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PROGRAMA JUVENTUDE EM ACÇÃO 2013 GUIA PARA O EMPREENDEDORISMO JOVEM ECO-SUSTENTÁVEL Agricultura biológica. Boa para a natureza, boa para si. Lisboa, Setembro 2013 Fevereiro 2014 O presente projecto é co-financiado com o apoio da Comissão Europeia. Esta publicação/comunicação é da responsabilidade exclusiva dos seus autores; a Comissão não é responsável pelo uso que possa vir a ser feito da informação difundida.

GUIA PARA O EMPREENDEDORISMO JOVEM ECO ...EMPREENDEDORISMO JOVEM ECO-SUSTENTÁVEL Agricultura biológica. Boa para a natureza, boa para si. Lisboa, Setembro 2013 – Fevereiro 2014

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  • PROGRAMA JUVENTUDE EM ACÇÃO 2013

    GUIA PARA O EMPREENDEDORISMO JOVEM

    ECO-SUSTENTÁVEL

    Agricultura biológica. Boa para a natureza, boa para si.

    Lisboa, Setembro 2013 – Fevereiro 2014 O presente projecto é co-financiado com o apoio da Comissão Europeia. Esta

    publicação/comunicação é da responsabilidade exclusiva dos seus autores; a Comissão não é responsável pelo uso que possa vir a ser feito da informação difundida.

  • 2

    SOMÁRIO

    INTRODUÇÃO AO PROJECTO ................................................................... 4

    SÍNTESE DOS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS E NOTA METODOLÓGICA ........... 4

    DADOS PESSOAIS .................................................................................................. 5

    1. SEXO .................................................................................................................................. 5

    2. IDADE ................................................................................................................................. 5

    3. LOCAL DE PROVENIÊNCIA .................................................................................................. 6

    4. NÍVEL DE ESCOLARIDADE .................................................................................................. 6

    5. SITUAÇÃO ACTUAL ............................................................................................................ 7

    PERCENTAGEM DE COMPRA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS E FACTORES MOTIVANTES

    / DISSUASORES ..................................................................................................... 7

    6. PERCENTAGEM DE PRODUTOS BIOLÓGICOS NAS COMPRAS MENSAIS ............................ 7

    7. FACTORES QUE MOTIVAM A COMPRA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS ................................ 8

    8. FACTORES QUE DISSUADEM A COMPRA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS ............................ 8

    INFORMAÇÕES SOBRE OS PRODUTOS BIOLÓGICOS ............................................... 9

    9. INFORMAÇÕES SOBRE A CERTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS ............................ 9

    10. INFORMAÇÕES SOBRE A PROVENIÊNCIA DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS ........................ 9

    SENSAÇÕES RELATIVAS AOS PRODUTOS BIOLÓGICOS .......................................... 10

    11. DIFERENÇA ENTRE OS PRODUTOS BIOLÓGICOS E PRODUTOS CONVENCIONAIS ......... 10

    12.OS PRODUTOS BIOLÓGICOS SÃO MAIS NUTRITIVOS E SAUDÁVEIS? ............................. 10

    13. RECOMENDAÇÃO DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS .......................................................... 11

    ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................. 12

    SUGESTÕES E CONCLUSÕES ................................................................................. 13

    A GUIA AOS PRODUTOS BIOLÓGICOS .................................................... 14

    1. A PRODUÇÃO BIOLÓGICA ................................................................................ 14

    2. A NORMATIVA EUROPEIA ................................................................................ 14

    3. A NORMATIVA PORTUGUESA .......................................................................... 16

    4. PORQUÊ PRODUZIR ALIMENTOS BIOLÓGICOS? ................................................ 17

    5. OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA AGRICULTURA BIOLÓGICA ........................ 19

    6. OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CRIAÇÃO BIOLÓGICA DE ANIMAIS ............ 21

  • 3

    7. A CERTIFICAÇÃO BIOLÓGICA ........................................................................... 24

    7.1 OS PRODUTOS QUE PODEM SER CERTIFICADOS COM A MARCA BIOLÓGICA ............... 24

    7.2 ENTIDADES QUE EMITEM A CERTIFICAÇÃO BIOLÓGICA ............................................... 26

    7.3 OS DOCUMENTOS A PRESENTAR e PROCESSO DA CERTIFICAÇÃO .............................. 28

    7.4 VALIDADE DA CERTIFICAÇÃO ........................................................................................ 29

    8. COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS ........................................... 29

    ANEXOS ................................................................................................. 32

    ANEXO A – ORGANISMO DE CONTROLO E CERTIFICAÇÃO EM MPB ...................... 32

    ANEXO B – ORGANIZAÇÕES DE PRODUTORES RECONHECIDAS PELA DGDR .......... 33

    ANEXO C – NOTIFICAÇÃO RELATIVA AO MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICA ......... 38

    ANEXO D – QUESTIONÁRIO APRESENTADO AOS CONSUMIDORES ....................... 40

    ANEXO E – EXEMPLO DE CERTIFICAÇÃO BIOLÓGICA ............................................. 42

  • 4

    INTRODUÇÃO AO PROJECTO

    SÍNTESE DOS RESULTADOS DOS QUESTIONÁRIOS E NOTA METODOLÓGICA

    O projecto “Jovem Empresa Ecosustentável” é uma iniciativa jovem transnacional, realizado

    em colaboração entre a Câmara de Comércio Italiana em Portugal e a Câmara de Comércio e

    Indústria Italiana em Espanha, com a partecipação de dois jovens de Lisboa e dois de Madrid.

    O projecto terá a duração de 180 dias, de 1 de Setembro de 2013 a 28 de Fevereiro de 2014 e

    prevê uma campanha de sensibilização dirigida aos jovens para incentivar a criação de

    empresas de produtos biológicos.

    O objectivo do projecto é o de recolher informações, dados e propostas para incentivar nos

    dois países o espírito empresarial, através da realização de um guia que irá conter todas as

    informações necessárias para a comercialização de produtos biológicos, como conseguir

    ajudas a nível local e europeu para as empresas jovens, onde encontrar locais de consultoria

    gratuita em ambos os países envolvidos no projecto. O objectivo último será o de criar uma

    rede de jovens empresários que promovam a produção biológica e a utilização dos recursos

    locais, gerando um impacto positivo nas duas comunidades envolvidas.

    Este documento contém uma apresentação e uma breve análise das respostas ao questionário

    apresentado em Lisboa a 56 pessoas, em Outubro de 2013, as quais constituem uma amostra

    heterogénea, de modo a validar mais eficazmente os dados à disposição. As categorias

    representadas pelos questionários são: consumidores, jovens trabalhadores, séniores,

    estrangeiros, jovens pais, membros de associações, vendedores, funcionários públicos,

    mulheres grávidas e estudantes.

  • 5

    DADOS PESSOAIS

    1. SEXO

    A sondagem foi efectuada numa amostra de 56 pessoas, das quais 34 mulheres e 22 homens.

    2. IDADE

    Os questionários foram preenchidos por uma amostra de pessoas entre os 18 e os 70 anos,

    com uma média etária de cerca de 36 anos; 37 pessoas (66% do total), têm menos de 40 anos.

    39%

    61% M

    F

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18-24 25-30 31-40 41-50 51-60 >60

    15

    9

    13

    8 7

    4

    PESSOAS

    2. IDADE

  • 6

    3. LOCAL DE PROVENIÊNCIA

    Dos entrevistados, 89% provêm de um estado europeu; esta percentagem pode ser explicada

    pela região da entrevista, pelo questionário apresentado em língua portuguesa e pela tipologia

    de entrevistados. Para além de uma grande maioria de europeus, registámos 5% de latino-

    americanos, 2% de africanos sub-sarianos (devido à presença de entrevistados provenientes

    de Angola, cuja língua oficial é precisamente o português), 2% (apenas uma pessoa)

    proveniente dao Norte de Afríca e outro 2% da “outros regiões”.

    4. NÍVEL DE ESCOLARIDADE

    Mais de metade dos entrevistados têm pelo menos um nível académico já concluído,

    enquanto que 9 pessoas estão a concluir a sua formação universitária.

    2%

    89%

    5% 2%

    2%

    Norte de Afríca

    Europa

    América Latina

    África sub-sariana

    Ásia

    Outros

    30%

    39%

    16%

    13%

    2%

    Ensino secundario

    Licenciatura univérsitaria

    Frequência Universitaria

    Bacharelato

    Doutoramento

    Outros

  • 7

    5. SITUAÇÃO ACTUAL

    A maioria dos entrevistados (64%) trabalha, enquanto que 29% são estudantes; nestas

    percentagens estão incluídos 11% de estudantes-trabalhadores. 7% da amostra encontra-se

    desempregada e 7% pertencem à categoria dos reformados.

    PERCENTAGEM DE COMPRA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS E FACTORES MOTIVANTES / DISSUASORES

    6. PERCENTAGEM DE PRODUTOS BIOLÓGICOS NAS COMPRAS MENSAIS

    Uma grande maioria dos entrevistados, cerca de 61%, dedica menos de um quarto das suas

    compras mensais aos produtos biológicos; é de notar que 16% dos entrevistados não compra

    de todo produtos biológicos. Apenas 5 dos entrevistados (correspondente a 9%) declaram

    comprar mais produtos biológicos que produtos “convencionais”.

    18%

    53%

    11%

    4% 7% 7% Estudante

    Trabalhador

    Estudante-trabalhador

    Outra situação

    Desempregado

    Reformado

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    9

    34

    8

    3 2

    PESSOAS

    INCIDÊNCIA (%) PRODUTOS ECOLÓGICOS NAS COMPRAS

  • 8

    7. FACTORES QUE MOTIVAM A COMPRA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS

    A presente pergunta oferecia várias opções sem porém lhes atribuir uma ordem hierárquica. A

    grande maioria dos entrevistados definiu como decisiva, entre os factores para escolher os

    produtos biológicos, a saúde, seguida do sabor e do ambiente. Os factores moda e publicidade

    resultaram menos determinantes.

    8. FACTORES QUE DISSUADEM A COMPRA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS

    Uma maioria elevadíssima de pessoas, mais de 87%, considera o elevado preço dos produtos o

    factor que mais dissuade ou pode dissuadir a compra de produtos biológicos. Um outro factor

    importante tem a ver com a falta de certezas no que se refere às características efectivamente

    biológicas do produto em questão.

    0% 20% 40% 60% 80% 100%

    Publicidade

    Moda

    Curiosidade

    Natureza

    Pelo meio-ambiente

    Pelo sabor

    Saúde

    7. FACTORES DE COMPRA

    0% 20% 40% 60% 80% 100%

    Outros

    Auto-produção

    São pouco apelativos

    Falta de controlos

    Não haver certeza que a proveniência seja de facto …

    Preço demasiado alto

    8. FACTORES IMPEDITIVOS

  • 9

    INFORMAÇÕES SOBRE OS PRODUTOS BIOLÓGICOS

    9. INFORMAÇÕES SOBRE A CERTIFICAÇÃO DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS

    68% dos entrevistados considera suficiente a documentação sobre a certificação dos produtos

    biológicos, mas apenas 5% a considera muito completa; quase um terço não está satisfeito

    com as informações sobre a certificação desses produtos.

    10. INFORMAÇÕES SOBRE A PROVENIÊNCIA DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS

    As respostas a esta pergunta são mais ou menos iguais às respostas dadas à pergunta anterior,

    o que na nossa opinião se deve à relação estreita entre as duas questões, as quais tratam do

    mesmo âmbito. Neste caso, apenas 2% dos entrevistados se considera completamente

    satisfeita com as informações relativas à proveniência dos produtos biológicos.

    32%

    45%

    18% 5%

    Insuficiente

    Suficiente

    Boa

    Óptima

    32%

    45%

    21%

    2%

    Insuficiente

    Suficiente

    Boa

    Óptima

  • 10

    SENSAÇÕES RELATIVAS AOS PRODUTOS BIOLÓGICOS

    11. DIFERENÇA ENTRE OS PRODUTOS BIOLÓGICOS E PRODUTOS CONVENCIONAIS

    Mais de 80% dos entrevistados nota diferenças em termos de paladar, percepção e aspecto

    entre os produtos biológicos e convencionais.

    12.OS PRODUTOS BIOLÓGICOS SÃO MAIS NUTRITIVOS E SAUDÁVEIS?

    Uma maioria ainda mais nítida, relativamente à pergunta anterior, respondeu que sim

    à pergunta sobre se os produtos biológicos são ou não mais nutritivos e saudáveis que

    os produtos convencionais.

    82%

    18%

    Sim

    Não

    91%

    9%

    Sim

    Não

  • 11

    13. RECOMENDAÇÃO DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS

    Seguindo a tendência das duas perguntas anteriores, 87% dos entrevistados respondeu

    afirmativamente a uma possível recomendação dos produtos biológicos a terceiros.

    87%

    13%

    Sim

    Não

  • 12

    ANÁLISE DOS RESULTADOS

    Após a apresentação dos resultados agregados, procede-se agora à análise das respostas,

    dividindo a amostra em diferentes segmentos, de acordo com as suas respostas; tal análise

    tem por objectivo identificar a especificidade de cada grupo, fornecendo indicações que

    conduzam à identificação de possíveis classes de consumidores.

    No que se refere à divisão de género, os resultados mostram que são mais as mulheres que

    não compram produtos biológicos (à pergunta número 6 responderam “0”), ou seja 20,5%,

    contra 9% de homens. Por outro lado, no que se refere às informações sobre a certificação dos

    produtos biológicos (pergunta nº 9), apenas 9% dos homens considerou tais informações mais

    do que suficientes, em comparação com 33% de mulheres, revelando assim necessidade de

    mais detalhes.

    Quanto à idade, não se notam diferenças evidentes entre as várias gerações que responderam

    ao questionário.

    Entre os estudantes verifica-se um fenómeno interessante: muitos deles consomem

    relativamente poucos produtos biológicos, mas entre os estudantes-trabalhadores, logo os

    que possuem já um determinado rendimento, a percentagem de produtos biológicos nas

    compras eleva-se; ao contrário, essa percentagem volta a ser médio-baixa no caso dos

    trabalhadores. Entre os desempregados regista-se a mais baixa taxa de compra de produtos

    biológicos, facto que muito provavelmente deverá ser atribuído às dificuldades económicas

    decorrentes da condição de desemprego.

    Entre aqueles que responderam “Insuficiente” à pergunta nº 9 (Como considera a informação

    sobre a certificação dos produtos biológicos?) 74% destes respondeu da mesma maneira à

    pergunta seguinte que se referia à satisfação relativa às informações acerca da proveniência

    dos produtos. Do mesmo modo, 77% dos que responderam “insuficiente” à pergunta 10,

    responderam de forma similar na pergunta anterior. Esta facto revela uma correlação muito

    forte entre as duas perguntas, em que ambas se referem de facto aos aspectos informativos

    ao consumidor.

    Relativamente aos factores que podem dissuadir a compra de produtos biológicos (pergunta

    nº 8), cerca de 95% dos que responderam não ter a “certeza que a proveniência seja de facto

    biológica”, não deram mais que um “suficiente” às perguntas sobre as informações dos

    produtos biológicos (nº 9, 10). Apenas 2% respondeu “boa”, conforme previsto na fase de

    inquérito.

    86% dos que participaram no questionário respondeu da mesma maneira (Sim ou Não) às

    últimas três perguntas; tal pode ser explicado pelo facto de as três perguntas se situarem no

    mesmo âmbito da pesquisa, isto é, a sensação face aos produtos biológicos. Ou seja, a

    pergunta nº 11 de algum modo condiciona as duas perguntas que se seguem.

    Existe ainda uma ligação muito forte entre os que não consomem de todo produtos biológicos

    (resposta “0” à pergunta nº 6), e quem respondeu afirmativamente às últimas três perguntas;

  • 13

    tal facto pode encontrar a sua explicação na indiferença dos inquiridos pelos produtos

    biológicos em geral e também no seu escasso conhecimento sobre esta matéria.

    SUGESTÕES E CONCLUSÕES Graças ao estudo dos dados que resultaram da sondagem, conseguimos tirar conclusões e

    sugestões interessantes sobre o futuro dos produtos biológicos, vistos do lado da procura, ou

    seja dos consumidores.

    A primeira ilação que podemos tirar tem a ver com a boa reputação que gozam os produtos

    biológicos nos aspectos da saúde e sabor: uma grande parte dos consumidores considera os

    produtos biológicos melhores deste ponto de vista que os produtos convencionais. Estas

    qualidades podem ter sido atribuídas graças a campanhas que visavam promover os aspectos

    saudável e “bom” dos produtos biológicos.

    Um dos factores que incidem de forma negativa nas vendas destes bens é o seu preço

    considerado quase unanimemente como demasiado alto (pelo menos para 87% dos inquiridos,

    ou seja, 49 sobre 56). A nosso ver deveria era ser reforçada a comunicação sobre os já

    referidos aspectos saudáveis e ambientais dos produtos com origem na agricultura ou na

    criação biológica, segundo regras precisas e no respeito pleno pelo ambiente; deste modo o

    cliente poderia aperceber-se que efectivamente os produtos biológicos têm um custo superior,

    mas que esse maior valor se deve em princípio a controlos maiores, regras mais severas e uma

    melhor qualidade global do produto.

    O segundo factor que condiciona as vendas é representado pela escassa informação disponível

    sobre as certificações e a proveniência dos produtos biológicos. Consideramos que as opiniões

    recolhidas através das respostas sobre esta matéria (perguntas nºs 9 e 10) influenciam

    amplamente a compra dos produtos em questão; o facto de apenas 23% dos consumidores

    considerar mais que suficientes as informações disponíveis deve fazer pensar os produtores.

    Neste sentido, pensamos que se devam melhorar as informações do packaging, dando mais

    destaque à proveniência dos produtos (quer quanto às matérias primas, quer quanto às fases

    posteriores de processamento e comercialização) e às eventuais certificações obtidas (DOP,

    IGP, DOC, etc.), por forma a tranquilizar os clientes e levá-los a ter um maior número de

    informações acerca dos produtos biológicos.

    Dos dados recolhidos, o principal alvo para o qual deve ser direccionada a promoção dos

    produtos biológicos são os jovens estudantes e estudantes-trabalhadores, porquanto são os

    mais interessados na categoria biológica. Consideramos que os estudantes, recebidas as

    informações sobre as características dos produtos biológicos, a partir do momento em que

    passam à situação de emprego (logo, com mais poder de compra) poderão destinar uma maior

    fatia das suas compras a estes produtos. Tal resultado poderá ser atingido através de

    demonstrações e provas de sabor dos produtos biológicos a efectuar em feiras e em ocasiões

    mais próximas do target em questão e através de campanhas institucionais junto das escolas

    superiores e universidades.

  • 14

    A GUIA AOS PRODUTOS BIOLÓGICOS

    1. A PRODUÇÃO BIOLÓGICA

    A produção biológica na União Europeia é sujeita ao Regulamento CE N.º 834/2007, que

    revoga o Regulamento (CEE) N.º 2092/91. Este Regulamento inicia com a definição precisa: “A

    produção biológica é um sistema global de gestão das explorações agrícolas e de produção de

    géneros alimentícios que combina as melhores práticas ambientais, um elevado nível de

    biodiversidade, a preservação dos recursos naturais, a aplicação de normas exigentes em

    matéria de bem-estar dos animais e método de produção em sintonia com a preferência de

    certos consumidores por produtos obtidos utilizando substâncias e processos naturais”.

    O método da produção biológica (MPB) desempenha um duplo papel social, abastecendo um

    mercado específico que responde à procura de produtos biológicos por parte dos

    consumidores e fornecendo bens públicos que contribuem para a proteção do ambiente e o

    bem-estar dos animais, bem como para o desenvolvimento rural. O novo regulamento

    actualiza a anterior lei em 50 alterações e foi aplicada pelo Regulamento (CE) N.º 889/2008,

    que estabelece as normas de execução, fixando as regras aplicáveis à produção,

    transformação, acondicionamento, transporte e armazenagem de produtos biológicos,

    rotulagem e controlos.

    2. A NORMATIVA EUROPEIA

    O conceito geral, explicado no primeiro capitulo do

    presente guia, descreve as finalidades do Reg. CE

    834/2007, que se divide em oito títulos, para

    aprofundar os temas principais da legislação; tal

    Regulamento contém as normas básicas para a

    produção biológica.

    O artigo 3, Titulo II é explícito relativamente à

    finalidade das normas em questão:

    “A produção biológica tem os seguintes objectivos gerais:

    a) Estabelecer um sistema de gestão agrícola sustentável que:

    i. Respeite os sistemas e ciclos da natureza e mantenha e reforce a saúde dos solos, da

    água, das plantas e dos animais e o equilíbrio entre eles;

    ii. Contribua para um elevado nível de diversidade biológica;

    iii. Faça um uso responsável da energia e dos recursos naturais, como a água, os solos, as

    matérias orgânicas e o ar;

    iv. Respeite normas exigentes de bem-estar dos animais e, em especial, as necessidades

    comportamentais próprias de cada espécie;

  • 15

    b) Procurar obter produtos de elevada qualidade;

    c) Procurar produzir uma ampla variedade de géneros alimentícios e de outros produtos

    agrícolas que correspondam à procura, por parte dos consumidores, de bens produzidos

    através de processos que não sejam nocivos para o ambiente, a saúde humana, a

    fitossanidade ou a saúde e o bem-estar dos animais.”

    Um dos pontos críticos do texto está na absoluta incompatibilidade do método biológico com

    os Organismos Geneticamente Modificados (OGM); o Artº. 9 diz que: “Na produção biológica,

    não podem ser utilizados OGM nem produtos obtidos a partir de OGM ou mediante OGM como

    géneros alimentícios, alimentos para animais, auxiliares tecnológicos, produtos

    fitofarmacêuticos, fertilizantes, correctivos dos solos, sementes, materiais de propagação

    vegetativa, microrganismos e animais”. Portanto, na generalidade, é proibido o uso de OGM

    em qualquer âmbito da produção agrícola, da criação zootécnica e da transformação

    alimentar. Para efeitos desta proibição sublinha-se que os operadores podem confiar nos

    rótulos que acompanham os produtos ou em quaisquer outros documentos de

    acompanhamento, apostos ou fornecidos nos termos da Directiva 2001/18/CE, do

    Regulamento (CE) N.º 1829/2003 (Rastreabilidade dos géneros alimentícios e alimentos para

    animais produzidos a partir de organismos geneticamente modificados). Estabelece-se ainda

    que para a agricultura biológica valem os mesmos limiares de contaminação acidental

    determinados para a agricultura convencional, ou seja 0,9%.

    No que se refere à segurança, foi alargada a obrigação de controlo e certificação para todos os

    actores da fileira de produção: presentemente, também a atividade grossista que distribui

    produtos biológicos é sujeita ao sistema de controlo. A isenção mantém-se porém para os

    retalhistas que vendem produtos biológicos embalados e etiquetados diretamente ao

    consumidor final.

    O Regulamento CE N.º 889/2008, de 5 Setembro 2008, explica as normas detalhadas de

    produção, rotulagem e controlo, incluindo a primeira alteração às regras de produção para a

    levedura biológica, conteúdas no Reg. CE 834/2007; tal Regulamento descreve numerosos

    detalhes técnicos e representa, para a maior parte, um alargamento do Regulamento original

    sobre o sector biológico, excepto nas partes em que este foi regulamentado diferentemente

    no Regulamento do Conselho.

    O Regulamento da Comissão Europeia (CE) N.º 1235/2008, de 8 Dezembro 2008, reporta

    normas detalhadas sobre a importação de produtos biológicos provenientes da países

    terceiros; este regulamento estabelece pormenorizadamente a listagem dos países

    importadores, indicando os organismos de controlo nacionais delegados, bem como a

    documentação a apresentar para os produtos importados.

    O Regulamento de Execução (UE) N.º 203/2012, de 8 Março 2012, altera o Regulamento (CE)

    N.º 889/2008, que estabelece normas de execução do Regulamento (CE) N.º 834/2007 do

    Conselho, no que respeita ao vinho biológico; aplica-se à produção biológica no sector da

    vitivinícola, obtido pelas matérias primas biológicas. Além disso, regulamenta as técnicas de

    produção e engarrafamento, as modalidades de rotulagem e a possibilidade de reconhecer a

    conformidade da produção com as normas anteriores.

  • 16

    Além disso, em 2007 foi instituído o Comité permanente da Agricultura Biológica (S.C.O.F.),

    constituído por representantes dos Estados Membros e presidido da um representante da

    Comissão. O Comité foi fundado com o objectivo de favorecer uma colaboração estreita entre

    as autoridades responsáveis pelo sector biológico e de garantir uma aplicação uniforme da

    legislação UE.

    3. A NORMATIVA PORTUGUESA

    Actualmente, Portugal não dispõe de legislação nacional específica que regulamente a

    agricultura biológica. O conceito de Agricultura Biológica foi legalmente instituído pelo

    Regulamento CE 2092/91, que até hoje sofreu diversas alterações e revogações. Em Janeiro de

    2009 entrou em vigor o novo Regulamento (CE) 834/2007.

    Portugal é membro de facto da União Europeia desde 1 de Janeiro de 1986 e, como todos

    países membros da UE, a economia agrícola portuguesa no que se refere à produção biológica

    tem que seguir as normas europeias.

    Por esta razão a regulamentação nacional para a agricultura biológica é sujeita à legislação

    específica da CE:

    Reg. (CE) n.º 834/2007 do Conselho de 28 de Junho, relativo à produção biológica e à

    rotulagem dos produtos biológicos.

    Reg. (CE) n.º 889/2008 da Comissão de 5 de Setembro, que estabelece normas de

    execução do Reg. (CE) n.º 834/2007.

    O estado português com a Portaria 370-A/2012, de 15/11/2012, aprova “O Passaporte para o

    Empreendedorismo”, com o qual pretende estimular jovens empresários qualificados a

    desenvolverem o seu projecto de empreendedorismo, facultando um conjunto de ferramentas

    técnicas e financeiras:

    A quem se destina

    Jovens até aos 30 anos detentores de licenciatura há menos de 3 anos

    Jovens até aos 30 anos detentores de licenciatura, mestrado ou doutoramento e

    inscritos nos centros de emprego há mais de quatro meses

    Jovens até aos 34 anos detentores de mestrado ou doutoramento

    Apoios

    Disponibilização do Guia Prático para o Empreendedorismo1

    Disponibilização de assistência técnica no desenvolvimento do plano de negócios

    Facilitação de acesso a mecanismo de crédito, em especial capital de risco2

    1 Fonte: http://www.ei.gov.pt/guia-empreendedor/

    2 Fonte: http://www.portugalventures.pt/

    http://www.ei.gov.pt/guia-empreendedor/http://www.portugalventures.pt/http://www.ei.gov.pt/guia-empreendedor/http://www.portugalventures.pt/

  • 17

    Atribuição da Bolsa do Passaporte para o Empreendedorismo para desenvolvimento

    do projeto empresarial3

    Acesso a uma rede de mentores para orientação e acompanhamento individualizado

    Acesso a uma rede de partilha de experiências entre empreendedores nacionais e

    estrangeiros

    4. PORQUÊ PRODUZIR ALIMENTOS BIOLÓGICOS?

    A Agricultura Biológica aumenta a biodiversidade, protege os solos, melhora a qualidade

    nutricional dos alimentos, assegura elevados níveis de bem estar animal e aumenta o emprego

    nas zonas rurais. Em simultâneo a agricultura biológica reduz a emissão de gases com efeito de

    estufa e o uso de energia fóssil, elimina a poluição causada por fertilizantes e pesticidas e

    interrompe a escalada de entrada de resíduos de pesticidas na cadeia alimentar. A agricultura

    biológica proporciona sistemas de agricultura flexíveis capazes de combater as alterações

    climáticas e assegurar o abastecimento local de alimentos e é altamente eficaz no sequestro do

    carbono (4International federation of organic agriculture movements)

    a) Pela saúde

    Os produtos vegetais biológicos contêm maiores níveis de nutrientes benéficos que os

    produtos convencionais

    Os frutos biológicos têm teores de fósforo superiores a 32%, fibras alimentares mais

    de 9% e antioxidantes naturais 19%. São ainda 14% mais seguros, têm 15% mais de

    qualidade técnica, mais 15% de avaliação organoléptica e os seus índices de vitalidade

    são 66% mais elevados.5

    Os produtos biológicos não possuem resíduos de pesticidas

    A carne biológica tem maiores níveis de oligoelementos benéficos (Fe, Zn, Ca, Se e Cu)

    que a carne convencional.6

    Além de tudo isto, a agricultura biológica proíbe o uso de organismos geneticamente

    modificados (OGM) quer na produção vegetal, quer na produção animal. Isto é muito

    benéfico para a nossa saúde e também ajuda na preservação das espécies nativas de

    plantas e animais, encorajando ao mesmo tempo o uso um de maior número de

    espécies e variedades agrícolas vegetais e animais na agricultura biológica.

    b) Pelo ambiente

    Os agricultores biológicos adoptam outras práticas que podem não estar contidas no

    Regulamento, mas que ainda assim ajudam a manter o equilíbrio natural e a

    biodiversidade nas explorações agrícolas biológicas e nas áreas envolventes. Estas

    incluem: plantação de sebes e árvores; preservação de prados antigos; manutenção de

    cursos de água naturais; protecção das árvores e outra vegetação nativa.

    3 Fonte: http://www.passaporteempreendedorismo.pt/index/

    4 Fonte: http://www.ifoam.org/en/organic-landmarks/principles-organic-agriculture

    5 P. Weibel, 2000.

    6 CVUA Stuttgard, 2005

    http://www.passaporteempreendedorismo.pt/http://www.passaporteempreendedorismo.pt/index/http://www.ifoam.org/en/organic-landmarks/principles-organic-agriculture

  • 18

    A restrição do uso de fertilizantes sintéticos, herbicidas e pesticidas e outros produtos

    sintéticos, também reduz a contaminação potencial dos cursos de água e os efeitos

    negativos deste tipo de poluição aquática.

    Os solos, as superfícies e parcelas da agricultura biológica possuem uma maior

    biodiversidade.

    Os solos possuem um maior conteúdo em húmus, grande estabilidade física, melhor

    retenção de agua, reduzindo de erosão, que os convencionais.7

    c) Para os animais

    Um conceito importante da criação biológica de animais é a criação de um ambiente

    apropriado a cada espécie8:

    Acesso permanente ao ar-livre

    Pastagens apropriadas para satisfação das necessidades nutricionais e

    comportamentais

    Proibição de confinamento ou isolamento dos animais

    Camas e palha apropriadas

    Quantidade limitada de gado por área

    Esforços para limitação dos tempos de transporte

    Um princípio geral da produção biológica também proíbe a utilização de chão fendado

    para fins de descanso.

    A agricultura biológica enfatiza a necessidade de se reduzir a dor e o sofrimento dos

    animais ao mínimo possível ao longo de todo o seu tempo de vida. Como

    consequência, os tempos de transporte são estritamente controlados e os métodos de

    abate são concebidos para serem os mais rápidos e indolores possível.

    d) Para a segurança dos consumidores

    Produzir produtos biológicos é também sinonimo de segurança por que o regulamento

    base da agricultura biológica para além do controlo que todos os restantes devem ter.

    Tem controlo e verificações sistemáticas quando ao seu estatuto, os processos de

    produção e transformação são transparentes.

    Os operadores da agricultura biológica cumprem regras detalhadas sobre cada passo

    dos processos de obtenção dos produtos.

    Os organismos de certificação são controlados pelo estado e têm processos

    transparentes e idóneos.

    7 Mader, 2002; Stolze, 2000; Velmirov, 2001; Tauscher, 2003

    8 Biobrassica, 2004

  • 19

    5. OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA AGRICULTURA BIOLÓGICA

    A agricultura biológica funda-se sobre os conceitos gerais descritos pelo Art. 5 do Reg. CE

    834/2007; esta baseia-se sobre os seguintes princípios:

    a) Manutenção e reforço da vida dos solos, da sua

    fertilidade natural, estabilidade e biodiversidade,

    prevenção e luta contra a sua compactação e erosão,

    bem como alimentação das plantas essencialmente

    através do eco-sistema dos solos;

    b) Minimização da utilização de recursos não

    renováveis e de insumos externos à exploração;

    c) Reciclagem dos desperdícios e subprodutos de

    origem vegetal e animal, como insumos na produção

    vegetal e animal;

    d) Tomada em consideração do equilíbrio ecológico

    local ou regional quando da tomada de decisões em

    matéria de produção;

    e) [...]

    f) Preservação da fitossanidade através de medidas

    preventivas, tais como a escolha de espécies e

    variedades adequadas resistentes aos parasitas e às

    doenças, a rotação adequada das culturas, métodos

    mecânicos e físicos e a protecção dos predadores

    naturais dos parasitas;

    g) [...]

    h) [...]

    i) [...]

    j) [...]

    k) [...]

    l) [...]

    m) [...]

    n) Manutenção da biodiversidade dos ecossistemas aquáticos naturais, da permanente

    sanidade do ambiente aquático e da qualidade do ecossistema aquático e terrestre

    circundante na produção aquícola;

    o) Alimentação dos organismos aquáticos com alimentos para animais provenientes da

    exploração sustentável dos recursos haliêuticos definida no artigo 3.o do Regulamento (CE)

    n.o 2371/2002 do Conselho, de 20 de Dezembro de 2002, relativo à conservação e à

    exploração sustentável dos recursos haliêuticos no âmbito da Política Comum das Pescas

    (1), ou com alimentos biológicos para animais compostos por ingredientes provenientes da

    agricultura biológica e por substâncias não agrícolas naturais.

    Da norma original foram omitidos os parágrafos relativos à criação de animais, que serão

    repropostos no próximo capítulo do Guia.

    Por outro lado, as normas que regulam a produção agrícola, no Reg. CE 834/2007 encontram-

    se nos Artigos 11 e 12.

  • 20

    O Artigo 11 diz que: “A totalidade da exploração agrícola é gerida em conformidade com os

    requisitos aplicáveis à produção biológica.

    Contudo, de acordo com condições específicas a estabelecer nos termos do N.º 2 do artigo 37.º,

    uma exploração pode ser dividida em unidades claramente separadas ou sítios de produção

    aquícola que não sejam todos geridos segundo métodos de produção biológica. No tocante aos

    animais, esta separação deve dizer respeito a espécies distintas. [...] No tocante às plantas, a

    separação deve dizer respeito a variedades distintas ou que possam ser facilmente

    distinguidas.

    Sempre que, em aplicação do segundo parágrafo, não seja utilizada para a produção biológica

    a totalidade das unidades de uma exploração agrícola, o operador separa as terras, os animais

    e os produtos utilizados ou obtidos pelas unidades biológicas dos utilizados ou obtidos pelas

    unidades não biológicas e mantém registos adequados que demonstrem essa separação”.

    Posteriormente, o Artigo 12 retoma os conceitos expressos atrás e precisa: “[..] São aplicáveis

    à produção vegetal biológica as seguintes regras:

    a) A produção vegetal biológica recorre a práticas de mobilização e de cultivo que

    mantenham ou aumentem as matérias orgânicas dos solos, reforcem a estabilidade e a

    biodiversidade dos mesmos e impeçam a sua compactação e erosão;

    b) A fertilidade e a actividade biológica dos solos são mantidas e aumentadas pela

    rotação plurianual das culturas, incluindo leguminosas e outras culturas para a

    adubação verde, e pela aplicação de estrume ou de matérias orgânicas, de preferência

    ambos compostados, provenientes da produção biológica;

    c) É permitida a utilização de preparados biodinâmicos;

    d) Além disso, só podem ser utilizados fertilizantes e correctivos dos solos autorizados

    para utilização na produção biológica nos termos do artigo 16.º;

    e) Não podem ser utilizados fertilizantes minerais azotados;

    f) Todas as técnicas de produção vegetal utilizadas devem impedir ou reduzir ao mínimo

    eventuais contribuições para a contaminação do ambiente;

    g) A prevenção dos danos causados por parasitas, doenças e infestantes deve assentar

    principalmente na protecção dos predadores naturais, na escolha das espécies e

    variedades, na rotação das culturas, nas técnicas de cultivo e em processos térmicos;

    h) Em caso de ameaça comprovada para uma cultura, só podem ser utilizados produtos

    fitofarmacêuticos autorizados para utilização na produção biológica nos termos do

    artigo 16.º;

    i) Para a obtenção de produtos que não sejam sementes nem material de propagação

    vegetativa, só podem ser utilizados sementes e materiais de propagação vegetativa

    produzidos segundo métodos de produção biológica. Para tal, quer no caso das

    sementes, quer no caso do material de propagação vegetativa, as respectivas plantas-

    mãe devem ter sido produzidas segundo as regras estabelecidas no presente

    regulamento durante pelo menos uma geração ou, no caso de culturas perenes, dois

    ciclos vegetativos;

    j) Só podem ser utilizados na produção vegetal produtos de limpeza e desinfecção

    autorizados para utilização na produção biológica nos termos do artigo 16.º

  • 21

    A colheita de plantas selvagens, ou de partes destas, que cresçam espontaneamente em zonas

    naturais, florestas e zonas agrícolas é considerada um método de produção biológica, desde

    que:

    a) Essas zonas não tenham sido tratadas, durante pelo menos os três anos anteriores à

    colheita, com produtos que não os autorizados para utilização na produção biológica

    nos termos do artigo 16.º;

    b) A colheita não afecte a estabilidade do habitat natural nem a conservação das espécies

    na zona de colheita”.

    Resumindo a normativa, para o IFOAM (International Federation of Organic Agriculture

    Movements) os princípios de base são sintetizáveis em quatro pontos:

    Saúde: produzir alimentos nutritivos e de alta qualidade, que contribuam para a saúde

    e o bem-estar, seja do homem, seja do inteiro eco-sistema;

    Ecologia: criar um habitat para a manutenção da diversidade genética e agrícola, com

    um uso eficiente da energia e preservar as paisagens e os recursos naturais;

    Justiça: contribuir para a eliminação da pobreza, através da produção de alimentos em

    quantidade suficiente: respeitar os agricultores, a mão-de-obra agrícola e o

    consumidor final;

    Precaução: garantir responsabilidade e transparência ao consumador final, mas

    também aos produtores e os organismos de controlo.

    6. OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CRIAÇÃO BIOLÓGICA DE ANIMAIS

    Os princípios da criação biológica estão

    regulamentados pelo mesmo Artigo 5º do Reg. CE

    834/2007, que se refere também à agricultura; em

    especial, os objetivos fundamentais são os

    seguintes:

    [...]

    e) Preservação da saúde animal, através da

    estimulação das defesas imunológicas naturais do

    animal, bem como da selecção de raças e de

    práticas de criação adequadas;

    f) [...]

    g) Prática da produção animal adaptada ao local e adequada ao solo;

    h) Observância de um elevado nível de bem-estar dos animais respeitando as necessidades

    próprias de cada espécie;

    i) Obtenção de produtos animais biológicos a partir de animais que sejam criados em

    explorações biológicas desde o nascimento e ao longo de toda a sua vida;

    j) Escolha das raças tendo em conta a capacidade de adaptação dos animais às condições

    locais, a sua vitalidade e a sua resistência às doenças ou a problemas sanitários;

  • 22

    k) Alimentação dos animais com alimentos biológicos para animais compostos por

    ingredientes provenientes da agricultura biológica e por substâncias não agrícolas

    naturais;

    l) Aplicação de práticas de criação que reforcem o sistema imunitário e aumentem as defesas

    naturais contra as doenças e que incluam nomeadamente o exercício regular e o acesso a

    áreas ao ar livre e a terrenos de pastagem, se for caso disso;

    m) Exclusão da criação de animais poliploides artificialmente induzidos.

    De seguida, o Artigo 14 do mesmo Regulamento especifica as regras para obter a certificação

    biológica dos produtos resultantes da criação; o mesmo diz que “Para além das regras gerais

    de produção agrícola estabelecidas no artigo 11º, são aplicáveis à produção animal as

    seguintes regras:

    a) Quanto à origem dos animais:

    i. Os animais de criação biológica devem ter nascido e ser criados em explorações

    biológicas;

    ii. ii) Para fins de reprodução, podem ser introduzidos numa exploração animais de

    criação não biológica, em condições específicas. Estes animais e os respectivos

    produtos podem ser considerados biológicos depois de cumprido o período de

    conversão referido na alínea c) do N.º 1 do artigo 17º;

    iii. iii) Os animais presentes na exploração no início do período de conversão o os

    respectivos produtos podem ser considerados biológicos depois de cumprido o período

    de conversão referido na alínea c) do N.º 1 do artigo 17º;

    b) Quanto às práticas de criação e às condições de alojamento:

    i. As pessoas que se ocupam dos animais devem possuir os conhecimentos e

    competências básicos necessários em matéria de saúde e bem-estar dos animais;

    ii. As práticas de criação, incluindo o encabeçamento, e as condições de alojamento

    garantem que sejam satisfeitas as necessidades de desenvolvimento dos animais, bem

    como as suas necessidades fisiológicas e etológicas;

    iii. Os animais dispõem de acesso permanente a áreas ao ar livre, se possível a pastagens,

    sempre que as condições meteorológicas e o estado dos terrenos o permitam, a menos

    que, com base na legislação comunitária, sejam impostas restrições e obrigações

    relacionadas com a protecção da saúde humana ou animal;

    iv. O número de animais é limitado com vista a reduzir ao mínimo o sobrepastoreio, o

    espezinhamento dos solos, a erosão ou a poluição causada pelos animais ou pelo

    espalhamento do seu estrume;

    v. Os animais de criação biológica são separados dos outros animais. No entanto, o pasto

    em terrenos comuns por animais de criação biológica e em terrenos biológicos por

    animais de criação não biológica é autorizado sob certas condições restritivas;

    vi. É proibido amarrar ou isolar os animais, a não ser em casos individuais durante um

    período limitado e na medida em que tal seja justificado por razões de segurança, de

    bem-estar ou veterinárias;

    vii. A duração do transporte dos animais é reduzida ao mínimo;

    viii. Qualquer sofrimento, incluindo a mutilação, é reduzido ao mínimo durante a vida toda

    do animal, nomeadamente no momento do abate;

    ix. [...]

  • 23

    x. [...]

    xi. [...]

    c) Quanto à reprodução:

    i. A reprodução utiliza métodos naturais. No entanto, é autorizada a inseminação

    artificial;

    ii. A reprodução não é induzida por tratamentos com hormonas ou substâncias

    semelhantes, excepto como forma de tratamento veterinário de animais individuais;

    iii. Não podem ser utilizadas outras formas de reprodução artificial, como a clonagem e a

    transferência de embriões;

    iv. São escolhidas as raças adequadas. A escolha das raças contribui igualmente para

    prevenir o sofrimento e evitar a necessidade de mutilar os animais;

    d) Quanto aos alimentos para animais:

    i. Os alimentos para animais devem provir sobretudo da exploração onde os animais

    sejam mantidos ou de outras explorações biológicas da mesma região;

    ii. Os animais são alimentados com alimentos biológicos que satisfaçam as suas

    necessidades nutricionais nos vários estádios do seu desenvolvimento. Uma parte da

    ração pode conter alimentos para animais provenientes de explorações em conversão

    à agricultura biológica;

    iii. Os animais, com excepção das abelhas, dispõem de acesso permanente a pastos ou a

    outras forragens;

    iv. Só podem ser utilizadas matérias não biológicas para a alimentação animal de origem

    vegetal, matérias para a alimentação animal de origem animal e mineral, aditivos para

    a alimentação animal, certos produtos utilizados na nutrição animal e auxiliares

    tecnológicos autorizados para utilização na produção biológica nos termos do artigo

    16.o;

    v. Não podem ser utilizados promotores de crescimento nem aminoácidos sintéticos;

    vi. Os mamíferos lactantes são alimentados com leite natural, de preferência materno;

    e) Quanto à prevenção das doenças e aos tratamentos veterinários:

    i. A prevenção das doenças baseia-se na selecção de raças e estirpes, práticas de gestão

    da produção animal, alimentação de elevada qualidade e exercício, encabeçamento

    apropriado e alojamento adequado mantido em boas condições de higiene;

    ii. Os casos de doença são tratados imediatamente a fim de evitar sofrimento aos

    animais. Podem ser utilizados medicamentos veterinários alopáticos de síntese

    química, incluindo antibióticos, se necessário e em condições estritas, quando a

    utilização de produtos fitoterapêuticos, homeopáticos e outros não seja adequada.

    Devem ser definidas, nomeadamente, as restrições relativas aos tratamentos e aos

    prazos de segurança;

    iii. É permitida a utilização de medicamentos veterinários imunológicos;

    iv. São autorizados os tratamentos relacionados com a protecção da saúde humana ou

    animal impostos por força da legislação comunitária;

    f) Quanto à limpeza e desinfecção, só podem ser utilizados nos edifícios e instalações

    dedicados à criação produtos de limpeza e desinfecção autorizados para utilização na

    produção biológica nos termos do artigo 16º.

  • 24

    O princípio mais importante da agricultura biológica é o do ciclo fechado. Isto pode ser

    facilmente realizado se se combinar a produção vegetal com a produção animal. O número de

    cabeças que podem ser criadas numa empresa depende sempre da superfície de que se

    dispõe. Deve ainda ser considerado que uma boa parte das plantas cultivadas em ambiente

    biológico se destina à produção de forragem para alimentação animal e que os dejectos

    animais, por sua vez, são utilizados nos campos como fertilizantes e correctores do terreno.

    Produzir de acordo com princípios biológicos significa interligar o solo, as plantas e os animais

    num ciclo natural. A agricultura biológica é sem duvida menos poluente que a agricultura

    convencional: os agricultores biológicos trabalham sem recurso a produtos químicos de síntese

    e reutilizando todos os resíduos de produção (tanto vegetais como animais).

    7. A CERTIFICAÇÃO BIOLÓGICA 9

    Todos os produtos biológicos em Portugal têm que ter uma CERTIFICAÇÃO que garanta a

    conformidade com a Norma Europeia EN 45 011 em vigor, cuja versão portuguesa é a NP EN

    45011: 2001

    A certificação biológica em Portugal é emitida por Organismos Privados de Controlo (OC)

    (anexo A).

    7.1 OS PRODUTOS QUE PODEM SER CERTIFICADOS COM A MARCA BIOLÓGICA

    O Reg. N.º 834/2007, no número 2 do Artigo 1º, especifica quais os produtos colocados no

    mercado, aos quais a marca é aplicável:

    a) Produtos agrícolas vivos ou não transformados;

    b) Produtos agrícolas transformados destinados a serem utilizados como géneros

    alimentícios;

    c) Alimentos para animais;

    d) Material de propagação vegetativa e sementes.

    Os produtos da caça e da pesca de animais selvagens não são considerados produção

    biológica. O [...] regulamento é igualmente aplicável às leveduras utilizadas como géneros

    alimentícios ou alimentos para animais.

    No que se refere aos agricultores

    biológicos, que produzem as matérias

    primas da alimentação tais como fruta e

    legumes, a transformação biológica

    reflete a multiplicidade de gostos e

    aptidões culinárias do consumidor

    moderno. Mais, os actuais produtos

    biológicos incluem: produtos

    homogeneizados e papas para crianças,

    vinhos produzidos com uvas biológicas,

    cerveja, iogurte, bolos, doces, pão, cereais para o pequeno-almoço, bolachas, carnes frias,

    9 Exemplo de certificação biológico (anexo E)

  • 25

    sumos de fruta, fruta e legumes enlatados, refeições pré-confeccionadas, café e chá. De facto,

    precisamente porque os agricultores biológicos tendem a selecionar plantas e animais menos

    conhecidos, com uma grande resistência aos parasitas e que se adaptam melhor às condições

    climáticas locais, o sector de transformação de produtos biológicos dispõe ainda, muito

    provavelmente, de uma ampla gama de possibilidades de processamento.

    Também os produtos provenientes de países terceiros podem ser introduzidos no mercado

    comunitário como produtos biológicos, desde que estejam em conformidade com o disposto

    pelo Reg. 834/2007 e que tenham sido submetidos a controlo por uma entidade reconhecida

    na Comunidade Europeia ou por um organismo de controlo acreditado.

    Abreviaturas como “eco” e “bio” podem ser utilizadas na rotulagem, na publicidade e nos

    documentos comerciais para caracterizar um produto biológico, os seus ingredientes ou as

    suas matérias primas. A rotulagem de um produto biológico deve ser facilmente visível na

    embalagem e conter uma referência ao organismo de controlo que certifica o produto.

    Desde 1 de Julho de 2010 que é obrigatória a utilização do logotipo da União Europeia nos

    produtos alimentares provenientes de agricultura biológica, bem como a indicação do local de

    proveniência das matérias primas que compõem o produto. Tal indicação figura no mesmo

    campo visual do logotipo comunitário.

    O logotipo europeu (Reg. UE 271/2010) tem que

    colocar-se nos produtos embalados e rotulados,

    com uma percentagem de produto de origem agrí-

    cola biológica de, pelo menos, 95%; tal é opcional

    nos produtos com as mesmas características, mas

    provenientes de países terceiros.

    Ao lado do logotipo europeu têm que reportadas

    as indicações necessárias para identificar o país, o

    método de produção, o código do operador e o

    código da entidade de controlo, precedida da seguinte menção:

    Organismo de controlo autorizado para [Nome da entidade] Operador controlado N.º

    PT BIO 123 A456

    PT: Código ISO que identifica o produto biológico

    BIO: Dependendo dos países pode ser ORG, EKO, ÖKO

    123: Código numérico do organismo de controlo nacional

    Além de estas informações, na rotulagem tem que ser especificado o lugar de cultivo ou de

    criação do produto; as indicações previstas são:

    Agricultura UE para produtos cultivados num dos países comunitários

    Agricultura Não UE para produtos cultivados em países terceiros

    Agricultura UE/Agricultura não UE para produtos contendo outros produtos NÃO

    cultivados em parte na Europa e em parte em países terceiros

    O logotipo europeu pode ser acompanhado por logotipos especiais e por descrições e

    referências textuais que descrevam a agricultura biológica, contanto que tais elementos não

    alterem ou se oponham ao Art. 58 do Reg. UE N.º 271/2010.

    Logo Biológico Europeu actual

  • 26

    7.2 ENTIDADES QUE EMITEM A CERTIFICAÇÃO BIOLÓGICA

    Em Portugal, para poder ser produtor segundo o modo de produção em Agricultura Biológica,

    um produtor tem de:

    1. cumprir ou iniciar o cumprimento das regras do modo de produção em agricultura

    biológica;

    2. Fazer um contrato de controlo e certificação com um Organismo privado de Controlo

    (OC), este tem que ser acreditado pelo organismo nacional de acreditação (IPAC)

    3. Elaboração de planos de controlo10

    4. Notificar a actividade à Direcção Geral do Desenvolvimento Rural (DGDR), que são os

    supervisores do sistema de controlo.

    Autoridades Competentes:

    a) Direcção Geral do Desenvolvimento Rural (DGDR)11

    Competem as funções de:

    i. Autoridade nacional competente para efeitos da aplicação em Portugal do

    Regulamento (UE) n.º 1151/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, assim como

    para os efeitos do previsto na alínea n) do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º

    834/2007, do Conselho;

    ii. Autoridade nacional de controlo para os efeitos do previsto no n.º 1 do artigo 36.º do

    Regulamento (UE) n.º 1151/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho e da alínea

    o) do artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 834/2007;

    iii. Articular e coordenar todo o sistema de controlo, implementar medidas e normas

    regulamentares para os regimes de qualidade em questão. Enquanto autoridade

    nacional de controlo para os regimes em questão, intervém através de uma

    coordenação do sistema de controlo, ou seja, define procedimentos, procede à

    análise das propostas de reconhecimento de OC e supervisiona a sua atuação.

    b) Organismos de Controlo e Certificação (OC) reconhecidos

    São atribuídas as competências de organismo de controlo no âmbito do n.º 1 do artigo 39.º do

    Regulamento (UE) n.º 1151/2012, do Parlamento Europeu e do Conselho, e da alínea p) do

    artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 834/2007, do Conselho. Aos OC estão atribuídas funções de

    verificação do cumprimento das especificações de cadernos aprovados para produtos DOP,

    IGP e ETG, assim como das regras relativas ao MPB, devendo para esse efeito ser reconhecidos

    pela DGADR e atuar em conformidade com a NP EN 45011, estabelecendo planos de controlo

    específicos para cada área de reconhecimento em que operam, validados pela DGADR.

    10

    Fonte: http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/val/bio/Biologica/Procedim_controlo_inclui_vinho_JUL12.pdf 11

    Fonte: http://www.dgadr.mamaot.pt/

    http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/val/bio/Biologica/Procedim_controlo_inclui_vinho_JUL12.pdfhttp://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/val/bio/Biologica/Procedim_controlo_inclui_vinho_JUL12.pdfhttp://www.dgadr.mamaot.pt/

  • 27

    c) Instituto Português de Acreditação (IPAC)12,

    Compete, enquanto Organismo Nacional de Acreditação (ONA), decidir quanto à acreditação

    de Organismos de Controlo de acordo com as normativas técnicas e referenciais de

    acreditação definidas para os regimes de diferenciação em questão. O IPAC, enquanto ONA,

    procede à avaliação dos OC em matéria de cumprimento dos requisitos da NP EN 45011,

    mediante solicitação por parte dos interessados.

    d) Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)13

    Compete a avaliação e comunicação dos riscos na cadeia alimentar, bem como zelar pela

    disciplina do exercício das atividade económicas nos setores alimentar e não alimentar,

    mediante a fiscalização e prevenção do cumprimento da legislação reguladora das mesmas,

    prosseguindo o tratamento de denúncias, infrações e irregularidades

    detectadas no comércio e/ou resultantes dos controlos efetuados.

    Intervém através do tratamento das denúncias ocorridas no comércio para os vários regimes

    comunicadas pela DGADR e/ou qualquer entidade no âmbito das suas competências.

    e) Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)14

    Compete garantir a aplicação das normas a que se encontram sujeitas as mercadorias

    introduzidas no território da União Europeia e efetuar os controlos relativos à entrada, saída e

    circulação das mercadorias no território nacional. Intervém através da aplicação dos

    procedimentos previstos para a importação de produtos agrícolas e géneros alimentícios, de

    acordo com o disposto no Ofício Circular N.º 15123/2013, da Divisão de Circulação de

    Mercadorias, no âmbito das suas competências.

    f) Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas I.P. (IFAP)15

    Compete a realização de ações de controlo em matéria de acesso às ajudas concedidas no

    âmbito da portaria n.º 229-B/2008.

    O IFAP intervém através da inclusão no planeamento das ações de controlo de campo dos

    operadores com suspensão de certificação em MPB e comunicação à DGADR dos casos de

    recusa de controlo e das situações em que o controlo constatou área em MPB igual a zero.

    12

    Fonte: http://www.ipac.pt/ 13

    Fonte: http://www.asae.pt/ 14

    Fonte: http://www.portaldasfinancas.gov.pt/at/html/index.html 15

    Fonte: http://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico

    http://www.ipac.pt/http://www.asae.pt/http://www.portaldasfinancas.gov.pt/at/html/index.htmlhttp://www.ifap.min-agricultura.pt/portal/page/portal/ifap_publico

  • 28

    Organizações

    Para ter assistência técnica no âmbito do modo de produção em agricultura biológica e com a

    qual possa ter um contrato de assistência técnica pode aderir a uma organização de

    produtores especificamente reconhecida pela DGDR (anexo B)

    7.3 OS DOCUMENTOS A PRESENTAR e PROCESSO DA CERTIFICAÇÃO

    Como referido no parágrafo anterior, quem pretender iniciar uma actividade de produção em

    agricultura biológica, necessita de um certificado de acordo com a normativa europeia de

    acreditação EN 45 011. Para isso o produtor terá de solicitar um contrato de controlo e

    certificação com um dos Organismos Privados de Controlo (OC).

    Cada OC tem a sua documentação, mas no essencial segue o seguinte modelo geral:

    A documentação a apresentar a um entidade OC têm que ter os seguintes dados16

    Dados do operador / contactos;

    Características da Unidade de Produção : área, localização, dispersão,…;

    Culturas / áreas a considerar;

    Espécies animais / nº a considerar;

    Outras observações;

    16

    Cada OC tem o seu formulário, consultar o website da respectiva OC

  • 29

    A comunicação da actividade de produção à Direção Geral de Agricultura e

    Desenvolvimento Rural (DGADR) têm que ser enviada por via electrónica:

    Notificação electrónica17: http://www.dgadr.mamaot.pt/val-qual (a titulo de exemplo,

    o documento em papel encontra-se no anexo C)

    Como se poderá verificar no citado Regulamento, há um período de transição (que é

    sempre de um ano no mínimo) e que deverá ser iniciado o mais rapidamente possível,

    antes dos produtores poderem vir a comercializar os produtos como de agricultura

    biológica.

    7.4 VALIDADE DA CERTIFICAÇÃO

    Anualmente, e desde que a atividade declarada inicialmente ou no ano imediatamente

    anterior se mantenha, o signatário valida a informação prestada através da selecção da opção

    “validação” presente na página inicial do formulário, sem que para isso tenha de proceder ao

    preenchimento de um novo formulário.

    8. COMERCIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS BIOLÓGICOS

    A distribuição dos produtos biológicos pode

    realizar-se por meio de diversos canais, de entre os

    quais os principais são:

    Mercados biológicos locais e especializados

    Bancas de mercados em estradas fora das

    localidades

    Directamente na empresa agrícola de

    produção

    Entrega ao domicílio ou através de um

    ponto de recolha das encomendas via web

    Nos últimos anos, as bebidas e os alimentos

    biológicos estão a conquistar cada vez mais lugar

    nas prateleiras, por vezes até com secções

    específicas para produtos biológicos.

    Também numerosos restaurantes em toda Europa

    oferecem ementas baseadas totalmente em produtos de origem biológica, bem como marcas

    famosas a nível mundial decidiram introduzir matérias primas biológicas nas suas cafetarias.

    17

    Guia para o preenchimento http://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/val/bio/Biologica/Mod%20112-PO_MPB_rev.pdf

    http://www.dgadr.mamaot.pt/val-qualhttp://www.dgadr.mamaot.pt/images/docs/val/bio/Biologica/Mod%20112-PO_MPB_rev.pdf

  • 30

    Os jovens estudantes podem tomar contacto com esta tipologia de produtos graças a muitas

    cantinas escolares, que oferecem regularmente alimentos biológicos, de modo a promover a

    formação de uma consciência bio, logo desde os primeiros anos de escola.

    O Art. 34 do Reg. 834/2007 estabelece que: “As autoridades competentes, as autoridades e

    organismos de controlo não podem, por razões relativas ao método de produção, à rotulagem

    ou à apresentação desse método, proibir ou restringir a comercialização de produtos biológicos

    controlados por outra autoridade ou organismo de controlo situado noutro Estado-Membro, na

    medida em que estes produtos satisfaçam os requisitos do presente regulamento.

    [...] No seu território, qualquer Estado-Membro pode aplicar regras mais rigorosas à produção

    vegetal e animal biológica, desde que essas regras também sejam aplicáveis à produção não

    biológica, estejam em conformidade com a legislação comunitária e não proíbam nem

    restrinjam a comercialização de produtos biológicos obtidos fora do território do Estado-

    Membro em causa”. Logo, na União Europeia existe livre circulação de mercadorias ecológicas,

    desde que estejam conformes com a normativa europeia.

    De acordo com um estudo18 da FIBL, Instituto Alemão de Investigação para a Agricultura

    Biológica, até 2011, 5,5% do total da superfície agrícola na União Europeia é representada por

    agricultura biológica (aproximadamente 9,5 milhões de hectares) e os produtores agrícolas são

    cerca de 240 mil. De 2001 a 2011, na Europa, a superfície de cultura biológica aumentou 96%,

    ou seja praticamente duplicou; os Países com a maior superfície dedicada à agricultura bio são

    Espanha, Itália e Alemanha.

    O mercado bio na UE conta com um volume de negócios de 19,7 mil milhões de Euros (2011),

    com um crescimento de aproximadamente 9% em comparação com o ano anterior: o maior

    mercado é o alemão, seguido do francês e do britânico; em percentagem, pelo contrário, os

    maiores consumidores de produtos biológicos são os dinamarqueses e os austríacos. Se

    compararmos com o ano de 2004, o consumo desta tipologia de produtos praticamente

    duplicou.

    Além da Europa, existem outros mercados com uma elevada procura de produtos bio,

    especialmente EUA, Canadá, Brasil e Austrália.

    A nível mundial, a superfície agrícola destinada a produtos biológicos aumentou, em 12 anos,

    238%, ou seja, de 11 para 37,2 milhões de hectares em 2011.

    Em relação ao mercado global, de 2000 a 2011, passou-se de 17,9 para 62,9 mil milhões de

    dólares (+251%); a nível agregado os maiores consumidores são os EUA seguidos a grande

    distância pela Alemanha e pela França, enquanto no per-capita a liderança vai para os suíços,

    seguidos pelos dinamarqueses e luxemburgueses.

    A 1 de Junho de 2012 entrou em vigor o acordo de equivalência firmado entre os EUA e a UE:

    os produtos biológicos certificados de acordo com as normas vigentes num dos dois Países,

    podem ser comercializados livremente e poderão reportar nas embalagens o logotipo

    biológico previsto pelo país de destino. Além disso, os operadores não são obrigados a manter

    18 Fonte: http://orgprints.org/22345/19/willer-2013-session-european-market.pdf

    http://orgprints.org/22345/19/willer-2013-session-european-market.pdf

  • 31

    ambas as certificações: unicamente com a certificação europeia será possível exportar para os

    Estados Unidos19.

    Em relação à exportação para o Canadá, nos termos do acordo de equivalência, os produtos

    biológicos certificados por uma Entidade de Controlo europeia são aceites como bio no

    Canada, sem necessidade de certificação adicional; este acordo, porém, refere-se apenas os

    produtos agrícolas produzidos e transformados na UE. Os produtos bio importados pelo

    Canadá têm que respeitar os requisitos de rotulagem canadianos, tais como as inscrições em

    duas línguas (inglês e francês), a lista específica dos ingredientes biológicos e o organismo de

    certificação bio20.

    No mercado brasileiro, as empresas que querem exportar produtos biológicos têm estar

    conformes com o Regulamento Nacional IN 46; este é um regulamento de fileira e, logo, todos

    os items da mesma têm de ser controlados e certificados. A entidade responsável pelo

    controlo e certificação é o IBD (Instituto BioDinâmico).

    O mercado bio japonês, ainda pouco desenvolvido, é disciplinado pela normativa JAS

    (Japanese Agricultural Standard) que entrou em vigor em 2000 e que prevede requisitos

    específicos para os produtos biológicos de origem vegetal, frescos e transformados. Entre o

    regulamento da UE e o JAS não se encontram grandes diferenças, a não ser no que se refere ao

    grading: à empresa importadora requer-se que defina um sistema de verificação interna e que

    designe formalmente o responsável; este, juntamente com os responsáveis do processo

    produtivo, são obrigados a frequentar um breve seminário de formação no Organismo de

    Controlo escolhido para a certificação JAS.

    Na Austrália, a entidade de controlo é o DAFF (Department of Agriculture, Fisheries and

    Forestry), que submete os produtos importados a rigorosas verificações, a fim de verificar se

    estão conformes com o BIP (Biological Import Program); deste modo minimizam-se os riscos

    de importar produtos que possam prejudicar a saúde ou possam alterar o delicado

    ecossistema australiano21.

    19

    Fonte: http://www.suoloesalute.it/wp-content/uploads/2013/05/informativa-etichettatura-ue-nop.pdf 20

    Fonte: http://www.suoloesalute.it/wp-content/uploads/2013/04/Linee_guida_export_prodotti_bio_Canada.pdf 21

    Fonte: http://www.daff.gov.au/biosecurity/import/biological/products-foodstuffs

    http://www.suoloesalute.it/wp-content/uploads/2013/05/informativa-etichettatura-ue-nop.pdfhttp://www.suoloesalute.it/wp-content/uploads/2013/05/informativa-etichettatura-ue-nop.pdfhttp://www.suoloesalute.it/wp-content/uploads/2013/04/Linee_guida_export_prodotti_bio_Canada.pdfhttp://www.suoloesalute.it/wp-content/uploads/2013/04/Linee_guida_export_prodotti_bio_Canada.pdfhttp://www.daff.gov.au/biosecurity/import/biological/products-foodstuffs

  • 32

    ANEXOS

    ANEXO A – ORGANISMO DE CONTROLO E CERTIFICAÇÃO EM MPB

  • 33

    ANEXO B – ORGANIZAÇÕES DE PRODUTORES RECONHECIDAS PELA DGDR

    AGRIARBOL - Associação dos Produtores Agro-Florestais da Terra Quente

    Av. Infante D. Henrique Edif. Translande, 2º Sala 12 - Apart. 165

    5340-202 MACEDO de CAVALEIROS

    Tel.: 278 421 698 ou 278 421 779 - Fax: 278 421 775 / 279 462 682

    [email protected]

    APATA – Associação de Produtores Agrícolas Tradicionais e Ambientais

    Avenida do Sabor, nº 40 – 1º Dtº

    5200-288 MOGADOURO

    Tel.: 279 342 783 - Fax: 279 342 783

    [email protected]

    AGROBIO - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica

    Calçada da Tapada, 39 - r/c Dtº

    1300-545 LISBOA

    Tel.: 213 641 354 - Fax: 213 628 133 - 918 545 115

    www.agrobio.pt - [email protected]

    www.facebook.com/pages/AGROBIO-Associação-Portuguesa-de-Agricultura-

    Biológica/199487006768299

    ACRIGA - Associação de Criadores de Gado e Agricultores

    Largo da Cooperativa, Apartado 50

    5340-279 MACEDO DE CAVALEIROS

    Telef.: 278 426 546 - Telem: 966 910 989/ 914 778 052 - Fax: 278 426 547

    [email protected]

    AGRIDIN – Associação Profissional para o Desenvolvimento da Agricultura

    Biológica e Biodinâmica

    R. General Vitorino Laranjeira, Edifício Golfinho, Lote F-r/c

    S. Gonçalo – 4600-018 AMARANTE

    Telef.: 255 433 640 - Telem: 969 267 936 - Fax: 255 433 460

    [email protected]

    ACORPSOR – Associação de Criadores de Ovinos da Região de Ponte de Sor

    Zona Industrial – Rua E – Lote 79

    7400-135 PONTE DE SOR

    Telef.: 242 201 146 - Fax: 242 207 284

    [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • 34

    ARAB - Associação Regional de Agricultores Biológicos

    Rua Dr. Henrique Carvalhão, nº 12 - Loja 5

    6000 - 235 CASTELO BRANCO

    Tel.: 272 337 203 - Fax: 272 337 309

    [email protected]

    APPITAD - Associação de Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro

    Rua Centro Transmontano de S. Paulo, 69

    5370 MIRANDELA

    Telef.: 278 265 009 - Telm: 962 585 839 - Fax: 278 265 012

    [email protected]

    AAPIM - Associação de Agricultores para a Produção Integrada de Frutos de Montanha

    Av. Monsenhor Mendes do Carmo, 23 r/c Esqº

    6300-586 GUARDA

    Telef.: 271 223 964 - Fax: 271 200 075

    [email protected]

    www.aapim.com

    ADRAB – Associação de Desenvolvimento Rural e Agrícola das Beiras

    Edifício Mercado Municipal – Lj – 5

    6250-073 BELMONTE

    Telef./ Fax: 275 912 170

    [email protected]

    APROFNA - Associação de Produtores Florestais e Agro - Pecuários do Norte Alentejano

    Rua da Infância, 2

    7440-108 ALTER DO CHÃO

    Telef.: 245 619 068 - Fax: 245 619 068

    [email protected]

    MinhOrigem – Associação Agro-ecológica do Minho

    Praça do Município

    4730-733 VILA VERDE

    Telef.: 253 310 500 - Telm: 965 124 887 - Fax: 253 312 036

    [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.aapim.com/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • 35

    APPIZÊZERE - Associação de Protecção Integrada e Agricultura Sustentável do Zêzere

    Av. Eugénio de Andrade, Lote 80 r/c

    6230-291 FUNDÃO

    Telef.: 275 084 080 - Fax: 275 084 100

    [email protected]

    APARROZ – Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado, Lda

    Rua Engº João Alves de Sá Branco - Lote 2, Loja 3

    7580-161 ALCÁCER DO SAL

    Telef.: 265 619 180 - Fax: 265 619 181

    [email protected]

    ACRIGUARDA – Associação de Criadores de Ruminantes do Concelho da Guarda

    Estrada dos Galegos – Sítio do Lino

    6300-653 GUARDA

    Telef.: 271 230 489 - Fax: 271 238 545

    [email protected]

    ANCPA – Associação Nacional dos Criadores de Porco Alentejano

    Largo da Alcáçova, nº 39

    7350 ELVAS

    Telef.: 266 771 932 - Fax: 266 771 933

    [email protected]

    APAS – Associação dos Produtores Agrícolas da Sobrena

    Estrada Municipal - 612 km 4 Sobrena

    2550-458 Peral – CADAVAL

    Telef.: 262 699 040 - Fax: 262 699 049

    [email protected]

    Associação de Produtores Biológicos de Terras de Bouro

    Av. Dr. Paulo Marcelino

    4840 – 100 TERRAS DE BOURO

    Telef: 253 356 050 - Fax: 253 351 806

    [email protected]

    www.abiologica.cm-terrasdebouro.pt

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.abiologica.cm-terrasdebouro.pt/

  • 36

    Associação de Agricultores Ribeira Teja e Vale do Côa.

    Rua Direita, 20 – R/C

    6430-169 MÊDA

    Telef: 279 883 520

    [email protected]

    BIORAIA – Associação de Agricultores Biológicos da Raia

    Zona Industrial, Rua A

    6060-000 IDANHA-A-NOVA

    Tel.: 277 202 316 - Fax: 277 202 180

    [email protected] // [email protected]

    BIOCÔA - Associação de Agricultores Biológicos do Vale do Côa

    Largo de José Dias Coelho, 36

    6400-398 PINHEL

    Telef.: 271 411 660 Fax: 271 105 944

    [email protected]

    ELIPEC – Agrupamento de Produtores de Pecuária, S.A.

    Av. de Badajoz, 3 – Apartado 234

    7350-903 ELVAS

    Telef.: 268 629 354 - Telem: 967 055 966 - Fax: 268 621 173

    Sandra - 969 522 744

    [email protected]

    FNAP – Federação Nacional dos Apicultores de Portugal

    Av. do Colégio Militar, Lote 1786 - 1549-012 LISBOA

    Tel: 217 100 084

    FAX: 217 100 084 ou 217 166 122/3

    [email protected]

    www.fnap.pt

    INTERBIO - Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica

    Edifício INOVISA - Tapada da Ajuda

    1349-017 LISBOA

    Tel.: [+351] 916 576 365

    [email protected]

    Website: www.interbio.pt

    Blog: http://interbio-bio.blogspot.com

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.fnap.pt/mailto:[email protected]://www.interbio.pt/http://interbio-bio.blogspot.com/

  • 37

    MONTES DO NORDESTE – Associação de Produtores de Agricultura Biológica de Trás-os-Montes e Alto

    Douro

    Rua da Regedoura, 3 - r/c

    5160-256 TORRE DE MONCORVO

    Tel.: 279 254 327 - Telem: 917 228 272 - Fax: 279 254 304

    [email protected]

    NATUR-AL-CARNES – Agrupamento de Produtores Pecuários do Norte Alentejo, S.A.

    Parque de Leilões de Gado de Portalegre

    Estrada Nacional nº 246

    7300 PORTALEGRE

    Telef.: 245 366 227 - Fax: 245 366 227

    [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • 38

    ANEXO C – NOTIFICAÇÃO RELATIVA AO MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICA

  • 39

  • 40

    ANEXO D – QUESTIONÁRIO APRESENTADO AOS CONSUMIDORES

    O pressente projecto foi cofinanciado com o apoio da Comissão Europeia. Esta publicação (comunicação) é da responsabilidade exclusiva do seu autor. A comissão não é responsável pelo uso que possa ser feito da informação aqui difundida.

    PROGRAMA JUVENTUDE EM ACÇÃO

    ACÇÃO 1.2 INICIATIVA JUVENIL TRANSNACIONAL, JOVEM EMPRESA ECOSUSTENTÁVEL

    1. Sexo:

    Feminino

    Masculino

    2. Idade:

    3. Lugar de procedência:

    EUROPA

    AMÉRICA LATINA

    NORTE DE ÁFRICA

    ÁFRICA SUBSARIANA

    ÁSIA

    OUTROS

    4. Nível de escolaridade concluída:

    Ensino secundário obrigatório ou equivalente

    Bacharelato ou equivalente

    Frequência universitária ou equivalente

    Licenciatura universitária ou equivalente

    Doutoramento

    Outros

    5. Situação actual:

    Estudante Trabalhador Estudante-trabalhador Desempregado Outra situação

    6. Qual a percentagem de compra de produtos biológicos nas suas compras mensais?

  • 41

    0 1-25 26-50 51-75 76-100

    7. Quais são os factores que o motivam a comprar ou que o motivariam a comprar produtos

    biológicos?

    Publicidade

    Saúde

    Natureza

    Moda

    Pelo meio-ambiente

    Pelo sabor

    Curiosidade

    8. Quais são os factores que o impedem ou que o poderiam impedir de comprar produtos

    biológicos?

    Não haver a certeza que a proveniência seja de facto ecológica

    Preço demasiado alto

    São pouco apelativos

    Falta de controlos

    Auto-produção

    9. Como avalia a informação sobre a certificação dos produtos biológicos?

    Insuficiente

    Suficiente

    Boa

    Óptima

    10. Como avalia a informação sobre a proveniência dos produtos biológicos?

    Insuficiente

    Suficiente

    Boa

    Óptima

    11. Nota diferença entre os produtos biológicos e os convencionais?

    SIM NÃO

    12.Acredita que os produtos biológicos são mais nutritivos e saudáveis que os produtos

    convencionais?

    SIM NÃO

    13. Aconselharia outras pessoas a comprar produtos biológicos?

    SIM NÃO

    Obrigada pela colaboração

  • 42

    ANEXO E – EXEMPLO DE CERTIFICAÇÃO BIOLÓGICA