Guia Pratico Fiscalizacao

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    GUIA PRTICO DE FISCALIZAO AMBIENTAL

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    Apoio

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    GUIA PRTICO DE FISCALIZAO AMBIENTAL

    Governo do Estado do Rio de JaneiroSrgio CabralGovernador

    Secretaria de Estado do AmbienteMarilene RamosSecretria

    Instituto Estadual do AmbienteLuiz Firmino Martins PereiraPresidente

    Paulo Schiavo JuniorVice-Presidente

    Diretoria de Gesto das guas e Territrio (Digat)Rosa Maria Formiga JohnsonDiretora

    Diretoria de Informao e Monitoramento Ambiental (Dimam)Carlos Alberto Fonteles de SouzaDiretor

    Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilam)Ana Cristina HenneyDiretora

    Diretoria de Biodiversidade e reas Protegidas (Dibap)Andr IlhaDiretor

    Diretoria de Recuperao Ambiental (Diram)Luiz Manoel de Figueiredo JordoDiretor

    Diretoria de Administrao e Finanas (Diafi)Jos Marcos Soares ReisDiretor

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    I59 Instituto Estadual do Ambiente. Guia prtico de fiscalizao ambiental/ Instituto Estadual do Ambiente, --- Rio de Janeiro: INEA, 2010.

    63p.

    1. Fiscalizao ambiental - Manual. 2 . Meio Ambiente - Fiscalizao. I. Fontenelle, Miriam. II. Tostes, Renata. III. Ttulo.

    CDU 502.34(035)

    Esta publicao foi coordenada pela Vice-Presidncia do Inea com reviso da Procuradoria e colabora-o das diretorias, em especial a Diretoria de Biodiversidade e reas Protegidas e Diretoria deLicenciamento Ambiental.

    A elaborao deste Guia contou com recursos da cooperao financeira Brasil - Alemanha (Banco KfWe o Governo do Estado do Rio de Janeiro), no mbito do Projeto de Proteo Mata Atlntica (PPMA-RJ)

    apoiados pela GITEC Consult GmbH.

    Direitos desta edio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Qualquer parte de seu contedo podeser reproduzida, desde que citada a fonte.

    Organizao e redao:Miriam Fontenelle e Renata TostesReviso de contedo:Raquel Cammarota da RochaCoordenao editorial:Elizabeth RoballoProjeto Grfico e Diagramao:Maria Clara Moraes

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    APRESENTAO

    A partir da Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, Sucia, em1972, a discusso ambiental se acirrou. No Brasil normas e polticas ambientais so editadas, alm dacriao de rgos como a extinta FEEMA, que durante muitos anos foi o principal referencial de contro-le ambiental do Pas.

    Com a presso da sociedade em geral, decorrente dos desastres ambientais e do alerta de cientistas emrelao aos desequilbrios causados pelo homem natureza, a fiscalizao ambiental passa a ter umpapel fundamental para a garantia da qualidade de vida e proteo dos ecossistemas. Em paralelo alegislao se torna cada dia mais complexa e especfica.

    Esta complexidade se reflete na diversidade de interpretaes e na subjetividade que muitas vezes leva insegurana dos agentes encarregados pela aplicao dos instrumentos legais, bem como a incorre-es nos atos, motivando sua contestao e at o seu cancelamento.

    Em busca do cumprimento de sua misso institucional de proteger o ambiente natural e garantir ascondies para o desenvolvimento sustentado do Estado do Rio de Janeiro, o Inea tem a cada dia queaprimorar seus mtodos e ferramentas de trabalho. No que diz respeito fiscalizao, o uso de equipa-mentos de ltima gerao para automao e o estabelecimento de rotinas operacionais foram coloca-dos como metas prioritrias, no intuito de ampliar a eficcia da atuao dos fiscais ambientais.

    O presente Guia Prtico, elaborado com a participao de servidores de diferentes diretorias do Inea,no tem a pretenso de ser definitivo, mas sim de constituir instrumento facilitador na aplicao da

    legislao ambiental, atravs do estabelecimento de parmetros e referncias, e que por isto deve serperiodicamente revisado e aprimorado.

    Luiz Firmino Martins Pereira e Paulo Schiavo JuniorPresidente e Vice-Presidente do Inea

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    OBJETIVOSIntegrar as aes de fiscalizao com a uniformizao dos fluxos e procedimentos que atendam aospreceitos e prazos estabelecidos na legislao ambiental;

    Orientar os servidores do Inea detentores do poder de polcia ambiental sobre a forma de atuar no exerccioda fiscalizao, inclusive com instrues quanto aplicao das sanes administrativas e medidas cautelares,alm de responder s dvidas mais frequentes surgidas no exerccio dessa atividade;

    Obter maior eficincia na aplicao da legislao ambiental e transparncia nas aes de fiscalizao, oque, como consequncia, resultar em maior proteo e recuperao efetiva do meio ambiente.

    INTRODUODesde a instalao do Inea, em 12 de janeiro de 2009, um dos principais instrumentos para consolida-o de suas aes de forma integrada a padronizao dos procedimentos de fiscalizao - a partir doconhecimento da legislao ambiental e da prtica de campo. Esta integrao contribui para a desejadae necessria eficincia, sem deixar de atender s peculiaridades referentes a cada uma das agendas

    ambientais - florestal, de guas e de territrio (Verde, Azul e Marrom) - trazendo, a reboque, seguranaadministrativa aos servidores habilitados para o exerccio do poder de polcia ambiental.

    O Guia Prtico de Fiscalizao Ambiental apresenta as normas jurdicas e as condutas rotineiras dafiscalizao, a fim de que os agentes tenham o conhecimento bsico necessrio para a aplicao corretada legislao ambiental. As instrues presentes aqui sero ainda acompanhadas pela realizao detreinamentos para atualizao e aperfeioamento dos servidores com atribuio de fiscalizao.

    A Parte 1 apresenta os principais aspectos legais do processo de apurao de infraes administrativasambientais e da aplicao de sanes.

    J na Parte 2 encontra-se a indicao da legislao federal e estadual aplicvel a diversas matriastuteladas pelo Direito Ambiental. Entretanto, a principal norma jurdica relativa fiscalizao ambiental a Lei Estadual n 3.467, de 14 de setembro de 2000 (publicada na ntegra neste Guia), que dispesobre as sanes administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente. As normas especfi-cas - como, por exemplo, decretos que regulamentam o uso de faixas marginais - devem ser utilizadasem combinao com a citada lei.

    Na Parte 3 h um passo a passo com os procedimentos mais comuns para as aes de fiscalizao,baseando-se na Lei Estadual n 3.467/2000.

    Por fim, na Parte 4 h uma lista com perguntas e respostas construdas a partir de dvidas frequente-mente suscitadas, principalmente durante o decorrer da elaborao do Guia.

    Este trabalho foi coordenado pela Vice-Presidncia do Inea e contou com a participao de servidoreslotados na Procuradoria e nas diferentes diretorias que o compem, em especial a Diretoria deLicenciamento Ambiental e a Diretoria de Biodiversidade e reas Protegidas. Dever ser atualizadosempre que leis, decretos e normas internas, pertinentes prtica da fiscalizao ambiental, sejamalterados.

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    Parte 1BASE LEGAL, COMPETNCIAS E INSTRUMENTOSDA FISCALIZAO AMBIENTAL

    1. O Inea: o que

    O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), criado pela Lei n 5.101/2007 e regulamentado pelos Decre-tos n 41.628/2009 e 42.062/2009, uma autarquia estadual vinculada Secretaria de Estado doAmbiente. Nos termos do art. 5, inciso II, da lei de sua criao, dotado de poder de polcia em matriaambiental, com atribuio de fiscalizar e de licenciar atividades e empreendimentos submetidos aoSistema de Licenciamento Ambiental (SLAM).

    2. Agente de Fiscalizao: quem

    O agente de fiscalizao o servidor pblico do Inea, designado em portaria especfica para exercer opoder de polcia ambiental no mbito do Estado do Rio de Janeiro a fim de garantir a qualidade doambiente e o controle da poluio ambiental. Para isso, o agente dever aplicar as medidas e sanes depolcia correspondentes com as infraes ambientais que tomar cincia.

    a. Servidores que exercem o poder de polcia ambientalEm princpio, todos os servidores do Inea, desde que seus nomes estejam discriminados emportaria, possuem poder de polcia ambiental.b. Comportamento dos agentes de fiscalizaoDevido natureza de sua atividade, o agente de fiscalizao est em contato direto com a popu-

    lao, sendo fundamental o modo de apresentar-se em pblico, adequadamente vestido e tra-tando a todos com civilidade. Sua conduta deve pautar-se pelos princpios que regem a Admi-nistrao Pblica, tais como o princpio da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e daeficincia. Agindo desta forma, contar com a confiana, respeito e o apoio de todos no cumpri-mento de seu dever.

    3. Fiscalizao Ambiental: conceito e instrumentos

    A fiscalizao ambiental um poder e dever do Estado, que tem como objetivo cumprir sua missoinstitucional de controle da poluio, dos recursos hdricos e florestais, mediante a adoo de medidas

    de polcia e cautelares, lavratura de Autos de Constatao e de Infrao, sendo exercida pelos servidoresdo Inea.

    a. Infrao Administrativa toda ao ou omisso que contrarie as normas ambientais vigentes, tipificadas na Lei n3.467/00 e na Lei n 3.239/99. Ser apurada mediante a instaurao de processo administrati-vo, assegurada a ampla defesa, o contraditrio e o devido processo legal.b. Medidas CautelaresSo aplicadas para evitar ou minimizar o dano ambiental de difcil reparao ou que represen-tem ameaa sade das pessoas e/ou perpetuidade dos recursos naturais.

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    Exemplo: art. 2 VII da Lei n 3.467/00, embargo de obra ou atividade em rea de preservaopermanente (APP). Os incisos IV, VI, VII, VIII e IX desse artigo devem ser aplicados conjuntamen-te com os artigos 23 e 29 do mesmo diploma legal.

    4. Fiscalizao: dever de quem?

    Alm do Inea, a fiscalizao ambiental no Estado do Rio de Janeiro exercida por outros rgos que

    compem o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), tais como o Instituto Brasileiro de MeioAmbiente e Recursos Naturais Renovveis (Ibama) e Secretarias Municipais, entre outros, aplicandosuas leis prprias.

    5. Deveres dos agentes ambientais

    a. Conhecer a estrutura organizacional e competncias do Inea;b. Participar de cursos de capacitao para fins de aperfeioamento de suas atribuies e aplicar osconhecimentos e procedimentos aprendidos nas aes de fiscalizao;c. Cumprir e fazer cumprir as normas legais protetoras dos recursos ambientais;

    d. Preencher os formulrios de fiscalizao atentamente, de forma concisa e com letra legvel, circunstanciandoos fatos averiguados com informaes objetivas e enquadramento legal correto;e. Zelar pela manuteno, uso adequado e racional dos veculos, barcos, equipamentos e demais instru-mentos empregados nas aes de fiscalizao em geral e, especificamente, aqueles que lhe forem con-fiados;f. Identificar-se previamente, sempre que estiver em ao de fiscalizao;g. Abordar as pessoas de forma educada e formal;h. Guardar sigilo das aes de fiscalizao;i. Manter a discrio e portar-se de forma compatvel com a moralidade e bons costumes;j. Comunicar ao superior imediatamente os desvios praticados e irregularidades detectadas no exerccio

    da ao de fiscalizao;k. Abster-se de aceitar favorecimentos que impliquem o recebimento de benefcios para hospedagem,transporte, alimentao, bem como presentes e brindes de qualquer espcie;l. Apresentar-se adequadamente vestido, portando crach e colete de fiscalizao e o material inerente fiscalizao, tais como viatura oficial, mquina fotogrfica, GPS e clinmetro;m. Abster-se do consumo de bebidas alcolicas durante o horrio de expediente ou trabalhar alcoolizado;n. Devolver todo o material inerente atividade, por ocasio do seu afastamento, inclusive o crachespecfico da fiscalizao.

    A omisso na fiscalizao constitui crime ambiental previsto no art. 68 da Lei Federal n 9.605, de 12de fevereiro de 1998, e tambm ilcito civil previsto no art. 11 da Lei Federal n 8.429, de 02 de junhode 1992, que dispe sobre as sanes aplicveis aos agentes pblicos nos casos de atos de improbidadeadministrativa no exerccio de mandato, cargo, emprego ou funo na Administrao Pblica Direta eIndireta.

    6. Competncias dos agentes ambientais

    a. Realizar diligncias para averiguao de agresses cometidas contra o meio ambiente;b. Inspecionar estabelecimentos industriais, comerciais e monitorar o cumprimento das condicionantese restries estabelecidas nas licenas emitidas;c. Inspecionar, fiscalizar e controlar as atividades que foram autorizadas a explorar recursos naturaisrenovveis;

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    d. Embargar atividades ilegais, interditar empresas por cometimento de infraes administrativasambientais, apreender produtos e subprodutos, objetos e instrumentos resultantes da ou utilizados naprtica de agresso ambiental;e. Orientar a comunidade em geral sobre as competncias do Inea, divulgando a legislao ambientalem vigor, propiciando a formao de uma conscincia crtica e tica voltada para as aes de conserva-o e preservao do ambiente natural.

    7. Demanda para fiscalizar: de onde vem

    Os agentes ambientais do Inea saem para fiscalizar:a. Quando solicitados interna ou externamente, por meio de informaes, ofcios, demandas judiciaisou solicitaes do Ministrio Pblico;b. Para realizar vistorias e monitorar atividades submetidas ao Sistema de Licenciamento Ambiental(SLAM) ou acompanhar os planos de recuperao de rea degradada (PRAD), os termos de ajustamentode conduta (TAC) e o cumprimento das condicionantes e/ou restries vinculadas a processos delicenciamento;

    c. Quando houver denncias de cometimento de infraes administrativas ambientais;d. Ao observarem o cometimento de infraes administrativas ambientais, durante as rotinas de fiscali-zao preventiva (como por exemplo, percorrer as trilhas de unidades de conservao).

    8. Verificao da infrao: emisso de atos administrativos

    Auto de Constatao. Por meio deste ato administrativo, a autoridade competente, que constata aocorrncia de infrao administrativa ambiental, instaura o processo administrativo de apurao e puni-o por infraes legislao ambiental. Dever conter a identificao do interessado, o local, a data ea hora da infrao, a descrio da infrao ou infraes e a meno ao(s) dispositivo(s) legal(is)

    transgredido(s), a(s) penalidade(s) a que est sujeito o infrator, o(s) respectivo(s) preceito(s) legal(is) queautoriza(m) a sua imposio e a assinatura da autoridade responsvel.

    Auto de Infrao. Trata-se de ato administrativo que deve ser lavrado com base no Auto de Constataoe nos demais elementos do processo e dever conter, alm das informaes do Auto de Constatao, ovalor e o prazo para o recolhimento da multa (quando for o caso), o prazo para interposio daimpugnao, bem como a obrigao de recuperar a rea degradada. Outras informaes e dados quesirvam como meio de prova devero instruir o processo.

    Notificao. o ato administrativo por meio do qual o agente ambiental solicita providncias quedevero ser adotadas pelo notificado (ex: juntada de documentao, adoo de medidas para mitigaodo dano causado, dentre outras) e/ou orienta sobre a legislao ambiental vigente.

    9. Sano Administrativa

    A sano administrativa uma penalidade aplicada quando o infrator comete qualquer ao ou omis-so dolosa ou culposa que viole as normas ambientais tipificadas como infrao administrativa. Assanes administrativas esto estabelecidas nos incisos I a X do art. 2 da Lei n 3.467/00.

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    10. Recuperao aps o dano ambiental

    Independentemente da aplicao de quaisquer das sanes administrativas previstas na Lei n 3.467/2000, o infrator ser sempre obrigado a mitigar, reparar ou indenizar pelos danos ambientais por elecausados e, sempre que possvel, a promover a restaurao do ecossistema degradado.

    11. Comunicao dos atos

    O infrator ser comunicado da lavratura e do teor dos atos administrativos aqui mencionados:a. Pessoalmente, desde que o infrator ateste sua cincia no processo;b. Por via postal, quando uma via do ato administrativo acompanhada do aviso de recebimento (AR)para assegurar a certeza da cincia do interessado;c. Por publicao em Dirio Oficial, quando da impossibilidade das duas anteriores.

    12. Impugnao

    A partir da cincia do Auto de Infrao, o autuado ter o prazo de 15 dias para interpor impugnao,que ser apreciada pelo Servio de Anlise de Impugnao (grupo criado pela Deliberao Inea n 10/2010, coordenado pela Vice-Presidncia e integrado por membros da Presidncia, Vice-Presidncia,Procuradoria, Coordenadoria Geral de Fiscalizao, Diretoria de Biodiversidade e reas Protegidas,Diretoria de Licenciamento Ambiental e Superintendncias Regionais).

    Com base em Nota Tcnica elaborada por esse grupo, as impugnaes interpostas contra Autos deInfrao lavrados no caso de imposio de advertncia, multas e apreenso sero, ento, analisadaspelo Vice-Presidente e decididas de forma favorvel ou no ao infrator.

    O procedimento diverso para os Autos de Infrao lavrados no caso de destruio ou inutilizao doproduto, suspenso de venda e fabricao do produto, embargo de obra ou atividade, suspenso parcialou total das atividades, interdio do estabelecimento e restritiva de direitos, cuja impugnao dirigidaao Conselho Diretor - Condir e por este analisada.

    13. Recursos

    Contra a deciso que apreciou a impugnao caber um nico recurso, que uma nova oportunidadepara o infrator se defender. Nos Autos de Infrao que digam respeito s sanes de advertncia, sanoe multa (cuja impugnao foi apreciada pelo Vice-Presidente), o recurso dever ser apresentado no

    prazo de 15 dias ao Condir, que o analisar com base em parecer da Procuradoria e esclarecimentos darea tcnica.

    J da deciso (do Condir) que apreciar a impugnao interposta contra os Autos de Infrao que tenhamaplicado as sanes administrativas estabelecidas nos incisos V, VI, VII, VIII, IX e X do art. 2 da Lei n3.467/2000, caber a interposio de recurso, no prazo de 15 dias, direcionado e apreciado pela Co-misso Estadual de Controle Ambiental, CECA.

    14. Pagamento da multa

    Junto ao Auto de Infrao ser emitida uma guia para pagamento da multa, (quando esta for aplicada).A contar da cincia desta autuao e se no for interposta impugnao, o autuado ter 30 dias parapagar a multa.

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    No caso de indeferimento da impugnao e com a interposio do recurso, previsto no art. 25 da Lei n3.467/2000 e no artigo 63 do Decreto Estadual n 41.628/2009, dever ser observada qual hipteseincidir:

    1) Se o recurso no for apresentado, o pagamento da multa dever ser efetuado no prazo de 30 (trinta)dias a contar da intimao da deciso de indeferimento da impugnao.

    2) J se o recurso for indeferido (julgado de forma desfavorvel ao autuado), o prazo para o recolhi-mento da multa de 30 (trinta) dias, contados da data da publicao dessa deciso no Dirio Oficial doEstado, nos termos do art. 27 da Lei n 3.467/2000.

    Vencidos os prazos acima previstos sem que o autuado tenha interposto recurso ou efetuado o paga-mento da multa, ser emitida a Nota de Dbito e os autos sero imediatamente remetidos Procurado-ria Geral do Estado para inscrio em Dvida Ativa e cobrana do dbito.

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    Anexo 1Quadro da Classificao da Fiscalizao quanto sSanes Administrativas

    I - Advertncia, apreenso e multa at R$ 100.000,00 (cem mil reais)

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    II- Outras sanes administrativas

    O quadro a seguir diz respeito hiptese de aplicao de outras sanes administrativas, estabelecidasnos incisos V, VI, VII, VIII, IX e X do art. 2 da Lei n 3.467/00 (Ex: destruio ou inutilizao doproduto, embargo de obra ou atividade, entre outras).

    Base legal: art. 61 do Decreto n 41.628/09, que regulamentou a Lei n 5.101/2007.

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    III - Medidas cautelares

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    Parte 2NDICE TEMTICO DE LEGISLAO

    Legislao Ambiental Federal

    AO CIVIL PBLICALei n 7.347, de 24 de julho de 1985, que disciplina a Ao Civil Pblica

    AGROTXICOLei n 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispe sobre a pesquisa e fiscalizao de agrotxicoDecreto n 4.074, de 04 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei n 7.802/89

    GUASDecreto n. 24.643, de 10 de julho de 1934, que decreta o Cdigo de guas

    Lei n 9.433, de 08 de janeiro de 1997, que institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos

    CRIMES E INFRAES AMBIENTAISLei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispe sobre sanes penais e administrativasDecreto n 6.514, de 22 de julho de 2008, que dispe sobre infraes e sanes ambientais

    FAUNALei n 5.197, de 03 de janeiro de 1967, que dispe sobre a proteo faunaDecreto-lei n 221, de 28 de fevereiro de 1967, que dispe sobre a proteo e estmulos pescaInstruo Normativa Ibama n 179, de 25 de junho de 2008, que define as diretrizes procedimentos

    para destinao dos animais da fauna silvestre nativa e extica apreendidos

    FLORESTASLei n 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o Cdigo FlorestalLei n 11.284, de 02 de maro de 2006, que dispe sobre a gesto de florestas pblicasDecreto n 6.063, de 20 de maro de 2007, que regulamenta a Lei n 11.284/2006, que dispe sobrea gesto de florestas pblicas para a produo sustentvelLei n 11.428, de 22 de dezembro de 2006, que dispe sobre a utilizao e proteo da vegetaonativa do Bioma Mata AtlnticaDecreto n 6.660, de 21 de novembro de 2008, que regulamenta dispositivos da Lei n 11.428/06

    Resoluo Conama n 302, de 20 de maro de 2002, que disciplina os limites de rea de preservaopermanente de reservatrios artificiaisResoluo Conama n 303, de 20 de maro de 2002, que regulamenta definies e limites das reas depreservao permanenteResoluo Conama n 369, de 28 de maro de 2006, que regulamenta os casos excepcionais quedisciplinam a interveno ou supresso de vegetao em reas de preservao permanente

    GERENCIAMENTO COSTEIROLei n 7.661, de 16 de maio de 1988, que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

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    IMPACTO E LICENCIAMENTO AMBIENTALResoluo CONAMA n 01, de 23 de janeiro de 1986, que dispe sobre Estudo Prvio de ImpactoAmbiental e Relatrio de Impacto Ambiental - EIA/RIMAResoluo CONAMA n 237, de 19 de dezembro de 1997, que estabelece o procedimento delicenciamento ambiental estabelecido na Lei da Poltica Nacional do Meio AmbienteResoluo CONAMA n 369, de 28 de maro de 2006, que dispe sobre os casos excepcionais de

    utilidade pblica, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a interveno ou su-presso de vegetao em rea de preservao permanente

    MINERAODecreto-lei n 227, de 28 de fevereiro de 1967, d nova redao ao Decreto-lei nmero 1.985, de 29 dejaneiro de 1940, que dispe sobre o Cdigo de MineraoLei n 7.805, de 18 de julho de 1989, que altera o Decreto-lei n 227, de 28 de fevereiro de 1967, quecria o regime de permisso de lavra garimpeiraDecreto n 98.812, de 09 de janeiro de 1990, que regulamenta a Lei n 7.805/89Resoluo CONAMA n 09/1990, de 06 de dezembro de 1990, que dispe sobre normas especficaspara o Licenciamento Ambiental de Extrao Mineral.

    PESCADecreto-lei n 221, de 28 de fevereiro de 1967, que dispe sobre proteo e estmulos pesca

    UNIDADES DE CONSERVAOLei n 9.985, de 18 de julho de 2000, que regulamenta o art. 225, 1o, incisos I, II, III e VII da Consti-tuio Federal e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao - SNUCDecreto n 4.340, de 22 de agosto de 2002, que regulamenta artigos da Lei n 9.985/00

    POLTICA URBANALei n 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispe sobre o parcelamento do solo urbanoLei n 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituio Federale institui o Estatuto da Cidade

    POLTICA AGRCOLALei n 8.171, de 17 de janeiro de 1991, que dispe sobre a Poltica Agrcola

    POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTELei n 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispe sobre a Poltica Nacional do Meio AmbienteDecreto n 99.274, de 06 de junho de 1990, que regulamenta as Leis n 6.902, de 27 de abril de 1981(criao de Estaes Ecolgicas e reas de Proteo Ambiental) e n 6.938/81

    POLTICA NACIONAL DE RESDUOS SLIDOSLei n 12.305, de 02 de agosto de 2010, que instituiu a Poltica Nacional de Resduos Slidos e alteraa Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998

    SANEAMENTO BSICOLei n 11.445, de 05 de janeiro de 2007, que disciplina o saneamento bsico

    TERRENOS DE MARINHAConstituio Federal Art. 20, VII

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    Lei n 9.636, de 15 de maio de 1998, que dispe sobre os bens pblicos federais e altera os dispositi-vos do Decreto-lei n 9.760 de 05 de setembro de 1946

    Legislao Ambiental Estadual

    Captulo do Meio Ambiente da Constituio do Estado do Rio de Janeiro - art. 261 1. I, XV e 2.

    FAIXA MARGINAL DE PROTEOLei n 650, de 11 de janeiro de 1983, que dispe sobre a Poltica Estadual de defesa e proteo dasbacias fluviais e lacustres do Rio de JaneiroDecreto n 42.356 de 16 de maro de 2010, que dispe sobre o tratamento e a demarcao das faixasmarginais de proteo nos processos de licenciamento ambiental e de emisses de autorizaesambientaisDecreto n 42.484 de 28 de maio de 2010, que disciplina a transferncia do procedimento de demarca-o das FMPs aos municpios

    INEA: CRIAO E REGULAMENTAOLei n 5.101, de 04 de outubro de 2007, que dispe sobre a criao do Instituto Estadual do Ambiente- IneaDecreto n 41.628, de 12 de janeiro de 2009, que estabelece a estrutura organizacional do IneaDecreto n 42.062, de 06 de outubro de 2009, que modificou o Decreto n 41.628/2009Decreto n 42.168, de 07 de dezembro de 2009, que modificou os decretos anteriores

    INEA: FISCALIZAO, INFRAES E SANES ADMINISTRATIVASLei n 3.467, de 14 de setembro de 2000, que dispe sobre as sanes administrativas derivadas de

    condutas lesivas ao meio ambienteResoluo Condir n 06/09, de 17 de junho de 2009, disciplina o procedimento de descentralizao doexerccio do poder de polcia ambiental

    Portaria Inea/PRES n 102, de 10 de fevereiro de 2010, dispe sobre o procedimento sancionatriorelativo ao processo administrativo ambiental e define os atos administrativos utilizados nas aesfiscalizatrias.

    Deliberao Inea n 10, de 03 de maio de 2010, estabelece o procedimento de anlise das impugnaesapresentadas contra autos de infrao lavrados no caso de imposio de advertncia, multas e apreenso.

    LICENCIAMENTO AMBIENTAL: DESCENTRALIZAODecreto Estadual n 40.793, de 05 de junho de 2007, que disciplina o procedimento de descentralizaoda fiscalizao e do licenciamento ambientalDecreto Estadual n 40.980, de 15 de outubro de 2007, d nova redao aos arts. 1, 3 e ao ttulo doanexo do Decreto n 40.793, de 05 de junho de 2007, que disciplina o procedimento de descentralizaoda fiscalizao ambiental mediante a celebrao de convnios com municpios do Estado do Rio deJaneiro e determina outras providnciasDecreto Estadual n 42.050, de 25 de setembro de 2009, disciplina o procedimento de descentralizaodo licenciamento ambiental mediante a celebrao de convnios com os municpios do Estado do Rio

    de Janeiro, e d outras providnciasDecreto Estadual n 42.159, de 02 de dezembro de 2009, dispe sobre o sistema de licenciamentoambiental - SLAM e d outras providncias.

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    Decreto n 42.440 de 30 de abril de 2010, que altera o Decreto n 42.050/2009 e disciplina o procedi-mento de licenciamento ambiental mediante a celebrao de convnios com os municpios

    PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVOLei n 5.427, de 01 de abril de 2009, que estabelece normas sobre atos e processos administrativos no

    mbito do Estado do Rio de Janeiro

    RECURSOS HDRICOSLei n 3.239, de 02 de agosto de 1999, institui a poltica estadual de Recursos Hdricos; cria o sistemaestadual de gerenciamento de recursos hdricos; regulamenta a Constituio Estadual, em seu artigo261, pargrafo 1, inciso VII; e d outras providnciasLei n 4.247, de 16 de dezembro de 2003, dispe sobre a cobrana pela utilizao dos recursos hdricosde domnio do Estado do Rio de Janeiro e d outras providnciasDecreto n 40.156, de 17 de outubro de 2006, que estabelece os procedimentos para a regularizaodos usos de gua superficial e subterrnea

    SACOLAS PLSTICASLei n 5.502, de 15 e julho de 2009, que dispe sobre a substituio e recolhimento de sacolas plsticase acrescenta o art. 98-A Lei n 3.467/00Decreto n 42. 552, de 12 de julho de 2010, que regulamenta a Lei n 5.502, de 15 de julho de 2009

    TAXA DE FISCALIZAO AMBIENTALLei n 5.438, de 17 de abril de 2009, que institui a taxa de controle e fiscalizao

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    Parte 3PRINCIPAIS AES DE FISCALIZAOPROCEDIMENTOS (PASSO A PASSO)

    Art. 31 - Matar, perseguir, caar, apanhar, utilizar espcimes da fauna silvestre, nativos ou em rotamigratria, sem a devida permisso, licena ou autorizao da autoridade competente, ou em desacor-do com a obtida.

    Quando utilizar: em todas as circunstncias quando a fauna estiver sofrendo leso ou ameaa deleso, inclusive nos episdios de comercializao sem prvia autorizao da autoridade competente.

    Providncias:

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    ATENO:* S proceder com a soltura se tiver a certeza de que o animal apresenta condies de retornar natureza e de que foicapturado nas imediaes de onde foi encontrado;* No realizar a soltura em unidades de conservao da natureza de proteo integral;* Na dvida da soltura, entregar os animais ao CETAS;* Identificar as espcies (pelo menos o nome vulgar) e a quantidade de animais na lavratura dos termos;* Verificar as espcies ameaadas de extino (o que constitui uma circunstncia que agrava a penalidade a serimposta no Auto de Infrao).

    Art. 39 - Pescar em perodo no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por rgo compe-tente.

    Quando utilizar: nas circunstncias em que houver pesca em locais proibidos ou com restries, como,por exemplo, nas Reservas Biolgicas e outras unidades de proteo integral.

    Providncias:

    ATENO:* O mesmo Termo de Apreenso pode incluir o instrumento utilizado para a pesca e o que foi pescado. Observar operodo de defeso das espcies pescadas e se as mesmas encontram-se ameaadas de extino, pois nestes casos apenalidade a ser imposta agravada e, consequentemente, o valor da multa ser maior.Ato contnuo, para o instrumento apreendido ser lavrado o Termo de Depsito (em nome do Inea ou do autuado,conforme o caso); j para o que foi pescado e desde que esteja em condies sanitrias adequadas (tendo em vista a

    rapidez com que esses produtos perecem), utilizar-se- o Termo de Doao.* De acordo com o art. 2, 6, da Lei n 3.467/2000, tratando-se de produtos perecveis, os mesmos devem seravaliados e doados a instituies cientficas (preferencialmente pblicas), hospitalares e outras com fim beneficente.

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    Art. 45- Cortar rvores em floresta considerada de preservao permanente, sem permisso da autori-dade competente.

    Quando utilizar: nas circunstncias em que existir supresso de vegetao.

    Providncias:

    ATENO:* Lembrar que nos espaos em que se encontram as reas de preservao permanente, APPs, a rea o objeto principalde proteo, alm da vegetao;* Quando for encontrado material lenhoso, objeto de corte no autorizado, deve-se apreender a lenha e lavrar Termo deDepsito, nomeando o Inea como fiel depositrio, se houver a possibilidade de transportar o material. No havendocondies de transporte, o autuado que deve ser nomeado como fiel depositrio.*De acordo com o art. 2, 6, da Lei n 3.467/2000, tratando-se de produtos perecveis e madeira, os mesmos devem seravaliados e doados a instituies cientficas (preferencialmente pblicas), hospitalares e outras com fim beneficente.

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    Art. 46 - Causar dano direto ou indireto s Unidades de Conservao e s reas de que trata o art. 27 doDecreto n 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localizao.

    Quando utilizar:nas circunstncias em que a infrao ocorrer no interior de Unidade de Conservaoe/ou no seu entorno imediato.

    Providncias:

    ATENO:

    * Um dano direto quando o impacto ocorre no interior da Unidade de Conservao e indireto quando ocorre noentorno imediato.

    Art. 47 - Provocar incndio em mata ou floresta.

    Quando utilizar: nas circunstncias em que houver utilizao de fogo em mata ou floresta, mesmo nassituaes em que o incndio no foi proposital.

    Providncias:

    ATENO:* Mensurar a extenso do incndio, bem como de todos os danos decorrentes (tipologia da vegetao queimada, e seexistem espcimes faunsticos mortos no terreno atingido pelo fogo);* Verificar se o incndio causou danos propriedade de terceiros (agravante da penalidade a ser imposta);*Verificar se atingiu parcialmente ou totalmente Unidade de Conservao (agravante da penalidade a ser imposta).

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    Art. 48 - Fabricar, vender, transportar ou soltar bales que possam provocar incndios nas florestas edemais formas de vegetao, em reas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano.

    Quando utilizar:ao se constatar qualquer das aes previstas no artigo acima relacionadas com bales.

    Providncias:

    ATENO:* Relacionar detalhadamente o que foi apreendido e colher assinatura das testemunhas;* Assim que houver a possibilidade de resgatar o material que est sob a guarda do autuado, deve-se proceder imediatamente;* Nas operaes planejadas para surpreender os baloeiros, a articulao deve ser feita anteriormente com o BatalhoFlorestal da Polcia Militar, a fim de se preparar a logstica para apreender quantidades significativas de bales.

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    Art. 51 - Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvo e outrosprodutos de origem vegetal, sem exigir a exibio de licena do vendedor, outorgada pela autoridadecompetente, e sem munir-se da via que dever acompanhar o produto at o final beneficiamento.

    Quando utilizar:nas circunstncias envolvendo comrcio de produtos de origem vegetal (ex: carvo),sem comprovao da origem.

    Providncias:

    ATENO:* Assim que houver a possibilidade de resgatar o material que est sob a guarda do autuado, deve-se proceder de formaimediata;* De acordo com o art. 2, 6, da Lei n 3.467/2000, tratando-se de produtos perecveis e madeira, os mesmos devem seravaliados e doados a instituies cientficas (preferencialmente pblicas), hospitalares e outras com fim beneficente.

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    Art. 52 - Impedir ou dificultar a regenerao natural de florestas ou demais formas de vegetao.

    Quando utilizar:nas circunstncias em que a infrao cometida impedir que a floresta se regenere porsi s. Exemplo: pisoteio de gado, roada de sub-bosque etc.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para que a Notificao seja atendida;* Verificar se no caso foram infringidos outros artigos da Lei n 3.467/2000

    Art. 55 -Comercializar motosserra ou utiliz-la em floresta ou demais formas de vegetao, sem licenaou registro da autoridade ambiental competente.

    Quando utilizar:nas circunstncias em que houver o flagrante de utilizao de motosserra.

    Providncias:

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    ATENO:* Quando existir material lenhoso e houver condies de transporte, o Inea deve ser nomeado como fiel depositrio; nohavendo condies de transporte, o autuado permanece como fiel depositrio;* Assim que houver a possibilidade de resgatar o material que est sob a guarda do autuado, proceder com a aoimediatamente.

    Art. 56 - Ingressar em Unidades de Conservao conduzindo substncias ou instrumentos prprios

    para caa ou para explorao de produtos ou subprodutos florestais, sem licena da autoridade compe-tente.

    Quando utilizar:nas circunstncias em que existir o flagrante da utilizao dos instrumentos citadospara a caa ou para a explorao florestal, sem autorizao, no interior de Unidade de Conservao.

    Providncias:

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    ATENO:* Especificar detalhadamente o que foi apreendido, doado, depositado e colher a assinatura das testemunhas ao lavraros respectivos autos;* No incide a agravante, por j estar prevista no tipo administrativo, sob pena de configurar duplo sancionamento pelamesma infrao, o que proibido pelo Direito (bis in idem).* Como pode haver pesquisas nas Unidades de Conservao em que haja a necessidade de captura dos animais, deve-seconferir, nestes casos, a presena do crach que identifica a pessoa designada pelo rgo responsvel por suaadministrao.

    Art. 57 - Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas, ou vegetao fixadora de dunas, protetorasde mangues, objeto de especial preservao.

    Quando utilizar: ao se constatar supresso de vegetao nativa ou plantada de vegetao fixadora dedunas ou protetora de mangue.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para que a Notificao seja atendida;* Quando existir material lenhoso e houver condies de transporte, o Inea deve ser nomeado como fiel depositrio; nohavendo condies de transporte, o autuado permanece como fiel depositrio.

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    Art. 60- Fazer uso de fogo em reas agropastoris sem autorizao do rgo ambiental competente ouem desacordo com a obtida.

    Quando utilizar:ao se constatar a utilizao de fogo para renovao de pasto e/ou plantio.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para a Notificao;* Verificar, quando possvel, as espcies queimadas e se a queimada ocorreu no interior de Unidade de Conservao(agravante da penalidade a ser imposta no Auto de Infrao);* Se ocorreu em perodo de seca (agravante da penalidade a ser imposta no Auto de Infrao).

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    Art. 62 - Executar pesquisa, lavra ou extrao de resduos minerais sem a competente autorizao,permisso, concesso ou licena ou em desacordo com a obtida.

    Quando utilizar: nas circunstncias envolvendo extrao de bens minerais sem a devida autorizao/licena ou em desacordo com ela.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para o cumprimento da Notificao;* De acordo com o Decreto n 42.050/2009, s quem concede a Licena Ambiental para a atividade de extrao mineral o Inea.

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    Art. 63- Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armaze-nar, guardar, ter em depsito ou usar produto ou substncia txica, perigosa ou nociva sade humanaou ao meio ambiente, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou em seus regulamentos.

    Quando utilizar: ao se constatar qualquer das aes previstas no artigo acima, relacionadas aos produ-tos que oferecem risco sade e ao meio ambiente.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para o cumprimento da Notificao.

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    Art. 64 - Iniciar obras ou atividade, construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qual-quer parte do territrio nacional, estabelecimentos, obras ou servios potencialmente poluidores, semlicena ou autorizao dos rgos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regula-mentos pertinentes.

    Quando utilizar: ao se constatar construes (condomnios, loteamentos), incio de atividades potenci-

    almente poluidoras, situadas ou no no interior de Unidades de Conservao, sem prvia licena/autorizao, bem como captao de gua sem a outorga ou permisso de uso (captaes subterrneas -poos, e captaes superficiais - rios)

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para o cumprimento da Notificao;* Verificar a combinao com outros artigos.

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    Art. 70- Promover construo em solo no edificvel, ou no seu entorno, assim considerado em razode seu valor paisagstico, ecolgico, artstico, turstico, histrico, cultural, religioso, arqueolgico,etnogrfico ou monumental, sem autorizao da autoridade competente ou em desacordo com a conce-dida.

    Quanto utilizar:ao se constatar construes e/ou intervenes em reas no edificveis em razo dos

    valores acima tutelados.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para o cumprimento da Notificao;* Se a construo estiver em andamento, embargar a obra cautelarmente;* Verificar a combinao com outros artigos da Lei n 3.467/2000.

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    Art. 76 - Deixar, sem justa causa, de cumprir as regulares intimaes dos rgos ambientais estaduais,nos termos do art. 14 desta Lei.

    Quando utilizar:ao se constatar que o requerente descumpriu as intimaes ou notificaes emitidaspelo Inea.

    Providncias:

    ATENO:* Verificar a combinao com outros artigos da Lei n 3.467/2000.

    Art. 80- Impedir ou, de qualquer modo, dificultar a ao de fiscalizao dos rgos ambientais estaduais.

    Quando utilizar:nas circunstncias em que houver demora em atender ao fiscal ou entregar documen-tos que tenham sido solicitados no local, ou ao negar-se a mostrar alguma parte da propriedade visto-

    riada no momento da ao.

    Providncias:

    ATENO:* Verificar a combinao com outros artigos.

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    Art. 83 - Dar incio instalao de qualquer atividade ou testar qualquer equipamento sem possuirlicena de instalao, quando esta for exigvel, salvo se a demora na obteno de licena no puder seratribuda ao empreendedor.

    Quando utilizar:nas circunstncias em que a atividade exige a licena de instalao, e o requerenteno a possui.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para o cumprimento da Notificao;* Verificar a combinao com outros artigos.

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    Art. 84 - Instalar atividade ou testar qualquer equipamento em desacordo com as condies ou restri-es estabelecidas na respectiva licena de instalao.

    Quando utilizar: nas circunstncias em que a atividade possui a Licena de Instalao, porm descumpreparcialmente ou totalmente as condicionantes e/ou restries estabelecidas na licena.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para o cumprimento da Notificao;* Verificar a combinao com outros artigos.

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    Art. 86- Dar prosseguimento a operao de qualquer atividade depois de vencido o prazo de validadeda respectiva licena de operao, salvo se j tiver sido protocolizado o respectivo pedido de renovaode licena.

    Quando utilizar: nas circunstncias em que a atividade possui a licena de operao, porm o prazo devalidade j est expirado, salvo se j houver pedido de renovao da LO protocolizado.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para o cumprimento da Notificao;* Verificar a combinao com outros artigos.

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    Art. 87 - Operar atividade licenciada em desacordo com as condies ou restries estabelecidas narespectiva licena de operao.

    Quando utilizar: nas circunstncias em que a atividade possui a licena de operao, porm descumpreparcialmente ou totalmente as condicionantes e/ou restries estabelecidas na licena.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para o cumprimento da Notificao;* Verificar a combinao com outros artigos.

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    Art. 94- Causar degradao ambiental que provoque eroso, deslizamento, desmoronamento ou mo-dificao nas condies hidrogrficas ou superficiais.

    Quando utilizar:ao se constatar intervenes em corpo hdrico como, por exemplo, desvio de cursod'gua, construo de pontes, barragens, etc. tambm utilizado nas intervenes humanas (ex: cortede talude, grandes movimentaes de terra etc.) que tornam o solo suscetvel a sofrer eroso, desmoro-

    namento e deslizamento.

    Providncias:

    ATENO:* Estipular prazo para o cumprimento da Notificao;* Verificar a combinao com outros artigos;* Verificar se ocorreu em Unidade de Conservao.

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    Parte 4

    DVIDAS MAIS FREQUENTESPerguntas e Respostas

    1. Quais os servidores do Inea que podem exercer a fiscalizao?

    Os servidores pblicos lotados na Presidncia, Vice-Presidncia, Superintendncias Regionais,COGEFIS e Diretorias que tm atribuio para fiscalizar, desde que seus nomes constem em Porta-ria especfica do Inea.

    2. Como o fiscal do Inea deve proceder quando for a campo?

    Utilizando-se de veculo oficial, deve estar vestido de forma discreta, trajando o colete comidentificao do Inea e portando o crach que o identifique como servidor pblico do Instituto.Alm disto, deve portar o equipamento necessrio ao tipo de fiscalizao a ser feita.

    3. Como o fiscal do Inea deve dirigir-se ao infrator?

    Deve abord-lo com educao, probidade e tica, sem utilizar-se da violncia verbal ou fsica,segundo o Manual de tica do Servidor Pblico. Agindo desta maneira, evitar a suaresponsabilizao administrativa pelo cometimento de infrao funcional, cuja apurao com-pete Corregedoria do Inea.

    4. Quais os principais documentos utilizados na fiscalizao?

    A) AUTO DE CONSTATAO ato administrativo pelo qual o agente da fiscalizao constatauma infrao legislao ambiental, identifica o infrator, descreve a conduta e tipifica a ao/omis-so, fundamentando com a legislao ambiental do Estado do Rio de Janeiro e sugerindo a aplica-o da sano administrativa. A fim de atender os princpios constitucionais do contraditrio, daampla defesa e do devido processo legal, o infrator dever ter cincia deste ato, mesmo que no hajapreviso na Lei n 3.467/2000 para interposio de recurso administrativo.

    B) RELATRIO DE VISTORIA o documento no qual esto descritos fatos verificados medi-ante anlise e investigao por parte dos profissionais com conhecimentos tcnicos e que parti-ciparam da vistoria.

    C) AUTO DE INFRAO AMBIENTAL ato administrativo que tem como fundamento oAuto de Constatao, acrescido do relatrio de vistoria, e que por meio do qual a autoridadecompetente aplica a(s) sano(es) administrativa(s) correspondentes (s) infrao(es) consta-tadas. Em caso de imposio de multa, deve indicar o valor, o prazo para o seu recolhimento epara a interposio de impugnao. oriundo do poder de polcia que detm a Administrao Pblica, sendo uma espcie de atoadministrativo punitivo. tambm um ato formal e, por isto, deve respeitar integralmente osrequisitos previstos em lei (art. 13, pargrafo nico, da Lei n 3.467/2000).

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    Dever ser assinado pelo agente da fiscalizao com atribuio para aplicar a sano adminis-trativa nele imposta e tambm pelo infrator. Caso este se negue a assin-lo, o auto dever serassinado por duas testemunhas, sendo relatada a recusa neste auto.Poder ser entregue pessoalmente ao infrator ou poder ser remetido pela via postal (correio),com aviso de recebimento - AR.

    D) NOTIFICAO o instrumento administrativo que tem como objetivo dar cincia ao infra-tor das providncias a serem tomadas. Trata-se de uma comunicao formal que, em princpio,no acarreta aplicao de sano administrativa ou medida cautelar. Contudo, se as providn-cias no forem cumpridas, deve-se lavrar, respectivamente, os Autos de Constatao e de Infra-o tendo como base o art. 2, 3 II c/c e o art. 76 da Lei n 3.467/2000.

    Observao:A Lei n 3.467/00 distingue Notificao de Intimao. A primeira definida noinciso II do 3, de seu art. 2, como a forma de comunicar o infrator da aplicao de multa,quando deixar de atender s determinaes da autoridade ambiental competente. J a ltima utilizada para avisar o infrator do ato ou omisso cometida, para cincia da deciso ou efetivaoda deciso, de acordo com o art. 14 da referida lei. Entretanto, o Inea s utiliza a Notificao,pois a Intimao no consta do seu Sistema, assim como tambm no est prevista nos atosadministrativos do Parecer RD n 02/2009 e na Portaria Inea/Pres n 102/2010.

    E) TERMO DE APREENSO o instrumento pelo qual o Inea apreende bens materiais, ouseja, animais, produtos e subprodutos, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veculos dequalquer natureza utilizados na prtica da infrao ambiental constatada.

    F) TERMO DE DOAO o instrumento pelo qual o Inea doa a instituies cientficas, hospi-talares ou qualquer outra com fins beneficentes, culturais e educacionais, o material ou instru-mento apreendido, aps avaliao do rgo competente.

    G) TERMO DE SOLTURA o instrumento pelo qual o Inea devolve ao habitat natural, ajardins zoolgicos ou a entidades assemelhadas, os animais apreendidos, aps a devida inspe-o por veterinrio ou bilogo competente.

    H) TERMO DE DEPSITO o instrumento pelo qual o Inea formaliza a posse imediata deproduto ou material apreendido em nome da pessoa indicada na legislao ambiental vigente,que responder pela sua guarda e conservao como fiel depositrio. O Inea poder ser nome-ado como fiel depositrio ou mesmo o prprio autuado.

    5. Como proceder quando na fiscalizao de atividades de caa forem encontradas armasde fogo como espingardas ou trabucos?

    Deve-se apreender as armas, lavrando o Termo de Apreenso, e encaminh-las Diviso deFiscalizao de Armas e Explosivos (Defae) da Polcia Civil, que deve ser nomeada como depo-sitria fiel.

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    6. Quando for impossvel encaminhar os animais apreendidos na atividade de fiscalizaoao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama (CETAS), em virtude da distnciae/ ou da localizao, o que fazer com os mesmos?

    Deve-se encaminh-los Unidade de Conservao mais prxima ou ao Zoolgico da regio,lavrando o respectivo Termo de Depsito em nome dessas entidades, com a correta quantificao

    e qualificao dos animais apreendidos.

    7. O que infrao administrativa?

    INFRAO ADMINISTRATIVA conceituada como toda ao ou omisso que viole as re-gras jurdicas de uso, gozo, proteo e recuperao do meio ambiente. Ser apurada mediantea instaurao de processo administrativo, assegurados a ampla defesa, o contraditrio e o devi-do processo legal. Ex: art. 88 da Lei n 3.467/00: "Causar, por poluio da gua, do ar ou dosolo, incmodo ou danos materiais ou morais a terceiros."

    8. O que sano administrativa?

    SANO ADMINISTRATIVA imposta pelo Poder Pblico (por meio de Auto de Infrao) emdecorrncia da prtica de infrao administrativa prevista em lei e deve ser proporcional infraocometida e ao dano causado, sem deixar de apresentar contedo intimidatrio e punitivo.

    9. O que so medidas cautelares?

    MEDIDAS CAUTELARESso atos de precauo aplicveis quando se est diante de risco sade da populao ou da ocorrncia ou iminncia de ocorrer degradao ambiental de difcil

    reparao. Por isto, so impostas antes da instaurao ou em qualquer fase do processo admi-nistrativo sancionador.Produzem efeitos de imediato e no esto sujeitas a recurso do administrado.

    So dotadas de provisoriedade, vez que vigoraro pelo prazo mximo de 60 dias, ao final doqual devero ser ratificadas como sano administrativa ou deixaro de produzir efeitos.

    10. Quais as MEDIDAS CAUTELARES administrativas estabelecidas na legislaoambiental do Estado do Rio de Janeiro?

    Segundo o art. 29 da Lei n 3.476/2000:a) Apreenso;b) Suspenso de venda e fabricao do produto;c) Embargo de obra ou atividade;d) Suspenso parcial ou total das atividades;e) Interdio do estabelecimento.

    11. Quais so as SANES ADMINISTRATIVAS previstas na legislao ambiental doEstado do Rio de Janeiro?

    a) Advertncia;b) Multa simples;c) Multa diria;

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    d) Apreenso;e) Destruio ou inutilizao do produto;f) Suspenso de venda e fabricao do produto.g) Embargo de obra ou atividade.h) Suspenso parcial ou total das atividades.i) Interdio do estabelecimento.

    j) Restritiva de direitos.

    13. Quais so os critrios utilizados pelos agentes ambientais para a imposio egradao da sano administrativa?

    Os critrios utilizados so:a) Gravidade do fato;b) Antecedentes do infrator;c) Situao econmica do infrator.

    14. Quais so as circunstncias que atenuam a aplicao da sano administrativa?

    Estas circunstncias atenuantes so:a) Baixo grau de instruo ou escolaridade do infrator;b) Reparao espontnea do dano ou limitao significativa da degradao ambiental causada;c) Comunicao prvia pelo infrator do perigo iminente de degradao ambiental;d) Colaborao com os agentes encarregados da vigilncia e do controle ambiental, ou seja, comas autoridades que exercem o poder de polcia ambiental;e) Ter o infrator promovido ou estar promovendo programas de educao ambiental em confor-midade com a poltica estadual de educao ambiental;

    f) Ter o infrator implementado, ou estar implementando, programas voluntrios de gestoambiental, visando melhoria contnua e o aprimoramento ambiental, segundo diretrizes for-muladas por entidades cientficas reconhecidas no Brasil.

    15. Quais so as circunstncias que agravam a aplicao da sano administrativa?

    Estas circunstncias agravantes so:a) Reincidncia nas infraes de natureza ambiental;b) Ausncia de comunicao, pelo infrator, do perigo iminente da degradao ambiental ou desua ocorrncia autoridade competente;

    c) Ter o agente cometido a infrao:

    Para obter vantagem pecuniria ou outro motivo torpe; Para coagir algum para a execuo material da infrao; Afetar ou expor a perigo, de maneira grave, a sade pblica ou o meio ambiente; Causar danos propriedade alheia; Atingir reas de Unidades de Conservao ou reas sujeitas, por ato do Poder Pblico,a regime especial de uso; Atingir reas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; Em perodo de defeso fauna;

    Em domingos e feriados; noite; Em pocas de secas ou inundaes;

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    16. Como instaurado o processo administrativo?

    Solicita-se ao Protocolo do Inea a instaurao de processo administrativo, juntando o Auto deConstatao, o Relatrio de Vistoria e a Guia de Recebimento. Posteriormente, com a lavraturado Auto de Infrao, dever este ser anexado juntamente com outros documentos necessrios instruo do processo administrativo.

    17. Quem lavra o Auto de Constatao?

    Todos os servidores estaduais discriminados em Portaria especfica do Inea.

    18. O que deve conter o Auto de Constatao?

    a) A identificao do interessado;b) O local, a data e a hora da infrao;c) A descrio da infrao ou infraes e a meno do(s) dispositivo(s) legal(is) transgredido(s);d) A(s) sano(es) administrativa(s) a que est sujeito o infrator e o(s) respectivo(s) preceito(s)legal(is) que tipifica(m) sua conduta;e) Assinatura da autoridade competente.

    19. Qual o momento da lavratura do Auto de Infrao?

    Ser aps a instaurao do processo administrativo, em que foram juntados o Auto de Constatao,o aviso de recebimento do mesmo pelo infrator, o relatrio de vistoria e demais documentosnecessrios instruo do processo, tais como fotos que identifiquem o local e outros elemen-tos da infrao.

    20. Quem lavra o Auto de Infrao?

    Os Autos de Infrao, que tero como base as informaes constantes dos respectivos Autos deConstatao sero lavrados:a) Pelo Superintendente Regional, no caso de imposio de advertncia, apreenso e multaat o valor de R$ 100.000, 00 (cem mil reais), nos limites de sua competncia territorial, deacordo com o inciso I do art. 61 do Decreto n 41.628/2009;

    No interior de espao territorial especialmente protegido; Com o emprego de mtodos cruis para abate ou captura de animais; Mediante fraude ou abuso de confiana; Mediante abuso do direito de licena, permisso ou autorizao ambiental; No interesse de pessoa jurdica mantida, total ou parcialmente, por verbas pblicasou beneficiada por incentivos fiscais;

    Atingindo espcies ameaadas; Facilitada por servidor pblico no exerccio de suas funes;

    d) Ter o infrator iniciado obra ou atividade em desrespeito s determinaes da licena ambiental.

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    b) Pela Coordenadoria Geral de Fiscalizao, nas outras sanes previstas no art. 2 da Lei n3.467/2000 e multas acima do valor de R$ 100.000, 00, conforme o inciso II do art. 61 doDecreto n 41.628/2009;Ateno: De acordo com o Decreto n 41.628/2009, o Condir no lavra Auto de Infrao.

    21. O que deve constar do Auto de Infrao?

    Alm dos requisitos do Auto de Constatao, devem ser estipulados:a) O valor e o prazo para recolhimento da multa;b) O prazo para interposio do recurso; Obs: O Auto de Infrao tem por base as informaes constantes do respectivo Auto deConstatao, de acordo com o art. 13 da Lei n 3.467/2000.

    22. Como o infrator avisado a respeito da lavratura do Auto de Infrao?

    O infrator ser comunicado sobre a lavratura do Auto de Infrao:

    - pessoalmente, por cincia da deciso e/ou cumprimento de diligncia no processo;- pelo servio dos correios, sempre com aviso de recebimento (AR);- no caso de autuados indeterminados, desconhecidos ou com domiclio indefinido, ser poredital, a ser publicado no Dirio Oficial do Estado do Rio de Janeiro, com prazo de 20 dias.

    23. Qual o prazo para o autuado comparecer ao Inea aps receber Notificao paracumprimento de diligncia?

    De acordo com o art. 14, 2, da Lei n 3.467/2000, deve ser observada a antecedncia mnima de3 (trs) dias teis (a contar do recebimento) para o comparecimento no Inea. Ou seja, a lei s previu

    um perodo mnimo, podendo o Inea estabelecer um prazo maior, conforme o caso exigir.

    24. Como instrudo o processo administrativo?

    Com a realizao das seguintes providncias e juntada da documentao descrita:a) Audincia de outros rgos ou entidades administrativas;b) Comprovao dos fatos alegados;c) Se os fatos constarem de documentos existentes na prpria Administrao em que tramita oprocesso, o rgo competente para a instruo providenciar a juntada dos documentos;d) O interessado juntar, na fase de instruo, antes da deciso, documentos e pareceres, assim

    como poder requerer diligncias e percias e far alegaes referentes matria objeto doprocesso.

    25. Em caso de imposio de multa, qual o prazo para o seu pagamento?

    O prazo de 30 (trinta) dias, a contar da comunicao sobre o Auto de Infrao, de acordo como art. 15 da Lei n 3.467/2000, a menos que tenha havido interposio de recurso administra-tivo, quando ento dever ser contado a partir da ltima deciso desfavorvel ao infrator (aquelaque apreciou a impugnao, se s esta foi interposta, ou a que apreciou o recurso administrati-vo previsto no art. 63 do Decreto n 41.628/2009).

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    26. Qual a destinao dos recursos arrecadados com o pagamento da multa?

    Os recursos arrecadados com o pagamento de multas sero revertidos para o Fundo Estadualde Controle Ambiental - FECAM.

    27. O infrator obrigado a recuperar a rea, alm de ser responsabilizado

    administrativamente?

    Sim. Independentemente da aplicao de quaisquer sanes, o infrator ser obrigado a repararou indenizar os danos ambientais por ele causados.

    28. A quem ser dirigida a impugnao interposta em face de Auto de Infrao?

    Ser dirigida, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da Intimao do Auto de Infrao:a) ao Vice-Presidente, no caso de Autos de Infrao cujas sanes impostas so advertncia,apreenso e multa at R$ 100.000,00 (cem mil reais), com fundamentao do Servio de An-

    lise de Recursos;b) ao Condir, no caso de Autos de Infrao cujas multas so superiores a R$ 100.000,00 (cemmil reais), na imposio de destruio ou inutilizao do produto, suspenso de venda e fabri-cao do produto, embargo de obra ou atividade, suspenso parcial ou total das atividades,interdio do estabelecimento e restritiva de direitos.

    29. Indeferida a impugnao, qual o prazo para apresentao do recurso previsto no art.63 do Decreto n 41.628/2009 formulado contra os Autos de Infrao?

    No prazo de 15 (quinze) dias, a ser apreciado:

    a) pelo Condir, no caso das decises proferidas pelo Vice-Presidente;b) pela CECA, no caso das decises proferidas pelo Condir.

    30. Qual o efeito da impugnao e do recurso previsto no art. 63 do Decreto n 41.628/2009 quanto s sanes aplicadas no Auto de Infrao?

    No caso de multa imposta, o efeito ser suspensivo (a multa s ser exigvel aps a anlise daimpugnao e do recurso prevista no art. 63 do decreto em tela). Quanto s demais sanesadministrativas, tero efeito devolutivo (ou seja, as sanes aplicadas produziro efeitos at ojulgamento dos recursos).

    Em carter excepcional, a juzo da autoridade competente e se houver pedido do recorrente,poder ser conferido efeito suspensivo aos recursos, nas hipteses em que a execuo imediatada penalidade possa acarretar dano irreparvel (art.26, pargrafo nico da Lei n 3.467/2000)

    31. A deciso que apreciar os recursos administrativos dever ser motivada?

    Os motivos de fato e de direito (dispositivos legais) devem fundamentar a deciso da autoridadeadministrativa.

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    32. No julgamento de impugnaes e recursos que tiverem por base a aplicao de multaestabelecida no Auto de Infrao, esta poder ser modificada?

    Sim, poder ser aumentada ou diminuda, de ofcio pela autoridade competente, desde que pordeciso devidamente motivada.

    33. O Inea poder assinar Termos de Ajustamento de Conduta - TAC com organizaes

    pblicas e privadas, nacionais e estrangeiras?

    Sim, desde que preenchidos os requisitos do artigo 101 da Lei n 3.467/2000 e da NA 5001 eque atendam ao interesse do meio ambiente e legislao ambiental vigente.

    34. Se for mantida a multa integral ou parcialmente, qual ser o prazo para pagamento?

    O infrator ter o prazo de 30 (trinta) dias para efetuar o pagamento, contados da deciso finalpublicada no Dirio Oficial do Estado do Rio de Janeiro.

    35. Se o pagamento no for efetuado neste prazo, o que ocorre? E como prazo contado?

    Os autos sero enviados Procuradoria Geral do Estado (PGE), para inscrio em Dvida Ativae cobrana do dbito, cujo valor ser acrescido de 10% (dez por cento) de multa moratria parapagamento administrativo na PGE, e de 20% (vinte por cento) para pagamento judicial.Na contagem do prazo, exclui-se o dia do comeo, incluindo-se o dia do vencimento.

    36. Numa situao em que agentes da fiscalizao dos trs entes da Federao brasileira(como a Unio, Estado-membro e Municpio) comparecerem ao local da infrao, como

    proceder?

    A competncia constitucional para fiscalizar comum aos rgos do meio ambiente das diver-sas esferas da federao. Assim, a fiscalizao na rea ambiental pode ser exercida no s peloInea, como tambm pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renovveis(IBAMA) e pelas Secretarias Municipais.

    Em razo disso, o cometimento de uma infrao ambiental pode gerar a autuao por mais deum ente federativo. Assim, recomenda-se que os agentes de fiscalizao do Inea no deixem delavrar os autos cabveis. Posteriormente, que se dever fazer a anlise da ocorrncia de dupla

    punio pelo mesmo fato (princpio do non bis in idem), o que vedado pelo Direito.

    De acordo com o art. 76 da Lei n 9.605/1998, a multa federal excluda pelo pagamento demulta imposta, em decorrncia do mesmo fato, pelos Estados e Municpios. Contudo, no hpreviso legal quando a lavratura dos Autos de Infrao foi pelo Estado e pelo Municpio.

    Alm disso, a responsabilidade por danos ao meio ambiente pode ocorrer no s na esferaadministrativa, como tambm na civil e na penal, sendo as duas ltimas apuradas pelo PoderJudicirio.

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    Anexo 2

    LEI ESTADUAL N 3.467, DE 14 DE SETEMBRO DE 2000

    DISPE SOBRE AS SANES ADMINISTRATIVAS DERIVADAS DE CONDUTAS LE-

    SIVAS AO MEIOAMBIENTE NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, E D OUTRAS PRO-VIDNCIAS

    O Governador do Estado do Rio de Janeiro,Fao saber que a Assemblia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Captulo ISeo IDAS DISPOSIES GERAIS E DAS PENALIDADESArt. 1 - Considera-se Infrao administrativa ambiental toda ao ou omisso dolosa ou culposa que

    viole as regras jurdicas de uso, gozo, promoo, proteo e recuperao do meio ambiente.. 1 - As infraes administrativas ambientais sero apuradas em processo administrativo prprio,assegurados o contraditrio e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, observadas asdisposies desta lei.. 2 - VETADOArt 2 - As infraes administrativas sero punidas como as seguintes sanes, observadas as circuns-tncias atenuantes e agravantes:I - advertncia;II- multa simples;III - multa diria;IV- apreenso;V - destruio ou inutilizao do produto;VI - suspenso de venda e fabricao do produto;VII - embargo de obra ou atividade;VIII - suspenso parcial ou total das atividades;IX - interdio do estabelecimento;X - restritiva de direitos;XI - VETADO 1- Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infraes, ser-lhe-o aplicadas, cumulativa-mente, as sanes a elas cominadas. 2- A advertncia ser aplicada pela inobservncia das disposies desta Lei e da legislao em vigor,ou de preceitos regulamentares, sem prejuzo s demais sanes previstas neste artigo. 3 - A multa simples ser aplicada sempre que o agente, por culpa ou dolo:I - advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de san-las, no prazo assinado pelaautoridade ambiental competente;II- notificado, deixar de atender s determinaes da Autoridade ambiental competente. 4- A multa simples poder ser convertida em prestao de servios de melhoria e recuperao daqualidade do meio ambiente 5- A multa diria ser aplicada sempre que o cometimento da Infrao se prolongar no tempo, atcessar a ao degradadora ou at celebrao de termo de compromisso com o rgo estadual, visando reparao do dano causado. 6 - A apreenso e a destruio ou inutilizao, referidas nos incisos IV e V do "caput", obedecero aoseguinte:

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    I- os animais sero libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoolgicos, fundaes ou entidadesassemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de tcnicos habilitados;II - tratando-se de produtos perecveis ou madeira, sero os mesmos avaliados e doados a instituiescientficas, hospitalares e outras com fim beneficentes;III - os produtos e subprodutos da fauna, no perecveis, sero destrudos ou doados a instituiescientficas, culturais ou educacionais;

    IV - os instrumentos utilizados na prtica da Infrao sero vendidos, garantida a sua descaracterizaoatravs da reciclagem, e observados, no que couber, os princpios de licitao. 7- As sanes indicadas nos incisos VI a X sero aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ouo estabelecimento no estiverem obedecendo s prescries legais ou regulamentares. 8- As sanes restritivas de direito so:I- perda ou restrio de incentivos e benefcios fiscais;II - perda ou suspenso da participao em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais decrdito;III- proibio de contratao com a Administrao Pblica pelo perodo de at trs anos.IV- suspenso de registro, licena, permisso ou Autorizao;V- cancelamento de registro, licena, permisso ou Autorizao. 9 - As penalidades previstas nos incisos VIII e IX do "caput" deste artigo sero aplicadas pelo Secre-trio de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel, por proposta fundamentada daComisso Estadual de Controle Ambiental - CECA, conforme razes de interesse pblico expostasexpressamente. 10- Independente da aplicao de quaisquer sanes, o infrator ser obrigado a reparar ou indenizaros danos ambientais por ele causados. 11 - A aplicao de quaisquer das sanes previstas nesta lei dever prever a obrigatoriedade doinfrator recuperar o meio ambiente e descontaminar a rea ou ecossistema degradado, custeando estasaes reparadoras com seus prprios recursos.Art. 3- No exerccio da ao fiscalizadora, observado o disposto no Art. 5, XI, da Constituio Federal,ficam asseguradas s Autoridades ambientais a entrada e a permanncia em estabelecimentos pblicosou privados, competindo-lhes obter informaes relativas a projetos, instalaes, dependncias e de-mais unidades do estabelecimento sob inspeo, respeitando o sigilo industrial.Pargrafo nico - O agente de fiscalizao requisitar o emprego de fora policial, sempre que fornecessrio, para garantir o exerccio de sua funo.Art. 4- Os valores arrecadados com a venda dos bens de que trata o inciso IV do 6 do art. 2 e opagamento de multas por Infrao ambiental sero revertidos ao Fundo Estadual de ConservaoAmbiental - Fecam, institudo pela Lei n 1.060, de 10 de novembro de 1986.Pargrafo nico - A multa dever ser recolhida pelo infrator no prazo de 30 (trinta) dias da Intimao doAuto de Infrao, ressalvado o disposto nos artigos. 26 e 27, "caput", desta Lei.Art. 5- A multa, sempre que possvel, ter por base a unidade, hectare, metro cbico, quilograma ououtra medida pertinente, de acordo com o objeto jurdico lesado.Art. 6 - Os valores das multas de que trata este Captulo sero fixados no Captulo III desta lei ecorrigido periodicamente, com base nos ndices estabelecidos na legislao pertinente, sendo o mnimode R$ 50,00 (cinquenta reais) e o mximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhes de reais).Art. 7 - O descumprimento de qualquer preceito estabelecido na legislao de uso, gozo, promoo,proteo e recuperao do meio ambiente, para os quais no haja cominao especfica, ser apenadocom multa com o valor de R$ 50,00 (cinquenta reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), corrigido

    periodicamente, com base nos ndices estabelecidos na legislao pertinente.

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    Seo IIDA IMPOSIO E GRADAO DA SANOArt. 8 - Para imposio e gradao da penalidade, a Autoridade competente observar:I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da Infrao e suas conseqncias para a sade pblicae o meio ambiente;II - os antecedentes do infrator, quanto ao cumprimento da legislao de interesse ambiental;

    III- a situao econmica do infrator.Art. 9- So circunstncias que sempre atenuam a penalidade:I - o baixo grau de instruo ou escolaridade do infrator;II - a reparao espontnea do dano, ou limitao significativa da degradao ambiental causada;III - a comunicao prvia pelo infrator, do perigo iminente de degradao ambiental;IV - a colaborao com os agentes encarregados da vigilncia e do controle ambiental;V - ter o infrator promovido ou estar promovendo programas de educao ambiental em conformidadecom a poltica estadual de educao ambiental;VI - ter o infrator implementado, ou estar implementando, planos e programas voluntrios de gestoambiental, visando melhoria contnua e o aprimoramento ambiental, segundo diretrizes formuladaspor entidades certificadoras reconhecidas no Brasil.Art. 10 - So circunstncias que sempre agravam a penalidade, quando no constituem ou qualificama Infrao:I - reincidncia nas infraes de natureza ambiental;II - ausncia de comunicao, pelo infrator, do perigo iminente de degradao ambiental ou de suaocorrncia Autoridade ambiental;III - ter o agente cometido a Infrao:a) - para obter vantagem pecuniria ou outro motivo torpe;b) - coagindo outrem para a execuo material da Infrao;c) - afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a sade pblica ou o meio ambiente;d) - causando danos propriedade alheia;e) - atingindo reas de unidades de conservao ou reas sujeitas, por ato do Poder Pblico, a regimeespecial de uso;f) - atingindo reas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;g) - em perodo de defeso fauna;h) - em domingos ou feriados;i) - noite;j) - em pocas de secas ou inundaes;k)- no interior de espao territorial especialmente protegido;l) - com o emprego de mtodos cruis para abate ou captura de animais;m) - mediante fraude ou abuso de confiana;n) - mediante abuso do direito de licena, permisso ou Autorizao ambiental;o)- no interesse de pessoa jurdica mantida, total ou parcialmente, por verbas pblicas ou beneficiadapor incentivos fiscais;p) - atingindo espcies ameaadas, listadas em relatrios oficiais das Autoridades competentes;q) - facilitada por funcionrio pblico no exerccio de suas funes.IV -ter o infrator iniciado obra ou atividade em desrespeito s determinaes da licena ambiental. 1 - A ocorrncia da circunstncia agravante, prevista no inciso II deste artigo, implicar imposio demulta, no mnimo, equivalente a um tero do valor mximo previsto para a Infrao.

    2 - A imposio de multa, na forma prevista no pargrafo anterior, poder ser atenuada, nos casos deInfrao cometida por pessoa fsica, microempresa ou empresa de pequeno porte, que no tenha atua-do com dolo e que no seja reincidente na prtica de infraes administrativas.

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    Captulo IISeo IDO PROCESSO ADMINISTRATIVO AMBIENTALArt. 11 - So Autoridades competentes para lavrar Auto de Infrao ambiental e instaurar processoadministrativo os servidores dos rgos ambientais estaduais, designados para tal fim, nos termos dalegislao pertinente.

    1- A Autoridade ambiental que tiver conhecimento de Infrao ambiental obrigada a promover asua apurao imediata, observado o processo administrativo previsto nesta lei, sob pena de co-respon-sabilidade. 2 - Qualquer pessoa, constatando Infrao ambiental, poder provocar a atuao das Autoridadesresponsveis pelo controle e fiscalizao ambientais, para efeito do exerccio de seu poder de polciaadministrativa.Art. 12 - O processo administrativo de apurao e punio por infraes legislao ambiental terincio com a lavratura do Auto de Constatao de Infrao ambiental por determinao de Autoridadecompetente.Pargrafo nico - O Auto de Constatao conter:

    I - a identificao do interessado;II - o local, a data e a hora da Infrao;III - a descrio da Infrao ou infraes e a meno do(s) dispositivo(s) legal(s) transgredidos;IV - a(s) penalidade(s) a que est sujeito o infrator e o(s) respectivo(s) preceito(s) legal(s) que Autoriza asua imposio; eV- assinatura da Autoridade responsvel.Art. 13- O Auto de Infrao ser lavrado com base no Auto de Constatao e nos demais elementos doprocesso, pela Comisso Estadual de Controle Ambiental - CECA ou por rgo ambiental vinculado Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel, nos termos de delegao espe-cfica outorgada pela CECA.Pargrafo nico - O Auto de Infrao, alm das informaes do Auto de Constatao, conter:I - o valor e o prazo para o recolhimento da multa;II - o prazo para interposio de recurso;III - todas as provas, informaes e dados hbeis adequada instruo do processo, necessrios tomada de deciso, trazidos pela administrao e/ou pelo interessado.

    Seo IIDA COMUNICAO DOS ATOSArt. 14- O infrator ser intimado da lavratura do Auto de Infrao, para cincia de deciso ou efetivaode diligncia:I- pessoalmente, por cincia no processo;II - por via postal, com aviso de recebimento, ou outro meio que assegure a certeza da cincia dointeressado. 1 - A Intimao dever conter:I - identificao do intimado e nome do rgo ou entidade administrativa;II - finalidade da Intimao;III - data, hora e local em que deve comparecer;IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar;V - informao da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento;

    VI - indicao dos fatos e fundamentos legais pertinentes; 2 - A Intimao observar a antecedncia mnima de trs dias teis quanto data de comparecimento.

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    3- A Intimao ser considerada efetivada caso o aviso de recebimento seja assinado por empregadoou preposto do infrator, ressalvados os casos em que este provar que os signatrios no tinham condi-es de compreender a natureza da Intimao ou agiram com dolo ou m f. 4 - No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domiclio indefinido, a Intimaoser efetuada por edital, publicado no Dirio Oficial do Estado do Rio de Janeiro, com prazo de 20(vinte) dias.

    5 - As intimaes sero nulas quando feitas sem observncia das prescries legais, mas o compare-cimento do administrado supre sua falta ou irregularidade.Art. 15 - O prazo para pagamento da multa de 30 (trinta) dias, a contar da Intimao do Auto deInfrao ou do termo final fixado no Edital, conforme o caso.Pargrafo nico - VETADO

    Seo IIIDA INSTRUOArt. 16- So inadmissveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilcitos.Art. 17 - Quando necessria instruo do processo, a audincia de outros rgos ou entidades admi-nistrativas poder ser realizada em reunio conjunta, com a participao de titulares ou representantesdos rgos competentes e de entidades da sociedade civil e da comunidade afetada, lavrando-se arespectiva ata, a ser juntada aos Autos.Pargrafo nico - Designados dia, local e horrio para a reunio aludida no "caput", dela ser intimadaa defesa para, querendo, comparecer.Art. 18 - Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuzo do dever atribudo aorgo competente para a instruo e do disposto no Art. 19 desta lei.Art. 19 - Quando o interessado declarar que fatos e dados esto registrados em documentos existentesna prpria Administrao responsvel pelo processo ou em outro rgo administrativo, o rgo compe-tente para a instruo prover, de ofcio, a obteno dos documentos ou das respectivas cpias.Art. 20- O interessado poder, na fase instrutria e antes da tomada da deciso, juntar documentos epareceres, requerer diligncias e percias, bem como aduzir alegaes referentes matria objeto doprocesso. 1- Os elementos probatrios devero ser considerados na motivao do relatrio e da deciso. 2 - Somente podero ser recusadas, mediante deciso fundamentada, as provas propostas pelosinteressados quando sejam ilcitas, impertinentes, desnecessrias ou protelatrias.Art. 21- Os interessados sero intimados de prova ou diligncia ordenada, com antecedncia mnimade dez dias teis, mencionando-se data, hora e local de realizao.Art. 22 - Quando, por disposio de ato normativo, devam ser previamente obtidos laudos tcnicos dergos administrativos e estes no cumprirem o encargo no prazo assinalado, o rgo responsvel pelainstruo dever solicitar laudo tcnico de outro rgo dotado de qualificao e capacidade tcnicaequivalentes.Art. 23- Em caso de risco iminente, a Administrao Pblica poder motivadamente adotar providn-cias acauteladoras, sem a prvia manifestao do interessado.Art. 24 - O rgo de instruo que no for competente para emitir a deciso final elaborar relatrioindicando o pedido inicial, o contedo das fases do procedimento e formular proposta de deciso,objetivamente justificada, encaminhando o processo Autoridade competente.

    Seo IV

    DOS RECURSOSArt. 25- Das decises tomadas pela CECA, inclusive as que redundarem em aplicao de multa, podero infrator interpor recursos para o Secretrio de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Susten-

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    tvel, no prazo de 20 (vinte) dias contados da Intimao, nos termos do Art. 14 desta Lei.Art. 26- O recurso ter efeito suspensivo relativamente ao pagamento das multas e, quanto s demaisinfraes, apenas devolutivo.Pargrafo nico - A Autoridade que exercer o juzo de admissibilidade do recurso, se houver pedido dorecorrente, poder, fundamentadamente, conferir efeito suspensivo ao recurso, nas hipteses em que aexecuo imediata da penalidade possa acarretar dano irreparvel.

    Art. 27- Caso a deciso do recurso mantenha a multa, integral ou parcialmente, o infrator ter o prazode 30 (trinta) dias para efetuar o pagamento, contados da data da publicao da deciso no DirioOficial do Estado.Pargrafo nico - Caso o pagamento no seja efetuado no prazo acima previsto, os Autos sero imedia-tamente remetidos Procuradoria Geral do Estado para inscrio e cobrana do dbito, cujo valor seracrescido de 10% (dez por cento) de multa moratria para pagamento administrativo na Procuradoria, ede 20% (vinte por cento) para pagamento judicial.Art. 28- Na contagem dos prazos estabelecidos neste Captulo exclui-se o dia do comeo, incluindo-seo do vencimento.Art. 29- Em qualquer fase do processo administrativo, ou antes que este seja instaurado, os agentes defiscalizao dos rgos ambientais estaduais podero impor, cautelarmente, as medidas previstas nosincisos IV, VI, VII, VIII e IX do Art. 2, quando constatarem a ocorrncia ou a iminncia de significativorisco sade da populao ou de degradao ambiental de difcil reparao, mediante deciso devida-mente fundamentada. 1 - O agente fiscalizador intimar o responsvel pela atividade determinando as medidas a seremadotadas. 2 - A deciso produzir efeito desde sua cincia pelo infrator e vigorar pelo prazo mximo de 30(trinta) dias. 3 - Intimado o infrator da providncia cautelar aludida, o agente fiscalizador, sob pena de Infraodisciplinar grave, comunicar o fato a seu superior imediato para que este d cincia Comisso Esta-dual de Controle Ambiental - CECA, que, fundamentadamente e em 30 (trinta) dias, suspender ouratificar a medida, ou, se for o caso, solicitar ao Secretrio de Estado de Meio Ambiente e Desenvol-vimento Sustentvel que a mantenha por tempo que julgue necessrio, conforme razes de interessepblico expostas expressamente. 4 - Se a CECA houver por bem suspender a medida, submeter sua deliberao ao Secretrio daPasta Ambiental, que a homologar ou no. 5- Em 20 (vinte) dias da cincia da deciso da CECA que mantiver a cautelar, o interessado poderinterpor recurso ao Secretrio de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel, o qualdever ser protocolizado na Secretaria daquela Comisso.Art. 30 - Aplicam-se, no que couber, as disposies relativas do processo administrativo, constantes doCaptulo IV do Decreto n. 2030, de 11/8/78.

    Captulo IIIDAS INFRAES ADMINISTRATIVAS EM ESPCIE E DAS PENALIDADESSEO IDAS SANES APLICVEIS S INFRAES CONTRA A FAUNAArt. 31 - Matar, perseguir, caar, apanhar, utilizar espcimes da fauna silvestre, nativos ou em rotamigratria, sem a devida permisso, licena ou Autorizao da Autoridade competente, ou em desacor-do com a obtida:

    Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade com acrscimo por exemplar excedente de:I - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espcie constante da lista oficial de fauna brasileiraameaada de extino e do Anexo I do Comrcio Internacional das Espcies da Flora e Fauna Selvagensem Perigo de Extino-CITES; e

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    II - R$ 3.000,00 (trs mil reais), por unidade de espcie constante da lista oficial de fauna brasileiraameaada de extino e do Anexo II da CITES. 1 - Incorre nas mesmas multas quem:I - impede a procriao da fauna, sem licena, Autorizao ou em desacordo com a obtida;II - modifica, danifica ou destri ninho, abrigo ou criadouro natural; ouIII - vende, expe venda, exporta ou adquire, guarda, tem cativeiro ou depsito, utiliza ou transporta

    ovos, larvas ou espcimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratria, bem como produtos e objetosdela oriundos, provenientes de criadouros no Autorizados ou sem a devida permisso, licena ouAutorizao da Autoridade competente. 2- No caso de guarda domstica de espcime silvestre no considerada ameaada de extino, podea Autoridade competente, considerando as circunstncias, deixar de aplicar a multa. 3 - No caso de guarda de espcime silvestre, pode a Autoridade competente deixar de aplicar assanes previstas nesta Lei, quando o agente espontaneamente entregar os animais ao rgo ambientalcompetente. 4 - So espcimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes s espcies nativas, migratrias equaisquer outras, aquticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendodentro dos limites do territrio brasileiro ou em guas jurisdicionais brasileiras.Art. 32- Introduzir espcime animal no Estado, sem parecer tcnico oficial favorvel e licena expedidapela Autoridade competente:Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), com acrscimo por exemplar excedente da Autorizao:I- R$ 200,00 (duzentos reais), por unidade;II- R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espcie constante da lista oficial de fauna brasileiraameaada de extino e do Anexo I da CITES; eIII - R$ 3.000,00 ( trs mil reais), por unidade de espcie constante da lista oficial de fauna brasileiraameaada de extino e do Anexo II da CITES.Art. 33- Coletar material zoolgico para fins cientficos sem licena especial expedida pela Autoridadecompetente:Multa de R$ 200,00 (duzentos reais), com acrscimos por exemplar excedente de:I- R$ 50,00 (cinquenta reais), por unidade;II - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espcie constante da lista oficial de fauna brasileiraameaada de extino e do Anexo I da CITES;III - R$ 3.000,00 (trs mil reais), por unidade de espcie constante da lista oficial de fauna brasileiraameaada de extino e do Anexo II da CITES.Pargrafo nico - Incorre nas mesmas multas:I - quem utilizar, para fins comerciais ou esportivos, as licenas especiais a que se refere este artigo; eII - a instituio cientfica, oficial ou oficializada, que deixar de dar cincia ao rgo pblico competentedas atividades dos cientistas licenciados no ano anterior.Art. 34- Praticar caa profissional no Estado:Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), com acrscimo por exemplar excedente de :I- R$ 500,00 (quinhentos reais), por unidade;II - R$ 10.000,00 (dez mil reais), por unidade de espcie constante da lista oficial de fauna brasileiraameaada de extino e do Anexo I da CITES; eIII- R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espcie constante da lista oficial de fauna brasileiraameaada de extino e do anexo II da CITES.Art. 35- Comercializar produtos e objetos que impliquem a caa, perseguio, destruio ou apanha de

    espcimes da fauna silvestre:Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), com acrscimo de R$ 200.00 (duzentos reais), por exemplar excedente.

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    Art. 36 - Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domsticos ou domesti-cados, nativos ou exticos:Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.000,00 (dois mil reais), com acrscimo por exemplarexcedente;I - R$ 200,00 (duzentos reais), por unidade;II - R$ 10.000,00 (dez mil reais), por unidade de espcie co