITC Awa rds for Exce l lence 2 0 0 1 , na ca tegor ia G loba l Leadersh ip A w a r d . Conco r r e r am as c a m p a n h a s sociais ex ib idas d u r a n t e a p ro ­g r a m a ç ã o d e 2000, t e n d o c o m o d e s t a q u e o c h a m a d o "efei to Cami l a " o u seja, o a u m e n t o s igni f icat ivo no n ú m e r o d e d o a d o r e s d e san-g u e . ó r g ã o s e m e d u l a óssea por conta d o d ra ­ma da p e r s o n a g e m .

a autoritária o supcrprotetora tia de Edu, ganhou destaque na trama. C o m a morte dos pais de Edu e Estela (Júlia Almeida), Alma criou os sobrinhos como se lossem seus filhos, estabelecen­do uma relação muito forte de posse e c iúme com Edu. Através de Viriato (Zé Victor Castiel) , a novela abordou a im­potência masculina. O personagem vai se aIlindando em depressão ao perceber que não consegue mais se relacionar sexualmente com a esposa, Ivete (So-raya Ravenle) . A importância da leitura

loi defendida por Loçcsd; Miguel, amante

dos livros. Na abertura da novela, fotografias

O ator Flávio Silvino i < / 1 viveu um jovem com sequelas neurológicas semelhantes às suas, na vida real, e mostrou as dificuldades para superá-las. Ele era filho de Miguel, personagem de Tony Ramos.

e pinturas impressionistas se fundiam para retratar paisagens do Leblon, ao som de "Corcovado", de Tom Jobim, em uma gravação de João Gilberto, Stan Get/. e Aslrud Gilberto.

O casal Almae Danilo, vivido por Marieta Severo e Alexandre Borges: final feliz.

OS G Ê M E O S DO BON VIVANT

Marieta Severo e A lexandre

Borges v i ve ram o casal Alma

e Dani lo. M u l h e r e n g o e bon vivant, o qua r to mar ido d e

A lma é sus tentado pela

esposa e v i ve t en t ando se ­

duzir a e m p r e g a d a Rit lnha

( Jul iana Paes) , que acaba

engrav idando . Expulso d e

casa por A lma, e le descobre

que a moça deu à luz u m ca­

sal d e g ê m e o s e morreu d u ­

rante o parto. A lma, q u e não

podia engravidar , perdoa o

ex-marido e se encarrega

d e cu idar dos fi lhos da ex-

e m p r e g a d a .

Uga Uga • .ni i ou 11 M I I "' i' i. Y,., r 1 i. i, 1111,11' -i 111 U N . i i i !•. •. I R ¡i 1.1-1. • .' iin\âO(lr núcleo:Vvo\í Maya

loi/iT[i/,Wi)ll Maya o Alexandre Avam ini Direção: l oao l amargo e Ary Coslov ===8 mai 2000-19jan 2001 • mil

' i f lUfOI usou humor e ação para narrar as . uldades de um jovem criado entre os

/ R O S que tenta viverem uma grande cidade.

1 n u o sobrevivente de um ataque idígena à sua família, Adriano, agora

imadoTatuapu (Cláudio Heinrich), i iado por Pajé (Roberto Bomfim). O

r i v e m salva a vida do sargento Bernardo

ili li K hi (Humberto Martins), que o leva de volta ao Rio de Janeiro. Tatuapu • i l i e para se adaptar à cidade e é vítima

das intrigas de Santa (Vera Holtz) e Rolando (Heitor Marti­nez), que cobi-

T A T U A P U E M HQ

Para a aber tura da nove la foi cr iada u m a re ­

vista e m quad r i nhos sobre a história d e Ta­

t u a p u , a t ravés da fusão d e fotos e i lustrações.

Os d e s e n h o s fo ram feitos à m ã o e registrados

por uma câmera v i r tual q u e percorr ia as pá ­

g inas do g ib i . Depo is , a história foi t ransfer i ­

da para o c o m p u t a d o r . O m e s m o t r a t amen to

foi e m p r e g a d o nas i m a g e n s q u e m a r c a v a m

a p a s s a g e m d e u m b loco a ou t ro d e cada

capí tu lo .

çam a herança de

seu avó, o industrial grego Nikos Kara-bastos (Lima Duarte) . Cláudio Heinrich passou uma semana na tribo Uailapiti, no Xingu, para interpretar Tatuapu.

Um Anjo Caiu do Céu \uioria: Antonio Calmon Colaboração: Eliane Garcia, Lilian Garcia,Mareia Prates,Maria Helena Nascimento e

Alvaro Ramos Direção de núcleo: Dennis Carvalho Direção geral: Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim 1 ilreção: Dennis Carvalho, José Luiz Villamarim e Amora Mautner 22 jan-25 ago 2001 0 1 9 h US 185

írama em tom de comédia sentimental tinha como pano de fundo o universo da moda, vista como expressão artística e cultural.

t ) famoso fotógrafo João Medeiros (Tarcísio Meira) sofre um atentado por ter fotografado um líder neonazista. A beira da morte, ele ganha mais seis me­ses de vida para resolver seus problemas lamiliares. Para isso, conta com a ajuda do anjo Rafael (("aio Blat), que desce à Terra, se apaixona pela jovem Cuca (Dé­bora Falabella) e tem de decidir se volta ou não à condição de anjo. Chamaram atenção na trama as cenas de humor protagonizadas por Selmo de Windsor

(Daniel Dantas), Paulinho (Cássio Gabus Mendes) e Lulu (Bel Kutner); e a rivalidade en-

Tarcísio Meira e Caio Blat: as camisetas temáticas usadas pelo anjo Rafael e a reciclagem de peças contribuíram para o sucesso do figurino da novela.

tre as irmãs Naná (Renata Sorrah), uma estilista, e a sarcástica Laila (Christiane Torloni), sofisticada ex-modelo.

u m • anjo caiu d o c é u

Porto dos Milagres Autoria: Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares < olulioiui,uo: Nelson Nadolli , I ilipe Mn |iie/,i J Harreto, Francisco Vieira e Maria Elisa Berredo Direção de núcleo: Marcos Paulo Direçãogeral: Marcos Paulo e Roberto Naar Direção:Marcos Paulo.Roberto Naar .LuclanoSabinoe FabrícioMamberti === 5 fev-29 set 2001 © 2 1 h ÜS203

Livre adaptação de M a r M o r t o e A D e s c o b e r t a d a A m é r i c a p e l o s T u r c o s , de Jorge Amado, a novela era pontuada por romances em meio a conflitos de classe.

Félix (Antonio Fagundes) e Adma (Cássia Kiss) são dois vigaristas foragidos que voltam a Porto dos Milagres, no Recôncavo Baiano, c des­cobrem que o irmão gémeo de Felix, Bartolomeu (tam­bém Antonio Fagundes), é o homem mais poderoso cia cidade. Adma envenena o cunhado á revelia do marido e Félix assume seu lugar. Ao saber que Bartolomeu teve um filho com a prostitu­ta Arlete (Letícia Sabatella), Adma manda o capataz Eriberto (José de Abreu) matar a mãe e a criança. Fim alto-mar, Arlete

coloca o cesto com o bebê na água e se atira do barco. 1 Ima forte onda faz com que o cesto flutue nas águas revoltas,

protegido por Iemanjá. Criado por pesca­dores e ignorando sua verdadeira origem, anos depois Guma (Marcos Palmeira) transforma-se em respeitado líder na Cidade Baixa, onde mora a população

Adma (Cássia Kiss) põe veneno em uma bebida para

dara Eriberto (José de Abreu),mas ele percebe a artimanha

e troca as taças. No entanto, ele também toma o drinque,

morrendo ao lado da mulher que sempre amou.

A sedutora Esmeralda (Camila Pitanga, esq.) tenta

de todo jeito separar Guma (Marcos Palmeira) de

Lívia (Flávia Alessandra).

pobre do cais do porto. Ele enfrenta as ci­ladas do tio e luta pelo amor da rica Lívia (Flávia Alessandra), sobrinha de Augusta Eugênia (Arlete Salles), a mulher mais influente da alta sociedade local.

A p e r s o n a g e m Rosa Pa lme i rão (Luiza T o m é , foto) é c o n d e n a d a a 20 anos d e prisão, na p r i ­meira fase da nove la , pe lo assassinato do c o ­ronel J u rand i r (Reg ina ldo Faria), q u e v i o l en ­tou sua Irmã Cecíl ia (Luiza Curvo ) , Rosa deixa a cade ia disposta a descobr i r o parade i ro d o fi lho d e outra irmã, Ar le te (Letícia Saba te l l a ) . Ela abre u m borde l e lá se apa ixona por Félix (An ton io Fagundes , foto) , s em saber d e seu e n v o l v i m e n t o no d e s a p a r e c i m e n t o d o sobr i ­nho . No f im da t r ama , ela o mata no dia d e sua posse c o m o gove rnador .

Estrela-guia , m,i AiiaM,iii,iM< m l " . ' ihn i i i/u/»>riII,I1i ' I iiii'.yi 11.iv I.•.il»-I <Ii• (l l iveira.l imini In Relx'llue Patricia Moretzsohn rçõo de núcleo: Denise Saraceni Direçãojera/iDenise Saraceni e Carlos Araújo Direção: Denise Saraceni, Carlos lújo e Ulysses Cruz =1=12 mar-16jun 2001 #18h SÖJ83

i novelo contrapunha valores espirituais

sociedades alternativas a avanços

L E I nológicos e científicos.

< 1 encontro de dois mundos opostos n-presentado pelo romance entre o

I H bano e workaholic Tony (Guilherme I H I i l e s ] e a adolescente Cristal (Sandy), i i i.ulii cm Jagatah, uma comunidade

alternativa no interior de Goiás. Tony é padrinho da menina e se torna seu tutor após a morte de

Seus pais. Cristal se muda para o Rio de Janeiro e os dois se apaixonam. O

asai enfrenta os ciúmes da fútil Vanessa (Carolina Ferraz) e os preconceitos da mãe deTony, Carlota (Rosamaria Murti-

A comunidade alternativa I inter Unidade,

em Pirenópolis (GO), inspirou a comunidade fictícia

Jagatah, de Cristal, interpretada porSandy

(acima, com Guilherme Fontes).

nho) . A paz dos moradores de Jagatah é abalada pela ambiciosa Daphné Aroeira (Filia Cabral).

A Padroeira Autoria: Walcyr Carrasco Colaboração: Mário Teixeira e Duca Rachid Direção de núcleo: Roberto Talma Direção geral: Walter Avancini, Roberto Talma e Mário Márcio Bandarra Direção: Walter Avancini, Roberto Talma, Mário Márcio Bandarra,Ivan Zettel,Vicente Barcellos,Luiz Henrique Rios e Leandro Neri =Í=8jun2001-23fev 2002 © 1 8 h SÜ215

A P a d r o e i r a se passava num Brasil Colônia marcado pela febre do ouro, pela submissão feminina e pelo poder da Igreja.

A jovem Cecília (Deborah Secco), filha

cio fidalgo dom Lourenço de Sá (Paulo

Goulart), se apaixona por Valentim

Coimbra (Luigi Baricelli), filho de um

suposto traidor da Coroa portuguesa. Mas

o casal não pode viver o romance, pois

Cecília foi prometida ao rude e prepo­

tente dom Fernão de Avelar (Maurício

Mattar). Só no final da trama ocorre a

esperada união. Ambientada na capitania

de São Paulo e

Minas do Ouro, em

1717, A Padroeira

mostrava a busca

por minas de ouro e

Maurício Mattar e Deborah Secco em novela inspirada

em As Minas de Prata, de José de Alencar.

a luta dos pescadores pelo reconhecimen­

to do culto a Nossa Senhora Aparecida,

cuja imagem foi encontrada por eles no

rio Paraíba do Sul.

O Clone Autoria: Gloria Perez Direção de núcleo: Jayme Monjardim Direção geral: Jayme Monjardlm, Marcos Schechtman e Mário Márcio Bandarra Direção: Jayme Monjardim, Marcos Schechtman, Mário Márcio Bandarra, Marcelo Travesso eTeresa Lampreia i i | l a o u t 2001-15 jun 2002 © 2 0 h 3 0 SÜ221

Temas como cultura árabe, clonagem humana e dependência química deram o tom da novela, que misturou tradição e modernidade para relatar uma história de amor.

O Clone tem início na década de 80, quando Lucas (Murilo Benício) conhece Jade (Giovanna Antonelli) no Marrocos. Filha de muçulmanos nascida e criada no Brasil, Jade foi viver com o tio, o patriarca Ali (Stênio Garcia), após a morte da mãe, Sálua (Walderez de Barros). Sid Ali, como é chamado pelos empregados, segue com rigor os costumes islâmicos e não aceita a união de Jade com Lucas, i|ue não é muçulmano. Paralelamente, o irmão gêmeo de Lucas, Diogo (Murilo Benício), sofre um acidente e morre. Diante da tragédia, Lucas volta atrás em sen compromisso de fugir com Jade e ela, sem alternativa, retorna para a casa de sua família e se casa com Said (Dalton Vigh).

Abalado pela morte do afilhado Diogo, o cientista Albieri jjjj (Juca de Oliveira) decide clonar

Giovanna Antonelli e Murilo Benício em cena: título de casal mais famoso do mundo em 2002, conferido pela versão hispânica da revista People.

O sambis ta Zeca P a g o d i n h o (esq.) foi u m a das pe r sona l i dades , en t r e mús i cos e espor ­t istas, q u e fizeram pa r t i c ipações espec ia i s no bar da Dona J u r a ( S o l a n g e C o u t o , c e n t r o ) , por q u e m Tlão (An ton io P i t anga , dir.) nutr ia Intensa pa ixão. S impá t i ca , D o n a Ju ra t inha na pon ta da l íngua uma expressão mu i to repet ida pe los t e l e s p e c t a d o r e s : " N ã o é b r i n ­q u e d o , n ã o ! "

F I G U R I N O S

1 ' Inne Ion I 1)111 V,111,1'. l M V is lio l l i | l l l ino . i i lquii i i l . is no Mar rocos , en t re túnicas, pares

• /..!/•• . I H /"". ( sapat inhos de sola baixa), len I . I I S , v. ' i is, bo l sas , chapéus , jó i as e até vest idos d l noiva ( c o m o o usado por Latiffa, persona-

i i i ilo I i-11< i.i S aba te l l a J .O visual da nove la g a n h o u as ruas .Também fez sucesso o sofisti-• , I I lo l i i jur ino da protagon is ta J a d e (G iovanna Antonel l i ) na segunda fase da história.

I I H as. Sem que ninguém tome conhe-• Imento da experiência, Albieri usa as . I 11das de Lucas na formação do embrião O U insere em Deusa (Adriana Lessa), que

H usa estar fazendo uma inseminação artificial comum. Passados quase 2 0 anos, I .ucas está casado com Maysa (Daniela I Lscobar) e tem uma filha, Mel (Débora Falabella). Ele abdicou de seus sonhos para cuidar da empresa do pai, Leônidas (Reginaldo Faria). Jade teve uma filha • om Said, Khadija (Carla Diaz). Ela e

I ,ucas se reencontram no Rio de Janeiro e I I antigo amor renasce. O clone Leandro, 0 Léo, tem Albieri como padrinho, mas não suspeita de sua verdadeira origem. Em viagem ao Marrocos em companhia do cientista, Léo vê Jade e se apaixona, como aconteceu com Lucas anos atrás. Ao descobrir a verdade sobre sua vida,

As noites dançantes na gafieira Estudantina, frequen­

tada por Edvaldo (Roberto Bomfim) e Deusa (Adriana

Lessa), também marcaram a trama.

Letícia Sabatella interpretou a marroquina Latiffa,

prima de Jade.

ele entra em crise, tentando descobrir seu lugar no mundo. Quando a experiência da criação do clone vem a público, Deusa e Leônidas brigam por Léo na Justiça para serem reconhecidos como seus pais. O Clone estreou pouco depois dos atentados terroristas de 1 I de setembro de 2001 em Nova York e Washington, o que poderia prejudicar a aceitação da trama, mas a novela virou uma lebre. A dança do ventre e alguns acessórios de Jade saltaram da tela para as ruas e expressões como "maktub" e "inshalá" viraram bordões. A novela foi gravada

P R E P A R A N D O 0 E L E N C O

Palestras, textos e f i lmes sobre os t e m a s d e ­senvo lv idos na nove la f o r a m inc lu ídos na fase d e p repa ração d e e l enco e e q u i p e . Os atores t i ve ram aulas d e dança , a p r e n d e r a m cos tumes , rituais rel igiosos e expressões ára ­bes e r e cebe ram noções sobre técn icas d e fert i l ização e c l o n a g e m , a l ém d e pra t i carem exercíc ios c o m uma instrutora d e d ramatu r ­gia para se a p r o f u n d a r e m e m seus papé is .

Nos papéis de Albieri eAll, tara de (oliveira (esq.) e Stênio Garcia representaram, respectivamente, a modernidade e a tradição na história de Gloria Perez.

em cinco cidades cio Marrocos, entre elas Pez, cuja medina, datada do séc.Vlll, foi usada como releivncia para a construção cia cidade cenográfica no Projac. Vendida para mais de países, tendo grande receptividade na comunidade hispânica dos Estados Unidos, O Clone conquistou três categorias do Prêmio Inte, considera­do um dos mais importantes do mercado latino, e seu sucesso resultou em unia coprodução da Rede Globo com a emis­sora Telemundo para a realização de uma nova versão da história. Depoimentos de pessoas reais - entrevistas com anônimos e famosos - foram inseridos na história, por conta da campanha contra as drogas empreendida pela autora.

A N I I D H O I . A ' ,

A campan l i . i . in l idrogas desenvolv ida por

me io dos personagens Me l (Débora Falabella),

N a n d o (Th iago Fragoso) e Loba to (Osmar Pra­

do) a judou a desmistif icar o perfil do usuário e

amp l i ou o n ú m e r o d e d e p e n d e n t e s e m busca

d e apo io . O FBI e a Drug En fo rcement Admi-

nistration (DEA) , os dois principais órgáos do

g o v e r n o amer i cano responsáveis pelo c o n ­

trole d o tráfico d e drogas, p remia ram Gloria

Perez e J a y m e Mon j a rd im pela Inic iat iva.

O drama vivido porMaysa (Daniela Escobar) e a filha Mel (Débora Falabella), usuária de drogas, comoveu o público.

As Filhas da Mãe I. ni, I 'lilvil 11 Ir Al l l i i l , Ali lili", Nl li |l li'11,1 I ' Hl l'.l 11 Hl.isil I i i/i 1/ii i/i li.i 111 'iillllllil I OIIAllI,!

•• ...i, n/i' u m /I'I •••«/••/.// li IH ir I ' 'iiiiiili li i / iiii'i,,ii' I, ni |i ' 11 ' M u n i I n ,M, IH i'li i 11,ivi".• M , IH us Alvis! • 1 .i.¡i. .'(mi i'i|,ni . ' I I D . 1 ej> i'iii íJj i25

1 1 if/<- d farsa e a chanchada, A S F I L H A S D A

M A C exibia o reencontro de uma familia e a

. lltputa por uma herança.

• ' I I I igada a deixar o Brasil por chantagens . LI I marido, o empresário Fausto (Cláudio I Ins/Francisco Cuoco], Lulu de Luxem-I ' 111 G I I (Fernanda Torres na primeira fase; Fernanda Montenegro depois) retorna ao I lais, após 4 0 anos, disposta a reconstruir na família e desvendar o sumiço de Faus-

111, cuja herança - o resort Jardim do Eden I • disputada pelos filhos do casal: Tatiana

( Andréa Beltrão), Alessandra (Bete Coe­l h o ) e Ramon. Este surpreende a todos ao fazer uma operação para mudar de sexo, I lassando a se chamar Ramona (Claudia Raia).Tatiana e Alessandra brigam pela I n csidência do resort com o mau-caráter Adriano Araújo (Thiago Lacerda), afilha­do e braço direito de Fausto na direção do empreendimento. A concorrência se acirra quando surge uma filha bastarda cie Fausto, a pernambucana Rosalva (Regina ( 'asé). Adriano tenta seduzi-la, de olho em sua herança. Fausto reaparece no final da novela, mas é assassinado. No último capí­tulo, descobre-se que a governanta Margot (Jacqueline Laurence) é a autora do crime.

Lulu reconquista o amor do empresá­rio Arthur brandão (Raul Cortez), sua eterna paixão, e o das lilhas.

O c u b a n o M a n o l o Gut ier rez , p e r s o n a g e m

d e Tony Ramos , é u m empresá r i o e m e r g e n ­

te q u e depos i ta e m seu f i lho, D i ego (Már io

Frias), o an t i go s o n h o d e ser c a m p e ã o d e luta

l ivre. E le v i ve c o m a ex-stripper Aurora (C lau ­

dia O h a n a ) , q u e o e n l o u q u e c e ao imitar o so ­

t a q u e d e Sônia Braga e m Gabriela (1975). Ela

é ingênua e exuberan te , mas , q u a n d o abre a

boca , é u m c o m p l e t o desast re . N e m o própr io

n o m e ela fala direi to, p r o n u n c i a n d o "Orora "

A T R A N S E X U A L

A ta lentosa estilista R a m o n a , p e r s o n a g e m

d e Claudia Raia ( foto) , se e n v o l v e c o m o c o n ­

qu i s tador L eona rdo B r andão (A lexandre Bor ­

ges ) . 0 rapaz entra e m pân i co ao se descobr i r

a p a i x o n a d o pela t ransexua l . A f em in i l i dade

d e R a m o n a foi exp lorada e m seu f igur ino:

ves t i dos , f endas , c r epes , sedas e musse l inas .

í 4 %

[ ^ • H j L '^iâújÉ

Í F L » • ! )' 0^0*"

Rosalva, personagem de Regina Case, vivia às turras com o empresário cubano Manolo Gutierrez, vivido por Tony Ramos.

Desejos de Mulher Autoria: Euclydes Marinho Colaboração: Angela Carneiro, Denise Bandeira, JoSo Emanuel Carneiro, Vinícius Vianna e Graça Motta Direção de núcleo: Dennis Carvalho Direção geral: Dennis Carvalho e José Luiz Villamarlm Direção: Dennis Carvalho, José Luiz Vlllamarim e Amora Mautner ===21 jan-24 ago 2002 í> 19h US 185

A indústria e o mercado de n:otía no Brasil serviram como pano de fundo da narrativa, centrada na vida de duas irmãs em conflito.

A famosa estilista Andréa Vargas (Regina Du­arte) descobre, através da irmã, a dona de casa Júlia Moreno (Glória Pires), que é filha adotiva. Para piorar a situação, seu marido, Bruno Vargas (José de Abreu) , rouba sua empresa com a ajuda da amante, a invejosa Selma (Alessandra Negrini). No decorrer da história, descobre-se que Selma é irmã de Andréa, entregue à adoção pela mãe, Isaura (Miriam Pires). O marido de Júlia é preso injustamente e ela se apaixona pelo repórter Chico Maia (Eduardo Moscovis).

Já Andréa reata com o ex-noivo, Diogo (I lerson Capri) . O núcleo cômico formado pelo casal homossexual Tadeu (Otá­vio Muller) e Ariel (Jose Wilker) marcou a trama.

Olaria Pires , • Regina Duarte como as irmãs Júlia e Andréa,personagens centrais da novela de Euclydes Marinho.

Coração de Estudante Autoria: Emanuel Jacobina Colaboração: Nelson Nadottl, Max Mallmann, Júlio Fischer e Cristiane Friedman Direção de núcleo: Ricardo Waddlngton Direção geral: Ricardo Waddington e Rogério Gomes Direção: Ricardo Waddington, Rogério Gomes, Fabrício Mambertl e Cláudio Boeckel =|= 25 fev-28 set 2002 0 1 8 h jJÉ 185

Preservação do meio ambiente e exercício da cidadania formavam os pilares da novela, uma declaração de amor aos mineiros.

O professor Edu (Fábio Assunção) se muda para

Nova Aliança ( M G ) para criar o filho, Eipe (Pedro

Malta) . Mesmo noivo da mimada Amelinha (Adriana

Esteves) , filha do ganancioso fazendeiro João Mourão

(Cláudio Marzo) , ele se apaixona pela advogada

Clara (Melena Ranaldi) . Edu disputa a guarda do

lilho com a ex-mulher, Mariana (Carolina Kasting),

dependente química. O professor luta pela proteção

de uma mata virgem cobiçada por João Mourão e

ainda enfrenta as intrigas do ex-namorado de Clara,

Leandro Junqueira (Marcel lo

A n t o n y ) . A síndrome de Down

çj^D^T^JC' foi discutida na trama através

\Jr da personagem Amel inha, cujo

"N/̂ filho é portador da doença.

As trapalhadas do capataz Nélio (Vladimir Brichta), apaixonado por Amelinha (Adriana Esteves), conquistaram o público.

Esperança in i Ri•nriliiii Hiiy H.irbo' Wiili vi i . H U M lulu >i'\'H > 1 1 Inkii.i H.iibn',,1,1 ili lrni ' K.iibosa eThelma Guedes ,!iii/c 111«leo: 1111/ I i i i i , i i i i li 11 .uv.illn i / >m\IH i i/i'iii/: I ui/ I em,indo ( .iiv.illui o i ,nlos Araújo Direção: Luiz ,ini lo < iirvalho, Carlos Araújo, Emilio di Blasi e Marcelo Travesso =i= 17 jun 2002-15 fev 2003 ©20h Í3È209

L I I C R . I N Ç A exibiu um painel do estado

• to Paulo nos anos 30, destacando

"ia ocesso de industrialização,

'i mação do movimento operário

i (evolução de 32.

ransformação do Brasil em um i r . formado por imigrantes de várias ii H I N A L I D A D E S era o pano de fundo

da novela, que contava a história de imor entre os italianos Toni (Rey-

ildo Gianecchinfj e Maria (Priscila I anlin). Na cidade de Civita, no

I R T E da Itália, Toni enfrenta o pai, H I I A R O (Raul Cortez] , e decide partir

I I A R A São Paulo com Maria. Impedida lo viajar pelo pai, Giuliano (Antonio

Fagundes), a jovem, grávida, vê-se ' 'Inigada a se casar com o fascista Martino (José Mayer). Em São Paulo, iem notícias de Maria, Toni se envol­ve com a judia Camilli (Ana Paula \rósio) e é acolhido por sua família,

i ) principal triângulo amoroso da novela se consolida com o reencontro de Toni E Maria no Brasil. Italianos, itideus, portugueses e espanhóis estavam representados na história, que contou com uma grande cidade cenográfica reproduzindo o centro

urbano de São Paulo na época. O tema de abertura ganhou quatro versões - uma em cada idioma dos imigrantes da trama - que se revezavam semanalmente no ar.

Reynaldo Gianecchini I Priscila Fantin em Esperança, cuja estética era inspirada no neorrealismo italiano.

V I D A O P E R A R I A

Através da operár ia Nina (Mar ia Fe rnanda

Când ido , foto) , o autor a b o r d o u a ques tão

da m â o d e obra femin ina nos anos 30. Nina

enf renta uma dura jo rnada d e t r aba lho n u m a

fábrica d e t e c e l a g e m e a inda t e m d e lidar

c o m o assédio d o patrão, H u m b e r t o (Oscar

Magr in i ) . Ela chega a ser presa por l iderar

uma g reve gera l . O r omance d e Nina c o m o

po r tuguês J o s é M a n o e l (Nuno Lopes , foto) ,

o Mur ruga , t a m b é m rendeu bons m o m e n t o s .

O Beijo do Vampiro Autoria: Antonio Calmon Colaboração: Álvaro Hamos, I liane ( iau ia, I ilian (i.in la, Mana I Mona N . I M ¡mentó o Mauro Wilson Direção de núcleo: Marcos Paulo Direção geral: Marcos Paulo e Roberto Naar Direção: Marcos Paulo, Roberto Naar, Luís Henrique Rios, Edgar Miranda e Paulo Silvestrini H | 26 ago 2002-3 mal 2003 9 1 9 h JÜ ?15

Após o sucesso de V a m p , exibida em 199 I , Antonio Calmon voltou a explorar com humor o universo dos vampiros.

No século XII , a princesa Cecília (Flávia Alessandra) se suicida após o vampiro Bóris (Tarcísio Meira) matar toda a sua família em um duelo. Nove séculos depois, Bóris volta a perseguir a amada, que agora se chama Lívia. Além de conquistá-la, ele qtier ficar com seu filho, Zeca (Kayky Brito). O menino, na verdade, é filho de Bóris e loi trocado por ele na maternidade pelo filho de Lívia, para protegê-lo de sua mulher, a ciumenta vampira Mina (Clau­dia Raia). Só através de seu herdeiro Bóris

pode perpetuar sua raça. Zeca, que está prestes a completar 13 anos e se tornar vampiro, fica dividi­do entre os instintos

O núc leo d e vampiros da trama, l iderado por Bóris e Mina (Tarcísio Meira e Claudia Raia,foto), é sombr io mas bem-humorado, a l ém d e mo ­derno, consumista e "pol i t icamente correto": os personagens usam protetor solar especial e c remes contra que imaduras d e água-benta, b e b e m sangue importado da Suíça e não mor ­d e m crianças, idosos ou gestantes.

herdados do pai e os valores transmitidos por sua família. Bóris e seus asseclas são perseguidos pelo caça vampiros Galileu (Luis Gustavo).

Sabor da Paixão Autoria: Ana Maria Moretzsohn Colaboração: Daisy Chaves, Fernando Rebello, Glória Barreto e Izabel de Oliveira Direção de núcleo e geral: Denise Saraceni Direção: Fabrício Mambertl, Maria de Médicis, Ulysses Cruze Vinícius Coimbra 111 30 set 2002-22 mar 2003 í>18h Ü 1 4 9

A luta de uma jovem para recuperar as terras de sua família em Portugal é o maior empecilho para que ela viva seu grande amor.

A Batalhadora Diana (Letícia Spiller) rompe o noivado com o mau-caráter Nel­son (Marcelo Serrado) ao se apaixonar pelo rico Alexandre (Luigi Baricelli), no Rio ile Janeiro. O casal se desencontra por causa da morte do pai de Diana e volta a se ver, por acaso, em Portugal. Ela precisa reaver as terras do pai, mas nem imagina que a mulher que se apropriou indevi-^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ damente delas é a

^ mãe de Alexandre,

Zenilda Paixão (Arlete Salles). Edson Celulari interpretou o pin-

Letícia Spiller e l.uigi Baricelli: apesar das intrigas da mãe do rapaz e do ex-noivo da moça, Alexandre e Diana terminam juntos.

tor francês Jean Valjean, um alcoólatra. Adoção de crianças, analfabetismo adulto e mobilização contra a fome também foram temas tratados na novela.

Agora É que São Elas d um H U I M I N I i i ih , I I I " , i I I/IIFN I M I . I I I ' M . I I I . I I li'.i H I 'in 'I I I I, 11.1 vi. 11 ins i' Silva, I lli|)i' Miguez, Márcia Prates II I N.ic Ii I N / iiniiii I I / n u n h i n / H i l l : H u i I I H I I .ihn. / im'I,nu; Hulii ' iiu I,ilm, 1,1 e a n d r o Neri e

iiiniii Maulni ' i 1 1 124 in,n ( i M ' l .'DIU í>lHh Ö J J 1 4 3

Agora É q u e S á o E l a s abordava a luta pela

Independência feminina em meio a romances,

humor e pitadas de critica politica.

( '•. moradores de São Francisco das I ' ' I migas, distrito de Bocaiúvas, sentem-

abandonados por seu prefeito, Juca I Igre (Miguel Falabella), e se organizam I . I I ooperativa União das Mulheres,

lii liiada por Léo (Débora Falabella). • I aumento das encomendas fortalece i ' ooperativa e desperta na população

' [esejo de emancipação política. O P I eleito fica furioso com o poder de Léo na região, sobretudo porque ela é filha

de Antônia (Vera Fischer), que há anos o abandonou no altar. Juca é casado com a ex-miss Brasil

No final da novela, Antônia (Vera Fischer) se casa com Juca Tigre (Miguel Falabella), gue teve seu perfil de vilão suavizado no decorrer da trama.

Van Van (Marisa Orth) e tem um filho, Vitório (Paulo Vilhena), que se apaixona por Léo.

Kubanacan Autoria: Carlos Lombardi Colaboração: Emanoel Jacobina, Margareth Boury.Tlago Santiago e Vinícius Vlanna / 'ireção de núcleo: Wolf Maya, Roberto Taima Direção geral: Wolf Maya, Alexandre Avancini, Roberto Taima Direção: Marco Rodrigo, Cláudio Boeckele Edgard Miranda =115 mal 2003-24 jan 2004 í>19h JJ3J227

Ambientada nos anos 50, na fictícia ilha caribenha

Kubanacan, a novela satirizava os problemas típicos

dos países sul-americanos.

O general Camacho (Humberto Martins), amante da primeira-dama Mercedes (Betty Lago), assume o governo de Kubanacan através de um golpe. Repú­blica que vive da produção de bananas, Kubanacan é marcada por corrupção e empreguismo. Paralelamente, em uma colônia de pescadores, o desmemoriado Este­ban (Marcos Pasquim) se casa com Marisol (Danielle Winits) , ex-mulher de Enrico (Vladimir Brichta). Mas ela se deixa seduzir por Camacho e parte para a capital. A procura da esposa, Esteban encontra pistas sobre

seu passado e se envolve com as irmãs Lola (Adriana F^steves), atual mulher de Enrico, e Rubi (Carolina Ferraz), apaixonada pelo cunhado.

Marcos Pasquim interpretou quatro personagens: o forasteiro Esteban: o arrogante Dark Esteban: Adriano, gêmeo de Esteban: e o historiador Leon, sua verdadeira identidade.

Chocolate com Pimenta Autoria: Walcyr Carrasco Colaboração: Thelma Guedes Direção de núcleo: Jorge Fernando Direção geral: Fabrício Mambertl Direção: Jorge Fernando, Fabrício Mambertl e Fred Mayrink §==8 set 2003-8 mal 2004 4)18h Ü2 709

Novela no estilo de comédia romântica ambientada nos anos 20 inspirava-se na opereta A V I Ú V A A L E G R E , de Franz Lehár.

Na fictícia Ventura, cuja economia gira em torno de uma fábrica de choco­lates e bolos artesanais, a caipira Ana Francisca (Mariana Ximenes) vive um romance com Danilo (Murilo Benício), o rapa/ mais bonito do i olégio. ( ) namoro desperta ciúmes na mimada Olga (Priscila Fantin), apaixonada pelo rapaz, e ela se dedica a separá-los. Ana começa a trabalhar como laxineira na fábrica de chocolates e se torna amiga de Ludovico (Ary Fontoura), sem saber que ele é o dono da empresa. O empresário faz a jovem acreditar que é um simples funcionário. Ana Francisca descobre que está grávida de Danilo, mas uma armação de Diga e da tia dele, Bárbara (Lilia Cabral), provoca a separação do casal, impedindo que Ana conte a novidade ao namorado. Ao ver o desespero da amiga, I ,udo-vico revela sua verdadeira identidade e lhe propõe casamento, apenas para

dar um nome à criança. Os dois se mudam para Buenos Aires, na Argentina, onde

Mariana Ximenes como a glamourosa Ana Francisca da segunda fase da novela, após abandonar as roupas largas e os penteados antiguados.

B E R N A R D E T E O U BE R N A R D O ?

m

As d ú v i d a s q u a n t o à sexua l idade d e Bernar ­d e t e (Kayky Brito, foto) , filha adot i va d e Jeze-bel (E l izabeth Sava la ) , d e s p e r t a r a m a cu r io ­s idade d o públ ico . S a b e n d o q u e a patroa dese java uma men ina , a e m p r e g a d a Când ida (Yeda Dantas ) dec ide lhe en t regar seu fi lho, m a s m a n t é m e m segredo o sexo d o b e b ê . A m

i .V.. ' •* i

v e r d a d e só é reve lada às vésperas do casa­m e n t o d e Be rna rde t e .O p e r s o n a g e m adota o n o m e d e Berna rdo, corta os c abe los e passa a usar roupas mascu l inas .

\n.i A P R E N D E REGRAS do ETIQUETA o SE

i' ' I ii.i nina M U L H E R SEGURA o ELEGANTE,

mudanças no I omporlamento da I H L A M B E M mau ain o SEU visual:

• 11 dei \ A os óculos e as roupas largas

I I ILH|iiai las , corta o cabelo a lit • •mu' e passa A usar vestidos finos,

I 'II.nulo Ludovico morre, Ana se

I a acionista majoritária da fábrica oli.I a Ventura para se vingar de

ti ii los os que a ridicularizaram por sua lipirice. Mas o prefeito Vivaldo (Fúl-

Stefanini), o delegado Terêncio 11 I nani Moraes) e o banqueiro conde I Luis von Burgo (Cláudio Corrêa

1 astro) tentam atrapalhar seus .mos. Ana também sofre as investi-

i las da ambiciosa irmã de Ludovico, lezebel (Elizabeth Savala), que quer l ' i ontrole da fábrica. Em meio a essa i lisputa, Ana reencontra Danilo, mas eles não se entendem: ele acha que Ana Francisca o traiu, casando-se com I .udovico por causa de seu dinheiro; ela quer distância do rapaz por achar que ele a abandonou quando mais precisava de seu apoio. Mesmo com iodas as armações das vilãs Olga e Jezebel, 1 )anilo descobre que é pai de Tônico (Guil e retoma o romance com Ana Francisca.

agora aliadas Elizabeth Savala viveu a extrava-

herme Vieira) 9™* vila Jezebel.

P I M E N T A C A I P I R A

0 núc leo caipira t e m p e r o u

a t rama c o m mui to humor .

A famíl ia d e Ana Francis­

ca (Mar iana X imenes ) era

formada por sua a v ó Car ­

m e m (Laura Cardoso) , o t io

Margar ido (Osmar Prado) ,

a ag regada Dália (Carla Da ­

niel) e os pr imos Márc ia eT i-

m ó t e o (Drica Moraes e Ma r ­

cel lo Novaes ) . Márcia é uma

caipira q u e se acha ch ique

("Sou ch ique, bem!" ) ; o rude

T imó teo d iver te o públ ico

ao contracenar c o m Estrela,

sua vaca d e es t imação.

Laura Cardoso (esqj, Drica Moares e Marcello Novaes: o núcleo da roça.

Mulheres Apaixonadas Autoria: Manoel Carlos Colaboração: Maria Carolina, Fausto Galvão e Vinícius Vlanna Direção de núcleo: Ricardo Waddlngton Direçàogerai: Ricardo Waddlngton Rogério Gomes e José LulzVlllamarim Direção: José LulzVillamarlm, Marcelo Travesso, Rogério Gomes eAryCos lov ==| 17 fev-11 out2003 © 2 1 h MSÉ203

Crônica urbana e realista sobre as relações familiares teve a mulher e o amor no centro das discussões.

Helena (ChristianeTorloni) é diretora de uma escola do ensino médio no Rio di' laneiro que pertence ao marido, o músico T é o (Tony Ramos), e à cunhada, Lorena (Susana Vieira). Lia tem uma vida estável com Téo, mas o casamento de 15 anos entrou em uma rotina que ela já não suporta. Os dois têm uni lilho adotado, Lucas (Victor Curgula). Com medo de perder o amor de Helena, T é o esconde da mulher que Lucas é lilho dele com Fernanda (Vanessa Gerbelli) , ex-garota de programa e mãe da menina Salete (Bruna Marque/.ine). O músico não tem nenhum envolvimento amoroso com Fernanda, mas é a ele que ela recorre ao precisar de ajuda. Mesmo sem saber da verdade, Helena se divorcia e passa a

viver um romance com o neurocirur­gião César (José Mayer), uma antiga paixão.

Giulia Gam (à Irenle), Cbristiane íorloni (esq.) e Maria Padill ta: o alcance da novela jun to ao público foi tema de um c/os números da revista americana Newsweek.

A nove la d e s e n v o l v e u uma c a m p a n h a pelo d e s a r m a m e n t o , d e s e n c a d e a d a na história pela m o r t e de Fe rnanda (Vanessa Gerbel l i ) . Ela e T é o (Tony Ramos ) são v í t imas d e bala perd ida e m uma das mui tas sequênc ias marcan tes da t rama. G r a n d e par te d o e l e n ­co par t i c ipou da passeata Brasil s e m Armas (foto), real izada na época , no Rio d e J ane i ro , para press ionar a ap rovação do Es ta tuto d o D e s a r m a m e n t o no Congresso Nac iona l . As cenas fo ram exibidas na nove la .

BOLENCIA DOMÉSTICA

I , i , i l id i ' n '| i i ' i i i r , ' . . I H 11• vi• ,i last ima d . i p u i

•ma H,i(|Ui'l ( I l i ' l i ' i i , i H . in. i ldi, lo lo ) , q u e c

i ,|ii ' i liil , i pe lo l l i . i l klo, M.HI iis (I l . in Sml l i . i i li,

i In), I H , i s nao t e m c o r a g e m d e denunc iá- lo à

I .Entre out ros a tos de v io lênc ia . Marcos

u i n , i bater na mu lhe r c o m uma raque te

(|l ténis. Raque l só d e n u n c i a o agressor de-

i que e le passa a persegu i r Fred (Pedro

ii l a d o ) , u m de seus a lunos , c o m q u e m ela

'.!• envo l ve .

redor da protagonista circulam mulheres com os mais variados proble­m a s , que dão vida a questionamentos

• ibre casamento, amor, traição, família • paixões. Sua irmã, Heloísa (Giulia 1 iam), tem um ciúme doentio do mari-I", Sérgio (Marcello Antony] , e procura

a Ilida em um grupo de apoio a mulheres i iumentas; a outra irmã, Hilda (Maria P idilha), tem sua felicidade abalada pela

i oberta de um câncer de mama. A novela contou com mais de 100 perso­nagens e muitas tramas de sucesso, entre 18 quais o romance das jovens homosse­xuais Clara (Alinne Moraes) e Rafaela 11'aula Picarelli), que ganhou uma abor­dagem delicada; a paixão da vibrante I orena por Expedito (Rafael Calomeni) ,

b e m mais jovem do que ela; e o drama da professora alcoólatra Santana (Vera Holtz) . Várias ações sociais movimenta­ram a história. Um dos destaques foi o tratamento ciado à terceira idade, repre­sentada pelo casal flora (Carmem Silva) e Leopoldo (Oswaldo Louzada), vítima das maldades da neta, Dóris (Regiane Alves). A discussão do tema incentivou a aprovação do Estatuto do Idoso no Senado federal. Mulheres Apaixonadas se passava no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, palco de diversas tramas de Manoel Carlos.

Carolina Dieckmann i / rik Marino: tema da virgindade foi abordado através da jovem Edwiges, que só se entre­ga ao namorado, Cláudio, após o casamento.