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Caro Servidor! Sabemos que somos uma instituição que leva à sociedade um ensino de excelência e que, cada vez mais, faz-se presente na sociedade catarinense de maneira cada vez mais intensa e cotidiana. O programa de capacitação aqui apresentado nasceu da necessidade contextual do IF-SC, neste processo de Expansão que vivencia e que carece de solidificação em todos os sentidos. Nesse contexto, não é mais possível a Diretoria de Comunicação / Coordenadoria de Eventos atender toda a demanda dos campi nas questões de eventos e solenidades. Esta Diretoria de Comunicação já lançou o Guia de Eventos que busca dar orientações para organização e na condução do cerimonial e protocolo neste IF- SC. Especificamente, nesta capacitação, ganha foco o Mestre de Cerimônias na sua função propriamente dita e na função de cerimonialista que é o que caracteriza esse profissional neste IF-SC. Como roteirizar uma solenidade. O Mestre de Cerimônias na elaboração do roteiro e do script. O que pode e o que não pode fazer um Mestre de Cerimônias. Os bastidores de um evento. Dicas de Oratória. Dicas de Linguagem – vícios e tautologias. Como receber corretamente uma autoridade em seu evento. São alguns dos temas que serão tratados aqui. Esperamos que o curso atenda às suas expectativas! Bom proveito! Os mediadores.

Guia Mc if Cerimonial

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Caro Servidor!

Sabemos que somos uma instituição que leva à sociedade um ensino de

excelência e que, cada vez mais, faz-se presente na sociedade catarinense de

maneira cada vez mais intensa e cotidiana.

O programa de capacitação aqui apresentado nasceu da necessidade

contextual do IF-SC, neste processo de Expansão que vivencia e que carece de

solidificação em todos os sentidos.

Nesse contexto, não é mais possível a Diretoria de Comunicação /

Coordenadoria de Eventos atender toda a demanda dos campi nas questões de

eventos e solenidades.

Esta Diretoria de Comunicação já lançou o Guia de Eventos que busca dar

orientações para organização e na condução do cerimonial e protocolo neste IF-

SC.

Especificamente, nesta capacitação, ganha foco o Mestre de Cerimônias

na sua função propriamente dita e na função de cerimonialista que é o que

caracteriza esse profissional neste IF-SC.

Como roteirizar uma solenidade. O Mestre de Cerimônias na elaboração

do roteiro e do script. O que pode e o que não pode fazer um Mestre de

Cerimônias. Os bastidores de um evento. Dicas de Oratória. Dicas de Linguagem

– vícios e tautologias. Como receber corretamente uma autoridade em seu

evento. São alguns dos temas que serão tratados aqui.

Esperamos que o curso atenda às suas expectativas!

Bom proveito!

Os mediadores.

Page 2: Guia Mc if Cerimonial

1 PLANEJAMENTO DE EVENTOS: Introdução ao Planejamento de Eventos

Evento é um veículo de comunicação dirigida que tem, genericamente, o objetivo de

manter, elevar ou recuperar o conceito de uma organização junto ao seu público de

interesse. Eventos podem ser utilizados em campanhas institucionais e mercadológicas.

O escopo dos eventos no IF-SC é criar conceitos e reforçar a imagem de serviços e

produtos oferecidos pela instituição por meio da aproximação dos participantes,

oportunizando uma comunicação qualificada da instituição promotora.

Todo evento possui três fases: pré, trans e pós-evento. Não existe uma regra pré-

determinada para o início das atividades do planejamento do evento, pois cada contexto é

único. O orçamento disponível, o tempo para o planejamento, uma data pré-definida, as

pessoas que trabalharão - podem ser fatores determinantes para o início da concepção

do evento. O primeiro item a ser definido, entretanto, é o objetivo do evento. Depois do

objetivo, o conceito do evento deve ser pensado (grau de formalidade, formato, idéia

central delineando todos os outros itens, facilitando na elaboração do briefing (esboço,

resumo de alguns itens do evento) e na busca dos fornecedores. A partir daí, alguns

aspectos podem variar na ordem: recursos disponíveis e necessários, porte, público-alvo,

tipo do evento, divisão em comissões, data, local, logística, definição de formas de

acompanhamento e controles e as formas de avaliação do evento. Outro aspecto

fundamental são os relacionados com recursos financeiros. Estipular quem paga, se a

organização tem dinheiro próprio - ou se tentará captar recursos externos - e realizar um

orçamento detalhado é fundamental.

Desde o início é importante utilizar instrumentos de planejamento e controle como

check list (APÊNDICE B), cronograma, orçamento, lista de responsabilidades, lista de

fornecedores ou a lista de controle geral (que une diversos instrumentos). Tudo deve ser

organizado e arquivado (eletronicamente). Os instrumentos facilitam a gestão da

informação – busca, recuperação e uso da informação.

1.1 Objetivos do Evento

Todo planejamento de eventos está intimamente relacionado aos objetivos que se deseja

alcançar com a realização do mesmo. Assim, é necessário definir, com precisão, os

resultados a serem produzidos pela efetivação bem sucedida do evento.

Preferencialmente devem ser determinadas metas, proporcionando uma avaliação mais

objetiva dos resultados obtidos.

Page 3: Guia Mc if Cerimonial

1.2 Nome

O nome do evento deve exprimir seus objetivos e ser de fácil assimilação pelo seu

público-alvo. Via de regra, a denominação do evento contempla inicialmente a sua edição

(2º, III, 4º. – em números ordinais ou romanos), o tipo de evento (seminário, congresso,

simpósio, etc), a abrangência (regional, estadual, nacional, internacional) e o tema a ser

tratado. Por exemplo, “II Seminário Estadual, 4º Simpósio Internacional, seguidos da

temática a ser tratada. Também é possível a realização de eventos paralelos, integrando

as respectivas programações em tempo, espaço e público.

1.3 Público-alvo (target)

Público-alvo é quem se pretende atingir com a realização do evento. É a quem se destina

o evento, determinando se é externo, interno (somente servidores do IF-SC) ou misto. É

importante qualificar e quantificar o público. É um desperdício de recursos (financeiros,

pessoais, materiais, temporais) realizar um evento com muita gente, mas com poucas

pessoas do público que se objetivava conseguir. As estratégias para atingir tal público

devem ser estudadas desde a concepção do evento.

1.4 Data e horário

A fixação da data do evento e do horário é de vital importância. Marcar um evento, em

data/horário coincidentes com outras iniciativas da mesma natureza, ou destinadas ao

mesmo público, pode determinar o insucesso do mesmo. Sugere-se que os eventos não

iniciem antes das 9 horas, tendo em vista problemas de deslocamento. Também se

sugere que nas cidades em que houver muito trânsito, os eventos não sejam marcados

para iniciarem antes das 19 horas. Deve-se evitar iniciar um evento no período noturno da

sexta-feira, pois a freqüência em geral é menor, assim como em vésperas de feriado ou

em dias próximos a feriados que não foram “emendados”. As últimas semanas de aula

são um período conturbado, com provas, trabalhos, prestações de contas e elaboração de

relatórios de gestão, portanto cabe um estudo específico sobre a viabilidade da

realização. A verificação do calendário de eventos do IF-SC e do Calendário de Gestão é

condição indispensável para a escolha da data do evento.

1.5 Local do evento

Page 4: Guia Mc if Cerimonial

O êxito do evento também reside na escolha do local adequado (APÊNDICE D). Muitos

campi do IF-SC possuem espaços adequados para a realização de alguns tipos de

eventos. É mais cômodo e mais barato realizar eventos no próprio campus, entretanto,

em alguns casos, para o bom andamento dos trabalhos do evento é necessário que

sejam realizados em espaços próprios para eventos, como salas de eventos de hotéis,

teatros, centros de convenções, praças públicas, entre outros.

Aspectos da cidade-sede também devem ser levados em consideração, tendo em vista a

facilidade de acesso (terminais e vias), infraestrutura de hospedagem e alimentação e

perfil dos participantes (local de origem, perfil socioeconômico, meios de transporte que

serão utilizados, se haverá pagamento de diárias ou não, etc.).

1.6 Programação

A partir dos itens anteriores, é possível elaborar uma programação provisória. É

provisória pois o palestrante desejado pode não estar disponível, ou alguma outra

alteração de local, horário, entre outras, pode surgir. Atenção: dificilmente você

conseguirá fazer com que o intervalo de quinze minutos dure exatamente isso (até

porque o coffee break é um momento importante do evento, em que ocorrem

trocas importantes, sugere-se ao menos 30 minutos) ou que uma palestra de uma

hora não passe alguns minutos do prazo. Dificilmente um evento do IF-SC terá

três dias de duração (custo, deslocamentos, aulas e outros compromissos

dificultam). Tente realizar o evento em um dia e - no máximo - em dois. Para

serem contratados palestrantes externos ao IFSC ou à Rede Federal de EPT, o

tempo dos trâmites é maior, no mínimo três meses antes do evento. De qualquer

forma, é importante termos um mínimo de informações genéricas (local, tema,

data) para a elaboração do primeiro material de divulgação do evento.

1.7 Programação VisualAs peças promocionais utilizadas (convites, cartazes, banners, folders, hotsite, entre

outras) devem ser solicitadas ao Departamento de Marketing e Jornalismo, via formulário

próprio disponível na intranet (Intranet > Extensão e Relações Externas > Diretoria de

Page 5: Guia Mc if Cerimonial

Comunicação > Marketing). As inscrições para os eventos podem ser realizadas via hot

site, específico para o evento.

A identidade visual da instituição, aplicações de logomarca, bem como a presença de

outras informações relevantes são aspectos de extrema importância para a imagem do IF-

SC – inclusive a instituição possui o Manual de Identidade Visual -

http://intranet.ifsc.edu.br/images/file/DRE/Identid_Corp_IF_SC/manual_id_visual_v3.pdf .

Para sanar dúvidas sobre o assunto, contate o Departamento de Marketing e Jornalismo

([email protected])

1.8 ConvitesSugere-se elaborar uma relação de convidados relacionados ao evento. A definição da

lista de convidados deve ser realizada pelo responsável direto pelo evento. Quando o

evento e a lista de convidados forem mais abrangentes, deve-se estabelecer um limite

para o número de convidados/participantes em função do espaço disponível para acolher

confortavelmente a todos. Todos os eventos devem ser informados à Diretoria de

Comunicação ([email protected]), que disseminará a

informação para o manual de gestão, o calendário de eventos e a coordenadoria de

jornalismo – que, se julgar conveniente, divulgará nos órgãos internos de divulgação ou,

se for o caso, nos veículos de comunicação externos.

Os convites devem ser discretos, com texto claro e objetivo, motivando a participação dos

convidados. Além disso, devem ter elementos básicos como:

-cargo, instituição e pessoa que convida, nome do evento, local, data, hora, pedido de

confirmação (se necessário) e traje (se necessário). O layout do convite está no Manual

de Identidade Visual deste IF-SC. (APÊNDICE E)

O envio para autoridades regionais e outros participantes deve ser feita com no mínimo

10 dias de antecedência. No caso de representantes de instituições públicas e privadas

em âmbito estadual e federal, o convite requer uma antecedência maior. Sugere-se a

utilização de convites eletrônicos – mais ágeis e baratos.

1.9 Recursos HumanosNa organização de qualquer evento, independente de sua dimensão, deve haver um

responsável pela sua execução. Além disso, vários são os setores e pessoas envolvidos:

transporte, vigilância, limpeza, recepção, sonorização, alimentação, cerimonial, etc. O IF-

SC tem disponibilizado a contratação de serviços a partir de registros de preços.

Page 6: Guia Mc if Cerimonial

(modalidade de licitação. Consulte o pregão de eventos em vigor na intranet ou via

[email protected])

1.10 Transporte

Transporte urbano: refere-se ao transporte feito dentro do mesmo município onde ocorre

o evento. Esse fator assume importância relevante quando o evento se desenvolve em

local afastado dos locais de hospedagem. Dessa forma, providências quanto a

transportes opcionais e coletivos devem ser tomadas. O IF-SC possui carros oficiais e

ônibus. Cada campus possui uma dinâmica de utilização. É necessário verificar a

disponibilidade e agendar tão logo se tenha uma data prevista para a realização do

evento. Servidores públicos que estejam recebendo diárias não podem ser buscados em

terminais de transporte com carros oficias. O uso de veículo oficial restringe-se aos

momentos de trabalho do evento, sendo vedada sua utilização para transporte para

atividades sociais. O IF-SC tem disponibilizado serviços de transporte a partir de registros

de preços. (modalidade de licitação. Consulte o pregão de eventos em vigor na intranet ou

via [email protected])

Transporte aéreo: palestrantes e autoridades geralmente requerem transporte aéreo.

Nesses casos é necessária uma meticulosa organização para reserva, troca de horários

de vôos, etc. O departamento de administração do seu campus deve providenciar a

compra da passagem.

1.11 HospedagemDeve-se levar em conta a escolha dos hotéis, pousadas, restaurantes ou outras

acomodações para os participantes. O IF-SC tem disponibilizado serviços de

hospedagem a partir de registros de preços. (modalidade de licitação. Consulte o pregão

de eventos em vigor na intranet ou via [email protected]). De qualquer forma a

elaboração da rooming list (lista de pessoas que ficarão no hotel, já separados em

apartamentos – APÊNDICE F) deve ser providenciada pelo servidor responsável pelo

evento. Quando os servidores participantes de eventos vierem/forem participar de eventos

sem diárias, deverão receber café da manhã, almoço (sem bebidas alcoólicas), jantar

(sem bebidas alcoólicas) e transporte. A hospedagem se dará em apartamentos duplos,

triplos ou quádruplos – de acordo com as possibilidades de cada evento.

Page 7: Guia Mc if Cerimonial

1.12 Secretaria e recepção A recepção aos participantes do evento poderá ser realizada nos pontos de chegada

como aeroporto ou estação rodoviária. Além disso, a recepção poderá ser feita em hotéis

ou no próprio local do evento (caso mais freqüente). É fundamental montar uma recepção.

Numa formatura, por exemplo, precisamos saber quem já chegou (alunos, homenageados

e autoridades). Os processos de credenciamento dos participantes já inscritos, inscrições

no evento e a entrega do material individualizado (pastas, canetas, folheteria, etc)

requerem uma eficiente equipe, para evitar filas, desinformação e atrasos no início do

evento. Cabe atentar para a adequação do espaço destinado a esse serviço em relação

ao público esperado: indicação clara do critério para identificação (ordem alfabética,

número de inscrição...), bem como para a seleção de recepcionistas e secretários bem

preparados, preferencialmente uniformizados e com crachá de identificação. Sugere-se

que ao menos uma pessoa da recepção seja servidor do IF-SC, para facilitar o

reconhecimento de autoridades internas. Se o evento prevê a vinda de autoridades

regionais, sugere-se que o diretor do campus ou o coordenador de relações externas (ou

ainda uma pessoa que reconheça as autoridades regionais) fique próxima à recepção,

atuando como cicerone, bem recebendo tais convidados.

1.13 DecoraçãoO local de realização do evento deverá ser decorado conforme o caráter do mesmo. Os

locais poderão ser decorados com painéis, flores, banners, faixas, balões, etc.

Uma decoração/ornamentação discreta geralmente surte melhores efeitos. Sugere-se que

o arranjo da mesa (de trabalhos, de honra ou de autoridades) sejam em cascata (caindo

da mesa até próximo do chão) ou ainda plantas localizadas em frente à mesa ou nas duas

laterais da mesa de autoridades – devendo-se evitar arranjos grandes em cima da mesa,

pois obstrui a visibilidade dos membros da mesa por parte dos presentes no auditório e a

movimentação dos microfones. Sugere-se ainda uma pequena planta na recepção ou em

local de movimentação ampla. O IF-SC tem disponibilizado serviços de decoração a partir

de registros de preços. (modalidade de licitação. Consulte o pregão de eventos em vigor

na intranet ou via [email protected])

1.14 Materiais utilizadosOs materiais de expediente de um evento, bem como mesas, cadeiras, painéis, também

devem ser pensados pela comissão organizadora. Equipamentos devem ser solicitados

junto aos setores responsáveis com antecedência para que haja disponibilidade na

Page 8: Guia Mc if Cerimonial

utilização desses materiais. Uma vez que todo patrimônio público está registrado, é

fundamental que qualquer deslocamento - mesmo que internamente - de itens do

patrimônio, seja informado ao departamento de administração (caso o campus possua, à

coordenadoria de patrimônio). É importante pensar na melhor forma de deslocamento dos

equipamentos pesados. Alguns exemplos de materiais e equipamentos comumente

usados em eventos do IF-SC são: retroprojetor, telão, projetor multimídia, caneta laser,

equipamento, microfone, caixas de som, mídias digitais de hinos e música para ambiente,

computador, impressora, flip chart (cavalete com páginas de papel), quadro, giz e

apagador, material de copa (café, água e chá, lanches), gerador, palco, passarela, mesas,

cadeiras e cabine de tradução simultânea, entre outros.

1.15 DespesasA previsão de despesas deve acompanhar o planejamento, o que permitirá verificar a

extensão do que será feito em comparação ao que existe orçado na unidade responsável

pelo evento. A planilha de fluxo de caixa é importante instrumento a ser utilizado em

eventos mais complexos (APÊNDICE G). Convém observar o Manual de Processos para

Eventos para se informar sobre como obter recursos para eventos. Em princípio, evento

do campus ocorre com recursos do campus. No APÊNDICE H está um modelo de plano

de trabalho para captação de recursos na SETEC.

1.16 Trans-eventoTodo o processo de planejamento do evento culmina com a realização do mesmo. É a

hora da montagem e limpeza do espaço físico (incluindo banheiros e estacionamento), da

instalação da recepção e da secretaria, da mesa de autoridades, da sala VIP, da sala de

imprensa, da instalação de equipamentos (som, computador, projetor multimídia), da

verificação da alimentação, da sinalização do evento (placas, folhas e faixas indicativas),

da decoração, da temperatura do ar condicionado, da colocação do púlpito e das

bandeiras, da verificação das autoridades presentes (para irem à mesa ou serem

mencionadas pelo mestre de cerimônias, ou ainda a chamada dos formandos), a toalha e

a água da mesa, mídia com hino nacional, os horários de transporte de volta ao hotel e os

horários da alimentação, entre outros. O check list de um evento de auditório está no

APÊNDICE I.

ASSENTOS – Para autoridades, coloque impressos de “reservado” nas primeiras filas. Cuidado: supondo um auditório com 100 lugares, estando presentes 50 servidores, reserve espaço apenas para as pessoas que irão para a mesa e para as autoridades externas ao IF-SC. Lembre-se: alunos são, de fato, autoridades em nossa instituição.

Page 9: Guia Mc if Cerimonial

Calcule com cuidado o tamanho da sala em palestras ou treinamentos que envolverem atividades de interação com o público.

PERGUNTAS - Se houver tempo para perguntas, isso deverá ser informado de antemão pelo mestre de cerimônias ou pelo mediador. Recepcionistas com microfones ou blocos para questões escritas cuidarão da seqüência de perguntas. Dê preferência a perguntas feitas por escrito. Por razões óbvias, é melhor não franquear o microfone para perguntas da platéia em véspera de eleições.

ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE – Se tiver a opção, a entrada para a sala do evento deve ser feita pelos fundos (parte oposta ao palco). Para treinamentos ou workshops é ideal ter mesas e devem ser evitados auditórios com poltronas fixas, pois impedem dinâmicas e interação do público. Para palestras pode ser utilizado um auditório ou sala com cadeiras na disposição de sala de aula.

Um aspecto fundamental é a capacitação de todas as pessoas envolvidas no evento.

Tanto em eventos técnico-científicos quanto em eventos artístico-culturais, os sistemas de

luz, som e projeção podem ser o divisor entre o sucesso ou fracasso do evento. No

contato com o fornecedor, um briefing específico deve ser enviado, contendo o tipo, a

data e o local do evento, além da expectativa do número de pessoas, pois de acordo com

essas informações os equipamentos que ele irá utilizar poderão variar. Caso seja

necessário algum item específico, como microfone de lapela, é importante informar com

antecedência. Convém verificar se será necessária a locação de um gerador. A iluminação possui diversas formas para ser utilizada. No seu uso tradicional (de forma

que seja fácil apagar/acender, de acordo com a necessidade do evento) ela já é um

componente importante. Verifique se a iluminação não é demais para a tela do projetor

(data-show), ou pouca para a platéia (causa sono). Iluminação suave sobre a audiência,

menor sobre a tela de projeção e suficiente sobre o palestrante. Saiba exatamente onde

estão os interruptores e que lâmpadas eles acendem ou apagam para o caso de precisar

alterar a iluminação durante a palestra para passar um vídeo, por exemplo.

Entretanto, atualmente a utilização da iluminação tem enveredado para a área

cênica/decoração (especialmente em conjunto com malhas), tanto transformando espaços

em locais elegantes, com efeito futurista, entre outros. Em conjunto com a iluminação, as

treliças têm sido muito utilizadas, especialmente em shows, mas também em eventos

mais formais, como suporte para os refletores ou até mesmo para decoração. É cada vez

mais comum a utilização de equipamentos que outrora eram utilizados somente em

shows e danceterias, como raio laser, sky walker e interlabean.

A sonorização do evento também é extremamente importante. Além de propiciar à

platéia que escute o que os artistas/palestrantes estão cantando/dizendo, o sistema de

som pode ser usado para a comunicação entre a mesa de som e o assistente de palco ou

Page 10: Guia Mc if Cerimonial

mestre de cerimônias; mídia (slogan do evento e dos patrocinadores e apoiadores);

transmitir o som para outros ambientes ou mídias. A disposição das caixas de som varia

de acordo com o tipo de evento e do espaço. Podem ser tanto no palco quanto

distribuídas pelo salão. Os delays que existem em espaços amplos, com muitas pessoas

devem ser minimizados por bons técnicos de som. Nos eventos maiores, torna-se

necessário um sistema de retorno, para que esse delay seja o menor possível para quem

fala ao microfone. Além disso, um bom técnico de som evita as microfonias, quando um

microfone cruza alguma caixa de som. O vazamento de sons (de um ambiente para outro)

é outro aspecto importante a ser gerenciado antes do evento. O posicionamento das

caixas de som e o isolamento das divisórias ou paredes são fatores importantes. As

cabines de tradução simultânea devem possuir bom isolamento acústico. É aconselhável

ter música ambiente antes do evento. Dê preferência à música instrumental. Desligue a

música antes de começar a palestra, obviamente.

A projeção é outro componente que deve ser bem planejado e testado. Testes com os

arquivos de computador do palestrante (para verificar se o software é o mesmo ou

compatível) são indispensáveis. O palestrante deve, preferencialmente, enviar o arquivo

com antecedência (primordial também caso seja utilizado serviço de tradução

simultânea). Quando não há tecnologia avançada em mãos, a sintonia entre as pessoas

responsáveis pelas atividades (por exemplo, apagar luz, mudar a tela de apresentação,

aumento do volume) deve ser máxima e pensada antecipadamente.

O APÊNDICE J é a Planilha de Planejamento e Execução de Eventos e serve para

colaborar no processo de planejamento, acompanhamento e controle de eventos.

1.17 – Pós-evento: Análise e AvaliaçãoAo final do evento, a equipe deve reunir-se para avaliá-lo como um todo, considerando os

resultados obtidos, a opinião das pessoas que compõem o grupo de trabalho e a

tabulação do questionário de avaliação (APÊNDICE K) preenchido pelos participantes,

contemplando todas as áreas da organização.

2 CERIMONIAL E PROTOCOLO DE EVENTOS

2.1 Cerimonial e ProtocoloO cerimonial é um conjunto de formalidades específicas de um ato/evento

público, dispostas numa ordem seqüencial, que envolve a ordem de precedência

Page 11: Guia Mc if Cerimonial

(protocolo) a ser observada, a utilização de indumentária própria e de

elementos simbólicos, bem como o cumprimento de um ritual.O Protocolo é parte importante do cerimonial e constitui-se do conjunto de

normas para conduzir atos oficiais sob as regras da diplomacia, tais como a ordem

geral de precedência. Em alguns eventos, principalmente aqueles nos quais estão

presentes várias autoridades, com mesa solene, o protocolo soluciona as dúvidas

de quem deverá ser chamado primeiro, quem deverá ficar ao lado de quem ou

quando irá pronunciar-se.

2.2 PrecedênciaNo cerimonial a ordem de precedência é definida pelo Decreto nº 70.274, de 9 de

março de 1972. Disponível em

< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D70274.htm>

2.3 Ordem de chamada e dos pronunciamentosPara fazer a chamada das autoridades, a ordem deve ser a de maior hierarquia

para a menor. Já em relação aos pronunciamentos, a ordem é inversa.

Em eventos promovidos pela Reitoria do IF-SC, observa-se a seguinte ordem na

sua hierarquia:

• Reitor

• Pró–Reitores

• Diretor-Executivo

• Diretores gerais de campi (segue ordem de criação: Florianópolis,

São José, Jaraguá do Sul, Joinville, Florianópolis-Continente,

Chapecó, Araranguá, Xanxerê, Geraldo Werninghaus, Plano de

Expansão II, Polos da Rede)

• Diretores da reitoria

• Vice-diretor de campus (no Campus Florianópolis existe tal cargo)

• Diretores dos campi (no Campus Florianópolis existe tal cargo)

• Chefes de departamento da reitoria

• Chefes de departamento de campus

Page 12: Guia Mc if Cerimonial

• Coordenadores da reitoria

• Coordenadores dos campus

Em eventos promovidos pelo Campus, observa-se a seguinte ordem na sua

hierarquia:

• Reitor

• Diretor Geral do campus do evento

• Pró–Reitores

• Diretor-executivo

• Diretor do campus promotor do evento (no Campus Florianópolis

existe tal cargo)

• Chefe de Departamento do campus promotor do evento (em alguns

campi existe tal cargo)

• Diretores gerais de outros campi

• Diretores da reitoria

• Vice-diretor de campus (no Campus Florianópolis existe tal cargo)

• Diretores dos demais campi (no Campus Florianópolis existe tal

cargo)

• Chefes de departamento da reitoria

• Chefes de departamento dos demais campi

• Coordenadores do campus

• Coordenadores da reitoria

2.4 Quanto às representaçõesAtenção especial deve ser dada à presença dos representantes, pois eles são o

testemunho de que a autoridade convidada, mesmo impedida por algum motivo de

participar da atividade, interessou-se em prestigiar o evento. Dessa forma, sugere-

se citar o representante e, se for o caso, convidá-lo para compor a mesa de honra.

O representante, porém, não deve se pronunciar; salvo o de autoridade máxima

do protocolo.

Page 13: Guia Mc if Cerimonial

2.5 Citação de autoridades presentesDemais autoridades, que não fazem parte da mesa, devem ser citadas após a

composição desta (ou, caso seja percebida a presença da autoridade após tal

momento, deve ser citado assim que possível).

2.6 PronunciamentosPara pronunciamentos, observe-se que:

- todos os que estiverem compondo a mesa sejam avisados com antecedência;

- os integrantes da mesa, que farão uso da palavra, sejam avisados sobre onde se

sentarão e o tempo ideal de pronunciamento;

- os discursos para a sessão de abertura podem ser feitos do púlpito ou da própria

mesa, estando, preferencialmente, de pé;

- não é necessário que todos façam uso da palavra, mas que sejam

avisados/consultados com antecedência se poderão se pronunciar ou não;

- o Reitor (a) poderá abrir a solenidade com “declaro aberto os trabalhos” e, será o

último a se pronunciar, caso seja a autoridade de maior hierarquia do evento;

2.7 Plano da Mesa de Honra

O ideal é que a mesa de honra tenha no máximo nove pessoas (sugere-se que as

demais autoridades sejam colocadas na primeira fila do auditório). Mesa com mais

componentes do que isso denota desprestígio às autoridades que se sentam mais

longe do centro da mesa;

2.7.1 .Mesas ímpares

A pessoa mais importante fica no centro. A segunda pessoa mais importante fica a

direita da pessoa mais importante. A terceira pessoa mais importante fica a

esquerda da mais importante. A distribuição continua nessa ordem. Ou seja, com

número ímpar de participantes, a pessoa mais importante (o primeiro da lista de

precedência) é o número 1 e depois você distribui a sequência da precedência um

para a direita, outro para esquerda.

Page 14: Guia Mc if Cerimonial

Posição das cadeiras em Mesa Ímpar

Legenda:

1 – Presidente do ato ou maior autoridade2 – Segunda maior autoridade3 – Anfitrião (quando não for o presidente do ato)4 – Terceira autoridade na precedência5 – Quarta autoridade6 – n, n’ – ordem em que continua a montagem, para mesas de 7 lugares, 9 lugares, etc.Fonte: Vade Mecum Cerimonial – Comando do Exército/ Ministério da Defesa

2.7.2. Mesas pares

Ninguém fica no centro da mesa. É considerado um centro imaginário a partir do

qual são colocadas as autoridades. A primeira pessoa mais importante fica à

direita do centro imaginário. A segunda à esquerda do centro. A terceira pessoa

fica à direita da primeira mais importante. A quarta à esquerda da segunda, e

assim por diante...

Mesa com número par de lugares

Legenda:

1 – Presidente do ato ou maior autoridade2 – Anfitrião (quando não for o presidente do ato)3 – Segunda maior autoridade4 – Terceira maior autoridade5 – n, n’ – continuação da montagem para 8, 10 pessoas, etc.Fonte: Vade Mecum Cerimonial – Comando do Exército/ Ministério da Defesa

2.8 Disposição das Bandeiras

Page 15: Guia Mc if Cerimonial

O uso e disposição da Bandeira e outros Símbolos Nacionais são

regulamentados pela Lei 5.700/71. A Bandeira Nacional ocupa lugar de honra,

sendo colocada no centro quando em número total ímpar de bandeiras ou à direita

do ponto central quando alinhada com bandeiras com número par. A panóplia fica

à direita de tribunas ou de mesas de trabalho. O lugar deve ser destacado e de

fácil visualização.

Outras recomendações:

• A Bandeira Nacional deve ocupar lugar de honra (centro, em caso de

número de bandeiras ímpar; e centro-direita, em caso de número de

bandeiras par) e tem uso obrigatório em cerimônias oficiais.

• Com número ímpar de bandeiras: a Bandeira Nacional ao centro, a do

Estado à direita, a do Município, ou da instituição à esquerda. A posição

direita ou esquerda é sempre vista, posicionando-se no lugar da bandeira e

olhando-se para a platéia.

• Com número par de bandeiras: a Bandeira Nacional ao centro-direito, a do

Estado na posição centro-esquerda, a do município na extrema direita e a

da instituição na extrema esquerda.

• As bandeiras deverão estar situadas à direita da mesa de autoridades (de

quem olha da mesa para o auditório), sem a presença de obstáculos e com

a panóplia na mesma altura do palco.

• A bandeira do Brasil sempre tem precedência sobre a dos outros países.

Bandeiras estrangeiras têm precedência sobre as bandeiras dos Estados

da União. No caso de duas bandeiras estrangeiras, a ordem é: Brasil, País

estrangeiro 1 (pela ordem alfabética), País estrangeiro 2 (pela ordem

alfabética), bandeira de Santa Catarina.

• No caso de evento em entidade que empreste o espaço, retira-se a

bandeira da entidade da panóplia.

• Em composição com as bandeiras dos Estados brasileiros, a Bandeira

Nacional, é colocada ao centro, depois a bandeira de Santa Catarina,

depois as bandeiras dos Estados da União participantes do evento

(seguindo a ordem de constituição histórica - uma à direita, outra à

esquerda sucessivamente)

Page 16: Guia Mc if Cerimonial

• A bandeira não pode cobrir o púlpito, ficar pendurada na mesa de

autoridades e nem servir como pano para descerramento de placas.

Esquemas de dispositivos de bandeiras quando hasteadas

1) Duas bandeiras, podendo uma delas ser estrangeira. A bandeira doBrasil deve ser hasteada no mastro da direita.

2) Três bandeiras, podendo ser até 2 estrangeiras. A bandeira do Brasildeve ocupar o mastro central. As bandeiras estrangeiras devem serposicionadas, alternadamente, à DIREITA e à ESQUERDA da bandeirado BRASIL, sempre na ordem alfabética de seus nomes, com base noidioma português (língua oficial do Brasil).

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*Considerar a posição do público conforme modelo número 1.

3) Quatro bandeiras, podendo ser até 3 estrangeiras. A bandeira do Brasildeve ocupar o mastro da DIREITA mais ao centro do dispositivo. Nestecaso, o dispositivo de bandeiras é par e, na precedência escrita, aspróximas bandeiras alternarão suas posições à ESQUERDA e àDIREITA do pavilhão nacional do país anfitrião. Sendo bandeiras dosestados brasileiros a ordem a ser seguida refere-se às suas datas deconstituição, conforme o Decreto nº 70.724, de 9 de março de 1972(Anexo A item IV).

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Fonte: Vade Mecum Cerimonial – Comando do Exército/ Ministério da Defesa

*Considerar a posição do público conforme modelo número 1.

4) O esquema da disposição das bandeiras no pátio segue a mesma dosmodelos acima. Considerando a posição do público sendo a rua, conforme apresentado no seguinte exemplo:

Page 19: Guia Mc if Cerimonial

2.9 Execução de Hinos

• Na execução do Hino Nacional, as autoridades que estiverem compondo a

mesa principal deverão levantar-se e olhar para a platéia e não em direção

às bandeiras. (símbolos nacionais têm a mesma importância e naquele

momento o símbolo em destaque é o Hino).

• A execução do Hino Nacional só terá início depois que todas as autoridades

da mesa de honra, homenageados e formandos tiverem ocupado seus

lugares. Ao ser executado numa solenidade, o público deve estar em pé (se

possível), mantendo uma postura formal, em sinal de respeito.

• Nos cerimoniais em que se tenha de executar um Hino Nacional estrangeiro

este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro.

• Por ser uma Instituição de ensino, firmando um propósito educacional em

relação aos símbolos nacionais, entende-se conveniente executar o Hino

Nacional em todas as solenidades formais, como, por exemplo, abertura de

congressos, eventos com autoridades municipais, estaduais, nacionais e

encontros que reúnam grande público.

Page 20: Guia Mc if Cerimonial

• Nos casos de simples execução instrumental, deverá ser tocada a música

integralmente, mas sem repetição; nos casos de execução vocal, serão

cantadas as duas partes do poema.

• Os hinos poderão ser executados por bandas de música, orquestras,

sinfônicas, mídias digitais, conforme a ocasião e o bom senso. Na presença

de altas autoridades, por exemplo, o ideal é que o Hino seja executado por

uma banda, um coral ou uma orquestra, ocasião em que se aplaudem os

artistas.

• Quando o Hino Nacional for cantado deve-se apenas ouvi-lo. Será

aplaudido somente quando executado ao vivo. Quando a execução do Hino

for eletrônica não se aplaude.

2.10 Mestre de Cerimônias

Um evento pode acontecer com ou sem a presença do mestre de cerimônias; tudo

depende da sua abrangência e finalidade.

O mestre de cerimônias deverá ter, além de conhecimento da Ordem de

Precedência e Normas do Cerimonial Público, um mínimo de conhecimento das

normas e regras que regem as solenidades, boa dicção, discrição e tranqüilidade,

senso de comando, responsabilidade, pontualidade e um visual e comportamento

compatíveis com o trabalho que está realizando.

Quando da realização de eventos, algumas atribuições são conferidas ao mestre

de cerimônia, tais como: seguir o roteiro; checar as instalações do púlpito; posição

das bandeiras; o funcionamento de microfones e materiais audiovisuais; número

de cadeiras da mesa diretiva e administrar as recepcionistas. Também compete a

esse profissional, a conferência de hinos, presença de autoridades, confirmação

de pronunciamentos; a leitura cuidadosa dos nomes das autoridades; além da

checagem de todo o roteiro do evento com a comissão responsável.

O PAPEL DO MESTRE DE CERIMÔNIAS

Page 21: Guia Mc if Cerimonial

Baseado em Gilda Fleury Meirelles

Sempre em posição de destaque, iniciando e conduzindo as fases de uma solenidade, hoje diríamos que é uma das pessoas mais importantes para a implantação de um evento, pois a partir de sua presença "as coisas começam a acontecer".

O Mestre de Cerimônias não deve ser confundido com o Chefe do Cerimonial. E isso é o que vemos sempre, resultando num acúmulo de funções para este último e comprometendo o sucesso do empreendimento.

O Chefe do Cerimonial ou Coordenador de Eventos é responsável pelo planejamento, coordenação e organização do evento, em todas as suas fases, além do protocolo de implantação com as precedências e tratamentos de acordo com a legislação específica, planejando o roteiro da solenidade.

Neste momento, entra o Mestre de Cerimônias que, a partir desse roteiro, produzirá o script final, anunciando as fases do evento.

É impossível (complicado) para o Chefe do Cerimonial ser o Mestre de Cerimônias, pois o primeiro tem tantos detalhes para verificar que necessitaria, volta e meia, sair da tribuna para resolver os percalços que acontecem durante um evento. Esse corre-corre resultaria em uma ansiedade natural, comprometendo a fase mais bela do evento: a sua implantação.

Quem deve ser o Mestre de Cerimônias? Quais características precisa ter?

Precisa de conhecimento, treinamento e aperfeiçoamento de sua função; necessita saber o que faz, como sair de imprevistos, como se dirigir e conquistar a platéia, sem aparecer. Sim, sem aparecer, porque mesmo conduzindo o acontecimento, existem os anfitriões, os convidados especiais, os conferencistas e a platéia. São esses os donos do evento.

Vaidade, prepotência e arrogância não fazem parte da função do Mestre de Cerimônias. Também humildade excessiva, timidez, medo do público e pânico não combinam com ele.

Diz o estudo da oratória que para o bom orador "não adianta apenas falar com elegância, é preciso persuadir e convencer".

É isso que o bom Mestre de Cerimônias precisa ter: determinação e entusiasmo, que convençam a platéia que está apresentando aquilo que corresponde às suas expectativas, complementados por clareza e objetividade, utilizando acima de tudo, aquilo que temos de mais forte: o dom da palavra

Fonte: www.megabrasil.com.br

Algumas dicas para a organização de Eventos – baseado em Mario Persona

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A atividade do mestre-de-cerimônias e a importância do ScriptBaseado em Renata Almeida de Souza Aranha e Silva

Desde tempos imemoriais, isto é, quando o homem com o comportamento votivo já praticava as cerimônias de cultos, de ritos, o Cerimonial implicitamente surgia, com ele também haveria de ter surgido a figura do Mestre de Cerimônia. Aquele que dirigia a cerimônia, aquele que anunciava as ordens das autoridades, aquele que chamando a atenção dos participantes de uma solenidade dizia, e ou anunciava, o que realmente iria acontecer. Funcionava assim, o Mestre de Cerimônia, como uma espécie de interlocutor da autoridade, transmitindo para os integrantes de uma reunião, cerimônia ou solenidade, os propósitos e ou os desejos das autoridades constituídas. (Reinaux)

No decorrer da história, com mudanças consideráveis em sua atuação, o mestre-de-cerimônias ganha estatuto na ação: primeiro ele abre espaço para que o outro entre, depois ele abre espaço para que o outro fale. Com o desenvolvimento da história da humanidade, caminha também a história do mestre-de-cerimônias: ele passa a anunciar as decisões das autoridades e, tempos depois, assume a própria voz, conduzindo uma solenidade, lendo um texto pré-elaborado e construindo o próprio texto para situações inesperadas. A participação do mestre-de-cerimônias em momentos históricos gerou a divisão em “tipos de mestre-de-cerimônias”, que pode variar de acordo com a atuação desse profissional. Alguns cerimonialistas atribuem à linguagem o motivo da distinção entre mestre-de-cerimônias e apresentador. O mestre-de-cerimônias possui uma linguagem mais formal, considerando sua atuação junto às autoridades. O apresentador, que pode comandar um comício, um desfile de modas, um lançamento de produtos ou de serviços, assume uma postura menos formal. A ATIVIDADE DO MESTRE-DE-CERIMÔNIAS

A atividade do mestre-de-cerimônias é exercida por profissionais de formações diversas – jornalista, relações públicas, advogado – e não tem regulamentação. Assim como o cerimonial, essa atividade pode ser desenvolvida por qualquer pessoa, ou seja, não é prerrogativa de determinada profissão. Atualmente, somente dois cursos no Brasil anunciam formar o profissional que queira atuar como mestre-de-cerimônias. Em um dos cursos, as características exigidas para um mestre-de-cerimônias, segundo a professora, são: determinação, voz, postura corporal, aparência pessoal, conhecimento, naturalidade, inspiração, memória, síntese e vocabulário. Para Meirelles, o mestre-de-cerimônias precisa atender às expectativas, “fazendo com que a platéia reconheça seu trabalho, siga seu comando, entusiasme-se com suas palavras, chore com seu silêncio e cresça com o acontecimento... sem sentir somente a sua

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presença” (2006)

O mestre-de-cerimônias não pode aparecer mais do que evento, não pode falar o que ele quiser e não pode errar. No único livro que aborda o assunto “mestre-de-cerimônias” existente no Brasil, ainda que aborde o tema de forma prática, o autor Marcílio Reinaux afirma: É importante lembrar um ditado popular que diz ‘errar é humano’. O qual completamos e dizemos que esta frase não se aplica as atividades do MC. ‘Errar, para o Mestre de Cerimônia, é rua...’ (2005, p. 45) O indivíduo que comanda uma solenidade, desempenhando a função de mestre-de-cerimônias (e não de apresentador, onde até pode usar termos e comportamentos específicos de um personagem que representa na novela, por exemplo), para os professores dos cursos, deve ser discreto. Ele conduz a solenidade, mas não pode fazer o que quiser durante sua condução

Normas criteriosas determinam a atividade do mestre-de-cerimônias. Como em qualquer segmento, as coerções aparecem e exigem um mínimo de preparo para que o mestre-de-cerimônias possa atuar. Os artistas que apresentam eventos solenes, oficiais ou informais, utilizam a popularidade adquirida em peças teatrais e atrações televisivas para desempenhar tal função, muitas vezes desconhecendo as formalidades e as regras específicas do cerimonial.

Para Reinaux, o papel de mestre-de-cerimônias deve ser exercido por alguém que conheça a atividade e que tenha facilidade para falar em público, não demonstrando nervosismo e insegurança. Para o autor, o assunto merece respeito, é sério e não aceita a “providência vexatória de: ‘tapa buraco’” (2005). (...)

ATUAÇÃO DO MESTRE-DE-CERIMÔNIAS

Nas legislações sobre cerimonial no Brasil [5], nenhum item estabelece, oficialmente, os prescritos para a atuação do mestre-de-cerimônias.

Os manuais de cerimonial indicam dois tipos de prescritos para o desempenho do mestre-de-cerimônias: o roteiro e o script. Usados como sinônimos por vários dicionários, os termos roteiro e script apresentam diferenças fundamentais para alguns cerimonialistas. O roteiro é um texto entregue às autoridades e pessoas que vão trabalhar no evento. É um documento normativo que estabelece as atividades da cerimônia e pode ser entregue pelo chefe de cerimonial aos profissionais envolvidos com a solenidade, incluindo o mestre-de-cerimônias. Do roteiro, o mestre-de-cerimônias prepara o script, ou recebe o texto pronto do chefe do cerimonial. O script é elaborado para a atuação do mestre-de-cerimônias e deve conter as falas

Page 24: Guia Mc if Cerimonial

determinadas para a condução da solenidade, conforme descrição a seguir. A própria definição encontrada em dicionários[6] determina que objetivo do roteiro é guiar, regular procedimentos ou atos. Esse tipo de texto, prescrito não somente para o mestre-de-cerimônias, mas para todos que vão atuar na solenidade, seja na mesa de honra, nas apresentações musicais ou nos bastidores, vai regulamentar a ordem com que as coisas vão acontecer durante a solenidade.(...) No cerimonial, o roteiro é a seqüência das ações colocada em tópicos, por exemplo, abertura da solenidade; composição da mesa de honra; execução do Hino Nacional etc. Assim, as pessoas envolvidas na cerimônia podem acompanhar o desenrolar da solenidade e saber o que vai acontecer em seguida. Para Meirelles (2006), o roteiro é o resumo de todas as fases do evento em tópicos e vai determinar o script. Um roteiro adequado deve ser claro em sua apresentação, fornecendo todas as informações sobre o evento (horário, intervalos, pronunciamentos etc) e deve conter espaços para anotações de última hora entre as linhas. Muito utilizado pelo chefe do cerimonial para auxiliar os componentes da mesa de honra e os funcionários que trabalham na solenidade, o roteiro é um documento menos detalhado do que o script, porém, também apresenta informações que vão facilitar a atuação de todos os envolvidos na cerimônia: o maestro do coral, por exemplo, será guiado pelo roteiro e saberá o exato momento da execução do Hino Nacional.

A entrega do roteiro é feita pelo chefe do cerimonial durante reuniões com os participantes da cerimônia, ou seja, recepcionistas, músicos, funcionários da secretaria, da equipe de segurança, bufê etc. O mestre-de-cerimônias também recebe o roteiro para confeccionar o seu texto ou para saber como a solenidade vai acontecer, caso o chefe do cerimonial entregue, posteriormente, o script pronto.

O script[7], em cerimonial, é mais detalhado do que o roteiro. Com a indicação do que será falado pelo mestre-de-cerimônias durante o evento, o script traz informações que auxiliam não só o mestre-de-cerimônias, mas as autoridades que necessitam de algum pronunciamento especial durante a solenidade. O script reúne, além do texto do mestre-de-cerimônias, os tópicos determinados no roteiro, indicando a ação e o que deve ser falado para concretizar essa ação. Um exemplo:

Benção Apostólica: MC – (...) Passaremos ao ato de benção apostólica. Convidamos para virem até o palco o Cardeal dom Francisco de Paula Victor e o Pastor Evangélico De`Velasco, que ministrarão as bênçãos apostólicas desta cerimônia de transmissão...

Page 25: Guia Mc if Cerimonial

Várias nomenclaturas são adotadas pelos cerimonialistas para definir o roteiro e o script. Alguns utilizam “pauta” e “ordem do dia” para designar o roteiro, e usam roteiro para denominar o script. A pauta é o roteiro dos assuntos que serão abordados em um jornal, entrevista, reunião etc. A ordem do dia, termo usado nas sessões plenárias do Poder Legislativo, é o conjunto de matérias que será apreciado durante a sessão, relacionado em tópicos. O uso de roteiro para designar o script justifica-se até mesmo pela definição do dicionário, que apresenta os termos como sinônimos.

Se, durante a solenidade, o mestre-de-cerimônias precisar dar um aviso, deve atentar para que não interrompa a seqüência da programação. (...) “O Mestre de Cerimônias deve dar o aviso de forma clara, rápida e objetiva, porém, com os detalhes necessários”. A necessidade de inserir um aviso que não está no script constitui uma situação de imprevisto e exige uma atuação não determinada pelo prescrito. A IMPORTÂNCIA DO SCRIPT

Para evitar que o mestre-de-cerimônias prepare as suas próprias falas durante a condução da solenidade, é importante que o script seja elaborado com cuidado.

Se no script estiver somente a ação e não a fala detalhada para aquela ação, o mestre-de-cerimônias será obrigado a anunciar da maneira que achar mais adequada. Assim, o script será o responsável pela criação individual do mestre-de-cerimônias e dará abertura para que ele comande a situação fazendo as próprias escolhas lexicais e gramaticais. O script, como um documento institucional prescrito para atuação do mestre-de-cerimônias, deve representar a cultura da organização que promove a solenidade e as tradições rituais existentes e não as características e crenças pessoais daquele que conduz a solenidade. Um dos assuntos mais abordados nos cursos de formação de mestre-de-cerimônias é a problematização das emoções dos profissionais que atuam em eventos e a relação entre a emoção e o texto elaborado para o mestre-de-cerimônias. É comum ouvir em cursos que o mestre-de-cerimônias não deve manifestar suas emoções, nem mesmo aplaudindo um pronunciamento, demonstrando aceitação ao que foi dito. Outra “recomendação” é que ele não “passe a palavra a alguém”, pois a palavra não é dele. O mestre-de-cerimônias está simplesmente conduzindo a sessão.

Para Speers, o falar do mestre-de-cerimônias sem um texto programado pode comprometer a imagem do evento, instituição ou mesmo da autoridade que preside a solenidade. Para que isso não ocorra, à medida que o mestre-de-cerimônias for introduzido no clima preparatório, que estabelece a ordem da cerimônia, estará mais inserido nas questões que envolvem o evento como um todo e assim comprometerá cada vez menos a imagem do assessorado (instituição ou autoridade).

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O importante, para ele, é que o mestre-de-cerimônias consiga captar o objetivo da solenidade e conheça seu planejamento e etapas. “O evento tem duas mensagens: a de fachada e a mensagem de retaguarda. Queremos alcançar alguma coisa e é preciso que o mestre-de-cerimônias saiba o que é isso”[10]

Cabe ao mestre-de-cerimônias, segundo Speers, anunciar as fases de uma cerimônia, identificando ou não os envolvidos em cada uma e, quando necessário, “acrescentar alguma informação complementar, integrando assim o conviva na cerimônia através da informação” (1984, p. 328). A fim de que não ocorra exagero na fala do mestre-de-cerimônias, Speers defende a elaboração do roteiro e do script pelo chefe do cerimonial, para que o discurso não fuja das formalidades exigidas pela solenidade em questão. (...)

Speers ressalta a importância do conhecimento da cultura da instituição e de seus próprios atos para o cumprimento adequado da função.

Não diria que o mestre-de-cerimônias deveria tanto conhecer cerimonial, mas sim ter uma cultura humanística um pouco mais reforçada para poder se inserir no contexto. Essa pessoa é viva, essa pessoa vai se movimentar, então nós temos expressões corporais voluntárias e involuntárias. Sabemos cultivar as involuntárias e não errar nas voluntárias. O mestre-de-cerimônias não tem que dar parabéns, se há alguém para dar parabéns é o presidente da Mesa.

(...)

A atividade do mestre-de-cerimônias ganhou estatuto na e pela linguagem, quando ele foi ocupando um espaço cada vez maior nas solenidades públicas e privadas. Para a condução de cerimônias, considerar a tradição dos eventos realizados pela organização vai garantir uma maior proximidade do profissional que atua em cerimonial com os atores envolvidos nos eventos.

O mestre-de-cerimônias precisa agir seguindo um prescrito elaborado pelo chefe do cerimonial, e esse prescrito deve garantir uma apresentação coerente aos valores e ritos da organização.

Portanto, é importante destacar que o conteúdo do script é o responsável pela legitimidade da ação do mestre-de-cerimônias e do efeito produzido por sua fala na condução da solenidade. Se os manuais recomendam uma atuação discreta e impessoal, o script não pode dar abertura para a criação individual daquele que está comandando as atividades que integram o evento

Preparar um script minucioso pode evitar desgastes institucionais e garantir que a solenidade cumpra suas especificidades e objetivos.

DICAS PRÁTICAS PARA O MESTRE DE CERIMÔNIAS

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GESTOS – Discretos. Sem ser robótico. De acordo com texto. Sem gestos com duplo sentido.

OLHOS – Nas pausas maiores, olhe para a platéia. Em caso de nervosismo, olhe para a testa das pessoas ou para o fundo do auditório. Caso se sinta seguro, olhe para um rosto conhecido na platéia.

CANETA – Para não se perder vá lendo e riscando ou marcando o script.

MÃOS – Levemente apoiadas no púlpito. Não colocar as mãos para trás.

PÉS – Estilo “5 pra 1” (vide relógio). Nem pernas abertas demais, nem muito fechadas.

POSTURA – Ereta. Cuidado com a “síndrome do pêndulo” – ficar balançando de um lado para o outro, mudando com muita freqüência o local de apoio. O semblante é um dos aspectos mais importantes da expressão corporal, por isso dê atenção especial a ele. Verifique se ele está expressivo e coerente com o sentimento transmitido pelas palavras. Evite falar com as mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou nas costas. Também não é recomendável ficar esfregando as mãos, principalmente no início, para não passar a idéia de que está inseguro ou hesitante. Em eventos solenes, seja solene. Em eventos menos solenes, seja menos solene.

TRAJES E ACESSÓRIOS – O mestre de cerimônias deve ser discreto nas vestimentas, nos adereços e na maquiagem. O mestre de cerimônias do sexo masculino deve estar tão bem vestido quanto o mais bem vestido do evento, nem mais (por exemplo, ninguém de terno e o mestre de cerimônias de terno – é um equívoco), nem menos (todos de gravata e ele sem). Gravatas devem ser mais escuras que a camisa. As mulheres devem tomar o cuidado de não estarem com maquiagem em demasia e nem com jóias e bijouterias chamativas (até mesmo porque alguns desses apetrechos fazem barulho, especialmente as pulseiras). O tailleur ou o “terninho” são os trajes recomendados para as mulheres mestres de cerimônias.

APARÊNCIA – Além dos trajes e acessórios, é importante cuidar de alguns aspectos. Caso tenha barba, que a mantenha aparada. Pentear os cabelos também é importante. Para as mulheres, caso seja um evento de gala, cuidar do cabelo é interessante. Caso não seja tão formal – ou não tenha tempo ou disponibilidade – o cabelo preso é uma opção.

PEDESTAL – Mexa, remexa, olhe, entenda o funcionamento. Coloque na altura da próxima pessoa a falar.

EQUIPAMENTOS - Microfones, equipamento de som e projetores devem estar instalados e testados com antecedência – e é fundamental que quem for elaborar o script saiba que irão usar o projetor. Use sempre baterias novas e tenha um ótimo microfone na reserva. Para o mestre de cerimônias, o mais recomendado é o com fio, pois não tem o problema da falta de bateria. Sugere-se o uso de microfones de mão (estilo “sorvete”). Os de lapela podem perder em qualidade quando o palestrante olha para os lados ou fala muito alto. A colocação de microfones (lapela ou auricular) deve ser feita antes do palestrante entrar em cena e ele deve saber como ligá-lo. Avise o palestrante para desligar o microfone de lapela quando for ao banheiro ou conversar assuntos sigilosos durante o intervalo. Nem sempre temos um técnico de som presente nos eventos do IF-SC. Preste atenção na altura do som. Preste atenção se não está “estourando”. Os bons equipamentos permitem

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que fiquemos a cerca de 20 cm do microfone. Teste e deixe ligado o microfone da mesa. Microfones sem fio demoram cerca de 5 cm, após serem ligados, para funcionar (até que sua base reconheça o sinal – avise para o anfitrião)

VOZ – Uma boa voz é um requisito importante para o mestre de cerimônias. Mas o que é uma boa voz? É firme, constante, suave mas incisiva. Não é preciso ser um “Cid Moreira” para ser mestre de cerimônias.

Os recursos da expressão oral:

DICÇÃO OU DIÇÃO - Modo de dizer; arte de dizer, de recitar. TONALIDADE - Harmonia de sons que seguem os seus encadeamentos.

TIMBRE - Qualidade distinta da voz no que diz respeito às alturas (Volume) e intensidade (Energia).

PRONÚNCIA - Maneira de articular os sons. VOLUME - Grau de energia; Força da voz; Potência.

ÊNFASE - Entonação da voz em certos vocábulos. Relevo ou destaque de pronúncia. Costuma-se dizer também colorido.

FONTE: DE LAURÊNTIS, Oswaldo. Expressão verbal. Disponível em http://oratoriabrasileira.blogspot.com/2005/05/expresso-verbal-oswaldo-de-laurntis.html. Acesso em 30 abr 2011

SCRIPT – A leitura prévia do script é condição primordial para o bom desenvolvimento do serviço. O mestre de cerimônias deve entender todos os atos protocolares do eventos. Nunca se separe dele. Na hora da leitura, deixe no púlpito – não fique segurando. Se não tiver púlpito, use um papel duro ao fundo (disfarça eventuais tremidas, normais quando se segura papéis finos). Leia o script várias vezes antes do evento. Faça as pausas conforme sua respiração. Anote os momentos de maior emoção, para subir o tom. Anote as pequenas e longas pausas, para que a respiração seja a mais apropriada.

APRESENTAÇÃO - Apresente o palestrante rapidamente, sem ler currículos enormes ou exagerar nos adjetivos. Se elogiar demais, o público pode criar uma falsa expectativa e se decepcionar. Deixe que o próprio palestrante venda seu peixe pela sua atuação. Ou não.

Sugestão de apresentação:

Convidamos hoje Mario Persona para falar sobre [tema]. Mario Persona é autor de vários livros de marketing, carreira e negócios. Além de palestrante, é consultor e professor de estratégias de comunicação e marketing. Mario Persona é convidado com freqüência para falar de temas ligados a negócios, marketing e desenvolvimento pessoal e profissional. Com vocês, para falar sobre [tema ]: Mario Persona!

POSICIONAMENTO – Não deve continuar no palco verificando seus papéis durante a palestra ou conversando animadamente nos bastidores. Também não deve se colocar ao lado do palestrante durante a finalização da palestra, e nem ficar consultando o relógio, para não desviar a atenção do público.

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INICIANDO - Ao chegar diante do público não tenha pressa para começar. Respire o mais tranqüilo que puder, olhe para todos os lados da platéia e comece a falar mais lentamente e com volume de voz mais baixo. Assim, não demonstrará a instabilidade emocional para o público.

FINALIZAÇÃO - O mestre de cerimônias deve reassumir no final para acordar os presentes, dar avisos de horários, indicar o local do intervalo (se houver) e fazer uma breve descrição da próxima palestra, solicitando o retorno rápido da audiência a seus lugares. Provavelmente quando ele terminar de falar tudo isso o pessoal já terá saído para disputar o coquetel ou o pão de queijo.

EXERCÍCIOS DE DICÇÃO - Maurício Góis

1. SE O SEU PROBLEMA É ARTICULAÇÃO DE ENCONTROS CONSONANTAIS LEIA EM VOZ ALTA ESSAS FRASES APARENTEMENTE “LOUCAS”.

CR -O crépido crepúsculo da crendice creditou a crença na criação crente.A cretinização do cretense cravou a cruz crócea na cromática do croinha.

CL - Na clava do clássico clarim clareou a clemência do clero clínico. A clina do claro ciclita clamou à clã eclética.

BR - brejal brenhoso brilhou na bruma. Os bruxos do breu bravo bravejaram o bramoso brechão do brasílico.

PR - O pracista pragmático praguejou na praça prática da Pátria prásia.

PL - O plágio do plástico platonista pleiteou o plantão plenipotente do plévio pleito da plenitude.

TR - O tribunal triclínico do trombeteiro triunfou no trono trópico do triturado triunfo triste.

GR - A gramática gritou o gráfico do grafólogo graduado em granita exgranizada grecânia.

2. SE O SEU PROBLEMA SÃO DITONGOS, TRITONGOS E HIATOS, ARTICULE ESSAS FRASES:

O aio da aia aiou aiuê / aio da aia aiou aiuê / O aio da aia aiou aiuê.

O réu Leléu tirou o véu seu para ver o céu.

A saia da Maia baila na paina e vaia a faina.

Os cristãos celestiais põem os corações sobre as mãos de Deus.

3. PARA ARTICULAR AS VOGAIS PRONUNCIE ALTO:

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A - A aramaica falava da clara mata pois cantava a alva Lalá alada

E - Belelelê fez belelelé para a lebre a leve do célebre dendê do Belém.

O - O ovo do lodo não monologou o sono do osso horroroso nem tomou o poço nono do pomposo vovô. .

I - O impossível Quindim quis tinir tintin pinintintin sem sirlinlin.

U - O mumu sem zunzum do urutu e uruçus furtou o vulto do Dudu.4. MAS SE O SEU PROBLEMA É ARTICULAÇÃO DE CONSOANTES, LEIA EM VOZ ALTA ESSES EXERCÍCIOS:(Construtiva fricativa labiodental sonora)

VO Veda vazou a valeta do vale para valer valentemente. O valenciano velou o valão vocal numa vacilação vadia. O vagonete variável vai variado para a vaticinante vatinga.

A vela do vedóia vedou a volta do vigoroso vazanteiro.(construtiva fricativa labiodental surda)

FO forte fossilizado ofuscou o fragor do frade. O fotófobo fugiu da fotocromia fragmentada. A fraga foi ferida pela francesa fornalha do funcional fumívoro forqueado.(oclusiva bilabial sonora nasal)

MMandado manchar o manaié o manajeiro mandou o maníaco manipular a mantilha. O manuseio mais maravilhou o mameluco mambira O mamífero mamote mastigou a mamoma mamiforme. O mamulengo do mamute melodiou o mama-mamá para a mamãezinha malsã.(oclusiva bilabial sonora oral)BA boneca boba borrifada pela botica bailava no box. O brado do botelheiro braçal brevejou o bamboleio do braçal búzio. A bússola do broeiro bromou na bruguéia broqueada sem o brio do brilhante brinde do bragantino brônzeo e brunido. A brutalidade do brutal barbarizou a bananeira baiana do bandeiro bancado.(oclusiva linguodental surda)

TTiraram o tição da tulha tunesiana que entulhou Tupã de tumulto torpe. Tereza tem tudo triplicamente no tanque tomista. O teorético téologo do teorema teorizou a teogonia. O tagal trocou a tagarela pelo tagaté tafona da talentosa Tatúia.(oclusiva labiodental sonora)

D

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Dedé, Dodó e Dudu dedilharam o decurso do dédalo com dedicação definida. A dedicada decrépita datilografou o decomposto débito do decaído. O decalque do decálogo do didi dinâmico debilitou a debutante Dadá.(construtiva lateral alveolar sonora ápico-alveolar)

LO lince sonolento levou a linda Línea para o lago lamuriante da lápide lavada. O latifloro da latência lírica latejou o línquem leve do tumulto das libélulas liriais.

EXERCÍCIOS ARTICULATÓRIOS – Repita várias vezes, cada vez mais rápido. (vencendoatimidez.blogspot.com)

• PA TA KA PRA TRA KRA PLA TLA KLA

• PE TE KE PRE TRE KRE PLE TLE KLE

• PI TI KI PRI TRI KRI PLI TLI KLI

• PO TO KO PRO TRO KRO PLO TLO KLO

• PU TU KU PRU TRU KRU PLU TLU KLU

• BA DA GA BRA DRA GRA BLA DLA GLA

• BE DE GUE BRE DRE GRE BLE DLE GLE

• BI DI GUI BRI DRI GRI BLI DLI GLI

• BO DO GO BRO DRO GRO BLO DLO GLO

• BU DU GU BRU DRU GRU BLU DLU GLU

• FA SA XA FRA SRA XRA FLA SLA XLA

• FE SE XE FRE SRE XRE FLE SLE XLE

• FI SI XI FRI SRI XRI FLI SLI XLI

• FO SO XO FRO SRO XRO FLO SLO XLO

• FU SU XU FRU SRU XRU FLU SLU XLU

NÍVEL FÁCIL

1. Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala.2. O rato roeu a roupa do Rei de roma a rainha com raiva resolveu remendar.3. Três pratos de trigo para três tigres tristes.4. O original nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará.

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5. Qual é o doce que é mais doce que o doce de batata doce? Respondi que o doce que é mais doce que o doce de batata doce é o doce que é feito com o doce do doce de batata doce.

NÍVEL MÉDIO

1. Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que

não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou

simplesmente saberemos se somos sabedores.

2. O tempo perguntou ao tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo

respondeu ao tempo que não tem tempo para dizer ao tempo que o tempo

do tempo é o tempo que o tempo tem.

3. Embaixo da pia tem um pinto que pia, quanto mais a pia pinga mais o

pinto pia!

4. A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não

sabia que o sabiá não sabia que a sábia não sabia que o sabiá sabia

assobiar.

NÍVEL DIFÍCIL

1. Num ninho de mafagafos, cinco mafagafinhos há! Quem os

desmafagafizá-los, um bom desmafagafizador será.

2. O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as

cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas.

3. Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos

possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários

permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna

pretárita perfeitíssima.

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4. Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com

ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco, é

ornitorrinco, ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é

otorrinolaringologista.

5. Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos.

Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma

paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos. Então

uma paralelepipedovia é uma paralelogramolândia?

• NÍVEL IMPOSSIVEL:Verbo Tagarelar no Futuro do Pretérito

Eu tagarelaria

Tu tagarelarias

Ele tagarelaria

Nós tagarelariamos

Vós tagarelarieis

Eles tagarelariam

COMUNICAÇÃO – A MAGIA DO ENCONTRO

A comunicação é uma arte que demanda constante auto-análise, desafios permanentes, opções estéticas, reconhecimento dos potenciais, adoção e desenvolvimento de métodos e técnicas de comunicação para realizar apresentações marcadas pela fluência, clareza e naturalidade.

Comunicar-se bem é a força motriz que promove a interação humana e o desejo de entendimento. Precisamos dessa conexão, que é um espelho do nosso mundo externo, para o estabelecimento de relações mais harmoniosas e produtivas. Comunicar-se bem é um processo de comunhão; a harmonia e o equilíbrio veiculados por meio de gestos, atos e palavras.

A utilização da linguagem permite-nos o encontro, o compartilhar de idéias, o transfigurar de uma realidade, o passaporte em direção ao conhecimento. Modificamos e somos modificados pelo processo comunicativo.

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A necessidade de comunicação é inerente ao ser humano. Sem ela, seria impossível o crescimento econômico, político e social, assim como a compreensão entre os homens. Através dela individualizamo-nos e revelamos inteligência, perspicácia, além de ampliarmos os conhecimentos, habilidades e atitudes, sistematizando-os para o mundo real.

RESPIRAMOS COMUNICAÇÃO O TEMPO TODO.Comunicação é vida em movimento, é a chave que decifra o mundo.

Quanto maior a curiosidade, a ousadia e transmissão de conhecimentos, maior a probabilidade de desenvolvimento e interação.

Nosso cotidiano é preenchido por diversos atos comunicativos que refletem o ser humano que somos. A linguagem falada e escrita, a expressão corporal e os elementos visuais sinalizam a estrutura do raciocínio e o poder criativo.

Falhas de comunicação provocam conflitos e improdutividade, espalhando inquietações e ressentimentos. É necessário respeitar as crenças e valores do outro, compreendê-lo, procurando os ajustamentos, semelhanças, objetivos comuns, a linguagem mais adequada e precisa. Há necessidade de uma conexão mais rica e plena, onde a troca se faça espontânea. Ser compreendido, respeitado e valorizado dá-nos a possibilidade de nos sentirmos mais confiantes e menos isolados. Traduzir bem nossas mensagens, realizar ligações coerentes entre o pensar, planejar, transmitir e agir nos tornam mais preparados para a solução de conflitos interpessoais. Melhorar a comunicação gera relações interpessoais mais receptivas e integradoras.

A comunicação eficaz é, portanto, a ponte para a compreensão mútua; é a forma que o homem possui para afirmar-se perante a vida e revelar-se ao mundo.

FALAR BEM X COMUNICAR-SE

Falar corretamente é uma obrigação para aquele que se coloca à frente de outras pessoas com intuito de comunicar o que quer que seja. Quando esse alguém é um profissional que representa uma empresa a responsabilidade aumenta. Falar corretamente é um auxílio para legitimar o objetivo essencial da comunicação: persuadir.

Utilizar com eficiência os recursos gramaticais, as metáforas e argumentos criativos envolve o falar bem que alicerçado no dizer bem, estabelecem a sintonia com os ouvintes de forma natural, persuasiva e empática.

O falar bem gera admiração pelo excelente aproveitamento da língua utilizada, pela demonstração de conhecimentos adquiridos. Por sua vez o dizer bem faz com que haja a interação com o público-alvo, a união do processo de expressão e persuasão, o saber exprimir-se.

O orador deve ser o facilitador da apreensão da mensagem e canalizador da energia de seus ouvintes, por isso, espera-se que em suas comunicações o falar e o dizer se harmonizem perfeitamente.O domínio desse processo permitirá a construção de uma imagem mais compatível com o perfil do profissional-líder deste novo século. Há que se ressaltar, todavia, que a arte da comunicação pode ser desenvolvida e aprimorada. Para isso é fundamental determinar-se a procurar novas soluções para velhos medos e inseguranças e ter a coragem para a auto-

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análise, para a reavaliação de nosso perfil de comunicadores, para a busca de técnicas verbais e não-verbais que facilitem a transmissão das idéias, transformando a comunicação em uma troca rica e multidimensional.

PREPARAÇÃO PESSOAL DO COMUNICADOR

Algumas sugestões para uma preparação pessoal adequada a serem utilizadas no nosso dia-a-dia:

a) escreva todas as idéias interessantes que lhe ocorrerem para um possível aproveitamento em sua comunicações verbais e não-verbais;

b) sempre que puder, estimule seu lado ator: leia em voz alta, olhando-se no espelho, exercitando sua voz e seu corpo, liberando suas energias. Não se encolha;

c) leia notícias de jornal como se fosse um locutor de rádio ou televisão. A seguir, exercite a sua capacidade de síntese reduzindo-as a uma linha, sem a perda da clareza e da essência da mensagem;

d) escolha textos e poemas que lhe agradem e dê-lhes nuança e sentimentos diversos durante a leitura;

e) observe sua dicção e articulação;f) grave seus exercícios e, gradativamente, corrija as falhas;g) quando filmar suas apresentações, interrompa as partes das quais não

gostou e reproduza-as de forma mais convincente;h) invista na arte de ouvir. Veja se consegue reproduzir oralmente notícias e

comentários;i) quando assistir a um filme, sintetize-o em dois minutos, procurando

perceber se conseguiu motivar o interesse do interlocutor;j) assista à televisão com espírito crítico, observando:

- que vozes você consideraria mais expressivas;- que tipo de abordagem lhe é mais conveniente;- como os apresentadores e artistas harmonizam a linguagem oral e

corporal.k) leia o máximo possível, pois o vocabulário e a argumentação criativa se

enriquecem com leituras assíduas. Em relação aos jornais, consulte de preferência duas fontes, para elaborar uma análise menos parcial dos fatos. Como exercício, escolha uma notícia e verifique as diferentes abordagens, com relação a:- ideologia;- objetivo pretendido;- o público a ser atingido;- argumentações contra e a favor;- estilo (linguagens e imagens utilizadas): qual é mais convincente;- substantivos, adjetivos e verbos utilizados com maior freqüência;- acertos e erros do texto.

l) invista na criatividade, analisando as questões sob vários ângulos. Proporcione a você a possibilidade de novo olhar sobre os fatos;

m) pense, pense, pense! Faça do raciocínio um aliado estimulante, que o leve a viagens criativas e prazerosas;

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n) procure assistir a palestras, conferência, seminários e cursos para o aperfeiçoamento das técnicas de apresentação;

o) verifique outras apresentações: o que o agrada e o que o aborrece;p) procure, em seu dia-a-dia, encarar seus interlocutores como pessoas

comuns e não como inimigos;q) olhe-se mais no espelho. Como é o seu corpo, como são as suas mãos,

seus olhos, como você fala e sorri? Corrija os ombros caídos, o olhar perdido no espaço, as mãos sem função expressiva. Observe-se mais para se conhecer melhor! Cuide também da sua respiração, pois ela é requisito fundamental para a excelência nas comunicações;

r) cante, exercite sua voz;s) exercite seu corpo. Ande bastante. Escolha exercícios físicos que lhe

agradem e aproveite-os para eliminar tensões;t) dance, procure o lado lúdico do movimento;u) crie seu estilo de comunicação;v) crie empatia nas relações humanas. Fale não só do jeito que você gostaria

de ouvir uma mensagem, mas, principalmente, como seu receptor gostaria de recebê-la;

w) procure escrever artigos sobre aquilo que você pensa, pesquise, leia, dê substância às suas idéias e fale sobre elas com seus amigos;

x) estabeleça metas a curto, médio e longo prazos, para a busca da excelência em sua comunicação;

y) planeje seu aperfeiçoamento pessoal e profissional. Não faça do medo e do comodismo (para quê) aliados, mas pontos de partida para compreendê-los melhor e livrar-se deles com vontade e determinação. Você com certeza ficará satisfeito ao superar suas limitações.

RECURSOS PESSOAIS

É fundamental para o sucesso de suas comunicações que você invista nos recursos pessoais de que dispõe, como por exemplo, a linguagem oral e a corporal.

Linguagem Oral

Voz

Voz é vida, é ação. Ela permite enfatizar idéias, torná-las vibrantes e claras e lhes dá dinâmica. A voz projeta os sentimentos. Revela a personalidade do comunicador e espelha quem ele é. Mostra como ele vê e pensa o mundo. A voz lapidada enriquece o pensamento e facilita a compreensão do receptor.

Aprender a administrar a variedade dos sons, a beleza melódica das palavras e a coerência e força das idéias são formas de zelar pela qualidade da comunicação.

A voz é o termômetro das emoções: nossos medos, inseguranças, força e magnetismo pessoal expressam-se por meio dela.

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Podemos melhorar gradativamente nossa identidade vocal. Com a prática de exercícios freqüentes, é possível corrigir os defeitos de articulação e dicção, buscando uma voz identificada com a qualidade sonora.

Uma voz bem trabalhada transmite segurança, credibilidade e matiza as idéias em filigranas de emoção e poesia.

Verifique como é a sua voz.

Que impressão tenho de minha voz? As pessoas elogiam-na, demonstram aceitá-la, inibem-se com ela,

começam a bocejar após cinco minutos de explanação ou perguntam constantemente se estou bravo?

Minha voz é arrastada, monótona, solene ou pomposa? Ela é fria e metálica (as pessoas distanciam-se quando falo) ou acolhedora

(elas se aproximam com um sorriso de satisfação)? Falo em tom de súplica, ironia, cordialidade, simpatia ou bom humor? Quanto tempo, em uma palestra, seria agradável me ouvir?

Linguagem Corporal

Gestos

Somos um corpo que se expressa, dança, grita, murmura. Afinar esse instrumento composto por cordas delicadas é uma forma de lapidar as emoções e aprimorar o autoconhecimento.

Expressões faciais e movimentos corporais são recursos expressivos que favorecem o entendimento entre as pessoas, por transmitirem as imagens dos sentimentos. Eles estimulam a sensibilidade e ampliam as percepções.

Os gestos ajudam a compor o estilo do comunicador e facilitam o entendimento e transmissão das idéias. A interação entre o comunicador e a platéia depende muito da harmonia entre o gesto que faz e a fala que profere. O gesto deve sincronizar-se com a palavra, dando-lhe sustentação e projeção.

A seguir recomendam-se alguns cuidados:- Os gestos não devem ridicularizar o estilo pessoal do apresentador ou

orador. Para isso devem-se evitar as mãos para trás, nos cabelos, nos bolsos, no nariz e no queixo para coçá-lo, nas orelhas. Evite olhar para o teto, o chão, a janela. Olhe bem para a platéia.

- Quanto à postura, observe:a) Olhe calmamente para a platéia no seu todo e não apenas para

determinada pessoa;b) evite apoiar-se em alguma coisa;c) não se balance compassadamente, pois dá sono ao espectador.

- Quanto ao vestuário, aquele que se apresenta com deleixo, leva o ouvinte a pensar que seu espírito é tão mal cuidado quanto suas roupas e aspecto visual em geral. Uma “pequena” produção sempre é bem vinda.

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UM TEXTO: MUITAS REFLEXÕES...

CARTÃO VERMELHO – TIPOS DE COMUNICADOR-PROBLEMA

Alguns oradores apresentam tiques corporais e verbais que se tornam entraves à compreensão do que dizem ou expressam. Analisaremos alguns deles.

1- O TÍMIDO – costumam falar em voz baixa e tem dificuldade em administrar o medo interno. Sente-se nervoso, tropeça nas palavras; a dicção e a articulação são deficientes. Parece pedir desculpas por estar ocupando aquele espaço. Gagueja e, mesmo tendo preparado e organizado, perde-se com freqüência. As palavras são emitidas com dificuldade. Estar ali parece representar um grande sacrifício. Olha para o teto, para o chão ou para o nada, como se possuísse uma cortina diante dos olhos.Seu corpo mostra sinais evidentes de nervosismo: boca seca, respiração difícil, transpiração no rosto e nas mãos, o que o faz usar o lenço com freqüência. Esconde-se atrás da mesa. Segura chaves, canetas ou livros. Seus olhos mostram-se constantemente assustados, como se tivesse medo de ser pego em flagrante.

2- O EGOCÊNTRICO – para ele, o ambiente é um espelho gigante, que reflete todas as suas qualidades. O ouvinte está ali para servi-lo. A palavra eu é a mais importante no seu vocabulário. Parece possuir um luminoso no seu corpo, onde está inscrito em letras garrafais: sou o melhor. Tudo é milimetricamente estudado. A técnica está acima de tudo. O que mais lhe interessa são os seguintes dados: a experiência que já tem; a metodologia que aplica; os erros que não comete; a perfeição das suas palestras; as reflexões que elabora. Ele é a salvação! Por meio dele se chega ao sucesso.

3- O ERUDITO – fala difícil, utilizando, por vezes, palavras em desuso. Cita frases de autores famosos. Mesmo percebendo que o público não o entende, continua sua fala, usando gírias profissionais, linguagem técnica, porque é uma forma de usufruto do poder, uma forma arrogante de deixar que só ele conhece o assunto. Como seu prazer provém da exibição de sua cultura, não se preocupa em obter feedback do público. Suas idéias são herméticas e vêm acompanhadas de frases rebuscadas. Quase não utiliza recursos audiovisuais, prefere ficar sentado e empregar o tom professoral. Por julgar que sua cultura o exime de qualquer questionamento, não admite interrupções nem contestações e muito menos dá chance ao ouvinte, já que este não entendeu porque não quis. Falta-lhe estudar mais, ir atrás da base para entender o que o “mestre” está ensinando.

4- O HIPNOTIZADOR – expressa-se de forma muito paaauuusaaadaaa... causando sooonoolêêênciaaaa nooos ouviiiiteeees. Quando formula o início de uma palestra os espectadores já advinham o desenrolar e a conclusão.

5- O MODESTO – é aquele que sempre se posiciona de forma subserviente em relação aos ouvintes. Diz que vai fazer o possível para que eles entendam o conteúdo, mas não sabe se vai conseguir. Está sempre mais preocupado com as desculpas do que com a preparação efetiva de sua fala.

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6- O VERBORRÁGICO – é extremamente prolixo. Fala sem parar porque considera suas idéias as mais interessantes. Ama o som da própria voz e, para ele, o silêncio é crime. Parece uma metralhadora vocal, expressando-se para si mesmo. Quase não dirige o olhar para o audotório. Além disso, como quer ter absoluta certeza de que o “público” o ouviu, usa as seguintes expressões em seus finais de frase: estão me compreendendo? Perceberam onde quero chegar? Entenderam onde está o cerne da questão? Está tudo claro, não é? Posso continuar? Vocês tem certeza de que estão acompanhando meu raciocínio? É importante que vocês não se percam; por isso, prestem bem atenção...

7- O ESPALHAFATOSO – está sempre arrumando o cabelo e a roupa, contemplando as próprias unhas. Utiliza o vidro da janela da sala como se fosse um espelho. Seus gestos são largos e ininterruptos, porque buscam tornar suas palavras mais eloqüentes do que realmente são. Tudo nele é excessivo desde o colorido da roupa, até a voz que se ouve a quilômetros de distância.

8- O DESPREPARADO – ele vai falar, mas confiante na inspiração divina, não a prepara. Planejar é perda de tempo e o improviso, excitante. Por isso ele desconhece as necessidades do público e não sabe o que dizer nem como dizer. Suas idéias mostram-se confusas, porque lhe faltam objetividade, coerência, fluência e poder de síntese. Não sabe utilizar recursos audiovisuais. Fala de costas para o público, quando utiliza o quadro. Seu material de trabalho polui todo o ambiente. Tropeça nos fios, deixa cair objetos. Sempre se tem a impressão de que está atrasado e isso causa intranqüilidade em quem assiste a ele.

9- A FERA ENJAULADA – anda de um lado para o outro sem parar. Seu olhar é duro e cortante; seu sorriso cínico e sus mãos quase sempre ficam cruzadas na linha da cintura. O tórax inclina-se para a frente. Seus gestos são secos e duros. Seu queixo está sempre levantado em demasia. Seus músculos nunca se descontraem. O corpo parece explodir de tanta tensão.

Leitura Complementar

O JARDIM ZOOLÓGICO

LEÃO, o rei da reunião, o dono do assunto, quando “urra” todos os participantes se calam. Psicologicamente, possui uma “juba” imponente que toma inquestionável sua ascendência sobre os demais “animais”. Os “ratinhos” tremem de ter que falar frente ao leão... Mas o leão não é agressivo: está tão certo de sua superioridade que pode mostrar-se tranqüilo e senhor de si. Por vezes, boceja despreocupado, paciente com as peraltices dos outros “animais”.

HIENA não tem opinião própria; adora o leão. Aprova tudo que o leão diz e reclama do grupo não dar devida importância ao que disse ele. Lembra, de vez em quando, ao grupo o que disse o leão. Acha o leão espirituoso e ri de tudo que ele

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diz: balança a cabeça apavoradamente quando o leão fala. Quando o grupo pára, vai correndo cumprimentar o leão. Aliás, o leão conta sempre com suas hienas: quando fala nem se quer olha para elas: já sabe que dali vira aprovação...

TIGRE é um leão ressentido por não ter suas hienas e não ser reconhecido pelo grupo como rei. Por isso fica de mau humor (por vezes, mesmo violento!). Geralmente, é mais competente que o leão, mas não tem o “charme” do rei dos animais. Fosse menos agressivo, destronaria, facilmente, o leão. Mas é por natureza cáustico e irônico provocando irritação no grupo. O grupo procura colocá-lo na jaula ou não toma conhecimento de sua presença.

RAPOSA está sempre surpreendendo o grupo com suas artimanhas. Quando quer, faz o grupo correr em sua perseguição, como uma matilha de cães de caco, ladrando em se encalço. Desvia o grupo do tema sem que ninguém perceba. Sofisma, torce os argumentos, enleia o grupo. Jamais caminha em direção ao objetivo. Vale a pena ver a raposa brincando de esconder com o grupo atarantado!...

PAVÃO está sempre de leque aberto, mostrando a policromia de sua “cultura”, Não se interessa pelo grupo e pelo objetivo: o grupo para ele é apenas platéia para quem desfila na passarela... Não perde ocasião de mostrar conhecimentos. Faz citações. Demonstra que não sabem usar as palavras. É, realmente, coisa digna de se ver. Pena é que esteja tão preocupado consigo mesmo...

COBRA está no grupo só para envenenar as relações. Fica enroscada esperando a hora do bote: se alguém comete uma “asneira”. Ela salta do ninho e põe aos olhos de todos a fraqueza do participante. Chama sempre a atenção do grupo para tudo do que possa envenenar as relações entre os membros. Provoca briga entre dois e fica de fora. Está sempre incitando os demais a “comer maçã”...

PAPAGAIO fica “no pau de arara” falando por todos os poros: tem um caso a contar a propósito de tudo o que se diga. Fala alto. Grita. Mas ninguém da importância ao que ele diz. Também ele não dá importância a si próprio. Fala por falar. É o que sabe fazer. Geralmente, está inteiramente por fora do assunto.

CORUJA é o antípoda do papagaio. Não fala, mas presta muita atenção! Olha com doçura para cada um que intervém na discussão, mas se vê que não é para replicar. Pisca os olhos quando não entende, mas sem franzir a testa. Vê-se que lamenta, mas não protestará. Toma susto quando alguém a interpela. Pede desculpa quando tem de participar...

MACACO é o “festivo” do grupo. Anedoteiro, espirituoso, bagunceiro, inteligente e superficial. Sempre que intervém provoca o riso. Todos esperam dele uma gracinha. Ninguém o leva a sério. Anima, mas termina irritando. No fim da reunião está amuando e sem graça...

GAIVOTA fica voando por alto. Eleva a discussão para os “primeiros princípios e primeiras causas”. Quem quiser acompanhá-la terá de levantar vôo.

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Para não dizer que está fora da realidade, de vez em quando dá um “pique” no assunto e pega um “peixe” que vai deglutir nas alturas. Voa com elegância, mas está distante do grupo. Nasceu para ser solitária...

CÃO, inteligente, fareja bem o assunto, mas ladra demais. Faz muito barulho por pouco. Está sempre vigilante para defender suas idéias: não deixa passar nada! “Seu dono é sua crença”. Não cede um milímetro. Tem razão, mas poderia ser mais plástico.

BOI difícil de mover. Obstinado. Lento. Nada o apressa. Fica de onde está não caminha no passo do grupo. Tranqüilo. Fala pouco. Quando todos esperam que ele esteja lá longe, percebem que ficou parado na mesma idéia. Não se atemoriza com os outros animais. Vai devagar e sempre. Pode-se obter dele bom rendimento, mas sem pressa...

ELEFANTE sem sutileza. Não percebe as nuanças. Leva tudo “no peito”. Seria um ótimo executivo, mas não dá para discussões. É pesado demais para viver em grupo. Quando intervém é para acabar a reunião: quer iniciar a ação.

GATO mia para chamar a atenção muito discretamente. Solicitado, se enrosca e não quer falar. Comprador de simpatia podendo dar um salto, contudo, se aparecer um “ratinho”. Conserva as unhas ocultas. Prefere agir depois da reunião. Contempla a reunião com os olhos cândidos como se não tivesse maldade e fosse inofensivo...

COELHO simpático, ágil, pulador. Não tem plano. Não é conseqüente. Cheira e experimenta todas as idéias que aparecem. Não importa com lógica. Salta de uma idéia para outra sem escrúpulo. Se os animais de grande porte aparecem, oculta-se. Quando eles saem, o coelho se esbalda... na arena.

ESQUILO acanhado, fugidio, embaraçado. Fica “quebrando sozinho suas nozes”. Se o interpelam, enrubesce e se retrai. Dificilmente participa, apesar de estar muito interessado. Se insistirem muito, não volta mais às reuniões dos dias seguinte...

POMBO é um pavãozinho frustrado. Fica arrulhando com o companheiro ao lado. Só vive de par. É monogâmico e fiel. Cata “pedrinhas” para ele próprio e para o vizinho. Se o interpelam, bate as asas assustado, mas volta a arrulhar com o companheiro...

ARAPONGA tem canto monótono e insistente. Sempre igual e vibrante. Volta sempre ao tema. Tem idéia fixa. Não é que seja cabeçuda. É que é monocórdia. Só tem uma idéia e é incapaz de seguir uma discussão.

PICA-PAU não tem o bom humor do macaco, mas interfere em tudo, aparentemente participante. Pega uma idéia e fica “picando-a” em mil pedacinhos. Para ele não há objetivo a atingir sua função é “piscar” cada idéia que aparece, retalhando todos os detalhes. Mas só age as bicadas... e atropeladamente. Os

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outros continuam, mas ficam ouvindo, de longe, o pica-pau picando o que ficou para trás...

ARANHA é mestra em teia onde se envolvem os mosquitos e besouros. Para ela a discussão é obra de arte. Cada fio deve ficar amarrado no outro. Não prepara um plano: constrói uma armadilha para emaranhar os incautos. Torna a discussão um novelo de fios emaranhados...

RATINHO circula entre os animais fugidos. Nunca aparece. Rói as idéias por trás do pano. Por vezes é quem salva o leão de um impasse, descobrindo como descoser a armadilha. Atravessa a cena em diagonal, às correrias. Rói seu queijo no buraco onde vive metido.

ZEBRA em cada fase da discussão, apresenta ponto de vista diferente. Concilia idéias opostas sem perceber a incoerência. Pode-se dizer que tem o pensamento “listado”. Entusiasma-se, igualmente, por duas direções opostas. É preto ou branco, não tem meio termo. Não sabe somar as idéias.

CAMALEÃO está de acordo com a maioria: é ele mesmo quem afirma isso; a discussão para ele é uma oportunidade de verificar para que lado está soprando o vento. Pretende que está de acordo com todos os participantes por mais divergentes que sejam as posições tomadas.

Lima, Lauro de Oliveira. Treinamento em dinâmica de grupo no lar, na empresa, na escola. Petrópolis, Rio de Janeiro, Vozes. (adaptado).

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Page 43: Guia Mc if Cerimonial

DE LAURÊNTIS, Oswaldo. Expressão verbal. Disponível em http://oratoriabrasileira.blogspot.com/2005/05/expresso-verbal-oswaldo-de-laurntis.html. Acesso em 30 abr 2011

FURINI, Isabel. A arte de falar em público. São Paulo: Ibrasa, 1999.

MENDES, Eunice. Falar em público: prazer ou ameaça? Pequenos Grandes Segredos para o sucesso nas comunicações Formais e Informais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999.

POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo: Saraiva, 1996.

BRASIL. DECRETO FEDERAL 70.274, de 9 de março de 1972. Aprova as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência.

LINS, A. E. (2002). Evolução do Cerimonial Brasileiro – aulas e conferências. Recife: Comunigraf Editora.

MEIRELLES, G.F. (1999). Cerimonial e Protocolo na Universidade. Apostila de curso realizado em São Paulo.

______. (2002). Protocolo e Cerimonial: normas, ritos e pompa. 2 ed. São Paulo: Editora STS.

______. (2006) Mestre-de-Cerimônias. Apostila de curso realizado em São Paulo.

REINAUX, M.(1997) Apostila de curso de Mestre de Cerimônias: postura e elegância na condução de uma cerimônia. São Paulo

______ (2005). O Mestre de Cerimônia. Recife: Comunigraf Editora

SILVA, R.A.S.A. O discurso do mestre de cerimônias: perspectiva dialógica. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. (Mestrado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem). São Paulo, 2007. 247 p.

SPEERS, N. (2001). O Brasil e o cerimonial. São Paulo: Hexágono Cultural.

______. (2003). A universidade e o cerimonial na ótica das relações públicas. São Paulo: Hexágono Cultural

ANEXOS

OFICINA 1

Page 44: Guia Mc if Cerimonial

I. Assinale as competências que deve possuir o Mestre de Cerimônias do IF-SC:

1. ( ) Conhecer os conceitos básicos de etiqueta 2. ( ) Ter boa presença de palco3. ( ) Ter boa voz 4. ( ) Ter boa dicção 5. ( ) Ter boa aparência6. ( ) Trajar adequadamente7. ( ) Estar atento ao roteiro e ao desenvolvimento da cerimônia8. ( ) Observar ordens de precedências 9. ( ) Conhecer os pronomes de tratamento10. ( ) Ser o foco das atenções no palco, pois ele é o condutor do evento11. ( ) Ter uma voz bem forte e grave12. ( ) Recepcionar os convidados, principalmente as autoridades13. ( ) Evitar interferências no cerimonial que não correspondam ao

planejamento14. ( ) Permanecer em sintonia com toda a equipe de apoio15. ( ) Quebrar o protocolo algumas vezes para satisfazer algumas

autoridades.16. ( ) Ao subir na tribuna apresentar-se ao público17. ( ) Utilizar verbos na terceira pessoa do singular ou na primeira do plural.18. ( ) Só convidar os componentes da mesa principal quando todos

estiverem próximo à mesma.19. ( ) Permanecer o maior tempo possível perto da mesa principal, pois caso

haja algum incidente, terá que agir prontamente20. ( ) Em grandes eventos, providenciar que toda a equipe tenha uma cópia

do roteiro em mãos.21. ( ) · Permanecer em sintonia com toda a equipe de apoio

II. Comente os itens que não foram assinalados, dizendo o porquê disso.

Seu Campus fará uma formatura

Apresente o planejamento para esse evento, desde o check list , roteiro e script