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Instituição a Serviço da Juventude GUIA INFORMATIVO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: UMA POSSÍVEL TRAJETÓRIA Gilberto Dias de Barros Maria Inez José Marli Etelli Coelho Marly Morais Silva Trigueirinho Viviane Trocoli São Paulo - 2007

GUIA INFORMATIVO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: UMA … · 2016-11-07 · orientá-los na elaboração de seus projetos de vida e também para ... e possibilidades até então inimagináveis

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Instituio a Servio da Juventude

GUIA INFORMATIVO DE EDUCAO PROFISSIONAL:

UMA POSSVEL TRAJETRIA

Gilberto Dias de BarrosMaria Inez Jos

Marli Etelli CoelhoMarly Morais Silva Trigueirinho

Viviane Trocoli

So Paulo - 2007

Apresentao

Introduo

1 - Leis de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 1.1.Histrico 1.2.Quadro Ilustrativo

2 - Sistema Educacional Brasileiro 2.1 O Sistema Educacional Brasileiro precisava mudar 2.2. Nveis de Ensino e suas Modalidades 2.3. Demonstrativo das Principais Mudanas das Leis de Diretrizes e Bases da Educao Nacional 2.4. Grfico - Possveis Trajetrias do Sistema Educacional Brasileiro 2.5. Avaliao do Ensino Mdio - ENEM

3 - A Escolha Profissional - Momento de Reflexo

4 - A LDB e a Educao Profissional 4.1. Organizao da Educao Profissional 4.1.1. Formao Inicial e Continuada de Trabalhadores 4.1.2. Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio 4.1.3. Educao Profissional Tecnolgica de Graduao e de Ps-graduao 4.2. Por que escolher um curso de Educao Profissional? 4.3. Famlias Profissionais 4.4. Cursos Tcnicos - Atividades e Campo de Atuao 4.5. Cursos Tecnolgicos - Atividades e Campo de Atuao 4.6. Condies para ingresso nos cursos de Educao Profissional Tcnica e Tecnolgica

5 - Competncias e Habilidades que Favorecem o Ingresso no Mercado de Trabalho 5.1. O Mundo do trabalho: Tendncias e Perspectivas

6 - Dicas de oportunidades de qualificao, trabalho e renda

7 -Consideraes dos Autores

8- Quem Somos

9- Referncias Bibliogrficas

SUMRIO1

APRESENTAO - Instituio

A Colmeia foi fundada em 1942, por um grupo de educadores e assistentes sociais tendo sua frente a grande educadora Marina Cintra, e desde ento se dedica orientao vocacional e profissional de jovens.

... foi com grande interesse que li a notcia da fundao de A Colmeia,... entre os fins a que se prope, interessou-me particularmente o que se refere orientao educacional e vocacional dos estudantes. Parece-me que uma das causas comuns do insucesso profissional a falta de orientao dos estudantes na escolha da profisso.

Vrios so os fatores determinantes dessa escolha, entre os quais se verificam: o fato de ser o estudante a expectativa do sucesso, em virtude de haver na famlia ou nas suas relaes algum de certa profisso, com cujo auxlio poder contar para o seu encaminhamento no incio da carreira; a repetio freqente de que tem determinada vocao, dadas certas manifestaes de interesses da infncia ou da adolescncia, conforme a interpretao vocacional que a tais tendncias do a famlia, ou os parentes e amigos; a residncia em lugar prximo de determinada escola ou universidade; a maior ou menor extenso dos cursos superiores, dada a ambio de se formar rapidamente; as vantagens econmicas de certa profisso sobre outras, demonstrado pelo apontado xito de alguns profissionais; a convenincia de obter um diploma, e muitos outros.

O papel da orientao profissional deve ser ordenado no sentido de pesquisar tendncias psquicas, capacidade de adaptao, sociabilidade, habilidades manuais, feitio mental, pacincia, tenacidade e volubilidade.

O estudante do curso secundrio pouco sabe, em geral, da profisso que escolheu, a no ser pela bela face exterior: o advogado que ouviu no jri, o mdico que lhe freqenta a casa, o banqueiro que v passar no seu automvel. Ignora, muitas vezes, que a frmula receituria subscrita pelo mdico representa longos e profundos estudos de filosofia, anatomia ou qumica; que a expresso verbal fcil do advogado no jri se assenta em grandes pesquisas jurdicas, psicolgicas ou mdico-legais...

Assim, confunde, por vezes, a sua apreciao emocional com a capacidade objetiva, que pensa ter para a profisso escolhida. A est, pois, um largussimo e interessantssimo campo onde A Colmeia ter grande oportunidade de ao e desenvolvimento. , portanto, promissora a formao dessa instituio, em cuja frente vejo nomes que so garantias de seu pleno xito.

Prof. Dr. Jorge Americano

Reitor da Universidade de So Paulo. Correio Paulistano 6/1/1943

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A Colmeia continua fiel sua misso de: Contribuir para a realizao pessoal e profissional do jovem com orientao e desenvolvimento de suas potencialidades.

Em todo esse tempo, criou diversos programas e projetos plenamente integrados s necessidades dos jovens, atualizando-os sempre, para acompanhar a evoluo social. Um exemplo disso so os Fruns de Informao Profissional, idealizado e realizado em parceria com o Rotary Internacional, que, por mais de 15 anos consecutivos, reunia em um nico fim de semana mais de cem profissionais, com larga experincia no mercado de trabalho, para apresentarem aos jovens do Ensino Mdio suas profisses, tanto no contexto atual quanto projetadas 15 anos frente, quando o jovem estaria supostamente atuando profissionalmente.

Foi um trabalho pioneiro na cidade de So Paulo, e no decorrer dos anos sua metodologia foi sendo reproduzida por escolas, cursinhos e empresas de eventos. Com o sentimento de misso cumprida, a equipe de educadores da Colmeia entendeu que era o momento de propor outras formas de ajudar os jovens na sua construo profissional.

Nessa ocasio, um fiel grupo de voluntrios sentia-se inquieto diante da enorme populao juvenil, que no seguiria as carreiras universitrias por precisarem integrar rapidamente o mundo do trabalho e que acabaria desvinculando os seus interesses, sonhos, habilidades etc., do seu fazer profissional.

Surge ento a idia deste Guia para que o professor, que est prximo dos jovens no dia-a-dia, possa orient-los na elaborao de seus projetos de vida e tambm para o prprio estudante que, ao consult-lo, descobrir as possveis trajetrias oferecidas pelo Sistema Educacional Brasileiro, to pouco explorado pelas escolas.

Impressiona a ns o fato de termos freqentado os bancos escolares por tantos anos e em nenhum momento nos explicarem as possibilidades oferecidas pelo Sistema Educacional Brasileiro, alm de muitas outras informaes que, se conhecidas pelos jovens, podero alterar significativamente o rumo de suas vidas.

Temos inmeros depoimentos de jovens que por acessarem estas informaes, ampliaram sua viso de mundo, e possibilidades at ento inimaginveis tornaram-se metas de um projeto de vida.

Foi inspirado nesses jovens que esta equipe elaborou este Guia.

Marisa Donatiello

Coordenadora tcnico-administrativa da Colmeia

APRESENTAO - Coordenao3

Inez, Gilberto, Marli (s) e Vivi

No existem palavras para este reconhecimento.Que bom que ainda nos dias de hoje, em que a busca do dinheiro e o imediatismo impem o nosso

ritmo de vida, encontramos pessoas como vocs que abrem espaos, durante incontveis horas de trabalho, para investirem o seu tempo e a sua energia, sem receberem qualquer tipo de recompensa financeira.

Para vocs, que tm na veia a misso de educar, a melhor recompensa saber que este material ir criar asas e que olhares curiosos o consultaro, permitindo a muitos jovens o acesso informao, que atualmente o bem mais precioso que se pode oferecer.

AGRADECIMENTOS

Maria Lucia Ribeiro Capobianco Porto

Presidente

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INTRODUO

O mundo das profisses muito dinmico. E fundamental que o jovem consiga identificar em si mesmo alguns pontos que tenham a ver com o ambiente em que vive para evitar um ping-pong, pulando de curso para curso, sem interligao entre eles, sem uma linha lgica e sem orientao. Desnorteado, o resultado um currculo totalmente desconexo entre as vrias qualificaes. Falta-lhe um coordenador que, identificando-o como potencial, direcione-o. Porm, muitas vezes, o estudante tem um diferencial, tem este potencial que quer aprender, quer ir mais longe, mas a situao familiar e econmica nem sempre permite. Assim, se o jovem tiver a conscincia de que escolheu o curso que lhe oferecer as condies para ter o seu ofcio, ele ganhar, porque ter uma ocupao que poder gerar renda, desenvolver a sua IDENTIDADE PROFISSIONAL, to necessria na elaborao de um PROJETO DE VIDA.

Algo semelhante acontece com uma considervel porcentagem de estudantes que comeam e no terminam os cursos de nvel superior (1). Conseqentemente, essa uma situao que afeta tanto a universidade pblica quanto a particular. E o Pas precisa crescer, no h tempo a perder com esse jovem que faz um ano do curso X, depois vai para outro, faz mais um ano etc. Portanto, preciso orient-lo para no passar mais dois ou trs anos entre diferentes cursos porque no teve a informao correta em tempo hbil.

(1) A pesquisadora Ivete Lehman,do Instituto de Psicologia da USP, em estudo realizado na Universidade de So Paulo, apontou as causas da evaso no Ensino Superior e mostrou que quase metade dos estudantes que desistem da graduao teve problemas no momento da escolha (desinformao e falta de maturidade na hora da escolha).

44,5% dos alunos abandonam o que era seu sonho de realizao profissional e fazem a opo errada por presses dos pais, por falta de informao sobre a faculdade ou sobre o mercado;

30,7% abandonam a faculdade por no gostar da estrutura do curso que ingressaram;13,4%, por insatisfao com a profisso e com o mercado de trabalho;10,5% desanimam por razes pessoais, apresentando problemas familiares, afetivos ou

financeiros;menos de 1% motivado a largar a faculdade por no se adaptar cidade em que ela se localiza.

(M escolha a maior causa de evaso, Folha Online, 18/10/2005).

Este Guia Informativo apresenta as possibilidades de qualificao profissional existentes no contexto do sistema educacional brasileiro, para estimular uma reflexo nos alunos a partir da 8a srie do Ensino Fundamental, focando a Educao Profissional.

Todos ns temos noo da situao econmica brasileira, da alta taxa de desemprego e das dificuldades de acesso educao. Estamos tambm habituados a vincular a idia de entrada no universo profissional atravs do curso superior. E at a dcada de 1990, dizia-se que uma chave para o sucesso profissional de uma pessoa era o diploma universitrio. Porm, hoje sabemos que isso no significa emprego ou sinnimo de vida estvel. H muitas pessoas com cursos de graduao, ps-graduao e at mesmo mestrado, que no tm acesso ao emprego e/ou esto na fila do desemprego.

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INTRODUO

H tambm muitos postos de trabalho abertos sem encontrarem profissionais qualificados para os mesmos. Portanto, a qualificao fundamental (2). A renovao das tecnologias, os desafios de gesto que advm, exigem que a pessoa busque um desenvolvimento contnuo. E para reduzir a ameaa do desemprego, o trabalhador precisa aprender e se qualificar.

Por fora das inovaes tecnolgicas, dos novos mtodos de produo e da crescente concorrncia, o mercado de trabalho tornou-se mais exigente e a falta de pessoal qualificado no atende demanda da evoluo do setor industrial e da sociedade.

(2) A falta de uma qualificao para o trabalho resulta numa tendncia delinqncia e ao uso de drogas. (Para ONU, jovens esto em risco, Estado, 5/10/2005 Jornal das Dez - GloboNews). O Relatrio Mundial sobre a Juventude 2005, publicado pela ONU, expe as dificuldades apresentadas pelos jovens com idades entre 15 e 24 anos. Dentre vrios fatores de risco destaca-se o desemprego, que uma das principais causas do aumento de violncia e mortes prematuras nessa fase da vida.

Considerando essas perspectivas, acreditamos que muitos jovens podero encontrar respostas s suas necessidades atravs da Educao Profissional, adquirindo competncias para atuar em reas profissionais que contemplem seus interesses e habilidades.

A elaborao de um guia de Educao Profissional vem ao encontro das necessidades atuais, visto que nossa pesquisa aponta para questes significativas, dentre elas:

Estudo do Depar tamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos (Dieese/setembro/2005) revelou que 32,6% dos jovens entre 16 e 24 anos da regio metropolitana de So Paulo buscavam trabalho (bem acima da taxa mdia de desemprego, que de 18%, e engloba todas as idades). O desemprego atinge 58,5% dos que so de famlia de baixa renda, ante 22,1% dos jovens com maior poder aquisitivo e mais preparo. Essa pesquisa mostra tambm que 13,4% dos jovens de baixa renda estudam e procuram trabalho ao mesmo tempo. Entre os jovens de maior renda, 8,7% tambm tentam trabalhar enquanto estudam. Portanto, o fato de os jovens serem os primeiros na fila do desemprego uma situao que pode ser minimizada atravs da Educao Profissional.

Jos Pastore, socilogo, professor da FEA-USP e especialista em relaes do trabalho e desenvolvimento institucional, destaca que FALTAM EMPREGOS E SOBRAM VAGAS. Nos dois ltimos anos, as excelentes oportunidades internacionais fizeram crescer a manufatura exportadora e o agronegcio, mas as indstrias no acham quem procuram. Grande parte dos novos contratados de trabalhadores de baixa qualificao, para servios gerais, ganhando entre 1 e 3 salrios mnimos. Mas, para preencher os nveis de maior qualificao, as dificuldades so imensas. (Coluna Opinio, do jornal O Estado de S. Paulo, de 20 de setembro de 2005.)

O mercado de trabalho busca competncia, competitividade e eficcia. E o Guia Informativo de Educao Profissional: Uma Possvel Trajetria pretende mostrar que h alternativas, possibilidades, que devem ser analisadas com calma, sem excluses a priori, sejam por questes de status sejam por quaisquer outros motivos, exceto o meio de alcanar a sua realizao pessoal e profissional.

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No princpio da dcada de 1990, o mundo do trabalho passou por uma revoluo movida pela abertura da economia e pela incorporao de modernas tecnologias, combinando maior produtividade com um nmero cada vez menor de postos de trabalho. Conseqentemente, ficou muito mais difcil permanecer empregado sem qualificao. Com isso, a modernizao do mercado de trabalho no Brasil obrigou os trabalhadores a voltarem a estudar e a se atualizarem constantemente em termos de capacitao, seja para conseguir o emprego, seja para manter-se empregado.

1.1. Histrico

No Brasil, a Educao s passa a fazer parte do texto constitucional a partir da Constituio de 1934, com a inteno de regular a Educao Nacional, mediante uma Lei de Diretrizes.

Os princpios que regem a Educao Nacional, enunciados na Constituio, estabelecem que todo ensino regular, ministrado no Pas, se organiza na forma de Sistemas, e estes devem se estruturar segundo o princpio federativo Unio, Estados e Municpios. Para que este possa ser aplicado s situaes reais das redes escolares (formao de docentes, promoo de alunos, recursos, participao do Poder Pblico e da iniciativa privada e administrao dos sistemas de ensino, entre outros), so necessrios ajustamentos determinados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, cujo objetivo o de fixar regras gerais para a organizao dos sistemas educacionais.

A poltica e o planejamento educacional definem-se pela ao conjunta do texto constitucional e da Lei de Diretrizes e Bases, e deles depende o funcionamento das redes escolares em todos os nveis de ensino.

A primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, Lei n 4.024, de 20 de dezembro de 1961, levou 13 anos para ser aprovada no Congresso, organizou a Educao Nacional, mas no tratou da formao profissional dos alunos, e vigorou at 1971.

A partir dessa data, com a Lei n 5.692, a formao integral do jovem, inclusive a formao profissional, foi abordada. Com isso, a preparao para o trabalho, como elemento de formao geral do aluno, passou a ser obrigatria para o ensino do 1 e 2 graus, onde, para o 2 grau, as habilitaes profissionais estariam a critrio do estabelecimento de ensino.

O aluno do 2 grau optava por fazer um curso acadmico, cujo currculo era composto apenas pelas disciplinas do ncleo comum. Ou, ento, optava por um 2 grau tcnico que, alm das disciplinas do ncleo comum, continha tambm as disciplinas profissionalizantes, recebendo ao final do curso o diploma de concluso do 2 grau e o diploma de tcnico.

Com a aprovao da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, a Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, houve uma grande mudana em toda a estrutura do Ensino Profissional, alterando inclusive a nomenclatura: o Ensino Tcnico passa a ser denominado Educao Profissional.

1 - LEIS DE DIRETRIZES E BASESDA EDUCAO NACIONAL 7

1 - LEIS DE DIRETRIZES E BASESDA EDUCAO NACIONAL

De acordo com o artigo 5 do Decreto n 2.208/97, a formao tcnica deixa de fazer parte do currculo do Ensino Mdio, e o artigo 3 estabelece, entre outros aspectos, que a Educao Profissional compreender trs nveis de Ensino: Bsico, Tcnico e Tecnolgico. Outra mudana significativa ocorre no art. 8 do decreto, propondo que o currculo seja organizado em mdulos. A cada mdulo concludo, o aluno recebe um Certificado de Qualificao Profissional. Com a concluso de todos os mdulos e do Ensino Mdio, ele recebe o Diploma de Tcnico. O aluno que desejava essa formao deveria cursar o Ensino Mdio e a Educao Profissional, separadamente, de forma concomitante ao Ensino Mdio, ou aps a sua concluso.

Com a revogao do Decreto n 2.208, de abril de 1997, pelo Decreto n 5.154, de 23 de julho de 2004, a articulao entre a Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio e o Ensino Mdio poder ser:

Integrada, possibilitando ao aluno a habilitao tcnica de nvel mdio na mesma instituio de ensino, com matrcula nica;

Concomitante, com matrcula na mesma instituio de ensino, aproveitando-se as oportunidades disponveis, ou instituies distintas;

Subseqente, oferecida somente a quem j tenha concludo o Ensino Mdio. Para obteno do diploma de Tcnico, o aluno dever concluir seus estudos de educao profissional tcnica de nvel mdio e de Ensino Mdio. Conforme o art. 6 do Decreto n 5.154, os cursos e programas de educao profissional tcnica de nvel mdio e os cursos de educao profissional tecnolgica de graduao, quando estruturados em etapas de terminalidade, incluiro sadas intermedirias, que possibilitaro a obteno de certificados de qualificao para o trabalho aps a sua concluso.

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1 - LEIS DE DIRETRIZES E BASESDA EDUCAO NACIONAL

1ANO 2 43

SRIE 1 2 3 4 1 2 3 4

ANOS 60Lei 4024/61 PRIMRIO

GINSIOou

GINSIO INDUSTRIAL

COLEGIAL e NORMALou

COLEGIAL TCNICOESTGIO

SUPERVISIONADO

1SRIE 2 43 5 6 7 8 1 2 3 4

ANOS 70/80/90Lei 5692/71

PRIMEIRO GRAU

2 GRAUSEM HABILITAO ou

COM HABILITAO ESTGIOSUPERVISIONADO

DEPOIS DE 1996Lei 9394/96

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MDIO

EDUCAOPROFISSIONAL

ESTGIOSUPERVISIONADO

1.2. Quadro ilustrativo

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2 - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

2.1. O Sistema Educacional Brasileiro precisava mudar

A mudana inicia-se a partir da aprovao da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB n 9.394), de 20 de dezembro de 1996. Com a nova LDB, as escolas passaram a ter mais autonomia, os contedos dos currculos tornaram-se mais flexveis e a qualificao profissional estimulada. Com isso, no s foi estabelecida uma nova postura diante do Ensino Fundamental, mas tambm se promoveu uma grande reforma no Ensino Mdio (ciclo de 3 anos de estudo posterior ao Ensino Fundamental), com o intuito de preparar o jovem para o mercado de trabalho. Isso ocorre porque, a partir de 1990, com a abertura do mercado, as empresas passaram a necessitar de profissionais mais qualificados.

A partir da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB n 9.394, de 20 de dezembro de 1996), o sistema educacional brasileiro sofreu mudanas e nem todas as possveis trajetrias educacionais e profissionais disponveis so conhecidas por nossos jovens e seus pais.

Hoje, o profissional precisa ter uma slida formao geral e uma boa educao profissional, que o tornem flexvel no mundo das tecnologias avanadas. Atendendo ao que estabelece a LDB, em seus artigos 1 e 2, a reforma na Educao Profissional visa garantir perspectiva de trabalho para os jovens e facilitar seu acesso ao mercado local e regional, oferecendo cursos de acordo com a demanda. Para isso, estabeleceu-se uma estrutura curricular em mdulos, associada a contedos flexveis, permitindo ao aluno fazer vrios cursos de formao especfica e, portanto, se capacitar para diversas funes.

A Educao Profissional pretende tambm atender os profissionais que j esto no mercado e querem (ou precisam de) uma melhor qualificao, assim como ser um eficaz instrumento para reinserir o trabalhador no mercado de trabalho.

Essa formao profissional, portanto, vai alm da aquisio de um certificado ou diploma. A nova poltica estabelece a Educao Continuada, permanente, como forma de atualizar, especializar e aperfeioar jovens e adultos em seus conhecimentos tecnolgicos.

Educao de Jovens e AdultosCom a nova LDB, os antigos Cursos Supletivos so denominados Educao de Jovens e Adultos

(EJA - uma modalidade da Educao Bsica), preservando as mesmas caractersticas e objetivos do Supletivo. So cursos destinados a jovens e adultos que ultrapassaram a idade regular de realizao dos Ensinos Fundamental e Mdio, sem t-los concludo.

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2 - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

Educao a DistnciaO Telecurso 2000, para a Educao de Jovens e Adultos em Nveis Fundamental, Mdio e

Profissionalizante, o maior Programa de Educao a Distncia do Brasil. Patrocinado pela Federao das Indstrias do Estado de So Paulo (Fiesp), por intermdio do SENAI/SESI, e pela Fundao Roberto Marinho, transmitido pela tev. Jovens e adultos em todo o Pas renem-se para assistir s aulas em telessalas instaladas em empresas industriais filiadas Fiesp, em sua maior parte. Os programas so tambm transmitidos pela Rede Globo, pela Rede de TVs Educativas (TVE e TV Cultura), pelo Canal Futura e pela Rede Vida.

2.2. Nveis de ensino e suas modalidades

A Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB) divide o Sistema Educacional Brasileiro em:

Educao Bsica: Educao Infantil - no obrigatria, porm proporciona maior desenvolvimento e melhor

rendimento nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Ensino Fundamental - o antigo 1 Grau ( obrigatrio).- destinado s crianas e adolescentes com idades de 6 a 14 anos.Observao: O artigo 32 da Lei n 9.394/96 foi alterado pela Lei n 11.274/06, passando o Ensino

Fundamental a ter durao de 9 anos, iniciando-se aos 6 anos de idade. Ensino Mdio - o antigo Colegial ou 2 Grau.- ciclo de 3 anos: estudo posterior ao Ensino Fundamental.- constitui a etapa final da Educao Bsica. A partir da, o jovem pode optar pela Educao

Profissional ou pelo Ensino Superior. Educao de Jovens e Adultos (EJA) - o antigo Supletivo.- oferecida aos que esto alm da idade de concluso do Ensino Fundamental (15 anos) e Ensino

Mdio (18 anos).

Educao Profissional: Recebe destaque e passa a ser uma modalidade de Ensino articulada com a Educao Bsica e a

Educao Superior. Divide-se em: Formao Inicial e Continuada de Trabalhadores - no necessita de diretrizes curriculares;

destinada a qualquer pessoa, independentemente do grau de escolaridade. Exceto os cursos de qualificao do Menor Aprendiz, para os quais exige-se Ensino Fundamental concludo.

Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio - direcionado queles que estejam cursando o Ensino Mdio ou j o tenham concludo.

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2 - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

Educao Profissional Tecnolgica de Graduao e de Ps-Graduao - est organizada de acordo com as diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educao, integrada aos Cursos Superiores de Tecnologia (CST). Por ser uma graduao, permite que os formandos possam ter acesso aos cursos de ps-graduao.

Educao Superior: Cursos Seqenciais: nova modalidade de Ensino Superior, regulamentada pelo Conselho

Nacional de Educao, em janeiro de 1.999, destinada a quem tem o Ensino Mdio e no deseja ou no precisa de um curso de graduao plena. Estes cursos podem ser feitos antes, ao mesmo tempo ou depois de um curso de graduao e objetivam ampliar os conhecimentos ou a qualificao profissional do aluno. So cursos definidos por "campo do saber" (cf. Parecer CES/CNE no 968/98), enquanto os cursos de graduao tradicionais so oferecidos por rea do conhecimento e suas habilitaes. De acordo com o MEC, h dois tipos de Cursos Seqenciais no pas: aqueles que fornecem formao especfica e os que garantem a complementao de estudos. A primeira modalidade mais comum e o aluno recebe apenas um certificado; sua durao varia entre seis meses e dois anos. Para prosseguir nos estudos, o curso dever ter durao mnima de dois anos e carga horria de 1.600 horas. Alm disso, a Instituio de Ensino precisa ter um curso de graduao em exerccio na mesma rea de conhecimento que vincula o Seqencial. Ao final do curso, o aluno recebe o diploma superior de formao em sua rea especfica, podendo ingressar nos cursos de Ps-Graduao (Lato Sensu).

Cursos de Extenso - pela LDB, os cursos de extenso universitria esto includos na lista de cursos de nvel superior. Devem ser promovidos e organizados por uma instituio de ensino superior e voltados s reas especficas. Estes cursos so criados para que os estudantes e profissionais atualizem seus conhecimentos. Oferecem apenas certificado.

Cursos de Graduao:a) Bacharelado - o curso de Graduao que d ao estudante base cientfica e terica, preparando-o

para atuar em todos os setores (indstria, comrcio e de servios). Embora alguns cursos (como Medicina e Engenharia) no concedam o ttulo de Bacharel, eles formam profissionais do mesmo nvel.

b) Licenciatura - o curso que habilita para a atuao como docente nos Ensinos Fundamental e Mdio. possvel ingressar-se diretamente na Licenciatura ou fazer um curso superior e depois complementar a formao com disciplinas didticas e pedaggicas.

c) Tecnolgico - A criao deste nvel busca atender as necessidades do setor produtivo, mercado de trabalho e os avanos tecnolgicos.

Cursos de Ps-Graduao - destinados a graduados que pretendem ingressar na carreira acadmica, ministrados em instituies de nvel superior. A Ps-Graduao dividida em duas reas:

a) Lato Sensu - atualiza e aprimora conhecimentos, mas no confere ttulo de mestre e nem permite o acesso ao doutorado.

b) Stricto sensu - forma pesquisadores, professores e profissionais de alto nvel. dividido em duas modalidades: Mestrado e Doutorado.

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2 - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

Carreira Militar: Aps o Ensino Fundamental concludo, o jovem pode ingressar na Escola Preparatria de Cadetes

da Aeronutica (Epcar). Este curso equivalente ao Ensino Mdio, sendo ministrado na cidade de Barbacena (MG). Na seqncia, pode-se cursar a Academia da Fora Area (AFA), em Pirassununga (SP).

Existe tambm o curso Escola Preparatria de Cadetes do Exrcito (EsPCEx), que a porta de entrada para a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Para se habilitar ao concurso de ingresso, o interessado precisa estar cursando ou ter concludo o 2 ano do Ensino Mdio. O curso tem durao de um ano, podendo ser freqentado concomitantemente ao 3 ano.

Para ingressar na Polcia Militar, na condio de soldado ou bombeiro, exige-se o Ensino Mdio completo ou equivalente.

Caso haja interesse em ingressar na Academia de Polcia Militar do Barro Branco, do Estado de So Paulo, h necessidade de prestar vestibular pela Fuvest.

Alm dessas opes, h tambm a Marinha, cuja trajetria pode ser iniciada com ingresso no Colgio Naval, equivalente ao Ensino Mdio, que prepara e seleciona alunos para o curso de graduao da Escola Naval. Para participar do processo seletivo do Curso Superior de Formao de Oficiais da Marinha, o candidato dever ter concludo ou estar concluindo o Ensino Mdio, ser brasileiro nato com idade entre 17 e 22 anos. Os profissionais, de ambos os sexos, que possuem formao superior e idade mxima at 31 anos, tambm podem entrar para a Marinha do Brasil, por meio de concurso pblico.

Educao Especial:Para portadores de necessidades especiais (fsica e mental) em todos os nveis de ensino. A lei

delega aos estados e municpios a responsabilidade pelo atendimento desses alunos e determina que eles freqentem as aulas, de preferncia em salas comuns, juntamente com os demais alunos, evitando qualquer tipo de segregao.

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Educao Infantil de 0 a 5 anos passa a pertencer ao Sistema Educacional. No obrigatria

Denominao: Ensino FundamentallIdade: 6 a 14 anosDurao: 9 anos (Lei no 11.274/2006)

Denominao: Ensino MdioIdade: 15 a 17 anosDurao: 3 anos

Denominao: Educao ProfissionalCompreende trs nveis:I Bsico II TcnicoIII Tecnolgico

I - Bsico Destinado qualificao, requalificao e reprofissionalizao de jovens e adultos, independentemente da escolaridade prviaDurao: Varivel

II - Tcnico Durao: de 2 a 4 mdulos. Cada mdulo com durao de um semestre. Tem carter de Terminalidade para efeito de Qualificao Profissional. Ao final de cada mdulo, o aluno recebe um Certificado. O conjunto de mdulos cursados forma a Habilitao Profissional. Pode ser cursado concomitantemente ou aps a concluso do Ensino MdioObs.: Para receber o Diploma de Tcnico preciso concluir o Ensino Mdio e a Educao Profissional

lIII - Tecnolgico: Destinado a egressos do Ensino Mdio e/ou Tcnico, oferece formao de nvel superior na rea de tecnologia

Denominao: Ensino SuperiorGraduao - Licenciatura e BachareladoTecnolgicoSeqenciais

Denominao: Ps-Graduao: MestradoDoutorado

Educao Infantil no pertencia ao Sistema Educacional

Denominao: 1 Grau Idade: 6 a 14 anosDurao: 8 anos

Denominao: 2 GrauIdade: 15 a 17 anosDurao: 3 anos

Denominao: TcnicoDurao: 3 ou 4 anosDisciplinas do Ncleo Comum e disciplinas profissionalizantes

Ao final do Curso, o aluno recebia o Diploma de concluso do 2 Grau e o Diploma de Tcnico

Denominao: Ensino SuperiorGraduao - Licenciatura e BachareladoTecnolgico

Denominao: Ps-GraduaoMestradoDoutorado

2 - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

Lei n 5.692, de 11 de Agosto de 1971Lei n 9.394, de 20 de Dezembro de 1996(Decreto n 2.208/97)

2.3. Demonstrativo das principais mudanas das leis de diretrizes e bases da educao nacional

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2 - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO2

.4. P

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05

614

1516

1718

15

2 - SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO

2.5. Avaliao do ensino - ENEM

O MEC avalia o Sistema Educacional pblico e privado desde 1990, com o objetivo de obter informaes sobre a qualidade do ensino a fim de elaborar polticas educacionais. Os principais so: Aneb, Saresp, ENEM, Encceja e Enade. Destacamos o ENEM:

ENEM (Exame Nacional do Ensino Mdio): Implantado pelo MEC, destina-se aos estudantes que esto concluindo ou j concluram este nvel de ensino. No obrigatrio e ocorre anualmente.

composto por uma parte objetiva, com 63 questes de mltipla escolha, e uma redao.Aos alunos de escolas pblicas e dos cursos de Educao de Jovens e Adultos, h iseno de taxa

de inscrio.Obs.: O exame um dos pr-requisitos para a concesso de bolsa de estudo no programa ProUni.O exame foi aplicado pela primeira vez em 1998, ano aps ano, e o nmero de inscries tem

aumentado, principalmente pelo fato de a maioria das Instituies de Ensino Superior, entre elas as pblicas, como USP, Unicamp e Unesp, estarem utilizando esse exame como instrumento adicional de seleo de candidatos ao Ensino Superior, bem como a nota obtida, que tambm poder ser considerada para o ingresso em universidades e faculdades particulares.

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3 - A ESCOLHA PROFISSIONAL

Ao conclurem o Ensino Fundamental, os jovens j se deparam com o processo da escolha de um curso acadmico ou profissionalizante. Para que esta escolha se realize, alm de eles conhecerem seus gostos, interesses, caractersticas de personalidade, aptides, competncias e valores, necessrio obter as informaes pertinentes aos cursos, ocupaes, reas de atuao, mercado de trabalho e realidade sociocultural.

As constantes mudanas influenciam as escolhas profissionais dos jovens, e profisses novas e hbridas tm surgido em grande velocidade. Muitos postos de trabalho desapareceram, outras profisses ou funes passam por uma grande reformulao.

A escolha de uma profisso tarefa tpica da adolescncia. E essa tarefa nem sempre fcil, por vrios motivos.

Escolher uma profisso significa deixar de lado muitas outras. Quais? Que critrios adotar? Que caminho seguir?

Escolher um caminho, porm, no apenas escolher o que fazer, mas principalmente quem ser.

escolher como ser o seu futuro, seu ambiente de trabalho, como ele se v e como ele se sente realizando determinadas atividades da profisso, em questo.

o momento do incio de um projeto, onde o adolescente passa a ter conscincia da existncia do seu Ser.

O grande nmero de profisses existentes, as dificuldades do mercado de trabalho, a presso e a expectativa dos familiares, as exigncias dos outros jovens, colocam uma pedra no caminho de quem deve escolher.

As profisses so vistas como caminhos para obter prestgio social, dinheiro, cultura, poder, e no apenas como trabalho.

A escolha da profisso provoca no jovem expectativas diante das incertezas nas opes, da insegurana e do medo de no alcanar o que pretende, de no chegar a ser o que gostaria. Medo de fracassar ou de no encontrar um trabalho que lhe permita ser quem ele quer ser.

Encontrar seu lugar no mundo adulto est intimamente relacionado com a identidade profissional, com a conscincia de sua autonomia e da responsabilidade sobre si mesmo. Assim, o jovem tem melhores condies de elaborar seu projeto de vida, reconhecendo-se como o autor do planejamento das suas metas profissionais.

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3 - A ESCOLHA PROFISSIONAL

A escolha da profisso est diretamente ligada ao nvel de aspirao de cada jovem, ao que ele realmente pretende buscar e alcanar. O nvel de aspirao deve estar de acordo com seus verdadeiros interesses, valores, aptides e habilidades. Tarefa nem sempre fcil.

MOMENTO DE REFLEXO

Quais so os fatores para a escolha de uma profisso? E qual o grau de importncia de cada um deles?

Pense a respeito e identifique se muito importante, pouco importante ou no importante para voc cada um dos fatores relacionados a seguir:

A opinio dos seus pais A opinio de alguns parentes A opinio dos seus amigos A opinio da(o) namorada(o) A recomendao de alguns professores Os comentrios sobre o que voc estuda ou l Suas experincias com as matrias Uma idia que teve desde criana Seus gostos, interesses e suas preferncias Suas aptides, competncias e habilidades Seus valores e necessidades pessoais O ambiente de trabalho O mercado de trabalho O prestgio que tem a profisso O dinheiro que se ganha com a profisso Os ganhos financeiros

Agora que voc j classificou o grau de importncia que cada um desses fatores tem para voc, vamos pensar juntos:

Vale a pena ouvir a opinio das pessoas que fazem parte da sua vida, mas como um exerccio de troca de informaes e de argumentao. A deciso final ser sempre sua.

J a sua personalidade deve ter um papel muito importante na escolha. Isso porque a personalidade que determina seu jeito de ser, gostos, interesses e preferncias. E atendendo a esses aspectos, ser mais fcil para voc dedicar-se a uma carreira.

Os interesses chamam a nossa ateno e nos orientam na atividade. E saiba que os interesses ocupacionais evoluem com a idade, tornando-se mais claros por volta dos 14, 15 anos de idade. Portanto, no estranhe se algo que lhe era muito atraente at pouco tempo atrs, agora j no lhe desperta a menor ateno e nem lhe d prazer.

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3 - A ESCOLHA PROFISSIONAL

Suas aptides, competncias e habilidades tambm tm um papel muito importante ao fazer uma escolha porque o mercado de trabalho exige profissionais talentosos. E, claro, definir uma atividade para a qual voc capaz e da qual gosta de fazer, ajudar voc a se destacar na profisso.

As aptides e habilidades so potenciais que a pessoa possui e, quando desenvolvidas, a tornam apta a exercer uma determinada atividade. As habilidades so desenvolvidas por meio de aprendizagem e treinamento. So, portanto, adquiridas. As aptides desenvolvem-se por esforo e/ou oportunidade.

Quanto aos valores de uma pessoa, eles so resultantes da sua interao com seu grupo familiar, amigos, escola, nvel socioeconmico e grupo social aos quais ela faz parte. Por este motivo, considerar seus valores, necessidades pessoais e ambiente de trabalho de uma importncia vital para que voc, dia a dia, estabelea um projeto de vida que lhe traga prazer, felicidade e realizao pessoal e profissional.

Contudo, voc no pode desconsiderar o mercado de trabalho. Para isso, as informaes atualizadas sobre as profisses e as demandas do mercado de trabalho ajudaro voc a acompanhar as tendncias e at a prev-las, antecipando-se s mudanas que podero advir durante a sua trajetria educacional e profissional.

Por fim, os ganhos financeiros de cada profisso tm um peso muito relativo porque alm de estar relacionada ao esforo, competncia e ao empenho de cada um, depende das oportunidades percebidas e aproveitadas, como tambm dos valores de cada pessoa e do estilo de vida a ser mantido e/ou a ser adquirido. Para uns, o prestgio social tem mais valor do que uma conta bancria alta. E nem sempre prestgio social est atrelado a uma boa remunerao. Para outros, manter ou aumentar o padro de vida que tinha com os pais entra em conflito com o que a sua escolha poder lhe oferecer.

Portanto, para escolher uma profisso preciso refletir muito sobre voc: preciso pensar com calma. preciso avaliar seus reais interesses (do que voc gosta, do que voc no gosta). preciso imaginar-se desenvolvendo uma atividade profissional durante muitas horas por dia,

cinco dias por semana, por muitos anos. Se voc prefere trabalhar sozinho ou em equipe, tomar decises sozinho ou executar ordens. Em que tipo de ambiente: lugar fechado (escritrio, hospital, comrcio, indstria) ou ao ar livre (na rua, no mar, no ar). Em horrios rgidos ou variveis, em perodos alternados, noite, de manh bem cedo ou nos fins de semana.

preciso rever o que voc j pensou em ser quando era criana ou pensava ser at poucos meses atrs. E por qu?

preciso pensar em que rea voc mais se identifica para poder escolher qual caminho deve seguir: Exatas, Humanas ou Biolgicas. Ou ento, identificando o que no quer para voc j meio caminho andado. Refletir sobre as matrias que voc mais gosta na escola e as que menos gosta tambm ajuda. E as matrias que voc mais gosta de estudar lembram quais profisses?

preciso ter conscincia do que importante para voc. O que voc quer alcanar com sua profisso. O que lhe far feliz e realizado.

Enfim, para construir seu futuro voc precisa conhecer-se e preparar-se com estudo e com informaes atualizadas. Tomar em suas mos a responsabilidade de decidir e escolher.

Voc reparou quantas vezes aparece a palavra VOC nestas poucas linhas? Pois bem, isto porque, neste momento, o processo seu e depende de VOC.

A deciso e a escolha so suas, apenas suas.

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

At a Lei n 9.394/96, a formao tcnica ainda estava um pouco distanciada das reais necessidades do mercado de trabalho. A nova LDB trouxe uma nova viso em relao Educao Profissional e valorizou a formao tcnica destinada a qualificar profissionais, visando atender a evoluo tecnolgica e as necessidades de desenvolver as competncias dos jovens para o ingresso e a permanncia neste mercado.

O decreto n 5.154, de 23 de julho de 2004, resgata a forma integrada da Educao Profissional, extinta pelo decreto n 2.208/96, com o nvel mdio de escolaridade, aumenta as chances do aluno adquirir uma qualificao profissional necessria para disputar uma vaga no mercado de trabalho. Na forma concomitante, os alunos podero cursar o Ensino Mdio em uma escola e tcnico em outra em turnos diferentes. Outra possibilidade a subseqente, iniciando o curso tcnico aps a concluso do Ensino Mdio.

Essa flexibilizao permite que um maior nmero de jovens possa escolher a melhor opo de acordo com sua disponibilidade e interesse.

4.1 Organizao da Educao Profissional

A educao profissional ser desenvolvida (art. 1 do Decreto Federal n 5.154, de julho de 2004) por meio de cursos: Formao Inicial e continuada de trabalhadores; Educao Profissional Tcnica e Educao Profissional Tecnolgica:

4.1.1 Formao Inicial e Continuada de Trabalhadores - Destina-se a qualificar e requalificar trabalhadores, independentemente da escolaridade prvia. modalidade de educao no formal de durao varivel. No est sujeita regulamentao curricular (sendo oferecida de forma livre em razo das necessidades do mundo do trabalho e da sociedade). Propicia certificao de competncias ou de qualificao profissional.

Alm da Formao Inicial Continuada, existem, em modalidade similar, os Cursos de Aprendizagem (Menores Aprendizes). Esses cursos so gratuitos, destinam-se a adolescentes que tenham concludo o Ensino Fundamental e buscam qualificar-se para o primeiro emprego.

A contratao de aprendizes dever atender, prioritariamente, aos adolescentes entre 14 e 18 ou at aos 24 anos, quando as atividades prticas da aprendizagem ocorrerem no interior do estabelecimento, sujeitando os aprendizes insalubridade ou periculosidade. (Decreto n 5.598/05, promulgado em 1 de dezembro de 2005).

4.1.2 Educao Profissional Tcnica - Destina-se a proporcionar habilitao profissional a alunos matriculados ou egressos do Ensino Mdio, capacitando jovens e adultos com conhecimentos e habilidades gerais especficas para o exerccio de atividades produtivas.

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL21

4.1.3 Educao Profissional Tecnolgica - Corresponde a cursos de nvel superior na rea de tecnologia destinados a egressos do Ensino Mdio e/ou Tcnico, e conferem Diploma de Tecnlogo na rea cursada. A filosofia destes cursos formar profissionais para atuao rpida no mercado de trabalho. Devem ser estruturados para atender aos diversos setores da economia, abrangendo reas especializadas.

4.2 Por que Escolher um Curso de Educao Profissional?

As pessoas possuem alguns esteretipos sobre a Educao Profissional. A imagem que o jovem possui da profisso em princpio no verdadeira, nem falsa, nem mais prxima ou mais distante da realidade, simplesmente uma idia que deve ser trabalhada/aproximada, permitindo assim uma identificao do seu real significado.

importante observar que essa imagem constituda na interiorizao e singularidade do vivido, da serem diferentes para cada pessoa. Tambm respondem s necessidades subjetivas que foram construdas na relao com a histria individual e o ambiente social do sujeito.

O problema no est em cursar ou no uma universidade, ter ou no um diploma. A questo admitir que nossas universidades so para uma minoria, e que investir na educao profissional seguramente uma das formas de enfrentar o desemprego.

Diante dessas perspectivas, este Guia prope-se a auxiliar o jovem na tomada de deciso atravs da Informao Profissional, destacando as Famlias Profissionais, os cursos, as atividades e o campo de atuao, para que ele possa vislumbrar as alternativas para a elaborao de um planejamento de qualificao profissional.

No primeiro quadro, a Educao Profissional est organizada em trs nveis: Formao Inicial e continuada, Tcnica e Tecnolgica; e no segundo apresenta os cursos, atividades e Campo de atuao. A Formao inicial e continuada de educao profissional pode ser a porta de entrada, caracterizando-se pela qualificao rpida e contedos elaborados de acordo com as necessidades do mercado. A Educao Profissional Tcnica articulada com o Ensino Mdio regular, com organizao curricular prpria, proporcionando a habilitao profissional. A Educao Profissional Tecnolgica constitui o nvel superior da educao profissional criada para responder s necessidades de especializao e aperfeioamento das profisses.

Ao iniciar um curso de formao inicial e continuada, abre-se a possibilidade de uma evoluo profissional, pois os passos seguintes podero ser o curso tcnico ou mesmo o tecnolgico. A procura por um curso de Educao Profissional favorece, de forma direta, a entrada no mercado de trabalho, abrindo a possibilidade de uma melhor colocao e de, por meio de estudos mais prticos, colocar a mo na massa mais rapidamente. Alm disso, tanto a Educao Profissional tcnica quanto a tecnolgica permitem o aproveitamento de estudos e de experincia profissional. Seus currculos so construdos por competncias e em mdulos que outorgam certificaes intermedirias.

Vale lembrar que depois de ingressar no mercado de trabalho, s se mantm aquele que recicla seus conhecimentos, busca novas informaes, reestrutura e amplia sua formao.

4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

Existe, no mercado de trabalho, um nmero elevado de profissionais desmotivados, com reduzida fora empreendedora, com a auto-estima comprometida, isso porque tiveram de aceitar desempenhar trabalhos relevando desejos/vontade, habilidades e aptides, por falta de conhecimento/informao sobre as atividades realizadas, campos de atuao e vrias alternativas de carreira profissional.

4.3 Famlias Profissionais

As profisses podem ser agrupadas de diversas maneiras conforme os critrios adotados. O mais comum o agrupamento pelas reas do conhecimento: Humanas, Exatas e Biolgicas. Outro critrio considerar o que as profisses tm em comum, agrupando-as em FAMLIAS PROFISSIONAIS.

Neste Guia, optamos pelo esquema de famlias, com o objetivo de facilitar a visualizao das caractersticas das profisses e os seus respectivos nveis. Desta forma, uma mesma profisso poder aparecer mais de uma vez em grupos de famlia.

Tentamos agrupar as mais diversas profisses possveis, focando o mercado de trabalho da cidade de So Paulo. Porm, elas nascem, modificam-se e muitas vezes desaparecem com um dinamismo muito acentuado.

FAMLIA DA ADMINISTRAOEssa famlia caracterizada pelo controle da rotina administrativa das empresas. Colabora nos

planejamentos estratgico, ttico e operacional organizacional.

Auxiliar AdministrativoAuxiliar de ContabilidadeAuxiliar de Departamento PessoalAuxiliar de EscritrioAuxiliar de Escritura FiscalCorretor de ImveisCorretor de SegurosRecepcionistaTcnicas de secretariadoTelemarketing, Marketing e Vendas

AdministraoAdministrador PredialAdministrao HospitalarAssistente de Gesto EmpresarialAssistente de SegurosComercializao e MercadologiaComrcio ExteriorContabilidadeGesto empresarialLogsticaSecretariadoSegurana do TrabalhoTransaes ImobiliriasVendas

Auditoria, Controle e Qualidade nas empresasAutomao de Escritrios e SecretariadoComrcio ExteriorGesto de Comrcio e ServiosGesto de Pessoas e das Relaes de TrabalhoGesto de Recursos HumanosSecretariado

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

FAMLIA DAS ARTESAs profisses desta famlia esto ligadas criao artstica, criatividade, sensibilidade, utilizao de

tcnicas de expresso no desenvolvimento de trabalhos artsticos.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

Desenho CopistaDesenho de Moda e VesturioDesenho Tcnico de EdificaesMarceneiroProjetista de Arquitetura

AtorDecoraoDesenhista de ComunicaoDesenhista de PublicidadeDesenho de ArquiteturaDesenho de Construo CivilDesenho de ProjetosDesign de InterioresDesign de MveisDesign GrficoEstilismoEstilista e Coordenador de ModaInstrumento MusicalModaMsicaPaisagismoPublicidade

Criao e Produo GrficaDesign e MultimdiaDesign de InterioresDesign de Produtos - MveisDesign GrficoPaisagismo para Casa e JardimTecnologia em PublicidadeTecnologia em Web DesignVesturio

FAMLIA DAS ARTES GRFICASCaracteriza-se por profisses ligadas a publicaes de forma geral, na criao, produo, orientao

e superviso dos trabalhos grficos e distribuio dos mesmos.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

Desenhista CopistaImpressor Off-set

Artes grficasCelulose e PapelGrfico em Off-setGrfico em Pr-impressoGrfico em Rotogravura e Flexografia

Artes grficas

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

FAMLIA DA AGROPECURIACaracteriza-se pelas profisses voltadas ao trato com a natureza, no que se refere explorao

econmica dos recursos naturais: minerao, agricultura e pecuria.

Criador de gado bovino e ovinoNutrio animal e vegetalTrabalhador agrcola polivalenteTrabalhador da Agropecuria (Gado Leiteiro)

Acar e lcoolAdministrador ruralAgriculturaAgroindstriaAgropecuriaAlimentosFlorestalMineraoPecuria

AlimentosBovinoculturaCooperativismoPetroqumica

FAMLIA DA ALIMENTAO E NUTRIOCaracteriza-se pelas profisses voltadas atividade de planejamento, desenvolvimento, superviso,

manuseio, armazenamento de matrias-primas, preparo e controle de produo na industrializao de alimentos, insumos e produtos.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

ConfeiteiroCozinheiroPadeiro

AlimentosCarnes e derivadosNutrio e diettica

AlimentosGastronomia

FAMLIA DA BIOLOGIA E SADECaracteriza-se pelo estudo dos seres vivos de forma geral e a preservao da sade e do bem-estar

da humanidade.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

Agente de sadeEnfermagem - Terapia IntensivaEnfermagem - Terapia Intensiva (Neonatal)

Administrao hospitalarAuxiliar de EnfermagemBioqumicaEnfermagemFarmciaLaboratrio de prtese dentriaPatologia clnicaRadiologiaSaneamento ambientalVisitador sanitrio

EnfermagemGesto Hospitalar e Servios de SadeProjeto, manuteno e operao de aparelhos mdico-hospitalaresRadiologia Mdica e Diagnstico por imagem em sadeSaneamento ambientalSanitarismo

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

FAMLIA DA CONSTRUO CIVILRefere-se a projetos de construo, reforma e manuteno de moradias, pontes, edifcios, estradas,

obras de saneamento etc.

AzulejistaDesenho de construo civil (CAD)Desenho de edificaesEletricista PredialPedreiro

AgrimensuraArquiteturaConstruo civilDecoraoDesenho de arquiteturaDesenho de construo civilDesenho de estruturasEdificaesEstradasPaisagismo

EdificaesEstruturas metlicasHidrulica e saneamentoMovimento de terra e pavimentaoObras e SoloPlanejamento e Gesto de Empreendimentos na Construo CiviTopografia

FAMLIA DA COMUNICAOCaracteriza-se por difundir informaes atravs dos diferentes meios de comunicao.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

Direo de Imagem e somEditor de VideoteipeIluminaoOperador de CmeraRadialista

Desenho de comunicaoDesenho de publicidadePublicidadeRadialista

Cinema e vdeoDesign de multimdia

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

FAMLIA DA ELETROELETRNICACaracteriza-se pela programao, gerao, distribuio da energia eltrica, desenvolvimento,

instalao e reparao de sistemas eletroeletrnicos.

Anlise de Circuitos EltricosAutomao IndustrialComandos EltricosControladores Lgicos Programveis (CLP)Eletricidade GeralEletricistaEletricista de manutenoEletricista IndustrialEletricista Instalador de EdifciosEletrnica AnalgicaEletrnica DigitalEmendador de Cabos Eltricos e TelefnicosInstalaes EltricasManuteno de Monitores de VdeoMquinas Eltricas

EletrnicaEletrnica - Automao de manufaturaEletrnica de Sistemas de Aquisio de DadosEletrnica IndustrialEletroeletrnicaEletromecnicaEletrotcnicaInstalao de Sistemas de Energia EltricaMecatrnica

Automao IndustrialEletrnica de Sistemas DigitaisMecatrnicaMicroprocessadores e automao IndustrialSistemas eletrnicos de Comunicao

FAMLIA DA INFORMTICACaracteriza-se pelo desenvolvimento e aplicaes tcnicas para o uso dos computadores e

equipamentos afins, tanto de hardware como de software, aplicados em todos os setores da economia. Colabora na montagem de estruturas de banco de dados e codificao de programas, bem como, na automao e manuteno dos processos industriais, controlando as etapas de fabricao informatizada do produto.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

Administrador de rede/InternetAdministrador de Rede localConstruo de Home Page (HTML)Informtica AvanadaInformtica InicialMantenedor de Sistema de microcomputadorManuteno de ImpressorasMontagem e Configurao de MicrocomputadoresProgramador de MicrocomputadorWindows, Word, Excel

Desenvolvimento de softwareInformticaInformtica industrialInformtica rede de comunicaoProcessamento de dados

Desenvolvimento de Aplicaes - InternetDesenvolvimento de SoftwareInformticasProcessamento de DadosRedes de ComputadoresSegurana de RedesSistemas de InformaoSistemas Eletrnicos de ComunicaoTcnicas Digitais

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

FAMLIA DA MECNICACaracteriza-se pela arte de construir mquinas e equipamentos mecnicos. Os profissionais desta

famlia dedicam-se a elaborao de projetos, superviso, orientao tcnica, montagem e manuteno destes equipamentos.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

Afiao de ferramentasAjustagem MecnicaCaldeireiroControle de medidasDesenho Assistido por Computador (CAD)Desenho MecnicoEletricista IndustrialFerramenteiroFerramenteiro de Corte, Dobra e RepuxoFerramenteiro de DispositivosFerramenteiro de Moldes TermoplsticosHidrulica e PneumticaLeitura e Interpretao de desenhoMecnico AutomobilsticoMecnico de Conformao de MateriaisMecnico de UsinagemMecnico MultifuncionalMetrologiaMotores de Combusto InternaProgramao e operao de mquinas CNCReparador de Sistemas de FreiosSistemas de IgnioSoldadorTorneiro Mecnico

AutomaoDesenhista MecnicoDesenho de EstruturasDesenho de Projetos de Ferramentas e DispositivosDesenho de Projetos MecnicosEletromecnicoEstrutura navalInstrumentaoInstrumentao - Controle de ProcessosManuteno de aeronaveManuteno de mquinas e equipamentosMquinas navaisMecnicaMecnica automobilsticaMecatrnicaMetalurgiaPlanejamento e controle de Produo - mecnicaRefrigerao e climatizao

Automao IndustrialConstruo e Manuteno de Sistemas de Navegao FluvialMecnica de PrecisoMecatrnica IndustrialProcessos de Produo Processos de Produo - UsinagemProduo com nfase em industrialProduo com nfase em plsticoProjetosProjetos, Manuteno e Operao de Aparelhos Mdico-HospitalaresSoldagem

FAMLIA DO MEIO AMBIENTEDesenvolvem a gesto ambiental dos processos de produo, explorando os recursos naturais de

maneira sustentvel. Contribuem na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que minimizem os impactos ambientais provocados pela ao humana.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

At o momento, no h cursos neste nvel Recursos HdricosSaneamentoTcnico em Meio Ambiente

Ambiental IndustrialGesto Ambiental Hidrulica e Saneamento AmbientalQumica Ambiental EmpresarialTecnlogo Ambiental

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

FAMLIA DA QUMICAProfissionais que atuam no controle da qualidade dos produtos e de processos, desenvolvendo e

aperfeioando produtos qumicos. Nos laboratrios qumicos, elaboram as substncias aplicveis indstria e ao consumo.

Anlises Qumicas Acar e lcoolCelulose e papelCermicaCurtimentoLaboratrio industrialQumica

PetroqumicaQumica Ambiental Empresarial

FAMLIA DE TELECOMUNICAESDesenvolvem projetos de sistemas de telecomunicaes atuando em processos de produo,

comercializao, operao e manuteno nas reas de comutao, transmisso, recepo, redes, protocolos e telefonia.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

EletricistaEletrnica BsicaEletrnicosEmendador de Cabos Eltricos e TelefnicosReparador de CircuitosTelefonia

Telecomunicaes Redes de TelecomunicaesRedes WirelessSegurana de redesTecnologia em Telecomunicaes

FAMLIA TXTIL E MODAProfissionais habilitados a atuar em todos os processos da cadeia produtiva txtil - beneficiamento,

fiao, tecelagem, malharia e nos setores de desenvolvimento de produto.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

Corte e CosturaCostureiro Industrial polivalenteDesenho de Moda e Vesturio

CaladosEstilismoEstilista e Coordenador de Moda ModaTxtilVesturio

Gesto de ProcessosProdutivos do VesturioTxtil

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

FAMLIA DO TURISMO E HOTELARIAProfissionais que atuam nas agncias de viagens, hotis, restaurantes, empresas de transporte e

eventos, promovendo a venda de produtos e servios de turismo e hotelaria.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

BarmanConfeiteiroCopeiraCozinheiroGaromPadeiroRecepcionistaRecreacionista

Agente de viagemHotelariaTurismo

Agenciamento de ViagemGastronomiaGesto de Turismo e HotelariaHotelariaLazer e RecreaoOrganizao e Promoo de eventosTurismo

FAMLIA DO TRANSPORTEExecutam a logstica do transporte e do trfego na malha metroviria, ferroviria e viria,

caracterizando as modalidades de transportes, seus usos e prescries, tanto para cargas quanto para passageiros.

Formao Inicial e Continuada - Qualificao

Educao Profissional Tcnica - Habilitao

Educao Profissional Tecnolgica -Superior

Operador de EmpilhadeiraMecnico de Manuteno

EstradasTransporte Metropolitano Sobre TrilhosTransporte Metropolitano Sobre Pneus e Trnsito Urbano

Cincias AeronuticasLogstica com nfase em Transporte

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4.4 Cursos tcnicos - Atividades e campo de atuao

Para realizar a consulta dos cursos de Educao Profissional Tcnica e respectivas instituies, em todo o Pas, acesse o Cadastro Nacional de Cursos de Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio (CNCT), por meio da Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica (Setec), do Ministrio da Educao. Sites: e www.mec.gov.br http://portal.mec.gov.br/setec

4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Acar e lcool o profissional que faz a ligao entre o Engenheiro Qumico ou o Qumico (de Nvel Superior) e os Operadores de Produo nas usinas de acar e lcool.Participa de implantao e do controle dos processos tecnolgicos de fabricao dos produtos e subprodutos.Controla recebimento, estocagem e lavagem da cana-de-acar; fabricao, secagem e armazenamento do acar.Faz anlises e controle de qualidade, acompanha a elaborao de boletins e relatrios de produo.Cuida da higiene e segurana do trabalho seguindo as normas nacionais e internacionais.

Laboratrios de pesquisa, usinas de acar e lcool, destilarias de lcool.

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http://www.mec.gov.brhttp:// http://portal.mec.gov.br/setec

4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

Administrao Na rea de Produo: atua em conjunto com a gerncia no planejamento e controle de produo, auxilia no suprimento e na garantia da qualidade dos produtos e servios.Na rea Contbil e Financeira: auxilia na anlise de relatrios financeiros da empresa, executa clculos, aponta falhas e sugere modificaes, classifica contas.Na rea de Recursos Humanos: elabora folhas de pagamentos, controle de frias, contratao e dispensa de funcionrios e controle de recolhimento de encargos sociais.Na Administrao de Produo: elabora listagens de materiais em estoques, auxilia no controle de produo, administra, classifica, codifica e controla o material necessrio. Auxilia na definio da Poltica Social e na organizao de dados sobre oferta e demanda dos diversos profissionais do mercado de trabalho.Na rea de Marketing: elabora estatsticas, levantamento do volume de vendas, clculos de comisses, previso de vendas e colabora no plano estratgico comercial.Utiliza a informtica como instrumento facilitador atravs do registro de informaes coletadas e processadas por meio de grficos, planilhas e relatrios.

Indstria, comrcio e empresas de qualquer ramo de atividade, tais como: prestao de servios, comrcio, automobilsticas, alimentcias e qumica, entre outras.

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Cuida das especificidades do agronegcio e cadeia produtiva.Orienta agricultores na organizao de associaes e cooperativas e na obteno e utilizao de crdito rural.Orienta no desempenho dos recursos humanos engajados na produo agropecuria, otimizando as finanas, os materiais e a tecnologia utilizada, atravs do planejamento, organizao, direo e controle das atividades das empresas rurais.

Empresas rurais e agronegcios, cooperativas, sindicatos, empresas de planejamento, crdito e insumos agropecurios e agrcolas.

Administrao Rural

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

Agricultura

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Cuida do tratamento e preparo do solo, fazendo as devidas correes e utilizao de adubos.Implanta sistemas de irrigao e drenagem, planeja as construes rurais para armazenamento e conservao de produtos agrcolas.Orienta tecnicamente agricultores e executa atividades ligadas formao, conduo e colheitas de culturas.Planeja e executa projetos agrcolas.Desempenha funes de gerenciamento de propriedades agrcolas.

Empresas rurais e agronegcios, cooperativas agrcolas, instituies pblicas e privadas, comrcio e prestao de servios em assessoria tcnica na rea.

Agrimensura

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Realiza levantamentos topogrficos, hidrogrficos e geodsicos, e executa clculos e desenhos dos levantamentos realizados.Executa e supervisiona a demarcao de loteamentos, arruamentos, estradas de rodagem, construo de barragens de terra, trabalhos de terraplanagem, irrigao e drenagem, construo de tneis, vias urbanas e rurais, levantamentos para a construo de diques, levantamento e demarcao de minas.Realiza servios de vistoria e arbitragem relacionados a seu campo de atuao.

Empresas de loteamento, construo civil e levantamento topogrfico para os segmentos pblicos municipais, estaduais e federais e tambm para empresas privadas.

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Agroindstria

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Cuida do processamento de alimentos de origem animal e vegetal, tais como leite, ovos, carnes e derivados, frutas e hortalias.Seleciona a matria-prima, faz anlises laboratoriais dos alimentos.Estuda a composio qumica de alimentos, de aditivos e princpios de conservao.Efetua tratamento de gua de consumo industrial e tratamento de efluentes industriais.Cuida do processo de embalagem dos produtos industrializados.Realiza o controle de qualidade nas diversas reas da cadeia produtiva.Realiza o gerenciamento de recursos energticos, do controle de qualidade e dos processos de toda a estrutura produtiva.Utiliza-se de tecnologia especfica, visando atender s necessidades do mercado de trabalho, respeitando os limites de sustentabilidade econmica, social e ambiental.

Agroindstrias como laticnios, cooperativas agropecurias, indstrias de alimentos, fbrica de rao, indstria de conservao de alimentos e processamento de derivados crneos.

Agropecuria

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Auxilia o veterinrio e o agrnomo na execuo de projetos agropecurios.Colabora no desenvolvimento de cooperativas agrcolas e pecurias.Administra propriedades rurais e pode se especializar na comercializao de produtos agropecurios.Executa tarefas ligadas produo agrcola.Cuida do preparo da terra, executando a aplicao adequada de adubos e fertilizantes.Realiza a seleo de sementes, semeadura e colheita do plantio.

Propriedades e empresas rurais, cooperativas agropecurias, clnicas agropecurias, clnicas veterinrias, instituies pblicas.

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Alimentos

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Auxilia engenheiros;Realiza inspeo sanitria de produtos de origem animal e vegetal.Participa de todos os processos de industrializao de produtos alimentcios e bebidas.Executa controle de qualidade qumica e biolgica de matrias-primas e produtos alimentcios.Realiza pesquisas para o desenvolvimento de novos alimentos.Supervisiona o processo industrial dos alimentos; Inspeciona os produtos para comercializao.

Indstria de alimentos em geral, entrepostos de armazenamento e beneficiamento de matrias-primas, institutos de pesquisas, rgos de fiscalizao sanitria e proteo ao consumidor.

Artes Grficas

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Compe textos em tipos de imprensa, funde e crava clichs de impresso.Opera mquinas de imprimir textos e ilustraes sobre papel, metal, tecido e outros materiais;Revela filmes, copia e amplia fotografias e encaderna livros;Programa, orienta, supervisiona e acompanha os processos de produo grfica;Elabora fluxogramas de trabalho estabelecendo cronograma para as tarefas;Executa o controle de qualidade das matrias-primas, dos originais, da reproduo e impresso;Coordena e executa servios de manuteno de equipamentos e instalaes.

Empresas grficas e produtoras de embalagens, agncias de publicidade e fornecedoras de insumos.

Assessoria de GerenciamentoEmpresarial

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Planeja e organiza as atividades da empresa de acordo com a sua finalidade.Supervisiona as atividades de equipes de trabalho.Define metas e estratgias e controla a realizao e os resultados alcanados;Administra conflitos, analisa problemas, incrementa as solues e viabiliza as aes necessrias ao alcance dos objetivos;Avalia competncias e potencialidades dos profissionais.

Indstria, comrcio, prestao de servios de consultoria e assessoria em gesto empresarial em empresas de mdio e pequeno porte, entre outros.

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Ator

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Representa personagens de peas teatrais e textos literrios;Observa e estuda as caractersticas da personalidade do personagem a ser interpretado, seja ele real ou fictcio, a fim de transmitir ao pblico os pensamentos, sentimentos, emoes, particularidades fsicas e detalhes de expresso etc., do personagem interpretado;Estuda e memoriza textos e representa-o vrias vezes, observando os gestos, movimentos e impostao de voz adequados para atingir o grau de identificao com o personagem para a apresentao em pblico.Realiza a caracterizao do personagem, utilizando maquiagem e vestimentas de acordo com o local e a poca em que a cena acontece.Colabora na divulgao do espetculo em programas de rdio, televiso, fornecendo entrevistas a jornais e revistas.

Teatro, cinema, rdio e televiso, instituies de difuso artstica e cultural, tais como ONGs, Fundaes, circos, instituies recreativas, de ensino, etc.

Pode atuar na indstria de autopeas, montadoras de veculos, oficinas mecnicas, no planejamento, superviso e desenvolvimento de processos de produo, reparao, recondicionamento, manuteno, inspeo e testes de veculos automotores.Elabora diagnsticos e programas de manuteno, verifica e cadastra peas e ferramentas.Realiza testes e elabora os relatrios tcnicos.

Automobilstica

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Indstrias e concessionrias de veculos, oficinas de reparos, empresas de transportes, locadoras e retficas.

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Auxiliar de Enfermagem

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Presta servios de assistncia de enfermagem em programas de proteo, recuperao e reabilitao da sade.Executa atividades de apoio tais como: preparo e esterilizao de material para exames, tratamentos, intervenes cirrgicas e atendimento obsttrico.Realiza curativos e cuida da higiene dos pacientes.

Hospitais, clnicas particulares, postos de sade, atendimento domiciliar, casas de repouso, ambulatrios empresariais.

Auxiliar de Escritrio

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Executa atividades pertinentes a escritrio em geral;Separa e classifica documentos e correspondncias;Realiza transcrio de dados, lanamentos e fornece informaes;Auxilia na organizao de arquivos;Elabora minutas, digita cartas e outros textos para atender s necessidades administrativas;Efetua o controle de requisies e recebimento de material de escritrio.Atende s chamadas telefnicas, anota e transmite recados e informaes.

Indstria, comrcio, escritrios de empresas prestadoras de servios, etc.Normalmente o incio da carreira profissional realizando trabalhos como auxiliares em diversos setores, tais como: Administrao de pessoal, rea administrativas em documentao e arquivos, e tambm financeiro-contbil, entre outros.

Auxilia nas anlises relacionadas s propriedades fundamentais, estrutura molecular da matria-prima;Estuda as transformaes que possam ocorrer nos produtos qumicos.Auxilia em pesquisas para a descoberta de novos produtos e novas aplicaes para produtos j existentes;Pesquisa e estuda as matrias-primas mais adequadas produo, visando otimizar os processos.Realiza o controle de qualidade dos produtos.

Indstrias qumicas, alimentcias, de tintas e vernizes, vidros, laboratrios de anlises qumicas e instituies cientficas e de pesquisa.

Auxiliar de Laboratrio deAnlises Clnicas

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

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Bioqumica

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Executa anlises bioqumicas e microbiolgicas em amostras biolgicas, desde o recebimento das amostras at a avaliao e liberao dos resultados das anlises, sem emitir laudos e diagnsticos;Executa controle de qualidade qumica e microbiolgica de matrias-primas de produtos alimentcios;Participa da implantao e do controle de processos tecnolgicos na fabricao de produtos e subprodutos e das anlises e controle de qualidade;Realiza o controle de qualidade para validao das anlises realizadas.Cuida da calibrao, manuteno, limpeza e desinfeco dos equipamentos.Executa processos de tratamento de gua;Realiza laudos tcnicos relativos anlise de potabilidade da gua;Executa o incremento da produo de matrias-primas bsicas da indstria farmacutica para a produo de soros, vacinas, antibiticos e outros medicamentos.

Laboratrios de anlises clnicas;

Indstrias farmacuticas, qumicas e alimentcias.

Calados

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Realiza o planejamento, superviso, execuo e manuteno dos processos de fabricao de calados;Seleciona equipamentos e matrias destinados fabricao de calados;Estuda e projeta novos modelos;Realiza testes de resistncia e controle de qualidade;Cuida da manuteno e conservao das mquinas, equipamentos e instrumentos;Orienta e supervisiona os operadores industriais.

Indstrias de calados e empresas de modelagem de calados, de fabricao de insumos etc.

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Celulose e Papel

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Participa de todos os processos da industrializao do papel, desde a seleo da matria-prima, a madeira, da moagem para obteno da polpa at a mistura dos elementos qumicos e corantes necessrios na fabricao do produto;Opera mquinas para a transformao da madeira em papel;Realiza anlises qumicas e controle de qualidade.Orienta e supervisiona equipes de trabalho.

Indstria de papel e celulose, empresas fornecedoras de matrias-primas e equipamentos para a indstria de celulose e papel, empresas clientes da indstria papeleira, empresas que comercializam papel carto e papelo, entidades e institutos de pesquisa.

Cermica

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Colabora em pesquisas, ensaios e experincias relacionados com as transformaes fsicas ou qumicas dos materiais cermicos;Projeta modelos e moldes determinando a tcnica e a matria-prima a serem utilizadas na fabricao;Elabora testes, ensaios e anlises qumicas da matria-prima a ser utilizada na composio da cermica;Estuda e examina a formulao da massa desejada para a fabricao do produto;Orienta na preparao da massa em todas as suas etapas: moagem, filtragem, marombagem, formao, secagem, queima, esmaltao e decorao;Realiza o controle de qualidade da matria-prima e do produto acabado;Cuida da manuteno e conservao das instalaes, equipamentos e instrumentos;Realiza fluxograma das atividades e estabelece medidas de segurana do trabalho;Presta assistncia tcnica aos clientes da empresa.

Indstrias de fabricao de revestimentos cermicos de piso e parede; de cermica vermelha para a construo civil; de cermica branca (loua de mesa, porcelanas, louas artsticas, isoladores eltricos, aparelhos sanitrios); de extrao de matrias-primas e insumos para indstria cermica; cermica avanada e cermica tcnica;Indstria de vidros em geral e cimento.

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Comercializao eMercadologia

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Estuda, analisa e orienta assuntos ligados comercializao de produtos e seu comportamento no mercado consumidor, visando assessorar a produo e industrializao dos produtos, tendo em vista sua comercializao;Elabora planos de ao preventiva ou corretiva, objetivando eliminar possveis distores no equilbrio da oferta e procura de mercadorias;Orienta e supervisiona o sistema de coleta de informaes e elabora o levantamento de dados sobre as atividades econmicas da indstria e do comrcio.Executa pesquisas e anlises do mercado consumidor;Programa campanhas especiais de promoo, vendas e prepara pessoal para atuar em campanhas e promoes;Participa de grupos de estudos sobre problemas referentes ao armazenamento, transporte, renda e despesas especficas dos produtos da empresa;Fornece orientao tcnica ao comrcio importador e exportador e aos produtores, sugerindo implantao de tcnicas para a otimizao das vendas;Realiza estudos de probabilidade de colocao de produtos no mercado;Realiza pesquisas, testes e experimentos sobre a aceitao de novos produtos ou abertura de novos mercados;Estuda e analisa potencial de mercado e realiza projeo de vendas.

Agricultura, pecuria, indstrias, empresas comerciais, corretoras de imveis, corretoras de seguros, bancos, empresas de mercado de capitais.

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Comrcio Exterior

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Executa tarefas bsicas como a pesquisa de produtos a serem exportados ou importados;Realiza contato com rgos ligados ao comrcio exterior, s empresas exportadoras e importadoras;Efetua levantamento de custos de importao/exportao, clculo de preos dos produtos em moeda estrangeira, valores de frete e seguro.Providencia a documentao necessria transao comercial,abertura de cartas de crdito, desembaraos alfandegrios e detalhamento de todos os informes sobre os produtos a ser exportados/importados;Informa-se sobre comunicados oficiais, leis, decretos e portarias sobre taxas cambiais, situaes em portos, modificaes de artigos, alquotas e tarefas da alfndegas;Realiza pedidos de importao, prepara pedidos de vistoria e encaminha ao cliente o processo da mercadoria importada;Confere documentao de importao, emisso de contrato de compra e venda, preenchimento de ordens de pagamento para as despesas alfandegrias e atualizaes de registros de controle de navios;

Em empresas de exportao e/ou importao e bancos;Nas reas de Importao/Exportao de indstrias automobilsticas, mecnicas, aeronuticas, alimentos, armamento, artefatos, qumicas etc.,.

Elabora projetos de arquitetura e de instalaes prediais como:instalaes eltricas, hidro-sanitrias, gs e incndio;Interpreta normas tcnicas e utiliza-se de softwares especficos;Executa o detalhamento de desenhos de fundaes, estruturas metlicas e de concreto armado;Planeja obras, elabora oramentos e cronogramas fsico-financeiros; Dimensiona equipes de trabalho.

Empresas de engenharia e construo civil e arquitetura.

Construo Civil -Planejamento do Projeto

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

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Construo Civil -Habilitao, Planejamentoe Execuo de Obras

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Planeja e implanta a infra-estrutura fsica em canteiros de obras;Executa levantamentos topogrficos e locao de obras;Elabora oramentos de materiais, equipamentos e mo-de-obra;Orienta e coordena equipes de trabalho em canteiros de obras;Realiza coleta de material para anlises e ensaios tecnolgicos, de laboratrio e de campo;Analisa os resultados e avalia o comportamento dos materiais de construo.

Empresas de engenharia e construo civil e arquitetura.

Contabilidade

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Organiza, executa e supervisiona os servios de escriturao de livros comerciais e fiscais, como dirio, registro e inventrio, razo, conta corrente, caixa e outros;Realiza a transcrio correta dos dados contidos nos documentos originais;Opera sistemas manuais e mecanizados para cumprir as exigncias legais e administrativas e permitir o controle contbil e oramentrio da empresa;Executa levantamento de balanos, apresentando a situao real da empresa quanto aos bens, direitos, obrigaes e resultados econmicos;Elabora a demonstrao dos balanos, situao patrimonial e de resultados, atravs de exposio grfica, fornece um panorama detalhado e minucioso da situao da empresa;Orienta e executa trabalhos de anlise e conciliao de contas, revisando os saldos e retificando possveis erros, assegurando a correo das operaes contbeis;Organiza relatrios com dados estatsticos indicando os elementos contbeis necessrios anlise e tomada de deciso da direo.

Empresas e indstrias se todos os segmentos, prestadoras de servios, escritrios de contabilidade;Profissional autnomo prestando servios de consultoria a empresas e/ou pessoas fsicas.

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Curtimento

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Cuida das diversas etapas do processo de curtimento de couros e peles.Supervisiona coleta de amostras, seleciona as mesmas, desenvolve e executa anlises tcnicas de controle de qualidade;Prepara as solues qumicas utilizadas no curtimento;Supervisiona pessoal e equipamentos utilizados no tratamento do couro;Realiza pesquisas de novas aplicaes para o produto;Zela pelo cumprimento das normas de higiene e segurana do trabalho, assim como de preservao ambiental.

Indstrias de curtimento de couro e peles;Indstrias de couro e calados e empresas de consultoria.

Desenho e Arquitetura

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Aps a realizao do projeto pelo arquiteto, efetua o desenho nas escalas necessrias posterior execuo.Executa as representaes grficas de projetos de construo, tais como escalas de plantas, fachadas, perspectivas, detalhes das vrias partes das instalaes e ferragens utilizadas nas estruturas metlicas e de concreto armado;Estuda o esboo do projeto, examina croquis, rascunhos e plantas para se orientar na elaborao dos desenhos do projeto nas escalas necessrias;Elabora desenhos da pea ou da obra, utilizando instrumentos apropriados e observao de escalas adequadas;Auxilia o arquiteto no desenvolvimento de suas atividades.

Construtoras;Empresas de engenharia e arquiteturaDecoraoindstria e comrcio de materiais de construo ecomo prestador de servios em seu prprio escritrio.

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Desenho eConstruo Civil

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

A partir de projetos elaborado por engenheiro ou arquiteto, interpreta e elabora o desenho de acordo com as especificaes bsicas e legislao vigente, conforme normas tcnicas;Realiza clculos, desenhos e detalhes de projetos ou plantas;Elabora cronogramas e oramentos, dimensionando e estruturando as equipes de trabalho;Supervisiona obras de pequeno porte e colabora com engenheiros e arquitetos na superviso de detalhes em grandes obras.

Empresas de construo civil em geral.

Desenho deProjetos de Mecnica

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Planeja e desenha croquis (esboos) de mquinas e motores;Realiza projetos e desenhos tcnicos em geral;Interpreta projetos, lay-outs, diagramas e esquemas;Ler e interpreta catlogos, manuais e tabelas;Interpreta desenhos, representaes grficas e projetos de peas, mquinas e motores.Analisa os elementos que compem o projeto;Realiza oramentos e previses de custos para novos produtos;Seleciona os materiais para a fabricao de ferramentas e componentes mecnicos.Supervisiona setores de produo de ferramentas e dispositivos, peas, ajustagem e manuteno.

Indstrias mecnica, de material de transportes, de construo, metalrgica e eletroeletrnica, dentre outras.

Identifica os anseios e as necessidades de grupos sociais.Assessora lderes comunitrios nas atividades que envolvam os grupos.Orienta na soluo de problemas que afetam a coletividade.Em conjunto com assistentes sociais, psiclogos e pedagogos, estuda e estabelece metas e objetivos, visando melhoria da qualidade de vida do indivduo e da coletividade.

Instituies de ensino e pesquisa, instituies sociais, creches, associaes e entidades de classe, associaes comunitrias.

Desenvolvimento deComunidade

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

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Design de Interiores

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Estuda ambientes para elaborar projetos, considerando a esttica e funcionalidade dos mesmos.Elabora propostas visando melhoria de circulao, distribuio e composio de mveis, iluminao, revestimento e acabamento arquitetnico.

Escritrios ou empresas de decorao, fbricas de mveis, empresas de arquitetura, cenografia, montagem de feiras e exposies.

Design Grfico

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Cria e produz imagens em sistemas digitais.Elabora projetos de comunicao por meio de criao e/ou reproduo de imagens.Cria ilustraes, desenvolve layout, artes-finais, prottipos, embalagens, projetos de visualizao de interiores, maquetes, miniaturas e outros, por meio da computao grfica.

Agncias de propaganda, grficas, editoras, estdios de criao etc..

Edificaes

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Realiza trabalhos junto a engenheiros civis e arquitetos em todas as fases de projetos de construo civil;Executa servios de novas construes, reparo, manuteno e reformas de obras; Realiza levantamentos de dados, pesquisas, observaes e registros referentes ao solo, construo, equipamentos, materiais e contratao de mo-de-obra;Elabora clculos, prepara detalhes, prepara oramentos e programas de trabalho para a execuo da obra;Supervisiona e orienta os profissionais operacionais e acompanha o desenvolvimento dos trabalhos;Coordena e controla a aplicao dos materiais na obra;Presta assistncia tcnica na compra e venda de materiais, mquinas e equipamentos para a construo civil.

Empresas de construo civil, indstrias e comrcio de material de construo.

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Eletroeletrnica

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Elabora projetos de equipamentos eletroeletrnicos para aplicao industrial e instalaes eltricas industriais;Participa na programao de equipamentos para comandos industriais;Desenvolve projetos de baixa tenso residencial, industrial e predial;Desenvolve e aplica programas de conservao de energia;Interpreta grficos, diagramas, esquemas e testes de ensaio;Elabora desenhos tcnicos de esquemas de circuitos em todas as fases da montagem dos componentes eletrnicos e produtos;Avalia princpios de luminotcnica, de eletrnica digital e analgica industrial;Executa manuteno e reparo de mquinas e aparelhos eletrnicos.

Segmento de fabricao e manuteno de equipamentos eletroeletrnicos.

Auxilia engenheiros eltricos e mecnicos realizando clculos, preparando detalhes, elaborando oramentos de materiais e mo de obra;Efetua coleta de dados, levantamentos e pesquisas, registra observaes e leituras relativas a mquinas e aparelhos eltricos industriais;Supervisiona e orienta o profissionais operacionais e acompanha a execuo dos trabalhos;Cuida da manuteno de equipamentos que envolvam dispositivos de comandos automticos, mecnicos, eltricos, pneumticos e hidrulicos;Projeta dispositivos de comandos automticos, instalaes eltricas de fora e luz.

Eletromecnica

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Segmento de produtos eltricos, eletrnicos,indstria mecnica, automobilsticas, metalrgica, alimentos e txteis, entre outras.

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4 - A LDB E A EDUCAO PROFISSIONAL

Eletrnica

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Elabora desenhos tcnicos de circuitos impressos, componentes de aparelhos e equipamentos eletrnicos;Monta circuitos, realiza testes de calibrao, opera e realiza reparao e manuteno de aparelhos e dispositivos eletrnicos;Na rea de informtica, realiza testes e instalaes de sistemas eletrnicos.Colabora em trabalhos de filmagens e gravaes sonoras em empresas de comunicaes e telecomunicaes;Projeta, executa e instala aparelhos de som, eletrodomsticos, computadores;Interpreta a legislao e normas tcnicas referentes a processos, produtos de sade e segurana do trabalho;Interpreta projetos de manuteno e de instalaes de sistemas industriais, caracterizando e determinando aplicaes de materiais, acessrios, dispositivos, instrumentos, equipamentos e mquinas;Avalia os princpios dos sistemas convencionais de produo, instalao e manuteno, propondo a incorporao/transferncia para novas tecnologias.

Indstrias de eletrodomsticos e aparelhos eletrnicos;emissoras de rdio e TV;oficinas de assistncia tcnica e entre outras.

Eletrnica -Automao e Manufatura

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Planeja, supervisiona e desenvolve projetos de sistemas de automao da manufatura, integrando componentes e equipamentos, subsistemas e programas de computadores;Realiza instalao e manuteno desses sistemas.Utiliza equipamentos, instrumentos e ferramentas em laboratrios, salas de projeto/oficinas e em campo;

Todos os segmentos de mercado, tais como: txtil, qumica, automobilstica, construo civil, metalrgica, alimentcia, plsticos etc.

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Eletrnica -Sistema de Comunicaode Dados

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Planeja, supervisiona e desenvolve projetos de sistemas de aquisio e comunicao de dados empregados em automao industrial e comercial, integrando componentes, equipamentos, subsistemas e programas de computadores;Utiliza instrumentos de medio e controle, equipamentos e ferramentas;Realiza instalao, manuteno e reparos desses sistemas.

Indstria eletroeletrnica, sistemas industriais automatizados, empresas de telecomunicaes e informtica,automao bancria e comercial.

Eletrotcnica

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Elabora projetos eltricos de modo geral;Elabora planejamento e operao de sistemas eltricos;Supervisiona e executa manuteno de instalaes eltricas, de usinas hidreltricas e termoeltricas, de sistemas de gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica e de indstrias em geral;Realiza inspeo de redes de transmisso e distribuio de energia eltrica;Elabora projetos de iluminao urbanstica e de instalaes eltricas.

Empresas construtoras, usinas hidroeltricas e termoeltricas e indstrias em geral.

Enfermagem

Curso Descrio das Atividades Campo de Atuao

Executa atividades na prestao de assistncia enfermagem;Cuidado, conforto e higiene do paciente;Controla o pulso e a respirao, registra a temperatura do paciente e aplica soro e injees;Cuida da limpeza e esterilizao dos instrumentos, manuseia instrumentos cirrgicos, realiza curativos;Contribui na elaborao de planos de