72
GUIA DO MERCADO LABORAL 2015

Guia Mercado Laboral Hays 2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

hays

Citation preview

Page 1: Guia Mercado Laboral Hays 2015

GUIA DO MERCADO LABORAL 2015

GU

IA D

O M

ERCAD

O LA

BOR

AL 2015

Page 2: Guia Mercado Laboral Hays 2015

Introdução 1

Participação especial da Católica Lisbon School of Business & Economics 2

Guia do Mercado Laboral – os factos 3

Inquérito a empregadores e profissionais qualificados   4

Tendências de mercado e tabelas salariais 48Contabilidade e Finanças 50Banca e Seguros 58Recursos Humanos 66Engenharia - Indústria, Logística e Construção 74Tecnologias da Informação 88Marketing e Vendas 100Retalho 112Turismo e Lazer 120Life Sciences 126

Perfis mais procurados em 2015 134

Acerca da Hays 135

Contactos 136

ÍNDICE

Page 3: Guia Mercado Laboral Hays 2015

Guia do Mercado Laboral 2015 1

INTR

OD

ÃO

O MOMENTO É ESTE

Quando a Hays chegou a Portugal, no ano 2000, o mercado de trabalho era profundamente diferente daquele que conhecemos hoje. Caminhávamos para um milénio inteiramente novo, com novas questões, perspectivas e soluções.

Falava-se de novas formas de trabalhar e da incógnita que seria preparar e formar toda uma nova geração para desafios, tecnologias e problemas que, ironicamente, ainda nem sequer existiam. Discutíamos crescimento e desenvolvimento de capital humano, sem imaginar que dentro de poucos anos a simples manutenção do emprego estaria em causa.

De facto, a grande lição que podemos retirar destes últimos 15 anos é a de que tudo muda, cada vez mais rapidamente, sendo que o grande desafio está em conseguir acompanhar a mudança. Ao longo do percurso acidentado desta década e meia, o país adiou discussões necessárias, demorou a reinventar-se e, quando finalmente o fez, as velhas soluções não foram suficientes ou adequadas aos problemas novos. E essa falta de soluções terá levado à maior fuga de talentos qualificados de toda a história de Portugal, com consequências que só agora começam a ser evidentes. A questão que se coloca é quão eficazes seremos a lidar com elas e a encontrar alternativas.

Talento precisa-seTudo indica que se aproxima, então, uma década de escassez de talento. De algum modo, ocupados que estávamos a resolver os problemas mais imediatos, fomos relegando para segundo plano uma conversa necessária e urgente entre instituições de ensino e o mercado de trabalho. Acabámos por formar milhares de profissionais que tivemos de “exportar” posteriormente, a custo zero, e deixámos que sectores estratégicos para a economia nacional se vissem privados do talento e competências fundamentais para o seu crescimento. Tecnologias da

Informação e Turismo & Lazer estão, e continuarão a estar, entre os mais afectados.

Segundo os inquéritos que efectuámos para esta nova edição do nosso Guia do Mercado Laboral, 75% dos empregadores em todos os sectores sentem dificuldades em identificar os profissionais de que necessitam. Em muitos casos, esta dificuldade resultou mesmo numa quebra nos resultados das empresas, ou obrigou a repensar os planos de crescimento do negócio. Este número é tão mais preocupante se tivermos em conta que 79% dos profissionais qualificados portugueses admitem a possibilidade de vir a trabalhar no estrangeiro. Ou seja, podemos vir a perder ainda mais talento do que aquele que já nos deixou nos últimos anos.

O virar da páginaAinda assim, as notícias para 2015 são extremamente positivas: segundo os dados do nosso inquérito, 70% dos empregadores pretendem recrutar este ano. Trata-se de um número acima das perspectivas mais optimistas, e um claro indicador de que se aproxima um momento de enorme dinamismo no mercado de trabalho português.

O desafio que se coloca agora é o de perceber como podemos atrair e reter o talento necessário. Ainda que não exista uma fórmula mágica, os profissionais que entrevistámos destacaram três factores que poderão contribuir largamente para a sua satisfação e motivação: um bom ambiente de trabalho, a oferta salarial e um plano de carreira. Estarão as empresas em Portugal preparadas para acompanhar estas expectativas? E, por outro lado, terão os profissionais as competências e características que os empregadores realmente procuram e necessitam?

São muitas as interrogações para os próximos anos, sendo que 2015 será fundamental para definir a nossa capacidade colectiva de dar resposta a todas estas questões. No entanto, perante os enormes desafios que se colocam, uma só certeza se mantém: vivemos numa era global em constante transformação e movimento, e o mercado de trabalho não se compadece de empresas e profissionais que não consigam acompanhar essa mudança. Cabe a todos nós – profissionais, empresas, instituições de ensino e governos – definir estratégias conjuntas que nos preparem, enquanto país, para estar à altura do ritmo e dinamismo de um mundo globalizado.

À imagem do que tem acontecido nos últimos 15 anos, a Hays continuará a ter um papel activo no mundo do trabalho, procurando ajudar candidatos e empregadores neste processo de mudança contínua.

Aproveitamos para agradecer a todos aqueles que, com a sua participação, tornaram possível mais esta edição do nosso Guia do Mercado Laboral.

Acreditamos, mais do que nunca, no potencial deste país de talento. 2015 chegou; o futuro é agora.

Paula Baptista, Managing Director, Hays Portugal

Page 4: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INTR

OD

ÃO

2 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 3

Atualmente, grande parte das Universidades em Portugal e no estrangeiro têm um departamento de carreiras ou um gabinete de saídas profissionais. Contudo, nem sempre é claro para os alunos e para a comunidade em geral qual o papel de um departamento de carreiras. E a verdade é que a missão destes departamentos tem evoluído ao longo dos tempos, sendo que o desenvolvimento mais marcante é o que vivemos no momento presente.

Assim, e olhando para a história, assistimos à evolução de uma função que visava apenas permitir aos alunos uma primeira experiência profissional no formato de estágio de Verão; para uma colocação dos alunos no mercado de trabalho após o término do programa; passando mais tarde por uma aposta no apoio na preparação das ferramentas essenciais para o mercado de trabalho como a construção do CV, carta de apresentação, preparação para entrevistas, entre outras e, mais recentemente, um destaque maior para a importância do networking. Hoje, vivemos um alargamento e complexificação da missão dos departamentos de carreiras, envolvendo não apenas os alunos, mas também os professores, os colaboradores, as empresas, os antigos alunos e a comunidade em geral.

O Gabinete de Desenvolvimento de Carreiras da Católica-Lisbon surgiu há 17 anos e nessa altura tinha como missão ajudar os alunos a encontrar estágios de Verão e tratar dos processos inerentes aos mesmos. Atualmente, o nosso papel passa por ajudar os alunos a perceber 1) o grau de competitividade do seu currículo no momento de entrada na Escola em comparação com os seus pares nacionais e internacionais 2) onde querem chegar depois

do término do seu programa, ou seja, as suas aspirações em termos profissionais e 3) o que é que precisam fazer e desenvolver durante o período em que estão na escola para chegar onde querem. E este caminho vai muito para além da componente académica, na medida em que envolve uma dimensão pessoal – o gabinete de carreiras tem uma primeira grande missão de melhorar o conhecimento que o aluno tem de si próprio e que permite com que este analise o seu currículo de uma perspetiva diferente da que tinha quando chegou à Escola; uma parte mais social que tem a ver com aquilo que o aluno escolhe fazer para além da sua vida académica – este dado revela ao recrutador os interesses do aluno e as competências pessoais do mesmo (informação muito valorizada hoje em dia no mercado de trabalho) – e, por último, uma componente profissional que tem a ver com a imersão do aluno no mundo do trabalho.

A contribuição das nossas empresas parceiras na descoberta deste caminho dos alunos tem sido fundamental para o sucesso dos mesmos e, por isso, hoje em dia falamos em relações de parceria. Ao longo de todo o ano procuramos envolver as empresas nas nossas atividades com três objetivos fundamentais: dar a conhecer as empresas e os vários setores aos nossos alunos (informação sobre o mercado); contribuir para o crescimento e desenvolvimento dos nossos alunos através de workshops dedicados ao desenvolvimento de competências pessoais e profissionais e, por último, promover junto dos nossos alunos as oportunidades que estas empresas têm.

Esta relação de parceira tem igualmente evoluído ao longo dos anos e nos dois sentidos. Nas atividades desenvolvidas em conjunto, as empresas são mais exigentes no recrutamento de talento dado que este é estratégico para as suas empresas e um fator crítico de sucesso. E os alunos também esperam mais das empresas, procurando o fator diferenciador de cada uma, aquilo que as torna únicas e diferentes dos seus concorrentes. Com base no feedback que recolhemos frequentemente, percebemos que, atualmente, os alunos valorizam mais a partilha de experiências e histórias, os desafios e oportunidades do dia-a-dia na vida de um profissional, a possibilidade de estabelecer contactos e aumentar a sua rede e, por último, a possibilidade de se darem a conhecer. Resumindo, esperam muito mais do que uma simples replicação daquilo que se encontra disponível na comunicação institucional das empresas.

Estamos a viver um novo paradigma no que diz respeito ao mercado de trabalho e à forma como abordamos o mesmo. Este foi sobretudo despoletado por esta nova geração de talento, a chamada geração Millennium, uma geração exigente e empreendedora.

PREPARAR OS PROFISSIONAIS DE AMANHÃ GUIA DO MERCADO LABORAL – OS FACTOS

Todos os anos a Hays Portugal elabora um guia de tendências de emprego e salários, numa tentativa de melhor compreender o mercado de trabalho qualificado em Portugal.

A edição deste ano encontra-se dividida em duas partes:

• Uma análise das motivações e preferências de profissionais e empresas, com base nas respostas de 3701 profissionais qualificados e 705 empregadores aos inquéritos anónimos efectuados pela Hays.

• Uma análise das dinâmicas de recrutamento em áreas e sectores de mercado específicos, acompanhada de tabelas salariais com valores médios praticados para funções qualificadas nas regiões de Lisboa e Porto.

Este Guia deve ser interpretado como um barómetro do mercado de trabalho. Os dados e opiniões aqui apresentados baseiam-se não só nos resultados dos inquéritos efectuados pela Hays, como também no conhecimento de mercado dos nossos Consultores, obtido através dos processos de recrutamento efectuados e de milhares de entrevistas e reuniões com profissionais e empregadores de todo o país.

Naturalmente, estamos sempre disponíveis para receber o seu feedback. Qualquer questão, dúvida ou sugestão será muito bem-vinda para [email protected].

Contamos consigo para iniciar o debate que o mercado de trabalho português merece.

Obrigado e boa leitura.

Susana Prudêncio, Head of Corporate Development Católica Lisbon School of Business & Economics Universidade Católica Portuguesa

Page 5: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

4 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 5

INQUÉRITO A EMPREGADORES E PROFISSIONAIS QUALIFICADOS

Page 6: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

6 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 7

Seria impossível compreender verdadeiramente as dinâmicas que movimentam o mercado de trabalho em Portugal sem consultar aqueles que são os principais actores dessas mudanças: as empresas e os candidatos.

Nesta edição do Guia do Mercado Laboral, cerca de 3700 profissionais qualificados e mais de 700 empregadores aceitaram partilhar connosco as suas opiniões e expectativas em assuntos tão variados como perspectivas de carreira, satisfação salarial, emigração, formação, competências, desemprego e planos para 2015.

Alguns resultados são surpreendentes. As respostas aos inquéritos deste ano revelaram-nos um mercado de trabalho cada vez mais volátil e diverso, que já não não aceita soluções únicas para a multiplicidade de particularidades e necessidades de quem recruta e de quem procura emprego. Num país com uma clara divisão económica e cultural entre Norte, Centro e Sul, diferentes tipos de empresas procuram diferentes competências. Diferentes sectores valorizam diferentes características e prioridades. E uma nova geração recém-entrada no mercado de trabalho (a dita “Geração Y”) parece querer trazer consigo novas aspirações e uma outra forma de encarar o emprego.

Note-se que este não é um estudo com pretensões de rigor científico. Ainda que os números apresentados sejam inteiramente retirados das respostas que recebemos dos nossos clientes e candidatos, a interpretação destes dados é inteiramente baseada no nosso know-how enquanto empresa de recrutamento especializado.

O MERCADO DE TRABALHO QUALIFICADOA PALAVRA A EMPREGADORES E PROFISSIONAIS

Page 7: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

8 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 9

ATRACÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTO

Mudar de emprego – factores e motivaçõesAproxima-se uma fase desafiante no mercado de trabalho português. No ano em que finalmente a criação de emprego parece dar os primeiros sinais de recuperação, a percentagem de profissionais qualificados dispostos a procurar novas oportunidades caiu para os valores mais baixos desde 2010.

Depois de três anos de valores consistentes na casa dos 78% e de uma subida abrupta para 83% em 2013, este ano trouxe uma inesperada descida: são, agora, 75% os profissionais que consideram mudar de emprego em 2015.

Ainda que continue a ser um valor extremamente elevado e um claro indicador de abertura a uma possível mudança profissional, é necessário tirar ilações desta quebra tão pronunciada, que acontece precisamente na véspera de um ano que se espera de retoma económica. Esta descida é ainda mais preocupante se tivermos em conta que a percentagem de empregadores que pretendem recrutar em 2015 disparou para os valores mais altos dos últimos anos.

No entanto, a disponibilidade dos candidatos para assumir novos projectos profissionais varia consideravelmente consoante a área de actuação. Os profissionais de Marketing & Vendas lideram a lista, seguidos de perto pelos profissionais de Banca e Seguros, Retalho e Engenharia – todos estes acima da média geral.

Já os profissionais das Tecnologias da Informação, destacam-se como sendo os que menos demonstram interesse em alterar a sua situação profissional: a percentagem situa-se nos 68%, quando no ano anterior atingia 77%. Esta tendência pode complicar ainda mais a situação do sector das TI, que enfrenta há vários anos uma escassez crónica de profissionais qualificados na área, sem quaisquer perspectivas de melhoria.

Analisando os resultados de um modo global, mais de 7 em cada 10 profissionais no activo em Portugal consideram a hipótese de mudar de emprego em 2015. Se este é um factor bastante positivo para o dinamismo da economia e do mercado de trabalho em geral, representa também um motivo de reflexão para empregadores de Norte a Sul do país, que terão pela frente um desafio de retenção de talento. Que parte destes números se traduzirá, afinal, numa mudança efectiva de emprego? E o que estará a motivar a vontade de mudança nestes profissionais?

O facto é que, todos os anos, uma percentagem considerável de profissionais muda de emprego; no último ano, terão sido cerca de 23% do total dos nossos inquiridos. A grande maioria dos inquiridos (73%), aliás, encontra-se no seu actual emprego há menos de 6 anos.

Percentagem de profissionais que consideram mudar de emprego.

78% 77% 78% 83% 75%2010 2011 2012 2013 2014

Comparação entre intenções de recrutamento das empresas, e interesse dos candidatos em mudar de emprego

2010

2011

2012

2013

2014

44%

33%

45%

58%

70%

77%

78%

83%

75%

78%

Empresas Candidatos

Percentagem de profissionais que consideram mudar de emprego, por área

Marketing e Vendas

Banca e Seguros

Retalho

Engenharia

Contabilidade e Finanças

Turismo e Lazer

Recursos Humanos

Life Sciences

80%

78%

77%

76%

74%

74%

71%

70%

Tecnologias da Informação 68%

Tempo de permanência dos profissionais no seu emprego actual

Menos de 1 ano

Entre 1 a 2 anos

Entre 3 a 5 anos

Entre 6 a 10 anos

Entre 11 a 15 anos

Mais de 15 anos

23%

20%

30%

18%

6%

3%

Page 8: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

10 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 11

A elevada percentagem de profissionais que afirmam não ter sido aumentados ou promovidos em 2014 parece confirmar uma certa tendência de estagnação de carreira que, aliada a outros factores de insatisfação, pode contribuir fortemente para uma decisão de mudança de emprego a curto prazo. Globalmente, apenas 8% dos nossos inquiridos no activo viram o seu trabalho reconhecido por meio de uma promoção neste último ano, e apenas 28% beneficiaram de um incremento salarial.

É importante referir que, apesar da média de insatisfação global com o salário se situar nos 48%, esta percentagem varia consideravelmente consoante o sector de actividade. Os nossos dados revelam que entre os profissionais da Banca e Seguros, Engenharia, Marketing e Vendas, Recursos Humanos e área Financeira, a insatisfação com o salário é mais pronunciada.

A percentagem expressiva (60%) de inquiridos que planeiam mudar de emprego em 2015 por questões salariais vem confirmar esta tendência. Outras motivações muito referidas para uma mudança profissional são as perspectivas de progressão de carreira (69%) e a procura de projectos mais interessantes (68%).

Note-se que, neste último gráfico, quase 30% dos profissionais indicam a insatisfação com a empresa onde trabalham como um dos motivos para a mudança. Este facto, a juntar aos profissionais que se dizem insatisfeitos com a comunicação interna (46%) e com a cultura empresarial (41%), constitui um indicador claro da importância de envolver os colaboradores na cultura, valores e estratégia empresarial.

Questionámos também qual o nível de satisfação em diversos factores que, habitualmente, contribuem para a retenção de talento. As perspectivas de progressão, os prémios de desempenho e o pacote salarial são, claramente, as componentes em que os profissionais se sentem mais insatisfeitos. No entanto, os benefícios, a comunicação interna e a cultura empresarial encontram-se também em destaque.

Grau de satisfação dos profissionais com o seu emprego actual

Perspectivas de progressão

Prémios de desempenho

Estabilidade contratual

Pacote salarial

Benefícios

Comunicação interna

Cultura empresarial

Chefia directa

63%

61%

48%

46%

46%

41%

29%

28%Projecto/Função

25%

Insatisfeito Satisfeito

Equilíbrio entre vida pessoal e profissional

23%

Ambiente de trabalho 19%

Horários 16%

37%

39%

52%

54%

54%

59%

71%

72%

75%

77%

81%

84%

Formação 51% 49%

68% dos profissionais não tiveram um aumento ou uma promoção em 2014

28% 8% 68%Aumentado Promovidos Não tiveram qualquer

aumento ou promoção

Principais motivações para uma mudança de emprego

Perspectivas de progressãode carreira

Procura de projectosmais interessantes

Pacote salarial

Insatisfação com a empresa

Insatisfação com a chefia directa

Situação contratualpouco estável

Vontade de sair de Portugal

69%

68%

60%

28%

17%

14%

13%

Instabilidade financeirada empresa 12%

Incompatibilidade entre vidapessoal e profissional 12%

Interesse em viver noutra cidade/região do país 10%

Fim do actual contratode trabalho 7%

Percentagem de profissionais insatisfeitos com salário actual (por área)

Banca e Seguros

Engenharia

Marketing e Vendas

Recursos Humanos

Contabilidade e Finanças

Turismo e Lazer

Tecnologias da Informação

58%

52%

51%

51%

50%

43%

42%

Retalho 41%

Life Sciences 39%

Page 9: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

12 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 13

Perguntámos também aos empregadores quais consideram ser os pontos fortes da sua empresa para a atracção e retenção de talento. Apenas alguns dos pontos mais referidos parecem estar em linha com aquilo que é realmente valorizado pelos candidatos.

Fazendo a comparação entre as expectativas dos profissionais e o que as empresas têm para oferecer, encontramos então algumas discrepâncias muito significativas. As expectativas dos profissionais quanto à oferta salarial, plano de carreira, plano de formação, cultura empresarial, qualidade dos projectos, prémios de desempenho e ambiente de trabalho parecem estar acima daquilo que os empregadores podem disponibilizar.

Por outro lado, a dimensão da empresa e o seu prestígio no mercado despertam pouco interesse nos candidatos, apesar de muitos empregadores os considerarem como um dos pontos fortes da sua empresa.

O que os candidatos mais valorizam num potencial empregador

77% 76% 70% 60% 52%Bom ambiente de trabalho

Oferta salarial Plano de carreira Cultura empresarial Qualidade dos projectos

Os principais pontos fortes das empresas, segundo avaliação dos empregadores

59% 56% 53% 39% 35%Bom ambiente de trabalho

Solidez financeira Prestígio no mercado Cultura empresarial Dimensão da empresa

Discrepâncias entre expectativas dos candidatos e auto-avaliação das empresas

Oferta salarial

Plano de carreira

Plano de formação

Cultura empresarial

Qualidade dos projectos

Prémios de desempenho

Bom ambiente de trabalho

76%

70%

42%

60%

52%

36%

77%

Profissionais Empregadores

23%

17%

18%

39%

33%

18%

59%

Localização geográfica

Flexibilidade de horários

Benefícios não financeiros

Ambiente multinacional

Qualidade das instalações/Escritórios

Solidez financeira

Dimensão da empresa

29%

23%

26%

30%

14%

49%

23%

19%

16%

21%

34%

20%

56%

35%

Prestígio no mercado28%

53%

O que valorizam os profissionais num potencial empregadorCom um número tão elevado de profissionais dispostos a mudar de emprego a curto prazo, que estratégias deverão adoptar os empregadores para reter e/ou atrair talento? Questionámos os candidatos sobre o que mais valorizam num potencial empregador e, curiosamente, o ambiente de trabalho surge em destaque, à frente da oferta salarial e do plano de carreira.

Page 10: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

14 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 15

É interessante verificar que benefícios como o telemóvel e o portátil para uso pessoal, o espaço para refeições, o lugar de estacionamento e os tickets refeição, apesar de serem disponibilizados por uma percentagem considerável de empregadores, não são particularmente valorizados pelos profissionais. Já o seguro de saúde e a formação são claramente importantes para grande maioria dos candidatos que responderam ao nosso inquérito.

Questionámos também os profissionais relativamente àquilo que consideram ser características fundamentais num manager/chefia ideal.

Não deixa de ser curioso como algumas características que pontuavam o perfil de uma chefia mais tradicional deixaram de ter tanta importância nos dias de hoje – adjectivos como “pontual”, “especialista”, “supervisor” e “confidente” estão entre os mais desvalorizados pelos inquiridos.

O manager ideal deve ser, agora, capaz de motivar a sua equipa, justo, ético, organizado no seu trabalho e assertivo nas suas decisões. Deve ser experiente, dinâmico e sempre transparente na informação que transmite.

Não deixa de ser preocupante que, dos cinco factores mais valorizados pelos profissionais, apenas dois (ambiente de trabalho e cultura empresarial) coincidam com a avaliação que os empregadores fazem das suas próprias empresas.

Efectuámos o mesmo exercício comparativo entre os benefícios mais desejados pelos candidatos e o que as empresas estão neste momento a oferecer, para perceber até que ponto se encontram alinhados. Verificámos, mais uma vez, algumas discrepâncias.

Descrição do manager ideal, de acordo com a avaliação dos candidatos

Motivador

Justo

Ético

Organizado

Assertivo

Experiente

Dinâmico

87%

73%

64%

63%

60%

57%

54%

Transparente 51%

Mentor 49%

Consistente 45%

Ponderado 40%

Bom ouvinte

Optimista

Pragmático

Flexível

Carismático

Ambicioso

Criativo

39%

36%

35%

34%

28%

27%

24%

Resiliente 20%

Especialista 20%

Pontual 16%

Supervisor 13%

Confidente 9%

Comparação entre benefícios desejados pelos profissionais e benefícios que as empresas disponibilizam

Seguro de saúde

Formação/Certificações

Automóvel para uso pessoal(não só profissional)

Flexibilidade de horários

Seguro de vida

Telemóvel para uso pessoal(não só profissional)

Refeitório/Espaço para refeições

Portátil para uso pessoal (não só profissional)

81%

75%

47%

46%

28%

27%

25%

21%

Lugar de estacionamento17%

Profissionais que os valorizam Empresas que disponibilizam

64%

59%

51%

40%

35%

65%

52%

52%

44%

Acesso à internet para uso pessoal(não só profissional)

Descontos em produtos ou serviços

PPR

Stock options

15%

15%

13%

9%

38%

29%

10%

6%

Tickets refeição8%

45%

Page 11: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

16 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 17

Uma questão de género?Num mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e diferenciado, a uniformidade tende a desaparecer. E o facto é que características culturais, faixa etária, localização geográfica e área de especialização têm algum peso nas preferências e expectativas de quem procura novos projectos profissionais.

Verificámos, por exemplo, algumas diferenças interessantes nos resultados do nosso inquérito, entre os géneros masculino e feminino, em indicadores como a negociação do pacote salarial ou as características e benefícios mais valorizados em potenciais empregadores. Os dados parecem indicar que, de alguma forma, a diferenciação cultural que é feita entre sexo masculino e feminino ainda terá a sua influência no modo como muitos profissionais se auto-avaliam e até mesmo nas expectativas e exigências que marcam a sua carreira profissional.

Na tabela anterior apresentamos um resumo da auto-avaliação que os profissionais fazem de si próprios, quando questionados sobre os seus principais pontos fortes. Quando efectuamos uma segmentação dos resultados por género feminino e masculino, começam a surgir as primeiras diferenças:

Pontos fortes dos profissionais inquiridos, segundo auto-avaliação

Capacidade de adaptação

Experiência

Capacidade de trabalho

Proactividade

Polivalência

Orientação para objectivos

Autonomia

60%

60%

59%

56%

55%

51%

50%

Apetência para trabalhar em equipa 48%

Planeamento e organização 46%

Ética/valores 45%

Orientação para o cliente 42%

Lealdade

Competências técnicas

Perfil de liderança

Potencial de crescimento

Inteligência emocional

Formação

Atenção ao detalhe

40%

39%

36%

28%

28%

27%

26%

Resiliência 25%

Conhecimento do sector 23%

Disponibilidade para viajar 23%

Criatividade 23%

Capacidade de negociação 22%

Conhecimentos de idiomas 21%

Flexibilidade de horários 16%

Experiência internacional 16%

Diplomacia 15%

As maiores discrepâncias entre auto-avaliação de pontos fortes, por género:

Planeamento e organização

Proactividade

Apetência para trabalhar em equipa

Capacidade de trabalho

Autonomia

Experiência

Conhecimento do sector

Capacidade de negociação

56%

63%

53%

63%

53%

Competências técnicas

Feminino Masculino

40%

51%

45%

56%

47%

Perfil de liderança

55%

18%

16%

33%

63%

26%

26%

42%

31%

40%

Page 12: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

18 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 19

De acordo com as respostas ao nosso inquérito, profissionais do sexo feminino tendem a avaliar-se como organizadas, proactivas e capazes de trabalhar em equipa mais frequentemente do que os seus congéneres masculinos. Já outras características como o perfil de liderança, competências técnicas e capacidade de negociação, foram referidas mais vezes pelo sexo masculino.

Por outro lado, as mulheres parecem valorizar um pouco mais características como a localização geográfica, o ambiente de trabalho, a solidez financeira ou a flexibilidade de horários de uma potencial entidade empregadora. Já os homens parecem dar um maior grau de importância à qualidade dos projectos, dimensão da empresa e prémios de desempenho.

Também os benefícios parecem ser avaliados de forma diferente, entre géneros. Refeitório e/ou espaço para refeições, horários flexíveis e lugar de estacionamento são mais referidos pelo sexo feminino. Do lado masculino, o automóvel e o seguro de vida são bastante mais relevantes.

Verificámos igualmente diferenças importantes em factores como a negociação de um pacote salarial, a disponibilidade para trabalhar no estrangeiro e na forma como homens e mulheres descrevem uma chefia ideal.

As maiores discrepâncias entre características valorizadas num empregador, por género:

Localização geográfica

Bom ambiente de trabalho

Solidez financeira

Flexibilidade de horários

Plano de formação

Oferta salarial

Prémios de desempenho

Dimensão da empresa

35%

82%

52%

27%

45%

Qualidade dos projectos

25%

73%

46%

21%

40%

78%

32%

19%

48%

74%

38%

26%

55%

Feminino Masculino

Benefícios mais valorizados – principais diferenças entre géneros

Refeitório/espaço para refeições

Flexibilidade de horários

Lugar de estacionamento

Descontos em produtos ou serviços

Seguro de saúde

Stock options

Seguro de vida

Automóvel para uso pessoal(não só profissional)

34%

53%

22%

19%

85%

20%

42%

14%

12%

79%

6%

24%

38%

11%

31%

52%

Feminino Masculino

Percentagem de profissionais que negociaram o seu pacote salarial actual

46% 37%Masculino Feminino

Disponibilidade para trabalhar no estrangeiro

79% 72%Masculino Feminino

Page 13: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

20 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 21

Geração Y – perspectivas e motivaçõesAinda que a delimitação etária da tão discutida “Geração Y” (também designada por “Millennials”) não reúna consenso, a maioria dos analistas tende a descrevê-la como o conjunto de profissionais nascidos algures entre início da década de 80 e os primeiros anos do novo milénio. Para efeitos da nossa análise, isolámos as respostas de todos os profissionais com idade até 30 anos, para determinar de que modo diferem das restantes faixas etárias no activo.

Esta geração auto-avalia-se mais capaz de trabalhar em equipa, de se adaptar a novas situações, tem mais disponibilidade para viajar e é mais flexível em termos de horários do que a média geral dos restantes inquiridos. Por outro lado, acha-se menos capaz de negociar, menos resiliente e menos orientada para o cliente.

Descrição de um manager/chefia ideal – principais diferenças por género

Flexível

Consistente

Justo

Carismático

Criativo

Ambicioso

40%

48%

76%

26%

21%

30%

42%

71%

30%

25%

19%

32%

Feminino Masculino

Auto-avaliação da geração Y – maiores discrepâncias relativamente à média geral

Potencial de crescimento

Apetência para trabalhar em equipa

Capacidade de trabalho

Capacidade de adaptação

Disponibilidade para viajar

Flexibilidade de horários

Criatividade

Autonomia

45%

57%

66%

67%

28%

Atenção ao detalhe

Geração Y Média geral

28%

48%

59%

60%

23%

21%

27%

54%

31%

16%

23%

50%

26%

Skills/pontos fortes acima da média

Page 14: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

22 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 23

Quando questionados sobre o que mais valorizam num potencial empregador, os profissionais da Geração Y apresentam resultados superiores à média na importância dada a factores como o ambiente de trabalho, o prestígio da empresa no mercado, o plano de formação e o plano de carreira. No entanto, dão menos valor do que os restantes inquiridos à solidez financeira da empresa, à cultura empresarial ou à qualidade dos projectos.

Top de características mais valorizadas pela Geração Y num potencial empregador

83% 79% 75% 53% 47%Bom ambiente de trabalho

Oferta salarial Plano de carreira Cultura empresarial Plano de formação

O que valoriza a Geração Y num potencial empregador

Bom ambiente de trabalho

Prestígio no mercado

Plano de formação

Plano de carreira

Dimensão da empresa

Localização geográfica

83%

34%

47%

75%

28%

Geração Y Média geral

74%

28%

42%

70%

23%

33%

29%

Factores acima da média

Prémios de desempenho

Qualidade dos projectos

Cultura empresarial

Solidez financeira

32%

45%

53%

41%

Geração Y Média geral

36%

52%

60%

49%

Factores abaixo da média

Diplomacia

Experiência internacional

Orientação para o cliente

Resiliência

Perfil de liderança

Conhecimento do sector

Capacidade de negociação

Experiência

10%

12%

37%

19%

28%

Geração Y Média geral

15%

16%

42%

25%

36%

14%

13%

31%

23%

22%

60%

Skills/pontos fortes abaixo da média

Page 15: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

24 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 25

Os adjectivos escolhidos por estes profissionais para descrever um manager ideal levantam algumas questões interessantes relativamente ao estilo de gestão que valorizam. A geração Y tem expectativas de um manager motivador, justo e organizado, mas com um nível de flexibilidade mais vincado do que aquilo que é desejado pelos restantes inquiridos. Por outro lado, é um pouco menos exigente do que a média no que diz respeito a características como a ética e a resiliência.

Em termos de benefícios, destacam-se o seguro de saúde, a formação e a flexibilidade de horários como os mais desejados por esta geração de jovens até 30 anos. São definitivamente três factores a ter em conta por todos os empregadores que procuram, neste momento, reforçar a sua estrutura com recém-licenciados ou perfis com pouca experiência profissional.

Benefícios mais valorizados pela Geração Y

80% 75% 47% 39% 30%Seguro de saúde Formação/certificações Flexibilidade de

horáriosRefeitório/espaço para refeições

Automóvel para uso pessoal e profissional

Descrição de um manager/chefia ideal, segundo profissionais da Geração Y

Motivador

Justo

Organizado

Experiente

Assertivo

Dinâmico

Ético

87%

77%

62%

57%

57%

55%

54%

Transparente 53%

Mentor 51%

Consistente 41%

Características mais valorizadas pela Geração Y num manager – maiores discrepâncias relativamente à média geral

Flexível

Confidente

Justo

39%

14%

77%

Geração Y Média geral

34%

9%

73%

Acima da média

Resiliente

Ético

20%

64%

Média geral Geração Y

13%

54%

Abaixo da média

Benefícios valorizados pela Geração Y – maiores discrepâncias relativamente à média geral

Refeitório/espaço para refeições

Descontos em produtos ou serviços

Lugar de estacionamento

39%

22%

23%

Geração Y Média geral

25%

15%

17%

Benefícios acima da média

Seguro de vida

PPR

Automóvel para uso pessoal(não só profissional)

28%

13%

47%

Média geral Geração Y

22%

7%

30%

Benefícios abaixo da média

Page 16: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

26 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 27

COMPETÊNCIAS – O QUE PROCURAM OS EMPREGADORES E O QUE OFERECEM OS CANDIDATOS

Registámos as opiniões de 705 empregadores, numa tentativa de compreender como vêem o mercado de trabalho em Portugal, que competências específicas procuram e quais as suas perspectivas de recrutamento em 2015.

Descreveram-nos um cenário optimista, mas também desafiante. Apesar das excelentes perspectivas de contratações para este ano, persiste uma dificuldade crónica em identificar os profissionais de que estas empresas necessitam para cumprir os seus projectos de crescimento. Trata-se de uma contradição interessante, num país que apresenta problemas estruturais de desemprego. De algum modo, grande parte dos profissionais disponíveis não terão, neste momento, as competências que estes empregadores procuram.

De facto, a grande maioria dos empregadores afirma que, no decorrer dos últimos anos, a escassez de talento os levou mesmo a contratar pessoas menos preparadas ou pouco adequadas, ou prejudicou de alguma forma os planos e a performance do negócio.

Quando questionados sobre a responsabilidade das instituições de ensino neste desequilíbrio de competências em Portugal, 60% dos empregadores acreditam que os profissionais saem mal preparados para enfrentar a realidade e desafios do mercado de trabalho português. Esta é, sem dúvida, uma questão a ponderar, já que dela depende a estratégia de crescimento de um país que, tradicionalmente, não tem conseguido adequar a sua oferta de ensino às necessidades específicas das empresas.

No entanto, algumas instituições foram indicadas pelos empregadores como modelo de boas práticas no ensino. As mais mencionadas foram a Universidade Católica Portuguesa, Universidade Nova de Lisboa, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, IST – Instituto Superior Técnico e FEUP – Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Independentemente das dificuldades na identificação de talento, o facto é que 70% dos empregadores pretendem recrutar mais colaboradores em 2015. Trata-se da percentagem mais elevada dos últimos anos, e constitui um claro indicador de que o mercado de trabalho português está a recuperar o seu dinamismo.

A maioria das contratações será motivada pelo crescimento das empresas, tanto em território nacional, como nos mercados externos. Os empregadores prevêem ainda que surjam bastantes necessidades de recrutamento para substituição de colaboradores, bem como para dar apoio a um aumento temporário de projectos.

Entre os perfis mais recrutados, estarão os Comerciais, Engenheiros e profissionais das Tecnologias da Informação – perfis que, aliás, estiveram também no topo das preferências dos empregadores em 2014.

Dificuldade em recrutar talento já levou as empresas a…

46% 30% 17% 13% 9%Recrutar pessoas menos adequadas às necessidades da função

Desistir do recrutamento e optar por recursos internos

Sofrer algum tipo de quebra na performance ou resultados esperados

Adiar ou travar a concretização de projectos

Repensar planos estratégicos de crescimento ou expansão

Considera que as instituições de ensino preparam os profissionais pra o mercado de trabalho?

60% 40%Não Sim

Percentagem de empresas que pretende contratar mais colaboradores em 2015

70% 30%Sim Não

Intenções de recrutamento dos empregadores para o ano seguinte

44% 33% 45% 58% 70%2010 2011 2012 2013 2014

Motivo das novas contratações

Crescimento da empresa em território nacional

Crescimento da empresa no estrangeiro

Substituição devido a saída de colaboradores

Aumento temporário de projectos

Substituições temporárias de colaboradores

Outros motivos

56%

34%

34%

22%

13%

18%

Page 17: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

28 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 29

No entanto, verificámos algumas diferenças relevantes nas intenções de recrutamento consoante a localização geográfica das empresas. No Norte e no Centro Litoral do país, onde o tecido empresarial está mais orientado para a Indústria, o recrutamento de Engenheiros deverá ser superior à média nacional, e muito mais pronunciado do que na região Sul. Já os perfis Comerciais, terão mais procura no Sul de Portugal do que nas regiões Norte e Centro.

Intenções de recrutamento – perfis mais solicitados para 2015

Comerciais/Vendas

Engenheiros

Informáticos/Tecnologias da Informação

Administrativos/Suporte

Atendimento/Apoio ao cliente

47%

27%

24%

15%

14%

Marketing 10%

Financeiros

Consultores

10%

Controlo de Crédito/Cobranças

5%

Ciências da Vida/Saúde

Recursos Humanos/Payroll

Auditores

Jurídicos

4%

3%

3%

3%

2%

Outros profissionais qualificados 30%

Outros profissionais não qualificados 14%

Intenções de recrutamento – diferenças regionais

Comerciais/Vendas

Engenheiros

Informáticos/Tecnologias da Informação

Administrativos/Suporte

Atendimento/Apoio ao cliente

Marketing

43%

38%

26%

14%

10%

Empresas da região Norte Média nacional

47%

27%

24%

15%

14%

10%

10%

Norte de Portugal

Comerciais/Vendas

Informáticos/Tecnologias da Informação

Engenheiros

Atendimento/Apoio ao cliente

Administrativos/Suporte

Marketing

51%

24%

20%

17%

16%

Empresas da região Sul Média nacional

47%

24%

27%

14%

15%

11%

10%

Sul de Portugal

Engenheiros

Comerciais/Vendas

Informáticos/Tecnologias da Informação

Administrativos/Suporte

Financeiros

Atendimento/Apoio ao cliente

45%

32%

16%

13%

5%

Empresas da região Centro Média nacional

27%

47%

24%

15%

10%

3%

14%

Centro de Portugal

Page 18: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

30 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 31

Note-se que nem a experiência, nem a formação constam do Top 5 das características mais valorizadas pelos empregadores. Aliás, a formação encontra-se apenas em 19º lugar nesta lista – será este um indicador de que a maioria das empresas não vê a formação como uma prioridade máxima? Ou um reflexo da falta de confiança que os empregadores depositam nas instituições de ensino, em termos de utilidade e adequabilidade da formação?

Uma vez mais, detectámos algumas diferenças nacionais entre Norte, Centro e Sul do país. Os empregadores do Norte do país parecem valorizar mais as competências técnicas e a experiência do que os empregadores do Sul. Já os empregadores da zona Centro dão menos importância à proactividade, mas parecem valorizar mais a capacidade de trabalho (tanto individual, como em equipa) do que o resto do país. Por outro lado, as empresas localizadas no Sul dão mais destaque à orientação para objectivos do que o Norte e Centro.

Porque uma contratação bem sucedida implica sempre uma boa conjugação das chamadas hard skills e soft skills, questionámos as empresas sobre as competências que mais valorizam nos candidatos. De um conjunto de 27 características, pedimos que seleccionassem as 10 que consideram mais importantes. Proactividade e competências técnicas são, sem dúvida, as que mais se destacam.

As características/competências mais valorizadas pelos empregadores

Proactividade

Competências técnicas

Capacidade de trabalho

Apetência para trabalhar em equipa

Orientação para objectivos

Ética/Valores

Orientação para o cliente

59%

59%

56%

55%

53%

50%

46%

Experiência 43%

Planeamento e organização 41%

Autonomia 38%

Capacidade de adaptação 38%

Potencial de crescimento

Inteligência emocional

Polivalência

Conhecimentos de idiomas

Conhecimento do sector

Resiliência

Lealdade

37%

36%

35%

32%

31%

29%

27%

Formação 26%

Criatividade 21%

Flexibilidade de horários 19%

Perfil de liderança 17%

Capacidade de negociação 15%

Disponibilidade para viajar 14%

Atenção ao detalhe 13%

Experiência internacional 5%

Diplomacia 2%

Outro 1%

Diferenças regionais nas características/competências mais valorizadas pelos empregadores

65% 57% 55% 52% 50%Competências técnicas Proactividade Capacidade de trabalho Apetência para

trabalhar em equipaExperiência

Top Norte

63% 59% 57% 49% 49%Capacidade de trabalho

Apetência para trabalhar em equipa

Competências técnicas

Orientação para objectivos

Proactividade

Top Centro

62% 57% 56% 56% 55%Proactividade Competências

técnicasCapacidade de trabalho

Apetência para trabalhar em equipa

Orientação para objectivos

Top Sul

Page 19: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

32 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 33

Em seguida, comparámos as preferências dos empregadores no global com a auto-avaliação que os candidatos fazem de si próprios. Analisando as discrepâncias, conseguimos ter uma ideia geral de quais as competências que tendem a ter mais procura ou mais oferta no mercado de trabalho português.

Verificámos também diferenças relevantes entre as preferências de empresas multinacionais e PMEs / micro-empresas. Os dados indicam que as empresas de média ou pequena dimensão dão mais valor às competências técnicas e à capacidade de trabalho do que as empresas multinacionais, que por sua vez parecem dar um maior nível de importância à proactividade, orientação para objectivos e ética/valores.

Diferenças nas características mais valorizadas pelas multinacionais e pelas PMEs e/ou micro empresas

Proactividade

Orientação para objectivos

Ética/Valores

Apetência para trabalhar em equipa

Competências técnicas

Capacidade de trabalho

Orientação para o cliente

62%

57%

57%

57%

55%

52%

Inteligência emocional 44%

Capacidade de adaptação

Planeamento e organização

41%

40%

51%

Multinacionais

Competências técnicas

Capacidade de trabalho

Proactividade

Apetência para trabalhar em equipa

Experiência

Orientação para objectivos

Ética/Valores

60%

60%

56%

52%

47%

46%

Planeamento e organização 42%

Autonomia

Orientação para o cliente

40%

39%

42%

PMEs e micro empresas

Diferenças nas características mais valorizadas pelas empresas e a auto-avaliação dos candidatos

Competências técnicas

Conhecimentos de idiomas

Conhecimento do sector

Potencial de crescimento

Inteligência emocional

Apetência para trabalhar em equipa

Ética/Valores

Resiliência

Proactividade

Flexibilidade de horários

Orientação para objectivos

Criatividade

Formação

Orientação para o cliente

Planeamento e organização

Capacidade de negociação

Capacidade de trabalho

59%

32%

31%

37%

36%

Empregadores que a valorizam Auto-avaliação dos candidatos

39%

21%

23%

28%

28%

55%

50%

29%

46%

48%

45%

25%

42%

59%

56%

19%

53%

21%

26%

56%

16%

51%

23%

27%

59%

41%

15%

46%

22%

Mais procura que oferta

Mais oferta que procura

Page 20: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

34 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 35

Questionámos também os empregadores relativamente aos idiomas mais importantes para o seu negócio, e analisámos as diferenças regionais nas preferências apresentadas. Idiomas como o Francês parecem ter mais relevância nas empresas do Norte e Centro do que no resto do país, provavelmente devido à localização de alguns Centros de Serviços Partilhados nestas regiões. Na região Centro, em particular, destaca-se também a importância dada ao Italiano, Mandarim e Russo.

Inglês

Português

Castelhano

Francês

Alemão

Italiano

Mandarim

95%

88%

50%

33%

13%

5%

2%

Russo 2%

Holandês 1%

Média nacional

Inglês†

Português†

Castelhano

Francês*

Alemão*

Italiano

Mandarim

93%

82%

50%

37%

21%

5%

2%

Russo 2%

Holandês* 2%

Região Norte

Inglês†

Português†

Castelhano*

Francês*

Alemão*

Italiano*

Russo*

94%

84%

51%

51%

24%

8%

6%

Mandarim* 4%

Holandês† 0%

Região Centro

* Acima da média † Abaixo da média

Diferenças nas características mais valorizadas pelas empresas e a auto-avaliação dos candidatos – continuação

Criatividade

Formação

Planeamento e organização

Capacidade de negociação

Disponibilidade para viajar

Experiência internacional

Autonomia

Diplomacia

Atenção ao detalhe

Lealdade

Capacidade de trabalho

Experiência

Polivalência

Perfil de liderança

Capacidade de adaptação

21%

26%

56%

23%

27%

59%

41%

15%

14%

5%

46%

22%

23%

16%

38%

50%

2%

13%

27%

43%

35%

15%

26%

40%

60%

55%

17%

37%

36%

60%

Mais oferta que procura Empregadores que a valorizam Auto-avaliação dos candidatos

Page 21: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

36 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 37

Antipatia ou arrogância farão mais de 7 em cada 10 empregadores colocar em causa o recrutamento de um candidato. Comentários depreciativos sobre anteriores chefias, falta de motivação para o projecto, falta de transparência e de pontualidade são também considerados muito graves, de acordo com quase metade dos inquiridos.

Analisámos até agora as funções, competências e conhecimentos mais solicitados pelos empregadores a actuar em Portugal. No entanto, independentemente do conjunto de skills ou experiência que um candidato possua, a forma como se apresenta em contexto de entrevista influencia de forma profunda as suas hipóteses de contratação.

Listamos, abaixo, os piores erros que um profissional pode cometer quando está a ser entrevistado, segundo a perspectiva dos empregadores que participaram no nosso inquérito.

Os erros mais graves que um candidato pode cometer numa entrevista de emprego

Antipatia ou arrogância

Comentários depreciativos sobre asanteriores chefias

Falta de motivação para o projecto

Falta de transparência

Falta de pontualidade

Incapacidade de explicar funções e experiência

Ausência de objectivos pessoais e profissionais

74%

47%

45%

45%

43%

41%

40%

Sobrevalorização de competências 30%

Desconhecimento da empresa 27%

Descontracção excessiva 26%

Falta de assertividade 22%

Expectativa salarial exagerada

Omissão de informação no CV

Insegurança/Nervosismo

Sobrevalorização deconhecimentos linguísticos

21%

12%

10%

5%

Diferenças nas características mais valorizadas pelas multinacionais e pelas PMEs e/ou micro empresas – continuação

Inglês

Português

Castelhano

Francês

Alemão

Italiano

Mandarim

95%

88%

50%

33%

13%

5%

2%

Russo 2%

Holandês 1%

Média nacional

Inglês†

Português†

Castelhano

Francês*

Alemão*

Italiano

Mandarim

93%

82%

50%

37%

21%

5%

2%

Russo 2%

Holandês* 2%

Região Norte

Inglês†

Português†

Castelhano*

Francês*

Alemão*

Italiano*

Russo*

94%

84%

51%

51%

24%

8%

6%

Mandarim* 4%

Holandês† 0%

Região Centro

* Acima da média † Abaixo da média

* Acima da média † Abaixo da média

Inglês*

Português*

Castelhano

Francês†

Alemão†

Italiano

Mandarim

96%

90%

50%

29%

9%

5%

2%

Russo† 1%

Holandês 1%

Região Sul

Page 22: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

38 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 39

FUGA DE TALENTO – RETRATO E MOTIVAÇÕES DE QUEM SAIU OU PENSA SAIR DE PORTUGAL

De entre todos os profissionais que responderam ao nosso inquérito, 79% dos que se encontram no activo em Portugal indicam ter disponibilidade para trabalhar no estrangeiro – esta percentagem é a segunda mais alta de sempre, ultrapassada apenas pelos resultados de 2013.

Tendo em conta os actuais números de emigração e a dificuldade das empresas em identificar profissionais qualificados em sectores estratégicos como Tecnologias da Informação, Indústria ou Turismo, os valores apresentados na tabela seguinte são particularmente preocupantes.

Disponibilidade para trabalhar no estrangeiro, por área

Turismo e Lazer

Engenharia

Banca e Seguros

Tecnologias da Informação

Marketing e Vendas

Retalho

Life Sciences

92%

83%

80%

79%

77%

77%

77%

Recursos Humanos 76%

Contabilidade e Finanças 71%

Percentagem de profissionais disponíveis para trabalhar no estrangeiro

20132012201120102009

80%

75%

70%

2014

Seja por questões culturais ou de proximidade, a grande maioria dos profissionais coloca a Europa como destino preferencial de emigração. Seguem-se a América do Norte e a América do Sul, ainda que com muito menos destaque. Curiosamente, apesar de países como Angola e Moçambique serem dos que mais recebem os profissionais qualificados portugueses (de acordo com dados que apresentaremos mais adiante), apenas 18% dos inquiridos em Portugal releva disponibilidade para trabalhar no continente Africano. A instabilidade em alguns países africanos poderá estar a influenciar negativamente a opinião dos profissionais.

Destinos de emigração mais desejados

13%

18%

17%

25%

29%76%

Page 23: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

40 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 41

Top 10 áreas de actuação dos profissionais actualmente no estrangeiro

Engenharia (excepto TI)

Contabilidade e Finanças

Tecnologias da Informação & Telcos

Retalho

Logística, Transporte e Distribuição

Recursos Humanos/Payroll

Marketing

Comercial/Vendas

17%

12%

10%

7%

6%

6%

5%

5%

Consultoria 4%

Indústria e Produção 4%

Maioria dos profissionais saiu de Portugal nos últimos dois anos

Entre 1 e 2 anos

Entre 3 e 5 anos

Há menos de 1 ano

Entre 5 e 10 anos

Há mais de 10 anos

32%

27%

23%

13%

5%

Mais de metade dos profissionais no estrangeiro quer regressar a Portugal nos próximos 5 anosCerca de 10% dos profissionais que aceitaram participar no nosso inquérito encontram-se neste momento a trabalhar no estrangeiro. Quisemos saber um pouco mais sobre o seu perfil, as suas motivações e as suas perspectivas para o futuro.

A maioria destes profissionais são do sexo masculino, têm entre 26 e 40 anos de idade e mais de metade saíram de Portugal nos últimos dois anos. Engenharia, Contabilidade e Finanças e Tecnologias da Informação foram as três áreas que mais “exportaram” profissionais para o estrangeiro.

75% 25%Masculino Feminino

Faixa etária dos profissionais no estrangeiro

Entre 31 e 35 anos

Entre 41 e 50 anos

Entre 36 e 40 anos

Entre 26 e 30 anos

Entre 51 e 60 anos

Até 25 anos

Mais de 60 anos

29%

27%

24%

11%

5%

3%

1%

A maioria destes inquiridos afirmam que já trabalhavam em Portugal ou que receberam propostas de emprego em território nacional, mas ainda assim optaram por uma oportunidade no estrangeiro. O que parece indicar que as empresas portuguesas não estão, de facto, a conseguir competir com as condições oferecidas noutros países, falhando assim na atracção de retenção da geração mais qualificada de sempre.

No entanto, para 24%, dos inquiridos foi a falta de oportunidades de emprego em território nacional que os encorajou a emigrar. Algo que não surpreende, dada a altíssima taxa de desemprego em Portugal, sobretudo entre os profissionais mais jovens.

Importa ainda referir que 75% dos profissionais afirmam que lhes foram reconhecidas no estrangeiro competências que não eram valorizadas no seu país de origem. Estariam essas competências completamente desajustadas da realidade da económica portuguesa? Ou estaremos, de algum modo, a subaproveitar potencial menos óbvio nos profissionais que actuam em Portugal?

Percentagem de profissionais que sentem que lhes foram reconhecidas no estrangeiro competências que não eram valorizadas em Portugal

75% 25%Sim Não

As motivações dos profissionais que emigram

Já trabalhava em Portugal, mas tive uma ofertamelhor no estrangeiro

Não encontrei oportunidades de emprego em Portugal

Recebi propostas em Portugal, mas tive uma ofertamelhor no estrangeiro

O meu empregador ofereceu-me um novo projectonuma filial no estrangeiro

Para acompanhar o cônjuge ou familiares

Por outros motivos de ordem pessoal

Outros

36%

24%

18%

17%

9%

8%

8%

Page 24: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

42 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 43

Do lado dos profissionais que não planeiam regressar, os principais motivos apresentados prendem-se com aquelas que consideram ser as limitações do mercado de trabalho português quanto à oferta salarial, perspectivas de carreira e interesse dos projectos. Apenas 35% afirmam gostar de viver no país onde residem actualmente.

Os profissionais actualmente no estrangeiro pretendem regressar a Portugal em...

36% 22% 11% 3%Nos próximos 2 anos Dentro de 2 a 5 anos Dentro de 5 a 10 anos Daqui a mais de 10 anos

28%Não sabe/não responde

Factores que influenciariam mais o regresso a Portugal

Vontade de viver em Portugal

Um projecto interessante ou inovador

Motivos de ordem pessoal ou familiar

Um pacote salarial atractivo

Condições contratuais vantajosas

61%

58%

56%

47%

34%

Melhoria da conjuntura económica portuguesa 27%

Um cargo importante 21%

O facto de ser uma empresa prestigiada 17%

A localização geográfica da empresa

Outros

9%

3%

Motivos que levam alguns profissionais a não querer regressar a Portugal

Valores salariais inferiores

Poucas perspectivas de evolução de carreira

Falta de projectos interessantes

Menor qualidade de vida

Piores condições de trabalho

65%

64%

49%

45%

42%

Gosto de viver no país onde estou 35%

Não há emprego na minha área 19%

A minha família não pode/Não quer regressar a Portugal 7%

Outros 10%

Tal como em anos anteriores, o Angola, Reino Unido, Brasil, Moçambique, Espanha e França foram referidos como os principais destinos dos profissionais que saíram do país. Notámos, no entanto, uma maior predominância de países Europeus nos resultados deste ano.

É possível, no entanto, que Portugal volte a recuperar grande parte deste talento que abandonou recentemente o país: a grande maioria dos profissionais pretende voltar a trabalhar em Portugal, sendo que 58% planeiam regressar nos próximos cinco anos. Aliás, 36% afirmam mesmo querer regressar no prazo máximo de 2 anos. Cumprindo-se estas perspectivas, o impacto no mercado de trabalho e na economia portuguesa seria imprevisível. Estarão as empresas preparadas para receber estes profissionais? Terão a capacidade para oferecer oportunidades alinhadas com suas as expectativas salariais e de carreira?

Principais destinos de emigração de profissionais qualificados portugueses

Angola

Reino Unido

Brasil

Moçambique

Espanha

França

Suíça

Alemanha

26%

12%

8%

5%

5%

5%

4%

4%

Bélgica 4%

Emirados Árabes Unidos 2%

Irlanda 2%

Percentagem de profissionais que pretendem voltar a trabalhar em Portugal

75% 25%Sim Não

Page 25: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

44 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 45

DESEMPREGO ENTRE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS

Procurámos traçar um breve retrato dos profissionais qualificados no desemprego, com base nas respostas dos nossos inquiridos que se encontram nesta situação.

São maioritariamente do sexo masculino, apesar da divisão entre géneros se encontrar bastante equilibrada. A maior percentagem de desempregados entre os nossos inquiridos tem entre 41 e 50 anos de idade e formação superior.

Analisando as áreas de formação ou actuação destes profissionais, é interessante verificar que são, em muitos casos, as mesmas que os empregadores afirmam querer contratar em 2015. Perfis comerciais, de Engenharia e de Tecnologias da Informação são não só os mais desejadas pelos empregadores, mas também os mais recrutados nos últimos anos. O que nos leva a concluir que estes profissionais no desemprego, apesar de actuarem em áreas bastante requisitadas, poderão não apresentar algumas competências ou características mais específicas que as empresas procuram.

Grande parte destes profissionais foram despedidos ou passaram por processos de encerramento/falência da sua anterior entidade empregadora. 40% encontram-se desempregados há mais de 1 ano, estatística esta que parece vir confirmar os números preocupantes no desemprego de longa duração em Portugal.

57% 43%Masculino Feminino

Idade dos profissionais no desemprego

Entre 41 e 50 anos

Entre 36 e 40 anos

Entre 31 e 35 anos

Entre 51 e 60 anos

Entre 26 e 30 anos

Até 25 anos

Mais de 60 anos

37%

21%

18%

11%

7%

5%

1%

Principais áreas de actuação dos profissionais no desemprego

Comercial/Vendas

Engenharia (excepto TI’s)

Administrativa/Suporte

Contabilidade e Finanças

Tecnologias da Informação & Telcos

Recursos Humanos/Payroll

Marketing

Retalho

18%

11%

8%

8%

8%

6%

6%

5%

Logística, Transporte e Distribuição 5%

Banca e Seguros 4%

Principais motivos de desemprego

38% 34% 24% 4%Foi despedido Falência/Encerramento

da entidade empregadoraDespediu-se Procuro o primeiro

emprego

Tempo de desemprego

27% 17% 16% 39%0 a 3 meses 4 a 6 meses 7 a 12 meses Mais de um ano

Há quanto tempo procuram emprego

4% 25% 15% 16% 40%Ainda não comecei a procurar

0 a 3 meses 4 a 6 meses 7 a 12 meses Mais de um ano

Page 26: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

46 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 47

36% dos profissionais afirmam que, desde que se encontram desempregados, já recusaram pelo menos uma oferta de emprego. Na maioria dos casos, porque o salário apresentado não era suficiente, ou as condições contratuais não eram as pretendidas. No entanto, 30% recusaram por falta interesse no projecto, e 25% por considerarem que não ú se adequava à sua experiência ou área de formação.

Por fim, questionámos os inquiridos sobre ao seu interesse em sair do país, dada a sua situação profissional delicada; 54% consideram emigrar já em 2015.

Percentagem de profissionais que recusaram ofertas de emprego

64% 36%Não Sim

Motivos de recusa de oferta de emprego

O salário oferecido não era suficiente

As condições contratuais não eram as pretendidas

O projecto não era interessante

A oferta não se adequava à minhaexperiência ou área de formação

45%

35%

34%

25%

A oferta era noutra cidade/Região do país 7%

A oferta era para o estrangeiro 7%

Os horários não eram os pretendidos 6%

Outro motivo 12%

Percentagem de profissionais no desemprego que consideram emigrar já em 2015

54% 46%Sim Não

Page 27: Guia Mercado Laboral Hays 2015

INQ

ÚER

ITO

A P

ROFI

SSIO

NA

IS E

EM

PREG

AD

OR

ES

48 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 49

TENDÊNCIAS DE MERCADO E TABELAS SALARIAIS

Page 28: Guia Mercado Laboral Hays 2015

CON

TAB

ILID

AD

E E

FIN

AN

ÇA

S

50 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 51

2014 foi um ano de grande dinamismo para o mercado de trabalho na área financeira, com muitas movimentações de quadros médios e superiores, tanto em empresas nacionais, como em estruturas multinacionais em plena fase de crescimento.

No entanto, a par do aumento das contratações de perfis financeiros, verificámos um reforço no nível de exigência dos empregadores, que procuram rentabilizar ao máximo o investimento feito em recrutamento e nem sempre estão dispostos a apresentar uma oferta salarial que acompanhe o rigor quase cirúrgico de competências e experiência solicitadas aos candidatos. Parte do problema estará certamente no mito de que os actuais números de desemprego em Portugal pressupõem a existência de bons candidatos com disponibilidade imediata, quando na verdade a maioria dos profissionais mais procurados se encontram no activo e em situação estável, sem necessidade imediata de mudança.

Perfis mais e menos solicitadosAnalisando as grandes tendências que influenciaram as dinâmicas de recrutamento neste último ano, há três que claramente se destacam: as políticas de contenção de custos, a transferência de alguns Centros de Serviços Partilhados para Portugal e o surgimento de novas funções/cargos que procuram concentrar num só profissional variadas tarefas e responsabilidades.

Como em anos anteriores, a necessidade de contenção de custos e recuperação de crédito voltaram a ser um dos grandes impulsionadores de novas contratações. A instabilidade económica trouxe à maioria das estruturas um cuidado redobrado no controlo de despesas e recursos, abrindo-se assim novas oportunidades de carreira para profissionais directa ou indirectamente associados a esta tendência. Referimo-nos a perfis como Director Financeiro, Controller de Gestão (também a variante de Gestão Industrial), Técnico de Consolidação de Contas, e Técnico de Controlo de Crédito e Cobranças.

Por outro lado, a transferência de algumas estruturas de Shared Services para Portugal tem dinamizado o recrutamento de perfis como Accounts Payable/Receivable e funções de Análise de Crédito, sobretudo na região Norte do país. Em ambas as funções, é exigida fluência em idiomas como Inglês, Castelhano, Francês e Alemão, entre outros.

Os anteriores anos de contenção de custos deixaram a sua marca na organização da estrutura das empresas, sendo que em algumas surgiu um fenómeno que persiste: a criação de novos cargos que acumulam funções e responsabilidades complementares. Referimo-nos a novos perfis como “Técnico de Contabilidade e Fiscalidade”, ou “Responsável de Controlo Interno & Risco”. Esta tendência influencia a forma como se recruta actualmente e toda a dinâmica de potenciais contratações, uma vez que o empregador tende a procurar no mercado profissionais com um leque alargado de várias funções e responsabilidades que, muitas vezes, existe apenas na sua empresa.

Perspectivas para 2015Se se cumprirem as actuais perspectivas de recuperação económica, muitas organizações terão de apostar num reforço do seu headcount para apoiar o crescimento do negócio. Boa parte das contratações na área financeira deverá centrar-se em profissionais associados ao controlo e redução de custos, elaboração de orçamentos e cumprimento de obrigações financeiras e fiscais, com especial destaque para Controllers de Gestão e Técnicos de Controlo de Crédito e Cobranças.

Tendo em conta o bom momento da Indústria portuguesa, prevê-se igualmente um aumento no recrutamento de profissionais orientados especificamente para a contenção de custos e optimização de processos industriais, como os Técnicos de Custeio Industrial.

Dinâmicas de recrutamento

Perfis mais solicitados

Controller de Gestão

Técnico de Custeio Industrial

Responsável de Controlo de Crédito e Cobranças

Perfis menos solicitados

Responsável de Tesouraria

Recepcionista

Contabilista

Perfis mais difíceis de identificar

Técnico de Consolidação de Contas

Auditor Interno

Contabilista com nível fluente de Inglês

CONTABILIDADE E FINANÇAS A RECUPERAÇÃO PLENA DE UMA ÁREA ESTRATÉGICA

Page 29: Guia Mercado Laboral Hays 2015

CON

TAB

ILID

AD

E E

FIN

AN

ÇA

S

52 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 53

PERFIL DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE E FINANÇAS

• 79% trabalham na sua área de formação

• 65% não negociaram pacote salarial actual

• 29% foram aumentados e 6% foram promovidos em 2014

• 71% estão disponíveis para trabalhar no estrangeiro (69% Europa, 25% América do Norte, 22% América do Sul, 19% África, 14% Oceânia, 12% Ásia, 16% Qualquer país de expressão portuguesa)

Género

55% 45%Feminino Masculino

Distribuição geográfica

24%Norte

10%Centro

66%Sul

O que mais valorizam num potencial empregador

78% 78%

Oferta salarial

60%

Solidez financeira

55%

Cultura empresarialBom ambiente de trabalho

63%

Plano de carreira

Os benefícios mais desejados

81% 77% 49% 36% 36%Seguro de saúde Formação/

CertificaçõesFlexibilidade de horários

Automóvel para uso pessoal (não só profissional)

Refeitório/Espaço para refeições

Skills/pontos fortes, segundo auto-avaliação

Capacidade de trabalho

Experiência AutonomiaCapacidade de adaptação

Polivalência

66% 66% 58% 58%59%

Como descrevem um manager/chefia ideal

87% 75% 66% 65% 60%Motivador Justo Ético Organizado Experiente

Mobilidade profissional

74%Consideram mudar de emprego em 2015

Page 30: Guia Mercado Laboral Hays 2015

CON

TAB

ILID

AD

E E

FIN

AN

ÇA

S

54 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 55

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE CONTABILIDADE E FINANÇAS

Analista de Crédito Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,000 € 13,000 €

5-10 anos 20,000 € 16,000 €

>10 anos 23,000 € 19,500 €

Técnico/a de Controlo de Crédito e Cobranças

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 14,000 € 14,000 €

5-10 anos 18,000 € 17,000 €

>10 anos 21,000 € 20,000 €

Auditor/a Interno Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € 21,000 €

5-10 anos 35,000 € 27,000 €

>10 anos 42,000 € 37,000 €

CFO Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 60,000 € 60,000 €

5-10 anos 65,000 € 65,000 €

>10 anos 75,000 € 75,000 €

Chefe de Contabilidade Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € 29,000 €

5-10 anos 35,000 € 32,000 €

>10 anos 37,000 € 37,000 €

Contabilista/TOC Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 17,000 €

5-10 anos 25,000 € 19,000 €

>10 anos 28,000 € 23,000 €

Controller Financeiro Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € 26,000 €

5-10 anos 35,000 € 32,000 €

>10 anos 40,000 € 37,000 €

Controller de Gestão Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 28,000 €

5-10 anos 40,000 € 37,000 €

>10 anos 45,000 € 43,000 €

Director/a Financeiro/a Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 40,000 € 35,000 €

5-10 anos 45,000 € 40,000 €

>10 anos 60,000 € 55,000 €

Técnico/a Administrativo/a de Contabilidade

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 11,200 € 10,000 €

5-10 anos 14,000 € 14,000 €

>10 anos 15,400 € 16,000 €

Office Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 15,000 €

5-10 anos 25,000 € 20,000 €

>10 anos 28,000 € 24,000 €

Recepcionista Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 9,100 € 9,100 €

5-10 anos 12,600 € 10,000 €

>10 anos 15,000 € 12,000 €

Responsável de Auditoria Interna

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € 28,000 €

5-10 anos 35,000 € 32,500 €

>10 anos 44,000 € 42,500 €

Responsável de Crédito Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 33,000 € 30,000 €

5-10 anos 36,000 € 33,000 €

>10 anos 40,000 € 38,000 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 31: Guia Mercado Laboral Hays 2015

CON

TAB

ILID

AD

E E

FIN

AN

ÇA

S

56 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 57

Responsável de Tesouraria

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 22,500 € 22,000 €

5-10 anos 28,000 € 27,000 €

>10 anos 32,000 € 31,000 €

Secretário/a Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 12,000 € 12,000 €

5-10 anos 14,000 € 14,000 €

>10 anos 17,000 € 17,000 €

Secretário/a Comercial Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 12,000 € 13,000 €

5-10 anos 14,000 € 15,000 €

>10 anos 17,000 € 18,000 €

Secretário/a de Direcção Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 16,000 € 19,000 €

5-10 anos 20,000 € 22,000 €

>10 anos 28,000 € 26,000 €

Técnico/a de Tesouraria Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 15,000 € 12,000 €

5-10 anos 18,000 € 15,000 €

>10 anos 20,000 € 21,000 €

Técnico/a Administrativo/a

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 10,500 € 9,800 €

5-10 anos 13,500 € 11,000 €

>10 anos 15,000 € 15,000 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE CONTABILIDADE E FINANÇAS

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 32: Guia Mercado Laboral Hays 2015

BAN

CA

E S

EGU

ROS

58 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 59

Assistimos neste último ano a uma fase de recuperação económica que se tem traduzido em diversas alterações nas estruturas organizacionais. É certo que a Banca de Retalho continua a passar por uma situação menos estável, enfrentando até alguns processos de downsizing, o que limita bastante a possibilidade de novas contratações. No entanto, o excelente momento do segmento Private tem sido mais do que suficiente para suportar o dinamismo do mercado de trabalho da Banca em geral.

As boas notícias estendem-se também ao sector dos Seguros, que tem beneficiado do crescente investimento das empresas em fringe benefits. O facto é que, na impossibilidade de aumentar significativamente a oferta salarial, são cada vez mais os empregadores de todos os sectores de actividade que optam por oferecer seguro de saúde ou seguro de vida, numa perspectiva de atracção e retenção de talento.

Perfis mais e menos solicitadosEntre os perfis mais solicitados pelos empregadores neste último ano, destacam-se claramente os Gestores Comerciais de Banca Private, devido à forte aposta de investidores portugueses em mercados emergentes, e os Correctores de Seguros, para suportar o crescimento de solicitações por parte de empresas dos mais variados sectores de actividade.

Continuam a sentir-se no mercado de trabalho os efeitos da Solvência II e Basileira II, que em muito têm contribuído para uma constante procura por profissionais com experiência na área de Risco, como Analistas de Risco e, indirectamente, Analistas Financeiros.

A preocupação das empresas com o controlo apertado de processos e custos e com o cumprimento de todos os normativos tem sido uma constante nestes últimos anos, e 2014 não foi excepção. Grande parte das novas contratações de Consultores Internos, Advogados, Juristas e profissionais da área de Compliance advêm desta necessidade constante de rigor processual e legal.

Por outro lado, os acontecimentos que recentemente agitaram a Banca portuguesa vieram, de certa forma, complicar ainda mais a situação instável dos profissionais orientados para o segmento de Retalho. A Banca de Retalho continua a não dar sinais de inverter a tendência negativa, remetendo para terreno frágil perfis como o Gestores Comerciais ou Responsáveis de Balcão.

Perspectivas para 20152015 deverá ser um ano positivo para a Banca de Investimento e para as Seguradoras, pelo que se prevê bastante dinamismo nestes sectores e um volume interessante de novas contratações. Gestores Comerciais Private, Correctores de Seguros, Analistas de Risco, Advogados e Juristas continuarão a figurar na lista dos mais solicitados pelos empregadores.

Provavelmente, não será ainda este o ano de recuperação da Banca de Retalho, pelo que os Gestores Comerciais e os Responsáveis de Balcão neste segmento deverão continuar a figurar entre os perfis menos procurados pelas empresas.

Os salários deverão manter um registo semelhante ao verificado em 2014, com um reforço nos fringe benefits e nas componentes variáveis para compensar a não actualização do valor salarial base.

BANCA E SEGUROSSEGMENTO PRIVATE SUPORTA DINAMISMO DO SECTOR

Dinâmicas de recrutamento

Perfis mais solicitados

Gestor Comercial Private

Corrector de Seguros

Analista de Risco

Analista Financeiro

Auditor Bancário

Perfis menos solicitados

Responsável de Balcão

Gestor Comercial de Banca de Retalho

Perfis mais difíceis de identificar

Analista de Risco

Page 33: Guia Mercado Laboral Hays 2015

BAN

CA

E S

EGU

ROS

60 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 61

PERFIL DO PROFISSIONAL DE BANCA E SEGUROS

• 68% trabalham na sua área de formação

• 66% não negociaram pacote salarial actual

• 22% foram aumentados e 11% foram promovidos em 2014

• 80% estão disponíveis para trabalhar no estrangeiro (80% Europa, 29% América do Norte, 24% América do Sul, 16% África, 15% Oceânia, 9% Ásia, 20% Qualquer país de expressão portuguesa)

Género

62% 38%Masculino Feminino

O que mais valorizam num potencial empregador

82% 76%

Oferta salarial

61%

Cultura empresarial

50%

Solidez financeiraPlano de carreira

72%

Bom ambiente de trabalho

Os benefícios mais desejados

86% 75% 40% 37% 33%Seguro de saúde Formação/

CertificaçõesAutomóvel para uso pessoal (não só profissional)

Flexibilidade de horários

Seguro de vida

Skills/pontos fortes, segundo auto-avaliação

62% 59%

Capacidade de adaptação

56%

Proactividade

55%

AutonomiaCapacidade de trabalho

58%

Orientação para objectivos

Como descrevem um manager/chefia ideal

89% 72% 64% 63% 59%Motivador Justo Ético Organizado Transparente

Distribuição geográfica

18%Norte

6%Centro

76%Sul

Mobilidade profissional

78%Consideram mudar de emprego em 2015

Page 34: Guia Mercado Laboral Hays 2015

BAN

CA

E S

EGU

ROS

62 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 63

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE BANCA E SEGUROS

Retail Banking

Director/a de Sucursal Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 40,000 € 38,000 €

>10 anos 47,000 € 42,000 €

Director/a de Zona Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 40,000 € 40,000 €

>10 anos 50,000 € 55,000 €

Gestor/a de Contas Empresa

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € 23,000 €

5-10 anos 38,000 € 28,000 €

Gestor/a de Contas Particulares

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 27,000 € 20,000 €

5-10 anos 34,000 € 24,000 €

Sub-Gerente Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € 30,000 €

5-10 anos 35,000 € 35,000 €

Private Banking

Director/a de Private Banking

Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 90,000 € 86,000 €

Private Banker Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 45,000 € 42,000 €

5-10 anos 55,000 € 48,000 €

Corporate Banking

Account Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 40,000 € 37,000 €

5-10 anos 50,000 € 47,000 €

Analista de Riscos de Banca Corporativa

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 40,000 € n/a

5-10 anos 50,000 € n/a

Investment Banking

Analista de Corporate Finance

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 38,000 € n/a

5-10 anos 47,000 € n/a

>10 anos 80,000 € n/a

Auditor Bancário Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € n/a

5-10 anos 50,000 € n/a

Contabilista Bancário/a/TOC

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € n/a

5-10 anos 35,000 € n/a

>10 anos 42,000 € n/a

Director/a Financeiro Experiência Lisboa Porto

>10 anos 80,000 € n/a

Director/a de Operações Experiência Lisboa Porto

>10 anos 60,000 € n/a

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 35: Guia Mercado Laboral Hays 2015

BAN

CA

E S

EGU

ROS

64 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 65

Técnico/a de Back Office Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € n/a

5-10 anos 35,000 € n/a

Técnico/a de Middle Office

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € n/a

5-10 anos 40,000 € n/a

Técnico/a de Risco Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 45,000 € n/a

5-10 anos 60,000 € n/a

Técnico/a de Sindicação Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 40,000 € n/a

>10 anos 60,000 € n/a

Trader Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 40,000 € n/a

5-10 anos 60,000 € n/a

Consumer Finance

Analista de Pricing Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € n/a

5-10 anos 42,000 € n/a

Comercial de Financiamento Auto

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 32,000 € 27,000 €

5-10 anos 37,000 € 32,000 €

Comercial Interno Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 20,000 € 17,000 €

Técnico/a de Operações Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € n/a

Técnico/a de Risco Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € n/a

5-10 anos 45,000 € n/a

Insurance

Actuário/a Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 25,000 €

5-10 anos 45,000 € 35,000 €

Auditor Interno Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 38,000 € n/a

5-10 anos 50,000 € n/a

Director/a Comercial Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 90,000 € 75,000 €

Director/a de Zona Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 60,000 € 56,000 €

Gerente de Delegação Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 42,000 € 42,000 €

Underwritter Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 32,500 € 25,000 €

5-10 anos 45,000 € 40,000 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE BANCA E SEGUROS

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 36: Guia Mercado Laboral Hays 2015

REC

UR

SOS

HU

MA

NO

S

66 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 67

A área de Recursos Humanos terá sido provavelmente uma das únicas que, de forma indirecta, beneficiou da fuga de talento dos últimos anos. Perante a saída de milhares de profissionais qualificados para o estrangeiro, a necessidade urgente de atrair e reter talento acabou por acelerar o processo de profissionalização de muitas estruturas de Recursos Humanos.

O facto é que a economia mundial não se compadece de empresas que não investem no seu capital humano. Assim, na impossibilidade de competir com a oferta salarial de outros países, muitas empresas têm procurado criar estratégias de desenvolvimento que potenciem a valorização e satisfação de colaboradores cada vez mais conscientes das inúmeras oportunidades existentes num mercado de trabalho global.

Perfis mais e menos solicitadosO recrutamento de profissionais de Recursos Humanos centrou-se sobretudo em duas grandes vertentes, neste último ano. Por um lado, registámos bastante procura por profissionais da área de Desenvolvimento, com competências orientadas para avaliação de desempenho, mobilidade interna, formação e gestão de carreiras. Por outro lado, empresas de menor dimensão ou com uma estrutura de RH ainda não tão especializada optaram por recrutar perfis técnicos de vertente mais generalista e com conhecimentos de SAP ou Primavera, que possam garantir todas as funções desde processamento salarial, recrutamento e até mesmo uma ligeira componente de desenvolvimento organizacional.

Verificámos ainda alguma procura de perfis muito específicos de Payroll para estruturas de Shared Services ibéricos. Trata-se de um tipo de perfil particularmente difícil de identificar em Portugal, uma vez que são poucos os profissionais com experiência em processamento e legislação laboral portuguesa e espanhola, bem como fluência em Castelhano. Grande parte destes especialistas trabalham em estruturas de Shared Services sedeadas em Espanha, não se encontrando disponíveis para uma mudança profissional para Portugal.

Seguindo a tendência do último ano, os Assistentes de Recursos Humanos continuam a estar entre os perfis menos solicitados pelos empregadores. Em muitas estruturas, é o Técnico de Payroll quem garante a maioria das tarefas mais administrativas associadas ao processamento salarial, pelo que por vezes não se torna tão necessária a contratação de assistentes.

Perspectivas para 2015Este será sem dúvida um ano de continuidade no processo de profissionalização da área de Recursos Humanos. Cumprindo-se as perspectivas de um maior dinamismo no mercado de trabalho português, a atracção e retenção de talento assumirão uma importância cada vez mais preponderante nas empresas. Prevê-se, portanto, um aumento na procura por perfis de Recursos Humanos associados a recrutamento e desenvolvimento organizacional, tanto para grandes empresas, como PMEs.

RECURSOS HUMANOSACTUAL DINÂMICA DE MERCADO ACELERA PROFISSIONALIZAÇÃO DA ÁREA

Dinâmicas de recrutamento

Perfis mais solicitados

Técnico de Recursos Humanos

Responsável de Desenvolvimento de RH

Técnico de Payroll

Perfis menos solicitados

Assistente de Recursos Humanos

Perfis mais difíceis de identificar

Técnico de Payroll Ibérico

Page 37: Guia Mercado Laboral Hays 2015

REC

UR

SOS

HU

MA

NO

S

68 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 69

PERFIL DO PROFISSIONAL DE RECURSOS HUMANOS

• 88% trabalham na sua área de formação

• 69% não negociaram pacote salarial actual

• 25% foram aumentados e 9% foram promovidos em 2014

• 76% estão disponíveis para trabalhar no estrangeiro (75% Europa, 23% América do Norte, 25% América do Sul, 15% África, 14% Oceânia, 12% Ásia, 12% Qualquer país de expressão portuguesa)

Género

75% 25%Feminino Masculino

O que mais valorizam num potencial empregador

84% 70%

Bom ambiente de trabalho

61%

Oferta salarial

54%

Solidez financeiraPlano de carreira

65%

Cultura empresarial

Os benefícios mais desejados

79% 74% 61% 41% 36%Seguro de saúde Formação/

Certificações Flexibilidade de horários

Refeitório/Espaço para refeições

Automóvelpara uso pessoal (não só profissional)

Skills/pontos fortes, segundo auto-avaliação

Capacidade de trabalho

Capacidade de adaptação

Orientação para objectivos

Proactividade Autonomia

63% 60% 59% 57%59%

Como descrevem um manager/chefia ideal

83% 70% 64% 61% 59%Motivador Justo Assertivo Experiente Ético

Distribuição geográfica

17%Norte

7%Centro

75%Sul

Mobilidade profissional

71%Consideram mudar de emprego em 2015

Page 38: Guia Mercado Laboral Hays 2015

REC

UR

SOS

HU

MA

NO

S

70 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 71

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE RECURSOS HUMANOS

Director/a de Recursos Humanos

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 56,000 € 42,000 €

5-10 anos 65,000 € 57,000 €

>10 anos 70,000 € 66,000 €

Responsável de Recursos Humanos

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € 26,000 €

5-10 anos 35,000 € 30,000 €

>10 anos 42,000 € 37,000 €

Técnico/a de Recursos Humanos

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 20,000 €

5-10 anos 28,000 € 26,000 €

>10 anos 32,000 € 30,000 €

Responsável de Formação & Desenvolvimento

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 25,200 €

5-10 anos 38,500 € 28,000 €

>10 anos 43,500 € 35,500 €

Payroll Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € 25,000 €

5-10 anos 37,000 € 36,000 €

>10 anos 40,000 € 39,000 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 39: Guia Mercado Laboral Hays 2015

REC

UR

SOS

HU

MA

NO

S

72 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 73

Técnico/a de Payroll Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,200 € 16,800 €

5-10 anos 25,200 € 21,000 €

>10 anos 28,000 € 28,000 €

Responsável Administrativo de Recursos Humanos

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,800 € 28,000 €

5-10 anos 37,500 € 35,000 €

>10 anos 39,200 € 38,000 €

Assistente de Recursos Humanos

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 14,000 € 12,000 €

5-10 anos 18,000 € 17,000 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE RECURSOS HUMANOS

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 40: Guia Mercado Laboral Hays 2015

ENG

ENH

AR

IA -

IND

ÚST

RIA

, LO

GÍS

TIC

A E

CO

NST

RU

ÇÃ

O

74 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 75

Ano após ano, duas grandes tendências continuam a separar de forma clara o recrutamento na área das Engenharias: por um lado, assistimos de perto ao excelente momento do sector Industrial, que vai apoiando o seu crescimento e dinamismo com novas contratações de perfis associados a processos produtivos, manutenção e qualidade; por outro lado, arrasta-se indefinidamente o moroso processo de recuperação da área da Construção em Portugal, obrigando muitos profissionais do sector a procurar emprego em mercados mais aliciantes.

Imune à enorme diferença de dinamismo e oportunidades entre estes dois sectores, o sector Logístico segue o seu caminho sem grandes percalços, beneficiando do crescimento das exportações e da internacionalização de empresas portuguesas.

No entanto, nem tudo serão más notícias no mercado da Construção. O facto é que as empresas que sobreviveram às dificuldades, seja apoiando-se no potencial dos mercados emergentes ou em alguns projectos pontuais em Portugal, dificilmente poderão encontrar condições mais desafiantes do que as que enfrentaram nos últimos anos. Ao primeiro sinal de recuperação do sector, estarão certamente mais bem preparadas para crescer e voltar a reforçar as equipas que, neste momento, se encontram reduzidas a mínimos funcionais.

Perfis mais e menos solicitadosA optimização de processos em ambiente industrial foi claramente um dos maiores dinamizadores do mercado de trabalho português neste último ano. O aumento da produtividade, eficiência e qualidade, aliado à redução de custos, continua a ser naturalmente a prioridade da Indústria Têxtil, de Calçado, Alimentar, Metalomecânica e Química, gerando muita procura por perfis como Responsável de Melhoria Contínua, Engenheiro de Qualidade, Director de Produção e Responsável de Manutenção.

Com a abertura de novos polos industriais e novos centros de desenvolvimento em Portugal, também os Engenheiros de Desenvolvimento de Produto estiveram no topo das preferências dos empregadores, sobretudo na região Norte do país.

Destacaram-se ainda os Técnicos de Compras com boa capacidade de negociação e conhecimentos de Inglês, bastante solicitados por empresas que procuram obter uma redução de custos através da prospecção de novos fornecedores com produtos ou serviços mais competitivos. Além disso, a abertura de novos armazéns de Logística em diversos países africanos potenciou as contratações de Responsáveis de Armazéns e Expedição com conhecimentos dos mercados locais.

Em situação menos positiva estão todas as Engenharias que, pela sua falta de plasticidade ou por características inerentes ao mercado português, não se enquadram nas necessidades das empresas que estão a gerar emprego. Referimo-nos a Engenheiros do Ambiente, Engenheiros Civis e Arquitectos, que há vários anos enfrentam uma escassez crónica de oportunidades de carreira em Portugal.

Perspectivas para 2015O aumento das exportações deverá continuar a alavancar a área produtiva do sector industrial, bem como o negócio das empresas de Logística e Transitários. Assistiremos, por isso, a uma enorme procura por Responsáveis de Produção, Responsáveis de Melhoria Contínua, Engenheiros especializados nas áreas de Mecânica e Electrónica, bem como Comerciais de Logística / Transitários. Também os Procurement Managers continuarão a ser bastante solicitados.

Prevê-se ainda que a internacionalização de empresas europeias continue a potenciar a contratação de Engenheiros Civis e Mecânicos com disponibilidade para viajar e residir no mercado Africano.

INDÚSTRIA, LOGÍSTICA E CONSTRUÇÃOEXPORTAÇÕES E PROCESSOS INDUSTRIAIS DOMINAM RECRUTAMENTO DE ENGENHARIA

Dinâmicas de recrutamento

Perfis mais solicitados

Responsável de Melhoria Contínua

Engenheiro de Qualidade

Director de Produção

Responsável de Manutenção

Engenheiro de Desenvolvimento de Produto

Técnico de Compras

Responsável de Armazém

Perfis menos solicitados

Engenheiro do Ambiente

Engenheiro Civil

Arquitecto

Perfis mais difíceis de identificar

Engenheiros de Projecto 2D e 3D

Page 41: Guia Mercado Laboral Hays 2015

ENG

ENH

AR

IA -

IND

ÚST

RIA

, LO

GÍS

TIC

A E

CO

NST

RU

ÇÃ

O

76 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 77

PERFIL DO PROFISSIONAL DE ENGENHARIA

• 73% trabalham na sua área de formação

• 56% não negociaram pacote salarial actual

• 29% foram aumentados e 7% foram promovidos em 2014

• 83% estão disponíveis para trabalhar no estrangeiro (81% Europa, 35% América do Norte, 27% América do Sul, 19% África, 20% Oceânia, 14% Ásia, 19% Qualquer país de expressão portuguesa)

Género

76% 24%Masculino Feminino

O que mais valorizam num potencial empregador

77% 76%

Oferta salarial

60%

Cultura empresarial

55%

Qualidade dos projectos

Bom ambiente de trabalho

67%

Plano de carreira

Os benefícios mais desejados

80% 75% 49% 40% 32%Seguro de saúde Formação/

Certificações Automóvel para uso pessoal (não só profissional)

Flexibilidade de horários

Seguro de vida

Skills/pontos fortes, segundo auto-avaliação

Capacidade de trabalho

Capacidade de adaptação

ProactividadeExperiência Polivalência

63% 62% 59% 57%59%

Como descrevem um manager/chefia ideal

89% 73% 64% 64% 64%Motivador Justo Organizado Assertivo Ético

Distribuição geográfica

36%Norte

19%Centro

45%Sul

Mobilidade profissional

76%Consideram mudar de emprego em 2015

Page 42: Guia Mercado Laboral Hays 2015

ENG

ENH

AR

IA -

IND

ÚST

RIA

, LO

GÍS

TIC

A E

CO

NST

RU

ÇÃ

O

78 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 79

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE CONSTRUÇÃO E INDÚSTRIA

Construção

Director/a Técnico/a Experiência Lisboa Porto

>10 anos 70,000 € 63,000 €

Director/a de Obra Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,000 € 26,500 €

5-10 anos 38,000 € 35,000 €

>10 anos 50,000 € 50,000 €

Encarregado/a de Obra Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 20,000 € 20,000 €

5-10 anos 25,000 € 27,000 €

>10 anos 30,000 € 36,400 €

Medidor/a Orçamentista Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 20,000 € 22,400 €

Project Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € 22,400 €

5-10 anos 40,000 € 35,000 €

>10 anos 60,000 € 63,000 €

Preparador/a de Obra Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 20,000 € 20,000 €

Coordenador/a de Área Projecto

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,000 € 25,200 €

5-10 anos 30,000 € 31,500 €

>10 anos 35,000 € 35,000 €

Engenheiro/a Projectista Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 20,000 € 16,800 €

5-10 anos 25,000 € 21,700 €

>10 anos 33,000 € 28,000 €

Chefe de Fiscalização Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,000 € 21,000 €

5-10 anos 23,000 € 29,000 €

>10 anos 32,000 € 38,500 €

Engenheiro/a Fiscal Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,000 € 18,000 €

5-10 anos 25,000 € 24,000 €

>10 anos 28,000 € 28,000 €

Indústria

Director/a-Geral Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 80,000 € 84,000 €

>10 anos 110,000 € 112,000 €

Director/a de Compras Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 40,000 € 35,000 €

>10 anos 48,000 € 49,000 €

Director/a de Engenharia Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 42,000 € 42,000 €

>10 anos 55,000 € 56,000 €

Director/a Industrial Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 45,000 € 63,000 €

>10 anos 90,000 € 82,000 €

Director/a de Logística Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 45,000 € 39,200 €

>10 anos 60,000 € 56,000 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 43: Guia Mercado Laboral Hays 2015

ENG

ENH

AR

IA -

IND

ÚST

RIA

, LO

GÍS

TIC

A E

CO

NST

RU

ÇÃ

O

80 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 81

Director/a de Manutenção Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 38,000 € 35,000 €

>10 anos 55,000 € 45,000 €

Director/a de Qualidade Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 35,000 € 30,800 €

>10 anos 50,000 € 46,900 €

Director/a de Produção Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 40,000 € 35,000 €

>10 anos 55,000 € 56,000 €

Engenheiro/a de Processo/Automação

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,000 € 23,450 €

5-10 anos 35,000 € 35,000 €

Engenheiro/a de Produto Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 23,000 € 19,600 €

5-10 anos 30,000 € 28,000 €

>10 anos 40,000 € 35,000 €

Supervisor/a de Manutenção

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 17,500 €

5-10 anos 28,000 € 25,000 €

Engenheiro/a de Qualidade

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 21,000 €

5-10 anos 25,000 € 25,200 €

Engenheiro/a de Ambiente, Qualidade e Segurança

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,000 € 16,800 €

5-10 anos 24,000 € 21,000 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE INDÚSTRIA E SECTOR AUTO

Técnico/a de Manutenção Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,000 € 14,000 €

5-10 anos 28,000 € 18,900 €

Técnico/a de Aprovisionamentos/ Planeamento

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 23,000 € 19,600 €

5-10 anos 26,000 € 22,400 €

Comprador Industrial Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 22,000 € 21,000 €

5-10 anos 33,000 € 32,200 €

Automóvel

Director/a-Geral Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 60,000 € 56,000 €

5-10 anos 78,000 € 64,000 €

>10 anos 90,000 € 75,000 €

Director/a de Após-Venda Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 35,000 €

5-10 anos 40,000 € 42,000 €

>10 anos 55,000 € 56,000 €

Director/a Comercial Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 42,000 € 35,000 €

5-10 anos 53,000 € 46,000 €

>10 anos 62,000 € 62,000 €

Director/a de Peças e Acessórios

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 32,000 € 25,000 €

5-10 anos 40,000 € 38,500 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 44: Guia Mercado Laboral Hays 2015

ENG

ENH

AR

IA -

IND

ÚST

RIA

, LO

GÍS

TIC

A E

CO

NST

RU

ÇÃ

O

82 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 83

Gestor/a de Departamento de Frotas

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 17,000 € 16,800 €

5-10 anos 18,000 € 17,500 €

>10 anos 30,000 € 35,000 €

Gestor/a de Zona Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,000 € 25,000 €

5-10 anos 32,000 € 28,500 €

>10 anos 40,000 € 33,500 €

Técnico/a de Departamento de Garantias

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 14,000 € 12,000 €

5-10 anos 18,000 € 16,800 €

Chefe de Oficina Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 14,000 € 14,000 €

5-10 anos 25,000 € 23,100 €

>10 anos 28,000 € 28,000 €

Chefe de Secção de Colisão

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 14,000 € 16,000 €

5-10 anos 16,000 € 18,000 €

>10 anos 24,000 € 23,800 €

Chefe de Secção de Peças Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 13,000 € 12,000 €

5-10 anos 16,000 € 14,000 €

>10 anos 18,000 € 18,000 €

Chefe de Vendas Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,000 € 18,000 €

5-10 anos 23,000 € 22,500 €

>10 anos 32,000 € 30,500 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DO SECTOR AUTOMÓVEL

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 45: Guia Mercado Laboral Hays 2015

ENG

ENH

AR

IA -

IND

ÚST

RIA

, LO

GÍS

TIC

A E

CO

NST

RU

ÇÃ

O

84 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 85

Project Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 22,000 € 21,000 €

5-10 anos 40,000 € 30,000 €

>10 anos 55,000 € 49,000 €

Responsável Comercial Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 40,000 € 38,000 €

Logística

Chefe de Equipa/Turno Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 16,000 € 16,800 €

5-10 anos 21,000 € 19,300 €

Director/a de Operações Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 38,000 € 35,000 €

5-10 anos 43,000 € 38,500 €

>10 anos 57,000 € 49,000 €

Operacional/ Transitário/a

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 16,000 € 14,000 €

5-10 anos 22,000 € 18,200 €

Operador/a de Tráfego/Distribuição

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 16,000 € 14,000 €

5-10 anos 22,000 € 18,200 €

Gestor/a de Clientes/ Recepcionista

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 12,000 € 12,600 €

5-10 anos 15,000 € 14,000 €

>10 anos 20,000 € 21,000 €

Técnico/a Especialista de Após-Venda

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 12,000 € 10,000 €

5-10 anos 14,000 € 12,000 €

>10 anos 18,000 € 16,800 €

Imobiliário/Facilities Management

Avaliador/a Imobiliário Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 13,000 € 14,000 €

5-10 anos 20,000 € 21,000 €

>10 anos 25,000 € 28,000 €

Chefe de Vendas Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 19,000 € 18,000 €

5-10 anos 25,000 € 25,200 €

>10 anos 30,000 € 31,500 €

Comercial (Promotor) Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 12,000 € 14,000 €

5-10 anos 16,000 € 18,200 €

Consultor/a de Expansão Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 17,000 €

5-10 anos 30,000 € 22,400 €

Facilities Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,000 € 18,000 €

5-10 anos 28,000 € 27,000 €

>10 anos 33,000 € 35,000 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE AUTO, IMOBILIÁRIO E LOGÍSTICA

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 46: Guia Mercado Laboral Hays 2015

ENG

ENH

AR

IA -

IND

ÚST

RIA

, LO

GÍS

TIC

A E

CO

NST

RU

ÇÃ

O

86 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 87

Responsável de Distribuição/Tráfego

Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 25,000 € 22,400 €

>10 anos 37,000 € 32,900 €

Responsável de Operações

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 26,000 € 21,000 €

5-10 anos 34,000 € 35,000 €

>10 anos 45,000 € 42,000 €

Director/a de Logística Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 36,000 € 38,500 €

5-10 anos 45,000 € 42,000 €

>10 anos 62,000 € 56,000 €

Responsável de Armazém Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 17,000 € 16,800 €

5-10 anos 23,000 € 23,800 €

Técnico/a de Supply Chain

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 19,000 € 16,800 €

5-10 anos 25,000 € 21,000 €

Comercial Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,000 € 18,200 €

5-10 anos 26,000 € 23,800 €

>10 anos 30,000 € 28,000 €

Responsável Comercial (Logística/Operador)

Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 35,000 € 32,200 €

>10 anos 55,000 € 47,600 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE LOGÍSTICA

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 47: Guia Mercado Laboral Hays 2015

TECN

OLO

GIA

S D

A IN

FOR

MA

ÇÃ

O

88 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 89

Este foi mais um ano de crescimento e dinamismo para o mercado das Tecnologias da Informação, potenciado pelo investimento das empresas na área e pelo crescente interesse do consumidor em produtos de core tecnológico.

As implementações e renovações tecnológicas de grandes empresas, os inúmeros projectos e solicitações internacionais a consultoras e software houses portuguesas e o desenvolvimento do comércio online contribuiu para uma enorme procura de perfis de Tecnologias da Informação.

Com o crescimento do sector, a já habitual escassez de profissionais na área agravou-se e está prestes a entrar num ponto de ruptura. O ligeiro aumento dos salários praticados em algumas funções é claramente insuficiente para atrair os profissionais de TI e para travar a sua saída para países onde lhes são oferecidos pacotes salariais mais aproximados ao seu real valor no mercado. Torna-se cada vez mais urgente uma mudança de estratégia na atracção e retenção de talento nesta área, que se aproxima rapidamente de uma situação de pleno emprego.

Perfis mais e menos solicitadosSoftware Developers de diversas linguagens de programação continuam a ser, como em anos anteriores, os mais solicitados pelos empregadores. O destaque vai para os Programadores Java, já que é neste momento a linguagem que tem mais procura e aquela onde, inclusive, muitos profissionais de outras linguagens (C# e C++, por exemplo), se querem posicionar. Programadores .NET e Analistas Funcionais estiveram igualmente no topo das preferências dos empregadores.

O aumento de projectos de muitas Consultoras em mercados africanos potenciou a contratação de Consultores Funcionais SAP para desenvolver sobretudo módulos de logística, construção, indústria, oil, gas e financeiro.

Cloud e Virtualização são realidades que vieram para ficar, dinamizando a procura por Administradores de Sistemas e Consultores de Infraestruturas. A segurança de informação tornou-se preponderante para estes profissionais, que precisam de desenhar soluções, implementá-las e geri-las considerando normas ISO e planos de contingência em caso de desastre.

Registámos ainda bastantes solicitações para Gestores de Projecto com formação em metodologias específicas e com conhecimento da área de negócio da empresa recrutadora.

Tem-se revelado particularmente difícil identificar Engenheiros Electrónicos e Mecatrónicos para Sistemas Embebidos, para departamentos de R&D de empresas de pequena dimensão, ou para o desenho de placas eléctricas. A maioria destes perfis trabalham em grandes players das áreas de Telecomunicações e é particularmente difícil encontrar profissionais que queiram dar o salto para empresas de menor dimensão e trabalhar com placas mais pequenas. Por outro lado, muitos profissionais não têm experiência de desenho e concepção, apenas de suporte técnico, pelo que não estão ao nível do que as empresas procuram.

Perspectivas para 2015Este ano será certamente de grande dinamismo para o sector de Tecnologias da Informação, com uma grande procura de perfis como Progamador Java, .Net, Mobile (Android e iOS), C#, C++ e Outsystems, bem como Consultor Funcional e Analista Funcional ERP, e Consultor de Virtualização & Cloud.

A escassez de perfis de TI, associada à crescente disponibilidade para aceitar projectos aliciantes no estrangeiro, tornará o recrutamento no sector ainda mais difícil e moroso. Mais do que nunca, é necessário que as empresas ajustem a sua oferta salarial e pacotes de benefícios às expectativas destes profissionais, que estão cada vez mais conscientes do seu valor negocial no mercado europeu e, até, mundial.

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃOESCASSEZ DE TALENTO PODE ABRANDAR O POTENCIAL DE UM SECTOR EM CRESCIMENTO

Dinâmicas de recrutamento

Perfis mais solicitados

Programador Java

Programador .Net

Programador Mobile

Programador C#

Analista Funcional

Consultor Funcional ERP

Administrador de Sistemas

Consultor de Infra-estruturas

Gestor de Projecto

Perfis menos solicitados

Software Tester

Sales Manager

Pre-sales Manager

Perfis mais difíceis de identificar

Programadores

Engenheiros Electrónicos e Mecatrónicos

Page 48: Guia Mercado Laboral Hays 2015

TECN

OLO

GIA

S D

A IN

FOR

MA

ÇÃ

O

90 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 91

PERFIL DO PROFISSIONAL DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

• 81% trabalham na sua área de formação

• 45% não negociaram pacote salarial actual

• 27% foram aumentados e 8% foram promovidos em 2014

• 79% estão disponíveis para trabalhar no estrangeiro (79% Europa, 32% América do Norte, 22% América do Sul, 16% África, 18% Oceânia, 12% Ásia, 16% Qualquer país de expressão portuguesa)

Género

83% 17%Masculino Feminino

O que mais valorizam num potencial empregador

81% 80%

Bom ambiente de trabalho

61%

Cultura empresarial

60%

Qualidade dos projectos

Oferta salarial

73%

Plano de carreira

Os benefícios mais desejados

82% 75% 55% 43% 34%Seguro de saúde Formação/

Certificações Flexibilidade de horários

Automóvel para uso pessoal (não só profissional)

Refeitório/Espaço para refeições

Skills/pontos fortes, segundo auto-avaliação

Experiência Capacidade de adaptação

AutonomiaPolivalência Capacidade de trabalho

68% 60% 59% 58%59%

Como descrevem um manager/chefia ideal

86% 71% 68% 66% 60%Motivador Justo Organizado Ético Assertivo

Distribuição geográfica

31%Norte

6%Centro

63%Sul

Mobilidade profissional

68%Consideram mudar de emprego em 2015

Page 49: Guia Mercado Laboral Hays 2015

TECN

OLO

GIA

S D

A IN

FOR

MA

ÇÃ

O

92 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 93

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

Account Manager (Equipamento e Hardware)

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 19,000 €

>5 anos 28,000 € 25,000 €

Account Manager (Soluções e Serviços)

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,000 € 23,000 €

3-5 anos 27,000 € 26,000 €

>5 anos 32,000 € 32,000 €

Administrador/a de Bases de Dados

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 25,000 € 21,000 €

3-5 anos 35,000 € 28,000 €

>5 anos 40,000 € 33,600 €

Administrador/a de Sistemas

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 20,000 € 19,000 €

3-5 anos 25,000 € 23,000 €

>5 anos 28,000 € 28,000 €

Analista-Programador/a Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 25,000 € 21,000 €

3-5 anos 31,000 € 25,000 €

>5 anos 34,000 € 28,000 €

Analista/Consultor Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 21,000 € 16,800 €

3-5 anos 25,000 € 21,000 €

>5 anos 30,000 € 28,000 €

Arquitecto/a de Soluções Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 34,000 € 25,200 €

3-5 anos 38,000 € 30,800 €

>5 anos 40,000 € 35,000 €

Business Developer Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 31,000 € 21,000 €

3-5 anos 35,000 € 28,000 €

>5 anos 37,000 € 35,000 €

Consultor/a BI Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 21,000 € 20,000 €

3-5 anos 30,000 € 26,000 €

>10 anos 35,000 € 30,000 €

Consultor/a ERP Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 24,000 € 19,600 €

3-5 anos 28,000 € 25,000 €

>5 anos 30,000 € 28,000 €

Consultor/a Funcional Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 21,000 € 19,600 €

3-5 anos 28,500 € 23,800 €

Consultor/a Técnico Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 25,500 € 21,000 €

3-5 anos 32,000 € 28,000 €

>5 anos 40,000 € 32,000 €

Consultor/a Segurança Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 24,000 € 21,000 €

3-5 anos 33,000 € 28,000 €

>5 anos 40,000 € 32,000 €

Desenhador/a Web Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 17,000 € 14,000 €

3-5 anos 20,000 € 18,200 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 50: Guia Mercado Laboral Hays 2015

TECN

OLO

GIA

S D

A IN

FOR

MA

ÇÃ

O

94 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 95

Director/a Comercial Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 40,000 € 35,000 €

3-5 anos 45,000 € 40,000 €

>5 anos 60,000 € 50,000 €

Director/a de Informática Experiência Lisboa Porto

3-5 anos 40,000 € 35,000 €

>5 anos 45,000 € 40,000 €

>10 anos 60,000 € 50,000 €

Director/a Técnico Experiência Lisboa Porto

3-5 anos 50,000 € 50,000 €

>5 anos 65,000 € 60,000 €

>10 anos 70,000 € 65,000 €

Engenheiro/a de Pré-Venda

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 23,000 € 21,000 €

3-5 anos 32,000 € 28,000 €

>5 anos 40,000 € 35,000 €

Gestor/a de Aplicações Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 20,000 € 19,000 €

3-5 anos 24,000 € 22,000 €

>5 anos 28,000 € 25,000 €

Gestor/a de Projectos Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 30,000 € 25,000 €

3-5 anos 37,000 € 31,000 €

>5 anos 39,000 € 37,000 €

Gestor/a de Projectos/ Implementação

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 35,000 € 30,000 €

3-5 anos 45,000 € 40,000 €

>10 anos 55,000 € 50,000 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 51: Guia Mercado Laboral Hays 2015

TECN

OLO

GIA

S D

A IN

FOR

MA

ÇÃ

O

96 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 97

Programador/a Mobile Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 23,000 € 21,000 €

3-5 anos 30,000 € 28,000 €

Team Leader Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 29,000 € 28,000 €

3-5 anos 33,000 € 32,000 €

Técnico/a de Informática/ Helpdesk

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 16,000 € 14,000 €

3-5 anos 22,000 € 19,000 €

Técnico/a de Redes Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,000 € 16,100 €

5-10 anos 23,000 € 19,600 €

Telecomunicações

Account Manager Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 26,000 € 22,000 €

3-5 anos 32,000 € 29,000 €

>5 anos 37,000 € 34,000 €

Director/a Comercial Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 55,000 € 50,000 €

3-5 anos 63,000 € 55,000 €

Engenheiro/a de Operações de Rede

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 23,000 € 20,000 €

3-5 anos 29,000 € 24,000 €

>10 anos 35,000 € 30,000 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

Gestor/a de Redes e Comunicações

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 21,000 € 19,000 €

3-5 anos 28,000 € 24,000 €

5-10 anos 36,000 € 29,000 €

Gestor/a Técnico/a de Projectos

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 40,000 € 30,000 €

3-5 anos 45,000 € 40,000 €

>5 anos 60,000 € 45,000 €

Internal Sales Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 20,000 € 17,000 €

3-5 anos 26,000 € 21,000 €

Key Account Manager Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 35,000 € 30,000 €

3-5 anos 40,000 € 38,000 €

>5 anos 52,000 € 45,000 €

Manager de Unidade de Negócio

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 50,000 € 45,000 €

3-5 anos 65,000 € 50,000 €

>5 anos 75,000 € 60,000 €

Programador/a Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 23,000 € 17,500 €

3-5 anos 26,000 € 23,000 €

Programador/a Web Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 20,000 € 16,800 €

3-5 anos 23,000 € 19,600 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 52: Guia Mercado Laboral Hays 2015

TECN

OLO

GIA

S D

A IN

FOR

MA

ÇÃ

O

98 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 99

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

Engenheiro/a de Planeamento de Rede

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 22,000 € 20,000 €

3-5 anos 30,000 € 28,000 €

>10 anos 35,000 € 32,000 €

Engenheiro/a de Pré-Venda

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 25,000 € 21,000 €

3-5 anos 29,000 € 26,000 €

>5 anos 34,000 € 30,000 €

Engenheiro/a de Suporte Técnico

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 21,000 € 19,000 €

3-5 anos 27,000 € 23,000 €

Engenheiro/a de Telecomunicações

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 23,000 € 21,000 €

3-5 anos 27,000 € 24,000 €

Gestor/a de Projecto Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 32,000 € 28,000 €

2-5 anos 38,000 € 34,000 €

>5 anos 43,000 € 38,000 €

Gestor/a de Redes Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 21,000 € 19,000 €

2-5 anos 26,000 € 23,000 €

>5 anos 31,000 € 28,000 €

Manager de Unidade de Negócio

Experiência Lisboa Porto

Até 2 anos 42,000 € 38,000 €

3-5 anos 50,000 € 45,000 €

>5 anos 55,000 € 50,000 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 53: Guia Mercado Laboral Hays 2015

MA

RK

ETIN

G E

VEN

DA

S

100 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 101

Os departamentos comerciais constituem o grande “motor” do crescimento de um negócio, sendo por isso um dos primeiros a ser reforçados quando surgem indicadores de crescimento ou de retoma de mercado. Não surpreende, portanto, que 2014 tenha sido um ano extremamente positivo para o recrutamento de profissionais da área comercial.

A novidade nas tendências deste ano está, curiosamente, nas posições de Marketing, que têm vindo a acompanhar o dinamismo da área comercial, registando um nível de procura bastante superior ao que se vinha verificando em anos anteriores. Após um longo período de desvalorização, com departamentos subdimensionados e reduzidos a mínimos funcionais, as equipas de Marketing voltaram finalmente a crescer, especializando-se e regressando a números mais próximos dos anos que antecederam o período de instabilidade económica. O crescimento das exportações em muito terá contribuído para esta tendência, já que não é possível sobreviver num mercado externo altamente concorrencial sem departamentos de Marketing bem estruturados e com uma estratégia claramente delineada, que possam preparar e direccionar o esforço comercial de toda a estrutura de vendas.

Perfis mais e menos solicitadosO crescimento das exportações nacionais foi, sem dúvida, o principal promotor de novas contratações de Marketing e Vendas em 2014. Ao passarem a actuar num mercado global competitivo e altamente profissionalizado, muitas empresas nacionais sentiram necessidade de reforçar as suas equipas com profissionais com fortes competências de gestão comercial, complementadas com fluência em idiomas estrangeiros. Referimo-nos sobretudo a Export Managers orientados para zonas geográficas específicas e com excelentes competências de negociação.

Por outro lado, o aumento do consumo privado potenciou a procura por Key Accounts especializados em insígnias ou canais de distribuição específicos, como Off-Trade, On-Trade, Cash’s e Distribuidores, para gerir e acompanhar directamente o ponto de venda.

Assistimos também a um aumento na procura por funções de Marketing, para dinamizar a estratégia e posicionamento de marca e produto, nomeadamente Marketing Executives, Responsáveis de Marketing Digital, bem como Brand ou Product Managers. Importa referir, no entanto, que a distinção entre perfis do Marketing dito “tradicional” e os novos perfis de Marketing Digital começa a esbater-se, à medida que os conhecimentos do universo online deixam de ser um extra e se vão tornando num requisito fundamental. Quando recrutam perfis de Marketing, muitos empregadores partem já do princípio que a maioria dos profissionais da área terá de estar preparado para lidar com a componente online.

Destacamos ainda uma tendência interessante no recrutamento de perfis comerciais para empresas de cariz industrial (Automóvel, Metalomecânico, Materiais Eléctricos): cada vez mais, os empregadores procuram contratar profissionais que consigam aliar a vertente comercial aos conhecimentos técnicos do sector. Profissionais sem esta componente técnica mais especializada continuarão a perder poder negocial no mercado, tanto a nível de acesso às oportunidades disponíveis, como a nível de oferta salarial.

Perspectivas para 2015O crescimento das exportações, a subida dos níveis de consumo e o dinamismo crescente do sector do Turismo continuarão a potenciar o recrutamento de profissionais de Vendas ao longo de todo o ano 2015, sobretudo perfis como Export Managers e Key Account Managers.

No entanto, após um primeiro fluxo de contratação mais associado ao reforço das equipas comerciais, muitas empresas terão necessidade de estruturar e especializar os seus departamentos de Marketing, para acompanhar as necessidades estratégicas do negócio. Deste modo, as contratações de perfis como Trade Marketeer e Responsável de Marketing Digital continuarão a ter um aumento muito significativo, devolvendo assim a esta área um dinamismo que era aguardado com expectativa há vários anos.

No entanto, apesar das boas perspectivas, a oferta salarial deverá manter-se, por agora, sem variações significativas, ou apenas com reforço das componentes variáveis. Será necessário ainda um período prolongado de estabilidade e crescimento para que as empresas se sintam confiantes em investir num incremento salarial de base para os profissionais da área.

MARKETING E VENDASCRESCIMENTO DAS ESTRUTURAS COMERCIAIS POTENCIA RETOMA DO MARKETING

Dinâmicas de recrutamento

Perfis mais solicitados

Export Manager

Key Account Manager

Trade Marketeer

Responsável de Marketing Digital

Brand Manager

Product Manager

Perfis menos solicitados

Comercial sem especialização técnica

Perfis mais difíceis de identificar

Técnicos comerciais com formação em Engenharia

Export Managers fluentes em idiomas como Alemão, Francês e Russo

Key Account Managers especializados

Page 54: Guia Mercado Laboral Hays 2015

MA

RK

ETIN

G E

VEN

DA

S

102 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 103

PERFIL DO PROFISSIONAL DE MARKETING E VENDAS

• 64% trabalham na sua área de formação

• 55% não negociaram pacote salarial actual

• 28% foram aumentados e 8% foram promovidos em 2014

• 77% estão disponíveis para trabalhar no estrangeiro (72% Europa, 30% América do Norte, 28% América do Sul, 17% África, 18% Oceânia, 14% Ásia, 20% Qualquer país de expressão portuguesa)

Género

56% 44%Masculino Feminino

O que mais valorizam num potencial empregador

75% 75%

Bom ambiente de trabalho

61%

Cultura empresarial

53%

Qualidade dos projectos

Oferta salarial

70%

Plano de carreira

Os benefícios mais desejados

80% 71% 63% 45% 35%Seguro de saúde Formação/

Certificações Automóvel para uso pessoal (não só profissional)

Flexibilidade de horários

Telemóvel para uso pessoal (não só profissional)

Skills/pontos fortes, segundo auto-avaliação

Experiência Orientação para o cliente

Orientação para objectivos

Capacidade de adaptação

Proactividade

61% 58% 57% 55%57%

Como descrevem um manager/chefia ideal

86% 73% 59% 58% 56%Motivador Justo Ético Dinâmico Assertivo

Distribuição geográfica

28%Norte

10%Centro

62%Sul

Mobilidade profissional

80%Consideram mudar de emprego em 2015

Page 55: Guia Mercado Laboral Hays 2015

MA

RK

ETIN

G E

VEN

DA

S

104 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 105

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE MARKETING E VENDAS

Marketing e Comunicação

Assistente de Marketing Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 16,800 € 14,000 €

Técnico/a de Marketing Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 16,800 € 15,500 €

5-10 anos 25,200 € 20,000 €

Director/a de Marketing Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 49,000 € 45,000 €

Director/a de Comunicação

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 40,600 € 42,000 €

Digital/Web Marketing Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,200 € 18,200 €

Responsável de Marketing Digital

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 23,100 € 22,400 €

5-10 anos 33,600 € 28,000 €

Responsável de Comunicação

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 21,000 €

Designer de Comunicação

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,200 € 18,200 €

Técnico CRM Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 16,800 €

Public Relations Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 16,800 € 16,800 €

FMCG

Account Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 21,000 €

Brand Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € 28,000 €

5-10 anos 42,000 € 35,000 €

Chefe de Vendas/ Supervisor/a de Vendas

Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 35,000 € 35,000 €

Export Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € 28,000 €

5-10 anos 45,000 € 42,000 €

Managing Director Experiência Lisboa Porto

> 10 anos 90,000 € 80,000 €

Director/a Comercial Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 63,000 € 56,000 €

Export Director Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 56,000 € 45,000 €

Key Account Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € 28,000 €

5-10 anos 42,000 € 35,000 €

Merchandiser Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 12,600 € 15,400 €

Product Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 32,000 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 56: Guia Mercado Laboral Hays 2015

MA

RK

ETIN

G E

VEN

DA

S

106 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 107

Trade Marketing Manager Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 28,000 € 25,200 €

Trade Marketing Specialist

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 14,000 € 15,400 €

Sales Representative Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 16,800 € 11,200 €

Grande Distribuição

Chefe de Departamento Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 32,000 € 28,000 €

5-10 anos 40,000 € 35,000 €

Chefe de Secção Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,500 € 18,500 €

5-10 anos 21,000 € 21,000 €

Director de Loja Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 35,000 €

5-10 anos 42,000 € 42,000 €

Director/a de Compras Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 56,000 € 45,000 €

Comprador/Gestor de Categoria

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 29,400 € 28,000 €

5-10 anos 36,400 € 35,000 €

Director/a de Operações Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 56,000 € 50,000 €

Director/a de Unidade de Negócio

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 52,500 € 49,000 €

5-10 anos 63,000 € 56,000 €

Responsável de Serviço ao Cliente

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 11,900 € 9,800 €

5-10 anos 16,100 € 11,200 €

Publicidade/New Media/Creative Agencies

Account Director Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 38,000 €

Account Executive Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,200 € 23,800 €

Chief Creative Officer Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 35,000 € n/a

Copywriter Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € 18,200 €

Designer Criativo/a Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,500 € 21,000 €

Media Planner Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,500 € 18,600 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE MARKETING E VENDAS

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 57: Guia Mercado Laboral Hays 2015

MA

RK

ETIN

G E

VEN

DA

S

108 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 109

New Business Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,200 € 15,000 €

Production Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 33,000 €

Responsável de Eventos Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 19,600 € 15,800 €

Revisor/a de Textos Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 15,000 € 17,000 €

Materiais de Construção e Equipamentos Industriais

Assistente Comercial Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 11,000 € 11,000 €

Chefe de Vendas Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 30,000 € 28,000 €

Director/a-Geral Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 70,000 € 65,000 €

Director/a Comercial Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 38,000 € 35,000 €

Engenheiro/a Técnico/a Comercial

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,000 € 21,000 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE MARKETING E VENDAS

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 58: Guia Mercado Laboral Hays 2015

MA

RK

ETIN

G E

VEN

DA

S

110 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 111

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE MARKETING E VENDAS

Gestor/a de Produto Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,000 € 21,000 €

Key Account Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 27,000 € 28,000 €

Responsável de Mercados Externos

Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 35,000 € 30,000 €

Técnico/a Comercial Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 14,000 € 14,500 €

5-10 anos 16,000 € 16,800 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 59: Guia Mercado Laboral Hays 2015

RET

ALH

O

112 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 113

Este foi um ano bastante positivo para o recrutamento no sector do Retalho e Grande Distribuição. A recuperação de indicadores como o consumo privado e o nível de confiança dos consumidores teve um impacto directo nas vendas, levando à abertura de novos espaços comerciais e ao alargamento da rede de lojas de algumas marcas.

O fenómeno do crescimento das lojas de proximidade foi, sem dúvida, um dos que mais influenciou as dinâmicas de contratação. As insígnias da Grande Distribuição, cientes do sucesso deste novo conceito, apostaram em planos de expansão assentes em lojas de menor dimensão, mais próximas do cliente. Este alargamento da rede implicou o recrutamento de novas equipas, bem como a substituição dos cargos que ficaram disponíveis após a realocação de alguns recursos.

A abertura de novas lojas de marcas multinacionais de segmento alto/premium, nas zonas nobres de Lisboa e do Porto, foi igualmente importante para o dinamismo do sector. O facto de ambas as cidades terem sido frequentemente destacadas como destinos turísticos de excelência, em muito terá contribuído para inclusão de Portugal no processo de expansão de várias empresas multinacionais.

Perfis mais e menos solicitadosEntre os perfis mais procurados pelos empregadores em 2014, destacam-se claramente os de gestão de Loja, Design, Compras e E-Commerce.

No caso dos Store Managers, importa referir que o nível de exigência das empresas tem vindo a aumentar significativamente, ainda que a procura por profissionais com experiência consolidada em funções de chefia de loja comece a ser já claramente superior à oferta existente no mercado português. Valoriza-se, cada vez mais, competências como liderança e motivação de equipas e uma apurada capacidade analítica e comercial, bem como um profundo conhecimento do negócio.

Designers e Compradores de Moda foram muito solicitados, dada a acentuada rotatividade destes perfis associados às áreas criativas e de produto. Portugal não é um país que possibilite fortes perspectivas de evolução de carreira para este tipo de profissionais, pelo que muitos tendem a procurar desafios internacionais em marcas de renome, que lhes possibilitem outro tipo de oportunidades de desenvolvimento e visibilidade.

As funções de Marketing e Comunicação orientadas para o E-commerce estiveram igualmente no topo das prioridades de recrutamento em 2014. A presença das marcas no universo online continua a potenciar a contratação de profissionais de gestão de loja online e redes sociais, tais como Online Managers e Community Managers.

Perspectivas para 2015As empresas de Distribuição e de Retalho Especializado continuarão certamente a apostar na abertura de novas lojas de proximidade, com menores dimensões e em pequenas localidades.

Esta tendência, bem como o surgimento de novas insígnias na área da Restauração/Retalho Alimentar, deverão ter bastante impacto no recrutamento de posições de chefia operacional. Prevê-se, assim, um aumento na procura de profissionais de Gestão de Loja com disponibilidade geográfica nacional. Também os Gestores Online deverão ter bastante procura, impulsionada pelo crescimento e consolidação do e-commerce em Portugal.

RETALHO E GRANDE DISTRIBUIÇÃOO DINAMISMO DE UM SECTOR RESILIENTE

Dinâmicas de recrutamento

Perfis mais solicitados

Store Manager

Supervisor de Lojas

Chefe de Secção

Comprador de Moda

Designer de Moda

Gestor de Loja Online

Community Manager

Perfis menos solicitados

Director Comercial

Perfis mais difíceis de identificar

Store Manager

Comprador de Moda

Page 60: Guia Mercado Laboral Hays 2015

RET

ALH

O

114 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 115

PERFIL DO PROFISSIONAL DE RETALHO

• 48% trabalham na sua área de formação

• 66% não negociaram pacote salarial actual

• 29% foram aumentados e 9% foram promovidos em 2014

• 77% estão disponíveis para trabalhar no estrangeiro (74% Europa, 24% América do Norte, 27% América do Sul, 24% África, 18% Oceânia, 11% Ásia, 17% Qualquer país de expressão portuguesa)

Género

58% 42%Masculino Feminino

O que mais valorizam num potencial empregador

76% 70%

Plano de carreira

60%

Cultura empresarial

50%

Qualidades dos projectos

Oferta salarial

69%

Bom ambiente de trabalho

Os benefícios mais desejados

79% 77% 41% 40% 31%Formação/Certificações

Seguro de saúde Flexibilidade de horários

Automóvel para uso pessoal (não só profissional)

Seguro de vida

Skills/pontos fortes, segundo auto-avaliação

Experiência Orientação para o cliente

Perfil de liderança Orientação para objectivos

Polivalência

70% 67% 58% 58%59%

Como descrevem um manager/chefia ideal

92% 74% 72% 69% 65%Motivador Justo Ético Organizado Assertivo

Distribuição geográfica

37%Norte

10%Centro

53%Sul

Mobilidade profissional

77%Consideram mudar de emprego em 2015

Page 61: Guia Mercado Laboral Hays 2015

RET

ALH

O

116 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 117

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE RETALHO

Supervisor/a de Lojas Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € 25,000 €

Retail Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 42,000 € 35,000 €

Director/a de Marca Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 42,000 € 42,000 €

Director/a Comercial Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 49,000 € 45,000 €

Brand Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € 28,000 €

Product Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,200 € 23,800 €

Store Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 16,800 € 16,800 €

Boutique Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 28,000 €

Boutique Assistant Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 15,000 € 14,000 €

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 62: Guia Mercado Laboral Hays 2015

RET

ALH

O

118 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 119

Gestor de Loja Online Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 19,600 € 19,600 €

Digital/Web Marketing Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,000 € 21,000 €

Visual Merchandiser/ Vitrinista

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 14,000 € 14,000 €

Designer de Moda Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,200 € 25,200 €

5-10 anos 28,000 € 28,000 €

Modelista Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 17,500 € 18,000 €

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE RETALHO

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 63: Guia Mercado Laboral Hays 2015

TUR

ISM

O E

LA

ZER

120 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 121

O sector do Turismo e Lazer vive aquele que é, provavelmente, o seu melhor momento de sempre em Portugal. Apesar de não ter ainda atingido o seu potencial pleno, é já um dos grandes motores de dinamismo na economia portuguesa e, consequentemente, no mercado de trabalho. O reconhecimento internacional de Portugal como destino turístico de excelência continua a encorajar a abertura de novas unidades hoteleiras, de restauração e de lazer, aumentando assim a procura por profissionais qualificados no sector que possam dar resposta à enorme afluência de turistas.

O grande desafio que se coloca neste momento é o de compreender até que ponto o país está a conseguir formar profissionais qualificados em número suficiente para acompanhar este crescimento. Começam a surgir já os primeiros sinais de dificuldades na identificação de determinados perfis fundamentais para a estratégia e desenvolvimento do sector.

Perfis mais solicitadosChefes de Cozinha, Sub-Chefes de Cozinha e Chefes de Pastelaria tiveram uma posição de destaque na lista de perfis mais procurados em 2014, sobretudo para unidades hoteleiras de 4 estrelas superior e 5 estrelas. Também os Sommeliers conhecedores de vinhos portugueses estiveram entre os mais solicitados, sendo este um perfil particularmente difícil de identificar no mercado de trabalho português.

Destacaram-se ainda os Directores Comerciais e os Assistentes de Direcção Comercial, para empreendimentos turísticos orientados para o Golf, bem como os Resort Managers para empreendimentos nas zonas de Óbidos, Tróia e Algarve.

Registámos também bastantes solicitações de funções de bar, sobretudo Chefes de Bar com experiência em Cocktails de Inverno, Gins e Licores, para hotéis na capital.

Perspectivas para 2015Portugal continua a crescer enquanto destino Turístico, pelo que as expectativas para o ano que agora inicia são bastante altas. Será um ano de expansão mas, também, de incerteza, tanto a nível de atracção e retenção de profissionais especializados, como do próprio rumo que o sector poderá seguir em termos de estratégia e posicionamento.

A abertura de novos boutique hotels em Lisboa, o crecimento da área de Real Estate para o mercado estrangeiro e o aumento das rotas low cost a voar para Lisboa deverão potenciar ainda mais a procura por Chefes de Cozinha, Sommeliers, Chefes de Sala, Maitres e Comerciais para Real Estate e Hotéis de 5 estrelas.

Importa referir ainda que a dificuldade em identificar Chefes de Cozinha e Sommeliers tenderá a aumentar bastante. Algumas unidades hoteleiras não possuem ainda cozinhas com condições que acompanhem o nível de qualidade e especialização destes profissionais, pelo que muitos poderão sentir necessidade de procurar oportunidades de carreira mais aliciantes e que, em alguns casos, poderão passar por uma saída para o estrangeiro.

TURISMO E LAZERMERCADO EM CRESCIMENTO PLENO APRESENTA JÁ ESCASSEZ DE PERFIS QUALIFICADOS

Dinâmicas de recrutamento

Perfis mais solicitados

Chefe de Cozinha

Sub-Chefe de Cozinha

Chefe de Pastelaria

Sommelier

Director Comercial

Resort Manager

Chefe de Bar

Perfis menos solicitados

Governanta

Especialista de F&B

Perfis mais difíceis de identificar

Sommelier

Chefe de Cozinha

Page 64: Guia Mercado Laboral Hays 2015

TUR

ISM

O E

LA

ZER

122 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 123

PERFIL DO PROFISSIONAL DE TURISMO E LAZER

• 67% trabalham na sua área de formação

• 52% não negociaram pacote salarial actual

• 26% foram aumentados e 7% foram promovidos em 2014

• 92% estão disponíveis para trabalhar no estrangeiro (92% Europa, 34% América do Norte, 32% América do Sul, 24% África, 13% Oceânia, 13% Ásia, 24% Qualquer país de expressão portuguesa)

Género

52% 48%Masculino Feminino

O que mais valorizam num potencial empregador

87% 84%

Plano de carreira

66%

Oferta salarial

61%

Qualidade dos projectos

Bom ambiente de trabalho

71%

Cultura empresarial

Os benefícios mais desejados

89% 82% 37% 34% 26%Formação/Certificações

Seguro de saúde Automóvel para uso pessoal (não só profissional)

Flexibilidade de horários

Refeitório/Espaçopara refeições

Skills/pontos fortes, segundo auto-avaliação

Lealdade Proactividade Orientação para o cliente

Perfil de liderança Experiência

63% 61% 58% 53%61%

Como descrevem um manager/chefia ideal

89% 79% 68% 68% 63%Motivador Justo Assertivo Ético Organizado

Distribuição geográfica

21%Norte

8%Centro

71%Sul

Mobilidade profissional

74%Consideram mudar de emprego em 2015

Page 65: Guia Mercado Laboral Hays 2015

TUR

ISM

O E

LA

ZER

124 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 125

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE TURISMO E LAZER

Chefe de Cozinha Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 35,000 €

Director/a Comercial Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 46,200 € 44,800 €

Director/a de F&B Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 45,000 € 42,000 €

Director/a de Hotel Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 63,000 € 63,000 €

Mâitre d’Hotel Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 22,500 € n/a

Responsável de Agência de Viagens

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € 29,000 €

Responsável de Eventos Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 21,000 € n/a

Técnico/a de Turismo Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 14,000 € 14,000 €

Sales Executive Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,200 € n/a

Revenue Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 18,200 € n/a

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 66: Guia Mercado Laboral Hays 2015

LIFE

SCI

ENCE

S

126 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 127

Após alguns anos de reestruturação profunda que se traduziram em contenção e adiamento na maioria das contratações, 2014 apresentou-se com um dinamismo renovado para o sector. A aprovação de alguns produtos no início do ano levou muitas empresas a sentirem necessidade de reforçar as suas estruturas com profissionais preparados para os novos desafios deste sector totalmente renovado.

Curiosamente, os processos de recrutamento seguiram tendências muito específicas, em diferentes momentos do ano: o primeiro trimestre centrou-se numa maior procura por profissionais para a área comercial, de Marketing e de Market Access. Já o segundo trimestre foi muito orientado para o recrutamento de funções de Market Access e de Direcção Médica. Por fim, no último semestre do ano, o maior volume de contratações esteve em perfis de Medical Science Liaison, Market Access e num novo reforço das equipas de vendas.

Perfis mais e menos solicitadosEntre os perfis mais solicitados em 2014, podemos destacar os Field Access Manager, fundamentais para influenciar os decisores nas ARS e ACES, e os Market Access Managers. Continua a ser particularmente difícil identificar estes últimos, uma vez existem poucos profissionais no mercado com a experiência necessária.

Verificámos ainda bastante procura por perfis de Medical Science Liaison licenciados em Medicina. A formação superior nesta área específica é fundamental, para que possam falar a mesma linguagem que os Key Opinion Leaders.

Não podemos deixar de referir uma tendência crescente de saída de Médicos do Sistema Nacional de Saúde, que se tem agravado graças à perda de algumas regalias. Assistimos, assim, à saída de alguns Medical Director do SNS para a clínica privada, bem como ao ingresso de Médicos menos experientes na Indústria Farmacêutica, que se revela agora mais atractiva.

Perspectivas para 2015À semelhança do que aconteceu no último ano, em 2015 os empregadores deverão continuar a reforçar as suas estruturas com perfis de Life Sciences. Market Access Executive, Medical Science Liaison e Delegado de Informação Médica estarão certamente no topo das preferências de recrutamento.

Não se esperam grandes alterações no mercado que justifiquem variações salariais consideráveis. Os valores praticados deverão manter-se estáveis, tal como os benefícios oferecidos.

LIFE SCIENCESINDÚSTRIA FARMACÊUTICA RECUPERA DINAMISMO

Dinâmicas de recrutamento

Perfis mais solicitados

Field Access Manager

Market Access Manager

MSL licenciado em Medicina

Medical Director

Perfis menos solicitados

Quality Assurance

Perfis mais difíceis de identificar

Market Access Manager

Page 67: Guia Mercado Laboral Hays 2015

LIFE

SCI

ENCE

S

128 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 129

PERFIL DO PROFISSIONAL DE LIFE SCIENCES

• 71% trabalham na sua área de formação

• 61% não negociaram pacote salarial actual

• 37% foram aumentados e 9% foram promovidos em 2014

• 77% estão disponíveis para trabalhar no estrangeiro (73% Europa, 20% América do Norte, 19% América do Sul, 13% África, 9% Oceânia, 7% Ásia, 17% Qualquer país de expressão portuguesa)

Género

55% 45%Masculino Feminino

O que mais valorizam num potencial empregador

76% 74%

Bom ambiente de trabalho

63%

Cultura empresarial

58%

Qualidade dos projectos

Plano de carreira

67%

Oferta salarial

Os benefícios mais desejados

86% 71% 56% 46% 31%Seguro de saúde Formação/

Certificações Automóvel para uso pessoal (não só profissional)

Flexibilidade de horários

Seguro de vida

Skills/pontos fortes, segundo auto-avaliação

Capacidade de adaptação

Proactividade Capacidade de trabalho

Orientação para objectivos

Apetência para trabalhar em equipa

68% 64% 58% 56%58%

Como descrevem um manager/chefia ideal

92% 75% 70% 67% 60%Motivador Justo Assertivo Ético Organizado

Distribuição geográfica

15%Norte

7%Centro

78%Sul

Mobilidade profissional

70%Consideram mudar de emprego em 2015

Page 68: Guia Mercado Laboral Hays 2015

LIFE

SCI

ENCE

S

130 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 131

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE LIFE SCIENCES

Indústria Farmacêutica

Clinical Research Associate

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € 28,000 €

Clinical Trials Assistant Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,000 € n/a

Chefe Regional de Vendas

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 45,000 € 40,000 €

Chefe Nacional de Vendas Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 56,000 € 49,000 €

Delegado/a Comercial de Farmácia

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 23,500 € 21,000 €

Delegado/a de Informação Médica

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 24,500 € 24,500 €

Delegado/a Especialista Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,200 € 25,200 €

Delegado/a Hospitalar Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 37,500 € 35,000 €

Director/a Comercial Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 87,000 € 78,000 €

Director/a Médico/a Experiência Lisboa Porto

>10 anos 110,000 € n/a

Director/a de Registos e Assuntos Regulamentares

Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 70,000 € n/a

Director/a de Unidade de Negocio

Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 95,000 € 82,000 €

Farmacoeconomia Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 45,000 € n/a

Farmacovigilância Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € n/a

Lead Clinical Research Associate

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € n/a

Medical Manager Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 75,000 € n/a

Project Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 42,000 € n/a

Quality Assurance Manager

Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 45,000 € n/a

Quality Assurance Officer Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 30,000 € n/a

Regional Medical Science Liaison

Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 45,000 € n/a

Técnico/a de Registos e Assuntos Regulamentares

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € n/a

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 69: Guia Mercado Laboral Hays 2015

LIFE

SCI

ENCE

S

132 Guia do Mercado Laboral 2015 Guia do Mercado Laboral 2015 133

MÉDIAS SALARIAIS DE PERFIS DE LIFE SCIENCES

Marketing Farmacêutico

Brand Manager Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 49,000 € 46,500 €

Assistente de Marketing Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 25,200 € n/a

Director/a de Marketing Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 87,000 € 75,000 €

Gestor/a de Produto Júnior

Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 28,000 € 25,500 €

Gestor/a de Produto Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 45,000 € 40,000 €

5-10 anos 56,000 € 45,000 €

Group Product Manager Experiência Lisboa Porto

5-10 anos 63,000 € n/a

Market Researcher Experiência Lisboa Porto

2-5 anos 35,000 € n/a

Os valores apresentados correspondem a uma média do salário bruto anual, sem componentes variáveis adicionadas.

Page 70: Guia Mercado Laboral Hays 2015

134 Guia do Mercado Laboral 2015

PER

FIS

MA

IS P

ROCU

RA

DO

S EM

201

5

AS PROFISSÕES QUE VÃO MOVIMENTAR O MERCADO DE TRABALHO EM 2015

Apresentamos-lhe uma lista das profissões que serão mais solicitadas em 2015, com base no conhecimento de mercado dos nossos consultores especializados e nos resultados dos inquéritos realizado junto de centenas de empresas a actuar em Portugal.

Contabilidade e FinançasController de Gestão

Técnico de Custeio Industrial

Técnico de Controlo de Crédito e Cobranças

Banca e SegurosGestor Comercial Private

Analista de Risco

Corrector de Seguros

Advogado

Jurista

Recursos HumanosResponsável de Desenvolvimento de RH

Responsável de Recrutamento

Técnico de Recursos Humanos

Indústria, Logística e ConstruçãoResponsável de Produção

Responsável de Melhoria Contínua

Responsável de Manutenção

Engenheiro de Qualidade

Procurement Manager

Comercial de Logística/Transitários

Especialista de Mecânica/Electrotécnica

Engenheiro Civil (para o mercado Africano)

Engenheiro Mecânico (para o mercado Africano)

Tecnologias da InformaçãoProgamador Java

Programador .Net

Programador Mobile

Programador C#

Consultor Funcional ERP

Analista Funcional ERP

Programador Outsystems

Consultor Virtualização & Cloud

Marketing e VendasExport Manager

Key Account Manager

Trade Marketeer

Responsável de Marketing Digital

Brand Manager

Product Manager

RetalhoStore Manager

Supervisor de Lojas

Comprador de Moda

Designer de Moda

Gestor de Loja Online

Life Sciences e FarmáciaMarket Access Executive

Medical Science Liaison

Delegado de Informação Médica

Page 71: Guia Mercado Laboral Hays 2015

ACERCA DA HAYS

A Hays lidera o mercado de recrutamento especializado em Portugal. Está presente no país há mais de uma década, operando a partir de escritórios em Lisboa e no Porto. Recruta profissionais qualificados em Tecnologias da Informação, Contabilidade e Finanças, Banca, Engenharia, Indústria, Sales & Marketing, Turismo e Lazer, Indústria Farmacêutica e Retalho, entre outros.

A Hays actua nos sectores público e privado, em projectos permanentes, temporários e de executive search a nível mundial. Conta com uma equipa de especialistas no mundo do trabalho, experientes numa ampla gama de mercados, em três grandes áreas de negócio:

Hays ExecutiveEmpresa especializada na identificação de perfis de Direcção. Disponibiliza serviços de Headhunting, estudos de mercado e evolução de carreira de perfis qualificados, assim como assessoria contínua da evolução do mercado a empresas e profissionais.

Hays Recruiting Experts WorldwideEmpresa de recrutamento e selecção de quadros médios e superiores. A experiência dos nossos Consultores e o seu amplo conhecimento dos diversos sectores de mercado permitem fazer uma avaliação e triagem de competências, identificando e retendo o melhor talento e fornecendo soluções para as necessidades de negócio dos nossos clientes.

Hays ResponseA Hays Response proporciona um serviço de recrutamento rápido e eficaz. Dedica-se ao recrutamento de funções permanentes até 21.000€/ano e funções temporárias em todos os níveis salariais, nas áreas de Finanças e Suporte Administrativo, Marketing e Vendas, e perfis Técnicos de Engenharia, Tecnologias da Informação e Logística.

Page 72: Guia Mercado Laboral Hays 2015

Lisboa Avenida da República, nº 90, 1º andar, fracção 4 1600-206 Lisboa T: +351 21 782 65 60 F: +351 21 782 65 66 E: [email protected]

Porto Edifício Tower Plaza Rotunda Eng. Edgar Cardoso, nº 23, 7º C e D 4400-676 Vila Nova de Gaia – Porto T: +351 22 607 86 10 F: +351 22 607 86 11 E: [email protected]

Para saber mais acerca da nossa rede mundial de escritórios, consulte hays.com.

© Copyright Hays plc 2015 HAYS, the Corporate and Sector H devices, Recruiting experts worldwide, the HAYS Recruiting experts worldwide logo and Powering the World of Work are trade marks of Hays plc. The Corporate and Sector H devices are original designs protected by registration in many countries. All rights are reserved. The reproduction or transmission of all or part of this work, whether by photocopying or storing in any medium by electronic means or otherwise, without the written permission of the owner, is restricted. The commission of any unauthorised act in relation to the work may result in civil and/or criminal action. PT-9750

Actuamos em todo o território nacional, a partir dos nossos escritórios de:

GU

IA D

O M

ERCAD

O LA

BOR

AL 2015

AO SEU SERVIÇO

hays.pt